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Língua Portuguesa
Ensino Fundamental
2021
ESCALAS DE PROFICIÊNCIA
Componente curricular
Ano/série Link
DESCRITOR 1
Localizar informações explícitas em um texto
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2015).
1. Leia o texto abaixo e responda.
Ele pode mudar de cor por causa de pigmentos contidos em alguns alimentos e remédios que ingerimos
ou em decorrência de alguma doença. Em condições normais, a coloração do xixi varia de um amarelo
clarinho, quase transparente, até o amarelo-escuro. Esse tom amarelado vem de três pigmentos
sanguíneos — o urocromo, a bilirrubina e a creatinina —, que são filtrados pelos rins enquanto a urina é
produzida. Quanto mais água ingerimos, mais diluímos esses pigmentos e, consequentemente, mais claro
fica o xixi. "Por isso, urina clara é quase sempre sinal de que estamos bem hidratados", diz Cláudio Luders,
nefrologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-o-xixi-muda-de-cor. Último acesso em 23/09/2013.
De acordo com o texto, a urina clara quase sempre sinaliza que estamos
(A) infectados
(B) hidratados.
(C) desidratados.
(D) pigmentados.
1. De acordo com o texto, a urina clara quase sempre sinaliza que estamos
(A) infectados
(B) hidratados.
(C) desidratados.
(D) pigmentados.
NÍVEL 5. 300 A 324. (PROVA BRASIL 2017).
2. Leia o texto abaixo e responda.
Hierarquia
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e
esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e,
enquanto o rato forçava inutilmente pra escapar, o leão gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na
criação nada mais insignificante e nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que
lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!" E soltou-o.
O rato correu o mais que pode, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: "Será que V. Excelência poderia escrever isso
pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!".
Moral: Afinal ninguém é tão inferior assim.
http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/043.htm - (adaptada).
2. Diz que um leão andava chateado, sentia-se “não muito rei dos animais” porque
(A) brigou com o rato.
(B) brigou com a sua mulher.
(C) encontrou uma lesma nojenta.
(D) encontrou um rato insignificante.
2. Diz que um leão andava chateado, sentia-se “não muito rei dos animais” porque
(A) brigou com o rato.
(B) brigou com a sua mulher.
(C) encontrou uma lesma nojenta.
(D) encontrou um rato insignificante.
NÍVEL 6.325 A 349: (PROVA BRASIL 2017).
3. Leia o texto abaixo e responda.
Até onde se sabe, não. Não existe nenhuma evidência oficial, já que todos os casos registrados são
apenas suposições. Mas isso não desanima os cientistas. “É bastante razoável que exista vida fora da
Terra. Só que as probabilidades diminuem quando procuramos por vida inteligente”, conta Samuel Rocha
de Oliveira, físico do departamento de Matemática Aplicada da Unicamp. Para achar vida como a
conhecemos, mesmo que formas primitivas, planetas com as mesmas características da Terra precisam
ser encontrados. Satélites como o Corot e o Kepler caçam essas estruturas e, até junho deste ano, já
haviam encontrado 563 delas.
Mundo Estranho, ed. 114, ano 10, n. 8, ago. 2011, p. 31.
Na realidade, não existe uma palavra igual em todos os idiomas. Atualmente, são cerca de 6 mil línguas, sem contar
os dialetos, que tiveram origens diferentes. Por esse motivo, é difícil existir uma expressão que se repita em todos os
cantos do mundo, a não ser que uma palavra se refira a algo que surgiu em determinado local, como “sushi”. “Pode
até ser que inventos recentes tenham o mesmo nome em vários idiomas, mas, ainda nesses casos, existem línguas
que usam termos diferentes para nomeá-los”, explica Paulo Chagas de Souza, professor do departamento de
linguística da USP. Só para ter uma ideia, “banana” é ndizi, em suaíli, falado na Quênia; kelá, em hindi, falada na
Índia; e xiangjiao, em chinês.
E nem é preciso ir tão longe para exemplificar: nossos hermanos de língua hispânica chamam a fruta de plátano.
Mundo Estranho, ed. 119, ano 10, n. 13, dez. 2011, p. 42.
De acordo com o texto, a palavra “banana” não é igual em todos os idiomas porque
(A) é uma fruta brasileira e, por isso, não é conhecida no mundo todo.
(B) os objetos recebem o nome de acordo com a cultura e pronúncia de cada nação.
(C) não existe uma palavra igual em todas as línguas.
(D) somente os inventos recentes têm o mesmo nome em vários idiomas.
4. De acordo com o texto, a palavra “banana” não é igual em todos os idiomas porque
(A) é uma fruta brasileira e, por isso, não é conhecida no mundo todo.
(B) os objetos recebem o nome de acordo com a cultura e pronúncia de cada nação.
(C) não existe uma palavra igual em todas as línguas.
(D) somente os inventos recentes têm o mesmo nome em vários idiomas.
NÍVEL 3. 250 A 279. (PROVA BRASIL 2019).
5. Leia o texto abaixo:
O PULO
Quando você desliga o celular? Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope Solution e pela revista
“Connect”, 61% das pessoas desligam os celulares no teatro; 64% no cinema; 60% na igreja/templo e
58% nas reuniões de trabalho. Na “balada”, eles permanecem ligados para 67% dos pesquisados. Em
casa, 65% das pessoas dormem com os celulares funcionando e 85% tomam banho com os aparelhos
ligados.
Rio de Janeiro, Jornal O Globo, Caderno INFOetc, p.2, 22jan2007.
Aposta na prevenção
A prevenção da obesidade deve ser feita desde o nascimento e uma das ferramentas mais eficazes é a amamentação. “Bebês
amamentados no peito têm menos chances de se tornarem adultos gordos porque, no esforço de sugar o seio, desenvolvem a
percepção da saciedade, ou seja, sentem que a fome acaba e param de mamar”, afirma o médico pediatra Fábio Ancoria
Lopes. Já o leite oferecido na mamadeira, além de chegar à boca com mais facilidade, o que faz o bebê receber mais alimento
do que necessita, costuma ser muito calórico, principalmente se for engrossado com farinhas e adoçado. Para saber se o bebê
caminha para ser um adulto com peso normal ou um obeso, basta ficar de olho na balança.
De acordo com o padrão internacional de pediatria, no primeiro ano de vida é normal que ele triplique o peso que tinha ao
nascer. A partir do segundo aniversário e até a adolescência, a criança pode ganhar em média de 2 a 3 quilos, por ano.
Revista crescer, ano 2001.
De acordo com esse texto, qual alimento que pode evitar que o bebê se torne um adulto gordo?
(A) Misturas calóricas.
(B) Mamadeiras.
(C) Leite materno.
(D) Farinhas.
7. De acordo com esse texto, qual alimento que pode evitar que o bebê se torne um adulto
gordo?
(A) Misturas calóricas.
(B) Mamadeiras.
(C) Leite materno.
(D) Farinhas.
NÍVEL 2. 225 A 249. (PROVA BRASIL 2017).
8. Leia o texto abaixo.
Não se sabe ao certo nem quando nem onde os jogos de cartas apareceram pela primeira vez. Provavelmente, as
cartas surgiram na China, derivadas de papel-moeda, no século X. No início eram simples tiras de papel,
marcadas com conchas, pedras, flechas e ossos, usadas em rituais de adivinhação. Por volta de 1300, as cartas
chegaram à Europa, levadas pelos árabes. Eram conhecidas como tarots, em baralhos de 22 cartas, que foram
combinadas, no final do século XIV, com o baralho oriental, de 56 cartas. Foram os franceses, no século XVI, que
introduziram o baralho moderno, de 52 cartas, deixando o tarô apenas para previsões. Os naipes mais comuns
eram taças, moedas, espadas e bastões. Da França, o baralho ganhou o mundo, e os naipes evoluíram até as
atuais copas, ouros, espadas e paus. Hoje em dia se conhece mais de uma centena de jogos de cartas,
envolvendo raciocínio e, principalmente, sorte.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111336.shtml>.
Acesso em: 3 jun. 2011.
De acordo com esse texto, o baralho surgiu primeiro, provavelmente,
A) na França.
B) na Europa.
C) na China.
D) na Arábia.
8. De acordo com esse texto, o baralho surgiu primeiro, provavelmente,
A) na França.
B) na Europa.
C) na China.
D) na Arábia.
NÍVEL 2. 225 A 249. (PROVA BRASIL 2017).
9. Leia o texto abaixo.
Estoura 20
Objetivo: Chegar com somas ao número 20 ou mais próximo dele. Participantes: 2 a 4 participantes.
Como jogar: Decidam quem vai começar. O primeiro participante joga o dado, anota o número que cair no quadro
de cima do tabuleiro. Os outros participantes também jogam o dado e fazem a anotação. Na próxima rodada, ao
jogar o dado, o participante soma o número com o anterior e coloca o resultado no quadrinho de baixo. Se o
jogador perceber que a soma dá um número próximo de 20 pode parar e avisa dizendo “Parei”, se outro jogador
quiser continuar jogando o dado pode continuar. Quem chegar primeiro em 20 ou ficar mais próximo ganha o
jogo. Quem ultrapassar perde.
Disponível em: <http://www.escolasanti.com.br/content.php?Categ=4&contentID=503>. Acesso em: 26 mar. 2014.
Máquinas voadoras
O ser humano sempre admirou a capacidade de voo dos pássaros. Ao longo da história, há vários registros de tentativas de voo, sempre
frustradas, mas que deixaram clara a busca do homem pela conquista dos ares. É até engraçado imaginar como eram essas tentativas,
imagine só: usar um par de asas feitas de madeira e penas, imitando as asas dos pássaros que eram colocadas nos braços e a ideia é que se
movimentassem como asas. Agora pode mesmo parecer engraçado, mas eles levavam muito a sério!
O fato é que quem primeiro pensou em algum instrumento mais viável para voar, através de um estudo científico, foi Leonardo da Vinci,
que criou um protótipo de avião no século XV.
Outro fato marcante para a história da aviação foi a invenção dos planadores, por Otto Lilienthal. [...]
Entre essas máquinas voadoras maravilhosas, não podemos nos esquecer dos balões, que viraram “febre” em 1783, ano da primeira
ascensão de um balão tripulado. O problema que logo ficou evidente é que não havia como controlá-los, e nem sempre eles desciam onde as
pessoas queriam.
Este problema foi solucionado somente cem anos depois, em 1898, quando o brasileiro Alberto Santos Dumont construiu o primeiro
balão semirrígido, chamado de dirigível. Tinha forma de charuto e seu motor era movido à gasolina. Os dirigíveis foram usados para fins
comerciais por algum tempo, até que um de seus modelos mais famosos, o Zeppelin, pegou fogo ao pousar em um aeródromo dos EUA.
Finalmente, o parente mais próximo do avião que conhecemos hoje foi aos ares pela primeira vez em 1906: era o 14 Bis, também criado
por Santos Dumont. [...]
Disponível em: <http://www.smartkids.com.br/especiais/maquinas-voadoras.html>. Acesso em: 17 abr. 2012. Fragmento.
Plantas e micro-organismos têm tudo a ver. Prova disso é a relação entre a ação das bactérias e o desenvolvimento dos
vegetais. Preste atenção...
Para se desenvolver, as plantas necessitam de alguns elementos químicos, como o nitrogênio. O nitrogênio é um gás que
os vegetais não conseguem captar sozinhos. As bactérias, por sua vez, captam o nitrogênio do ar, o fixam no solo, tornando-o
acessível às raízes das plantas.
A bactéria Azospirillum brasilense é um desses micro-organismos que é bom para as plantas. Ela fica na rizosfera, a região
do solo próxima da raiz dos vegetais, onde a atividade das bactérias é intensa. Por que há muitas bactérias ali? Porque as
raízes fornecem açúcares, aminoácidos, hormônios e vitaminas – substâncias que alimentam esses micro-organismos.
Enquanto se nutre, a Azospirullium brasilense fixa o nitrogênio ainda mais: produz hormônios, substância que ajuda no
crescimento das plantas.
Ciência hoje das crianças. Instituto Ciência Hoje. Ano 24. n. 221. Mar. 2011. p. 12. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois a resposta é: depende de quem o retratou.
Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso
frequente. Mas os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco – a imagem mais famosa do general
em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena.
Depois de ver a pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto de uma
montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon
Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito, mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na
campanha da Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as batalhas, que eram muito longas”, diz
a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014.
De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão Bonaparte montava
A) um cavalo marrom.
B) um corcel branco.
C) uma mula branca.
D) uma mula castanha.
13. De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão Bonaparte
montava
A) um cavalo marrom.
B) um corcel branco.
C) uma mula branca.
D) uma mula castanha.
NÍVEL 3. 250 A 274. (PROVA BRASIL 2017).
14. Leia o texto abaixo.
O perfume
A arte da perfumaria iniciou-se logo que o homem primitivo aprendeu a fazer o fogo e descobriu que certas plantas
desprendiam fragrâncias agradáveis quando queimadas.
O nome “perfume” deriva do latim per fumum ou pro fumum, que significa “através da fumaça”. Isso vem demonstrar a
mais antiga aplicação da mistura de fragrâncias de plantas aromáticas, que eram utilizadas como oferendas.
Durante séculos, centenas de culturas desenvolveram atos simbólicos e religiosos onde plantas raras e resinas aromáticas,
queimadas nos altares dos templos, eram oferecidas como sacrifícios, em busca do favor dos deuses. Com este objetivo eram
utilizados o sândalo, a casca de canela, as raízes de cálamo e vetiver, bem como substâncias resinosas como mirra, incenso,
benjoim e cedro do Líbano.
Poucas composições aromáticas da época foram transmitidas por escrito. Entretanto, uma está registrada no livro do
Êxodo, capítulo 30.
A composição utilizava quatro ingredientes naturais, muito empregados nos dias de hoje, mas de forma mais refinada:
mirra, cássia, cortiça de árvore de canela e óleo de cálamo aromático.
Disponível em: <http://migre.me/IPOeh>. Acesso em: 17 jun. 2011.
Máquinas voadoras
O ser humano sempre admirou a capacidade de voo dos pássaros. Ao longo da história, há vários registros de tentativas de
voo, sempre frustradas, mas que deixaram clara a busca do homem pela conquista dos ares. É até engraçado imaginar como
eram essas tentativas, imagine só: usar um par de asas feitas de madeira e penas, imitando as asas dos pássaros que eram
colocadas nos braços e a ideia é que se movimentassem como asas. Agora pode mesmo parecer engraçado, mas eles levavam
muito a sério!
O fato é que quem primeiro pensou em algum instrumento mais viável para voar, através de um estudo científico, foi
Leonardo da Vinci, que criou um protótipo de avião no século XV.
Outro fato marcante para a história da aviação foi a invenção dos planadores, por Otto Lilienthal. [...]
Entre essas máquinas voadoras maravilhosas, não podemos nos esquecer dos balões, que viraram “febre” em 1783, ano da
primeira ascensão de um balão tripulado. O problema que logo ficou evidente é que não havia como controlá-los, e nem
sempre eles desciam onde as pessoas queriam.
Este problema foi solucionado somente cem anos depois, em 1898, quando o brasileiro Alberto Santos Dumont construiu o
primeiro balão semirrígido, chamado de dirigível. Tinha forma de charuto e seu motor era movido à gasolina. Os dirigíveis
foram usados para fins comerciais por algum tempo, até que um de seus modelos mais famosos, o Zeppelin, pegou fogo ao
pousar em um aeródromo dos EUA.
Finalmente, o parente mais próximo do avião que conhecemos hoje foi aos ares pela primeira vez em 1906: era o 14 Bis,
também criado por Santos Dumont. [...]
Disponível em: <http://www.smartkids.com.br/especiais/maquinas-voadoras.html>. Acesso em: 17 abr. 2012. Fragmento.
15. De acordo com esse texto, Leonardo Da Vinci criou
A) o parente mais próximo do avião.
B) o protótipo de um avião.
C) os balões.
D) os planadores.
15. De acordo com esse texto, Leonardo Da Vinci criou
A) o parente mais próximo do avião.
B) o protótipo de um avião.
C) os balões.
D) os planadores.
NÍVEL 3. 250 A 274 (PROVA BRASIL 2019).
16. Leia o texto abaixo.
Plantas e micro-organismos têm tudo a ver. Prova disso é a relação entre a ação das bactérias e o desenvolvimento dos
vegetais. Preste atenção...
Para se desenvolver, as plantas necessitam de alguns elementos químicos, como o nitrogênio. O nitrogênio é um gás que os
vegetais não conseguem captar sozinhos. As bactérias, por sua vez, captam o nitrogênio do ar, o fixam no solo, tornando-o
acessível às raízes das plantas.
A bactéria Azospirillum brasilense é um desses micro-organismos que é bom para as plantas. Ela fica na rizosfera, a região
do solo próxima da raiz dos vegetais, onde a atividade das bactérias é intensa. Por que há muitas bactérias ali? Porque as raízes
fornecem açúcares, aminoácidos, hormônios e vitaminas – substâncias que alimentam esses micro-organismos. Enquanto se
nutre, a Azospirullium brasilense fixa o nitrogênio ainda mais: produz hormônios, substância que ajuda no crescimento das
plantas.
Ciência hoje das crianças. Instituto Ciência Hoje. Ano 24. n. 221. Mar. 2011. p. 12. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois a resposta é: depende de quem o
retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o
uso frequente. Mas os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco – a imagem mais famosa do general
em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena.
Depois de ver a pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto de uma
montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon
Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito, mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na
campanha da Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as batalhas, que eram muito longas”,
diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014.
De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão Bonaparte montava
A) um cavalo marrom.
B) um corcel branco.
C) uma mula branca.
D) uma mula castanha.
17. De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão
Bonaparte montava
A) um cavalo marrom.
B) um corcel branco.
C) uma mula branca.
D) uma mula castanha.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2017).
18. Leia o texto abaixo.
Quando eu chegar ao Céu, de manhã, de tarde ou de noite, não sei ainda, pedirei para ir à biblioteca, onde curiosamente
bisbilhotarei – com respeito – algumas obras. Quero reler a Invenção de Orfeu, de nosso Jorge de Lima, sofredor, telúrico1 e
místico, homem bom, cirenaico2, assim lhe chamou Rachel de Queiróz, quando ele morreu, novembro, 15, do ano de 1953.
E pedirei, sim, para conversar com Manu, Manuel Bandeira, que se chamava Neném. Matarei saudades do dentuço Manuel,
que foi o melhor ser humano que conheci, neste mundo. E gostaria de conhecer Chiquita do Rio Negro, que recusou casar-se
com Ataulfo Nápoles de Paiva, conviva do baile da Ilha Fiscal. Escrevi sobre Chiquita. Li a sua biografia, escrita por
Garrigou-Lagrange.
Meu Deus, convocaria Jaime Ovalle, o tio Nhonhô, que morreu com a idade de Jorge de Lima. Ali, na biblioteca do Céu,
conheceria o estupendo Ovalle, o do Azulão [...], o amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York.
Por fim, suplicaria para falar com João Guimarães Rosa, poliglota, com quem tão poucas vezes falei. E evocaria a posse do
seu sucessor, na Casa de Machado. Esqueci-me completamente dessa posse, ai de mim.
E fui. Lá estava eu, 1968. Um ano depois da morte de Rosa. Mário Palmério falou sobre ele, como seu herdeiro. E gostei
tanto do discurso, equilibrado, lúcido, original. Se me lembro. Foi procurar cartas íntimas de Rosa para grande amigo, médico e
fazendeiro em Minas, Moreira Barbosa. Cartas de outrora. Deliciosas, fraternais, confiantes, de pura entrega. Reveladoras do ser
complexíssimo, fechado, carente, que gostava de disfarçar, despistar, ir e vir, comensal3 do mistério. Saudarei a uns e outros na
largueza dadivosa do Céu, turbilhão de amor, como dizia o insaciável Léon Bloy.
*Vocabulário:
1
Telúrico: relativo ao que pertence à Terra.
2
Cirenaico: relativo aos que entendem o prazer como fim principal da vida.
3
Comensal: alimentado de; nutrido de.
VILLAÇA, Antônio Carlos. Disponível em: <http://sitenotadez.net>. Acesso em: 26 maio 2011. Fragmento.
18. De acordo com esse texto, o amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York, era
A) Jorge de Lima.
B) Ataulfo Nápoles.
C) Jaime Ovalle.
D) Moreira Barbosa.
18. De acordo com esse texto, o amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York, era
A) Jorge de Lima.
B) Ataulfo Nápoles.
C) Jaime Ovalle.
D) Moreira Barbosa.
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2017).
19. Leia o texto abaixo.
Há alguns anos, quase todo dia de manhã, quando eu abria o portão para ir ao trabalho, via um garotinho sorridente que
passava por mim, a caminho da escola, e eu correspondia o sorriso sem palavras. Certo dia muito frio, percebi que ele
estava de tênis, mas sem meias, apenas com uma calça curta e uma blusinha de uniforme. Perguntei se poderia lhe dar
algumas roupas dos meus filhos, e ele, todo feliz, disse que precisava apenas de meias, mas que seu irmão precisava do
restante. Combinei que no dia seguinte, quando ele passasse, lhe entregaria o material. Juntei todas as meias que pude, de
todos os tamanhos e cores e dito e feito: com um “muito obrigado, senhora”, ele se foi. De vez em quando, ainda o via, mas
com o passar do tempo não o vi mais... Até que certo dia a campainha soou e fui atender. Era um rapaz alto, mas aquele
sorriso era o mesmo, me agradecendo mais uma vez pelas “meias” e, com um cesto de verduras verdinhas, me fez chorar...
Ele me contou que as meias duraram muitos anos e em momento algum esqueceu o meu gesto. Às vezes, uma atitude tão
simples faz toda a diferença na vida de alguém.
Seleções. Jan. 2011. p. 60.
Operação rango
Já eram sete horas da noite. Beto desceu a escada de dois em dois degraus e pulou os quatro últimos, [...]. Preparou o
lanche antes que a mãe e a irmã voltassem do supermercado.
Beto embrulhou tudo em papel alumínio, colocou num saco plástico e amarrou na ponta do fio que pendia do
terracinho.
Lá em cima, Miguel devorou os dois sanduíches de presunto com queijo, reforçados com gostosos ovos fritos,
especialidade do amigo, acompanhados de refrigerante e do delicioso bolo da Marlene.
Beto subiu novamente. Ainda sem fôlego, deu umas batidinhas na porta e sussurrou:
– Miguel?
– Estou aqui. Valeu, cara, o sanduíche estava muito bom... Beto...Você não contou nada pra Bel, né?
– Eu não.
– E o Dunga, apareceu?
– Que nada, continua sumido. A Bel está superchateada, ela tinha acabado de ganhar o gato da menina – Beto
lembrou-se de um detalhe importante.
A dona Maria ligou lá em casa, brava, disse que está procurando você há meia hora e mandou você ir jantar. Eu disse
que você estava no banheiro.
– Xi, agora melou... Droga! Liga pra ela e fala que sua mãe me convidou pra jantar, aliás já fala de uma vez que eu vou
dormir na sua casa.
FURNARI, Eva. Operação rango. In: O segredo do violinista. São Paulo: Ática, 1998. p. 37-8. Fragmento.
20. No trecho “Beto desceu a escada de dois em dois degraus e pulou os quatro últimos,” (ℓ.
1-2), o autor quis ressaltar que o garoto estava
A) apavorado.
B) apressado.
C) curioso.
D) eufórico.
NÍVEL 3. 250 A 274: (PROVA BRASIL 2015).
21. Leia o texto abaixo.
O segredo do enigma
Susy Cleveland acabava de chegar a Water Jewel após uma longa viagem de comboio. Desceu na estação, pousou a sua
volumosa e pesada mala no chão, e olhou em volta. Não havia ninguém por perto, somente ela. Podia ouvir o vento soprar de
mansinho, vindo dos corredores escuros e antigos. Retirou do bolso um bilhete dobrado em quatro, desdobrou-o, e releu a
carta que recebera a semana passada:
“Olá Susy. Como estás? A última vez que nos vimos já foi há algum tempo, lembras-te? Ajudaste-me a mim e à vila inteira
a resolver o mistério da fonte. Pois bem, tenho outro enigma para ti: o conde Lawrence foi-se embora da vila, por motivo
desconhecido, sem avisar, mas deixou uma mensagem em sua casa, na biblioteca, em que fala sobre a ilusão e imaginação. E,
mais importante, quem decifrar o enigma encontra um tesouro escondido na vila! Eu sei o que estás a pensar, este sítio tem
imensos segredos por desvendar e parece que cada vez existem mais. Contudo, sei que não és capaz de recusar um desafio
como este e muito menos controlar a tua curiosidade apurada. És a única que o pode decifrar. Os habitantes de Water Jewel
contam contigo!”
Tio Greg.
Susy já era bastante conhecida por aqueles lados pela sua capacidade de raciocínio e dedução. O seu tio admirava-a
imenso, tinha orgulho nela, pois não lhe restava mais ninguém, vivia sozinho. Os pais de Susy viajavam permanentemente por
causa dos seus empregos, mas nem a própria filha sabia ao certo o que faziam. Greg insistia, de cada vez que a sobrinha o
visitava, de gracejar “Lá andam eles a espiar e prender criminosos por esse mundo afora! Onde estão desta vez?” e de seguida
dava uma gargalhada. Estava convencido de que eram espiões. Susy adorava-o, e por essa razão prontificou-se logo a partir.
Voltou a guardar a carta no bolso e preparava-se para sair da estação, quando de repente sentiu uma tontura e desmaiou. [...]
BOLTON, Jeff. Disponível em: <http://aninhacontos.wordpress.com>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento.
21. De acordo com esse texto, Susy era conhecida em Water Jewel
A) pela capacidade de raciocínio e dedução.
B) pela mania de viajar de camboio.
C) por carregar uma volumosa mala.
D) por costumar reler as cartas.
21. De acordo com esse texto, Susy era conhecida em Water Jewel
A) pela capacidade de raciocínio e dedução.
B) pela mania de viajar de camboio.
C) por carregar uma volumosa mala.
D) por costumar reler as cartas.
NÍVEL 5. 300 A 324: (SAEB 2019-PROVA BRASIL).
22. Leia o texto abaixo:
Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes —
presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais
cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência
do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha.
Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de
piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes dizem sempre a mesma coisa quando voltam tarde
de uma festa.
Conheça seis desculpas entre as mais usadas. Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
— Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até o socorro chegar... A gente não podia deixar
a pobre velhinha sozinha, não é?
— O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro.
Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
— Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
— Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
— Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se lembram?
— Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava ocupado!
Prezado Senhor,
A pipoca surgiu há mais de mil anos, na América, mas ninguém sabe ao certo como foi. Um nativo pode ter
deixado grãos de milho perto do fogo e, de repente: POP! POP! eles estouraram e viraram flocos brancos e
fofos.
Que susto!
Quando os primeiros europeus chegaram ao continente americano, no século 15, eles conheceram a pipoca
como um salgado feito de milho e usado pelos índios como alimento e enfeite de cabelo e colares.
Arqueólogos também encontraram sementes de milho de pipoca no Peru e no atual estado de Utah, nos
Estados Unidos. Por isso, acreditam que
ela já fazia parte da alimentação de vários povos da América no passado.
Disponível em: <www.recreionline.abril.com.br>
É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o
chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos.
Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair
suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de pai ou
Mãe-do-mato, Curupira e Caapora. Para os índios Guaranis, ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto
montando um porco do mato.
http://www.arteducação.pro.br
De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora sevem para
A) atrair suas vítimas
B) despistar caçadores
C) montar um porco do mato
D) proteger as matas
27. De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora sevem para
A) atrair suas vítimas
B) despistar caçadores
C) montar um porco do mato
D) proteger as matas
NÍVEL 6. 325 A 349: (Prova Brasil 2017.
28. Leia o texto e responda e responda à questão abaixo.
Naquela sexta-feira, à meia noite, teria lugar a 13ª Convenção Internacional das Bruxas, numa ilha super-remota
no Centro do Umbigo do Mundo, muito, muito longe.
Os preparativos para a grande reunião iam adiantados. A maioria das bruxas participantes já se encontrava
no local — cada qual mais feia e assustadora que a outra, representando seu país de origem. Todas estavam
muito alvoroçadas, ou quase todas, ainda faltavam duas, das mais prestigiadas: a inglesa e a russa.
Estavam atrasadas de tanto se enfeiarem para o evento. Quando se deram conta da demora, alarmadíssimas,
dispararam a toda, cada uma em seu veículo particular, para o distante conclave. A noite era tempestuosa,
escura como breu, com raios e trovões em festival desenfreado.
Naquela pressa toda, à luz instantânea de formidável relâmpago, as bruxas afobadas perceberam de súbito
que estavam em rota de colisão, em perigo iminente de se chocarem em pleno vôo! Um impacto que seria pior
do que a erupção de 13 vulcões! E então, na última fração de segundo antes da batida fatal, as duas frearam
violentamente seus veículos! Mas tão de repente que a possante vassoura da bruxa inglesa se assustou e
empinou como um cavalo xucro, quase derrubando sua dona. Enquanto isso a bruxa russa conseguiu desviar seu
famoso pilão para um vôo rasante, por pouco não raspando o chão!
BELINY, Tatiana. In. Era uma vez: 23 poemas, canções, contos e outros textos para enriquecer o repertório dos seus alunos. Revista Nova Escola, edição especial, vol. 4. p 16.
28. Por que a vassoura da bruxa inglesa empinou como um cavalo xucro?
A) porque ela saiu apressadíssima.
B) porque ela freou violentamente.
C) porque a noite era tempestuosa.
D) porque a bruxa russa desviou seu pilão.
28. Por que a vassoura da bruxa inglesa empinou como um cavalo xucro?
A) porque ela saiu apressadíssima.
B) porque ela freou violentamente.
C) porque a noite era tempestuosa.
D) porque a bruxa russa desviou seu pilão.
NÍVEL 1. 200 A 224: (Prova Brasil 2017.
29. Leia o texto para responder a questão abaixo:
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram
uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na
carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os
homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e
tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.
Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser
o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de
1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
Nomear
Francisco. Escolha de minha avó. Meu pai nasceu Francisco, nome frequente na família. Tio-avô, tios, primos, compadres e
afilhados. Admiração da família por São Francisco de Assis. Nenhum dos Franciscos da família nascidos em 4 de outubro.
Nenhum. Nascessem qualquer data: Francisco. Também os que ainda vão nascer: netos, bisnetos... Franciscos. Espera-se.
Gregório é sobrenome familiar. Descendência holandesa. Espalhados, a partir de Recife, pelas cidades do Nordeste, os
holandeses chegaram ao Vale do Açu, Rio Grande do Norte, e por lá constituíram família em parcerias com os “nativos”
(caboclos, índios, negros).
Francisco Gregório, meu pai. Minha avó, muito atenta e participativa, observou que em sua cidade muitos dos principais
cidadãos assinavam seus nomes em suas casas comerciais: Açougue Preço Bom de Sebastião da Silva; Farmácia Saudade de
Jacinto da Silva; Armazém tem tudo de Josué da Silva; Consultório Médico do Dr. Manoel da Silva; Escritório do Advogado
Tenório da Silva etc. Muitos eram os compadres e comadres da Silva. Pois bem, decidido pela minha avó: Francisco Gregório
da Silva, inaugurando na família o sobrenome comunitário: Silva.
Francisco Gregório Filho. Lembranças amorosas. SP: GLOBAL Editora 2000.
Rua do Sol
[...]
Mais um grande acontecimento sacudia a cidade. E toda a Rua do Sol participava da mesma estranha
agitação. Os pais confabulavam. Os vizinhos confraternizavam. Havia que olhar as crianças, vigiá-las, evitar que
ficassem na rua. A morte poderia surgir inesperadamente, arrastando-as. O primeiro automóvel circulava. Era
uma coisa inesperada, que andava por si, como se fosse um trem, mas sem locomotiva. Nada lembrava dos
bondinhos a burro que rolavam barulhentos pelas ruas.[...]
LESSA, Orígenes. Seleta.2 ed.Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
Inverno agrava escassez de bambu provocada pelo terremoto de maio do ano passado
O terremoto que matou 70 mil pessoas em maio do ano passado na província de Sichuan, no sudoeste da China, comoveu o
mundo também por causa da situação dos pandas. Sichuan é a região onde vive a maior parte desses ursos, em reservas e
centros de pesquisa. [...]
Quase um ano depois, a escassez de bambu é considerada a maior ameaça à sobrevivência dos pandas. No inverno, os
pandas continuam a se alimentar dessa planta. "O impacto destrutivo do terremoto será maior que o de 1983", disse Zhang
Hemin, diretor do Centro de Pesquisa e Conservação de Pandas Gigantes de Wolong. Zhang se refere a uma mortandade de
40% da população de pandas, naquele ano, devido a uma praga que devastou as florestas de bambu.
ANDRÉ FONTENELLE
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/ - 14/01/2009
Pegue a hospitalidade canadense, a praticidade americana e a bucólica paisagem britânica. Acrescente direitos humanos,
qualidade de vida, liberdade de imprensa e pontualidade suíça. E, para ficar melhor ainda, nesta receita não entra
corrupção. Pronto: você tem um blend para definir a Nova Zelândia, um pequeno país-ilha no sudoeste do Oceano Pacífico,
a 2000 km da Austrália. A maioria dos 4 milhões de kiwis (como o povo local é carinhosamente chamado), descendentes de
europeus, vive num ambiente em que tudo funciona, da máquina administrativa à infraestrutura turística. E no quesito
natureza, os cenários tiram o fôlego.
[...]
O Globo, 16/01/2017.
Vocabulário
“[...] você tem um blend para definir a Nova Zelândia[...]” = [...]você tem uma mistura para definir a Nova Zelândia.
http://www.blogger.com/feeds/1820070946129031883/posts/default
34. O garoto da tirinha é o Calvin. Pelo texto podemos perceber que Calvin
(A) é um menino muito organizado e calmo.
(B) guarda sua jaqueta dentro do armário.
(C) procura tranquilamente por sua jaqueta.
(D) acha estranho guardar as roupas no armário.
34. O garoto da tirinha é o Calvin. Pelo texto podemos perceber que Calvin
(A) é um menino muito organizado e calmo.
(B) guarda sua jaqueta dentro do armário.
(C) procura tranquilamente por sua jaqueta.
(D) acha estranho guardar as roupas no armário.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 2
No trecho “... isso traz enormes benefícios de saúde...” (3° parágrafo), o termo em destaque refere-se a
A) perder peso.
B) manter uma dieta.
C) evitar encontros com amigos.
D) desestimular as pessoas.
35. No trecho “... isso traz enormes benefícios de saúde...” (3° parágrafo), o termo em
destaque refere-se a
A) perder peso.
B) manter uma dieta.
C) evitar encontros com amigos.
D) desestimular as pessoas.
NÍVEL 6. 325 A 349: (PROVA BRASIL 2015).
36. Leia o texto abaixo.
Humor de adolescência
A convivência com os adolescentes é cheia de surpresas, pois esse ser mutante e complexo
apresenta constantes alterações de humor. [...] São seres indecisos e carentes, mas também
são rebeldes e defensivos.
A adolescência é uma fase que deixa marcas por toda uma vida. Nessa fase descobre-se a
sexualidade, o desejo de ser independente, a ousadia de experimentar o diferente e, entre
outras coisas, descobre-se também a beleza da liberdade e o valor do respeito.
A escola é, certamente, um dos locais em que as descobertas da adolescência ganham
maior evidência, pois é ali que adolescentes se relacionam com outros adolescentes, trocando
experiências e medos.
Os comportamentos dos adolescentes, tais como rebeldia, humor alterado, arrogância e
outros podem até ser explicados pela frequente metamorfose física e mental decorrente dessa
fase, porém, é preciso que o adolescente aprenda a respeitar os limites. E por mais difícil que
seja, professores, pais e amigos precisam lidar com essa complexa fase da vida.
A compreensão é, sem dúvida, fundamental, pois o adolescente necessita sentir-se num
ambiente amigável e confiável para assim agir de forma natural, espontânea e sensata. [...]
Quando há essa resistência em relacionar-se com respeito, surgem os maiores problemas,
pois os adolescentes partem para as provocações, rebeldia exagerada, descontrole e desprezo
por tudo que possa contrariá-los. Nenhuma relação suporta o desrespeito contínuo, e, quando
se trata de adolescente, os adultos – pais e educadores – podem
encontrar grandes e verdadeiros conflitos de relacionamento pela frente.
Apesar de não haver uma receita pronta, cabe aos adultos a tarefa de educarem os mais
jovens, mostrando o valor do respeito, da liberdade e da confiança, lembrando que o melhor
exemplo deve ser a própria conduta do adulto.
FRANÇA, Cláudia. Disponível em: <http://eaprender.ig.com.br/liquid.asp?RegSel=24&Pagina=1#materia>. Acesso em: 20 abr. 2017.
36. No trecho “... e desprezo por tudo que possa contrariá-los.” (6° parágrafo), a palavra
destacada substitui
A) adolescentes.
B) adultos.
C) educadores.
D) pais.
36. No trecho “... e desprezo por tudo que possa contrariá-los.” (6° parágrafo), a palavra
destacada substitui
A) adolescentes.
B) adultos.
C) educadores.
D) pais.
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2017).
37. Leia o texto abaixo.
37. No trecho “Com isso, a pressão arterial cai e ele passa a bater...”, a palavra destacada
refere-se à
A) alteração da frequência cardíaca.
B) ampliação dos vasos do nariz.
C) dilatação dos vasos do coração.
D) exposição excessiva ao sol.
37. No trecho “Com isso, a pressão arterial cai e ele passa a bater...”, a palavra destacada
refere-se à
A) alteração da frequência cardíaca.
B) ampliação dos vasos do nariz.
C) dilatação dos vasos do coração.
D) exposição excessiva ao sol.
NÍVEL 1. 200 A 224: (Prova Brasil 2017).
38. Leia o texto abaixo:
A floresta do contrário
LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. São Paulo: FTD, 1988.
38. No trecho “Elas estão lá e então o homem chega,” (2° parágrafo), a palavra destacada
refere-se a:
(A) flores.
(B) casas.
(C) florestas.
(D) árvores.
38. No trecho “Elas estão lá e então o homem chega,” (2° parágrafo), a palavra destacada
refere-se a:
(A) flores.
(B) casas.
(C) florestas.
(D) árvores.
NÍVEL 5.300 A 324: (PROVA BRASIL 2019).
39. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Linguagem Publicitária
[...]
Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários dos jornais, a mensagem publicitária cria e exibe
um mundo perfeito e ideal [...] Tudo são luzes, calor e encanto, numa beleza perfeita e não perecível.
[...]
Como bem definiu certa vez um gerente de uma grande agência francesa, publicidade é “encontrar algo de extraordinário
para falar sobre coisas banais”.
[...]
CARVALHO, Nelly de. A linguagem da sedução.São Paulo: Ática, 1996.In: CEREJA,William Roberto e MAGALHÃES, Thereza. Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2006.
No trecho “Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários dos jornais, a mensagem publicitária cria e
exibe um mundo perfeito e ideal [...]”, a palavra destacada está no mesmo campo de significado de
(A) confuso.
(B) perfeito.
(C) ideal.
(D) encanto.
39. No trecho “Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários dos
jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um mundo perfeito e ideal [...]”, a palavra
destacada está no mesmo campo de significado de
(A) confuso.
(B) perfeito.
(C) ideal.
(D) encanto.
NÍVEL 1. 200 A 224: (PROVA BRASIL 2017).
40. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Minha bicicleta
Sérgio Caparelli
A Máquina
Lúcia Carvalho
Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá, num final de semana, separar e dividir
as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma tremenda
confusão.
Foi quando ouvi meus filhos me chamarem.
– Mãe! Maiê!
– Faaala.
Eles apareceram, esbaforidos.
– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém quiser, essa coisa pode ficar para a gente? Hein?
– Depende. Que é?
Eles falavam juntos, animadíssimos.
– Ééé... uma máquina, mãe.
– É só uma máquina meio velha.
– É, mas funciona, está ótima!
Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
– Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?
– Sei.
– Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a
gente vai, digita, digita...
Ela ia se animando, os olhos brilhando.
– ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal! Direto, na
mesma hora, eu juro!
Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação de uma máquina de
escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Continuava.
– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a impressão tipo na hora, e não
precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no Word, de escrever
olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina tuuudo ligada uma na
outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E
nem precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.
– Nossa, filha...
(Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.)
41. A repetição das vogais no trecho “..ligaaar, .esperar hoooras,...” pretende realçar
(A) o som de eco, dada a amplitude da casa da menina.
(B) o pouco tempo que o computador demora para inicializar.
(C) a falta de qualidade na impressão de um documento.
(D) o longo tempo de inicialização do computador.
41. A repetição das vogais no trecho “..ligaaar, .esperar hoooras,...” pretende realçar
(A) o som de eco, dada a amplitude da casa da menina.
(B) o pouco tempo que o computador demora para inicializar.
(C) a falta de qualidade na impressão de um documento.
(D) o longo tempo de inicialização do computador.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2015). Com o bichão aí sentado?
42. Leia o texto abaixo e responda. O meu pai não vê o bicho, deve estar ruim de vista.
Podia me deixar dormindo, enquanto ia ao oculista...
Espera um pouco, papai...
Não precisa ser agora.
daqui a cinco minutos o elefante vai embora!
Mas meu pai insiste tanto, que eu levanto, carrancudo.
Vou pra escola, que remédio,
Com o bicho nas costas e tudo!
Perdi o sono, por que será? Mamãe uma visita diferente. Depois do jantar ouvimos um barulho enorme. Eram
cavalos relinchando. Alguém bateu à porta. Watson, nosso mordomo, foi abrir.
Era um homem esquisito: branco, magro, vestido de preto. Meu cão Brutus começou a latir. O homem ficou
parado na porta. Disse Watson que uma roda de sua carruagem havia se quebrado. Mamãe convidou o
desconhecido para entrar. Ele deu um sorriso largo, estranho.
Talvez eu estivesse com sono, mas quando ele passou diante do espelho, ele não apareceu. Mamãe ofereceu
chá ao estrangeiro. Ele disso que seu nome era Drácula e que morava num lugar chama Transilvânia. E dá dormir
com tudo isso? Escreve.
Edgard
A frase "mamãe ofereceu chá ao estrangeiro" também poderia ser escrita da seguinte forma: mamãe ofereceu
chá
(A) a seu visitante.
(B) ao visitante dele.
(C) a meu visitante.
(D) a ela.
43. A frase "mamãe ofereceu chá ao estrangeiro" também poderia ser escrita da seguinte
forma: mamãe ofereceu chá
(A) a seu visitante.
(B) ao visitante dele.
(C) a meu visitante.
(D) a ela.
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2015).
44. Leia o texto abaixo e responda.
A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do
presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? – perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta...
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada não...
(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)
44. No diálogo entre pai e filho, a repetição dos termos liga, manual de instrução, faz e bola é
explorada pelo autor para
(A) destacar o fato de que os dois dão o mesmo valor a essas palavras.
(B) caracterizar o desencontro entre duas visões do mesmo objeto.
(C) intensificar o mistério que o estranho presente representa para ambos.
(D) mostrar que ambos estão envolvidos na mesma investigação.
44. No diálogo entre pai e filho, a repetição dos termos liga, manual de instrução, faz e bola é
explorada pelo autor para
(A) destacar o fato de que os dois dão o mesmo valor a essas palavras.
(B) caracterizar o desencontro entre duas visões do mesmo objeto.
(C) intensificar o mistério que o estranho presente representa para ambos.
(D) mostrar que ambos estão envolvidos na mesma investigação.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2017).
45. Leia o texto abaixo e responda.
[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para
repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a
reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de
fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou
menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade
de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da
humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação
às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições
como a ONU.
FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2016. Fragmento.
No trecho “Isso tem implicações na estrutura e na...” (ℓ. 11), o pronome destacado retoma
A) quantidade de pessoas.
B) queda da taxa de fertilidade.
C) história da humanidade.
D) cotidiano das pessoas.
45. No trecho “Isso tem implicações na estrutura e na...” (ℓ. 11), o pronome destacado
retoma
A) quantidade de pessoas.
B) queda da taxa de fertilidade.
C) história da humanidade.
D) cotidiano das pessoas.
NÍVEL 5. 300 A 324 (PROVA BRASIL 2017).
46. Leia o texto abaixo.
Plástico de bactérias
Sacos de supermercado, garrafas de refrigerantes, vasilhas e brinquedos são só alguns dos incontáveis objetos
que podem ser feitos de plástico.
Há um plástico diferente que é produzido por bactérias. Ele é biodegradável – ou seja, decompõe-se com
grande facilidade, desaparecendo do meio ambiente em cerca de doze meses: tempo muito menor do que o
plástico convencional.
O plástico biodegradável é feito de polihidroxialcanoatos. O nome é tão difícil de pronunciar que os
pesquisadores usam a sigla PHAs para facilitar. Mas o que são os PHAs?
São moléculas produzidas por inúmeros micro-organismos. [...] Ela produz essas moléculas
em seu interior na forma de grânulos e as utiliza como fonte energética. Manipulados pelos cientistas, os PHAs
adquirem propriedades similares às do plástico convencional.
O plástico biodegradável tem muitas utilidades: pode ser usado na fabricação de embalagens para produtos de
limpeza, higiene, cosméticos e medicamentos, entre outros. Na área médica, o bioplástico serve também para
fazer fios de sutura, próteses ósseas e cápsulas ─ que, inseridas debaixo da pele, liberam gradualmente
medicamentos na corrente sanguínea.
A grande vantagem do plástico biodegradável é reduzir a poluição do meio ambiente.
Enquanto o plástico comum depende de uma fonte que pode acabar (o petróleo) e se acumula, sujando rios,
lagos e terrenos, o bioplástico desaparece com rapidez. [...]
Ciência Hoje. nov. 2010, p. 15.
46. No trecho “Ele é biodegradável ─...” (2° parágrafo), a palavra destacada refere-se a
A) brinquedo.
B) meio ambiente.
C) micro-organismo.
D) plástico.
46. No trecho “Ele é biodegradável ─...” (2° parágrafo), a palavra destacada refere-se a
A) brinquedo.
B) meio ambiente.
C) micro-organismo.
D) plástico.
NÍVEL 5. 300 A 324 (PROVA BRASIL 2017).
47. Leia o texto abaixo.
Um mundo caótico
Na origem, nada tinha forma no universo. Tudo se confundia, e não era possível distinguir a terra do céu e
do mar. Esse abismo nebuloso se chamava Caos. Quanto tempo durou? Até hoje não se sabe.
Uma força misteriosa, talvez um deus, resolveu pôr ordem nisso. Começou reunindo o material para moldar
o disco terrestre, depois o pendurou no vazio. Em cima, cavou a abóbada celeste que encheu de ar e de luz.
Planícies verdejantes se estenderam na superfície da terra, e montanhas rochosas se ergueram acima dos vales.
A água dos mares veio rodear as terras. Obedecendo à ordem divina, as águas penetraram nas bacias, para
formar lagos, torrentes desceram das encostas, e rios serpentearam entre os barrancos.
Assim foram criadas as partes essenciais de nosso mundo por essa força misteriosa. Elas só esperavam seus
habitantes. Os astros e os deuses logo iriam ocupar o céu, depois, no fundo do mar, os peixes estabeleceriam seu
domicílio, o ar seria reservado aos pássaros e a terra a todos os outros animais.
Era necessário um casal de divindades para que novos seres e deuses fossem gerados. Foram Urano, o Céu, e
Gaia, a Terra, que puseram no mundo uma porção de seres estranhos.
(Claude Pouzadoux, Contos e lendas da Mitologia Grega)
47. Assinale a alternativa em que os episódios da criação do mundo, segundo a Mitologia Grega, estão na mesma ordem
apresentada no texto “Contos e lendas da Mitologia Grega”:
(A) Surge uma força misteriosa – o caos se instaura – Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo – Terra, céu, rios e
mares são criados – Deuses, astros e animais habitam o mundo.
(B) Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo – Terra, céu, rios e mares são criados – Deuses, astros e animais habitam
o mundo – surge uma força misteriosa – o caos se instaura.
(C) Existia apenas o caos – surge uma força misteriosa – Terra, céu, rios e mares são criados – Deuses, astros e animais
habitam o mundo – Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo.
(D) Existia apenas o caos – Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo – Terra, céu, rios e mares são criados – Deuses,
astros e animais habitam o mundo – surge uma força misteriosa.
47. Assinale a alternativa em que os episódios da criação do mundo, segundo a Mitologia
Grega, estão na mesma ordem apresentada no texto “Contos e lendas da Mitologia Grega”:
(A) Surge uma força misteriosa – o caos se instaura – Urano e Gaia são gerados para cuidar do
mundo – Terra, céu, rios e mares são criados – Deuses, astros e animais habitam o mundo.
(B) Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo – Terra, céu, rios e mares são criados –
Deuses, astros e animais habitam o mundo – surge uma força misteriosa – o caos se instaura.
(C) Existia apenas o caos – surge uma força misteriosa – Terra, céu, rios e mares são criados –
Deuses, astros e animais habitam o mundo – Urano e Gaia são gerados para cuidar do
mundo.
(D) Existia apenas o caos – Urano e Gaia são gerados para cuidar do mundo – Terra, céu, rios e
mares são criados – Deuses, astros e animais habitam o mundo – surge uma força misteriosa.
NÍVEL 5. 300 A 324 (PROVA BRASIL 2017).
48. Leia o texto abaixo.
Menina apaixonada oferece
um coração cheio de vento
onde quem quiser pode soprar
três sementes de sonho.
O coração da menina
ilumina as noites escuras
como se fosse um farol.
É um coração como todos os outros:
às vezes diz sim
às vezes diz não
às vezes diz sim
às vezes diz não
e tem sempre uma enorme
fome de sol.
MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.
A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no leitor a sensação de
A) desarmonia em relação à estrutura dos versos.
B) humor em relação a algo sugerido a respeito da menina.
C) oposição em relação aos versos anteriores.
D) movimento e ritmo em relação às batidas do coração da menina.
48. A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no
leitor a sensação de
A) desarmonia em relação à estrutura dos versos.
B) humor em relação a algo sugerido a respeito da menina.
C) oposição em relação aos versos anteriores.
D) movimento e ritmo em relação às batidas do coração da menina.
NÍVEL 8. 375 A 399: (PROVA BRASIL 2019).
49. Leia o texto abaixo.
Ana Terra
Ana sentia-se animada, com vontade de viver. Sabia que, por piores que fossem as coisas que estavam por vir, não
podiam ser tão horríveis como as que já tinha sofrido. Esse pensamento dava-lhe uma grande coragem. E ali
deitada no chão, a olhar para as estrelas, ela se sentia agora tomada por uma resignação que chegava quase a ser
indiferença.
Tinha dentro de si uma espécie de vazio: sabia que nunca mais teria vontade de rir nem de chorar. Queria
viver, isso queria, e em grande parte por causa de Pedrinho, que afinal de contas não tinha pedido a ninguém
para vir ao mundo. Mas queria viver também de raiva, de birra. A sorte andava sempre virada contra ela, pois Ana
estava agora decidida a contrariar o destino. Ficaria louca de pensar no dia em que deixara Sorocaba para vir
morar no Continente. Vezes sem conta tinha chorado de tristeza e de saudade daqueles cafundós.
VERÍSSIMO, Érico. Ana Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 70-71. Fragmento.
No trecho “...que chegava quase a ser indiferença.” (1° parágrafo), a palavra destacada refere-se ao termo
A) pensamento.
B) resignação.
C) vazio.
D) vontade.
49. No trecho “...que chegava quase a ser indiferença.” (1° parágrafo), a palavra destacada
refere-se ao termo
A) pensamento.
B) resignação.
C) vazio.
D) vontade.
NÍVEL 5. 300 A 324 (PROVA BRASIL 2019).
50. Leia o texto abaixo.
Estimulantes, o alívio imediato
Às vezes, o cansaço é tão grande que a vontade que dá é a de tirar um cochilo ali mesmo: na mesa do escritório, bem na frente
do computador. Se os alimentos energéticos reduzem o cansaço físico, os estimulantes combatem a fadiga mental. Os principais
representantes do gênero são o chá e o café. “Uma xícara de chá ou de café logo após a refeição não só melhora a digestão, como
também proporciona um pique extra para enfrentar o período da tarde”, garante Tâmara Mazaracki. Tanto o chá como o café são
ricos em cafeína, um estimulante que reduz a fadiga e melhora a concentração. Mas, para algumas pessoas, três ou quatro xícaras
de café por dia já são suficientes para causar efeitos prejudicais ao organismo, como ansiedade e irritação. Na dúvida, vale a pena
conferir: uma xícara de chá contém de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma lata de refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma xícara de
café forte pode chegar a 200 mg da substância. Ao chá e café, a nutricionista Gisele Lemos acrescentaria o bom e velho chocolate.
“Os alimentos estimulantes são considerados infalíveis porque proporcionam um revigoramento mental, quase instantâneo”,
justifica. Já a nutricionista Letícia Pacheco recomenda o ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale lembrar que qualquer
vegetal verde tem clorofila em sua composição. Por isso mesmo, a lista de opções é grande e inclui folhas de couve, talos de
brócolis e hortelã. Você pode misturá-las com frutas, como limão, abacaxi ou laranja.
Revista Viva Saúde, número 76, Escala, p. 17.
No trecho “Você pode misturá-las com frutas, ...” (final do último parágrafo), o pronome em destaque refere-se
A) xícaras de café.
B) xícaras de chá.
C) folhas verdes.
D) frutas.
50. No trecho “Você pode misturá-las com frutas, ...” (final do último parágrafo), o pronome
em destaque refere-se
A) xícaras de café.
B) xícaras de chá.
C) folhas verdes.
D) frutas.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2017).
51. Leia o texto abaixo.
Sondagem
O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam pesada a carga matinal, que na sua opinião, e dado
seu nome burocrático, devia constituir-se apenas de cartas. No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes
e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso deve ser de morte!
Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se admira:
– Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que tem no miolo?
– Em primeiro lugar, Teodorico, nem sempre eu guardo. Às vezes dou aos amigos, quando há alguma coisa que
possa interessar a eles.
– Mas como sabe que pode interessar, se não leu?
Esclareço a Teodorico que não leio de ponta a ponta, mas sempre abro ao acaso, leio uma página ou umas
linhas, passo os olhos no índice, e concluo.
Meu crédito diminui sensivelmente a seus olhos. Não lhe passaria pela cabeça receber qualquer coisa do
correio sem ler inteirinha.
– Mas, Teodorico, quando você compra um jornal se sente obrigado a ler tudo que está nele?
– Aí é diferente. Eu compro o jornal para ver os crimes, o resultado do seu-talão-vale-um-milhão etc. Leio
aquilo que me interessa.
– Eu também leio aquilo que me interessa. [...]
Ficou pensativo, à procura de argumento? Enquanto isso, eu meditava a curiosidade de um carteiro que se
queixa de entregar muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
– Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
– Como não adianta? Lava o espírito.
– No meu fraco raciocínio, tudo é encadeado neste mundo. Ou devia ser. Uma coisa nunca acontece sozinha
nem acaba sozinha. Se uma pessoa, vamos dizer, eu, só para armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve
existir um outro – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se o senhor não liga a mínima,
foi besteira eu fazer esse esforço, e isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.
ANDRADE, Carlos Drumond. In: WERNECK, Humberto. Boa companhia: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.31-33.
No trecho “... isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.” (final do último parágrafo), o pronome
destacado refere-se ao fato de o narrador
A) ter diminuído o crédito com o carteiro.
B) presentear sempre os amigos com livros.
C) ler apenas uma página ou umas linhas.
D) dar pouca importância a um livro recebido.
51. No trecho “... isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.” (final do último
parágrafo), o pronome destacado refere-se ao fato de o narrador
A) ter diminuído o crédito com o carteiro.
B) presentear sempre os amigos com livros.
C) ler apenas uma página ou umas linhas.
D) dar pouca importância a um livro recebido.
NÍVEL 9. 400 A 425: (PROVA BRASIL 2019).
52. Leia os textos abaixo.
Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que
testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele
não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto.
Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente – minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu
que, certo dia, nosso pai mandaram fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como
para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para
dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que
nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no
tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo,
calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira.
E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras
palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia
esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: – “Cê vai, ocê fique, você nunca
volte!” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos.
Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito
perguntei: – “Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?” Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a
bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai
entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo – a sombra dela por igual, feito um jacaré,
comprida longa.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. 15º ed. Rio de Janeiro. Nova fronteira. 2001. p 79. fragmento. Adaptado: Reforma ortográfica.
No trecho “...nosso pai mandou fazer para si uma canoa.” (2° parágrafo), o termo destacado corresponde
A) à canoa.
B) ao olhar.
C) à mãe.
D) ao pai.
52. No trecho “...nosso pai mandou fazer para si uma canoa.” (2° parágrafo), o termo
destacado corresponde
A) à canoa.
B) ao olhar.
C) à mãe.
D) ao pai.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 3
VERDE
No Nordeste brasileiro, as estações do ano são só duas: o inverno, de fevereiro a maio, é o tempo das chuvas; depois é o longo
verão sem chuvas, de junho a janeiro.
Em julho, a folha do mato começa a mudar. De agosto a setembro, as folhas secam e caem. De outubro em diante, o verde já
desapareceu dos campos e das árvores. É só o chão ruivo e nu, as árvores de galhos secos parecem mortas. Verdes, só de longe
em longe alguns juazeiros, que não perdem as folhas.
A gente de lá adora o inverno, com suas águas, mas também gosta do tempo seco.
Aquele sol de verão parece que purifica. Por ali não existem essas doenças dos climas úmidos, como impaludismo, as feridas
bravas, a sapiranga nos olhos, tantas outras. Todo mundo colheu e guardou o milho e o feijão. Tendo mais uma cabra para dar
leite às crianças, as galinhas no quintal, mandioca para fazer farinha, os sertanejos acham que é uma boa vida.
Assim mesmo, a terra seca do verão não deixa de ser triste e até feia. Mas então, por fins de janeiro, começo de fevereiro,
de repente, dá uma grande chuva, passa um dia e uma noite chovendo. E, na manhã seguinte, quando a gente se levanta,
descobre um milagre.
O chão, as moitas, as árvores – está tudo coberto de verde! Os galhos secos se encheram de rebentos verdes, e a terra está
feito um tapete cerrado de brotos verdes que o povo chama babugem.
O sertão ressuscita, vestido de verde, e é a coisa mais linda do mundo.
QUEIROZ, Rachel de. Memórias de Menina. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.
53. Nesse texto, “babugem” (penúltimo parágrafo) é o mesmo que
A) cabra para dar leite às crianças.
B) mandioca para fazer farinha.
C) terra muito seca do verão.
D) terra coberta de brotos verdes.
53. Nesse texto, “babugem” (penúltimo parágrafo) é o mesmo que
A) cabra para dar leite às crianças.
B) mandioca para fazer farinha.
C) terra muito seca do verão.
D) terra coberta de brotos verdes.
NÍVEL 5. 300 A 324 (PROVA BRASIL 2017).
54. Leia o texto abaixo.
História da hora
Ele já estava alguns minutos atrasado. A namorada dele havia pedido que ele estivesse lá no relógio do shopping às oito
horas em ponto porque a sessão começaria às oito e quinze.
O chefe dele pediu para que ele terminasse um serviço. Mesmo ele correndo para dar tempo de fazer tudo, ele acabou se
atrasando na hora de sair do trabalho. Quando ele se deu conta, já eram sete e quarenta e cinco. Imediatamente ele se
lembrou de que o estacionamento onde estava o carro dele fechava às dezenove e trinta da noite. Mesmo tendo perdido a
hora, ele foi correndo para ver se dava tempo de ele ainda pegar o carro. Tarde demais!
O tiozinho do estacionamento disse ao rapaz da relojoaria vizinha que ele não poderia esperar por mais ninguém. Ele
tinha que fechar o estabelecimento na hora certa por conta de um compromisso importantíssimo que ele tinha às oito horas
da noite lá no centro da cidade.
Ele olhou para o relógio. Já eram sete e cinquenta e oito. Ele resolveu ligar para a namorada e dizer a ela que,
infelizmente, apesar de ele ter corrido contra o relógio, ele não conseguiria chegar a tempo de assistir ao filme que ela há
tantos dias esperava ver.
Ela deu um tempo e pensou. Depois, num gesto de extrema compreensão, disse ao rapaz:
Tudo bem, amor! Não vai faltar tempo e nem oportunidade para que, no futuro, a gente possa assistir a esse filme da
hora.
SILVA, Edson Rodrigues. Disponível em: <http://recantodacronica.blogspot.com.br/2010/10/texto-cronica-historia-da-hora-cronicas.html>. Acesso em: 17 nov. 2015.
54. Nesse texto, no trecho “Quando ele se deu conta,” (2° parágrafo), a expressão destacada
significa
A) fazer um cálculo.
B) pagar uma dívida.
C) perceber algo.
D) ter capacidade.
54. Nesse texto, no trecho “Quando ele se deu conta,” (2° parágrafo), a expressão destacada
significa
A) fazer um cálculo.
B) pagar uma dívida.
C) perceber algo.
D) ter capacidade.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2017).
54. Leia o texto abaixo.
Bancos e cadeiras
Era uma vez um homem que fazia bancos. Aprendeu desde pequeno a arte de fazer bancos e, como era rápido e vendia a
mercadoria com facilidade, nunca quis fazer outra coisa.
Ao lado da oficina do homem que fabricava bancos, instalou-se um outro artesão. Mas este só fabricava cadeiras. Os
clientes começaram a dividir-se.
Alguns continuavam a comprar bancos, que eram mais baratos, mas outros preferiam comprar cadeiras, um pouco mais
caras, mas mais cômodas.
O homem que fazia bancos enervou-se. Para poder vender bem o produto do seu trabalho, baixou para metade o preço dos
bancos. Os bancos continuavam do mesmo tamanho, o preço é que era mais baixo.
O concorrente ao lado fez o mesmo. Uma cadeira passou a ser tão barata que até dava vontade de rir.
Aproveitando a baixa de preços, cada vez iam mais clientes às oficinas. Mas aquilo era um disparate, tanto maior quanto,
descendo os preços, de dia para dia, chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dados.
Os dois artesãos fartavam-se de trabalhar, noite e dia, para responder aos pedidos. Arruinavam-se. Isto
mesmo lhes disse Joaquim, um amigo de ambos.
Por que é que vocês não se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos, ao mesmo tempo e por um
preço razoável? A princípio, eles não queriam. Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razões de
queixa do outro. Mas conformaram-se, a ver no que dava. Deu certo. A Sociedade Banco & Cadeira, formada pelos dois
antigos rivais, agora amigos, vai de vento em popa.
TORRADO, Antonio. Disponível em: <http://www.anossaescola.com/cr/testes/dulcilene/leituraeinterpretacao.htm>. Acesso em: 4 mar. 2014.
54. Nesse texto, no trecho “Mas aquilo era um disparate,” (6° parágrafo), a palavra destacada tem
sentido de
A) absurdo.
B) bobagem.
C) brincadeira.
D) problema.
54. Nesse texto, no trecho “Mas aquilo era um disparate,” (6° parágrafo), a palavra destacada
tem
sentido de
A) absurdo.
B) bobagem.
C) brincadeira.
D) problema.
NÍVEL 3. 250 A 274 (PROVA BRASIL 2019).
55. Leia o texto abaixo.
Querida Ângela,
Depois que você foi embora para Ribeirão Preto, eu fiquei um tempão andando pela casa que nem barata tonta, achando
tudo muito sem graça. Cada vez que eu pensava que ia ter que esperar as outras férias para brincar outra vez com você, me
dava vontade de sair gritando de raiva. Mamãe me deu um picolé para eu ficar contente, mas a raiva era tanta que eu mastiguei
toda a ponta do pauzinho, até ficar franjinha. Mais tarde a Maria e a Cláudia vieram me chamar para brincar. Nós ficamos
pulando corda na calçada, e depois sentamos no muro e ficamos brincando de botar apelidos nos meninos. O Carlinhos ficou
sendo o Carlão-sem-sabão. Toda vez que a mãe dele chamava para tomar banho, ele volta depois com outra roupa, mas com a
mesma cara. A Cláudia disse que o Carlinhos abre o chuveiro só pra mãe dele ouvir o barulho, mas vai ver ele fica sentado na
privada vendo a água correr. Aí troca de roupa, e pronto.
A mania do Chico é dizer que um jogo não valeu sempre que ele está perdendo. Então, o apelido dele ficou sendo mesmo
“Chico-não-valeu”. Não deu para inventar mais apelido porque os meninos ficaram loucos da vida, quiseram tomar a corda da
gente e começaram a puxar nosso cabelo. No fim cansou, a gente acabou indo todo mundo jogar queimada na casa do
Fernando.
Eu voltei para casa contente da vida, mas quando o Fábio me viu foi dizendo: “Tá tristinha porque a priminha foi embora?
Vai ser ruim mexericar sozinha por aí, né?” Ah, Ângela, que raiva! Às vezes dá vontade de trocar esse irmão marmanjo por uma
irmã do meu tamanho como você!
Um beijo,
Marisa
Disponível em: <http://migre.me/n6vSo>. Acesso em: 25 nov. 2014.
55. No trecho “... que nem barata tonta,...” (2° parágrafo), a expressão destacada tem o
sentido de
A) estar doente.
B) estar preocupado.
C) ficar cansado de rodar.
D) ficar sem saber o que fazer.
55. No trecho “... que nem barata tonta,...” (2° parágrafo), a expressão destacada tem o
sentido de
A) estar doente.
B) estar preocupado.
C) ficar cansado de rodar.
D) ficar sem saber o que fazer.
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2019).
56. Leia o texto abaixo.
Bucolismo
Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos
costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A base material do
progresso consubstanciava-se nas cidades. Mudava o mundo, modernizavam-se as cidades e, consequentemente,
redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos prados e nos campos, os
indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do
burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bucolismo>. Acesso em: 6 abr. 2014. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino.”, a palavra
destacada tem o sentido de
A) agitação.
B) buzina.
C) cansaço.
D) sussurro.
56. Nesse texto, no trecho “Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do
burburinho citadino.”, a palavra destacada tem o sentido de
A) agitação.
B) buzina.
C) cansaço.
D) sussurro.
NÍVEL 3. 250 A 274: (PROVA BRASIL 2019).
57. Leia o texto abaixo.
Você já deve ter quebrado muito a cabeça pra responder àquela velha pergunta sobre o ovo e a galinha... Ora,
convenhamos, desde que os cientistas anunciaram o parentesco entre a dita-cuja e os dinossauros, não é
preciso nenhum Charles Darwin para matar essa charada...
Por um capricho da natureza, ficou decidido que os dinossauros pulariam de grandalhões para a categoria
peso-pena, passariam a acordar com as galinhas e seriam bichos muito bons de bico. Daí, foi só uma
tiranossauro botar um ovo com um pintinho dentro para dar início à era das galináceas no planeta. Pronto: o
ovo veio primeiro.
E já que estamos falando sobre as transformações no reino animal, é bom lembrar que a evolução não é
privilégio apenas das cocoriquentas. Tempos depois de um cavalo amarelo-malhado ter tomado chá de
trepadeira e ficado com as folhas entaladas na garganta, transformou-se numa girafa. Quando um
camundongo gigante cansou de levar seus filhos a tiracolo e amarrou uma bolsa na barriga, virou um canguru.
Já a gelatina que teve a sorte de ser resgatada do Mar Morto por um salva-vidas, ah, virou uma água-viva!
E os reveses nas espécies não param por aí. Tem exemplos de revespécie pra dar e vender: Veja só:
Quem já era devagar quase parando virou preguiça.
Quem tinha samba no pé, virou cuíca.
57. No trecho “Você já deve ter quebrado muito a cabeça...” (1° parágrafo), a expressão em destaque
significa
A) distrair.
B) ferir.
C) machucar.
D) pensar.
57. No trecho “Você já deve ter quebrado muito a cabeça...” (1° parágrafo), a expressão
em destaque
significa
A) distrair.
B) ferir.
C) machucar.
D) pensar.
NÍVEL 6. 325 A 349: (PROVA BRASIL 2017).
58. Leia o texto abaixo.
Após várias tentativas de se unificar a ortografia da Língua Portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar
no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas
regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como
língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além
disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança! [...]
A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar
www.academia.org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as
respostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia.
Visite esta seção e tire todas as suas dúvidas de maneira rápida e objetiva, proporcionada por uma linguagem simples e
prazerosa. Fique sabendo de todas as mudanças ortográficas significativas para o Brasil! É só clicar e informar-se!
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/acordo-ortografi co/>. Acesso em: 30 jun. 2016. Fragmento.
No trecho “É só clicar e informar-se!” (5° parágrafo), o verbo destacado pode ser substituído por
A) apertar.
B) acessar.
C) estalar.
D) fixar.
58. No trecho “É só clicar e informar-se!” (5° parágrafo), o verbo destacado pode ser
substituído por
A) apertar.
B) acessar.
C) estalar.
D) fixar.
NÍVEL 3. 250 A 274: (PROVA BRASIL 2017).
59. Leia os textos abaixo.
Não estresse: você tem mais tempo do que pensa
Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução simples, embora de aplicação difícil: mude-se para
Vênus. Lá, o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra [...]. Imagine só. Daria para trabalhar, pegar um cineminha,
encontrar os amigos, cuidar do cachorro, tirar uma soneca depois do almoço [...]. Deve ser por isso que nunca se viu um
venusiano reclamar de estresse. Diante das 5 832 horas do dia de Vênus, é compreensível que os terráqueos se queixem
tanto de seus dias de 24 horas. Segundo a escritora americana Laura Vanderkam, porém, reclamamos de barriga cheia. Seu
livro 168 hours. You have more time than you think (168 horas. Você tem mais tempo do que pensa), ainda não lançado no
Brasil, tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organização do tempo. A primeira é que
somos bem menos ocupados do que imaginamos. A segunda é que a melhor maneira de aproveitar bem o tempo é não se
preocupar tanto assim com ele.
Nossa vida é tão corrida que livros sobre como administrar o tempo se tornaram um gênero à parte nos últimos anos
[...]. Em geral, eles partem de uma premissa: o dia é curto para tantas tarefas. A melhor maneira de lidar com isso, segundo
eles, é preenchê-lo [...]. De forma rigorosa, cumprindo todas as tarefas de trabalho sem procrastinar e planejando o tempo
restante para aproveitar cada segundo com a família [...] ou praticando esportes. [...]
OSHIMA, Flávia Yuri. Disponível em: <http://migre.me/fAudK>. Acesso em: 23 jul. 2013. Fragmento.
59. No Texto, no trecho “... porém, reclamamos de barriga cheia.” (1° parágrafo), a
expressão em destaque tem o mesmo sentido de
A) com pressa.
B) com raiva.
C) sem fome.
D) sem motivo.
59. No Texto, no trecho “... porém, reclamamos de barriga cheia.” (1° parágrafo), a
expressão em destaque tem o mesmo sentido de
A) com pressa.
B) com raiva.
C) sem fome.
D) sem motivo.
NÍVEL 7. 350 A 374 (Prova Brasil 2017).
60. Leia o texto abaixo:
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente atuante nas duas áreas.
Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros.
Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior.
Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos indícios de uma
realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e
dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias.
Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo da mídia, como, por
exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”.
Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999.
60. A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (1° parágrafo) significa que Scliar é
(A) crítico e detalhista.
(B) criativo e inconsequente.
(C) habilidoso e talentoso.
(D) inteligente e ultrapassado.
60. A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (1° parágrafo) significa
que Scliar é
(A) crítico e detalhista.
(B) criativo e inconseqüente.
(C) habilidoso e talentoso.
(D) inteligente e ultrapassado.
NÍVEL 6. 325 A 349: (Prova Brasil 2017).
61. Leia o texto abaixo: 61. No verso "e a minha alcova tem a tepidez de um ninho" (v. 6), a
expressão sublinhada dá sentido de um lugar:
Duas Almas (A) aconchegante.
(B) belo.
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada, (C) brando.
entra, e sob este teto encontrarás carinho: (D) elegante.
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...
O Pavão
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri
que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a
luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz
ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em
mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores.
Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades
dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava
exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses
lugares predispunham as pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram
atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia. Rio de Janeiro: Ouro, 1967
Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A Casa da Moeda do Brasil.
Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas.
A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar moedas com o ouro
extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e prata, mas depois se passou a produzir
moedas de cobre para pequenos valores.
[...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a Gráfica Geral e o
Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é o responsável pela concepção técnica e
artística dos artigos elaborados pela instituição.
O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento).
O terceiro parágrafo do texto é iniciado pela palavra “Ela...”. Esta palavra substitui o seguinte termo
(A) A Casa da Moeda. (2° parágrafo)
(B) da mineração. (2° parágrafo)
(C) a Gráfica Geral. (3° parágrafo)
(D) concepção técnica e artística. (3° parágrafo)
64. O terceiro parágrafo do texto é iniciado pela palavra “Ela...”. Esta palavra substitui o
seguinte termo
(A) A Casa da Moeda. (2° parágrafo)
(B) da mineração. (2° parágrafo)
(C) a Gráfica Geral. (3° parágrafo)
(D) concepção técnica e artística. (3° parágrafo)
NÍVEL 6. 325 A 349: (PROVA BRASIL 2019).
65. Leia o texto para responder à questão a seguir:
[...] O dia da corrida foi logo marcado. O leopardo, certo de que ia vencer, convocou todos os animais da floresta para
vê-lo derrotar a grandona. Os bichos acorreram para se divertir e torcer pela derrota da girafa.
Assim que foi dada a largada, os dois saíram lado a lado, mas logo o leopardo tomou a dianteira. Corria tanto que
acabou chocando-se contra uma árvore e teve de abandonar a competição.
A bicharada ficou muito decepcionada ao ver a girafa se tornar campeã.
Depois da vitória, ela ficou mais faladora ainda.
Ninguém tinha mais paciência para aguentar aquele blá-blá-blá infindável. Até que o macaco, esperto como ele só,
resolveu dar um jeito na questão.
Ele tirou um bocado de resina de uma árvore e misturou-a na ramaria que a girafa costuma mastigar. Depois,
escondeu-se, esperando a falastrona chegar para comer.
As folhas prenderam-se no comprido pescoço da girafa e, por mais que ela tossisse e cuspisse, ficaram grudadas em
sua garganta, calando-a para sempre. Daí em diante, seus descendentes passaram a nascer sem voz.
Barbosa, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. SP:Editora do Brasil, 200
65. No trecho “... mais paciência para aguentar aquele blá-blá-blá infindável,” (5° parágrafo)
a expressão destacada
(A) revela um tipo de música cantada pela girafa.
(B) ressalta o falatório da girafa.
(C) ratifica o grito de vitória da girafa.
(D) reforça a decepção dos animais com a vitória da girafa.
65. No trecho “... mais paciência para aguentar aquele blá-blá-blá infindável,” (5° parágrafo) a
expressão destacada
(A) revela um tipo de música cantada pela girafa.
(B) ressalta o falatório da girafa.
(C) ratifica o grito de vitória da girafa.
(D) reforça a decepção dos animais com a vitória da girafa.
NÍVEL 8. 375 A 399: (PROVA BRASIL 2019).
66. Leia o texto abaixo e responda.
Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela
que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la:
“Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?!
Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como
tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira,
contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes
mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e
tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da
puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de
responsabilidade dos adultos e educadores?
Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2018. Adaptado.
A surdez da bisavó
— Vó, jã são horas — diz o meu pai para a minha bisavó, depois do jantar. Mas a minha bisavó nem se mexe na cadeira.
Então a minha mãe afirma que é preciso explicar-lhe melhor as coisas. Chega perto dela e diz:
— Vó, já são horas de ir para a cama.
Mas a minha bisavó, continua sem se mexer na cadeira.
— Está cada vez mais surda, coitada - murmura meu pai.
E minha mãe insiste, mais uma vez:
— Vó, já são horas de ir para a cama porque está muito frio.
A minha bisavó nem se mexe, os olhos colados na TV no fundo da sala. [...]
— Vó, jã são horas de ir para a cama porque está muito frio e não queremos que fique gripada porque depois fica com febre
e precisa tomar remédio.
A minha bisavó, nem um piu.
Até que meu pai tira a mesa e não pensa mais no assunto. E a minha mãe volta a 15 suspirar profundamente e vai lavar a
louça.
— Eu não sou surda - murmura então para mim a minha bisavó, com um sorriso no canto da boca e apontando para a
televisão — mas não vou para a cama sem saber o restante. Quer dizer, sem saber se a moça loira e rica casa com o rapaz
moreno e pobre.
Encosta-se na cadeira e lá fica.
Eu ia jurar que, alguns minutos depois, a ouvi roncar. Mas devia ser impressão minha.
— Vi tudo até o fim — garante-me ela no dia seguinte...
VIEIRA, Alice. A surdez da bisavó. In: Livro com cheiro de baunilha. São Paulo: Texto Editores, 2009, p. 6-7. Fragmento.
No trecho “A minha bisavó, nem um piu.” (10° parágrafo), a expressão destacada significa que a bisavó
A) continuou muda.
B) dormia sem roncar.
C) estava sem se mexer.
D) ficou vendo TV
67. No trecho “A minha bisavó, nem um piu.” (10° parágrafo), a expressão destacada significa
que a bisavó
A) continuou muda.
B) dormia sem roncar.
C) estava sem se mexer.
D) ficou vendo TV
NÍVEL 8. 375 A 399: (PROVA BRASIL 2017).
68. Leia o texto abaixo.
Um estudante e um padre viajavam pelo interior, tendo como guia um caboclo. Deram a eles, numa casa, um pequeno
queijo de cabra. Não sabendo como dividir, pois, que o queijo era pequeno mesmo, o padre resolveu que todos dormissem
e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais bonito (pensando, claro, em engambelar os outros dois
com seu oratório). Todos aceitaram e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve que contra seu sonho. O padre disse que sonhou
com a escada de Jacó e a descreveu lindamente. Porém lá, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante então contou
que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia. O caboclo riu e contou:
— Sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá no céu, rodeado de amigos. Eu fiquei na terra e gritei:
— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmicês esqueceram o queijo! Então vosmicês responderam de longe, do céu:
— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos queijo.
— O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo…
http://victorian.fortunecity.com/postmodern/135/caboclo.htm
69. Observe o seguinte trecho da narrativa: “(…) Vosmicês esqueceram o queijo! (…).
Com a grafia da palavra em negrito, o autor da narrativa quis
(A) destacar a alta escolaridade do caboclo.
(B) destacar uma marca de linguagem regional.
(C) tornar o texto mais acessível ao leitor.
(D) empregar uma variação temporal.
69. Observe o seguinte trecho da narrativa: “(…) Vosmicês esqueceram o queijo! (…).
Com a grafia da palavra em negrito, o autor da narrativa quis
(A) destacar a alta escolaridade do caboclo.
(B) destacar uma marca de linguagem regional.
(C) tornar o texto mais acessível ao leitor.
(D) empregar uma variação temporal.
NÍVEL 6. 325 A 349: (PROVA BRASIL 2017).
70. Leia o texto abaixo.
O sofá já mudou de lugar três vezes, as almofadas já foram trocadas, mas a aparência da sala de estar continua a mesma. Se
você enjoou dos seus móveis, pense duas vezes antes de passá-los adiante ou jogá-los fora: seguindo a onda da
sustentabilidade, customizar a mobília se tornou uma opção criativa e ecologicamente correta para mudar a cara da sua casa.
Uma demão de tinta colorida e uma nova estampa para o estofado podem dar outra vida àquela cadeira velha.
Fonte: http://vejario.abril.com.br/especial/reforma-moveis-635741.shtml
“Se você enjoou dos seus móveis, pense duas vezes antes de passá-los adiante ou jogá-los fora...”
No trecho acima, os segmentos sublinhados referem-se
(A) aos sofás.
(B) aos estofados.
(C) aos móveis.
(D) aos armários.
70. “Se você enjoou dos seus móveis, pense duas vezes antes de passá-los adiante ou
jogá-los fora...”
No trecho acima, os segmentos sublinhados referem-se
(A) aos sofás.
(B) aos estofados.
(C) aos móveis.
(D) aos armários.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 4
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi
seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em
torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu
numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo
interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não foi o esperado porque:
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.
(B) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as engrenagens da tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.
71. O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O
resultado não foi o esperado porque:
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.
(B) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as engrenagens da tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.
NÍVEL 5. 300 A 324: (Prova Brasil 2019).
72. Leia o texto abaixo:
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de
qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino
Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é
simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia - justo a maior "crânio" da escola.
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
“Para muita gente, sapos, rãs e pererecas podem lá não ter graça. Mas os anfíbios são essenciais à vida de florestas,
restingas e lagoas, só para citar alguns ambientes. E o problema é que estão desaparecendo sem que cientistas saibam
explicar o porquê. O fenômeno é conhecido há anos, mas tem se agravado muito. Sobram explicações — vírus, redução de
habitat e mudanças climáticas, por exemplo — mas ainda não há resposta para o mistério, cuja consequência é o aumento
do desequilíbrio ambiental. Para tentar encontrar uma solução, cientistas começaram a se reunir no Rio.”
O Globo. Rio de Janeiro, 23/06/2003.
A canícula
Artur Xexéo
A cena aconteceu num restaurante do Flamengo. Cinco pessoas à mesa comentavam o calor que fazia lá fora — e alguém
comenta alguma outra coisa ultimamente na cidade? [...]
Desde então, não penso em outra coisa. Que fim levou o ventinho que fazia parte do verão carioca? Foi sugado pelo
aquecimento global? Escapou pelo buraco da camada de ozônio? Cadê aqueles tempos em que, no auge do calor, a gente ia se
refrescar à beira–mar? [...]
Que fim levou o cine Metro-Copacabana? Mais precisamente, que fim levou o ar refrigerado “com clima de montanha”
que tornava as matinês de quintafeira, dia em que mudava o filme em cartaz, num oásis contra a canícula?[...]
Considerando o tema do texto e a necessidade de um oásis (3 ° parágrafo), pode-se entender que o significado do título “A
canícula” é
(A) O calor muito forte.
(B) A brisa refrescante.
(C) A matinê de quinta-feira.
(D) O aquecimento global
75. Considerando o tema do texto e a necessidade de um oásis (3 ° parágrafo), pode-se
entender que o significado do título “A canícula” é
(A) O calor muito forte.
(B) A brisa refrescante.
(C) A matinê de quinta-feira.
(D) O aquecimento global
(PROVA BRASIL 2019).
76. Leia o texto para responder a questão a seguir:
Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a
nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu
riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de
força entram no domínio do estilo e ganham direito de cidade.
(MACHADO DE ASSIS. Apud Luft, Celso Pedro.
Vestibular do português).
A Mulher no Brasil
A história da mulher no Brasil, tal como a das mulheres em vários outros países, ainda está por ser escrita. Os estudiosos
têm dado muito pouca atenção à mulher nas diversas regiões do mundo, o que inclui a América Latina. Os estudos
disponíveis sobre a mulher brasileira são quase todos meros registros de impressões, mais do que de fatos, autos-de-fé
quanto à natureza das mulheres ou rápidas biografias de brasileiras notáveis, mais reveladoras sobre os preconceitos e a
orientação dos autores do que sobre as mulheres propriamente ditas. As mudanças ocorridas no século XX reforçam a
necessidade de uma perspectiva e de uma compreensão históricas do papel, da condição e das atividades da mulher no
Brasil.
(fragmento) Hahner, June E.
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas
milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do
afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia?
Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes. O prazer é físico,
independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar
descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça - a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua
vazia de madrugada -, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma
caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer.
Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida - isso é prazer.
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez
mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição.
Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as
namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa
quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis - mas porque, se não
ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem
roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.
O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.
LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.
78. O autor pretende influenciar os leitores para que eles:
(A) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.
(B) excluam de sua vida todas as atividades incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.
NÍVEL 3. 250 A 274: (PROVA BRASIL - 2017).
79. Leia o texto abaixo e responda.
Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser carioca. Se o Atobá Maroto tinha dado nome para as ilhas, ele e todos os
outros botos eram muito mais importantes. Eles eram o símbolo daquele lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro.
— A “mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Piraiaguara fazia questão de lembrar do título, e também de toda a história da cidade e da Baía de Guanabara. Os outros
botos zombavam dele:
— Leal? Uma cidade que quase acabou conosco, que poluiu a baía? Heróica? Uma cidade que expulsou as baleias,
destruiu os mangues e quase não nos deixou sardinhas para comer? Olha aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade
jogou aqui dentro!
— Acorda do encantamento, Piraiaguara! O Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara foram bonitos sim, mas isso foi há muito
tempo. Não adianta ficar suspirando pela beleza do Morro do Castelo, ou pelas praias e pela mata que desapareceram. Olha
que, se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!
O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor. Talvez nenhum outro boto sentisse tanto a violência da
destruição da Guanabara. Mas, certamente, ninguém conseguia enxergar tão bem as belezas daquele lugar.
Num instante, o arrepio passava, e a alegria brotava de novo em seu coração.
HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000. p. 16 – 20.
79. Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele
(A) conhecia muito bem a história do Rio de Janeiro.
(B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro.
(C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais.
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.
79. Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele
(A) conhecia muito bem a história do Rio de Janeiro.
(B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro.
(C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais.
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 5
Mafalda faz gestos com significados emocionais, com isso conclui que Mafalda estar
A) com medo, ela faz gestos de uma pessoa quando está assustada.
B) com raiva, faz gestos onde não quer falar, ouvir e nem olhar.
C) com desprezo, nos passa a sensação de mal-estar.
D) atenta ao que estar fazendo sem perceber sua autoestima.
83. Mafalda faz gestos com significados emocionais, com isso conclui que Mafalda estar
A) com medo, ela faz gestos de uma pessoa quando está assustada.
B) com raiva, faz gestos onde não quer falar, ouvir e nem olhar.
C) com desprezo, nos passa a sensação de mal-estar.
D) atenta ao que estar fazendo sem perceber sua autoestima.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2019).
84. Leia os textos abaixo.
Fonte: Disponível em
http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens
/trabalhoinfantil.jpg Acesso em 12 mai 2010.
89. O texto adequado para a imagem é
(A) O trabalho infantil ainda é um problema grave no Brasil. Mais de 5 milhões de jovens
entre 5 e 17 anos de idade trabalham no país, apesar da lei estabelecer 16 anos como a
idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.
(B) No Brasil, assim como em outras partes do mundo, em diferentes culturas e classes
sociais, independente de sexo ou etnia, crianças e adolescentes são vítimas cotidianas da
violência doméstica.
(C) É por meio do simples ato de brincar, iniciado já na primeira infância, fase que vai de 0 a 6
anos, que os pequeninos começam a se relacionar com o ambiente ao seu redor.
(D) O parque de diversões recebe hoje 4 mil crianças de baixa renda, todas na faixa de 6 a 12
anos, de 61 instituições vindas de todos o Estado de São Paulo.
NÍVEL 2. 225 A 249: (PROVA BRASIL 2019).
90. Leia o texto abaixo.
http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/search?updated-max=2010-04-15T07%3A05%3A00-03%3A00&max-results=7
95. A tirinha apresenta cenas entre Jon e seu gato, Garfield. Da leitura da sequência em
quadrinhos, pode-se entender que
(A) Garfield piorou a manhã de Jon.
(B) Jon estava tendo um bom dia.
(C) Jon fica mal-humorado de manhã.
(D) Garfield acordou bem-humorado.
96.
comosempre.files.wordpress.com
96. No último quadrinho, o tigre – Haroldo – dá um enorme grito com seu dono –Calvin–,
porque o tigre
(A) desejou dormir sozinho na cama.
(B) resolveu assustar seu dono.
(C) ficou muito irritado com o dono.
(D) desejou acordar as outras pessoas da casa.
NÍVEL 5. 300 A 324: (PROVA BRASIL 2017).
97. Leia o texto abaixo.
DESCRITOR 6
Identificar o tema de um texto
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324:
98. Leia o texto abaixo e responda à questão.
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se
juntaram aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa amizade começou há uns 12 mil anos,
no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não atacassem
os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um
colaborava com o outro e a parceria deu certo.
www.recreionline.com.br
Existem dezessete países no mundo considerados "megadiversos" pela comunidade ambiental. São nações que reúnem em
seu território imensas variedades de espécies animais e vegetais. Sozinhas, detêm 70% de toda a biodiversidade global.
Normalmente, a "megadiversidade" aparece em regiões de florestas tropicais úmidas. É o caso de países como Colômbia,
Peru, Indonésia e Malásia. Nenhum deles, porém, chega perto do Brasil. O país abriga aproximadamente 20% de todas as
espécies animais do planeta. A variedade da flora também é impressionante. De cada cinco espécies vegetais do mundo, uma
está por aqui. A explicação para tamanha abundância é simples. Os 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território
brasileiro englobam várias zonas climáticas, entre elas a equatorial do Norte, a semi-árida do Nordeste e a subtropical do Sul.
A variação de climas é a principal mola para as diferenças ecológicas. O Brasil é dono de sete biomas (zonas biogeográficas
distintas), entre eles a maior planície inundável (o Pantanal) e a maior floresta tropical úmida do mundo (a Amazônia).
http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/Biodiversidade.htm
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não
habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado
cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência.
O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. grosso modo, a tal
civilização significa a devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade
do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo
há muito
tempo, uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
Disponível em http:www.syntonia.com/textos/textoseecologia/
problemaecológico.htm – (Censo 2006)
Da maneira como o assunto é tratado no Texto, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
101. Da maneira como o assunto é tratado no Texto, é correto afirmar que o meio ambiente
está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 6. 325 A 349:
102. Leia o texto para responder à questão a seguir:
O Amazonas, com mais de um milhão e meio de quilômetros quadrados (1.500.000 km²) de belezas naturais, é o maior
estado da Região Norte.
A capital do estado é Manaus, principal portão de entrada do Amazonas e que se destaca pelas inúmeras oportunidades
turísticas. A cidade oferece passeios pelo Rio Amazonas e seus afluentes, pesca esportiva e hospedagem nos hotéis da selva.
Por causa da grandiosidade do Rio Amazonas e da magnífica floresta tropical, o Estado do Amazonas é um pólo do
ecoturismo, isto é, o turismo voltado para a ecologia e a natureza.
A mais conhecida praia de Manaus é a da Ponta Negra onde há grande número de bares e restaurantes com comidas
típicas ou não.
É possível também conhecer um pouco da fauna local no Zoológico, mantido pelo Exército Brasileiro e que abriga mais de
setenta (70) espécies.
Há, ainda, o Jardim Botânico com trilhas para caminhadas e vegetação variada.
Manaus guarda, em muitos edifícios, em palácios e no Teatro Amazonas, a memória de uma época de riqueza – o Ciclo
da Borracha.
Conhecer Manaus é um privilégio, e os turistas estrangeiros ficam deslumbrados com tudo o que a cidade oferece.
Revista Isto é - Férias no Brasil/4.Norte e Centro-Oeste. (adaptação)
Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete mágico,
num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava. Quando de súbito a terrível palavra apareceu,
apareceu e ficou, plantada ali diante de mim, focando-me: ABSCÔNDITO. Que momento passei!
... O momento de imobilidade e apreensão de quando o fotógrafo se posta atrás da máquina,
envolvidos os dois no mesmo pano preto, como um duplo monstro
misterioso e corcunda... O terrível silêncio do condenado ante o pelotão de fuzilamento,
quando os soldados dormem na pontaria e o capitão vai gritar: Fogo!
QUINTANA, Mário. Nova Antologia Poética. 5ª ed. São Paulo: Globo, 1995.
Política
A palavra “política” compreende muitos significados. Pode se referir tanto às práticas adotadas por uma pessoa ou instituição,
como também representar a arte do bem governar, cuidar das coisas públicas. Por ora falaremos da política quanto ao seu
sentido eleitoral.
Muitos dizem que odeiam a política, que querem distância dela, que é suja etc. Na verdade toda essa ojeriza é devido à
politicagem. Por ela devemos sentir antipatia e lutar para que desapareça de nosso meio.
[...] O verdadeiro sentido da política consiste em despertar nas pessoas o papel de cidadãs, ou seja, convidá-las a participar
das decisões, conscientizá-las de seus direitos, fazer com que sejam construtoras da sociedade em que vivem. Dessa forma
aprenderão a amar aquilo que ajudaram a construir, fazendo com que a política encontre na real democracia o seu verdadeiro
significado. Essa maneira de entender a política faz com que ela se torne ética, buscando o bem supremo. Sendo ética, a
atividade política incorpora uma função pedagógica de transformação dos indivíduos em cidadãos.
MACEDO, Alexander Fernandes. Carta dos leitores.
Mundo Jovem. fev. 2010. p. 4.
DESCRITOR 7
Identificar a tese de um texto
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 6. 325 A 349
105. Leia o texto abaixo:
O mercúrio onipresente
(Fragmento)
Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para
controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos.
Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos
conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas
quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal
potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.
No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas —
falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que
ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua.
Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça.
No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu
olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.
RAMOS, Graciliano. Histórias de Alexandre. Editora Record. In revista Educação, ano 11, p. 14
Há cerca de 6 mil anos, as pessoas só se comunicavam por meio de fala e gestos. Não tinham como preservar a
história e o relato de fatos importantes, a não ser que os guardassem na memória.
O primeiro estágio da escrita ocorreu quando os seres humanos passaram a desenhar. Na ideografia, cada
desenho continha uma ideia e qualquer pessoa podia entender a mensagem, mesmo não conhecendo a língua do
indivíduo que havia feito os desenhos. Depois, o ser humano passou a usar a logografia, expressando as ideias
indiretamente por meio de símbolos em lugar de palavras faladas. Em vez de desenhar cinco carneiros, para
mostrar que seu rebanho era composto de cinco animais, podia-se desenhar apenas um sinal significando o
numeral cinco e outro, representando carneiro.
Gradualmente os homens aprenderam a utilizar um sistema silábico, no qual o sinal que expressava uma
palavra podia ser usado tanto para se referir a ela como para qualquer combinação fonética que soasse como
aquela palavra. Essa forma de escrita é chamada rébus. Se usássemos a escrita rébus em português, o sinal que
expressasse a palavra sol e o que expressasse a palavra dado, juntos, passariam a significar soldado.
http://www.klickeducacao.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-515,00.html
108. Após a leitura, percebe-se que o texto defende a seguinte ideia:
(A) A princípio, a escrita utilizou um processo chamado logografia.
(B) A forma conhecida como rébus foi o estágio inicial da forma de escrita.
(C) A escrita surgiu da necessidade de o homem armazenar e preservar sua história.
(D) Só o sistema silábico permitia a comunicação entre os homens.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324:
109. Leia o texto, abaixo e responda.
Não se sabe bem o motivo de esses gestos serem assim. Mas é certo que tudo está ligado aos processos evolutivos de cada
espécie, que determinam os tipos de comportamento e gesticulações. Até os animais desenvolvem e utilizam códigos para
se expressar. “Aliado a isso, existem fatores culturais, que acabam diferenciando ou invertendo esses movimentos. Desde
quando nascemos, aprendemos esses gestos observando nossos pais e outras pessoas”, explica Esdras Vasconcellos,
professor de psicologia da Universidade de São Paulo. Ou seja, a maneira de gesticular é diferente em algumas regiões,
porque vai de acordo com particularidades e com a cultura de cada país.
NÃO
PARA CIMA E PARA BAIXO
Em alguns países os gestos de sim e não são o contrário do que estamos acostumados. Para dizer que não, eles mexem a
cabeça para cima e para baixo. Isso acontece na Bulgária e em algumas regiões do Japão, da Grécia, da Itália e do Irã. Na
Turquia, o gesto é semelhante, mas ao negar eles também fazem um barulho com a boca.
SIM
VIRANDO A CABEÇA PARA OS LADOS
Nas regiões onde dizer “não” parece um “sim”, o gesto para a afirmação também é invertido.
Então, se quiser concordar com alguém, vire a cabeça para os lados, como se estivesse negando.
SIM
TOMBANDO A CABEÇA
Para dizer que “sim”, na Índia, é bem diferente. As pessoas fazem um rápido movimento tombando a cabeça para os lados.
Para fazer isso, eles mantêm os ombros parados e inclinam a cabeça uma vez ou mais para concordar.
SIM
ERGUENDO AS SOBRANCELHAS
É assim nas Filipinas. As pessoas erguem as sobrancelhas como sinal de acordo.
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/mexemos-cabeca-dizer-sim-nao-585099.shtml>. Acesso em: 08 set. 2010.
O que os brasileiros comem no dia a dia? Você ficaria sem “mistura” uma vez por semana? Motivos há de sobra para atender a
esse convite. A intenção é incentivar as pessoas a deixarem de consumir carne ao menos uma vez por semana. A ideia é boa
para a saúde pessoal e para a do planeta.
Uma campanha da Sociedade Vegetariana Brasileira – também adotada pela Prefeitura de São Paulo – quer estimular esse
hábito. Ao diminuir o consumo de carne, reduz-se, ao mesmo tempo, o desperdício de água, o desmatamento, a desertificação,
a extinção de espécies, a destruição de habitats e até de biomas inteiros. A pecuária é responsável pela emissão de cerca de
17% dos gases de efeito estufa no planeta. Mais da metade da produção mundial de alimentos é destinada à ração para animais
de abate. [...]
Uma dieta sem carnes favorece a prevenção de doenças crônicas degenerativas, como hipertensão arterial, doenças
cardiovasculares, colesterol elevado, diversos tipos de câncer e diabetes, segundo a Associação Diabética Americana.[...]
A campanha é um convite para repensar nossa alimentação cotidiana, muitas vezes pobre em nutrientes pelo simples
desconhecimento da variedade de hortaliças e verduras disponíveis.
JORGE, Eduardo. Galileu, n. 2201, nov. 2009. Fragmento.
Maturidade
A criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, há 15 anos, foi uma grande conquista da sociedade brasileira, um
passo à frente na democratização do Estado e um ganho para os que até então eram considerados simplesmente menores,
sem direito à cidadania, proteção ou dignidade. Hoje vislumbramos um cenário de grandes possibilidades para a realização
dos direitos humanos da criança como cidadã.
Nestes 15 anos muito se caminhou, apesar de ainda estarmos longe de um cenário ideal. A evolução pode ser claramente
notada quando olhamos para trás e vemos que parte do percurso foi vencida pela formatação de uma política pública de
proteção que trouxe para o âmbito da Justiça infanto-juvenil leis que podem e devem ser acatadas.
É preciso dar continuidade à batalha, integrar as políticas da infância ao dia-a-dia das gestões municipais. Podemos ser
cidadãos mais conscientes do nosso papel na convivência com as crianças e adolescentes. É nosso dever trazê-los para perto
das possibilidades de estudo, de novas informações, de sua formação integral. Como isso seria possível? Não facilmente,
claro, mas com obstinação, atuando em organizações governamentais ou não-governamentais. Podemos começar pelo nosso
bairro ou pelo nosso trabalho, levantando o que no entorno existe para o encaminhamento de crianças. Podemos tomar
conhecimento do trabalho do Conselho Tutelar nas cidades e subprefeituras das metrópoles.
A consciência do dever é só o princípio que deve nos impulsionar à aplicação do que aprendemos em 15 anos de ECA.
Precisamos colaborar para que os próximos 15 anos mostrem que é possível criar nossas crianças dentro das escolas, dentro
dos seus direitos, para que em sua vida adulta tenham consciência dos direitos das futuras gerações.
Jornal O Globo. www.jornaloglobo.com. Último acesso em 24/09/2013.
114. A tese defendida no texto é
(A) o ECA constituiu uma grande conquista para a sociedade brasileira, mas há ainda muito o
que fazer para sua total implantação.
(B) o ECA constituiu uma grande conquista para a sociedade brasileira porque atingiu a sua
total implantação.
(C) o ECA poderia constituir uma grande conquista para a sociedade brasileira, mas ainda não
começou a ser implantado.
(D) o ECA foi completamente implantado mas não constituiu uma grande conquista para a
sociedade brasileira.
114. A tese defendida no texto é
(A) o ECA constituiu uma grande conquista para a sociedade brasileira, mas há ainda muito o
que fazer para sua total implantação.
(B) o ECA constituiu uma grande conquista para a sociedade brasileira porque atingiu a sua
total implantação.
(C) o ECA poderia constituir uma grande conquista para a sociedade brasileira, mas ainda não
começou a ser implantado.
(D) o ECA foi completamente implantado mas não constituiu uma grande conquista para a
sociedade brasileira.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
115. Leia o texto a seguir e responda.
A velocidade do cérebro
Quando uma pessoa queima o dedo, a dor é um sinal que o tato envia ao cérebro. Este, por
sua vez, transmite outro sinal aos músculos, que reagem afastando a mão do fogo. A
velocidade de circulação dessas mensagens surpreende: elas viajam a 385 km/h, mais rápido
que um carro de Fórmula 1.
“curiosidade”, retirada do Coquetel – Grande Titã, nº 180.
Integral ou desnatado?
A nutricionista Ana Beatriz Barrella [...] explica que a diferença entre leite integral, desnatado e semidesnatado
está na redução da gordura. Adolescentes devem optar por integral, já que a gordura é um nutriente fundamental
para o bom funcionamento do corpo e, se consumida dentro das quantidades recomendadas, desempenha
diversas funções, que vão de dar energia a manter a temperatura corporal constante, além de proteger os órgãos
vitais do corpo, entre outros benefícios.
Todateen. jan. 2011. Ano 16. n 182, p. 36. Fragmento.
A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida moderna é dispersão.
Existe uma competição constante pela nossa atenção entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas; há
uma necessidade crescente de estarmos “ligados” com o que está acontecendo, e já não basta rádio e televisão; tem que ser
pelo Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um bando de outras redes sociais.
[...] Se esquecemos nosso celular em casa, é como se tivéssemos perdido um dedo ou outra parte do corpo. [...].
[...] Sei que isso está parecendo papo de velho, atravancado com os avanços tecnológicos.
Mas não é nada disso; eu mesmo tenho todos os brinquedos tecnológicos que existem e os uso como todo mundo, com
muito prazer. [...] Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais rápido. Essa é uma percepção
psicológica da passagem do tempo, que nada tem a ver com a passagem física do tempo. A duração do dia muda muito
lentamente, e muda no sentido inverso, aumentando e não diminuindo, devido à fricção gravitacional das marés causadas
pela atração entre Terra, Lua e Sol.
O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos, porque cada vez temos menos controle sobre ele. O
ócio1 é algo [...] quase que pecaminoso [...].
Olhar para o céu é algo que raramente fazemos, especialmente nas grandes cidades. [...]
Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo, é necessário retornarmos à natureza, criarmos espaço para a
contemplação das formas de vida, das árvores, das fl ores e animais; [...].
Vocabulário:
1. Ócio: espaço de tempo em que se descansa.
GLEISER, Marcelo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/1382257-por-que-tanta-pressa.shtml>.
Acesso em: 19 mar. 2014. Fragmento.
117. A ideia defendida pelo autor desse texto está relacionada à
A) ausência da natureza no ambiente urbano.
B) criação de espaços para observação da natureza.
C) competição entre produtores de tecnologias.
D) velocidade da passagem do tempo.
117. A ideia defendida pelo autor desse texto está relacionada à
A) ausência da natureza no ambiente urbano.
B) criação de espaços para observação da natureza.
C) competição entre produtores de tecnologias.
D) velocidade da passagem do tempo.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 8
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustenta-la.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
118. Leia o texto abaixo:
Se todos desejarem ter o estilo de vida de alto consumo do Ocidente, o implacável crescimento no consumo, no
uso de energia, na produção de resíduos e emissão de gases pode ser catastrófico. A natureza não agüentaria.
Fazendo as contas, seria preciso pelo menos mais 2 planetas Terra.
Para compreendermos melhor os conflitos no mundo onde vivemos é interessante partirmos de premissas
básicas, simples, insofismáveis e que obedeçam às leis da física. Uma delas afirma: tudo que temos ou que
consumimos vem dos recursos naturais do planeta Terra, os quais são finitos. Exemplo simples: um automóvel é a
mistura de bauxita (alumínio), minério de ferro (chapas), areia (vidros) e petróleo (borrachas e plásticos). Para o
homem produzir riquezas, desde tijolos, tecidos, computadores, até aviões e satélites, necessita de recursos
naturais, somados à energia, trabalho e tecnologia, que é sinônimo de conhecimento.
Fonte: http://textos_legais.sites.uol.com.br/sustentabilidade.htm (último acesso em 01/11/2011)
O texto nos mostra um meio de sustentabilidade que temos com o meio ambiente. O autor se excita em informar
que o consumo alto pode ser catastrófico, que é demonstrado na frase
A) “... seria preciso pelo menos mais 2 planetas Terra.”
B) “... conflitos no mundo onde vivemos...”
C) “... recursos naturais do planeta terra...”
D) “... o homem produzir riquezas...”
120. O texto nos mostra um meio de sustentabilidade que temos com o meio ambiente. O
autor se excita em informar que o consumo alto pode ser catastrófico, que é demonstrado na
frase
A) “... seria preciso pelo menos mais 2 planetas Terra.”
B) “... conflitos no mundo onde vivemos...”
C) “... recursos naturais do planeta terra...”
D) “... o homem produzir riquezas...”
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121. Leia o texto abaixo.
Quantas vezes você já ouviu que o dinheiro compra tudo menos a felicidade?
Na hora de buscar presentes de fim de ano, pense nisso e use a criatividade e a participação. Conversávamos
sobre isso [...] e surgiram várias ideias interessantes.
Por exemplo, bombons reembalados por uma criação sua e materiais comprados em papelaria ganharão
enorme personalidade. Um simples óleo de massagem de menos de R$10,00 pode valer muito mais se vier com a
massagem, que você oferece, assim como um livro para a criança deve vir acompanhado da respectiva leitura. Que
tal comprar apenas um baralho, chamar os amigos e dar o conjunto (baralho + amigos) de presente para que
quem o receba ganhe horas de diversão em boa companhia? Ou compre um DVD e acrescente no embrulho uma
pipoca de micro-ondas, que vale a combinação de ver o filme junto? Quando você participa, o presente, como diz
a propaganda, não tem preço.
CHARLAB, Sérgio. Seleções Reader´s Digest, Dezembro 2009. p. 5.
As Formigas e o Gafanhoto
(Esopo)
Num brilhante dia de outono, uma família de formigas se apressava para aproveitar o calor do sol, colocando para secar
todos os grãos que haviam coletado durante o verão.
Então um Gafanhoto faminto se aproximou delas, com um violino debaixo do braço, e humildemente veio pedir um
pouco de comida.
As formigas perguntaram surpresas: “Como? Então você não estocou nada para passar o inverno? O que afinal de
contas você esteve fazendo durante o último verão?”
E respondeu o Gafanhoto: “Não tive tempo para coletar e guardar nenhuma comida, eu estava tão ocupado fazendo e
tocando minhas músicas, que sequer percebi que o verão chegava ao fim.”
As formigas encolheram seus ombros indiferentes, e disseram: “Fazendo música, todo tempo você esteve? Muito bem,
agora é chegada a hora de você dançar!”.
E dando às costas para o Gafanhoto, continuaram a realizar o seu trabalho.
Fonte: ESOPO. Fábulas. Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/cfab.htm. Acesso em: mai.2010.
PAIS E FILHOS
(Fragmento)
A ideia defendida no trecho da música é
É preciso amar as pessoas (A) a necessidade de amar as pessoas.
Como se não houvesse amanhã (B) a necessidade de compreendermos nossos pais.
(C) a necessidade de nossos pais nos compreenderem.
Porque se você parar para (D) o amanhã é duvidoso.
Pensar, na verdade não há.
Sou uma gota d’água
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais
Não entendem.
Mas você não entende seus pais.
Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá. As quatro
estações, EMI, 1995.
124. A ideia defendida no trecho da música é
(A) a necessidade de amar as pessoas.
(B) a necessidade de compreendermos nossos pais.
(C) a necessidade de nossos pais nos compreenderem.
(D) o amanhã é duvidoso.
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125. Leia o texto abaixo.
Os animais do futuro
O que você não viu, mas verá já nesta década, é a revolução no jeito de lidar e cuidar dos animais de
estimação. No Brasil, existem 20 milhões de cães domésticos. Os gatos são 16 milhões. A paixão dos donos por
essa multidão de peludos instigou a ciência. E ela passou a estudar a fundo o físico e o comportamento dos
melhores amigos do homem. E as descobertas são impressionantes.
Essa moda animal também estimulou a indústria tecnológica, que vem descobrindo um novo e gigantesco
filão. Para o futuro próximo, ou seja, nos anos em que você estará vivinho para acompanhar e aproveitar, coisa
de, no máximo, 50 anos, os animais que circulam lado a lado conosco vão mudar.
Os bichos do futuro poderão ser clonados, terão características inéditas por causa da mistura de raças, serão
mais dóceis, ganharão membros biônicos ou acabarão substituídos por robôs. Ah, e acredite: eles vão usar até
celular!
Galileu, mar. 2010. p. 38. Fragmento.
DESCRITOR 9
Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 6. 325 A 349
126. Leia o texto abaixo:
Necessidade de alegria
O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da tarefa que,
de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira.
Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se moralmente, jamais se
permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio.
Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no escritório da Empetur
(Empresa Pernambucana de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no olhar, e
repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar.
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se
perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a
festas.
Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de
gafanhotos no agreste.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei.2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56.
126. Qual é a informação principal no texto “Necessidade de alegria”?
(A) A arte de representar exige compenetração.
(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.
(C) O ator precisa ser alegre.
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
126. Qual é a informação principal no texto “Necessidade de alegria”?
(A) A arte de representar exige compenetração.
(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.
(C) O ator precisa ser alegre.
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 4. 275 A 299
127. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Animais no espaço
História em esmolas
Quando aqui chegaram, os portugueses traziam bugigangas para oferecer aos índios. Desde então, a história do Brasil é uma
história de esmolas dos poderosos para os humildes.
Ao mesmo tempo em que matavam os índios, os colonizadores distribuíam esmolas para eles.
A independência também foi uma esmola: no lugar de um presidente brasileiro, eleito por nosso povo, tivemos um
imperador, filho do rei da metrópole.
A libertação dos escravos foi incompleta como uma esmola: não distribuíram as terras, não colocaram seus filhos na
escola. Deram-lhes uma esmola de liberdade.
Nossa república foi proclamada, mas de um modo insuficiente, como uma esmola. Foi proclamada, não constituída. Para
proclamá-la, bastou um marechal, em cima de um cavalo, com sua espada, em um dia de novembro no Rio de Janeiro, mas
para construí-la são necessários milhões de professores, em dezenas de milhares de escolas espalhadas por todo o território,
durante muitas décadas.
BUARQUE, Cristovam. Os instrangeiros. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. Fragmento.
A tartaruga e a lebre
Esopo
A lebre estava caçoando da lerdeza da tartaruga. A tartaruga se abespinhou e desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre, cheia de si, aceitou a aposta. A raposa foi escolhida como juiz. A solução por ser muito sabida e correta.
A tartaruga não perdeu tempo e começou a se arrastar. A lebre logo ultrapassou a adversária e, vendo que ia
ganhar fácil, resolveu dar um cochilo. Acordou assustada e correu como louca. Na linha de chegada, a tartaruga
esperava a lebre toda contente.
Devagar se vai ao longe.
BENNET, William J. (Org.); MACHADO, Luiz Raul (Trad.). O livro das virtudes.
O principal objetivo desse texto é
A) descrever um local.
B) evidenciar uma moral.
C) falar sobre uma aposta.
D) relatar um fato científico.
130. O principal objetivo desse texto é
A) descrever um local.
B) evidenciar uma moral.
C) falar sobre uma aposta.
D) relatar um fato científico.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
131. Leia o texto abaixo.
De modo geral, dependendo do tipo de doença, indivíduos afetados por essa anomalia podem ter desde um
baixo risco até, no máximo, 50% de risco de passar o gene alterado para os filhos. Portanto, pessoas afetadas
podem sim ter fi lhos normais. Indivíduos que têm estatura muito baixa pertencem a quadros de nanismo, cuja
causa mais freqüente são alterações ósseas chamadas de displasias esqueléticas. Essa anomalia faz parte de um
grupo de doenças causadas por uma alteração no tecido ósseo que impede a pessoa de crescer adequadamente.
Este grupo de patologias tem causa genética monogênica, isto é, é causado por um gene específico, e pode ter
várias formas de herança de acordo com o tipo específico de doença.
CERNACH, Mirlece Cecília Soares Pinho. Os anões podem ter fi lhos normais. Revista Globo Ciência, maio 1998. *
Adaptado: Reforma Ortográfica.
Há mais de quarenta anos (estou com 56, comecei cedo, aos 9) me revezei entre oito profissões para ganhar a vida.
Me acostumei a, quanto me interessava e precisava, exercer uma ou outra atividade e muitas vezes fazer tudo ao mesmo
tempo. Tenho sido professor de pós-graduação, compositor, dramaturgo, roteirista de cinema e televisão, criativo,
publicitário, marketeiro político e treinador de executivos em web business.
Nos intervalos, nunca deixei de ser poeta e, talvez por isso, ter uma montanha de livros de poesia para crianças, jovens e
adultos, e estar com mais de 4 milhões de exemplares vendidos, o que, no Brasil, até a mim espanta. Daí, de três anos para
cá, resolvi ser apenas escritor profissional.
A decisão foi difícil, mas estou satisfeito pelo seu principal efeito colateral: como meu status caiu de um carro importado
para um fusquinha, nunca mais serei rico a ponto de atrair mulheres interesseiras.
Quem me amar vai me amar pelo que eu sou: um poeta tupiniquim, apaixonado, mas duro. [...]
TAVARES, Ulisses. Escrever: vicioso ofício. In: Discutindo Literatura, ano II, n° 9, 2008, p. 24.
A raposa e a cegonha
Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro que
a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre cegonha com seu bico comprido mal pôde tomar uma
gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se
a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da
raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.
Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O
jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa,
amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito
bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui
grosseira com ela primeiro”.
MORAL: Trate os outros tal como deseja ser tratado.
(ASH, Russel e HIGTON, Bernard. Fábulas de Esopo. São Paulo: Cia das Letrinhas, 1994.)
A palavra jardim vem do hebreu e significa “proteger”. Um jardim, portanto, é um local de cultivo e proteção das
plantas. Ele pode servir para pequenos propósitos, como o simples desejo de desfrutar a beleza das flores, ou
até trazer benefícios à saúde.
Na verdade, as características e funções dos jardins mudaram ao longo dos anos. Para não nos perdermos
nesse caminho, melhor dividirmos os jardins em tipos, com características próprias e que representem
diferentes fases da História.
(Revista Ciência Hoje das Crianças, número 200, pág.3)
Pela leitura do texto, pode-se entender que o jardim apresenta uma função secundária, que é
(A) proteger as plantas.
(B) cultivar as plantas.
(C) desfrutar a beleza das flores.
(D) representar diferentes fases da História.
134. Pela leitura do texto, pode-se entender que o jardim apresenta uma função secundária,
que é
(A) proteger as plantas.
(B) cultivar as plantas.
(C) desfrutar a beleza das flores.
(D) representar diferentes fases da História.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
135.
Observando a imagem e o texto da figura, é correto afirmar que a ideia principal é mostrar
que, através dos tempos,
(A) o homem evoluiu fisicamente.
(B) o homem apresenta atitudes ideais de comportamento.
(C) as atitudes humanas ainda permanecem distantes do ideal.
(D) o homem aprendeu a dirigir automóvel com tranquilidade.
135. Observando a imagem e o texto da figura, é correto afirmar que a ideia principal é
mostrar que, através dos tempos,
(A) o homem evoluiu fisicamente.
(B) o homem apresenta atitudes ideais de comportamento.
(C) as atitudes humanas ainda permanecem distantes do ideal.
(D) o homem aprendeu a dirigir automóvel com tranquilidade.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
136. Leia o texto a seguir e responda.
Nascimento do Brasil
Era uma vez, num reino chamado Portugal, um príncipe regente medroso, glutão e viciado em coxas de galinha
chamado João. No dia 29 de novembro de 1807, ele juntou a mãe (uma rainha louca), a mulher (uma princesa
espanhola), os filhos e cerca de 11 mil pessoas e partiu para o distante Brasil, uma colônia que pertencia a seus
domínios e ficava do outro lado do Oceano Atlântico. A razão da mudança? O medo de ser deposto pelo exército
francês, comandado pelo imperador Napoleão Bonaparte. Em terras brasileiras, o príncipe ficou por 13 anos,
realizou alguns feitos importantes, tornou-se rei após a morte da mãe e fez do filho, Pedro, seu sucessor. Depois,
quando Napoleão já havia perdido a guerra, voltou para sua terra natal.
É assim, de forma resumida, que muitos brasileiros estudam a vinda da família real portuguesa para o Brasil.
ARAÚJO, Paulo. Nova Escola. São Paulo: abril, ano 23, n. 209, 2008. p. 54. Fragmento.
Ele repõe sais minerais e glicose, é verdade. Mas o isotônico, aquela bebida colorida consagrada pela geração
academia, também pode causar danos à saúde da boca. Um estudo da Universidade de Nova York, nos Estados
Unidos, revelou que o consumo destemperado do produto causa erosão do esmalte dos dentes, abrindo alas
para cáries e deterioração dentária. “O dente perde mais minerais do que deveria por causa de um desequilíbrio
químico provocado pelo ácido cítrico presente no isotônico”, explica o cirurgião-dentista Rodrigo Bueno,
consultor da Associação Brasileira de Odontologia. “Por isso, a bebida deve ser consumida de quatro em quatro
horas, que é o tempo necessário para que a saliva neutralize a acidez bucal.” Nesse intervalo, procure beber
apenas água se estiver praticando alguma atividade física.
Saúde, maio 2009, p. 62.
DESCRITOR 10
Há muito tempo, a gralha azul era apenas uma gralha parda, semelhante às outras de sua espécie.
Um dia, a gralha azul resolveu pedir para Tupã lhe dar uma missão que a faria muito útil e importante. Tupã lhe deu um
pinhão, que a gralha pegou com seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte
mais gordinha resolveu guardar para depois, enterrando-a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia esquecido o local onde
havia enterrado o restante do pinhão. A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto.
Porém, ela percebeu que havia nascido na área onde havia enterrado a semente uma pequena araucária. Então, toda feliz,
a gralha azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar frutos, ela
começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias.
Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem à floresta
de araucária. Quando Tupã viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor do céu, para
que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e sua dedicação. Assim, a gralha, que era parda, tornou-se
azul.
Disponível em: <http://zip.net/bmghi5>. Acesso em: 11 fev. 2015.
Apareceram tantas camisetas com inscrições, que a gente estranha ao deparar com uma que não tem nada
escrito.
– Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz propaganda do voto
em branco? Devia ser proibido!
– O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser – ponderou um senhor moderado.
– Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro. – Ou o cidadão manifesta sua preferência política ou é um
sabotador do processo de abertura democrática.
– O voto é secreto.
– É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo contrário. Ainda há gente neste país que não assume a sua
responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...
– Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha, sem
inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica.
(...).
DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-40.
139. O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de:
(A) alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.
(B) muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.
(C) um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.
(D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.
139. O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de:
(A) alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.
(B) muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.
(C) um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.
(D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
140. Leia o texto abaixo:
A beleza total
A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto,
recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de
Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil
estilhaços.
A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez,
perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora
Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão
em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito.
Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz,
sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para
sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido
ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.
140. O conflito central do enredo é desencadeado
A) pela extrema beleza da personagem.
B) pelos espelhos que se espatifavam.
C) pelos motoristas que paravam o trânsito.
D) pelo suicídio do mordomo.
140. O conflito central do enredo é desencadeado
A) pela extrema beleza da personagem.
B) pelos espelhos que se espatifavam.
C) pelos motoristas que paravam o trânsito.
D) pelo suicídio do mordomo.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
141. Leia o texto abaixo.
E.C.T.
Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando
vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das
nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima,
enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlameada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
142. O fato que desencadeou a história foi
(A) a viagem a São Paulo.
(B) o mau tempo em São Paulo.
(C) o agradecimento do taxista.
(D) a conversa ouvida pelo taxista.
142. O fato que desencadeou a história foi
(A) a viagem a São Paulo.
(B) o mau tempo em São Paulo.
(C) o agradecimento do taxista.
(D) a conversa ouvida pelo taxista.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 6. 325 A 349
143. Leia o texto abaixo.
O LOBO DESATENTO
Certa noite, um lobo andavam pela floresta em busca de comida. E já estava empenhado nessa tarefa havia
um bom tempo, sem qualquer resultado prático, quando sentiu no aro cheiro de carneiros. “Até que enfim”, foi o
pensamento que lhe veio à cabeça de imediato, e então, imaginando o que de bom poderia encontrar mais
adiante para aplacar a fome que sentia, ele caminhou rapidamente na direção que o seu faro indicava.
Logo à frente, as árvores davam lugar a uma grande área coberta de relva, e era nesse pedaço de chão que os
carneiros descansavam protegidos por um cão. O lobo não se preocupou com isso. O que fez foi sair andando
passo a passo, o mais devagar que podia, procurando se aproximar do ponto que ficava mais distante do vigia,
onde algumas das possíveis presas dormiam sossegadas.
E já estava quase lá, quando uma de suas patas traseiras descuidou-se um momento e pisou em um pedaço
de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob o peso do animal, e o barulho que fez soou tão alto em meio ao
silêncio da noite que acordou o cão de guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição ao lobo
desastrado. Que por sua vez, coitado, não teve outra coisa a fazer senão fugir em desabalada carreira, esfomeado
e sem alimento.
Moral da história: Quem não presta atenção no que faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.
Disponível em: <http://WWW.fernandodannemann.recantodasletras.com.br>.
Acesso em: 5 abr. 2010.
143. Nesse texto, o que deu origem aos fatos narrados foi o
A) cão perseguir o lobo quando ele pisou na tábua.
B) cão vigiar os carneiros que dormiam sossegados.
C) lobo andar desatento à noite pela floresta.
D) lobo sentir cheiro de carneiros na floresta.
143. Nesse texto, o que deu origem aos fatos narrados foi o
A) cão perseguir o lobo quando ele pisou na tábua.
B) cão vigiar os carneiros que dormiam sossegados.
C) lobo andar desatento à noite pela floresta.
D) lobo sentir cheiro de carneiros na floresta.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
144. Leia o texto abaixo.
O REFORMADOR DO MUNDO
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia
asneiras.
– Asneiras, Américo?
– Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustendo frutas
pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o
contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a
aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão?
LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, s.d.
O príncipe sapo
Uma feiticeira muito má transformou um belo príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa desmancharia o
feitiço.
Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança de ficar
livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de nada, atendeu ao
pedido do sapo: deu-lhe um beijo.
Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.
SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997, [s. p].
MINUTAS
Um homem chega num balcão e tenta chamar a atenção da balconista para atendê-lo.
– Senhorita...
– Um minutinho.
O homem vira-se para outro ao seu lado e diz:
– Ih, já vi tudo.
– O que foi?
– Ela disse “um minutinho”. Quer dizer que vai demorar. No Brasil, um minuto dura sessenta
segundos, como em qualquer outro lugar, mas “um minutinho” pode durar uma hora.
O homem tenta de novo:
– Senhorita...
– Só um instantinho.
– Ai...
– O que foi?
– Ela disse “um instantinho”. Um “instantinho” demora mais que um minutinho.
Parece que um minutinho é feito de vários instantinhos, mas é o contrário. Um
“instantinho” contém vários
“minutinhos”. Senhorita!
– Só dois segundinhos!
O homem começa a se retirar.
– Aonde é que o senhor vai?
– Ela disse “dois segundinhos”. Isso quer dizer que só vai me atender amanhã.
FUGA
Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um
barulho infernal.
– Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas; não estava fazendo
barulho, estava só empurrando uma cadeira.
– Pois então para de empurrar a cadeira.
– Eu vou embora – foi a resposta.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas,
enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um
resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade
de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino.
Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão.
– Viu um menino saindo desta casa? Gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da
rua, sentado no meio-fio.
– Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. [...]
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e
retirar a chave, como ele fizera com a despensa.
– Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
– Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
E o barulho recomeçou.
SABINO, Fernando. Fuga. In: Para gostar de ler. V. 2 Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 18-19.
O LAZER DA FORMIGA
A formiga entrou no cinema porque achou a porta aberta e ninguém lhe pediu bilhete de entrada. Até aí,
nada demais, porque não é costume exibir bilhete de entrada a formigas.
Elas gozam de certos privilégios, sem abusar deles.
O filme estava no meio. A formiga pensou em solicitar ao gerente que fosse interrompida a projeção para
recomeçar do princípio, já que ela não estava entendendo nada; o filme era triste, e os anúncios falavam de
comédia. Desistiu da idéia; talvez o cômico estivesse nisso mesmo.
A jovem sentada à sua esquerda fazia ruído ao comer pipoca, mas era uma boa alma e ofereceu pipoca à
formiga. — Obrigada, respondeu esta, estou de luto recente. — Compreendo, disse a moça, ultimamente há
muitas razões para não comer pipoca.
A formiga não estava disposta a conversar, e mudou de poltrona. Antes não o fizesse.
Ficou ao lado de um senhor que coleciona formigas, e que sentiu, pelo cheiro, a raridade de sua espécie.
Você será a 70001 de minha coleção, disse ele, esfregando as mãos de contente.
E abrindo uma caixinha de rapé, colocou dentro a formiga, fechou a caixinha e saiu do cinema.
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Fonte: Projeto (Con)seguir – Duque de Caxias – RJ
151.Marque a opção cujo conteúdo expresse o fato representante da complicação da
narrativa:
(A) “A formiga entrou no cinema porque achou a porta aberta (...)”
(B) “A formiga pensou em solicitar ao gerente que fosse interrompida a projeção.”
(C) “A formiga não estava disposta a conversar, e mudou de poltrona.”
(D) “Ficou ao lado de um senhor que coleciona formigas, (...)”
151. Marque a opção cujo conteúdo expresse o fato representante da complicação da
narrativa:
(A) “A formiga entrou no cinema porque achou a porta aberta (...)”
(B) “A formiga pensou em solicitar ao gerente que fosse interrompida a projeção.”
(C) “A formiga não estava disposta a conversar, e mudou de poltrona.”
(D) “Ficou ao lado de um senhor que coleciona formigas, (...)”
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
152. Leia o texto a seguir e responda.
O AVENTUREIRO ULISSES
(Ulisses Serapião Rodrigues)
Ainda tinha duzentos réis. E como eram sua única fortuna meteu a mão no bolso e segurou a moeda. Ficou
com ela na mão fechada.
Nesse instante estava na Avenida Celso Garcia. E sentia no peito todo o frio da manhã.
Duzentão. Quer dizer: dois sorvetes de casquinha. Pouco.
Ah! muito sofre quem padece. Muito sofre quem padece? É uma canção de Sorocaba.
Não. Não é. Então que é? Mui-to so-fre quem pa-de-ce. Alguém dizia isto sempre. Etelvina?
Seu Cosme? Com certeza Etelvina que vivia amando toda a gente. Até ele. Sujeitinha impossível. Só vendo o
jeito de olhar dela.
Bobagens. O melhor é ir andando.
Foi.
Pé no chão é bom só na roça. Na cidade é uma porcaria. Toda a gente estranha.
É verdade. Agora é que ele reparava direito: ninguém andava descalço. Sentiu um malestar horrível. As
mãos a gente ainda escondia nos bolsos. Mas os pés?
Cousa horrorosa. Desafogou a cintura. Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez passos
assim. Pipocas. Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar no inferno. Ajustou a cintura.
Levantou as calças acima dos tornozelos.
Acintosamente. E muito vermelho foi jogando os pés na calçada. Andando duro como se estivesse calçado.
MACHADO, Antônio de A. O aventureiro Ulisses. Contos reunidos. São Paulo: Ática, 2002. p.122.
Fonte: Guia de Elaboração de Itens, CAEd Ufjf 2008.
Urubus e Sabiás
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza
becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se
tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá,
mandaram imprimir diplomas e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes
e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes
pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu
titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi
invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os
sabiás...Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás
e canários para um inquérito. “Onde estão os documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam
perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de
canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar,
mas cantavam, simplesmente... Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à
ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
DESCRITOR 11
Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o
caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A
base material do progresso consubstanciava-se nas cidades. Mudava o mundo, modernizavam-se as cidades e,
consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos
prados e nos campos, os indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma
vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à
natureza.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bucolismo>. Acesso em: 6 abr. 2014. Fragmento.
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava
na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.
As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres
meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da
professora; essas meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.
Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava
uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A
selvageria de um tempo que não deixa mais rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 72.
DESCRITOR 12
Dor de ouvido
Coloque compressas quentes sobre o ouvido doente. As compressas podem ser panos quentes, sacos de água
quente, etc. Tome cuidado para que ela não esteja quente demais e queime a orelha da pessoa. Essas compressas
são para colocar em cima da orelha, como se estivesse tampando-a e não para colocar dentro do ouvido. Nunca
coloque nada quente dentro do ouvido, como gotas, óleos, etc., a menos que seja uma receita do médico. Não
deixe a pessoa assoar o nariz com força, isso aumentará a dor. Isso tudo é só para aliviar a dor, só o médico pode
dizer o que a pessoa tem e receitar um remédio. Fique ligado!
Disponível em:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas
/2013/combate_a_dengue/Ad_DengueMS_210
x280.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2014.
162.Esse texto tem a finalidade de
A) conscientizar sobre a limpeza das ruas.
B) criticar a falta de recolhimento do lixo.
C) divulgar ações de combater à dengue.
D) orientar a formação de equipes esportivas.
162.Esse texto tem a finalidade de
A) conscientizar sobre a limpeza das ruas.
B) criticar a falta de recolhimento do lixo.
C) divulgar ações de combater à dengue.
D) orientar a formação de equipes esportivas.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 8. 375 A 399
Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de
agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas.
Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma jóia ar
queológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade
Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de
Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas
dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da
história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias
turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas,
aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num
dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.Revista
Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
163. A finalidade principal do texto é
(A) convencer.
(B) relatar.
(C) descrever.
(D) informar.
163. A finalidade principal do texto é
(A) convencer.
(B) relatar.
(C) descrever.
(D) informar.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 7. 350 A 374
Servidão Humana
A maior migração forçada da História começou lentamente e acompanhou a expansão européia de conquista e
comércio. Os primeiros escravos africanos chegaram ao Novo Mundo em 1509, mas foram poucos até 1530,
quando Portugal, primeira nação européia a negociar com os reinos negros da África Ocidental, começou a mandar
escravos para as plantações de cana-de-açúcar no Brasil. O sofrimento da travessia era imenso. Arrancados às
famílias, acorrentados e levados a pé até o litoral, amontoados em barracões para o embarque, a degradação dos
escravos não tinha fim. Ficavam semanas, meses, acorrentados em porões de navios, lado a lado com doentes e
agonizantes, sem saber que destino teriam.
Revista VEJA. Especial do Milênio. São Paulo:
Editora Abril, ano 31, n. 51, dez. 1999. p. 110
164. A finalidade desse texto é
(A) convencer.
(B) informar.
(C) divertir.
(D) recomendar.
164. A finalidade desse texto é
(A) convencer.
(B) informar.
(C) divertir.
(D) recomendar.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
165. Leia o texto para responder a questão abaixo:
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova
Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de
trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho
diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um
homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi
incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março
passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857.
Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações
Unidas).
http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
165. A finalidade do texto é:
A) informar.
B) fazer humor.
C) defender opiniões sobre um tema.
D) emocionar.
165. A finalidade do texto é:
A) informar.
B) fazer humor.
C) defender opiniões sobre um tema.
D) emocionar.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
166. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Palavras apenas
Palavras ao vento
Palavras pequenas
Ando por aí querendo te encontrar
Palavras, momento
Em cada esquina paro em cada olhar
Palavras, palavras
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Palavras, palavras
Que o nosso amor pra sempre viva
Palavras ao vento...
Minha dádiva
Marisa Monte / Moraes Moreira
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
O texto é uma música que fez muito sucesso na voz da
Palavras apenas
cantora Cássia Eller.
Palavras pequenas
Podemos dizer que o texto tem a finalidade de:
Palavras
A) defender um ponto de vista.
B) informar.
Ando por aí querendo te encontrar
C) emocionar.
Em cada esquina paro em cada olhar
D) anunciar um produto.
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
166. O texto é uma música que fez muito sucesso na voz da cantora Cássia Eller.
Podemos dizer que o texto tem a finalidade de:
A) defender um ponto de vista.
B) informar.
C) emocionar.
D) anunciar um produto.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
167. Leia o texto abaixo.
O índice pluviométrico refere-se à quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local,
representado em milímetros. Para chegar a esse índice, as centenas de estações meteorológicas espalhadas pelo
país utilizam um aparelho conhecido como pluviômetro. Há vários modelos diferentes, mas o instrumento
constitui-se, basicamente, de funil de captação e básculas que enviam sinais elétricos para uma estação
meteorológica. Com base em todos os aparelhos instalados na cidade, é possível chegar à média de precipitação
observada na área total.
SOUZA, Ester Maria. Nova Escola. Abril, ano 24, nº 223, p. 26.
Artigo 29
I) Todo homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.
II) No exercício de seus direitos e liberdades todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas
pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de
outrem e de satisfazer as justas exigência da moral, da ordem pública e do bem estar de uma sociedade
democrática.
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e
princípios das Nações Unidas.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos integra.htm Acesso
ago. 2008)
No Dia do Beijo
Quem nunca caprichou em um beijo daqueles de cinema? Todos nós, meros mortais, já nos esforçamos em
performances de lábios colados. Para divertir e informar, Cláudya Toledo elenca alguns tipos de beijos e suas
representações:
* Beijo flex: com muita língua, saliva e mordidinhas. Representa prazer.
* Beijo power: o beijo em que um dita o ritmo para o outro. Representa posse.
* Beijo surpresa: aquele roubado, que causa susto e prazer inesperado; faz rir. Representa alegria.
* Beijo tântrico: tem uma evolução, sem hora para terminar. Representa êxtase.
Fonte:
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2010/04/13/no-dia-do-beijo-aprenda-dicas-e-truques-com-especialistas.htm(ultim
o acesso em 23/11/2011)
A finalidade do texto é
a) esclarecer os tipos de beijos e suas reações.
b) alertar os riscos de beijos.
c) criticar os tipos de beijos.
d) informar de como se deve beijar.
169. A finalidade do texto é
a) esclarecer os tipos de beijos e suas reações.
b) alertar os riscos de beijos.
c) criticar os tipos de beijos.
d) informar de como se deve beijar.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 4. 275 A 299
170. Leia o texto abaixo.
Tulipas da Holanda
Todos os anos, durante a primavera, gente de todo o mundo procura um pequeno parque colorido e perfumado,
cheio de lagos e flores, na Holanda.
Ali se encontra a famosa tulipa, a flor nacional do país. A floricultura é uma fonte de renda na Holanda e a cultura
dessa flor constitui a base dessa renda.
O valor das tulipas está no tamanho das flores e na sua coloração. Suas cores são variadas, mas a Rainha da Noite é
a mais apreciada pela sua raridade. É também conhecida como tulipa negra, embora sua cor seja azul-roxo bem
escuro.
DIAS, Ieda; CARVALHO, Aciléia. Tulipas da Holanda. In: Bolhas de sabão. Belo Horizonte: Vigília, 1987. Fragmento.
O leão e o ratinho
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O
leão, porém, não lhe fez mal nenhum.
– Segue em paz, ratinho; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, bateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso
no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
– Amor com amor se paga – disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma
das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxavam, pode o leão
deslindar-se e fugir.
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1958. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
As crianças têm andado curvadas para a escola por causa do peso das mochilas imensas? Elas não deveriam
passar por isso. Nem você. Veja como prevenir dores e lesões.
Torne as mochilas mais leves. Não carregue mais de 25% do seu peso numa mochila, que deve ficar bem
ajustada às costas para não balançar. Carregar 11 quilos pode cortar o fluxo sanguíneo para os braços depois de
apenas 10 minutos, causando cansaço e perda de mobilidade dos dedos.
Mantenha o objeto próximo do seu corpo, especialmente enquanto se agacha e se ergue, diz o Dr. Kevin Gill, do
Centro de estudos sobre a Coluna, da Universidade do Texas, nos EUA. E evite os suportes lombares (usados
frequentemente por pessoas que carregam muito
peso). Um estudo recente mostrou que esses equipamentos não previnem a dor lombar.
Seleções Reader’s Digest. jan. 2009. p. 40.
A vespa
A vespa faz parte da ordem dos himenópteros. É um inseto que possui dois pares de asas membranosas, dos
quais o posterior é menor. A vespa caça diferentes insetos, como as lagartas, para alimentar suas próprias larvas,
o que acaba sendo benéfico para as plantas. Por outro lado, atraída pelo odor das nossas refeições, ela vem nos
incomodar e nos amedrontar no verão, por causa de suas picadas doloridas. Mas ela só ataca quando se sente
ameaçada. E faz isso com a ajuda de um ferrão existente na extremidade do abdome e ligado a uma glândula de
veneno. Ao contrário das abelhas, a vespa guarda o ferrão assim que pica alguém e, assim, é capaz de picar várias
vezes seguidas.
Existem mais de 9 mil espécies de vespas, cujo tamanho pode variar de 1 a 2 cm de comprimento. Seu abdome,
normalmente listrado de amarelo e preto, pode também ser preto e vermelho. Todas possuem um par de olhos
compostos e três ocelos. Entre as inúmeras espécies, algumas são solitárias (caçadoras), outras são sociais e
vivem em grupo num ninho chamado vespeiro.
DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p.12.
Texto 2
A abelha
Assim como as vespas, as abelhas fazem parte da ordem dos himenópteros. Existem 20 mil espécies de abelhas,
das quais mil são sociais, como a abelha-europeia. Insetos extremamente úteis, elas nos proporcionam mel e
cera e desempenham um importante papel ecológico para as plantas. A abelha se alimenta de néctar e também
de pólen que, espalhado sobre seu corpo, é transportado de uma flor para outra. Isso favorece a polinização das
plantas.
As abelhas são espetaculares na organização de sua sociedade e de seus comportamentos sociais. Em seu ninho,
chamado colmeia, existem inúmeros indivíduos, cada um com um importante papel a desempenhar. A rainha põe
os ovos (até 2.500 por dia); milhares de operárias recolhem o néctar que, colocado nos alvéolos, dará o mel, com
o qual elas se alimentam. Dependendo da idade, uma operária também se ocupa da postura (ovos, larvas e
ninfas), faz a aeração, arruma e repara a colmeia. Quando sai à procura de alimento, uma abelha é capaz de
comunicar às companheiras a exata localização do “banquete”, indicando o caminho por meio de danças.
DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p. 14. *Adaptado: Reforma Ortográfica
DESCRITOR 13
Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 3. 250 A 274
175. Leia o texto abaixo.
A pérola não é uma pedra preciosa. Ela nasce dentro de uma ostra (um molusco que vive no mar) como
resultado de uma reação natural desse bicho contra invasores. Quando um grão de areia, plâncton ou pedaço
de coral entra na concha da ostra, o organismo dela parte para o ataque!
1. A ostra se irrita
O invasor entra na concha e segue direto para a região do manto, uma pele fina que protege todos os órgãos
internos da ostra. Isso causa um tipo de irritação no bicho.
2. Hora da imobilização
O manto reage dobrando-se sobre o invasor como se fizesse um embrulho. Assim, isola o que entrou e mantém
o corpo e os órgãos do molusco bem protegidos.
3. Defesa em ação
A ostra libera uma substância brilhante (o nácar ou madrepérola), que endurece bem rápido e forma uma
camada protetora ao redor do intruso. É a defesa da ostra!
4. Em camadas
O bicho continua a liberar mais e mais substância, formando uma bolota dura, que é a pérola. Como a ostra
não para de mandar nácar, a pérola cresce cada vez mais.
Formatos diferentes de pérolas
A pérola pode ter formas muito variadas. Por exemplo: se o invasor gruda no manto do molusco, ela fica
irregular. Se ele for envolvido pelo manto, a pérola se forma bem redonda.
Por que as pérolas têm cores diferentes?
Esta joia pode ser branca, rosa, preta, dourada... A cor muda de acordo com o tipo de ostra e com a região
em que ela vive: minerais e proteínas presentes na água podem dar cores diferentes à pérola.
Disponível em: <http://migre.me/fW5bF>. Acesso em: 3 set. 2013.
Nesse texto, palavras como “molusco” (1° parágrafo), “plâncton” (1° parágrafo), “manto” (3° parágrafo) e
“nácar” (7° parágrafo) são geralmente utilizadas
A) por profissionais da ciência.
B) entre pessoas de uma região.
C) em entrevistas de emprego.
D) em conversas de adolescentes.
175. Nesse texto, palavras como “molusco” (1° parágrafo), “plâncton” (1° parágrafo), “manto”
(3° parágrafo) e “nácar” (7° parágrafo) são geralmente utilizadas
A) por profissionais da ciência.
B) entre pessoas de uma região.
C) em entrevistas de emprego.
D) em conversas de adolescentes.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
176. Leia o texto abaixo:
O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E,
com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma
seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água
límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem
dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (4° parágrafo), o verbo empregado repre¬senta, no contexto,
uma marca de:
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.
176. Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (4° parágrafo), o verbo empregado
repre¬senta, no contexto, uma marca de:
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
177. Leia o texto abaixo:
A velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta,
com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da
velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou
e então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva
nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e
respondeu:
– É areia! [...]
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba,
dentro daquele maldito saco. [...]
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém,
mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.
Agradeço a Deus a alegria de estar à frente do governo de Montes Claros na passagem do primeiro centenário da
criação desta cidade. Nestes dias de festas, o meu pensamento se volta para aqueles que plantaram nos
chapadões sertanejos a semente da cidade querida — que é, hoje, motivo de orgulho para todos nós. Saudemos
com emoção os pioneiros do progresso de Montes Claros. A sombra tutelar daqueles que vieram antes de nós —
que lutaram e sofreram sob os nossos céus lavados e límpidos — Montes Claros cresce. É através da lição dos
batalhadores de ontem, que recolhemos o exemplo e o estímulo que nos dão coragem e fé para o prosseguimento
da jornada. Na comemoração do centenário da cidade, queremos abraçar todos os filhos desta terra. O nosso
abraço é também para aqueles que vieram de longe e vivem entre nós, amando e servindo a cidade generosa e
hospitaleira, que os acolheu com carinho. Aos visitantes ora entre nós e que prestigiam, com a sua presença, a
celebração de centenário de Montes Claros o nosso agradecimento e a nossa saudação afetuosa. Cem anos.
Rejuvenescida, palpitante de seiva e de vigor, cheia de vida, atinge a cidade de Montes Claros o seu primeiro
centenário.
Nesta oportunidade, renovemos o compromisso de bem servi-la.
Geraldo Athayde
178. Observando a linguagem do texto, podemos dizer que:
A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros.
B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no espaço.
C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas brasileiras.
D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais impressos.
178. Observando a linguagem do texto, podemos dizer que:
A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros.
B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no espaço.
C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas brasileiras.
D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais impressos.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
179. Leia o texto abaixo e responda à questão.
Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para o Zeca.
— E aí, cara? Vamos ao cinema?
— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....
— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha
começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.
Saímos de lá, comentando:
— Que filme massa!
— Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo e eu
detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco mais.
CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com
Goiabada
Carlos Heitor Cony
Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer
pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha
cara de goiabada.
Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação,
mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.
[...]
Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me
ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando
o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o
Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.
[...]
O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em
busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não
vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias,
olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm
Ao iniciar o texto com a frase – “Goiabada tinha cara de goiabada mesmo”, o produtor causa no leitor
(A) expectativa para descobrir o que é “cara de goiabada mesmo”.
(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.
(C) confusão para entender o significado das palavras.
(D) indignação pela crítica à goiabada.
180. Ao iniciar o texto com a frase – “Goiabada tinha cara de goiabada mesmo”, o
produtor causa no leitor
(A) expectativa para descobrir o que é “cara de goiabada mesmo”.
(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.
(C) confusão para entender o significado das palavras.
(D) indignação pela crítica à goiabada.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 7. 350 A 374 Só me concentro em apostilas
180. Leia o texto para responder à questão coisa tão normal
abaixo: Leio os roteiros de viagem
Enquanto rola o comercial
Nada Tanto Assim
Leoni / Bruno Fortunato
Conheço quase o mundo inteiro
Só tenho tempo por cartão postal
pras manchetes no metrô Eu sei de quase tudo um pouco
E o que acontece na novela e quase tudo mal.
Alguém me conta no corredor www.letrasterra.com.br
A Máquina
Lúcia Carvalho
Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá, num final de semana,
separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado
pelo chão, uma tremenda confusão.
Foi quando ouvi meus filhos me chamarem.
– Mãe! Maiê!
– Faaala.
Eles apareceram, esbaforidos.
– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém quiser, essa coisa pode ficar para a gente? Hein?
– Depende. Que é?
Eles falavam juntos, animadíssimos.
– Ééé... uma máquina, mãe.
– É só uma máquina meio velha.
– É, mas funciona, está ótima!
Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
– Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que
escreve?
– Sei.
– Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio.
Bem, a gente vai, digita, digita...
Ela ia se animando, os olhos brilhando.
– ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal! Direto, na
mesma hora, eu juro!
Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação de uma máquina de
escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Continuava.
– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a impressão tipo na hora, e não
precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no Word, de escrever
olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina tuuudo ligada uma na
outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E
nem precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.
– Nossa, filha...
(Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.)
181. Encontramos o registro da linguagem informal em
(A) “Morreu uma tia minha.”
(B) “Eles apareceram esbaforidos.”
(C) “Ela nem aí comigo.”
(D) “E nem precisa colocar na tomada.”
181. Encontramos o registro da linguagem informal em
(A) “Morreu uma tia minha.”
(B) “Eles apareceram esbaforidos.”
(C) “Ela nem aí comigo.”
(D) “E nem precisa colocar na tomada.”
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 7. 350 A 374
182. Leia o texto para responder à questão a seguir:
Com a fúria de um vendaval
Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera
viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre.
Não tinha nada para fazer e isso estava me matando de aborrecimento.
Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser
humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver nada de
original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta,
extremamente gorda, discutindo com um feirante.
O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que
brigavam, mas sei o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes
braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela
destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando
com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates ou até mais.
De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já atemorizado e, tropeçando em alguns tomates
podres que estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, esborrachou-se no asfalto, para o divertimento do
pequeno público que, assim como eu, assistiu àquela cena incomum.
http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/
182. Dos fragmentos abaixo, aquele que exemplifica o narrador-personagem da narrativa é
(A) “Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre”.
(B) “O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora”.
(C) “a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes
braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante.”
(D) “Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais
vermelha, assim como os tomates ou até mais.”
182. Dos fragmentos abaixo, aquele que exemplifica o narrador-personagem da narrativa é
(A) “Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre”.
(B) “O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora”.
(C) “a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes
braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante.”
(D) “Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais
vermelha, assim como os tomates ou até mais.”
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
183. Leia o texto para responder à questão a Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
seguir: Mas o tempo passou
Terra seca Essa terra secou ...ô ô
Ary Barroso A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....
O nêgo tá, moiado de suó Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado
Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado
Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo
(refrão) cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html
Perdi o sono, por que será? Mamãe uma visita diferente. Depois do jantar ouvimos um barulho enorme.
Eram cavalos relinchando. Alguém bateu à porta. Watson, nosso mordomo, foi abrir.
Era um homem esquisito: branco, magro, vestido de preto. Meu cão Brutus começou a latir. O homem ficou
parado na porta. Disse Watson que uma roda de sua carruagem havia se quebrado. Mamãe convidou o
desconhecido para entrar. Ele deu um sorriso largo, estranho.
Talvez eu estivesse com sono, mas quando ele passou diante do espelho, ele não apareceu. Mamãe ofereceu
chá ao estrangeiro. Ele disso que seu nome era Drácula e que morava num lugar chama Transilvânia. E dá dormir
com tudo isso? Escreve.
Edgard
Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação. Chegando ao
meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para o burro, e exclamou:
— Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro! Então, o jumento virou-se para ele e respondeu:
— É claro, não é você quem vai levar!
O menino, muito admirado com o fato de o burro ter falado, correu e foi direto contar tudo ao seu pai. Ao
chegar em casa, quase sem fôlego, disse:
— Pai, eu tava na mata, juntando lenha e, depois de preparar uma carga para trazer, eu disse que ia colocar ela
na garupa do burro. Acredite se quiser, ele se virou pra mim e disse: "É claro, não é você quem vai levar!".
O pai do menino olhou-o de cima para baixo e, meio desconfiado, repreendeu-o:
— Você tá dando pra mentir agora? Onde já se viu tal absurdo? Animais não falam! Nesse momento, o cachorro
que estava ali presente saiu em defesa do garoto e falou:
— É verdade, eu também estava lá e vi tudinho!
Assustado, o pobre camponês, julgando que o animal estivesse endiabrado, pegou um machado que estava
encostado na parede e ergueu-o para ameaçá-lo.
Foi então que aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a tremer em suas mãos, e, então,
virou-se para ele e disse:
— O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!
Fonte: O MENINO, o burro e o cachorro. In: Contos populares ilustrados. Disponível em:
<http://www.sitededicas.com.br>.
Acesso em: 24 jan. 2009.
A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo
(A) burro.
(B) pai.
(C) menino.
(D) machado.
186. A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo
(A) burro.
(B) pai.
(C) menino.
(D) machado.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 4. 275 A 299
187. Leia o texto abaixo.
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa,
desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!. .. E em voz alta:
– Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e
pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados.
Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
– Muito bem! – exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo,
limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas ... como lá vêm vindo
três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
– Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez
a festa, sim? Até logo. E raspou-se.
Contra esperteza, esperteza e meia. (Monteiro Lobato. Fábulas)
Esse texto é narrado
(A) pelo galo.
(B) pela raposa.
(C) pelo cachorro.
(D) pelo narrador observador.
187. Esse texto é narrado
(A) pelo galo.
(B) pela raposa.
(C) pelo cachorro.
(D) pelo narrador observador.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
188. Leia o texto abaixo.
Pássaro contra a vidraça
Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e
sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela
Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que
viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens célebres que
eram levados para a guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E
hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do
mundo inteiro em tamanho natural.
Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra uma
mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de
cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.
188. Nesse texto, palavras como “legal”, “barato”, “vidrado”, “gozado” evidenciam um falante
que também usa
A) expressões de gíria.
B) expressões regionais.
C) linguagem culta.
D) linguagem técnica.
188. Nesse texto, palavras como “legal”, “barato”, “vidrado”, “gozado” evidenciam um falante
que também usa
A) expressões de gíria.
B) expressões regionais.
C) linguagem culta.
D) linguagem técnica.
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189. Leia o texto abaixo.
O discutível amigo
O homem é o maior amigo do cão...
Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A coleira que o diga. Poucos animais têm, como o homem o
instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia
ser modificada: o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas
há milhões de cães pelo mundo afora com um homem, ou toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como
cães. Às vezes reconhecidos como gente. Principalmente quando na família há essa coisa boa que chamam
criança.
LESSA,Orígenes Confissões de um vira-lata. Rio de Janeiro. Ediouro.28.09.1972.
A moça e a calça
Stanislaw Ponte Preta
Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibição é ruim: “O menino mágico.” Se mágico geralmente é chato,
imaginem menino. Mas isto não vem ao caso. O que vem ao caso é a mocinha muito da redondinha, condição que
seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi até a porta,
mas aí o porteiro olhou pra ela e disse que ela não podia entrar:
— Não posso por quê?
— A senhora está de “Saint-Tropez”.
— E daí?
Daí o porteiro olhou pras exuberâncias físicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: - Por mim a senhora
entrava... Mas o gerente tinha dado ordem de que não podia com aquela calça bossa-nova e, sabe como é... ele
tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela calça não.
— O senhor não vai querer que eu tire a calça.
Nós, que estávamos perto, quase respondemos por ele: - Como não, dona! – Mas ela não queria resposta.
Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calças “Saint-Tropez”. Disse então que suas calças eram tão
compridas como outras quaisquer. O cinema Pax é dos padres e talvez por causa desse detalhe é que não pode
“Saint-Tropez”. A calça, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. - Quer
dizer que com minhas calças eu não entro? – Quis ela saber ainda uma vez. E vendo o porteiro balançar a cabeça
em sinal negativo, tornou a perguntar: — E de saia?
De saia podia. Ela então abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra
presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo de discórdia. No caso, a calça “Saint-Tropez”.
Depois, calmamente, afrouxou a calça e deixou que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e
entrou com uma altivez que só vendo.
Fonte: PRETA, Stanislaw Ponte (Sérgio Porto). In: SANTOS, Joaquim F. dos [org.]. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. Com cortes.
A partir do que conta o narrador, o leitor descobre que „Saint-Tropez‟ é uma calça de cintura
(A) apertada.
(B) dobrada.
(C) baixa.
(D) larga.
191. A partir do que conta o narrador, o leitor descobre que „Saint-Tropez‟ é uma calça de
cintura
(A) apertada.
(B) dobrada.
(C) baixa.
(D) larga.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
192. Leia o texto abaixo e responda.
TEXTO DO CAIPIRA
O caipira andava ao longo da estrada seguido de dez cavalos. Nisso, veio um automóvel e o motorista gritou para o
caipira:
– Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos! – E – vrruuum! – saiu em disparada!
O caipira continuou seu passo. E lá na frente estava o carro virado dentro do rio, ao lado da ponte.
Ai, o caipira falou pro motorista:
– Oi, cumpadre! Dando água pra tropa, é?
Que palavra do texto indica o modo de falar de uma pessoa que mora no meio rural?
A) Cumpadre
B) Disparada
C) Passo
D) Tropa
192. Que palavra do texto indica o modo de falar de uma pessoa que mora no meio rural?
A) Cumpadre
B) Disparada
C) Passo
D) Tropa
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 14
Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu
o resto da vida num castelo mal-assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é
bem difícil de se saber se é verdade.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos:
Histórias modernas de tempos antigos. Editora FTD, p.16. Fragmento
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a
casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia,
casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos,
depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de
arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às
vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos,
torcíamos para ele subir mais e mais.
Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da
cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma
fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo,
tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a
enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as
enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (3° parágrafo), é
(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”
194. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa”
(3° parágrafo), é
(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
195. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos
queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava, terrível!
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem. TV Cultura,
Jornal do Telecurso.
Sempre gostei muito de livros e, além dos livros escolares, li os de histórias infantis, e os de adultos: mas
estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa edição monumental,
muito ilustrada, que fora do meu avô. Aquilo era uma história que não acabava nunca; e acho que esse era o seu
principal encanto para mim. Descobri o dicionário, uma das invenções mais simples e formidáveis e também
achei que era um livro maravilhoso, por muitas razões.
(...) quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o
mundo.
MEIRELES, Cecília. Obra Poética. Rio de janeiro: Aguillar, 1997.
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento.
[...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no
trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à
coisa pública. [...] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.
O Brasil tem hoje um grande exército de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos aguardando uma possibilidade de apresentar ao
mercado de trabalho o seu potencial. O maior drama deste exército juvenil é a ausência de vagas oferecidas àqueles que
procuram o seu primeiro emprego. [...]
Além disso, parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos, já que o desemprego também afeta
gravemente os chefes de família, que desesperados, aceitam qualquer coisa. [...]
Apesar de tudo [...], há saídas para os jovens [...]. Por não haver alternativas individuais para todos, apenas para alguns, o
país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento que viabilize o crescimento econômico em mais de 5,5% ao ano e por
toda uma década.
Fonte: http://www.estudeonline.net/revisao_detalhe.aspx?cod=259
Iracema
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que
seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua
guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia
a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais
fresca do que o orvalho da noite. [...]
ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br> Acesso em: 29 jul. 2009. Fragmento.
Pessoalmente penso que a migração trouxe vários benefícios para o nosso estado.
Segundo dados históricos, Roraima foi formada por migrantes que vieram de todas as regiões do país,
principalmente do Maranhão. Os migrantes contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do comércio,
para a educação, como também para a implantação de pequenas indústrias de hoje, agricultura e etc.
Muitas pessoas aqui em nosso estado falam que a migração traz vários problemas para a região como:
desemprego, crescimento da miséria, violência, sobretudo o crescimento desordenado da população.
Mas podemos perceber que isso não é só um problema de Roraima, mas de todo o Brasil. Logo, confirmo
que a migração é de suma importância para o crescimento da nossa região.
Ismael Alexandre da Silva Nascimento – E.M.E.I.F. Edisonina de Barros – Vila Boa Vista, Roraima.
DESCRITOR 15
A) causalidade.
B) finalidade.
C) modalidade.
D) temporalidade.
MAR MORTO
Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado. Precisa de colo de alguém
ou de bóia de plástico.
Mas existe um mar em que nada afunda, de tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países
do Oriente, Israel e a Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde
deságua o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a superfície do
planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de comprimento e 17 quilômetros de largura.
É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga ou camarão que consiga viver ali dentro.
Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As pessoas vão ao Mar
Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso mergulhar no sal para ir atrás dessa
poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O
Mar Morto é realmente um lugar diferente!
Só vendo para acreditar.
No trecho “Ouviu os grilos cantando no jardim,...” (5° parágrafo), a expressão destacada exprime circunstância de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
203. No trecho “Ouviu os grilos cantando no jardim,...” (5° parágrafo), a expressão destacada
exprime circunstância de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
Os pancararés
Conhecedores de cada canto da região em que viveram os cangaceiros, os pancararés, quando a volante passava,
ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade remanescente dos pancararés vive na Baixa do
Chico, um pequeno povoado situado no interior do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam bastante
simples, os moradores parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de pau-a-pique e recebem água de um poço
artesiano porque a região é árida e agreste. Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e à criação de gado.
www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/população.
No trecho “...quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”, a expressão destacada
demonstra uma circunstância de
(A) dúvida.
(B) condição.
(C) tempo.
(D) comparação.
204. No trecho “...quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”, a
expressão destacada demonstra uma circunstância de
(A) dúvida.
(B) condição.
(C) tempo.
(D) comparação.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
205. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma
cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse
homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o
rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca,
entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente
não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a
mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o
tratava mal, agora está arrependido?" "Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a
minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava".
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997.
205. No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere-se ao
seguinte termo do 1° parágrafo:
(A) cravina (linha 3).
(B) gerânio (linha 4).
(C) girassol (linha 4).
(D) homem bonito (linha 5).
205. No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere-se ao
seguinte termo do 1° parágrafo:
(A) cravina (linha 3).
(B) gerânio (linha 4).
(C) girassol (linha 4).
(D) homem bonito (linha 5).
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 5. 300 A 324
206. Leia o texto para responder à questão a seguir:
Há registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer, mas esse tempo sempre varia conforme a
estatura. Sem água, porém, a resistência é bem menor e o estado de saúde torna-se bastante grave após cerca
de 36 horas. Ficar sem comer por um ou dois dias normalmente não ocasiona problemas que possam afetar
gravemente a pessoa. Essa situação não costuma causar mais que tonturas e dor de cabeça. “O jejum
não tem indicação para ser usado de forma rotineira sob o ponto de vista médico, mas tem sido praticado desde
a Antiguidade como preceito religioso para a purificação do espírito”, diz o endocrinologista Danilo Alvarenga de
Carvalho. Quando feito sem controle médico, porém, o jejum pode implicar sérios riscos para a saúde, inclusive
levando à morte. Sem a ingestão de alimentos, o organismo começa a queimar suas reservas de energia,
principalmente as gorduras.
Depois delas, consome as proteínas que compõem os tecidos. Ficar muito tempo sem se alimentar também
provoca diversas alterações metabólicas e hormonais, com perda de vitaminas e sais minerais, alterações da
pressão arterial, desmaios e problemas psicológicos. Mas a falta de água é bem mais grave. Um homem de
estatura média contém em seu corpo aproximadamente 40 litros de água, necessária para resfriar o corpo.
Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição para serem eliminadas pelos rins
e intestinos. Numa pessoa saudável, existe um equilíbrio entre a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados. A
perda desse equilíbrio em poucos dias é o suficiente para matar.
(Superinteressante Especial: Mundo estranho, ago.2001.)
No trecho “Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição...” (3º parágrafo), a
expressão destacada desempenha a função de
(A) adição de ideias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) consequência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.
206. No trecho “Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição...”
(3º parágrafo), a expressão destacada desempenha a função de
(A) adição de ideias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) consequência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 6. 325 A 349
207. Leia o texto para responder à questão a seguir:
Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu,
matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele
escrevia. A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada. Eu não sabia por que os soldados tinham
tanta coisa a adoçar.[...]. E a casa de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes
eram o caderno do meu avô.
Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página (...). Conversa mais indecente ele escrevia bem no alto. Era
preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.(...).
Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa do meu avô foi o meu
primeiro livro. (...) Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem.
Trecho extraído de Bartolomeu Campos Queirós. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.
No último domingo, dia 29 de janeiro, foi celebrado o Dia Internacional de Combate à Hanseníase, doença que
atinge grande parte da população brasileira. Com esta preocupação, a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de
Caxias (SMS), através do Departamento de Vigilância em Saúde, iniciou, nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, a
Campanha Informativa sobre Hanseníase, que aconteceu no Centro Municipal de Saúde (CMS), no Centro, e se
estenderá pelos quatro distritos da cidade.
Uma macha como esta, com perda de sensibilidade, é um sinal de alerta.
Fonte: http://www.duquedecaxias.rj.gov.br/index./noticias/Campanha-esclarece-a-populao-sobre-Hanseniase
Caminhos da realeza
A Estrada Real ligava, inicialmente, a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, no Rio de Janeiro.
Com o tempo, mais dois caminhos foram abertos. O primeiro passou a ligar Ouro Preto à cidade do Rio de Janeiro.
Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.
Além de percorrer diversos ecossistemas, como Mata Atlântica e Cerrado, a estrada passa por várias unidades
de conservação estaduais e federais.
CHAVES, Lucas; SOARES, Jéssica. Caminhos da Realeza. Revista Manuelzão, Belo Horizonte, n. 46, ano 11, julho de 2008.
Na frase “Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.”, o termo destacado indica
A) dúvida.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
209. Na frase “Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.”, o termo destacado
indica
A) dúvida.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
210. Leia o texto e responda:
Cajuína
No verso “Pois quando tu me deste a rosa pequenina”, o termo destacado expressa a idéia de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
211. No verso “Pois quando tu me deste a rosa pequenina”, o termo destacado expressa a
idéia de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 8. 375 A 399
212. Leia os textos abaixo.
No início do ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – um organismo da ONU que
congrega cerca de 2.500 cientistas de 130 países – informou que já vivemos os efeitos do aquecimento global do
planeta.
Nossa casa comum poderá, desde já, ficar muito mais quente, oscilando entre 1,4 e 6 graus Celsius. Esses
números, apesar de aparentemente inofensivos, são capazes de desencadear grandes transtornos climáticos e
uma devastação inimaginável de seres vivos. Muitos lugares ficarão inabitáveis. Haverá grande emigração para
regiões de temperaturas mais amenas.
Anualmente, são lançados 27 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no ar. Isso equivale, se condensado,
a uma montanha de 1,5 quilômetro de altura com uma circunferência de base de 19 quilômetros. Como a Terra
pode assimilar esses resíduos invisíveis e mortais?
O receio, o medo, até o pavor que está tomando conta de muitos cientistas, economistas e políticos
ecologicamente despertos como Gorbachev e Al Gore, entre outros, é que estamos nos aproximando de um
momento crítico. Se as coisas seguirem como estão, fatalmente iremos ao encontro do pior.
No entanto, podemos minorar os efeitos maléficos e mudar a situação se os Estados, as grandes empresas, as
instituições e cada pessoa deixarem de queimar lixo, de contaminar o ar e controlarem a emissão de gases dos
carros mediante energias alternativas e menos poluentes. Só assim, a Terra, que tem força de regeneração,
conseguirá garantir ar puro para a vida.
Revista Brasil Almanaque de Cultura Popular, Ano 9,
agosto 2007, no 100. Pág. 8.
Segundo esse texto, o que causará a emigração para regiões de temperaturas mais amenas?
A) A elevação da temperatura em vários lugares.
B) A identificação dos efeitos do aquecimento global.
C) A inevitável aproximação de um momento crítico.
D) A preocupação com o dióxido de carbono no ar.
212. Segundo esse texto, o que causará a emigração para regiões de temperaturas mais
amenas?
A) A elevação da temperatura em vários lugares.
B) A identificação dos efeitos do aquecimento global.
C) A inevitável aproximação de um momento crítico.
D) A preocupação com o dióxido de carbono no ar.
BANCO DE QUESTÕES
DESCRITOR 16
AS DUAS NOIVAS
O ônibus parou e ela subiu. Ele se encolheu, separando-se da outra, as mãos enfiadas entre os joelhos e
olhando para o lado – como se adiantasse, já tinha sido visto. A noiva s orriu, agradavelmente surpreendida:
Mas que coincidência!
E sentou-se a seu lado. Você ainda não viu nada – pensou ele, sentindo-se perdido, ali entre as duas. Queria
sumir, evaporar-se no ar. Num gesto meio vago, que se dirigia tanto a uma como a outra, fez a apresentação com
voz sumida:
— Esta é minha noiva...
— Muito prazer – disseram ambas.
Fonte: Sabino, Fernando. Obra Reunida. Volume III, Editora Nova Aguilar S.A. – Rio de Janeiro, 1996, p. 148.Com cortes.
Fonte:
http://www.piadas.com.br/imagens-engracadas/fonte-dos-desejos-mulh
er-rica (ultimo acesso em 01/11/2011)
214. A fonte dos desejos é um mito criado para fim de realização pessoal. A imagem retrata
um desejo de um homem fazendo o pedido a fonte, percebe que a imagem há
A) uma lenda, pois nenhuma fonte pode transformar um homem em cachorro.
B) discussão ao relacionarmos mulher rica com uma transformação em um cachorro.
C) falha e mito já que é impossível conseguir realização de seus próprios desejos.
D) humor onde é logo percebida em comparar estilo de mulher rica com um cachorro.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
Disponível em:
<http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira37.thm
214. Nesse texto, o efeito de humor está
A) na expressão do cachorro dormindo.
B) na interpretação feita por Franjinha.
C) no comentário da mãe no segundo quadrinho.
D) no fato do menino dormir com o cachorro.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 4. 275 A 299
215. Leia o texto abaixo.
O cabo e o soldado
Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em
círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.
Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:
— Eu sou irmão da vítima.
Todos olharam e logo o deixaram passar.
Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e,
sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:
— Ora essa, o parente é seu.
http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/2007_07_01_archive.html
219. O traço de humor do texto pode ser identificado no fato de
(A) o homem ver um rato roubando um biscoito.
(B) o rato conseguir fugir do homem e do gato.
(C) o gato pegar o biscoito e não o rato.
(D) o gato correr atrás do rato.
220. PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
Leia o texto para responder à questão a seguir:
Juquinha, o terrível
Sabendo que o filho não era chegado a assuntos religiosos, a mãe estranha ao ver Juquinha
ajoelhado no quarto, de mãos postas.
– O que está fazendo, meu filho?
– Rezando para que o Rio Amazonas vá para a Bahia – responde o menino.
– Mas por quê?
– Porque foi isso que eu escrevi na prova de Geografia.
Almanaque Brasil, maio 2001.
O que torna esse texto engraçado é a
A) curiosidade da mãe sobre o filho.
B) mãe estranhar a atitude do filho.
C) primeira resposta do filho.
D) segunda resposta do filho.
221. O que torna esse texto engraçado é a
A) curiosidade da mãe sobre o filho.
B) mãe estranhar a atitude do filho.
C) primeira resposta do filho.
D) segunda resposta do filho.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
222. Leia o texto abaixo e responda.
Recreio. São Paulo: abril, ano 10, n. 479, p. 24, 14 maio 2009.
222. Esse texto é engraçado, porque
A) o predador queria pegar o filhote.
B) o macaco fingiu que era predador.
C) a mãe enganou o filhote para dar-lhe banho.
D) a mãe fugiu com seu filhote para o lago.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 3. 250 A 274
223. Leia o texto abaixo:
http://www.telaquente.com.br/portal2/index.php?option=com_conte
nt&task=view&id=542&Itemid=54
225. O humor do texto está centrado no fato de o menino
(A) estar escrevendo uma carta para um amigo de correspondência.
(B) afirmar que tem perdido muito tempo vendo programas de TV.
(C) pedir desculpas ao amigo por não escrever seguidamente.
(D) concluir a carta porque vai ver seu programa de TV favorito.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 5. 300 A 324
226. Leia o texto abaixo e, em seguida.
DESCRITOR 17
Eu sou Clara
Sabe, toda a vez que me olho no espelho, ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora. Tudo cresceu:
minha altura, meus cabelos lisos e pretos, meus seios. Meu corpo tomou novas formas: cintura, coxas, bumbum.
Meus olhos (grandes e pretos) estão com um ar mais ousado. Um brilho diferente. Eu gosto dos meus olhos. São
bonitos. Também gosto dos meus dentes, da minha franja... Meu grande problema são as orelhas. Acho orelha
uma coisa horrorosa, não sei por que (nunca vi ninguém com uma orelha bonitona, bem-feita). Ainda bem que
cabelo cobre orelha!
Chego à conclusão de que tenho mais coisas que gosto do que desgosto em mim. Isso é bom, muito bom. Se
a gente não gostar da gente, quem é que vai gostar? (Ouvi isso em algum lugar...) Pra eu me gostar assim, tenho
que me esforçar um monte.
Tomo o maior cuidado com a pele por causa das malditas espinhas (babo quando vejo um chocolate!). Não
como gordura (é claro que maionese não falta no meu sanduíche com batata frita, mas tudo light...) nem tomo
muito refri (celulite!!!). Procuro manter a forma. Às vezes sinto vontade de fazer tudo ao contrário: comer, comer,
comer... Sair da aula de ginástica, suando, e tomar três garrafas de refrigerante geladinho. Pedir cheese bacon com
um mundo de maionese.
Engraçado isso. As pessoas exigem que a gente faça um tipo e o pior é que a gente acaba fazendo. Que droga!
Será que o mundo feminino inteiro tem que ser igual? Parecer com a Luíza Brunet ou com a Bruna Lombardi ou sei
lá com quem? Será que tem que ser assim mesmo?
Por que um monte de garotas que eu conheço vivem cheias de complexos? Umas porque são mais gordinhas.
Outras porque os cabelos são crespos ou porque são um pouquinho narigudas.
Eu não sei como me sentiria se fosse gorda, ou magricela, ou nariguda, ou dentuça, ou tudo junto. Talvez
sofresse, odiasse comprar roupas, não fosse a festas... Não mesmo! Bobagem! Minha mãe sempre diz que beleza é
“um conceito muito relativo”. O que pode ser bonito pra uns, pode não ser pra outros. Ela também fala sempre que
existem coisas muito mais importantes que tornam uma mulher atraente: inteligência e charme, por exemplo. Acho
que minha mãe está coberta de razão!
Pois bem, eu sou Clara. Com um pouco de tudo e muito de nada.
RODRIGUES, Juciara. Difícil decisão. São Paulo: Atual, 1996.
No trecho “...nem tomo muito refri (celulite!!!).” (ℓ.25), a repetição do “ponto de exclamação” sugere que a
personagem tem
(A) incerteza quanto às causas da celulite.
(B) medo da ação do refrigerante.
(C) horror ao aparecimento da celulite.
(D) preconceito contra os efeitos da celulite.
227. No trecho “...nem tomo muito refri (celulite!!!).” (ℓ.25), a repetição do “ponto de
exclamação” sugere que a personagem tem
(A) incerteza quanto às causas da celulite.
(B) medo da ação do refrigerante.
(C) horror ao aparecimento da celulite.
(D) preconceito contra os efeitos da celulite.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 4. 275 A 299
228. Leia o texto para responder à questão abaixo:
Boa Ação
(...) De repente, zapt, a cusparada veio lá do alto do edifício e varreu-lhe o braço direito que nem onda de
ressaca. Horror, nojo, revolta: no meio das três sensações, o triste consolo de não ter sido no rosto, nem mesmo no
vestido.
Como limpar “aquilo” sem se sujar mais? Teve ímpeto de atravessar a rua, a praia, meter-se de ponta cabeça no
mar. Depois veio a ideia de entrar no primeiro edifício, apertar a primeira campainha, rogar em pranto à dona da
casa: “Me salve desta imundície!”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Boa ação. In: Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.
Tintura milionária
A apresentadora Angélica recebeu uma proposta de 1,5 milhões de reais de uma gigante de tinturas para cabelos
para pintar de ruivo suas louras melenas. Não topou. Não porque se importe de ficar ruiva – mas é que achou
pouco.
(VEJA, nº19, 12 de maio de 2004, p. 37)
O sapo ・esperto. Uma feita o homem agarrou o sapo e levou-o para os filhos brincarem. Os meninos judiaram
dele muito tempo e, quando se fartaram, resolveram matar o sapo. Como haviam de fazer?
— Vamos jogar o sapo nos espinhos!
— Espinho não fura meu couro – dizia o sapo.
— Vamos queimar o sapo!
— Eu no fogo estou em casa!
— Vamos sacudir ele nas pedras!
— Pedra não mata sapo!
— Vamos furar de faca!
— Faca não atravessa!
— Vamos botar o sapo dentro da lagoa!
Aí o sapo ficou triste e começou a pedir, com voz de choro:
— Me bote no fogo! Me bote no fogo! Na água eu me afogo! N’àgua eu me afogo!
— Vamos para a lagoa – gritaram os meninos.
Foram, pegaram o sapo por uma perna e, t”xim bum, rebolaram lá no meio. O sapo mergulhou, veio em cima
d’água, gritando, satisfeito:
— Eu sou o bicho d’água! Eu sou bicho d’água!
Por isso, quando vemos alguém recusar o que mais gosta, dizemos:
— É sapo com medo d’água...
Fonte: CASCUDO, Luís da Câmara. Contos Tradicionais do Brasil. 8ェed. S縊 Paulo: Global, 2000.
DESCRITOR 18
Uma delicada leitora me escreve: não gostou de uma crônica minha de outro dia, sobre dois amantes que se
mataram. [...] Mas o que a leitora estranha é que o cronista "qualifique o amor, o principal sentimento da
humanidade, de coisa tão incômoda". E diz mais: "Não é possível que o senhor não ame, e que, amando, julgue
um sentimento de tal grandeza incômodo".
[...] Não sei se vale a pena lhe contar que a minha amada era linda; não, não a descreverei, porque só de
revê-la em pensamento alguma coisa dói dentro de mim. [...]
A história acaba aqui; é, como vê, uma história terrivelmente sem graça, e que eu poderia ter contado em uma
só frase. Mas o pior é que não foi curta. Durou, doeu e – perdoe, minha delicada leitora – incomodou.
Eu andava pela rua e sua lembrança era alguma coisa encostada em minha cara, travesseiro no ar; era um
terceiro braço que me faltava, e doía um pouco; era uma gravata que me enforcava devagar, suspensa de uma
nuvem. A senhora acharia exagerado se eu lhe dissesse que aquele amor era uma cruz que eu carregava o dia
inteiro e à qual eu dormia pregado; então serei mais modesto e mais prosaico dizendo que era como um mau jeito
no pescoço que de vez em quando doía como bursite. [...]
No texto, a frase “era uma gravata que me enforcava devagar”, (último parágrafo) dá ideia de
(A) algo muito incômodo.
(B) uma dor intensa.
(C) um ato desesperado.
(D) um grande sacrifício.
233. No texto, a frase “era uma gravata que me enforcava devagar”, (último parágrafo) dá ideia
de
(A) algo muito incômodo.
(B) uma dor intensa.
(C) um ato desesperado.
(D) um grande sacrifício.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
234. Leia o texto abaixo.
Camelô caprichado
“Senhoras, senhoritas, cavalheiros! — estudantes, professores, jornalistas, escritores, poetas, juízes — todos
os que vivem da pena, para a pena, pela pena! – esta é a caneta ideal, a melhor caneta do mundo (marca
Ciclone!), do maior contrabando jamais apreendido pela Guardamoria! (E custa apenas 100 cruzeiros!).
“Esta é uma caneta especial que escreve de baixo para cima, de cima para baixo, de trás para diante e de
diante para trás! — (Observem!) Escreve em qualquer idioma, sem o menor erro de gramática! (E apenas por 100
cruzeiros!).
“Esta caneta não congela com o frio nem ferve com o calor; resiste à umidade e pressão; pode ir à Lua e ao
fundo do mar, sendo a caneta preferida pelos cosmonautas e escafandristas. Uma caneta para as grandes
ocasiões: inalterável ao salto, à carreira, ao mergulho e ao vôo! A caneta dos craques! Nas cores mais modernas e
elegantes: verde, vermelha, roxa... (apreciem) para combinar com o seu automóvel! Com a sua gravata! Com os
seus olhos!... (Por 100 cruzeiros!)
“Esta caneta privilegiada: a caneta marca Ciclone, munida de um curioso estratagema, permite mudar a cor da
escrita, com o uso de duas tintas, o que facilita a indicação de grifos, títulos, citações de frases latinas, versos e
pensamento inseridos nos textos em apreço! A um simples toque, uma pressão invisível (assim!) a caneta passa a
escrever em vermelho ou azul, roxo ou cor-de-abóbora, conforme a fantasia do seu portador. (E custa apenas 100
cruzeiros!).
“Adquirindo-se uma destas maravilhosas canetas, pode-se dominar qualquer hesitação da escrita: a caneta
Ciclone escreve por si! Acabaram-se as dúvidas sobre crase, o lugar dos pronomes, as vírgulas e o acento
circunflexo! Diante do erro, a caneta pára, emperra – pois não é uma caneta vulgar, de bomba ou pistão, mas
uma caneta atômica, sensível, radioativa, (E custa apenas 100 cruzeiros: a melhor caneta, do maior
contrabando).
(MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. 2ª ed.
Rio de Janeiro. Record, 1996. p.22-23)
A expressão “todos os que vivem da pena, para pena, pela pena”, refere-se a:
(A) todos aqueles que querem uma caneta colorida.
(B) todos aqueles que têm o sentimento de pena.
(C) todos aqueles que têm a escrita como ofício.
(D) todos aqueles que compram em camelôs.
236. A expressão “todos os que vivem da pena, para pena, pela pena”, refere-se a:
(A) todos aqueles que querem uma caneta colorida.
(B) todos aqueles que têm o sentimento de pena.
(C) todos aqueles que têm a escrita como ofício.
(D) todos aqueles que compram em camelôs.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 4. 275 A 299
237. LEIA O TEXTO
A PRINCESA E A RÃ
Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu
castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe
muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no
entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo
castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos
filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de
um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
— Eu, hein?... nem morta!
Luis Fernando Veríssimo
Na frase “— Eu, hein?... nem morta”! (último parágrafo) a expressão destacada sugere que a princesa
(A) pensará sobre a proposta da rã.
(B) nunca aceitará a proposta da rã.
(C) depois do jantar aceitará a proposta da rã.
(D) um dia se casará com a rã.
237. Na frase “— Eu, hein?... nem morta”! (último parágrafo) a expressão destacada sugere
que a princesa
(A) pensará sobre a proposta da rã.
(B) nunca aceitará a proposta da rã.
(C) depois do jantar aceitará a proposta da rã.
(D) um dia se casará com a rã.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 6. 325 A 349
238. Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
A namorada
Manoel de Barros
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Disponível em: http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp. Acesso em 21/02/2013.
No trecho “O pai era uma onça,” a palavra destacada sugere que o pai era
(A) violento.
(B) esperto.
(C) rápido.
(D) rígido.
238. No trecho “O pai era uma onça,” a palavra destacada sugere que o pai era
(A) violento.
(B) esperto.
(C) rápido.
(D) rígido.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 4. 275 A 299
239. Texto: Tirinha. (Garfield)
Poema
(Ivanei Nunes)
A corrupção veste terno e gravata
Discursa no plenário, engorda o próprio salário
É insensível com a fome e a miséria
Honestidade banida do seu dicionário. Em que oração, adaptada no texto, ocorre a personificação
do político corrupto?
A covardia usa fuzil AR-15 (A) Discursa no plenário.
Assedia criança pobre, influencia a área nobre (B) Opta pelo lado animal e não pelo humano.
Toma conta do morro, da favela (C) A corrupção veste terno e gravata.
Infiltra-se no poder, na justiça, ela tudo pode (D) A indiferença anda pelas ruas.
241. No 2º quadrinho a expressão “Pensei que só tinha que fazer isso...” refere-se:
(A) Ao fato de sentar-se à mesa.
(B) À ideia de lavar as mãos.
(C) À hipótese de receber visita.
(D) Ao fato de dar desculpas.
241. No 2º quadrinho a expressão “Pensei que só tinha que fazer isso...” refere-se:
(A) Ao fato de sentar-se à mesa.
(B) À ideia de lavar as mãos.
(C) À hipótese de receber visita.
(D) Ao fato de dar desculpas.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 4. 275 A 299
242. Leia o texto abaixo e responda.
Por trás de uma ironia bem-humorada, esses avisos cumprem uma exigência legal de nos revelar:
(A) Que sorrir com frequência faz bem à saúde.
(B) A tecnologia não exerce nenhum controle sobre nós.
(C) A rotina dos reality shows.
(D) Ser controlado com o auxílio da tecnologia já é uma realidade no cotidiano de muita gente.
242. Por trás de uma ironia bem-humorada, esses avisos cumprem uma exigência legal de nos revelar:
(A) Que sorrir com frequência faz bem à saúde.
(B) A tecnologia não exerce nenhum controle sobre nós.
(C) A rotina dos reality shows.
(D) Ser controlado com o auxílio da tecnologia já é uma realidade no cotidiano de muita gente.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
243. Leia o texto abaixo e responda.
Apelo
(Dalton Trevisan)
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar
tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por
engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão,
ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte
de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a
todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
Ao reescrever a frase "Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo", (2° parágrafo) a alternativa
que mantém o sentido do texto é:
(A) O canário ficou mudo porque a casa se tornara um corredor deserto.
(B) Porque o canário ficara mudo a casa se tornou um corredor deserto.
(C) A casa toda parecia um corredor deserto enquanto o canário ficara mudo.
(D) A casa se transformou num corredor deserto já que o canário ficara mudo.
243. Ao reescrever a frase "Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo",
(2° parágrafo) a alternativa que mantém o sentido do texto é:
(A) O canário ficou mudo porque a casa se tornara um corredor deserto.
(B) Porque o canário ficara mudo a casa se tornou um corredor deserto.
(C) A casa toda parecia um corredor deserto enquanto o canário ficara mudo.
(D) A casa se transformou num corredor deserto já que o canário ficara mudo.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
244. Leia o texto abaixo e responda.
Fragmento
(Carlos Drummond de Andrade)
Novato
Aquele advogado recém-formado montou um luxuoso escritório num prédio de alto padrão na Avenida Paulista e botou
na porta uma placa dourada: “Dr. Antônio Soares – Especialista em Direito Tributário”.
No primeiro dia de trabalho, chegou bem cedo, vestindo o seu melhor terno, sentou-se atrás da escrivaninha e ficou
aguardando o primeiro cliente. Meia hora depois, batem à porta.
Rapidamente, ele apanha o telefone no gancho e começa a simular uma conversa:
─ Mas é claro, Sr. Mendonça, pode ficar tranquilo! Nós vamos ganhar esse negócio! O juiz já deu parecer favorável! Sei...
Sei... Como? Meus honorários? Não se preocupe, o senhor pode pagar os outros 50 mil na semana que vem! É claro!... O
senhor me dá licença agora que eu tenho um outro cliente aguardando, ok? Obrigado... Um abraço!
Bate o fone no gancho com força e vai atender o rapaz que o aguarda:
─ Pois não, o que o senhor deseja?
─ Eu vim instalar o telefone...
Se a conversa fosse verdadeira, o trecho “Nós vamos ganhar esse negócio!” evidenciaria um advogado muito
A) atencioso.
B) confiante.
C) debochado.
D) orgulhoso.
245. Se a conversa fosse verdadeira, o trecho “Nós vamos ganhar esse negócio!” evidenciaria
um advogado muito
A) atencioso.
B) confiante.
C) debochado.
D) orgulhoso.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 5. 300 A 324
246. Leia o texto abaixo.
29 de julho de 1846
Nascimento da princesa Isabel
A princesa Isabel foi a segunda filha do imperador D. Pedro II. Seu nome era Isabel Cristina Leopoldina Augusta
Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga. Ufa! Com 14 anos, ela prestou um juramento para se tornar a primeira princesa
do Brasil. Ela se casou com Luís Gastão de Orléans, o Conde d’Eu, príncipe francês, com quem teve três filhos. A
princesa Isabel ficou muito conhecida porque, no dia 13 de maio 1888, assinou a Lei Áurea, que dava liberdade a
todos os escravos brasileiros de qualquer idade. Mas, com a Proclamação da República, a Família Imperial foi para a
Europa e perdemos nossa princesa.
Disponível em: <http://www.meninomaluquinho.com.br> Acesso em: 27 jun. 09.
DESCRITOR 19
[...] Domingo passado, comentei sobre o documentário Eu Maior, em que Rubem Alves também participou [...].
Entre outras coisas, ele contou que certa vez um garoto se aproximou dele para perguntar como havia planejado
sua vida para chegar onde chegou, qual foi a fórmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que chegou onde
chegou porque tudo que havia planejado deu errado.
Planejar serve para colocar a pessoa em movimento. Se não houver um objetivo, um desejo qualquer, ela
acabará esperando sentada que alguma grande oportunidade caia do céu, possivelmente por merecimento
cósmico.
É preciso querer alguma coisa – já alcançar é facultativo, explico por quê.
Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a melhor parte: abrir-se para os acidentes de percurso. Você que
sonha em ser um Rubem Alves, é possível que já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pôs-se em
ação). No entanto, esses escritos podem conduzi-lo a um caminho que não estava nos planos. Dependendo do
conteúdo, seus posts podem levá-lo a um convite para lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio engenheiro,
a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com um amigo e acabar na Costa Rica, onde conhecerá a mulher da sua
vida e com ela abrirá uma pousada, transformando-se num empresário do ramo da hotelaria.
Não é assim que as coisas acontecem, emendando uma circunstância na outra?
A vida está repleta de exemplos de arquiteta que virou estilista, [...] estudante de Letras que virou
maquiadora, publicitário que virou chef de cozinha, professor que virou dono de pet shop, economista que virou
fotógrafo. Tem até gente que almejava ser economista, virou economista, fez uma bela carreira como
economista e morreu economista. A vida é surpreendente.
Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos, João Ubaldo também se formou em Direito, mas nem
chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A vida
joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nós, cabe apenas continuar apostando.
MEDEIROS, Martha. Disponível em: <http://cadeomeuabraco.blogspot.com.br/>. Acesso em: 22 jul. 2014. Fragmento.
Nesse texto, a expressão “caia do céu” (2° parágrafo) foi usada para
A) ironizar o comportamento das pessoas sonhadoras.
B) mostrar a mudança repentina de atitude das pessoas.
C) reforçar o sentimento de passagem repentina do tempo.
D) sugerir a inércia das pessoas para atingir um objetivo.
248. Nesse texto, a expressão “caia do céu” (2° parágrafo) foi usada para
A) ironizar o comportamento das pessoas sonhadoras.
B) mostrar a mudança repentina de atitude das pessoas.
C) reforçar o sentimento de passagem repentina do tempo.
D) sugerir a inércia das pessoas para atingir um objetivo.
PROVA BRASIL 2019: NÍVEL 5. 300 A 324
249. Leia o texto para responder à questão abaixo:
A CHUVA
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as
praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com
sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a
sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A
chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva
derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva
tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de
pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A
chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A
chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A
chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva
mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou
ao sol.
Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
249. Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
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250. Leia o texto abaixo.
A gansa dos ovos de ouro
(Fábula de Esopo recontada por Ana Maria Machado)
Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma gansa muito especial. De vez em quando, quase todo dia, ela
botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em pouco tempo ele começaram achar que podiam ficar muito
mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora ou a todo momento que eles quisessem. Falavam nisso sem
parar, imaginando o que fariam com tanto ouro.
- Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro dela um
jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente precisava.
- Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nós, não precisa
mais da gansa.
- E... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico.
E resolveram matar a gansa para pegar todo o ouro.
Mas dentro não tinha nada diferente das outras gansas que eles já tinham visto – só carne, tripa, gordura...
E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam um ovo de ouro, nunca mais.
Grampo na linha
Porquinho-da-índia
Barba Ruiva
Aqui está a lagoa de Paranaguá, limpa como um espelho e bonita como noiva enfeitada.
Espraia-se em quinze quilômetros por cinco de largura, mas não era, tempo antigo, assim grande, poderosa
como um braço de mar. Cresceu por encanto cobrindo mato e caminho, por causa do pecado dos homens.
Nas salinas, ponta leste do povoado de Paranaguá, vivia uma viúva com três filhas. O rio Fundo caía numa lagoa
pequena no meio da várzea.
Um dia, não se sabe como, a mais moça das filhas da viúva adoeceu e ninguém atinava com a moléstia. Ficou
triste e pensativa.
Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter ocasião de levar a moça ao altar.
Chegando o tempo, descansou a moça nos matos e querendo esconder a vergonha, deitou o filhinho num tacho
de cobre e sacudiu-o dentro da lagoa.
O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d’Água, tremendo de raiva na sua beleza feiticeira.
Amaldiçoou a moça que chorava, e mergulhou.
As águas foram crescendo, subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando, encharcando, atolando,
aumentando sem cessar, cumprindo uma ordem misteriosa. Tomou toda a várzea, passando por cima das carnaubeiras e
buritis, dando onda como maré de enchente na lua.
Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira, porque, a noite inteira, subia do fundo d’
água um choro de criança, como se chamasse a mãe para amamentar.
Ano vai e ano vem, o choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, airoso, muito claro, menino de manhã, com
barbas ruivas ao meio-dia e barbado de branco ao anoitecer.
Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar.
Depois, corre e pula na lagoa desaparecendo.
Nenhuma mulher bate roupa e toma banho sozinha, com medo do Barba Ruiva. Homem de respeito, doutor formado tendo
encontrado o Filho da Mãe-d’Água, perde o uso de razão, horas e horas.
Mas o Barba Ruiva não ofende a ninguém. Corre sua sina nas águas de Paranaguá, perseguindo mulheres e fugindo dos
homens.
Um dia desencantará. Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário indulgenciado. Barba Ruiva é pagão e
deixa de ser encantado sendo cristão.
CASCUDO, Luís Câmara. Lendas brasileiras. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 39-40.
No trecho “As águas foram crescendo, subindo e correndo...” (8° parágrafo), a ordem em que as palavras destacadas aparecem
nesse texto sugere
A) exagero.
B) gradação.
C) oposição.
D) repetição.
253. No trecho “As águas foram crescendo, subindo e correndo...” (8° parágrafo), a ordem em
que as palavras destacadas aparecem nesse texto sugere
A) exagero.
B) gradação.
C) oposição.
D) repetição.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
254. LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA:
O MÁGICO ERRADO
Arquibaldo era um mágico. Exatamente. Um homem capaz de realizar maravilhas. Ou de maravilhar outras pessoas,
se preferir. Mas havia um probleminha. E probleminha é modo de dizer, porque ele achava um proble-mão.
Arquibaldo era um mágico diferente. Um mágico às avessas, sei lá como dizer.
Esse era o problema de Arquibaldo. Ele não sabia. Não conseguia, por mais que se concentrasse. Ele tirava bichos da
cartola e do lenço. Era capaz de passar o dia inteirinho tirando bichos. Mas, se falasse: "Vou tirar..." Pronto! Tirava
tudo que era bicho, menos o bicho anunciado. Por isso, andava tristonho da vida.
Arquibaldo recordava-se dos espetáculos no circo. Embora preferisse nem lembrar. O apresentador apresentava com
ar solene e voz emocionada.
— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!
Fonte: GALDINO, Luiz. O mágico errado. São Paulo: FTD, 1996. Adaptado. Fonte: SARESP, 2010.
Observe: “— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, (último parágrafo) o maior mágico do mundo!”
Belém do Pará
Bembelelém!
Viva Belém!
Cidade pomar
(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinqüente: O apedrejador de mangueiras)
Bembelelém!
Viva Belém!
Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:
Estrada de São Jerônimo
Estrada de Nazaré (...)
O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais que fosse
ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se
consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Disponível em http://www.celipoesias.net/manuel-bandeira/poesia1.htm, acessado em 07 de novembro de 2012.
DESCRITOR 20
Abertura
No Sítio do Picapau Amarelo, cenário mágico das histórias de Monteiro Lobato, surgiu à literatura brasileira para crianças.
Da legião de pequenos leitores que a partir dos anos 20 devoraram as aventuras da boneca Emília e dos outros personagens do
Sítio, nasceram novas gerações de escritores infantis dos pais.
Embora Lobato tenha ficado conhecido por sua obra literária, não se limitou a ela. Foi um dos homens mais influentes do Brasil
na primeira metade do século e encabeçou campanhas importantes, como a do desenvolvimento da produção nacional do
petróleo.
Além do promotor público, empresário, jornalista e fazendeiro, foi editor de livros. Em 1918 fundou, em São Paulo, a
Monteiro Lobato & Cia, editora que trouxe ao país grandes novidades gráficas e comerciais. Até morrer, em 1948, foi o grande
agitador do mercado de livros no Brasil. [...]
Não consigo descrever meu desespero. Nenhuma palavra em língua de gente daria conta de meus
sentimentos. Eu estava enterrado vivo, com a perspectiva de morrer torturado pela fome e pela sede.
Minha primeira reação foi passar as mãos ansiosas pelo chão. Como aquela rocha me pareceu ressecada!
Mas como eu abandonara o curso do córrego? Sim, porque, afinal de contas, ele não estava mais lá! Compreendi
então por que eu estranhara tanto o silêncio na última vez em que procurei escutar algum chamado de meus
companheiros. Ao tentar apenas ouvir vozes, no momento em que dei o primeiro passo no caminho errado, não
notei a ausência do córrego. É evidente que, naquele momento, devo ter entrado numa bifurcação, enquanto o
Hansbach, obedecendo às exigências de outra rampa, partia com meus companheiros em rumo às profundezas
desconhecidas!
Como voltar? Pistas não havia. Meu pé não deixava nenhuma marca naquele granito. Eu quebrava a cabeça
tentando achar solução para um problema insolúvel. Minha situação podia ser resumida numa única palavra:
perdido!
VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo: Ática, 1993.
Texto II
(...)
Encontraram muitas coisas maravilhosas, mas nada que fosse espantoso. Descobriram que a ilha tinha cerca de
cinco quilômetros de comprimento por meio quilômetro de largura e que a praia mais próxima estava separada por
um canal estreito de no máximo uns duzentos metros de largura. Ficaram nadando durante quase uma hora e só
voltaram.
Para o acampamento lá pelo meio da tarde. Estavam com fome demais para ir pescar, mas comeram presunto
à vontade e depois se deitaram à sombra para conversar. Mas a conversa foi morrendo pouco a pouco.
Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer. Tradução de Duda Machado, São Paulo: Ática, 1995.
Texto 1
De nada adianta ficar-se de fora.
Sei lá... a vida tem sempre razão A hora do sim é o descuido do não.
Tem dias que eu fico pensando na vida Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
E sinceramente não vejo saída. Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
TOQUINHO; MORAES, Vinícius de. Disponível em: <http://
letras.terra.com.br/toquinho/87372/>.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
DESCRITOR 21
Texto 1
Aterros sanitários
Cerca de 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários. Neles, o lixo sólido é depositado em
áreas planejadas. O lixo comum e os entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais possibilidade
de reciclagem ou reutilização. Os aterros são basicamente locais onde os resíduos são confinados no solo, livre do
contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é impermeabilizado para permitir que os
líquidos e os gases resultantes da decomposição que esses resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por
bactérias) sejam drenados e tratados, para evitar a contaminação do ambiente. Apesar disso, muitos aterros
sanitários não foram construídos de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o solo e os recursos
hídricos.
Texto 1
Mapa Da Devastação
A organização não-governamental SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais terminaram
mais uma etapa do mapeamento da Mata Atlântica (www.sosmataatlantica.org.br). O estudo iniciado em 1990 usa
imagens de satélite para apontar o que restou da floresta que já ocupou 1,3 milhão de km2, ou 15% do território
brasileiro. O atlas mostra que o Rio de Janeiro continua o campeão da motosserra. Nos últimos 15 anos, sua média
anual de desmatamento mais do que dobrou.
Revista Isto É – nº 1648 – 02-05-2001 São Paulo – Ed. Três.
Texto 2
Há qualquer coisa no ar do Rio, além de favelas
Nem só as favelas brotam nos morros cariocas. As encostas cada vez mais povoadas no Rio de Janeiro disfarçam o avanço do
reflorestamento na crista das serras, que espalha cerca de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica em espaço
equivalente a 1.800 gramados do Maracanã. O replantio começou há 13 anos, para conter vertentes ameaçadas de
desmoronamento. Fez mais do que isso. Mudou a paisagem. Vista do alto, ângulo que não faz parte do cotidiano de seus
habitantes, a cidade aninha-se agora em colinas coroadas por labirintos verdes, formando desenhos em curva de nível, como
cafezais.
Texto I
Soltar Pipas
Hoje quando eu estava voltando para casa, e passando por um bairro mais afastado do centro, vi dois meninos
soltando pipa, ou papagaio como alguns chamam. Nesse instante me veio uma série de recordações da infância em
que brincávamos de soltar pipa com os amigos da vizinhança.
Até mesmo participei uma vez de um concurso de pipas, onde tinha vários critérios como beleza, tipo e voar mais
alto. Na época fiz um modelo conhecido por Bidê que lembra um pouco o 14 bis, foi muito divertido e ainda levei a
medalha para casa. [...]
Hoje as brincadeiras mudaram bastante, hoje as crianças preferem os brinquedos eletrônicos, videogames,
computadores…
Texto II
Soltar Pipas
As férias escolares vêm chegando e, com elas, as brincadeiras ganham as ruas. [...] É preciso ter cuidado quando a
turma resolve soltar pipas.
O primeiro vilão é o cerol, aquela mistura de cola e vidro, que os garotos passam na linha para disputar a pipa do
outro. Embora pareça divertido, inúmeros casos de morte são registrados por cortes da linha. Segundo dados da
Associação Brasileira de Motociclistas, são mais de 100 acidentes por ano, sendo que 25% deles são fatais.
[...]
Os animais também correm riscos, principalmente, aqueles que voam mais alto, como urubus, gaviões e corujas. As
aves de médio porte, como pombas e passarinhos, quando sofrem uma lesão, raramente conseguem sobreviver.
www.acessa.com/infantil/arquivo/dicas
Texto 1
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu
dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se
dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim.
Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de
uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale.
Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar.
FERREIRA, Gullart. Toda Poesia. Rio de Janeiro
Texto 2
O Trabalho e o Lavrador
Texto 1
[...] E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8, segundo os navios pequenos disseram,
por chegarem primeiro. [...] A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes,
bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas
vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto [...]
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma cousa de metal, nem de ferro; nem
lho vimos. A terra, porém, em si, é de muito bons ares, assim frios e temperados como os d’Antre Doiro e Minho,
porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das
águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil. Intr., atual. Do texto e notas de M.
Viegas Guerreiro; leit paleogr. de Eduardo Nunes. Lisboa: Imprensa Nacional, 1974.
Texto 2
ÍNDIOS
Texto 1
Poesia
ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: poesia e prosa. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.20.
Texto 2
DECLARAÇÃO DE AMOR
Clarice Lispector
Esta é uma declaração de amor. Amo a língua portuguesa. E ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi
profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com
um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e
alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem
escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialidade.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma
frase.[...]
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/305163>
Texto 1
Bate-papos musicais
Mesmo quem nunca tocou um instrumento musical, nem sabe distinguir um acorde maior de um acorde
menor, pode acompanhar os improvisos do jazz com grande prazer.
Aliás, até a década de 1950, grande parte dos jazzistas não teve a chance de freqüentar conservatórios ou
escolas de música. Mas o fato de não saberem ler uma partitura não os impedia de se entenderem com os
jazzistas escolados. Quando alguém perguntava ao veterano Lester Young qual era o segredo de seus elegantes
improvisos, ele ensinava:
“Você precisa contar uma história”.
Com essa analogia, o mestre do sax oferece uma valiosa pista, para quem não domina tecnicamente a
linguagem musical, do que acontece entre os jazzistas durante os improvisos. A relação entre os músicos de um
quarteto, por exemplo, é similar a de um bate-papo. Na hora do improviso, o jazzista pode “contar histórias”, pode
“conversar” com os parceiros ou mesmo “discutir” com eles. E ainda que todos usem a mesma linguagem, o
vocabulário, o sotaque, a personalidade de cada contribuem para que cada improviso seja único, inédito.
CALADO, Carlos. O que você precisa ouvir. In: Cultura & elegância. São Paulo: Editora Contexto, 2005, p. 70.
Texto 2
Sempre que me perguntam se eu fiz faculdade de música, sinto um certo constrangimento. Não sei ler
partituras. Sei quase nada de teoria musical. Mas algumas vezes quis muito saber. Frequentei um curso de teclado
quando mais nova, então me vi enganando a professora, decorando simplesmente as melodias que precisava
treinar. Até lia em modo tartaruga algumas coisas, mas era só alguém executar a peça uma vez que eu já
armazenava na memória. Não tinha paciência comigo, com a minha leitura míope.
Preferia o meu ouvido amigo. E ainda por cima fiquei sabendo que o Paul McCartney também não lia. Aí que
eu não ia ter ânimo pra aprender mesmo...
Quando fui ensinada a tocar violão popular, lendo as cifras no caderninho, desenvolvi com o tempo a
habilidade de emular as músicas que ouvia no rádio, fita cassete ou LP.
Claro que eram sempre coisas menos complicadas, mas já ficava toda feliz dando conta
daquelas canções que queria cantar e tocar.
Estado de Minas, Cultura, 8 dez. 2009, p. 10. Fragmento.
Nesses dois textos, a respeito da habilidade de improvisar, as opiniões dos autores são
A) complementares.
B) confusas.
C) diferentes.
D) excludentes.
268. Nesses dois textos, a respeito da habilidade de improvisar, as opiniões dos autores são
A) complementares.
B) confusas.
C) diferentes.
D) excludentes.
PROVA BRASIL 2017: NÍVEL 6. 325 A 349
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
269. Leia os textos abaixo. A rosa com cirrose
Antirrosa atômica
Texto 1 Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
A ROSA DE HIROSHIMA
Pensem nas crianças Moraes, Vinicius de. In: Ítalo Moriconi (Org.).
Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de
Mudas telepáticas Janeiro: Objetiva, 2001. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
Texto 2
HIROSHIMA
1945
Em 1945, Hiroshima tinha apenas 350 mil habitantes, dos quais morreram cerca de 140 mil no momento do
ataque ou meses depois. Incluindo os desaparecidos e aqueles que morreram de doenças como o câncer
(consequência da explosão, que liberou uma onda de choques, raios de calor e radiação), as autoridades de
Hiroshima calculam um número total de mortos de cerca de 237 mil pessoas.
Disponível em: <http://www.google.com.
br/#q=hiroshima&hl=pt-BR&rlz=1W1ADSA_pt->. Acesso em: 08 mar. 2010.
TEXTO I
QUEIMADAS
A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em
diferentes pontos do planeta, os países subdesenvolvidos são os que mais utilizam esse tipo de recurso.
As queimadas são mais frequentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo da terra,
quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e
preparar o solo, esse recurso não requer investimentos financeiros.
Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação
totalmente negativa, uma vez que o solo perde nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes
no mesmo que garante a fertilidade, dessa forma, a fina camada da superfície fica empobrecida e ao decorrer de
consecutivos plantios a situação se agrava gradativamente resultando na infertilidade.
http://www.alunosonline.com.br/geografia/queimadas.html
TEXTO II
Em relação a essa leitura, é possível afirmar que
A QUEIMADA (A) os textos I e II não estão relacionados tematicamente.
(B) apenas o texto II trata de um problema grave provocado
(...) pelas queimadas.
A queimada! A queimada é uma fornalha! (C) os textos I e II apresentam uma crítica a respeito do uso das
A irara — pula; o cascavel — chocalha... queimadas.
Raiva espuma o tapir! (D) o texto II apresenta uma crítica aos países que utilizam as
... E às vezes sobre o cume de um rochedo queimadas.
A corça e o tigre — náufragos do medo —
Vão trêmulos se unir!
(...)
Então passa-se ali um drama augusto...
N'último ramo do pau-d'arco adusto
O jaguar se abrigou...
Mas rubro é o céu... Recresce o fogo em mares...
E após... tombam as selvas seculares...
E tudo se acabou!...
Castro Alves
http://poetacastroalves.blogspot.com/2008/03/queimada-c
astro-alves
270. Em relação a essa leitura, é possível afirmar que
(A) os textos I e II não estão relacionados tematicamente.
(B) apenas o texto II trata de um problema grave provocado pelas queimadas.
(C) os textos I e II apresentam uma crítica a respeito do uso das queimadas.
(D) o texto II apresenta uma crítica aos países que utilizam as queimadas.
PROVA BRASIL 2015: NÍVEL 5. 300 A 324
271. Leia as cartas de leitor a seguir e responda.
Texto 1
Pedágios
"Depois de um ano de esforço estudantil, minha filha foi recompensada com a aprovação no vestibular da
Unesp. Fui, então, levá-la de carro até Assis. Há muito tempo não ia para aqueles lados e fiquei muito surpreso
com a boa qualidade da estrada até a cidade: pistas duplas, bom asfalto etc. Só que tive uma outra surpresa
muito desagradável: a quantidade exagerada de pedágios e as tarifas exorbitantes.
Para um trecho de 430 km, enfrentei 9 pedágios, ou melhor, 18 --contando a volta--, e tive de pagar cerca
de R$ 140, mais ou menos o mesmo que gastei de gasolina.
Depois disso, acho que este modelo de gestão privatista de estradas precisa ser revisto. A excelência das
estradas estaduais não pode ser justificada com pedágios tão caros, até porque já recolhemos aos cofres
públicos altas taxas de IPVA."
MARCIO PALACIOS (São Paulo, SP)
Fonte: Folha de S. Paulo. Painel do leitor, 23/2/2010. Disponível
em:http://www1.folha.uol.com.br/folha/paineldoleitor/ult10077u697527.shtml. Acesso em: 30 abr.2015. Adapt.
Texto 2
Pedágios
"Quando as pessoas desandam a atacar os pedágios nas estradas paulistas, por mera questão política, será
que não atentam para a qualidade das rodovias paulistas? Será que não enxergam que as estradas duplicadas,
bem conservadas e bem-sinalizadas, têm contribuído para que muitas vidas sejam preservadas? É só comparar os
índices de acidentes e de mortes nas estradas paulistas com outras do país; e olha que São Paulo tem a maior
frota de veículos. É só comparar os acidentes e mortes nas próprias estradas paulistas antes e depois da
duplicação das rodovias. Eu não teria coragem de sair da minha cidade, Jaú, no centro do Estado, e seguir até São
Paulo, numa extensão de 300 quilômetros, se não tivesse todas as rodovias duplicadas --rodovias Engenheiro
Paulo Nilo Romano, Washington Luiz, Anhanguera e Bandeirantes--, mesmo tendo que desembolsar entre ida e
volta cerca de R$ 85 de pedágio. Eu prefiro segurança."
TEXTO I
(...)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.
MANUEL BANDEIRA. “Evocação do Recife.” In Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.
TEXTO II
Defesa da inventividade popular (“o povo é o inventa-línguas”, Maiakovski) contra os burocratas da sensibilidade,
que querem impingir ao povo, caritativamente, uma arte oficial, de ‘boa consciência’, ideologicamente retificada,
dirigida.
(...)
Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila. O povo é o inventa-línguas, na malícia da mestria, no matreiro da
maravilha. O visgo do improviso, tateando a travessia, azeitava o eixo do sol... O povo é o melhor artífice.
Em relação aos textos I e II, observa-se a valorização do falar do povo brasileiro. No entanto, há um trecho do
texto I que apresenta uma crítica negativa em relação a esse falar.
Marque a opção que contém essa crítica.
(A) “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros”
(B) “Vinha da boca do povo na língua errada do povo”
(C) “Língua certa do povo”
(D) “Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”
Em relação aos textos I e II, observa-se a valorização do falar do povo brasileiro. No entanto, há
um trecho do texto I que apresenta uma crítica negativa em relação a esse falar.
Marque a opção que contém essa crítica.
(A) “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros”
(B) “Vinha da boca do povo na língua errada do povo”
(C) “Língua certa do povo”
(D) “Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”