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Sicard
Série Histórica
Instituto Nacional de Educação de Surdos
2012 – Volume 4
ISBN 978-85-63240-05-7
Abade
Sicard
TRADUÇÃO DO FRANCÊS
I Graficci Programação Visual
REVISÃO
Anna Carolina Guimarães
IMPRESSÃO
Walprint
TIRAGEM
3.000 exemplares
Apresentação
Sicard,
Célebre professor de surdos-mudos,
Sucessor imediato do abade de l’épée.
Histórico sobre sua vida, seus trabalhos e seus sucessos;
E de um apêndice
Contendo cartas do abade sicard ao barão de gérando,
Seu amigo e seu colega no instituto
Por
Ferdinand berthier,
Surdo-mudo, deão honorário dos professores do instituto
nacional de surdos-mudos de paris,
Um dos vice-presidentes da sociedade central de educação e
de assistência para surdos-mudos na frança,
Presidente-fundador da sociedade universal dos
surdos-mudos, cavaleiro da legião de honra,
Membro da sociedade de estudos históricos
(antigo instituto histórico)
E da sociedade de pessoas de letras.
Paris,
Charles douniol et cia, libraires – éditeurs,
1873
UMA PALAVRA DE EXPLICAÇÃO
CAPÍTULO PRIMEIRO
–––––––
CAPITULO II
“Cidadão presidente,
“Tiraram dos surdos-mudos seu professor, seu
mantenedor e seu pai. Trancaram-no numa pri-
são como ladrão, como criminoso. Entretanto, ele
não matou, ele não roubou, ele não é um cidadão
marginal. Toda sua vida passa a nos educar, a nos
12 ABADE SICARD
––––
CAPÍTULO III
“Cidadão presidente,
–––––
CAPÍTULO V
––––
CAPÍTULO VII
–––––
CAPÍTULO VIII
.......................................................................
.......................................................................
–––––
CAPÍTULO IX
–––––
CAPÍTULO X
Beatíssimo Padre,
Santíssimo Padre,
Beatissime Pater,
Tradução:
Santíssimo Padre,
“Quando vos dignastes a visitar a casa de im-
pressão de Paris, que teve a felicidade de servir a
Vossa Santidade durante sua visita à França, os
caracteres se movimentaram para ilustrar qual-
82 ABADE SICARD
–––––
CAPÍTULO XI
––––––
CAPÍTULO XII
em Saint-Pétersbourg.
Ele deu alguns passos até o humilde persona-
gem, e lhe endereçou poucas palavras, sem dúvi-
da, mas cheias de simpatia; o pobre abade, ator-
doado com essa honra, parecia atingido por um
raio e nada respondeu.
“Como! retoma Alexandre, virando-se para M.
de Talleyrand, é esse o abade que acham tão in-
teligente?
“– Senhor, responde o príncipe com aprumo,
ele mostra a natureza de seu estado: um surdo-
-mudo.” Ele refazia, sem que se desse conta, a
palavra de Buissière.
Um dos admiradores do abade Sicard, conta H.
Moulin, advogado, na sua Biographie anecdoti-
que de cet instituteur, escutando-o pela primeira
vez, admirou-se de não encontrar o homem com o
qual sua imaginação tinha sonhado.
“Como, disse ele a uma escritora, a célebre
Mme de Bourdicviot, que o acompanhava, é este
o abade Sicard, este homem ilustre que acham
tão inteligente?
“– Sim, responde a autora, é o sentimento de
sua natureza, o surdo-mudo.” Terceira versão!
Sempre a mesma palavra ligada a três fontes
diferentes. Qual é a verdadeira? Talvez todas
três.
O célebre professor foi colocado entre o Impe-
ABADE SICARD 103
“Senhor diretor,
–––––
CAPÍTULO XIV
––––––
CAPÍTULO XV
“Ao redator,
“Senhor,
“Um jornal do dia 13 do corrente (maio de
1822) contém uma carta atribuída ao meu ilustre
mestre por M. Keppler, agente da Institution des
sourds-muets de Paris.
“Segundo esta carta, o abade Sicard, queria
confiar o depósito sagrado que ele havia recebi-
do do imortal abade de l’Épée e do desafortunado
rei-mártir, ao abade Gondelin, segundo professor
em Bordeaux.
“Aceite, senhor, eu rogo, por intermédio de vos-
so jornal, M. Keppler comparar esta pretensa car-
ta com a seguinte, do senhor Duque de Richelieu:
seu mestre, como uma prova evidente da afeição que ele lhe ti-
nha e de passar a se chamar doravante Pissin-Sicard (Moniteur
de 6 de março de 1821).
126 ABADE SICARD
A M. Pissin-Sicard.
Pissin-Sicard.”
Este retrato representa um sábio,
Cujo talento modesto e precioso
Soube dar ao gesto uma linguagem
E emprestar um ouvido aos olhos.
Autor desconhecido.
Aimé Martin.
ABADE SICARD 135
––––
NOTAS BIOGRÁFICAS
sobre os alunos do abade Sicard
MASSIEU E CLERC.
CAPÍTULO XVI
MASSIEU.
(1) Ver, no fim desse volume, na nota R, uma carta que Mas-
sieu me endereçou de Rodez, onde ele cumpria as funções de
professor.
158 ABADE SICARD
................................................................................
................................................................................
................................................................................
................................................................................
“Cidadão e legislador,
–––––
CAPÍTULO XVII e último
Laurent Clerc.
Laurent Clerc.”
––––
NOTAS
Nota A.
Carta do abade Sicard, diretor dos Surdos-Mudos, do dia 3
de novembro de 1791... assinada também pelo diretor dos
Jovens Cegos, as duas instituições reunidas num mesmo
local.
Nota B.
Surdos-Mudos. Liberdade. Igualdade.
Paris, 4 pluviôse ano IX da República
francesa uma e indivisível.
Diretor da instituição nacional de Surdos-Mudos de nas-
cença ao cidadão Dubois, prefeito da polícia de Paris.
“Cidadão prefeito,
“Eu teria deixado as interessantes ocupações que
preenchem minha vida para acompanhar até seu tribu-
nal o cidadão Brylot, que o senhor convocou, se eu tives-
se tido a certeza de que seus assessores lhe permitiriam
me receber e me escutar. Mas o senhor terá menos pesar
em me ler, pois eu tomarei menos do seu tempo.
“O cidadão Brylot, que o senhor citou, é o responsável
por um de meus alunos, surdo-mudo, de Lisboa, e teria
sido vítima dos massacres do 2 de setembro, se não ti-
vesse sido retirado obedecendo à lei de deportação, pois
aquele que o substituiu na minha instituição foi degola-
do do meu lado, na prisão de Abbaye.
“O exilado só retornou à França para vir retomar
seu lugar junto aos meus alunos, e foi o senador Per-
regaux que obteve do ministro da polícia geral esse ato
de justiça, que eu tinha solicitado. Ele deveria se apre-
NOTAS. 199
Nota C.
Decreto da Assembleia Nacional do dia 2 de setembro de
1792, quarto ano da Liberdade.
Nota D.
Diferença entre as palavras surdo e mudo e surdo-mudo.
Nota E.
Paris, dia 20 ventôse, ano VI da República.
Administração
dos
Surdos-Mudos. Aos meus concidadãos!
“Eu creio que é meu dever anunciar aos senhores. que
o Governo me nomeou para o cargo de chefe da Insti-
tution Nationale des Sourds-Muets de Paris; a mesma
confiança que ele me dedicou, espero um dia merecer da
parte dos senhores: eu me tornarei o pai de seus filhos,
e, nessa qualidade, terei o cuidado para substituí-los
dignamente junto a eles. Sendo eu mesmo pai de famí-
lia, o sentimento da paternidade não me é estranho; e
pode- se presumir que eu os tratarei como gostaria que
tratassem os meus filhos, se, para a educação deles, eu
tivesse que tê-los longe da casa paterna.
Eu rogo aos senhores que mantenham, constante-
mente, uma correspondência direta comigo; eu me obri-
garei sempre a lhes comunicar todos os detalhes con-
cernentes ao seu físico e à sua moral; prometo que eu e
meus colegas, empregaremos todos os nossos meios para
torná-los, a despeito da sua enfermidade, bons filhos e
bons cidadãos.
“Saudação e fraternidade.
“Assinado: Alhoy.
P.S. “Rogo, por favor, que, imediatamente, acusem a
recepção dessa carta.”
Nota F.
Paris, 4 frimaire, ano VI da República Francesa
“Ao cidadão...
“O que o senhor me disse ter escrito ao seu filho, meu
202 ABADE SICARD
Nota G.
Cópia de duas cartas autógrafos inéditos do abade de
l’Épée, sem assinatura, endereçadas ao abade Sicard,
secretário do Museu e professor voluntário dos surdos-
-mudos, casa Saint-Rome, em Toulouse (selo do abade de
l’Épée, em cera vermelha, quase apagada).
12 de abril.
20 de dezembro.
Nota H.
Sicard.”
Nota I.
“Abade Sicard.”
Nota J.
Nota L.
Nota M.
Nota N.
Concebe-se, sem dúvida, que essas cartas são todas fa-
miliares. O estilo não tem nada a ver; mas, tais como
são, elas mostram, no seu dia mais favorável, a ines-
gotável bondade, a devoção sem limites do autor para
seus interessantes alunos.
“A Mme Robert.
Abade Sicard.”
O cabeçalho é o seguinte:
Abade Sicard.”
NOTAS. 227
Nota O.
Discurso de Ferdinand Berthier no túmulo de Paulmier.
10 de março de 1847.
AQUI
ESTÃO
OS RESTOS MORTAIS
DO
ABADE SICARD.
Ele foi enviado pela Providência para ser o segundo
criador dos infelizes surdos-mudos. (Massieu).
Graças à bondade divina, e do gênio desse excelente
pai, nós nos tornamos homens.
(Massieu e Clerc, seus alunos, em Londres, 1815.)
Nascido 12 de setembro MDCCXLII.
Morto 11 de maio MDCCCXXII.
Do outro lado estão gravadas estas palavras:
DEDICADO
POR
AMIZADE
E POR
RECONHECIMENTO.
230 ABADE SICARD
Nota Q.
A M. Ferdinand Berthier.
Note S.
“Senhor prefeito,
Massieu.”
238 ABADE SICARD
Nota T.
FIM DE NOTAS.
APÊNDICE
II
III
Abade Sicard.
IV
Abade Sicard.
VI
31 de março de 1849.
Abade Sicard.
VII
Paris...... 1819.
Abade Sicard.
FIM.
ERRATA.
CAPÍTULO PRIMEIRO.
CAPÍTULO ii.
CAPÍTULO iii.
CAPÍTULO iV.
Novamente ele é salvo. Um cidadão, Monnot, relojoeiro,
apressou-se em defendê-lo contra o ódio dos carrascos.
– O discurso do diretor é coberto de aplausos. Sua carta
ao presidente da Assembleia Legislativa contém um tes-
temunho de seu reconhecimento ao seu libertador...... 17
CAPÍTULO V.
Novos perigos que corre o abade Sicard. Uma pousada lhe é
oferecida perto da sala do Comitê. – Dois prisioneiros pro-
põem fazer de seus corpos uma escada para colocá-lo em
segurança. – Ele é exaustivamente perseguido por seus
inimigos. Ele solicita a assistência de um deputado, que
pede a um de seus colegas mais influentes, para informar
à Câmara do recente perigo que o ameaça. Escreve ainda
ao presidente Hérault de Séchelles, à M. Laffon de Ladé-
bat, seu amigo particular, e à Mme d’Entremeuse. – M.
Pastoret, deputado, ao pedido da filha mais velha dessa
senhora, Mlle Éléonore, corre ao Comitê de instrução. –
Sai um segundo decreto em favor do professor........... 25
CAPÍTULO VI.
O abade Sicard vai ao balcão da Assembleia apresentar
seus agradecimentos aos membros. – Ele recebe as des-
culpas de um dos comissários, que assiste a retirada dos
selos judiciais, depois de ter contribuído ele próprio ao seu
ÍNDICE 255
CAPÍTULO VII.
CAPÍTULO VIII.
CAPÍTULO IX.
CAPÍTULO X.
CAPÍTULO XI.
CAPÍTULO XII.
CAPÍTULO XIII.
CAPÍTULO XIV.
CAPÍTULO XV.
CAPÍTULO XVI.
Massieu.
Laurent Clerc.
–––––––––––––––
Nota do tradutor: em algumas correspondências os nomes
dos meses se referem aos do Calendário da Revolução Francesa,
criado pela Convenção Internacional de 1792, baseado em fe-
nômenos da natureza. Encontramos no texto: Paris, 4 frimaire,
ano VI da República francesa. (p. 201) em que frimaire (geadas,
frimas em francês) corresponde ao período de 21 de novembro
a 20 de dezembro. Da mesma forma: brumaire (brumas): 22 de
outubro a 20 de novembro; nivôse (neve): 21 de dezembro a 19 de
janeiro; e ventôse (vento): 19 de fevereiro a 20 de março.