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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO


LICENCIATURA EM SECRETARIADO DE ADMINISTRAÇÃO

TOPÓNIMO DE ODIVELAS

LAMEGO, 2022
INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO
LICENCIATURA EM SECRETARIADO DE ADMINISTRAÇÃO

Identificação e caracterização de uma manifestação


cultural:

TOPÓNIMO DE ODIVELAS

Aluno: Jozlyn Ricardo Guedes Guedes


Macedo 21496

Unidade curricular: Cultura Portuguesa

Professor: António Manuel de Macedo


Martins

LAMEGO, 2022

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ÍNDICE GERAL

Introdução ........................................................................................................................... 5,6

Contextualizaçãohistórico-geográfica.................................................................................7,8

Conclusão.............................................................................................................................9

Bibliografia .......................................................................................................................... 10

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INTRODUÇÃO

No âmbito da unidade curricular de cultura portuguesa, foi-me proposta a elaboração de um


trabalho sobre a identificação e a caracterização de uma manifestação cultural (fosse ela em
formato de festa popular, dança tradicional ou até crença popular). Deste modo decidi
realizar um trabalho que falasse do topónimo de Odivelas.

Começo por mencionar que um topónimo não é nada mais, nada menos do que um estudo
linguístico e histórico da origem dos nomes de lugares. Para um melhor desenvolvimento
deste trabalho, acho oportuno a exibição de imagens referentes a Odivelas e a sua fundação.

DOM DINIS

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MOSTEIRO DE ODIVELAS

Antes de começar por descrever o topónimo de Odivelas, é importante referir o motivo da


escolha desta manifestação cultural. Sendo Odivelas a minha residência fixa quando não
estou em Lamego, achei interessante puder contar sobre a origem do nome do lugar aonde
moro esporadicamente, por outro lado sendo história ciências sociais que sempre apreciei,
considero ter mais facilidade para abordar temas que possuam tal índole.

Depois de uma breve introdução, passo assim ao desenvolvimento do trabalho em si.

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Contextualização histórico-geográfica

Odivelas é uma cidade portuguesa no distrito de Lisboa, região e sub-região da Área


Metropolitana de Lisboa e possui cerca de 148.000 habitantes. É igualmente curioso referir
que é um dos conselhos mais pequenos de Portugal, tanto em área como em número de
freguesias.

Foi o fenómeno da sob urbanização entre os anos 50 a 70 que favoreceu o seu estatuto a vila
posteriormente ao de cidade e por fim ao de Conselho.

Mas antes de tudo isso, Odivelas teve o seu início não muito distinto ao das outras freguesias
e conselhos existentes no país (ou seja, envolto numa lenda que tem perdurado por séculos).

Conta-se que D. Dinis (também chamado de lavrador, foi rei de Portugal e do Algarve, sendo
por sua vez o filho mais velho do rei Afonso III de Portugal e Beatriz de Castela) tinha o
hábito de deslocar-se a noite a Odivelas ao Mosteiro de S. Dinis, até que certo dia a rainha
descobriu o que se estava a passar e resolveu esperá-lo e quando o rei fazia o seu percurso
para o encontro, a rainha interpelou-o e pronunciou as palavras seguintes: “Ide vê-las”, por
consequência da evolução fonética, ais tarde a frase proferida anteriormente pela rainha terá
dado origem ao nome ODIVELAS.

O topónimo Odivelas vem surgir pela primeira vez na documentação em 1190, mencionada
na compra que o Mosteiro de S. Vicente faz de umas herdades em Odivelas, ao comendador
do Hospital de S. João de Lisboa, Paio, em Outubro de 1190, juntamente com outras
herdades em Bucelas e na Romeira.

Já no que se refere a evolução histórica e a presença humana no território Odivelas, no


planalto e encosta nascente do Campo de Trigache conheciam-se pelo menos 6 sepulcros
megalíticos, dos quais subsiste hoje a anta de Pedras Grandes, classificada como Monumento
Nacional desde meados do século XX, sendo o edifício mais antigo de Odivelas, com cerca
de 5000 anos de idade.

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O desenvolvimento inicial da região aparenta ter sido, durante o século XIII com o Rei D.
Dinis, ao decidir erguer, em Odivelas, um Mosteiro, de invocação a S. Dinis e a S. Bernardo,
que foi doado às monjas Bernardas da Ordem de Cister. De estilo Gótico Primitivo
Cisterciense, foi edificado de acordo com o modelo estabelecido, pelo reformador da Ordem,
São Bernardo de Claraval atraindo às suas imediações, reis, príncipes e artistas. Atualmente
ainda hoje o túmulo de D. Dinis do séc. XIV, uma das mais emblemáticas obras de escultura
tumular medieval.

De acordo com fontes históricas disponíveis atualmente em Odivelas, dentro do Couto das
Religiosas, realizava-se todos os anos no dia de S. Dionísio, 9 de Outubro, uma feira franca,
onde se comercializavam na sua maioria produtos ligados à agricultura e ao gado. A referida
feira foi instituída no reinado de D. Dinis, sendo muito concorrida pelo povo dos arredores
e mesmo pela fidalguia da Corte.

No Mosteiro professava ainda a célebre Madre Paula, por quem o Rei. D. João V, 30 anos
mais velho, se terá apaixonado dando origem à mais séria e duradoura paixão deste rei, que
lhe mandou construir uma luxuosa habitação, junto à torre, por cima da casa do Capítulo.

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Morte e posteridade

Complicações cardíacas seriam a origem dos problemas de saúde de D.Dinis. Em 1322 teve
um pequeno ataque cardíaco ou vascular-cerebral. Ainda viveu mais três anos debilitado,
sendo levado “em andas e em colos de homens”. Diz-se que a sua morte terá sido por angina
de peito ou miocardite e 1325. D. Dinis morreu assim em Santarém.

No dia 28 de Janeiro de 2013, foi decretado em Diário da República, a Lei n.º 11-A/2013 –
Reorganização Administrativa do Território das Freguesias – determinando que o Município
de Odivelas contemple apenas quatro Uniões de Freguesia, com as seguintes denominações:
Junta de Freguesia de Odivelas, União das Freguesias de Pontinha e Famões, União das
Freguesias de Ramada e Caneças e União das Freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival
Basto.

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Conclusão

Após explicação sobre a origem do nome Odivelas e uma explicação aprofundada sobre a
sua vida e feitos de D.Dinis, podemos concluir que o topónimo em questão é há séculos e
continuará para a posteridade a ser uma lenda na qual dará orgulho de ser contada sendo que
D.Dinis muito fez por tal conselho e talvez Odivelas seja atualmente tão conhecida devido a
essa lenda existente em torno do rei. Por fim, acho relevante mencionar que a lista de
patrimónios edificados por Odivelas, São: o Aqueduto das águas livres, o conjunto das cinco
fontes de Caneças, Memorial de Odivelas, Mosteiro de Odivelas ou Mosteiro de São Dinis,
Igreja da Matriz de Odivelas e Sociedade musical odivelense.

BIBLIOGRAFIA

- https://pt.wikipedia.org/wiki/Odivelas\

- https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinis_I_de_Portugal

- https://www.cm-odivelas.pt/conhecer-odivelas/historia

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