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Universidade de Brasília

Instituto de Ciências Biológicas


Departamento de Ecologia
Disciplina: Ciências do Ambiente – Turmas 01, 03, 05, 07, 08 e 10
Código: ECL0014 Créditos: 02
Professores: André Faria Mendonça, Carlos Augusto Klink, Fernanda Vieira da Costa, Gabriela Bielefeld Nardoto,
Murilo Sversut Dias, Pedro Henrique Brum Togni
Angelo Silva – 231016594/ Davi Valle – 231016647/ Ana Julia – 231033890/ Gabriel Augusto –
231016834/ Filipe Santana- 231016656/ Arthur Nogueira- 231033906/ Lucas Costa- 231016727

Trabalho final
PARTE 2 – Questões 3, 4 e 5

Questão 3.
a) Valor Serviço = 0,006*13 Ind/Ha*100/Ha*365 = R$ 2.847
R$ 2.847/Ha * 27Ha = R$ 76.869
b) A soja é um dos vegetais mais versáteis produzidos no mundo, indo de consumo humano e animal,
produção de óleos, biocombustíveis e consequentemente energia limpa para a humanidade. Hoje o Brasil
representa 35% da produção de soja no mundo, segundo a Embrapa, sendo de vital importância para o
país, mas também para a população mundial.

Logo, precisamos analisar maneiras de manter a produtividade em alta, sendo a manutenção de matas de
galeria, e também a preservação da vegetação nativa uma excelente alternativa quando se pensa em custo-
benefício para o produtor e toda a biodiversidade presente neste meio.

Tanto matas de galeria e vegetações nativas representam ecossistemas de riquezas inestimáveis, pois
garantem abrigos a diversas culturas de animais e floras, desempenham papéis na manutenção de ciclo
hídricos e regulação do clima, além da proteção do solo e abrigo natural de polinizadores e predadores,
sendo uma alternativa biológica sem custo adicional para o produtor, garantindo uma forma de aumento de
produtividade sem danos ao meio ambiente, pelo contrário, beneficiando todo o ecossistema.

Um exemplo presente no caso de predadores naturais de pragas são os marsupiais e roedores, que abrigam-
se em áreas preservadas e fazem o papel de “agrotóxicos naturais”, predando pragas sem custo para o
produtor, além de atuarem como dispersores de sementes, sendo um agente totalmente natural e inusitado,
mas com um exímio trabalho. O marsupial destaque nesse serviço é o Gracilinanus agilis, predador natural
do percevejo marrom, uma das principais pragas da soja no cerrado, representando cerca de 30% de perda
quando não controlado.

Logo, quando se é mantido essa vegetação nativa perto de suas lavouras, habitats natural dos roedores, o
produtor cria um ambiente propício para a manutenção dos marsupiais, além de ser um valor baixo quando
comparado a usos de pesticidas químicos, eximindo também qualquer prejuízo a safra.

Conclui-se então que a manutenção de áreas naturais é uma excelente e barata alternativa a qualquer tipo
de produtor, que mesmo que tenha uma área a menos de cultivo, ganha em questão de produtividade, além
do prestígio, que hoje é muito importante, de manter uma área verde em sua propriedade, pois é um auxílio
a manutenção do nosso planeta.

Referências
https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos
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Questão 4.

a) Os inseticidas usados pelo agricultor não são mais aeficazes no controle da mosca-branca, pois a
mosca-branca desenvolve resistência. A resistência a inseticidas é o resultado da seleção natural, em
que indivíduos com maior resistência a inseticidas têm maior probabilidade de sobreviver e se
reproduzir, e de transmitir essa característica às gerações futuras. Nesse caso, existem algumas
condições que a seleção natural pode tolerar, como a variação genética, e a população inicial de
mosca-branca pode desenvolver variação genética associada à sua sensibilidade a inseticidas, fazendo
com que alguns indivíduos sejam menos sensíveis aos produtos químicos utilizados pelos agricultores.

b) Número médio de moscas-brancas por folha de tomate = 3


Número de folhas por tomateiro = 10
Número de tomateiros = 1000
Número de indivíduos na população inicial = 3 x 10 x 1000 = 30.000
Portanto, o número de indivíduos na população inicial de moscas-brancas é de 30.000.

c) Para calcular o crescimento populacional das moscas-brancas nas três culturas ao longo de 12 meses, utilizamos
a fórmula do modelo de crescimento exponencial:
N(t) = N(0) * e^(rm * t)
Onde: N(t) é o número de indivíduos na população após o tempo t N(0) é o número inicial de
indivíduos na população rm é a taxa intrínseca de crescimento populacional mensal t é o tempo em
meses
Vamos calcular o crescimento populacional das moscas-brancas para cada cultura ao longo de 12
meses:
Tomate: N(0) = 30.000 rm = 0,1675 t = 12

N(12) = 30.000 * e^(0,1675 * 12) ≈ 175.604

Feijão: N(0) = 30.000 rm = 0,1802 t = 12

N(12) = 30.000 * e^(0,1802 * 12) ≈ 212.341

Milho: N(0) = 30.000 rm = 0,0628 t = 12

N(12) = 30.000 * e^(0,0628 * 12) ≈ 38.289

Portanto, após 12 meses de plantios ininterruptos, espera-se um número final de aproximadamente


175.604 moscas-brancas na cultura do tomate, 212.341 no feijão e 38.289 na cultura do milho.
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Gráfico 1

TOMATE FEIJÃO MILHO


Janeiro: 35.025 Janeiro: 35.406 Janeiro: 31.884
Fevereiro: 40.891,7 Fevereiro: 41.786,2 Fevereiro: 33.886,3
Março: 47.741,1 Março: 49.316 Março: 36.014,4
Abril: 55.737,7 Abril: 58.202,8 Abril: 38.276
Maio: 65.073,7 Maio: 68.690,9 Maio: 40.679,9
Junho: 75.973,6 Junho: 81.069 Junho: 43.234,5
Julho: 88.699,1 Julho: 95.677,7 Julho: 45.949,7
Agosto: 103.556,3 Agosto: 112.918,8 Agosto: 48.835,3
Setembro: 120.901,9 Setembro: 133.266,8 Setembro: 51.902,1
Outubro: 141.152,9 Outubro: 157.281,4 Outubro: 55.161,6
Novembro: 164.796,1 Novembro: 185.623,5 Novembro: 58.625,8
Dezembro: 192.399,5 Dezembro: 219.072,9 Dezembro: 62.307,4

d) Portanto, a cultura do milho seria a mais indicada para ser plantada após o tomate, pois apresenta uma
taxa de crescimento populacional menor. Uma sugestão de sequência de rotação de culturas para o
agricultor é o tomate → milho → feijão. Essa sequência de rotação de culturas é mais vantajosa em
relação ao uso de inseticidas pois reduz o ambiente favorável para as moscas-brancas, sendo o cultivo
contínuo de tomate seguido de feijão e novamente tomate cria um ambiente favorável para o
desenvolvimento e perspectivas das moscas-brancas.
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Questão 5.

Proposta para o investimento de impacto: Energia Solar distribuída

O investimento em energia solar distribuída pode ser uma solução eficiente para fornecer eletricidade
limpa, sustentável e segura para os cidadãos que ainda não possuem acesso a este recurso valioso. A energia
solar é uma fonte abundante e renovável em todo o território nacional, e seu aproveitamento pode gerar
benefícios socioeconômicos e ambientais significativos. A proposta é estabelecer um fundo de investimento
de impacto que incentive a instalação de sistemas solares fotovoltaicos em comunidades de baixa renda, áreas
rurais remotas/afastadas ou regiões que o acesso à eletricidade é limitado ou quase inexistente.

O fundo poderia ser gerido por uma organização especializada em energia limpa, como o instituto
“Acende Brasil”, em parceria com instituições financeiras, ONGs e órgãos governamentais. Ademais do
investimento financeiro, a proposta envolve a implementação de uma tecnologia de acesso a eletricidade
limpa por meio de sistemas solares fotovoltaicos. Onde a instalação pode ser feita em residências, escolas,
postos de saúde, cooperativas agrícolas ou demais estruturas comunitárias.

Esta energia pode ser armazenada em baterias para uso durante períodos chuvosos ou pela noite. Além
disso, as comunidades podem compartilhar a eletricidade excedente por meio de redes inteligentes,
beneficiando um maior número de pessoas e impulsionado o desenvolvimento humano sustentável local.

A abordagem traz diversos benefícios, tais como estes:

A) Acesso à eletricidade: As comunidades que atualmente não tem acesso à eletricidade poderiam
utilizar uma fonte confiável e sustentável de energia para iluminação, eletrodomésticos, carregamento de
dispositivos móveis, entre outros.

B) Desenvolvimento socioeconômico: A eletrificação por meio da energia solar pode auxiliar o


desenvolvimento local, melhorando as condições de vida, a produtividade e a capacidade empreendedora das
comunidades beneficiadas. O acesso a esta eletricidade pode fornecer oportunidades únicas, sendo elas na
área educacional, de saúde e econômicas.

C) Redução da poluição/emissão de carbono: A energia solar é uma fonte limpa, livre da emissão
de gases do efeito estufa e renovável. Assim sendo, reduz o uso de combustíveis fósseis ou geradores
poluentes. Os sistemas fotovoltaicos contribuem para a redução das emissões de carbono, promovendo assim,
a transição energética para uma economia de baixo carbono.

D) Autonomia energética: A geração de energia solar distribuída permite que as comunidades se


tronem autossuficientes em termos energéticos. Isto reduz a dependência de infraestruturas de energia
centralizadas e vulneráveis a interrupções, proporcionando maior resiliência às comunidades em situação de
emergência ou estado grave, como no caso de desastres naturais.
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Tendo em vista o sucesso desta proposta, seria de extrema importância parcerias estratégicas, incluído
instituições financeiras, empresas de energia solar, governos locais, ONGs e outros que detenham de certa
relevância e propriedade no assunto. Ademais, é fundamental oferecer treinamento e capacitação técnica para
a instalação e manutenção dos sistemas fotovoltaicos, promovendo o estudo e oportunidades emprego local.
O investimento em energia limpa a base de energia solar acaba se mostrando bastante eficiente e econômico,
tendo em vista todos os benefícios socioeconômicos que contribuem para a melhora de vida nos locais deste
“auxílio” e impulsiona o desenvolvimento sustentável.

Utilizando as cotações atuais e uma placa solar de 550 watts de potência podemos calcular quantos
painéis solares são necessários para suprir determinadas necessidades energéticas.

Tendo em vista um painel voltado para o norte e desconsiderando sua perca por aquecimento ou
sujeira, temos o seguinte cálculo:

Energia = Potência x HSP x rendimento


Potência = Potência da placa solar
HSP = Horas diárias de irradiação solar útil
Rendimento = Valor teórico (100% - Perca 20%)

Exemplo: Energia = 550 x 5,37 x (1-0,2)


Energia = 2,362 kWh/dia

Assim sendo, observamos que durante o período de um mês (30 dias), o valor produzido seria de
70,86kWh. Com isto, podemos realizar uma regra de três para ver quantas placas seriam necessárias de
acordo com o consumo do local ou residência.

1 módulo –70,86Kwh
X módulo – 500 Kwh
X = 7,05 módulos.

Ademais, os custos de instalação de um gerador solar com potência de 2 kWp sai em média
R$ 10.840,00. Vale lembrar que este preço é avaliado em kWp e não em kWh. Assim sendo é necessário
fazer uma estimativa do que é gerado em kWh, pois kWp é pico de energia gerada (kWh) em desempenho
máximo por um painel solar. Iremos utilizar um painel que gera 100 kWh em um tempo de 200 horas.

Exemplo: Energia = potência x tempo


100kWh = potência x 200 h
100kWh/200 h = potência
Potência = 0,5Ω
0,5 kWp ou 500 Wp
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Tabela Relação Potência x Preço


 
Potência de gerador solar Preço médio
2kWp R$ 10.840,00
4kWp R$ 17.560,00
8kWp R$ 31.360,00
12kWp R$ 44.040,00
30 kWp R$ 100.80,00
50 kWp R$ 186.500,00
75 kWp R$ 288.000,00
150 kWp R$ 531.000,00
300 kWp R$ 1.041.000,00
500 kWp R$ 1.780.000,00
1 MWp R$ 3.710.000,00
3MWp R$ 10.740.000,00
5MWp R$ 18.250.000,00



REFERÊNCIAS

https://www.portalsolar.com.br/painel-solar-precos-custos-de-instalacao.html
https://energiasirius.com/o-que-e-kwp/
https://acendebrasil.com.br/quem-somos/
https://energiasroraima.com.br/quem-somos/

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