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Dimensionamento de Estruturas - Segurança Estrutural e Acções

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SEGURANÇA ESTRUTURAL E ACÇÕES

ACÇÕES PERMANENTES E SOBRECARGAS EM EDIFÍCIOS


ref. Eurocódigo 1 – Acções em estruturas
Parte 1-1 – Acções gerais. Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios
• Peso próprio = peso volúmico x geometria Pesos volúmicos γ [kN/m3] – EC1- Parte 1-1-A1,
do elemento exemplos:
• Betão 24
• Restantes cargas permanentes: • Betão armado (As ≈1% Ac) 25
• Aço 77
• Paredes divisórias
• Betuminoso 24
• Tectos falsos
• Água 10
• Revestimentos de pisos
• Leite, vinho, cerveja 10
• Iluminação e condutas AVAC
• Aterro 18 a 22
• Isolamentos de lajes de cobertura
• Madeira 4a9
• …
• Granito, basalto 27 a 30
• Neve fresca; consolidada 1;2
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SOBRECARGAS EM EDIFÍCIOS - Categorias de pavimento A, B, C e D e valores

k [kN/m k
2
Categoria Utilização Exemplos ] [kN]
Atividades Compartimentos em edifícios de habitação;
A domésticas e quartos de hotéis; quartos e enfermarias de 2,0 2,0
residenciais hospitais.
B Escritórios 3,0 4,0
C1: Zonas com mesas, tal como em escolas,
3,0 4,0
cafés e restaurantes.
C2: Zonas com assentos fixos, tal como em
igrejas, teatros, cinemas, salas de aulas, 4,0 4,0
salas de conferências.
Utilizações de
caráter coletivo C3: Zonas sem obstáculos para a
(exceto as incluídas movimentação de pessoas, tal como em
C 5,0 4,0
nas categorias museus, zonas de acesso a edifícios
A, B ou D) públicos, hotéis e hospitais.

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SOBRECARGAS EM EDIFÍCIOS - Categorias de pavimento A, B, C e D e valores

k [kN/m k
2
Categoria Utilização Exemplos ] [kN]

Utilizações de C4: Ginásios, palcos, salões de festas. 5,0 7,0


caráter coletivo C5: Zonas que possam acolher multidões,
C (exceto as incluídas como salas de concertos, bancadas de
nas categorias 6,0 4,5
estádios e pavilhões desportivos,
A, B ou D) plataformas ferroviárias.
Atividades D1: Zonas de lojas em geral. 4,0 4,0
D
comerciais D2: Zonas de grandes lojas. 5,0 6,0
Varandas Nota 1 Igual à
do pav.
Escadas Nota 2 adjacente
2
Nota 1: Sobrecarga uniformemente distribuída igual à do pavimento adjacente, com um mínimo de 5,0 kN/m
numa faixa de 1 m de largura adjacente ao parapeito.
2
Nota 2: Sobrecarga uniformemente distribuída igual à do pavimento adjacente, com um mínimo de 3,0 kN/m .
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SOBRECARGAS EM EDIFICIOS – Actividades industriais cat. E e coberturas das cat. H e I

k [kN/m k
2
Categoria Utilização específica ] [kN]
Locais susceptíveis de acumulação de
E1 mercadorias, incluindo zonas de acesso 7,5 7,0
(ex. bibliotecas, armazéns de distribuição, …)
A definir A definir
E2 Actividades industriais
caso a caso caso a caso
Coberturas não acessíveis, exceto para operações
H 0,4 1,0
de manutenção e reparação
Coberturas acessíveis com utilização análoga Valores iguais aos definidos para a
I a uma das definidas para as categorias A a G categoria de utilização (A a G)

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SOBRECARGAS EM EDIFÍCIOS - Pavimentos de zonas de circulação e de estacionamento de veículos

k [kN/m k
2
Categoria Utilização específica Exemplos ] [kN]

Acesso limitado a veículos ligeiros


Garagens em edifícios
F (com peso bruto ≤ 30 kN e menos que 2,5 15,0
residenciais
9 lugares, não incluindo o do condutor)
Acesso limitado a veículos ligeiros e Zonas de carga e
G médios (com peso bruto ≤ 160 kN, descarga; zonas acessíveis 5,0 75,0
em 2 eixos) a veículos de bombeiros

CAT. F = 100 mm
CAT. G = 200 mm

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SOBRECARGAS EM EDIFÍCIOS – Carga horizontal a considerar em guarda-corpos e parapeitos


Classificação do pavimento k [kN/m]
Categoria A 0,5
qk [kN/m]
Categorias B ou C1 0,7
Categorias C2, C3, C4 ou D 1,0
H<1,2 m
Categoria C5 3,0
Categoria E 2,0

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ACÇÃO DA NEVE
ref. Eurocódigo 1 – Acções em estruturas. Parte 1-3 – Acções da neve

Valor característico da carga da neve ao nível do solo [kN/m2]:


2
= ∙ 1+
k z
500

Arquipélagos
a altitude do local (em m) e (Açores e Madeira):

z um fator que depende da zona zona Z3

Zona Z1 z = 0,30
z = 0,30
Zona Z2 z = 0,20
z = 0,20
Zona Z3 z = 0,10
z = 0,10
Zonamento de Portugal para as ações da neve (EC1-1-3)
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Valor característico da carga da neve numa cobertura é quantificado através de:

= i ∙ e ∙ t ∙ k

em que i coeficiente de forma


e coeficiente de exposição (função da topografia do local)
t coeficiente térmico

Sendo e = 0,8 Zonas expostas (sem a proximidade de outras construções ou

e = 1,0 Condições de topografia normais


vegetação relevante)

e = 1,2 Zonas abrigadas (por árvores altas e/ou por outras construções

t = 1,0 Excepto nos casos de coberturas com elevada transmissão


na proximidade)

térmica (ex. coberturas envidraçadas)

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Coeficientes de forma para coberturas inclinadas


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Situação de projecto acidental


Corresponde a uma queda excepcional de neve (apenas nalguns concelhos da zona Z1
– ex. Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão
e Viseu); o valor característico da carga da neve ao nível do solo é multiplicado por 2,5,

= ∙ ∙ ∙ 2,5
i.e.:
i e t k

NOTA – Tendo em conta apenas as acções permanentes ( ) e da neve ( ) deve


considerar-se as seguintes duas situações em ELU:
(i) SP persistente 1,35 “+” 1,5 (ii) SP acidental 1,0 “+” 2,5

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Exemplo de quantificação da acção da neve
Objectivo – Quantificar a acção da neve para um dos pórticos
intermédios espaçados de 6 m do edifício industrial em Castelo
Branco, a uma altitude de 600 m (efeitos globais), considerando
e = 1,0 e t = 1,0.

C. Guarda
Branco – Zona Z1 – mas não é necessário considerar a acção da
neve acidental; o valor característico da carga da neve ao nível
do solo é dado por:

2
600 2
= ∙ 1+ = 0,30 × 1 + = 0,73 kN/m2
k z
500 500

Para 1 = 2 = 8,5° obtêm-se 2 1 = 2 2 = 0,8, e


as duas disposições de carga da neve a considerar:
(i) carga da neve não deslocada
(ii) carga da neve deslocada
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ACÇÕES TÉRMICAS
ref. Eurocódigo 1 – Acções em estruturas. Parte 1-5 – Acções térmicas

Δ)u Variação uniforme de temperatura (responsável pelos movimentos


longitudinais do elemento, de dilatação ou contracção)
Δ)M Componente linear da variação diferencial de temperatura
Δ)E Componente não linear da variação diferencial de temperatura

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Valores de-./0 (condições de verão)


Zona A B C

)max
Condições de verão Condições de inverno
45 °C 40 °C 35 °C

Nota: Subtrair 1,0 °C / 100 m de altitude

C
na
Valores de-.34 (condições de inverno)

zo
Zona A B C

)min -5 °C 0 °C 5 °C

Nota: Subtrair 0,5 °C / 100 m de altitude

Arquipélagos: Açores – Zona C Arquipélagos: Açores – Zona C


Madeira – Zona B Madeira – Zona C

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Variação uniforme de temperatura num elemento estrutural (Δ)u ) dada por,


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Δ)u = ) − )0

)0 temperatura média inicial do elemento )0 = 15 °C


)
em que
temperatura média do elemento (verão ou inverno)
)in + )out
)=
2
)in
)out
temperatura do ambiente interior (verão ou inverno)
temperatura do ambiente exterior (verão ou inverno)

)in
Verão Inverno
25 °C 18 °C
)out = )max
= )max + 2 °C = )min
superfície clara brilhante

= )max + 5 °C
(em zonas acima superfície clara
do solo) superfície escura

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Exemplo de quantificação da acção das variações térmicas
Considera-se o edifício industrial na zona de Castelo Branco, num local com altitude igual a
600 m. A superfície exterior é de cor clara, de acordo com o projecto de arquitectura.
Objectivo – Determinar Δ)u aplicável à estrutura em zonas acima do solo.

600
⎧)max = 45 − 1,0 × = 39 °C
⎪ 100
Zona A (tanto para condições
=> @

de verão e de inverno)
600
Altitude = 600 m ⎪)min = −5 − 0,5 × = −8 °C
⎩ 100

Variação térmica uniforme Verão Inverno

Temperaturas do ar )in 25 °C 18 °C
ambiente )out = )max + 2 °C = 41 °C = )min = −8 °C

) = )in + )out /2 33 °C 5 °C
Temperatura média dos
elementos estruturais

Δ)u = ) − 15 °C 18 °C −10 °C
Variação uniforme de
temperatura

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