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CHEFIA DE EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

SUBCHEFIA DE SERVIÇO SOCIAL

Audijane Medeiros de Aguiar Peixoto


Jussy Gomes dos Passos Cavalcante
Sandra Raquel Melo de Araújo Mendes
Karine da Silva Santos
Thaís de Oliveira Alves

RELATÓRIO DOS RESULTADOS DA PESQUISA


PERFIL DOS MOTOCICLISTAS DOS MUNICÍPIOS DE MACEIÓ E ARAPIRACA
- ALAGOAS

MACEIÓ
2018

1
RESULTADOS DA PESQUISA EM ARAPIRACA

IDADE
2%
6%
7%
6%
DE 10 A 17 ANOS
DE 18 A 30 ANOS
DE 31 A 45 ANOS
79%
DE 46 A 70 ANOS
NÃO INFORMADO

O gráfico acima relata que os motociclistas entrevistados em Arapiraca, em sua


maioria, tem idade de 10 a 17 anos, representando 79% dos entrevistados. Isso demonstra que
nesta localidade existe uma grande parcela de inabilitados conduzindo motocicleta,
demonstrando a urgência da intervenção do Estado no sentido de intensificar a fiscalização no
trânsito.
Esses dados também demonstram à necessidade de realização de ações
socioeducativas acerca da legislação pertinente a condução de veículos automotores, dentre
eles a motocicleta, evidenciando que o foco primordial é a preservação da vida.

2
1% GÊNERO
39%
FEMININO

60% MASCULINO
NÃO INFORMADO

Quanto gênero percebe-se que 60% dos entrevistados são do gênero masculino, 39%
são do gênero feminino. Esse dado demonstra que no município de Arapiraca as mulheres
passaram a se inserir mais fortemente na condução da motocicleta.

3
BAIRRO DE RESIDÊNCIA

BOM SUCESSO
BRISA DO LAGO
6%
9% PLANALTO
6%
44% JARDIM ESPERANÇA
5%
BAIXÃO
ZONA RURAL
4%
18% 3% MANOEL TELES
2% BOA VISTA
2% EL DOURADO
1%
OUTROS BAIRROS
NÃO INFORMADO

Segundo o gráfico acima, 9% dos motociclistas entrevistados residem no bairro Bom


Sucesso, 6% na Brisa do Lago e 5% no Jardim Esperança. Destaca-se que 44% dos
entrevistados não informaram onde residiam.
Observa-se que 20% dos entrevistados residem nos bairros periféricos do município,
cuja soma das populações, segundo dados do IBGE de 2010, é de cerca de treze mil
habitantes, representando cerca 6% da população do município. Esses bairros localizam-se na
região periférica do município e se caracterizam por ter um grande contingente populacional,
falta de infraestrutura como saneamento básico, vias adequadas para transitar com segurança,
enfim condições que atendam com dignidade as demandas dos moradores. São nos bairros
periféricos que a ausência do poder público é mais presente e onde vive a parcela mais
empobrecida da população.
Esse dado evidencia a necessidade de realização de ações socioeducativas nestas
localidades, com vistas a contemplar essa parcela da população.

4
ESTADO CIVIL
0% 0%
SOLTEIRO
1% 4%
CASADO
9%
UNIÃO ESTÁVEL
13%
VIÚVO

73% DIVORCIADO
SEPARADO
NÃO INFORMADO

A pesquisa revela que 73% dos entrevistados são solteiros, 13% são casados e 9%
vivem em união estável. Percebe-se que a maioria dos entrevistados ainda não estabeleceram
vínculos familiares.
Esses dados, quando comparados a idade, demonstram que a maioria dos entrevistados
ainda não está em idade de compromisso com uma nova família.

5
ESCOLARIDADE
0% 3% ENS. FUND. COMPLETO
3%
13% ENS. FUND. INCOMPLETO
ENS. MÉDIO COMPLETO
38%
ENS. MÉDIO INCOMPLETO
38%
ENS. SUP. COMPLETO
ENS. SUP. INCOMPLETO
NÃO INFORMADO
5%

Em relação à escolaridade, 38% possuem o ensino fundamental incompleto, 38% o


ensino médio incompleto, 13% tem o fundamental completo e 3% possuem o ensino superior
completo. O contexto escolar representa um amplo espaço para a realização de ações
educativas sobre o trânsito e que potencializa o envolvimento de alunos, técnicos e familiares,
enfim, de toda a comunidade escolar.

6
ATIVIDADE OCUPACIONAL

2% 1%
18% 6%
ATIVIDADE DO COMÉRCIO

BISCATEIRO (A)

ATIVIDADE DE MOTORISTA
PROFISSIONAL
73%
ESTUDANTE

OUTRAS ATIVIDADES

Em relação à atividade ocupacional, a maioria dos entrevistados era estudante,


representando 73% dos entrevistados, seguidos da atividade ocupacional de motorista.
A pesquisa foi aplicada por meio de uma articulação com as instituições parceiras do
Plano de Segurança Viária para Motociclistas no Estado de Alagoas (PSVM), e os espaços
utilizados para implementação da pesquisa, em sua maioria, foi o espaço das escolas do
município de Arapiraca, o que justifica esse grande número de estudantes participantes da
pesquisa.

7
RENDA
3%
7% 6%
1% MENOS DE 1 SM
2%
6% 1 SM
ACIMA DE 1 A 2 SM
ACIMA DE 2 A 3 SM
75% ACIMA DE 3 A 5 SM
SEM RENDIMENTO
NÃO INFORMADO

Quanto à renda, 75% dos participantes não informaram se possuem alguma renda, 7%
disseram ter renda de menos de um salário mínimo, 6% acima de um a dois salários e 6%
disseram não ter rendimento. Esse dado se relaciona à questão da idade e da situação
ocupacional que explicita que a maioria dos motociclistas participantes são jovens e
estudantes, e, portanto, não possuem renda.

8
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
12%
40%
SIM
NÃO
48%
NÃO INFORMADO

O gráfico acima relata que 48% dos pesquisados afirmaram não possuir vínculo
empregatício, 40% não informaram sua condição e 12% afirmaram ter vínculo empregatício.

Mais uma vez se destaca que no município de Arapiraca a pesquisa atingiu a um público
que ainda, em sua maioria, se encontra em idade escolar, e por isso não está inserido no
mercado de trabalho.

9
RENDA FAMILIAR

MENOS DE 1 SM
17%
30% 1 SM
11% SEM RENDIMENTO
ACIMA DE 1 A 2 SM
ACIMA DE 2 A 3 SM
7%
3% 25% 5% ACIMA DE 3 A 5 SM
2% MAIS DE 5 SM
NÃO INFORMADO

No que se refere à renda familiar, observa-se que 25% dos participantes tem renda de
um a dois salários mínimos, 17% possuem renda familiar de menos de um salário mínimo e
11% possuem renda de um salário mínimo. Destaca-se que 30% dos motociclistas
participantes da pesquisa não informaram a renda familiar, representando uma parcela
significativa da população público alvo da pesquisa.
Somando-se os que tem renda de menos de um salário mínimo (17%) com os de renda
familiar de um salário mínimo (11%), com os de renda familiar de um a dois salários mínimos
(25%), chega-se a um percentual de 53%. Estes dados demonstram que a maioria das vítimas
possui renda familiar reduzida.

10
PAPEL NO SUSTENTO DA FAMÍLIA

0% 100% DO RENDIMENTO
10% FAMILIAR
32% 11% 70% DO RENDIMENTO
2%
FAMILIAR
7% 50% DO RENDIMENTO
FAMILIAR
38% 25 - 50% DO
RENDIMENTO FAMILIAR
23% DO RENDIMENTO
FAMILIAR
NÃO CONTRIBUI

NÃO INFORMADO

Em relação à questão do papel do motociclista no sustento da família, percebe-se que


38% dos abordados não contribuem para subsistência familiar, 32% não responderam a essa
questão, 11% referem ser 50% responsáveis pelo sustento da família, 10% referem ser 100%
responsáveis pela subsistência familiar e 2% dizem ser de 25 a 50% responsáveis pelo
sustento da família.
Mais uma vez é importante evidenciar que o fato da pesquisa ter atingido mais
fortemente um público jovem, percebe-se que os itens pesquisados trazem interferências dessa
questão.

11
RESIDE EM
3% 5%

13% CASA PRÓPRIA


ALUGADA
OUTROS
79%
NÃO INFORMADO

Para os motociclistas participantes dessa pesquisa, 79% afirmam residir em casas


próprias, 13% dizem residir em casas alugadas, 5% não responderam a essa pergunta e 3%
afirmam morar em casas ou cedidas ou com os familiares.
Percebe-se que a maioria dos motociclistas participantes da pesquisa no município de
Arapiraca reside em casas próprias. Esse dado demonstra que a política
neodesenvolvimentista adotada no governo petista possibilitou o acesso de uma população
desprovida de condições de aquisição de financiamentos para habitação. Vários foram os
programas, a exemplo do “Minha Casa Minha Vida” que intensificaram o acesso e também o
aquecimento econômico no ramo da construção civil.

12
A MOTOCICLETA QUE VOCÊ POSSUI É

34%
PRÓPRIA
51%
ALUGADA
CEDIDA
13%
NÃO INFORMADO

2%

Quanto à questão da aquisição da motocicleta 51% dos participantes afirmaram


possuir a motocicleta, 34% dos participantes não quiseram informar, 13% afirmam conduzir
motocicleta cedida e 2% disseram alugar a motocicleta que conduzem.
Destaca-se que a política de financiamento para aquisição do veículo automotor nos
últimos anos no Brasil, teve um grande investimento, em detrimento ao investimento em
transporte coletivo, que há anos vem se mostrando insuficiente e precarizado, especialmente
no estado de Alagoas.
Esta política adotada contribui para o caos encontrado nas cidades, onde o uso do
veículo individual, a exemplo da motocicleta, provoca grandes congestionamentos, acidentes
e tantas outras questões, porém, favorece a aceleração do mercado de veículos automotores
privilegiando a indústria automobilística.

13
TEMPO DE HABILITAÇÃO

3% 2% 4%
6% MENOS DE 1 ANO
DE 2 A 5 ANOS
DE 5 A 8 ANOS
NÃO POSSUI
85%
NÃO INFORMADO

O gráfico acima relata que 85% dos participantes desta pesquisa, condutores de
motocicleta, não possuem habilitação, ou seja, não passaram pelo processo de formação tão
fundamental e obrigatório pela legislação vigente para poder conduzir veículos automotores.
Destaca-se que de acordo com a Resolução 168 do CONTRAN o candidato à CNH
(Carteira Nacional de Habilitação) ou a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) deverá
cumprir todo um processo que vai da formação teórica e prática ao processo avaliativo teórico
e prático, bem como ter a idade mínima de 18 anos, ser penalmente imputável. E, no caso em
questão, esses condutores não passaram por este processo, visto que a maioria, 79%, está na
faixa etária de 10 a 17 anos, portanto, de acordo com a legislação de trânsito, não está
habilitada a conduzir nenhum tipo de veículo automotor, representando um risco para ele e
para terceiros.

14
EFICÁCIA DO PROCESSO DE FORMAÇÃO

2%
12% 2% SIM
NÃO
SEM HABILITAÇÃO
NÃO INFORMADO
84%

Quando perguntados sobre a eficácia do processo de formação, 12% dos condutores


responderam que o processo é eficaz, 2% afirmaram que não é eficaz, 2% não responderam e
84% não passaram por este processo, e, consequentemente não possuem habilitação ou ACC.
Esse dado reforça a necessidade de investimento na fiscalização efetiva, pois a
segurança no transitar se dá por meio dos processos educativos, de fiscalização e de
engenharia.

15
UTILIZAÇÃO DA MOTOCICLETA COMO
INSTRUMENTO DE TRABALHO

15%
34%
SIM
NÃO
NÃO INFORMADO
51%

Para 51% dos participantes da pesquisa a motocicleta conduzida não serve como
instrumento de trabalho, 34% responderam que a motocicleta é utilizada como instrumento de
trabalho e 15% não informaram. Ao comparar esse gráfico com o gráfico que analisa a
situação empregatícia dos participantes, observa-se que apenas 12% afirmaram estar inseridos
no mercado formal de trabalho. Observa-se que das pessoas que afirmaram utilizar a
motocicleta como instrumento de trabalho, um percentual se encontra na informalidade,
reproduzindo um contexto mais amplo onde o trabalho informal e precarizado está cada dia
mais presente na atualidade.

16
REVISÃO PREVENTIVA

MENSALMENTE
13%
3 EM 3 MESES
34% 6 EM 6 MESES
16% ANUALMENTE
NÃO FAZ REGULARMENTE
NÃO INFORMADO

14%

18%
5%

Em relação à revisão preventiva da motocicleta, 18% dos motociclistas disseram não


fazer revisão regularmente, 16% disseram realizar de três em três meses, 14% afirmaram
realizar a revisão preventiva de seis em seis meses, 13% afirmaram fazer a revisão preventiva
mensalmente, 5% disseram fazer a revisão preventiva anualmente. Destaca-se que 34% dos
participantes não responderam a essa questão.

17
MEIO DE LOCOMOÇÃO PREDOMINANTE
MOTOCICLETA
5% 0%
9% CARRO
CARRO E MOTO
2% 6%
45% CAMINHÃO
MOTO E BICICLETA
20%
ÔNIBUS

9% TRANSPORTE ESCOLAR
A PÉ

1% BICICLETA
2%
1% TRANSPORTE ALTERNATIVO
NÃO INFORMADO

Quanto ao meio de locomoção predominante, 45% dos participantes se locomovem


predominantemente de motocicleta, 20% de ônibus, 9% de carro, 6% a pé e 5% se locomove
prioritariamente de bicicleta.
Esses dados relatam que a maioria dos participantes da pesquisa utiliza a motocicleta
como forma prioritária de locomoção, portanto, demonstra que é um veículo importante e que
representa para a maioria a condição de ir e vir, desenvolver as atividades de escola e de
trabalho e de transitar pela cidade.

18
TRANSPORTE DE PASSAGEIRO COM
BAGAGENS OU MERCADORIAS

16% 14%
SIM
NÃO
NÃO INFORMADO

70%

Conforme o gráfico acima, 70% dos participantes relataram não transportar


passageiros com mercadorias, 16% não quiseram informar e 14% relataram transportar
passageiros levando mercadorias.
Percebe-se que essa questão é comum no cotidiano das cidades. Por vezes são
encontrados passageiros na motocicleta transportando grande número de mercadorias,
trazendo riscos para si e para outras pessoas.

19
TRANSPORTA BAGAGEM OU
MERCADORIAS

16% 15% SIM


NÃO
NÃO INFORMADO

69%

Quando questionados em relação ao transporte de mercadorias na motocicleta, 69%


afirmaram que não, 15% disseram que sim e 16% não quiseram informar.
Mais uma vez se evidencia que no cotidiano das cidades é comum observar que a
motocicleta também assumiu o papel de transporte de mercadorias, uma vez que a mesma
possui mais agilidade possibilitando a entrega em menos tempo.
No entanto, também é comum observar nesse cotidiano os graves acidentes de trânsito
oriundos, muitas vezes, pelo excesso de velocidade e desrespeito às regras de trânsito, com o
objetivo de chegar a tempo nas entregas programadas.

20
TRANSPORTA MAIS DE UM PASSAGEIRO
NA MOTO

12% 5%
SIM

22% NÃO
ÀS VEZES
61% NÃO INFORMADO

Em relação ao transporte de mais de uma pessoa na motocicleta, 61% disseram que


não transportam mais de uma pessoa na motocicleta, 22% disseram que às vezes transportam
mais de um passageiro, 12% não informaram e 5% afirmaram transportar mais de um
passageiro.
Na realidade das nossas cidades observa-se que a motocicleta está sendo utilizada não
como um transporte para duas pessoas, e sim de famílias inteiras, e este fato vem trazendo
consequências devastadoras, pois, este veículo requer uma postura corporal dos transportados
para que possa transitar com segurança e não foi projetado para transportar grande número de
pessoas.

21
CONDUÇÃO E USO DO CELULAR

ATENDE CONDUZINDO A
8% 9%
MOTO

32% ESTACIONA PARA


ATENDER
51% NÃO ATENDE O CELULAR

NÃO INFORMADO

Em relação ao uso do celular 51% informaram estacionar para poder atender, 32%
informaram não atender o celular, 9% disseram atender o celular conduzindo a motocicleta e
8% não informaram.
Vale ressaltar que de acordo com a pesquisa o uso do celular continua presente no
transitar, representando 9% dos entrevistados. Estudo realizado pela Associação Brasileira de
Medicina de Tráfego (ABRAMET) avaliou a interferência no transitar com ato de falar ao
celular no dispositivo viva voz, apreendendo que a distração e a falta de atenção ocasionada
pelo uso do celular contribuem para provocar o acidente de trânsito, sendo, segundo o estudo,
a terceira maior causa de mortes no trânsito no país.
O uso das redes sociais está presente na atualidade em todas as camadas da sociedade
e está cada vez mais constante o uso do celular por condutores de veículos automotores. Este
fato traz um grande risco para a população, e se é fundamental a presença da fiscalização de
trânsito de forma mais efetiva, como também a intervenção educativa focada nessa temática.

22
CONDUTAS ADOTADAS PARA "GANHAR
TEMPO" NO TRÂNSITO

24% NÃO SEGUEM AS


NORMAS DO CTB
2%
SEGUEM AS NORMAS DO
74% CTB
NÃO INFORMADO

Analisando o gráfico acima percebe-se que 74% dos entrevistados não seguem as
normas de circulação e conduta preconizadas no Código de Trânsito Brasileiro para “ganhar
tempo”, apenas 2% dos entrevistados afirmaram seguir as normas do Código de Trânsito
Brasileiro. Esta questão demonstra que os motociclistas comumente realizam manobras
perigosas com o objetivo de “ganhar tempo”, colocando em risco a sua vida e a das outras
pessoas que transitam , sendo na atualidade, mais vulneráveis ao acidente de trânsito. Destas
condutas adotadas pelos motociclistas, a maioria “corta” caminho, “acelera”, e circula entre os
carros.

23
O QUE DESVIA A ATENÇÃO E
CONCENTRAÇÃO NO TRÂNSITO

6% NENHUM FATOR
10%
36% MULHERES
10%
PROPAGANDAS
10%
VEÍCULOS MODERNOS
28% HOMENS
OUTROS FATORES

Para 36% dos participantes da pesquisa, não existe nada que desvie sua atenção no
trânsito, 28% afirmaram ter a atenção desviada por mulheres, 10% informaram ter a atenção
desviada por propagandas, 10% disseram ter a atenção desviada por veículos modernos, 6%
disseram ter a atenção desviada por homens e 10% relatam outros fatores como responsáveis
por desviar a atenção no trânsito.

24
DIRIGE SOB EFEITO DE ÁLCOOL OU
OUTRAS DROGAS
1%
2% NUNCA DIRIGI
7% 9%
ÀS VEZES
DIARIAMENTE
FINS DE SEMANA
81%
NÃO INFORMADO

Quanto ao consumo de álcool e /ou outras drogas, 81% dos usuários afirmaram nunca
ter dirigido sob efeito de álcool e ou outras drogas, 9% não informaram, 7% afirmam às vezes
consumir álcool e outras drogas e dirigir, 2% informaram consumir diariamente.

Apesar da implementação de políticas repressivas ao uso de álcool e ou a outras


substâncias psicoativas associados à condução de veículos automotores, a exemplo da “Lei
Seca”, ainda é muito comum a ocorrência de acidentes de trânsito provocados pelo uso dessas
substâncias.

25
MEIO DE COMUNICAÇÃO MAIS UTILIZADO

CELULAR

44% RÁDIO
COMPUTADOR
54%
NÃO INFORMADO

1% 1%

De acordo com o gráfico acima, 44% dos entrevistados apontaram o celular como o
principal meio de comunicação, enfatizando que, através do celular, as pessoas tem acesso às
diversas redes sociais, favorecendo o processo de comunicação. 1% afirmou utilizar o
computador e 1% o rádio como meio de comunicação predominante. 54% dos entrevistados
não responderam a essa questão.

26
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
8% 14%

SIM
NÃO
78% NÃO INFORMADO

Em relação à participação social 78% dos usuários disseram não participar de nenhum
grupo ou organização social, 14% informaram que participam e 8% não informaram.
A questão da restrita participação social é uma constante na realidade contemporânea,
onde os valores individuais se sobrepõem aos valores que estimulam a luta coletiva.

27
USO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

CAPACETE
1%
12% CAPACETE E ALGUNS
8% EQUIPAMENTOS
RECOMENDADOS
51% OBRIGATÓRIO E TODOS OS
RECOMENDADOS
28%
NÃO INFORMADO

NENHUM EQUIPAMENTO

Quanto ao uso de equipamentos de segurança, 51% afirmaram usar capacetes, 28%


disseram usar capacete e outros equipamentos de segurança recomendados, 12% não
responderam essa questão e 8% disseram utilizar o equipamento obrigatório (capacete) e
todos os recomendados.

28
ENVOLVIMENTO EM ACIDENTES DE
TRÂNSITO
5%

22% SIM
NÃO
NÃO INFORMADO
73%

Analisando o gráfico acima, percebe-se que 73% dos entrevistados afirmaram nunca
ter se envolvido em acidentes de trânsito, 22% disseram que já se envolveram em acidentes de
trânsito e 5% não responderam a essa questão.
Na atualidade, segundo as estatísticas de trânsito, os motociclistas são os sujeitos mais
vulneráveis aos acidentes, indicando a necessidade urgente de políticas públicas preventivas a
essa questão.

29
ENVOLVIMENTO EM DISCUSSÕES NO
TRÂNSITO

8% 8% SIM
NÃO
NÃO INFORMADO

84%

Em relação ao envolvimento em discussões no trânsito, 84% relataram nunca ter se


envolvido, 8% relataram já ter se envolvido e 8% não responderam a essa questão.
A violência é um fenômeno da realidade atual e neste fenômeno insere-se a violência
no trânsito. Esta violência deverá ser refletida a partir de uma perspectiva socioeconômica
onde o país atravessa uma forte crise econômica, situação esta que impulsiona a violência
social.

30
HORÁRIO MAIS ESTRESSANTE PARA
DIRIGIR DE 8 ÀS 10 HORAS
DE 12 ÀS 14 HORAS
2%
12 HORAS
6%
18% DE 17 ÀS 18 HORAS
48%
20 HORAS
9% MANHÃ

10% NOITE
0% NÃO INFORMADO

7%

Quanto ao horário mais estressante para dirigir, 18% dos entrevistados afirmaram ser
no horário de 12 horas, 10% relacionaram o período noturno, 9% relacionaram o período de
17 às 18 horas, 7% reconheceram o período matutino como o mais estressante para dirigir,
destacando-se o horário de 8 às 10 horas ( 6%) e 48% não responderam a essa questão.

31
TRECHOS FAVORÁVEIS AO ACIDENTE PRAÇA AFRÂNIO LAJES

CENTRO

2% 0% RUA SÃO FRANCISCO

13% 0% RODOVIAS

VIADUTO PRÓXIMO AO
SHOPPING
CRUZAMENTOS
25%
TREVO OLHO D'ÁGUA
58%
TREVO DA BOA VISTA

NÃO INFORMADO

AVENIDAS
1%
1%
0%

0%

Quando perguntados em relação aos trechos favoráveis ao acidente na cidade de


Arapiraca, 25% informaram serem as rodovias os locais mais favoráveis para a ocorrência dos
acidentes de trânsito, 13% disseram ser o centro de Arapiraca o local mais propenso à
ocorrência dos acidentes de trânsito. Alguns entrevistados citaram locais específicos, e 58%
não responderam a esta questão.

A despeito disso, percebe-se que se faz necessária a implementação de ações


articuladas de engenharia, educação e fiscalização no município de Arapiraca, priorizando os
locais mais vulneráveis para ocorrência dos acidentes de trânsito.

32
INTERFERÊNCIA DE PROBLEMAS PESSOAIS
NO TRÂNSITO

7% 14% NÃO INTERFEREM


POUCO
52%
MUITO
27%
NÃO INFORMADO

Quando inquiridos sobre a interferência de problemas pessoais na condução da


motocicleta, 52% relataram não sofrer essa interferência, 27% afirmaram sofrer pouca
interferência no trânsito, 14% não responderam a essa questão e 7% relataram sofrer muita
interferência de problemas pessoais no trânsito.

33
QUAIS ÓRGÃOS TEM A RESPONSABILIDADE DE
TRABALHAR A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

DETRAN
7%
22% SMTT

36% DER
15%
CETRAN
10% 7%
DNIT
2%
1% DETRAN E SMTT

É RESPONSABILIDADE DE
TODOS
NÃO INFORMADO

Analisando o gráfico acima, percebe-se que 36% dos entrevistados afirmaram que a
responsabilidade de trabalhar a Educação para o Trânsito é de todos os órgãos do Sistema
Trânsito, 22% afirmaram ser do DETRAN, 15% da SMTT, 10% disseram ser
responsabilidade conjunta do DETRAN e SMTT, 7% disseram ser o CETRAN o responsável
por trabalhar a Educação para o Trânsito, 2% disseram ser de responsabilidade do DER, 1%
afirma ser do DNIT esta responsabilidade e 7% não responderam a esta questão.

Esse dado reflete o desconhecimento da população em geral acerca das competências


dos órgãos do Sistema Trânsito.

34
CONHECIMENTO ACERCA DE ALGUM ÓRGÃO
QUE FISCALIZE OS ÓRGÃOS COMPONENTES
DO SISTEMA TRÂNSITO

13% SIM
26%
NÃO
NÃO INFORMADO

61%

Segundo o gráfico acima, 61% dos participantes da pesquisa não souberam dizer qual
o órgão responsável por fiscalizar os órgãos de trânsito, 26% disseram ter conhecimento
acerca dessa questão e 13% não responderam. Segundo os participantes que afirmaram ter
conhecimento, o DETRAN e a SMTT seriam os órgão responsáveis pela fiscalização de
trânsito.

Destaca-se que a maioria dos entrevistados desconhecia qual é o órgão responsável


por fiscalizar os demais órgãos do Sistema Trânsito. Diante disto, uma das principais
conseqüências da ausência do conhecimento é a não concretização dos direitos dos cidadãos
no espaço trânsito, que, na atualidade, vem se configurando como espaço de violação de
direitos.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 19, incisos I e II, compete ao
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) exercer esse papel de fiscalizador dos
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.

35
JÁ FEZ ALGUM CURSO SOBRE
TRÂNSITO
3%
17%
SIM
NÃO
NÃO INFORMADO

80%

Conforme gráfico acima, 80% dos entrevistados informaram não ter participado de
curso sobre trânsito, 17% não responderam a essa questão e 3% afirmaram já ter participado
de cursos referentes a temática trânsito. Este cenário demonstra a necessidade de
disseminação mais efetiva da educação para o trânsito, oportunizando a participação da
população nessas discussões.

36
NECESSIDADE DE AÇÕES
SOCIOEDUCATIVAS SOBRE TRÂNSITO

11%
SIM
12%
NÃO
NÃO INFORMADO

77%

O gráfico acima demonstra que para 77% dos participantes da pesquisa há necessidade
de ações socioeducativas sobre trânsito, 12% relataram não haver necessidade alguma de
implementação de ações socioeducativas sobre trânsito e 11% não responderam a essa
questão.

37
RESULTADOS DA PESQUISA EM MACEIÓ

IDADE
1%

13% 13%
DE 10 A 17 ANOS
18 A 30 ANOS
31 A 45 ANOS
34% 46 A 70 ANOS
39%
NÃO INFORMADO

Analisando os dados da pesquisa acerca do perfil dos motociclistas do município de


Maceió, em relação à idade, 39% dos participantes tem idade de 31 a 45 anos, 34% possuíam
idade de 18 a 30 anos, 13% afirmaram ter idade de 10 a 17 anos, 13% de 46 a 70 anos e 1%
não respondeu a essa questão.
Salienta-se que 73% dos entrevistados tem faixa etária de 18 a 45 anos, fase esta
considerada em muitos estudos mais produtiva da vida. Destaca-se também que existe uma
parcela que está conduzindo motocicleta sem ter a idade para tal, conforme a legislação
vigente. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, em seu Art. 140, inciso I:

A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico será apurada


por meio de exames que deverão ser realizados junto ao órgão ou
entidade executivos do Estado ou do Distrito Federal, do domicílio ou
residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio
órgão, devendo o condutor preencher os seguintes requisitos:

I - ser penalmente imputável; [...] (p. 50, 2007)

38
GÊNERO
5%

FEMININO
MASCULINO

95%

Conforme dados acima, verifica-se que 95% dos entrevistados são do sexo masculino,
5% são do sexo feminino.
Esta é uma tendência nacional, onde as estatísticas apontam que os homens lideram a
condução dos veículos automotores, especialmente a condução da motocicleta.
Percebe-se que, apesar da crescente inserção do gênero feminino na condução de
veículos automotores, inclusive de motocicletas, os homens ainda lideram a condução desses
veículos, decorrente das relações sociais estabelecidas na sociedade, predominantemente e
historicamente machistas.

39
BAIRROS DE RESIDÊNCIA

BENEDITO BENTES
TABULEIRO DOS MARTINS
23% 20% CLIMA BOM
2% CIDADE UNIVERSITÁRIA
2% FAROL

16% JACITINHO
SANTA LÚCIA
EUSTÁQUIO GOMES
4%
4% FEITOSA
3% 4% 4%
3%
RIO NOVO
3% 3%
3% ANTARES
2% 3%
TRAPICHE DA BARRA
CRUZ DAS ALMAS
PONTA GROSSA
SERRARIA
OUTROS BAIRROS

Em relação ao gráfico acima, referente ao endereço dos motociclistas de Maceió,


destaca-se que 20% residiam no bairro do Benedito Bentes, 16% no bairro do Tabuleiro dos
Martins, 4% no Clima Bom, Cidade Universitária, Farol e Jacintinho. Nos bairros de Santa
Lúcia, Eustáquio Gomes, Feitosa, Rio Novo e Antares residiam 3% dos motociclistas. Esses
dados revelam que a maioria dos usuários de motocicleta reside na parte alta da cidade,
destacando-se os bairros do Benedito Bentes e Tabuleiro dos Martins. Esses bairros,
extremamente populosos e com grande extensão territorial, apresentam problemas de
infraestrutura precária e de violência urbana, sendo necessária uma intervenção maior do
poder público para atender as demandas da população residente nestas localidades.
Diante desse contexto, se faz necessário uma análise crítica dessa questão, onde
deverão ser priorizadas ações interventivas preventivas, educativas e de controle para a
população da parte alta de Maceió.

40
ESTADO CIVIL

15%
5%
1% SOLTEIRO (A)
36%
CASADO (A)
VIÚVO (A)
DIVORCIADO (A)
UNIÃO ESTÁVEL
43%

Quanto ao estado civil, percebe-se que 58% dos entrevistados tem família constituída,
36% eram solteiros. Estes dados demonstram que a maioria dos entrevistados estabeleceu
vínculo que exige responsabilidades de manutenção da estrutura familiar, tanto no âmbito
material quanto emocional.

41
ESCOLARIDADE

8% ENS. FUND. COMPLETO


13%
10% ENS. FUND. INCOMPLETO
7% ENS. MÉDIO COMPLETO
ENS. MÉDIO INCOMPLETO
11% ENS. SUP. COMPLETO
ENS. SUP. INCOMPLETO
NÃO INOFRMADO

51%

De acordo com a pesquisa implementada, 51% dos entrevistados possuem o ensino


médio completo, 13% possuem o ensino superior incompleto, 11% possuem ensino médio
incompleto, 10% ensino fundamental incompleto, 8% ensino fundamental completo e 7%
tem o ensino superior completo.

Diante desses dados, observa-se que a maioria dos entrevistados está em um nível de
escolaridade que permite que possam ter acesso a um curso superior, possibilitando a
ampliação de suas possibilidades de trabalho e de conhecimento. Essas condições interferem
de maneira importante no transitar das pessoas, e são relevantes na elaboração das ações
preventivas.

42
ATIVIDADE DO COMÉRCIO
ATIVIDADE OCUPACIONAL
ATIVIDADE DA
4% CONSTRUÇÃO CIVIL
6% SERVIDOR PÚBLICO
21%
18% ATIVIDADE
8% ADMINISTRATIVA
BISCATEIRO (A)
8% 17%
DESEMPREGADO (A)
6% 12%
ATIVIDADE DE MOTORISTA
PROFISSIONAL

Em relação à atividade ocupacional, 21% dos entrevistados informaram desempenhar


atividade no comércio, 18% afirmaram desenvolver atividade de motorista profissional, 17%
disseram trabalhar no serviço público, 12% afirmaram exercer atividades administrativas, 8%
atividades da construção civil e 8% disseram viver de biscates.

Percebe-se, a partir dos dados coletados, a diversidade de atividades profissionais


desenvolvidas pelos usuários de motocicleta, sendo este veículo de fundamental importância
para o deslocamento da população no seu cotidiano.

43
RENDA

4%
3% MENOS DE 1 S.M
6% 5%
6% 1 S.M
ACIMA DE 1 A 2 S.M
ACIMA DE 2 A 3 S.M
11%
ACIMA DE 3 A 5 S.M
44%
MAIS DE 5 S.M
SEM RENDIMENTO
21%
NÃO INFORMADO

De acordo com os dados apreendidos 44% dos entrevistados possuíam renda de 1


salário mínimo, 21% possuíam renda de um a dois salários mínimos, 11% possuíam renda de
dois a três salários mínimos, 6% possuíam renda acima de três a seis salários mínimos, 6%
não possuíam rendimento nenhum e 5% tem rendimento de menos de 1 salário mínimo.
Os motociclistas entrevistados, em sua maioria (65%), tem renda entre 1 a 02 salários
mínimos. Esse dado corrobora com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em 2016, onde consta que Alagoas está entre os estados com menores rendas per
capita do país, ficando apenas atrás do estado do Maranhão.

44
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
2%

43% SIM
NÃO
55% NÃO INFORMADO

O gráfico acima explicita que 55% dos entrevistados não possuíam vínculo
empregatício, 43% possuíam vínculo empregatício e 2% não informaram.
Este dado reforça a situação do país, onde o trabalho precarizado e flexibilizado
representa uma tendência que desmonta as conquistas históricas da classe trabalhadora. Outra
questão evidenciada é a desproteção dessa parcela da população em relação aos direitos
previdenciários, uma vez que a grande maioria não estabeleceu vínculo formal de trabalho.

45
RENDA FAMILIAR
3%
MENOS DE 1 S.M
5%
7% 1 S.M
15%
10% 4% SEM RENDIMENTO
ACIMA DE 1 A 2 S.M

15% ACIMA DE 2 A 3 S.M


ACIMA DE 3 A 5 S.M
41% MAIS DE 5 S.M
NÃO INFORMADO

Quanto a renda familiar, 41% dos entrevistados afirmaram possuir renda acima de 1 a
2 salários mínimos, 15% tinham renda familiar de um salário mínimo, 15% disseram ter renda
familiar acima de dois a três salários mínimos, 10% afirmaram ter renda familiar acima de
três a cinco salários mínimos, 7% afirmaram possuir renda familiar acima de cinco salários
mínimos, 4% relataram não ter rendimento e 3% disseram possuir renda de menos de um
salário mínimo.
A renda familiar no estado de Alagoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2017, é a segunda menor renda média domiciliar per capita do país.
Segundo o Instituto os valores ficam abaixo de 28% do salário mínimo estabelecido, onde a
média nacional é de R$ 1.268,00 (um mil, duzentos e sessenta e oito reais).

46
PAPEL NO SUSTENTO FAMILIAR
1%

10%

5% 100% DO RENDIMENTO
FAMILIAR
50 % DO RENDIMENTO
12% FAMILIAR
50% 25-50% DO REND.
FAMILIAR
25% DO RENDIMENTO
FAMILIAR
22% NÃO CONTRIBUI

NÃO INFORMADO

Em relação ao papel no sustento da família, 50% dos motociclistas afirmaram ser


responsáveis por 100% do sustento da família, 22% dos entrevistados relataram ser
responsáveis por 50% do sustento familiar, 12 % dos motociclistas disseram ser de 25% a
50% responsáveis pelo sustento da família, 10% dos motociclistas afirmaram não contribuir
para o sustento da família e 1% não informou.
Diante desse dado percebe-se que a maioria dos motociclistas que participou dessa
pesquisa exerce papel primordial no sustento das suas famílias, e, na sua ausência as citadas
famílias ficariam desprovidas de condições de subsistência.

47
RESIDE EM

2%

27%
CASA PRÓPRIA
ALUGADA
71% OUTROS
NÃO INFORMADO

Conforme descrito acima, 71% dos entrevistados residem em casa própria, 27% em
casa alugada e 2% residem em casas cedidas ou outras formas de residir.
Ao relacionarmos a renda dos entrevistados ao percentual que afirma possuir casa
própria, fica evidente que os incentivos governamentais para a política habitacional nas
últimas décadas, possibilitaram o acesso de grande parte da população à casa própria.

48
A MOTOCICLETA QUE VOCÊ POSSUI É

3%
3%
8% PRÓPRIA
ALUGADA
CEDIDA
OUTROS
86%
NÃO INFORMADO

Quanto à questão da propriedade da motocicleta, 86% dos motociclistas afirmaram ser


própria, 8% informaram que a motocicleta era cedida, 3% disseram que a motocicleta era
alugada e 3% informaram ter outras formas de aquisição que não foram explicitadas.

49
TEMPO DE HABILITAÇÃO

12% 14% MENOS DE 1 ANO

12% ATÉ 2 ANOS


27% DE 2 A 5 ANOS
DE 5 A 8 ANOS
21%
14% MAIS DE 8 ANOS
NÃO POSSUI

Em relação ao tempo de habilitação, 27% dos motociclistas disseram possuir


habilitação há mais de oito anos, 21% afirmaram ter habilitação de dois a cinco anos, 14%
disseram ter habilitação de cinco a oito anos, 14% afirmaram possuir habilitação há menos de
um ano, 12% informaram ter habilitação até dois anos e 12% informaram não possuir
habilitação.

Destaca-se que o percentual de pessoas que não possui a habilitação é bastante


significativo (12%), evidenciando a necessidade de ações preventivas e de fiscalização, para
coibir esta prática perigosa, tanto para o indivíduo como para a coletividade.

50
EFICÁCIA DO PROCESSO DE FORMAÇÃO

4%
12% SIM

52% NÃO

32%
NÃO TENHO
HABILITAÇÃO
NÃO INFORMADO

Quanto à eficácia do processo de formação, 52% afirmaram ser eficaz o processo de


formação, 32% dizem não ser eficaz o processo de formação, 12% informaram não ter
habilitação e 4% não responderam sobre essa questão.
Destaca-se que é bem expressivo o percentual que considera ineficaz o processo de
formação, cuja competência foi delegada para os Centros de Formação de Condutores pelo
DETRAN, o que deve servir de base para reavaliar a formação em questão.

51
UTILIZAÇÃO DA MOTOCICLETA COMO
INSTRUMENTO DE TRABALHO

0%

34%
SIM
NÃO
66%
NÃO INFORMADO

O gráfico acima descreve que 66% dos entrevistados afirmaram não utilizar a
motocicleta como instrumento de trabalho, no entanto, uma parcela significativa da
população, correspondente a 34%, disse fazer uso da motocicleta como instrumento de
trabalho.
Evidencia-se desta forma que a motocicleta na atualidade possibilita a inserção de uma
parcela da população no mercado de trabalho, a exemplo das profissões de motofretistas e
mototaxistas, reconhecida pelo Governo Federal em 2009.
No entanto, em relação à profissão de mototaxista, o município de Maceió não a
regulamentou, e, desta forma não exerce sobre a mesma qualquer tipo de controle,
contribuindo para informalização do mercado de trabalho. Percebe-se neste contexto, que o
poder público precisa desenvolver ações efetivas no sentido de conduzir essa parcela da
população para um transitar seguro para os mesmos, o que se reflete em toda a sociedade.

52
REVISÃO PREVENTIVA

2%
14% 12%
MENSALMENTE
25% 3 EM 3 MESES
6 EM 6 MESES
47% ANUALMENTE
NÃO INFORMADO

Em relação à revisão preventiva da motocicleta, 47% dos entrevistados afirmaram


realizar de 6 em 6 meses a revisão da moto, 25% afirmaram realizar a revisão de 3 em 3
meses, 14% disseram realizar a revisão da motocicleta anualmente e 2% não responderam a
essa questão. Nota-se que a maioria relata realizar revisão preventiva constantemente,
evidenciando o entendimento de que a não realização das revisões necessárias compromete a
segurança do condutor, e por conseqüência, dos demais atores do trânsito.

53
MEIO DE LOCOMOÇÃO PREDOMINANTE

1% 0% 3%
2% MOTOCICLETA

11%
CARRO

CARRO/MOTO

BICICLETA
83%
ÔNIBUS/ TRANSP.
ALTERNATIVO
NÃO INFORMADO

Conforme gráfico acima, 83% dos entrevistados afirmaram utilizar a motocicleta


como meio prioritário de locomoção, 11% afirmaram utilizar o carro de passeio como meio
prioritário de locomoção, 3% informaram que utilizam prioritariamente o ônibus e o
transporte alternativo, 2% não responderam a essa questão e 1% disse que utiliza igualmente a
moto e o carro como meio de transporte.
Percebe-se o grande número de usuários que se locomovem prioritariamente de
motocicleta. Em relação a essa questão destacam-se alguns fatores que contribuem para a
situação: a precariedade do transporte público em Maceió; as facilidades, através de
programas de financiamento para aquisição de veículos automotores, dentre eles, as
motocicletas; os altos preços dos combustíveis que impulsionam o mercado de motocicletas,
uma vez que este tipo de veículo consome menos combustível em comparação com os
demais, sendo, portanto, mais econômico.

54
TRANSPORTA PASSAGEIRO COM
BAGAGENS OU MERCADORIAS

16%

SIM
NÃO
84%

Quanto ao transporte de passageiros com bagagens e mercadorias, 84% dos


entrevistados afirmaram não transportar e 16% relataram transportar passageiros com
bagagens ou mercadorias.
A motocicleta é um veículo que requer equilíbrio na condução, portanto, a sobrecarga
de objetos transportados pelo passageiro poderá interferir no transitar com segurança.

55
TRANSPORTA BAGAGEM OU
MERCADORIA

18%

SIM
NÃO
82%

Em relação ao gráfico acima, evidencia-se que 82% dos entrevistados afirmaram não
transportar bagagem ou mercadoria, 18% disseram transportar bagagens ou mercadorias em
suas motocicletas.

TRANSPORTA MAIS DE UM PASSAGEIRO NA


MOTOCICLETA

6% 5%

SIM
NÃO
ÀS VEZES

89%

Observando o gráfico acima, percebe-se que 89% afirmaram não transportar mais de
um passageiro na motocicleta, 6% disseram que às vezes transportam e 5% afirmaram
transportar mais de uma passageiro na motocicleta.

Evidencia-se nos gráficos acima que a maioria dos motociclistas afirma cumprir com as regras
de trânsito que proíbem o transporte de bagagens e de mais de um passageiro. É importante destacar

56
que no dia a dia das cidades essas práticas são vistas com freqüência, o que coloca em risco tanto os
condutores quanto passageiros e demais usuários do sistema trânsito.

CONDUÇÃO E USO DO CELULAR

21% ATEND. CONDUZINDO


36%

ESTACIONA PARA
ATENDER
43%
NÃO ATENDE O CELULAR

De acordo com o gráfico acima, 43% afirmaram que para atender o celular,
estacionam, 36% afirmaram não atender o celular quando estão conduzindo a motocicleta,
21% afirmaram atender conduzindo a motocicleta.
Evidencia-se que existe uma parcela significativa de pessoas que afirmaram atender o
celular conduzindo a motocicleta, representando um grande risco para ocorrência das
fatalidades no trânsito.
O uso do telefone móvel é uma tendência mundial e, o não cumprimento das leis de
trânsito em relação a essa questão se configura uma das causas mais constantes da ocorrência
dos acidentes de trânsito. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Tráfego
(ABRAMET) revela que a utilização de celular ao transitar já representa a terceira maior
causa de mortes no trânsito no Brasil, ficando atrás do excesso de velocidade e do consumo
de álcool pelos condutores. A referida entidade avaliou a interferência causada no transitar
com o ato de falar ao celular no dispositivo viva voz, tão amplamente utilizado, sendo
constatado que este tipo de atitude provoca distração e falta de concentração, que são fatores
potencializadores de acidentes.
Infere-se que a adoção de medidas interventivas no âmbito da educação e de
fiscalização é fundamental para minimizar o atual quadro de acidentalidade que rebate de
maneira perversa nesta categoria, trazendo conseqüências irreversíveis nas condições
objetivas e subjetivas de vida do acidentado e de toda a família.

57
CONDUTAS ADOTADAS PARA "GANHAR
TEMPO" NO TRÂNSITO

7%

NÃO SEGUEM AS
NORMAS DO CTB
SEGUEM AS NORMAS DO
93% CTB

Quando perguntados sobre as condutas adotadas para “ganhar tempo” no trânsito, o


desrespeito a normas de circulação e condutas foram as mais apontadas pelos motociclistas
93%. As condutas mais freqüentes são: cortar caminho, transitar na contramão de direção,
transitar entre os veículos, realizar retorno proibido, transitar nas ciclovias, trafegar em
canteiro central e transitar nas calçadas. O gráfico também demonstra que 7% afirmaram
seguir as normas de circulação e conduta, portanto não transgredindo as normas estabelecidas
pelo CTB.
Este gráfico traduz as contradições vivenciadas no transitar onde a maioria dos
entrevistados expressa (93%) que não cumpre a lei com o objetivo de “ganhar tempo”, tempo
este que poderá resultar em perda de vidas ou em seqüelas permanentes nos acidentados. Este
tipo de comportamento no trânsito vem contribuindo para que os usuários de motocicletas
representem os que mais acessam as indenizações do seguro DPVAT por invalidez
permanente, destacando-se que no ano de 2017 das indenizações pagas para acidentes
envolvendo motocicletas 79% foram destinadas para invalidez permanente e 7% para morte.
Diante deste dado apreendido, infere-se que o comportamento humano no trânsito,
que pode envolver desde a questão da desatenção e até o desrespeito as normas de legislação,
atrelados as más condições das vias e, em alguns casos, a manutenção deficiente dos veículos,
constitui um dos principais fatores que provocam acidentes.
Neste sentido, buscar a construção de conhecimento que amplie a análise do espaço
trânsito em suas interfaces com os aspectos históricos, sociais, ambientais, humanos,
educacionais e tecnológicos, é fundamental para a implantação de estratégias de intervenção
que possam transformar a realidade vigente.

58
O QUE DESVIA A ATENÇÃO E
CONCENTRAÇÃO NO TRÂNSITO

2%
MULHERES

41% 42%
VEÍCULOS MODERNOS E
PROPAGANDAS
NENHUM FATOR
15%
OUTROS FATORES

Quando perguntados em relação ao que desvia a atenção no trânsito, 42% dos


entrevistados responderam que são as mulheres, 41% disseram que nenhum fator desvia a
atenção no trânsito, 15% afirmaram serem os veículos modernos e propagandas que desviam
a atenção no trânsito e 2% dizem serem outros fatores que desviam a atenção no trânsito.
Destaca-se que 15% dos entrevistados afirmam que tem a atenção desviada pelas
propagandas. Este tipo de poluição, conforme estudos realizados, em excesso e sem
regramento, caracteriza poluição visual e acaba intervindo no transitar, pois, a intensa
poluição visual nas vias públicas onde o tráfego de veículos é intenso desvia a atenção dos
condutores de veículos podendo provocar acidentes.

59
USO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

6% 0%
CAPACETE

29% CAPACETE E ALGUNS


RECOMENDADOS
65%
OBRIGATÓRIOS E
RECOMENDADOS
NENHUM EQUIPAMENTO

Em relação ao uso de equipamentos de segurança, 65% dos entrevistados afirmaram


usar o capacete, 29% disseram usar o capacete e alguns itens recomendados e 6% informaram
utilizar todos os equipamentos obrigatórios e recomendados.
Destaca-se que 96% dos entrevistados usam o capacete, demonstrando que as
campanhas e trabalhos educativos destinados ao uso deste equipamento estão alcançando
parcela dos usuários de motocicletas, assim como as ações de fiscalização, visto que o
capacete é um item obrigatório de segurança, segundo o CTB, e o não uso é infração
gravíssima, tendo como penalidade o pagamento da multa e a suspensão do direito de dirigir.
Estudos da área médica demonstram que o uso do capacete contribui para evitar os
traumatismos crânio encefálico e de face, podendo prevenir em 69% e 65%, respectivamente,
esses traumas.
No entanto, em relação a uso de equipamentos recomendados poucos entrevistados os
utilizam (6%). Percebe-se que em relação a estes equipamentos de segurança (sapatos
fechados, jaquetas e calças de material resistente, faixa reflexiva, etc.) seu uso ainda não foi
introjectado pela maioria dos entrevistados. Infere-se que alguns fatores podem contribuir
para que isto ocorra como: a ausência de um trabalho educativo efetivo, os altos preços destes
equipamentos, a não obrigatoriedade do uso, que não se configura como infração.
Ressalta-se a importância do uso dos equipamentos de segurança como condição
necessária para minimizar os impactos decorrentes de um acidente no corpo humano, e para a
preservação da vida.

60
TRECHOS FAVORÁVEIS AO ACIDENTE

AV.FERNANDES LIMA

19% AV. MENINO MARCELO

4% 42%
AV. MENINO MARCELO E
10% FERNANDES LIMA

11% AV. FERNANDES LIMA E


14% DURVAL DE GÓES MONTEIRO
NENHUM TRECHO

OUTROS TRECHOS

De acordo com o gráfico acima, 42% dos entrevistados apontaram a Avenida


Fernandes Lima como um dos trechos mais favoráveis ao acidente, 14% a Avenida Menino
Marcelo, 11% disseram ser as duas avenidas supracitadas e 10% disseram ser a Av. Fernandes
Lima e Durval de Góes Monteiro as avenidas mais propícias aos acidentes. Para 4% dos
entrevistados nenhum trecho de Maceió é propício ao acidente e 19% alegam serem outros
trechos na cidade.
Observa-se, pelos dados apreendidos, que as avenidas Fernandes Lima e a Menino
Marcelo se destacam como trechos mais favoráveis ao acidente de trânsito. Segundo relatos
dos entrevistados esses trechos são mais suscetíveis devido ao fluxo intenso diário de
veículos, os engarrafamentos e também por conta de uma fiscalização precária.
A Avenida Fernandes Lima, que é destacada como a mais vulnerável ao acidente,
atualmente, é uma das principais vias de acesso a diversos pontos da cidade, sendo o principal
corredor viário entre a parte alta da cidade e o centro da cidade e, consequentemente, a
principal via de escoamento do transporte público, concentrando um grande fluxo de veículos
que, em horário de pico, provoca grandes engarrafamentos.
Outra avenida que se destaca é a Menino Marcelo, que viabiliza o acesso a diversos
pontos da parte da alta da cidade, principalmente ao bairro Benedito Bentes, que é um dos

61
mais populosos da capital e um dos mais afastados do centro da cidade, propiciando um fluxo
intenso de veículos, pessoas, ciclistas e de transporte público nesta localidade.
Percebe-se que em Maceió a parte alta da cidade é a mais vulnerável para a ocorrência
dos acidentes, necessitando de uma atenção maior das autoridades de trânsito e afins.
Infere-se que a falta de um planejamento urbano adequado e a grande concentração
populacional na parte mais alta da cidade, atrelados ao incentivo a forma modal de transporte
individual em detrimento ao transporte coletivo, provocaram graves problemas de mobilidade
urbana nestes locais supracitados, atingindo de forma violenta os diversos atores que
transitam principalmente os pedestres e ciclistas.

62
DIRIGE SOB EFEITO DE BEBIDA ALCOÓLICA
E/OU OUTRAS DROGAS
0% 2%
17%

NUNCA DIRIGI
ÀS VEZES
81% DIARIAMENTE
FINS DE SEMANA

Quanto ao questionamento de beber e dirigir, 81% afirmaram nunca dirigir e beber ou


usar outras drogas, 17% afirmaram ingerir álcool e/ou outras drogas e dirigir em algumas
vezes e 2% informaram beber e/ou usar outras drogas e conduzir a motocicleta nos finais de
semana.
Dados do balanço geral da operação Lei Seca do DETRAN/AL, ano de 2017,
realizados na capital e no interior do Estado, revelam que dos 30.573(trinta mil quinhentos e
setenta e três) testes de alcoolemia realizados em condutores de veículos automotores, 310
(trezentos e dez) apresentaram índice entre 0.005 a 033mg de álcool por litro de sangue, que
constitui infração administrativa, 1.606 apresentaram situações de alcoolemia, 1105 se
recusaram a se submeter ao teste e 191 foram flagrados com índice superior ao referente à
infração administrativa. Neste último caso o condutor é preso, podendo ser liberado mediante
pagamento da infração cometida e fiança. Em todos os casos estas infrações são gravíssimas e
o condutor sofrerá processo que acarretará dentre outras sanções, a suspensão ou cassação do
direito de dirigir e multa dez vezes maior que o valor da infração gravíssima.
Infere-se que apesar das ações efetivas no âmbito de fiscalização para combater o uso
de álcool e direção, bem como os altos valores pecuniários pagos pelos infratores, estes não
estão sendo obstáculos para que os mesmos adotem comportamentos ilegais e que vão de
encontro a todo o sentido da preservação da vida.
Diante deste quadro, há necessidade emergente de um movimento conjunto do poder
judiciário, em suas diversas instâncias, para se ter um maior rigor na punição das pessoas que
conduzem veículos sob influência de bebida alcoólica, visto que os crimes de trânsito são
julgados à luz do Código Penal. A aplicação de penas mais leves só reforçam a certeza da
impunidade e a prevalência de condutas que atentam contra a vida humana.

63
MEIO DE COMUNICAÇÃO MAIS UTILIZADO
0%

26% CELULAR
TELEVISÃO
RÁDIO
7% 65%
2% CELULAR/TELEVISÃO
0% REDES SOCIAIS
NÃO INOFRMADO

Em relação ao meio de comunicação mais utilizado, 65% dos entrevistados disseram


ser o celular, 26% afirmaram ser as redes sociais, 7% disseram ser a televisão como meio de
comunicação mais utilizado, 2% citaram o celular e a televisão como os meios de
comunicação mais utilizados. Percebe-se que as redes sociais se configuram um espaço
importante para disseminação do conhecimento, principalmente entre a camada mais jovem
da população. No entanto, o uso exacerbado, inclusive durante a condução, está sendo
apontado pelas estatísticas de trânsito como um grande potencializador dos acidentes.

64
PARTICIPAÇÃO SOCIAL

1%
20%

SIM
NÃO
79% NÃO INFORMADO

De acordo com o gráfico acima, 79% dos entrevistados no município de Maceió


afirmaram não participar de nenhum grupo organizado, 20% disseram participar e 1% não
respondeu a essa questão.
O resultado apreendido retrata o momento contemporâneo de imobilismo social
vivenciado pela sociedade como um todo. Percebe-se a dificuldade da população de uma
forma geral em se organizar, mobilizar e articular em busca de seus direitos, gerando uma
apatia social, onde as pessoas são estimuladas ao individualismo em detrimento do coletivo.

65
PARTICIPAÇÃO SOCIAL DESTACADA

32%
MOTOCLUBES

68%
OUTRAS NÃO
VINCULADAS A
MOTOCICLETAS

Em relação aos 20% dos motociclistas que afirmaram participar de algum grupo
organizado, 32% dos motociclistas afirmaram participar de motoclubes, 68% disseram
participar de outras organizações não vinculadas ao uso da motocicleta

ENVOLVIMENTO EM ACIDENTES DE
TRÂNSITO

36%

SIM
64% NÃO

Em relação ao envolvimento em acidentes de trânsito, 64% afirmaram não ter se


envolvido em acidentes de trânsito, 36% afirmaram já ter se envolvido em acidentes de
trânsito.

Pelas estatísticas do Hospital Geral do Estado são os motociclistas os sujeitos que mais
dão entrada por acidentes de trânsito, portanto, esse dado demonstra a necessidade de
trabalhar essa parcela da população de forma mais efetiva.

66
ENVOLVIMENTO EM
DISCUSSÃO/CONFLITO NO TRÂNSITO

1%
13%

SIM
NÃO
86% NÃO INFORMADO

O gráfico acima demonstra que 86% dos motociclistas afirmaram que não se
envolveram em confusões e conflitos de trânsito, 13% disseram que já se envolveram em
discussões e conflitos no trânsito e 1% não informou.
Destaca-se que um percentual significativo (13%), afirma ter se envolvido em
conflitos e confusões no trânsito.
O transitar de veículos automotores nas cidades, principalmente os veículos
individuais, tem aumentado de forma descontrolada e desordenada, provocando grandes
congestionamentos e fazendo com que as pessoas permaneçam durante uma parcela
significativa do seu tempo conduzindo veículos, ou até mesmo fiquem paradas em filas
quilométricas. Esta realidade, aliada ao individualismo exacerbado, está trazendo para o
cotidiano das pessoas situações de intolerância, desrespeito e violência aos atores que
transitam, principalmente em relação os pedestres e ciclistas que são os mais vulneráveis no
espaço urbano. Neste contexto de desrespeito, o veículo muitas vezes é utilizado como uma
arma, e vem contribuindo para alavancar violência urbana, tornando difícil o convívio
pacífico entre os que transitam.
Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Medica de Tráfego (ABRAMET), o
Brasil não dispõe de estatísticas relacionadas a agressões no trânsito. Os registros desse tipo
de violência ficam reservados as diversas mídias que divulgam esse tipo de situação.

67
INTERFERÊNCIA DE PROBLEMAS PESSOAIS
NO TRÂNSITO

8%

22%
NÃO INTERFEREM
POUCO
70%
MUITO

Analisando a interferência de problemas pessoais no trânsito, 70% afirmaram que seus


problemas pessoais não interferem na sua conduta no trânsito, 22% disseram que os
problemas pessoais interferem pouco no trânsito, e 8% referiram que os problemas pessoais
interferem muito na conduta no trânsito. A relação das questões individuais com as condutas
no espaço coletivo é um fator que carece de um olhar mais profundo, interdisciplinar, para
que possa haver proposições para o âmbito do trânsito.

HORÁRIO MAIS ESTRESSANTE PARA


DIRIGIR
2%
7% 17:00h ás 20:00h
7%
37% 18:00h
9%
11:00 ás 17:00h
12% 12:00h
17:00h
26%
OUTROS HORÁRIOS
NENHUM HOÁRIO

Em relação ao horário mais estressante para dirigir, 37% dos participantes disseram
ser de 17 às 20 horas, 26% afirmaram ser 18 horas o horário mais estressante para dirigir,
12% informaram que o horário mais estressante para dirigir é de 11 às 17 horas, 9% disseram

68
ser o horário de 12 horas, 7% afirmaram ser às 17 horas, 7% relacionaram outros horários
como os mais estressantes para dirigir e 2% afirmaram não se estressar em horário nenhum.

Verifica-se que as afirmações têm relação com os chamados horários de “pico”, onde
o número de veículos nas vias é ampliado, em função do encerramento da maior parte das
atividades diárias das pessoas.

QUAIS ÓRGÃOS TEM A


RESPONSABILIDADE DE TRABALHAR A
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

11%
É RESPONSABILIDADE DE
13%
TODOS
DETRAN
76%
OUTROS ÓRGÃO DO
SISTEMA TRÂNSITO

Para 76% dos entrevistados, a responsabilidade para trabalhar educação para o trânsito
é de todos os órgãos do Sistema Trânsito, 13% afirmaram ser do DETRAN e 11% disseram
ser de outros órgãos do Sistema de forma pontual, SMTT ou DER ou DNIT, etc.

69
CONHECIMENTO ACERCA DE ALGUM
ÓRGÃO QUE FISCALIZE OS ÓRGÃOS
COMPONENTES DO SISTEMA TRÂNSITO

18%

SIM
NÃO
82%

Observando o gráfico acima se percebe que 82% dos motociclistas entrevistados


afirmaram não ter conhecimento de nenhum órgão que tenha como competência fiscalizar os
órgãos do Sistema Trânsito e 18% dizem saber qual o órgão que tem a competência de
fiscalizar os demais órgãos do Sistema.

JÁ FEZ ALGUM CURSO SOBRE TRÂNSITO

0%
14%
SIM
NÃO
NÃO INFORMADO

86%

O gráfico acima descreve que 86% dos entrevistados afirmaram não ter feito nenhum
curso sobre trânsito, 14% afirmaram já ter sido feito algum curso sobre trânsito.

70
NECESSIDADE DE AÇÕES
SOCIOEDUCATIVAS SOBRE TRÂNSITO

12%

SIM
NÃO
88%

Em relação à necessidade de ações socioeducativas sobre trânsito, 88% disseram


perceber a necessidade de ações socioeducativas, 12% afirmaram não ter necessidade de
ações socioeducativas.
Esse gráfico destaca a importância da Educação para o Trânsito de forma continuada e
que junto à fiscalização e engenharia, fomentem um processo de transformação da realidade
atual.

71
SÍNTESE CONCLUSIVA

QUESTÕES DESTACADAS

ARAPIRACA MACEIÓ
 Idade preponderante de 10 a 17  Idade preponderante de 18 a 45
anos; anos;
 Relação de gênero 60% masculino  Relação de gênero 95% masculino
para 40% feminino; e 5% feminino
 Atividade ocupacional destacada:  Atividade ocupacional destacada:
estudante; atividade de comércio;
 7% dos participantes afirmaram  17% dos participantes afirmaram
conduzir e ingerir substâncias fazer uso às vezes de álcool e/ou
psicoativas; outras drogas ao conduzir a
 A metodologia utilizada para a motocicleta;
coleta dos dados não foi utilizada  40% dos motociclistas residem na
em sua totalidade, comprometendo parte alta da cidade;
os resultados, uma vez que a  O processo de coleta dos dados foi
entrevista foi aplicada, em sua dificultado pela resistência de
maioria, com alunos da rede algumas categorias dos usuários, a
estadual de educação; exemplo dos mototaxistas, em
 Foram efetivos colaboradores participar da pesquisa;
desta pesquisa: Prof. José Edson  No município de Maceió não foi
Cavalcante – Professor da rede possível estabelecer parcerias com
estadual, Carlos Alberto Peixoto - outras instituições, dificultando a
agente da SMTT Arapiraca; Edira coleta dos dados;
Polido do Carmo Soares – Analista  O uso da motocicleta está
de Trânsito/Administradora do vinculado à necessidade de
DETRAN/AL; locomoção para realização das
 Percebe-se a utilização da atividades diárias;
motocicleta por pessoas que não  Percebe-se que parcela
passaram pelo processo de significativa dos entrevistados
formação necessário, uma vez que (12%), conduz sem a habilitação;
não possuíam a condicionalidade
da idade;  Percebe-se que a maioria dos
 O uso da motocicleta está entrevistados reside na parte alta
vinculado à necessidade de da cidade.
locomoção para realização das
atividades diárias, exacerbado pela
falta do transporte público;

 Destaca-se que a maioria dos


entrevistados reside em bairros
periféricos.

72
SÍNTESE DE PROPOSIÇÕES

ARAPIRACA MACEIÓ

 Fica explícita a necessidade de  Fica evidente a necessidade de


realização de trabalho educativo trabalho educativo junto às
junto aos pais dos alunos, empresas de comércio no
chamando-os à responsabilidade município de Maceió, visto que a
quanto à permissão da condução maioria dos entrevistados tem
de veículos automotores por como atividade ocupacional este
menores de idade; ramo;
 Percebe-se a necessidade de  Percebe-se a necessidade de
direcionamento das campanhas direcionamento das campanhas
educativas para parte periférica da educativas para parte alta da
cidade, uma vez que a maioria cidade, uma vez que a maioria
reside nesta localidade; reside nesta localidade;
 A realização de trabalho educativo  A realização de trabalho educativo
deverá ser concomitante às ações deverá ser concomitante às ações
de fiscalização e engenharia; de fiscalização e engenharia;
 Evidencia-se a necessidade  Evidencia-se a necessidade
urgente de investimento em urgente de investimento em
transporte público como uma das transporte público como uma das
condições preponderante para as condições preponderantes para as
transformações da realidade transformações da realidade
envolvendo os motociclistas; envolvendo os motociclistas.
 As ações intersetoriais deverão  As ações intersetoriais deverão
envolver os órgãos de trânsito, as envolver os órgãos de trânsito, as
demais políticas sociais e o demais políticas sociais e o
Ministério Público. Ministério Público.

73
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As configurações dos espaços públicos são marcadas por diversas contradições expressas
no cotidiano das cidades. Uma dessas contradições se refere ao transitar das pessoas. Uns
desenvolvem suas atividades cotidianas a pé, outros de transporte público, outros de carro de
passeio, outros de bicicleta e outros de motocicleta.
Todas as formas de transitar refletem as desigualdades impostas pelo sistema capitalista,
que, para atender suas demandas, tem provocado mudanças dos espaços urbanos que são
reconfigurados pelo agravamento da questão social e rebatem diretamente no direito de ir e vir do
ser humano. Essas reconfigurações se materializam, principalmente, com a ausência das condições
de mobilidade para as camadas mais empobrecidas da população que, em cidades mediadas pela
violência urbana, traz em seu bojo uma das faces mais perversa desta violência, o acidente de
trânsito, que tem vitimado de forma perversa esta parcela população.
Neste contexto, a motocicleta vem se estabelecendo como um transporte que lidera as
estatísticas relativas aos acidentes de trânsito. Estes, que fazem parte do contexto da violência
urbana, são um problema de saúde pública na atualidade, deixando mortos e feridos, diariamente,
impactando em várias dimensões: econômicas, sociais e emocionais.
Conhecer a realidade desses sujeitos que transitam na motocicleta é condição essencial
para o desenvolvimento de ações que visem reduzir os índices alarmantes dos acidentes de
trânsito.
Os resultados apreendidos nesta pesquisa desvelam uma realidade onde ficam evidentes as
diferenças dos perfis dos motociclistas de Maceió, capital de Alagoas, e Arapiraca, segundo maior
município do estado. Aqui foram destacadas algumas questões apreendidas que refletem o perfil
dessa parcela da população.
Ao longo do trabalho percebeu-se que a adesão da população à motocicleta está
diretamente vinculada às facilitações para aquisição deste tipo de veículo, traduzida pelos
incentivos do governo que objetivam o aquecimento do mercado automobilístico, uma vez que a
maioria dos usuários possui baixo poder aquisitivo e utiliza a motocicleta como transporte
prioritário para desenvolver suas atividades cotidianas e laborais.
Outra questão destacada é que o gênero masculino representa a maioria dos condutores
deste veículo e, segundo as estatísticas do DETRAN, lidera os índices de infrações cometidas no
trânsito. Porém, ao se tratar do município de Arapiraca, a diferença entre os gêneros e a relação

74
com a condução da motocicleta cai, explicitando que o gênero feminino corresponde a 40% dos
condutores de motocicleta, e em Maceió o gênero feminino corresponde a apenas 5%. Diante
disto, ficam evidentes as diferenças locais entre a capital e o agreste do estado, tornando claro que
as diferenças culturais, estruturais e de configuração do espaço urbano se relacionam diretamente
com a forma de transitar.
Ainda sobre o município de Arapiraca, destaca-se que a insuficiência e ineficácia do
transporte público representam um fator de estímulo para o uso da motocicleta, inclusive
transformando esse veículo em veículo da família. Em Maceió, apesar da precariedade do
transporte público, este ainda é utilizado de forma mais contundente.
Também se destaca em Arapiraca o enorme número de condutores de motocicletas que não
passaram pelo processo de formação para conduzir veículo automotor, até porque a
condicionalidade da idade não pode ser cumprida, uma vez que a maioria dos entrevistados em
Arapiraca possui idade de dez a dezessete anos.
A pesquisa na capital do estado demonstra que 55% dos entrevistados não possuem
vínculo empregatício, dado este que reforça a situação do país, onde o trabalho precarizado e
flexibilizado representa uma tendência que desmonta as conquistas históricas da classe
trabalhadora. Outra questão evidenciada é a desproteção dessa parcela da população em relação
aos direitos previdenciários. Em Arapiraca esta realidade é de 48% uma vez se destaca que no
município de Arapiraca a pesquisa atingiu a um público que ainda, em sua maioria, se encontra em
idade escolar, e por isso não está inserido no mercado de trabalho.
Em relação ao cumprimento das normas de circulação e conduta estabelecidas no Código
de Trânsito Brasileiro, em Arapiraca 74% dos entrevistados afirmaram não cumprir as normas de
circulação e conduta e, em Maceió, 93% dos entrevistados também negaram cumprir as normas de
circulação e conduta. As regras infringidas que mais se destacam são: transitar na contramão de
direção, transitar nas calçadas e canteiros, transitar entre os veículos. Este dado reflete a falta de
cuidado com a preservação da sua vida e das outras pessoas, e a necessidade de intensificação dos
processos educativos e fiscalizadores por parte dos órgãos de trânsito. Também reflete a
necessidade de rever as penas estabelecidas pelo cometimento das infrações e crimes no espaço do
trânsito.
Quanto ao uso de álcool ou outras substâncias psicoativas na condução da motocicleta,
17% dos motociclistas de Maceió afirmaram utilizar às vezes essas substâncias, já no município
de Arapiraca 7% admitiram fazer uso esporádico de álcool ou outra substância psicoativa,

75
demonstrando também o desrespeito ao direito à vida de si próprio e de terceiros e à legislação que
estabelece que ao conduzir um veículo automotor o nível de alcoolismo deve ser zero.
Essa questão demonstra que apesar das ações efetivas no âmbito de fiscalização para
combater o uso de álcool e direção, bem como os altos valores pecuniários pagos pelos infratores,
não são obstáculos para que os mesmos persistam em adotar comportamentos ilegais e que vão de
encontro a todo o sentido da preservação da vida.
Evidencia-se que existe uma parcela significativa de pessoas que afirmaram atender o
celular conduzindo a motocicleta, sendo 21% no município de Maceió e 9% no município de
Arapiraca, representando um grande risco para ocorrência das fatalidades no trânsito. Este tipo de
comportamento vem contribuindo para que esta parcela da população seja a que mais acesse o
seguro DPVAT por invalidez permanente, sendo responsável pelo recebimento de 79% das
indenizações pagas no ano de 2017, para esta natureza de indenização.
O uso do telefone móvel é uma tendência mundial e, o não cumprimento das leis de
trânsito em relação a essa questão, se configura uma das causas mais constantes da ocorrência dos
acidentes de trânsito. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
(ABRAMET) revela que a utilização do celular ao transitar já representa a terceira maior causa de
mortes no trânsito no Brasil, ficando atrás do excesso de velocidade e do consumo de álcool pelos
condutores. A referida entidade avaliou a interferência causada no transitar com o ato de falar ao
celular no dispositivo viva voz, tão amplamente utilizado, sendo constatado que este tipo de
atitude provoca distração e falta de concentração, que são fatores potencializadores dos acidentes.
Infere-se que a adoção de medidas interventivas no âmbito da educação e de fiscalização é
fundamental para minimizar o atual quadro de acidentalidade que rebate de maneira perversa nesta
categoria, trazendo consequências irreversíveis nas condições objetivas e subjetivas de vida do
acidentado e de toda a família.
De acordo com a pesquisa, 79% dos entrevistados no município de Maceió afirmaram não
participar de nenhum grupo organizado e 78% no município de Arapiraca também relatam não
participar de nenhuma entidade organizativa.
O resultado apreendido retrata o momento contemporâneo de imobilismo social vivenciado
pela sociedade como um todo. Percebe-se a dificuldade da população de uma forma geral em se
organizar, mobilizar e articular em busca de seus direitos, gerando uma apatia social, onde as pessoas
são estimuladas ao individualismo em detrimento do coletivo.

76
Diante da realidade apresentada nos dois maiores municípios de Alagoas, fica evidente a
necessidade dos órgãos do Sistema Trânsito, por meio da articulação com a intersetorialidade,
desenvolver ações socioeducativas, de fiscalização e de engenharia de tráfego no contexto do trânsito,
uma vez que o ato de ir e vir é um direito constitucional que deverá ser assegurado pelos órgãos do
Sistema. Esse processo deverá ser contínuo, de forma ininterrupta, pois, as tragédias no trânsito,
envolvendo os motociclistas, vêm a cada dia, provocando perdas insuperáveis para várias famílias na
contemporaneidade.
Trazer para a discussão a questão do transitar nos espaços urbanos sob a ótica do sistema
capitalista, que, em uma das suas formas mais selvagens, pensa e planeja as cidades focadas
exclusivamente no crescimento econômico, no mercado imobiliário e nas indústrias, onde o solo urbano
é fonte de lucro, possibilita apreender e analisar as novas questões sociais que emergem das constantes
transformações que ocorrem no cenário urbano e rural, que, na contemporaneidade se caracteriza em
espaços de conflitos, violência, pobreza, de exclusão e de segregação espacial, social, cultural e
ambiental, principalmente para a classe trabalhadora.
Neste contexto, o enfrentamento da problemática dos espaços urbanos violadores de direitos e
que não favorecem uma mobilidade democrática, segura e com qualidade, constitui um grande desafio
para a formulação e a implantação de políticas públicas que favoreçam uma gestão democrática das
cidades.

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