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O AUTOESTUDO
E OS TIPOS DE
APRENDIZAGEM
E
T
A
P
A
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Nivelamento sobre Aprendizagem na EAD mediada por TIC
Conteudista: Ana Clarisse Alencar Barbosa
Revisão: Janicéia Pereira da Silva
_INTRODUÇÃO
Certamente, você já se deparou com uma sala repleta de alunos. Ao observá-los,
possivelmente, emergiu uma certeza: a diversidade no desenvolvimento humano é um
fato. Essa diversidade pode ser constatada por meio de simples observações. O ato
de observar torna perceptível a singularidade de cada sujeito. Assim, compreendemos
que cada um se torna singular por ser constituído por experiências próprias, por ser
resultado da própria interação com a história e a cultura que o cerca e por ser capaz de
construir novos sentidos a partir das experiências vivenciadas. Mediante essa reflexão,
emergem as questões: Qual o perfil do estudante da educação a distância (EAD)? O que
é aprendizagem? Quais os estilos de aprendizagem? Como eu aprendo? Vamos buscar
respostas para essas perguntas?
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Ao pontuar o novo aprendente, Guimarães (2012) associa o aumento de
matrículas na educação superior à elevação do poder aquisitivo de uma grande parcela
da população, que passa a sair de uma situação desfavorável para outra, com o apoio da
educação. Assim, “[...] há, marcadamente, um novo perfil socioeconômico dos estudantes
brasileiros, que aprendem de maneira diferente e desafiam o elitismo, que sempre marcou
a educação superior” (GUIMARÃES, 2012, p. 126).
Souza, Franco e Costa (2016) relacionam uma série de características que compõe
o perfil desse novo aluno, como a matrícula tardia na educação superior; a dedicação
parcial ou integral ao trabalho; os estudos no período noturno; a independência financeira
ou a participação expressiva na renda familiar; e a existência de esposos(as), filhos(as) e
parentes.
Os conhecimentos desenvolvidos durante a educação básica são diferenciados
daqueles dos universitários tradicionais, uma vez que estes são jovens adultos, adultos
ou mais velhos e possuem objetivos claros, por exemplo, melhores salários ou mudar de
profissão (SOUZA; FRANCO; COSTA, 2016).
Ainda há a descrição dos estudantes da EAD como adultos trabalhadores,
geralmente, com idades entre 25 e 50 anos, que buscam uma aprendizagem mais
orientada para a prática, possuem experiências de vida e de trabalho, apreciam ter o
controle sobre os próprios atos e entendem essa modalidade como uma rica possibilidade
de estudos, não oportunizada, a eles, quando mais jovens (SOUZA; FRANCO; COSTA,
2016).
Portanto, nessa linha sobre o perfil do estudante de EAD, temos a autodisciplina
constante, a capacidade de autoinstrução e os princípios educacionais básicos, mencionados
por Cortelazzo (2013) como: a autonomia, a habilidade de se responsabilizar por sua
própria aprendizagem, de acordo com o nível de ensino; a ação comunicativa, sendo a
ação docente e discente transformada, o estudante passa de passivo para interlocutor;
a colaboração, o compartilhamento de saberes e experiências; a acessibilidade,
dimensionada para que os materiais sejam pedagogicamente acessíveis aos estilos de
aprendizagem; e, por fim, a equidade, superando as desigualdades socioeconômicas,
educacionais, de gênero etc.
Moore e Kearsley (2011) acrescentam, a esse rol de características, os fatores
subjetivos, com destaque para a ansiedade. A inexperiência com a modalidade a distância
e o receio de não atender às expectativas pessoais e às do curso podem colaborar para
desistências. É preciso citar, também, outros perfis, quando pensamos no estudante
usuário de tecnologias, por exemplo, nativos digitais e imigrantes digitais, que são termos
utilizados para delinear os principais comportamentos dos adultos (SILVA, 2012 apud
SOUZA; FRANCO; COSTA, 2016).
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1.2 TIPOS DE APRENDIZAGENS
Aprender é uma habilidade inerente do ser vivo. Cachorros e gatos, por exemplo,
são alguns dos diversos animais capazes de aprender. No entanto, ao nos remetermos
à aprendizagem do ser humano, podemos destacar que este evolui, progressivamente,
de geração em geração, elaborando formas de interação com o mundo. Acerca da
aprendizagem, podemos evidenciar que esta ocupa lugar de destaque no cotidiano das
nossas vidas, pois aprendemos a andar, a comer, a falar, a ler, a escrever, e assim por diante.
A aprendizagem, segundo Nunes e Silveira (2009), é definida como o processo no qual a
pessoa “se apropria de” conhecimentos e habilidades. Desse modo, compreendemos que
o processo que envolve a aprendizagem possibilita a elaboração de novos conhecimentos,
os quais passam a constituir o sujeito.
Mediante o conceito destacado por Leontiev (1978), infere-se que a aprendizagem
tem sido estudada desde a antiguidade, tornando-se um conceito histórico e complexo
– histórico devido ao fato de a aprendizagem ser investigada e discutida por filósofos
e discípulos desde o início dos tempos, e complexo por conta de o processo de
aprendizagem se dar pela singularidade, que, por sua vez, está atrelada ao interesse
de cada sujeito e às relações estabelecidas por ele com o meio no qual está inserido. A
partir desse entendimento, González (2004) evidencia que a aprendizagem ocorre de
forma contínua e diversa, pois se faz presente o tempo todo, ao longo da vida e nos mais
variados contextos e situações.
Quando nos referirmos à aprendizagem na EAD, podemos destacar que “o espaço
virtual possibilita formas de aprendizagem diferenciadas das ocorridas no presencial
e os estilos de aprendizagem possuem algumas características possíveis de serem
identificadas nesse contexto” (BARROS et al., 2010, p. 138). Ainda, as formas de
aprendizagem, ou estilos de aprendizagem, fornecem importantes contribuições para o
processo de ensino-aprendizagem, pois permitem “estruturar as especificidades voltadas
às tecnologias, atendendo às necessidades dos indivíduos envolvidos no processo”
(BARROS et al., 2010, p. 137).
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Figura 1 – Como podemos aprender
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diferentes habilidades podem ser desenvolvidas. Se o professor utiliza uma abordagem
que privilegia um determinado estilo de aprendizagem, os alunos que não têm essa
mesma habilidade desenvolvida, geralmente, apresentam dificuldades no aprendizado
e podem, inclusive, perder o interesse em aprender (FELDER, 1996 apud KALATZIS;
BELHOT, 2007). Por outro lado, se o professor direciona a atenção de acordo com o estilo
de aprendizagem predominante de cada aluno, é possível levá-lo ao desenvolvimento de
outras habilidades, até então, não estimuladas.
Nesse sentido, a atenção do professor, não direcionada às preferências dos estilos
de aprendizagem dos alunos, propicia o estímulo às habilidades ainda não percebidas, o
que contribui para os melhores desempenhos acadêmico e profissional dos aprendizes
(KALATZIS; BELHOT, 2007). Estilos de aprendizagem representam preferências e
características dominantes em relação a como as pessoas recebem e processam
informações, considerando os estilos como habilidades passíveis de serem desenvolvidas
(FELDER, 1996 apud KALATZIS; BELHOT, 2007).
Na concepção dos autores, um dos principais objetivos da educação deveria ser
promover o desenvolvimento de habilidades dos aprendizes. Alguns estudantes tendem
a focalizar mais fatos, dados e algoritmos, de maneira mais descritiva, enquanto outros
se sentem mais confortáveis com teorias e modelos matemáticos (KALATZIS; BELHOT,
2007).
Alguns podem, ainda, responder, prioritariamente, às informações visuais, como
figuras, diagramas e esquemas, enquanto outros apresentam facilidade de entendimento
a partir de informações verbais – explanações orais ou escritas. Do mesmo modo que a
preferência pode ser tida das formas ativa e interativa, apresenta uma abordagem mais
introspectiva e individual entre os estilos de aprendizagem (KALATZIS; BELHOT, 2007).
Nesse sentido, as dimensões de estilos de aprendizagem, segundo Felder e Silverman
(1987), podem ser definidas como:
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• Ativos × reflexivos: os ativos aprendem a partir da experiência, tendem a reter e
a compreender informações mais eficientemente, discutindo, aplicando conceitos
e/ou explicando para outras pessoas. Gostam de trabalhar em grupos. Contudo,
os reflexivos aprendem internalizando as informações. Eles necessitam de um
tempo para pensar nas informações recebidas. Preferem os trabalhos individuais
(KALATZIS; BELHOT, 2007).
Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-R_yCI4uIIew/V4Vvv-DAoPI/AAAAAAAACc0/cQpTd8Unj-gCSC-
Jsjn2R5DY6OC6Er838ACLcB/s1600/ABAAAfU1EAE-9.jpg. Acesso em: 18 ago. 2022.
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Os quatro tipos e as respectivas perguntas são classificados como:
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Quadro 1 – Diferentes estilos de aprendizagem e dicas de como trabalhar
CARACTERÍSTICAS DICAS
Uso de cores; senso artístico; Uso de gráficos, filmes, slides,
habilidades artísticas; ilustrações, tabelas, resumos etc.
dificuldade em ouvir Criação de códigos de cores/
comandos símbolos para resumos.
ALUNOS VISUAIS
dificuldade em compreender Atividades de interpretação de
palestras. recursos gráficos.
Interpretação errônea das Palestras, diagramas e tabelas para
palavras. organização das anotações.
Informações auditivas. Uso de áudio para palestras ou livros.
ALUNOS
Dificuldade na compreensão Realização de entrevistas.
AUDITIVOS
de comandos escritos. Participação de discussões
Aprendizagem por toque/ Aprendizados experimentais. Aulas
sentido. práticas.
Dificuldade em ficar sentados Uso de simulações.
ALUNOS TÁCTICOS por longos períodos. Pausas frequentes nas horas de
OU FÍSICOS Participação em atividades estudo.
físicas. Uso do computador.
Boa coordenação e habilidade Aulas virtuais.
motora. Aprendizado com atividade motora
Estudo individualizado.
Trabalho e estudo individual.
Uso de livros, de recursos multimídia.
Interesses próprios.
Realização de projetos individuais.
ALUNOS Reflexão de si mesmos.
Ritmo de aprendizado personalizado.
AUTODIDATAS Persistentes e determinados.
Realização de trabalhos de
Busca pela originalidade.
pesquisas com interesse específico.
Forma intrapessoal
Resolução de problemas
Gosto pela leitura, escrita. Incentivo à leitura e à escrita.
Contação de estórias. Atividades de apresentação de
Facilidade de memorização de síntese para o grande grupo.
ALUNOS
nomes, lugares e datas. Escrita de textos nos mais variados
LINGUÍSTICOS
Boa fluência verbal e estilos dissertativos.
facilidade de expressão. Realização de debates de temas
Intrapessoal. polêmicos
Uso de jogos.
Gosto por experiências. Uso de categorias.
Problemas lógicos ou Criação de classificações.
ALUNOS LÓGICO
matemáticos. Padrões.
MATEMÁTICOS
Facilidade no uso de cálculos, Assuntos tratados e comprovados.
equações, estatísticas. Desenvolvimento e compreensão de
processos complexos.
Atividades com ritmo.
Canto.
Uso de sons.
Íntimos dos instrumentos.
Letras de música.
ALUNOS MUSICAIS Gosto por músicas, ritmos
Relação com estilos musicais ou
e melodias. Interação e
épocas.
compreensão de sons.
Criação de trabalhos em multimídia.
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Fluência pessoal
Interesse pelo diálogo.
Jogos em equipe.
Trabalho em grupos
Trabalhos de pesquisa em grupo.
ALUNOS Liderança.
Pequenas equipes.
GREGÁRIOS Bons ouvintes.
Debates.
Conhecimento na relação
Entrevistas.
pessoal. Organização de
eventos. Diplomáticos.
• Visual: aprendizagem por meio do uso de recursos visuais, como vídeos, aulas
expositivas, mapas, e no que diz respeito ao uso de ferramentas tecnológicas, para
que se aprenda, temos slides ilustrados, diagramas, mapas mentais ilustrados, vídeos
e flashcards.
• Auditivo: aprendizagem por meio da captação de variações sonoras, como palestras,
discursões, e no que diz respeito ao uso de ferramentas tecnológicas para que se
aprenda, temos o podcasts, posts em áudio, audiobooks e videoaulas.
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• Leitura/escrita: aprendizagem por meio de artigos, manuais, anotações feitas pelo
próprio aluno, e no que diz respeito ao uso de ferramentas tecnológicas, para que
se aprenda, temos mapas mentais, resumos, livros, PDFs, apresentação escrita dos
conteúdos na tela.
• Sinestésico: aprendizagem onde se aprende fazendo, “preferem aprender fazendo
as tarefas por si sós” (SCHMITT; DOMINGUES, 2016, p.373). E no que diz respeito ao
uso de ferramentas tecnológicas, para que se aprenda, temos o uso de laboratórios,
seja ele presencial ou virtual, encenações, demonstrações e “gostam de utilizar
o toque, o movimento e a interação com o seu ambiente” (SCHMITT; DOMINGUES,
2016, p.373).
Fonte: https://www.iniciativaeducacao.org/uploads/subcanais2_conteudos/v2_aprendiza-
gem_1780px_1780px-1.jpg. Acesso em: 19 ago. 2022.
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entre o indivíduo e o mundo que o cerca. De uma experimentação ativa e
uma experiência concreta, o indivíduo retira insumos para uma observação
reflexiva, que pode dar origem a um pensamento, uma conceituação
abstrata, conforme figura abaixo:
Figura 4 – Ciclo de Kolb
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Portanto, na prática, o Quadro 2 mostra como seriam as atividades integradas ao
processo de aprendizagem do sujeito, segundo Kolb (1984):
O estilo de aprendizagem, proposto por Dunn e Dunn (1978), é composto por “um
conjunto de condições por meio das quais os sujeitos começam a concentrar, absorver,
processar e reter informações e habilidades novas ou difíceis” (SCHMITT; DOMINGUES,
2016, p. 363). De acordo com Schmitt e Domingues (2016, p. 374), “os sujeitos respondem
a estímulos ambientais, emocionais, sociais, físicos, psicológicos, categorias sob as quais
estão agrupadas diferentes condições que afetam a aprendizagem”.
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Então, que tal tentarmos fazer um resumo de tudo que conversamos até aqui?
Fonte: https://images6.content-hci.com/commimg/myhotcourses/blog-inline/myhc_60476.jpg.
Acesso em: 19 ago. 2022.
Você gosta de ler? Você presta mais atenção no que está escrito na lousa ou nos
slides do que no que o professor está dizendo? Você gosta de fazer anotações escritas
durante as aulas? Nesse estilo, há a retenção da mensagem a partir da visualização de
imagens (BELLANI, 2016).
Visual: fazer anotações durante as aulas expositivas, usar mapas mentais para
consolidar o aprendizado, utilizar canetas coloridas para anotar, usar marca textos
coloridos para grifar conteúdos específicos.
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1.2.2 ESTILO AUDITIVO
Figura 6 – Auditivo
Fonte: https://images6.content-hci.com/commimg/myhotcourses/blog-inline/myhc_60474.jpg.
Acesso em: 19 ago. 2022.
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1.2.3 ESTILO CINESTÉSICO
Figura 7 – Cinestésico
Fonte: https://images2.content-hci.com/commimg/myhotcourses/blog-inline/myhc_60475.jpg.
Acesso em: 19 ago. 2022.
Você prefere abordagens mais práticas para aprender? Você se sai melhor em
disciplinas que requerem movimento, como fotografia, educação física e aulas em
laboratórios? Dessa forma, associam-se as informações recebidas ao movimento corporal
(BELLANI, 2016).
Cinestésico: fazer alongamentos durante um estudo e outro ou, simplesmente,
sair para buscar um copo de água; faça experimentações do que você está aprendendo.
NA PRÁTICA!
Ao longo desta etapa, você é convidado a realizar o teste on-line para conhecer o seu
estilo de aprendizagem e complementar esse tema.
Aproveite esta oportunidade para se conhecer melhor!
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1.3 ABORDAGENS PEDAGÓGICAS
CONTEMPORÂNEAS
Nesta seção, compreenderemos que a aprendizagem ocorre de forma diferente
para cada sujeito, afinal somos diferentes. Por que, então, insistimos, muitas vezes, em
ensinar a todos da mesma forma?
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Para melhor compreensão, apresentaremos um breve resumo do que é a
aprendizagem significativa e como você poderá aplicá-la na instituição de ensino. O
texto apresentado, a seguir, foi adaptado de: https://blog.saraivaeducacao.com.br/
aprendizagem-significativa/.
_O QUE É, AFINAL,
APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA?
Podemos considerar a aprendizagem significativa aquela em que as ideias
expressas de maneira simbólica interagem de forma substantiva e não
arbitrária com aquilo que o estudante já sabe. Para compreender melhor essa
definição, você confere, a seguir, os conceitos de não arbitrariedade e substantividade,
segundo Ausubel.
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Assim como em outras teorias educacionais de base construtivista, o que o aluno
já conhece é um fator importantíssimo para os processos de aprendizagem
significativos. Dessa forma, Ausubel se baseia nessa premissa e considera que os
conhecimentos prévios dos alunos podem atuar como pontos de ancoragem de novas
ideias.
De forma resumida, podemos considerar que a aprendizagem significativa se dá
com a atribuição de significado a um novo conhecimento a partir da relação
deste com os conhecimentos prévios do estudante.
_QUAIS OS TIPOS
DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA?
Existem diferentes formas de como a aprendizagem significativa pode ocorrer.
Entre elas, estão:
APRENDIZAGEM REPRESENTACIONAL
APRENDIZAGEM CONCEITUAL
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APRENDIZAGEM PROPOSICIONAL
APRENDIZAGEM SUBORDINADA
APRENDIZAGEM SUPERORDENADA
APRENDIZAGEM COMBINATÓRIA
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_CONHEÇA SETE
CARACTERÍSTICAS DE
UMA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
Agora que você já sabe o que e quais são os tipos de aprendizagem significativa,
que tal saber mais sobre as suas características? A partir disso, você poderá olhar para
os processos significativos que deseja implementar, na sua instituição ou sala
de aula, e compreender se estão aderentes ao que preconiza essa técnica.
Com isso, você poderá identificar em qual medida já implementa esses
atributos e quais são os pontos de melhoria, ou seja, aqueles em que ainda há dificuldade
de aderir em sua prática profissional.
Separamos sete características que são centrais para conhecer um pouco mais
sobre esse método de ensino-aprendizagem. Confira:
Nesse caso, a palavra “relações” não está conectada apenas às vivências coletivas
e aos relacionamentos, mas à forma como o sujeito conecta situações já vividas
àquelas que vê pela primeira vez. É como estudar os critérios para montarmos um quebra-
cabeça. A escolha das peças pela sua cor ou formato está ligada ao conhecimento
prévio de que as peças possuem encaixes únicos e/ou que já existe um conjunto de peças
com aquele esquema de cores. Dessa forma, acabamos completando informações
com o que já sabemos ou conhecemos – uma maneira de contribuir para a organização do
caos, que é o desconhecido. Com isso, os marcos conceituais tornam-se nossa referência
para seguir em uma trilha de aprendizado.
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que contemplem a complexidade da criação de uma rede de relações na aprendizagem
significativa.
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6. O MATERIAL NÃO PODE SER ESCOLHIDO ARBITRARIAMENTE
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A educação a distância é um dos exemplos disso. Alguns alunos podem passar
o curso inteiro sem conhecer os professores e colegas pessoalmente, mas, ainda assim,
desenvolver vínculos e conhecer um pouco mais da realidade dos outros discentes e
docentes.
A tecnologia na educação pode ser benéfica, porque insere a instituição de ensino
superior (IES) em um contexto de inovação. Em um momento que há quebra de modos
certos ou errados de ensinar, e mudança de métodos pela inserção dessas tecnologias,
pode ficar mais fácil conduzir a jornada de ensino-aprendizado em uma dimensão
significativa.
A conexão com a internet e as novas tecnologias nos dão uma dimensão ainda
maior dos diferentes perfis que compõem as turmas das IES, fazendo com que
possamos pensar em um ensino mais personalizado, com trocas valiosas.
Um ponto de atenção é a habilidade dos professores em acompanhar essas
mudanças. É preciso capacitá-los para que façam uso adequado da tecnologia,
promovendo melhorias no processo de ensino-aprendizagem.
A abertura para que o aluno proponha e ensine também pode ser um ponto extra
para a educação alinhada à tecnologia. A curiosidade e a motivação dos estudantes
são atributos essenciais da aprendizagem significativa.
A construção do conhecimento dos alunos precisa passar pelo uso de tecnologias.
Isso os prepara para os desafios profissionais que irão enfrentar em suas jornadas,
tornando-os mais capacitados para o mercado de trabalho.
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Afinal, é uma técnica muito versátil. Por ser contextual, valorizar as experiências
e por preconizar a construção do conhecimento, a aprendizagem significativa é um
trunfo em relação à formação dos estudantes, que poderão aplicar seus conceitos em
seu processo de formação contínua.
O aprendizado do aluno não termina na sala de aula ou no ato de sua formatura. A
vida é uma oportunidade de aprendizado, e levar uma metodologia significativa
para o ambiente de trabalho pode ser uma oportunidade de demonstrar maturidade e
compreensão sobre o contexto em que está inserido.
A aplicação da aprendizagem significativa no ensino superior pode se dar a partir
do uso de metodologias ativas, como exemplificaremos mais adiante. Isso pode
ajudar na retenção dos alunos, já que traz leveza para as aulas.
A vida acadêmica adulta é diferente de quando somos jovens estudantes. As
crianças estão em um processo de absorção e assimilação maior de seu entorno. Já o
adulto traz uma série de experiências e vivências, que precisam ser consideradas.
Isso faz com que o aluno se sinta parte importante do caminho de aprendizado,
aumentando a chance de sucesso das estratégias empregadas pelo professor em sala
de aula.
_QUAL A IMPORTÂNCIA
DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA?
Como vimos, esse tipo de aprendizagem ocorre apenas se o aluno vê relevância
na situação e relaciona os novos conhecimentos para as suas concepções prévias.
Nessas condições, ele é capaz de absorver e interiorizar as novas informações com maior
facilidade e profundidade.
Além disso, a aprendizagem significativa possibilita que os alunos aprendam
de diferentes formas, apliquem distintos tipos de inteligência e se expressem
de variados modos. Isso oferece maior liberdade, independência e autonomia para que
os alunos realmente aprendam da melhor forma para cada um.
Para saber como aplicar a aprendizagem significativa na sua instituição de
educação ou em sua sala de aula e como estimular essa autonomia dos alunos, continue
a leitura!
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COMO APLICAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?
MAPAS CONCEITUAIS
Conhecidos também como mapas mentais, os mapas conceituais são uma excelente
ferramenta para aplicação da aprendizagem significativa. Essa técnica foi desenvolvida
por Joseph D. Novak e outros pesquisadores e professores da Universidade de Cornell,
nos Estados Unidos, na década de 1970.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-lNqjSLG8iKM/TgiYkB3Wa9I/AAAAAAAAABA/MIHnK-KzrCs/s400/
mapa+conceitual.jpg. Acesso em: 19 ago. 2022.
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Eles podem ser considerados um tipo de diagrama que tem como objetivo estimular
a memorização e o aprendizado a partir da gestão de informações e de conhecimento.
Isso porque, com esses mapas, é possível traçar uma representação visual das
relações entre conceitos ou informações.
Dessa forma, os estudantes podem relacionar novos conhecimentos com aqueles
preexistentes, adicionando e estabelecendo um contexto para concretizar novos
significados.
Além de permitir uma maior construção de informações e entendimento dos
estudantes, ao propor aos alunos a produção de mapas mentais, os professores também
estimulam o protagonismo dos estudantes em seus próprios processos de aprendizagem.
1.3.2 NEUROPSICOLOGIA
Figura 9 – Neuropsicologia
Fonte: https://www.lifeder.com/wp-content/uploads/2020/02/cerebro-neuronas-imagen-696x392.
jpg. Acesso em: 20 ago. 2022.
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1.3.2.1 A Neuropsicologia: algumas
definições
Inúmeras definições de neuropsicologia se complementam e delineiam o seu campo
de investigação e atuação. A pluralidade identificada no uso do termo e a diferença entre
as definições se atrelam à constatação de que a Neuropsicologia é uma área de fronteira
com inúmeras disciplinas. Portanto, possui um caráter eminentemente interdisciplinar,
incorporando conceitos e técnicas de disciplinas básicas, como a neuroanatomia,
neurofisiologia, neuroquímica e neurofarmacologia, bem como disciplinas de aplicação,
como a psicometria, a psicologia clínica e experimental, a psicopatologia e a psicologia
cognitiva (HAZIN et al., 2018).
O termo neuropsicologia foi utilizado pela primeira vez por Sir William Osler, em
1913, numa conferência nos Estados Unidos. Também surgiu no subtítulo da obra de
1949 de Donald Hebb (The Organization of Behavior: A Neuropsychological Theory).
Entretanto, a neuropsicologia começa a delinear-se enquanto uma disciplina científica
a partir da chamada abordagem clínica clássica (final dos anos de 1800), caracterizada
pela observação e realização de estudos clínicos de pacientes com lesões neurológicas e
alterações cognitivas (HAZIN et al., 2018).
Nesse contexto, podemos destacar que o domínio neuropsicológico pode ser
compreendido a partir de três vertentes complementares, sendo elas:
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A Neuropsicologia Experimental tem como objeto de investigação as relações
entre, de um lado, a estrutura e o funcionamento do encéfalo, de outro, os processos
psicológicos superiores. O objetivo maior da Neuropsicologia Clínica consiste na
avaliação das capacidades cognitivas deficitárias, estabelecendo igualmente as funções
preservadas, contribuindo assim para a organização e implementação de um programa
de reabilitação neuropsicológica em indivíduos com queixas associadas a condições
neurológicas específicas (HAZIN et al., 2018).
A Neuropsicologia Clínica se debruça sobre estratégias clínicas de observação
e intervenção junto a diversos grupos. A compreensão das diferenças e das conexões
entre esses dois domínios, experimental e clínico, torna-se essencial para compreender
tanto a trajetória histórica da Neuropsicologia quanto as questões atuais sobre a
capacitação profissional nesses domínios distintos (HAZIN et al., 2018).
Nesse contexto, vale destacar que a intervenção neuropsicológica contempla dois
processos interligados: a avaliação e a reabilitação de funções cognitivas.
A avaliação consiste na investigação do perfil cognitivo individual, considerando
os déficits e as funções preservadas. Comumente, são avaliadas as funções receptivas
(habilidades de selecionar, adquirir, processar e integrar informações a partir de visão,
audição e somestesia); memória e aprendizagem; organização mental e reorganização
da informação; e as funções expressivas (meios nos quais a informação é comunicada ou
colocada em ação); entre outras (HAZIN et al., 2018).
Atenção: somestesia é uma palavra que vem do latim soma (corpo) e aesthesia
(sensibilidade). É a capacidade que os seres humanos e animais têm de receber
informações do meio externo e interno.
_Afinal, o que é a
Neuropsicologia?
Para melhor compreensão, apresentaremos um breve resumo sobre a
neuropsicologia. O texto apresentado, a seguir, foi adaptado de: https://mirandacristiane.
com.br/neuropsicologia-e-aprendizagem/. Vamos lá?
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NEUROPSICOLOGIA E APRENDIZAGEM – CONHEÇA A RELAÇÃO
O QUE É NEUROPSICOLOGIA?
_NEUROPSICOLOGIA E
APRENDIZAGEM – SAIBA
MAIS SOBRE ESTA
RELAÇÃO
Algumas alterações cognitivas e comportamentais podem ser observadas ainda
na fase pré-escolar da criança, como hiperatividade, déficit de atenção, disfunções na
motricidade, na compreensão auditiva e na memória. Já os distúrbios de aprendizagem só
podem ser identificados após a alfabetização da criança, incluindo a dislexia, a disgrafia,
a discalculia e a disortografia, por exemplo.
Embora as crianças demonstrem alguns sinais desses transtornos em casa, é na
escola que eles se tornam mais evidentes, quando os educadores notam a dificuldade do
pequeno em acompanhar o ritmo da turma. Geralmente, os educadores são os primeiros a
identificar as alterações comportamentais da criança, pois podem compará-la com outras
crianças da mesma faixa etária, que seguem o curso dentro do esperado.
Os pais, especialmente os de primeira viagem, muitas vezes não dão a devida
atenção aos sinais, em função da falta de experiência com crianças, acreditando que os
distúrbios comportamentais irão embora à medida que a criança amadurece. Em alguns
casos, essas crianças evoluem positivamente, de fato. No entanto, em muitos casos
esses distúrbios prevalecem e há a necessidade de uma avaliação especializada para
identificar a causa das alterações comportamentais – é aí que entra a importância da
sinalização do professor de que algo está errado.
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As alterações de comportamento e de aprendizagem incluem:
• desatenção constante;
• hiperatividade;
• falta de concentração;
• impulsividade;
• dificuldade em acompanhar o restante da turma;
• isolamento;
• autoagressão;
• hábitos estereotipados, como sacudir as mãos, lamber os sapatos ou o chão ou
envolver-se em situações de risco sem perceber.
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
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Antes disso, a atividade humana e a atividade intelectual eram termos puramente mentais
e abstratos, fundamentados em relações empíricas entre percepção e associação.
Ainda de acordo com Haase et al. (2012, p. 4), “Luria propõe uma localização
dinâmica das funções cognitivas, afirmando que os processos mentais humanos são
sistemas funcionais complexos e integrados”. Portanto, Luria afirma que, a partir de
alterações sociais ou comunitárias, teremos maior compreensão do dinamismo que
envolve as atividades mentais e o desenvolvimento do cérebro.
Dessa forma, o cérebro influencia em nossas funções cognitivas que incluem:
atenção; memória; capacidade de julgamento; raciocínio; comportamento; e emoções.
Para Freitas e Cardoso (2018, p. 170 apud SILVA, 2020), a neuropsicologia é “[...] uma
fonte importante de ferramentas para a promoção da equidade educacional”; quando
associada à educação inclusiva:
32
_REFERÊNCIAS
AUSUBEL, D. P. Educational psychology: a cognitive view. New York: Holt,
Rinehart and Winston, 1968.
33
FREITAS, P. M. de; CARDOSO, T. G. da S. Contribuições da Neuropsicologia para a inclusão
educacional: como enfatizar as potencialidades diante das deficiências? APRENDER
– Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, Vitória da Conquista, v. 1, n.
14, p. 153-173, jan./jun. 2015. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/
aprender/issue/view/245. Acesso em: 1 ago. 2022.
34
NUNES, A. I. B. L.; SILVEIRA, R. do N. Psicologia da aprendizagem: processos,
teorias e contextos. Brasília: Líber Livro, 2009.
35