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Édito de Milão
Edictum mediolanense
Signatário(a)(s) Constantino, Licínio
Criado 13 de junho de 313 (1 710 anos)
Ratificação 313
História
Busto do imperador Constantino
Texto
Édito de Milão, março de 313.[12][5]
“
Nós, Constantino e Licínio, imperadores, encontrando-nos em Milão para
conferenciar a respeito do bem e da segurança do império, decidimos que,
entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa
primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, os cristãos
inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua
preferência. Assim qualquer divindade que no céu mora ser-nos-á propícia a
nós e a todos nossos súbditos.
Decretamos, portanto, que, não obstante a existência de anteriores instruções
relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam
autorizados a abraçá-la sem estorvo ou empecilho, e que ninguém
absolutamente os impeça ou moleste... . Observai, outrossim, que também
todos os demais terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas
religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que
asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e
eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e
seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas
estabelecidas já sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela
presente, que todos os que compraram esses locais os restituam aos cristãos
sem qualquer pretensão a pagamento... [as igrejas recebidas como donativo e
os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os
proprietários, porém, podiam requerer compensação.
Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenanças a favor dos
cristãos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização
de nosso propósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o
favor divino, já experimentado em empreendimentos momentosíssimos,
outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum.
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Justiniano
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Nota: Para outros significados, veja Justiniano (desambiguação).
Este artigo cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude
a inserir referências. Conteúdo não verificável pode ser removido.—
Encontre fontes: ABW • CAPES • Google (N • L • A) (Abril de 2017)
Justiniano I
Imperador Bizantino
Reinado 1 de abril de 527
a 14 de novembro de 565
Coroação 1 de abril de 527
Sucessor Justino II
Nascimento c. 482
Taurésio, Dardânia, Império Bizantino
Morte 14 de novembro de 565 (83 anos)
Constantinopla
Nome completo
Flávio Pedro Sabácio Justiniano
Esposa Teodora
Dinastia Justiniana
Pai Sabácio
Mãe Vigilancia
Ideologia imperial
Administração de Justiniano
Assuntos religiosos
São Justiniano, o Grande
Uma ilustração do livro de um anjo mostra um modelo de Hagia
Sophia para Justiniano em uma visão.
Emperador
Reconstituição territorial
Império Bizantino em 550. A parte mais clara representa as conquistas de Justiniano
Morte
O autoritarismo e os altos impostos fizeram com que a população respirasse
aliviada com a notícia da morte de Justiniano (Constantinopla, 565). Foi
sepultado ao lado de sua amada imperatriz Teodora na Igreja dos Santos
Apóstolos (igreja onde repousavam as relíquias dos apóstolos, imperatrizes e
imperadores bizantinos, patriarcas da Igreja Ortodoxa Grega) em
Constantinopla.
Notas
1. ↑ A denominação "Império Bizantino" é um exônimo criado pelo historiador Jerome Wolf
no século XVI e finalmente adotado no século XIX para designar o Império Romano
Oriental resultante da divisão final do Império Romano em 395. Contudo, os bizantinos
reconheceram-se a si próprios como romanos, especialmente durante o tempo de
Justiniano, quando a herança da Roma antiga ainda era particularmente forte. Como
resultado, os termos romano e bizantino podem ser utilizados alternadamente para se
referir ao Império Romano Oriental e aos seus habitantes, especialmente nos primeiros
séculos da sua existência, embora os historiadores modernos tendam a preferir o termo
bizantino.
2. ↑ Numa carta dirigida ao Papa em 521, ele refere-se ao Império como "o nosso estado".
3. ↑ Em Constantinopla existiam organizações desportivas rivais, que defendiam suas cores
no hipódromo, onde a rivalidade desportiva refletia divergências sociais, políticas, e
religiosas. Eram os Verdes, os Azuis, os Brancos e os Vermelhos. Esses grupos haviam-se
transformado em "partidos políticos". Os Azuis reuniam representantes dos grandes
proprietários rurais e da ortodoxia da Igreja Romana; já os Verdes, em matéria política,
eram partidários da democracia pura ou anárquica, e incluíam em suas fileiras altos
funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes, artesãos e adeptos da doutrina
monofisista (que queria ver em Jesus Cristo apenas a natureza divina), condenada pelo
Concílio de Calcedônia.
4. ↑ Expressão francesa para a pessoa que recém ascende a uma classe sócio-econômica
melhor.
Referências
1. ↑ Treadgold et al. 1997, p. 246.
2. ↑ Tate et al. 2004, p. 79.
3. ↑ Tate et al. 2004, p. 77.
4. ↑ Ir para:a b Maraval et al. 2016, p. 41.
5. ↑ Moorhead et al. 1994, p. 18.
6. ↑ Maraval et al. 2016, p. 42.
7. ↑ Brian Croke (2007). «Justinian under Justin. Reconfiguring a Reign». Byzantinische
Zeitschrift (em inglês). 100: 13-56
8. ↑ Ir para:a b Maraval et al. 2016, p. 43.
9. ↑ Kaplan et al. 2016, p. 99.
10. ↑ Kaplan et al. 2016, p. 100-101.
11. ↑ Maraval et al. 2016, p. 66.
12. ↑ Maraval et al. 2016, p. 68.
13. ↑ Diehl et al. 1901, p. 188.
14. ↑ Ir para:a b Tate et al. 2004, p. 836.
15. ↑ Tate et al. 2004, p. 334.
16. ↑ Procope de Césarée, Histoire secrète, VIII, 24, 26.
17. ↑ Maraval et al. 2016, p. 67.
18. ↑ Ostrogorski et al. 1996, p. 99.
19. ↑ Tate et al. 2004, p. 353-364.
20. ↑ Cheynet et al. 2012, p. 31-32.
21. ↑ Tate et al. 2004, p. 348-351.
22. ↑ Tate et al. 2004, p. 340.
23. ↑ Tate et al. 2004, p. 387.
24. ↑ Maraval et al. 2016, p. 105.
25. ↑ Tate et al. 2004, p. 341, 826.
26. ↑ Maraval et al. 2016, p. 102-103.
27. ↑ Tate et al. 2004, p. 343.
28. ↑ Maraval et al. 2016, p. 101.
29. ↑ Tate et al. 2004, p. 826-827.
30. ↑ Ir para:a b c d FRANCO JR., Hilário; FILHO, Ruy de Oliveira Andrade. Império Bizantino. [S.l.]:
Coleção Tudo é História, nº 107, Ed. Brasiliense
31. ↑ Ir para:a b c d e Durant, Will (2002). História da civilização, vol. IV: A idade da fé. Rio de
Janeiro: Record
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33. ↑ Lemerle, Paul (1991). História de Bizâncio. São Paulo: Martins Fontes
34. ↑ «Biografia de Justiniano - eBiografia». eBiografia
35. ↑ Ir para:a b César Fiuza (2008). Direito Civil curso completo. [S.l.]: Del Rey. 62 páginas. 978-
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36. ↑ Ir para:a b c Castro, Flávia Lages de (2017). História do Direito - Geral E Do Brasil. São
Paulo: Lumen Juris. 570 páginas
37. ↑ Pedrero-Sánchez, Maria Guadalupe (2000). História da Idade Média. [S.l.]: UNESP
Bibliografia
Fontes primárias
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Procope de Césarée (2011). Constructions de Justinien Ier. Traduzido por Denis Roques. [S.l.]:
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Jordanès (1995). Histoire des Goths. Traduzido por Olivier Devillers. [S.l.]: Belles
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le Lydien, Jean (2006). Des magistratures de l'État romain. Traduzido por Jacques Schamp.
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Malales, Ioannes (2000). Chronographia. Col: Corpus Fontium Historiae Byzantinæ, Series
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Didderen, Jean-Christophe; Teurfs, Christian (2007). Corippe, La Johannide ou Sur les guerres
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le Rhéteur, Zacharie (1924–1925). Historia ecclesiastica (em latim). [S.l.]: E.W. Brooks
Haldon, John F. (1999). Warfare, State and Society in the Byzantine World, 565-1204. Londres:
University College London Press. ISBN 1-85728-495-X
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Visão geral
O Primeiro Concílio de Niceia foi o primeiro concílio ecumênico da Igreja.
[10]
Seus feitos resultaram em um dos primeiros símbolos da fé e doutrina cristã,
chamado de Credo Niceno. Com a criação deste credo, estabeleceu-se um
precedente para os concílios locais e regionais subsequentes (Sínodos),
realizados pelos bispos, para criar declarações de crença
e cânones da ortodoxia doutrinária — com a intenção de definir a unidade das
crenças para toda a cristandade.
Derivado do grego koiné (em grego: οἰκουμένη; romaniz.: oikouménē , "o
habitado"), "ecumênico" significa "no mundo todo; de âmbito geral, universal".
O termo, de modo geral, foi usado para se referir à Terra conhecida e habitada,
[11]
o que naquele momento da história se referia em grande parte ao Império
Romano. Os primeiros usos do termo aplicados a um concílio são em "Vida de
Constantino", escrito por Eusébio de Cesareia[12] em torno de 338, no qual ele
afirma que "ele convocou um concílio ecumênico" (em grego: σύνοδον
οἰκουμενικὴν συνεκρότει; romaniz.: sýnodon oikoumenikḕn synekrótei),[13] e numa
carta ao Papa Dâmaso I e aos bispos latinos do Primeiro Concílio de
Constantinopla em 382.[14]
Um dos propósitos do concílio foi resolver as divergências que surgiram dentro
da Igreja de Alexandria sobre a natureza de Jesus e sua relação com o Pai.
Discussões sobre a origem do Filho envolveram dois posicionamentos: se ele
não teve começo e foi gerado pelo Pai a partir de seu próprio ser ou se teve
começo e foi criado do nada.[15] Alexandre e Atanásio, ambos de Alexandria,
tomaram a primeira posição e o popular presbítero Ário, de quem vem o
termo arianismo, tomou a segunda. O concílio decidiu, esmagadoramente,
contra os arianos. De aproximadamente 318 participantes, todos, com exceção
de dois, concordaram em assinar o credo e estes dois, juntamente com Ário,
foram banidos para a Ilíria.[10][16]
Outro resultado do concílio foi um acordo sobre quando celebrar a Páscoa, a
mais importante festa do calendário eclesiástico, decretado em uma epístola
à Igreja de Alexandria na qual se diz:
“ ”
Nós também lhe enviamos as boas novas do acordo relativo à sagrada Páscoa, isto
é, em resposta às suas orações, esta questão também foi resolvida. Todos os irmãos
do Oriente que até o momento seguiram a prática judaica, a partir de agora,
observarão o costume dos romanos e de vocês e de todos nós que, desde os tempos
antigos, mantivemos a Páscoa juntamente convosco.[17]
Características e propósitos
O primeiro Concílio de Nicéia da Crônica de Manasses
Participantes
Agenda e procedimentos
Constantino, o Grande, convocou os bispos da igreja cristã para Niceia (mosaico localizado
na Basílica de Santa Sofia, Istambul, antiga Constantinopla)
Controvérsia ariana
Ver artigos principais: Ário, Arianismo e Controvérsia ariana
Constantino I e a queima dos livros arianos, ilustração de um compêndio do norte da Itália sobre o
direito canônico
O Concílio de Niceia, com Ário descrito como derrotado pelo concílio, deitado sob os pés
do Imperador Constantino I
Credo Niceno
Ver artigo principal: Credo Niceno
Cálculo da Páscoa
Ver artigo principal: Quartodecimanismo
A festa da Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica e à festa dos pães
ázimos, pois os cristãos acreditam que a crucificação e a ressurreição de Jesus
ocorreram no tempo dessas observâncias. Já no pontificado do papa Sisto I,
alguns cristãos colocaram a Páscoa em um domingo no mês lunar de nissan.
Para determinar qual mês lunar deveria ser designado como nissan, os cristãos
confiavam na comunidade judaica. No final do terceiro século, alguns cristãos
começaram a expressar insatisfação com o que consideravam ser o estado
desordenado do calendário judaico. Eles argumentaram que os judeus
contemporâneos estavam identificando incorretamente o mês de nissan,
escolhendo um mês cujo décimo quarto dia caía antes do equinócio da
primavera.[54]
Os cristãos, argumentavam alguns pensadores, deveriam abandonar o
costume de confiar nos judeus e fazer seus próprios cálculos para determinar
qual mês deveria ser denominado nissan, definindo a Páscoa dentro desse
sistema independente, um nissan cristão, que sempre determinaria a data
depois do equinócio. Eles justificaram essa ruptura com a tradição
argumentando que era, de fato, o calendário judaico contemporâneo que
rompera com a tradição ao ignorar o equinócio e que nos tempos antigos o
décimo quarto dia de nissan nunca havia precedido o equinócio.[55] Outros
achavam que a prática costumeira de confiar no calendário judaico deveria
continuar, mesmo se os cálculos judaicos estivessem errados do ponto de vista
cristão.[56]
A controvérsia entre aqueles que defendiam os cálculos independentes e
aqueles que defendiam a confiança contínua no calendário judaico, conhecido
como quartodecimanos, foi formalmente resolvida pelo concílio, que endossou
o procedimento independente que esteve em uso por algum tempo em Roma e
Alexandria. A Páscoa deveria ser um domingo em um mês lunar escolhido de
acordo com critérios cristãos — com efeito, um nissan cristão — e não no mês
de nissan definido pelos judeus.[8] Aqueles que defendiam a confiança contínua
no calendário judaico foram convidados a aderir à posição majoritária. Que eles
não o fizeram imediatamente é revelado pela existência de sermões,
[57]
cânones,[58] e tratados[59] escritos contra essa prática no final do século IV.
Essas duas regras, independência do calendário judaico e uniformidade
universal, eram as únicas regras para a Páscoa explicitamente estabelecidas
pelo concílio. Nenhum detalhe para o cálculo foi especificado; estes foram
trabalhados na prática, um processo que levou séculos e gerou uma série
de controvérsias (ver também cálculo da Páscoa). O concílio aparentemente
não determinou que a Páscoa deve cair no domingo, por exemplo. [60]
O concílio também não decretou que a Páscoa nunca deveria coincidir com
décimo quarto dia de nissan (o primeiro dia dos pães sem fermento, agora
comumente chamado de "Páscoa") do calendário hebraico. Ao endossar a
mudança para cálculos independentes, o concílio separou o cálculo da Páscoa
de toda dependência, positiva ou negativa, do calendário judaico. A alegação
de que a Páscoa deve sempre seguir o décimo quarto dia de nissan no
calendário hebraico, não foi formulada até depois de alguns séculos. Naquela
época, o acúmulo de erros no calendário juliano solar e lunar havia feito com
que a Páscoa sempre estivesse próxima ao décimo quarto dia de nissan do
calendário hebraico.[61]
Cisma meleciano
Ver artigo principal: Melécio de Licópolis
A supressão do cisma meleciano foi outro assunto importante que antecedeu o
Concílio de Niceia. Foi decidido que Melécio deveria permanecer em sua
própria cidade, Licópolis no Egito, mas sem exercer autoridade ou o poder
de ordenar novos membros para o clero; ele foi proibido de entrar nos
arredores da cidade ou de se dirigir para outra diocese com o propósito de
ordenar seus súditos. Melécio reteve seu título episcopal, mas os clérigos
ordenados por ele deviam receber novamente a imposição das mãos, o que de
fato invalidou as ordenações realizadas por Melécio. O clero ordenado por
Melécio recebeu ordens de dar precedência àqueles ordenados por Alexandre
e de não realizarem nenhuma ação sem o consentimento do bispo Alexandre. [62]
No caso da morte de um bispo não-meleciano ou eclesiástico, a sé
episcopal desocupada poderia ser entregue a um meleciano, desde que ele
fosse digno e a eleição popular fosse ratificada por Alexandre. Quanto ao
próprio Melécio, os direitos e prerrogativas episcopais lhe foram retirados.
Essas medidas brandas, no entanto, foram em vão; os melecianos juntaram-se
aos arianos e causaram mais discórdia do que nunca, estando entre os piores
inimigos de Atanásio. Os melecianos finalmente acabaram extintos em meados
do século V.
Efeitos do concílio
Um afresco representando o
Primeiro Concílio de Nicéia no
Vaticano
Função de
Constantino
O cristianismo era ilegal no
Império Romano até que os
imperadores Constantino e
Licínio concordaram, em
313, em legalizá-lo através
do chamado "Édito de
Milão". No entanto, o
cristianismo niceno não se
tornou a religião do estado
do Império Romano até
o Édito de Tessalônica em
380. Nesse meio tempo, o
paganismo permaneceu
legal e presente nos
assuntos públicos. As
moedas cunhadas por
Constantino e por outros
motivos oficiais, até o
Concílio de Niceia, ainda
afiliavam-no ao culto pagão
do Sol Invicto. Inicialmente,
Constantino encorajou a
construção de novos templos
pagãos[66] e tolerou sacrifícios
tradicionais.[67] Mais tarde em
seu reinado, ele deu ordens
para a pilhagem e a
demolição dos templos
romanos.[68][69][70]
A função de Constantino em
relação a Niceia era o de
supremo líder civil e
autoridade no império. Como
imperador, a
responsabilidade de manter
a ordem civil era dele, e ele
procurou que a Igreja se
mantivesse unida e em paz.
Quando foi informado pela
primeira vez sobre os
distúrbios em Alexandria
devido às disputas arianas,
ele ficou "muito
perturbado" e repreendeu
Ário e o bispo Alexandre por
terem originado a
perturbação e por terem
permitido que ela se
tornasse pública.
[71]
Consciente também da
diversidade de opinião em
relação à celebração da
Páscoa e na esperança de
resolver ambas as questões,
ele enviou o bispo Ósio de
Córdoba (Hispânia) para
formar um concílio da Igreja
local e "reconciliar aqueles
que estavam divididos".
[71]
Quando essa embaixada
falhou, ele procurou
convocar um concílio em
Niceia, convidando "os
homens mais eminentes das
igrejas de todos os países".[72]
Constantino ajudou na
montagem do concílio,
organizando as despesas de
viagem dos bispos, bem
como a hospedagem em
Niceia, para que fossem
cobertas com fundos
públicos.[73] Ele também
forneceu e mobiliou um
grande salão no palácio
como um local para
discussão, para que os
participantes fossem
tratados com dignidade.[73] Ao
dirigir-se à abertura do
concílio, ele "exortou os
bispos a unanimidade e
concórdia" e pediu-lhes que
seguissem as sagradas
escrituras: "Deixe, então,
toda disputa contenciosa ser
descartada; e procuremos
na palavra divinamente
inspirada a solução das
questões em discussão."[73]
Então, o debate sobre Ário e
a doutrina da Igreja
começou. "O imperador deu
atenção paciente aos
discursos de ambas as
partes" e deferiu a decisão
aos bispos.[74] Este foi o início
da prática de usar o poder
secular para estabelecer
a ortodoxia doutrinária no
seio do cristianismo, um
exemplo seguido por todos
os imperadores cristãos
posteriores, que levou a um
círculo de violência e
resistência cristã expressa
em termos de martírio.[75]
Equívocos
Cânone bíblico
Ver artigo
principal: Cânone da Bíblia
Não há registro de qualquer
discussão sobre o cânone
bíblico no concílio.
[76]
O desenvolvimento do
cânone da Bíblia levou
séculos e estava quase
completo (com exceções
conhecidas como
"Antilegomena", textos
escritos cuja autenticidade
ou valor é contestado) no
momento em que o Cânone
Muratori foi escrito.[77]
Em 331, Constantino
comissionou cinquenta
Bíblias para a Igreja de
Constantinopla, mas pouco
se sabe sobre isso (na
verdade, não é sequer certo
se seu pedido foi para
cinquenta cópias do Antigo e
Novo Testamentos, apenas
o Novo Testamento ou
apenas os Evangelhos).
Alguns estudiosos acreditam
que esse pedido forneceu
motivação para as listas de
cânones. No "Comentário de
Tobias e Judite", escrito
por Jerônimo,[78] ele afirma
que o Livro de
Judite foi "determinado pelo
Concílio de Niceia como
tendo sido contado entre o
livros das escrituras
sagradas", o que alguns
utilizaram para sugerir que o
Concílio de Niceia teria
discutido quais documentos
estavam enumerados entre
as escrituras sagradas, mas
a frase provavelmente
significa simplesmente que o
concílio usou Judite em suas
deliberações sobre outros
assuntos e que, por isso, ele
deve ser considerado
canônico.
A principal fonte da ideia de
que o cânone da Bíblia foi
determinado no Concílio de
Niceia parece ser Voltaire,
que popularizou uma história
em que o cânone foi
determinado após orarem
sobre todos os livros
concorrentes colocados em
um altar durante o concílio. A
fonte original desta "anedota
fictícia" é o "Synodicon
Vetus",[79] um relato pseudo-
histórico dos primeiros
concílios da Igreja de 887
DC:[80]
“ ”
Os livros
canônicos e
apócrifos
distinguiram-se da
seguinte maneira:
na casa de Deus,
os livros foram
colocados no altar
sagrado; então o
concílio pediu ao
Senhor em oração
que as obras
inspiradas fossem
encontradas em
cima e — como de
fato aconteceu —
as falsas abaixo.[81]
Trindade
Ver artigo
principal: Trindade
O Concílio de Niceia tratou,
principalmente, da questão
da divindade de Cristo. Mais
de um século antes, o termo
"trindade" (em grego: Τριάς;
em latim: trinitas) foi usado
nos escritos
de Orígenes (185-254)
e Tertuliano (160-220), e
uma noção geral de um
"divino em três", em algum
sentido, foi expresso nos
escritos do segundo século
de Policarpo, Inácio e Justin
o. Em Niceia, questões
relativas ao Espírito
Santo foram deixadas, em
grande parte, sem solução e
assim permaneceram pelo
menos até que o
relacionamento entre o Pai e
o Filho ter sido resolvido por
volta do ano 362.[82] Assim, a
doutrina em uma forma mais
completa foi formulada
no Concílio de
Constantinopla em 360,[83] e
uma forma final foi formulada
em 381, primariamente
trabalhada por Gregório de
Nissa.[84]
Questões
disputadas
Função do bispo de
Roma
Ver artigo
principal: Primazia papal
Os católicos
romanos afirmam que a ideia
da divindade de Cristo foi
finalmente confirmada pelo
Bispo de Roma e que foi
essa confirmação que deu
ao concílio sua influência e
autoridade. Em apoio a isso,
eles citam a posição dos
primeiros pais da Igreja e
sua expressão da
necessidade de todas as
igrejas concordarem com
Roma (ver Irineu de Lyon,
"Contra Heresias").
No
entanto, protestantes e ortod
oxos orientais não acreditam
que o concílio tenha visto o
bispo de Roma como o chefe
jurisdicional da cristandade,
ou alguém que tenha
autoridade sobre outros
bispos presentes no concílio.
Para sustentar essa
hipótese, eles citam o
cânone 6, no qual o bispo
romano pode ser visto
simplesmente como um dos
vários líderes influentes, mas
não aquele que tem
jurisdição sobre bispos de
outras regiões.[85]
De acordo com o teólogo
protestante Philip Schaff, "os
pais nicenos passaram este
cânon não como algo novo,
mas apenas como
confirmação de uma relação
existente com base na
tradição da Igreja; e isso,
com especial referência a
Alexandria, por causa dos
problemas existentes lá;
Roma foi nomeada apenas
para ilustração; e Antioquia,
junto com todas as outras
eparquias ou províncias
receberam seus direitos
admitidos. Os bispados de
Alexandria, Roma e
Antioquia foram colocados
substancialmente em pé de
igualdade." Assim, de acordo
com Schaff, o bispo de
Alexandria deveria ter
jurisdição sobre as
províncias do Egito, da Líbia
e da Pentápole, assim como
o bispo de Roma tinha
autoridade "com referência à
sua própria diocese".[86]
Mas de acordo com o James
F. Loughlin, há uma
interpretação católica
romana alternativa. Envolve
cinco argumentos
diferentes "extraídos
respectivamente da
estrutura gramatical da
sentença, da seqüência
lógica das ideias, da
analogia católica, da
comparação com o processo
de formação do Patriarcado
Bizantino e da autoridade
dos antigos",[87] em favor de
uma compreensão
alternativa do cânone. De
acordo com essa
interpretação, o cânone
mostra o papel que o bispo
de Roma tinha quando ele,
por sua autoridade,
confirmou a jurisdição dos
outros patriarcas — uma
interpretação que está de
acordo com a compreensão
católica romana do papa.
Assim, o bispo de Alexandria
presidiu o Egito, a Líbia e a
Pentápole,[10] enquanto o
bispo de Antioquia "gozava
de autoridade semelhante
em toda a grande diocese
de Oriens [do Oriente]", e
tudo pela autoridade do
bispo de Roma. Para
Loughlin, essa era a única
razão possível para invocar
o costume de um bispo
romano em um assunto
relacionado aos dois bispos
metropolitanos de Alexandria
e Antioquia.[87]
No entanto, interpretações
protestantes e católicas
romanas têm,
historicamente, presumido
que alguns ou todos os
bispos identificados no
cânone estavam presidindo
suas próprias dioceses na
época do concílio — o bispo
de Roma sobre a Diocese da
Itália, como Schaff sugeriu, o
bispo de Antioquia sobre
a Diocese do Oriente, como
Loughlin sugeriu, e do bispo
de Alexandria sobre
a Diocese do Egito, como
sugerido por Karl Josef von
Hefele. Segundo Hefele, o
concílio havia designado
para Alexandria "toda a
diocese civil do Egito",
[88]
entretanto, essas
suposições já foram
provadas como falsas. Na
época do concílio, a Diocese
do Egito ainda não existia,
então o concílio não poderia
atribuí-la a Alexandria.
Antioquia e Alexandria
estavam ambas localizadas
dentro da diocese civil do
Oriente, Antioquia sendo a
principal metrópole, mas
nenhuma administrava o
todo. Da mesma forma,
Roma e Milão estavam
ambas localizadas na
diocese civil da Itália, sendo
Milão a principal metrópole,[89]
[90]
ainda que não
administrasse o todo.
Essa questão geográfica
relacionada ao Cânone 6 foi
destacada pelo escritor
protestante Timothy F.
Kauffman como uma
correção ao anacronismo
criado pela suposição de que
cada bispo já estava
presidindo uma diocese
inteira na época do concílio.
[91]
Segundo Kauffman, uma
vez que Milão e Roma
estavam ambas localizadas
na Diocese da Itália, e
Antioquia e Alexandria
estavam ambas localizadas
dentro da Diocese do
Oriente, uma relevante
"congruência estrutural"
entre Roma e Alexandria era
prontamente aparente para
os bispos reunidos: ambas
tinham sido consagradas
para compartilhar uma
diocese da qual não eram a
principal metrópole. A
jurisdição de Roma na Itália
foi definida em termos de
várias províncias adjacentes
da cidade desde o
reordenamento do império
por Diocleciano em 293,
como indica a versão latina
mais antiga do cânone,[92] e o
restante das províncias
italianas estavam sob a
jurisdição de Milão.
Esse arranjo provincial da
jurisdição romana e milanesa
na Itália, portanto, era um
precedente relevante e
fornecia uma solução
administrativa para o
problema que o concílio
enfrentava — a saber, como
definir a jurisdição
alexandrina e antioquena
dentro da Diocese do
Oriente. No cânone 6, o
concílio deixou a maior parte
da diocese sob a jurisdição
de Antioquia e designou
algumas províncias da
diocese para Alexandria, "já
que o costume é o mesmo
para o bispo de Roma".[93]
Nesse cenário, um relevante
precedente romano é
invocado, respondendo ao
argumento de Loughlin sobre
por que o costume de um
bispo em Roma teria
qualquer influência sobre
uma disputa sobre
Alexandria no Oriente e ao
mesmo tempo corrigindo o
argumento de Schaff de que
o bispo de Roma era
invocado a título de
ilustração "com referência à
sua própria diocese". O
costume do bispo de Roma
foi invocado a título de
ilustração, não porque ele
presidisse a Igreja inteira ou
sobre a Igreja ocidental ou
mesmo sobre "sua própria
diocese", mas porque ele
presidia algumas províncias
de uma diocese que foi
administrada de outra
maneira a partir de Milão.
Com base nesse
precedente, o concílio
reconheceu a antiga
jurisdição de Alexandria
sobre algumas províncias da
Diocese do Oriente, uma
diocese que era
administrada a partir de
Antioquia.
Celebração
litúrgica
As Igrejas de Bizâncio
celebram os padres do
primeiro concílio ecumênico
no sétimo domingo da
Páscoa (o domingo antes de
Pentecostes).[94] O Sínodo da
Igreja Luterana-Missouri
celebra o primeiro concílio
ecumênico em 12 de junho.
A Igreja Copta celebra a
assembleia do primeiro
concílio ecumênico,
geralmente, em 18 de
novembro. A Igreja Armênia
celebra os 318 padres do
santo concílio de Niceia
em 1 de setembro.
CONCÍLIO DE NICEIA
Postado por Ailton Sena em 27/11/2020 e atualizado pela última vez em
30/11/2020
Conheça o que foi discutido em cada edição
Sendo assim, Jesus não possuiria vida eterna, seria marcado por um traço de
humanidade que o desvincularia da condição sagrada defendida pelos demais
seguidores do cristianismo. O posicionamento de Ário havia criado uma
situação conflituosa com o bispo Alexandre de Alexandria. Por isso, ele foi
excomungado por todos os bispos do Egito e estava refugiado na cidade
de Nicomédia.
O arianismo
Tema principal do Primeiro Concílio de Niceia, o arianismo é considerado a
maior das heresias identificadas pela Igreja na Alta Idade Média. A perspectiva
apresentada por Ário é categorizada pela instituição como uma questão
relacionada à cristologia, campo da teologia dedicado a refletir sobre a
natureza de Cristo. Na interpretação de Ário, Jesus Cristo é uma obra de Deus
como todas as outras criaturas. Logo, ele não seria o Filho.
Ainda que essa perspectiva possa ser vista como negativa, ao atribuir
humanidade a Jesus, o arianismo reforça a dimensão de espiritualidade
do Messias. Isso acontece porque o sofrimento que ele enfrentou durante o
período na Terra, assim como seus feitos, se tornam mais excepcionais por
estarem associados à história de um homem comum.
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Credo Niceno
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ícone retratando Constantino e os Padres do Primeiro Concílio de Niceia (325). O texto mostrado é,
no entanto, o Credo atribuído ao Primeiro Concílio de Constantinopla (381), com as alterações
posteriores para uso na liturgia grega.
História
O propósito de um credo é agir como um critério de crença correta, ou
ortodoxia. Os credos do cristianismo foram elaborados em momentos de
conflito sobre a doutrina: a aceitação ou rejeição de um credo serviu para
distinguir os crentes e negadores de uma doutrina específica ou um conjunto
de doutrinas. Por essa razão, um credo foi chamado em grego σύμβολον
(symbolon), que significava a metade de um objeto quebrado para que,
colocada junto com a outra metade, verificasse a identidade do portador. [1] A
palavra grega passou para symbolum em latim ("símbolo" em português).[2]
O Credo de Niceia foi adotada em face do arianismo. Ário, um presbítero da
Igreja de Alexandria, natural da Líbia, havia declarado que, embora o Filho
fosse divino, ele era um ser criado no tempo e, portanto, não co-essencial com
o Pai. Isto fez com que Jesus fosse considerado inferior ao Pai, que colocou
desafios soteriológicos para a doutrina da Trindade.[3][4]
O Credo Niceno explicitamente reafirma a divindade co-essencial do Filho,
aplicando-lhe o termo "consubstancial". Termina com as palavras "(Cremos) no
Espírito Santo" e com um anátema contra os arianos.
Πιστεύομεν εἰς ἕνα θεὸν πατέρα Πιστεύομεν εἰς ἕνα θεὸν πατέρα
παντοκράτορα, πάντων ὁρατῶν τε και παντοκράτορα, ποιητὴν οὐρανοῦ καὶ γῆς,
ἀοράτων ποιητήν. ὁρατῶν τε πάντων καὶ ἀοράτων·
Καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν υἱὸν τοῦ καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν
θεοῦ, γεννηθέντα ἐκ τοῦ υἱὸν τοῦ θεοῦ τὸν μονογενῆ, τὸν ἐκ τοῦ
πατρὸς μονογενῆ, τοὐτέστιν ἐκ τῆς οὐσίας τοῦ Πατρὸς γεννηθέντα πρὸ πάντων τῶν
πατρός, αἰώνων,
θεὸν ἐκ θεοῦ, φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ
ἀληθινοῦ, γεννηθέντα, οὐ ποιηθέντα, ὁμοούσιον τῷ ἀληθινοῦ, γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα,
πατρί ὁμοούσιον τῷ πατρί,
καὶ πάλιν ἐρχόμενον μετὰ δόξης κρῖναι
καὶ ἐρχόμενον κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς.
ζῶντας καὶ νεκρούς·
Τοὺς δὲ λέγοντας· ἦν ποτε ὅτε οὐκ ἦν, καὶ πρὶν Εἰς μίαν ἁγίαν καθολικὴν καὶ ἀποστολικὴν
γεννηθῆναι οὐκ ἦν, καὶ ὅτι ἐξ οὐκ ὄντων ἐγένετο, ἢ ἐκκλησίαν· ὁμολογοῦμεν ἓν βάπτισμα εἰς
ἐξ ἑτέρας ὑποστάσεως ἢ οὐσίας φάσκοντας εἶναι, ἄφεσιν ἁμαρτιῶν· προσδοκοῦμεν
ἢ κτιστόν ἢ τρεπτὸν ἢ ἀλλοιωτὸν τὸν υἱὸν τοῦ ἀνάστασιν νεκρῶν, καὶ ζωὴν τοῦ
θεοῦ, ἀναθεματίζει ἡ καθολικὴ ἐκκλησία. μέλλοντος αἰῶνος. ἀμήν.