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CAPITULO I
INTRODUÇÃO AS CLASSES
MODIFICAÇÕES DA MANDIBULA
ANFÍBIOS
FILO: CHORDATA
SUBFILO: VERTEBRATA
SUPERCLASSE: TETRAPODA
CLASSE: AMPHIBIA
TEMNOSPONDYLI
LEPDOSPONDY Subclasses extintas
LABIRINTHODONTIA
LISSAMPHIBIA
A classe anfíbia já teve uma diversidade muito alta e pelo mundo já foi superior a o que é
hoje, se encontra um único grupo de anfíbios viventes (temnospondyli, lepdospondy e
labirinthodontia já estão completamente extintos; o destaque é para labirinthodontia que foi
o grupo de anfíbios que tem uma importância na zoologia atual, porque foram eles que deram
origem a vários grupos de sauropsida, a história evolutiva dos “répteis” inicia com esse grupo
já extinto). Atualmente a classe anfíbia é formada por uma única subclasse vivente a
lissamphibia que se encontra organizada em três grupos (Urodela- Salamandras e tritões,
gymnophiona- Cecílias e Anura- Sapos, rãs e pererecas), hoje a diversidade de anfíbia é baixa,
comparado ao que já foi, é considerada a mais baixa entre os tetrápodes.
Os Amphibia atuais, ou Lissamphibia, são tetrápodes com tegumento úmido e sem escamas.
O grupo inclui três linhagens distintas, como já mencionadas. A maioria dos Amphibia tem
quatro patas bem desenvolvidas, embora algumas salamandras e todas as cecílias sejam
ápodes. Os anuros não possuem cauda (daí o nome anura, que significa sem cauda), enquanto
a maioria das salamandras tem uma cauda longa. A cauda das cecílias é curta, assim como a de
outros grupos de animais alongados que vivem em tocas.
À primeira vista, as três linhagens de Amphibia parecem ser tipos diferentes de animais: os
Anura possuem patas traseiras alongadas e corpo curto e inflexível, que não dobra quando
caminham; os Urodela possuem patas dianteiras e traseiras de igual tamanho e movem-se por
ondulações laterais; e os Gymnophiona são ápodes e empregam a locomoção semelhantes a
da cobra. Contudo, todas essas diferenças óbvias estão relacionadas a especializações
locomotoras e um exame mais detalhado mostra que os anfíbios têm em comum muitas
características derivadas, indicando que formam uma linhagem evolutiva monofilética. Talvez
a mais importante característica derivada dos anfíbios atuais seja o tegumento úmido e
permeável. O nome dado à linhagem Lissamphibia, refere-se à textura do tegumento (Grego
liss=liso). Vários tetrápodes não amniotas da era Paleozoica tinham uma couraça dérmica e,
forma de escamas ósseas sobre o tegumento; o tegumento permeável e sem adornos, é uma
característica derivada compartilhada pelos Lissamphibia.
Todos os anfíbios adultos atuais são carnívoros e, dentro de cada grupo, relativamente
poucas especializações morfológicas estão associadas a hábitos alimentares diferentes. Os
anfíbios comem quase tudo que conseguem capturar e engolir. Nas formas aquáticas, a língua
é larga, achatada e relativamente imóvel, mais alguns anfíbios terrestres conseguem protrai-la
Renan Guimarães
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A forma do corpo dos anfíbios provavelmente evoluiu de um tipo inicial mais semelhante à
salamandra. Sugeriu-se que tanto o salto como a natação forma o modo de locomoção que
tornou vantajosa essa modificação. As salamandras e as cecílias nadam como peixes. Os
anuros têm corpo inflexível e nadam por meio de golpes simultâneos das patas traseiras.
Alguns paleontólogos sugerem que a forma do corpo dos anuros evoluiu devido à vantagem
desse modo de natação.
SUBCLASSE: LISSAMPHIBIA
ORDENS: URODELA
GYMNOPHIONA
ANURA
Os seus representantes são os tritões e
ORDEM URODELA salamandras, são grupos diferentes, mais o
que caracteriza esse grupo é a presença de
cauda na forma adulta, apresentam forma de
corpo e a locomoção são mais generalizadas.
Os urodelas tem uma cara semelhante ao de
sapo, mais oque vai diferenciar os Urodela
dos demais grupos é a presença da cauda. A
maior parte deste grupo se encontra no
hemisfério norte, na América do sul só existe
uma única família de salamandras que
Está restrita a um ponto muito pequeno no meio da floresta amazônica, ou seja, as
salamandras do Brasil não estão muito acessíveis. De maneira geral, são alongadas e quase
todas as espécies apresentam quatro patas funcionais. Seu passo de caminhada é
provavelmente similar àquele empregado pelos primeiros tetrápodes. Ele combina a flexão
lateral característica da locomoção dos peixes com o movimento das patas. As dez famílias,
contendo aproximadamente 515 espécies, limitam-se quase inteiramente ao hemisfério
Norte; sua ocorrência mais meridional ocorre na parte norte da América do Sul. É um grupo
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ORDEM GYMNOPHIONA
Algumas espécies são totalmente desprovidas de olhos e outras, a retina possui uma
organização estratificada típica dos vertebrata e parece ser capaz de detectar a luz. Possuem
dobras dérmicas claramente visíveis que são chamados de ânulus ou anéis que ajuda na
escavação (é só no tegumento), porque o tegumento serve como uma sanfona. A grande
maioria é terrestre e algumas formas aquáticas (com brânquias) e não apresentam
pedomorfismo. Muitas espécies de Gymnophiona têm escamas dérmicas no interior de bolsas
nos anéis; não se conhecem escamas nos outros grupos de anfíbios atuais. Uma segunda
característica singular das Gymnophiona é um par de tentáculos protráteis, um em cada lado
do focinho entre os olhos e as narinas. Algumas estruturas associadas aos olhos de outros
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vertebrata se associaram aos tentáculos dos Gymnophiona, esse tentáculo tem função
provavelmente sensorial.
ORDEM ANURA
Grupo possui 27 famílias com mais de 4.300 espécies. A especialização para o salto é
a característica esquelética mais evidente dos anuros. Os membros traseiros e os músculos
formam um sistema de alavancagem capaz de arremessar o animal no ar e várias
especializações morfológicas estão associadas a esse tipo de locomoção; patas traseiras são
alongadas e a tíbia e a fíbula estão fundidas. Uma pélvis poderosa fortemente ligada à coluna
vertebral é evidentemente necessária, assim como um enrijecimento da coluna vertebral. O
ílio é alongado e se estende bastante para frente, as vertebras mais caudais estão fundidas em
um bastão sólido, o úrostilo. A pélvis e o uróstilo enrijecem a metade caudal do tronco. A
coluna vertebral é curta, com apenas cinco a nove vertebras pré-sacrais que são reforçadas
por zigapófises que restringem a flexão lateral. Os membros dianteiros fortes e a cintura
peitoral flexível absorvem o impacto da aterrissagem. Os olhos são grandes e estão localizados
bem rostralmente a cabeça, permitindo a visão binocular.
“RÉPTEIS”
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FILO: CHORDATA
SUBFILO: VERTEBRATA
SUPERCLASSE: TETRAPODA
CLASSE: “REPTILIA”
SUBCLASSES: SYNAPSIDA
DIAPSIDA
ANAPSIDA
SUBCLASSE DIAPSIDA
INFRACLASSES: LEPIDOSAURIA
ARCHOSAURIA
A diversidade desse grupo foi muito alta, hoje só se tem duas infraclasses
(lepidosauria e archosauria), onde lepidosauria vai formar o grupo de diapsida mais
dominante.
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LEPIDOSAURIA
Atualmente reduzidas, é um grupo que sofre uma altíssima taxa de extinção, só estão
restritas no continente da Oceania. Eles apresentam a condição diapsida mais basal é o
diapsida vivente mais próximo do ancestral, a condição diapsida no crânio dos tuatara é bem
evidente, ele quase não tem modificação do padrão ancestral.
ARCHOSAURIA
Os archosaurios eram um grupo dominante; hoje o numero esta bem reduzida, dentro
dessa nomenclatura tradicional estaria um único grupo a ordem crocodilia (vivente).
ORDEM CROCODILIA
SUBCLASSE ANAPSIDA
ORDEM TESTUDINES,
representado pelas
tartarugas, cágados e
jabutis. Não se encontra
nenhuma fossa na região
temporal, ate bem pouco
tempo atrás, estava se
entendendo que o único
grupo vivente de anapsida
Eram os membros da ordem testudines, antigamente chamados da ordem chelonia. É nítido
não ver fossas nos crânios, o crânio é solido e compacto. Há algum tempo atrás começou a
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ficar evidente que a condição anapsida de testudines atuais era uma modificação do crânio de
diapsida, se o ancestral de testudines era um diapsida, então em anapsida eles ocupavam um
lugar errado; a subclasse anapsida não deixa de existir, pois existiam muitos anapsida.
Testudines seria o único grupo de anapsida vivente, mais confirmando a historia de testudines,
isso significa que não existe anapsida vivente. A subclasse anapsida já trouxe muitos
problemas para a classe “reptilia”, porque logo depois de synapsida, foi considerado que
anapsida não tem nada haver com os “répteis”. Primeiro saiu synapsida e pouco tempo depois
sai anapsida também; piorou com oque vai acontecer com as aves, a partir disso, o nome do
grupo dos “répteis” tem que mudar, não existe mais a classe “reptilia”, um nome novo já
existe que é “sauropsida” que são os diapsida incluindo as aves e possivelmente com a
inclusão de testudines.
Esse era o padrão ancestral de ter uma nadadeira carnosa, são extremamente flexíveis,
cada vez mais os ancestrais começaram a se arriscar para fora da água indo para o ambiente
terrestre, uma nadadeira como essa dava uma sustentação melhor do que uma nadadeira
raiada, porque ela é articulada como ponto de apoio. Cada vez mais a necessidade de ficar fora
da água foi aumentando, se acontecesse algo no eixo da nadadeira que favorecesse mais força
sem perder a flexibilidade seria uma vantagem adaptativa e ganharia pontos no processo
seletivo. Os ossos proximais foram se fusionando, vão se fusionando e vão perder um pouco
da flexibilidade e como consequência disso vão ganhando mais força que foi sendo
concentrados na região proximal, os ossos foram se mantendo longe na ponta do apêndice; na
região proximal foram se fusionando e gerando força e a flexibilidade vai começar a ser
mantida na extremidade. A região distal vai se abrindo como um leque que ajuda a distribuir o
peso do corpo para deslocamento. Eles já se estabelecem inicialmente com os dígitos prontos
(sete dígitos) e ao longo do tempo, já nos anfíbios com o numero de cinco dígitos.
sustentar a cabeça, que é a região cervical essa região se especializou a partir que os ossos
operculares saíram e foram formar a cintura escapular. O sistema respiratório também
começou a se modificar, o opérculo ele não ia prejudicar o funcionamento das brânquias que
ao mesmo tempo não estava sendo a estrutura respiratória para o ambiente terrestre. O
ancestral de tetrapoda ele era de água doce ( áreas de transição ou lagoas), no devoniano foi
uma época marcada por passar um longo período sem chuvas e as águas começaram a ter
redução e ao mesmo tempo os animais estavam se reproduzindo e começaram a ter um
superpovoamento, com isso gerou um ambiente extremamente difícil com pouco oxigênio e
falta de comida, qualquer chance que os organismos tivessem de sair daquela água e procurar
outro curso era a chance que ele tinha de encontrar um lugar melhor, quanto mais ele andasse
mais chances tinha de encontrar esse lugar melhor. Aparentemente essas pressões eram mais
na forma juvenil, porque os mais velhos já haviam se estabelecido.
PALATO SECUNDÁRIO
As modificações que ocorre na região cefálica podem ou não está relacionada às
modificações dos apêndices; uma vez que os apêndices modificam e vai formando outras
estruturas é claro que na formação do pescoço vai haver modificações da caixa craniana, mais
as modificações no crânio ainda não influenciam na formação dos apêndices pares, o que vai
acontecer com o crânio agora não vai ter impactos sobre os apêndices; os principais destaques
são dois, que compõe o final do céu da boca que é o palato secundário, a formação do palato
secundário é uma estrutura que não está presente em todos os vertebrados, ele começa a se
estabelecer em um determinado grupo de tetrapoda, peixe não tem palato secundário, ele só
tem a porção inicial do palato e isso também se repete nos anfíbios, palato secundário só
aparece em um grupo de sauropsida; então todos os sauropsida e mamíferos são dotados
dessa estrutura. Partindo de um modelo ancestral que não é dotado dessa estrutura, tinha
apenas a porção inicial do céu da boca. Em anfíbios o céu da boca tem duas aberturas (as
coanas), que se localiza logo atrás dos dentes. Quando o ar é captado ele só pode passar pelas
Coanas que se encontram bem
atrás da linha dos dentes, com o
surgimento do palato secundário a
partir de um ancestral “reptiliano”,
basicamente as modificações que vão
acontecendo estão relacionadas com
o crânio, que estão relacionadas com
modificações sensoriais, com o
suporte da cabeça, em anfíbio só
existe uma única vertebra cervical,
em “réptil” no pescoço já existem
mais vertebras, então a caixa craniana
tem que mudar. Muitas alterações
vai acontecendo na caixa craniana, causada por vários fatores e a principal mudança é que
esses ossos (pre-maxilar, palatino, vômer e pterigoide) que compõe essa região, a maioria vai
se modificar através de fusionamento, como alguns ossos se fusionam, vai empurrando outros
ossos para diversas regiões, isso causa no crânio uma configuração totalmente diferente. Os
ossos não ficam um ao lado do outro, a fusão acontece de tal forma, que ao invés de ficar um
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ao lado do outro, são deslocados meio que para cima e essa modificação, muda
geometricamente o crânio e isso é causado por inúmeros fatores. Comparando a um
mamífero, a diminuição dos ossos é notável que em um anfíbio, a diferença é a diminuição da
quantidade de ossos pelo fusionamento, esses ossos não desapareceram, eles foram se
modificando, outra mudança é a mudança na posição das coanas da região rostral para a
região mais posterior, que se comunica diretamente com a faringe (o deslocamento do vômer
e do pterigoide possivelmente foi oque levou o deslocamento das coanas para a região dorsal),
a partir do momento que surge o palato secundário nitidamente é o deslocamento das coanas
de uma posição rostral para uma região bem posterior se comunicando com a faringe. Só
anfíbio as coanas se abrem logo atrás dos dentes em tetrapoda; a partir de sauropsida em
diante vai ter palato secundário; um grupo que tem palato secundário incompleto mais isso
não significa transição, o palato desse grupo vai ate certo ponto e para, que é o grupo dos
testudines, mesmo assim as coanas não se abrem na faringe, mais se abre bem
posteriormente. Porque ouve a modificação na posição das coanas? O maior impacto,
adaptação que o palato secundário vai exercer é a possibilidade de o animal poder comer e
respirar ao mesmo tempo, com o deslocamento das coanas e a formação do palato
secundário, o organismo pode comer e isso envolve a captura do alimento e respirar ao
mesmo tempo, em anfíbios ou ele come ou ele respira. Os anfíbios se alimentam em um golpe
só para poder respirar, e por isso eles não mastigam isso é uma característica presente apenas
em mamíferos, porque as coanas já estão posteriores.
Quando chega a peixe ósseo, muitas modificações vão acontecer, vai começar
aparecer um monte de elementos na frente do palatoquadrado e isso também ocorre na
cartilagem mandibular e a modificação de mais impacto é que vai deixar de ser cartilagem e se
tornar osso, a cartilagem palatoquadrado vai ser agora chamada de osso quadrado e a
cartilagem mandibular vai ser chamado agora de osso articular, as modificações do crânio de
um peixe ósseo são muitas; o osso quadrado foi ficando cada vez menor, por causa da
formação de outros elementos ósseos, então o osso quadrado e articular acabaram se
formando duas pecinhas ósseas bem pequenas lá no fundo da mandíbula dos peixes ósseos,
um na porção superior e o outro na porção inferior. Quando os tetrápodes se estabeleceram
no ambiente terrestre sofreram ação de diversos fatores como: gravidade, modificação da
coluna, aparecimento do pescoço, perca do opérculo etc. com isso a caixa craniana se
modificou de tal maneira que as coanas se moveram de lugar.
Para a coluna vertebral, lembrar a questão do pescoço, que a partir dos anfíbios que
começa a ter essa estrutura, eles se estabelecem com uma única vertebra cervical, como
consequência tem um pescoço muito curto. A partir de sauropsida é que começa a se
encontrar pescoços maiores, isso já se reflete de maneira de como usa-los no ambiente. Uma
coisa que se relaciona com a formação de uma caixa torácica, que já começa se estabelecer
nos primeiros tetrápodes, os elementos que formam a caixa torácica são as costelas e o
esterno, em anfíbio são desprovidos de costelas, eles possuem projeções dos centros
vertebrais, especialmente na região torácica e pode haver também na região abdominal, já
todos os outros grupos possuem costelas, em alguns grupos pode ter costelas tanto na região
torácica quanto na região abdominal, enquanto em alguns grupos elas só são restritas na
região torácica; as costelas dos testudines são fusionadas com a porção superior do casco.
Outro elemento que forma a caixa torácica é o esterno, forma a caixa torácica as costelas se
unindo a ele, protegendo os órgãos vitais; testudines tem esterno, ele é fusionado com a
porção ventral (plastrão), crocodilia e lagarto possui uma caixa torácica.