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1.4; Me 1.1; Is 1.2, etc). ABíblia diz a respeito de Moisés: recebeu as palavras da vida para no-Ias dar (At
7.38). Isaías menciona 120 vezes o que o Senhor lhe falou, Jeremias 430 vezes e Ezequiel329 vezes.
Outros registram acontecimentos, assim como se escreve história (Ex 17.14). Lucas examinou minu-
ciosamente aquilo sobre o qual recebeu a direção para escrever (Lc 1.3). Alguns como Paulo e Daniel
receberam a mensagem por revelação (At 22.14-17; GI 1.11,12,15,16; Ef3 .1-8; Dn 10.1) e alguns recebe-
ram sonhos e visões (Dn 7.1; Ez 1.1; II Co 12.1-3), mas todos escreveram pela inspiração do Espírito Santo
e podiam dizer:
"O que recebi do Senhor também vos entregarei" (I Co 11.23; 15.3).
Profecia: A partir do profeta Isaías até Malaquias,temos toda a revelação profética, que está dividi-
da entre: profetas maiores (de Isaias até Daniel), profetas menores (de Oséias até Malaquias).
Biografia: inicia o Novo Testamento com os quatro Evangelhos trazendo-nos a vida maravilhosa de
Jesus Cristo. Três deles formam um paralelismo no ministério de Cristo e são chamados sinóticos.
História: A História do Novo Testamento é a história da igreja, revelada em Atos dos Apóstolos.
Doutrina: Nas Epístolas ou Cartas, que começando por Romanos vai até Judas, mostra-nos de
maneira esclarecedora todo o mandamento do Senhor Jesus Cristo à sua Igreja.
Profecia: No final, Deus revela o encerrar de todas as coisas sobre o égide de um Senhor Soberano, .
eterno e glorioso. O Livro do Apocalipse revela a manifestação pessoal de Jesus Cristo e sua vitória final.
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d)
Ao retomarem do cativeiro, os poucos judeus que vieram a Jerusalém fizeram um grande ajuntamento
na praça (Ne 8.3), onde Esdras, o Sacerdote, troxe o livro de Deus e abriu diante do povo (Ne 8.5), o que
trouxe um grande despertamento para o povo de Deus (Ne 8.17). No ministério do profeta Jerernias, Deus
preocupado com suas palavras, pediu que fossem escritas num livro (Jr 36.2) e que fossem lidas diante do
povo (Jr 36.6). Daniel, homem de Deus, descobriu o número de anos do cativeiro pelos livros (Dn 9.2),
certamente os livros dos profetas, a partir daí começou a orar (Dn 9.3).
Nosso Senhor Jesus Cristo deu importância e valor ao livro divino, pois quando em Nazaré, sua
cidade natal, foi à sinagoga e tomou o livro do profeta Isaías, leu aos ouvidos do povo (Lc 4.17), autenticando
o valor e o cumprimento da profecia (Lc 4.21). Deus, na sua sabedoria, propôs uma coleção de livros
pequenos, a qual o seu povo, em todo o mundo, poderia manusear. Isto é a Bíblia (Jo 21.25).
Mel- O Salmo 119.103 nos apresenta a palavra mais doce do que o mel, ele fala do sabor espiritual
da Bíblia, da doçura que ela produz numa vida amarga.
Leite - O primeiro alimento do recém-nascido, é também indicado para aqueles que iniciam na fé
cristã (Hb 5. 13). O escritor aos hebreus fala ainda de crentes que com o tempo já deveriam provar alimentos
sólidos, entretanto ainda precisam de leite (Hb 5.12). Toda a doutrina inicial e os primeiros rudimentos das
palavras de Deus, é leite espiritual para os que nasceram de novo (Jo 3.3).
Alimento sólido - E para aqueles que superam a infância espiritual, quando se necessita comer algo
mais forte, como os cultos de doutrina da igreja (Hb 5.14).
acerca de Sua vontade, foi-lhes dado a lei, que consistia em guia espiritual, moral e pessoal para cada família
f)
de Israel (Ot 4.5,6) No presente, temos as palavras dos profetas, os ensinos do Senhor Jesus, a história da
igreja, as Epístolas, enfim, temos nas mãos um livro por excelência que nos revela a salvação (At 4.12), nos
conduz a uma vida de vitória (Rm 8.37), nos ensina acerca da vida, valorizando-nos diante das situações
(Lc 12.22-34). .
A Bíblia se constitui, portanto, num guia perfeito para as situações da família hoje, colocando a ordem
de Deus para as nossas vidas (Ef6.1-4), orientando os empregados crentes que muitas vezes relaxam com
seus compromissos (Ef6.5-8)
Da mesma forma fala aos patrões crentes, que muitas vezes desconhecem os mandamentos de
Deus (Ef6 9)
Como guia a Bíblia dá orientações gerais que às vezes não sabemos como fazer (I Co 10.23), orien-
tando acerca da vontade de Deus para nossas vidas (Ef 5.17,18). Se buscas um caminho, se buscas uma
direção, se buscas o céu, o Seu guia é aBíblia (SI119.105)
A diversidade de condições
Deus na sua soberania permitiu que sua palavra fosse escrita nas mais diversas condições, certamente
para nos mostrar hoje que Ele está no controle de tudo.
Os escritores escreveram, na cidade, nos campos, em palácios, nas ilhas como João (Ap 1.9); nas
prisões como Paulo (Fp 1.1); nos desertos como Elias (lI Cr 21.12), entretanto a mensagem bíblica é uma só:
Como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18). Esta perfeição é exclusiva
do livro divino - a Bíblia Sagrada.
A diversidade de circunstância
Diversificadas foram as desencontradas formas e circunstâncias em que foram escritos os 66 livros da
Bíblia. Davi, homem segundo o coração de Deus, escreveu por exemplo O Salmo 24 quando trazia a arca de
Deus a Jerusalém. - -
Salomão certamente escreveu na tranqüilidade do palácio (I Rs 4.32-34). Josué escreveu após gran-
des conquistas (Js 24.16) entretanto, apesar da diversidade de circunstância, a mensagem, a doutrina e o
tema central são um só.
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3.1 - Assim como o alimento é para o corpo, é a palavra de Deus para o Espírito.
"Achando-se as tuas palavras, logo comi, e a tua palavra foi para mim gozo e alegria do meu coração
porque pelo teu nome me chamo, Senhor Deus dos Exércitos" (1 r 15.16).
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A Bíblia fala de muitos tipos de alimentos dados por Deus ao homem, entretanto, nem todos os
alimentos consumidos pela humanidade eram permitidos por Deus. Havia regras específicas estabelecidas na
Bíblia quanto aos alimentos permitidos por Deus. N este capítulo trataremos de alguns bem conhecidos uni-
versalmente a saber: pão, leite, mel, carne e azeite.
Em toda a história de Israel o pão tem sido um alimento essencial para o povo. Nos dias de Jesus ele
multiplicou pão e peixe e deu-os a uma grande multidão que o seguia (Me 6.30-44).
Jesus é a palavra, é o pão vivo que desceu do céu e que alimenta a alma do homem faminto.
Para o neófito na fé (I Tm 3.6) - A palavra de Deus é o leite que o neófito precisa. Um recém
nascido não pode ser alimentado por outra comida. Sua estrutura fisica não tem suporte para alimento forte e
pesado. Ele precisa de algo vigoroso mas leve, que nutre o seu organismo. Espiritualmente a igreja precisa
nutrir os seus membros com o leite racional, a palavra de Deus, para que cresçam sadios e fortes na fé.
Para os crentes débeis na fé (Hb 5.12) - O autor aos hebreus deparou com um grupo de judeus
convertidos a Cristo que já haviam passado pela experiência cristã, já haviam crescido mas estavam agindo
como crianças que precisam do leite materno. O escritor declara que o tempo de experiência não os amadu-
receu, pelo contrário, necessitavam que se voltasse a ensinar os primeiros rudimentos de doutrina, uma vez
que não podiam ser alimentados com alimento sólido. Ora, esse fato se repete em nossos dias. Temos muitos
crentes antigos que não podem ser alimentados com alimento sólido e precisam começar tudo de novo com
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o leite da palavra de Deus, pois estão desnutridos e anêmicos na fé.
Leite deve ser sem mistura - Paulo destaca que quem apascenta o gado bebe o seu leite (I Co
9:7). Ora, a falta de genuinidade, de pureza, de honestidade, de amor faz com que muitos pregadores e
pastores de nossos dias dêem o leite misturado com água para transparecer abundância. Desse modo, diminui
a gordura e os seus elementos nutrientes. A palavra deve ser o leite sem mistura.
carne. A Bíblia apresenta a carne como parte da alimentação do povo de Israel. Na instituição da Páscoa,
Israel lembraria o livramento dos seus primogênitos da espada do anjo da morte com um cordeiro, tomando
o seu sangue e aspergindo-o nos umbrais das suas portas e comendo a carne assada do cordeiro pascal (Ex
12.4,5,7-9). Deus estabeleceu leis de seleção para os animais que podiam ser comidos pelo povo. A carne
sempre esteve presente nas refeições do povo de Israel. Quando Israel saiu do Egito em sua peregrinação
faltou carne, o Senhor enviou o maná e também carne, orientando a migração natural de codornizes por cima
do arraial de Israel (Ex 16.12,13). Quando o profeta Elias escondeu-se junto ao ribeiro Querite, defronte do
Jordão, Deus lhe enviou pão e carne através dos corvos (I Rs 17.3.6). Aos sacerdotes, depois da ministração
das ofertas pacíficas sobre o altar, deu-lhes o direito de comerem das carnes do sacrificio (Lv 7.15, 16).
Jesus usou uma metáfora quando declarou que daria a sua carne para ser comida (Jo 6.52-54).
Significa participar do seu corpo, do seu vigor
O mel produzido por abelhas se constitui num dos alimentos mais desejáveis por toda a humanidade.
O seu sabor agrada ao paladar. A Bíblia fala da terra sonhada e desejada por toda a semente de Abraão,
como a terra que mana leite e mel (Ex 3.8,17; 13.5; 33.3). O Egito representava para Israel uma terra de
amargura e tristeza mas a terra de Canaã era a terra de leite e mel. A igreja, de igual modo, saiu do Egito, do
mundo e parte para uma terra de leite e mel, a Canaã celestial.
o valor terapêutico do mel- Ele serve para dar sabor ao paladar, do mesmo modo como a palavra
de Deus pode ser degustada ao sabor do mel espiritual. A vida cristã seria triste sem saber a doçura da
palavra de Deus. O mel tem ação terapêutica nas inflamações de garganta, como também é purgativo para
aliviar um mal-estar fisico. A palavra de Deus é um mel purgativo que limpa o nosso interior das impurezas.
o mel é símbolo de gozo e vitória - Em Juizes 14.5,6 temos a história de Sansão, quando no
caminho das vinhas de Timnate, um leão o atacou. O espírito do Senhor veio sobre Sansão e ele fendeu o
leão de alto a baixo, deixando-o morto à beira do caminho. Ao voltar à casa, Sansão encontrou no corpo
do animal um enxame de abelhas com mel. Ele tomou o favo de mel e o comeu (Jz 14.8,9). Esse leão pode
simbolizar as inb~ões venct das em nome do Senhor. O mel simboliza a palavra de Deus que nutre a vida
espiritual e nos dá a vitória.
unção dos reis e sacerdotes simboliza hoje a unção do Espírito Santo na vida dos seus ministros.
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4. t - A grande revelação de Deus através de sua palavra tem sido revelado em seu Filho,
desde o princípio a Bíblia fala dEle.
Toda a escritura está cheia de referência ao Senhor Jesus. Do Gênesis ao Apocalipse há uma revela-
ção clara no papel do filho de Deus, na história da criação, da redenção e da consumação de todas as coisas.
Cristo se constituiu portanto na base de toda a mensagem bíblica, de toda a profecia, tipo e parábolas. Jesus
é o centro de todo o propósito divino.
22.23-25). Ele envia obreiros à sua obra para o aperfeiçoamento dos santos (Efl.3). Em Hebreus 7.22 Ele
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: aparece como o melhor em todas as coisas e nas epístolas gerais Ele fundamenta nossa fé nas ricas e precio-
sas promessas e nos leva a uma vida cristã vitoriosa (II Pe 3.18).
No Apocalipse João vê sua glória (Ap 1.13-16), onde ele se revela a igreja e mostra a João as coisas
que brevemente hão de acontecer (Ap 1.1), pois Ele é o rei dos reis e senhor dos senhores (Ap 19.16).
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5.1 - Por sua humilhação voluntária Cristo foi glorificado pelo Pai e feito o tema maior das escrituras
"Examinais as escrituras porque vós cuidais Ter nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam" (10
5.3 9).
As escrituras nos fornecem a linha da ascendência do Messias. Ele havia de ser a semente da mulher,
da raça de Sem, da linhagem de Abraão, por meio de lsaque e Jacó, da tribo de Judá e da família de Davi.
As escrituras registram eventos futuros relacionados à Sua pessoa e ministério terreno. Desde o lugar
do seu nascimento até a sua segunda vinda e seu reino - tudo foi predito em termos inequívocos, do Gênesis
ao Apocalipse.
Estudiosos da Bíblia têm calculado que mais de trezentos detalhes proféticos foram cumpridos em
Cristo. Aqueles que ainda não foram cumpridos referem-se à sua segunda vinda e a seu reino, ainda futuros.
Muitas pessoas sabem quem é Jesus, crêem que Ele fez milagres, crêem em sua ressurreição e ascen-
são mas não crêem na Bíblia. Essas pessoas deveriam saber que:
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Jesus leu a Bíblia - E chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o
seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías e quando abriu o livro,
achou o lugar em que estava escrito: O Espiritodo Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os
pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração e apregoar liberdade aos cativos e dar vista aos
cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro e tomando
a dá-lo ao ministro, assentou-se e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-
Ihes: Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos (Lc 4.16-21).
Jesus ensinou a Bíblia - E Ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os
profetas disseram. Por ventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E
começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as escrituras
(Lc 24.25-27).
J Deus - Porém vós dizeis: Se um homem disser ao pai ou
e à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor, nada mais lhe deixais fazer
s por seu pai ou por sua mãe, invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E
u muitas outras coisas fazeis semelhantes a estas (Me 7. 11-13).
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c Jesus cumpriu a Bíblia - "E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco:
h Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés e nos profetas e nos
a salmos" (lc 24.44)
m
o A referência de Lucas 24.44 é muito importante porque aí Jesus põe sua aprovação em todas as
u escrituras do Antigo Testamento, a Bíblia de seus dias pois lei, profetas e salmos eram as três divisões da
Bíblia nos dias em que o Novo Testamento ainda estava sendo formado.
a
B Jesus também afirmou que as escrituras são a verdade 00 17. ] 7). Ele viveu, procedeu de acordo
í com elas (18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo (Me 12,35-36). No deserto, ao
derrotar o inimigo, fê-lo citando a palavra de Deus (Dt 8.3; 613,16; Mt 4.1-11) .
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A Bíblia revela a pré existência de Cristo. O sentido da palavra pré existência é o de existir antes.
Ao falar da pré existência de Cristo estam os nos referindo ao que a Bíblia ensina, mui especialmente no
Antigo Testamento. O relato da queda de Adão, a promessa da redenção (Gn 3.15), todos os eventos
relacionados com a formação de um povo especial da semente de Abraão tinham o propósito divino de
projetar a Cristo como o redentor da humanidade, seu salvador e senhor.
Ellohim (Gn Ll ) - Esse título aparece na forma plural e literalmente significa deuses, porém, não há
nenhuma contradição no fato de que o Velho Testamento apresenta o Deus Único. Ellohim revela, de modo
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especial e indireto, a Trindade Divina, ainda que teologia judaica não aceite a doutrina da Trindade, por causa
do seu monoteísmo tradicional. O nome Ellohim tem sido traduzido, na maioria dos textos do Antigo Testa-
mento, por Jeová ou Adonai, que se traduz por Deus forte e poderoso.
Jesus - Esse nome vem do hebraico Jeosua ou Josua (Js 1.1; Zc 3.1), cujo significado é Salvador (Mt
1.21; Lc 13 1; 2.21). É o nome pelo qual Ele se identificou com a raça humana. Dois personagens do Antigo
Testamento receberam esse nome, a saber, Josué filho de Num, substituto de Moisés na caminhada para a
terra de Canaã, o qual representa a Cristo como o líder ideal (Js 1.1) e Josué o filho de Jeosadaque, que
prefigura a Cristo, o sumo sacerdote que leva os pecados de seu povo (Zc 3.1). Este nome identifica a pessoa
do glorioso nazareno, aquele que cumpriu a sua missão redentora, tomando-se salvador e senhor de todos
quantos o recebam (At 4.8-12; 5.30,31).
Cristo - Esse nome é o que o revela como o Messias, o ungido. É o nome oficial e refere-se à sua
missão da parte do Pai na terra. A Bíblia confere unção a três oficios específicos na história do povo de Deus,
a saber: o de rei, de sacerdote e o de profeta (I Sm 16.1,12,13; Lc 1.31-33; Ex 30.30; Hb 4,14-16; I Rs
19.16; Lc 3 .21 ,22). A Bíblia converge esses três oficios sobre a pessoa de Jesus e Ele os exerce, pois é rei,
sacerdote e profeta.
Filho de Deus - É preciso ter o cuidado para não confundir a expressão no Antigo Testamento, pois
às vezes a expressão Filho de Deus refere-se a Israel (Ex 422; Os 11.1); aos anjos (Jó 1.6; 38.7; SI29.1),
aos crentes em Deus (Gn 6.2; SI 73.15; Pv 14.26). É o contexto da passagem bíblica onde se encontra a
expressão Filho de Deus que pode indicar de quem está tratando. Em relação a Cristo, Ele é o Filho de Deus.
Ele afirmou ser o Filho de Deus e os ·udeus rejeitar essa afirmaÇ.ij.o (Lc 22.67-71). O Evangelho de João
é o livro que mais fala da divindade de Cristo, chamando-o de Filho de Deus. Leia Jo 5.21,26. É a vontade
do Pai Celestial que todos honrem o Filho, como honram o Pai (Jo 5.19).
Filho do Homem - Este título é também encontrado nas páginas da Bíblia não se referindo a Jesus.
Ao profeta Ezequiel Deus o chama filho do homem para denotar sua limitação natural como homem (Ez 2.1).
No SI 8.4 e Dn 7.13, a expressão filho do homem é usada para designar o ser humano. Jesus a usou mais de
40 vezes em relação a si mesmo, confirmando assim sua plena humanidade, ao falar dos seus sofrimentos,
morte e ressurreição (Mt 12.40; 1722; 20.18,19,28). O Evangelho de João faJa especialmente do lado
divino de Jesus, enquanto Mateus, Marcos e Lucas o apresentam como o homem perfeito, entretanto João
enfoca as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana (10 1.51; 3.13,14; 6.27,51,62; 8.28).
6.7 - A Bíblia revela realmente a dupla natureza de Cristo, não uma dupla personalidade
Jesus ao manifestar-se como o verbo que se fez carne revelou possuir dupla natureza de modo distin-
to, a divina e a humana.
A natureza divina de Cristo. Pelos nomes e títulos atribuídos a Jesus Cristo, não é dificil perceber
a sua natureza divina. Havia perfeita e total coexistência das duas naturezas numa só pessoa. Quando Jesus,
como homem, interrogou seus discípulos, dizendo: Que dizem os homens ser o filho do homem? a resposta de
Pedro foi clara e objetiva: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo (Mt 16.15). Essa resposta declarava a
divindade de Cristo. A Bíblia afirma que Ele é desde o princípio (Jo 1.1,2) e diz também que ele estava no
princípio com Deus e era Deus.
A natureza humana de Cristo. A Bíblia testifica de modo claro a natureza humana de Jesus nas
palavras do apóstolo Paulo aos gálatas, quando diz que Jesus foi nascido de mulher (GI4.4). Essa declaração
é confirmada pelo relato do nascimento de Jesus, chamando-o filho de Maria, nascido em Belém da Judéia
(Lc 2.5-7); ao lhe dar o nome de Jesus (Lc 2.21) e ao confirmar a infância de Jesus(Lc 2. 52). Posteriormente,
já adulto, Jesus foi a uma sinagoga e foi reconhecido pelos presentes como o carpinteiro de Nazaré (Me 6.3).
Ele não conheceu pecado e não pecou, mesmo tendo oportunidade para pecar, porque Ele foi gerado pelo
Espírito Santo. A despeito de não ser propenso ao pecado, sua humanidade perfeita não o fez super-homem.
Ele foi um homem comum que se confundia com os demais do seu tempo (Is 53.2,3). Nele habitava toda a
plenitude ( CI 1. 19; 2.9) Ele experimentou a luta entre a carne e o espírito (Mt 26.41; Hb 4.15), sendo
vitorioso. A Bíblia declara que Jesus estava sujeito às mesmas leis da natureza humana, passando pelos
processos de desenvolvimento físico e mental (Lc 2,40,46) Ele conheceu a natureza humana enfraquecida e
experimentou a dor, tristezas, alegrias, fome e cansaço (Lc 10.21; Mt 26.38; Jo 4.6; 19.28).
7.1 - O apóstolo Paulo afirma em Efésios 6.13:
"Portanto tomai toda a armadura de Deus". Fé sem revestimento, muitas vezes nos traz decepções.
Todos os homens de fé que a Bíblia registra, precisam do revestimento de Deus para a peleja (At 6.8,55). O
mundo atual é um mundo vazio. São corações vazios de Deus e muitas vezes cheios do diabo. Somente uma
igreja revestida pode encarar este mundo. Muitos crentes tem reclamado que os dias atuais são de muita
carne. ABíblia diz em Rm 13.14: mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em
suas concupiscências. Revista-se do Senhor Jesus Cristo, através da sua palavra, da oração, da adoração e
da comunhão. Os nossos dias são dias de muita procura espiritual. Temos visto como os templos estão cheios
de pessoas na busca de algo que satisfaça suas necessidades Duas grandes necessidades: a fé e o revesti-
mento do Espírito Santo. Jesus disse aos discípulos: quando porém vier o Filho do Homem, porventura
achará fé na terra (Lc 18.8). Não esqueça o revestimento que Deus tem para dar (I Ts 5.8).
7.3 - O mundo em que vivemos necessita urgente de mensagens de esperança (Jo 8.13)
Sem ela o mundo tem vivido em constantes sofrimentos (I Ts 4.13). Cabe portanto à igreja, portadora
desta mensagem, divulgá-Ia com todos os recursos possíveis, pois esperança é uma das virtudes que perma-
necem (1 Co 13.] 3). E algo que incentiva a viver na presença de Deus. Esperança para os salvos é vida, é
regeneração. Fomos regenerados para uma viva esperança (I Pe 1.3).
Esperança precisa ser explicada àqueles que procuram saber sua razão em nossas vidas. A esperança
dos salvos tem uma razão (I Pe 3.15), razão que leva-nos a viver uma vida de santificação na presença do
Senhor, esperando-O a cada dia (I Jo 33), pacientemente como um lavrador espera pelos frutos. Finalizan-
do, podemos entender que a vida eterna em Cristo Jesus toma-se o maior resultado de esperança na vida do
cristão (Tt 1.2).
Salvação é uma palavra abrangente pois quando somos salvos, sentimo-nos seguros em Deus (SI
91.1) de todo o poder do pecado contra nossas vidas (Rm 6.14). Somos resgatados acima de tudo das
garras do diabo. A Bíblia diz em At 26.18 que o Senhor Jesus nos livrou do poder de Satanás e nos converteu
a Deus. Tal experiência tem acontecido hoje, em nossos dias com milhares de vidas que dantes presas, agora
libertas em Cristo Jesus, foram livres do presente século mal, segundo a vontade de Deus nosso Pai (GI 1.4).
Salvação abrange também o futuro. A Bíblia nos diz sobre a era vindoura, quando Deus estará julgando os
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atos dos homens dissolutos e maus que desprezam sua salvação em Cristo (Rm 2.5) e salvando de maneira
gloriosa e poderosa todos aqueles que em Cristo fizeram confissões de sua fé em Deus (Rm 10.10).
7.5 - Esta salvação final é descrita na carta aos Romanos, capítulo 8, quando Paulo diz:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está justamente com dores de parto até agora ... " e
continuando Paulo afirma que não somente a criação mas todos nós que temos as primícias do Espírito
também gememos esperando a redenção do nosso corpo.
Esta redenção final se dará no arrebatamento da igreja, quando seremos transformados à semelhança do
corpo de Jesus (Fp 3.21) e estaremos para sempre com o Senhor.
8.3 - Esta inspiração plenária atinge até as palavras usadas, inclusive a forma gramatical
Temos vários exemplos na Bíblia que mostram como a forma gramatical adequada que os autores
aplicaram serviu para explicar grandes e importantes doutrinas. Veja por exemplo Mt 22.32, onde Jesus
empregou o verbo ser na forma presente (Eu sou o Deus de Abraão, etc.) para provar a real existência de
vida após a morte.
Em GI 3. 16 vemos como a forma singular do substantivo posteridade foi usada para dar um
importan-
te ensino como a promessa dada a Abraão se cumpriu na pessoa de Jesus, o mesmo podemos ver também
em Hb 12.21; Jo 8.57 e em muitos outros exemplos.
8.4 - A Teologia modernista não aceita a doutrina sob a inspiração plenária da Bíblia
Eles concordam em aceitar que as idéias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados mas que as
palavras usadas no texto são um produto de autores, os quais estão sujeitos a erros. Outros concordam em
reconhecer a Bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais, porém em tudo que se relaciona
com ciência, biologia, geologia, história, etc a Bíblia não pode ser considerada uma autoridade. Eles dizem
abertamente: Errar é humano
Para dar uma aparência e piedade a respeito das coisas de Deus eles dizem:
A Bíblia contém a palavra de Deus mas ela não o é. Infelizmente esta crítica materialista contra a
veracidade da Bíblia tem se espalhado e onde ela chega faz como geada nas plantas ... mata-as. A falsamente
'chamada ciência faz com que aqueles que a professem se desviem da fé (I Tm 6.20,21).
Para os crentes convictos da sua salvação que vivem em comunhão com Deus e sentem a operação
do Espírito Santo em suas vidas esta crítica não gera problemas. Eles simplesmente rejeitam terminantemente
qualquer afirmativa contrária à Bíblia. Eles o fazem com convicção. A base desta rejeição é segura.
8.5 - Vejamos: Em primeiro lugar rejeitamos toda a crítica contra a palavra de Deus
Porque Jesus considerou as escrituras como a palavra de Deus (Mt 7.13) e o apoio Dele vale mais
que as idéias afirmativas de quem quer que seja.
r)
Rejeitamos a crítica modernista contra a veracidade da Bíblia porque seria uma ofensa contra Deus
que é perfeito. Em Mt 5.48 afirmam que a sua palavra contém erros e mentiras. A Bíblia afirma: A lei do
Senhor é perfeita (SI 19 7) É provada (SI 18.30) e fiéis são todos os seus mandamentos (SI 111. 7).
O que hoje se afirma em nome da ciência, amanhã outros os desfazem. Um grande teólogo alemão, A
Luescher constatou em uma de suas obras que no ano de 1.850 os críticos contra a Bíblia apresentaram 700
argumentos científicos contra a veracidade da Bíblia. Hoje, 600 destes argumentos já foram deixados por
descobertas mais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha que não muda por causa das
ondas do mar que se lançam contra ela.
Não queremos trocar a nossa fé na Palavra de Deus por consideração a homens que consideram a
sua sabedoria mais que a de Deus. Queremos que a nossa fé se apoie não na sabedoria humana, mas no
poder de Deus (1 Co 2.5).
Uma das artimanhas de Satanás é desacreditar a palavra de Deus, como palavra inspirada, usando
fatos e argumentos contra a Bíblia, entretanto em Hb 1.1 Deus tem falado aos homens, inspirado outros que
movidos pelo seu Espírito vão comunicar com exatidão a mensagem divina, tomando-se assim a Bíblia dife -
rente de todos os demais livros escritos na face da terra. Conhecer a inspiração divina da Bíblia é conhecer o
próprio Deus, movendo-se através do tempo, usando vidas chamadas e consagradas (Is 6.8) para realizar
seus propósitos.
9.1 - Para que sua palavra chegasse a nós
Deus usou homens que foram auxiliados e diretamente assistidos pelo Espírito Santo a fim de não
permitir que eles cometessem erros quando escreviam o registro fiel e verdadeiro da palavra de Deus.
Foram inspirados nas ocasiões em que Deus, pelo seu Espírito, atuava em seus corações (Il Pe 1.21).
Eram homens cheios de fraquezas, dúvidas, divergências, etc, mas quando estavam sob a atuação do Espírito
de Deus jamais falharam, pois estavam nas mãos de Deus
O apóstolo Paulo, homem de Deus, afirma sobre a inspiração da palavra dizendo: Toda a escritura
divinamente inspirada é proveitosa (II Tm 3.16). Paulo cria na inspiração da Bíblia. A inspiração de Deus
sobre a vida dos escritores do livro sagrado foi algo maravilhoso.
Os autores dos livros históricos, por exemplo, puderam separar a verdade do erro quando buscavam
as bases para as suas narrativas. Na verdade, os livros históricos estão recheados de ensinos vitais para a
nossa vida espiritual. O apóstolo Paulo falou disto (l Co 10 11), enfim, temos nas mãos um livro em que todos
os registros foram inspirados por Deus, a fim de que todo o ensino necessário acerca de todas as coisas da
vida fossem transmitidos de maneira singular.
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A palavra de Deus é inigualável quando se trata da inspiração, pois é o único que teve um autor
usando cada escritor para a grande tarefa que é a de escrever Sua Palavra. A inspiração da Bíblia torna-a um
livro moderno e suas mensagens atuais, não precisando em nada ser alterado. Isto se constitui na grande
prova de que a Bíblia é a imutável Palavra de Deus.
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10.3 - É outro fato que há uma extraordinária unidade e harmonia no conteúdo da Bíblia que
é sobrenatural e que está acima do homem
Todos nós sabemos quão dificil é encontrar urna história contada por três pessoas que não vivem
juntas, na qual não haja algumas contradições e discrepâncias. Se a história é longa e envolve uma grande
quantidade de detalhes, a unidade parece mais do que impossível entre os homens em geral. Mas isso não
acontece com a Bíblia. Temos aqui um livro escrito por mais de trinta pessoas diferentes.
Os escritores eram homens de todas as posições e classes sociais. Um foi legislador, outro um rei
belicoso, outro um rei pacífico, outro foi um boiadeiro. Um fora criado corno um publicano, outro corno
médico, outro foi criado como fariseu, dois corno pescadores, vários como sacerdotes. Viveram em tempos
diferentes durante um período de 1.500 anos e a maioria deles nunca viu um ao outro face a face. E ainda
assim há uma perfeita harmonia entre esses escritores.
Todos escreveram como se só uma pessoa ditasse para eles. O estilo e a forma de letra talvez variem,
mas a mentalidade que percorre todo o trabalho é sempre a mesrníssima. Todos eles narram a mesma história.
Cada um deles fez um relato ao cristão, do caminho da salvação ao coração humano. Vê-se corno a verdade
t)
é revelada e desenvolvida através deles enquanto se percorre todo o volume de seus escritos, mas nunca se
descobre qualquer contradição ou contrariedade real em seus pontos de vista.
10.4 - É outro fato que há uma extraordinária sabedoria, sublimidade e majestade no estilo
da Bíblia que está acima do homem
Por estranho ou inverosímil que pareça, os escritores da Bíblia produziram um livro que até hoje está
completamente sem concorrentes. Mesmo com nossas aparatosas realizações em ciência, arte, erudição, não
podemos produzir em literatura nada que possa ser comparado com a Bíblia, até agora o livro permanece
inteiramente exclusivo. Há nele um traço, um estilo e uma linha de pensamentos que os separa de todos os
outros escritos. Não há neles pontos fracos, deficiências ou defeitos. Não há nele mistura de enfermidade e
fraqueza assim como poderiam ser encontrados nos trabalhos até mesmo dos melhores cristãos.
"Santo, santo, santo", parece Ter sido escrito em cada página. É possivelmente absurdo falar em
comparar a Bíblia com outros pretensos "Livros sacros", como o Alcorão, Livro de Mórmons. Seria
como comparar o sol com uma vela, ou comparar a Catedral Saint Paul com uma choupana. Parece que
Deus permitiu a existência de supostas "revelações" a fim de provar a imensurável superioridade da Sua
própria Palavra.
E simplesmente uma tolice falar da inspiração da Bíblia como diferindo apenas em grau, de escritos
tais como os trabalhos de Homero, Platão, Milton e Shakespeare. Todo o leitor educado, honesto e sem
preconceitos verá que há um abismo intransponível entre a Bíblia e qualquer outro livro. Ao passar das
escrituras para outras coisas sentimos adentrar em uma nova atmosfera. Sentimos como alguém que trocou
ouro por simples metal: alguém que trocou o céu pela terra.
10.5 - E outro fato que há uma extraordinária exatidão nos casos e declarações da Bíblia que
é sobrenatural e que está acima do homem
Eis aqui um livro que foi terminado e se acha no cenário mundial por quase 1.900 anos. Esses anos
foram os mais ativos e os mais cheios de mudanças que o mundo já viu.
Durante esse período foram feitas as maiores descobertas científicas, as maiores mudanças nos cos-
tumes e hábitos da sociedade, os maiores aperfeiçoamentos dos hábitos e nos costumes da vida. Poderiam
ser mencionadas aqui centenas de coisas que satisfaziam e agradavam nossos antepassados e que colocamos
de lado há muito como sendo obsoletos, inúteis e antiquados.
As leis, os livros, as casas, as roupas, o comportamento de cada século sucessivo tem passado por
um contínuo aperfeiçoamento comparados com cada século anterior. Dificilmente existe algo no qual tenham
sido descobertos erros e pontos fracos. Quase não se encontra uma instituição que não tenha passado por um
processo de reforma, melhora e mudança. Mas durante todo este tempo o homem jamais descobriu um ponto
fraco ou defeito na Bíblia, os descrentes atacaram-na em vão. Aí está ela, perfeita, nova e completa, assim
como há denezove séculos atrás. A marcha da inteligência não a ultrapassa. A sabedoria dos eruditos nunca
vai além dela. A ciência dos filósofos nunca prova que ela está errada. As descobertas dos viajantes e dos
arqueólogos não a convence dos erros.
10.6 - É outro fato que há na Bíblia uma extraordinária adequação às necessidades espiritu-
ais de toda a humanidade.
Ela satisfaz exatamente o coração do homem de qualquer posição ou classe, de qualquer clima ou
país, de qualquer idade ou período de vida, é o único livro existente que nunca é inoportuno ou desatualizado.
Ela alimenta a mente do operário em sua cabana e satisfaz as inteligências gigantescas de um Newton ou de
um Faraday Ela é igualmente valiosa para o convertido da Nova Zelândia no hemisfério sul, o índio no
norte frio da América e para o hindu sob o solo tropical; além disso é o único livro que conserva frescor,
perenidade e novidade.
É um poço que nunca seca e campo que nunca se torna árido. Ela satisfaz os corações, as mentes e as
consciências dos cristãos do século atual tão plenamente como satisfez dos gregos e romanos quando foi
originalmente completada. Ainda é o primeiro livro que se ajusta à mente da criança quando começa a apren-
der religião e o último ao qual o homem idoso se apega antes de deixar este mundo. Em suma, ela é própria
para todas as idades, classes, climas, mentes e condições.
É o livro adequado para o mundo. Apresentamos tais fatos sobre a Bíblia diante dos estudiosos e
peço que considerem bem Reuna-os e considere-os imparcialmente, encarando-os com honestidade. Con-
siderados à luz de qualquer outro princípio que não seja de inspiração sobrenatural e divina, tais fatos são
inexplicáveis e não passíveis de esclarecimento. Eis aqui um livro escrito por uma sequência de judeus num
cantinho do mundo mas que permanece positivamente singular. Seus escritores não eram isolados e separa-
dos das outras nações de uma maneira peculiar, como também pertenciam a um povo que nunca produziu
qualquer outro livro de destaque a não ser a Bíblia.
Não há a mínima prova de que conseguissem - sem ajuda, por si mesmos - escrever algo notável
como os gregos e romanos, no entanto, esses homens deram ao mundo um volume que é perfeitamente ímpar
quanto à profundidade, unidade, sublimidade, exatidão, adaptação às necessidades do homem e poder de
influenciar seus leitores. Como isso pode ser explicado? No meu ver só existe uma resposta. Os escritores da
Bíblia foram divinamente ajudados e qualificados para o trabalho que fizeram O livro que nos elegeram foi
escrito por inspiração de Deus. É óbvio que sei que os deístas, agnósticos e descrentes não vêem nada nos
fatos que acabo de apresentar. Tais infelizes parecem cegos diante das enormes dificuldades de sua própria
posição. Temos todo direito de perguntar-Ihes de que maneira é possível explicar a origem e natureza da
Bíblia, se não concordarem que ela é de autoria divina. Temos o direito de dizer: Eis aqui um livro que não só
atrai ao exame como também exige investigação. Desafiamo-Io a contar como foi escrito tal livro, uma vez
que negam sua inspiração.
10.7 - Como podem explicar o fato desse livro permanecer inteiramente único
Não havendo sido escrito nada igual a ele, nem semelhante a ele, nem apropriado para lhe ser
comparado por um minuto? Desafio-os a dar qualquer resposta racional com base em seus próprios prin-
cípios. Baseados em nossos princípios, nós podemos É simplesmente ridículo alguém dizer que a mente do
homem por si só produziu a Bíblia. É pior do que ridículo, é o cúmulo da ingenuidade. Em suma, é mais
dificil não crer na inspiração do que crer nela. É verdade que existem coisas dificeis de se entender, mesmo
aceitando as escrituras como sendo a Palavra de Deus. Mas, afinal de contas, não se comparam com as
coisas dificeis que sempre surgirão exigindo solução, se rejeitamos a inspiração. Não há alternativa. Ou os
homens crêem em coisas grosseiramente improváveis ou aceitam a grande verdade geral de que a Bíblia é
a inspirada Palavra de Deus.
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v)
u)
11.6 - A dificuldade, porém, está em entender como eles fazem para separar as idéias
das palavras
Finalmente alguns concordam com a total inspiração da Bíblia, no entanto alegam a possibilidade
de os escritores terem cometido erros ocasionais em suas declarações e que tais erros realmente persis-
tem até hoje. Discordo total e inteiramente de todos esses pontos de vista, todos eles me parecem, uns
mais, outros menos defeituosos, carentes da verdade, perigosos em sua tendência e sujeitos a graves e
insuperáveis obsessões.
12.1 - Cânon ou escrituras canônicas é a coleção completa dos livros divinamente inspirados
Que constituem a Bíblia. Cânon é a palavra grega e significa, literalmente, "vara reta de medir", assim
como uma régua de carpinteiro.
No Antigo Testamento o termo aparece no original em passagens como Ezequie140.5: "Vi um muro
exterior que rodeava toda a casa e, na mão do homem uma cana de medir de seis côvados, cada um dos quais
tinha um côvado e um plano, ele mediu a largura do edifício, uma cana e a altura, uma cana".
O Cânon do Antigo Testamento, como o temos atualmente, fícou completo desde o tempo de
Esdras após 445 a.C. Entre os judeus tem ele três divisões, as quais Jesus citou em Lucas 24.44 - Lei,
Profetas e Escrituras.
A disposição ou ordem dos livros no cânon hebraico é também diferente da nossa. Damos a seguir
essa disposição, dentro da Tríplice divisão do cânonjá mencionada (Lei, profetas e escrituras).
Lei - 5 livros
12.5 - Os cinco rolos eram assim chamados por serem separados, lidos anualmente em
festas distintas:
- Cantares - na Páscoa em alusão ao êxodo.
- Rute - no Pentecoste, na celebração da colheita, em seu início.
- Ester, na festa do Purin, comemorando o livramento de Israel da mão do mau Hamã.
- Eclesiastes - na festa dos Tabernáculos - festa de gratidão pela colheita.
- Lamentações - no mês de Abibe, relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos.
No cânon hebraico também os Livros não estão em ordem cronológica. Os judeus não se preocupa-
vam com um sistema cronológico. Também pode haver nisto um plano divino. A nossa divisão de 39 livros
vem da Septuaginta, através da Vulgata Latina.
A Septuaginta foi a primeira tradução das escrituras, feita do hebraico para o grego , cerca de 285
a.C. Também a ordem dos livros por assuntos nas nossas Bíblias vem dessa famosa tradução. Nas palavras
de Jesus em Lucas 2444, Ele chamou Salmos à última divisão do cânon hebraico, certamente porque esse
livro era o primeiro dessa divisão. Segundo a nossa divisão o Antigo Testamento começa com Gênesis e
termina em Malaquias, porém segundo a divisão do cânon hebraico o primeiro livro é Gênesis e o último é
Crônicas. Isto é visto claramente nas palavras de Jesus em Mateus 23.35 - o caso de Abel está em Gênesis
e o filho a Baraquias está em Crônicas.
As Epístolas de Paulo - Foram os primeiros escritos no Novo Testamento. São 13: de Romanos a
Filemon. Foram escritas entre 52 e 67 d. C. Pela ordem cronológica o primeiro livro do N ovo Testamento é
1 Tessalonicense, escrito em 52 d.C. II Timóteo foi escrito em 67 d.C. pouco antes do martírio do apóstolo
Paulo, em Roma. Esses livros também foram os primeiros aceitos como canônicos. Pedro chama os escritos
de Paulo de escrituras - título aplicado somente a palavra inspirada de Deus (Il Pe. 3.15,16).
Os Atos dos Apóstolos - Escritos em 63 d.C. no fim dos dois anos da primeira prisão de Paulo em
Roma (At 28.30).
Os Evangelhos - Estes, a princípio, foram propagados oralmente. Não havia perigo de enganos e
esquecimentos porque era o Espírito Santo que lembrava tudo e Ele é infalível 00 14.26). Os Sinóticos foram
escritos entre 60 e 65 d.e., cita Mateus 10.10. João foi escrito em 85. Entre Lucas e João foram escritas
quase todas as epístolas. Nota-se que Paulo chama Mateus e Lucas de escrituras ao citá-I os em I Tm 5.18.
O original dessa citação está em Mateus 10.10 e Lucas 10.7.
13.6 - Osjudeus cumpriram a missão de transmitir ao mundo os oráculos divinos (Rm 3.2)
A igreja também cumpriu sua parte transmitindo as palavras e ensinos do Senhor Jesus, bem como as
que Ele, pelo Espírito Santo inspirou aos escritores sacros. Ele mesmo disse: Tenho muito que vos dizer ...
mas o Espírito de verdade ... dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir (10 16.12,13).
Clemente de Roma na sua carta aos Corintios em 95 d.C. cita vários livros do Novo Testamento.
Policarpo na sua carta aos Filipenses cerca de 110 d.C. cita diversas epístolas de Paulo.
Inácio por volta de 110 cita grande número de livros em seus escritos .
Justino o mártir nascido no ano da morte de João escrevendo em 140 d.C. cita diversos livros do
Novo Testamento.
Irineu (130-200 d.e) cita a maioria dos livros do Novo Testamento chamando-os de escrituras.
Origenes ( 185-200 d. e) - homem erudito, piedoso e viajado dedicou a sua vida ao estudo das
escrituras. Em seu tempo os 27 livros já estavam completos; ele os aceitou, embora com dúvida sobre alguns
(Hebreus, Tiago, I1 Pedro, II e Ill João).
bb)
Se entrarmos em detalhes sobre o último livro do Antigo Testamento em ordem cronológica - Malaquias
- teremos uma variação de espaço de tempo como veremos a seguir.
O Pentateuco, como já vimos, foi iniciado cerca de 1.491 a.C. MaJaquias, o último livro do Antigo Testa-
mento por ordem cronológica, foi escrito em 445 no final do governo de Neemias e do sacerdócio de Esdras.
É a partir deste ano que Malaquias entra em cena. Quando ele escreveu talvez Neemias não
estivesse mais na Palestina porque não menciona em seu livro, como fazem Ageu e Zacarias, profetas seus
antecessores, os quais mencionam Zorobabel e Josué, respectivamente, governador e sacerdote dos reparos
(ver Zacarias, capítulo 3 e 4 e Ageu 1.1). Malaquias não menciona nominalmente Neemias, apenas menciona
o governador (Mil. 9). O próprio livro de M alaquias apresenta outras evidências internas que o colocam de
432 em diante, como passamos a mostrar
Em Malaquias 2.10-16, vê-se que os casamentos ilícitos que Esdras corrigira antes de Neemias,
516 (Ed 9 e 10), estavam ocorrendo outra vez. Isto coincide com o estado descrito em Neemias 13,
acontecido em 432
Em Malaquias 3.6-12 havia pobreza no tesouro do templo. Situação idêntica a de Neemias 13,
reinante em 432.
As referências de Malaquias 1.13; 2.17; 3.14 indicaram que o culto levítico já havia sido restaurado
há bastante tempo. Essa restauração temo-Ia ampliada em Neemias 12.44ss., portanto Malaquias deve ter
sido escrito cerca de 432 a.C. Repetimos o que dissemos a pouco: a data 445 é apenas um ponto de
referência quanto ao encerramento do cânon do Antigo Testamento. Foi esse ano em que Esdras iniciou seu
grande ministério entre os repartidos de Israel. Se descemos a detalhes quanto ao livro de Malaquias, parti-
remos de 432.
Malaquias é o último livro do Antigo Testamento, quanto à sua ordem cronológica. Quanto à disposi-
ção dos livros no corpo do cânon hebraico, o último livro é 11 Crônicas, como já mostramos.
Quando se fala do espaço total de tempo que vai da escrita do Pentateuco ao Apocalipse é preciso
intercalar os 400 anos do período interbíblico ocorrido entre os Testamentos, o que dará um total de 1.542
anos (1046+96+400). Por isso se diz que a Bíblia foi escrita no espaço de dezesseis séculos. Este é o
período no qual o cânon foi completado. Noutras palavras: o cânon abrange na história um total de 1.142
anos aproximadamente.
Josefo rejeitou-os totalmente. Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico.
Jamais foram citados por Jesus nem foram reconhecidos pela igreja primitiva.
Jerônimo, Agostinho, Atanásio, Julio Africano e outros homens de valor primitivo dos cristãos opuse-
ram-se a eles naqualidade de livros inspirados.
Apareceram a primeira vez na Septuaginta, a tradução do Antigo Testamento foi feita do hebraico
para o grego. Quando a Bíblia foi traduzi da para o latim, em 170 d.C. seu A. T. foi traduzido do grego da
Septuaginta e não do hebraico.
Quando Jerônimo traduziu a Vulgata, no início do século V (405 d.C,) incluiu os apócrifos oriundos da
Septuaginta, através da antiga versão latina de 170 porque isso lhe foi ordenado, mas recomendou que esses
livros não poderiam servir como base doutrinária.
- III Esdras
- IV Esdras
_. A oração de Manassés.
Os livros apócrifos de III e IV Esdras são assim chamados porque nas Bíblias de edição católico-
romana o livros de Esdras é chamado de I Esdras e o de Neemias é chamado de II Esdras. A igreja romana
aprovou os apócrifos em 18 de abril de 1 .546 para combater o movimento da reforma protestante, então
recente. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas romanistas do purgatório,
A igreja romana via nos apócrifos base para essas doutrinas e apelou para eles aprovando-os como
canônicos. Nesse tempo os jesuitas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre apócrifos eram de
dd)
dominicanos contra franciscanos. O cardeal Pallavacini em sua História Eclesiástica declara que em pleno
concílio 40 bispos dos 49 presentes travaram luta corporal, agarrando as barbas e batinas uns dos outros ...
Foi nesse ambiente espiritual que os apócrifos foram aprovados' A primeira edição da Bíblia romana com os
apócrifos deu-se em 1.592 com autorização do Papa Clemente VIII.
A aprovação dos apócrifos pela igreja romana foi uma intromissão dos católicos em assuntos judaicos
porque quanto ao cânon do Antigo Testamento o direito é dos judeus e não de outros. Além disso o cânon do
Antigo Testamento estava completo e fixado há muitos séculos.
Entre os católicos corre a versão de que a Bíblia de edição protestante é falsa. Quem contudo
comparar a Bíblia editada pelos evangélicos com a editada pelos católicos há de concordar em que as
duas são iguais, exceto na linguagem e estilo que são peculiares a cada tradução. O que alegam contra
a nossa Bíblia é que lhe faltam livros e partes de outros mas essa falta é de livro e de parte de livros
apócrifos como os mencionados.
ee)
ff)
Hebraico - Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, o idioma oficial da nação israelita,
exceto algumas passagens de Esdras, Jeremias e Oaniel que foram escritas em aramaico, a mais extensa é
Oaniel que vai de 2.4 a 7.28.
O hebraico faz parte das línguas semíticas que eram faladas na Ásia Mediterrânea exceto em bem
poucas regiões As línguas semíticas formavam um ramo dividido em grupos, sendo o hebraico integrante do
grupo cananeu. Este compreendia o litoral oriental do Mediterrâneo incluindo a Síria, a Palestina e o território
que constitue hoje a Jordânia. Integrava também o grupo cananeu de línguas, o ugarítico, o fenício e o moabítico.
O fenicio tem muita semelhança com o hebraico.
O primitivo alfabeto hebraico é oriundo do fenicio, segundo a opinião dos versados da matéria. Tudo
leva a crer que Abraão encontrou esse idioma em Canaã, ao chegar ali, ao invés de trazê-I o da Caldéia. Em
Gênesis 31.47 vê-se que Labão, o sobrinho de Abraão, vivendo em sua terra, a Caldéia, falava aramaico, ao
passo que Jacó, recém chegado de Canaã falava o hebraico.
A língua hebraica é chamada no Antigo Testamento língua de Canaã (Is 19.1) e língua judaica ou
Judaico (ll Rs 18.26,28; 1s 36.13). Como a maior parte das línguas do ramo semítico, o hebraico lê-se da
direita para a esquerda. O alfabeto compõe-se de 22 letras todas consoantes. Há sinais vocálicos sim, mas
não podemos chamá-Ios de letras.
Sabe-se agora que a forma primitiva dos caracteres hebraicos estava em uso na Palestina 1.800 anos
antes de Cristo. Exemplos mais recentes das letras hebraicas há no Calendário de Gézer (950 a 920 a. C.), na
Pedra Moabita (850 a.c.), na inscrição de Siloé (702 a.C.} e e alguns fragmentos dos escritos achados junto
ao Mar Morto, a partir de 1.947 Esta forma primitiva do hebraico passou por modificações com o correr do
tempo. Após o exílio teve início a chamada escrita quadrada de que por fim foi pelos massoretas convertida
na atual forma do alfabeto hebraico, uma forma quadrada modificada.
A escrita hebraica dos tempos antigos só empregava consoantes sem qualquer sinal de vocalização.
Os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a leitura, o que dava origem a constantes enganos, uma
vez que havia palavras com as mesmas consoantes, mas com acepções diferentes, quer dizer, a pronúncia
exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o contexto e a tradição. É por causa disso que se
perdeu a pronúncia de muitas palavras bíblicas.
Qualquer texto bíblico posterior ao século VI é chamado de massorético porque contém sinais
vocálicos. Os mais famosos eruditos massoretas foram os judeus Moses bem Asher e seus filhos Arão e
Naftali, que viveram e trabalharam em Tiberíades, na Galiléia.
Além do texto massorético há outro texto hebraico das escrituras e do Pentateuco Samaritano que emprega
os antigos caracteres hebraicos. É de tempo pré-cristão. São portanto dois tipos de textos que temos em
hebraico o massorético e o pentateuco samaritano.
15.3 - O aramaico
É um idioma semítico falado desde 2.000 anos a.C. em Arã ou Síria, que é a mesma região. Arã é
hebreu, Siria é grego. Nas Escrituras o território da Síria não é o mesmo de hoje, o que acontece também com
outras terras bíblicas.
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o primitivo território estendia-se das montanhas do Líbano até além do rio Eufrates, incluindo Babilônia,
Mesopotâmia superior (conhecida na Bíblia por Arã-Naaraim e Padã-Arã-Gn 25.20) e outros distritos. Era
ainda falado numa grande área da Arábia Pétrea.
A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro de Israel em 722
a.C. na Assíria e continuando através do cativeiro do reino de Judá em 587 na Babilônia. Em 536 a.C.
quando Israel começou a regressar do exílio falava-se o aramaico como língua vernácula.
E por esta razão que no tempo de Esdras as escrituras, ao serem lidas em hebraico em público, era preciso
alguém que pudesse interpretá-Ias para compreenderem o seu significado (Ne 8.5,8).
15.4 - No tempo de Cristo o aramaico tornara-se a língua oficial dos judeus e nações vizinhas
Estas foram influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais dos arameus na Ásia Menor
e no litoral do mediterrâneo. Em 1.000 a.c. o aramaico já era uma língua internacional do comércio nas
regiões situadas ao longo das rotas comerciais no oriente. O aramaico é também chamado siríaco no norte (Il
Rs 18.26; Ed 4.7; Dn 2.4 ARe) e também caldaico no sul (Dn 1.4). Tinha o mesmo alfabeto que o hebraico,
só diferia nos sons e na estrutura de certas partes gramaticais.
Do mesmo modo que o hebraico não tinha vogais, a partir de 800 a.C. é que os sinais vocálicos foram
introduzidos. É muito parecido com o hebraico.
O aramaico foi a língua do senhor Jesus, de seus discípulos e da igreja primitiva em Jerusalém. Em
Mateus 5.18 quando Jesus diz que a menor letra é o J (jota, em aramaico iode) pois somente neste é que se
verifica isto (a letra iode originou o nosso i).
O hebraico foi de fato absorvido pelo aramaico mas continuou sendo a língua oficial do culto divino
nos templos e sinagogas, dos rolos sagrados e dos rabinos e eruditos. Havia escolas de rabinos, inicia lmente
em Jerusalém e depois da queda daquela cidade, em Tiberíades. Havia escolas semelhantes noutros centros
judaicos. As conquistas árabes e propagação do islamismo em largas áreas da Ásia, África e Europa reduziu
e por fim destruiu a influência do aramaico.
Por sua vez o hebraico, sendo língua morta, começou a ressurgir. Para que se cumprissem as profeci-
as referentes a Israel era necessário que a língua revivesse e assumisse a posição que hoje desfruta na família
das nações modernas.
15.5 - O ararnaico ainda sobrevive numa remota e pequena vila da Síria, chamada Malloula,
com a população de 4.000 habitantes.
Devido aos hebreus terem adotado o aramaico como a língua, este passou a chamar-se hebraico,
conforme se vê em Lucas 23.28; João 5.2; 19.13,17,20; Atos 21.40;26.14; Apocalipse 9.11, portanto
quando o Novo Testamento menciona o hebraico, trata-se na realidade do aramaico. Marcos, escrevendo
para os romanos, põe em Aramaico 5.41 e 15.34 do seu livro; já Mateus que escreveu para os judeus
: escreve a mesma passagem em hebraico (Mt 27.46)
O Antigo Testamento contém além do hebraico e aramaico algumas palavras persas como tirsata (Ed
2.63) e sátrapa (Dn 3.2).
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15.6 - O grego
Esta língua em que foi originalmente escrito o Novo Testamento. A única dúvida paira sobre o livro de
Mateus que muitos eruditos afirmam ter sido escrito em aramaico. O grego faz parte do grupo de línguas
arianas. Vem da fusão dos dialetos dórico e ático. Os dóricos e os áticos formam duas principais tribos que
povoaram a Grécia. É a língua de expressão mais precisa e das línguas bíblicas é a que mais se conhece
devido a ser mais próxima da nossa.
O grego do Novo Testamento não é grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem da
rua, dos comerciantes, dos estudantes que todos podiam entender era o Koiné. Este dialeto formou-se a
partir das conquistas de Alexandre em 336 a.C. Nesse ano Alexandre subiu ao trono e no curto espaço de 13
anos alterou o rumo da história do mundo. A Grécia tomou-se um Império Mundial.
Deus preparou deste modo um veículo linguístico para disseminar as novas do Evangelho até os confins do
mundo, no tempo oportuno.
Até no Egito o grego se impôs pois a bíblia traduzida do hebraico para o grego - chamada Septuaginta
- era uma tradução grega do hebraico, cerca de 285 a.C. Nos dias de Jesus os judeus entendiam quase tão
bem o grego quanto o aramaico, haja vista que a Septuaginta em grego era popular entre os judeus.
Nos primórdios do cristianismo o evangelho pregado ou escrito em grego podia ser compreendido
pelo mundo todo. Só Deus poderia fazer isto' Ele não enviaria seu filho ao mundo sem que tudo estivesse
preparado, inclusive uma língua conhecida por todos (ver Me 1.15; GI 4.4).
16.1 - A história da Bíblia e como chegou até nos é encontrada em seus manuscritos
Manuscritos são rolos ou livros da antiga literatura, escritos à mão. O texto da Bíblia foi preservado e
transmitido mediante os seus manuscritos. Nos tratados sobre a biblia, a palavra manuscrito é sempre indicada
pela abreviaturaMS, no plural MSS. Há, em nossos dias, cercade4.000 MSS da Bíblia preparados entre os
séculos Il e Xv.
A Bíblia foi impressa ~eira vez no~! em 194~a Imprensa Bíblica Brasileira.
Entre as bíblias mais populares do mundo está a em português.
17.1 - Ao ordenar que a sua palavra fosse escrita num livro, Deus a fez herança e bênção
para todos os povos
E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem
falado falaremos e obedeceremos (Ex 24.7). A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de
rolo (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta aquática que crescia junto aos
rios, lagos e banhados do oriente cuja entrecasca servia para escrita. Pergaminho é a pele de animais curtida.
Seu uso é mais recente que o papiro, vem desde os primórdios da era cristã, apesar de já ser conhecido antes .
É também mencionado na biblia, como em II Timóteo 4.13.
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim vemos que a
princípio os livros sagrados não estavam reunidos uns aos outros como os temos agora em nossa bíblia. O
que tornou isso possível foi a invenção do papel no século II pelos chineses, bem como a do prelo de tipos
móveis em 1450 d.C. por Guttemberg, tipógrafo alemão. Até então era tudo manuscrito pelos escribas de
modo laborioso, lento e oneroso.
Quanto a este aspecto da difusão da sua palavra, Deus tem abençoado maravilhosamente de modo
que hoje em dia milhões de exemplares das escrituras são impressos com rapidez e facilidade em muitos
pontos do globo. Também graças ao progresso alcançado no campo das invenções e da tecnologia hoje
podemos transportar com toda comodidade um exemplar da bíblia, coisa impossível nos tempos primitivos.
Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais os rolos sagrados das escrituras hebraicas continuam em uso
nas sinagogas judaicas.
N ornes da Bíblia - Os nomes mais comuns que a bíblia dá a si mesma, isto é, nomes canônicos são:
nn) Escrituras (Mt 21.42)
oo) Sagradas Escrituras (Rm 1.2)
pp) Livro do Senhor(ls 34.16)
qq) A Palavra de Deus (Mc 7.13)
rr) Oráculos de Deus (Rm 3.2 - ARA).
a) Lei - São 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. São comumente chama-
dos de O Pentateuco Esses livros tratam da origem de todas as coisas, da lei e o estabelecimento
da nação de Israel.
b) História - São 12 livros: de J osué a Ester Registram fatos ocorridos no período compreendido
pela teocracia, monarquia, reino dividido e pós cativeiro de Judá.
c) Poesia - São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão. São chamados poéticos não porque sejam
cheios de imaginação e fantasias, mas devido ao gênero do seu conteúdo. São também chamados
devocionais.
d) Profecia - São 17 livros: de Isaías a Malaquias Estes estão divididos em profetas maiores (Isaías
a Daniel- 5 livros) e profetas menores (Oséias a Malaquias - 12 livros).
a) Biografia - São os 4 evangelhos - Descrevem a vida terrena de Jesus Cristo e o seu glorioso
ministério. Todos os livros que os precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus
Cristo e os que lhe seguem são as explicações da doutrina de Cristo.
b) História - É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história dos primeiros anos da igreja, seu viver,
a pregação do evangelho, tudo feito na força do Espírito Santo, conforme Jesus prometera (At ] .8).
c) Epístolas - São 21 epístolas ou cartas e vão desde romanos até a epístola de Judas. Elas contém
a doutrina da igreja.
d) Profecia - É o livro de apocalipse ou revelação. Trata dos eventos que terão lugar na terra imedi-
atamente após o arrebatamento da igreja do Senhor Jesus Cristo.
17.6 - Melhor proveito terá do estudo da Bíblia aquele que melhor souber manuseá-Ia.
Os pontos abordados a seguir, ajudar-lhe-ão a ter o aproveitamento que tanto deseja na leitura e
estudos das Escrituras.
Como ler e escrever referências bíblicas - O sistema mais simples e rápido para escrever referên-
cias bíblicas é o seguinte: duas letras, sem ponto para cada livro da bíblia. Por exemplo:
- I Jo 2.4 (1 João capítulo 2 versículo 4)
- Já 2.4 (Já capítulo 2 versiculo 4)
- Jn 2.4 (lonas capítulo 2 versículo 4)
- I Pe 5.5 (1 Pedro capítulo 5 versículo 5)
- Fp 1.29 (Filipenses capítulo 1 versículo 29)
- Fm v. 14 (Filemon versículo 14)
De acordo com o texto bíblico básico desta lição (Ot 17. 14,15,18-20) os reis de Israel tinham o
dever de possuir um traslado da lei do Senhor e nele lerá todos os dias da sua vida para que aprenda a temer
o senhor teu Deus, para guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para fazer com que o seu
coração não se levante sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento nem para a direita, nem para a
esquerda, para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.
Face a disponibilidade de adquirir e ler a Bíblia Sagrada, mais que um privilégio, constitui-se num
sagrado dever da nossa parte lê-Ia e dela jamais nos desviarmos.
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18.1 - A importância da Bíblia consiste em ser ela a bússola e guia divino para o homem que
busca cumprir com a vontade de Deus
Lâmpadas para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos (SI 119.105)
Por milênios Deus se revelou ao homem através de suas obras, isto é, a criação (Rm 1.20; SI 19.1-6)
porém segundo o seu propósito, chegou o tempo em que Ele desejou alcançar o homem com uma revelação
maior, o que fez em forma dupla:
- Através da Bíblia - a palavra escrita
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Esta dupla revelação é muito especial pois tornou-se necessária devido a queda do homem.
Desse modo o estudo das escrituras se impõe como o principal meio do homem natural vir a conhecer
Deus e a sua vontade para com sua vida, bem como do crente conhecer o propósito santificador de Deus
para si e para todos os salvos
O estudo da bíblia é uma necessidade que impõe ao crente por causa do grande alcance que o livro
divino tem O seu estudo.
Prepara o crente para responder àqueles que lhe pedem razão da fé que nele há (1 Pe 3.15). Isto
importa no fato de que o testemunho cristão só é válido quando fundamentado no conhecimento e prática da
palavra de Deus.
Faz o obreiro aprovado quanto ao correto manejo da palavra da verdade (Il Tm 2.15). Homens
e mulheres que manejam bem a palavra de Deus! Eis uma das grandes necessidades da igreja do Senhor
neste século]
Acrescenta a fé do crente quanto ao fato de as escrituras serem a infalível palavra de Deus (ls 34. 16).
O valor espiritual das escrituras tende a arraigar-se em nossa convicção à medida da nossa aplicação à leitura.
Dá luz e entendimento aos simples (SI 119.130). A ignorância espiritual do crente não se dá pela
ausência de formação acadêmica, mas pela falta de apego a revelação divina manifestada nas escrituras.
Ninguém é tão sábio quando ignora a palavra de Deus, nem tão indouto como possa imaginar quando
ama o livro da lei do Senhor.
18.2 - Dentre outras razões porque o crente deve ler e estudar a bíblia
Podemos destacar as seguintes:
A Bíblia é o manual do crente, sendo a Bíblia o livro-texto do cristão, é imperioso que este maneje-
a bem para o eficiente desempenho de sua missão (11 Tm 2.15) Um bom profissional sabe empregar bem as
ferramentas de seu oficio. Essa eficiência não é automática, vem pelo estudo e pela prática. Assim deve ser o
crente em relação à Bíblia sagrada. Entre as promessas de Deus àqueles que conhecem devidamente a sua
palavra temos a de lsaías 55.11: Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia,
antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.
A Bíblia alimenta nossas almas (Mt 4.4; Jr 15.16; 1 Pd 2.2). Não há dúvida que o estudo da
palavra de Deus traz nutrição e crescimento espiritual. Ela é tão indispensável à alma como o pão é ao corpo.
Nas passagens citadas ela é comparada ao alimento, porém este só nutre o corpo quando é absorvido
pelo organismo. O texto de 1 Pd 2.2 fala do intenso apetite do recém-nascido; assim deve ser o nosso apetite
pela palavra divina. Bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde espiritual.
deixar que ela domine todas as esferas da nossa vida, nossos pensamentos, nosso coração e assim molde
todo o nosso viver diário. Em suma: precisamos ficar saturados da palavra de Deus.
A Bíblia enriquece a vida do cristão (SI 119.72). Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito
Santo primeiramente (Ef 1.17). A pessoa que procurar entendimento bíblico somente através da capacidade
intelectual muito cedo desistirá. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus (I Co 2.10).
Leia a Bíblia conhecendo o seu autor. Isto é de suprema importância. É a melhor maneira de
estudar a Bíblia, ela é o único livro cujo autor está presente quando o lemos. O autor de um livro pode
explicá-Io como ninguém A Bíblia é um livro fácil e ao mesmo tempo dificil; simples e ao mesmo tempo
complexo Não basta ler suas palavras e analisar detidamente suas declarações. É preciso conhecer e amar a
Deus, o seu autor.
É\ Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19). Esta regra é excelente. É estimado que 90 dos crentes não
\ lêem a Bíblia diariamente; portanto não é de admirar haver tantos deles frios e infrutíferos no testemunho e
no
serviço cristão. Mais do que isto: são anãos, raquíticos, mundanos, carnais e indiferentes, nervosos e
iracundos.
Não basta assistir aos cultos, ouvir sermões ou testemunhos, assistir estudos bíblicos e ler boas obras
de literatura cristã. É preciso ler a Bíblia individualmente. Há crentes que só comem espiritualmente quando
lhe dão comida na boca É a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc. Se ninguém lhe der
comida ele morrerá de inanição espiritual.
Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual é de capital importância para o êxito no estudo
bíblico. A atitude correta é a seguinte:
Estudar a Bíblia como a palavra de Deus e não como uma obra literária qualquer.
Estudar a Bíblia com o coração e em atitude devocional e não apenas com o intelecto.
Leia a Bíblia toda - Há uma riqueza insondável nisso I É a única maneira de conhecer a verdade
completa dos assuntos tratados na Bíblia, visto que a revelação de Deus é progressiva. Corno o irmão pensa
compreender um livro que nem sequer leu ainda? Podemos ler a Bíblia toda, porém,jamais a compreendere-
mos toda. Sendo a palavra de Deus ela é infinita. Mesmo as mentes mais férteis são incapazes de abarcá-Ia
completamente. Não há no mundo ninguém capaz de esgotar ou dissecar a Bíblia.
18.6 - A diferença básica entre a Bíblia e os outros livros que lemos ao longo da vida
É que não temos nenhuma obrigação moral de obedecer ao que estes ensinam, enquanto que a Bíblia
é um livro escrito não apenas para ser lido, mas é principalmente para ser obedecido.
Aplique a Bíblia à sua vida - Você sabia que é de nenhum valor conhecer a letra das escrituras,
contudo se não se dispuser a obedecê-Ia? Satanás conhece a Bíblia e é capaz de citá-Ia decoradamente como
fez diante de Jesus enquanto o tentava no deserto (Mt 4.6). Acontece que esse conhecimento do tentador não
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é capaz de diminuir, ainda que por um pouco, a impiedade e maldade do seu vil coração.
Aplicando a Bíblia à nossa vida, sem dúvida poderemos dizer corno disse o salmista Davi: Escondi a
tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti (SI 119.11).
No contexto de toda essa confusão, o crente e estudioso da Bíblia tem grande vantagem sobre as
demais pessoas. Com o jornal da cidade numa das mãos e a Bíblia na outra ele é capaz de detectar tanto os
problemas quanto de aplicar eventuais soluções a eles. Ele vê o mundo moribundo espiritualmente enfermo.
Toda a cabeça está enferma e todo o corpo fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã,
senão feridas e inchaços e chagas podres e não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com
óleo (Is 5.6). Tudo isto porque corno disse João todo o mundo está no maligno (I Jo 5.19).
t 8.7 - Conclusão
Se a Bíblia é o que dizemos ser para a nossa vida, guardemo-nos da atitude farisaica de lê-Ia e,
inclusive proferi-Ia sem que ela seja parte inseparável do nosso caráter. I-'
No princípio da obra pentecostal no Brasil era mui comum ouvir-se pessoas não-crentes se referi-
rem aos pentecostais corno os Bíblias decorrente do apego ao livro e à prática da Bíblia. Deveríamos nos
penitenciar diante de Deus pelo nosso gradual afastamento das verdades e virtudes do evangelho
propugnadas na Bíblia.
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Procura apresentar-se a Deus aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade (Il Tm 2.15).
A Bíblia é incomparável- Nenhuma obra literária pode ser comparada à Bíblia. Sua inspiração ê
superior a de qualquer outro tipo de literatura porque é a palavra de Deus. Os judeus antigos tinham o
cuidado de manter os documentos originais escritos em papiros e pergaminhos e por isso copiavam os ma-
nuscritos originais das Escrituras Sagradas com o maior cuidado. Quando se deparavam com o nome de
Deus os copistas paravam, limpavam as penas de escrever e depois tornavam a molhá-Ias no tinteiro e
reverentemente escreviam o nome de Deus, tal era a importância que davam.
A reunião de todos os livros da Bíblia foi feita segundo um critério de cuidadosa escolha que identifi-
casse os livros realmente inspirados e os não inspirados. Esse critério de 'seleção obedecia a certos princípios
e com a orientação do Espírito Santo chegou-sé ao número de66 livros, os quais foram reconhecidos como
inspirados e autênticos.
A Bíblia apresenta a origem do homem e o propósito de sua existência - São muitas as teorias
científicas e filosóficas acerca da origem do homem e a natureza do seu destino, mas somente a Bíblia dá a
explicação satisfatória.
Para estudarmos acerca de Deus consideremos o vocábulo que melhor abrange esse estudo: teologia.
Essa palavra tem sido rechaçada ignoradamente por alguns de nós como se ela ofendesse a Deus, entretanto
a palavra teologia vem de duas palavras gregas: Theos - Deus e logia que significa estudo, tratado, portanto,
teologia é estudo acerca de Deus.
Não há nenhum outro livro que, como a Bíblia, ensine acerca de Deus. Só a Bíblia fala de Deus de
modo direto e singular pois ela é a palavra do próprio Deus (10 17.3) embora ele tenha se revelado a Si
mesmo de várias maneiras a Bíblia é a revelação mais autêntica e detalhada de Deus. Ela não se preocupa em
provar a existência de Deus. Revela-o porque ele quis se fazer conhecido como o Criador e Sustentador de
todas as coisas. Ele é o Deus vivo, Único e verdadeiro, que é Espírito e Verdade (Dn 4.34; 6.26; At 14.15;
ITs 1.9;Hb9.14; 10.31;J04.24).
A Bíblia é o guia para a salvação dos 'pecadores - Consideremos que a Bíblia é a revelação
escrita que Deus faz de si mesmo ao homem de como escapar das conseqüências do pecado e oferece
condições para evitar as práticas do mesmo (Rm 3.23; 5.1,8-11; 6.22,23).
Santificar significa separar e a Bíblia apresenta o caminho para a santificação através da remissão dos
pecados pelo sangue de Jesus (Hb 9.7,8,11-15; 10.14) uma vez que o pecador tenha ficado liberto da
condenação do pecado e de suas conseqüências também precisa estar apto para viver uma vida santa, isto é,
separada da prática do pecado. A santificação tem sua eficácia através do sangue de Jesus, pela ação perma -
nente do Espírito Santo e pela palavra de Deus. Uma vida santificada torna-se vibrante e corajosa, apta para
vencer as tentações e evitar a prática do pecado. O estudo da Bíblia nos ensina não só como podemos ser salvos
da condenação do pecado mas também como vencer o poder do pecado ao nosso redor . Só a Bíblia indica o
caminho para uma vida irrepreensível e consagrada a Deus (I Ts 3.13; Efl.4; Fp 2.15; Rm 12.1,2; I Ts 4.3-7).
ggg)
19.5 - Estabelecer métodos não é muito fácil
Pois existem muitos e todos oferecem o mais variado sistema de estudos que podem ser praticados
pelos estudiosos da Bíblia. Vejamos dois procedimentos que podem ser adotados: o devocional e o intelec-
tual (veja no tópico 6).
Leia a Bíblia escolhendo um texto especial, um livro ou parte de um texto. Procure memorizar
alguma verdade especial que lhe chamou a atenção Faça aplicação pessoal da verdade bíblica (Dt 17.19).
Desenvolva o ato da meditação na palavra de Deus Os 1.8). Planeje o seu dia, sistematicamente,
separando um horário do qual possa meditar e estudar a palavra de Deus. Procure cumprir este projeto e
manter o bom hábito com oração e comunhão com o Senhor (Ec 5.4,5). Escolha o texto bíblico mais apro-
priado à sua necessidade específica, um texto que fale bem à sua alma.
Leia a Bíblia como a palavra de Deus. Não confunda a Bíblia com qualquer obra literária. Não
haverá proveito espiritual em uma leitura feita apenas com o intelecto. É preciso uma atitude devocional (Hb
412;Pv30.5;SII19.II,J06.68; 1717).
Walter A Henrichsen em seu livro sobre Princípios de interpretação da Bíblia, nas páginas 8 e 9
apresenta um quadro de quatro partes básicas para o estudo correto da Bíblia, a saber
Observação. que responde à pergunta: Que vejo? Aqui o estudante da bíblia aborda o texto como
um detetive. Nenhum pormenor é sem importância; nenhuma pedra fica sem ser virada. Cada observação é
cuidadosamente arrolada para a consideração e comparações posteriores.
Interpretação, que responde à pergunta: Que significa? Aqui o intérprete bombardeia o texto com
perguntas como: que significam esses pormenores para as pessoas a quem foram dados? Por que o texto diz
isto? Qual a principal idéia que ele está procurando comunicar?
Correlaçiio, que responde à pergunta: Como isto se relaciona com o restante do que a bíblia diz'i-O
estudante da bíblia deve fazer mais do que examinar somente as passagens individuais. Deve coordenar o seu
estudo com tudo mais que a Bíblia diz sobre o assunto. A precisa compreensão da Bíblia sobre qualquer
assunto leva em conta tudo que a Bíblia diz sobre tal assunto.
Aplicação, que responde à pergunta: Que significa para mim? Esta pergunta é a meta dos outros três
passos. Um especialista nesta área assim se expressou: Observação e interpretação sem aplicação é aborto.
A Bíblia é Deus falando. Sua palavra exige resposta. Esta resposta tem de ser nada menos do que a obediên-
cia à vontade de Deus revelada (S.Histórico).
19.7- É impossível estudar a Bíblia e interpretá-Ia corretamente sem algum método orientador
Existem certas regras e métodos de hermenêutica que podem ajudar na interpretação da Bíblia. É fato
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que o Espírito Santo nos ajuda na elucidação de textos obscuros, mediante a oração, porém é indispensável
a ajuda exterior de bons livros escritos por homens de Deus. Eis, portanto, algumas regras que todo -o crente
deve saber para não pecar contra a palavra de Deus, precipitando-se a interpretá-Ia de qualquer modo. "
A Bíblia deve ser interpretada mediante o texto, contexto e textos paralelos, 'isto é, ao estudar um
texto não o interprete sem ver o seu contexto. O contexto pode ser o que vem antes e depois do texto. Os -
textos paralelos são aqueles textos em outras partes da escrituras que podem ajudar a esclarecer o texto que
se quer interpretar (DB).
A Bíblia deve ser interpretada em conformidade com o propósito dela. Cada escritor teve, sob inspi-
ração do Espírito Santo, um propósito específico ao escrever. Ao interpretar qualquer texto não esqueça que
a Bíblia foi escrita para revelar a vontade soberana de Deus à humanidade. '
Nenhum texto bíblico pode ser interpretado isoladamente da Bíblia. Nunca se deve basear ou escre-
ver doutrina em um versículo isolado do contexto doutrinário que está em toda a Bíblia. Cada doutrina só é
aceitável à luz da própria Bíblia.
A Bíblia deve ser interpretada sabendo-se distinguir a linguagem simbólica da linguagem literal exis-
tente nela.
A Bíblia deve ser estudada e interpretada à luz do ensino geral contido nela.
20.1 - A Bíblia é o melhor intérprete de si mesma.
Estude a Bíblia partindo do pressuposto de que ela é autoridade suprema em questão de religião, fé e
doutrina (Dn 2.22).
Em assunto de religião, fé e doutrina, consciente ou inconscientemente, o crente se submete à
tradição, à razão ou às escrituras. A autoridade a que ele se submeter há de determinar o tipo de crença
que possa esposar.
Independentemente do testemunho da tradição e da razão, o crente verdadeiro tem na Bíblia o seu
guia e juiz infalível. Para ele as declarações da Bíblia são finais Ele crê que a Bíblia registra as intenções e a
vontade de Deus, por isto pode crer nela. Ele aceita o testemunho da tradição e da razão mas enquanto estas
não entram em conflito com a escritura. Para ele o que importa é: O que diz a escritura sobre isto?
20.3 - Interprete experiência pessoal à luz da escritura e não a escritura à luz da experiência
pessoal
A experiência pessoal se constitui na evidência daquilo que Deus faz em nós, por isso não pode e nem
deve ser desprezada, porém no momento de determinar o que é mais importante, se a experiência pessoal ou
as escrituras, para efeito de interpretação bem sucedida da Bíblia a escritura é superior, por isso ela não está
sujeita a julgamento por parte da experiência pessoal, antes a experiência pessoal é que deve se submeter ao
juizo da escritura.
20.4 - Os exemplos bíblicos só tem autoridade prática quando amparados por uma ordem
que os faça mandamento universal
Ao ler a bíblia fica evidente que obrigado a seguir o exemplo de cada pessoa protagoniza os aconte-
cimentos nela encontrados. Por exemplo o fato de Noé haver plantado uma vinha e ter se embriagado com o
vinho do seu fruto não indica que você deva fazer o mesmo. O fato de Jesus ter mandado dizer a Herodes: Ide
dizer a essa raposa que hoje e amanhã expulso demônios e curo enfermos e no terceiro dia terminarei, não nos
autoriza a mandar portadores com recado de afronta às autoridades.
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ressurreição do filho da viúva de N aim, particularmente Lucas 7.14: E, chegando-se, tocou o esquife e
disse:
Mancebo, a ti te digo: Levanta-te. .
As palavras do texto biblico devem ser interpretadas em relação fi sua sentença e no seu contexto.
O contexto é formado de todos os elementos de informação que circundam o texto. Citemos um
exemplo apenas. Imaginemos que você esteja lendo João 3.16 e queira compreender melhor porque Deus
amou o mundo de tal maneira ... O que fazer? Parta do texto escolhido (10 3.16) e estude-o à luz do seu
contexto, no caso todo o capítulo 3 do evangelho de João.
Quando um objeto inanimado é usado para descrever um ser vivo a proposição pode ser
considerada figurada.
As grandes passagens Eu sou no evangelho de João ilustram a regra onde objetos inanimados são
usados para descrever um ser vivo. Ali encontramos Jesus dizendo: Eu sou o pão da vida (10'6.35); Eu sou. a
luz do mundo (10812); Eu sou a porta(Jo 10.9); Eu sou o caminho (Jo 14.6); Eu sou a videira Llo 15.1).
É evidente que nenhum cristão e cuidadosos estudantes da bíblia chegariam às raias do absurdo a
ponto de acreditar que os substantivos pão, luz, porta, caminho e videira tenham relação literal e não figurada
com a pessoa de Jesus Cristo.
Uma palavra nunca é compreendida completamente até que se possa entendê-Ia como pala-
vra viva, isto é, originada na alma do autor. I
A melhor maneira de se conhecer uma pessoa é associando-se com ela. Assim também a melhor
maneira de conhecer o autor dum livro é estudando diligentemente os seus escritos, prestando especial aten-
ção aos mínimos detalhes da sua vida. Por exemplo: quem quiser conhecer a pessoa de Moisés deve estudar
o Pentateuco, especialmente passagens como Ex 2.4; 16.15-19; 33. 11; 34.5-7; Num 12,7,8; Dt 34.7-11.
Quem quiser conhecer o apóstolo Paulo deverá dar especial atenção a passagens como: At 7.58; 8.1-4;
9.1,2,22,26;26.9; 13.46-48; Rm9.1-3; ICo 15.9;2Co 11;12.1-11;Gll.I3-15;2,11-16;Fl1.7,8,12-18;
3.5-14; ITm 1.13-16.
É impos .•.• iivel entender um autor e interpretar corretamente .•• ua .•.•. palavras s em que ele s eja
visto à luz de .•.•. uas circunstâncias histórica s.
Por circunstâncias entende-se tudo aquilo que não faz parte da vida normal de uma pessoa, mas que
esta é levada a participar com o povo da sua época. Particularmente, quanto aos escritores da bíblia, eles
estiveram sujeitos à circunstâncias geográficas, políticas e religiosas, fatos que influíram sensivelmente nos
seus escritos. Por exemplo a menos que compreendamos as circunstâncias políticas sob as quais se achava o
~,\
~póstolo Paulo, jamais compreenderemos passagens como a de I Co. 12.3.
.\ Uma vez que as escrituras se originaram de modo histórico elas devem ser interpretada s fi luz
da história.
A compreensão desta regra não indica que tudo quanto a bíblia contenha só deve ser explicado
historicamente. Como revelação sobrenatural de Deus é concebível que a bíblia contenha elementos que
transcendem os limites do histórico. A compreensão desta regra de interpretação determina, sim, que o
conteúdo da bíblia seja, em grande parte, determinado historicamente. sendo, portanto, na história que se
encontra a sua explicação.
kkk)
20.7- Princípios teológicos de interpretação
Uma doutrina não pode ser considerada biblica, a menos lJue resuma e inclua tudo o lJue diz
sobre ela.
O propósito básico desta regra de interpretação é determinar a verdade doutrinária do texto bíblico.
É evidente que a bíblia inteira é a palavra de Deus; toda ela é a verdade e tudo nela é útil para a nossa vida,
mas é igualmente importante lembrar que nem tudo na bíblia tem o mesmo valor, nem é útil da mesma maneira.
Evidentemente a determinação da legitimidade da doutrina não implica que algumas partes da bíblia não sejam
verdadeiras e que outras sejam, entretanto, a verdadeira doutrina (as passagens que declaram a vontade de
Deus para o homem agora), são úteis a nós de uma maneira mais particular pelo fato de exigir alguma coisa de
nós de forma particular.
Assim como Filipe foi usado como instrumento do Espírito Santo para interpretar o texto de Isaías 53
ao alto oficial de Candacc, resultando daí a sua conversão a Cristo, de igual modo Deus espera que sejamos
fiéis intérpretes de sua Palavra no mundo hoje. Não impeçamos pois, que os homens sejam abençoados
através da fiel interpretação das sagradas escrituras
lll)
A origem tia Bíblia - Antes de haver a revelação divina escrita Deus revelava-se verbalmente.
Desde Adão até Moisés passaram-se 2.500 anos aproximadamente. A revelação verbal de Deus foi transmi-
tida inicialmente por Adão, que viveu 93 anos e este passou às gerações seguintes até chegar a Moisés. Não
há evidência de que houvesse alguma revelação escrita antes de Moisés, por isto Deus lhe ordenou: Escreve
isto para memorial num livro (Ex 17.14). .
A Bíblia, por ser um livro de procedência israelita foi escrita nas línguas faladas pelo povo israelita.
Devido à sua história acidentada pelas guerras, exílios e submissões aos domínios de outros povos, o povo
judeu, sem perder as suas características essenciais sofreu enormes mudanças no seu sistema de vida política,
social e religiosa. As línguas originais da bíblia são o hebraico e o grego, com algumas partes no Antigo
Testamento, escritas em aramaico.
O que é cânon? A raiz da palavra na língua semitica dá a idéia de cana ou junco, que servia para medir.
A palavra surgiu de uma planta longa, reta e triangular, que dá às margens do rio Nilo. Por causa do alonga-
mento da cana era utilizada como vara de medir. Desse modo, o sentido metafórico da palavra cânon é
empregado para significar aquilo que é conforme a regra medida. A idéia essencial da palavra cânon é o da
linha reta ou direita. Assim sendo, o cânon da bíblia é a seleção mais rigorosa de todos os escritos, de acordo
mmm)
com uma regra autorizada, para distinguir os livros considerados inspirados dos não inspirados. A autoridade
dos escritos era evidenciada pela inspiração divina contida neles.
O mundo moderno que se encontra vacilante entre a influência desmoralizada dos ideais satâ-
nicos e das filosofias do homem sem Deus não aprecia nem respeita a bíblia. Podemos dizer, porém
que até mesmo esse manifesto desrespeito que o mundo tem para com a bíblia se constitui de algum
modo numa prova do caráter sobrenatural desta. Positivamente analisado é uma prova de autoridade
da bíblia.
Quando Cristo declarou: Eu sou a verdade (10 14.16) Ele estava declarando algo mais
que ser verdadeiro. Ele se declarou como a verdade no sentido em que Ele é o tema central da
palavra Verdade, Ele é o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira(Ap 1.5; 3.14; Is 55.4). Ele
disse acerca de si mesmo Eu para isso nasci, para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho
daverdade(Jo 1837)
ppp)
22.6 - Os antigos atestaram as escrituras
Os profetas do Antigo Testamento foram divinamente incumbidos de transmitir ao povo os oráculos
de Deus, do mesmo modo também os escritores do Novo Testamento. Quando falava com o apóstolo João,
o anjo disse: eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas (Ap 22.9).
A lei mosaica designou responsabilidades específicas a vários grupos oficiais do Antigo Testamento
com respeito às escrituras.
As escrituras em relação ao povo israelita - À congregação de Israel foi dito: Não acrescentareis
à palavra que vos mando, nem diminuireis dela para que guardes os mandamentos do senhor vosso Deus,
que eu vos mando (Ot 4.2). Está subentendido que o povo não possuía autoridade para questionar o valor da
palavra. nada podendo aumentar ou omitir dela. Cabia-Ihes apenas obedecê-Ia.
As escrituras em relação ao rei - A obrigação do rei em Israel para com as escrituras era como
segue: Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si um translado
desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo e nele lerá todos os dias de sua
vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos
para fazê-los (Dt 17.18,19). O rei possuía autoridade governamental para matar ou manter vivo quem ele
quisesse, porém, em relação à palavra de Deus ele tinha o dever de obedecê-Ia. Neste particular, o rei em
nada era superior ao mais humilde dos seus súditos.
As escrituras em relação aos levitas - Aos levitas foi conferida a custódia das escrituras. Deste
modo eles foram instruídos a proceder do seguinte modo: Tomai este livro da lei e ponde-o ao lado da arca do
concerto do senhor vosso Deus, para que ali seja testemunha contra ti (Dt 31.26).
A.fl escrituras em relação aos profetas - Ao profeta foi dada a alta responsabilidade de receber e
comunicar a palavra de Deus. A prova entre o verdadeiro e o falso profeta era tanto razoável como natural .
As instruções eram: E, se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou?
Quando o tal profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra
que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta, não tenhas temor dele (Dt 18.21,22).
nece no céu (SI 119.89). Outros escritores da bíblia corroboram esta declaração (ls 40.8; I Pd 1.25). Sendo
a palavra de Deus esta verdade tem sido confirmada através da preservação sobrenatural deste livro singular.
A biblia é poder salvador. Por incorporar o evangelho a bíblia é o poder de Deus para salvação
(Rm 1.16), porém muitos ignoram que o evangelho é dirigido ao homem na forma dum edito. É pregado a
todos para ser crido e obedecido (At 5.32; Rm 2.8; 10.16; II Tm 1.8; Hb 5.9; I Pd 4.17).
A blhlia é poder santificador - A autoridade da bíblia é afirmada edemonstrada pelo seu poder
santificador. O Senhor orou pelos seus discípulos: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (10
17.17) A nação de Israel ainda há de ser santificada pela ação da palavra da verdade. O próprio Deus
qqq)
declara: Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor:
Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração e Eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo (Jr 31.33).
A biblia é poder revelador - Ela testifica e prova a sua autoridade de ser uma revelação dada aos
homens. Como diz o salrnista, a exposição da palavra de Deus dá luz; dá entendimento ao simples (SI
119.130).
Todas as revelações de coisas celestiais e terrenas do tempo e da eternidade, do bem e do mal são derivadas
da palavra de Deus.
Como diz o escritor da epístola aos hebreus, na verdade a palavra de Deus, viva e eficaz, é mais
penetrante do que espada de dois gumes, é apta para revelar o escondido e até mesmo as intenções do
coração do homem.
23.1 - A harmonia e a unidade da bíblia constituem-se numa prova de que a mente de Deus
via tudo e guiava os seus escritores
Para que a bíblia se constituísse num milagre inigualável. Nunca, em qualquer outro lugar e em quais-
quer circunstâncias se juntaram tantos tratados diferentes contendo história, biografia, ética e poesia para
perfazer um livro. É algo semelhante a ossos, músculos e ligamentos que se combinam na forma do co rpo
humano. Quanto à sua harmonia e unidade a bíblia não tem nenhum paralelo com a literatura humana, visto
que todas as condições, humanamente falando, não apenas são desfavoráveis mas fatais a tal combinação.
Apesar de toda esta variedade de formação e ocupação profissional dos escritores da bíblia, exami-
nados os seus escritos, é possível notar como os mesmos se completam, tratando de um só assunto. O que
eles escrevem não se constitue em muitos livros, pelo contrário, são partículas que somadas formam um só
livro, poderoso e coerente.
233 - As condições
O estudante da bíblia cedo descobrirá que não houve uniformidade de condições nas composições
do texto sagrado. Note por exemplo: Moisés escreveu os seus livros nas solitárias pastagens do deserto.
Jeremias nas trevas e imundícies de uma masmorra. Davi, nas campinas e elevações dos campos. Paulo
escreveu suas epístolas ora em prisões, ora em viagens. João escreveu Apocalipse exilado na ilha de Patmos
Não obstante tantas e diferentes condições em que os livros da bíblia foram escritos, juntos eles são
duma uniformidade incrível. O pensamento de Deus e não propriamente de seus escritores corre uniforme e
progressivamente através dela, como um rio que brotando de sua nascente, assemelha-se a um tênue fio
d' água que vai se avolumando até tornar-se num caudaloso Amazonas de Deus. Esta harmonia e perfeição é
uma característica exclusiva do livro de Deus.
23.4 - As circunstâncias
Foram as mais variadas as circunstâncias às quais estavam sujeitos os escritores da bíblia quando
escreveram os seus respectivos livros. Davi, por exemplo, escreveu parte dos seus escritos no calor das
batalhas, enquanto que Salomão escreveu na paz e conforto de seus palácios. Alguns dos profetas escreveu
seu livros em meio às mais profundas tristezas, ao passo que Josué escreveu o seu livro em meio à alegria da
conquista de Canaã. Apesar dessa pluralidade de condições a Bíblia apresenta um sistema de doutrina unifor-
me, uma só mensagem de amor, um só meio de salvação. Do Gêneses ao Apocalipse, é assim a Bíblial
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- .......................:.:.:.:.:.:<::::::::::::::::::::::::;:::::::.:.:::.:.: ::::::::::;:;:::::::::::.:.:.-.:-.- .
rrr)
Confusão do homem e harmonia de Deus - Imaginemos quarenta dos melhores escritores da
atualidade, providos de todos os recursos necessários, isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada
um com a missão de escrever partes de uma obra que somadas deveriam formar um todo. Se no final fossem
reunidas todas as partes dessa obra, jamais teríamos um conjunto uniforme, na verdade teríamos algo seme-
lhante a uma colcha de retalhos, seria uma verdadeira miscelânea.
Pois bem, imagine isto acontecendo nos antigos tempos em que a bíblia foi escrita. A confusão seria
muito maior. Numa época em que os meios de comunicação em nada se assemelhavam aos de nossos dias,
nada a não ser a mente de Deus assegurou o sucesso e a harmonia da Bíblia.
A perfeita harmonia da bíblia é para a mente humilde e sincera uma prova incontestável da origem
divina da mesma. É uma prova insofismável de que uma única mente via tudo e guiava os seus escritores.
A Bíblia é uma majestosa catedral. Muitos edificadores humanos, cada um por sua vez, contribuiu
para a sua estrutura. Mas quem foi o arquiteto? Que mente una foi aquela que planejou e enxergou o edificio
pronto e acabado? Sem dúvida, a mente do Deus que é desde o princípio (Gn 1.1).
sss)
A Bíblia não foi inventada pelos seus escritores, da mesma forma que a igreja não nasceu da cabeça
de qualquer teólogo. A Bíblia é a palavra de Deus. Ela apresenta a igreja como parte de um propósito divino
antes da fundação do mundo (Ef Lzl), portanto a Bíblia e a igreja não são incompatíveis, pelo contrário, a
igreja depende da Bíblia pois esta é a constituição máxima que a rege neste mundo. A palavra de Deus rege
a igreja como entidade local.
A igreja no Velho Testamento - A palavra igreja aparece no Velho Testamento na forma hebraica
Edhah, derivada de Yaadh, cujo sentido é o de designar ou encontrar-se em lugar designado, porém há uma
outra palavra hebraica relativa a igreja que é qahal que significa mais objetivamente uma reunião onde se
encontra todo o povo. Dessas duas palavras hebraicas tem-se no grego a palavra relativa que é eclésia (Ex
12.6; Nm 14.5; Jr 26.17) No Velho Testamento o vocábulo igreja tem o sentido de reunião do povo,
ajuntamento, assembléia, congregação.
A igreja como a comunidade local- Essa designação refere-se mais ao local e à congregação de
pessoas que se reúnem para cultuar a Deus em nome de Jesus Cristo (At 5.11; 11.26; I Co 11.18; 14.19,28,35).
A igreja do primeiro século da era cristã não possuía nem construía templos para as suas reuniões. Essas eram
realizadas nas casas ou ao ar livre, portanto a expressão igreja local tem um sentido físico, pois refere-se a
qualquer igreja legal e regularmente instalada em qualquer lugar.
ttt)
A igreja é a congregação de pessoas que foram chamadas para reunir-se pela palavra de
Deus - Não significa meramente a reunião de pessoas, mas a congregação chamada para reunir -se. A Bíblia
declara que Deus nos chamou à comunhão de Seu filho (I Co 1.9). Chamou-nos, de fato, para sermos de
Cristo Jesus, isto é, pertencermos a Ele (Rm 1.6). Não se trata de um simples chamado, mas a igreja é a
congregação dos santos que vivem uma vida separada da prática do pecado. Para fazer parte dessa santa
congregação é preciso receber uma santa vocação (lI Tm 1.9).
A igreja como corpo de Cristo (Ef 1.22,23; CI1.18; I Co 12,27). Cristo se revela através do seu
corpo místico na terra, que é a igreja. Ele é a cabeça do corpo (Ef 5 .23). Essa figura do corpo destaca a
relação espiritual que existe entre Cristo e o crente e a relação entre um membro e outro no mesmo corpo.
Três qualidades do corpo podem representar a igreja. A primeira qualidade ou característica é a Unidade dos
membros do corpo. Todos eles, mesmo que distintos uns dos outros obedecem a uma só cabeça. A segunda
qualidade é a Diversidade dos membros do mesmo corpo (I Co 12.14). Cada qual tem o seu valor e função.
A igreja é um corpo em que todos os membros podem e devem funcionar. A terceira qualidade é a Mutualidade
(I Co 1220-26). Essa qualidade torna possível o trabalho em comum. Implica em compartilhar do mesmo
pão, das mesmas alegrias e tristezas, das mesmas derrotas e conquistas. Significa que cada membro conhece
as suas limitações e potencialidades e trabalha para o bem estar de todo o corpo e para a glória da cabeça,
que é Cristo (SD)
A igreja como edifício de Deus (I Co 3. 9) - Deus é o edificador pelo Espírito Santo. Os crentes são
as pedras vivas edificadas umas sobre as outras e ligadas pela palavra de Deus (I Pe 2.5). Jesus é a pedra
angular, a pedra principal (I Pe 2.4,6; Is 28.16; Rm 9.33). Os apóstolos e profetas formam parte do funda-
mento, juntamente com Cristo na edificação desse grande e majestoso edificio (Ef2.20,22).
A igreja como o templo de Deus vivo (I Co 3.16) - Num certo sentido a palavra templo está
implícita na palavra edificio de I Co 3.9, entretanto, o destaque especial para a palavra templo é a adoração
e o lugar no qual Deus se manifesta. No sentido individual, cada crente em Cristo é o templo do Espírito Santo
(l Co 6. 19,20). No sentido corporativo, tanto a igreja local como a Igreja Universal são o templo de Deus.
A igreja como um rebanho de ovelhas (.10 1 ().16) - Se a igreja é o rebanho, Jesus é o grande e
maravilhoso pastor (10 10. 11,14; Hb 13 .20; I Pe 2.25). Somos ovelhas do seu pasto (SI 95.7; 100.3). A
ternura e a fragilidade das ovelhas são características da igreja, porém o bom pastor dá a sua vida pelas
ovelhas (10 10.11).
A igreja é militante e triunfante - A diferença entre a igreja militante e a triunfante é que a militante
está na terra, dinâmica, ativa. É a igreja chamada não apenas para congregar com os santos, mas eleita e
congregada para fazer parte de um exército de Deus na terra. Paulo instou com Timóteo a que militasse a boa
milícia, a milícia do reino de Deus que é a defesa da igreja de Cristo na terra (1 Tm 1.18; 6.12).
A igreja é visível e invisivel- Diz a Bíblia: Nele foram criadas todas as coisas, visíveis e invisíveis
(CI 1.16). Está incluída entre as coisas visíveis e invisíveis a igreja. A expressão igreja visível refere-se à igreja
enquanto na terra, à comunidade palpável de pessoas que se reúnem num determinado local. Já a expressão
-. igreja invisível retere-se a congregação constituída pelos mortos em Cristo, isto é, aqueles que pela fé viveram
e esperaram em Cristo (Hb 1223). Concluímos que todos os crentes de Adão até a consumação dos séculos
são parte da igreja universal e invisível.
uuu)
A igreja é una - A unidade da igreja não é uma doutrina fora da Bíblia. A unidade da igreja não
está em sua organização eclesiástica mundial centralizada em algum lugar. A unidade da igreja foi ensinada
por Jesus, o fundamento da igreja (10 17.21). Essa unidade não aparece no caráter exterior da igreja, mas
no caráter interior e espiritual. É a unidade do corpo místico de Cristo, do qual todos os membros fiéis
fazem parte (I Co 12.12-31). Essa unidade implica na participação da mesma fé, do mesmo amor e
comunhão (Ef 4.4-6).
A igreja é santa - A igreja é santa porque se refere a todos quantos têm aceito a Jesus como
salvador Trata-se de um estado espiritual do qual participam todos os crentes, fortes e fracos, espirituais e
carnais, mas todos são chamados santos. Paulo trata aos crentes romanos, corintios, efésios e outros como
santos (Rm 1. 7; I Co 1.2; 11 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; CI 1.2).
A administração das ordenanças de Jesus - Essas ordenanças não são simples conceitos eclesiás-
ticos, mas possuem conteúdo próprio na palavra de Deus. São ordenanças que constituem a vida espiritual e
foram instituídas como sinais característicos da verdadeira igreja. Essas ordenanças são: o b~tisrro, Qor imersão
nas águas (Mt 28.19; Me 16.15,16) e ~ santa ceia que r@resenta a comunhão do corpo de Cristo - a igreja
(At 2.42; Lc 22.14-20; I Co 11.23-30). Essas ordenanças devem ser cumpridas para que se estabeleça o
compromisso individual de cada crente com o corpo de Cristo.
Ofiel exercício da disciplina - Existem falsos conceitos de disciplina no seio de muitas igrejas,
cheias de autoritarismo e carrancismo que mais contribuem para a estagnação da igreja do que para a corre-
ção e crescimento. A disciplina na igreja local não pode ser baseada na cabeça e no julgamento particular de
quem quer que seja. A disciplina cristã é regrada e orientada pela palavra de Deus. O objetivo da disciplina é
a manutenção da pureza da doutrina, e para tal, a palavra de Deus é o manual de disciplina do cristão (Mt
18.18; I Co 5.1-5; 14.33,40).
v)
Deste modo são vedadeiras as palavras de Pedro, segundo as quais a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (Il Pe 1.21).
www)
Dentre as profecias fielmente cumpridas na pessoa de Jesus Cristo, o Messias de Deus, destacam-se
as seguintes:
Relacionadas com o seu nascimento (Gn 3.15) - Esta promessa divina identifica Cristo, o Messias
vindouro, como sendo a semente da mulher. Deste modo a Bíblia diz, claramente, que Ele nasceria duma
virgem (ls 7.14), nasceria em Belém de Judá (Mq 5.2) e seria da linhagem de Davi (I Cr 17.11-15). Estas
profecias se cumpriram de acordo com as seguintes referências bíblicas: Lc 1.30-35; Mt 2.4-6; 22.41-42.
Relacionadas com o seu ministério - Moisés fez menção do ministério profético do Messias ao
registrar a seguinte promessa a Jeová: Eis lhe suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu; e porei
as minhas palavras na sua boca e ele Ihes falará tudo o que eu ordenar. E será que qualquer que não ouvir as
minhas palavras que ele falar em meu nome eu o requererei-deletfn 18.18,19). Já Isaías vaticinou que o
Espírito Santo encheria plenamente o Messias (Is 42.1) e fala ainda do seu miraculoso ministério de cura (Is
35.4-6). Todas estas profecias se cumpriram integralmente, conforme as seguintes referências: J o 5.45-47;
Lc 3.21,22; 4.17-21; Mt 11.2-6.
Relacionadas com o seu sofrimento, morte e ressurreição - A Bíblia vaticina que Jesus seria
traído por um de seus amigos (SI 41.9) e vendido por trinta moedas de prata (Zc 11.12), passaria por atrozes
sofrimentos (Is 52.13-15; 53), seria desamparado por seu pai no seu maior momento de dor (SI22.1 ,6-
8,14-11 ), seria oferecido como um cordeiro para o sacrificio (SI 40.6-8; Is 53.7,8), seria sepultado com os
ímpios e com o rico (Is 53.9), seria ressuscitado dos mortos (SI 16.9,] O). Todas essas profecias se cumpri-
ram com uma precisão impressionante, para ver isto leia as seguintes passagens: Jo 13.18,21,26; Mt 26.14,15;
2712-14,46,57-60; Jo 19.1-3,23,24,29; Mt 28.1-7; At 2.25-32.
Nos dias hodiernos onde o pecado se multiplica e o amor se torna escasso entre os homens, a maneira
mais segura de termos esperança é a compreensão das promessas divinas feitas no passado. Como já vimos
muitas delas já foram cumpridas durante a vida do Messias e no decorrer da história do povo judeu.
Essa incrivel marca de cem por cento de precisão no passado é uma inquestionáveI garantia de que as
demais promessas se cumprirão no futuro.
xxx)
26.1 - Deus é infalível e só Ele pode construir uma obra como a Bíblia
O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mt 24.35).
A palavra de Deus é infalível. A sua infalibilidade tem sido alvo de contradição da parte dos racionalistas que
defendem a idéia da inspiração parcial da Bíblia e negam a sua inspiração plena, entretanto neste capítulo
vamos estudar alguns argumentos que provam a infalibilidade da palavra de Deus.
Há uma relação entre Revelação, Inspiração e Autoridade que toma a Bíblia um livro singular, o livro
dos livros. A Bíblia não teria autoridade senão pelas revelações e inspirações divinas.
A revelação divina na Bíblia - A palavra revelação significa tornar conhecido, mostrar. No latim o
termo revelare significa por para trás o véu para que se veja. Segundo Thayer o significado bíblico de revela-
ção é descobrir, despir, significa tomar a verdade conhecida.
Jesus declarou que Deus é Espírito (10 4.24); por isso entendemos que é impossível ao homem, por
seus próprios meios, conhecer a Deus, visto que Ele é imperceptível aos sentidos naturais. Pode o homem
finito conhecer o infinito, o mortal conhecer o imortal, o limitado conhecer o ilimitado, sem que haja uma
revelação? Não I Precisamos de revelação de Deus. E Ele se revela aos homens. Só Ele, o próprio Deus pode
tomar a iniciativa de se revelar a si mesmo através de manifestações capazes de alcançar a percepção humana.
A revelação natural- É feita mediante o fato da criação. É impossível negar a existência de Deus
diante da beleza da criação (SI196), porém essa revelação toma-se insuficiente por causa da incredulidade
do homem Daí a necessidade de uma revelação mais objetiva. Em Atos 14.17 temos a prova de que Ele deu
essa revelação de si mesmo através de um modo mais explícito, a escrita.
A revelação escrita - A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem. Toda a sua vontade está
expressa na Bíblia, a sua Palavra. A revelação escrita não anulou a revelação natural de Deus, mas a tornou
ainda mais viva e real, propiciando ao homem uma revelação, como o Deus todo poderoso.
A revelação pessoal (105.39; Lc 24.25-27; Mt 5.17-18; Jo 1.18). A revelação escrita seria incom-
pleta se a profecia que trata da revelação pessoal de Deus não tivesse o seu cumprimento. Todas as profecias
do Antigo Testamento anunciavam uma revelação pessoal de Deus, a qual foi feita através de Jesus Cristo.
A transmissão dos textos originais - É possível encontrar falhas nas cópias feitas do original das
escrituras. Os textos originais são chamados manuscrito original ou manuscritos originais e são isentos de todo e
qualquer erro, porque foram inspirados por Deus. Ele nunca poderia ter inspirado um autor humano a escrever
algo errado ou falso, entretanto, é possível encontrar-se falhas de transmissão dos copistas do texto original .
Alguns erros de pena, ou dificuldade de tradução de vocábulos são encontrados em nossas traduções, porém
são falhas banais que não ferem a integridade da inspiração nem modificam a verdade revelada. A exatidão da
palavra de Deus é constatada na experiência do crente e no cumprimento das profecias através dos tempos.
Nossa vida intelectual- O intelecto é um dos elementos principais da manifestação da alma huma-
na. É uma faculdade que habilita o indivíduo a pensar, raciocinar, decidir, julgar e conhecer (Gn 1.28; 2.19,20).
É a psique do ser humano. O intelecto se manifesta com três ingredientes que são: a imaginação, a memória e
a razão. Com a imaginação o homem é capacitado a idealizar e projetar A memória capacita o homem a
guardar em seu cérebro os fatos passados e presentes e com isto ele pode reter os conhecimentos adquiridos.
A razão faculta o homem a pensar, julgar e compreender as relação entre coisas, distinguir entre o verdadeiro
e o falso, entre o bem e o mal. Nossa vida intelectual precisa ser pulverizada diariamente com a palavra de
Deus para livrá-Ia da futilidade e da vaidade. O apóstolo Paulo alertou a igreja de éfeso acerca daqueles que
andam na vaidade de seu sentido (Ef 4.17). Os tais andam por sua própria mente, seguem seus fúteis e carnais
pensamentos, resultando em vaidade e derrota. A mente, para os intelectuais modernos é a rainha do corpo
humano, porém sob o controle do pecado ela conduz o corpo a escravidão e à desonra. A Bíblia apresenta
o Espírito Santo para controlar a mente do crente (GI5.16) e levá-Ia a aceitar o padrão bíblico para manuten-
ção e proteção da vida intelectual (F 4.8,9).
Nossa vida sentimental- Toda a Bíblia está repleta de experiências na esfera sentimental. Ela não
só orienta nossa vida sentimental como revela o modo pelo qual os sentimentos são manifestos, na vida
humana. Os sentimentos se manifestam como atributos da alma. É uma qualidade moral da imagem e seme-
lhança de Deus, dotada pelo criador (Gn 1.28). O coração é a figura que melhor ilustra a parte emotiva do ser
humano. As grandes emoções são sentidas pelo homem através da alegria, tristeza, amor e ódio. Essas
emoções afetam de um modo especial o coração, daí o fato de atribuir ao coração nossos sentimentos.
Nossas emoções devem ser cultívadas de modo a ter o controle do Espírito Santo que manifesta nessa esfera
o fruto do espírito (GI 5.22). Devemos cuidar da área dos nossos sentimentos, tendo a Bíblia como guia
infalível de libertação e retenção dos mesmos. Perder a sensibilidade do coração significa perder a sensibili-
dade espiritual e ficar exposto à sentimentos pervertidos (Ef 4.19) A Bíblia orienta o modo de manifestar os
nossos sentimentos em relação a nós mesmos, aos nossos familiares e às demais pessoas.
No lar - Foi Deus quem criou e estabeleceu o primeiro lar, a primeira família (Gn 2.21-23). A
formação de um lar inicia-se com o casamento e este implica numa relação social entre duas pessoas do sexo
oposto. Deste ato resulta o lar que é a mais antiga instituição conhecida da raça humana, portanto o casamen-
to não é meramente o contrato civil entre duas pessoas, mas uma criação de Deus, para o mais elevado
propósito estabelecido - a perpetuação e multiplicação da espécie humana (Gn 1.28). O homem e a mulher
são distintos fisicamente para propiciar o relacionamento social entre si e com Deus, em termos de responsa-
bilidade, vontade e sentimento Deus estabeleceu o casamento e o lar para que seu nome seja conhecido em
toda a terra. O padrão divino está na Bíblia, nela o casamento é apresentado em termos de autoridade e
responsabilidade para a família cristã (Ef5.22).
O dinheiro foi feito para o homem e não o homem para o dinheiro. A Bíblia orienta o cristão na administração
inteligente do dinheiro, sem o risco de ficar dominado por ele. A Bíblia diz: o amor ao dinheiro é a raiz de
todos os males e alguns nessa cobiça se desviam da fé (I Tm 6.10). Pelo trabalho é que se alcança prosperi-
dade material e esta deve vir acompanhada de uma profunda vida espiritual. O ganho honesto do dinheiro e a
fidelidade a Deus trarão bênçãos materiais e espirituais - .•
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27.7 - O guia para a nossa vida espiritual
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém, o maior é o amor (I Co
13.13) Essas três virtudes são indicadas como base para uma vida espiritual amadurecida. A vida cristã sem
esses conhecimentos tende a tornar-se insípida e carnal. A fé descreve a confiança na pessoa de Jesus Cristo,
razão de nossa fé (Hb 122) A esperança baseia-se na certeza de nosso relacionamento presente e futuro
com o senhor Jesus. O amor é mais profundo pois tem a ver com o nosso relacionamento pessoal, não só com
Deus, mas com nossos semelhantes. O amor é a manifestação do nosso comportamento como crentes em
Cristo. A Bíblia é clara quando mostra que é o amor a coisa mais importante para a vida espiritual do cristão.
É o sinal de maturidade que se manifesta entre todos.
. () amor - Segui o amor (I Co 141) Um imperativo bíblico que implica uma filosofia de vida, um
modo de viver. O cristianismo espiritual não tem sentido sem o amor, pois Cristo morreu e ressuscitou por
amor. para nos dar a salvação.
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Alé (Hb 11.1) - Na listagem de Paulo a fé é a primeira virtude e ela se destaca na Bíblia como
manifestação daquilo que cremos. O autor aos hebreus afirmou que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb
11.6). A te bíblica é vista em três perspectivas: fé salvadora, fé como crença e fé como dom. A vida cristã sem
fé é como um automóvel sem combustível. O crente pode conhecer toda a doutrina bíblica, discutir sobre ela,
mas se não tiver fé é impossível senti-Ia. A fé salvadora vem antes dos outros tipos de fé. A Bíblia conduz o
homem à salvação em Jesus depois o crente absorve a fé cristã, suas doutrinas, e finalmente pode buscar o
dom da fé para fazer a obra de Deus
A esperança - O mundo em que vivemos é de incerteza, porém a Bíblia apresenta a esperança queo
mundo não dá porque não tem. A esperança é o reflexo da fé, e a fé é que apresenta a razão da nossa
esperança. A esperança aponta para o futuro do crente que é o arrebatamento da igreja e a ressurreição dos
mortos em Cristo (l Co 15.51,52; I Ts 4.13-18).
A esperança reflete a salvação garantida por Jesus no calvário. Depois que uma pessoa exerce fé em
Jesus recebe vida eterna (Jo 3.36; Tt 3.4-7). A esperança produz estabilidade doutrinária, isto é, produz
firmeza na fé (I Ts 1.3,6,7).
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28.1 - Assim como a misericórdia do Senhor não tem fim; renova-se cada manhã (Lm 3.22,23)
Seca-se a erva e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente (ls 408). Aqui se
entende que a Bíblia tem uma escrita primitiva porém atualizada para todos os tempos, uma vez que nosso
Deus é imutável, eterno, não como se ter outra concepção quanto à sua Palavra, mais do que eterna, a palavra
de Deus é atual Ela e atual à medida que o Deus que a falou não muda e as necessidades do homem
contemporâneo são absolutamente iguais às do homem aqui existente, quando ela foi proferida ou registrada
pela primeira vez.
.Já dissemos que, uma vez que Deus é imutável (M] 36) e as necessidades do homem moderno são as
mesmas do homem dos mais primitivos tempos, é de se esperar que a Bíblia, ao ser pregada, se imponha
como. Uma mensagem de salvação, uma mensagem de restauração, uma mensagem de esperança.
Os estudiosos chegaram à conclusão de que o conhecimento humano, nestes últimos 30 anos, tem
dobrado a cada cinco anos. A sofisticação do mundo hodierno é algo com que jamais sonharam os nossos
pais. Cumpri-se finalmente o vaticínio de Daniel 12.4, segundo o qual o saber se multiplicará, mas, o que de
concreto isto trouxe à humanidade') Muito pouco, uma vez que a necessidade do homem é algo afeto à sua
alma. Deste modo, onde quer que as boas novas da salvação sejam pregadas, homens e mulheres dos mais
diferentes níveis sociais, aceitam a Jesus e se convertem de seus pecados a Deus.
Para muitos a Bíblia é um livro cuja mensagem nada tem de singular e especial. Evidentemente tem
aqueles que pregam a Bíblia e o fazem com pouco ou nenhum poder de convencimento, deste modo os seus
ouvintes não auferem toda a riqueza e favor divinos oferecidos pelo evangelho, mas, quanto à sua natureza,
não é assim com a Bíblia. Como palavra de Deus ela é capaz de tirar o miserável em meio às cinzas, soerguê-
10 e Ievá-lo a se sentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Efl.3;2.6).
O vazio da alma humana gerado pelo pecado, tem sido ocupado pelo pavor e pelo desespero (Gn
3.6-10; ls 48.22; 592). Apesar dos esforços dos estadistas bem intencionados o futuro da humanidade é
pouco animador Os conflitos políticos e raciais destroem os povos. Moléstias sem conta desafiam as pesqui-
sas no campo da medicina. Há um vazio no coração do homem que não atenta para o seu criador (Já 8 13:
SI 106.19-21). A Bíblia, porém, tem uma mensagem de esperança para aqueles que estão aprisionados nas
guerras destruidoras do desespero e do medo. O homem pode confiar no socorro e no livramento desde que
o busque de todo o coração (Is 55.6,7; SI 121). Tinha razão Agostinho quando disse que o homem foi feito
por Deus e para Deus e não encontrará a felicidade enquanto não repousar em Deus.
A Bíblia sagrada, lida ou pregada é a dinamite de Deus, que explode os redutos de Satanás. É o
poder demolidor do Espírito Santo, usado pelos servos de Deus nas batalhas espirituais contra o mal.
Deste modo, a Bíblia é:
Poder destruidor - Paulo declara categoricamente que a Bíblia, a palavra de Deus é a espada do
Espírito Santo que o crente usa nas suas batalhas contra as potestades das trevas (Ef6.17). Ela é usada tanto
tia defesa dos humildes quanto para abater a arrogância dos jactanciosos.
Assim como o sol que tanto derrete a cera como endurece o barro, de igual modo age a palavra de
cccc)
Deus, enternecendo ou endurecendo o coração do homem. Assim como a pedra (tipo de manifestação de
Cristo) esmiuçou a estátua do sonho de Nabucodonosor (símbolo da arrogância humana) - Dn 2.34, de igual
modo a Bíblia será a base do juizo e da destruição dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem
ao evangelho de nosso senhor Jesus Cristo (U Ts 1.8).
Poder santificador (SI 119.9) - Nenhum livro do mundo tem igual poder de conduzir o homem à
comunhão com Deus e à santificação, como a Bíblia. Na verdade, é impossível ler o livro santo de Deus, de
todo o coração e não se desejar que as bem aventuranças do evangelho façam parte de nossa vida. Um certo
homem de Deus percebeu tão bem isto que foi levado a dizer: Ou a Bíblia lhe afasta do pecado ou o pecado
lhe afasta da Bíblia.
Pode.' capacitador (At 1.8) - Certo irmão indagou se o trabalho espiritual cansa o obreiro de Deus.
Ele esperou que a resposta fosse dada negativamente, porém a que ouviu é que sim, o ministério cristão
cansa. Os evangelhos nos mostram vários exemplos: Jo 4.6 diz que Jesus, cansado do caminho, assentou-se
junto ao poço de Jacó. De fato, aqueles que dão tempo integral para o evangelho sabem que quando estão
desanimados e as forças lhes faltam, o apego à palavra de Deus, seja pela leitura ou simplesmente pela
meditação toma as suas forças inteiramente renovadas, impulsionando-os a andar e cumprir mais uma etapa
da longa caminhada. O capítulo 10 de Daniel nos informa que esse servo de Deus passou por experiências
semelhantes em meio ao intenso trabalho, secular e espiritual e por causa das contínuas visões e revelações
divinas. Só a palavra do Senhor lhe recobrava o ânimo e lhe restaurava as forças.
Apesar de ter sido escrita há mais ou menos dois mil anos, a Bíblia desafia o tempo , levantada
altaneiramente como um momento a perfeição do caráter de Deus que se fala e se revela ao homem (Hb 1.1)
Deste modo devemos compreender que:
A Bíblia está completa - A Bíblia encerra tudo quanto o homem precisa saber de Deus. Ela não é
nem mais nem menos daquilo que eu e você precisamos para conhecer qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus (Rrn 12.2). Nada se lhe deve subtrair ou acrescentar. No apocalipse ao serem encerradas
as escrituras, o apóstolo João registrou as últimas palavras do senhor Jesus Cristo, as quais nos adverte a
todos: Porque eu testifico a todo aquele que ouviu as palavras da profecia deste l ivro que se alguém lhe
acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro e se alguém tirar
quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa que
estão escritas neste livro (Ap 22.18,19).
A Bíblia contém a mente de Deus - A declaração de Pedro, segundo a qual a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo (11 Pe 1.21 ), credencia a Bíblia como registro das intenções e propósitos de Deus. Ela é o testamento
divino onde estão registrados todos os desejos de Deus para com o seu povo em todo o tempo.
A Bíblia revela o futuro (lI Pe 1.19) - Só Deus conhece o futuro e só a sua palavra, a Bíblia
sagrada, registra esse conhecimento de Deus quanto ao porvir. Só a Bíblia registra com detalhes vivos qual o
destino das nações, o triunfo futuro da igreja, a bem aventurança dos santos e a maldição eterna a ser derra -
mada sobre os impios (Dn 219-44; Mt 25.31-41; Ap 20.10,15).
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29.1 - O Antigo Testamento é um conjunto de livros que contém Lei, Salmos e Profetas e em
um todo são proféticos.
O Novo Testamento em grande parte também é profético, referimo-nos às profecias preditas em suas
classes: a literária e as expressas por tipos e símbolos. Inúmeras profecias já se cumpriram no passado e
outras cumprem-se em nossos dias, muitas outras cumprir-se-ão no futuro. Nas profecias bíblicas está pre-
visto bênção. segurança, maldição e catástrofe e as grandes descobertas científicas na década de 70, quando
foi provado pela ciência que o dente tem pele, um cientista cristão provou que Já já sabia (Já 19.20), escapei
só com a pele dos meus dentes.
29.2 - É bom ler e se familiarizar com a Bíblia para que ela tenha influência em nós e nos que
ouvem, pois ela é uma fonte inesgotável e nova
Até inimigos admitem que o mundo está equilibrado devido a humanidade ter acesso à Bíblia pois
nenhum outro livro é tão benéfico para a vida de quem lê Os inimigos reconhecem o efeito sadio que a Bíblia
traz para a civilização, procuram colocar outros livros para desviar a atenção do leitor da Bíblia - medita dia
e noite (Js 78) - Quanto amo a lei do Senhor (SI 1.2; 11(97).
29.3 - Nós passamos pelo tempo e a sociedade se modifica, as coisas se aperfeiçoam cada dia
/\ Bíblia, a escrita mais antiga do mundo é sem dúvida o livro mais moderno e atual. Em todos
os tempos atravessa os séculos sem ser modificada e atualizando e modificando a vida de muitas
pessoas. Qualquer outro livro escrito depois da Bíblia se atualizou ou foi melhorado, porém a Bíblia
é atual e imutável, cheia de antiguidade e com a mesma mensagem ontem, hoje e para o futuro, que
alcança e satisfaz tanto a criança como o velho, o sábio e o ignorante, o judeu e o gentio, nenhum livro
do mundo é lido por tantas pessoas como a Bíblia. À medida que o leitor conhece, mais ele se
interessa e não se cansa, pois cada vez que lê descobre coisas que nunca tinha visto e ouvido antes.
Depois de 3 500 anos a mensagem ainda é nova. Eu sei que meu Redentor vive e que por fim se
levantará sobre a terra (Jó 1(25)
29.4 - A Bíblia traz uma mensagem para todos os que lêem e recebem entendendo que esta
foi escrita diretamente para si
Em todo o mundo a Bíblia é o livro atual da casa, pois todas as raças a consideram como posses-
são própria. porque entendem que ela veio diretamente de Deus para nós. A mensagem da Bíblia é a
mesma para todas as raças e línguas. A Bíblia é de autoria e origem divina, por isso alcança todos, em
todos os tempos
29.5 - É importante que o herrneneuta saiba dividir e conduzir a interpretação dos textos
Para não cair no ridículo que o texto é contraditório. Atos 13.22 diz que Davi era um homem segundo
o coração de Deus. l1 Sarnuel 1.1-27 diz que Davi pecou, cometendo adultério e desagradou ao Senhor e
outros fracassos de Davi registrados no livro de Reis, Crônicas e Salmos. Gêneses 6.8,9 diz que Noé achou
graça aos 01 hos do Senhor, era homem justo e íntegro Gêneses 9.21 diz que Noé bebeu vinho, embriagou-
se e descobriu-se no meio da tenda, v.25 amaldiçoou o seu filho Canaã.
Gn 12 1-3; Hb 11.8-10 diz que Abraão foi chamado e pela fé obedeceu. Gn 20 diz que Abraão nega'
que Sara é sua mulher Gn 19.1-29; 11 Pe 2.6,7 fala da destruição de Sodoma e Gomorra e o livramento do
justo l.o Gn 1930-38 diz que Ló se embriagou de vinho e deitou-se com as suas duas filhas e elas concebe-'
ram dele. I Rs 17 1-1.4 diz que Elias desfaz o plano administrativo de Acabe e é alimentado por Deus através
de corvos e de uma viúva pobre, através de Elias Deus devolve a vida a um morto e mata os falsos profetas.
Depois Elias foge de medo da mulher e pede a morte, mas a bênção lhe alcança e é alimentado pelo anjo do
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Senhor e restaurado seu ânimo, depois é levado aos céus em um redemoinho. Mt 14.29 diz que Pedro andou
por cima das águas. Em Mt 26.69-75 diz que Pedro negou dizendo: Não conheço este homem ... e praguejou
em Atos 2 ... Pedro é cheio do Espírito Santo, prega e multidões se convertem a Cristo.
29.7- Se a Bíblia tivesse origem humana, não diria as falhas, fracassos e defeitos dos
homens, ela diz a realidade do homem e da glória de Deus.
Para a correta compreensão das escrituras é necessário tomar as palavras em seu sentido usual e
comum, o que devido à linguagem usual e figurada da Bíblia e seus hebraismos não significa que sempre deve
ser tomados ao pé da letra. Já observamos que é preciso familiarizar-se com esta linguagem para aprender
sem dificuldades. Qual o sentido usual e comum das palavras? Para você entender melhor e conseguir des-
vendar as figuras de linguagem do texto bíblico estudaremos na lição número 2 uma série de figuras, darei um
exemplo ao texto citado mas você precisa estudar detidamente e repetidas vezes.
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A palavra de Deus deve estar entesourada no nosso coração, assim como os grandes empresários
deste mundo guardam as suas grandes fortunas nos bancos de sua confiança. Se o nosso coração estiver
aberto a fim de que a palavra viva e eficaz nele encontre abrigo, sem dúvida alguma viveremos vida de
discernimento no nosso andar diário com Deus.
30.4 - Vamos estuda.' sobre a atitude que o crente deve ter ante este livro maravilhoso
E as bênçãos que acompanham aqueles que se dedicam ao seu estudo (Ap 1.3).
Convém que cada crente seja sempre reverente para com a Bíblia porque ele mostra assim o seu
amor para com Deus pelo amor que ele revela para com a palavra de Deus (Jo 14.15).
Ele deve ler sempre a Bíblia - É um preceito divino. Sim, o crente deve ler a Bíblia porque Deus
assim ordenou (Dt 17.19; Js 18; ls 34.16; CI3.16; 1 Tm 4.13).
Ele deve dar à Bíblia o primeiro lugar na sua vida - Jesus elogiou Maria porque ela deu o
primeiro lugar às palavras de Jesus e não permitiu que os cuidados da vida a impedissem de alimentar-se
delas Depois ela também teve a oportunidade de cuidar das coisas materiais (Lc 10.38-42). É um prejuízo
muito grande quando as coisas materiais impedem o crente de ler a Bíblia e o dano espiritual é ainda maior
quando alguém que se diz crente prefere revista de quadrinhos, novelas e até publicações pornográficas mas
não tem tempo nem interesse de lei- a palavra de Deus.
Leiamos ([ Bíblia com oração. Está escrito: desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da
tua lei (SI 119.18) e ainda: ensina-me os teus estatutos (SI 119.12). Peçamos a Deus sabedoria (Tg 1. 5,6) e
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assim poderemos experimentar que Jesus não somente nos abre o livro (Lc 4.17) mas também o nosso
entendimento para compreendermos as escrituras (Lc 24.45).
Leiamos a Bíblia com a mente aberta para a operação do Espírito Santo que é o ensinador por
excelência. A sua unção nos ensina (I Jo 2.20,27).
Leiamos a Bíblia diariamente, deste modo a nossa mente abrir-se-á mais e mais para compreendê-
Ia (Cl 3.16). Tudo na Bíblia é proveitoso (Il Tm 3.16) e serve para o nosso ensino (Rm 15.4). Os crentes pela
perseverança na leitura da Bíblia ficam inteirados da sua mensagem divina (lI Tm 3.14). Querido leitor,
comece e continue'
30.6 - Este fato deve ser do maior estímulo para que todos sejam firmes e constantes na
leitura da palavra de Deus.
A palavra de Deus lida e guardada no nosso coração - Isso constitui uma força maravilhosa
contra o pecado. Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti (SI 11 9.11). A palavra de
Deus nos dá poder para abandonar todo o mau caminho (SI 119.104), para que assim tais caminhos não nos
escravizem. O autor de provérbios nos exorta a guardar a palavra como a menina dos nossos olhos, para que
sejamos conservados puros até sobre o aspecto moral (Pv 6.20-24; 7.1-5) pois a sua palavra nos guarda nas
veredas do destruidor (SI 17.4). Quando os jovens guardam a palavra de Deus nas suas vidas eles se tornam
fortes e podem vencer o maligno (I Jo 2.14).
A palavra de Deus é alimento sobrenatural - Este alimento está nas nossas mãos para nutrir a
nossa vida espiritual. Os homens trabalham e se esforçam para constantemente alimentarem o seu corpo
físico. entretanto nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deu s (Mt
4.4) Jó disse: as palavras de sua boca prezei mais do que meu alimento (Já 23.12). Quando o profeta Elias
recebeu o pão trazido por um anjo, aquele alimento sobrenatural o fortaleceu de tal forma que ele andou
quarenta dias e quarenta noites (T Rs 19.5-8). Muitos crentes andam fracos e raquíticos na fé por não se
alimentarem da palavra de Deus. Parecem-se com o homem egípcio que foi encontrado semi morto por não
ter se alimentado três dias e três noites, quando foi alimentado recobrou o seu alento (I Sm 30.11,12).
A palavra de Deus alegra e edifica - O salmista diz que a palavra de Deus era a sua recreação (SI
119.16) e por isso ele queria de contínuo recrear-se com ela (SI 119.117). A palavra traz renovação para o
nosso íntimo (SI 119.107. 109), enche-nos de alegria (SI 119.14,111) e desperta-nos para louvar ao Senhor
(SI 119.7) O profeta Jeremias encontrou na palavra do Senhor gozo e alegria (Jr 15 .16). Caro leitor, não
mais te prives desta bênção'
A palavra de Deus oferece diretriz segura para nossa vida - Aquele que conhece bem a palavra
de Deus pode sentir-se seguro nas encruzilhadas da vida por causa da orientação que ela dá. Os passos do
homem bom são confirmados pelo Senhor e a lei de Deus no seu coração não permite que seus' passos
resvalem (SI 37.23,31). Assim a palavra torna luz para nosso caminho (SI 119.105) e poderemos andar
firmes ( Já 23.11). Amém I
Cristo velo do céu (.106.33,38,41,51,58,62) - Nestes versículos Jesus declara a sua pre existência
afirmando que Ele veio do céu, que foi enviado do Pai (Jo 20.21). A Nicodemos Jesus declarou sua pre
existência dizendo. Aquele que vem do céu é sobre todos (Jo 3.31). Afirma ainda Jesus a Nicodemos que
quem aceitar o seu testemunho estará confirmando que Deus é verdadeiro (10 3.33).
Cristo é antes de Abraão (Jo 8.58) - Jesus Cristo mesmo declarou aos judeus: Antes que Abraão
existisse, Eu sou Com esta expressão Ele enfatiza sua natureza divina, sua existência eterna. Ele coloca sobre
Si mesmo o selo da eternidade. A profecia de Isaías o identifica como pai da eternidade. Esta declaração de
Jesus contrariou os judeus que ouviram e até a consideraram blasfêmia.
Cristo é o verbo divino (J o 1 . 1-4, 14) - N este texto se encontra a maior revelação neotestarnentária
da divindade de Cristo, pois refere-se a Jesus como o verbo. A palavra verbo é uma tradução da palavra
Logos que significa razão, porém na doutrina cristã, Logos é o Verbo, uma pessoa divina. O texto bíblico diz
que o verbo era Deus e que o verbo se fez carne e habitou entre os homens.
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Apesar da maneira suave que esta informação soa aos nossos ouvidos e do fato de a aceitarmos sem
questioná-Ia, jamais esqueçamos de que as escrituras, desde os mais remotos tempos sempre tiveram terrí-
veis inimigos dispostos a destrui-Ias e a apagá-Ias da mente e do coração dos salvos.
Paulo e Timóteo viveram numa época de farta cultura, numa época que a cultura grega começava a
fenecer mas ainda conservava muito do vigor primitivo. Desse modo, entre os sábios e filósofos daquela
época houve uma arregimentação de forças no sentido de desacreditar as escrituras hebraicas, o que chama-
mos Antigo Testamento, a Bíblia da igreja primitiva. Mas Timóteo, ao contrário desses seus contemporâneos
era um homem instruído, como diz TI Tm 3.14, inteirado no conhecimento da palavra de Deus.
Diferente dos falsos mestres do seu tempo Timóteo foi ensinado no lar e na sinagoga a depositar toda
a sua confiança nas escrituras sagradas, como elemento revelador de Cristo, o Messias prometido por Deus.
A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus pois a conhecida expressão Assim diz o Senhor,
qual carimbo de autenticidade divina ocorre mais de duas mil e seiscentas vezes nos seus sessenta e seis livros,
isso além doutras expressões equivalentes. Foi o Espírito de Deus que falou através dos escritores da Bíblia
(Ez 115; lICr2014;24.20).
A Bíblia é um livro imparcial - Se a Bíblia fosse um livro originado pelo homem não poria a
descoberto as faltas e falhas do mesmo. O homem, com todo o egoísmo que lhe é comum, jamais escreveria
um livro como a Bíblia que dá toda a glória a Deus e que revela a fraqueza humana. Note que a Bíblia tanto diz
que Davi era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22), como mostra seus pecados, como vemos
nos livros de Reis, Crônicas e Salmos.
amado Filho
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31.5 - A Bíblia é digna de confiança (U Pe 1.16,18)
Nesses dois versículos o apóstolo Pedro se reporta à transfiguração de Cristo para provar que as
escrituras não são produtos do capricho do homem, mas sim de sólidos fatos. Suas afirmações e verdades
estão enraizadas em fatos históricos, comprovados e aceitos pela fé e não em fábulas, mitos ou lendas, como
era o caso das religiões professadas na Grécia, Egito, Babilônia, Índia e tantos outros lugares. Pedro, assim
como os primitivos discípulos de Jesus era testemunha ocular da majestade de Cristo e dos demais fatos e
relatos testemunhados por ele (l Jo 1.1-3; 1 Co 154,7; Lc 1.2). Note que Pedro reconhece toda a escritura
como a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro
até que o dia clareie e a estrela da alva esperança apareça em vossos corações (lI Pe 1.19).
Pedro emprega a expressão estrela da alva (phosphoros, no grego) para indicar simbolicamente a luz do
conhecimento espiritual que ilumina os nossos corações. Alguns comentadores são da opinião que a expressão
estrela da alva tem haver com o planeta Vênus, aquela estrela brilhante que na madrugada se levanta no nascente,
indicando que o dia logo há de raiar
Quem segue o Cristo, o nosso fulgurante Sol da justiça terá a aurora do conhecimento divino em seu coração,
como
também o fulgor do pleno dia. Este é o grandealvo da Bíblia, tomar Cristo real em nós e mostrar-nos a sua glória.
Os rabis limitavam a obediência ao mandamento sobre matar alguém ao estrito ato de homicídio.
Jesus, porém ensinou que a melhor maneira de evitar o homicídio é evitar a ira contra o semelhante e
procurar reconciliar-se com o irmão ofendido o mais cedo possível (Mt 5.21-24). Jesus também mostrou
a atitude divina quanto ao adultério, ao divórcio, ao juramento e outros assuntos relacionados com a
aplicação da justiça
Vendo o Senhor Jesus como aquele em quem as escrituras se cumpriram fielmente, fazemos dele o
centro da Bíblia Deste modo os sessenta e seis livros da Bíblia, quanto ao tempo, incluem a Cristo nas
seguintes fases da redenção
Preparação - Todo o Antigo Testamento, tratando do advento de Jesus Cristo, o Messias de Deus.
Propugação em Ato.\'
Consumação - O apocalipse que trata da consumação de todas as coisas preditas através de Jesus Cristo.
Testamento, porém não percebiam que a sua mensagem dizia respeito a Jesus Cristo, o Messias prometido.
Se à simples leitura das escrituras eles associassem a piedade das escrituras teriam reconhecido que a ação
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daquele que fez o tempo e os dias da semana transcende o tempo, isto é, não se pode fazer escravo do
sábado aquele que definiu a si mesmo como O Senhor do sábado (Me 2.28). Por fim, Jesus põe a descoberto
a hipocrisia dos líderes religiosos de Israel dizendo que eles não criam nem mesmo em Moisés cujo testemu-
nho usaram contra Jesus.
Disse Jesus que se os líderes religiosos de Israel realmente cressem em Moisés, creriam também nEle
como o Messias prometido, pois, profeticamente, acerca dEle disse Moisés: O Senhor teu Deus te desperta-
rá um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis ... Eis Ihes suscitarei um profeta do meio
de seus irmãos, como tu; e porei as minhas palavras em sua boca e ele Ihes falará tudo o que eu lhe ordenar
(Dt 1 8. I 5, I 8).
Em Cristo ambos os testamentos se completam - No que diz respeito a obra de redenção, Jesus
cumpriu todas as profecias do Antigo Testamento e deu a sua aprovação às mesmas. Contrário a opinião de
alguns, o Antigo Testamento não foi substituído pelo Novo, tampouco este abole aquele. Ambos são parte
integrante de um todo.
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(' 32.1 - Com certeza a Bíblia não satisfaz toda a curiosidade humana
,) Contudo só ela contém soluções às inquirições da alma; goteje a minha doutrina como a chuva, destile
\ o meu dito como o orvalho, como o chuvisco sobre a terra e como gotas de água sobre a relva (Dt 32.2).
A palavra doutrina com relação à doutrina bíblica pode ser definida como a substância da fé cristã.
Tem a ver com todo o sistema de crença e fé esposadas na Bíblia sagrada, a palavra de Deus. Sobre este
assunto estudaremos neste capítulo dizendo que, em teologia pura são estudadas conjuntamente as doutrinas
de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, dos anjos, do pecado, da salvação, da igreja e das últimas coisas.
Conhecê-Ias é um privilégio exclusivo do estudante e estudioso da Bíblia.
A doutrina de Deus - O estudo relacionado à pessoa de Deus chama-se teologia e versa sobre a
existência, a personalidade e a natureza de Deus.
b) A personalidade de Deus - A personalidade de Deus pode ser provada pelos pronomes pessoais
que o identificam (10 17.3; SI 116.1-2); pelas características e propriedades de personalidade que
lhe são atribuídas tais como: tristeza (Gn 66), ira (Nm 11.1; 12.9; Rm 1.18), zelo (Dt 6.15), amor
(Rm 5.8), ódio (Pv 6 16); pelas relações que Ele mantém com o homem, como o criador de tudo
(Gn 1.1), como preservador de tudo (Is 40.22-29; 41.13-20), como benfeitor de todas as vidas
(Mt 5.45; 10.29,30), como governador e dominador das atividades humanas (Is 40.1 0-15; 41.1-
12), como pai de seus filhos espirituais (G13 .26).
c) A natureza de Deus - A natureza de Deus compreende os seus atributos naturais e morais, quais
sejam: vida(Jo 526), espiritualidade (10 4.24), imutabilidade (Tg 1.17), eternidade (Dt 33.27, SI
90.2), onisciência (I Sm 16.7; At 15.8), onipotência(Gn 17.1; Jó 422), onipresença (SI 139 .7-12),
veracidade (Nm 23.19), fidelidade (Jr 1.12), conselho (Ef 1.11; Is 40.13, 14) e santidade (Is 6.3).
A humanidade de Cristo - A humanidade de Cristo é demonstrada pela sua ascendência humana (GI
4.4; Rm 1.3), por seu crescimento e desenvolvimento naturais (Lc 2.40,46,52), por sua aparência pessoal (10
4.9), por sua natureza completa (Mt 26.12,28; Lc 23.36), pelas suas limitações humanas sem pecado (Jo 4.6;
Mt 8.24; 21.18), pelos nomes humanos que lhe foram dados, por Ele mesmo ou poroutros(Mt 1.21; Lc 19.10;
At 2.22; Mt21.ll; 6.3; I Tm 2.5), pelo relacionamento que Ele mantinha com Deus (Mc 15.34; Jo 20.17).
A divindade de Cristo - A Bíblia corrobora a crença na divindade de Cristo, quando diz que Ele é
Deus (10 1.1), todo-poderoso (Ap 1.8), eterno (Jo 8.58), criador (Jo 1.3), atributos inerentes a Deus Pai
relacionam-se harmoniosamente com Cristo, provando assim a sua divindade.
Caráter de Cristo - O caráter de Cristo tem recebido aprovação e a recomendação não apenas
de Deus Pai, mas também dos anjos e até mesmo da parte dos demônios há o testemunho de que Ele é
o Santo de Deus De fato a Bíblia o apresenta como santo (I Jo 3.3,5), amoroso (Jo 13.1), manso e
humilde (Mt 1129).
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A obra de Cristo - A obra terrena de Cristo, consumada na sua morte tornou-se necessária por
causa da santidade e do amor de Deus (Hc 1.13; Jo 3.16), por causa do pecado do homem (I Pd 2.24), por
causa do cumprimento das escrituras (Lc 24.25-27). O propósito de Deus tornou-a necessária (At 2.23).
A natureza do Espírito Santo - No estudo da natureza do Espírito Santo destaca-se a sua perso-
nalidade Como uma pessoa que é, o Espírito santo é chamado na Bíblia de Espírito de Deus (I Co 3.16; Gn
12), Espírito de Cristo (Rm 89), Espírito Santo (At 1.5), Espírito de Vida (Rm 8.2) e Espírito de Adoção
(Rm 8.15,16: GI45,6).
A obra do Espirito Santo - Particularmente quanto à pessoa do crente o Espírito Santo nele opera
regenerando-o (Jo 33-6), batizando-o no corpo de Cristo (I Co 12.13; Ef4.1-16,30), habitando nele (I Co
6. 15-19), fortalecendo-o (Ef3. 16), enchendo-o da sua virtude (Ef 5.18).
Doutrina dos anjos - De acordo com a Bíblía, os anjos foram criados por Deus (Ne 9.6; CI 1.16).
Deus os criou mais elevado que o homem (SI 8.4,5). Foram criados em inumerável quantidade (Jó 25.3; Dt
33.2; Ap 5.11; Dn 7.10). Eles não devem ser adorados (Ap 22.9; 19.10; CI2.18), pois estão sob o senhorio
de Cristo (Ef 120,21; FI 2 9-11 ).
Na consumação dos séculos, anjos bons e maus terão papel decisivo nos eventos finais. Os bons se
manifestarão na glória com Cristo (Mt 24.30,31) cooperando na ressureição dos mortos (I Ts 4) no ajunta-
mento dos escolhidos, na ceifa final, no julgamento das nações e na extinção da iniquilidade (Mt 13 .39-42).
Os maus, sob o comando de Satanás, afligirão os homens com sofrimentos terríveis, e por fim serão lançados
no inferno de chamas eternas (Mt 25.41; Ap 20.10).
A doutrina do homem - Mediante o que diz a Bíblia, o homem é criatura de Deus, formado a
imagem e semelhança do Criador (Gn 1.26). O homem é um ser tricotõmico, isto é, dotado de espírito, alma
e corpo (I Ts 5.23). O homem foi criado reto (Ec 7.29) condição da qual caiu por causa da queda do Éden.
Criado por Deus, o homem foi destinado: à vida no mundo (Gn 2.7), para amar o próximo (Gn 2.18), para
domínio da Criação (Gn 1.27-30), para o louvor de Deus (SI 8.5-9; 96; 98).
De toda a história do homem, o mais triste e trágico espisódio foi, sem dúvida, a sua desobediência e
consequente queda (Gn 3).
A doutrina do pecado - A Bíblia ensina que a origem do pecado na história da raça humana foi a
transgressão voluntária de Adão no Éden. O homem deu ouvido a insinuação do tentador, de que, caso ele se
colocasse em oposição a Deus, tomando e comendo do fruto da árvore que Deus proibirá, seria como Deus.
Adão caiu, abrindo a porta de acesso do pecado a toda a humanidade (Gn 3.1-6; Rm 5.12, 18, 19).
À luz da Bíblia, o pecado é a inclinação da carne e inimizade contra Deus (Rm 8.7); tem caráter
Universal (Rm 3.23; 5.12); é antes de tudo, praticado contra Deus (T 2.8-11); tem lugar primeiramente no
coração (Mt 5.27,28; 1519; 7.21-23).
A redenção do homem é o sublime tema de toda a Bíblia, como forma de tornar compreensível a
questão da salvação, a Bíblia a coloca da seguinte maneira:
a) a salvação procede de Deus e não do homem (Rm 6.23);
b) somente Jesus pode salvar (Lc 19.10);
c) a salvação é obtida pela graça de Deus e não por obras humanas (Ef2. 8-1 O);
d) a salvação abrange espírito, alma e corpo do homem:
e) a salvação tem alcance eterno (Rm 5.1; I Ts 5.23; CI3.4);
f) o descuido da salvação trará males terríveis;
g) a salvação nos vem pela fé em Cristo (Rm 1.16,17; 10.9,10,17; GI3.1-11,22,26);
h) a Trindade Divina coopera com o pecador na sua salvação (10 1.12,13,3.3-7).
A doutrina da igreja no contexto das Escrituras, de princípio, pode ser resumida nos seguintes itens:
a) a palavra "igreja", empregada em sentido universal, designa o corpo de Cristo (Rm 12.5);
b) a Assembléia Universal é descrita sob a forma de um templo (Ef2.22; I Pd 2.5);
c) a Assembléia Universal dos salvos é a esposa de Cristo (Ap) compõe-se somente de membros
regenerados.
É necessário o aperfeiçoamento da igreja local na pessoa de cada um de seus membros. Para isso
Cristo concedeu dons aos homens para o aperfeiçoamento da Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pas-
tores e mestres (Ef 4.11-16). Deste modo através da muItiforme ação de seus ministros, Deus aperfeiçoa a
sua Igreja em todos os seus aspectos.
Ninguém aqui na terra (nem mesmo os anjos do céu) sabe a data e hora em que esse evento ocorrerá.
A certeza que temos é a de que Ele não demorará. Todos os sinais indicam que a plena redenção dos filhos de
Deus rapidamente se aproxima (Lc 21.28). Esperemo-Ia, pois!
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33. t) O nosso sucesso no estudo da Palavra de Deus muito depende dos métodos usados e
dos objetivos estabelecidos
Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos (1 Co 14.33).
Pode o Espírito Santo usar os elementos constitutivos do estudo metódico da Escritura? Certamente
que pode e o faz. Dentre tantas vantagens o estudo metódico das Escrituras, poderiamos destacar os seguintes:
("" 7·"" J.
JJ.~,JJ.J, "·3"
. 4)
Por exemplo:
A Escritura pode ser mal aplicada quando você ignora o que ela diz sobre determinado assunto.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você toma um versículo fora do contexto.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você lê uma passagem e a obriga a dizer o que ela não diz.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você dá ênfase indevida a coisas menos importantes.
A Escritura pode ser mal aplicada sempre que você a usa para tentar levar Deus a fazer o que você
quer, em vez daquilo que Ele quer que seja feito.
Observação. Escolhido o texto bíblico para estudo, I Pe e 2, por exemplo, proceda da seguinte
maneira: leia a passagem cuidadosamente; tome um caderno de anotações e escreva na cabeça de uma
página a palavra OBSERVAÇÃO, e em seguida:
a) anote toda e qualquer minúcia do texto; anote substantivos, verbos e outras palavras chaves. Aqui
entra a importância das perguntas: QUEM? QUE? QUANDO? POR QUE? E COMO?
b) escreva o que lhe parece obscuro, especificamente o que você não entende da passagem, o
versículo 5, por exemplo:
c) anote referências bíblicas doutros textos (elas poderão lançar luz sobre o texto que está sendo
estudado);
d) anote possíveis aplicações encontradas ao longo do estudo do texto em uso.
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Interpretação. Tome o seu caderno de anotações e anote noutra folha um resumo dos pensamentos
chaves que lhe ocorram à mente enquanto você estuda a passagem bíblica. Escreva um pensamento chave,
uma espécie de interpretação sua, para cada versículo do capítulo. Depois resuma num só pensamento os
pensamentos-chaves de todos os versículos do capítulo estudado. Este pensamento deverá conter a essência
da interpretação do texto estudado
Co rr' elacão. Numa outra folha do seu caderno de anotações, escreva a palavra CORRELAÇÃO,
anotando em seguida os versículos do mesmo capítulo que se correlacionam, isto é, que se combinam entre si.
Aplicação. Das aplicações possíveis, escolha aquela que você sente, definidamente, que Deus quer
que você ponha em prática, e as coisas específicas que Deus quer que você faça para aplicar a sua vida. A
Bíblia e os seus preceitos não vos foram dados para serem apenas teorizados, mas para serem vividos e
fazerem parte inseparável da nossa vida.
Recomendações importantes. Para seu maior proveito nos seus estudos bíblicos pelo método
sintético, siga as seguintes orientações:
a) Descubra o tema principal do livro. Em atitude de oração leia todo o livro que você escolheu para
estudo, a fim de encontrar o tema principal. O tema pode ser encontrado como se fosse um fio que
corre por todos os capítulos. Se necessário, leia-o mais de uma vez. Assim o tema começará a
surgir na sua mente.
b) Desenvolva o tema principal do livro. Os anúncios referentes ao conteúdo do livro ajudam a
encontrar o tema principal. Tais anúncios são afirmações que o autor faz antecipadamente, dizendo
o que vem a seguir Por exemplo, o Evangelho de Mateus começa com o seguinte anúncio: " Livro
da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, Filho de Abraão" (Mtl.1) .Este anúncio referente ao
conteúdo e logo a seguir vem a genealogia de Jesus.
Estudo pelo método biográfico. Hebreus 11 traz um resumo da vida de muitos fiéis que viveram e
morreram na fé. De fato, a Bíblia afirma que "todos estes morreram na fé" (Hb 11.13), o que indica que essas
pessoas continuarão vivas no céu. Então, por que não estudar as suas vidas hoje, uma vez que conservaram
até o fim uma confiança plena nas promessas de Deus?
A experiência tem mostrado que não basta ler a Bíblia, maior proveito auferirá aquele que estuda
metódica e ordenadamente.
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34.1 - Deus está pronto a honrar o ministério do pregador que honra a sua palavra de sorte
que a fé é pelo ouvir, e ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17).
Qualquer pessoa que pensa de modo sério acerca da situação da pregação em nosso século,
forçosamente há de notar uma contradição estranha. De um lado, reconhece-se que há necessidade de pregação
grandiosa, que é usualmente definida como sendo pregação expositiva. Do outro lado, porém, a boa pregação
expositiva, é praticamente inexistente. Os seminários Evangélicos ( e até mesmo Liberais) exortam os seus
jovens dizendo: "Sejam fiéis na pregação ... Passem muitas horas no seu gabinete, meditando sobre a Bíblia ...
Tenham certeza que aquilo que dão ao povo é a Palavra de Deus e não as suas próprias opiniõe s". Apesar
dessas recomendações, é mui grande o número de púlpitos de nossas igrejas, ocupados, noites após noites,
por pregadores biblicamente iletrados.
Dentre as muitas razões porque devemos pregar a mensagem unicamente baseada na Bíblia Sagrada,
relacionamos as seguintes
Fomos chamados para isto.(Il Tm 42). O ferreiro deve ser alguém habilitado para trabalhar com o
ferro: o pedreiro, com construções; o marceneiro, com madeira; o médico, com o bisturi; e o pregador com
a Palavra de Deus. O ferrador poderá ser capaz até de cingir um anjo com um cinto de Ouro, mas se não
souber ferrar uma cavalgadura, ele não será digno do nome que tem. De igual modo, o pregador que por
qualquer pretexto elimina a Bíblia da sua pregação, deveria mudar de ocupação.
Tão grande foi o crescimento alcançado pela Igreja primitiva, que os apóstolos foram levados a
dividir o seu tempo entre a pregação e a distribuição de bens entre irmãos mais pobres. Para resolver
esse problema, os doze falaram a congregação, dizendo: "não é razoável, que nós deixemos a Palavra
de Deus e sirvamos às mesmas. Escolhei pois.irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios
do Espírito Santo e de sua sabedoria, ao quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós
perseveraremos na oração e no Ministério da Palavra"(At 6.1-4). Do mesmo modo, Deus nos chamou
para sermos homens da Palavra.
Expositivamente. A Pregação expositiva é o "Feijão com Arroz" da mensagem evangélica. Por este
método de pregação, temas bíblicos dos mais dificeis se tomaram claros e compreensíveis até mesmo a mente
das crianças Este foi o método de pregação preferido por Esdras e os oficiais da congregação de Israel.
Neemias 8.8 diz que diante da congregação eles "leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o
A Palavra Regenera. Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível
pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre" (IPe 1.23).
A palavra Santifica. "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade .. e por eles me santifico a
mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (10 17.17,19).
34.7 - A Palavra Sara. "E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o
ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que
tinha fé para ser curado, disse em voz alta: levanta-te direito sobre os teus pés. E ele saltou e andou" (At 14.8-
10) Se quisermos que os crentes, membros de nossas igrejas, sejam batizados com Espírito Santo, e sejam
alcançados pelo favor do Senhor, a tempo e fora de tempo, preguemos a palavra de Deus (Il Tm 4,2).
35.1 - Os avisos da Bíblia indicam o cuidado de Deus com seu povo na face da Terra;
Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo, Me 13.33; Pv 4.23; I Tm 4.16; Tg
4.11 . A Bíblia está cheia de Avisos e Exortações que denotam a preocupação divina em alertar o seu povo
acerca do período e ameaças a comunhão com Deus; neste capitulo trataremos de alguns avisos Bíblicos para
o crente, em particular para a Igreja do Senhor e para o ímpio.
Aviso a Família (Ef 5 .22-26, 31-33; 6.1-4). Deus instituiu a família e instituiu ordens para a sua
preservação. Essas normas envolvem os princípios da submissão, tão deturpado e relegado pelos sistemas
modernos, mas eficaz na experiência humana. Prevalecem para a família cristã princípios bíblicos que estão
implícitos na epístola de Paulo aos Efésios: "Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus" (Ef5.21). Esse
principio põe em destaque a autoridade de Deus sobre as coisas criadas. As relações entre marido e esposa
estão debaixo desse principio de autoridade e sujeição. A esposa submete-se ao marido, como ao Senhor. A
autoridade do marido não é independente, mas é sujeita a autoridade divina. Da mesma forma os filhos
sujeitem-se a autoridade dos pais no temor do Senhor.
o princípio da Obediência (Ef6.1). "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais". A obediência é
um princípio que deve ser ensinado aos filhos. Esse princípio deve nortear suas vidas para que sejam felizes.
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o valor da obediência - O valor da obediência está na palavra "Honra", que no grego é TIMAO
e quer dizer: valorizar, estimar, dar preço a. Os filhos devem ser ensinados a honrar os pais porque a Bíblia
ordena: "Honra o teu pai e a tua mãe". A desobediência desonra os pais, visto que é a obediência o alicerce
da felicidade deum lar. O apóstolo Paulo declara que é "o primeiro mandamento com promessa" (Ef6.2). A
célula máter da sociedade é a família. O bom relacionamento entre pais e filhos trará resultados positivos a
todos dentro de uma casa. Os pais devem administrar uma disciplina segura e no temor do Senhor. A disciplina
deve ser coerente como os padrões familiares expostos na Bíblia. A disciplina deve ser consistente, ainda que
flexível, isto é, ela deve ser aplicada com firmeza e não deve sofrer alteração depois de emitida uma ordem
disciplinar. A disciplina deve ser flexível quanto ao método aplicado. Os pais não devem persistir num método
cujo efeito não alcance o objetivo educacional. Os filhos devem sentir a força e o peso da disciplina mantida,
para que os pais não caiam em descrédito perante eles. A disciplina deve ser feita na "Admoestação do
Senhor", formando personalidades fortes, sadias, moral e espiritualmente.
35.6 - Aviso da Bíblia quanto ao cuidado com a nossa língua (Tg 3.1-12).
A Bíblia é plena porque trata das coisas de Deus e do homem, preocupando-se até com as
preocupações do nosso caráter através dos membros do nosso corpo. O apóstolo Tiago havia percebido
que grande parte dos problemas sociais e espirituais existentes entre as pessoas, mui especialmente entre
os crentes, era o problema do uso da língua. A língua, como um membro do nosso corpo não tem poder
próprio, mas age sob o impulso da mente, e daí, se torna um membro perigoso. As nossas palavras são
emitidas, tendo a língua como membro principal. As palavras tem um peso grande, mas nem sempre nós
avaliamos a importância delas. Deus nos responsabiliza pelo que falamos às pessoas, aos nossos familiares,
aos nossos amigos (Mt 12.36,37).
Nada mais neste mundo tem poder para transformar a nossa língua. Só o poder da palavra de Deus
que fortalece o nosso interior e coloca um freio na nossa língua. Ela é a fonte de poder espiritual para vencermos
os ataques de Satanás. Precisamos dirigi-Ia e saboreá-Ia para que cresçamos no Espírito e alcancemos
maturidade (T g 3.2)
"Cuidar da doutrina" significa mantê-Ia intacta contra as distorções, contra as invencionices doutrinárias,
contra os falsos conceitos moralistas.
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