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GINO IANFRANCESCO V.
PREFÁCIO
A Mudança do Acampamento....................................................................... 13
1. Ramessés.................................................................................................. 57
2. Sucote...................................................................................................... 79
3. Etã.......................................................................................................... 95
4. Pi-Hairote................................................................................................ 107
5. Mara...................................................................................................... 121
6. Elim........................................................................................................ 131
9. Dofca.................................................................................................... 165
Epílogo....................................................................................... 733
Bibliografia................................................................................. 749
Primeira aproximação
JORNADAS E ESTAÇÕES ¹
“⁶E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas
más, como eles cobiçaram...¹¹Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão
escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O que aconteceu com Israel em suas jornadas no deserto não era somente para
que conheçamos e digamos, bem, eles passaram pelo deserto, mas isto não tem nada
que ver comigo. Não é assim, providencialmente o Senhor estava dizendo que aquelas
jornadas se produziam como exemplo para nós. As jornadas no deserto de Israel, a
saída do Egito, cruzar o mar Vermelho, todas as jornadas, não eram um exemplo para
eles, mas para nós. Romanos 15:4 diz algo similar:
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¹ Ensino à igreja na localidade de Tunjuelito, Santafé de Bogotá, D. C., Colombia,
América do Sul, 31 de janeiro de 1993.
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“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que
pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”.
Com este prefácio, agora sim, vamos fazer um longa leitura que no princípio
soará estranha, mas todas estes acontecimentos e nomes tem significado. Não vamos
entrar hoje em todos os significados; entraremos somente nos primários, nos básicos.
Leiamos o livro de Números 33:1-49.
“Estas são as jornadas”; Deus poderia ter dito “jornada”, em singular; mas Deus
usa o plural porque de todas as maneiras ao andar uma jornada você está em um
processo, e de repente outra vez temos que caminhar e caminhar e chegar a outro
ponto, a outra situação um pouco mais avançada, contudo não é o final.
“¹Estas são as jornadas dos filhos de Israel, que saíram da terra do Egito,
segundo seus exércitos, sob a direção de Moisés e Arão. ²E escreveu Moisés a suas
saídas, segundo as suas jornadas, conforme ao Mandato do S ENHOR; e estas são as
suas jornadas, segundo as suas saídas.”
Isso nos diz que cada jornada é uma saída de um estágio e uma entrada numa
nova etapa. Algo velho tem que ser deixado e algo novo deve vir. Ramessés era uma
das cidades onde eles estavam escravizados fazendo e carregando tijolos e estavam
oprimidos por Faraó, e aí começaram as jornadas, desde a escravidão, por etapas para
plena benção.
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mar ao deserto, e andaram caminho de três dias no deserto de Etã, acamparam-se em
Mara”.
Mara quer dizer águas amargas. Ali foi onde o povo murmurou conta Moisés
porque duvidaram que Deus estava com eles; porque se sentiam sós e diziam: Mas,
por que, Moisés, nos tirou do Egito e nos trouxe a este deserto para morrer de sede?
“⁹E partiam de Mara, e vieram a Elim, e em Elim havia doze fontes de águas e
setenta palmeiras, e acamparam-se ali”. Deus mostrou-lhes que sim, podia cuidá-los.
“¹⁰E partiram de Elim, e acamparam-se junto ao mar Vermelho. ¹¹E partiram do mar
Vermelho, e acamparam-se no deserto de Sim. ¹²E partiram do deserto de Sim, e
acamparam-se em Dofca. ¹³E partiam de Dofca, e acamparam-se em Alus. ¹⁴ E partiram
de Alus e acamparam-se em Refidim; porém não havia ali água, para que o povo
bebesse.”
Ali outra vez o povo olhou com olhos carnais sem aprender a ver pela fé o
invisível. O que Deus estava buscando? Ensinar-lhes a confiar nEle e a obedecê-lo.
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“³⁸Então Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, conforme ao mandato do
SENHOR; e morreu ali no quinto mês do ano quadragésimo da saída dos filhos de Israel
da terra do Egito, no primeiro dia do mês. ³⁹E era Arão da idade de cento e vinte e três
anos, quando morreu no monte Hor. ⁴⁰E ouviu o cananeu, rei de Harade, que habitava
no sul da terra de Canaã, que chegavam os filhos de Israel. ⁴¹E partiram do monte Hor,
e acamparam-se em Zalmona. ⁴²E partiram de Zalmona, e acamparam-se em Punom.
⁴³E partiram de Punom, e acamparam-se em Obote. ⁴⁴E partiram de Obote, e
acamparam-se em Ije-Abarim, no termo de Moabe. ⁴⁵E partiram de Ije-Abarim, e
acamparam-se em Dibom-Gade. ⁴⁶E partiram de Dibom-Gade, e acamparam-se em
Almom-Diblataim. ⁴⁷E partiram de Almom-Diblataim, e acamparam-se nos montes de
Abarim, defronte de Nebo. ⁴⁸E partiram dos montes de Abarim, e acamparam-se nas
capinas de Moabe, junto ao Jordão, na direção de Jericó. ⁴⁹E acamparam-se junto ao
Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim, nas capinas de Moabe.”
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virar o bolo, mudar em novas circunstâncias e ensinar-nos novas lições. Jeremias 48
nos diz que visto que Moabe esteve sempre repousado e não foi mudado de vasilha
para vasilha; por isso não se alterou o seu cheiro e conservou o seu sabor. Há pessoas
de muito tempo nas congregações que seguem sendo meninos em Cristo e não
amadureceram. Por isso Deus disse a Moabe que enviará derramadores que o
derramarão; e despejarão as suas vasilhas, e romperão os seus odres. Somente assim
poderá amadurecer. Os odres velhos não servem para o vinho novo. As velhas
estruturas eclesiásticas amordaçam o Espírito. Por isso o Senhor, para poder dar vinho
novo a seu povo, se vê obrigado a romper os odres velhos, e a derramar seu povo para
novas experiências, mais profundas. Talvez esta já seja a hora para muitos crentes, em
que seus odres se romperão, seu acampamento se mudará, sairão de estações velhas
e começará uma nova jornada, com o bolo virado para não permanecer cru em muitas
outras coisas de Deus, nas quais, todavia, não entrou na estação. Nosso Deus é o Deus
das jornadas e faz assim com seu povo para amadurecê-lo e dar-lhe o sabor e o odor
de Cristo, até que o dia seja perfeito.
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Segunda aproximação
A MUDANÇA DO ACAMPAMENTO¹
Tremenda passagem. Eu sei que, meus irmãos entendem que não estamos
somente lendo uma história do passado; sim, claro, é história do passado; sim, claro, é
histórico, isto aconteceu assim; mas a intenção de Deus é começar a pôr ordem no
meio do Seu povo e ensinar a Seu povo a seguir a nuvem de Sua presença. O que
aconteceu no passado, aconteceu como um exemplo para Seu povo
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no futuro, nos dias de hoje. Eu creio que com uns dois ou três versos que pudéssemos
ler no Novo Testamento compreenderíamos que estamos praticamente obrigados a
interpretar essa passagem, não somente no sentido histórico, o qual sim é, mas
também no sentido alegórico, de exemplo, de tipologia, o qual é o que nos adverte
hoje de maneira muito direta. Assim que, vamos ler dois ou três versos clássicos acerca
desta passagem no Novo Testamento. Comecemos por exemplo, na epístola de Paulo
aos Romanos; vamos entrar ali no capítulo 15, um desses versículos que nos obrigam a
levar muito a sério esta história que estamos lendo hoje do povo de Israel. Leiamos em
Romanos capítulo 15:4:
“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para
que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”
Por isso foram escritos. Na primeira epístola aos Coríntios, capítulo 10, também
encontramos outra passagem que nos obriga a ler assim mesmo com sumo cuidado e
com aplicação neotestamentária, para nós, na época do Novo Pacto, estas passagens
do Antigo que estamos lendo. Ao longo de todo o capítulo 10 da primeira carta aos
Coríntios, o apóstolo Paulo vem narrando os distintos passos que teve o povo de Israel
quando saíram do Egito, quando estiveram debaixo da nuvem, cruzaram o mar
Vermelho, quando comiam do maná no deserto; com todas as coisas que lhes
aconteceram em sua peregrinação, especialmente registradas neste livro de Números
que estamos lendo, e depois de ir narrando e recordando aquelas coisas registradas
durante os Livros de Moisés, nos diz o verso 6 deste capítulo mencionado:
“E estas coisa foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas
más, como eles cobiçaram.”, nem isto, nem aquilo, nem aquilo outro, segue dizendo
até o verso 10 e o verso 11, volta e diz: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e
estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.” Me
permito enfatizar que estas coisas aconteceram como exemplos e estão escritas para
admoestarmos uns aos outros, a quem já alcançou o final dos séculos.
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com sua própria época: Deus estava soberana e providencialmente seguindo
cuidadosamente os passos de Seu povo Israel, juntamente com Moisés, porque Deus
estava preparando naquela época um testemunho para esta época. Deus estava
trabalhando o Antigo Testamento em função do Novo Testamento; por isso diz: “E, na
verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas
que se haviam de anunciar;” das coisas que se haviam de anunciar, tinha que dizer
agora durante o tempo do Novo Testamento, mas utilizando como tipologia, como
alegoria, como exemplo, como figura, o que aconteceu a Moisés e com o povo de
Israel no Antigo Testamento.
O verso 6 diz: “Mas Cristo, como filho, sobre a sua própria casa; a qual casa
somos nós, se tão somente conservarmos firmemente a confiança e a glória da
esperança até o fim.” Aqui o autor aos Hebreus está fazendo o translado e mostrando
o melhor, o Pacto Novo em relação com o Antigo Pacto, do qual diz que era somente
uma figura; o mesmo disse mais adiante no capítulo 9 e no capítulo 10 da mesma
epístola aos Hebreus.
Um versículo mais adiante, ou seja o 9, diz: “Que é uma alegoria para o tempo
presente...”, que é uma alegoria. Estas coisas, aconteceram como exemplo; também
diz que são figuras. Na página seguinte, no versículo 23 de Hebreus 9, diz: “De sorte
que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se
purificassem; mais as próprias coisa celestiais com sacrifícios melhores do que estes.”
Então aqui o escritor aos Hebreus, pelo Espírito Santo, faz a diferença entre as figuras
das coisas celestiais, e das verdadeiras
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coisas celestiais. Hoje no Novo Testamento começam as verdadeiras coisas celestiais
que estavam figuradas, simbolizadas, alegorizadas no Antigo Testamento. Em Hebreus
10:1, diz o mesmo: “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem
exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada
ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” A lei tendo a sombra; a lei tendo a
sombra, enfatizamos, dos bens futuros.
Sim, há uma luz que está projetando-se para o futuro, para adiante, antes que
entre o corpo, a luz que o está anunciando faz com que o corpo projete uma sombra; e
primeiro chega a sombra. Quando você olha a sombra, você sabe mais ou menos, que
tipo de corpo está se aproximando. Se passa um cachorrinho, você olha a sombra e diz,
aí vai um cachorro; se é de um homem, ou é mulher, ou é um menino, não é uma
bicicleta, porque você a vê primeiro projetado na sombra, mas depois chega o corpo
real.
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coisas são assim, mas os irmãos mais novos necessitam ir compreendendo em suas
próprias Bíblias. Então observem por favor, em Gálatas capítulo 4, versículos 21-24:
“²¹Dizei-me, (diz o apóstolo Paulo) os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a
lei? ²²Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, uma da escrava, e outro da livre.
²³Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por
promessa. ²⁴O que se entende por alegoria...”. Claro que era uma história. A história de
Abraão, de Sara, de Agar, é uma história real como a de Simón Bolívar, como a de
Santander, como a de Napoleão, incluso sagrada, não somente secular. Sem
impedimento, Paulo não somente está lendo uma história. Quando Paulo lê a vida de
Abraão, Paulo pelo Espírito Santo está percebendo uma alegoria e pelo Espírito Santo
diz: “O que se entende por alegoria” e começa a explicar a alegoria, “porque estas (as
mulheres) são as duas alianças”; e começa a explicar que Sara representa o Novo
Pacto, e que Agar representa o Antigo Pacto, etc. De maneira que isto nos dá a chave
para fazer uma leitura espiritual, posicionados no Novo Testamento, em Cristo, no
Espírito, na nova criação, nos dá essa posição para ler desde então, o Antigo Pacto.
Assim que existe diferentes maneiras, digamos, duas principais, de ler o Antigo
Pacto. Na segunda carta aos Coríntios, o capítulo 3, disse o apóstolo São Paulo que
alguns quando leem o Antigo Pacto o leem com véu sobre seu entendimento; mas há
outra maneira de ler o Antigo Pacto, sem véu, diz assim o apóstolo Paulo. Ainda que
todo o capítulo 3 se refere a isto, sem restrições, lemos desde o versículo 12:
“¹²Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. ¹³E não somos
como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os Filhos de Israel não
olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. ¹⁴Mas os seus sentidos
(não os de todos, não os da Igreja, não os remidos em Cristo, senão os dos judeus que
liam Moisés e dos que leem como eles) foram endurecidos; porque até hoje o mesmo
véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido; ¹⁵E
até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobe o coração deles. ¹⁶Mas, quando
se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.” Agora que as pessoas estão em
Cristo, agora que as pessoas estão no Espírito, então podem ler por trás do véu,
compreender o sentido espiritual, o testemunho que Deus está figurando e ensinando.
Agora vamos ver em Romanos, porque é necessário que nós, à luz do Novo
Testamento e para a causa do Novo Testamento, façamos uso legítimo, não legalista,
não judaizante, senão o uso legítimo, o uso neotestamentário das passagens do Antigo
Pacto,
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como líamos no começo. Romanos capítulo 16, versículos 25 e 26. Ali diz pelo Espírito
Santo o apóstolo Paulo: “²⁵Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o
meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que
desde tempos eternos esteve oculto, ²⁶Mas que se manifestou agora, e se notificou
pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as
nações para a obediência da fé;”. Pelas Escrituras dos profetas, esse é o Antigo
Testamento.
Tudo isso se escreveu para nós. Agora, nos diz a Palavra do Senhor que Yahveh
Elohim, Jehová Deus, começou a treinar seu povo, quando Seu povo estava escravo no
Egito e foi libertado através da páscoa, através da morte do cordeiro, do
derramamento do seu sangue, da cobertura do sangue do cordeiro e de comer o
cordeiro com pães ázimos, sem levedura e com ervas amargas. O povo então saiu livre
do Egito, foi batizado no mar Vermelho e em Moisés como diz a primeira carta aos
Coríntios; mas saiu como um bando, todavia não como uma tropa; por isso é que
depois do livro de Êxodo não segue contudo o livro
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de Josué, porque era necessário se fazer muitas coisas com o povo de Deus, para que o
povo pudesse realmente, como no tempo de Josué, tomar possessão da terra e de
cidade em cidade.
Assim como no livro de Gênesis diz que no princípio havia um caos, diz que a
terra estava sem forma e vazia, depois que Deus criou o céu e a terra, em sua Palavra
diz que a terra estava desordenada e vazia, mas diz que o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas. O Espírito de Deus começa a colocar ordem em meio ao caos,
na desordem das águas, e começa a separar a luz das trevas, o de cima e o de baixo, e
começa a reunir as águas em um lugar, isto vai aqui e a terra vai aqui e logo faz brotar
as plantas e começa a colocar em seus lugares os luminares e faz produzir as águas
animais, e faz produzir a terra plantas e animais, e logo por fim vai edificando uma
casa, um tabernáculo que se chama o homem para que Deus possa, por fim,
repousar; e era um trabalho de Deus sobre o caos colocando ordem e essa ordem
começa primeiramente com a luz. Quando há luz, então sabemos donde está o dia e
onde está a noite. No princípio não havia nem dia nem noite, tudo era uma confusão;
depois de que há luz se sabe o que é dia e o que é noite; então Deus começa a separar
o que é celestial e o que é terreno.
E assim também fez Deus com Seu povo no livro de Êxodo. O povo saiu como
um bando, mas havia que pôr em ordem ao povo; por isso no Êxodo, Deus diz a
Moisés, fala ao povo que façam um santuário para mim, conforme o modelo que Eu te
mostrei no monte. Quando eles estavam no Egito, eles tinham os modelos do mundo
em suas mentes e ainda que haviam sido salvos e libertados, muitos dos parâmetros,
dos paradigmas de seu entendimento, eram conforme o Egito; eles haviam saído do
Egito, mas todavia o Egito não havia saído completamente deles. Deus tinha que
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começar a mover-se, como se movia em meio ao caos, sobre aquele bando de Seu
amado povo para começar a pôr ordem. E começou a dizer-lhes que deveriam erguer
um santuário, um tabernáculo; e logo começa o Senhor a dizer como devia servir
coordenadamente ao redor desse santuário único; porque diz em Deuteronômio 12,
onde o Senhor fala do santuário único: “⁸Não fareis conforme a tudo o que hoje
fazemos aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos. ⁹Porque até agora não
entrastes no descanso e na herança que vos dá o S ENHOR vosso Deus.” Não, quando
entrares na terra que Jehová prometeu a vossos pais, farei isso, e farei aquilo,
derrubareis isto, derrubareis aquilo, mas levantareis isto em nome do Senhor; Ele
estabelecerá um lugar, porá seu nome nesse lugar, ali recorrereis a esse nome, esse
lugar buscareis e ali oferecereis os holocaustos, e cuida de não fazer isso quando
entrares na terra que Jehová vosso Deus prometeu a vossos pais. Eles no Egito
estavam acostumados a fazer as coisas da maneira deles, mas o Espírito de Deus que
também se movia sobre Seu povo, começava etapa por etapa, jornada por jornada,
estação por estação, pisada por pisada, a ensinar a Seu povo como era que iam tomar
a terra. Por isso é que depois de Êxodo, não segue Josué; segue Levítico, porque em
Êxodo está a ordem de levantar um santuário e exercer um sacerdócio. No capítulo 25
e 26 de Êxodo, Deus começa a dar a ordem de edificar um tabernáculo conforme o
modelo que Ele quer. Agora, claro que Moisés foi fiel em toda a casa de Deus como
servo para testemunho, mas hoje nós somos a casa de Cristo, aquele tabernáculo era
somente figura do verdadeiro tabernáculo de Deus com os homens que é o corpo de
Cristo; que é a casa de Deus, que é a Igreja, sem apelido, a Igreja do Senhor.
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² 1 Pedro 2:5
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tão rico, é tão profundo o sacrifício do Senhor, que Deus, o Pai teve que simbolizá-lo
através de muitas classes de sacrifício no Antigo Testamento; e Deus está reunindo Seu
povo ao redor de Cristo.
Então sim, chega a hora de Josué quando o povo do Senhor começa a tomar
cidade por cidade; mas se eles houvessem seguido como um bando e não como uma
tropa que foi formada em Números, não teriam podido tomar a terra. De fato, quando
não seguiam ao pé da letra as instruções de Deus, eram derrotados; quando deixavam
algum anátema, algo que eles deixavam que Deus não queria, mas eles se faziam de
desentendidos, ou alguns os mantinham em oculto; causava perturbação e Deus
assinalava a sua desaprovação mantendo-se ao lado e deixando que Seu povo fosse
derrotado.
Irmãos, como dizem as Escrituras, “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e
estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. Aquilo
era um testemunho do que se havia de dizer no Novo Pacto, no Novo Testamento, um
símbolo, uma alegoria, uma sombra, uma figura, um tipo, tipologia.
Hoje, nós devemos compreender que Deus ao longo da história conduz o Seu
povo de triunfo em triunfo, de glória em glória. Primeiro temos que triunfar em algo
para estar prontos para triunfar em algo mais adiante, para estar por sua vez prontos
para triunfar em algo ainda mais adiante. Seu povo deve conhecer primeiro esta glória,
para estar preparados para conhecer uma glória ainda maior. Se somos fiéis no pouco,
estaremos preparados para o muito, mas se não, estaremos
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dando voltas e voltas no deserto e nos haverá deixado a nuvem da presença de Deus.
É normal que um menino de um ano suje as fraldas; se permite que faça até os
dois anos, mas a partir dos dois anos o menino já tem que aprender a controlar o seu
intestino e o que se podia permitir a um menino quando tinha um ano, não se permite
a um garoto quando tem sete anos, muito menos quando tem quinze ou vinte e um. E
assim depois que se aprendem as lições do primeiro grau, então vem o segundo;
quando já aprendeu as do segundo, passa-se ao terceiro e assim sucessivamente. Por
isso diz a Palavra de Deus em um versículo que, creio que todos nós sabemos de
memória; é o que está em Provérbios 4:18: “Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” O caminho dos justos é o
caminho, e o caminho, é o Senhor Jesus, que tem sido conhecido e compreendido pela
Sua Igreja a medida que Ele vai se formando em Seu povo e conduzindo Seu povo de
triunfo em triunfo de glória em glória.
Parece que o Senhor apresenta jornadas. No livro de Números, vocês vão ver
uma lista de quarenta e duas jornadas. No capítulo 33 de Números vocês podem
observar que Deus mandou que Moisés escrevesse as jornadas do povo de Israel; ou
seja que a intenção de Deus não era que aquelas lições se perdessem com eles no
deserto e morressem com os que ficaram ali prostrados. A intenção de Deus, era que
se escrevessem para admoestar-nos uns aos outros; por isso diz ali em Números, no
capítulo 33, desde o versículo 1:
“¹Estas são as jornadas dos filhos de Israel, que saíram da terra do Egito,
segundo os seus exércitos, sob a direção de Moisés e Arão. ²E escreveu Moisés as suas
saídas, segundo as suas jornadas, conforme ao mandato do S ENHOR; e estas são as suas
jornadas, segundo as suas saídas.”
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ficava; o povo não podia adiantar-se nem permanecer, senão que devia por atenção
para onde se dirigia a nuvem de Deus. E quando a nuvem se levantava, os filhos de
Israel partiam e quando a nuvem detinha-se os filhos de Israel acampavam. Ao
mandato de Jehová partiam ao mandato de Jehová acampavam.
Deus está levando Seu povo, pouco a pouco, etapa por etapa, de triunfo em
triunfo, de glória em glória como a luz da aurora. E o povo de Deus passa por
diferentes etapas e só Deus conhece as estações. Quando uma senhora estar
cozinhando, ela dá umas provadinhas para ver se o arroz já estar pronto. Não, ainda
estar durinho, tem que continuar cozinhando. Ah! Falta um pouco de sal, ou se pesei a
mão no sal; tenho que por um pouco mais de água; enfim, a senhora cozinheira sabe
qual é a estação de sua comida; assim também é o Senhor; como um padeiro, sabe se
a massa já está assada, porque se assa além da conta queima o pão, mas se assa de
menos, fica cru.
Então o Senhor conhece a Seu povo. As estações e os tempos estão sob o poder
do Pai e por isso é que o povo só partiam ao mandato de Jehová, e só ao mandato de
Jehová acampavam. Por que as estações? Se já está em alguma estação, se todavia
tem que aprender algumas lições ou se tem que aprender novas lições de Deus, da
mesma Palavra invariável de Deus, porém cada vez mais profunda, Deus sabe qual é
a hora que o povo deve partir; por isso fala-se de jornadas, no plural, de saídas e
chegadas. Ao mandato de Jehová partiam.
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Logo diz: “⁷E partiram de Etã, e voltaram a Pi-Hairote...”, etc. E partiram de Pi-
Hairote... E partiram de Mara... E partiram de Elim... E partiram do mar vermelho... E
partiram do deserto de Sim... E partiram de Dofca... E partiram de Alus... E partiram de
Refidim... E partiram do deserto de Sinai... E partiram de Quibrote-Taavá..., etc.
Cada um desses estranhos nomes era uma estação pela qual a nuvem de Deus
guiava a Seu povo. Deus guia Seu povo para ter certo tipo de experiências para
aprender certas lições, e quando a maioria do povo que tem que avançar já aprendeu
essas lições, a nuvem se levanta e os guia para aprender outra lição e isto é necessário
fazê-lo assim, porque senão algo de errado vai acontecer: nos queimamos por um lado
e ficamos crus por outro lado.
Então Deus faz com que Seu povo aprenda certas lições, que vá assando, mas
assim como ao frango que vão virando e virando para que asse uniforme por todos os
lados; irmão, cada vez que passe por onde vedem frangos, lembre-se que Deus está
virando e virando, porque Deus quer que sejamos perfeitos em todas as coisas em
Cristo Jesus. As vezes te trata pela esquerda e te cozinha um pouco, as vezes te trata
pela direita e te cozinha um pouco e assim o faz com cada pessoa e assim o faz com
Seu povo, como povo. Efraim foi bolo não virado.
Oh! Senhor, Tu sabes quando vais virar o bolo! Quando já estamos cozidos em
algumas coisas, Deus começa a trabalhar em outras nas quais estamos crus e isso não
decides tu, nem decido eu, nem decide homem algum, porque no poder único do Pai
estão os tempos e as estações; só em Seu poder. De repente nos encontramos
embaraçados em uma nova situação e não sabemos o que aconteceu. Estava
acostumado a que as coisas fossem assim, mas agora são deste outro modo, e o que
está acontecendo é que Deus começou a assar outra coisa que estava crua na sua vida
e na do Seu povo, e é uma coisa grave se não viramos o bolo.
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Vamos ao livro de Jeremias, capítulo 48, versículos 11 ao 13. Assim diz a Palavra
do Senhor: “¹¹Moabe esteve descansado desde a sua mocidade, e repousou nas suas
fezes, e não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso
conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou.”
Por isso, e porque tem o mesmo cheiro de sempre, o mesmo sabor de sempre,
parece que continua menino. Diz que tem 30 anos de crente e contudo permanece o
mesmo de sempre.
“¹²Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que lhe enviarei derramadores
que o derramarão; e despejarão a suas vasilhas, e romperão os seus odres. ¹³E Moabe
terá vergonha de Quemós como a casa de Israel se envergonhou de Betel, sua
confiança”.
E Deus os leva de uma situação para outra, ensinando-lhe uma lição atrás da
outra, porque estamos nas mãos de Deus e ninguém nos arrebatará de Suas mãos.
Mas em Suas mãos aprendemos uma série de lições e não é você, nem eu, nem
homem algum o que diz quando começa e quando termina; é Deus quem levanta a
nuvem quando Ele quer. As vezes fica um dia, as vezes dois dias, as vezes uma semana,
as vezes um mês, as vezes dois meses, as vezes um ano, as vezes dois anos quietos; e
nós ficamos mais ou menos no mesmo por um tempo até que Deus diz: aqui já está
assado, vamos virar o bolo, vamos mudá-lo de vasilha, vamos romper os odres, para
que o povo não esteja cru senão que mude e seja transformado de glória em glória, de
triunfo em triunfo, como a luz da aurora.
Eu penso que estes versículos que temos lido nos fazem pensar muito em nossa
própria vida. As vezes parece que o fogo está muito baixo, que o frango está muito
para cima, mas de imediato vai esquentando a coisa, e de repente esquenta muito e
parece que vai queimar; mas antes que se queime, o Senhor nos sobe e nos consola e
nos deixa nas nuvens por um momento e logo voltamos para baixo ao
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fogo e logo subimos de novo para as nuvens. O Senhor sabe o que está assando, não
creio que haja melhor cozinheiro que nosso Deus. Com Ele os bolos não queimam.
“...Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”(Fl
1:6)
Por isso diz: “Quando partir o arraial...”; ou seja, que muitas vezes na história
da Igreja o acampamento tem que ser mudado para uma posição mais avançada, mais
adiantada; permanecemos aqui alguns anos, tem sido uma grande benção. Mas Deus
tem que nos ensinar algo mais, e Deus diz que o acampamento deve mudar-se para
uma posição mais avançada: porém não de qualquer maneira, não com desordem
senão como diz Deus: primeiro isto, depois isto... e Deus estabelece uma ordem.
Primeiro vai a Arca, depois a mesa e o candelabro, depois vai o incensário e depois vão
tais tribos de primeira, tal tribo de segunda, tal tribo de terceira... Assim é que se
transladam as coisas, há uma ordem de mudança, há um princípio de translado na
Palavra de Deus. Deus quer que nossos corações estejam preparados por Deus para
avançar. Isto é para preparar nossos corações para Deus, para que Deus possa levar
Seu povo de triunfo em triunfo de glória em glória, como a luz da aurora.
A mesma palavra de sempre, mas, cada vez com mais luz de Deus, para
obedecer a Deus; porque Deus governa através da visão da Sua Palavra. Por isso diz o
apóstolo Paulo “...Não fui desobediente à
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visão celestial.” Quando Deus te mostra a visão do Seu propósito eterno, a visão do
Seu programa, do Seu desejo, da Sua maneira, você vai seguindo calmamente sem
nenhum apuro, a mão, a nuvem, a glória de Deus; mas não se pode fazer de qualquer
maneira; não podemos tomar a terra prometida como um bando desordenado, senão
que temos que aprender a ser movidos, ordenados pela nuvem de glória, separando o
que é luz das trevas, o que é do céu (de cima) do que é terreno (de baixo), separando o
precioso do vil, o santo do impuro. Aprendendo todos a respeitar a autoridade do
Espírito de Deus.
Muitas das lições do livro de Números são muito tristes. As vezes a terra se
abria e tragava alguns; as vezes o acampamento tinha que esperar passar a lepra de
Miriã; as vezes havia rebelião, as vezes o povo cobiçava coisas más. Muitas lições
tem que se aprender de jornada em jornada. Que o Senhor tenha misericórdia e ponha
ordem no meio do Seu povo e nos prepare como um exército para que quando chegue
a hora de cruzar o Jordão e tomar as cidades, as tomemos conforme o modelo de
Deus, para que não sejamos derrotados.
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Terceira aproximação
A PREEMINÊNCIA
DA ARCA DO PACTO ¹
Novidade de vida
Números 4:1-3. Que esta passagem nos sirva de introdução. “¹E falou o SENHOR
a Moisés e a Arão, dizendo: ²Fazei a soma dos filhos de Coate, dentre os filhos de Levi,
pelas suas famílias, segundo a casa de seus pais; ³Da idade de trinta anos para cima
até aos cinquenta anos, será todo aquele que entrar neste serviço, para fazer o
trabalho na tenda da congregação”.
Observem como o Senhor estabelece aqui o requisito dos trinta anos. Eu penso
que todos nós recordamos do Senhor Jesus. Recordem em Lucas 3:23, onde aparece a
genealogia do Senhor Jesus, diz: “E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta
anos...”; é dizer, que Ele esperou aproximar-se o tempo para servir no ministério
público, e os 30 anos representava em Israel a maioridade; e os levitas não podiam
entrar antes de cumprir essa idade; incluso estavam ali, mas não participavam de
certos trabalhos que somente os de 30 anos podiam realizar. De maneira que estes 30
anos de Números e Lucas discordam, e quando lemos Números a luz do Novo
Testamento, entendemos o que está dizendo o Espírito para o Novo Testamento,
através de Números; é que para servir ao Senhor tem que estar em Cristo.
Quando diz até 50 anos, quer dizer que o velho homem não participa
legitimamente do serviço para Deus; têm que participar entre 30 e 50, o que significa
em novidade de vida; é dizer, em Cristo Jesus, no novo homem. Para entrar a servir
em companhia na casa de Deus, há que fazê-lo de 30 a 50 anos; mas no Antigo
Testamento era uma figura; hoje no novo Testamento, não importa a idade da pessoa,
pode ter oitenta anos, porém se está em Cristo Jesus está em novidade de vida; não
tem nada de velho em si mesmo. Com Cristo não passa nunca de 50 anos. Diz que
entra em companhia para servir no tabernáculo da reunião. Esta é uma palavra
_____________________________________________________________________
Não somente a quem sirvo, senão a quem sirvo em meu espírito, que são duas
coisas diferentes. Servir em espírito, servir em companhia e em Cristo. Aqui temos
três requisitos do legítimo serviço a Deus em Cristo, em comunhão e em companhia;
são três centralidades concêntricas, ou seja que no verdadeiro centro encontra-se
Deus mesmo, o Pai que emana por Cristo para nós, Seu Espírito a nosso espírito, e aí
ao corpo de Cristo, a Igreja. Deus mediante minha parte, porque cremos que Deus nos
dará outras partes com outros irmãos, estaremos seguindo uma sequência sobre estas
três centralidades: Em Cristo, no Espírito e no corpo. São três coisas que Deus
estabeleceu como requisito para servir. Em Cristo de 30 a 50 anos; no Espírito no lugar
santíssimo e no oficio e em companhia. Então são três coisas centrais que nunca
devemos nos esquecer e que temos que ter sempre no centro de nosso coração. Deus
está sempre purificando nosso serviço para que não seja na carne, senão no espírito,
para que não seja em adão, senão para que seja em Cristo; que não seja em divisão,
senão em comunhão, no corpo. Trabalho legítimo que o Senhor merece, tem que ser
em Cristo, no Espírito e tem que ser no corpo de Cristo.
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O caminhar do povo de Deus
“⁵Quando partir o arraial, Arão e seus filhos virão e tirarão o véu da tenda, e
com ele cobrirão a arca do testemunho”.
“¹⁵E no dia em que foi levantado o tabernáculo, (a casa de Deus, esse é o corpo
de Cristo, a Igreja) a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do testemunho; e à
tarde estava sobre o tabernáculo com uma aparência de fogo até à manhã”.
Deviam parar, porque a nuvem guiava o povo por várias estações. Estavam um
tempo num lugar, enquanto estavam aprendendo um determinada lição; e quando o
Senhor julgava que era hora de dar um passo adiante, então a nuvem os guiava a outra
estação, a outro lugar. Então por isso diz:
31
que já haviam aprendido a lição; quando o Senhor julgava que esta estação já estava
em seu ponto. Porque só em Seu poder estão os tempos e as estações. Quando julga
que têm que virar o bolo porque já está assado por um lado, agora é hora de assar o
outro lado; então a nuvem se levanta e desce em outro lugar que Ele conhece e aí
nesse lugar começa um novo processo, porque o que estava cru em outra parte
começa a assar.
As vezes havia que partir de dia, as vezes havia que partir de noite, as vezes ao
dia seguinte, as vezes era depois de um tempo, dois dias, um mês, um ano; enquanto a
nuvem se detinha no tabernáculo sobre os filhos de Israel, seguiam acampados. Havia
que deixar o Senhor chocar uma situação, como a galinha choca seus ovos; não se
levanta antes do tempo porque morrem os pintinhos que estão nos ovos, e quem sabe
quanto tempo tem que ficar aí sentada? E quando já é a hora, os pintinhos começam a
picar e abrir os ovos e nascem os pintinhos; então se levanta a galinha, e começa a
andar e os pintinhos vão atrás. Assim o Senhor sabe quanto é o tempo de chocar-nos.
Ele nos comparou com isso. E diz:
“...Quantas vezes quis eu ajuntar os seus filhos, como a galinha os seus pintos
debaixo das asas, e não quisestes?”²
___________
²Lucas 13:34
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luz, separava o dia da noite, separava o de cima e o de baixo, e logo fazia brotar a vida
e edificava para Si mesmo uma casa, o homem a Sua imagem, conforme Sua
semelhança; fez-se o trabalho do mover do Espírito de Deus.
Quando Israel saiu do Egito parecia mais ou menos um caos, mas o Senhor
começou a mover-se sobre eles, os livrou, começou a pô-los em ordem, começou a
lhes pedir que lhe fizessem um santuário com determinadas medidas e disposições,
que Ele ia morar no meio deles; e assim que mais ou menos o fizeram, então esta
etapa tinha que ser seguida por outra; a do livro de Levítico; e aí em Levítico era
necessário que o povo começasse a viver em função da casa de Deus, conforme os
concertos de santidade da parte de Deus, conforme as ofertas estabelecidas por Deus,
os distintos aspectos da cruz de Cristo, do sacerdócio do Senhor, a coordenação do
ministério. Desse assunto, fala precisamente o livro de Levítico.
Então neste livro de Números começa-se a pôr ordem no povo. Primeiro iam
para onde queriam; mas esperem, vocês juntos vão fazer-me um tabernáculo, e esse
tabernáculo não se mudará quando vocês queiram. Eu vou dizer-lhes como será o
treinamento, quando partir e quando permanecer. No princípio tudo era um caos,
cada um saía para onde queria; como no livro de Juízes, não havia rei em Israel, e cada
um fazia o que bem lhe parecia; mas em Deuteronômio (12:8), já o Senhor lhes diz:
“Não fareis conforme a tudo o que hoje fazemos aqui, cada qual tudo o que bem
parece aos seus olhos.”, senão no lugar que Jehová vosso Deus escolher para por ali o
Seu Nome, ali ireis e servireis, ali oferecereis os holocaustos; ou seja em Cristo, no
Espírito e no Corpo de Cristo.
Porque isso é o que representa o santuário de Deus, onde Deus põe o Seu
Nome. Representa primeiramente a Cristo, representa também nosso espírito no lugar
santíssimo e representa também a Igreja, que é o Corpo de Cristo. Um só santuário, e
ali servireis, não farás como tens feito até agora; cada um como bem lhe pareça, senão
como o Senhor vai se movendo no meio do Seu povo, e vai ensinando a Seu povo em
ordem de marcha. Então, por isso diz aqui:
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“²³Segundo a ordem do SENHOR se alojavam, e segundo a ordem do SENHOR
partiam; cumpriam o seu dever para com o S ENHOR, segundo a ordem do SENHOR por
intermédio de Moisés”.
Ordem na mudança
Então havia que levantar-se, seguir a nuvem em uma ordem estabelecida por
Deus, e é justamente essa ordem que está aqui no capítulo 4 de Números; porque
Números é o livro que põe ordem. Por isso se chama Números, porque é para pôr
ordem: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto. O quinto não deve ir primeiro, o
primeiro não deve ficar no décimo primeiro, o sétimo não deve ir de quarto; o primeiro
é o primeiro, o segundo é o segundo, o terceiro é o terceiro, o quarto é o quarto, e
logo vem o que se segue. Há uma ordem no mover do Senhor que está sobre Seu
povo. Seu povo está um pouco desordenado, então para pô-lo em ordem, o primeiro
com que se tem que tratar é o translado do acampamento, é como diz no verso 5-6:
“⁵Quando partir o arraial, Arão e seus filhos virão e tirarão o véu da tenda, e
com ele cobrirão a arca do testemunho; ⁶E pôr-lhe-ão por cima uma coberta de peles
de texugo, e sobre ela estenderão um pano, todo azul, e lhe colocarão os varais”.
Vemos que o primeiro que tem que ver é o véu. Percebem? Tudo começa pelo
lugar Santíssimo; desarmar o véu para colocar ali os panos, a arca, e cobrir a arca com
panos azuis e seguir avançando. É uma ordem estabelecida por Deus; o primeiro que
se trata aqui é com relação a Cristo, incluso antes da mesa dos pães, incluso antes do
candeeiro, incluso antes do incensário, é o assunto da arca, é o assunto do lugar
Santíssimo; tudo começa pelo lugar Santíssimo. “...Arão e seus filhos virão e tirarão o
véu da tenda...” Há coisas que estão em uma determinada situação, e há que
transladá-la a uma situação mais avançada, porque há que mudar o acampamento,
pois há uma maneira de fazê-lo mudar, uma maneira que é a que está aqui em figura.
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Diz: “...Arão e seus filhos virão...”, ou seja, o sacerdócio; todo o povo do Senhor
é sacerdote, mas aqui está representando a autoridade delegada do sacerdócio de
Cristo, e diz: “...e tirarão o véu da tenda, e com ele cobrirão a arca do testemunho”. O
primeiro é a arca, porque a parte que corresponde com a nuvem é primeiramente a
arca. É todo o tabernáculo, mas primeiramente a arca. É todo o mobiliário do
tabernáculo, mas primeiro a arca. Quando vemos em Êxodo 25, “⁸E me farão um
santuário”, o primeiro que descreve é a arca; depois descreve a mesa e o candeeiro,
um em frente ao outro.
Para os irmãos que são mais novos, vamos ler esses versos. Em Atos 2:42 está o
caminho da Igreja, desde que foi fundada, perseverava em quatro coisas, nas quais
andavam; e diz: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no
partir do pão, e nas orações.” Ai estão as quatro coisas. Essas quatro coisas começam
pela doutrina dos apóstolos. Agora, em que consiste a doutrina dos apóstolos? Aqui
mesmo em Atos capítulo 5, verso 42 diz os apóstolos: “E todos os dias, no templo e nas
casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” Claro que falavam
outras coisas, mais tudo com relação a Jesus Cristo; então era como que só falassem
de Jesus Cristo. Porque nenhuma coisa tem sentido se está separada de Jesus Cristo;
não tem nem sentido nem valor. Em Cristo as coisas tem sentido e tem valor, tem
realização, tem redenção, porque esse é o centro da doutrina dos apóstolos, Jesus
Cristo.
Claro que quando nós lemos as cartas deles, ai observamos que falam de
muitas coisas, mas em todas elas está sendo revelado Deus por Jesus Cristo; ou seja
que Jesus Cristo é o tema
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central dos apóstolos; Jesus Cristo sendo ensinado e anunciado. A palavra grega didaké
(ensino didático) e a palavra kerigma (proclamação), é o ensinamento didático
corrente de todo o relativo ao Senhor Jesus, a Sua pessoa, a Sua obra, a Sua doutrina;
o essencial. A Igreja não pode ter outro centro; a Igreja não pode está girando
através de nenhuma outra coisa. A Igreja tem que ter esta primeira centralidade; a
Igreja não deve ser descuidada em nada com relação a Cristo. O tesouro da Igreja é
Jesus Cristo; o que a Igreja tem que entender é a Jesus Cristo; a quem a Igreja deve
conhecer é a Jesus Cristo; a quem a Igreja deve viver é a Jesus Cristo; a quem a Igreja
deve testificar é a Jesus Cristo; a quem a Igreja tem que glorificar é a Jesus Cristo; ou
seja que a Igreja está centrada em Jesus Cristo.
Na primeira epístola aos Coríntios, capítulo 15, vamos ver como os apóstolos
estabeleceram essas prioridades, e então nós aqui teremos estas prioridades. A
primeira é Cristo, a segunda é o Espírito, a terceira é o Corpo de Cristo (A Igreja). Diz
em 1Coríntios, capítulo 15, os primeiros versos:
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“¹Também vos notifico, irmãos, (esta é uma declaração apostólica do que é o
evangelho em sua primeira essência) o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual
também recebeste, e no qual também permaneceis. ²Pelo qual também sois salvos se o
retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que creste em vão. ³Porque
primeiramente (aí está a ordem de prioridade) vos entreguei o que também recebi: (é
dizer que ele também recebeu desta maneira, de Cristo, aí está; o primeiro é a pessoa,
o Messias, o Filho de Deus) Que Cristo (aí está o primeiro desta declaração, o que é o
evangelho, a doutrina apostólica: Cristo; segundo) morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras. (ou seja, a morte de Cristo segundo todas as riquezas da Palavra
de Deus, a pessoa de Cristo e a obra de Cristo na cruz) ⁴E que foi sepultado, (segue a
sequência de Cristo) e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. ⁵E foi
visto por Cefas, e depois pelos doze”.
E continua dando uma lista de todas aquelas pessoas que foram testemunhas
oculares da ressurreição do Senhor Jesus. Então observemos, irmãos, que o apóstolo
Paulo havia estabelecido um fundamento, e ninguém pode por outro fundamento o
qual já está posto, que é Jesus Cristo. O primeiro é Jesus Cristo.
Entre outras coisas, nos diz João que não receba em casa determinadas
pessoas, se em relação a Jesus Cristo estão distorcendo os assuntos; diz o apóstolo
João na segunda carta. “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o
recebais em casa, nem tão pouco o saudeis” (2 João: 10). O que o saúda (diz bem-
vindo) participa de suas más obras. A Igreja tem que conhecer Sua pessoa.
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Cristo, o fundamento do evangelho
“¹⁶E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. ¹⁷E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não
revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos Céus. ¹⁸Pois também eu te digo
que tu és Pedro, e sobre esta pedra (não disse sobre ti) edificarei a minha Igreja...”
(Mateus 16: 16-18).
Irmãos, Deus não recebe outro sacrifício de nossa parte, exceto o que o
Senhor Jesus Cristo fez por nós. Ninguém pode aproximar-se de Deus, que não seja
fundamentado em Jesus Cristo, nosso Senhor; o melhor sacrifício que se pode
apresentar é sua fé no Senhor Jesus; é sua consideração por Jesus Cristo; é teu
conhecimento, não somente o intelectual, claro que também intelectual, mas
primeiro o conhecimento espiritual do Senhor Jesus, aprecia-o, receba-o,
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viva-o, engrandeça-o, e confie somente nEle, esse é o único sacrifício que Deus
realmente recebe; que valor você dá a Seu Filho! Não é nada que há em ti, não é
nada que tu mereças, não é nada que você pode; é quem é Jesus para Você, o que
confessas dEle, qual o teu apreço pelo Senhor Jesus, até que ponto o conheces; de tal
maneira que vá parecendo com Ele, de dentro para fora, isso é o que importa; isso é
o primeiro, isso é o fundamento, isso é o que tem valor para Deus, que possas confiar
verdadeiramente Nele; crê Nele de todo coração.
Todos os sacrifícios que Deus deu para o Antigo Testamento, que apresentavam
diante dEle para poder receber o Seu povo, representavam ao Senhor Jesus; e quantos
sacrifícios eram? Eram de muitos tipos; necessitavam quantidade de bezerros e de
cordeiros, de touros e de pombos; tinham que ser sacrificados milhares. Quando havia
festa havia que sacrificar muitíssimos, porque o sacrifício do Senhor Jesus é muito
grande; não podia ser representado com mesquinhez, tinha que ser representado com
abundância, porque Ele é abundante, Sua obra é abundante. Como Igreja nos
reunimos em torno do Senhor Jesus, para comer do Senhor Jesus, para apreciar ao
Senhor Jesus, para receber o testemunho do que Ele fez. O evangelho de Deus é
acerca do Seu Filho; disso trata o evangelho de Deus. Há algo em que Deus tem
complacência, e é em seu Filho, ainda antes da criação; e toda criação a fez para Seu
Filho, e a fez em Seu Filho, e Seu anuncio é acerca de Seu Filho, que conheçamos
acerca de Seu filho, a quem Ele enviou; Jesus Cristo, a vida eterna. O evangelho acerca
de Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que era da linhagem de Davi. Aí começa a ter
sentido o Antigo Testamento; que foi declarado Filho de Deus; começamos ver os
dois aspectos: Filho de Davi segundo a carne, representado pela madeira da arca;
declarado Filho de Deus, aí está a Divindade, representada pelo ouro da Arca. Isso é
o primeiro que há de tratar em uma mudança de acampamento; onde temos que
centrar-se sempre em Jesus Cristo, porque o que realmente tem que mudar sempre é
para uma posição mais avançada do nosso conhecimento em Cristo, nosso apreço por
Cristo e nosso seguimento de Cristo; isso é realmente avançar; avançar para com Deus
é conhecermos mais a Cristo, é apreciá-lo mais, é vivê-lo mais e segui-lo mais; somente
isso é realmente o seguimento. Logo começa a falar já da obra dEle, porque
recebemos a graça e o apostolado para a obediência na fé em todas as nações por
amor a Seu Nome (Romanos 1:1-5); ai aparece já o resultado de seguir a Cristo o Rei;
do seguir a Cristo é que resulta o reino. Não há reino sem seguir a Cristo.
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Então voltemos a Números 4:5: “Quando partir o arraial, Arão e seus filhos
virão e tirarão o véu da tenda, e com ele cobrirão a arca do testemunho”. Em Hebreus
capítulo 10 nos diz que esse véu é a carne de Cristo; o primeiro é conhecer ao Senhor
na Sua pessoa, na Sua obra, na Sua encarnação, cada vez mais profundamente; e diz:
“e com ele cobrirão a arca do testemunho”; essa arca representa Cristo, não em uma
forma simples, senão em uma forma completa, os distintos aspectos de Sua pessoa e
de Sua obra objetiva para com o Pai na cruz e substituindo cada um de nós
individualmente como pessoas; todos nós juntos como corpo, porque a obra do
Senhor Jesus não é só para indivíduos. O Senhor Jesus morreu na cruz não só para
perdoar pecados de pessoas, senão como diz em Efésios, para purificar a Igreja; para
purificar não só pessoas senão a Igreja, e para apresentar não só um salvo, mas uma
Igreja salva, santa e gloriosa, sem mancha, a obra de Deus é corporativa, e não só
individual. Por isso é que depois da arca, é o momento da mesa dos pães da
proposição e o candeeiro, que é o partir do pão; ou seja, a expressão prática da vida da
Igreja; e as orações são o incensário, que é o ministério sacerdotal do povo do
Senhor: liturgia sacerdotal do povo.
Então diz o verso 6: “E pôr-lhe-ão por cima uma coberta de pele de texugos,...”,
ou seja todo o aspecto da vida do Senhor Jesus. Recordem quando se olhava de fora
para a casa de Deus, o que se via por fora eram duas coisas: a cortina do átrio, que era
de linho fino, e dentro da tenda que estava coberta com peles de texugos; a parte
visível que é aparente; porque o ouro, a prata, os moveis, tudo isto estava dentro da
glória. A parte mais visível são as peles de texugos. O linho fino são as ações justas
dos santos. Um povo zeloso de boas obras. De fora se vê gente comum e corriqueira,
apresentado assim, sem formosura e nem aparência, como se diz do Senhor Jesus.
Assim como não conheceram Ele, tão pouco conhecerão a nós; já somos filhos
de Deus, mas todavia não se manifestou o que temos que ser, por isso o mundo não
nos conhece.³ O mundo vê por fora pessoas comuns e corriqueiras, como aqueles
animaizinhos no deserto. Somos texugos, mais já fazendo boas obras; é dizer, as
cortinas, mas de linho fino; Seu povo comum e corriqueiro, zeloso de boas obras.
Então aqui aparecem os texugos e diz: “...e sobre ela estenderão um pano, todo
azul...”. Nenhum dos outros tem o azul por fora.
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³ Referência a 1 Jo 3:1-2
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Quando você vê depois, quando cobrem a mesa, quando cobrem o altar, e antes do
altar, o candeeiro, verá que por fora sempre vão os texugos. O único caso onde os
texugos e as peles vão por dentro e o pano azul por fora, é no caso da arca; porque o
azul representa o celestial. Como o Senhor Jesus já foi glorificado, é nosso precursor.
Então Ele já foi glorificado em Sua carne, naquela passagem em Hebreus 2:9:
“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um
pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de
Deus, provasse a morte por todos”.
Não vemos as outras coisas que lhe sejam sujeitas, mas aquilo o vemos em
glória; ou seja que o azul já não o tem escondido, senão manifestado. Então como Ele
é o precursor tem o sinal de ser o primogênito entre os mortos, de haver sido assunto
em glória como precursor, de ter o celestial por fora, já com um corpo glorificado, e já
sabemos que Ele é representado pela arca. Ele é a arca porque só ela tem o pano azul
por fora; os demais todavia estão por dentro. Já somos filhos de Deus mas todavia
não se manifestou o que havemos de ser. Contudo não vemos que todas as coisas lhe
são sujeitas, mas vemos Àquele que foi feito menor que os anjos, coroado de honra e
de glória; é o Senhor Jesus a destra do Pai. Por isso fica sinalizado entre todos os
montezinhos que há por aí; esses montezinhos com Ele, o cabeça. O Senhor Jesus é o
centro que temos que seguir. Então esta parte é para que vejamos o lugar
preeminente de Cristo, a primeira centralidade que temos que desenvolver.
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