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Capítulo I 3.3.

1 Exemplos de Fontes Terrestres de Radiação


Magnética
Norma Regulamentadora Nº 10 3.3.2 Campos Eletromagnéticos das Linhas de
1.1 Multas Transmissão e Distribuição
1.2 Prazos para a Adequação das Empresas
Capítulo IV:
Capítulo II
Riscos Adicionais
Introdução à Segurança com Eletricidade 4.1.Altura
2.1. Conhecendo um pouco a Eletricidade 4.1.1 Motivos dos Acidentes em Altura
2.1.1 Prótons 4.2. Riscos de Queda
2.1.2 Elétrons 4.3. Cesto Aéreo
2.1.3 Nêutrons 4.4. Ambientes Confinados
2.1.4 Corrente Elétrica 4.4.1. Exemplos de Espaços Confinados
2.1.5 Tensão 4.5. Áreas Classificadas
2.1.6 Resistência 4.6. Condições Atmosféricas
2.1.7 Condutores 4.6.1. Umidade
2.1.8 Corrente de Fuga 4.6.2. Ventos, Neblina e Chuva
2.1.9 Sobrecarga 4.6.3. Ráios
2.1.10 Curto Circuito 4.6.3.1. Conseqüências dos Ráios
2.2. Segurança 4.6.3.2. Medidas Preventivas
2.2.1 Atos Inseguros 4.6.3.3. Sistemas de Proteção Contra Descargas
2.2.2 Condições Inseguras Atmosféricas (SPDA)
2.3. Classificação dos Níveis de Tensão 4.6.3.4. Tipos de Pára-ráios
2.3.1 Baixa Tensão 4.6.3.5. O Tradicional Pára-ráio de Franklin
2.3.2 Alta Tensão 4.6.3.6. Gaiola de Faraday
4.6.3.6. SDC - Sistema Dissipativo de Cargas
Capítulo III 4.7. Riscos no Transporte e em Equipamentos
4.8. Riscos de Ataques de Animais
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
3.1. O Choque Elétrico
3.1.1 Mecanismos e Efeitos do Choque Capítulo V
3.1.2 Tipos de Choque Elétrico Primeiros Socorros
3.1.2.1 Choque Estático
5.1. Objetivo
3.1.2.2 Choque Dinâmico
5.2. Avaliação Inicial
3.1.3 Efeitos do Choque Elétrico
5.3. Análise Primária
3.1.3.1 Limiar de Sensação
5.4. Colar Cervical
3.1.3.2 Limiar de Não Largar
5.4.1. Tipos
3.1.3.3 Limiar de Fibrilação Ventricular
3.1.4 Fatores que Influenciam nas Consequências do 5.4.2. Escolha do tamanho
Choque Elétrico 5.4.3. Colocação do Colar Cervical (2 socorristas)
3.1.5 Conseqüências do Choque Elétrico 5.5. Queimaduras
3.1.6 Uso de Adornos 5.5.1. Sinais e Sintomas
3.1.7 Queimaduras por Choque Elétrico 5.5.2. Queimaduras Elétricas
3.2. Arco Elétrico 5.5.3. Queimadura nos Olhos
3.2.1 Causas do Arco Elétrico 5.6. Lesões na Coluna Vertebral
3.2.2 Consequências do Arco Elétrico 5.7. Corpos Estranhos nos Olhos
3.3. Campos Eletromagnéticos 5.8. Choque Elétrico

1
5.9. Parada Cardiorrespiratória  Respiradores
5.10. Técnicas para Remoção e Transporte de Acidenta-  Óculos Protetores
dos  Perneira
5.10.1. Uma pessoa  Creme Protetor
 Vestimentas de Proteção
5.10.2. Duas pessoas
 EPIs e EPCs para Trabalho em Altura
5.10.3. Três pessoas
5.10.4. Quatro pessoas Dicas das Normas

 Emendas de fios
Capítulo VI
 Tomadas
Técnicas de Análise de Risco  Advertências nos Quadros de Distribuição
6.1, Análise de Risco  Uso Obrigatório do DR em Áreas Úmidas
 Distribuição do Fio Terra
6.1.1 Perigo  Divisão da Instalação
6.1.2 Risco  Outros Itens de Segurança
6.1.3 Gerenciamento de Riscos  Dicas Fundamentais
6.2. Análise Preliminar de Riscos  Projetos
 Cuidado com o Celular

Análise, discussão, estudo de casos.


e comentários. Anexo.

Equipamentos de Proteção Coletiva - Modelo prático de Análise Preliminar de Riscos


(A.P.R.)
 Conjunto de Aterramento Temporário
 Tapetes de Borracha Isolante
 Cones
 Bandeiras de Sinalização
 Correntes
 Fitas de Sinalização
 Placas de Sinalização
 Instrumentos de Detecção de Tensão
 Detectores de Tensão por Contato
 Detectores de Tensão por Aproximação
 Micro Amperímetro
 Varas de Manobra
 Bastões
 Cordas Sintéticas
 Cavaletes
 Grade Dobrável
 Sinalizador Strobo
 Área Delimitada

Equipamentos de Proteção Individual

 Obrigações do Empregador
 Obrigações do Trabalhador
 Tipos de EPI
 Calçados de Proteção Isolante
 Calçados de Proteção com Solado Condutivo
 Luvas
 Manga de Proteção Isolante
 Capacetes
 Protetores Auriculares
 Máscaras Faciais

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Introdução Capítulo I.

A Norma Regulamentadora n.º 10 (NR10) de


Segurança em Instalações Serviços em Eletricidade foi NORMA REGULAMENTADORA Nº 10
estabelecida pela portaria do Ministério do Trabalho e
Emprego n.º 598, de 7 de dezembro de 2004, publicada
A Norma Regulamentadora nº 10 trouxe com seus
no Diário Oficial da União de 8 de dezembro de 2004,
itens, novidades para melhorar a qualidade de trabalho
alterando a redação anterior da NR10 aprovada pela
elétrico trazendo mais segurança tanto para o
Portaria 3.214 de 1978.
trabalhador, como para o usuário. Os trabalhadores em
eletricidade terão que ter mais cautela e isto implica num
A nova NR10 dispõe de artigos que estabelecem o
maior gasto de tempo para a realização de suas tarefas,
mínimo de segurança e saúde aos trabalhadores, que
mas é importante que sejam obedecidas as normas, pois
direta ou indiretamente trabalhem em instalações
através do seu uso poderão ser evitados muitos
elétricas ou em serviços de eletricidade.
acidentes.
A necessidade da atualização da NR10 foi devido à
introdução de novas tecnologias, materiais e pelo alto
Com os profissionais investindo nas Normas
índice de acidentes de trabalho envolvendo a
Regulamentadoras e utilizando o conhecimento que lhe
eletricidade.
é repassado pela NR 10, não deverão acontecer mais
as instalações perigosas nas residências, indústrias e
A proposta inicial foi feita por um grupo de
lojas.
Engenheiros Eletricistas e de Segurança no Trabalho,
O grande perigo da instalação mal feita ou com
convocados pelo Ministério do Trabalho e Emprego
sobrecarga são os incêndios, que acabam com vidas
(MTE) no ano de 2001, onde houve um estudo da
humanas e causam também a perda de patrimônio.
situação de segurança e saúde em atividades com
energia elétrica. Esta foi à primeira proposta
O curso de NR 10 tem conteúdos mínimos a serem
apresentada ao MTE destinada a atualizar a NR10 de
estudados, portanto qualquer aprofundamento em
1978.
algum assunto, você deverá fazer um curso
complementar de eletricidade, na parte que perceber
O MTE aceitou a proposta sem alterações e a
alguma dificuldade. Nunca faça algum serviço para o
encaminhou para uma consulta pública através da
qual você não esteja preparado. Se tiver dúvida,
Portaria MTE n.6 de 28.3.2002 - Diário Oficial da União
pergunte!
(DOU) de 1. 4.2002, com o prazo prorrogado até
9.9.2002, conforme Portaria n.14, publicada no DOU em
10.7.2002, onde apresentou o texto base intitulado
“Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade”.

A NR 10 é uma exigência para todos que trabalhem


em eletricidade ou em suas proximidades
 
A NR 10 estabelece os requisitos e
condições mínimas objetivando a implemen-
tação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores

1.1 Multas
A NR10 é lei, portanto devemos obedecê-la. Tanto a
empresa como o empregado devem conhecer a NR10 e
utilizá-la no seu dia a dia. Lei não se discute, se cumpre!

1.2. Prazos para Adequação das Empresas


Todos os prazos para que as empresas possam se
adequar à NR10 terminaram em 2006. Com a
fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho, as
multas são cobradas por item descumprido.

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garantias e com segurança. Os procedimentos que você
Capítulo II. irá aprender tornarão o seu trabalho mais seguro. Exija
sua segurança! Não queira ser mais um trabalhador
afastado do seu trabalho por não ter sido cuidadoso e
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM
não ter cumprido as normas. Mas lembre que os
ELETRICIDADE conteúdos que o curso está fornecendo são mínimos.

Neste capitulo alguns conceitos básicos de


eletricidade, atos inseguros, condições inseguras e a
2.1. Conhecendo um Pouco a Eletricidade:
classificação dos níveis de tensões.
Eletricidade é o deslocamento ordenado de elétrons
A eletricidade é invisível, sem cheiro e silenciosa, de um ponto a outro. Tudo que encontramos a nossa
portanto muitas pessoas não conhecem os seus volta, desde materiais industrializados aos naturais, são
verdadeiros riscos. compostos por minúsculas partículas, chamadas de
átomos. Os átomos são compostos por prótons, elétrons
As pessoas que trabalham no sistema ou em e nêutrons.
equipamentos elétricos ou até mesmo em suas
proximidades para executar suas tarefas sem acidentes,
devem obedecer rigorosamente às Normas 2.1.1. Prótons:
Regulamentadoras. A segurança do trabalho deve estar Os prótons são partículas simples e indivisíveis que
presente no nosso dia a dia. possuem carga elétrica positiva.

A NR10 traz em seus itens e subitens como se deve


trabalhar investindo em segurança e saúde tanto para o 2.1.2. Elétrons:
trabalhador, como para o usuário.
Todos nós estamos cercados por redes elétricas, Os elétrons são partículas carregadas negativa-
máquinas, motores, painéis, quadros de distribuição, mente.
portanto nos expomos diariamente ao perigo. As
conseqüências dos acidentes com eletricidade são
graves e muitas vezes fatais. Além do perigo da 2.1.3. Nêutrons:
mutilação devido a um choque, têm os problemas São partículas eletricamente neutras, onde o número
psicológicos trazidos pelas sequelas dos acidentes. O de elétrons é igual ao número de prótons. Em condições
campo trabalhista não consegue absorver o trabalhador normais o número de elétrons em torno do núcleo é
mutilado e este, por falta de alternativa fica dependente sempre igual ao número de prótons desse mesmo
da Previdência Social, ganhando um salário pequeno e núcleo, sendo assim, há um equilíbrio de cargas
vivenciando as dificuldades tanto financeiras, como elétricas. Mas também é possível acrescentar ou retirar
emocionais. Sendo assim, o Ministério do Trabalho e elétrons aos átomos de um corpo. Quando fazemos isto,
Emprego continua insistindo em segurança para o passa a existir uma diferença de cargas elétricas no
trabalhador através das Normas Regulamentadoras. átomo e dizemos que o átomo está eletrizado (quando o
número de elétrons for diferente do número de prótons).
Quanto mais segurança, mais saúde!

A eletricidade representa muitos riscos ao homem e


precisamos estar atentos aos estudos das NBRs
(Normas Brasileiras Regulamentadoras) 5410, 14039,
Elétrons
5418, 5419, 6151, 6533, 13534, 13570, que em seus
itens atentam para uma qualidade de segurança de
trabalho, com exigências de medidas de segurança,
materiais, procedimentos etc. Estudar as NBRs relativas
a seu trabalho vai ajudar na execução de tarefas
seguras, com consciência, sem riscos ou pelo menos Prótons
com estes controlados através das medidas de controle
de riscos.

Os grandes riscos em instalações e serviços com


eletricidade são o choque elétrico, a exposição aos
campos eletromagnéticos e o incêndio. A NR 10 vem Nêutrons
trazer conhecimentos úteis de como fazer suas tarefas
sem arriscar-se, a fim de que você possa trabalhar com

4
2.1.4. Corrente Elétrica: sendo energizados. A cor deste fio é verde ou verde e
amarelo.
Quando unimos corpos com cargas diferentes, se
estabelece um fluxo ordenado de elétrons que Em instalações elétricas é preciso se conhecer bem
chamamos de corrente elétrica. A corrente elétrica só o trabalho a ser feito para evitar futuros acidentes. É
existe se houver diferença de potencial (Tensão). sempre conveniente que o trabalhador esteja sempre se
qualificando em cursos em sua área, a fim de trabalhar
Para se determinar a intensidade de uma corrente com segurança.
elétrica, usamos como unidade padrão o Ampere
(Símbolo: A). Quem mede a intensidade da corrente é o
instrumento chamado Amperímetro. 2.1.8. Corrente de Fuga:
É o termo utilizado para indicar o fluxo de corrente
2.1.5. Tensão (Diferença de Potencial): anormal ou indesejada em um circuito elétrico devido a
uma fuga por isolação mal feita, eletrodoméstico
É a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. defeituoso, fios desencapados, fios mal dimensionados.
Sua unidade de medida é o VOLT (V). O instrumento que
mede a tensão elétrica é o Voltímetro. Exemplo: Um fio desencapado num aparelho elétrico,
pode encostar na carcaça de metal e transmitir energia.
Se uma pessoa encostar no aparelho como: geladeira,
máquina de lavar, micro-ondas, chuveiro elétrico etc.
2.1.6. Resistência: pode levar um choque.
São materiais que oferecem oposição à passagem
de corrente elétrica. Quando a corrente elétrica tem
dificuldades de percorrer um material, chamamos esta 2.1.9. Sobregarca:
dificuldade de Resistência (R). Quem mede a
resistência é o instrumento Ohmímetro e no momento É o termo utilizado quando colocamos vários
da medição o circuito deve estar desenergizado. Sua aparelhos numa só tomada que suporta uma
unidade padrão é o OHM, representada pela letra determinada carga. Cada circuito é calculado para uma
grega ômega (Ω). determinada quantidade de energia elétrica. Podemos
comparar com um elevador que tenha a capacidade
para 5 pessoas e entraram 8, pode causar uma acidente
por excesso de carga. O mesmo acontece em
2.1.7. Condutores: eletricidade, se a tomada é para determinado valor de
Os condutores são popularmente denominados nas amperes, se colocarmos mais amperes pode ocasionar
instalações elétricas de fios. Os condutores são incêndios.
definidos por sua função em uma instalação elétrica e
são costumeiramente chamados de fase, neutro e Exemplos:
terra. 1- Colocar muitos adaptadores numa tomada
sobrecarrega e pode causar incêndios.
O fio fase é aquele em que o condutor apresenta
diferença de potencial entre ele próprio e a Terra. Este 2- Aumento da capacidade de disjuntores para
fio estará sempre carregado eletricamente. Assim, mascarar um dimensionamento de cabos;
qualquer pessoa que encoste nele, sem os devidos
equipamentos de proteção, levará choque . O fio fase 3- Uso de aparelhos de potências elevados em redes
pode ser de qualquer cor, exceto amarelo quando tiver elétricas não preparadas para isto.
no mesmo circuito o fio terra, ou seja o aterramento. O
fio terra tem como cor estipulada pela NBR 5410, verde
e amarelo ou verde e a Norma solicita que não se use 2.1.10. Curto circuito:
o fio amarelo para fio fase, para não confundir com o
fio terra. É o termo utilizado para a passagem de corrente
acima do limite de um circuito, devido à redução da
O fio neutro é aquele que não apresenta diferença resistência do mesmo. Ele provoca danos, pois ocorre
de potencial entre ele e a Terra. Ele é usado para uma dissipação de calor e faíscas, que causam
completar o circuito elétrico. Para que haja corrente incêndios. Podemos dizer que o curto circuito é um
elétrica é preciso ter o fio fase e um fio neutro ligado a atalho, um caminho mais curto para a passagem de
qualquer aparelho. eletricidade.

O fio terra é aquele que é destinado à proteção, Exemplo: Colocar um arame em uma tomada ligando
descarregando para à Terra correntes elétricas diretamente os dois pólos fase e neutro.
indesejáveis, como no caso de materiais metálicos não
destinados a energização, que por acidente, acabam

5
2.2. Segurança: 2.3. Classificação dos Níveis de Tensão:
A segurança é tudo àquilo que se pode fazer para Aqui no Brasil, as concessionárias de distribuição de
prevenir acidentes. Um trabalho seguro significa estar energia elétrica são obrigadas a fornecer energia
longe dos riscos e perigos, através de rigorosa análise elétrica em níveis de tensão conforme estabelece a
preliminar de riscos e de medidas de controle ou ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O
eliminação de riscos no trabalho a ser executado. fornecimento desses níveis de tensão deve estar dentro
de certos limites aceitáveis, para não comprometer o
Uma falha na segurança pode causar perdas tanto funcionamento correto dos equipamentos dos
ao trabalhador, como ao empregador. Esta perda pode consumidores.
ser definida como um gasto desnecessário de recursos,
além de muitas vezes mutilar ou até mesmo ser fatal Vamos ver a baixa tensão, alta tensão e extra baixa
para o trabalhador. tensão.

O que provoca o acidente muitas vezes são os atos


inseguros e as condições inseguras com que o 2.3.1. Baixa Tensão:
trabalhador se depara em seu cotidiano.
Alimentação
Vejam os atos inseguros cometidos abaixo: elétrica com
tensão nominal
igual ou inferior
a 1000 Volts.

Quadro de
baixa tensão.

2.3.2. Alta Tensão:


Alimentação elétrica
2.2.1. Atos Inseguros: com tensão nominal
São atitudes conscientes ou inconscientes, que superior a 1000 Volts em
contrariam os conceitos de segurança, e expõem as corrente alternada.
pessoas ao perigo. Abaixo alguns atos inseguros:

Não usar os EPIS;


Não cumprir as normas de segurança; Trabalho em poste na alta
Fumar em local proibido; tensão.
Usar roupas inadequadas ao trabalho.

2.2.2. Condições Inseguras:


São as condições do ambiente onde existem riscos,
que poderiam ser evitados utilizando proteções
coletivas. Abaixo algumas condições inseguras:

Falta de ordem e limpeza;


Improvisar ferramentas;
Pisos escorregadios;
Iluminação mal distribuída;
Máquinas sem proteção;
Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas
O uso da luva para trabalhos em eletricidade são
fundamentais para sua segurança

6
Capítulo III. 3.1.1. Mecanismos e Efeito do Choque:
As correntes são as grandes causadoras do choque
elétrico. Temos as correntes de baixa intensidade,
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS provenientes de acidentes com baixa tensão. Nesta
COM ELETRICIDADE corrente de baixa intensidade o efeito mais grave à
considerar são: as paradas cardíacas e respiratórias. Na
Os riscos em instalações elétricas e em serviços com baixa tensão o trabalhador também corre o risco de se
eletricidade, como: choques, queimaduras, arcos, ficar “agarrado” ao lugar energizado e, portanto pode
campos eletromagnéticos. agravar muito os riscos de queimaduras.

O grande perigo da eletricidade é a corrente. Sua Temos também as correntes de alta intensidade,
ação mais nociva é o perigo de choque elétrico com
provenientes de acidentes com alta tensão. Nestas o
consequências diretas ou indiretas (quedas,
efeito térmico mais grave são: queimaduras externas e
queimaduras e etc.).
internas pelo corpo. Geralmente neste choque, a pessoa
Um curto circuito ou um mau funcionamento do é arremessada, portanto há perigo de lesões e fraturas.
sistema elétrico pode originar grandes incêndios,
explosões e acidentes. O efeito do choque elétrico no corpo vai depender: da
intensidade da corrente elétrica, do tempo de duração,
Muitos trabalhadores acreditam que, pelo fato da da área de contato, das condições da pele do indivíduo,
linha estar desenergizada o risco foi eliminado, porém de seu estado de saúde, de sua constituição física e do
isto é falso, pois pode acontecer uma energização percurso da corrente elétrica no corpo humano.
acidental por um erro de manobra, por uma descarga
atmosférica, ou até mesmo por terceiros, que podem Todos os equipamentos e instalações podem
religar a linha sem comunicar. Estes fatos podem causar apresentar defeito. No caso de equipamentos elétricos,
grandes acidentes e perdas tanto para o trabalhador
uma falha muito comum é o contato interno dos seus fios
como para o empresário.
e cabos com as partes metálicas que os circundam.
Mesmo estando com os EPIs e EPCs necessários Quando isso ocorre, uma parte da corrente elétrica
para a operação, em eletricidade não existe a segurança passa a circular pela parte externa desses
total, pois os acidentes acontecem, por mais que equipamentos, procurando um caminho de baixa
tomemos cuidado. resistência para continuar passando. Se uma pessoa
fizer contato com esse equipamento, o seu corpo
Vamos ver o risco mais comum em eletricidade, o completa esse caminho, que é mais fácil para essa
choque elétrico. corrente elétrica. O corpo humano também oferece uma
resistência à passagem da corrente elétrica, cujo valor
depende, do percurso dessa corrente pelo corpo e da
3.1. Choque Elétrico: resistência da pele. A resistência do corpo varia
bruscamente com a presença da água, ou seja, o suor
O choque elétrico é uma sensação que se manifesta
ou o contato com as mãos ou pés molhados ou em
quando o organismo humano é percorrido por uma
corrente elétrica. Ele é o principal causador de acidentes situações com partes do corpo imersas ou encharcadas.
em eletricidade, pois muitas vezes o trabalhador acaba O valor atribuído à resistência do corpo humano, em
tendo contato com partes energizadas ou por descuidou ambientes externos, sujeitos à presença de água é de
por não estar devidamente equipado com os 1.000 Ω e pode ser menor se ocorrer imersão de partes
equipamentos de proteção individual e coletivos. do corpo, como é o caso de tanques, galerias, caixas de
passagem, banheiras e piscinas. Ao percorrer o corpo
O risco do choque está presente em praticamente humano, essa corrente elétrica causa danos,
todas as atividades nos setores elétricos como: na temporários ou até mesmo permanentes ao sistema
construção, na montagem, manutenção, reparo, nervoso, gerando contrações musculares dolorosas e
inspeção, no SEP (Sistema Elétrico de Potência), em pode até mesmo alterar o funcionamento de músculos
poda de árvores e nos serviços telefônicos. vitais como o diafragma e o coração. Além disso, toda
vez que ocorre a passagem de corrente elétrica, há
Os efeitos do choque no ser humano são:
queimaduras, contrações musculares, tetanização, dissipação de calor, podendo causar queimaduras na
parada respiratória, parada cardíaca, fibrilação cardíaca. pele e nos órgãos internos.

7
3.1.2. Tipos de Choque Elétrico: Vamos esfregar esta caneta em nossos cabelos ou num
casaco e ela se tornará eletrificada. Ao encostarmos a
Existem 2 tipos de choque elétrico: o choque estático, caneta nos pedacinhos de papel, eles grudam nela.
e o dinâmico.
A caneta atrai os papéis picados, pois os elétrons
acumulados nela são os responsáveis por esta atração.
3.1.2.1. Choque Estático: Quaisquer materiais, quando friccionados entre si,
É o choque devido à eletricidade estática. A produzem quantidades maiores ou menores de
eletricidade estática é um fenômeno de acumulação de eletricidade estática.
cargas elétricas em um material qualquer, condutor,
semicondutor ou isolante. O choque devido à
eletricidade estática pode ser obtido pela descarga de 3.1.2.2. Choque Dinâmico:
um capacitor ou uma descarga eletrostática. Por É obtido quando a pessoa toca na parte viva do fio
exemplo: você apertou a mão de alguém ou abriu a porta ou em partes condutoras próximas aos equipamentos e
de um carro e tomou um choque. Esse desconforto instalações, que estão energizadas por defeito, fissura
acontece quando a carga estática de uma pessoa está ou rachadura na isolação. Este choque é perigoso,
diferente da outra (uma diferença de potencial /DDP) porque o organismo humano suporta nos primeiros
então um está mais eletricamente "carregado". Quando instantes o choque, mas a corrente passando em seu
um está carregado positivamente e o outro está corpo pode causar problemas como: tetanização,
carregado negativamente, o contato físico resulta em aquecimento dos órgãos, fibrilação ventricular (o
uma troca de cargas elétricas. Lembrem que só existe coração tem batimentos cardíacos, mas não tem força
corrente elétrica se houver diferença de potencial (DDP). para bombear o sangue e acaba por levar a pessoa a
sofrer uma parada cardíaca).
Os choques por eletricidade estática são mais
comuns no inverno, quando muita gente usa roupas de As conseqüências do choque elétrico nos seres
lã sintética. A lã por ser um material que mantém a carga humanos vão depender:
elétrica, basta que friccionemos nossa mão na roupa e
Do trajeto da corrente no seu corpo,
estaremos acumulando mais cargas. Se a pessoa
estiver descalça, essa corrente é liberada aos poucos e Da duração do choque e
não chega a ser percebida, mas se a pessoa está com Das condições, ou seja, se a pessoa está seca ou
um calçado com sola de borracha, que serve como molhada.
isolante, ela acumula maior carga. Sendo assim, um Exemplo de Choque Dinâmico:
simples aperto de mão em outra que não tem a mesma
carga estática, podem fazer com que ambas sintam um Colocar a
leve choque, pois o excedente de carga de uma das mão numa to-
pessoas se distribui, passando parcialmente para a mada com iso-
outra. lação mal feita
e levar um
Um outro exemplo é quando encostamos numa choque.
lataria de um carro. Se nós estivermos com acúmulo de
carga elétrica, ao tocarmos na porta do automóvel
também sentimos um choque, devido ao carro acumular
carga ao se movimentar. O atrito com o ar faz com que 3.1.3. Efeitos do Choque Elétrico:
a carga elétrica fique na superfície externa do carro, que
é de metal e a pessoa ao tocar na porta sofrerá um Existem três tipos de efeitos manifestados pelo corpo
choque. humano quando leva um choque:
• Limiar de Sensação (percepção)
A eletricidade estática é o fenômeno de acumulação • Limiar de não Largar
de cargas elétricas em um material qualquer, condutor,
semicondutor ou isolante. O fenômeno da eletricidade • Limiar de Fibrilação Ventricular
estática ocorre quando os átomos de um determinado
corpo perdem ou ganham elétrons, ficando dessa forma
carregado positivamente ou negativamente. 3.1.3.1. Limiar de Sensação (Percepção):
O corpo humano começa a perceber a passagem de
Exemplo de experiência de Eletricidade estática: corrente elétrica a partir de 01 mA. Na corrente alternada
Primeiro colocamos pedacinhos de papel picados em causa a sensação de formigamento para valores acima
cima de uma mesa. Depois pegamos uma caneta. de 1mA.

8
Na corrente contínua cria a sensação de aquecimento que a cresce a corrente, a contração muscular vai se
no organismo na corrente contínua em valores tornando mais desagradável.
superiores a 05 mA.  Duração do choque: O tempo de duração do
choque é de grande efeito nas consequências
geradas.
3.1.3.2. Limiar de Não Largar:
Está associado às contrações musculares
3.1.5. Conseqüências do Choque Elétrico:
provocadas pela corrente elétrica no corpo humano. A
corrente alternada a partir de determinado valor excita No choque elétrico, como já mostramos, a corrente
os nervos provocando contrações musculares entra no corpo da pessoa e pode fazer muitos estragos.
permanentes. A pessoa fica agarrada ao circuito. Dependendo por onde a corrente passar, pode ser até
fatal, como por exemplo, no coração.
A intensidade de corrente para este limiar varia entre
09 e 23 mA para homens e 6 a 14 mA para mulheres. Aqui mostramos algumas das conseqüências do
choque elétrico no ser humano:
Perda de massa muscular;
3.1.3.3. Limiar de Fibrilação Ventricular: Perda parcial de ossos;
Este limite é de difícil determinação porque deve se Atrofia muscular;
levar em conta, que só uma parte da corrente vai circular Perda da coordenação motora;
no corpo humano e pode atingir o coração. Quando o
coração sofre uma fibrilação devido ao choque elétrico, Queimaduras, etc.
provoca uma contração no músculo cardíaco, fazendo
com que as fibras ventriculares passem a se contraírem
de modo descontrolado, não conseguindo bombear o 3.1.6. Uso de Adornos:
sangue até o coração. Atualmente com o culto à beleza, muitas pessoas
gostam de se enfeitarem com anéis de ouro, relógios de
Neste caso só com o uso do desfribrilador para tentar metal, brincos, “piercings”, mas para o trabalhador em
ajudar a reverter este processo, que pode ser letal. eletricidade, isto pode ser fatal. O metal como
Veremos o desfibrilador no Capítulo de Primeiros aprendemos na escola é excelente condutor de energia
Socorros. elétrica, portanto se um eletricista estiver trabalhando
com um anel de ouro, pode acontecer um arco elétrico e
como o ouro é excelente condutor, vai ajudar a conduzir
3.1.4. Fatores que Influenciam nas Conseqüên- a eletricidade pelo seu corpo. Isto poderá causar
cias do Choque Elétrico: queimaduras e até mesmo mutilações.
Existem vários fatores que podem influenciar nas
conseqüências do choque elétrico para os seres
humanos.

Vejamos abaixo:
 
No subitem 10.2.9.3 da NR10 é afirmado: “é
vedado o uso de adornos pessoais nos
trabalhos com instalações elétricas ou em
suas proximidades”.
 O Trajeto da Corrente Elétrica no Corpo Humano:
portanto dependendo deste trajeto pode levar uma
pessoa à morte se passar por órgãos vitais como o
coração.
 Tipo de Corrente Elétrica: o corpo humano é mais
sensível a corrente alternada do que a contínua.
 Da Tensão Nominal: se é alta tensão ou baixa
tensão
 Intensidade da Corrente: as perturbações do
choque elétrico dependem da intensidade da
corrente que atravessa o corpo humano, e não da
tensão do circuito responsável por essa corrente. Até
o limiar de sensação, a corrente que atravessa o
corpo humano praticamente não faz mal, qualquer
que seja sua duração, a partir desse valor, à medida
o anel do eletricista deixando o seu dedo sem a pele.

9
3.1.7. Queimaduras por Choque Elétrico: ar. Geralmente é produzido com a conexão e
desconexão de dispositivos elétricos, em caso de curto
As queimaduras por choque elétrico são produzidas circuito.
por meio de agentes térmicos. Podemos classificar as
queimaduras pelo dano causado à pele da vítima. O arco voltaico produz calor e pode causar
Dependendo do grau que atingiu a pele teremos um tipo queimaduras de segundo e terceiro grau, pode também
de lesão: queimaduras de 1º grau, 2ºgrau e de 3ºgrau. provocar incêndios. O arco tem curta duração menor que
½ segundo.
As queimaduras de 1º grau é quando afeta a
epiderme, não forma bolhas, ou seja, atingiu apenas a Estudos mostram que se um arco durar mais que 100
primeira camada superficial da pele. ms as pessoas e os equipamentos estão expostos a
riscos de queimaduras graves. Caso ele dure mais que
As queimaduras de 2º grau são aquelas que afetaram 500 ms pode acontecer uma explosão causando
a epiderme e a derme, esta causa bolhas, inchaço e destruição total de equipamentos e morte de pessoas
desprendimento de pele, ou seja estas atingiram a pele
e mais abaixo da pele;
3.2.1. Causas do Arco Elétrico:
As queimaduras de 3º grau são aquelas que afetam
as camadas mais profundas da pele, danificando Vejamos aqui alguns procedimentos que poderão
epiderme, derme, gordura, músculos e ossos. Neste tipo causar um arco elétrico:
de queimadura se sente pouca ou nenhuma dor, devido Centelhamento ao conectar ou desconectar um
a danificação dos nervos. Esta queimadura é profunda, dispositivo elétrico;
geralmente causa amputação de membros.
Trabalhadores com movimentos bruscos ou
descuido de manejo de ferramentas
Trabalhadores portadores de materiais condutivos,
ou seja, usando adornos;
Contaminação por sujeira ou água nas instalações;
Presença de animais como, gatos e ratos que
provocam curtos em barramentos de painéis ou
subestações;
Eletricista experiente realizando manutenção com
cabos energizados;
Ferramenta na mão causando curto entre duas fases;
camadas da pele humana Curto-circuito;
Falhas em partes condutoras que integram ou não o
Tipo de Características da circuito;
Grau Lesão
queimadura pele
Hiperemia Ferimentos leves,
Superficial I = vermelhidão na 3.2.2. Conseqüências do Arco Elétrico:
vermelhidão epiderme
As conseqüências do arco elétrico para o ser humano
Flictena Bolhas, dor intensa, são:
Intermediária II = ferida na derme e Queimaduras;
bolhas epiderme
Incêndio;
Necrose Destruição de tecidos Quedas devido às correntes das ondas de pressão
= (derme, epiderme, que podem se formar pela expansão do ar;
Profunda III destruição tecido subcutâneo, Morte
dos tecidos músculos, vasos e
da pele nervos) carbonização
3.3. Campos Eletromagnéticos:

3.2. Arco Elétrico: Os campos eletromagnéticos são uma espécie de


linhas de força invisíveis. Onde existir corrente elétrica
O arco elétrico ou voltaico caracteriza-se pelo fluxo haverá campos eletromagnéticos. Vivemos em contato
da corrente elétrica através de um meio isolante como o com o campo eletromagnético o tempo todo.

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Ao falarmos ao telefone, ao utilizarmos o micro- inadequado de EPI, de falta de treinamento dos
ondas, ficamos expostos ao campo eletromagnético dos trabalhadores, de falta de delimitação e de sinalização
aparelhos elétricos. do canteiro de serviço e de ataque de insetos.
Estatisticamente 30 % dos acidentes são em atividades
exercidas em altura
3.3.1. Exemplos de Fontes Terrestres de Radia-
ção Eletromagnética:
4.1.1. Motivos dos Acidentes em Altura:
A radiação eletromagnética é transmitida através das
diversas fontes abaixo: Muitos motivos colaboram para que os acidentes em
Linhas de transmissão altura aconteçam. Muitos trabalhadores ainda teimam
em não usar o cinto de segurança e arriscam-se em ficar
As estações de rádio e de TV,
pendurados em janelas, peitoris, arriscando sua vida.
O sistema de telecomunicações à base de micro- Como ficaria sua família em caso de acidente? Se você
ondas, morresse agora devido ao não uso de EPI, como sua
Lâmpadas artificiais, família iria ficar? Amparada? Triste? Desamparada?
Corpos aquecedores. Pense... A pensão por morte muitas vezes custa a ser
paga pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade
Social). Como sua família vai pagar as contas? Não é
3.3.2. Campos Eletromagnéticos das Linhas de melhor você se prevenir?
Transmissão e Distribuição:
Os campos eletromagnéticos das linhas de 4.2. Riscos de Queda:
transmissão e de distribuição são mais perigosos e
extensos, portanto existe uma faixa de segurança no As quedas também são uma das principais causas
trajeto destas linhas que devem ser respeitadas. No Rio de acidentes no setor elétrico. Elas ocorrem como
de Janeiro esta faixa é desrespeitada e existem linhas consequência da utilização inadequada de
que passam exatamente por cima de casas, expondo os equipamentos de elevação (plataformas, escadas,
moradores a extremo perigo de contato com o campo cestas), falta de EPI, falta de treinamento dos
eletromagnético. trabalhadores. Nossa cidade tem cada vez mais prédios
altos, e muitos consertos precisam ser feitos com
escadas, cestos aéreos e andaimes. Os trabalhadores
precisam entender que não devem arriscar sua vida
Capítulo IV. trabalhando sem os EPIS necessários

RISCOS ADICIONAIS
4.3. Cesto Aéreo:
Neste capítulo conheceremos os riscos adicionais, É um equipamento de trabalho móvel, para altura.
ou seja, além do choque, queimaduras, arcos, campos São cestas feitas de PVC, revestidas de fibra de vidro e
eletromagnéticos existem outros riscos que devemos utilizadas em gruas (braço mecânico do caminhão).
conhecer como: altura, ambientes confinados, área
classificada, umidade e condições atmosféricas Neste cesto é transportado um ou dois trabalhadores
para executarem algum serviço. Este cesto é suspenso
em gruas ou guindastes. As hastes de levantamento e a
4.1 Altura: cesta aérea e o caminhão com grua, devem sofrer
ensaios de isolamento elétrico periodicamente e possuir
O Trabalho de Altura é uma área profissional relatório das avaliações. Estes equipamentos deverão
destinada a trabalhos no alto, acima de 2 metros, onde estar devidamente isolados.
existem riscos de queda. Este trabalho só poderá ser
exercido depois de treinamento, testes e supervisão, Para operar o caminhão dotado de guincho
com equipamentos próprios e termos de hidráulico, tipo munck, com cesto acoplado na
responsabilidade. Os profissionais que trabalham nesta extremidade da lança e sem comando junto ao cesto,
área são: eletricistas, limpadores de edifícios, somente o operador com a obtenção da certificação de
bombeiros. No trabalho em altura, as quedas são uma transporte de pessoas tem esta autorização. Ele deve
das principais causas de acidentes no setor elétrico, pois ser treinado, pois senão pode causar até mesmo a morte
ocorrem em consequência de: choques elétricos, de da pessoa que estiver no cesto.
utilização inadequada de equipamentos de elevação
(escadas, cestas, plataformas), de falta ou uso

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O grande perigo destas cestas aéreas são os fios de gases, vapores, inflamáveis, poeiras, e fibras
alta tensão. O trabalhador deve estar atento para não combustíveis.
esbarrar nos fios e tomar as medidas de segurança
necessárias para a execução de seu trabalho com Em geral, parte dos equipamentos do processo, tais
segurança. como tampas, tomadas de amostras, bocas de visita,
Trabalhando na manutenção do poste, trocando um drenos, respiros são considerados “fontes de risco” pela
disjuntor de alta tensão possibilidade de vazamento de produtos para os
ambientes onde estão instalados.

4.4. Ambientes Confinados: Como exemplo de áreas classificadas: salas de


caldeiras, fornos, áreas de tancagem de combustíveis e
Espaço confinado é qualquer área não projetada etc.
para ocupação humana contínua e que possua meios
limitados de entrada e saída. Sua ventilação é
insuficiente, além de ser um local de grande perigo de
4.6. Condições Atmosféricas:
explosões pelos gases que se encontram nesta área. O
espaço confinado não foi feito para a ocupação humana Todo trabalho com equipamentos energizados só
e sim para se fazer reparos e manutenção. deve ser iniciado com boas condições meteorológicas.
Não é permitido trabalhos sob chuva, neblina densa e
Este ambiente tem grande potencial de risco em sua ventos, pois são muito arriscados para o trabalhador.
atmosfera. Pode ter excesso (mais de 23%) ou
deficiência menos de (19,5%) de oxigênio. Geralmente
tem agentes tóxicos ou inflamáveis. 4.6.1. Umidade:

O trabalho em espaço confinado exige certificação Uma área com umidade é muito perigosa para
em NR 33. Somente pessoas autorizadas e certificadas instalações elétricas, porque a presença de água solicita
podem adentrar neste lugar. Caso o trabalhador não uma adequação de medidas para que o trabalhador não
tenha feito o curso de NR 33, ele pode utilizar o direito corra o risco de choque, visto que a pele molhada baixa
de recusa por ser de alto risco trabalhar num lugar sem a resistência do corpo humano.
conhecer os riscos e sem estar certificado. (item 10.14
da NR10). As instalações elétricas com possibilidade de contato
com água devem ser projetadas, executadas e mantidas
com especial cuidado quanto à blindagem, isolamento,
aterramento e proteção contra falhas elétricas. Nestas
instalações são utilizados materiais de proteção como: a
tomada com tampa para proteção de chuva com grau de
proteção IPX4 (proteção contra umidade), que protege o
usuário de levar um choque.

Todo trabalho com equipamentos energizados só


Espaço confinado em esgoto. A escada está deve ser iniciado com boas condições meteorológicas.
enferrujada, isto pode causar sérios acidentes. Não é permitido trabalhos sob chuva, neblina densa e
ventos.

Exemplo: Tomada de proteção com tampa (IPX4).


4.4.1. Exemplos de Espaços Confinados:
Esta tomada com tampa e material adequado a umidade
É importante que o trabalhador saiba identificar o que é ideal para que o usuário não leve choque. Sempre em
é um espaço confinado, pois muitos não conhecem os áreas úmidas devemos utilizar material que possa
riscos e acabam por executar tarefas que podem levá- assegurar o seu uso sem danos de choque ao usuário.
los à morte. Vamos conhecer alguns tipos de espaços
confinados: rede de esgoto, cisternas, caixas
subterrâneas, valas, vasos, tanques em geral. 4.6.2. Ventos, Neblina e Chuva:
Os ventos também são um grande perigo, pois
podem causar estragos e acidentes muitas vezes fatais.
4.5. Áreas Classificadas:
O trabalho não pode ser feito quando a velocidade do
São áreas de atmosfera explosiva que exigem certos vento estiver superior a 07 m/s e sob intempéries, ou
cuidados para se trabalhar devido à presença de: seja: tempestade com raios, granizo, chuva, que possa

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afetar a segurança dos trabalhadores. Sabemos que Evitar tocar qualquer equipamento elétrico ligado à
com a chuva, geralmente vem os raios e estes são muito rede elétrica;
perigosos. Evitar topos de morros, proximidade com cercas de
arame;
O Brasil tem sido o recordista mundial de raios por
Não entrar em rios, lagos, piscinas;
quilômetro quadrado, de acordo com o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a
NASA. Sofremos muito com a incidência de muitos raios
por estarmos num país tropical, porque é nos trópicos
4.6.3.3. Sistemas de Proteção Contra Descar-
que acontecem as maiores tempestades. Segundo o gas Atmosféricas (SPDA):
INPE os raios matam cerca de 200 pessoas por ano no A melhor forma de proteção contra os raios, a
Brasil. Os raios além de matar pessoas podem causar despeito de toda a tecnologia moderna, continua sendo
sérios incêndios. o primitivo para-raios, uma invenção do século XVIII.

O pára-raios é uma haste metálica ligada a um fio


4.6.3. Ráios: condutor de eletricidade colocado no ponto mais alto da
edificação e com um aterramento no chão de uma casa.
É um fenômeno de natureza que é produzido por
nuvens do tipo cumulus nimbus que tem um formato
O pára-raios será sempre a primeira parte da
parecido com uma bigorna. Ele é uma descarga elétrica
construção a receber o raio. Primeiro, por ser de metal,
que visa fazer uma equipotencialização (igualar os
segundo, por ter um fio condutor que leva a eletricidade
potenciais) quando a nuvem está num potencial
para a terra e, terceiro, por ser o ponto mais alto da casa.
diferente do potencial do solo.

Exemplo: uma nuvem está carregada eletricamente


negativa. Quando ela fica muito carregada eletricamente 4.6.3.4. Tipos de Pára-ráios:
negativa, ela precisará descarregar e vai originar uma Existem 3 tipos de pára-raios: O tradicional Franklin,
onda elétrica (raio) que parte da base da nuvem em Gaiola de Faraday e o SDC (Sistema Dissipativo de
direção ao solo (que está eletricamente carregado cargas).
positivo) buscando um local de menor potencial,
definindo uma trajetória ramificada. A nuvem pode estar
carregada negativamente ou positivamente. O raio 4.6.3.5. O Tradicional Pára-ráio de Franklin:
acontece devido à diferença de potencial entre a nuvem
e o solo que estão com cargas opostas. Lembrem que No século XIII Franklin iniciou os estudos sobre
os opostos se atraem. As descargas elétricas tanto eletricidade. Franklin, antes de uma tempestade,
podem ser ascendentes (da terra para nuvem) como empinou uma pipa em direção às nuvens. Ele já estava
descendentes (da nuvem para a terra) ou ainda entre desconfiado de que as nuvens estivessem repletas de
nuvens. cargas elétricas, e conseguiu provar isso, ao perceber
que uma parte dessas cargas descia pelo fio da pipa,
onde na linha continha uma chave de metal. Foi assim
4.6.3.1. Conseqüências dos Ráios: que foi criado o para-raios. Franklin teve mesmo muita
sorte, porque se um raio de verdade e não as pequenas
Os raios podem trazer sérias conseqüências para o ser cargas, que estavam se acumulando nas nuvens, antes
humano: de se transformarem em raio, houvesse caído no fio, ele
Pode provocar à queima total ou parcial de teria morrido.
equipamentos elétricos;
Danos a instalação elétrica; O para raio de Franklin é colocado num mastro com
uma haste na ponta que capta o raio através desta ponta
Morte;
e transmite a descarga até o aterramento.
Incêndios.

4.6.3.6. Gaiola de Faraday:


4.6.3.2. Medidas Preventivas:
Outra forma de proteção foi inventada no século XIX,
Nunca se abrigar sob árvores ou construções pelo físico inglês Michael Faraday (1791-1867). Ele
isoladas sem pára-raios; descobriu que um dispositivo com paredes de metal,
Evitar ficar próximo de tomadas e canos, de janelas como uma gaiola, atuava como blindagem contra as
e portas metálicas; descargas elétricas que vinham de fora, protegendo seu

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interior. Sendo assim, um carro com chapas de aço ou Na execução de serviços em torres, postes,
um avião funcionam como uma Gaiola de Faraday, subestações, leitura de medidores, serviço de poda em
protegendo os usuários que estão do lado de dentro. árvores e outros, podem ocorrer ataques de insetos
como abelhas e formigas.
Os aviões são costumeiramente atingidos pelos
raios, porém como estão imersos no ambiente ionizado, Deve-se ter muito cuidado se a pessoa for alérgica,
o raio passa pela carcaça metálica (que forma também pois uma picada do inseto pode causar uma alergia e
uma “gaiola de Faraday”) e continua a descida em finalizar num edema de glote (a pessoa não consegue
direção ao solo, sem afetar os instrumentos de bordo. respirar)

Na Gaiola de Faraday a descarga elétrica percorre a Nas atividades de construção, supervisão e


superfície da gaiola e atinge o aterramento. São os pára- manutenção em redes elétricas pode ocorrer quando se
ráios que lançam mão de pequenas hastes coletoras, trabalha em campo aberto, a possibilidade de picada de
espalhadas pelas extremidades da construção, animais peçonhentos como cobras, aranhas, escorpiões
interligadas por cabos de cobre. Quando um raio atinge e até mesmo a mordida de cães.
a casa, esse sistema se encarrega de distribuir a carga


pelos diferentes ramais, que vão até o solo e mantêm a Na picada de insetos devemos colocar gelo
construção eletricamente neutra. e levar para o Pronto Socorro. Na mordida
 de cão devemos lavar com água e sabão e
A Gaiola de Faraday é muito utilizado em ginásios, prestar atenção no animal durante 10 dias,
galpões e construções industriais. além de ir ao Posto de Saúde.

4.6.3.6. SDC - Sistema Dissipativo de Cargas:


Estes sistema é baseado na não formação de raios,
e emprega dispositivos metálicos dissipadores, que têm
a função de dispersar a corrente elétrica vinda do solo,
impedindo que ela se encontre com a faísca formada
nas nuvens, choque esse que dá origem ao raio.

Este sistema é mais caro que os outros e seu uso se


restringe a grandes construções, como indústrias e
torres de antenas de TV e de rádio. Sua proteção é de
área de até 300 m² aproximados.

Obs: As edificações são obrigadas a instalarem pára


raios em todas as edificações segundo à NBR
5419/2001. Para se instalar um para raio precisa de
cálculos e de saber fazer um bom aterramento, caso
contrário poderá ser muito perigoso. O para raio
protege a circunferência da área à que foi destinado
quando foi calculado.

4.7. Riscos no Transporte e em Equipamentos:


Existem riscos no transporte de pessoas para o seu
trabalho. Muitos acidentes acontecem devido às más
condições de manutenção do carro, transporte indevido
na caçamba, falta do uso do cinto de segurança.

Uma política de prevenção a acidentes deve constar


na pauta do técnico de segurança, pois o Brasil tem alto
índice de acidentes em trânsito.

4.8. Riscos de Ataques de Animais:

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• A vítima. Está consciente? Tenta falar alguma coisa ou
Capítulo V. aponta para qualquer parte do corpo dela.
• As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma
Primeiros Socorros informação? O socorrista deve ouvir o que dizem a
respeito dos momentos que antecederam o acidente.
A prestação dos Primeiros Socorros depende de • Mecanismos da lesão. Há algum objeto caído próximo
conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte de da vítima, como escada, moto, bicicleta, andaime e etc.
quem os está aplicando. A vítima pode ter sido ferida pelo volante do veículo?
O restabelecimento da vítima de um acidente, seja
• Deformidades e lesões. A vítima está caída em posição
qual for sua natureza, dependerá muito do preparo
estranha? Ela está queimada? Há sinais de
psicológico e técnico da pessoa que prestar o
esmagamento de algum membro?
atendimento.
 Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima?
O socorrista deve agir com bom senso, tolerância, Ela vomitou? Ela está tendo convulsões?
calma e ter grande capacidade de improvisação. • Para que não haja contaminação, antes de iniciar a
manipulação da vítima o socorrista deverá estar
O primeiro atendimento mal sucedido pode levar aparamentado com luvas cirúrgicas, avental com
vítimas de acidentes a sequelas irreversíveis. mangas longas, óculos panorâmicos e máscara para
respiração artificial ou ambú.
Para ser um socorrista é necessário ser um bom
samaritano, isto é, aquele que presta socorro As informações obtidas por esse processo, que não
voluntariamente, por amor ao seu semelhante. Para se estende por mais do que alguns segundos, são
tanto é necessário três coisas básicas, mãos para extremamente valiosas na seqüência do exame, que é
manipular a vítima, boca para acalmá-la, animá-la e subdividido em duas partes: a análise primária e
solicitar socorro, e finalmente coração para prestar secundária da vítima.
socorro sem querer receber nada em troca.

5.3. Análise Primária:


5.1. Objetivo:
A análise primária é uma avaliação realizada sempre
Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência que a vítima está inconsciente e é necessária para se
são as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, detectar as condições que colocam em risco iminente a
fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer vida da vítima. Ela se desenvolve obedecendo às
pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar seguintes etapas:
bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
• determinar inconsciência;
• abrir vias aéreas;
5.2. Avaliação Inicial:
• checar respiração;
Antes de qualquer outra atitude no atendimento às • checar circulação; e
vítimas, deve-se obedecer a uma seqüência
• checar grandes hemorragias.
padronizada de procedimentos que permitirá determinar
qual o principal problema associado com a lesão ou
doença e quais serão as medidas a serem tomadas para
5.4. Colar Cervical:
corrigi-lo.
5.4.1. Tipos
Essa seqüência padronizada de procedimentos é
conhecida como exame do paciente. Durante o exame, O colar cervical é encontrado nos tamanhos
a vítima deve ser atendida e sumariamente examinada pequeno, médio e grande e na forma regulável a qual se
para que, com base nas lesões sofridas e nos seus ajusta a todo comprimento de pescoço.
sinais vitais, as prioridades do atendimento sejam
estabelecidas. O exame do paciente leva em conta 5.4.2 Escolha do tamanho
aspectos subjetivos, tais como: Com o pescoço da vítima em posição anatômica,
• O local da ocorrência. É seguro? Será necessário medir com os dedos da mão, a distância entre a base do
movimentar a vítima? Há mais de uma vítima? Pode-se pescoço (músculo trapézio) até a base da mandíbula.
dar conta de todas as vítimas?

15
Em seguida comparar a medida obtida com a parte 3º Grau
de plástico existente na lateral do colar, escolhendo
• Atinge a epiderme, derme
assim o tamanho que se adapta ao pescoço da vítima.
e alcança os tecidos mais
profundos, podendo che-
5.4.3.Colocação do Colar Cervical (2 gar até o osso.
socorristas)
Socorrista 1
• Retirar qualquer vestimenta e adorno em torno do
Primeiros Socorros
pescoço da vítima; • Isolar a vítima do agente agressor;
• Examinar o pescoço da vítima antes de colocar o colar; • Diminuir a temperatura local, banhando com água fria
• Fazer o alinhamento lentamente da cabeça e manter (1ºGrau);
firme com uma leve tração para cima. • Proteger a área afetada com plástico;
• Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar
Socorrista 2 medicamentos, nem produtos caseiros;
• Escolher o colar cervical apropriado; • Retirar parte da roupa que esteja em volta da área
• Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço queimada;
da vítima; • Retirar anéis e pulseiras, para não provocar
• Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando estrangulamento ao inchar.
no queixo da vítima de forma que esteja apoiado • Encaminhar para atendimento hospitalar.
firmemente;
• Ajustar o colar e prender o velcro, mantendo uma 5.5.2. Queimaduras Elétricas
discreta folga (um dedo) entre o colar e o pescoço da
Primeiros Socorros
vítima;
• Manter a imobilização lateral da cabeça até que a • Desligar a fonte de energia elétrica, ou retirar a vítima
mesma seja imobilizada (apoio lateral, preso pelas do contato elétrico com luvas de borracha e luvas de
correias da maca). cobertura ou com um bastão isolante, antes de tocar na
vítima;
• Adotar os cuidados específicos para queimaduras
5.5. Queimaduras: apresentados anteriormente, se necessário aplicar
técnica de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
Conceituação
É uma lesão produzida no tecido de revestimento do 5.5.3. Queimaduras nos Olhos
organismo, por agentes térmicos, elétricos, produtos Primeiros Socorros
químicos, irradiação ionizantes e animais peçonhentos.
• Lavar os olhos com água em abundância durante
vários minutos;
5.5.1. Sinais e Sintomas
• Vedar o(os) olho(s) atingido(s) com pano limpo;
1º Grau
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
• Atinge somente a
epiderme;
• Dor local e vermelhidão 5.6. Lesões na Coluna Vertebral:
da área atingida.
Conceituação
A coluna vertebral é composta de 33 vértebras
sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix, e no seu
2º Grau
interior há a medula espinhal, que realiza a condução
• Atinge a epiderme e a dos impulsos nervosos.
derme; As lesões da coluna vertebral mal conduzidas podem
• Apresenta dor local, produzir lesões graves e irreversíveis de medula, com
vermelhidão e bolhas comprometimento neurológico definitivo (tetraplégica ou
d’água. paraplegia).

Todo o cuidado deverá ser tomado com estas vítimas


para não surgirem lesões adicionais.

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5.8. Choque Elétrico:
Sinais e Sintomas
Conceituação
• Dor local intensa;
É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo
• Diminuição da sensibilidade, formigamento ou
corpo quando em contato com partes energizadas.
dormência em membros inferiores e/ou superiores;
• Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem abaixo
da lesão; Sinais e Sintomas
• Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fezes • Parada cardiorrespiratória;
soltas). • Queimaduras;
• Lesões traumáticas.
Nota: Todas as vítimas inconscientes deverão ser
consideradas e tratadas como portadoras de lesões
Primeiros Socorros
na coluna.
• Interromper imediatamente o contato da vítima com a
corrente elétrica, utilizando luvas isolantes de borracha,
com luvas de cobertura ou bastão isolante;
Primeiros Socorros
• Certificar-se de estar pisando em chão seco, se não
• Cuidado especial com a vítima inconsciente; estiver usando botas com solado isolante;
• Imobilizar o pescoço antes do transporte, utilizando o • Realizar avaliação primária (grau de consciência,
colar cervical; respiração e pulsação);
• Movimentar a vítima em bloco, impedindo • Aplicar as condutas preconizadas para parada
particularmente movimentos bruscos do pescoço e do cardiorrespiratória, queimaduras e lesões traumáticas;
tronco; • Encaminhar para atendimento hospitalar.
• Colocar em prancha de madeira;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
5.9. Parada Cardiorrespiratória:
Conceituação
É a ausência das funções vitais, movimentos
respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência
isolada de uma delas só existe em curto espaço de
tempo; a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3
5.7. Corpo Estranho nos Olhos: a 5 minutos.
Conceituação
Sinais e Sintomas
É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos
etc. na cavidade dos glóbulos oculares. • Inconsciência;
• Ausência de movimentos respiratórios e batimentos
Sinais e Sintomas cardíacos.
• Dor;
• Ardência;
Primeiros Socorros
• Vermelhidão; A. Desobstrução das Vias Aéreas
• Lacrimejamento. • Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de
secreção, dentes soltos etc.;
Primeiros Socorros • Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com
• Não esfregar os olhos; a outra fazer uma pequena força para elevar o queixo;

• Lavar o olho com água • Estender a cabeça da vítima para trás até que a boca
limpa; abra.

• Não remover o corpo estranho manualmente;


Verificação da Respiração
• Se o corpo estranho não sair com a lavagem, cobrir os
dois olhos com pano limpo; • Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima,
• Encaminhar para atendimento hospitalar. mantendo as vias aéreas abertas;

17
• Observar se o peito da • Manter os braços retos e os cotovelos estendidos;
vítima sobe e desce, • Pressionar o osso esterno para baixo, cerca de
ouvir e sentir se há sinal aproximadamente 5 centímetros;
de respiração.
• Executar 15 compressões. Contar as compressões à
medida que você as executa;
• Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;
Massagem Cardíaca • Durante as compres-
sões, flexionar o
Verificação do Pulso tronco ao invés dos
joelhos;
• Manter a cabeça da vítima estendida para trás,
sustentando-a pela testa; • Evitar que os seus
dedos apertem o peito
• Localizar o Pomo de Adão com a ponta dos dedos
da vítima durante as
indicador e médio;
compressões.
• Deslizar os dedos em direção à lateral do pescoço para
o lado no qual você estiver posicionado (não utilize o
polegar, pois este tem pulso próprio);
• Sentir o pulso da carótida (espere 5 - 10 segundos). A 5.10. Técnicas para Remoção e Transporte de
carótida é a artéria mais recomendada por ficar próxima
Acidentados:
ao coração e ser acessível.
Conceituação
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe
especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos
do Asfalto, outros).

O transporte realizado de forma imprópria poderá


agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao
Procedimento acidentado.
• Realizar somente quando tiver certeza de que o
coração da vítima parou; A vítima somente deverá ser transportada com
• Colocar a vítima sobre uma superfície rígida; técnica e meios próprios, nos casos, onde não é possível
• Ajoelhar-se ao lado da vítima; contar com equipes especializadas em resgate.
• Usando a mão próxima da cintura da vítima, deslizar
os dedos pela lateral das costelas próximas a você, em Nota: É imprescindível a avaliação das condições
direção ao centro do peito, até localizar a ponta do osso da vítima para fazer o transporte seguro (número de
pessoas para realizar o transporte).
esterno;
• Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta do osso A remoção ou transporte como indicado abaixo só é
esterno, alinhando o dedo indicador ao médio; possível quando não há suspeita de lesões na coluna
vertebral.
• Colocar a base da sua outra mão (que está mais
próxima da cabeça da
vítima) ao lado do dedo 5.10.1. Uma pessoa:
indicador; a. Nos braços:
• Remover a mão que Passe um dos braços da vítima ao
localizou o osso esterno, redor do seu pescoço.
colocando-a sobre a que
está no peito;
• Entrelaçar os seus dedos,
estendendo-os de forma b. De apoio:
que não toquem no peito da Passe o seu braço em torno da
vítima. cintura da vítima e o braço da vítima ao redor de seu
pescoço.
• Posicionar seus ombros diretamente acima de suas
mãos sobre o peito da vítima;

18
c. Nas costas:

Dê as costas para a vítima, passe os


braços dela ao redor de seu pescoço,
incline-a para a frente e levante-a.

Telefones Úteis
5.10.2. Duas pessoas:
Duas pessoas Direitos Humanos Defesa Civil SAMU
a. Cadeirinha:
Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da
vítima ao redor do seu pescoço e levante a vítima.

100 199 192

Bombeiros Polícia Militar Polícia Civil

b. Segurando pelas extremidades:


Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, 193 190 197
segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a
vítima simultâneamente. Polícia Rod. Estadual Polícia Rod. Federal

5.10.3. Três pessoas:


Uma segura a
cabeça e costas, a outra,
a cintura e a parte 198 191
superior das coxas.
A terceira segura a
parte inferior das coxas e
pernas. Os movimentos
das três pessoas devem
ser simultâneos, para
impedir deslocamentos
da cabeça, coluna,
coxas e pernas.

5.10.4 Quatro pessoas:


Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa
imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de
deslocamento.

19
É uma condição indesejável derivada de um perigo
Capítulo VI. que pode modificar a qualidade de vida das pessoas, do
meio ambiente e da operação a ser realizada.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

Neste capítulo o aluno vai conhecer as técnicas de 6.1.3. Gerenciamento de Riscos:


análise de risco, para que antes de executar seu serviço É como deverão ser executadas as medidas e os
possa cobrar do seu superior o estudo dos riscos. procedimentos técnicos e administrativos que tem como
objetivo prever, controlar ou reduzir os riscos existentes,
Hoje com a NR10, a Análise Preliminar de Riscos objetivando manter o trabalhador dentro das medidas de
tornou-se fundamental, pois sem ela não se pode segurança consideradas seguras na execução de sua
começar nenhum trabalho. tarefa.

As técnicas de análise de risco ajudam a evitar As medidas de controle de riscos podem ajudar muito
acidentes. Sabendo-se os tipos de riscos que envolvem a evitar acidentes, use-as sempre! Veremos a seguir
um trabalho é possível providenciar medidas que alguns mapas de controle de riscos como a: Árvore de
ajudem a minimizar os riscos ou até mesmo a acabar Falhas, Árvore de Eventos, Análise Preliminar de Perigo
com alguns. Saber analisar um risco e tomar as medidas e Análise Preliminar de Riscos.
cabíveis para extinguir ou minimizá-los, ajudará ao
trabalhador na execução de um trabalho seguro
6.2. Análise Preliminar de Riscos:
6.1. Análise de Riscos: A Análise Preliminar de Riscos (APR) é obrigatória
pela NR10 no item 10.2.
É a atividade dirigida ao tipo e quantidade de riscos,
baseada numa avaliação, a fim de promover medidas. A APR é um método de estudo em conjunto dos
trabalhadores com seu supervisor ou técnico de
segurança, a fim de se identificar os riscos de acidentes
na execução de determinada tarefa. Segundo a NR10,
nenhum trabalho poderá ser feito sem a execução da
Análise Preliminar de Risco.

Este estudo dos riscos é realizado na fase de


planejamento e desenvolvimento da tarefa. Sua
finalidade é prevenir os riscos com medidas de controle
para que não aconteçam acidentes. Muitas vezes não
se pode acabar com o risco, mas podemos diminuí-lo
Quando eu coloco um sinal de trânsito, estou através das medidas de controle.
controlando o risco, mas o perigo ainda existe, pois um
carro pode avançar o sinal e atropelar as pessoas. A metodologia utilizada na Análise Preliminar de
Riscos compreende a execução das seguintes tarefas:
Se eu colocar uma passarela, eu elimino o
perigo/risco, pois não tem chances da pessoa ser Definição dos objetivos e do objeto de análise;
atropelada pelo carro. Analisar as instalações;
Coleta de informações sobre as instalações, e tudo
Muitos riscos são extintos, mas outros, só poderão que envolve o processo da execução daquele
ser controlados através das medidas de controle. serviço;
Subdivisão da instalação em módulos de análise;
Realização da APR preenchendo o documento;
6.1.1. Perigo:
Elaboração das estatísticas dos cenários
Uma ou mais condições físicas ou químicas que identificados por categoria de freqüência e de
podem causar danos às pessoas, à propriedade ou a severidade;
todos juntos. Análise dos resultados, elaboração de
recomendações e preparação do relatório
6.1.2. Risco: As principais informações requeridas para a
realização de uma APR são:

20
Nas instalações:

equipamentos, a descrição dos sistemas de proteção e


segurança e o layout das instalações;

Nos processos:

para se fazer a tarefa com segurança;

Um estudo para fazer a análise preliminar de riscos


deve ter como objetivo principal responder às seguintes
perguntas:
Que pode acontecer errado?
Quais as causas básicas dos eventos não
desejados?
Quais as conseqüências?
Qual a freqüência dos acidentes?
Quais os riscos que são toleráveis?

Na APR deve constar a definição do objetivo do


serviço, especificando:
As informações sobre o serviço a ser executado;
Quais os tipos de equipamentos e ferramentais que
serão utilizados;
As recomendações necessárias para um trabalho
sem acidentes e sem riscos, ou pelo menos com
menor índice d riscos possíveis, já que em alguns
trabalhos é impossível não ter riscos;
As medidas preventivas utilizadas;
Análise dos resultados.

Formulário da Análise Preliminar de Riscos

A Análise de Preliminar de Riscos (APR) permite a


identificação dos riscos envolvidos em cada passo da
tarefa a s executada para que o trabalhador possa fazê-
la sem riscos.

 Caso não seja feita a APR antes da


 execução de um serviço. O trabalhador tem
o direito de exercer seu Direito de Recusa,
que deve ser feito por escrito.

Com a NR 10, tanto o trabalhador, como o patrão,


tem conhecimento do que é devido e do que deve ser
cumprido. Qualquer descumprimento da Norma pode
causar muitos problemas para patrão e empregado, já
que a responsabilidade é solidária! Não se esqueça!

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Anexo.

Análise Preliminar de Risco - APR

Área: Setor: Equipamento:

Serviço a executar:

Nome: Assinatura:

Atividades Riscos Potenciais Medidas Preventivas / Recomendações de Segurança

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