Você está na página 1de 85

BRASIL

AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
BRASIL REPÚBLICA I
A PRIMEIRA REPÚBLICA

@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REPÚBLICA DA ESPADA (1889-1894)
• Período que inclui os governos Deodoro da Fonseca e
Floriano Peixoto. Marcado por grande instabilidade.
• Principais acontecimentos: Política do Encilhamento,
Constituição de 1891 e Revolta da Armada.

REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894-1930)


• Período que vai do governo Prudente de Morais até a
Revolução de 1930.
• Obtém certa estabilidade a partir da chamada política
dos governadores. Marcado pelo coronelismo.

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
TRANSIÇÃO CRISE DA
REPÚBLICA APOGEU DA
PARA A REPÚBLICA
DA ESPADA REPÚBLICA
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
OLIGÁRQUICA
(1889-1894) OLIGÁRQUICA
(1898-1914) (1914-1930)
(1894-1898)

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
CORRENTES REPUBLICANAS

CORRENTES REPUBLICANAS GRUPO SOCIAL CARACTERÍSTICAS

- República Liberal e Federalista


LIBERAIS Grandes Proprietários, especialmente de São - Sem estímulo à participação popular.
Paulo e de Minas Gerais. - Inspirada na República dos EUA.
- Constituição de 1891
- República Autoritária e centralizada
(ditadura positivista).
POSITIVISTAS - Queriam reformas que estimulassem a
Oficiais do Exército. industrialização.
- Inspirada na filosofia positivista de
Auguste Comte.
- “Ordem e progresso”
- República com participação direta do
JACOBINOS Pequenos proprietários, profissionais liberais, povo.
jornalistas, professores e estudantes.

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
LIBERAIS

Bandeira provisória da República Brasileira

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
REPÚBLICA DA
ESPADA (1889-1894)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO PROVISÓRIO DE DEODORO DA FONSECA (1891)
❑ Extinção de instituições imperiais

❑ Banimento da família imperial

❑ a instituição do federalismo

❑ separação entre Igreja e Estado

❑ a criação de símbolos para o novo regime

❑ a promulgação da lei da grande naturalização

❑ Convocação de eleições para a criação da Constituinte.


BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
ENCILHAMENTO

CONDUZIDA PELO MINISTRO RUI BARBOSA

BUSCOU ESTIMULAR A INDUSTRIALIZAÇÃO A


PARTIR DA EMISSÃO DE CRÉDITO E PAPEL-
MOEDA.

EMPRESAS-FANTASMAS FORAM CRIADAS


Caricatura de Pereira Neto representando a política de
PARA TEREM ACESSO AOS RECURSOS.
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA AUMENTOU.
"encilhamento". Revista Ilustrada, n. 609, 1890.

GRAVE CRISE INFLACIONÁRIA. NÃO


IMPULSIONOU A INDUSTRIALIZAÇÃO.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CONSTITUIÇÃO DE 1891
❑ A extinção do Poder Moderador e a manutenção do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário;

❑ Mandato presidencial fixado em quatro anos, bem como dos presidentes dos estados;

❑ Separação entre Igreja Estado, o que instituiu o casamento civil e a certidão de nascimento;

❑ Afirmação do federalismo como sistema político, no qual os estados dispõem de ampla autonomia
diante da União.

❑ Voto universal masculino aos maiores de 21 anos, excetuando analfabetos, mendigos, os praças
(recrutas, soldados, cabos e sargentos) e clérigos submetidos ao voto de obediência. Além disso, o
voto era aberto, ou seja, não-secreto.

❑ Deodoro Fonseca eleito indiretamente presidente da República e Floriano Peixoto vice-presidente.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
DEODORO DA
FONSECA E
ALMIRANTE
WANDEKOLK
SITUACIONISTAS
APOIADOS POR
MILITARES
POSITIVISTAS
CHAPAS
PRESIDENCIAIS
PRUDENTE DE
MORAIS E
FLORIANO
PEIXOTO
OPOSICIONISTAS
APOIADOS POR
PAULISTAS
LIBERAIS
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CONSTITUIÇÕES: 1824 E 1891
CONSTITUIÇÃO DE 1824 CONSTITUIÇÃO DE 1891

PODERES 4 Poderes – Moderador, Executivo, Legislativo e 3 Poderes – Executivo, Legislativo e


Judiciário. Judiciário.

RELAÇÃO ENTRE Estado e Igreja relacionam-se pelo Padroado. Estado Laico: separação entre Igreja e
IGREJA E ESTADO Estado.

ADMINISTRAÇÃO Centralização Federalismo.


(Províncias sem autonomia) (Estados com autonomia)

CIDADANIA Voto censitário Voto aos maiores de 21 anos


(Analfabetos não votam)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo constitucional de Deodoro (1891)
❑ Desentendimento com as elites civis no Parlamento.

❑ Deodoro fechou o Congresso e decretou estado de sítio, tentando


aumentar seus poderes.

❑ Oficiais da Marinha, liderados pelo almirante Custódio de Melo,


ameaçaram bombardear a capital caso Deodoro prosseguisse
com o golpe.
→ PRIMEIRA REVOLTA DA ARMADA (REVOLTA DA ESQUADRA).

❑ Deodoro da Fonseca renunciou à presidência em 23 de novembro


de 1891.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (1891-1894)
❑ Atraiu o apoio de liberais, positivistas e jacobinos.

❑ Restabelecimento do Congresso Nacional;

❑ Suspensão do estado de sítio;

❑ Substituição de governadores que apoiaram o golpe de


Deodoro por florianistas no comando dos estados.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
MEDIDAS ECONÔMICAS
❑ Diminuição do valor dos aluguéis das habitações populares;

❑ Estímulo à construção de moradias populares;

❑ Suspensão do imposto sobre a carne vendida no varejo, o


que diminuiu o valor do produto;

❑ Liberação de uma linha de crédito no Banco do Brasil, a fim


de estimular a industrialização;

❑ Revisão das leis alfandegárias, com o intuito de adotar uma


política protecionista no país.
Na charge de Agostini, Floriano Peixoto é representado como uma
esfinge que zela pela contenção de gastos, mas é incapaz de conter a
corrupção com os recursos públicos.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REAÇÕES AO GOVERNO FLORIANO
❑ Manifesto dos Treze Generais → Em abril de 1892, oficiais (generais e almirantes) lançaram um
manifesto em favor da realização de novas eleições presidenciais, mas foram afastados da ativa.

❑ Segunda Revolta da Armada (1893) → Liderados pelos almirantes Custódio de Melo e Saldanha
da Gama, oficiais da Marinha bombardearam a capital federal e a cidade de Niterói, exigindo a
renúncia de Floriano e a convocação de novas eleições.

❑ Revolução Federalista (1893-1895) → No Rio Grande do Sul, a disputa pelo poder entre o Partido
Republicano Gaúcho, composto por positivistas apelidados de “pica-paus”, e o Partido
Federalista, composto por parlamentaristas apelidados de maragatos, se tornou uma violenta
guerra civil. Os “pica-paus” receberam o apoio do governo Floriano, enquanto os maragatos
buscaram se unir à Revolta da Armada.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)
PICA-PAUS MARAGATOS
Partido Republicano Gaúcho Partido Federalista
Liderado pelo governador Júlio de Castilhos Liderado por Gaspar Silveira Martins

Defensores do positivismo Defensores do retorno do parlamentarismo

Apoiados pelo governo Floriano Peixoto Apoiados pela Revolta da Armada

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REAÇÕES AO GOVERNO FLORIANO
❑ Em 1893, o maragato Gumercindo Saraiva avançou sobre Santa Catarina, onde se uniu à
destacamentos da Segunda Revolta da Armada, liderados por Custódio de Melo. Em seguida,
avançaram até o Paraná, onde tomaram a cidade de Curitiba.

❑ No entanto, o contínuo avanço dos rebeldes foi encerrado por tropas florianistas lideradas por
Gomes Carneiro, em um episódio conhecido como Cerco da Lapa.

❑ Em seguida, reforços paulistas enviados pelo governo contribuíram para forçar os maragatos a
recuarem para o sul. Após a reconquista de Desterro, capital de Santa Catarina, por forças
governistas, a cidade foi rebatizada de Florianópolis.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REAÇÕES AO GOVERNO FLORIANO
❑ No Rio de Janeiro, os últimos destacamentos da
Revolta da Armada foram contidos pela "esquadra de
papelão", apelido pejorativo dado pelos rebeldes aos
efetivos recém-adquiridos por Floriano Peixoto.

❑ A ação enérgica do governo para conter as duas


revoltas fez com que ele ficasse conhecido como o
"Marechal de Ferro".

Tropa legalista demonstra manuseio de


canhão, 1893. Fonte: Rio Memórias.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
PRIMEIRA REVOLTA DA ARMADA (1891) SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA (1893)

Liderada por Custódio de Melo Liderada por Custódio de Melo e Saldanha


da Gama

Contra Deodoro da Fonseca Contra Floriano Peixoto

Quer a deposição de Deodoro da Fonseca Quer que Floriano Peixoto convoque novas
eleições

Deodoro renuncia em novembro de 1891 Floriano Peixoto derrotou os rebeldes.

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
ENCILHAMENTO

GOVERNO CONSTITUIÇÃO
DEODORO DE 1891

REVOLTA DA
ARMADA
REPÚBLICA DA
ESPADA
MANIFESTO
DOS 13
GENERAIS

GOVERNO REVOLTA DA
FLORIANO ARMADA

REVOLUÇÃO
FEDERALISTA

PREMONIÇÃO
AULA 01 – HistóriaESA 2022
– Prof. – Prof.
Marco Marco Túlio
Túlio
VITÓRIA DE PRUDENTE DE MORAIS
❑ Encerramento da República da Espada;

❑ Enfraquecimento dos positivistas e jacobinos;

❑ Início da consolidação dos cafeicultores civis no poder.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
(1894-1930)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894-1930)

TRANSIÇÃO APOGEU DECLÍNIO


(1894-1898) (1898-1914) (1914-1930)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894-1930)
LISTA DE PRESIDENTES PONTOS IMPORTANTES

Prudente de Morais (1894-1898) Guerra de Canudos.

Campos Sales (1898-1902) Funding Loan e Política dos governadores.

Rodrigues Alves (102-1906) Regeneração, Tratado de Petrópolis, Convênio de Taubaté e Revolta da Vacina.

Afonso Pena (1906-1909) -

Nilo Peçanha (1909-1910) -

Hermes da Fonseca (1910-1914) Política das Salvações, Revolta da Chibata, Contestado e Revolta de Juazeiro.

Venceslau Brás (1914-1918) Greve Geral de 1917. Participação simbólica do país na 1ª Guerra Mundial.

Delfim Moreira (1918-1919) -

Epitácio Pessoa (1919-1922) Tenentismo (Revolta dos 18 do Forte)

Artur Bernardes (1922-1926) Tenentismo (Revolta de 1924 e Coluna Prestes)


Washington Luís (1926-1930) Revolução de 1930.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO PRUDENTE DE MORAIS (1894-1898)
❑ Pacificação da Revolução Federalista (1895): concessão de anistia aos maragatos;

❑ Reatamento de relações diplomáticas com Portugal

❑ Tomada de posse da Ilha de Trindade, alguns anos antes tomada pela Inglaterra.

❑ Resolução dos conflitos de fronteira com a Argentina (mediação dos EUA)

❑ Condução da Guerra de Canudos (1896-1897

❑ Decretação de estado de sítio pelo presidente

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DE CANUDOS (1896-1897)
❑ Revolta messiânica, ou seja, conduzida por uma liderança carismática e com
discurso religioso.

❑ Antônio Conselheiro e seus seguidores se instalaram no sertão da Bahia, na antiga


fazenda de Canudos, às margens do rio Vaza-Barris.
- Organizaram o Arraial de Belo Monte
- Modo de vida comunitário
- Conselheiro criticava a laicidade da República.

❑ Belo Monte como alternativa à exploração que a população sofria pelos coronéis.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DE CANUDOS (1896-1897)

Representação do arraial de Belo Monte, erguido na antiga fazenda de Canudos, sertão da Bahia.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DE CANUDOS (1896-1897)
❑ Primeira expedição (novembro de 1896): organizada pelo governo da Bahia, foi
derrotada pelos rebeldes de Canudos. A partir daí, o governo federal se envolveu no
conflito.

❑ Segunda expedição (janeiro de 1897): composta por mais de 500 soldados,


metralhadoras e canhões, foi liderada pelo major Febrônio de Brito. Falhou antes
mesmo de alcançar Belo Monte.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DE CANUDOS (1896-1897)
❑ Terceira expedição (março de 1897): mais de 1.300 partiram do sul do
país sob o comando do coronel Moreira César, que havia sufocado a
Revolução Federalista. Foram derrotados pelos conselheiristas.

❑ Quarta expedição (junho de 1897): 15 mil soldados liderados pelo


próprio ministro da Guerra, o marechal Machado Bittencourt,
marcharam de todas as partes do país até Canudos. O arraial, que
contava com 30 mil moradores à época, foi completamente dizimado.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DE CANUDOS (1896-1897)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo Campos Sales (1898-1902)

MEDIDA
FUNDING LOAN
ECONÔMICA
GOVERNO
CAMPOS SALES
POLÍTICA DOS
MEDIDA POLÍTICA
GOVERNADORES

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
FUNDING LOAN
❑ Para sanar as finanças públicas, o presidente designou como Ministro da Fazenda Joaquim Murtinho.

❑ Concessão de um empréstimo de 10 milhões de libras esterlinas ao Brasil, com o intuito de pagar,


nos próximos três anos, os juros da dívida externa do país;

❑ Estabelecimento de um prazo de dez anos para o pagamento da nova dívida contraída com os bancos
ingleses, após os três anos iniciais.

❑ Penhora de toda a receita da alfândega do Rio de Janeiro, da Estrada de Ferro Central do Brasil e do
serviço de abastecimento de água do Rio de Janeiro. Tratava-se de uma garantia de que os bancos
credores receberiam o valor do empréstimo caso o governo não cumprisse o acordo inicial.

❑ Combater a inflação, com o intuito de estabilizar a economia nacional.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Política dos governadores e o coronelismo
❑ Para não passar pelos mesmos maus bocados que seu antecessor, Campos Sales implantou a
chamada política dos governadores, arranjo feito entre o governo federal e os governos estaduais.

PRESIDENTE DA
REPÚBLICA
Apoio político Recursos
em períodos financeiros e
eleitorais. favores políticos
GOVERNOS
ESTADUAIS

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Política dos governadores e o coronelismo
❑ O governo estadual contava com o apoio dos “coronéis”, forma como eram denominados os
chefes políticos dos municípios.

❑ O coronel se impunha tanto de maneira positiva, concedendo favores e presentes aos seus
trabalhadores, quanto de maneira violenta, através de seus capangas.

❑ População predominante rural.

❑ Usava de toda a sua influência para manipular os votos, a fim de garantir que fossem eleitos
candidatos escolhidos pelos governos federal e estadual.

❑ Em troca, o presidente de estado lhe concedia carta branca para decidir todos os assuntos do
município. → POLÍTICA DE COMPROMISSOS

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Política dos governadores e o coronelismo
PRESIDENTE DA
REPÚBLICA
Apoio político Recursos
em períodos financeiros e
eleitorais. Política dos governadores favores políticos

GOVERNOS
ESTADUAIS
Apoio político Recursos
em períodos Coronelismo financeiros e
eleitorais. favores políticos

CHEFES POLÍTICOS
MUNICIPAIS
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Política dos governadores e o coronelismo
❑ Dizia-se que o coronel mantinha seus eleitores “no
cabresto”, o que torna o sufrágio conhecido neste
período como voto de cabresto.

❑ Como não havia justiça eleitoral para fiscalizar as


eleições, as fraudes ocorriam a todo momento.

❑ Comissão Verificadora dos Poderes (“degola”)

A POLÍTICA DOS GOVERNADORES E O


CORONELISMO PERMITIRAM A
Na charge, o político conduz o eleitor até o local de votação pelo cabresto. CONSOLIDAÇÃO DA ELITE CAFEEIRA NO PODER.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CAFÉ COM LEITE?
SÃO PAULO E MINAS GERAIS PROSPERAM
COM OS LUCROS DO CAFÉ

POR SEREM PÓLOS ECONÔMICOS,


POSSUEM AS MAIORES POPULAÇÕES.

QUANTO MAIOR O NÚMERO DE CIDADÃOS,


MAIS DIREITO À DEPUTADOS E SENADORES
O ESTADO TEM.

POR DOMINAREM A POLÍTICA NACIONAL,


MINAS E SÃO PAULO POSSUEM MAIS
CONDIÇÕES DE LANÇAREM CANDIDATOS.

O DIREITO DAS MINORIAS...


O PEQUENO – Há um lugarzinho para mim nesse time?
OS GRÁUDOS – Tem paciência, mas a equipe está completa com elementos de S. Paulo e Minas.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO RODRIGUES
ALVES (1902-1906)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

REVOLTA DA
“REGENERAÇÃO”
VACINA

GOVERNO
QUESTÃO DO
RODRIGUES
ACRE
ALVES

CONVÊNIO DE
TAUBATÉ

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REGENERAÇÃO
REFORMA PEREIRA
URBANA PASSOS

MODERNIZAÇÃO
LAURO MULLER
DO PORTO

REFORMA
OSWALDO CRUZ
SANITÁRIA

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo Rodrigues Alves (1902-1906)
❑ A política urbana do prefeito Pereira Passos ficou conhecida como “bota-abaixo”.
→ População empobrecida expulsa das áreas centrais.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO RODRIGUES ALVES (1902-1906)
❑ O médico Oswaldo Cruz buscou combater a varíola, a peste bubônica e a febre amarela.
→ Repressão das brigadas sanitárias gerou revolta na população do Rio de Janeiro.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Revolta da Vacina (1904)
❑ Em outubro de 1904, o Congresso aprovou um projeto
que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola.

❑ Panfletos e jornais passaram denunciar a medida como


autoritária, e a insatisfação contra o governo foi
alimentada por monarquistas e florianistas.

❑ Para as camadas baixas da população, o projeto era


uma medida que violava os direitos da população.

❑ Os manifestantes foram duramente reprimidos pelas


autoridades policiais, mas a obrigatoriedade da vacina
foi suspensa. Oswaldo cruz e sua brigada sanitária são
representados perseguindo o povo.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906)
❑ Café continua a ser o eixo econômico do Brasil.

❑ Cafeicultores enfrentavam o problema da superprodução


(oferta > demanda)

❑ Convênio de Taubaté → política de valorização do café.


- Reunião entre os governadores dos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro.
- Governos deveriam comprar parte da produção e evitar
novos plantios.
- “Socialização das perdas”

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
BORRACHA E A QUESTÃO DO ACRE
❑ Entre o final do século XIX e início do século XX o Brasil se destacou
pela exportação da borracha natural, oriunda do látex extraído das
seringueiras da Amazônia.

❑ A extração do látex para a produção da borracha no Norte do país


trouxe rápida prosperidade econômica para a região.

❑ Enquanto a exploração do látex vivia seu auge, seringueiros


começaram a se deslocar para a região do Acre, área reconhecida
pelo governo brasileiro como pertencente à Bolívia.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
QUESTÃO DO ACRE
❑ Após conflitos travados em meio a selva amazônica, o
barão do Rio Branco mediou uma solução diplomática com
o país vizinho, formalizada por meio do Tratado de
Petrópolis (1903).

❑ No acordo, o Brasil comprava o Acre por 2 milhões de


libras, além de se responsabilizar pela construção de uma
estrada de ferro para o escoamento das mercadorias
bolivianas até o porto de Belém do Pará, a Ferrovia
Madeira Marmoré, que beneficiaria ambos os países.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
O GOVERNO HERMES
DA FONSECA (1910-1914)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Espada X Pena: a campanha de 1910
RUI BARBOSA
(CAMPANHA
CIVILISTA)
CAMPANHA
DE 1910 HERMES DA
FONSECA
(CANDIDATO
VITÓRIA
GOVERNISTA)

Fonte: Senado Federal

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)

REVOLUÇÃO
POLÍTICA DAS
CEARENSE
SALVAÇÕES
DE 1914

GOVERNO
REVOLTA DA
HERMES DA
CHIBATA
FONSECA

GUERRA DO
CONTESTADO

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
SALVACIONISMO

❑ Uma vez no poder, deu início à implantação do que ficou conhecido


como “política das salvações”, que consistia em intervir militarmente
nos estados governados por adversários, que eram substituídos por
aliados.

❑ Boa parte da oposição possuía ligações com senador gaúcho Pinheiro


Machado, cuja influência o presidente buscou enfraquecer.

❑ As "salvações" (intervenções) foram realizadas com sucesso nos


estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas, enquanto fracassaram na
Paraíba, Piauí e no Rio Grande do Sul.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLUÇÃO CEARENSE DE 1914
❑ No Ceará, o governo federal afastou a família
Acioli do poder, o que abriu caminho para a
ascensão do coronel Franco Rabelo no comando
do estado.

❑ O deputado Floro Bartolomeu e o padre Cícero


Romão Batista conduziram uma revolta contra o
novo governador, conhecida como Revolução
Cearense de 1914 (ou Sedição de Juazeiro).

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLTA DA CHIBATA (1910)
❑ Em novembro de 1910, marinheiros a bordo dos navios Minas
Gerais e São Paulo tomaram o controle das embarcações para exigir
o fim da aplicação de castigos corporais na Marinha, utilizados
inclusive para a punição de infrações leves.

❑ Também exigiam melhores condições de alojamento e alimentação.

❑ Liderada pelo marinheiro negro João Cândido, os rebeldes


ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso suas reivindicações
não fossem atendidas.

❑ O governo Hermes da Fonseca aceitou negociar com o movimento


e perdoar os envolvidos, desde que entregassem os navios.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLTA DA CHIBATA (1910)
❑ Pouco tempo depois, fuzileiros navais localizados na
ilha das Cobras fizeram um novo movimento que
fazia as mesmas reivindicações, o que levou o
governo a punir todos severamente.

❑ O presidente também decretou o estado de sítio,


além de condenar os rebeldes da Revolta da Chibata
de João Cândido, que nada tinham a ver com o novo
ato e já haviam sido anistiados.

❑ Dos 600 marinheiros presos, poucos sobreviveram


aos maus-tratos.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)
❑ No início do século XX, os estados do Paraná e Santa Catarina disputavam na justiça a posse de
um território situado entre ambos.

❑ Por ser uma área "contestada", ou seja, reivindicada pelos governos, a região ficou conhecida
como Contestado.

❑ O território era habitado por uma população extremamente pobre, composta por sertanejos
que viviam da criação de gado e da extração de erva-mate.

❑ Quando se iniciou a construção de uma ferrovia que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul,
muitos foram expulsos de suas terras para dar lugar à passagem da estada de ferro.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)

ARRUDA, José Jobson A. Atlas histórico básico. 17ª ed. São Paulo: 2008. p. 45.
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)
❑ Com o passar do tempo, os sertanejos se organizaram em comunidades religiosas chamadas de
Monarquia Celeste, conduzidas por líderes messiânicos, estando entre eles o autodenominado
"monge" José Maria.

❑ As pregações de José Maria atraíram multidões de sertanejos, o que representou uma ameaça ao
poder político e econômico dos coronéis.

❑ Diante disso, tropas foram enviadas pelos governos estaduais e federal para a região, o que causou o
massacre de seus habitantes.

❑ A região do Contestado foi a primeira a sofrer o ataque de aviões de bombardeio em nossa história.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Movimentos messiânicos → Compostos por um expressivo
contingente de setores marginalizados
GUERRA DE → foram mobilizados por conselheiros,
CANUDOS monges ou beatos que surgem no
interior,;

REVOLTAS GUERRA DO → manifestam um catolicismo


MESSIÂNICAS CONTESTADO popular, repleto de superstições e
elementos místicos, sendo por isso
chamados de “fanáticos” pelos seus
REVOLTA DE críticos;
JUAZEIRO → eram reações à situação de
desigualdade e exclusão a que se
encontravam submetidos.
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CONFLITO PERÍODO LOCALIZAÇÃO COMPONENTES CARACTERÍSTICAS
▪ Movimento messiânico
▪ Liderado Por Antônio Conselheiro
▪ Alternativa à miséria e ao domínio dos
1896-1897 Arraial de Belo Monte (antiga Fazenda Canudos), coronéis.
GUERRA DE CANUDOS Governo Prudente de Morais às margens do Vaza-Barris, sertão da Bahia. Sertanejos pobres. ▪ Destruído após a quarta expedição militar,
comandada por Artur de Andrada
Guimarães.
▪ Guerra descrita em Os Sertões, de
Euclides da Cunha.
▪ Regeneração: modernização do Rio de
1904 Populares Janeiro, composta por uma reforma
REVOLTA DA VACINA Governo Rodrigues Alves Rio de Janeiro urbana (Pereira Passos) e uma reforma
sanitária (Oswaldo Cruz
▪ Pessoas perderam suas casas e foram
vacinadas de maneira compulsória.
▪ Governo revogou a vacinação obrigatória.
▪ Contra os castigos corporais aplicados na
1910 Marinha.
REVOLTA DA CHIBATA Governo Hermes da Fonseca Rio de Janeiro Marinheiros ▪ Líder: João Cândido (Almirante Negro)
▪ Fim dos castigos corporais, melhores
condições de soldo e de carreira.

- Região dominada pelos coronéis e


produtores de erva-mate.
Sertanejos pobres - Construção da Ferrovia São Paulo-Rio
1912-1916 (desempregados da ferrovia e pessoas Grande do Sul expulsou moradores de
GUERRA DO Governo Hermes da Fonseca Região do Contestado (Paraná e Santa Catarina) expulsas de suas terras). suas terras.
CONTESTADO - Movimento messiânico.
- Monges José Maria e João Maria
- Alternativa à miséria e ao domínio dos
coronéis.
- Derrotado por coronéis e o Exército.

- Reação ao salvacionismo do governo


Hermes da Fonseca.
1914 - Deposição da família Acioli e sua
REVOLTA DE JUAZEIRO Governo Hermes da Fonseca Região do Crato, Ceará Coronéis e sertanejos pobres substituição pelo coronel Franco Rabelo
- Movimento messiânico / reação
coronelista.
- Líderes: padre Cícero e Floro Bartolomeu.
- Fim: retorno dos Acióli ao poder.
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Cangaço
❑ Banditismo social: forma de contestação social encontrada pelas pessoas oprimidas diante da
concentração de terras e das injustiças ocorridas na região.

❑ Desde a segunda metade do século XIX, bandos armados compostos por homens pobres
passaram a praticar assaltos em fazendas, saquearem estabelecimentos comerciais e
sequestrarem homens ricos em troca de resgate.

❑ Como alguns desses foras da lei carregavam seu rifle sobre os ombros, muito similares a canga
de madeira que prendia o pescoço dos bois, esses bandos passaram a ser conhecidos como
cangaceiros.

❑ A maioria das ondas de banditismo do nordeste ocorriam em períodos de grandes secas, com a
maioria dos bandos não ultrapassando mais do que 10 homens.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Cangaço

Grupo do cangaceiro Lampião.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Governo Venceslau Brás (1914-1918)
❑ Hermes da Fonseca foi sucedido pelo seu vice, o mineiro Venceslau Brás, que assumiu o poder em
1914.

❑ Seu mandato coincidiu com a Primeira Guerra Mundial, conflito no qual o Brasil rompeu relações
diplomáticas com a Alemanha, após ter alguns de seus navios afundados por submarinos do país.

❑ O governo chegou a declarar guerra contra os alemães, enviando uma divisão de sete navios de
combate para patrulhar o Atlântico, alguns pilotos e uma equipe de médicos.

❑ Pode-se dizer que foi uma participação pontual, algo bem distinto do que ocorrerá na Segunda Guerra
Mundial.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Greve Geral de 1917
❑ Em 1917, uma greve foi iniciada por trabalhadores de fábricas têxteis dos bairros da Mooca e Ipiranga,
no estado de São Paulo.

❑ Estimulados por lideranças anarquistas, trabalhadores de outros setores também aderiram ao


movimento, reivindicando aumento salarial, a diminuição da jornada de trabalho de 12 para 8 horas, e
a diminuição do custo de vida.

❑ Após dias de paralisação, o governo cedeu a certas reivindicações dos trabalhadores, como o aumento
de 20% do salário, além de prometer que fiscalizaria as condições de trabalho de homens, mulheres e
crianças nas fábricas da cidade de São Paulo.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Greve Geral de 1917
❑ Apesar disso, o movimento grevista foi severamente
combatido pelas autoridades policiais, que
promoveram o fechamento de sindicatos e a prisão de
lideranças.

❑ A repressão se estenderia durante a década de 1920,


o que enfraqueceu as organizações trabalhistas. Como
sugeriria o futuro presidente Washington Luís, “a
questão social era questão de polícia” na República
Velha.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CRISE DA PRIMEIRA
REPÚBLICA (1922-1930)

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Transformações
❑ A década de 1920 é um período de grandes transformações no Brasil. O país continuava o
processo de industrialização promovida pelos lucros do café, que ganham novo impulso
com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

❑ Como o conflito fez com que as economias europeias voltassem sua produção para a
indústria bélica, o Brasil se viu privado de vários produtos exportados do continente.

❑ Com isso, novos ramos na indústria surgem para suprimir a demanda interna por esses
produtos, processo chamado por muitos historiadores de substituição de importações.

❑ O café continuava a ser o eixo das políticas econômicas conduzidas pelo governo federal, o
que não deixou de gerar certos atritos entre a oligarquia cafeeira e a burguesia industrial.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
CAMPANHA
PRESIDENCIAL
DE 1922

NILO PEÇANHA
ARTUR BERNARDES
(Candidato da
(Candidato do governo)
oposição)

APOIADO PELO RIO DE


VITORIOSO APOIADO PELAS JANEIRO, BAHIA, Apoiada
OLIGARQUIAS DE PERNAMBUCO E RIO
MINAS E SÃO GRANDE DO SUL informalmente
PAULO (Reação Republicana) por militares

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
TENENTISMO
TENENTISMO
❑ Exército insatisfeito com o tratamento dado á
REVOLTA DOS 18 DO
FORTE DE instituição e a continuidade do predomínio dos
COPACABANA coronéis no poder.

REVOLUÇÃO DE 1924 ❑ Queriam reformas que dessem fim à República


DE SÃO PAULO Oligárquica:
→ Implementação do voto secreto;
→ Criação de uma justiça eleitoral;
COLUNA PRESTES → Combate ao analfabetismo;
→ Punição dos corruptos;
→ Centralização do poder.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
TENENTISMO
❑ A primeira tentativa de tomarem o poder se deu por meio da Revolta dos 18 do Forte de
Copacabana, em julho de 1922.

❑ Neste episódio, 28 oficiais resistiram às tropas do governo federal, até finalmente saírem em
marcha pela Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.

❑ Dez deles desistiram no meio do caminho, enquanto os outros 18 prosseguiram pela orla,
mesmo recebendo tiros das tropas federais. Ao final, sobreviveram somente dois tenentes:
Siqueira Campos e Eduardo Gomes.

❑ Em 1924, durante o governo Artur Bernardes, foi a vez de São Paulo ser o palco de um novo
levante tenentista, que ficou conhecido como Revolução de 1924. Ele não tinha um ideário
consistente, mas defendia a deposição de Artur Bernardes, o voto secreto, eleições limpas e
punição para os políticos corruptos.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
COLUNA MIGUEL-PRESTES
❑ Muitos militares rebeldes se refugiaram no interior, onde organizaram o terceiro ato do
movimento, juntamente com militares gaúchos: a Coluna Prestes/Miguel Costa.

❑ Entre 1925 e 1927, os rebeldes percorreram o Brasil sob a liderança de Luís Carlos Prestes e
Miguel Costa, defendendo a “moralização da República” – ou seja, uma série de reformas
voltadas para a transformação do país, como a reforma do ensino público e a instituição do voto
secreto.

❑ Nos 25 mil quilômetros percorridos, por vezes foram recebidos com euforia pela população
local, em outras, davam de cara com jagunços de coronéis, enviados para combatê-los.

❑ Em 1927, os membros da coluna se refugiam na Bolívia, fugindo da repressão exercida pelas


tropas do governo federal, forças estaduais e capangas das oligarquias locais.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Revolução Gaúcha (1923)
❑ Conflito armado entre elites locais se irrompeu no Rio Grande do Sul, em 1923.

❑ O estopim para o movimento foi a eleição do político "pica-pau" Borges de Medeiros para
o governo do estado, pela quinta vez consecutiva.

❑ Os "maragatos", grupo de oposição liderado por Assis Brasil, não aceitaram o resultado,
iniciando um levante armado.

❑ O conflito foi encerrado diante da formalização do Pacto de Pedras Altas, por meio do
qual se reconheceu a eleição de Borges de Medeiros, mas que tornava proibida a
reeleição para governador no estado.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
GOVERNO WASHINGTON LUÍS (1926-1930)
❑ Crise de 1929
- Afetou as exportações de café do Brasil

❑ “Lei Celerada”
- Censura da imprensa e restrição do direito à reunião.
- Perseguiu tenentes e os revolucionários do Bloco Operário Camponês (BOC).

❑ BLOCO OPERÁRIO CAMPONÊS (BOC)


→ Crítica e o combate ao caráter elitista da República;
→ Cobrança de impostos somente para os ricos;
→ Construção de casas para o operariado;
→ Ensino primário gratuito e obrigatório para todos;
→ Instituição do voto secreto e obrigatório, incluindo para mulheres;
→ Restabelecimento das relações diplomáticas com a União Soviética.
→ Em 1930, lança como candidato à presidência o operário Minervino de Almeida.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
Eleição de 1930
❑ Com a aproximação da eleição presidencial de 1930, o presidente
Washington Luís, membro das oligarquias cafeeiras de São Paulo,
indicou como seu sucessor o paulista Júlio Prestes.

❑ Isso provocou grande desgaste de sua figura, afinal o presidente do


estado de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, era a
indicação esperada pelos apoiadores de seu governo vindo daquele
estado.

❑ Percebendo a recusa de Washington Luís diante de sua candidatura, o


presidente de Minas aliou-se ao Rio Grande do Sul, o terceiro estado
mais expressivo eleitoralmente.
Cartaz da propaganda presidencial de Júlio Prestes.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
A campanha da Aliança Liberal
❑ Após inúmeras negociações, chegaram ao consenso de que o
candidato seria Getúlio Dornelles Vargas, presidente do estado
gaúcho, tendo como vice João Pessoa, da Paraíba.

❑ A chapa que unia os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e


Paraíba ficou conhecida como Aliança Liberal.

❑ Apoiados pelos ex-tenentes e setores das classes urbanas, a


campanha oposicionista ganhou as ruas, organizando comícios que
reuniam grandes multidões.

Cartaz da Aliança Liberal, defensora do voto


secreto e da anistia aos tenentes.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
ALIANÇA LIBERAL
❑ Propostas da Aliança Liberal:
- Instituir o voto secreto em todo o país;
- Garantir a independência do Poder Judiciário;
- Anistiar os militares envolvidos nos levantes tenentistas;
- Garantia de jornadas de trabalho de 8 horas diárias, férias, salário-mínimo e proteção ao trabalho
feminino e infantil.

❑ Apesar de adotar uma linguagem para conquistar o voto dos cidadãos, a Aliança Liberal não teve
chances diante da continuidade da “política dos governadores” e todas as fraudes que compunham os
processos eleitorais. Júlio Prestes obteve 1091 709 votos, contra 742794 de Getúlio Vargas.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLUÇÃO DE 1930
❑ Em 26 de julho de 1930, o candidato à vice-
presidente da chapa derrotada, João Pessoa, foi
assassinado em Recife, em razão de acontecimentos
políticos do estado e questões de ordem pessoal. O
crime foi utilizado pelos aliancistas para acusar o
governo Washington Luís de envolvimento, criando
um ambiente propício para sua derrubada.

❑ A partir do dia 3 de outubro, as forças


oposicionistas de Minas, Rio Grande do Sul, e
Paraíba, autointituladas “revolucionárias”,
Washington Luís sendo retirado preso do Palácio do promoveram a deposição de Washington Luís da
Catete pelas forças revolucionárias. presidência da República, antes mesmo da posse do
eleito Júlio Prestes.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLUÇÃO DE 1930

Charge representa Getúlio Vargas tomando a cadeira


presidencial do presidente-eleito, Júlio Prestes. Getúlio Vargas, chefe da Revolução de 1930, sendo
saudado por populares. Fonte: Alesp.

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
REVOLUÇÃO DE 1930

JÚLIO PRESTES Apoiado por São VITORIOSO


(CANDIDATO
GOVERNISTA)
Paulo
CAMPANHA
DE 1930 Apoiado por
GETÚLIO VARGAS Minas Gerais, Rio APOIADOS POR
(CANDIDATO DA ALIANÇA
LIBERAL)
Grande do Sul e EX-TENENTES
Paraíba.
▪ Prometeram instituir o voto
secreto.
▪ Defenderam direitos sociais Após a derrota, faz a Revolução de 1930, que
para os trabalhadores. toma o poder e inicia a Era Vargas.
▪ Queriam anistia aos tenentes

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
OBRIGADO E
ATÉ A PRÓXIMA
@profmarco.tulio histpraboidormir

BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio
BRASIL
AULA REPÚBLICA
01 – História I – Marco
– Prof. Prof. Marco
Túlio Túlio

Você também pode gostar