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E CONTEXTO DA
INFRAESTRUTURA URBANA
Leonardo Santos
Diretor Presidente do Instituto de Planejamento e Gestão de
Cidades. Graduado em Enfermagem pela Universidade do
Estado de Minas Gerais e especialista em Planejamento e
Gestão Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Possui habilidade em gestão de serviços de saúde pública
atuando principalmente nos seguintes setores: Planejamento,
avaliação e programação de serviços públicos de saúde e
construção de redes de cuidados integrais à saúde mental.
Atuou como Gestor Público Federal na Diretoria de
Operações da CASEMG (Ministério da Agricultura) na área do
agronegócio e comércio exterior.
MÓDULO I - Divisão do Módulo
Gestão de Cidades e Contexto da Infraestrutura Urbana
AULA 01
1. Introdução
A.C D.C
Períodos da História do Brasil
1500: 1530: 1822: 1889:
Descobrimento do Início da Independência Proclamação Hoje
Brasil Colonização do Brasil da República
Caravela
Período
Pré - Colonial Período Colonial Período Imperial Período Republicano
(1500 - 1530) (1530 - 1822) (1822 - 1889) (1889 - 2016)
A fase foi marcada pela chamada política de “higienismo” – acabar com os cortiços e deixar a
cidade mais “bela” com base em modelos europeus. No Rio de Janeiro, por exemplo, a referência era
a Paris de Haussmann, e o processo deu início ao crescimento da cidade informal, com a ocupação
dos morros pela população mais pobre. Nessa época, ainda não havia uma denominação formal de
“planejamento urbano” ou estruturas formais com esse fim na administração pública – o período foi
marcado pela necessidade de rompimento com o passado colonial e a adesão ao “moderno”.
A urbanização no Brasil
2ª fase | 1930 - 1965 | Planos de conjunto
Os planos passam a olhar para a cidade de forma mais ampla, preocupando-se com diretrizes válidas
para todo o território e não apenas determinadas regiões. Entram aqui os zoneamentos, a legislação sobre
uso e ocupação do solo e a articulação dos bairros com o centro a partir de sistemas de transporte.
Nesta fase, os planos começam a incorporar outros aspectos além dos relacionados ao território, como os
econômicos e sociais. Tornaram-se documentos cada vez mais densos e complexos, tocando em questões
sociais distantes dos interesses da classe dominante, o que passou a dificultar o processo de aprovação.
Nesse momento, entram em jogo as questões metropolitanas e o planejamento não restrito somente aos
limites de um município. O que acontecia, porém, é que muitas vezes acabavam surgindo planos
descolados da realidade, excessivamente técnicos e longos.
A urbanização no Brasil
4ª fase | 1971 - 1992 | Planos sem mapas
Como resposta à fase anterior, aqui os planos passam a abrir mão de diagnósticos técnicos muito extensos
e até mesmo dos mapas que ilustravam as medidas propostas. Apresentam apenas diretrizes e objetivos
gerais, ocultando conflitos de interesses em relação ao espaço urbano. A busca por simplificar o conteúdo
errou a mão, e os planos acabaram reduzidos quase a cartas de intenções.
A urbanização no Brasil
5ª fase | 1992 – 1988/2001 | Constituição de 1988 e Estatuto da Cidade
Com a democratização do país, o processo de planejamento urbano deixa de ser tratado como “neutro”
e passa a ser visto como um processo político e de participação social. A Constituição de 1988 reconhece
os planos diretores como principal instrumento de implementação da política de desenvolvimento e
expansão urbana municipal. E o Estatuto da Cidade, instituído em 2001, estabelece o “direito à cidade
sustentável”, elencando princípios e diretrizes que devem ser adotados nos planos diretores, obrigatórios
para cidades com mais de 20 mil habitantes.
As novas legislações estabelecem uma nova fase na história do planejamento urbano brasileiro, com o
objetivo de construir territórios que promovam ao mesmo tempo justiça social, desenvolvimento
econômico e preservação do meio ambiente. Mas ainda há chão pela frente – e as cidades podem e
devem se valer de seus planos diretores para construírem um ambiente urbano eficiente, inclusivo e
sustentável.
A concepção das cidades
Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outros espaços urbanos através de vários
critérios: população, infraestrutura, organização, serviços, entre outros. Uma cidade caracteriza-se por um
estilo de vida particular dos seus habitantes, pela urbanização e pela concentração de atividades
econômicas. Cada país define os seus próprios critérios para a definição de cidade.
População: Área urbana: Emissão de carbono: População: Área urbana: Emissão de carbono:
5,3 milhões 7.692 km² 6,9 toneladas 5 milhões 648 km² 1,16 toneladas
Fonte: London School of Economics and Political Science, LSE Cities Report, 2014-16, www.lse.ac.uk/lse-cities
Planejamento Urbano: conceito
O planejamento urbano é o processo de idealização, criação e desenvolvimento de soluções que visam
melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de uma determinada área urbana ou do planejamento de
uma nova área urbana em uma determinada região, tendo como objetivo principal proporcionar aos
habitantes uma melhoria na qualidade de vida.
O planejamento urbano, segundo ponto de vista contemporâneo (e, em certa medida, pós moderno),
tanto enquanto disciplina acadêmica quanto como método de atuação no ambiente urbano, lida
basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano. A
interpretação destes processos, assim como o grau de alteração de seu encadeamento, varia de acordo
com a posição a ser tomada no processo de planejamento e principalmente com o poder de atuação do
órgão planejador.
Muito
Obrigado!