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Rendimentos Marginais Decrescentes

Dentro da microeconomia, um dos fenômenos mais estudados é o


comportamento das empresas, principalmente quanto a sua forma de
produção. Existem uma série de princípios e postulados que formam uma teoria
microeconômica geral da produção, um dos mais importante deles é a Lei dos
Rendimentos Marginais Decrescentes.

Apesar de não constituir uma regra universal, já que em algumas vezes é


possível observar justamente o contrário, a Lei dos Rendimentos Marginais
Decrescentes pode ser constada empiricamente em numerosas situações.
Dessa forma, esse princípio ajuda a explicar diversos fenômenos, se tornando
um dos pressupostos econômicos básicos para a teoria da produção.

O que é a Lei dos Rendimentos Decrescentes?


A Lei dos Rendimentos Decrescentes é uma teoria que estuda o acréscimo de
insumo de acordo com o aumento de produção, sendo também conhecida
como lei da produtividade marginal decrescente ou por lei das proporções
variáveis.

Com isso, segundo a lei de rendimentos decrescentes, em uma condição ceteris


paribus, ou seja, quando todos os outros fatores permanecerem constantes, em
um certo ponto, o produto marginal de um fator de produção irá diminuir à
medida que a quantidade utilizada desse fator aumenta.

Como funciona a Lei dos Rendimentos Marginais


Decrescentes
Microeconomicamente, uma produção (Y) é o resultado da combinação de
três fatores de produção: capital (K) e trabalho (L) e tecnologia (A). Todos
esses fatores são complementares – ou seja, precisam ser aplicados ao mesmo
tempo para desenvolver o processo produtivo.

Portanto, a função de produção é dada pela seguinte fórmula:

Y = f(A,K,L)
A longo prazo, todos os fatores de produção podem ser ajustados. Isto é, dentro
de alguns limites, tanto o trabalho, quanto o capital e a tecnologia são
substituíveis. Porém, no curto prazo, apenas os fatores produtivos variáveis
(mão-de-obra e matérias-primas) podem ser alterados. Fatores fixos, como
capital e tecnologia, tendem a permanecerem os mesmos.
Logo, segundo a lei dos rendimentos decrescentes, a produtividade marginal no
curto prazo é decrescente. Logo, uma produção adicional cada vez menor é
gerada à medida que se aumentam um fator variável e se mantem fixos os
restantes.

Em resumo, depois de um certo nível, quanto mais unidades de um insumo são


utilizadas, menos resultado cada unidade desse insumo irá gerar no resultado
final da produção.

Exemplificando a Lei dos Rendimentos


Marginais Decrescentes
Um dos exemplos mais recorrentes para explicar esse princípio é a produção
agrícola. Nesse exemplo, os fatores de produção envolvidos são dois: terra e
número de trabalhadores.

Mantendo a extensão da terra e a produtividade do trabalho como fatores


constantes (ou seja, a plantação é feita sempre no mesmo espaço e com as
mesmas técnicas de plantio), só seria possível aumentar a produção ao
aumentar o número de pessoas trabalhando nela.

Logo, ao acrescentar mais um trabalhador no plantio, a produção total irá


aumentar. Porém, após isso, ao adicionar outro trabalhador, a produção irá
aumentar, mas em um nível menor do que a adição anterior. Como a extensão
da terra é a mesma, o novo trabalhador não vai conseguir gerar a mesma
produção adicional dos trabalhadores anteriores.

Dessa forma, quando toda a extensão da terra já está sendo utilizada, o


acréscimo na produção ao aumentar o número de trabalhadores vai diminuindo
sucessivamente. Por isso, se considera que esse sistema
apresenta rendimentos marginais decrescentes.

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