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Análise de Oscilografias
Novembro/2013
SUMÁRIO
2
1. CONCEITOS QUANTO AO COMPORTAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO
Carga e Frequência
Toda carga que realiza trabalho ou produz calor consome potência ativa
(Watts). Num sistema elétrico, a cada instante ocorre o equilíbrio:
3
indústria operando isoladamente apenas com geração própria), uma variação da carga
pode ser significativa para o equilíbrio carga e frequência – podendo ocorrer problemas
de subfrequência ou sobrefrequência na geração para súbitas variações de carga.
4
como o campo elétrico (capacitância) se relacionam a um mesmo tipo de energia: a
reativa.
Fluxo de Potência
Linhas Rede
Distribuiç ão
Sendo assim, deve-se sempre lembrar que a variação da energia reativa suprida ou
consumida (expressa em potência reativa – kVAr ou MVAr) está estritamente
relacionada à tensão do sistema.
5
Características e funções de componentes do sistema para regulação de
tensão
• Reator Shunt - é uma indutância ligada entre a fase e a terra. Tem, portanto, a
finalidade de absorver potência reativa (regular a tensão no sentido de diminuí-
la).
Sincronismo
Como já mencionado, todos os geradores síncronos do sistema interligado
estão rodando à mesma frequência, atados eletricamente entre si. Diz se que uma
máquina está “sincronizada” ao sistema.
Estabilidade
Todo o sistema, geração e carga, conectados através dos sistemas de
transmissão e distribuição, devem operar em equilíbrio, seja de frequência ou de
6
tensão. Esse equilíbrio deve ser manifestado em níveis de tensão e frequência dentro
de faixas previamente estabelecidas, desde a ponta da geração até o último
consumidor na extremidade oposta. Nessas condições, diz-se que o sistema está
“estável”.
Oscilação de Potência
No desenrolar do processo, alguns blocos de máquinas geradoras passam a
girar com uma velocidade diferente do restante do sistema. Diz-se, nessas condições,
que houve perda de sincronismo. O sistema intermediário, que fica entre dois blocos de
geração com frequências diferentes percebe grandes oscilações de tensão e corrente.
Nesse caso, ocorre uma situação de “oscilação de potência”. Quanto menor a folga
entre a geração disponível e as necessidades da carga, maior a probabilidade de
ocorrer situações com perda de estabilidade.
2.1 INTRODUÇÃO
A presença de perturbação no sistema elétrico pode afetar qualquer
componente deste sistema. Os relés de proteção que desempenham papel vital na
segurança do sistema, também não são imunes a essas perturbações.
7
Modernas tecnologias têm criado uma nova geração de relés digitais, que
são relativamente imunes a essas perturbações eletromagnéticas, presentes no
sistema. Essas modernas tecnologias permitem, também, a utilização de algoritmos de
proteção baseados em princípios completamente diferentes daqueles utilizados no
passado.
TERMINOLOGIA
8
Figura 2.01 – Transitório de chaveamento de banco de capacitores
Subtensão - uma tensão com um valor caindo abaixo da faixa nominal estabelecida
(IEC 151-03-21).
9
Figura 2.03 – Distorção devido à carga não linear (lâmpadas mercúrio, por ex.)
10
2.2 SOBRETENSÃO
V nominal
11
A B
kV B
kV A
km
Surtos de Manobra
12
Tanto no caso de sistemas de alta tensão como no caso de circuitos
auxiliares de controle, todos os chaveamentos ocasionam o aparecimento dos
chamados surtos de manobra. Isto é, toda mudança brusca do estado de um circuito
indutivo ou capacitivo provoca transitórios que em maior ou menor grau afetam o
circuito elétrico chaveado e adjacências.
13
Ic
L
V Vg Vc C
L
Io
V Vg Vc C
Pode ser demonstrado que a componente transitória de oscilação entre os campos que
se sobrepõe à tensão fundamental é aproximadamente igual a:
ua = −U . cos(ω a .t )
Onde U é a fundamental e ua é a parte transitória (oscilação em alta frequência), como
mostrado na figura a seguir, separadamente:
0.5
-0.5
-1
14
Nos terminais do disjuntor aparece então a soma das tensões U e ua, conforme
mostrado na figura a seguir:
ABERTURA DE DISJUNTOR - SURTO DE TENSAO
1.5
1
Por Unidade
0.5
0
Corrente
-0.5 Interrompida
-1
1.5
0.5
0
-0.5
-1
15
Manobra de Banco de Capacitores
Bancos de capacitores eram comumente utilizados para níveis em Baixa e
Média Tensão. Hoje, entretanto, torna-se cada vez mais comum o chaveamento de
bancos de capacitores em Alta Tensão.
LS = Indutância da LS LC
Fonte
VS = Tensão da C
vS
Fonte
C = Capacitância do Banco
LC = Indutância do Banco
L = LS + LC
C
I PICO = 2 .V PRE onde VPRE = Tensão de Antes do Chaveamento
L
1
A frequência da oscilação é: f =
2π L.C
16
Exemplo de Transitório de Energização
17
LS = Indutância da LS LC
Fonte
VA VC
VS = Tensão da C
vS
Fonte
C = Capacitância do Banco
LC = Indutância do Banco
L = LS + LC
VA + VC
VA = VC
VA
VC
Reacendimento do Arco no
Abertura Disjuntor
18
O uso de sincronizadores de fechamento pode ser possível para
determinados tipos de disjuntores. Esses dispositivos procuram fazer com que as fases
fechem sequencialmente no sentido de fechar cada fase na condição mais favorável,
como ilustra a figura a seguir.
Referência: Thomas Grebe, Eletrotek Concepts, Inc. – “Evaluation of Utility Capacitor Switching Transients –
www.pqnet.electroteck.com/pqnet/main/backgrnd/tutorial/utilcap/utilcap.htm
i(t)
V v
j.X = j (ω.L)
| Vm | − Rt
i= .[sen(ω .t + α − θ ) − e L . sen(α − θ )
|Z |
Onde,
| Z |= R 2 + (ω .L) 2 e θ = arctan(ω .L R )
i (t)
t (s)
20
A equação mostra que dependendo do instante do tempo da onda de tensão
em que ocorre o chaveamento, o valor do componente DC pode ser maior ou menor
(até zero, se θ = α, isto é, quando o senóide da tensão está no seu valor máximo).
0.5
-0.5
0 1 2
Ciclos
Instante do Fechamento
de Circuito Indutivo
Tensão
Corrente (- 90 graus)
21
Surto de Descarga Atmosférica
Outra fonte de surtos que podem atingir subestações é a descarga
atmosférica. Uma descarga atmosférica ocorrendo diretamente numa linha de
transmissão ou mesmo nas suas proximidades ocasiona o aparecimento de cargas em
movimento (surtos) que trafegando através dos condutores de energia podem chegar a
subestações. A própria subestação está sujeita a descargas atmosféricas. Ou ainda,
estas cargas descarregadas nos aterramentos das torres de transmissão podem
causar sobretensões transitórias.
A proteção principal numa subestação para surtos que chegam através das
linhas é feita através de pára-raios de potência que são instalados nas entradas das
linhas e dos transformadores de potência. Esses mesmos equipamentos, pára raios,
servem de proteção contra surtos de manobra. Para transformadores são também
utilizados “gaps” (chifres) para descarga à terra.
22
Descarga Atmosférica
pára-raio
23
2.3 CURTO-CIRCUITO
Linhas de transmissão e alimentadores aéreos são os componentes do
Sistema Elétrico mais expostos ao ambiente e às intempéries. Chuva, vento, descargas
atmosféricas, fogo, objetos carregados pelo vento, pássaros, aeronaves estão entre os
eventos que podem afetar a operação de um circuito de distribuição ou linha de
transmissão. Neste caso, a natureza elétrica do fenômeno que se manifesta na linha é
denominada curto-circuito.
Descarga Atmosférica
Dos eventos mencionados, o que com maior frequência pode causar curto-
circuito na linha de transmissão é a descarga atmosférica. A descarga em si provoca
direta ou indiretamente surtos de carga elétrica no cabo pára-raios ou nas fases
condutoras que, por sua vez, causam diferenças de potencial que desencadeiam
aberturas de arco elétrico entre partes energizadas da linha e a terra, culminando em
curto-circuito à frequência industrial. Numa subestação, é muito rara a ocorrência de
curto-circuito em instalações energizadas de potência, devido à descarga atmosférica.
24
proximidades da linha (raio indireto), aparecem sobretensões na linha. Em ambos os
casos as tensões são do tipo impulsivo, aperiódico, como já mostrado.
Nuvem Carregada
LT
25
Nuvem Carregada
LT
Por outro lado, o raio direto na LT tem uma severidade maior, caracterizada
por uma velocidade de crescimento do surto bem maior da ordem de 100 a 1000 kV
por microssegundo. A Linha recebe uma carga muito elevada que cria, em
correspondência, uma tensão muito elevada.
26
Figura 2.24 – Descarga atmosférica direta. Frente de onda íngreme
Figura 2.25 – Descarga atmosférica direta no cabo terra. Frente de onda íngreme
27
1) Descarga (surto)
2) Ionização do ar
Uma Proteção deve, portanto, ser adequada para detectar de modo rápido e
preciso a natureza elétrica da anormalidade. No caso de curtos-circuitos, deve detectar
aqueles entre fases e entre fase(s) e terra.
28
Falhas em Cabos Subterrâneos
Para Linhas Subterrâneas, é possível também que ocorra curto-circuito,
quando há a perfuração ou deterioração da isolação do cabo condutor. Terceiros, com
escavadeiras ou outras máquinas, podem causar perfuração de cabos. Pelo fato de os
cabos serem isolados, ocorrem, em geral, curtos-circuitos do tipo fase-terra.
29
curto-circuito depende do tipo de solo ou do contato do cabo com o solo. Pode ter inicio
com corrente elevada, mas em seguida sofrer redução acentuada, por exemplo, devido
à vitrificação da areia. É um problema a ser tratado com atenção, tendo em vista os
aspectos de segurança envolvidos.
Caso não seja detectado a tempo, o defeito pode evoluir para uma situação
mais grave, com curto-circuito pleno, alcançando maiores danos.
Falhas em Comutadores
Falhas em Conexões
Conexões são pontos fracos em qualquer circuito elétrico. Aspectos
mecânicos estão envolvidos em conjunto, às vezes, com correntes elevadas e com
grande potencial de aquecimento. Eventuais rompimentos e consequentes curtos-
circuitos são possíveis.
30
Tipos de Curto-circuito
A partir das situações expostas, verifica-se a existência de vários tipos de
curto-circuito, envolvendo terra ou não:
• Fase - Terra
• Bifásico - Terra
• Trifásico - Terra (com desequilíbrio)
• Bifásico
• Trifásico
• Evolutivos, de fase-terra para bifásico-terra, de bifásico para bifásico-terra, etc.
31
2.5 SOBRECARGA
Sobrecargas em Equipamentos (Transformadores) e Linhas / Alimentadores
são sempre aceitáveis, até um determinado limite. Esses equipamentos e instalações
são projetados para suportar sobrecargas.
Entretanto, o que deve ficar bastante claro no que diz respeito a sobrecarga
é a consequência da mesma: o AQUECIMENTO. Portanto, fatores importantes
relacionados à sobrecarga e os limites aceitáveis estarão sempre associados à
DURAÇÃO DA SOBRECARGA e a TEMPERATURA no equipamento ou instalação.
32
0
C
T∞
} 63 % de (T∞ -T0)
T0
τ
t=0 t=τ Tempo
33
2.7 SOBREFREQUÊNCIA, SUBFREQUÊNCIA E REJEIÇÃO DE CARGA NO
SISTEMA ELÉTRICO
35
Figura 2.28 – Corrente de Excitação de Transformador em Regime
e = -n(d φ/dt)
B= φ / S weber/
m2
F mag = H.l Ampères-espiras
Imag
imag = Fmag / N Ampères
36
Harmônica Chapas de Ferro Laminado a Chapas de Ferro Laminado a
Quente (%) Frio (%)
Essas correntes surgirão desde que haja caminho físico para as mesmas.
Por exemplo, se não houver conexão triângulo nem estrela aterrada, não haverá
caminho para a 3ª harmônica e seus múltiplos. Não havendo caminho, não aparecerão.
Consequentemente, haverá deformação da densidade de fluxo / tensão.
Se a fase for fechada, teoricamente a corrente está passando por zero, não
há transitório para esta fase, sendo que a forma de onda da corrente de magnetização
segue seu curso normal. Entretanto, se o fechamento da fase é fora deste instante,
ocorrerá deslocamento da corrente no eixo vertical para acomodar a situação. Isto é,
aparece componente dc, como já visto no chaveamento de um circuito RL. E o
deslocamento do eixo da corrente pode levar a saturação do núcleo.
38
Abaixo um exemplo das harmônicas presentes numa corrente de
magnetização transitória de um transformador de potência:
SOBREEXCITAÇÃO
39
As normas ANSI / IEEE C50.13 e C57.12 para geradores e transformadores
estabelecem os seguintes limites para a relação V/Hz em condição de operação
contínua:
Relato de Caso
Relata-se caso de retorno de unidade geradora, com fusíveis secundários de
TP esquecidos abertos, colocando-se AVR em automático. Houve aumento excessivo
de excitação - AVR percebendo tensão zero devido a TP aberto. Com o disjuntor do
grupo aberto, a tensão alcançou 120% e a corrente teve valor superior a 30% do valor
a plena carga (saturação), antes do trip.
DISJUNTOR
ABERTO
TP
aberto TRSA
Partida
AVR
40
Figura 2.34– Oscilograma correspondente
41
2.35 – Modelo matemático de um TC
Onde:
Ip = Corrente primária.
Xm = Reatância de magnetização.
Imag = Corrente de magnetização (em condições normais desprezível).
Rs = Resistência da cablagem secundária
Rc = Resistência da carga ligada no TC (burden).
n = relação de espiras.
Já foi visto que pode haver deslocamento do eixo na corrente primária, que
na sua condição máxima pode ser expresso por:
-t / τ
Ip = Ip (sen ωt + e )
φ = 10 /N1 . ∫ v.dt
8 2 2
e v = ip (Rs / n + Rc / n )
42
8 2
φAC = 10 . (N1/N2 ).(RS +RC). (1/ω).cos ωt
-t / τ
φDC = -10 . (N1/N2 ).(RS+RC).τ.( e
8 2
)
Ip Imag
Is'
43
Ainda sem considerar a saturação, haveria fluxo DC somado ao fluxo AC,
como na figura a seguir:
Fluxo
t
Figura 2.37 – Desenvolvimento do Fluxo no núcleo do TC considerado sem saturação
Imag
44
I prim e I sec
nível de saturação
fluxo real
fluxo em regime
Uma harmônica pode ser definida como sendo uma senóide com frequência
múltipla da frequência fundamental do sistema, no caso 60 Hz.
Série de Fourier
Uma função periódica pode ser expandida numa Série de Fourier, que tem
a seguinte expressão:
45
Onde a0 é o valor médio da função f(t). Ele também é chamado de
componente DC, T é o período (1/f) e n o múltiplo da frequência fundamental f.
46
Os COEFICENTES podem ainda ser escrito em termos de duas integrais
separadas:
Espectro de Harmônicas
47
f1 + f3
1,0
f1 + f3 + f5
p.u. da fundamental
0,8
0,6
0,4 0,333 pu
0
0,2 pu
0,2
1 3 5 7 9 etc.
Ordem da Harmônica
Figura 2.39 – Harmônicas que compõem uma Onda Quadrada. Espectro de frequências
48
A B C A B C
Por outro lado, as harmônicas que não são múltiplas de 3 (não triplas) são
quantidades trifásicas, algumas com sequência de fases positiva e outras com
sequência de fases negativa. A tabela a seguir mostra o mencionado:
49
3. CONDIÇÃO NORMAL DE OPERAÇÃO
Va Vb Vc
Ciclos
1 2 3
500000
250000
-250000
-500000
1 Ciclos 2 3
Va
Ia (- 30o)
30o
50
O mesmo sistema trifásico equilibrado anterior pode ser representado por
fasores (vetores), uma vez que nem sempre é prático o desenho de senóides.
90
135 45
Vc
Ic
Va
180 0
Ib 30 graus
Ia
225 Vb 315
270
51
Na forma fasorial:
52
• Sistema Isolado
Sist. Isolado
Sist. Isolado
53
Também para
circuitos
secundários de
600 V e abaixo.
Aterrado por 25 a 100% para Não Sim. Permite Tipo neutro Geralmente
Reatância reatores de Excessivas Seletividade. aterrado se usado em
baixa reatância corrente tensões
superior a primárias de
(Baixa Reatância) 60% Distribuição e
Acima.
Essencialmente Também para
Solidamente circuitos
Aterrado secundários de
600 V e abaixo.
Aterrado por 5 a 25% para Muito Altas Permite Tipo neutro Não usado
Reatância reatores de alta Seletividade não devido às
(Alta Reatância) reatância. com aterrado excessivas
dificuldade. (tensão de sobretensões
linha) transitórias
Isolado Menor que 1% Muito Altas Não. Tipo neutro Usado apenas
não em ambientes
aterrado restritos, com
(tensão de baixa
linha) possibilidade de
sobretensões
transitórias.
Vb
Vcb
Vba
Vc
Vac
Va
54
As tensões fase-neutro passarão a valer:
Duas das tensões de fase terão um aumento de 73,2%. Por conta disso os
pára-raios para sistemas isolados são especificados para tensão de linha e não para
tensão de fase.
55
interrupção por um curto fase-terra simples é indesejado para se manter a continuidade
do suprimento.
Va Vb Vc
56
5. CURTOS-CIRCUITOS
5.1 TRIFÁSICO
Curto-circuito nos terminais de um gerador síncrono
Icc
Z1g
Curto-circuito Trifásico
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Ciclos em 60 Hz
57
A figura acima corresponde a corrente de curto circuito, considerando que o
mesmo ocorre quando a tensão está passando pelo seu valor de pico, isto é, não há
componente dc.
+30
Corrente - Fase A
+15
kA
+0
-15
-30
+60
Corrente - Fase B
+30
kA
+0
-30
+30
Corrente - Fase C
kA
+0
-30
-60
0 0.4 0.8 1.2 1.6 2
Tempo (s)
58
Curto-circuito trifásico em algum ponto do sistema elétrico
Icca Iccb
Z1a Z1b
Z1sa Z1sb
Icc
CC Trifásico
SE SE
A B
C.2
C.1
CC
Trifásico
Oscilografia R
59
IA RPR1 IB RPR1 IV RPR1 VAN RPR1 VBN RPR1 VVN RPR1
2000
IV RPR1 IB RPR1 IA RPR1
0
-2000
2000
0
-2000
2000
0
-2000
100000
VVN RPR1 VBN RPR1 VAN RPR1
-0
-100000
100000
-0
-100000
100000
-0
-100000
8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60
Cycles
60
5.2 FASE-TERRA
61
I1LT + 30 Graus I1A
Z1LT Z1TR
Z1Sist
I2LT I2A
- 30 Graus
Z2LT Z2TR
Z2Sist
I0LT = 0 I0A
Z0LT
Z0Sist Z0TR
I2B I1C
I2A I1A
I0A
I0B
I2C I0C
I1B
I1C I2B
I0A
I0C I0B
I1A
I2A
I2C I1B
IC = 0 IB = 0 = IA
Sendo assim, há corrente na fase A e não nas duas outras fases. A teoria de
cálculo de curto circuito utilizando circuitos equivalentes mostra que as condições de
62
carga, antes do curto-circuito, devem ser somadas às condições calculadas de curto-
circuito para se obter as correntes das fases.
63
I1LT + 30 Graus I1A
Z1 LT Z1 TR
Z1Sist
I2LT I2A
- 30 Graus
Z2 LT Z2 TR
Z2 Sist
I0LT = 0 I0A
Z0 LT
Z0Sist Z0TR
I1CLT I1ALT
I1C
+ 30 Graus I1A
I1BLT
I1B
No Lado BT
Na LT
(Curto)
I2BLT I2B
I2A
- 30 Graus
I2ALT I2C
I2CLT
Na LT
I1BLT I2ALT
I2CLT
64
Oscilograma Simulado
0
-2000
2000
IB
0
-2000
2000
IC
0
-2000
2000
3I0
0
-2000
VB(kV) VA(kV)
10
0
-10
10
VC(kV)
0
-10
4 8 12
Cycles
Oscilograma Simulado
-1000
1000
0
IB
-1000
1000
0
IC
-1000
1000
3I0
0
-1000
10
VC(kV) VA(kV)
0
-10
10
VB(kV)
0
-10
4 8 12
Cycles
65
Nota-se neste caso que a tensão na fase A, em curto circuito, não cai a zero,
demonstrando que o ponto de curto-circuito não é na saída de linha. Note as correntes
da fase A e de terra (3.I0) em fase, o que reforça o fato de que o curto circuito é do tipo
fase-terra.
SE SE
A B
CC
Fase-Terra
O
Oscilografia
IL1 LINEA 826 IL2 LINEA 826 IL3 LINEA 826 In LINEA 826
66
Exemplo 2 de Oscilograma Real
4 8 12
Cycles
Fase C
SE
B
Fase B
Fase A
SE
A
CC
Fase-Terra
R
67
IA BRPc2 IB BRPc2 IV BRPc2 IN BRPc2 VB BRPc2 VV BRPc2 VA BRPc2
VB BRPc2 IN BRPc2 IV BRPc2 IB BRPc2 IA BRPc2
1000
0
-1000
1000
0
-1000
1000
0
-1000
1000
0
-1000
100000
0
-100000
VV BRPc2 VA BRPc2
100000
0
-100000
32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96
Cycles
IA IB IC 3I0 VA VC VB
1000
0
IA
-1000
2500
0
IB
-2500
1000
0
IC
-1000
2500
0
IR
-2500
250
VA
0
-250
250
VC VB
0
-250
4 8
Cycles
68
Exemplo 5 de Oscilograma Real
IA IB IC 3I0 VA VC VB
2000
IA 0
-2000
2000
0
IB
-2000
2000
0
IC
-2000
2000
3I0
0
-2000
200
VA
0
-200
200
VC VB
0
-200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Cycles
Neste oscilograma quase não se percebe que houve curto circuito. É um caso em
que a corrente de carga é da mesma ordem de grandeza da corrente de curto circuito:
distante. Apenas a existência da corrente de terra (amplificada na escala do software
de análise) demonstra a existência de curto-circuito Fase-Terra.
IA IB IC IR VB VC VA
500
250
IA
0
-250
500
250
IB
0
-250
500
250
IC
0
-250
500
0
IR
100
VB
0
-100
100
VC VA
0
-100
4 8 12
Cycles
69
Exemplo 7 de Oscilograma Real
SE
SE
A
B
CC
Fase-Terra
EXTERNO
R
Oscilografia
-0
-1000
1000
-0
-1000
1000
-0
-1000
1000
-0
-1000
200000
0
-200000
Ub Atr Uc Atr
200000
0
-200000
4 8 12
Cycles
70
Fonte Transmissão Transformador em derivação
Energizado em vazio.
Percebe-se, também, que este oscilograma foi adquirido com uma taxa de
amostragem um pouco maior que os anteriores, registrando-se algum transitório.
IA IB IC 3I0 VA VB VC
500
0
IA
-500
500
0
IB
-500
500
0
IC
-500
100
3I0
0
-100
50
VA
0
-50
50
VB VC
0
-50
4 8 12
Cycles
71
Uso de componentes sequenciais para análise
Para cada um dos oscilogramas acima, pode-se utilizar o software de
análise para observar as componentes simétricas (I1, I2 e I0). Nunca estão exatamente
como na teoria, pois há influência da carga. Entretanto, fornecem boa indicação do tipo
de curto circuito, caso a análise da forma de onda não for conclusiva.
5.3 BIFÁSICO
Haverá corrente em DUAS fase do lado estrela aterrado e corrente nas três
fases do lado da linha, fora do triângulo, sendo que em uma delas a corrente é o dobro
72
das outras duas. A compensação de ampères espiras (princípio de funcionamento do
transformador) explica este fato.
I1C I2C
I1A I2A
I1B I2B
IC
I1A I2A
I1B I2B
I1C I2C
IA = 0
IB
73
Tensões
LADO BT
V1A V2A
V2B V1B
V1A
VA VB
V2A
V1C V2C
VC
74
Deve-se atentar para o fato de que isso ocorre apenas no ponto em curto-
circuito. Quanto mais afastado o ponto de registro oscilográfico, começam a aparecer
diferenças de potencial entre as fases B e C e variação de ângulo nas três fases.
LADO AT LADO BT
I1C
I1C I1A + 30 GRAUS
I1A
I1B
I1B
- 30 GRAUS I2C
I2A I2C I2A
I2B
I2B
I1A
I1C I2C I2A
IC IA
I1B
IB
I2B
75
Comprova-se que há corrente iguais em duas fases e o dobro dessas na
outra fase.
Oscilograma Simulado
-2500
2500
0
IB
-2500
2500
0
IC
-2500
10
VC(kV) VB(kV) VA(kV)
0
-10
10
0
-10
10
0
-10
4 8 12
Cycles
-1000
1000
0
IB
-1000
1000
0
IC
-1000
10
VC(kV) VB(kV) VA(kV)
0
-10
10
0
-10
10
0
-10
4 8 12
Cycles
76
Oscilograma Real – Exemplo 1
IA IB IC 3I0 VA VC VB
5000
0
IA
-5000
5000
0
IB
-5000
5000
0
IC
-5000
2000
3I0
1000
-0
25
VA
0
-25
25
VC VB
0
-25
4 8 12
Cycles
0
-10
10
0
-10
10
0
-10
200
UCN-E1 UBN-E1 UAN-E1
-0
-200
200
-0
-200
200
-0
-200
4 8 12
Cycles
77
Trata-se, também, de um curto-circuito bifásico em linha de transmissão 230
kV. Nota-se que houve atuação muito rápida da proteção, com abertura do disjuntor
local em cerca de 2,5 ciclos. O disjuntor da outra extremidade da linha desligou em
cerca de 5,5 ciclos.
5.4 BIFÁSICO-TERRA
Haverá corrente em DUAS fase do lado estrela aterrado e corrente nas três
fases do lado da linha, fora do triângulo, como será mostrado na análise de
componentes simétricos.
78
I1A I2A I0A
I1LT + 30 I2LT - 30 I0LT = 0
Graus Graus
I1C
I2C
I1A I2A I0A
I0B
I0C
I2B
I1B
I0C
Tensões
79
I1A I2A I0A
I1LT + 30 I2LT - 30 I0LT = 0
Graus Graus
LADO BT
V2A V0A V0B V0C
V1A
V1A VB = 0 VC = 0
V0A
Deve-se atentar para o fato de que isso ocorre apenas no ponto em curto-
circuito. Quanto mais afastado o ponto de registro oscilográfico, começam a aparecer
diferenças de potencial e variação de ângulo nas três fases.
80
I1A I2A I0A
I1LT + 30 I2LT - 30 I0LT = 0
Graus Graus
LADO AT LADO BT
I0A
I0B
I0C
I1C
+ 30 GRAUS I1A
I1C I1A
I1B
I1B
I2C
- 30 GRAUS I2A
I2A I2C
I2B
I2B
IC IA
IB I1B
Oscilograma Simulado
IA IB IC 3I0 VA(kV) VC(kV) VB(kV)
10000
0
IA
-10000
10000
0
IB
-10000
10000
0
IC
-10000
2500
3I0
0
-2500
10
VA(kV)
0
-10
10
0
-10
4 8 12
Cycles
81
Observa-se tensão fase-neutro igual a zero nas fases em curto-circuito (B e
C). Observa-se IA = 0. Há defasamento entre IB e IC menor que 180 graus e maior que
120 graus.
-2500
2500
0
IB
-2500
2500
0
IC
-2500
1000
3I0
0
-1000
10
VA(kV)
0
-10
VC(kV) VB(kV)
10
0
-10
4 8 12
Cycles
IA IB IC IR VB VC VA
2000
IA
0
2000
IB
0
2000
IC
1000
IR
0
-1000
100
VB
0
-100
100
VC VA
0
-100
4 8 12
Cycles
82
Trata-se de um curto-circuito bifásico terra bem próximo ao ponto de
medição, entre as fases A e C de uma linha de 230 kV. Na prática, observa-se a
influência do componente dc na fase A. Verifica-se, também, que o ângulo entre as
correntes A e C está em torno de 120 graus.
83
6. FASE ABERTA
Vamos supor que ocorra uma fase aberta num disjuntor de linha de
transmissão, conforme o diagrama a seguir.
Disjuntor A Disjuntor B
normal com 1 fase
aberta
ZL
A B
ZX ZY
84
I1LT
Z1L
Z1X Z1Y
I2LT
Z2L
Z2X Z2Y
I0LT = 0
Z0L
Z0X Z0Y
- I2LT
I1LT
Z1L
Z1X Z1Y
- I0LT
Uma boa prática é impor uma corrente de sequência positiva (I1L) de 1 p.u. e
calcular quanto seriam as correntes de sequência negativa e zero (I2L e I0L) através do
circuito equivalente, mostrado acima. Conhecendo-se as impedâncias de sequência
negativa e zero do sistema, o cálculo seria um simples divisor de corrente.
85
Observa-se que tanto os relés que detectam corrente de terra como os que
detectam sequência negativa podem servir para detectar a fase aberta.
Oscilograma Simulado
I1LT
Z1L
Z1 X Z1Y
I2LT
Z2L
Z2X Z2Y
I0LT = 0
Z0L
Z0X
- I2LT
I1LT
Z1L
Z1X
I0 = 0 Z1Y
86
IA IB IC IN I2Mag VC(kV) VB(kV) VA(kV)
250
0
IA
-250
250
0
IB
-250
250
0
IC
-250
250
0
IN
-250
200
I2Mag
100
0
10
0
-10
4 8 12
Cycles
I0LT I2LT
I1LT
Z1L Z0 Z2
Z1X Equivalente Equivalente Z1Y
Ou seja, I1 = I2 = I0.
87
7. OSCILAÇÃO DE POTÊNCIA
Oscilograma real
IA IB IC VA VB VC
2000
0
IA
-2000
2000
0
IB
-2000
2000
0
IC
-2000
250
-0
VA
-250
250
-0
VB
-250
250
-0
VC
-250
4 8 12 16 20 24
IA IB IC 3I0 VC VB VA 3V0
2000
IA IB IC
0
-2000
1000
3I0
500
0
250
VC VB VA
0
-250
250
0
3V0
-250
-500
Digitals
ZCA 2 4 4 2
ZBC 2 4 4 2
ZAB 2 4 4 2
0 4 8 12
Cycles
88
8. MAGNETIZAÇÃO TRANSITÓRIA DE TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
2500
2000
1500
1000
Ia, Ib, Ic (A)
500
-500
-1000
-1500
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
1.5
1
Tensão fase A em p.u.
0.5
-0.5
-1
-1.5
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Tempo (s)
89
Fluxos Nos Núcleos - Magnetização Transitória
2.5
1.5
Fluxo em p.u.
0.5
-0.5
-1
-1.5
-2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
-500
500
0
IB
-500
500
0
IC
-500
0
3I0
-50
-100
IAMag IBMag ICMag
750
500
250
0
VC VB VA
50
0
-50
4 8 12
Cycles
90
Oscilograma real – Exemplo 2
-500
500
0
IB
-500
500
0
IC
-500
500
250
3I0
0
IBMag IAMag ICMag
1000
500
0
VB VC VA
100
0
-100
4 8 12
Cycles
Neste oscilograma observa-se arredondamento ainda maior.
9. SATURAÇÃO DE TC
4
2
Iprim / 400 A
-2
-4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Satura com 10 p.u.)
1
P.U. de Fluxo (TC
0.8
0.4
-0.4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
91
Resposta de TC com saturação devido a componente dc (simulado)
6
Iprim / 400 A
-2
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
15
P.U. de Fluxo no TC
10
-5
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
Oscilograma simulado
400
Azul: Iprim / 400
200
-200
-400
0 0.05 0.1 0.15 0.2
20
Fluxo no Núcleo em p.u.
10
-10
-20
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
92
Todos conhecem os perigos de um TC aberto. Verifica-se saturação de
núcleo e tensão elevada no secundário aberto.
20000
0
20000
0
20000
0
20000
10000
0
15000
10000
5000
0
15000
10000
5000
0
4 8
Cycles
93
Exemplo de Recovery Voltage e Reacendimento de Arco no Disjuntor
94
Pode-se observar ainda a presença de componentes harmônicas. A figura a
seguir apresenta uma análise das harmônicas da fase C da corrente.
95
13. SATURAÇÃO DE TC AO ENERGIZAR TRANSFORMADOR
96
14. FALHA DO CONTATO AUXILIAR DO DISJUNTOR
No projeto do circuito de comando de abertura do disjuntor emprega-se
usualmente o contato auxiliar do próprio disjuntor (52A) com o objetivo de que este, ao
abrir, interrompa a corrente que alimenta a bobina e consequentemente proteja o
contato de trip do relé que abrirá na sequência e sem carga. A figura a seguir ilustra o
circuito de abertura e fechamento do disjuntor.
97
15. CURTO-CIRCUITO NOS TERMINAIS DO GERADOR
Após a atuação da proteção, a corrente proveniente do gerador não acaba
instantaneamente - mesmo com a abertura do disjuntor do campo - devido à energia
que é armazenada no rotor.
98
As correntes mostradas são as correntes medidas pelo relé e compensadas
pelos TAPs, ou seja, estão em PU. A variável digital que representa a atuação da
função diferencial é a 87R.
99
Observa-se que não houve uma compensação entre as correntes de
sequência zero da alta (IW10) e baixa (IW20). Isso ocorreu porque a corrente de
sequência zero induzida no terciário (enrolamento em delta) não foi medida pelo relé.
100
17. AFUNDAMENTO DA TENSÃO VCC
Alguns modelos de relés de proteção conseguem gravar nas oscilografias a
tensão contínua que o alimenta. Observa-se abaixo o afundamento da tensão Vcc
(Vdc) durante o acionamento da bobina de abertura do disjuntor.
101