Você está na página 1de 111

gestão

cultural
E MOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS
MANUAL PRÁTICO DE
ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Daniel Bender Ludwig


© Daniel Bender Ludwig, 2023
Todos os direitos desta edição reservados.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

sumário
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ludwig, Daniel Bender Prefácio, 8


Gestão cultural e mobilização de recursos
[livro eletrônico] : manual prático
de projetos / Daniel Bender Ludwig.
de elaboração
-- 1. ed. --
Apresentação, 15
Capítulo 1: Atores Fundamentais, 19
Porto Alegre, RS : Angela D'Ornelas Ponsi, 2023.
PDF

Bibliografia. Capítulo 2: Lei 8.313,


ISBN 978-65-00-63923-0

1. Captação de recursos 2. Cultura - Estudo e


Capítulo 3: Elaboração de Projetos, 53
Capítulo 4: Responsabilidade Social, 105
ensino 3. Cultura - Financiamento 4. Cultura -
Políticas públicas 5. Educação profissional
6. Gerenciamento de projetos 7. Gestão cultura
8. Prestação de contas - Brasil I. Título. Capítulo 5: Orçamento, 119
23-147470 CDD-306.47
Capítulo 6: Captação de Recursos, 141
Índices para catálogo sistemático:

1. Gestão de projetos culturais : Sociologia 306.47


Capítulo 7: Prestação de Contas, 159
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129 Capítulo 8: Anexos - IN 01/2023, 171

Projeto Gráfico, Diagramação e Capa:


Angela D. Ponsi
Ilustrações de capa e entrada de capítulos:
Imagens e recursos do Freepik.com
Revisão:
Maria Rita Quintella

REALIZAÇÃO:

MINISTÉRIO DA
CULTURA
Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela
pressupõe, a sociedade, por mais perfeita
que seja, não passa de uma selva. É por isso
que toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.

Albert Camus
A expansão da produção cultural fez com que as atividades artísticas se
tornassem mais constantes e organizadas, impactando no desenvolvi-
mento da economia da cultura, refletindo também nos diversos setores.

Economistas especializados constatam que os projetos culturais trazem


“externalidades positivas”, entre elas impactos sociais e econômicos,

prefácio
uma vez que a cultura tem grande potencial de gerar lucro, emprego e
renda, com “efeito multiplicador na economia”. O IBGE apontou mais de
cinco milhões de trabalhadores ocupados na área da cultura no ano de
2018.

As leis de fomento e incentivo à cultura foram criadas para estimular o


desenvolvimento do mercado cultural, qualificando produção, difusão,
distribuição dos bens culturais e a profissionalização do setor. Estudo re-
alizado pela Fundação Getúlio Vargas mediu os impactos econômicos da
Lei Rouanet, concluindo que as atividades culturais trazem retorno supe-
rior ao montante que o Estado investe nelas. Os números evidenciaram
que para cada 1 real investido houve um retorno de R$ 1,59 ao país.

As expectativas promissoras dos últimos anos foram fortemente afe-


tadas pela pandemia. Contudo, relatório produzido pelo Observatório
do Itaú Cultural ressaltou o relevante papel da cultura na atividade eco-
nômica brasileira, mesmo em tempos de crise. Análise recente aponta
crescimento de 27% no número de trabalhadores da cultura entre 2020
e 2022.

Nas últimas três décadas o crescimento do setor cultural mostrou resul-


tados positivos, tanto econômicos quanto sociais. O desenvolvimento da
produção cultural brasileira e a ampliação da fruição artística foram efe-
tivamente influenciados pelos recursos aportados pelas leis de incentivo
de todas as esferas públicas. A cultura passou a ocupar maior espaço na
economia brasileira através do incentivo fiscal e dos editais.

Daniel Bender e eu, apaixonados pela cultura e pela arte, com longa tra-
jetória na produção cultural, fazemos questão de ressaltar os aspectos
positivos dessa atividade profissional. Esta obra apresenta um conteúdo
rico e oportuno – dividido entre teoria e prática. Não tenho dúvidas de
que foi preparada com dedicação e carinho para contribuir na jornada
dos interessados pela atividade cultural.

Adriana Donato
Especialista em Leis de Incentivo à Cultura
O presente livro de Daniel Bender nos chega como
um necessário guia para os produtores culturais, em
especial aos que procuram se iniciar profissionalmen-
te nessa atividade de formatação de projetos culturais
com vistas à inscrição na Lei Federal n.º 8.313/1991, a
chamada Lei Rouanet.
Bender vem atuando no setor há muitos anos, já
tendo sido, inclusive, coordenador da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, criada em
1991 e gerida pela Secretaria Estadual da Cultura do
Estado. Sua atividade principal tem sido de forma in-
dependente, como produtor cultural, consultor e ana-
lista de projetos culturais em vários estados, para go-
vernos, instituições, empresas públicas e privadas e
profissionais das artes e da cultura.
Com tal expertise e experiência, Bender tem mi-
nistrado cursos a produtores, artistas e interessados,
tendo eu mesmo feito um desses cursos, em uma
instituição cultural privada em Porto Alegre. Os cur-
sos são importantes, presenciais e a distância. Assim,
este manual surge também como ferramenta didáti-
10 11

ca. Em especial, um curso que atende a uma neces- O trabalho que vem realizando Daniel Bender
sidade do interessado, pois pode-se trabalhar com agora tem mais este aporte, com o presente livro, tam-
casos específicos, ficando mais fácil se tirarem dú- bém propiciado sob a Lei Rouanet. Que a comunidade
vidas, mas, principalmente, atualizar-se com os mais cultural usufrua dessa experiência! Que voltemos aos
recentes procedimentos. bons tempos do incentivo à cultura no Brasil!

A Lei Rouanet é uma ferramenta da maior im-


portância para o desenvolvimento cultural brasileiro, José Francisco Alves
podendo ser utilizada em todo o território nacional; Membro do Conselho Estadual de Cultura do RS,
portanto, sob as mesmas regras. Trata-se de uma le- nos períodos 1993-2001 e 2020-2022
gislação já duradoura e que deve, inclusive, ser revi-
talizada nos próximos anos, voltando, assim, a am-
pliar a sua demanda. A referida lei foi aprovada em
1991 como uma correção de rumos da legislação-mãe
de todas as leis de incentivo à cultura no Brasil, a Lei
Sarney (1985).

As leis de incentivo à cultura, sob modelos simila-


res em todo o país, são ferramentas importantes. Não
são, e não devem ser, a política cultural estatal princi-
pal, mas uma ferramenta importantíssima da socieda-
de, um estímulo para as empresas participarem com
recursos incentivados em projetos de arte e cultura,
com a menor ingerência possível de diretrizes gover-
namentais, com autonomia aos agentes culturais
diversos, os quais são, ao final das contas, os faze-
dores de cultura, profissionais que necessitam do
apoio para a produção de bens simbólicos e ações
em patrimônio artístico e cultural nacionais.
apresentação
13
12
14 15

Gestão cultural e mobilização de recursos visa ao


aprimoramento e à capacitação da área cultural, volta-
do aos profissionais atuantes (público e privado). Com
técnicas de gestão, abordamos todos os mecanismos,
desde o seu planejamento, apresentação dos proje-
tos, captação de recursos até à prestação de contas.
O aperfeiçoamento profissional dos gestores cul-
turais é imprescindível para a realização de uma admi-
nistração criativa e eficiente.
Você está recebendo uma ferramenta com con-
teúdo que servirá como instrumento de apoio na ges-
tão e no desenvolvimento de projetos.
Desejamos a cada leitor que este livro venha a
somar no seu desenvolvimento pessoal e profissional,
agregando valores para a realização de seus projetos.

Boa leitura!
Daniel Bender Ludwig
16 17
18 19

Atores
Funda-
mentais
capítulo
20 21

Nos últimos 40 anos, as profissões da área cultural


mudaram muito.

Falar de gestão cultural implica falar de


dois atores fundamentais: o gestor e o pro-
dutor cultural.

Com a expansão dos projetos, dos espaços, dos


tipos de equipamentos e das instituições alterou-se
significativamente o modo de atuação dos produto-
res culturais.

Essas mudanças demandaram maior profissiona-


lização de quem trabalha com arte e cultura – tanto no
setor público quanto no privado.

O gestor cultural lida com políticas institucionais,


não se restringindo a uma determinada política cultural,
mas compreendendo suas diversas áreas e ferramentas.

Logo, o gestor cultural é responsável pela estrutura


e pela alocação de recursos humanos, financeiros, tec-
nológicos...

Para tanto, ele tem de ser criativo e ter capacidade


de inovar.
22 23

Gestor Cultural Produtor Cultural


Gestor cultural é o profissional que administra gru- O produtor cultural está relacionado ao lado mais
pos e instituições culturais, intermediando as relações executivo, mais cotidiano de um projeto cultural, crian-
dos artistas e dos demais profissionais da área com o do e administrando diretamente eventos e projetos cul-
poder público, as empresas patrocinadoras, os espaços turais, intermediando as relações dos artistas e demais
culturais e o público consumidor de cultura, ou que de- profissionais da área com o poder público, as empresas
senvolve e administra atividades voltadas para a cultura patrocinadoras, os espaços culturais e o público consu-
em empresas privadas, órgãos públicos, organizações midor de cultura.
não governamentais e espaços culturais (Avelar, 2008).

Ao produtor cultural cabe:


Consequentemente, a gestão de projetos e
políticas culturais exige cada vez mais:
- operacionalizar políticas e projetos;
- concretizar as ideias expressas em um pla-
- articular os diferentes atores do campo cul- nejamento;
tural;
- cumprir as metas estabelecidas em um cro-
- vincular as ações das políticas culturais; nograma.
- ligar os projetos desvinculados da política
ou da instituição;
- promover a interlocução com outros ges-
O produtor cultural pode ser um especialista em
tores;
determinados assuntos de cultura e deverá produzir
- relacionar-se com artistas, mídia e público aquilo que é do seu domínio, ou seja, ser um produtor
de diferentes manifestações culturais. de música, de espetáculos da área audiovisual.
24 25

Apesar das diferenças, o gestor e o produtor


devem ser profissionais capazes de:

- elaborar projetos;
- captar recursos;
- dominar o uso das leis de incentivo à cul-
tura;
- estar atento a questões legais e jurídicas –

Lei 8.313
tais como o direito autoral;
- estar atento às características e às ferra-
mentas de marketing, bem como às novas
formas de divulgação;
- conhecer as limitações da burocracia;
- conhecer os fundamentos do planejamen-
to, do orçamento e ter noções de contabili-
dade;
- dinamizar os fazeres culturais;
- conjugar os fazeres culturais com os diver-
capítulo

2
sos interesses em jogo;
- potencializar os fazeres culturais como fa-
tores de desenvolvimento da cadeia produ-
tiva do segmento.
26 27

Ministério, secretarias,
instituições culturais
vinculadas e CNIC
A Lei 8.313, lei federal de incentivo à cultura, foi
promulgada em 1991 pelo governo federal e instituiu o
Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). A lei,
desde sua criação, é conhecida como “Lei Rouanet”, por
conta de seu mentor, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet,
à época secretário de Cultura da Presidência da Repú-
blica. Criada com o objetivo de incentivar o desenvolvi-
mento das atividades culturais no Brasil e até hoje em vi-
gor, ainda é o principal mecanismo de financiamento da
cultura brasileira. Durante esses anos, a lei passou por
diversas modificações, sempre visando acompanhar as
demandas da sociedade, a evolução das linguagens ar-
tísticas, bem como o aparecimento de novas platafor-
mas digitais e ferramentas de gestão.
A lei federal de incentivo à cultura é gerida pelo ór-
gão do governo federal que trata de ações em prol do
desenvolvimento do setor cultural brasileiro, como um
segmento produtivo da economia, um direito do cida-
dão para ter acesso a atividades artísticas e culturais ou
símbolo que nos identifica como povo brasileiro. Hoje,
esse órgão é o Ministério da Cultura. A gestão da lei é
28 29

realizada pela Secretaria de Fomento e Incentivo à Cul-


tura (SEFIC), instituição dedicada quase que exclusiva-
mente à gestão dos três mecanismos de financiamento
Resumindo, podemos definir o Incenti-
criados pela lei: o Incentivo a Projetos Culturais, o Fundo
vo a Projetos Culturais como uma renúncia
Nacional da Cultura (FNC) e os fundos de Investimento
fiscal oferecida pelo governo federal, que
Cultural e Artístico (FICART), este último nunca imple-
possibilita a pessoas físicas e jurídicas inves-
mentado.
tirem uma parte do seu Imposto de Renda
Nesta capacitação, vamos tratar, ape- devido diretamente em projetos culturais
nas, do Incentivo a Projetos Culturais, um previamente aprovados pelo Ministério da
dos mecanismos do PRONAC, aquele que Cultura. Ou seja, em vez de pagar todo o Im-
é mais utilizado pela sociedade e até con- posto de Renda ao governo, o contribuinte
fundido com a própria Lei Rouanet. É o me- pode optar por destinar uma pequena parte
canismo mais conhecido, principalmente diretamente a uma ação cultural, à sua es-
por conta de seu alcance e da facilidade de colha.
operação.
30 31

Doação e Patrocínio Resumindo, a DOAÇÃO é um investimento


sem finalidade promocional do investidor, que
aporta os recursos incentivados, mas não soli-
Os investimentos na lei estão classificados em cita contrapartidas ao proponente do projeto.
duas categorias: DOAÇÃO e PATROCÍNIO. O Decreto Já o PATROCÍNIO é o aporte de recursos incen-
5.761/2006, que regulamentou a lei, em seu artigo 4º, tivados que se caracteriza por um interesse
assim define essas categorias: promocional, ou seja, o investidor utiliza as
contrapartidas permitidas pela lei para a pro-
moção de sua marca ou atividade.

DOAÇÃO: Transferência definitiva e ir-


reversível de numerário ou bens em favor
de proponente, pessoa física ou jurídica sem
fins lucrativos, cujo programa, projeto ou
ação cultural tenha sido aprovado pelo Mi-
nistério da Cultura.

PATROCÍNIO: Transferência definiti-


va e irreversível de numerário ou serviços
com finalidade promocional, a cobertura
de gastos ou a utilização de bens móveis ou
imóveis do patrocinador, sem a transferên-
cia de domínio, para a realização de progra-
ma, projeto ou ação cultural que tenha sido
aprovado pelo Ministério do Turismo.
32 33

Todos os projetos que desejam receber esses be- tes do governo e da sociedade civil. A CNIC tem a res-
nefícios fiscais devem ser propostos ao governo por ponsabilidade de homologar ou corrigir, se for o caso,
produtores culturais dentro das normas de regulamen- todas as análises anteriores, recomendando ou não a
tação. Esses projetos são analisados em várias etapas, aprovação final do projeto.
quando são considerados adequados em seu conteúdo A análise de um projeto deve ser feita de forma
em consonância com a proposta, com a apresentação objetiva, sob critérios claros. A legislação (lei e decre-
dos documentos obrigatórios, a regularidade fiscal do to) determina que os projetos não podem ser objeto
proponente, a capacidade e a experiência dos profissio- de apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico
nais envolvidos, o cumprimento das contrapartidas so- ou cultural.
ciais necessárias e a consistência do orçamento propos-
to em seus limites obedecidos.

Para analisar as propostas, a SEFIC conta com


especialistas nas diversas linguagens que dão parece-
res sobre a consistência e a viabilidade das propostas
apresentadas. Além desses especialistas, a SEFIC con-
ta com as demais secretarias parceiras e com as insti-
tuições culturais vinculadas ao Ministério da Cultura,
dentre elas a Fundação Nacional das Artes (FUNARTE),
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
nal (IPHAN), o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e
a Biblioteca Nacional, entre outras.
Por fim, os projetos devem ser apreciados pela
Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), ór-
gão colegiado criado pela lei, formado por componen-
34 35

Lei 8.313/1991 Lei e instrumentos


O artigo 22 da Lei 8313/91 defende que os proje- infralegais
tos enquadrados nos objetivos deste dispositivo não
É fundamental a quem apresentar um projeto cul-
poderão ser objeto de apreciação subjetiva quanto ao
tural o conhecimento de toda a legislação que rege o
seu valor artístico ou cultural.
PRONAC, pois o proponente é o único responsável civil
pela utilização dos recursos destinados ao projeto. Além

Decreto da questão legal implicada, esse conhecimento garanti-


rá uma boa execução da ação proposta, com base nas

11.453/2023, art. 49 normas vigentes, bem como, por consequência, permiti-


rá a apresentação de uma prestação de contas clara que
comprove o fiel uso desses recursos públicos. Todos os
Conforme o § 3º do art. 49º. do Decreto 11.453/2023, a procedimentos que foram definidos para o PRONAC es-
apreciação técnica de que trata o § 2º deverá verificar, tão nos seguintes documentos legais:
necessariamente, o atendimento das finalidades do
PRONAC, a adequação dos custos propostos aos prati-
A Lei 8.313, de 23 de dezembro de 1991, que instituiu o Programa
cados no mercado, sem prejuízo dos demais aspectos Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), está disponível em:
exigidos pela legislação aplicável, vedada a apreciação http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm
subjetiva baseada em valores artísticos ou culturais.
Isso significa que uma opinião pessoal quanto ao tema O Decreto 11.453/2023 dispõe sobre os mecanismos de fomento
do sistema de financiamento à cultura de que trata o inciso VI do §
ou conteúdo de uma obra (seja livro, exposição de 2º do art. 216-A da Constituição, instituídos pela Lei nº 8.313, de 23
arte, ritmo musical ou qualquer das expressões artís- de dezembro de 1991, pela Lei nº 13.018, de 22 de julho de 2014,
pela Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022, e pela Lei Complementar
ticas admitidas) não pode ser levada em consideração nº 195, de 8 de julho de 2022, e estabelece procedimentos padroni-
por nenhum dos técnicos, analistas ou pareceristas zados de prestação de contas para instrumentos não previstos em
legislação específica, na forma do disposto na Lei Complementar nº
que avaliam o projeto. A mesma determinação está 195, de 2022, a qual está disponível em:
reforçada na Instrução Normativa (IN) 01/2023, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/
seu artigo 2º, §1º. D11453.htm
36 37

ral de Incentivo à Cultura são aprovados, alterados,


Instruções normativas reprovados ou prorrogados mediante a emissão de
Legislação que estabelece procedimentos para portarias e sua publicação no Diário Oficial da União
apresentação, recebimento, análise, aprovação, exe- (DOU).
cução, acompanhamento, prestação de contas e ava-
liação de resultados de projetos culturais, relativos Manuais
ao mecanismo de incentivo a projetos culturais do Conjunto de informações sobre determinados
PRONAC. A instrução normativa pode ter um cará- procedimentos necessários ao cumprimento de uma
ter geral, incluindo todos os procedimentos sobre o exigência contida na legislação. O Ministério da Cul-
PRONAC ou, apenas, alterando algum procedimento tura utiliza o Manual de Marcas do PRONAC, o qual
específico, de forma permanente ou temporária. regula a aplicação das marcas e publicidade dos pro-
jetos, e o Manual do Vale Cultura, responsável pela
A Instrução Normativa Vigente é a 01/2023 de
regulamentação da aplicação de marcas e publicida-
10/04/2023, a qual estabelece procedimentos relati-
de do governo federal.
vos à apresentação, à recepção, à seleção, à análise,
à aprovação, ao acompanhamento, ao monitoramen- As instruções normativas, portarias e manuais que se relacionam
com o PRONAC estão disponíveis em:
to, à prestação de contas e à avaliação de resultados
dos programas, dos projetos e das ações culturais do http://leideincentivoacultura.cultura.gov.br/legislacao/
(Observação: Até o fechamento da edição, o site não está atualiza-
mecanismo de Incentivo a Projetos Culturais do Pro- do com o novo decreto e a nova instrução normativa.)
grama Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC).
Nesse site também está reproduzida a legislação principal: a Lei
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa- 8.313 e o Decreto 5.761.

-minc-n-1-de-10-de-abril-de-2023-476028057?

Portarias
Documentos de ato administrativo que contêm
instruções acerca da aplicação de regras, normas de
execução de serviço e determinações da competência
de uma autoridade pública. Os projetos da Lei Fede-
38 39

As leis e os decretos são legislações mais estáveis e co tema. Antes de propor um novo projeto, sempre as
de mais difícil alteração. Para uma lei ser alterada é ne- instruções normativas são a principal legislação que
cessária a anuência do Congresso Nacional, por iniciati- deve ser conhecida pelo proponente, pois nelas estão
va dos parlamentares ou do Poder Executivo. Um decre- definidos detalhes de cada fase da execução do proje-
to, por sua vez, só pode ser alterado por determinação to, desde a apresentação da proposta até à prestação
da Presidência da República, sendo um ato exclusivo do de contas final. As regras estabelecidas nas instruções
presidente. normativas via de regra estão organizadas de forma
Por outro lado, a instrução normativa é uma legis- clara e didática, de fácil compreensão (verifique as
lação de mais fácil alteração. São normas definidas pelo instruções normativas em vigor antes de enviar seu
órgão gestor do PRONAC e podem ser alteradas frequen- projeto e veja se o mesmo está de acordo com a legis-
temente, de forma a acompanhar as demandas mais ur- lação vigente).
gentes da sociedade, as mudanças de cenário econômi-
co, as urgências sanitárias (Covid-19, por exemplo) e até https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ins-
trucao-normativa-minc-n-1-de-10-de-abril-
o aparecimento de novas linguagens artísticas e novas -de-2023-476028057?
tecnologias de gestão. Por esse motivo, para uma boa
gestão dos projetos é imprescindível que o proponente
mantenha-se atualizado sobre eventuais mudanças da
legislação que, por algum motivo, interfiram nos proje-
tos que estão sendo executados.
As instruções normativas (INs) são a principal le-
gislação que deve ser conhecida pelo proponente, pois
nelas estão definidos os detalhes de cada fase da exe-
cução do projeto, desde a apresentação da proposta
até à prestação de contas final. As regras estabelecidas
nas instruções normativas geralmente estão organiza-
das de forma clara e didática, de fácil compreensão.
No entanto, algumas INs são editadas apenas para al-
terar uma regra específica e podem tratar de um úni-
40 41

Áreas culturais
contempladas
(artigo 18 versus
artigo 26) sobre os recursos investidos nos projetos (art. 18). Ou-
tras ações são financiadas com recursos compartilhados
Em princípio, todas os segmentos entre governo e patrocinadores, ou seja, o patrocinador
culturais podem receber incentivos fis- não tem retorno de 100% sobre os investimentos feitos
cais oriundos da Lei Rouanet. Porém, a nos projetos culturais, devendo contribuir com parte de
lei estabelece prioridades de concessão recursos próprios (art. 26).
de incentivo, considerando necessidades Essas regras diferenciadas entre projetos que re-
históricas específicas de cada segmento. cebem ou não os 100% de retorno sobre os recursos
Essa prioridade foi estabelecida pelo ní- aportados pelos investidores promovem uma maior ou
vel de renúncia fiscal oferecido aos inves- menor possibilidade de captação junto aos potenciais
tidores, uma vez que, quanto maior for o patrocinadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
retorno ao patrocinador, mais fácil torna-
-se a captação dos recursos destinados
aos projetos. Por isso, todos os projetos
recebem uma classificação pelos artigos
da lei que regulam tais percentuais. Essa
classificação está prevista nos artigos 18
e 26 desse dispositivo legal.
Algumas ações podem ser finan-
ciadas com 100% dos recursos oriundos
do incentivo fiscal, possibilitando que os
patrocinadores tenham 100% de retorno
42 43

Tal critério de percentual de renúncia fiscal é de- Portanto, os projetos que NÃO estiverem
finido pela própria Lei 8.313, não podendo ser inseridos nesses segmentos NÃO permitirão
alterado por instrumentos infralegais (decreto 100% de retorno sobre os investimentos reali-
ou instrução normativa). O artigo 18 da lei defi- zados pelos patrocinadores, sendo obrigatória
ne quais são os segmentos que podem receber uma participação do investidor com recursos
100% de renúncia fiscal, listados a seguir: próprios. Tal participação é regulada pelo ar-
1. artes cênicas; tigo 26 da lei, sendo 20% para pessoas físicas
e variando de 60 a 70% de recursos próprios
2. livros de valor artístico, literário ou humanís-
para pessoas jurídicas.
tico;
Esses percentuais podem ser menores,
3. Música erudita, instrumental e regional;
considerando que a legislação permite que
4. exposições de artes visuais; o patrocinador pessoa jurídica contabilize o
5. doações de acervos para bibliotecas públicas, investimento como despesa operacional da
museus, arquivos públicos e cinematecas, bem empresa. Isso possibilita reduzir a participa-
como treinamento de pessoal e aquisição de ção de recursos próprios para cerca de 30%.
equipamentos para a manutenção desses acer- No entanto, recomendamos que o cálculo
vos; da participação da empresa investidora, quan-
6. produção de obras cinematográficas e video- do o projeto for classificado pelo artigo 26, seja
fonográficas de curta e média metragens e pre- feito por um contador habilitado, consideran-
servação e difusão do acervo audiovisual; do a legislação relativa ao Imposto de Renda
controlada pela Receita Federal do Brasil.
7. preservação do patrimônio cultural material e
imaterial;
8. construção e manutenção de salas de cinema Na Lei nº 8.313, de 23 de dezem-
e teatro, que poderão funcionar também como bro de 1991, estão detalhados os
centros culturais comunitários, em municípios segmentos culturais que podem
com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. ser enquadrados no artigo 18.
44 45

Quem pode O proponente que apresentar o seu primeiro pro-


jeto junto ao Pronac será dispensado dacomprovação

ser proponente de atuação na área cultural, caso o valor do Custo Total


do Projeto seja de até R$200.000,00 (duzentos mil reais).
Para o cumprimento do princípio da não-concentra-
Podem ser proponentes, apresentando projetos ção, disposto no § 8º do art. 19 da Leinº 8.313, de 1991,
para utilização dos benefícios fiscais da Lei Rouanet, serão adotados os seguintes limites de quantidades e
pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos, valores de projetos aprovados paracaptação por car-
que comprovem atuação na área cultural. teira de proponente:
As pessoas jurídicas devem possuir, também, uma
natureza cultural comprovada por meio da existência I - para Empreendedor Individual (EI),
nos registros do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica com enquadramento Microempreende-
(CNPJ), do(s) código(s) de Classificação Nacional de Ativi- dor Individual (MEI),e para pessoa física,
dades Econômicas (CNAE), relacionado(s) à área cultural até 4 (quatro) projetos ativos, totalizan-
do projeto. do R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
II - para os demais enquadramentos
de Empreendedor Individual (EI), até
8 (oito) projetos ativos,totalizando R$
6.000.000,00 (seis milhões de reais); e
III - para Sociedades Limitadas Uni-
pessoal, Sociedades Limitadas (LTDA)
e demais pessoasjurídicas, até 16 (de-
zesseis) projetos ativos, totalizando R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais).
46 47

Quando podem Quem pode ser


ser apresentados patrocinador ou
os projetos doador
A apresentação de um projeto é feita de forma O patrocinador ou doador dos projetos da Lei
eletrônica, em plataforma digital especialmente cons- Rouanet é a pessoa física ou jurídica que destina parte
truída para tal fim, bem como para promover publici- do seu Imposto de Renda devido para projetos apro-
dade e transparência para a sociedade brasileira. Essa vados no PRONAC. Ao investir no projeto, o patroci-
plataforma é o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo nador pode receber, além do incentivo fiscal, alguns
à Cultura (SALIC), disponível durante todos os dias do benefícios decorrentes da execução do projeto, como
ano, 24 horas por dia. No entanto, para a apresentação visibilidade de marca, cotas de produtos culturais ge-
de propostas, o sistema está aberto entre os dias 01 rados pelo projeto, unidades de livros, CDs e ingressos,
de fevereiro e 30 de novembro de cada ano, de acordo entre outros. As regras de possibilidade de patrocínio
com o que determina a IN 01/2023, em seu art. 5º. são distintas para PESSOA FÍSICA e PESSOA JURÍDICA,
estando reguladas pela Lei 8.313 e pelo Decreto 5.761
48 49

Investimento por O retorno varia de acordo com a renúncia


permitida pela classificação do projeto, feito

pessoas físicas pelo Ministério da Cultura, nos artigos 18 e 26


da lei, sempre limitado a 6% do imposto devido.
Todos os projetos enquadrados no artigo
Podem investir em projetos culturais
18 recebem a possibilidade de oferecer 100%
aprovados pelo Ministério da Cultura, com
de abatimento. Projetos classificados no artigo
base na Lei Rouanet, pessoas físicas contri-
26 recebem 60% de retorno, nos casos de PA-
buintes do IR que fazem a declaração de Im-
TROCÍNIO, e 80%, nos de DOAÇÃO.
posto de Renda Pessoa Física pelo MODELO
COMPLETO, podendo ser deduzidos até 6% do
imposto devido.
O investidor deve fazer um depósito iden-
tificado pelo CPF ou uma transferência eletrô-
nica no valor desejado de patrocínio/doação
na conta bancária do projeto, até o último dia
útil do ano corrente. Após o depósito, a entida-
de ou o proponente do projeto irá emitir um
recibo (Recibo de Mecenato) e enviar ao patro-
cinador, servindo como comprovante para que
a renúncia fiscal se efetue.

O retorno ao investimento feito virá


no ano seguinte, na forma de restituição ou
abatimento do valor do IR a pagar, em campo
específico existente no modelo completo da
declaração anual do Imposto de Renda.
50 51
IMPORTANTE
SABER:
Investimento por A legislação brasileira que regula esses

pessoas jurídicas regimes tributários de pessoas jurídicas é


complexa.
No entanto, é importante o produtor
Podem investir em projetos culturais, aprovados cultural que busca patrocínio saber, pelo me-
pelo Ministério da Cultura, pessoas jurídicas contribuin- nos, se a empresa onde pretende captar re-
tes do Imposto de Renda que utilizam o regime tributá- cursos utiliza o sistema tributário de LUCRO
rio de LUCRO REAL, com possibilidade de dedução de REAL que viabilize qualquer investimento em
até 4% do IR devido. seu projeto. Empresas que utilizam o regime
Para PESSOAS JURÍDICAS também há percentuais dis- de LUCRO PRESUMIDO ou SIMPLES NACIO-
tintos para projetos, de acordo com o seu enquadramento. NAL não podem utilizar os incentivos fiscais
Projetos enquadrados no artigo 26 recebem per- da lei federal de incentivo à cultura.
centuais variáveis de abatimento, nas categorias DOA- Atualmente, há um projeto de lei em tra-
ÇÃO e PATROCÍNIO. Para projetos enquadrados no ar- mitação na Câmara dos Deputados no qual
tigo 18, o investidor recebe abatimento de 100%, tanto empresas tributadas em lucro presumido po-
para DOAÇÃO quanto para PATROCÍNIO. derão utilizar os incentivos.
A legislação brasileira que regula esses
regimes tributários de pessoas jurídicas é
No caso de projetos enquadrados no artigo 26, complexa. Contudo, é importante o produtor
os percentuais de incentivo para o investidor cultural que busca patrocínio saber, pelo me-
são de 40% para DOAÇÃO e 30% para PATRO- nos, se a empresa na qual pretende captar re-
CÍNIO. Esses percentuais podem chegar a 75% cursos utiliza o sistema tributário de LUCRO
para DOAÇÃO e 65% para PATROCÍNIO, de- REAL que viabilize qualquer investimento em
pendendo da contabilização do investimento seu projeto. Empresas que utilizam o regime
feita como despesa operacional da empresa de LUCRO PRESUMIDO ou SIMPLES NACIO-
investidora, sendo esse um cálculo que deve NAL não podem utilizar os incentivos fiscais
ser feito por um contador habilitado. da lei federal de incentivo à cultura.
52 53

Elaboração
de Projetos
capítulo

3
54 55

Documentos
necessários para
a elaboração
de projetos
Para inscrever um projeto na Lei Rouanet é neces-
sário que o proponente, pessoa física ou jurídica, tenha
seus documentos em situação regular. Os documentos
necessários são apresentados em meio eletrônico, inse-
ridos no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(SALIC), plataforma digital que será detalhada no Módu-
lo II. A lista desses documentos está descrita no Anexo III
da Instrução Normativa nº 01/2023.
56 57

Alguns documentos são aqueles relativos A DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE é


ao PROPONENTE, outros são referentes ao PRO- um documento no qual o proponente decla-
JETO, casos em que são específicos para cada ra ter conhecimento de toda a legislação per-
tipo de projeto. Vide Anexo I da IN 01/2023, com tinente e das obrigações relativas ao uso dos
reprodução parcial no capítulo 8 deste manual. recursos públicos durante toda a execução do
projeto. Esse documento deve ser lido com
atenção, pois ele pode ser utilizado em futuros
processos de acompanhamento e fiscalização
na execução dos projetos.
Além da documentação exigida, descri-
ta no Anexo III da IN, todos os proponentes
devem ter suas situações fiscais, tributárias e
previdenciária regulares em âmbito federal,
durante todo o período de execução do proje-
to. O Ministério da Cultura consulta essa regu-
laridade pelos sistemas disponíveis, emitindo
Além da documentação exigida a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS RELATIVOS
para a inscrição dos projetos, todos AOS TRIBUTOS FEDERAIS E À DÍVIDA ATIVA DA
os proponentes devem assinar uma UNIÃO (CQTF), a CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBI-
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE, TOS RELATIVOS ÀS CONTRIBUIÇÕES PREVIDEN-
documento-padrão e eletrônico inse- CIÁRIAS E ÀS DE TERCEIROS e o CERTIFICADO DE
rido no SALIC. Essa declaração é apre- REGULARIDADE DO FGTS, bem como verifican-
sentada ao proponente na primeira do a regularidade no CADASTRO INFORMATIVO
fase de inscrição no SALIC. DE CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚ-
BLICO FEDERAL (CADIN). Caso a Ministério não
consiga emitir essas declarações, o proponente
será diligenciado para regularizar a situação.
58 59

Elaboração Imagem
Interpretativa
do Projeto
O que vamos fazer? (What?)
Primeiro Passo Por quê? (Why?)
Técnica do 4QPOC – 5W2H
Como? (How?)
Para produzir e elaborar um projeto, Quem faz o quê? (Who?)
deve-se demonstrar claramente “o quê”,
Quando realizaremos o projeto? (When?)
“para quê”, “por quê”, “como” e “com quan-
to” se pretende realizar um produto cultu- Onde será realizado o projeto? (Where?)
ral. Quanto vai custar? (How much?)
O projeto servirá para apresentar o
que se pretende produzir aos patrocinado-
res e apoiadores, responsáveis por teatros
e casas de espetáculos, gravadoras, parcei-
ros em geral, assim como para a aprovação
nas leis de incentivo à cultura.
Dedique um tempo à elaboração do
projeto, tendo em mente que ele será a
base de planejamento para o seu produto
cultural. Um projeto bem planejado dimi-
nuirá o estresse da produção.
Lembre-se também de que o patro-
cinador irá avaliar o produto cultural que
você quer produzir pelo projeto que apre-
sentar.
60 61

Resumo da proposta Objetivos


(O quê?) (What?) (Quê? Quais? Quantos?)
Na apresentação é preciso descrever Campo de preenchimento da proposta destina-
o objeto do projeto. do ao que o projeto pretende alcançar, sua finalidade;
O objeto é, em última instância, uma perguntas-chave: qual o principal resultado que o pro-
“ação ou atividade cultural” e, por isso, jeto pretende alcançar? Para que realizar o projeto?
acontece em um lugar, em determinado Os objetivos devem expor os resultados que se
período, realizado por uma pessoa ou um pretende atingir, os produtos a serem elaborados, be-
grupo de pessoas, por determinadas ra- nefícios da ação ou atividade cultural oposta, se possí-
zões, podendo estar associado a conceitos vel a curto, médio e longo prazos.
ou a movimentos artístico-culturais tradi-
cionais ou contemporâneos.
Um projeto pode ter mais de um
A apresentação ou descrição é uma
objetivo, geralmente tem-se um
síntese do projeto. Comece com um histó-
Objetivo Geral e Objetivos Espe-
rico do projeto (da ação ou atividade a ser
cíficos (decomposição do geral),
realizada), descreva como surgiu a ideia de
devendo-se mencionar todos, ten-
realizá-lo, qual a sua importância, número
do-se o cuidado de formular Obje-
de pessoas envolvidas, principais objeti-
tivos Específicos que contribuam
vos, a qual público se destina e, finalmen-
para o alcance do Objetivo Geral e
te, em que período e local ocorrerá.
que, também, possibilitem a verifi-
No campo Resumo deve-se descrever cação do cumprimento do projeto.
o objetivo do projeto em no máximo cin- No Objetivo Geral deve-se descre-
co (5) linhas. O texto deve ser conciso e ver, resumidamente, qual o princi-
apresentar de forma clara os produtos que pal resultado que o projeto preten-
compõem a proposta. de alcançar, qual a sua finalidade.
62 63

Faça um pequeno parágrafo com o Objetivo Geral e or- culturais; ração e o aperfeiçoamento
ganize em picos os Objetivos Específicos, os quais de- VIII - fomentar o desenvol- de recursos humanos para
vem iniciar com um verbo, serem claros e sucintos. vimento de atividades ar- a produção e a difusão cul-
Neste campo copie, cole, negrite e depois fundamente tísticas e culturais pelos turais;
ao menos um dos incisos do artigo 2º Decreto 11.453, de povos indígenas e pelas XIII - promover a difusão e
23/03/23, de maneira integral, transcritos a seguir: comunidades tradicionais a valorização das expres-
brasileira; sões culturais brasileiras
Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados progra- IX - apoiar as atividades no exterior e o intercâmbio
mas, projetos e ações culturais destinados às seguintes culturais de caráter inova- cultural com outros países;
finalidades: dor ou experimental; XIV - estimular ações com
X - apoiar ações artísticas vistas a valorizar artistas,
I - valorizar a cultura na- dimensões material e ima-
e culturais que usem novas mestres de culturas popu-
cional, consideradas suas terial;
tecnologias ou sejam dis- lares tradicionais, técnicos
várias matrizes e formas de V - incentivar a ampliação tribuídas por plataformas e estudiosos da cultura
expressão; do acesso da população à brasileira;
digitais;
II - estimular a expressão fruição e à produção dos XV - apoiar o desenvolvi-
XI - apoiar e impulsionar
cultural dos diferentes gru- bens culturais; mento de ações que inte-
festejos, eventos e expres-
pos e comunidades que VI - fomentar atividades grem cultura e educação;
sões artístico-culturais tra-
compõem a sociedade bra- culturais com vistas à pro-
dicionais e bens culturais XVI - apoiar ações de pro-
sileira; moção da cidadania cul- materiais ou imateriais dução de dados, informa-
III - viabilizar a expressão tural, da acessibilidade às acautelados ou em proces- ções e indicadores sobre o
cultural de todas as regiões atividades artísticas e da so de acautelamento; setor cultural; e
do país e sua difusão em diversidade cultural;
X - apoiar a inovação em XVII - apoiar outros proje-
escala nacional; VII - desenvolver atividades atividades artísticas e cul- tos e atividades culturais
IV - promover o restauro, que fortaleçam e articulem turais, inclusive em arte considerados relevantes
a preservação e o uso sus- as cadeias produtivas e os digital e em novas tecnolo- pelo Ministro de Estado da
tentável do patrimônio arranjos produtivos locais gias; Cultura.
cultural brasileiro em suas nos diversos segmentos
XII - impulsionar a prepa-
64 65

Nos Objetivos Específicos devem ser citadas todas OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DEVEM ESTAR CLAROS,
as ações que serão realizadas no projeto, ou seja, os COM AS QUANTIDADES DE APRESENTAÇÕES, DURA-
produtos específicos oferecidos à população devem ser ÇÃO DE EXPOSIÇÕES, HORAS-AULA OFERECIDAS ETC.,
mensuráveis e devidamente comprovados na prestação CONFORME OS SEGUINTES EXEMPLOS (preencha o
de contas. produto em maiúsculas para dar o devido destaque,
Cite a quantidade total de público beneficiado para disponha as ações em formato de listas mensuráveis
cada produto cadastrado no Plano de Distribuição e (verbos no infinitivo - quantitativos e unidades de me-
como será distribuído, informando se será gratuito, se dida).
terá comercialização, ingresso etc. Exemplo de como as informações
Para construir uma proposta cultu- devem estar organizadas.
ral eficiente é necessário saber como
você vai prestar contas do projeto.

Objetivos Gerais
Pergunte-se:
Decreto nº 11.453/23
1. Quais são os produtos? Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados pro-
gramas, projetos e ações culturais destinados às se-
2. Quais serão as ações culturais?
guintes finalidades:
3. Como serão os resultados do projeto?
XI - apoiar e impulsionar festejos, eventos e expres-
4. Como a Avaliação de Resultados poderá avaliar as sões artístico-culturais tradicionais e bens culturais
suas entregas? materiais ou imateriais acautelados ou em processo
de acautelamento
5. Que documentos deverá juntar para a comprovação
do alcance de resultados? Pois (...)

Não se preocupe neste momento. Enquanto você não XIV - estimular ações com vistas a valorizar artistas,
enviar a proposta ao Ministério da Cultura, o texto dos mestres de culturas tradicionais, técnicos e estudiosos
objetivos é ajustável. da cultura brasileira.
66 67

Objetivos Específicos Fique de olho!


A) Produto ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:
a) No caso de Oficinas, informar sobre
• Realizar 24 apresentações teatrais da peça “tal” com
qual assunto, tema ou conteúdo será a
entrada gratuita e
oficina, quantas vezes por semana se-
• Realizar duas apresentações por mês, totalizando 24
rão oferecidas as oficinas e por quantos
apresentações durante os 12 meses de execução do
meses, além do total de carga horária.
projeto.
b) No caso de Exposições, informar por
B) Produto CURSO/OFICINA/ESTÁGIO:
quanto tempo a exposição ficará dispo-
• Realizar 80 aulas de 50h/a de oficinas de teatro duran- nível para visitação e durante quantos
te a execução do projeto e dias da semana será aberta à visitação.
• Realizar em 10 meses oficinas de teatro duas vezes na c) ATENÇÃO: Evite termos como “levar a
semana, totalizando 80 aulas de 50h/a. cultura para locais ....” “Propagar a cul-
C) Produto LIVRO: tura e a peculiaridade de cada região
brasileira”, “Gerar empregos...”, “Trazer
• Produzir, publicar e distribuir 3000 exemplares do livro
alegria...”, “Transformar a vida...”.
“tal”.
d) Os objetivos ESPECÍFICOS devem ser
D) Produto EXPOSIÇÃO DE ARTES:
mensuráveis e devidamente comprova-
• Realizar uma exposição de fotos durante cinco dias (se- dos na prestação de contas e
gunda a sexta) com entrada franca, do fotógrafo “tal”.
e) ATENÇÃO: Caso o campo “Objetivos
E) Produto CONTRAPARTIDA SOCIAL: Específicos” não esteja preenchido de
• Realizar um curso de teatro de 40h/aula com emissão forma clara o suficiente para que se en-
de certificado e tenda o que será realizado no projeto, a
proposta não será analisada, visto que
• Realizar um curso de teatro para 300 estudantes e pro-
esse campo é crucial para a análise de
fessores de instituições públicas de ensino.
toda a proposta.
68 69

As características do projeto ou, mesmo, a trajetó- Esse é o momento de convencimento da importân-


ria do proponente, pode ter ou indicar um determina- cia do projeto e da capacidade do proponente em reali-
do público que já possua um envolvimento com a ação zá-lo, cuidando para não se perder em detalhes que es-
ou atividade cultural proposta ou, ainda, ao contrário, a tão diretamente vinculados ao projeto. Enfatize os seus
desconheça ou não tenha acesso e possa dela se bene- principais atributos.
ficiar de alguma forma. Lembre-se de que o projeto deve ser justificado
Alguns aspectos podem auxiliar na definição do pú- culturalmente. Fale dos seus principais atributos, tais
blico: onde o projeto será desenvolvido, a linguagem a como sua criatividade, contemporaneidade, tradição, ir-
que se refere (artes plásticas, dança, música, teatro etc.) reverência e popularidade, entre outros.
e a sua proposta (popular, erudita etc.), entre outros. Nesse campo é necessário cadastrar dois textos de
maneira clara e separadamente: um para os incisos do
Se o proponente conhecer seu público pode artigo 1º da Lei 8313/91 com sua fundamentação e ou-
ainda detalhar aspectos como faixa etária, tro para os incisos do artigo 3º da Lei de Incentivo e sua
área de atuação, condições de vida etc. respectiva fundamentação.

A) Nesse campo copie, cole, negrite e depois


Justificativa fundamente os incisos do artigo 1º da Lei
8.313/91 transcritos a seguir:
(Por quê?) (Why?)
Art. 1° Fica instituído o Programa Nacional de
Na Justificativa devem ser apresentadas as razões Apoio à Cultura (Pronac), com a finalidade de
para a realização do projeto. Além de explicitar as razões captar e canalizar recursos para o setor de
pelas quais se tomou a iniciativa de realizar o projeto modo a:
proposto, é preciso enfatizar quais circunstâncias favo- I. contribuir para facilitar, a todos, os meios para
recem a sua execução, justificando-o, o diferenciando e o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exer-
também destacando suas contribuições para o desen- cício dos direitos culturais;
volvimento cultural do público ao qual se destina ou
II. promover e estimular a regionalização da pro-
da localidade/região onde se insere.
70 71

dução cultural e artística brasileira, com valori- suas ações culturais quando em um mesmo
zação de recursos humanos e conteúdos locais; produto:
III. apoiar, valorizar e difundir o conjunto das Art. 3° Para cumprimento das finalidades ex-
manifestações culturais e seus respectivos cria- pressas no art. 1° desta lei, os projetos cultu-
dores; rais em cujo favor serão captados e canaliza-
IV. proteger as expressões culturais dos grupos dos os recursos do PRONAC atenderão, pelo
formadores da sociedade brasileira e responsá- menos, um dos seguintes objetivos:
veis pelo pluralismo da cultura nacional; I - Incentivo à formação artística e cultural,
V. salvaguardar a sobrevivência e o florescimen- mediante:
to dos modos de criar, fazer e viver da sociedade a) concessão de bolsas de estudo, pesquisa e
brasileira; trabalho, no Brasil ou no exterior, a autores,
VI. preservar os bens materiais e imateriais do artistas e técnicos brasileiros ou estrangeiros
patrimônio cultural e histórico brasileiro; residentes no Brasil;

VII. desenvolver a consciência internacional e o b) concessão de prêmios a criadores, autores,


respeito aos valores culturais de outros povos ou artistas, técnicos e suas obras, filmes, espetá-
nações; culos musicais e de artes cênicas em concur-
sos e festivais realizados no Brasil;
VIII. estimular a produção e a difusão de bens cul-
turais de valor universal, formadores e informa- c) instalação e manutenção de cursos de ca-
dores de conhecimento, cultura e memória; ráter cultural ou artístico, destinados à forma-
ção, especialização e aperfeiçoamento de pes-
IX. priorizar o produto cultural originário do país.
soal da área da cultura, em estabelecimentos
de ensino sem fins lucrativos.
B) Agora trace uma linha, copie, cole, negri- II - Fomento à produção cultural e artística,
te e depois fundamente os incisos e as res- mediante:
pectivas alíneas do artigo 3º da Lei 8.313/91
a) produção de discos, vídeos, obras cine-
transcritos, a seguir, para cada produto cul-
matográficas de curta e média metragens e
tural cadastrado no Plano de Distribuição e
72 73

filmes documentais, preservação do acervo veis e imóveis de reconhecido valor cultural;


cinematográfico, bem assim de outras obras d) proteção do folclore, do artesanato e das
de reprodução videofonográfica de caráter tradições populares nacionais.
cultural;
IV - estímulo ao conhecimento dos bens e va-
b) edição de obras relativas às ciências huma- lores culturais, mediante:
nas, às letras e às artes;
a) distribuição gratuita e pública de ingressos
c) realização de exposições, festivais de arte, para espetáculos culturais e artísticos;
espetáculos de artes cênicas, de música e de
b) levantamentos, estudos e pesquisas na
folclore;
área da cultura e da arte e de seus vários seg-
d) cobertura de despesas com transporte e mentos;
seguro de objetos de valor cultural destinados
c) fornecimento de recursos para o FNC e para
a exposições públicas no país e no exterior;
fundações culturais com fins específicos ou
e) realização de exposições, festivais de arte e para museus, bibliotecas, arquivos ou outras
espetáculos de artes cênicas ou congêneres. entidades de caráter cultural.
III - Preservação e difusão do patrimônio artís- V - Apoio a outras atividades culturais e artís-
tico, cultural e histórico, mediante: ticas, mediante:
a) construção, formação, organização, manu- a) realização de missões culturais no país e no
tenção, ampliação e equipamento de museus, exterior, inclusive com o fornecimento de pas-
bibliotecas, arquivos e outras organizações sagens;
culturais, bem como de suas coleções e acer-
b) contratação de serviços para elaboração de
vos;
projetos culturais;
b) conservação e restauração de prédios, mo-
c) ações não previstas nos incisos anteriores
numentos, logradouros, sítios e demais espa-
e consideradas relevantes pelo ministro de
ços, inclusive naturais, tombados pelos pode-
Estado da Cultura, consultada a Comissão Na-
res públicos;
cional de Apoio à Cultura.
c) restauração de obras de artes e bens mó-
74 75

Fique Exemplo de como as informa-


ções devem estar organizadas

de olho! Lei 8.313/91

a) Seguir a estrutura textual com ter- Art. 1° Fica instituído o Programa Na-
mos sugeridos em negrito é importan- cional de Apoio à Cultura (PRONAC),
te, pois dá objetividade aos textos e com a finalidade de captar e canalizar
promove uma análise mais célere por recursos para o setor de modo a:
parte das instâncias técnicas. VIII. estimular a produção e a difusão
b) Inserir a Justificativa do projeto, des- de bens culturais de valor universal,
tacando os motivos para sua realização, formadores e informadores de conhe-
bem como a necessidade do uso do Me- cimento, cultura e memória.
canismo de Incentivo a Projetos Cultu- Pois (...)
rais.
IX. priorizar o produto cultural originá-
c) Citar em quais incisos do artigo 1º da rio do País.
Lei 8313/91 a proposta se enquadra.
Pois (...)
d) Citar quais objetivos do artigo 3° da
Lei 8.313/91 art. 3° : Para cumprimen-
Lei 8313/91 serão alcançadas com o
to das finalidades expressas no art. 1°
projeto.
desta lei, os projetos culturais em cujo
e) Obs: TRANSCREVER OS INCISOS E AS favor serão captados e canalizados os
ALÍNEAS, justificando em seguida a sua recursos do PRONAC atenderão, pelo
escolha e menos, um dos seguintes objetivos:
f) Pergunta-chave: POR QUE A LEI DE IN- I - incentivo à formação artística e cul-
CENTIVO À CULTURA? tural, mediante:
c) instalação e manutenção de cursos
76 77

de caráter cultural ou artístico, destina-


dos à formação, especialização e aper-
Equipe técnica
feiçoamento de pessoal da área da cul- (Quem?) (Who?)
tura, em estabelecimentos de ensino
sem fins lucrativos; Escolha para o seu projeto profissionais com o per-
Pois (...) fil da sua ideia e que saibam trabalhar com o seu pú-
blico-alvo. Importante também é ter do seu lado pro-
II - fomento à produção cultural e artís-
fissionais nos quais você confie e, de preferência, goste
tica, mediante:
de trabalhar com eles. O ideal é que vá formando a sua
c) realização de exposições, festivais de equipe com bons profissionais, talentosos e bons de li-
arte, espetáculos de artes cênicas, de dar no dia a dia de trabalho da produção.
música e de folclore;
Pois (...)
A) Deixar explícita qual atividade o proponen-
te realizará no projeto, uma vez que o mesmo
também deverá ser o responsável pela gestão
do processo decisório, incluindo atividade téc-
nico-financeira, visto que sua delegação se ca-
racteriza como intermediação, fato que motiva
o arquivamento da proposta por contrariar a re-
gulamentação relativa ao uso do incentivo fiscal.
B) Verificar se as seguintes informações estão
inseridas (referente aos profissionais participan-
tes):
- nome completo;
- função no projeto;
- currículo resumido dos principais participantes.
78 79

Fique Resultados
de olho! previstos
Apresente os Resultados a serem atingidos pelo pro-
a) Descreva com detalhes qual ativida-
jeto e os benefícios produzidos a partir da sua realização.
de (mesmo que voluntária) do dirigente
ou da instituição proponente será reali- Os Resultados devem ser mensuráveis e revelar o
zada no projeto. alcance dos Objetivos Específicos.

b) A gestão do processo decisório, in- Se possível, apresentar dados quantitativos, como:


cluindo atividade técnico-financeira, é número de espetáculos ou mostras, público atingido, ci-
competência exclusiva do proponente. dades abrangidas etc.

c) Apresente também currículo resumi- Volte ao item Objetivos e tente traduzi-lo em re-
do dos principais participantes. sultados práticos ou produtos que possam ser vistos
ou experimentados. Busque Resultados para cada ob-
jetivo específico, analisando os que, de fato, são viáveis
de concretizar.

Período e local
da realização
(Quando?) (When?) –
(Onde?) (Where?)
Informe a data de início e término do projeto e
onde ele será realizado. Lembre-se de que deve solicitar
o patrocínio de uma empresa que tenha interesse nos
locais onde o projeto será realizado.
80 81

Estratégia Exemplo de como as


informações devem
de Ação estar organizadas:
(Como?) (How?)
ROTEIRO PRÉ-PRODUÇÃO
Em Etapas de Trabalho explica-se como o proje- Tempo estimado: 30 dias
to será realizado, detalhando suas etapas, além de de-
- Reuniões de equipe.
monstrar a proximidade que o proponente possui com
a linguagem do projeto e com a produção cultural. Esse - Assessoria de imprensa
item deve apresentar uma coerência com o orçamento - Contato com editoras
e o cronograma.
Para elaborar a Estratégia de Ação volte aos itens
EXECUÇÃO
Objetivos e Resultados previstos e liste todas as ativida-
des que serão necessárias para atingi-los. Tempo estimado: 15 dias

Ordene as ações por etapa de realização e preveja - Ensaios


o tempo de duração de cada uma. - Contratação de seguranças
- Registros do espetáculo
A) Verificar se o campo está subdividido -Impressão dos livros.
somente em “Pré-Produção”, “Execução”
e “Pós-Produção”.
PÓS-PRODUÇÃO
Obs.: Cada uma das três etapas deve
conter detalhamento das suas respecti- (tempo máximo: 60 dias)
vas ações. A definição do período para Tempo estimado:30 dias
cada etapa deve ser em dias, semanas
-Avaliação
ou meses de execução, sem especifica-
ção do mês ou da data exata. -Prestação de contas.
82 83

Fique de Sinopse da Obra


olho! Insira o conteúdo de todos os produtos do projeto que necessitam
de um breve resumo em relação ao seu assunto. Por exemplo:
a) Campo de preenchimento de proposta seminários, palestras, livros, espetáculo de circo, peça teatral, es-
destinado à Divisão do Projeto em “Pré-Pro- petáculo de dança, performance, classificação indicativa etária.
dução”, “Execução” e “Pós-Produção”, esti-
mando em dias/semanas/meses a duração
de cada etapa sem delimitação de mês ou Exemplo de como as informações
data exata. devem estar organizadas
b) O período máximo de PÓS-PRODUÇÃO é
de 60 dias. Produto: Produto: Produto:
c) Lembre-se de fazer a correlação temporal APRESENTAÇÃO DE PODCAST CULTU- SEMINÁRIO
com a sua planilha orçamentária. TEATRO MUSICAL RAL TEMÁTICA EDUCA-
Segue a DRAMA- DESCRIÇÃO DOS CA- TIVA
TURGIA da peça e PITULOS • Letras e Artes
o detalhamento da (....) - Fotografia
cenografia:
ROTEIRO DE STORY- - Fotomob
(....) TELLING
Segue o detalha- (....)
mento da CENO-
CLASSIFICAÇÃO
GRAFIA:
ETÁRIA
(....)
LIVRE
CLASSIFICAÇÃO
ETÁRIA
LIVRE
84 85

Segue relação das temáticas culturais para ações educati- g. Letras e Artes;
vas de capacitação cultural e Editorial de livros e podcasts: i. Literatura
ii. Fundamentos e Crítica das Artes
1. Ciências aplicadas à Economia da Cultura e à Ges- 1. Teoria da Arte
tão Cultural
2. História da Arte
a. Museologia, Biblioteconomia e Arquivologia para ges-
3. Crítica da Arte
tão de acervos culturais;
iii. Artes Plásticas
b. Direito, Administração, Contabilidade, Economia Co-
mércio Exterior para o fomento da Economia da Cultura 1. Desenho
e Gestão Cultural; 2. Gravura
c. Arquitetura e Urbanismo de Centros Culturais Comu- 3. Escultura
nitários com sua plena Acessibilidade e
4. Cerâmica
d. Cinema, Rádio e Televisão, Editorial de livros de valor
5. Tecelagem
artístico, humanístico ou literário e novas mídias criati-
vas culturais. 6. Grafite e Muralismos
7. Artes visuais em paisagismo cultural com
uso de esculturas, pinturas e design)
2. Ciências Humanas
iv. Música
a. Arqueologia
1. Regência
b. Filosofia
2. Instrumentação Musical
c. Geografia Cultural;
3. Fabricação de Instrumentos musicais
d. História Cultural;
4. Composição musical e Arranjo
e. Sociologia, Antropologia;
5. Canto
f. Educação e Pedagogia voltada ao incentivo da leitura e
escrita criativa cultural; 6. Ópera
86 87

7. Roadie e áudio básico Filmes


8. Virtualização de eventos musicais 4. Interpretação Cinematográfica
9. Musicalização ix. Artes do Vídeo; e
v. Dança x. Educação Artística.
1. Execução da dança
2. Coreografia 3. Técnico Cultural
3. Capoeira a. Turismo Cultural
vi. Teatro b. Culinária Regional Cultural Brasileira
1. Dramaturgia c. Manutenção de sistemas de informação culturais –
2. Direção Teatral TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação Cultural)
e P&D – Pesquisa e Desenvolvimento Culturais
3. Sonoplastia, Iluminação, Cenografia, Figuri-
nismo e Maquiagem cênica e suas produções d. Programação de Jogos Digitais Culturais

4. Interpretação teatral e. Artesanato e Manualismo

5. Opera i. Pedra Metalcerâmica e bonecos de Barro e suas


pinturas
vii. Fotografia
ii. Couro e têxtil (tricô, crochê, patchwork, renda, fu-
1. Processos fotográficos
xico, tecelagem, serigrafia)
2. Restauro fotográfico
iii. Cestaria e trançados e arte plumária
3. FotoMob
iv. Entalhamento em madeira, MDF
viii. Cinema
v. Em papel e encadernação artesanal
1. Administração e Produção de Filmes
vi. Material reciclável
2. Roteiro e Direção
f. Modelagem do Vestuário e Produção de Moda Autoral
3. Técnicas de Registro e Processamento de Regional Brasileira
88 89

g. Conservação e Restauro 7. Círio de Nossa Senhora de Nazaré 05/10/200


h. Desing e Desing Gráfico 8. Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Mara-
nhão – 30/08/2011

4. Práticas Culturais 9. Fandango Caiçara – 29/11/2012

a. Elaboração de Projetos e Pitching 10. Feira de Campina Grande – 27/19/2017

b. Empreendedorismo e Produção Cultural 11. Feira de Caruaru – 20/12/2006

c. SEO e Marketing Digital Cultural 12. Festa de Sant´Ana de Caicó/RN – 10/12/2010

d. Curadoria e Livreiro Cultural 13. Festa do Divino de Paraty – 03/04/2013


14. Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis/
GO – 13/05/2010
5. Preservação de Patrimônio Cultural Imaterial por
meio de pesquisa 15. Festa do Pau de Santo Antônio de Barbalha-CE
– 17/09/2015
a. Estadual UF
16. Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim –
b. UF – Município
05/06/2013
c. Nacional
17. Festividades do Glorioso São Sebastião na Re-
1. Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wa- gião do Marajó – 27/11/2013
jãpi – 20/12/2002
18. Frevo – 28/02/2007
2. Bembé do Mercado – 13/06/2019
19. Jongo no Sudeste – 15/12/2005
3. Caboclinho pernambucano – 24/11/2016
20. Literatura de Cordel – 19/09/2018
4. Cachoeira de Iauaretê – Lugar Sagrado dos po-
21. Marabaixo – 08/11/2018
vos indígenas dos rios Uapés e Papuri – 10/08/2006
22. Maracatu Baque Solto – 03/12/2014
5. Carimbó – 11/09/2014
23. Maracatu Nação – 03/12/2014
6. Cavalo Marinho – 03/12/2014
24. Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Parti-
90 91

do Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo – 38. Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino Pai
20/11/2007 Eterno de Trindade – 15/09/2016
25. Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas 39. Saberes e Práticas Associados ao modo de fa-
regiões do Serro e das serras da Canastra e do Sa- zer Bonecas Karajá – 25/01/2012
litre/ Alto Paranaíba – 13/06/2008 40. Samba de Roda do Recôncavo Baiano –
26. Modo de Fazer Renda Irlandesa, tendo como 05/10/2004
referência este ofício em Divina Pastora/SE – 41. Sistema Agrícola Tradicional de Comunidades
28/01/2009 Quilombolas do Vale do Ribeira – 20/09/2018
27. Modo de Fazer Viola-de-Cocho – 14/01/2005 42. Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro –
28. Modos de Fazer Cuias do Baixo Amazonas – 05/11/2010
11/06/2015 43. Tambor de Crioula do Maranhão – 20/06/2007
29. Ofício das Baianas de Acarajé – 14/01/2005 44. Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani
30. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras – 20/12/2002 – 03/12/2014
31. Ofício de Sineiro – 03/12/2009 45. Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Ma-
32. Ofício dos Mestres de Capoeira – 21/10/2008 mulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco
– 04/03/2015
33. Procissão do Senhor dos Passos de Santa Cata-
rina – 20/09/2018 46. Toque dos Sinos em Minas Gerais tendo como
referência São João del Rey e as cidades de Ouro
34. Produção Tradicional e Práticas Socioculturais
Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas do Cam-
Associadas à Cajuína no Piauí – 15/05/2014
po, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes –
35. Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe 03/12/2009
– 05/11/2010
47. Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Anti-
36. Ritxòkò: Expressão Artística e Cosmológica do ga Pelotas – 15/05/2018
Povo Karajá – 25/01/2012
48. Outros
37. Roda de Capoeira – 21/10/2008
92 93

NÃO SÃO TEMÁTICAS EDUCATIVAS CULTURAIS a prio-


ri, entre outras:
Especificações
técnicas do
• Botânica e Agro -estar
• Coaching - Terapias
produto
- Gestão do Tempo • Meio Ambiente
Detalhamento dos produtos como paginação, ma-
- Motivacional • Práticas
terial, editoração, projeto pedagógico, duração, carga
- de Relacionamentos - Artes Marciais horária das apresentações performáticas, se for o caso.
- de Produtividade - Massoterapia Ações pormenorizadas de canto e música instru-
• Economia doméstica - Yoga mental como quantitativo de apresentações, tempo de
palco e cachê de artistas.
• Educação financeira • Reciclagem não artística
• Esteticismo • Saúde e bem-estar Coloque aqui seu projeto pedagó-
gico, projeto curatorial, critérios
• Mecânica - Terapias
de seleção e características de Edi-
• Medicina, Saúde e Bem- • Sustentabilidade toração, se houver.
94 95
Fique de olho!
a) Critérios de seleção: For- ção da obra, além apontar o Exemplo de como as informações
ma de escolha dos partici-
pantes nos stands de feiras
responsável pela execução e
revisão do catálogo da expo-
devem estar organizadas
culturais. Lembre-se de que sição.
não é permitido a destina- e) Projeto pedagógico: Vol- Produto: OFICINAS
ção das ações culturais em tado para a formação, ca- Projeto Pedagógico
circuito privado ou coleções pacitação, especialização e
particulares. aperfeiçoamento na área da • O projeto irá formar 30 artesãos para a criação de 10
b) Editoração: São as carac- cultura, que contenha, pelo produtos desenvolvidos por profissionais (arquiteto,
terísticas basilares do livro, menos: designer de produto).
paginação, formatação, tipo a. os objetivos gerais e suas - A formação desses artesãos será por meio de 06
de papel, gramatura, tira- justificativas;
gem, tipo de impressão.
(seis) oficinas de até 05 (cinco) pessoas.
b. os objetivos específicos e
c) Direitos autorais: Em es- suas justificativas; - Ao todo, as oficinas pretendem produzir 300 pe-
pecial se há gastos com a ru- ças, 50 peças por oficina.
c. carga horária completa
brica Direitos Autorais. Caso
h/a e frequência por mês e - Estima-se produzir 10 peças por artesão, em
a obra seja de domínio públi-
semana; cada oficina.
co, relate nesse campo.
d. público-alvo;
d) Projeto curatorial: Ação (...)
e. metodologias de ensino;
que prepara, concebe, mon-
ta exposições Trata-se de f. material didático a ser uti-
proposta de combinações lizado; Produto: LIVRO
estéticas entre os seguintes g. conteúdo a serem minis-
Editoração
procedimentos: medidas de trados;
acessibilidade, processos h. profissionais envolvidos, • Capa dura papelão 10_lombada quadrada.
discursivos, linhas editoriais i. sendo informação obriga- • Formato aberto: 360x270mm.
e ações educativas didáticas tória para o produto “Con-
expositivas. A proposta deve • Formato fechado: 180x270mm.
trapartida Social das ações
apresentar a concepção das educativas com certificado • Capa em tecido creative azul royal
obras de arte, montagem e de 40 h/a.
supervisão de uma exposi- • Gravação baixo relevo + hot stamping prata e dourado.
96 97

• Guardas (3x1 preto + pantone prata): 8 páginas, im- Produto: FEIRA DE ARTESANATO
pressas a 2x1 cores no papel offset ld 150g impressão;
Critérios de seleção do feirante
refile; dobra;
• Todo feirante participante do evento obedece aos se-
• Miolo (4x4 cmyk) com verniz fosco de máquina f/v:
guintes critérios:
432 páginas, impressas a 4x4 cores no papel couchê
fosco nacional imune 150g impressão, dobra. - 1.1. Referência à cultura popular (inspiração nos
elementos da cultural local, com utilização de
• Acabamento: shrink individual
técnicas e materiais daquela região);
• Caixa kit - formato aberto 420x610mm, fechado
- 1.2. Criatividade (originalidade, não seguindo as
210x210mm, impressos no cartão duplex 250g, 4x0.
normas preestabelecidas e nunca imitando o que
• Tabuleiro - formato aberto 420x420mm, 210x210mm, já foi feito repetidas vezes por outros artesãos/
impressos no couchê 300g 4x4 cores. manualistas, cozinheiros /chefs e modistas/ esti-
• Jogo de cartas (tabuleiro) - formato 78x55mm, im- listas/ costureiros);
pressos no couchê 300g, 4x4 cores. - 1.3. Linguagem própria (estilo reconhecido como
• Caderno de atividades - formato aberto 200x200mm, uma forma de expressão do autor);
capa em cartão triplex 250g, 4x1 cores, miolo com 12 - 1.4. Tradição (matéria-prima e modo de fazer
páginas 1x0 cor, no papel offset 180g. que seja transmitido de geração em geração e re-
• Livreto - formato aberto 400x200mm, fechado presentam o local);
200x200mm, capa impressa no papel couchê 250g, 4x4 - 1.5. Apresentação (material de suporte: embala-
cores, miolo com 32 páginas impressas no papel offset gem, etiqueta, rótulo, cartão); e
150g, 4x4 cores. Capa dura.
- 1.6. Produto associado à cultura local (possuir
Direitos Autorais atributos/características culturais da região ou
Informo que o livro é de minha autoria, inclusive as com a iconografia da região).
ilustrações e a imagem, sendo que os gastos com ru-
bricas Direito Autoral estão dentro do teto percentual
de remuneração do proponente.
98 99

Descrição da Exemplo de como as informações


devem estar organizadas
Atividade do Produto
Produto: APRESENTAÇÃO DE MÚSICA
Neste campo é necessário cadastrar dois textos
de maneira clara e separada: um para Descrição da
Música Cantada Música Instrumental
atividade do produto em geral e outro para Descrição
da atividade do produto Contrapartida Social 5 grupos musicais sopro 1 banda de rock
10 apresentações instru- 1 apresentação de rock
Descrição da atividade do produto em geral
mentais progressivo
Quer detalhar um produto em específico? Este é 25 músicos flautistas 4 músicos da banda de
o momento! Cachê de R$ 500,00 para rock

Apresente nesse campo detalhes de sua atividade cada músico Cachê de R$ 100,00 para
Gastos com montagem cada músico
cultural que não foram mencionados nos campos an-
R$ 1000,00 Gastos com roadie
teriores, como a programação do evento, por exemplo. R$ 400,00
Em propostas com ações de música cantada, com
ações de música instrumental ou outras linguagens
artísticas, listar:
• as bandas ou grupos musicais a serem contra-
tados;
• sua formação;
• repertório;
• quantidade de participações;
• cachê e
• valores gastos com as apresentações exclusi-
vamente instrumentais e as apresentações com
canto.
100 101

Fique de olho! Glossário da IN Anexo I

a) Consulte o anexo III da IN 01/2023,


I - Ações Formativas Culturais:
quanto às informações e aos documen- Ações presenciais e gratuitas, destinadas a alunos
tos obrigatórios; e professores de instituições públicas de ensino de qual-
b) O que não pode ser esclarecido nes- quer nível, que visem à conscientização para a impor-
se campo deve ser anexado em menu tância da arte e da cultura por intermédio do produto
lateral esquerdo >> Anexar documen- cultural do projeto.
tos.
Descrição da atividade do produto Con- Seção III
trapartida Social Das Contrapartidas Sociais
• Descrever DETALHADAMENTE Art. 30. As propostas culturais com comercialização
qual será a ação formativa cultu- de ingressos ou produtos culturais deverão apresen-
ral oferecida como CONTRAPAR- tar ações formativas culturais obrigatórias, adicionais
TIDA SOCIAL (em atendimento ao àsatividades previstas, em território nacional, preen-
artigo 30 da IN nº 01/2023). chendo o produto cultural secundário Contrapartidas
Sociais no Plano de Distribuição, com rubricas deta-
lhadas na Planilha Orçamentária.

§ 1º As ações formativas culturais deverão cor-


responder a pelo menos 10% (dez por cen-
to) do quantitativo de público previsto no
plano de distribuição, contemplando no mí-
nimo 20 (vinte) e no máximo 500 (quinhen-
tos) beneficiários, a critério do proponente.

§ 2º As ações formativas culturais destinam-se


102 103

aos estudantes e professores de instituições pú- ATENÇÃO:


blicas de ensino, que não se confundem com as
medidas de ampliação do acesso contidas no in-
Informar a quantidade de beneficiários da
ciso VI do art. 28, podendo abranger uma das
Contrapartida Social (esta informação deve
seguintes ações:
estar compatível com a quantidade inseri-
da no PLANO DE DISTRIBUIÇÃO).
I- oferecer bolsas de estudo ou estágio de
gestão cultural e artes;
II- oferecer ensaios abertos, estágios, cur-
sos, treinamentos, palestras, exposições, Fique de olho!
mostras e oficinas ou
III- outras medidas sugeridas pelo propo- O produto Contrapartida Social não é
nente, a serem apreciadas pela Comissão um produto ligado ao projeto.
Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). O produto Contrapartida Social deve
apresentar objetivos que visam sensibilizar
§ 3º Excluem-se da obrigatoriedade os projetos os públicos para apreciação e consumo de
que contenham açes formativas ou programas produtos e bens gerados pelas linguagens
educativos. culturais e artísticas que o projeto trabalha.
104 105

Exemplo de como as infor-


mações devem estar orga-
nizadas

Produto: TEATRO
Passagem

Responsa
• Informo que o item passagem faz re-
ferência aos atores e à equipe técnica
para a itinerância da peça no Nordeste
do Brasil.

Produção independente

• Declaro que o projeto cultural é uma


produção independente, pois (eu pro-
bilidade
Social
ponente) não detenho a posse ou pro-
priedade de espaços cênicos ou salas de
apresentação. Conforme planilha, há o
item aluguel de teatro para tal fornece-

capítulo
dor de CNPJ tal.

4
Produto: OFICINAS
Aquisição de bem durável permanente

• Informo que o item Computadores se-


rão necessários para as oficinas de Con-
trapartida Social e quando o projeto aca-
bar ou caso esta instituição fechar, a
106 107

Responsabilidade
Social
Acessibilidade
Para CADA PRODUTO CADASTRADO no plano de
distribuição, acrescentar as medidas que serão adotadas
para promover a acessibilidade física no local da reali-
zação do projeto e as medidas que serão adotadas para
promover a acessibilidade ao conteúdo dos produtos
às pessoas com deficiência física, visual, auditiva e que
apresentem espectros, síndromes ou doenças que ge-
rem limitações aos conteúdos, assim como pessoas que
desconhecem as linguagens ou idiomas dos conteúdos.
108 109

Exemplo de como as informa- inserido na planilha orçamentária referente às medidas


que serão adotadas.
ções devem estar organizadas Produto: CONTRAPARTIDA SOCIAL
ACESSIBILIDADE FÍSICA: detalhar quais serão as medi-
Produto: ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS
das adotadas.
ACESSIBILIDADE FÍSICA: detalhar quais serão as medi-
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
das adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item que serão adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
ACESSIBILIDADE para PcD VISUAIS: detalhar quais se-
que serão adotadas.
rão as medidas adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD VISUAIS: detalhar quais se-
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
rão as medidas adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item que serão adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
ACESSIBILIDADE para PcD AUDITIVOS: detalhar quais
que serão adotadas.
serão as medidas adotadas.
ACESSIBILIDADE para PcD AUDITIVOS: detalhar quais
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
serão as medidas adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item que serão adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS QUE APRESENTAM
que serão adotadas.
ESPECTROS, SÍNDROMES OU DOENÇAS QUE GEREM
ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS QUE APRESENTAM LIMITAÇÕES AOS CONTEÚDOS, ASSIM COMO PES-
ESPECTROS, SÍNDROMES OU DOENÇAS QUE GEREM SOAS QUE DESCONHECEM AS LINGUAGENS OU IDIO-
LIMITAÇÕES AOS CONTEÚDOS, ASSIM COMO PES- MAS DOS CONTEÚDOS: detalhar quais serão as medi-
SOAS QUE DESCONHECEM AS LINGUAGENS OU IDIO- das adotadas.
MAS DOS CONTEÚDOS: detalhar quais serão as medi-
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item
das adotadas.
inserido na planilha orçamentária referente às medidas
• Item da planilha orçamentária: informar qual é o item que serão adotadas.
110 111

Fique de olho! Democratização


a) As medidas de acessibilidade devem ser de Acesso
adotadas para 100% das sessões/aulas/apre-
sentações etc. Neste campo é necessário cadastrar dois textos de
b) Os custos com ações de acessibilidade devem maneira clara e separada: um para Democratização de
estar sempre previstos no orçamento analítico Acesso e outro para Ampliação de Acesso.
do projeto, mesmo que estes sejam oriundos
Democratização de Acesso
de Recursos Próprios.
A) Informar como serão distribuídos os produtos cultu-
c) Lembramos que o não atendimento à Lei de
rais resultantes do projeto, respeitando os limites do ar-
Inclusão não permite ao MINC aprovar os pro-
tigo 27 da IN 01/2023:
jetos. Para tanto, os mesmos devem apresen-
tar medidas que ASSEGUREM, com precisão, a Art. 27 O plano de distribuição da proposta deve pre-
FRUIÇÃO do conteúdo do projeto aos PcD físi- ver medidas de democratização do acesso aos produ-
cos, auditivos, visuais e intelectuais. tos, bens, serviços e ações culturais produzidos, con-
tendo as estimativas da quantidade total de ingressos
d) Salientamos que o projeto pode ser inde-
ou produtos culturais previstos, observados os seguin-
ferido na análise da vinculada pelo não aten-
tes limites:
dimento à Lei de Inclusão, caso a vinculada
entenda que as medidas de acessibilidade I - até 10% (dez por cento) para distribuição gratuita
propostas não são suficientes. promocional por patrocinadores,

Havendo mais de um, receberão em quantidade pro-


porcional ao investimento efetuado;

II - mínimo de 10% (dez por cento) para distribuição


gratuita com caráter social ou educativo;

III - até 10% (dez por cento) para distribuição gratuita


promocional pelo proponente em ações de divulgação
112 113

do projeto; § 5º O valor total da receita prevista no projeto deve ser

IV - mínimo de 20% (vinte por cento) para comercia- igual ou inferior ao Custo Total do Projeto.

lização em valores que não ultrapassem 3% (três por § 6º É permitida a transferência de quantitativos não
cento) do salário-mínimo vigente no momento da utilizados nas cotas dos incisos I, III e IV para a cota
apresentação da proposta. prevista no inciso II do caput.

§ 1º As cotas previstas nos incisos I, II e III poderão ser § 7º Os projetos culturais que contemplem o custeio de
cumpridas com realizações de sessões exclusivas. atividades permanentes deverão prever a aceitação

§ 2º Os ingressos ou produtos culturais poderão ser do Vale-Cultura como meio de pagamento quando da

comercializadas de forma adicional ao plano de dis- comercialização dos produtos culturais resultantes,

tribuição aprovado, desde que com recursos não in- nos termos da Lei nº 12.761, de 2012.

centivados. § 8º A distribuição gratuita prevista no inciso II do

§ 3º A parametrização estabelecida no sistema obser- caput deverá ocorrer, preferencialmente, nos pontos

vará o que segue: de venda do produto cultural.

I – meia-entrada assegurada para estudantes em, no B) Lembre-se de detalhar aqui a forma como serão doados

mínimo, 40% (quarenta por cento) do quantitativo total ou vendidos os ingressos ou produtos culturais resultantes

dos ingressos comercializados, conforme o § 10 do art. 1º do projeto, com descrição pormenorizada dos preços e sua

da Lei nº 12.933, de 2013; distribuição por categorias de acesso ou produção, confor-


me cadastro no Plano de Distribuição.
II – meia-entrada assegurada para idosos em todos os
ingressos comercializados, conforme art.23 da Lei nº C) A disposição deve refletir as estratégias de alcance do

10.741, de 1º de outubro de 2003. público-alvo com o processo de distribuição e apresentar


os resultados esperados pela democratização de acesso
§ 4º Separadas as cotas previstas nos incisos I, II, III e
dos produtos e serviços culturais vendidos com geração de
IV do caput, os ingressos ou produtos culturais restan-
receita ou ingresso social ou distribuídos plenamente de
tes poderão ser comercializados em valores a critério
forma gratuita.
do proponente, desde que o preço médio do ingresso
ou produto se limite a R$ 250,00 (duzentos e cinquen-
ta reais).
114 115

Ampliação
Fique de de acesso
olho! Para cada produto cadastrado no plano de distri-
a) Descreva no campo “Democra- buição, citar explicitamente qual inciso/medida do art.
tização de Acesso” a forma de dis- 28 da IN nº 01/2023 a proposta irá adotar como ação de
tribuição e comercialização dos
AMPLIAÇÃO DE ACESSO.
produtos da proposta.
Obs: Retirar qualquer outra informação, como quanti-
b) Não se esqueça de que as infor-
mações aqui relatadas são com- dade e valores de exemplares ou ingressos.
plementares ao seu Plano de Dis- Copie, cole, negrite, destaque e depois justifique os inci-
tribuição Cadastrado. sos e alíneas escolhidos a seguir:
a. Os quantitativos estão no Plano Artigo 28. Em complemento, o proponente deverá pre-
de Distribuição.
ver a adoção de, pelo menos, uma das seguintes me-
b. Aqui são identificados os Bene- didas de ampliação do acesso:
ficiários e os Critérios de Seleção.
I - doar, além do previsto na alínea “a”, inciso I
i. Critérios de seleção dos benefi-
do arI - doar 10% (dez por cento) dos produtos
ciários: Forma de escolha dos es-
tudantes dos cursos entre outros. resultantes da execução do projeto para distri-
buição gratuita com caráter social, além do pre-
ii. Lembre-se de que não é permi-
visto inciso II do art. 27, totalizando 20% (vinte
tida a destinação das ações cultu-
rais circuito privado ou coleções por cento);
particulares. II - ampliar a meia-entrada de que trata o § 3º do
art. 27, em todos os ingressos comercializados,
para pessoas elegíveis e não contempladas com
a gratuidade de caráter social referida no inciso
II, caput do art. 27;
116 117

III - oferecer transporte gratuito ao público, pre- X - outras medidas sugeridas pelo proponente,
vendo acessibilidade à pessoa com deficiência a serem apreciadas pela Comissão Nacional de
ou com mobilidade reduzida e aos idosos; Incentivo à Cultura (CNIC).
IV - disponibilizar, na internet, registros audiovi-
suais dos espetáculos, das exposições, das ativi- Art. 29. Para os efeitos desta Seção, considera-se:
dades de ensino e de outros eventos referente ao
I - de caráter social, a distribuição de ingressos
produto principal;
e produtos culturais para pessoas de grupos mi-
V - garantir a captação e veiculação de imagens noritários ou comunidades em vulnerabilidade
das atividades e de espetáculos por redes públi- social, tais como: negros, indígenas, povos tra-
cas de televisão e outros meios de comunicação dicionais, populações nômades, pessoas em situa-
gratuitos; ção de rua, pessoas LGBTQIA+, pessoas com defi-
VI - realizar, gratuitamente, atividades paralelas ciência, beneficiários do Bolsa Família e CadÚnico;
aos projetos, tais como ensaios abertos,estágios, II - de caráter educativo, a distribuição a alunos
cursos, treinamentos, palestras, exposições, mos- da rede pública de ensino fundamental, médio
tras e oficinas; ou superior.
VII - realizar ação cultural voltada ao público in-
fantil ou infantojuvenil;
VIII - realizar atividades culturais nos estabele-
cimentos prisionais das unidades da federação;
IX - estabelecer parceria visando à capacitação
Fique de olho!
de agentes culturais em iniciativas financiadas Neste campo é necessário cadastrar um
pelo poder público; texto de maneira clara e separada: um para
os incisos do artigo e retirar qualquer outra
informação desse campo que não seja so-
bre o artigo elencado anteriormente.
118 119

Orçamento

capítulo

5
120 121

Orçamento
(Quanto?) (How much?)
Todo o Orçamento deve estar de
acordo com o escopo do projeto.

1.Objetivos.

2.Local.

3.Cronograma de execução; Equi-


pe de trabalho e Justificativas das
rubricas.

O Orçamento remeta-se às ações indicadas no Cro-


nograma e veja quais gastos estão implícitos em cada
uma delas. Geralmente, os projetos preveem recursos
para: pessoal e serviços, infraestrutura e montagem,
material de consumo, material gráfico, custos adminis-
trativos, comunicação e divulgação, além de impostos
e taxas.

O Orçamento deve ser dividido em: Pré-Produção,


Produção, Divulgação e Mídia, Custos Administrativos,
Impostos e Taxas, Elaboração e Agenciamento/ Cap-
tação de Recursos.
122 123

Observação: Verifique os percentuais. Ge- Pagamentos: Pessoa jurídica -


ralmente são modificados com a publicação nota fiscal; pessoa física - RPA (Recibo de
de Novas Normativas, mas, via de regra, os Pagamento de Autônomo). Não esquecer
percentuais são os seguintes: das deduções do INSS, do IR e se o municí-
1. Divulgação – entre 5% e 20%. pio também tem a retenção do ISS.

2.Custos administrativos 20%. Projeto cultural: Não paga ta-


xas bancárias nem multas.
3.Captação de recursos – 10%. Limitado ao
valor máximo de R$ 150.000,00. Pode ser previsto o INSS: É de responsabi-
lidade do pagador, não podendo ser des-
contado da base de cálculo do valor pre-
O Orçamento deve indicar todos os recursos visto à pessoa física.
financeiros necessários à execução do projeto, com va-
lores unitários e totais.
Conta: Conta corrente específica
A maioria das leis e dos editais possuem uma cota- para o projeto cultural, cuja responsabili-
-limite de financiamento. Se o projeto extrapolar o valor dade de movimentação é do proponente.
determinado, deverá comprovar a existência de outras
fontes de financiamento. No caso, divida os totais em Carta de Ciência: Pessoas fí-
valor solicitado ao edital pelo valor total do projeto. sicas ou jurídicas relacionadas na equipe
O Orçamento também deve ser apresentado em técnica, equipe principal do projeto.
forma de tabela, por itens, e não em texto. Sugere-se Unidade de medida: Cachê, dia, mês, ser-
que pelo menos indique: item, valor unitário, quantida- viço, unidade etc.
de e valor total. O valor total do projeto é a multiplicação
de todos os itens anteriores.
Aplicação: Realizar despesas pre-
vistas no Orçamento.
DICA: Tenha em mãos os orçamentos,
pois muitos editais (convênios, leis...) solici-
tam o envio dos mesmos.
124 125

Para inserir produtos vá no menu lateral es- • Na Justificativa deve constar: Contratação de um
querdo >> Plano de distribuição >> Novo Pro- produtor pelo período de 6 meses (produção) para
duto montar a equipe, supervisionar a escolha de elenco e
Para detalhar os custos rubrica a rubrica, cli- coordenar os trabalhos da equipe.
que >> no produto>> no município (cadastrado Obs: A justificativa deve ser clara e objetiva e descre-
em “Local de realização” >> “Novo item” ver a função da pessoa ou a necessidade da aquisição
ou do serviço.
B) Preencher a planilha de acordo com as seguintes
orientações
A) Inserir justificativas para todos os itens da Planilha
Orçamentária. I. “Unidade” (deve ser compatível com o item or-
çamentário):
Obs: Explicar a relação das colunas “Unidade”, “Qtd.
• “Serviço”: Utilizado apenas para atividades
de dias”, “Quantidade” e “Ocorrência”.
pontuais e não contínuas. Ex: Pintor, Eletricis-
ta, Tradução, Revisão de texto, Intérprete de
Exemplo: libras etc.
• Item “Produtor”, ETAPA DE PRODUÇÃO (180 dias). • “Mês”: Para contratação de profissionais que

• A coluna “Unidade” deve ser preenchida com irão trabalhar de forma contínua durante a
“Mês”. execução do projeto.

• A coluna “Qtd de dias” deve ser preenchida • Exemplo: Coordenadores, diretores, produto-

com 180. res, professores etc. Deve-se inserir a média


de valor mensal pago a esses profissionais.
• A coluna “Quantidade” deve ser preenchida
com 1 (um produtor). • “Semana”: Em algumas situações, a depender
do período, utilizar esta unidade para profis-
• A coluna “Ocorrência”com 6 (6 meses).
sionais que irão trabalhar de forma contínua
• Na coluna valor deve constar o salário mensal durante a execução do projeto
do produtor.
• “Verba”: Reserva de recurso para atividade
126 127

• que o proponente não consegue ainda definir do item que será adquirida/contratada/utili-
quantidade ou valor específico. Exemplo: Ma- zada.
terial de consumo, locação de equipamentos IV. “Ocorrência”:
etc. Não use esta categoria para serviços men-
• Deve ser preenchida com a quantidade exata
suráveis.
do item que será adquirida/contratada/utili-
• “Unidade”: Utilizar “Unidade” para itens que
zada.
são adquiridos, alugados, contratados por
Exemplos:
UNIDADE, por exemplo: hospedagem (inserir
a quantidade de beneficiários, na ocorrência, • Quero contratar 02 bandas que irão tocar em um
o número de diárias e o valor unitário da diá- festival em 04 cidades diferentes:
ria), locação de carro (inserir na quantidade • Unidade: “Cachê”
quantos carros serão alugados, na ocorrên-
• Quantidade = 2
cia inserir por quantos dias e informar o valor
unitário da diária). • Ocorrência = 4

• “Cachê”: Para pagamento de artistas ou gru- • Quero adquirir 500 banheiros químicos para um
pos artísticos. show: unidade:

II. “Quantidade de dias”: • Unidade: “Unidade”

• Deve ser preenchido com a quantidade de • Quantidade = 500


dias de duração da etapa correspondente: • Ocorrência = 1
pré-produção, produção e pós-produção (má-
• Quero utilizar 01 intérprete de libras durante 36
ximo de 60 dias), conforme o campo ETAPAS
apresentações:
DE TRABALHO.
• Unidade: “Serviço”
• As quantidades de dias não interfere no valor
total do item. • Quantidade = 1

III. “Quantidade”: • Ocorrência = 36

• Deve ser preenchida com a quantidade exata • Quero contratar um produtor na fase de produção
128 129

do projeto com duração de 180 dias. Exemplo de documento anexado:


• Unidade: “Mês” • Os três orçamentos seguintes referem-se ao item
• Quantidade = 1 5 “arte-educador” do município tal na etapa de tra-
balho tal.
• Ocorrência = 6 (meses)
• Em seguida, apresente os três orçamentos.

• Depois faça outra “capa” especificando os próxi-


C) AS INFORMAÇÕES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE-
mos três orçamentos.
VEM SER COMPATÍVEIS COM OS CAMPOS DA PROPOSTA.
• Ex.: Os três orçamentos seguintes referem-se ao
D) Ajustar/Reduzir o valor dos itens destacados em la-
item 8 “Coordenação pedagógica” do município tal
ranja na planilha para que não ultrapassem os valores
na etapa de trabalho tal e assim por diante.
autorizados pelo Ministério ou ANEXAR três (03) ORÇA-
MENTOS/COTAÇÕES para cada item em laranja e justifi- E) Caso tenha algum item de aquisição de bem durável
car na planilha orçamentária O PORQUÊ de ter sido pro- permanente, considerando o artigo 18 da IN 01/2023,
posto um valor superior ao aprovado pelo Ministério. o proponente deve anexar nos documentos da pro-
posta cotação de preços para todas as despesas com
aquisição de bens permanentes constantes na PLANI-
LHA ORÇAMENTÁRIA e
• ATENÇÃO: Entre os orçamentos apresenta- • No campo “Outras Informações”: Declaração infor-
dos, escolher o de menor valor. mando para qual entidade pública de natureza cul-
• Para visualizar os itens em laranja na pla- tural serão destinados os bens após o fim do projeto
nilha orçamentária, clique no menu lateral: ou após a dissolução da instituição proponente (no
Orçamento do projeto> Visualizar planilha. caso de instituição proponente sem fins lucrativos).

• ATENÇÃO: Organize os orçamentos em um F) É obrigatório inserir rubricas referentes às medidas


só documento pdf. Para cada item, apresen- de Acessibilidade em CADA PRODUTO.
te três (03) orçamentos. • A coluna Ocorrência na planilha orçamentária nos
itens referentes às medidas de acessibilidade deve
130 131

ser compatível com o número de apresentações/


sessões/aulas etc.
Fique de olho!
G) Caso tenha itens referentes a passagens/hospe-
a) Você pode pegar a tabela com todos os itens orça-
dagem/diárias/viagens na planilha orçamentária, in-
mentários e demais informações de patrocinadores,
formar os trechos no campo Justificativa da planilha
empresas, projetos entre outros.
orçamentária e no campo Deslocamentos (Local de
Realização/Deslocamento). http://sistemas.cultura.gov.br/comparar/salicnet/sa-
ATENÇÃO: Informar no campo “Outras Informa- licnet.php
ções” os beneficiários das passagens/hospedagens/ b) Existem três (03) variáveis na composição da plani-
diárias/viagens (nome e/ou função no projeto). lha orçamentária: Quantidade de dias, Quantidade e
O proponente deve especificar os beneficiários das Ocorrência.
passagens/diárias/hospedagem e quais as suas fun- c) O campo Quantidade de dias não interfere no valor
ções no projeto, informando a atividade que será total do item, ou seja, pode-se inserir qualquer valor
realizada e a necessidade desses deslocamentos/ que não há implicação prática.
viagens.
d) O campo Quantidade representa qual a quantia
exata do item e sua Unidade que será adquirida/con-
tratada/utilizada.
e) O campo Ocorrência representa o número de vezes
que o item será adquirido/contratado/utilizado.
f) A modal é calculada com base na série histórica de todos
os projetos aprovados desde o início da Lei de Incentivo.
a. Ela leva em consideração a rubrica, o produto e
a região do projeto (estado e município).
b. Normalmente, quando alguma rubrica extra-
pola a modal é devido ao preenchimento incorre-
to do valor unitário do item.
132 133

c. O valor unitário representa o valor individual Parágrafo único. Solicitações de valores superio-
de um item e não seu valor global. Para atingir o res aos definidos neste artigo poderão ser aprova-
valor global desejado, o proponente deve alterar das pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
os campos Quantidade e/ou Ocorrência. (CNIC), considerando as justificativas apresenta-
• Contudo, caso o preenchimento esteja correto e das pelo proponente e pela área técnica.
mesmo assim a rubrica ultrapasse a modal, o pro- Art. 15. Os valores relativos aos direitos autorais
ponente precisa justificar tecnicamente o motivo e conexos no orçamento dos projetos deverão
do custo elevado e, se necessário, anexar três orça- ter compatibilidade com os preços praticados no
mentos (escolhendo o menor). mercado cultural, até o limite de 10% (dez por
g) Segue o passo a passo de como inserir rubricas na cento) sobre o valor aprovado para execução,
planilha orçamentária. sendo as exceções submetidas à CNIC.

a. Entrar em “Orçamento do projeto” -> “Custos Art. 16. Para projetos da área do audiovisual, a
por produtos” -> Selecionar o produto para qual previsão dos custos relativos aos direitos deexibi-
deseja incluir a rubrica -> Selecionar o local -> Cli- ção cinematográfica no orçamento dos projetos
car na aba que representa a etapa desejada” -> será limitada a 20% (vinte por cento) sobre o va-
Clicar em “Novo Item” -> No campo “Item” sele- lor aprovado para execução, sendo as exceções
cionar a rubrica que deseja incluir. submetidas à CNIC.
h) O limite para pagamento com recursos incentiva- Art. 17. Pagamentos ao Escritório Central de Ar-
dos será de: recadação e Distribuição (ECAD) ficam limitados
I - R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) por apre- a10% (dez por cento) do valor total dos cachês
sentação, para artista, solista e modelo; pagos em cada apresentação, respeitado o Regu-
lamento de Arrecadação do ECAD.
II - R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para grupos
artísticos, bandas, exceto orquestras;
III - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por apresentação, Deslocamento: De profissionais às cida-
por músico, e R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) des e aos estados de origem e destino,
para o maestro ou regente, no caso de orquestras. além da quantidade de trechos.
134 135

Plano de distribuição de produtos de terial de divulgação das ações culturais realizadas


projeto cultural com recursos incentivados, observadas as regras
estabelecidas pelo Ministério da Cultura.
a) Deve refletir TODOS os produtos citados na proposta,
§ 1º Ato do Ministro de Estado da Cultura poderá
principalmente os descritos no campo RESUMO e OBJE-
estabelecer outras situações que não constituam
TIVOS ESPECÍFICOS.
vantagem financeira ou material nos termos do
b) Informar a estimativa de público ou da quantidade disposto no § 1º do art. 23 da Lei nº 8.313, de 1991.
produzida para os produtos culturais cadastrados, bem
§ 2º Na hipótese de haver mais de um patrocina-
como o valor dos ingressos ou exemplares (se houver
dor, cada um poderá receber produtos resultantes
previsão de venda).
do projeto em quantidade proporcional ao inves-
Para detalhar um produto, siga o seguinte caminho: timento efetuado, observado o limite total de 10%
Clicar em plano de distribuição > clicar em detalhar (dez por cento) para o conjunto de incentivadores.
produto (ícone verde com uma lupa) > clicar no nome Para não ensejar reprovação na prestação de contas,
da cidade desejada > clicar em novo detalhamento caso só haja a previsão de patrocinadores para financiar
caso não tenha cadastrado nenhum ou clicar em edi-
o projeto, sugerimos manter o plano de distribuição no
tar detalhamento (ícone azul com um lápis), caso já te-
valor máximo de 5% dos produtos.
nha cadastrado um detalhamento.
Caso haja doadores e patrocinadores ou caso o proponen-
c) ATENÇÃO: Nos termos dos artigos 61 do Decreto te não saiba prever os incentivadores nesse momento, ele
n.11.453/2023, poderá destinar até 10% do seu plano de distribuição ao
I - A destinação ao patrocinador de até 10% (dez conjunto de incentivadores, porém deve estar ciente dos
por cento) dos produtos resultantes do programa, limites máximos para cada tipo de incentivador e também
do projeto ou da ação cultural, com a finalidade de que a não observância desses limites poderá ensejar pe-
distribuição gratuita promocional, nos termos do nalidades, nos termos da legislação vigente.
plano de distribuição apresentado na inscrição do d) O produto CONTRAPARTIDAS SOCIAIS deve ser total-
programa, do projeto ou da ação, desde que pre- mente gratuito e não deve ter distribuição para divulga-
viamente autorizado pelo Ministério da Cultura. ção e patrocinador. A distribuição deve ser totalmente
II - A aplicação de marcas do patrocinador em ma- na coluna “População”.
136 137

e) O público da Contrapartida Social deve equivaler a, no d) Inserir todos os produtos citados no Resumo e nos Ob-
mínimo, 10% do total de beneficiários dos outros produ- jetivos Específicos. Se não houver menção do produto em
tos cadastrados no PLANO DE DISTRIBUIÇÃO. um desses campos, ele deverá ser excluído do plano de dis-
tribuição.
e) Informar a estimativa de público para os produtos cultu-
Para detalhar um produto, siga o seguinte rais cadastrados, bem como o valor dos ingressos ou exem-
caminho: Clicar em plano de distribuição > plares (se houver previsão de venda).
clicar em detalhar produto (ícone verde com
f) Verificar se existe coerência na área e nos segmentos se-
uma lupa) > clicar no nome da cidade deseja-
lecionados para cada produto cadastrado.
da > clicar em novo detalhamento caso não
g) Listar proposta > Plano de distribuição > clicar na lupinha
tenha cadastrado nenhum ou clicar em edi-
detalhar produto > clicar na cidade > novo detalhamento.
tar detalhamento (ícone azul com um lápis),
Daí para a frente o proponente poderá cadastrar a estima-
caso já tenha cadastrado um detalhamento.
tiva de público.
h) O preço médio diz respeito apenas aos valores comercia-
lizados a critério do proponente.

Fique de olho! i) O Valor por Pessoa Beneficiada do produto, dos bens e/


ou serviços culturais será de até R$ 300,00 (trezentos reais),
podendo ser computados os quantitativos totais previstos
a) Produto principal: Resultado preponderante do projeto,
para os produtos secundários, excetuando-se sítio da inter-
assim entendido o evento, a atividade ou o bem cultural
net e TV aberta,
primordial, finalístico ou essencial, podendo ser determi-
nado pela pauta mais extensa ou pelo custo mais elevado. a) Essa métrica é utilizada para ver a viabilidade do
projeto, que não pode ultrapassar R$ 300,00 (trezen-
b) Produto secundário: Demais resultados do projeto cultu-
tos reais) por beneficiário. Exemplo: Divida o valor to-
ral abrangendo eventos, atividades ou bens culturais que
tal do projeto pelo número de exemplares/ingressos/
dependem, derivam ou se vinculam ao produto principal
público e assim você obterá o valor por beneficiário.
do projeto, não podendo possuir custo unitário superior ao
produto principal. j) A Contrapartida Social é obrigatória para projetos com
receita prevista.
c) Clicar no plano de distribuição > Clicar na lupa > Clicar no
produto cadastrado > Clicar na cidade cadastrada > Clicar k) Feiras culturais com receita prevista são consideradas
na opção “Novo detalhamento”. Feiras de Negócios Culturais.
138 139
140 141

Captação
de
Recursos
capítulo

6
142 143

O número de projetos no mercado, para captação,


tem crescido muito nos últimos anos. Projetos sociais,
culturais, esportivos e outros entram no mercado com
os mais variados apelos, mas todos com um único obje-
tivo: conseguir o patrocinador.

Porém, para vender a ideia , além de ter um bom


projeto, é preciso ter uma boa apresentação. E não se
enganem, não estou solicitando um material caro e ela-
borado, estou falando de um material que realmente
venda a sua ideia.

Um projeto de captação de recursos possui certas


particularidades na sua redação, diferenciado da reda-
ção de projetos.

Conter informações claras e precisas que permi-


tam avaliar sua adequação aos objetivos da entidade
apoiadora.

Especificar as atividades e quantificar o Resultado


Final Esperado.

Demonstrar que a instituição reúne condições téc-


nicas, administrativas de recursos humanos e de infra-
-estrutura adequada à execução do projeto.

Se o principal objetivo for vender a ideia, você pre-


cisa conquistar. Mas nunca se esqueça de que todos de-
vem ganhar. Portanto, faça o dever de casa e veja: no
que e como o possível patrocinador poderá ganhar tam-
bém. E, por favor, não me venha com o argumen
144 145

to de que ele terá 100% de desconto nos impostos. Muitas entidades apoiadoras fazem uso de um for-
Primeiro porque isso pode acabar a qualquer momento mulário próprio. É preciso que se conheça o seu conteú-
e segundo porque você não foi vender um desconto no do e preencha somente o que for solicitado com ante-
imposto, mas, sim, uma parceria com o seu projeto. An- cedência, para que possa ser revisado e alterá-lo, se for
tes de tudo, entenda: você não está vendendo uma Lei o caso.
de Incentivo; você está negociando o seu projeto. Falar Atualmente, muitas empresas e fundações fazem
se o projeto tem ou não algum benefício fiscal é a última chamadas públicas para recebimento de projetos cultu-
coisa. É a “carta na manga” das argumentações. rais, por meio da divulgação de um edital próprio e da
Para que serve um material de apresentação? Para, confecção de formulários de preenchimento de proje-
além de vender a ideia, ser também o suporte de tudo tos, que podem ser on-line ou de forma impressa.
o que será falado em uma reunião de apresentação. O
material precisa, mesmo sem você presente, mostrar o O Projeto de Captação é um instrumento de co-
que é o projeto, suas possibilidades e o que a empresa municação elaborado para tornar a sua propos-
ganhará com isso. ta cultural um produto atraente e capaz de con-
quistar, efetivamente, recursos financeiros de
Um projeto de captação de recursos possui certas
empresas patrocinadoras. Para alcançar esse
particularidades na sua redação, diferenciado da reda-
nível, o Projeto deve ser estruturado com clare-
ção de projetos.
za e objetividade. A estrutura básica pode ser a
seguinte:
• Informações claras e precisas que permi-
• Um resumo objetivo do que se pretende
tam avaliar sua adequação aos objetivos da
realizar, com a apresentação esclarecedora
entidade apoiadora.
do que se trata o projeto.
• Especificar as atividades e quantificar o Re-
• O que é, quem vai fazer, quando será reali-
sultado Final Esperado.
zado, qual o público beneficiado. Deve apre-
• Demonstrar que a instituição reúne condi- sentar o projeto informando seu conceito e
ções técnicas, administrativas de recursos quem está por trás da ideia, ou seja, o autor.
humanos e de infra-estrutura adequada à Deve informar o nome dos integrantes da
execução do projeto. equipe, pelo menos os mais importantes.
146 147

Objetivos RETORNOS DO
PATROCINADOR
Deve listar o que pretende com o projeto, quais os
objetivos (geral e específicos) que pretende alcançar. É
importante apontar objetivos e público-alvo do projeto, Benefícios ao patrocinador:
demonstrando que há ações que trazem benefícios fo-
calizados em um público específico, e os objetivos expli-
• É um dos itens mais importantes de qualquer
citados têm consonância com o planejamento da marca
projeto cultural.
patrocinadora.
• É preciso informar o que vai dar à instituição (ou
empresa) em troca do apoio (institucional ou fi-

Público-alvo nanceiro) que receberá.

• O projeto deverá ter contrapartidas compatíveis

Qual o público que será atendido com esse projeto. com o investimento. Aqui devem ser listadas to-
Quantificar (previsão) e qualificar. das as formas possíveis de retornos:

Institucionais – que valores positivos o pro-


jeto irá agregar à imagem institucional da empresa
patrocinadora.

Interesse público – indicação do impacto so-


cial do projeto ou das atividades culturais a serem rea-
lizadas como contrapartida (compromisso-cidadão).

Créditos – descrever em detalhes, ilustrando


com imagens, se possível, como o crédito de patrocínio
148 149

será divulgado para o público em geral (nos cartazes,


folhetos, programas, convites, faixas, outdoors etc.).
Plano de
Retornos de mídia – diga qual será sua es- comunicação
tratégia para motivar os jornalistas a fazerem maté-
rias positivas sobre o projeto; É o planejamento/descrição de como o seu
projeto será comunicado/divulgado para o
Retornos de marketing - diga por que o seu público-alvo. O Plano de Comunicação,
seu projeto irá valorizar o(s) produto(s) ou o(s) servi- em um projeto cultural, pode englobar três
ço(s) do seu patrocinador, pela forma que ele chegará áreas de trabalho:
ao público-alvo. Se fixará uma marca de produto na
memória do público, explore essa vantagem. Mídia paga
Retornos financeiros - mostre os descon- Refere-se ao planejamento dos anúncios
tos que o patrocinador terá nos impostos, caso o seu pagos, os quais serão veiculados por jor-
projeto esteja enquadrado numa lei de incentivo; se nais, revistas, emissoras de rádio ou de
o seu projeto ajudar efetivamente a vender os produ- televisão e outdoors. Relacione as mídias
tos ou serviços do patrocinador (ação promocional), onde você pretende veicular anúncios ou
comente esse ponto de uma forma envolvente. chamadas para o seu projeto.

Retornos especiais ou exclusivos - Mecanismos de divulgação


alguns projetos podem ser tão perfeitamente ade-
quados para determinadas empresas que merecam Referem-se a faixas, cartazes, filipetas,
o acréscimo de um texto sobre Retornos Exclusivos. convites, comunicados à imprensa (pres-
(Por exemplo: se o seu projeto é de teatro e a ação s-releases), convites, comunicados espe-
se passa num bar, o cenário poderá ter anúncios de ciais (press-kits), camisetas ou bonés com
propaganda da marca de uma bebida, fabricada jus- a logomarca do projeto etc. Relacione to-
tamente pelo patrocinador, ou um livro cuja apresen- das as peças que você pretende criar para
tação será escrita pelo patrocinador). divulgar seu projeto junto ao público.
150 151

Exemplo: CRONOGRAMA DE
DESEMBOLSO
O projeto foi aprovado na Lei Rouanet – Ministério
da Cultura, com número de PRONAC 00 0000. É mais fácil convencer um patroci-
nador a investir dinheiro em um projeto
Como se trata de um projeto no segmento de Artes cultural quando o repasse do dinheiro
Cênicas (teatro e dança), enquadra-se no artigo 18 da Lei acontece em parcelas mensais ou tri-
8313/91, permitindo 100% (cem por cento) de dedução mestrais. Por isso, é aconselhável que
do valor do patrocínio, como abatimento do IR devido. o projeto tenha um Cronograma de De-
sembolso, com as datas em que o pro-
O valor aprovado para captação e execução do
dutor precisará de recursos financeiros
projeto é de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
para cumprir uma por uma as etapas
do seu Cronograma de Execução.

Orçamento
O Projeto de venda deve ter um
orçamento realista, detalhado e trans-
parente.

Anexos
Junte ao projeto os documentos e
informações que sirvam para dar sus-
tentabilidade ao seu projeto, tais como:
estatuto, tabelas, contratos, depoimen-
tos, se efetivamente necessários.
152 153

CAPTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS

RECURSOS • Elaboração da estrutura e do desenvolvimen-


to.

• Elaboração e adaptação de textos (objetivos


DIVISÃO DO TRABALHO e justificativa).

• Cronograma das atividades.


• Identificação do público-alvo.
• Criação ou aperfeiçoamento da proposta de
• Pesquisar possíveis patrocinadores.
patrocínio (cotas e contrapartidas).
• Que tipo de projeto a empresa costuma pa-
• Criação ou aperfeiçoamento da apresenta-
trocinar.
ção on-line e impressa da proposta.
• Ver quais são as empresas que têm ligação
• Apresentação (por e-mail) da proposta para
com o projeto.
um mailing de investidores selecionados
para o perfil do projeto.
ANTES DE CHEGAR AO
• Listagem com fontes de recursos no setor
PATROCINADOR público e privado (sites e editais).

• O que é o meu projeto? • Atendimento aos patrocinadores e acompa-


nhamento do patrocínio, intermediando pro-
• Qual é a mensagem positiva que meu projeto
cessos.
apresenta?

• O que tenho para oferecer para esta empre-


ABORDAGEM
sa? (mídia - produto – atividade)

• Diagnóstico da Organização ou do Projeto. • Você está oferecendo um bom negócio ao

• Análise de viabilidade frente ao mercado in-


patrocinador

vestidor, parceiros potenciais e públicos. • Apresenta um bom plano de mídia


154 155

• Tem bons argumentos • Convite para almoços, jantares, eventos

• Apresentação com imagens, textos resumidos • Indicação política

PARA CHEGAR NO APRESENTAÇÃO


PATROCINADOR
• Uma ou duas pessoas, no máximo

• Contato com o gerência ou setor de Marketing • Aliar o discurso

• Ir diretamente nas pessoas que liberam os • Sua apresentação pessoal


recursos dessas empresas • Apresentação do Projeto
• Estude seu discurso
• Desenvolvimento de argumentos
• Organize um roteiro

• Organize o tempo NECESSIDADE DAS EMPRESAS


• Decore o nome de todas as pessoas
1. O mundo globalizado exige cada vez mais o
• Envie convites para o patrocinador poder de competição das empresas.
2. Oferecer somente bom preço e qualidade
LOCAIS PARA para sobreviver no mercado não é mais um
ABORDAGEM diferencial: é uma obrigação.
3. As empresas então buscam criar diferen-
• Ambientes sociais, eventos, clubes, restau-
ciais que auxiliem na construção de uma ima-
rantes
gem positiva junto à sociedade.
• Ambientes políticos, solenidades, comícios,
eventos casuais
• Horário de trabalho ou lazer, apresentação
por conhecidos, intermediários
156 157

BOA IMAGEM É FUNDAMENTAL Valor Agregado


para a sobrevivência.
Esta é a principal razão, mas não é a única.
Uma boa imagem é importante não só para as empre-
Um projeto cultural ajuda uma empresa a cons-
sas: para artistas e produtores culturais também.
truir uma imagem positiva.

Todo projeto cultural tem um valor agregado


para ser repassado para uma empresa.
Quais os motivos que levam as empre-
sas a investir em projetos culturais?
Isenção Fiscal
• Valor agregado
É o desconto de impostos.
• Isenção fiscal
Nem todas as empresas podem ou querem rece-
• Endomarketing e marketing
ber este benefício.
• Lucro social

• Contrapartida Endomarketing
• Mídia espontânea
Assim como se preocupam com o público exter-
• Publicidade e
Propaganda no (consumidores e clientes), as empresas hoje
se preocupam também com seu público interno:
funcionários e colaboradores.

Manter o público interno motivado é fundamen-


tal para a sobrevivência das empresas.

Lucro Social
Responsabilidade social é a palavra da moda.
158 159

Muitas empresas lucram com o desenvolvimento


social de uma comunidade, pois sabem que o poder
público não consegue mais cumprir a sua função.

Contrapartidas em
Produtos Culturais
Quando parte do produto cultural resultante
é destinado ao patrocinador para uso em ação

Prestação
promocional interna ou externa. Livros, Cds,
DVDs, ingressos, oficinas etc.

Mídia Espontânea
Este é o argumento mais fácil de mensurar. A mí-
dia espontânea ajuda na construção do valor agre-
gado e da imagem institucional, mas não pode
de Contas
haver um compromisso entre o patrocinador e o

capítulo
patrocinado.

7
Publicidade e Propaganda
A publicidade em projetos culturais tem por obje-
tivo difundir algum serviço ou produto do patro-
cinador.Divulga o nome e a imagem da empresa
pelo público capturados durante a realização do
projeto cultural.
160 161

A CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cul-


tura) reúne-se em média pelo menos uma vez
por mês após os projetos terem sido analisa-
dos pelos técnicos e pareceristas.

Aprovado o projeto
Os proponentes, pessoas físicas ou jurídicas, deve-
rão manter regulares suas situações fiscais, o que
será verificado antes da publicação da portaria de
aprovação no Diário Oficial da União.

Captação - Produtor fornece o recibo


ao investidor e informa ao MinC.

Abertura de contas - Após a apro-


vação do projeto cultural, O MinC irá abrir
uma Conta Bloqueada Vinculada em nome
do projeto, o proponente deverá se encami-
nhar à agência do Banco do Brasil escolhida
e providenciar os documentos necessários
para a abertura da Conta Bloqueada e Conta
Movimento.
162 163

Após os 20% captados, o recurso é trans-


ferido da Conta Bloqueada para a Conta
PRESTANDO CONTAS
de Livre Movimento.

Todo recurso/dinheiro captado de apoia- Tenho o dinheiro suficien-


dores e patrocinadores deve ser deposita- te…, posso sair gastando?
do nessa conta.
Calma…

Um projeto que tem como base um financia-


COMPROVANTES mento público, exige do proponente um conheci-
DE DEPÓSITO mento da legislação que rege todo o sistema, bem
como o acompanhamento das eventuais modifica-
Hoje, com a informatização, não é
ções que ocorrerem durante sua execução.
mais necessária a emissão de recibos de
Mecenato. Entretanto, caso o patrocina- Caso não tenha essa expertise, contrate um
profissional que o faça durante a execução do pro-
dor ainda queira, sem problemas, veja o
jeto e não apenas no fim, pois nesse meio tempo
modelo disponível e preencha.
é possível ter erros de pagamento e entendimento
Após sua aprovação, um projeto tem da legislação que podem prejudicar o proponente
até o final do exercício fiscal do ano de e impedi-lo de apresentar novos projetos.
sua aprovação, ou seja, até o dia 31 de de- Ao final do projeto, o proponente terá um pra-
zembro do ano em que foi aprovado. zo de 30 dias para realizar sua prestação de contas.
No entanto, caso não seja captado o Essa prestação deve ser feita no sistema Salic-
recurso nesse período, o proponente pode web, anexando-se notas fiscais, transferências ban-
pedir uma autorização de Prorrogação cárias, documentos e o extrato bancário da conta.
do prazo de captação até completar DOIS Essa conta bancária deve ser encerrada ao
ANOS da data de aprovação do projeto. final do projeto.
164 165

Dica: REALIZAÇÃO DA
Para facilitar o seu trabalho, crie pastas
PRESTAÇÃO DE CONTAS
pelas rubricas aprovadas e também faça uma
planilha em Excel para ter o controle do fluxo
de pagamentos. (Lembre-se de pagar em dia, Nessa aba o proponente encontrará as op-
pois a Lei Rouanet não cobre despesas de ju- ções, com os seguintes relatórios:
ros e/ou taxas não previstas no projeto apro-
vado.) 1 - Relação de Pagamentos

Antes de efetuar o pagamento, verifi- 2 - Execução da Receita e Despesa


que que na descrição da Nota Fiscal esteja de 3 - Relatório Físico
acordo com a rubrica que está sendo paga,
4 - Pagamentos por UF/Município
incluindo sempre o nome do projeto e o nú-
mero do PRONAC. 5 - Pagamentos Consolidados
6 - Relatório do Cumprimento do Objeto

Outra dica: 7 - Laudo Final.

Veja se o serviço prestado está inserido Os cinco primeiros relatórios podem ser visualiza-
no CNAE específico da empresa em seu car- dos à medida que o proponente executa seu projeto. Eles
tão CNPJ. Não possuindo a qualificação, não é são ferramentas que auxiliarão a gestão e que mostram
permitida a realização do serviço. os resumos das informações já inseridas no sistema.
O Relatório de Cumprimento do Objeto é o relató-
rio final que o proponente vai produzir, em texto livre.
Trata-se do documento no qual o proponente relatará
detalhes de tudo o que aconteceu durante a execução
do seu projeto. Embora não haja campos detalhados,
166 167

deverão ser relatadas as etapas do trabalho, os ob-


jetivos e metas alcançadas, o resumo da movimentação
Prestação de Contas
financeira, as medidas de acessibilidade cumpridas, as Avaliação dos resultados
medidas de democratização do acesso cumpridas, as
medidas preventivas quanto aos impactos ambientais
Apresentar um relatório da execução física do
(quando for o caso) e os empregos e as qualificações de-
projeto com avaliação dos resultados com as etapas
correntes do projeto.
previstas e realizadas, o cumprimento das medidas de
Todos esses itens deverão ser descritos, em deta- acessibilidade com comprovações de fotos, vídeos ou
lhes, comparando tudo que foi aprovado no projeto com contratos dos profissionais, bem como a forma de de-
o que foi cumprido, mostrando se houve uma execução mocratização de acesso.
Total ou Parcial de acordo com a proporcionalidade dos
A prestação de contas de um projeto é feita qua-
recursos captados.
se que totalmente de forma digital. A exceção é para o
Os campos a serem preenchidos só ficarão dispo- caso de projetos que resultem em obra cinematográfica
níveis no SALIC na etapa de prestação de contas, ou seja, ou outro produto que não possa ser anexado ao SALIC,
60 dias a partir da data final de execução do projeto. como discos, DVDs, livros, catálogos etc. Nesse caso, o
produto deve ser enviado para a Secretaria competente
em Brasília–DF.
A comprovação da distribuição dos produtos obti-
dos na execução do projeto, conforme previsto no plano
básico de distribuição do projeto aprovado.
Por fim, apontar a destinação cultural dos bens ad-
quiridos, produzidos ou construídos, seja com cartas de
recebimento, matérias de jornais, vídeos ou outras for-
mas de comprovação.
Apesar de os documentos estarem inseridos ele-
tronicamente no SALIC, toda a documentação original
deve ser mantida e conservada pelo proponente pelo
168 169

prazo de cinco (5) anos, contados a partir do final


da avaliação dos resultados.
SANÇÕES
Essa documentação deve ficar disponível para
O não cumprimento das re-
atender a eventuais solicitações feitas pelo Ministério da
gras estabelecidas pela lei e seus
Cultura ou órgãos de controle e fiscalização do governo
diversos regulamentos podem
federal.
promover sanções diversas para
o proponente, previstas no CAPÍ-
TULO XII – DAS SANÇÕES, da IN
01/2022.
Essas sanções vão desde o
simples bloqueio das contas ban-
cárias do projeto ou impedimento
de operar o sistema por até três
(3) anos até a cobrança de devo-
lução dos valores utilizados com
aplicação de correção monetária
e multas diversas, bem como par-
celamento de eventuais dívidas.
Então, fique atento e siga to-
das as regras. Lembre-se: o único
responsável pelo projeto é você, o
proponente, que tem a responsa-
bilidade e a obrigação de tomar
conhecimento de todas as regras
que dizem respeito ao mecanis-
mo de incentivo fiscal.
170 171

Anexos
IN 01/2023

capítulo

8
172 173

ANEXO I
GLOSSÁRIO1

[...]

L - Proponente: pessoa física ou jurídica com atuação


na área cultural que apresente programa, projeto ou
ação cultural perante o Ministério da Cultura com vistas
a obter autorização de captação de recursos de incen-
tivadores, e sendo pessoa jurídica, Código Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), referente à área cultural
no seu registro de CNPJ, de acordo com a classificação
constante no Anexo VII, responsável por apresentar,
realizar e responder por projeto cultural no âmbito do
Pronac.

LI - Proposta cultural: requerimento apresentado por


proponente, por meio do sistema informatizado do Mi-
nistério da Cultura, denominado Sistema de Apoio às
Leis de Incentivo à Cultura (Salic), visando a obtenção
dos benefícios do mecanismo incentivo a projetos cultu-
rais, nos termos da Lei nº 8.313, de 1991.

[...]

1 Para ler o texto integral da IN 0123, entre no link https://


www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-minc-n-1-de-
-10-de-abril--de-2023-476028057?
174 175

LV - Termo de Compromisso de Patrocínio: documen- III - que é vedada a destinação de novo subsídio para a
to firmado pelo patrocinador e pelo proponente, deven- mesma atividade ou produto cultural em projeto ante-
do conter para análise: riormente subsidiado, conforme Decreto nº 11.453, de
a) Referência ao patrocinador, ao proponente e ao 2023;
projeto (número da proposta ou projeto); IV - que as ações de natureza continuada e as novas
b) Data de validade; e edições de atividades ou produtos culturais não serão
consideradas a mesma atividade ou o mesmo produto
c) Descrição do valor.
cultural, para fins do disposto no III;
[...]
V - que a gestão de recursos captados é decisão única e
exclusiva do proponente, a partir da qual a responsabi-

ANEXO II lização pela utilização desses recursos públicos torna-se


indissociável e para a qual deve levar em conta a real
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE possibilidade de captação futura com vistas ao cumpri-
mento total do objeto pactuado;
DECLARO para todos os fins de direito, estar ciente da
VI - que a incorreta utilização dos recursos do Incentivo a
obrigatoriedade de:
Projetos Culturais sujeita o incentivador, o proponente,
TER CONHECIMENTO: ou ambos, às sanções penais e administrativas previstas
I - que as informações registradas junto ao Sistema de na Lei nº 8.313, de 1991, e na Legislação do Imposto de
Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) são de nature- Renda e respectivos regulamentos; e
za pública e serão divulgadas na internet para o controle VII - sobre o conteúdo do Portal do Ministério da Cultura.
social e os projetos culturais estão sujeitos ao acompa-
MANTER:
nhamento e à avaliação de resultados;
I - comprovantes documentais das informações
II - sobre a legislação referente ao mecanismo Incentivo
constantes no cadastro das propostas culturais,
a Projetos Culturais (incentivo fiscal) estabelecido pelo
assim como das fases subsequentes de aprovação,
Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e sobre
execução e avaliação de resultados; e
as normas relativas à utilização de recursos públicos e
respectivos regulamentos; II - os dados cadastrais atualizados junto ao banco
176 177

de dados do Sistema do Ministério da Cultura. na o Decreto nº 11.453, de 2023;


PERMANECER em situação de regularidade fiscal, PRESTAR CONTAS dos valores captados, depositados
tributária e previdenciária (seguridade social) du- e aplicados, bem como dos resultados do projeto, nas
rante toda a tramitação da proposta e do projeto condições e prazos fixados ou sempre que for solicitado;
cultural;
DEVOLVER em valor atualizado, o saldo dos recursos cap-
ACATAR os valores definidos pelo Ministério da Cultura tados e não utilizados na execução do projeto, quando
na divulgação oficial do resultado da aprovação ou, em não transferidos para outro projeto, mediante recolhi-
caso de discordância, formalizar recurso conforme a Lei mento ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), conforme ins-
nº 9.784, de 1999; truções dispostas no Portal da Lei de Incentivo à Cultura.
PROMOVER a execução do objeto do projeto na forma
e prazos estabelecidos e aplicar os recursos captados Assim, COMPROMETO-ME a:
exclusivamente na consecução do objeto, compro-
ACOMPANHAR e SANAR tempestivamente qualquer so-
vando seu regular emprego, bem como os resultados
licitação das áreas técnicas do Ministério da Cultura;
alcançados;
APLICAR E PROMOVER A DIVULGAÇÃO da classificação
PERMITIR E FACILITAR o acesso a toda documentação,
indicativa para exibição de obras, espetáculos, eventos,
dependências e locais do projeto, à fiscalização por
shows e conteúdo audiovisual;
meio de auditorias, vistorias in loco, visitas técnicas e
demais diligências, que serão realizadas diretamente OBTER E APRESENTAR AO MINISTÉRIO DA CULTURA an-
pelo Ministério da Cultura, por suas entidades vincula- tes do início de execução do projeto, alvarás ou auto-
das, ou mediante parceria com outros órgãos federais, rizações equivalentes emitidas pelos órgãos públicos
estaduais, distrital e municipais; competentes, caso algumas das atividades decorrentes
do projeto sejam executadas em espaços públicos;
DAR PUBLICIDADE, na promoção e divulgação do proje-
to, ao apoio do Ministério da Cultura, com observância OBTER E APRESENTAR AO MINISTÉRIO DA CULTURA, an-
dos modelos constantes dos manuais de uso das mar- tes do início de execução do projeto, declaração de au-
cas, disponíveis no portal do Ministério da Cultura, ten- torização dos titulares dos direitos autorais, conexos e
do em vista que a divulgação do Programa Nacional de de imagem em relação aos acervos, às obras e imagens
Apoio à Cultura (Pronac) é obrigatória conforme discipli- de terceiros como condição para utilizá-los no projeto; e
178 179

Por fim, ATESTO serem fidedignas as informações pres- b) Cópia de documento legal de identificação que conte-
tadas no preenchimento dos formulários, assim como nha foto e assinatura, número da Carteira de Identidade
de outras documentações juntadas ao longo da trami- e do CPF.
tação do projeto, e que responderei por eventuais infra-
c) Cédula de identidade de estrangeiro emitida pela Re-
ções que vierem a ser cometidas.
pública Federativa do Brasil, se for o caso.

APENAS PARA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO


OU PRIVADO, COM OU SEM FINS LUCRATIVOS:

ANEXO III a) Portfólio com as atividades culturais realizadas pelo


DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS proponente, que poderá conter:

a.1) Folders, panfletos, cartazes ou busdoor de


a) Portfólio com as atividades culturais realizadas pelo
eventos realizados pelo proponente, desde que
proponente. Para comprovação das atividades, o port-
contenham a logomarca ou o nome do proponente
fólio poderá conter:
explicitamente destacados.
a.1) Folders, panfletos, cartazes ou busdoor de
a.2) Notas fiscais ou contratos de prestação de
eventos realizados pelo proponente, desde que
serviços realizados pelo proponente, desde que
contenham a logomarca ou nome do proponente
explicitamente destacados. acompanhados de elementos que comprovem a
realização dos serviços.
a.2). Notas fiscais ou contratos de prestação de
serviços realizados pelo proponente, desde que a.3) Matérias de jornais ou sites de internet que ci-
acompanhados de elementos que comprovem a tem explicitamente a realização do evento, desde
realização dos serviços. que contenham a logomarca ou o nome do propo-
nente explicitamente destacados.
a.3) Matérias de jornais ou sites de internet que ci-
tem explicitamente a realização do evento, desde b) No caso de a pessoa jurídica não possuir ações de
que contenham a logomarca ou o nome do propo- natureza cultural realizadas, a comprovação poderá se
nente explicitamente destacado. dar por meio de:
180 181

b.1) Currículo da equipe técnica constante na ficha PARA PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS:
técnica do projeto.
1. Procuração que traga firma reconhecida.
b.2) No caso de Organização Gestora de Fundo Pa-
trimonial, Instrumento de Parceria com instituição 2. Cópia dos documentos de identificação dos pro-
cultural pública, ou privada sem fins lucrativos, ou curadores que contenha foto, assinatura, número
Estatuto Social que demonstre a finalidade de insti- da Carteira de Identidade e do CPF.
tuição de fundo patrimonial com finalidade cultural
e os documentos dos membros do Conselho de Ad-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
ministração ou Cultural da Organização Gestora de
CONTEMPLEM ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:
Fundo Patrimonial, que demonstrem que referida
Organização tem capacidade técnica para selecio-
a) Contrato de Direito Autoral ou Carta de Anuência,
nar projetos culturais que atendam às finalidades
contendo a assinatura do autor, autorizando a empre-
da Lei nº 8.313, de 1991.
sa/instituição a apresentar o texto de sua autoria para
c) Comprovante de inscrição e situação cadastral no realização do espetáculo de artes cênicas.
CNPJ.
d) Cópia atualizada do Estatuto Social, Contrato Social, INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS EM
Certificado de Microempreendedor Individual ou Re- GERAL:
querimento do empresário e respectivas alterações pos-
teriores devidamente registradas no órgão competente a) Os documentos, quando encaminhados em idioma
ou do ato legal de sua constituição. estrangeiro, deverão ser acompanhados de tradução
e) Cópia da ata de eleição da atual diretoria, do termo de contendo a assinatura, o número do CPF e do RG do tra-
posse de seus dirigentes, devidamente registrado, ou do dutor, exceto nos casos de tradução juramentada.
ato de nomeação de seus dirigentes.
f) Cópia de documento legal de identificação do(s) diri- INFORMAÇÕES RELACIONADAS A QUALQUER PROPOS-
gente(s) responsável(eis) por administrar a instituição TA CULTURAL:
que contenha: foto, assinatura, número da Carteira de
Identidade e do CPF. a) Carta de Anuência assinada pelo próprio artista ou
182 183

representante legal quando seu nome é determinante b) Justificativa acerca do conteúdo ou acervo indicado
para execução do objeto proposto. para o segmento de público a ser atingido, no caso de
mostra.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE c) Detalhamento dos objetivos, das atividades e do for-
CONTEMPLEM EXPOSIÇÕES DE ARTE TEMPORÁRIAS E mato do evento.
DE ACERVOS:
d) Indicação do curador, dos componentes de júri, da
comissão julgadora ou congênere, quando houver.
a) Proposta museográfica da exposição, documentação
indispensável para conclusão da admissibilidade da e) Projeto pedagógico com currículo do responsável, no
proposta. caso de proposta que preveja a instalação e manuten-
ção de cursos de caráter cultural ou artístico, destinados
OBS.: Proposta museográfica é um projeto com layout, à formação, à capacitação, à especialização e ao aperfei-
detalhamento e especificações das soluções técnicas de çoamento de pessoal da área da cultura.
montagem (uso das paredes, forro, laje de cobertura in-
f) Plano de execução contendo carga horária e conteúdo
ternas e externas, haverá apoio para as estruturas, en-
programático, no caso de oficinas, de workshops e de
tre outros).
outras atividades de curta duração.
b) Ficha técnica, com currículo dos curadores e dos artis-
tas, quando for o caso. INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA

c) Relatório das obras que serão expostas, quando já DE PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL, CONFORME O
definidas. CASO:

a) Definição prévia dos bens em caso de proposta que


INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
vise à identificação, à documentação e ao inventário de
CONTEMPLEM MOSTRAS, FESTIVAIS COMPETITIVOS
bem material histórico.
OU NÃO, OFICINAS E WORKSHOPS:
b) Propostas de pesquisa, levantamento de informação,
a) Beneficiários do produto da proposta e forma de organização e formação de acervo e criação de banco
seleção. de dados.
184 185

c) Termo de Compromisso atestando que o resultado ou 1. Incentivar a participação social na formulação,


produto resultante do projeto será integrado, sem ônus, implementação e execução das ações educativas,
ao banco de dados do Instituto do Patrimônio Histórico de modo a estimular o protagonismo dos diferen-
e Artístico Nacional - IPHAN. tes grupos sociais.

d) Inventário do acervo e parecer ou laudo técnico, em 2. Integrar as práticas educativas ao cotidiano, as-
caso de proposta que vise à restauração de acervos sociando os bens culturais aos espaços de vida das
documentais. pessoas.

e) Plano básico de sustentabilidade com indicação das 3. Valorizar o território como espaço educativo,
ações de manutenção, em caso de proposta que trate passível de leituras e interpretações por meio de
dos processos de patrimonialização do bem. múltiplas estratégias educacionais.

4. Favorecer as relações de afetividade e estima


INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA inerentes à valorização e preservação do patrimô-
DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: nio cultural.
a) O projeto deverá considerar Educação Patrimonial 5. Considerar que as práticas educativas e as políti-
como processos educativos formais e não formais, cons- cas de preservação estão inseridas em um campo
truídos de forma coletiva e dialógica, que têm como foco de conflito e negociação entre diferentes segmen-
o patrimônio cultural socialmente apropriado como re- tos, setores e grupos sociais.
curso para a compreensão sócio-histórica das referên-
6. Considerar a intersetorialidade das ações edu-
cias culturais, a fim de colaborar para seu reconheci-
cativas, de modo a promover articulações das po-
mento, valorização e preservação.
líticas de preservação e valorização do patrimônio
b) Os processos educativos deverão primar pelo diálogo cultural com as de cultura, turismo, meio ambien-
permanente entre os agentes sociais e pela participação te, educação, saúde, desenvolvimento urbano e
efetiva das comunidades. outras áreas correlatas.

c) Os projetos deverão considerar as seguintes diretrizes 7. Incentivar a associação das políticas de patrimô-
da Educação Patrimonial, presentes na Portaria IPHAN nio cultural às ações de sustentabilidade local, re-
no. 137, de 28 de abril de 2017: gional e nacional.
186 187

d) Os projetos que preveem a elaboração de projetos tado o plano de avaliação (avaliações processuais,
pedagógicos deverão utilizar a estrutura mínima de: autoavaliações, avaliação do processo de desen-

1. Diagnóstico contextualizado, identificando a si- volvimento do público participante etc.).


tuação atual da localidade em relação ao tema da
preservação do patrimônio cultural. INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RESTAU-
2. Objetivos gerais e específicos, identificando quais
RO (ARQUITETURA E COMPLEMENTARES) PARA PRE-
mudanças e impactos serão gerados com o projeto
na realidade local. SERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS MATERIAIS TOMBA-
DOS PELOS PODERES PÚBLICOS, FEDERAL, ESTADUAL,
3. Justificativa, explicando por que o projeto é im-
MUNICIPAL OU DISTRITAL:
portante e como ele contribui para mudar a reali-
dade local.
a) O projeto de restauro (arquitetura e complementares).
4. Definição do público participante, esclarecendo
o processo de seleção do referido público. INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
5. Principais ações/atividades. É importante que a des- CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RESTAU-
crição dessas ações seja relacionada com o orçamen- RO (ARQUITETURA E COMPLEMENTARES DE ENGENHA-
to do projeto e com o diagnóstico contextualizado. RIA), PARA BENS CULTURAIS MATERIAIS TOMBADOS

6. Estratégias, explicando como essas ações serão PELOS PODERES PÚBLICOS, FEDERAL, ESTADUAL, MU-

realizadas e indicar quais as principais parcerias. NICIPAL OU DISTRITAL:

7. Monitoramento, definindo como as ações serão


a) Identificação e conhecimento do bem:
acompanhadas.
1. pesquisa histórica;
8. Estrutura curricular do conteúdo, a carga horá-
2. levantamento físico;
ria, as disciplinas e o quadro de docentes.
2.1. levantamento cadastral;
9. Base conceitual e metodologias relativas à Edu-
cação Patrimonial. 2.1.1. planta de situação;

10. Avaliação, descrevendo como será implemen- 2.1.2. planta de locação;


188 189

2.1.3. plantas baixas; INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE

2.1.4. fachadas; CONTEMPLEM ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUI-


TETURA E URBANISMO PARA CONSTRUÇÃO EM GERAL:
2.1.5. cortes;

2.1.6. plantas de cobertura; a) O projeto de arquitetura e urbanismo deve ser fruto

2.2. topografia do terreno; de processos de concurso, utilizando, para tanto, pro-


cedimentos de seleção análogos aos indicados no pará-
2.3. documentação fotográfica;
grafo 1º, art. 13 da Lei 8.666, de 1993, que versa sobre a
2.4. elementos artísticos integrados. escolha e a contratação de serviços e profissionais para
3. Análise tipológica, identificação de materiais e o desenvolvimento de projetos técnicos especializados
sistema construtivo. ou aquisição de obras de arte.

4. Prospecções: b) Os custos previstos no projeto cultural devem incluir


e descrever todas as etapas de organização e divulga-
4.1. arquitetônica;
ção do concurso e de seus resultados, além da fase de
4.2. estrutural e do sistema construtivo; desenvolvimento do projeto de arquitetura e urbanismo
4.3. arqueológica. referenciados na tabela pública de honorários divulgada
pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil -
b) Diagnóstico:
CAUBR -, desde que se restrinjam ao fomento à arquite-
1. mapeamento de danos; tura e ao urbanismo, excluindo projetos complementa-
2. análises do estado de conservação; res de engenharia.

3. estudos geotécnicos. c) O profissional responsável pelo projeto deve ser regu-


larmente registrado no CAU de seu estado.
4. Ensaios e testes.
d) O concurso que resultar na seleção do projeto a ser
c) Proposta de intervenção:
desenvolvido deve prever etapa de exposição pública e
1. estudo preliminar; edição de publicação dos projetos concorrentes, mini-
2. projeto básico de intervenção; mamente dos vencedores e menções.

3. projeto executivo. e) Os projetos, objeto do fomento ora proposto, em sua


190 191

origem, desde o edital de chamada dos concursos, de- sido ainda cumprida estas etapas, declaração de
vem propor e garantir a qualificação do espaço público que elas serão concluídas antes ou concomitan-
a eles relativos. temente aos processos de reprodução, sob pena
de inabilitação.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A 2. Declaração de que os documentos originais não
PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE TRA- serão eliminados após sua digitalização ou micro-
TAMENTO DE ACERVO: filmagem e de que permanecerão em boas condi-
ções de preservação e armazenamento, sob pena
a) Diagnóstico situacional com informações sobre:
de inabilitação.
1. Dimensão do acervo, respeitando regras de
mensuração praticadas para cada conjunto especí-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
fico de gêneros e suportes documentais.
PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE DE-
2. Estado de organização, conservação e guarda de SENVOLVIMENTO DE BASES DE DADOS:
cada conjunto de suportes documentais.

3. Ambientes de armazenamento. 1. Comprovação de que os documentos originais


estejam devidamente classificados, identificados,
4. Existência de instrumentos de pesquisa e bases
descritos, acondicionados, armazenados e refe-
de dados.
renciados em base de dados, ou, não tendo sido
5. Histórico de intervenções anteriores. ainda cumpridas estas etapas, declaração de que
elas serão concluídas antes ou concomitantemen-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A te à elaboração das bases de dados, sob pena de
PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE DI- inabilitação.
GITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS:
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE
1. Comprovação de que os documentos originais A PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE
estejam devidamente classificados, identifica- AQUISIÇÃO DE ACERVO:
dos, descritos, acondicionados, armazenados e
referenciados em base de dados, ou, não tendo 1. Histórico de procedência propriedade dos itens
192 193

a serem adquiridos, acompanhado de declaração 4. Demonstração da relevância social e cultural do


de intenção de venda do proprietário ou do deten- projeto a ser desenvolvido.
tor dos direitos. 5. Descrição das equipes e da exequibilidade do
2. Diagnóstico situacional do acervo na forma da cronograma.
alínea “a”. 6. Comprovação da qualificação técnica do propo-
3. Justificativa para a aquisição. nente e de outros profissionais envolvidos.
4. Inventário do acervo a ser adquirido.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA
5. Laudo técnico com avaliação de pelo menos dois
DE PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL:
especialistas sobre o valor de mercado do acervo.
6. Parecer de autenticidade do acervo. a) O projeto deverá ser desenvolvido sob a óptica da
7. Declaração da entidade recebedora de que o sustentabilidade social, econômica, cultura, ecológica e
acervo adquirido será incorporado ao seu acervo ambiental e necessariamente incluir na equipe realiza-
permanente. dora detentores dos bens culturais imateriais objeto da
proposta de preservação e salvaguarda.

INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A b) O projeto deverá demonstrar os investimentos dire-


PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, N OCASO DE DE- tos ou quaisquer outros benefícios concretos para os
SENVOLVIMENTO DE PESQUISA HISTÓRICA SOBRE OS detentores do bem em questão de modo a favorecer
ACERVOS: condições para que eles mantenham as tradições asso-
ciadas à sua prática cultural.
1. Projetos de pesquisa com metodologia adequa- c) Deverá ser apresentada anuência prévia e informada,
da ao desenvolvimento de seus objetivos. obtida junto aos grupos ou às comunidades detentores
2. Levantamento preliminar de fontes que embasem de bens culturais ou junto a segmento representativo
o projeto e revisão da literatura sobre o seu objeto. desta coletividade e deverão ser considerados principal-
3. Delimitação do grupo de entrevistados e de sua mente aqueles grupos ou comunidades que serão dire-
relevância para o projeto, em caso de utilização de tamente envolvidos na realização da proposta.
entrevistas orais. d) Projetos que preveem pesquisa e documentação de-
194 195

verão: explicitar a metodologia utilizada; informar os g) Indicação da rede de parceiros envolvidos, definindo
locais onde será desenvolvido o trabalho de campo ou as responsabilidades na consolidação e na sustentabili-
documental; conter compromisso de que o resultado dade das atividades do projeto.
será repassado ao IPHAN, que poderá utilizar-se dele
h) Eventos, publicações e edições patrocinados com re-
desde que sem fins comerciais, e a outras instituições
cursos dos projetos não poderão ter fins lucrativos.
relacionadas, de modo a tornar esses resultados de am-
plo acesso ao público. i) Projetos que visem à realização de eventos deverão
demonstrar sua relevância para a comunidade produ-
e) Deverão ser apresentados documentos comprobató-
tora de pelo menos um bem cultural, além de ter um
rios da qualificação técnica do proponente e dos técni-
caráter de divulgação e de formação de público.
cos envolvidos. No caso de pessoa jurídica, deverá ser
apresentado dossiê que demonstre atuação na área ob- j) Projetos que preveem ações educativas deverão favo-
jeto da proposta ou junto à comunidade que será bene- recer tanto a livre fruição do conhecimento para a so-
ficiária das ações do projeto. ciedade em geral quanto as condições para a inclusão
social dos detentores dos bens em questão.
f) No caso de propostas que contemplem a utilização ou a
divulgação de expressões originais e referências culturais k) Recursos administrativos do projeto não poderão ser
de artistas, grupos, povos e comunidades representativas alocados para a manutenção ou o benefício da institui-
da diversidade cultural brasileira serão ainda exigidos: ção proponente, limitando-se à dimensão administrati-
va da execução das atividades propostas no projeto.
1. Consentimento prévio do artista, do grupo ou da
comunidade sobre a proposta no que tange à utili- l) Além dos itens ora especificados, o projeto deverá
zação de suas expressões culturais. apresentar as informações específicas relativas às áreas
de patrimônio cultural material, audiovisual, arquivísti-
2. Declaração acerca da contrapartida aos artistas,
ca, entre outras, quando for o caso.
aos grupos ou às comunidades, em virtude dos
benefícios materiais decorrentes da execução do m) Lista de bens, em caso de propostas que visem à identi-
projeto. ficação, à documentação ou ao inventário de bem imaterial.

3. Declaração da forma como será dado o crédito à n) Proposta de pesquisa, levantamento de informação,
expressão cultural na qual os produtos do projeto organização e formação de acervo e criação de bancos
têm origem. de dados.
196 197

o) termo de compromisso atestando que o resultado ção da posse do imóvel, por interesse público ou social,
ou o produto resultante do projeto será integrado, sem condicionadas à garantia subjacente de uso pelo prazo
ônus, ao banco de dados do IPHAN. mínimo de 20 (vinte anos).
g) Registro documental fotográfico ou videográfico da si-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE tuação atual dos bens a receberem a intervenção.
CONTEMPLEM CONSTRUÇÃO OU INTERVENÇÃO EM
h) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela-
ESPAÇOS CULTURAIS:
mento, quando se tratar de bens tombados ou protegi-
dos por legislação específica.
a) Projetos arquitetônicos e complementares detalha-
dos da intervenção ou construção pretendida, contendo i) Proposta de intervenção aprovado pelo órgão respon-
o endereço da edificação e o nome, a assinatura e o nú- sável pelo tombamento, quando for ocaso.
mero de inscrição do responsável técnico no Conselho j) Levantamento arquitetônico do edifício e planialti-
de Arquitetura e Urbanismo - CAU, bem como a assina- métrico do terreno, devidamente cotados e em escala
tura do proprietário ou detentor do direito de uso. adequada, especificando os possíveis danos existentes
b) Memorial descritivo detalhado, assinado pelo respon- quando se tratar de bens tombados ou protegidos por
sável técnico, bem como orçamento analítico completo legislação que vise à sua preservação.
apresentado em acordo as normas da Associação Brasi- k) Termo de compromisso de conservação do imóvel ob-
leira de Normas Técnicas - ABNT, especialmente no que jeto da proposta, pelo prazo mínimo de 20 (vinte) anos
diz respeito ao sequenciamento as etapas. devidamente assinado pelo proponente.
c) Especificações técnicas dos materiais e equipamentos
utilizados, assinado pelo autor da proposta cultural e INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
pelo responsável técnico do projeto arquitetônico. PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM RESTAURAÇÃO, PRE-
d) Cronograma físico-financeiro das obras. SERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS TOM-
BADOS PELOS PODERES PÚBLICOS OU PROTEGIDOS
e) Escritura do imóvel ou de documento comprobatório
POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA MEDIANTE OUTRAS FOR-
de sua situação fundiária, quando a proposta envolver
MAS DE ACAUTELAMENTO:
intervenção em bens imóveis.
f) Autorização do proprietário do imóvel ou comprova- a) Levantamento cadastral do edifício.
198 199

b) Pesquisa histórica. CD contendo todas as plantas e projetos arquitetônicos.


c) Levantamento fotográfico do estado atual do bem.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
d) Diagnóstico sobre o estado atual do imóvel contendo
PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM A ELABORAÇÃO DE
informações das causas dos danos, devidamente cota-
PROJETO ARQUITETÔNICO E RESTAURO, BEM COMO
das.
PROJETOS COMPLEMENTARES DE BENS IMÓVEIS TOM-
e) Planta de situação do imóvel. BADOS OU ACAUTELADOS:
f) Projeto arquitetônico e projetos complementares de-
talhados da intervenção pretendida,aprovado pelo ór- a) Escritura do imóvel ou de documento comprobatório
gão responsável pelo tombamento, contendo: de sua situação de titularidade quando a proposta en-
volver intervenção em bens imóveis.
1. Nome, assinatura e número de inscrição do au-
tor no CREA. b) Autorização do proprietário do imóvel ou comprova-
ção de sua posse, por interesse público ou social, condi-
2. Endereço da edificação.
cionadas à garantia subjacente de uso pelo prazo míni-
3. Memorial descritivo.
mo de 20 (vinte) anos.
4. Especificações técnicas.
c) Ato de tombamento ou outra forma de acautelamen-
5. Levantamento completo dos danos existentes. to.
6. Previsão de acessibilidade a pessoas com defi- d) Levantamento cadastral do edifício.
ciência e limitações físicas, conforme a Lei nº10.098,
e) Pesquisa histórica.
de 19 de dezembro de 2000, o Decreto nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004 e a Instrução Normativa nº f) Levantamento fotográfico do estado atual do bem.
1, de 25 de novembro de 2003, do IPHAN. g) Diagnóstico sobre o estado atual do imóvel conten-
g) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela- do informações das causas dos danos, devidamente
mento. cotadas.

h) Além de anexar, nos campos disponibilizados no SA- h) Planta de situação do imóvel.


LIC, a documentação elencada acima, o proponente de- i) Memorial descritivo detalhado das ações e procedi-
verá encaminhar ao Ministério da Cultura, via meio físico, mentos previstos devidamente validados por parecer
200 201

técnico, emitido pela instituição pública responsável nência e a relevância da incorporação dos itens ao
pelo tombamento, indicando critérios e orientações a acervo da instituição
serem observados pelo proponente. 3. Histórico de procedência e de propriedade dos
j) O prosseguimento do projeto cultural ficará condicio- itens a serem adquiridos, acompanhado de decla-
nado à apresentação de sua aprovação pela instituição ração de intenção de venda do proprietário ou de-
responsável pelo tombamento. tentor dos direitos.

h) As exigências previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘g’ e ‘i’ po- 4. Laudo técnico com avaliação de pelo menos dois
derão ser excepcionadas quando se tratar de bem tom- especialistas sobre o valor de mercado dos itens.
bado. 5. Parecer de autenticidade das obras.

6. Declaração de que o item adquirido será incor-


INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA porado ao acervo permanente da instituição.
MUSEOLÓGICA:
7. Laudo técnico de especialista, com diagnóstico

a) Em caso de restauração: do estado de conservação das obras.

1. listagem com os itens a serem restaurados; 8. Comprovação de que o local que abrigará o acer-
vo que se pretende adquirir possui condições ade-
2. justificativa técnica para a restauração, incluin-
quadas de armazenamento e acondicionamento.
do laudo de especialista atestando o estado de
c) Em caso de exposição com acervo da própria instituição:
conservação da obra, do acervo, do objeto ou do
documento; 1. Listagem com os itens de acervo que irão com-
por a exposição.
3. Currículo do restaurado.
2. Ficha técnica dos itens do acervo (título, data,
4. Orçamento específico por obra.
técnica, dimensões, crédito de propriedade).
b) Em caso de aquisição de acervo:
3. Projeto museográfico, com proposta conceitual,
1. Lista dos itens a serem adquiridos, acompanha- local e período da exposição, planta baixa,mobiliá-
da de ficha técnica completa. rio, projeto luminotécnico, disposição dos itens no
2. Justificativa para a aquisição, atestando a perti- espaço expositivo etc., ou, caso o projeto ainda não
202 203

esteja definido, descrição de como se dará tal pro- as condições necessárias para a realização da mos-
posta, incluindo o conceito básico da exposição, os tra em seu espaço.
itens, textos e objetos que serão expostos, local e
f) Em caso de criação de museus:
período da exposição
1. Plano Museológico, conforme estabelecido nos
4. Currículo do(s) curador(es) e do(s) artista(s),
arts. 45, 46 e 47 da Lei nº 11.904/2009 e em con-
quando for o caso.
sonância com o § 1º do art. 8º da referida lei ou,
5. Proposta para ações educativas, se for o caso. caso ainda não tenha sido elaborado, apresentar
d) Em caso de exposição com obras emprestadas de ou- na planilha orçamentária rubrica/profissional para
tras instituições ou coleções particulares: produzir o referido documento.

1. Todos os documentos listados na alínea “c” deste 2. Plano básico de sustentabilidade com indicação
inciso. das ações de manutenção, em caso de proposta
que trate da criação de acervos ou museus.
2. Declaração da instituição ou pessoa física que
emprestará o acervo, atestando a intenção de em- 3. Todos os documentos listados nas alíneas “b” e
préstimo no prazo estipulado. “c” desse inciso, quando for o caso.

3. Proposta de seguro para os itens. 4. Todos os documentos listados no tópico INFOR-


4. Número previsto e exemplos de possíveis obras MAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE CON-
que integrarão a mostra, quando não for possível a TEMPLEM CONSTRUÇÃO OU INTERVENÇÃO EM ES-
apresentação de lista definitiva. PAÇOS CULTURAIS desse anexo, quando se tratar
de construção de espaço para abrigar o museu.
e) Em caso de exposição itinerante:
5. Todos os documentos listados no tópico IN-
1. Todos os documentos listados nas alíneas ‘c’ e ‘d’
FORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
deste inciso.
PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM RESTAURAÇÃO,
2. Lista das localidades atendidas, com menção dos PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
espaços expositivos. TOMBADOS PELOS PODERES PÚBLICOS OU PRO-
3. Declaração das instituições que irão receber a TEGIDOS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA MEDIANTE
exposição, atestando estarem de acordo e terem OUTRAS FORMAS DE ACAUTELAMENTO desse ane-
204 205

xo, quando se tratar de restauração de imóvel tom- b.II) Cdestinação a televisão e/ou outras telas deve
bado para abrigar o museu. ser enviado um material:

g) Ações socioeducativas em museus: I. Matriz Digital de Preservação (opção 1 ou 2)


em LTO-9 ou Disco rígido externo
1) Projeto pedagógico do museu.
Cada suporte deve conter exclusivamente material re-
2) Currículo dos profissionais.
lacionado a um projeto. Não é recomendado que sejam
h) Quando o proponente não for a própria instituição enviados materiais referentes a mais de um projeto no
museológica, deverá ser apresentada declaração do re- mesmo suporte.
presentante da instituição atestando sua concordância
c) Laudo técnico do estado de conservação das obras a
com a realização do projeto.
serem restauradas para projetos que contemplem res-
tauração ou preservação de acervo audiovisual, emitido
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA por profissional ou Instituição devidamente especializa-
DE AUDIOVISUAL: da na área.
d) Argumento cinematográfico contendo a estratégia
a) Breve currículo dos principais membros da equipe
de abordagem, lista de locações e personagens docu-
técnica, especificando a função que cada integrante irá
mentados e a ideia cinematográfica do projeto que deve
exercer no projeto. conter em si uma visão sobre os fenômenos abordados
b) Para o depósito legal de obras audiovisuais é necessá- (não se trata de descrição do tema ou de sua importân-
ria apresentação de declaração do proponente que irá cia), no caso de produção de documentário.
realizar a entrega da matriz de preservação, conforme e) Roteiro dividido por sequências, contendo o desenvol-
especificações abaixo: vimento dos diálogos para produção de obra de ficção de
b.I) com destinação a salas de exibição devem ser curta ou média metragens, com o respectivo certificado
enviados obrigatoriamente dois materiais: de registro de roteiro na Fundação Biblioteca Nacional
-FBN - ou protocolo de registro na FBN juntamente com
I. Matriz Digital de Preservação em LTO-9;
o comprovante de pagamento e declaração do propo-
II. Digital Cinema Package - DCP em Disco rígi- nente se comprometendo a entregar o certificado antes
do CRU DX115 ou Disco rígido externo. da liberação dos recursos para a conta movimento.
206 207

f) Roteiro dividido por sequências contendo o desenvolvi- tendo a sua duração, periodicidade e número de episó-
mento dos diálogos do primeiro episódio de websérie de dios, sendo vedada a previsão de despesas vinculadas à
ficção e sinopse dos demais episódios, com o respectivo aquisição de espaços para sua veiculação.
certificado de registro de roteiro na Fundação Biblioteca
Nacional ou protocolo de registro na FBN juntamente INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
com ocomprovante de pagamento e declaração do pro- CONTEMPLEM SÍTIO DE INTERNET, JOGOS ELETRÔNI-
ponente se comprometendo a entregar o certificado an- COS, APLICATIVOS OU TRANSMIDIÁTICOS:
tes da liberação dos recursos para a conta movimento.
g) Proposta de produção, incluindo Plano de produção, a) No caso do sítio de internet, informar a descrição das
Detalhamento técnico, Estratégia de produção, den- páginas, com definição de conteúdo, incluindo pesqui-
tre outras informações consideradas relevantes para a sas e sua organização e roteiros.
obra audiovisual. b) No caso de jogos eletrônicos, apresentar a descrição
h) Plano de direção: apresentação dos procedimentos das fases do jogo, ambientes e objetivos
estilísticos que se pretende utilizar no filme, a ser redi- c) No caso do aplicativo para diferentes sistemas ope-
gido pelo diretor, descrevendo como será a linguagem racionais, apresentar a descrição do aplicativo e sua
da obra cinematográfica e fazendo menção aos diversos funcionalidade.
setores do filme.
d) No caso de proposta transmidiáticas, apresentar a de-
i) Storyboard ou concept art acompanhado dos docu- finição e a descrição do universo explorado, plano de
mentos mencionados na alínea “e”, para produção de trabalho dos diferentes meios de distribuição, fruição e
obra de animação. consumo e definição dos diferentes conteúdos audio-
j) Estrutura e formato do programa de Rádio e TV a ser visuais desenvolvidos e da forma como se relacionam
produzido, contendo sua duração, periodicidade e nú- com o objetivo de explorar diversos aspectos da narra-
mero de programas e manifestação de interesse de tiva proposta.
emissoras em veicular o programa,sendo vedada a pre- e) No caso de propostas que contemplem projetos de
visão de despesas vinculadas a aquisição de espaços instalações ou intervenções audiovisuais e ambientes
para a sua veiculação. de imersão e performances audiovisuais, apresentar a
k) Estrutura e formato do podcast a ser produzido con- descrição da ação, justificativa e proposta técnica.
208 209

INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS DE FOR- trimonial, se já constituído, com sua política de investi-
MAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE FUNDO PATRIMONIAL: mentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019,
e plano de captação de recursos proposto no projeto.
a) No caso de a Proponente ser Instituição Cultural que d) No caso de doações de propósito específico, nos ter-
queira constituir uma Organização Gestora de Fundo mos da Lei nº 13.800, de 2019,destinados a projetos cul-
Patrimonial, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019, em turais de instituição cultural apoiada pela Organização
seu favor: proposta de trabalho de planejamento con- Gestora de Fundo Patrimonial, além dos documentos
ceitual do fundo patrimonial; proposta de trabalho de da Organização Gestora e do Instrumento de Parceria
estruturação jurídica da Organização Gestora de Fundo com a instituição cultural apoiada, será necessário apre-
Patrimonial; proposta de trabalho de planejamento de sentar: o projeto cultural que se pretende custear com
captação de recursos para o fundo patrimonial; valor a verba incentivada, nos moldes previstos para o seg-
que se pretende captar, com o incentivo fiscal, e plano mento cultural a que se destina; o plano orçamentário
correspondente a 20% do valor doado no exercício de
de trabalho da instituição cultural apoiada.
execução do projeto, ou a percentual maior, no caso de
b) No caso de a Proponente ser a Organização Gestora recuperação ou a preservação de obras e patrimônio e
de Fundo Patrimonial que queira formar ou ampliar o para as intervenções emergenciais para manutenção
Fundo Patrimonial em benefício de determinadas insti- dos serviços prestados pela instituição apoiada, nos ter-
tuições culturais: instrumento de parceria com as insti- mos do artigo 15 desta Lei.
tuições culturais apoiadas, documentos de instituição do
fundo patrimonial, se já constituído, com sua política de
investimentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de ANEXO IV
2019; plano de captação de recursos proposto no projeto ÁREAS E SEGMENTOS CULTURAIS
e plano de trabalho das instituições culturais apoiadas.

c) No caso de a Proponente ser a Organização Gestora OS INCENTIVADORES DE PROJETOS QUE SE ENQUADREM


de Fundo Patrimonial que queira formar ou ampliar o NA LISTAGEM DESTE ANEXO, FARÃO JUS AO BENEFÍCIO DE
Fundo Patrimonial em benefício de instituições culturais QUE TRATA O § 1º DO ART. 18 DA LEI Nº 8.313, DE 1991.
indeterminadas: política de seleção de instituições cul- OS INCENTIVADORES DE PROJETOS QUE NÃO SE ENQUA-
turais apoiadas, documentos de instituição do fundo pa- DREM NO ART. 18, FARÃO JUS AO BENEFÍCIO DO ART. 26.
210 211

I - ARTES CÊNICAS l) Doação de propósito específico à organização


gestora de fundo patrimonial, instituída nos ter-
a) Circo (art. 18, § 3º, alínea a). mos da Lei nº 13.800, de 2019, para aplicação em
b) Dança (art. 18, § 3º, alínea a). projeto específico de artes cênicas.

c) Mímica (art. 18, § 3º, alínea a).


II - AUDIOVISUAL
d) Ópera (art. 18, § 3º, alínea a).

e) Teatro (art. 18, § 3º, alínea a). a) Produção de conteúdo audiovisual de curta e média
f) Teatro de formas animadas, de mamulengos, bonecos metragens, podcasts, rádios, TVs educativas e culturais
e congêneres (art. 18, § 3º, alínea a). (art. 18, § 3º, alínea f).

g) Desfile de escola de samba ou festivos de caráter mu- b) Difusão de acervo e conteúdo audiovisual nos diver-
sical e cênico que tenham relação com festividades re- sos meios e suportes (art. 18, § 3º, alínea f).
gionais, com confecções de fantasias, adereços ou ma-
c) Restauração e preservação de acervos audiovisuais
terial cenográfico (art. 18, § 3º, alínea a).
(art. 18, § 3º, alínea f).
h) Construção e manutenção de salas de teatro ou cen-
d) Doação de acervos audiovisuais para cinematecas
tros culturais comunitários em municípios com menos
(art. 18, § 3º, alínea e).
de 100.000 (cem mil) habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).
e) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art.
i) Empreendedorismo cultural ou ações de capacitação e
treinamento de pessoal; e (art. 18, § 3º, alínea a). 18, § 3º, alínea e).

j) Teatro musical, quando sua encenação se estabele- f) Aquisição de equipamentos para manutenção de
ce por meio de dramaturgia, compreendendo danças e acervos audiovisuais públicos e cinematecas (art. 18,
canções (art. 18, § 3º, alínea a). §3º, alínea e).

k) Doação permanente restrita de propósito específico a g) Construção e manutenção de salas de cinema que po-
fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800, derão funcionar também como centros culturais comu-
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no nitários em municípios com menos de 100.000 (cem mil)
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas. habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).
212 213

III - MÚSICA b) Empreendedorismo cultural ou ações educativo-cul-


turais, inclusive seminários, oficinas e palestras, assim
a) Erudita (art. 18, § 3º, alínea c). como ações de capacitação e treinamento de pessoal
b) Instrumental (art. 18, § 3º, alínea c). que visem à formação e ao fomento em artes visuais
(art. 18, § 3º, alínea d).
c) Canto coral (art. 18, § 3º, alínea c).

d) Empreendedorismo cultural ou ações de capacitação c) Doação permanente restrita de propósito específico a


e treinamento de pessoal (art. 18, § 3º, alínea c). fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800,
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no
e) Doação permanente restrita de propósito específico a
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas.
fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800,
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no d) Doação de propósito específico à organização gesto-
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas. ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
f) Doação de propósito específico à organização gesto-
artes cênicas.
ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
artes cênicas. V - PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL

a) Ações de difusão de manifestações culturais conside-


IV - ARTES VISUAIS
radas patrimônio imaterial reconhecido por lei ou que
componham o Registro de Bens Culturais de Natureza
a) Exposição de artes visuais que possua em sua concepção
Imaterial, realizado pelo IPHAN (art.18, § 3º, alínea g).
tratamento artístico e curatorial, em quaisquer suportes,
abrangendo as seguintes categorias: pintura, desenho, b) Doações ou aquisições de acervos culturais em geral
gravura, fotografia, escultura, objeto, grafite, instalação, para arquivos públicos e instituições culturais (art. 18, §
performances, vídeo-arte, artes digitais, arte eletrônica, de- 3º, alínea g).
sign, arquitetura, moda, arte cibernética e artes gráficas, c) Preservação, restauração, conservação, salvaguarda,
que poderão se organizar sob a forma de exposições, feiras, identificação, registro, educação patrimonial e acervos
festivais, mostras, circuitos artísticos (art. 18, § 3º, alínea d). do patrimônio cultural material e imaterial (art. 18, § 3º,
214 215

alínea g). ceira no longo prazo de instituições culturais de artes


d) Ações de documentação ou digitalização de acervo cênicas.

bibliográfico e arquivístico, pesquisa, sistematização de l) Doação de propósito específico a organização gesto-


informação (art. 18, § 3º, alínea g). ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
e) Preservação, restauração, manutenção, readequação
artes cênicas.
ou revitalização de equipamentos culturais ou edifica-
ções destinadas à preservação de patrimônio cultural
(art. 18, § 3º, alínea g). VI - MUSEUS E MEMÓRIA

f) Ações de segurança para preservação de patrimônio


a) Doação ou aquisição de acervos para museus e insti-
cultural ou de acervos (art. 18, § 3º, alínea g).
tuições de preservação da memória (art.18, § 3º, alínea g).
g) Ações educativo-culturais, inclusive seminários, ofi-
b) Preservação, restauração, conservação, identificação,
cinas e palestras, visando à preservação do patrimônio
registro e promoção (art. 18, § 3º, alínea g);
material, imaterial ou de acervos de valor cultural (art.
18, § 3º, alínea g). c) documentação e digitalização de acervos; sistemas de
informações (art. 18, § 3º, alínea g).
h) Treinamento de pessoal ou aquisição de equipamen-
tos para manutenção de acervos, arquivos públicos e d) Ações de segurança para preservação de acervos (art.
instituições congêneres (art. 18, § 3º, alínea g). 18, § 3º, alínea g).

i) Elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo e) Planos anuais de atividades e elaboração de planos


(art. 18, § 3º, alínea g). museológicos (art. 18, § 3º, alínea g).

j) Elaboração de projetos de restauro (arquitetura e f) Exposições realizadas em museus, exposições organi-


complementares) destinados à preservação de bens cul- zadas com acervos de museus e museografia (art. 18, §
turais materiais tombados pelos poderes públicos, fede- 3º, alíneas d e g).
ral, estadual, municipal ou distrital (art.18, § 3º, alínea g). g) Pesquisa; sistematização de informações. (art. 18, §
k) Doação permanente restrita de propósito específi- 3º, alínea g).
co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº h) Ação educativo-cultural, inclusive seminários, con-
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan- gressos, palestras (art. 18, § 3º, alínea g).
216 217

i) Criação e implantação (projetos, construção, restaura- dos para empreendedorismo cultural, promoção do li-
ção e reforma) (art. 18, § 3º, alínea g). vro e da criação literária, bem como para o incentivo à
j) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art. leitura (art. 18, § 3º, alínea b).
18, § 3º, alínea g). d) Doação ou aquisição de acervos para bibliotecas pú-
k) Aquisição de equipamentos para a preservação e a blicas, museus, arquivos públicos, cinematecas (art. 18,
manutenção de acervos (art. 18, § 3º, alínea g). § 3º, alínea b).

l) Doação permanente restrita de propósito específi- e) Empreendedorismo cultural e ações de capacitação,


co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº treinamento de pessoal, oficinas e aquisição de equipa-
13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan- mentos, que tenham como finalidade a manutenção de
ceira no longo prazo de instituições culturais de artes acervos de bibliotecas públicas, museus, arquivos públi-
cênicas. cos e cinematecas (art. 18, § 3º, alínea b).
m) Doação de propósito específico à organização gesto-
f) Construção de bibliotecas desde que esteja prevista
ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
a implantação de espaço destinado a apresentações de
13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
teatro, exibição de filmes e outras atividades culturais
artes cênicas.
em municípios com menos de 100.000 (cem mil) habi-
tantes (art. 18, § 3º, alínea h).
VII – HUMANIDADES
g) Doação permanente restrita de propósito específi-
a) Livros ou obras de referência, impressos ou eletrôni- co a fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº
cos, de valor artístico, literário ou humanístico (art. 18, § 13.800, de 2019, voltado para a sustentabilidade finan-
3º, alínea b). ceira no longo prazo de instituições culturais de artes

b) Manutenção, preservação ou restauração de acervos cênicas.


bibliográficos e arquivísticos compreendidos por livros ou h) Doação de propósito específico a organização gesto-
obras de referência, impressos ou eletrônicos, de valor ar- ra de fundo patrimonial, instituída nos termos da Lei nº
tístico, literário ou humanístico (art. 18, § 3º, alínea b). 13.800, de 2019, para aplicação em projeto específico de
c) Eventos literários ou ações educativo-culturais volta- artes cênicas.
218 219

ANEXO V ANEXO VI
TARIFAS BANCÁRIAS TRILHAS DE CONTROLE

Todas as contas cadastradas no sistema corporativo do I - Regularidade do proponente e sócios.


Banco do Brasil, vinculadas a projetos beneficiados pe- II - Regularidade da Classificação Nacional de Atividades
los incentivos fiscais ao amparo da Lei nº 8.313, de 1991, Econômicas - CNAE do proponente e fornecedor.
possuem isenção das seguintes tarifas:
III - Princípio da não concentração.
I - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
IV - Itens concentrados por fornecedores.
II - MANUTENÇÃO C/C ATIVA - PF E PJ
V - Notas fiscais eletrônicas.
III - GERENCIADOR FINANCEIRO - CONEXÃO
VI - Beneficiários de ingressos gratuitos.
IV - CADASTRO PF E PJ - CONFECÇÃO
VII - Incentivadores inativos.
V - CADASTRO PF E PJ - RENOVAÇÃO SEMESTRAL
VIII - Regularidade de captadores de recursos.
VI - TRANSFERÊNCIA ENTRE CONTAS CORRENTES (ORI-
GEM PF E PJ) - RPG
VII - TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA (DOC/TED) - RPG
VIII - EXTRATOS TAA - TERMINAL DE AUTOATENDIMENTO
IX - EXTRATOS DE INTERNET
X - AGENDA FINANCEIRA
220 221

Gestão Cultural e Moblização de Recursos -


DANIEL BENDER LUDWIG Manual Prático de Elaboração de Projetos,
de Daniel Bender Ludwig, tem como objetivo o aprimoramento
É historiador, produtor cultural e
e a capacitação dos profissionais atuantes no mercado cultu-
palestrante com uma ampla gama
ral, tanto na esfera pública quanto privada.
de experiências e realizações no
campo da cultura. Possui um his-
Apresentando técnicas e ferramentas de gestão, o livro abor-
tórico impressionante como ex-
da todos os mecanismos relativos à elaboraçao de projetos
-diretor da Lei de Incentivo à Cul-
culturais, desde as fases iniciais de planejamento, de apresen-
tura do RS e parecerista da Lei
tação e de captação de recursos até a etapa final de prestação
Rouanet, bem como de outros edi-
de contas.
tais fomentados por diferentes es-
tados. Sua contribuição foi de ex-
O aperfeiçoamento profissional dos gestores culturais é im-
trema importância ao auxiliar diversos municípios na busca por
prescindível para a realização de uma administração criativa
incentivos necessários para a realização de projetos culturais.
e eficiente na elaboração e no desenvolvimento de projetos e
ações culturais. Neste sentido, a obra busca servir como um
Como consultor, tem se destacado ao auxiliar municípios na cria-
instrumento completo de referência na gestão e no desenvolvi-
ção de legislação de enquadramento junto ao Sistema Nacional
mento de projetos culturais de valor para a sociedade.
de Cultura, visando à regulamentação e implementação dos Fun-
dos de Apoio à Cultura. Suas habilidades em elaboração de proje-
Ricamente ilustrado e apresentando uma linguagem de fácil
tos incentivados, negociação e gestão são amplamente reconheci-
compreensão, o presente manual impressiona pela qualidade
das, fruto de sua vasta experiência tanto no setor público quanto no
técnica e artística, apresentando conceitos complexos de
privado, atuando como gestor de organizações sociais e culturais.
forma bastante didática, objetiva e original.
Autor do livro Gestão Cultural e Mobilização de Recursos,
Este é, certamente, um livro capaz de instigar
Manual Prático de Elaboração de Projetos, uma obra que tem
a visão crítica do leitor mais atento, desenvol-
se destacado no cenário cultural. Além disso, suas palestras têm sido
vendo a capacidade organizadora e o espí-
muito elogiadas por empresários, produtores culturais, profissionais
rito empreendedor dos profissionais atuantes
de organizações sociais e gestores públicos e privados, pois fornecem
no setor cultural.
conhecimentos valiosos sobre o financiamento de projetos culturais.

Sua trajetória é marcada por um profundo envolvimento com a cultura,


tanto no aspecto teórico quanto prático. Sua expertise em gestão, elabo-
ração de projetos, negociação e conhecimento dos mecanismos de finan-
ciamento o tornam um consultor altamente valorizado e um palestrante MINISTÉRIO DA
influente no cenário cultural. Comprometido em promover o conhecimento CULTURA
e contribuir para o desenvolvimento da cultura em nosso estado.

REALIZAÇÃO:

Você também pode gostar