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cultural
E MOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS
MANUAL PRÁTICO DE
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
sumário
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
REALIZAÇÃO:
MINISTÉRIO DA
CULTURA
Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela
pressupõe, a sociedade, por mais perfeita
que seja, não passa de uma selva. É por isso
que toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.
Albert Camus
A expansão da produção cultural fez com que as atividades artísticas se
tornassem mais constantes e organizadas, impactando no desenvolvi-
mento da economia da cultura, refletindo também nos diversos setores.
prefácio
uma vez que a cultura tem grande potencial de gerar lucro, emprego e
renda, com “efeito multiplicador na economia”. O IBGE apontou mais de
cinco milhões de trabalhadores ocupados na área da cultura no ano de
2018.
Daniel Bender e eu, apaixonados pela cultura e pela arte, com longa tra-
jetória na produção cultural, fazemos questão de ressaltar os aspectos
positivos dessa atividade profissional. Esta obra apresenta um conteúdo
rico e oportuno – dividido entre teoria e prática. Não tenho dúvidas de
que foi preparada com dedicação e carinho para contribuir na jornada
dos interessados pela atividade cultural.
Adriana Donato
Especialista em Leis de Incentivo à Cultura
O presente livro de Daniel Bender nos chega como
um necessário guia para os produtores culturais, em
especial aos que procuram se iniciar profissionalmen-
te nessa atividade de formatação de projetos culturais
com vistas à inscrição na Lei Federal n.º 8.313/1991, a
chamada Lei Rouanet.
Bender vem atuando no setor há muitos anos, já
tendo sido, inclusive, coordenador da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, criada em
1991 e gerida pela Secretaria Estadual da Cultura do
Estado. Sua atividade principal tem sido de forma in-
dependente, como produtor cultural, consultor e ana-
lista de projetos culturais em vários estados, para go-
vernos, instituições, empresas públicas e privadas e
profissionais das artes e da cultura.
Com tal expertise e experiência, Bender tem mi-
nistrado cursos a produtores, artistas e interessados,
tendo eu mesmo feito um desses cursos, em uma
instituição cultural privada em Porto Alegre. Os cur-
sos são importantes, presenciais e a distância. Assim,
este manual surge também como ferramenta didáti-
10 11
ca. Em especial, um curso que atende a uma neces- O trabalho que vem realizando Daniel Bender
sidade do interessado, pois pode-se trabalhar com agora tem mais este aporte, com o presente livro, tam-
casos específicos, ficando mais fácil se tirarem dú- bém propiciado sob a Lei Rouanet. Que a comunidade
vidas, mas, principalmente, atualizar-se com os mais cultural usufrua dessa experiência! Que voltemos aos
recentes procedimentos. bons tempos do incentivo à cultura no Brasil!
Boa leitura!
Daniel Bender Ludwig
16 17
18 19
Atores
Funda-
mentais
capítulo
20 21
- elaborar projetos;
- captar recursos;
- dominar o uso das leis de incentivo à cul-
tura;
- estar atento a questões legais e jurídicas –
Lei 8.313
tais como o direito autoral;
- estar atento às características e às ferra-
mentas de marketing, bem como às novas
formas de divulgação;
- conhecer as limitações da burocracia;
- conhecer os fundamentos do planejamen-
to, do orçamento e ter noções de contabili-
dade;
- dinamizar os fazeres culturais;
- conjugar os fazeres culturais com os diver-
capítulo
2
sos interesses em jogo;
- potencializar os fazeres culturais como fa-
tores de desenvolvimento da cadeia produ-
tiva do segmento.
26 27
Ministério, secretarias,
instituições culturais
vinculadas e CNIC
A Lei 8.313, lei federal de incentivo à cultura, foi
promulgada em 1991 pelo governo federal e instituiu o
Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). A lei,
desde sua criação, é conhecida como “Lei Rouanet”, por
conta de seu mentor, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet,
à época secretário de Cultura da Presidência da Repú-
blica. Criada com o objetivo de incentivar o desenvolvi-
mento das atividades culturais no Brasil e até hoje em vi-
gor, ainda é o principal mecanismo de financiamento da
cultura brasileira. Durante esses anos, a lei passou por
diversas modificações, sempre visando acompanhar as
demandas da sociedade, a evolução das linguagens ar-
tísticas, bem como o aparecimento de novas platafor-
mas digitais e ferramentas de gestão.
A lei federal de incentivo à cultura é gerida pelo ór-
gão do governo federal que trata de ações em prol do
desenvolvimento do setor cultural brasileiro, como um
segmento produtivo da economia, um direito do cida-
dão para ter acesso a atividades artísticas e culturais ou
símbolo que nos identifica como povo brasileiro. Hoje,
esse órgão é o Ministério da Cultura. A gestão da lei é
28 29
Todos os projetos que desejam receber esses be- tes do governo e da sociedade civil. A CNIC tem a res-
nefícios fiscais devem ser propostos ao governo por ponsabilidade de homologar ou corrigir, se for o caso,
produtores culturais dentro das normas de regulamen- todas as análises anteriores, recomendando ou não a
tação. Esses projetos são analisados em várias etapas, aprovação final do projeto.
quando são considerados adequados em seu conteúdo A análise de um projeto deve ser feita de forma
em consonância com a proposta, com a apresentação objetiva, sob critérios claros. A legislação (lei e decre-
dos documentos obrigatórios, a regularidade fiscal do to) determina que os projetos não podem ser objeto
proponente, a capacidade e a experiência dos profissio- de apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico
nais envolvidos, o cumprimento das contrapartidas so- ou cultural.
ciais necessárias e a consistência do orçamento propos-
to em seus limites obedecidos.
-minc-n-1-de-10-de-abril-de-2023-476028057?
Portarias
Documentos de ato administrativo que contêm
instruções acerca da aplicação de regras, normas de
execução de serviço e determinações da competência
de uma autoridade pública. Os projetos da Lei Fede-
38 39
As leis e os decretos são legislações mais estáveis e co tema. Antes de propor um novo projeto, sempre as
de mais difícil alteração. Para uma lei ser alterada é ne- instruções normativas são a principal legislação que
cessária a anuência do Congresso Nacional, por iniciati- deve ser conhecida pelo proponente, pois nelas estão
va dos parlamentares ou do Poder Executivo. Um decre- definidos detalhes de cada fase da execução do proje-
to, por sua vez, só pode ser alterado por determinação to, desde a apresentação da proposta até à prestação
da Presidência da República, sendo um ato exclusivo do de contas final. As regras estabelecidas nas instruções
presidente. normativas via de regra estão organizadas de forma
Por outro lado, a instrução normativa é uma legis- clara e didática, de fácil compreensão (verifique as
lação de mais fácil alteração. São normas definidas pelo instruções normativas em vigor antes de enviar seu
órgão gestor do PRONAC e podem ser alteradas frequen- projeto e veja se o mesmo está de acordo com a legis-
temente, de forma a acompanhar as demandas mais ur- lação vigente).
gentes da sociedade, as mudanças de cenário econômi-
co, as urgências sanitárias (Covid-19, por exemplo) e até https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ins-
trucao-normativa-minc-n-1-de-10-de-abril-
o aparecimento de novas linguagens artísticas e novas -de-2023-476028057?
tecnologias de gestão. Por esse motivo, para uma boa
gestão dos projetos é imprescindível que o proponente
mantenha-se atualizado sobre eventuais mudanças da
legislação que, por algum motivo, interfiram nos proje-
tos que estão sendo executados.
As instruções normativas (INs) são a principal le-
gislação que deve ser conhecida pelo proponente, pois
nelas estão definidos os detalhes de cada fase da exe-
cução do projeto, desde a apresentação da proposta
até à prestação de contas final. As regras estabelecidas
nas instruções normativas geralmente estão organiza-
das de forma clara e didática, de fácil compreensão.
No entanto, algumas INs são editadas apenas para al-
terar uma regra específica e podem tratar de um úni-
40 41
Áreas culturais
contempladas
(artigo 18 versus
artigo 26) sobre os recursos investidos nos projetos (art. 18). Ou-
tras ações são financiadas com recursos compartilhados
Em princípio, todas os segmentos entre governo e patrocinadores, ou seja, o patrocinador
culturais podem receber incentivos fis- não tem retorno de 100% sobre os investimentos feitos
cais oriundos da Lei Rouanet. Porém, a nos projetos culturais, devendo contribuir com parte de
lei estabelece prioridades de concessão recursos próprios (art. 26).
de incentivo, considerando necessidades Essas regras diferenciadas entre projetos que re-
históricas específicas de cada segmento. cebem ou não os 100% de retorno sobre os recursos
Essa prioridade foi estabelecida pelo ní- aportados pelos investidores promovem uma maior ou
vel de renúncia fiscal oferecido aos inves- menor possibilidade de captação junto aos potenciais
tidores, uma vez que, quanto maior for o patrocinadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
retorno ao patrocinador, mais fácil torna-
-se a captação dos recursos destinados
aos projetos. Por isso, todos os projetos
recebem uma classificação pelos artigos
da lei que regulam tais percentuais. Essa
classificação está prevista nos artigos 18
e 26 desse dispositivo legal.
Algumas ações podem ser finan-
ciadas com 100% dos recursos oriundos
do incentivo fiscal, possibilitando que os
patrocinadores tenham 100% de retorno
42 43
Tal critério de percentual de renúncia fiscal é de- Portanto, os projetos que NÃO estiverem
finido pela própria Lei 8.313, não podendo ser inseridos nesses segmentos NÃO permitirão
alterado por instrumentos infralegais (decreto 100% de retorno sobre os investimentos reali-
ou instrução normativa). O artigo 18 da lei defi- zados pelos patrocinadores, sendo obrigatória
ne quais são os segmentos que podem receber uma participação do investidor com recursos
100% de renúncia fiscal, listados a seguir: próprios. Tal participação é regulada pelo ar-
1. artes cênicas; tigo 26 da lei, sendo 20% para pessoas físicas
e variando de 60 a 70% de recursos próprios
2. livros de valor artístico, literário ou humanís-
para pessoas jurídicas.
tico;
Esses percentuais podem ser menores,
3. Música erudita, instrumental e regional;
considerando que a legislação permite que
4. exposições de artes visuais; o patrocinador pessoa jurídica contabilize o
5. doações de acervos para bibliotecas públicas, investimento como despesa operacional da
museus, arquivos públicos e cinematecas, bem empresa. Isso possibilita reduzir a participa-
como treinamento de pessoal e aquisição de ção de recursos próprios para cerca de 30%.
equipamentos para a manutenção desses acer- No entanto, recomendamos que o cálculo
vos; da participação da empresa investidora, quan-
6. produção de obras cinematográficas e video- do o projeto for classificado pelo artigo 26, seja
fonográficas de curta e média metragens e pre- feito por um contador habilitado, consideran-
servação e difusão do acervo audiovisual; do a legislação relativa ao Imposto de Renda
controlada pela Receita Federal do Brasil.
7. preservação do patrimônio cultural material e
imaterial;
8. construção e manutenção de salas de cinema Na Lei nº 8.313, de 23 de dezem-
e teatro, que poderão funcionar também como bro de 1991, estão detalhados os
centros culturais comunitários, em municípios segmentos culturais que podem
com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. ser enquadrados no artigo 18.
44 45
Elaboração
de Projetos
capítulo
3
54 55
Documentos
necessários para
a elaboração
de projetos
Para inscrever um projeto na Lei Rouanet é neces-
sário que o proponente, pessoa física ou jurídica, tenha
seus documentos em situação regular. Os documentos
necessários são apresentados em meio eletrônico, inse-
ridos no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(SALIC), plataforma digital que será detalhada no Módu-
lo II. A lista desses documentos está descrita no Anexo III
da Instrução Normativa nº 01/2023.
56 57
Elaboração Imagem
Interpretativa
do Projeto
O que vamos fazer? (What?)
Primeiro Passo Por quê? (Why?)
Técnica do 4QPOC – 5W2H
Como? (How?)
Para produzir e elaborar um projeto, Quem faz o quê? (Who?)
deve-se demonstrar claramente “o quê”,
Quando realizaremos o projeto? (When?)
“para quê”, “por quê”, “como” e “com quan-
to” se pretende realizar um produto cultu- Onde será realizado o projeto? (Where?)
ral. Quanto vai custar? (How much?)
O projeto servirá para apresentar o
que se pretende produzir aos patrocinado-
res e apoiadores, responsáveis por teatros
e casas de espetáculos, gravadoras, parcei-
ros em geral, assim como para a aprovação
nas leis de incentivo à cultura.
Dedique um tempo à elaboração do
projeto, tendo em mente que ele será a
base de planejamento para o seu produto
cultural. Um projeto bem planejado dimi-
nuirá o estresse da produção.
Lembre-se também de que o patro-
cinador irá avaliar o produto cultural que
você quer produzir pelo projeto que apre-
sentar.
60 61
Faça um pequeno parágrafo com o Objetivo Geral e or- culturais; ração e o aperfeiçoamento
ganize em picos os Objetivos Específicos, os quais de- VIII - fomentar o desenvol- de recursos humanos para
vem iniciar com um verbo, serem claros e sucintos. vimento de atividades ar- a produção e a difusão cul-
Neste campo copie, cole, negrite e depois fundamente tísticas e culturais pelos turais;
ao menos um dos incisos do artigo 2º Decreto 11.453, de povos indígenas e pelas XIII - promover a difusão e
23/03/23, de maneira integral, transcritos a seguir: comunidades tradicionais a valorização das expres-
brasileira; sões culturais brasileiras
Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados progra- IX - apoiar as atividades no exterior e o intercâmbio
mas, projetos e ações culturais destinados às seguintes culturais de caráter inova- cultural com outros países;
finalidades: dor ou experimental; XIV - estimular ações com
X - apoiar ações artísticas vistas a valorizar artistas,
I - valorizar a cultura na- dimensões material e ima-
e culturais que usem novas mestres de culturas popu-
cional, consideradas suas terial;
tecnologias ou sejam dis- lares tradicionais, técnicos
várias matrizes e formas de V - incentivar a ampliação tribuídas por plataformas e estudiosos da cultura
expressão; do acesso da população à brasileira;
digitais;
II - estimular a expressão fruição e à produção dos XV - apoiar o desenvolvi-
XI - apoiar e impulsionar
cultural dos diferentes gru- bens culturais; mento de ações que inte-
festejos, eventos e expres-
pos e comunidades que VI - fomentar atividades grem cultura e educação;
sões artístico-culturais tra-
compõem a sociedade bra- culturais com vistas à pro-
dicionais e bens culturais XVI - apoiar ações de pro-
sileira; moção da cidadania cul- materiais ou imateriais dução de dados, informa-
III - viabilizar a expressão tural, da acessibilidade às acautelados ou em proces- ções e indicadores sobre o
cultural de todas as regiões atividades artísticas e da so de acautelamento; setor cultural; e
do país e sua difusão em diversidade cultural;
X - apoiar a inovação em XVII - apoiar outros proje-
escala nacional; VII - desenvolver atividades atividades artísticas e cul- tos e atividades culturais
IV - promover o restauro, que fortaleçam e articulem turais, inclusive em arte considerados relevantes
a preservação e o uso sus- as cadeias produtivas e os digital e em novas tecnolo- pelo Ministro de Estado da
tentável do patrimônio arranjos produtivos locais gias; Cultura.
cultural brasileiro em suas nos diversos segmentos
XII - impulsionar a prepa-
64 65
Nos Objetivos Específicos devem ser citadas todas OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DEVEM ESTAR CLAROS,
as ações que serão realizadas no projeto, ou seja, os COM AS QUANTIDADES DE APRESENTAÇÕES, DURA-
produtos específicos oferecidos à população devem ser ÇÃO DE EXPOSIÇÕES, HORAS-AULA OFERECIDAS ETC.,
mensuráveis e devidamente comprovados na prestação CONFORME OS SEGUINTES EXEMPLOS (preencha o
de contas. produto em maiúsculas para dar o devido destaque,
Cite a quantidade total de público beneficiado para disponha as ações em formato de listas mensuráveis
cada produto cadastrado no Plano de Distribuição e (verbos no infinitivo - quantitativos e unidades de me-
como será distribuído, informando se será gratuito, se dida).
terá comercialização, ingresso etc. Exemplo de como as informações
Para construir uma proposta cultu- devem estar organizadas.
ral eficiente é necessário saber como
você vai prestar contas do projeto.
Objetivos Gerais
Pergunte-se:
Decreto nº 11.453/23
1. Quais são os produtos? Art. 3º Na execução do PRONAC, serão apoiados pro-
gramas, projetos e ações culturais destinados às se-
2. Quais serão as ações culturais?
guintes finalidades:
3. Como serão os resultados do projeto?
XI - apoiar e impulsionar festejos, eventos e expres-
4. Como a Avaliação de Resultados poderá avaliar as sões artístico-culturais tradicionais e bens culturais
suas entregas? materiais ou imateriais acautelados ou em processo
de acautelamento
5. Que documentos deverá juntar para a comprovação
do alcance de resultados? Pois (...)
Não se preocupe neste momento. Enquanto você não XIV - estimular ações com vistas a valorizar artistas,
enviar a proposta ao Ministério da Cultura, o texto dos mestres de culturas tradicionais, técnicos e estudiosos
objetivos é ajustável. da cultura brasileira.
66 67
dução cultural e artística brasileira, com valori- suas ações culturais quando em um mesmo
zação de recursos humanos e conteúdos locais; produto:
III. apoiar, valorizar e difundir o conjunto das Art. 3° Para cumprimento das finalidades ex-
manifestações culturais e seus respectivos cria- pressas no art. 1° desta lei, os projetos cultu-
dores; rais em cujo favor serão captados e canaliza-
IV. proteger as expressões culturais dos grupos dos os recursos do PRONAC atenderão, pelo
formadores da sociedade brasileira e responsá- menos, um dos seguintes objetivos:
veis pelo pluralismo da cultura nacional; I - Incentivo à formação artística e cultural,
V. salvaguardar a sobrevivência e o florescimen- mediante:
to dos modos de criar, fazer e viver da sociedade a) concessão de bolsas de estudo, pesquisa e
brasileira; trabalho, no Brasil ou no exterior, a autores,
VI. preservar os bens materiais e imateriais do artistas e técnicos brasileiros ou estrangeiros
patrimônio cultural e histórico brasileiro; residentes no Brasil;
a) Seguir a estrutura textual com ter- Art. 1° Fica instituído o Programa Na-
mos sugeridos em negrito é importan- cional de Apoio à Cultura (PRONAC),
te, pois dá objetividade aos textos e com a finalidade de captar e canalizar
promove uma análise mais célere por recursos para o setor de modo a:
parte das instâncias técnicas. VIII. estimular a produção e a difusão
b) Inserir a Justificativa do projeto, des- de bens culturais de valor universal,
tacando os motivos para sua realização, formadores e informadores de conhe-
bem como a necessidade do uso do Me- cimento, cultura e memória.
canismo de Incentivo a Projetos Cultu- Pois (...)
rais.
IX. priorizar o produto cultural originá-
c) Citar em quais incisos do artigo 1º da rio do País.
Lei 8313/91 a proposta se enquadra.
Pois (...)
d) Citar quais objetivos do artigo 3° da
Lei 8.313/91 art. 3° : Para cumprimen-
Lei 8313/91 serão alcançadas com o
to das finalidades expressas no art. 1°
projeto.
desta lei, os projetos culturais em cujo
e) Obs: TRANSCREVER OS INCISOS E AS favor serão captados e canalizados os
ALÍNEAS, justificando em seguida a sua recursos do PRONAC atenderão, pelo
escolha e menos, um dos seguintes objetivos:
f) Pergunta-chave: POR QUE A LEI DE IN- I - incentivo à formação artística e cul-
CENTIVO À CULTURA? tural, mediante:
c) instalação e manutenção de cursos
76 77
Fique Resultados
de olho! previstos
Apresente os Resultados a serem atingidos pelo pro-
a) Descreva com detalhes qual ativida-
jeto e os benefícios produzidos a partir da sua realização.
de (mesmo que voluntária) do dirigente
ou da instituição proponente será reali- Os Resultados devem ser mensuráveis e revelar o
zada no projeto. alcance dos Objetivos Específicos.
c) Apresente também currículo resumi- Volte ao item Objetivos e tente traduzi-lo em re-
do dos principais participantes. sultados práticos ou produtos que possam ser vistos
ou experimentados. Busque Resultados para cada ob-
jetivo específico, analisando os que, de fato, são viáveis
de concretizar.
Período e local
da realização
(Quando?) (When?) –
(Onde?) (Where?)
Informe a data de início e término do projeto e
onde ele será realizado. Lembre-se de que deve solicitar
o patrocínio de uma empresa que tenha interesse nos
locais onde o projeto será realizado.
80 81
Segue relação das temáticas culturais para ações educati- g. Letras e Artes;
vas de capacitação cultural e Editorial de livros e podcasts: i. Literatura
ii. Fundamentos e Crítica das Artes
1. Ciências aplicadas à Economia da Cultura e à Ges- 1. Teoria da Arte
tão Cultural
2. História da Arte
a. Museologia, Biblioteconomia e Arquivologia para ges-
3. Crítica da Arte
tão de acervos culturais;
iii. Artes Plásticas
b. Direito, Administração, Contabilidade, Economia Co-
mércio Exterior para o fomento da Economia da Cultura 1. Desenho
e Gestão Cultural; 2. Gravura
c. Arquitetura e Urbanismo de Centros Culturais Comu- 3. Escultura
nitários com sua plena Acessibilidade e
4. Cerâmica
d. Cinema, Rádio e Televisão, Editorial de livros de valor
5. Tecelagem
artístico, humanístico ou literário e novas mídias criati-
vas culturais. 6. Grafite e Muralismos
7. Artes visuais em paisagismo cultural com
uso de esculturas, pinturas e design)
2. Ciências Humanas
iv. Música
a. Arqueologia
1. Regência
b. Filosofia
2. Instrumentação Musical
c. Geografia Cultural;
3. Fabricação de Instrumentos musicais
d. História Cultural;
4. Composição musical e Arranjo
e. Sociologia, Antropologia;
5. Canto
f. Educação e Pedagogia voltada ao incentivo da leitura e
escrita criativa cultural; 6. Ópera
86 87
do Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo – 38. Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino Pai
20/11/2007 Eterno de Trindade – 15/09/2016
25. Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas 39. Saberes e Práticas Associados ao modo de fa-
regiões do Serro e das serras da Canastra e do Sa- zer Bonecas Karajá – 25/01/2012
litre/ Alto Paranaíba – 13/06/2008 40. Samba de Roda do Recôncavo Baiano –
26. Modo de Fazer Renda Irlandesa, tendo como 05/10/2004
referência este ofício em Divina Pastora/SE – 41. Sistema Agrícola Tradicional de Comunidades
28/01/2009 Quilombolas do Vale do Ribeira – 20/09/2018
27. Modo de Fazer Viola-de-Cocho – 14/01/2005 42. Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro –
28. Modos de Fazer Cuias do Baixo Amazonas – 05/11/2010
11/06/2015 43. Tambor de Crioula do Maranhão – 20/06/2007
29. Ofício das Baianas de Acarajé – 14/01/2005 44. Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani
30. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras – 20/12/2002 – 03/12/2014
31. Ofício de Sineiro – 03/12/2009 45. Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Ma-
32. Ofício dos Mestres de Capoeira – 21/10/2008 mulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco
– 04/03/2015
33. Procissão do Senhor dos Passos de Santa Cata-
rina – 20/09/2018 46. Toque dos Sinos em Minas Gerais tendo como
referência São João del Rey e as cidades de Ouro
34. Produção Tradicional e Práticas Socioculturais
Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas do Cam-
Associadas à Cajuína no Piauí – 15/05/2014
po, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes –
35. Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe 03/12/2009
– 05/11/2010
47. Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Anti-
36. Ritxòkò: Expressão Artística e Cosmológica do ga Pelotas – 15/05/2018
Povo Karajá – 25/01/2012
48. Outros
37. Roda de Capoeira – 21/10/2008
92 93
• Guardas (3x1 preto + pantone prata): 8 páginas, im- Produto: FEIRA DE ARTESANATO
pressas a 2x1 cores no papel offset ld 150g impressão;
Critérios de seleção do feirante
refile; dobra;
• Todo feirante participante do evento obedece aos se-
• Miolo (4x4 cmyk) com verniz fosco de máquina f/v:
guintes critérios:
432 páginas, impressas a 4x4 cores no papel couchê
fosco nacional imune 150g impressão, dobra. - 1.1. Referência à cultura popular (inspiração nos
elementos da cultural local, com utilização de
• Acabamento: shrink individual
técnicas e materiais daquela região);
• Caixa kit - formato aberto 420x610mm, fechado
- 1.2. Criatividade (originalidade, não seguindo as
210x210mm, impressos no cartão duplex 250g, 4x0.
normas preestabelecidas e nunca imitando o que
• Tabuleiro - formato aberto 420x420mm, 210x210mm, já foi feito repetidas vezes por outros artesãos/
impressos no couchê 300g 4x4 cores. manualistas, cozinheiros /chefs e modistas/ esti-
• Jogo de cartas (tabuleiro) - formato 78x55mm, im- listas/ costureiros);
pressos no couchê 300g, 4x4 cores. - 1.3. Linguagem própria (estilo reconhecido como
• Caderno de atividades - formato aberto 200x200mm, uma forma de expressão do autor);
capa em cartão triplex 250g, 4x1 cores, miolo com 12 - 1.4. Tradição (matéria-prima e modo de fazer
páginas 1x0 cor, no papel offset 180g. que seja transmitido de geração em geração e re-
• Livreto - formato aberto 400x200mm, fechado presentam o local);
200x200mm, capa impressa no papel couchê 250g, 4x4 - 1.5. Apresentação (material de suporte: embala-
cores, miolo com 32 páginas impressas no papel offset gem, etiqueta, rótulo, cartão); e
150g, 4x4 cores. Capa dura.
- 1.6. Produto associado à cultura local (possuir
Direitos Autorais atributos/características culturais da região ou
Informo que o livro é de minha autoria, inclusive as com a iconografia da região).
ilustrações e a imagem, sendo que os gastos com ru-
bricas Direito Autoral estão dentro do teto percentual
de remuneração do proponente.
98 99
Apresente nesse campo detalhes de sua atividade cada músico Cachê de R$ 100,00 para
Gastos com montagem cada músico
cultural que não foram mencionados nos campos an-
R$ 1000,00 Gastos com roadie
teriores, como a programação do evento, por exemplo. R$ 400,00
Em propostas com ações de música cantada, com
ações de música instrumental ou outras linguagens
artísticas, listar:
• as bandas ou grupos musicais a serem contra-
tados;
• sua formação;
• repertório;
• quantidade de participações;
• cachê e
• valores gastos com as apresentações exclusi-
vamente instrumentais e as apresentações com
canto.
100 101
Produto: TEATRO
Passagem
Responsa
• Informo que o item passagem faz re-
ferência aos atores e à equipe técnica
para a itinerância da peça no Nordeste
do Brasil.
Produção independente
capítulo
dor de CNPJ tal.
4
Produto: OFICINAS
Aquisição de bem durável permanente
Responsabilidade
Social
Acessibilidade
Para CADA PRODUTO CADASTRADO no plano de
distribuição, acrescentar as medidas que serão adotadas
para promover a acessibilidade física no local da reali-
zação do projeto e as medidas que serão adotadas para
promover a acessibilidade ao conteúdo dos produtos
às pessoas com deficiência física, visual, auditiva e que
apresentem espectros, síndromes ou doenças que ge-
rem limitações aos conteúdos, assim como pessoas que
desconhecem as linguagens ou idiomas dos conteúdos.
108 109
IV - mínimo de 20% (vinte por cento) para comercia- igual ou inferior ao Custo Total do Projeto.
lização em valores que não ultrapassem 3% (três por § 6º É permitida a transferência de quantitativos não
cento) do salário-mínimo vigente no momento da utilizados nas cotas dos incisos I, III e IV para a cota
apresentação da proposta. prevista no inciso II do caput.
§ 1º As cotas previstas nos incisos I, II e III poderão ser § 7º Os projetos culturais que contemplem o custeio de
cumpridas com realizações de sessões exclusivas. atividades permanentes deverão prever a aceitação
§ 2º Os ingressos ou produtos culturais poderão ser do Vale-Cultura como meio de pagamento quando da
comercializadas de forma adicional ao plano de dis- comercialização dos produtos culturais resultantes,
tribuição aprovado, desde que com recursos não in- nos termos da Lei nº 12.761, de 2012.
§ 3º A parametrização estabelecida no sistema obser- caput deverá ocorrer, preferencialmente, nos pontos
I – meia-entrada assegurada para estudantes em, no B) Lembre-se de detalhar aqui a forma como serão doados
mínimo, 40% (quarenta por cento) do quantitativo total ou vendidos os ingressos ou produtos culturais resultantes
dos ingressos comercializados, conforme o § 10 do art. 1º do projeto, com descrição pormenorizada dos preços e sua
Ampliação
Fique de de acesso
olho! Para cada produto cadastrado no plano de distri-
a) Descreva no campo “Democra- buição, citar explicitamente qual inciso/medida do art.
tização de Acesso” a forma de dis- 28 da IN nº 01/2023 a proposta irá adotar como ação de
tribuição e comercialização dos
AMPLIAÇÃO DE ACESSO.
produtos da proposta.
Obs: Retirar qualquer outra informação, como quanti-
b) Não se esqueça de que as infor-
mações aqui relatadas são com- dade e valores de exemplares ou ingressos.
plementares ao seu Plano de Dis- Copie, cole, negrite, destaque e depois justifique os inci-
tribuição Cadastrado. sos e alíneas escolhidos a seguir:
a. Os quantitativos estão no Plano Artigo 28. Em complemento, o proponente deverá pre-
de Distribuição.
ver a adoção de, pelo menos, uma das seguintes me-
b. Aqui são identificados os Bene- didas de ampliação do acesso:
ficiários e os Critérios de Seleção.
I - doar, além do previsto na alínea “a”, inciso I
i. Critérios de seleção dos benefi-
do arI - doar 10% (dez por cento) dos produtos
ciários: Forma de escolha dos es-
tudantes dos cursos entre outros. resultantes da execução do projeto para distri-
buição gratuita com caráter social, além do pre-
ii. Lembre-se de que não é permi-
visto inciso II do art. 27, totalizando 20% (vinte
tida a destinação das ações cultu-
rais circuito privado ou coleções por cento);
particulares. II - ampliar a meia-entrada de que trata o § 3º do
art. 27, em todos os ingressos comercializados,
para pessoas elegíveis e não contempladas com
a gratuidade de caráter social referida no inciso
II, caput do art. 27;
116 117
III - oferecer transporte gratuito ao público, pre- X - outras medidas sugeridas pelo proponente,
vendo acessibilidade à pessoa com deficiência a serem apreciadas pela Comissão Nacional de
ou com mobilidade reduzida e aos idosos; Incentivo à Cultura (CNIC).
IV - disponibilizar, na internet, registros audiovi-
suais dos espetáculos, das exposições, das ativi- Art. 29. Para os efeitos desta Seção, considera-se:
dades de ensino e de outros eventos referente ao
I - de caráter social, a distribuição de ingressos
produto principal;
e produtos culturais para pessoas de grupos mi-
V - garantir a captação e veiculação de imagens noritários ou comunidades em vulnerabilidade
das atividades e de espetáculos por redes públi- social, tais como: negros, indígenas, povos tra-
cas de televisão e outros meios de comunicação dicionais, populações nômades, pessoas em situa-
gratuitos; ção de rua, pessoas LGBTQIA+, pessoas com defi-
VI - realizar, gratuitamente, atividades paralelas ciência, beneficiários do Bolsa Família e CadÚnico;
aos projetos, tais como ensaios abertos,estágios, II - de caráter educativo, a distribuição a alunos
cursos, treinamentos, palestras, exposições, mos- da rede pública de ensino fundamental, médio
tras e oficinas; ou superior.
VII - realizar ação cultural voltada ao público in-
fantil ou infantojuvenil;
VIII - realizar atividades culturais nos estabele-
cimentos prisionais das unidades da federação;
IX - estabelecer parceria visando à capacitação
Fique de olho!
de agentes culturais em iniciativas financiadas Neste campo é necessário cadastrar um
pelo poder público; texto de maneira clara e separada: um para
os incisos do artigo e retirar qualquer outra
informação desse campo que não seja so-
bre o artigo elencado anteriormente.
118 119
Orçamento
capítulo
5
120 121
Orçamento
(Quanto?) (How much?)
Todo o Orçamento deve estar de
acordo com o escopo do projeto.
1.Objetivos.
2.Local.
Para inserir produtos vá no menu lateral es- • Na Justificativa deve constar: Contratação de um
querdo >> Plano de distribuição >> Novo Pro- produtor pelo período de 6 meses (produção) para
duto montar a equipe, supervisionar a escolha de elenco e
Para detalhar os custos rubrica a rubrica, cli- coordenar os trabalhos da equipe.
que >> no produto>> no município (cadastrado Obs: A justificativa deve ser clara e objetiva e descre-
em “Local de realização” >> “Novo item” ver a função da pessoa ou a necessidade da aquisição
ou do serviço.
B) Preencher a planilha de acordo com as seguintes
orientações
A) Inserir justificativas para todos os itens da Planilha
Orçamentária. I. “Unidade” (deve ser compatível com o item or-
çamentário):
Obs: Explicar a relação das colunas “Unidade”, “Qtd.
• “Serviço”: Utilizado apenas para atividades
de dias”, “Quantidade” e “Ocorrência”.
pontuais e não contínuas. Ex: Pintor, Eletricis-
ta, Tradução, Revisão de texto, Intérprete de
Exemplo: libras etc.
• Item “Produtor”, ETAPA DE PRODUÇÃO (180 dias). • “Mês”: Para contratação de profissionais que
• A coluna “Unidade” deve ser preenchida com irão trabalhar de forma contínua durante a
“Mês”. execução do projeto.
• A coluna “Qtd de dias” deve ser preenchida • Exemplo: Coordenadores, diretores, produto-
• que o proponente não consegue ainda definir do item que será adquirida/contratada/utili-
quantidade ou valor específico. Exemplo: Ma- zada.
terial de consumo, locação de equipamentos IV. “Ocorrência”:
etc. Não use esta categoria para serviços men-
• Deve ser preenchida com a quantidade exata
suráveis.
do item que será adquirida/contratada/utili-
• “Unidade”: Utilizar “Unidade” para itens que
zada.
são adquiridos, alugados, contratados por
Exemplos:
UNIDADE, por exemplo: hospedagem (inserir
a quantidade de beneficiários, na ocorrência, • Quero contratar 02 bandas que irão tocar em um
o número de diárias e o valor unitário da diá- festival em 04 cidades diferentes:
ria), locação de carro (inserir na quantidade • Unidade: “Cachê”
quantos carros serão alugados, na ocorrên-
• Quantidade = 2
cia inserir por quantos dias e informar o valor
unitário da diária). • Ocorrência = 4
• “Cachê”: Para pagamento de artistas ou gru- • Quero adquirir 500 banheiros químicos para um
pos artísticos. show: unidade:
• Deve ser preenchida com a quantidade exata • Quero contratar um produtor na fase de produção
128 129
c. O valor unitário representa o valor individual Parágrafo único. Solicitações de valores superio-
de um item e não seu valor global. Para atingir o res aos definidos neste artigo poderão ser aprova-
valor global desejado, o proponente deve alterar das pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
os campos Quantidade e/ou Ocorrência. (CNIC), considerando as justificativas apresenta-
• Contudo, caso o preenchimento esteja correto e das pelo proponente e pela área técnica.
mesmo assim a rubrica ultrapasse a modal, o pro- Art. 15. Os valores relativos aos direitos autorais
ponente precisa justificar tecnicamente o motivo e conexos no orçamento dos projetos deverão
do custo elevado e, se necessário, anexar três orça- ter compatibilidade com os preços praticados no
mentos (escolhendo o menor). mercado cultural, até o limite de 10% (dez por
g) Segue o passo a passo de como inserir rubricas na cento) sobre o valor aprovado para execução,
planilha orçamentária. sendo as exceções submetidas à CNIC.
a. Entrar em “Orçamento do projeto” -> “Custos Art. 16. Para projetos da área do audiovisual, a
por produtos” -> Selecionar o produto para qual previsão dos custos relativos aos direitos deexibi-
deseja incluir a rubrica -> Selecionar o local -> Cli- ção cinematográfica no orçamento dos projetos
car na aba que representa a etapa desejada” -> será limitada a 20% (vinte por cento) sobre o va-
Clicar em “Novo Item” -> No campo “Item” sele- lor aprovado para execução, sendo as exceções
cionar a rubrica que deseja incluir. submetidas à CNIC.
h) O limite para pagamento com recursos incentiva- Art. 17. Pagamentos ao Escritório Central de Ar-
dos será de: recadação e Distribuição (ECAD) ficam limitados
I - R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) por apre- a10% (dez por cento) do valor total dos cachês
sentação, para artista, solista e modelo; pagos em cada apresentação, respeitado o Regu-
lamento de Arrecadação do ECAD.
II - R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para grupos
artísticos, bandas, exceto orquestras;
III - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por apresentação, Deslocamento: De profissionais às cida-
por músico, e R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) des e aos estados de origem e destino,
para o maestro ou regente, no caso de orquestras. além da quantidade de trechos.
134 135
e) O público da Contrapartida Social deve equivaler a, no d) Inserir todos os produtos citados no Resumo e nos Ob-
mínimo, 10% do total de beneficiários dos outros produ- jetivos Específicos. Se não houver menção do produto em
tos cadastrados no PLANO DE DISTRIBUIÇÃO. um desses campos, ele deverá ser excluído do plano de dis-
tribuição.
e) Informar a estimativa de público para os produtos cultu-
Para detalhar um produto, siga o seguinte rais cadastrados, bem como o valor dos ingressos ou exem-
caminho: Clicar em plano de distribuição > plares (se houver previsão de venda).
clicar em detalhar produto (ícone verde com
f) Verificar se existe coerência na área e nos segmentos se-
uma lupa) > clicar no nome da cidade deseja-
lecionados para cada produto cadastrado.
da > clicar em novo detalhamento caso não
g) Listar proposta > Plano de distribuição > clicar na lupinha
tenha cadastrado nenhum ou clicar em edi-
detalhar produto > clicar na cidade > novo detalhamento.
tar detalhamento (ícone azul com um lápis),
Daí para a frente o proponente poderá cadastrar a estima-
caso já tenha cadastrado um detalhamento.
tiva de público.
h) O preço médio diz respeito apenas aos valores comercia-
lizados a critério do proponente.
Captação
de
Recursos
capítulo
6
142 143
to de que ele terá 100% de desconto nos impostos. Muitas entidades apoiadoras fazem uso de um for-
Primeiro porque isso pode acabar a qualquer momento mulário próprio. É preciso que se conheça o seu conteú-
e segundo porque você não foi vender um desconto no do e preencha somente o que for solicitado com ante-
imposto, mas, sim, uma parceria com o seu projeto. An- cedência, para que possa ser revisado e alterá-lo, se for
tes de tudo, entenda: você não está vendendo uma Lei o caso.
de Incentivo; você está negociando o seu projeto. Falar Atualmente, muitas empresas e fundações fazem
se o projeto tem ou não algum benefício fiscal é a última chamadas públicas para recebimento de projetos cultu-
coisa. É a “carta na manga” das argumentações. rais, por meio da divulgação de um edital próprio e da
Para que serve um material de apresentação? Para, confecção de formulários de preenchimento de proje-
além de vender a ideia, ser também o suporte de tudo tos, que podem ser on-line ou de forma impressa.
o que será falado em uma reunião de apresentação. O
material precisa, mesmo sem você presente, mostrar o O Projeto de Captação é um instrumento de co-
que é o projeto, suas possibilidades e o que a empresa municação elaborado para tornar a sua propos-
ganhará com isso. ta cultural um produto atraente e capaz de con-
quistar, efetivamente, recursos financeiros de
Um projeto de captação de recursos possui certas
empresas patrocinadoras. Para alcançar esse
particularidades na sua redação, diferenciado da reda-
nível, o Projeto deve ser estruturado com clare-
ção de projetos.
za e objetividade. A estrutura básica pode ser a
seguinte:
• Informações claras e precisas que permi-
• Um resumo objetivo do que se pretende
tam avaliar sua adequação aos objetivos da
realizar, com a apresentação esclarecedora
entidade apoiadora.
do que se trata o projeto.
• Especificar as atividades e quantificar o Re-
• O que é, quem vai fazer, quando será reali-
sultado Final Esperado.
zado, qual o público beneficiado. Deve apre-
• Demonstrar que a instituição reúne condi- sentar o projeto informando seu conceito e
ções técnicas, administrativas de recursos quem está por trás da ideia, ou seja, o autor.
humanos e de infra-estrutura adequada à Deve informar o nome dos integrantes da
execução do projeto. equipe, pelo menos os mais importantes.
146 147
Objetivos RETORNOS DO
PATROCINADOR
Deve listar o que pretende com o projeto, quais os
objetivos (geral e específicos) que pretende alcançar. É
importante apontar objetivos e público-alvo do projeto, Benefícios ao patrocinador:
demonstrando que há ações que trazem benefícios fo-
calizados em um público específico, e os objetivos expli-
• É um dos itens mais importantes de qualquer
citados têm consonância com o planejamento da marca
projeto cultural.
patrocinadora.
• É preciso informar o que vai dar à instituição (ou
empresa) em troca do apoio (institucional ou fi-
Qual o público que será atendido com esse projeto. com o investimento. Aqui devem ser listadas to-
Quantificar (previsão) e qualificar. das as formas possíveis de retornos:
Exemplo: CRONOGRAMA DE
DESEMBOLSO
O projeto foi aprovado na Lei Rouanet – Ministério
da Cultura, com número de PRONAC 00 0000. É mais fácil convencer um patroci-
nador a investir dinheiro em um projeto
Como se trata de um projeto no segmento de Artes cultural quando o repasse do dinheiro
Cênicas (teatro e dança), enquadra-se no artigo 18 da Lei acontece em parcelas mensais ou tri-
8313/91, permitindo 100% (cem por cento) de dedução mestrais. Por isso, é aconselhável que
do valor do patrocínio, como abatimento do IR devido. o projeto tenha um Cronograma de De-
sembolso, com as datas em que o pro-
O valor aprovado para captação e execução do
dutor precisará de recursos financeiros
projeto é de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
para cumprir uma por uma as etapas
do seu Cronograma de Execução.
Orçamento
O Projeto de venda deve ter um
orçamento realista, detalhado e trans-
parente.
Anexos
Junte ao projeto os documentos e
informações que sirvam para dar sus-
tentabilidade ao seu projeto, tais como:
estatuto, tabelas, contratos, depoimen-
tos, se efetivamente necessários.
152 153
CAPTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS
• Contrapartida Endomarketing
• Mídia espontânea
Assim como se preocupam com o público exter-
• Publicidade e
Propaganda no (consumidores e clientes), as empresas hoje
se preocupam também com seu público interno:
funcionários e colaboradores.
Lucro Social
Responsabilidade social é a palavra da moda.
158 159
Contrapartidas em
Produtos Culturais
Quando parte do produto cultural resultante
é destinado ao patrocinador para uso em ação
Prestação
promocional interna ou externa. Livros, Cds,
DVDs, ingressos, oficinas etc.
Mídia Espontânea
Este é o argumento mais fácil de mensurar. A mí-
dia espontânea ajuda na construção do valor agre-
gado e da imagem institucional, mas não pode
de Contas
haver um compromisso entre o patrocinador e o
capítulo
patrocinado.
7
Publicidade e Propaganda
A publicidade em projetos culturais tem por obje-
tivo difundir algum serviço ou produto do patro-
cinador.Divulga o nome e a imagem da empresa
pelo público capturados durante a realização do
projeto cultural.
160 161
Aprovado o projeto
Os proponentes, pessoas físicas ou jurídicas, deve-
rão manter regulares suas situações fiscais, o que
será verificado antes da publicação da portaria de
aprovação no Diário Oficial da União.
Dica: REALIZAÇÃO DA
Para facilitar o seu trabalho, crie pastas
PRESTAÇÃO DE CONTAS
pelas rubricas aprovadas e também faça uma
planilha em Excel para ter o controle do fluxo
de pagamentos. (Lembre-se de pagar em dia, Nessa aba o proponente encontrará as op-
pois a Lei Rouanet não cobre despesas de ju- ções, com os seguintes relatórios:
ros e/ou taxas não previstas no projeto apro-
vado.) 1 - Relação de Pagamentos
Veja se o serviço prestado está inserido Os cinco primeiros relatórios podem ser visualiza-
no CNAE específico da empresa em seu car- dos à medida que o proponente executa seu projeto. Eles
tão CNPJ. Não possuindo a qualificação, não é são ferramentas que auxiliarão a gestão e que mostram
permitida a realização do serviço. os resumos das informações já inseridas no sistema.
O Relatório de Cumprimento do Objeto é o relató-
rio final que o proponente vai produzir, em texto livre.
Trata-se do documento no qual o proponente relatará
detalhes de tudo o que aconteceu durante a execução
do seu projeto. Embora não haja campos detalhados,
166 167
Anexos
IN 01/2023
capítulo
8
172 173
ANEXO I
GLOSSÁRIO1
[...]
[...]
LV - Termo de Compromisso de Patrocínio: documen- III - que é vedada a destinação de novo subsídio para a
to firmado pelo patrocinador e pelo proponente, deven- mesma atividade ou produto cultural em projeto ante-
do conter para análise: riormente subsidiado, conforme Decreto nº 11.453, de
a) Referência ao patrocinador, ao proponente e ao 2023;
projeto (número da proposta ou projeto); IV - que as ações de natureza continuada e as novas
b) Data de validade; e edições de atividades ou produtos culturais não serão
consideradas a mesma atividade ou o mesmo produto
c) Descrição do valor.
cultural, para fins do disposto no III;
[...]
V - que a gestão de recursos captados é decisão única e
exclusiva do proponente, a partir da qual a responsabi-
Por fim, ATESTO serem fidedignas as informações pres- b) Cópia de documento legal de identificação que conte-
tadas no preenchimento dos formulários, assim como nha foto e assinatura, número da Carteira de Identidade
de outras documentações juntadas ao longo da trami- e do CPF.
tação do projeto, e que responderei por eventuais infra-
c) Cédula de identidade de estrangeiro emitida pela Re-
ções que vierem a ser cometidas.
pública Federativa do Brasil, se for o caso.
b.1) Currículo da equipe técnica constante na ficha PARA PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS:
técnica do projeto.
1. Procuração que traga firma reconhecida.
b.2) No caso de Organização Gestora de Fundo Pa-
trimonial, Instrumento de Parceria com instituição 2. Cópia dos documentos de identificação dos pro-
cultural pública, ou privada sem fins lucrativos, ou curadores que contenha foto, assinatura, número
Estatuto Social que demonstre a finalidade de insti- da Carteira de Identidade e do CPF.
tuição de fundo patrimonial com finalidade cultural
e os documentos dos membros do Conselho de Ad-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
ministração ou Cultural da Organização Gestora de
CONTEMPLEM ESPETÁCULO DE ARTES CÊNICAS:
Fundo Patrimonial, que demonstrem que referida
Organização tem capacidade técnica para selecio-
a) Contrato de Direito Autoral ou Carta de Anuência,
nar projetos culturais que atendam às finalidades
contendo a assinatura do autor, autorizando a empre-
da Lei nº 8.313, de 1991.
sa/instituição a apresentar o texto de sua autoria para
c) Comprovante de inscrição e situação cadastral no realização do espetáculo de artes cênicas.
CNPJ.
d) Cópia atualizada do Estatuto Social, Contrato Social, INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS EM
Certificado de Microempreendedor Individual ou Re- GERAL:
querimento do empresário e respectivas alterações pos-
teriores devidamente registradas no órgão competente a) Os documentos, quando encaminhados em idioma
ou do ato legal de sua constituição. estrangeiro, deverão ser acompanhados de tradução
e) Cópia da ata de eleição da atual diretoria, do termo de contendo a assinatura, o número do CPF e do RG do tra-
posse de seus dirigentes, devidamente registrado, ou do dutor, exceto nos casos de tradução juramentada.
ato de nomeação de seus dirigentes.
f) Cópia de documento legal de identificação do(s) diri- INFORMAÇÕES RELACIONADAS A QUALQUER PROPOS-
gente(s) responsável(eis) por administrar a instituição TA CULTURAL:
que contenha: foto, assinatura, número da Carteira de
Identidade e do CPF. a) Carta de Anuência assinada pelo próprio artista ou
182 183
representante legal quando seu nome é determinante b) Justificativa acerca do conteúdo ou acervo indicado
para execução do objeto proposto. para o segmento de público a ser atingido, no caso de
mostra.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE c) Detalhamento dos objetivos, das atividades e do for-
CONTEMPLEM EXPOSIÇÕES DE ARTE TEMPORÁRIAS E mato do evento.
DE ACERVOS:
d) Indicação do curador, dos componentes de júri, da
comissão julgadora ou congênere, quando houver.
a) Proposta museográfica da exposição, documentação
indispensável para conclusão da admissibilidade da e) Projeto pedagógico com currículo do responsável, no
proposta. caso de proposta que preveja a instalação e manuten-
ção de cursos de caráter cultural ou artístico, destinados
OBS.: Proposta museográfica é um projeto com layout, à formação, à capacitação, à especialização e ao aperfei-
detalhamento e especificações das soluções técnicas de çoamento de pessoal da área da cultura.
montagem (uso das paredes, forro, laje de cobertura in-
f) Plano de execução contendo carga horária e conteúdo
ternas e externas, haverá apoio para as estruturas, en-
programático, no caso de oficinas, de workshops e de
tre outros).
outras atividades de curta duração.
b) Ficha técnica, com currículo dos curadores e dos artis-
tas, quando for o caso. INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS NA ÁREA
c) Relatório das obras que serão expostas, quando já DE PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL, CONFORME O
definidas. CASO:
d) Inventário do acervo e parecer ou laudo técnico, em 2. Integrar as práticas educativas ao cotidiano, as-
caso de proposta que vise à restauração de acervos sociando os bens culturais aos espaços de vida das
documentais. pessoas.
e) Plano básico de sustentabilidade com indicação das 3. Valorizar o território como espaço educativo,
ações de manutenção, em caso de proposta que trate passível de leituras e interpretações por meio de
dos processos de patrimonialização do bem. múltiplas estratégias educacionais.
c) Os projetos deverão considerar as seguintes diretrizes 7. Incentivar a associação das políticas de patrimô-
da Educação Patrimonial, presentes na Portaria IPHAN nio cultural às ações de sustentabilidade local, re-
no. 137, de 28 de abril de 2017: gional e nacional.
186 187
d) Os projetos que preveem a elaboração de projetos tado o plano de avaliação (avaliações processuais,
pedagógicos deverão utilizar a estrutura mínima de: autoavaliações, avaliação do processo de desen-
6. Estratégias, explicando como essas ações serão PELOS PODERES PÚBLICOS, FEDERAL, ESTADUAL, MU-
origem, desde o edital de chamada dos concursos, de- sido ainda cumprida estas etapas, declaração de
vem propor e garantir a qualificação do espaço público que elas serão concluídas antes ou concomitan-
a eles relativos. temente aos processos de reprodução, sob pena
de inabilitação.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A 2. Declaração de que os documentos originais não
PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE TRA- serão eliminados após sua digitalização ou micro-
TAMENTO DE ACERVO: filmagem e de que permanecerão em boas condi-
ções de preservação e armazenamento, sob pena
a) Diagnóstico situacional com informações sobre:
de inabilitação.
1. Dimensão do acervo, respeitando regras de
mensuração praticadas para cada conjunto especí-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
fico de gêneros e suportes documentais.
PROPOSTAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA, NO CASO DE DE-
2. Estado de organização, conservação e guarda de SENVOLVIMENTO DE BASES DE DADOS:
cada conjunto de suportes documentais.
verão: explicitar a metodologia utilizada; informar os g) Indicação da rede de parceiros envolvidos, definindo
locais onde será desenvolvido o trabalho de campo ou as responsabilidades na consolidação e na sustentabili-
documental; conter compromisso de que o resultado dade das atividades do projeto.
será repassado ao IPHAN, que poderá utilizar-se dele
h) Eventos, publicações e edições patrocinados com re-
desde que sem fins comerciais, e a outras instituições
cursos dos projetos não poderão ter fins lucrativos.
relacionadas, de modo a tornar esses resultados de am-
plo acesso ao público. i) Projetos que visem à realização de eventos deverão
demonstrar sua relevância para a comunidade produ-
e) Deverão ser apresentados documentos comprobató-
tora de pelo menos um bem cultural, além de ter um
rios da qualificação técnica do proponente e dos técni-
caráter de divulgação e de formação de público.
cos envolvidos. No caso de pessoa jurídica, deverá ser
apresentado dossiê que demonstre atuação na área ob- j) Projetos que preveem ações educativas deverão favo-
jeto da proposta ou junto à comunidade que será bene- recer tanto a livre fruição do conhecimento para a so-
ficiária das ações do projeto. ciedade em geral quanto as condições para a inclusão
social dos detentores dos bens em questão.
f) No caso de propostas que contemplem a utilização ou a
divulgação de expressões originais e referências culturais k) Recursos administrativos do projeto não poderão ser
de artistas, grupos, povos e comunidades representativas alocados para a manutenção ou o benefício da institui-
da diversidade cultural brasileira serão ainda exigidos: ção proponente, limitando-se à dimensão administrati-
va da execução das atividades propostas no projeto.
1. Consentimento prévio do artista, do grupo ou da
comunidade sobre a proposta no que tange à utili- l) Além dos itens ora especificados, o projeto deverá
zação de suas expressões culturais. apresentar as informações específicas relativas às áreas
de patrimônio cultural material, audiovisual, arquivísti-
2. Declaração acerca da contrapartida aos artistas,
ca, entre outras, quando for o caso.
aos grupos ou às comunidades, em virtude dos
benefícios materiais decorrentes da execução do m) Lista de bens, em caso de propostas que visem à identi-
projeto. ficação, à documentação ou ao inventário de bem imaterial.
3. Declaração da forma como será dado o crédito à n) Proposta de pesquisa, levantamento de informação,
expressão cultural na qual os produtos do projeto organização e formação de acervo e criação de bancos
têm origem. de dados.
196 197
o) termo de compromisso atestando que o resultado ção da posse do imóvel, por interesse público ou social,
ou o produto resultante do projeto será integrado, sem condicionadas à garantia subjacente de uso pelo prazo
ônus, ao banco de dados do IPHAN. mínimo de 20 (vinte anos).
g) Registro documental fotográfico ou videográfico da si-
INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE tuação atual dos bens a receberem a intervenção.
CONTEMPLEM CONSTRUÇÃO OU INTERVENÇÃO EM
h) Ato de tombamento ou de outra forma de acautela-
ESPAÇOS CULTURAIS:
mento, quando se tratar de bens tombados ou protegi-
dos por legislação específica.
a) Projetos arquitetônicos e complementares detalha-
dos da intervenção ou construção pretendida, contendo i) Proposta de intervenção aprovado pelo órgão respon-
o endereço da edificação e o nome, a assinatura e o nú- sável pelo tombamento, quando for ocaso.
mero de inscrição do responsável técnico no Conselho j) Levantamento arquitetônico do edifício e planialti-
de Arquitetura e Urbanismo - CAU, bem como a assina- métrico do terreno, devidamente cotados e em escala
tura do proprietário ou detentor do direito de uso. adequada, especificando os possíveis danos existentes
b) Memorial descritivo detalhado, assinado pelo respon- quando se tratar de bens tombados ou protegidos por
sável técnico, bem como orçamento analítico completo legislação que vise à sua preservação.
apresentado em acordo as normas da Associação Brasi- k) Termo de compromisso de conservação do imóvel ob-
leira de Normas Técnicas - ABNT, especialmente no que jeto da proposta, pelo prazo mínimo de 20 (vinte) anos
diz respeito ao sequenciamento as etapas. devidamente assinado pelo proponente.
c) Especificações técnicas dos materiais e equipamentos
utilizados, assinado pelo autor da proposta cultural e INFORMAÇÕES RELACIONADAS ESPECIFICAMENTE A
pelo responsável técnico do projeto arquitetônico. PROPOSTAS QUE CONTEMPLEM RESTAURAÇÃO, PRE-
d) Cronograma físico-financeiro das obras. SERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS TOM-
BADOS PELOS PODERES PÚBLICOS OU PROTEGIDOS
e) Escritura do imóvel ou de documento comprobatório
POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA MEDIANTE OUTRAS FOR-
de sua situação fundiária, quando a proposta envolver
MAS DE ACAUTELAMENTO:
intervenção em bens imóveis.
f) Autorização do proprietário do imóvel ou comprova- a) Levantamento cadastral do edifício.
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técnico, emitido pela instituição pública responsável nência e a relevância da incorporação dos itens ao
pelo tombamento, indicando critérios e orientações a acervo da instituição
serem observados pelo proponente. 3. Histórico de procedência e de propriedade dos
j) O prosseguimento do projeto cultural ficará condicio- itens a serem adquiridos, acompanhado de decla-
nado à apresentação de sua aprovação pela instituição ração de intenção de venda do proprietário ou de-
responsável pelo tombamento. tentor dos direitos.
h) As exigências previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘g’ e ‘i’ po- 4. Laudo técnico com avaliação de pelo menos dois
derão ser excepcionadas quando se tratar de bem tom- especialistas sobre o valor de mercado dos itens.
bado. 5. Parecer de autenticidade das obras.
1. listagem com os itens a serem restaurados; 8. Comprovação de que o local que abrigará o acer-
vo que se pretende adquirir possui condições ade-
2. justificativa técnica para a restauração, incluin-
quadas de armazenamento e acondicionamento.
do laudo de especialista atestando o estado de
c) Em caso de exposição com acervo da própria instituição:
conservação da obra, do acervo, do objeto ou do
documento; 1. Listagem com os itens de acervo que irão com-
por a exposição.
3. Currículo do restaurado.
2. Ficha técnica dos itens do acervo (título, data,
4. Orçamento específico por obra.
técnica, dimensões, crédito de propriedade).
b) Em caso de aquisição de acervo:
3. Projeto museográfico, com proposta conceitual,
1. Lista dos itens a serem adquiridos, acompanha- local e período da exposição, planta baixa,mobiliá-
da de ficha técnica completa. rio, projeto luminotécnico, disposição dos itens no
2. Justificativa para a aquisição, atestando a perti- espaço expositivo etc., ou, caso o projeto ainda não
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esteja definido, descrição de como se dará tal pro- as condições necessárias para a realização da mos-
posta, incluindo o conceito básico da exposição, os tra em seu espaço.
itens, textos e objetos que serão expostos, local e
f) Em caso de criação de museus:
período da exposição
1. Plano Museológico, conforme estabelecido nos
4. Currículo do(s) curador(es) e do(s) artista(s),
arts. 45, 46 e 47 da Lei nº 11.904/2009 e em con-
quando for o caso.
sonância com o § 1º do art. 8º da referida lei ou,
5. Proposta para ações educativas, se for o caso. caso ainda não tenha sido elaborado, apresentar
d) Em caso de exposição com obras emprestadas de ou- na planilha orçamentária rubrica/profissional para
tras instituições ou coleções particulares: produzir o referido documento.
1. Todos os documentos listados na alínea “c” deste 2. Plano básico de sustentabilidade com indicação
inciso. das ações de manutenção, em caso de proposta
que trate da criação de acervos ou museus.
2. Declaração da instituição ou pessoa física que
emprestará o acervo, atestando a intenção de em- 3. Todos os documentos listados nas alíneas “b” e
préstimo no prazo estipulado. “c” desse inciso, quando for o caso.
xo, quando se tratar de restauração de imóvel tom- b.II) Cdestinação a televisão e/ou outras telas deve
bado para abrigar o museu. ser enviado um material:
f) Roteiro dividido por sequências contendo o desenvolvi- tendo a sua duração, periodicidade e número de episó-
mento dos diálogos do primeiro episódio de websérie de dios, sendo vedada a previsão de despesas vinculadas à
ficção e sinopse dos demais episódios, com o respectivo aquisição de espaços para sua veiculação.
certificado de registro de roteiro na Fundação Biblioteca
Nacional ou protocolo de registro na FBN juntamente INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS QUE
com ocomprovante de pagamento e declaração do pro- CONTEMPLEM SÍTIO DE INTERNET, JOGOS ELETRÔNI-
ponente se comprometendo a entregar o certificado an- COS, APLICATIVOS OU TRANSMIDIÁTICOS:
tes da liberação dos recursos para a conta movimento.
g) Proposta de produção, incluindo Plano de produção, a) No caso do sítio de internet, informar a descrição das
Detalhamento técnico, Estratégia de produção, den- páginas, com definição de conteúdo, incluindo pesqui-
tre outras informações consideradas relevantes para a sas e sua organização e roteiros.
obra audiovisual. b) No caso de jogos eletrônicos, apresentar a descrição
h) Plano de direção: apresentação dos procedimentos das fases do jogo, ambientes e objetivos
estilísticos que se pretende utilizar no filme, a ser redi- c) No caso do aplicativo para diferentes sistemas ope-
gido pelo diretor, descrevendo como será a linguagem racionais, apresentar a descrição do aplicativo e sua
da obra cinematográfica e fazendo menção aos diversos funcionalidade.
setores do filme.
d) No caso de proposta transmidiáticas, apresentar a de-
i) Storyboard ou concept art acompanhado dos docu- finição e a descrição do universo explorado, plano de
mentos mencionados na alínea “e”, para produção de trabalho dos diferentes meios de distribuição, fruição e
obra de animação. consumo e definição dos diferentes conteúdos audio-
j) Estrutura e formato do programa de Rádio e TV a ser visuais desenvolvidos e da forma como se relacionam
produzido, contendo sua duração, periodicidade e nú- com o objetivo de explorar diversos aspectos da narra-
mero de programas e manifestação de interesse de tiva proposta.
emissoras em veicular o programa,sendo vedada a pre- e) No caso de propostas que contemplem projetos de
visão de despesas vinculadas a aquisição de espaços instalações ou intervenções audiovisuais e ambientes
para a sua veiculação. de imersão e performances audiovisuais, apresentar a
k) Estrutura e formato do podcast a ser produzido con- descrição da ação, justificativa e proposta técnica.
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INFORMAÇÕES RELACIONADAS A PROPOSTAS DE FOR- trimonial, se já constituído, com sua política de investi-
MAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE FUNDO PATRIMONIAL: mentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019,
e plano de captação de recursos proposto no projeto.
a) No caso de a Proponente ser Instituição Cultural que d) No caso de doações de propósito específico, nos ter-
queira constituir uma Organização Gestora de Fundo mos da Lei nº 13.800, de 2019,destinados a projetos cul-
Patrimonial, nos termos da Lei nº 13.800, de 2019, em turais de instituição cultural apoiada pela Organização
seu favor: proposta de trabalho de planejamento con- Gestora de Fundo Patrimonial, além dos documentos
ceitual do fundo patrimonial; proposta de trabalho de da Organização Gestora e do Instrumento de Parceria
estruturação jurídica da Organização Gestora de Fundo com a instituição cultural apoiada, será necessário apre-
Patrimonial; proposta de trabalho de planejamento de sentar: o projeto cultural que se pretende custear com
captação de recursos para o fundo patrimonial; valor a verba incentivada, nos moldes previstos para o seg-
que se pretende captar, com o incentivo fiscal, e plano mento cultural a que se destina; o plano orçamentário
correspondente a 20% do valor doado no exercício de
de trabalho da instituição cultural apoiada.
execução do projeto, ou a percentual maior, no caso de
b) No caso de a Proponente ser a Organização Gestora recuperação ou a preservação de obras e patrimônio e
de Fundo Patrimonial que queira formar ou ampliar o para as intervenções emergenciais para manutenção
Fundo Patrimonial em benefício de determinadas insti- dos serviços prestados pela instituição apoiada, nos ter-
tuições culturais: instrumento de parceria com as insti- mos do artigo 15 desta Lei.
tuições culturais apoiadas, documentos de instituição do
fundo patrimonial, se já constituído, com sua política de
investimentos e resgate, nos termos da Lei nº 13.800, de ANEXO IV
2019; plano de captação de recursos proposto no projeto ÁREAS E SEGMENTOS CULTURAIS
e plano de trabalho das instituições culturais apoiadas.
e) Teatro (art. 18, § 3º, alínea a). a) Produção de conteúdo audiovisual de curta e média
f) Teatro de formas animadas, de mamulengos, bonecos metragens, podcasts, rádios, TVs educativas e culturais
e congêneres (art. 18, § 3º, alínea a). (art. 18, § 3º, alínea f).
g) Desfile de escola de samba ou festivos de caráter mu- b) Difusão de acervo e conteúdo audiovisual nos diver-
sical e cênico que tenham relação com festividades re- sos meios e suportes (art. 18, § 3º, alínea f).
gionais, com confecções de fantasias, adereços ou ma-
c) Restauração e preservação de acervos audiovisuais
terial cenográfico (art. 18, § 3º, alínea a).
(art. 18, § 3º, alínea f).
h) Construção e manutenção de salas de teatro ou cen-
d) Doação de acervos audiovisuais para cinematecas
tros culturais comunitários em municípios com menos
(art. 18, § 3º, alínea e).
de 100.000 (cem mil) habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).
e) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art.
i) Empreendedorismo cultural ou ações de capacitação e
treinamento de pessoal; e (art. 18, § 3º, alínea a). 18, § 3º, alínea e).
j) Teatro musical, quando sua encenação se estabele- f) Aquisição de equipamentos para manutenção de
ce por meio de dramaturgia, compreendendo danças e acervos audiovisuais públicos e cinematecas (art. 18,
canções (art. 18, § 3º, alínea a). §3º, alínea e).
k) Doação permanente restrita de propósito específico a g) Construção e manutenção de salas de cinema que po-
fundo patrimonial, instituído nos termos da Lei nº 13.800, derão funcionar também como centros culturais comu-
de 2019, voltado para a sustentabilidade financeira no nitários em municípios com menos de 100.000 (cem mil)
longo prazo de instituições culturais de artes cênicas. habitantes (art. 18, § 3º, alínea h).
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i) Criação e implantação (projetos, construção, restaura- dos para empreendedorismo cultural, promoção do li-
ção e reforma) (art. 18, § 3º, alínea g). vro e da criação literária, bem como para o incentivo à
j) Ações de capacitação e treinamento de pessoal (art. leitura (art. 18, § 3º, alínea b).
18, § 3º, alínea g). d) Doação ou aquisição de acervos para bibliotecas pú-
k) Aquisição de equipamentos para a preservação e a blicas, museus, arquivos públicos, cinematecas (art. 18,
manutenção de acervos (art. 18, § 3º, alínea g). § 3º, alínea b).
ANEXO V ANEXO VI
TARIFAS BANCÁRIAS TRILHAS DE CONTROLE
REALIZAÇÃO: