Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRODUÇÃO
CULTURAL,
EDITAIS E
COMUNICAÇÃO
_________________
_________________
Material desenvolvido por Antonio Ribeiro & Yuri Amaral para a Fundação
Cultural de Foz do Iguaçu, PR, em 2021
Agradecimentos
Parte I _________________
O que são arte e cultura?
Página 04
Identidades Parte II __________________
Página 10
O que é um projeto?
Quem sou para mim mesmo? Página 17
Página 11
Leis de incentivo, editais e
Como me vejo?
seleção de projetos
Página 12
Página 18
Linguagem e Processos
Como costuma acontecer aqui
Página 13
em Foz
Quem sou para o mundo?
Página 20
Página 14
Inscrevendo sua proposta ou
Como me veem?
projeto
Página 15
Página 22
Comunicação e autodivulgação
Página 28
Como escolher meus canais de
divulgação
Página 30
Portfólio, clipagem e conceitos
básicos de diagramação e design
Página 35
Curadoria comentada de
conteúdo complementar
Página 41
Olá!
A vida de artistas e agentes culturais, e de quem está ligado à arte e à cultura de
alguma forma, toma rumos inesperados e demanda, todos os dias, força, criatividade e um
gingado todo brasileiro para lidar com o acaso e desafios de muitos tamanhos, não é
mesmo?
O “Cultura Legal” é uma das ações formativas que visa estimular artistas e agentes
culturais para a formalização, o empreendedorismo, a regularização e a qualificação do
setor. Desde 2018, uma série de palestras com a participação das Secretarias Municipal da
Fazenda e da Administração, da Casa do Empreendedor e do Sebrae, além de oficinas de
Produção, Gestão e Criação e Elaboração de Projetos Culturais, promovem a qualificação
de produtores, técnicos e artistas locais. A proposta desta ação é seguir com atividades e
conteúdos que contribuam com o preparo dos agentes culturais e os fortaleçam para
acessar fontes de financiamento públicas e privadas da cultura.
Talvez você veja coisas que já sabe, vivenciou ou faz, mas convidamos a ler todo o
guia e se permitir conhecer outras formas de ser, falar e fazer. Sinta-se à vontade para
compartilhar esse material, assistir aos vídeos disponíveis no canal da Fundação e se
debruçar sobre todo conteúdo complementar sugerido, encontrado ao final deste PDF.
Nossa classe precisa estar unida, consciente e criativa, afinal, é da arte e da cultura
que as pessoas, muitas vezes, tiram forças para seguirem com suas rotinas, sonhos e
vontades, vivendo com intensidade e se reinventando todo dia!
Antonio?
Quem é
Yuri Amaral?
Sou artista, pessoa não-binária, professor, vegana, artesã gráfica, comunicólogo, drag
queen, quadrinista e escritora, formada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda
e Mestre em Estudos Interdisciplinares Latino-Americanos. Publiquei alguns livros via
financiamento coletivo. Todos compõem um multiverso próprio, do Menino que não sabia
voar, com narrativas paralelas ou em tempos diferentes. Acredito na arte como forma de
expressar nossas vivências e afetos, uma revolução subjetiva conectando pessoas umas às
outras.
PARTE I
_______________________
O que são arte e cultura?
Arte e Cultura são manifestações humanas, mas podemos resumir da seguinte
forma:
● Cultura como sendo tudo aquilo que caracteriza um grupo, um povo, uma nação.
Suas religiões, costumes regionais, gastronomia, roupas e danças, festas típicas, a
arquitetura, política, economia, tradições, maneiras de ser e agir.
● Arte não apenas faz parte da cultura, como também pode ser tudo aquilo que é
manifestação subjetiva do ser e provoca, clama por existir, se expressa, manifesta,
transforma a cultura através das gerações. Podemos até dizer que é pela arte que a
cultura se adapta aos tempos atuais, sob os olhares de gerações que já não
concordam ou se identificam com antigos costumes.
Em nosso curso, vamos nos guiar muito pelo o que o Governo Federal tem produzido
e definido no campo de cultura e arte, mas é importante sabermos que existem várias
normativas e conteúdos de referência para a área de cultura, patrimônio cultural e as
manifestações artísticas. Diferentes referências em diferentes esferas, nacional, estadual,
municipal.
O PNC, que será uma referência bem comentada aqui no curso, foi construído de
maneira bastante horizontal, levando em torno de 4 anos para ser elaborado a partir de
seminários, câmaras setoriais, construção de diretrizes, entre outros movimentos, sendo
aprovado em 2009. Ele traz um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, estratégias,
ações e metas que orientam o poder público na formulação de políticas culturais, definindo
cultura como uma expressão simbólica; direito de cidadania; potencial para o
desenvolvimento econômico. Tem como principal objetivo garantir a valorização, o
reconhecimento, a promoção e a preservação da diversidade cultural existente no Brasil.
No nível estadual, as referências e normativas são oferecidas pela Secretaria da
Comunicação Social e da Cultura do Estado do Paraná e aqui em Foz do Iguaçu, no nível
municipal portanto, temos a Fundação Cultural como órgão de referência, possuindo
importantes documentos orientadores no que tange, principalmente, o patrimônio cultural, o
Sistema Municipal de Cultura e a Fundo Municipal de Incentivo à Cultura.
Como vimos, a arte faz parte do grande guarda-chuva que é a cultura e suas
manifestações e mecanismos, que são pensados e orientados também por referências,
políticas e outras normativas em âmbito internacional, nacional, estadual e municipal. Mas,
antes de falarmos mais sobre tais orientações, elaboração, gestão de projetos
artísticos-culturais e suas estratégias de comunicação, parece válido falarmos um pouco
sobre elementos que constituem e moldam o fazer artístico e o fazer cultural, estejamos
conscientes disso ou não.
Provocação
Para não nos perdermos por aí, podemos buscar um “ponto de equilíbrio”, para nos
ajudar a se comportar, a criar, inventar, pedir, doar, vender, se envolver. Por isso, separamos
algumas perguntas para refletirmos e nos auxiliar nesse processo de autoconhecimento.
Saber quem somos, o que queremos (e o que não queremos) influencia diretamente
processos criativos e na confiança em se autodivulgar e se assumir como fazedor de cultura,
agente cultural e/ou artista, pedir verba/patrocínio ou mesmo ajuda para participar de um
edital ou, simplesmente, postar algo criado por nós, na internet.
Quem sou para mim mesmo?
Você sabe como chegou onde está? Por qual razão gosta das coisas que gosta e faz
o que faz, do jeito que faz? Reconhece suas qualidades e tem autocrítica? O processo de
“saber quem somos” é árduo, às vezes, doloroso, mas também pode ser um alívio entender
certos processos internos e bastante pessoais. Autoconhecimento é um instrumento
poderoso na jornada pessoal e profissional, pois, reconhecendo limites e potências próprias,
conseguimos escolher melhor os caminhos que vamos seguir. Por exemplo: uma pessoa
que pinta quadros pode adorar desenhar, mas ao invés de tinta a óleo, ela sempre quis
testar aquarela, porém nunca teve a oportunidade, ou sempre teve medo. Essa pessoa
escolheu a tinta a óleo por ser o que tinha acesso na época, ou era o que tinha como
referência de arte ou mesmo alguém que pudesse ensiná-la. Depois de muito tempo, ela
resolve testar aquarela e se descobre tanto quanto ou mais criativa e potente, por se permitir
testar uma técnica, experimentar um caminho novo. Essa pessoa se permitiu conhecer e
aprender coisas novas. A mesma coisa com artistas da música, que muitas vezes, por
inúmeras questões, podem não alcançar toda sua potencialidade, por medo, falta de
oportunidade e incentivo, falta de verba e espaço para exercer sua arte remunerada.
Como podemos nos convencer de que o que fazemos merece ser remunerado e tem
seu valor, se desde cedo nos ensinam que arte não é trabalho? Compreender esse
pensamento generalista da sociedade, impregnado em nosso imaginário coletivo, nos ajuda
a pensar de formas diferentes sobre nós mesmos, acreditar mais em nossa arte, vendo-a
como trabalho que merece e deve ser remunerado, seja pela cena local, por editais e
políticas públicas, parcerias ou mesmo eventos particulares.
Que tipo de arte e/ou manifestação cultural você faz? Com qual área de cultura e
arte você trabalha? Consegue fazer só, ou precisa de mais gente para apoiar? Domina
todos os saberes, ou requer contratar terceiros? Quais as técnicas necessárias para
executar sua arte? É, por exemplo, um show musical, que precisa de microfone,
equipamento, fiação, suporte técnico, acústica, mesa de som, luz, palco, banda, etc?
O que fazemos não termina nem começa em nós, portanto conhecer todo o
processo, de ponta a ponta, contribui para a potencialização de nossas criações,
reconhecimento de nossos próprios limites e, principalmente, de nossas maiores qualidades
(e, consequentemente, saber pedir ajuda e apoio para complementar e otimizar nossas
obras).
Quem sou para o mundo?
Não há nada de errado em querer e buscar reconhecimento, boa remuneração e
meios de aprimorar o próprio fazer artístico e cultural e, consequentemente, nossa qualidade
de vida. De forma simples, geralmente as pessoas valorizam o mainstream (o que é
popular), o cinema, as novelas, mas dificilmente apoiam arte local/regional. Essa
desvalorização mexe com a autoestima e crenças pessoais, dificultando a tarefa de se
promover. Afinal, se minha cidade não me valoriza, não paga meus honorários e o fazer
cultural e artístico não é vista como trabalho, quem sou para o mundo, de fato? Sempre
vamos interagir, ser afetadas(os) e afetar as representações sociais e um imaginário
coletivo.
Como diz o ditado, “separar o joio do trigo” pode ser difícil, mas não é impossível.
Arte e cultura importam, artistas e agentes culturais são fundamentais para o bom
funcionamento da sociedade, e é encontrando nossos pares que nos fortalecemos e
conseguimos nos posicionar para os mundos.
Como me vêem?
O que falam de você e suas produções artísticas e culturais, por aí? Qual sua
marca? Qual imagem você passa, como artista e profissional? Frente a todas as
subjetividades que já proseamos até aqui, vem, inevitavelmente, a dúvida: como transformar
tudo isso em algo “palpável e vendável”? Como construir minha imagem, me organizar
profissionalmente, conquistar respeito e prestígio, poder viver do que amo e sei fazer de
melhor?
A forma que as pessoas nos vêem pode ser construída, nossa imagem pode ser
trabalhada de forma honesta, e não há nada de errado nisso. Se profissionalizar e se
autopromover é sadio e necessário. Se tiver dúvida de como começar a fazer isso, converse
com pessoas próximas (amizades e contatos profissionais) e pergunte quais os pontos
fortes que enxergam em você, características que podem ser melhoradas e se proponha
uma autoavaliação. Nas próximas páginas deste guia, vamos dar algumas dicas sobre
esses processos.
PARTE II
_______________________
O que é um projeto?
Há muito já dito e escrito sobre o que é um projeto mas há uma noção bastante
comum de que um projeto é uma ideia/intenção minimamente estruturada (já em
operação ou não) que tem início, meio e fim pré determinados. Podemos notar que é
um termo usado em diferentes situações, na maioria das vezes para representar ou falar de
fazer e alcançar algo, seja de juntar dinheiro, de viajar, de construir uma casa, de sair de
casa, de casar, de receber apoio para fazer um show… A maioria das pessoas possuem
ideias e intenções, as quais passam a ser um projeto formalmente falando na medida
conseguem expressar basicamente:
Estes são, portanto, os 6 campos mínimos de reflexão e escrita para que uma
intenção ou ideia seja chamada de um projeto.
Falamos aqui bastante de intenção porque, sim, saber o que queremos fazer e
alcançar é a base para escrevermos/elaborarmos bem um projeto.
Leis de incentivo, editais e seleção de
projetos
Há sempre alguma razão para elaborarmos um projeto cultural-artístico, seja buscar
apoio material, técnico, financeiro, um prêmio, conseguir parcerias, orientar outras pessoas
que trabalharão conosco, ajudar na gestão ou na avaliação de resultados...Enfim, há várias
razões para escrever um projeto, contudo, na esfera pública, quase sempre a porta de
entrada ou seleção será via editais.
Todo bom edital, chamamento ou processo que opere sob a lógica de seleção no
poder público deve estar conectado às diretrizes macro do Plano Nacional de Cultura e a
outras leis de referência, seja nacional, estadual e municipal, e deve ainda apresentar de
modo compreensível:
Observem que ele, como muitos outros editais, têm um foco bastante definido, o
serve para facilitar uma primeira identificação de interesse das/dos proponentes (quem pode
propor um projeto ou inscrição). Caso o foco seja atraente e de interesse, damos o segundo
passo que é estudar o que se pede, o que é preciso informar, preparar, enviar.
Mas existem e já existiram na Fundação editais com diferentes focos, o que mostra
uma complementaridade cuidadosa no fazer gestão cultural. Como exemplo, citamos alguns
outros editais já abertos pela Fundação Cultural:
ex. Edital de chamamento público para o oferecimento de subsídio mensal para
espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais,
cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram as suas
atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social.
1) O projeto em si
Quem somos? O que estamos querendo fazer ou propor? Por que queremos fazer
isso, quais nossos objetivos? Por que seria importante que isso fosse feito? Para quem
pretendemos fazer? Quanto vai custar? Perguntas como essas precisam ser respondidas
por nós mesmos, artistas ou agentes de cultura que representam artistas, antes de
começarmos a inscrição em um edital. São perguntas que nos levam a preencher partes
bem comuns de um projeto, conforme mostra a tabela abaixo.
Há bastante materiais sobre elaboração de projetos em si, e aqui não iremos dedicar
muito espaço a isso, mas indicamos fortemente que assistam aos vídeos e materiais sobre o
assunto listados no capítulo final deste documento.
2) As exigências legais
Uma segunda dimensão ou parte comum em editais se refere ao que precisa ser
cumprido para permitir a participação da/do proponente. É assim FUNDAMENTAL estudar
direitinho essa parte para sabermos se temos mesmo condição e direito de participar do
edital e só a partir daí começar a escrevermos nosso projeto ou inscrição.
● Exigências para PARTICIPAÇÃO - que indica aspectos como idade mínima, local de
moradia, focos possíveis e outras limitações para participação.
● DOCUMENTOS necessários - onde encontramos a lista do que é preciso enviar
como comprovação ou complemento de informação seja da situação jurídica,
contábil ou referente a outro aspecto da pessoa ou empresa que propõe o projeto.
Aqui falamos por exemplo, de documentos oficiais de identificação, comprovante de
residência, Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, certidões negativas
de débitos no município, estado ou na receita federal, entre outras.
Essa parte do edital descreve o que precisa ser anexado à inscrição ou como parte
do projeto, de modo a apresentar conteúdos complementares que enriqueçam ou atestem a
veracidade do que foi escrito. Incluem-se aqui, em geral, materiais de comunicação,
portfólio, formulários ou declarações específicas, vídeos, áudios ou links para acesso a sites
ou plataformas que contenham vídeos ou áudios, etc.
------
3) Achar que todo mundo nos conhece e não explicar bem o que propomos
● Lembre-se que a banca de avaliadores não conseguirá acessar o que se passa em
sua mente para saber o que de fato quer dizer ou o que está pensando e porque sua
intenção e proposta é realmente boa.
● Parte do pressuposto que ninguém conhece a/o artista, banda ou iniciativa à qual
deseja aprovação/apoio via o edital. Apresente bons detalhes, descreva qualidades
que muitas vezes são óbvias, traga informações que julgue valiosas para que
avaliadores/as consigam conhecer e compreender ao máximo o que está propondo.
● Evite, contudo, repetição e saturação de informações. Isso não ajuda e cria um
excesso desnecessário de leitura para quem avalia, o que às vezes tira o foco e a
força do que realmente importa e é valioso.
Com as ferramentas certas, a internet nos permite acessar e organizar tudo isso,
seja por meio de sites, blogs e vídeos ou por meio de perfis em determinadas redes sociais
como facebook, instagram e twitter. Contudo, entender certas relações, bem como
funcionalidades dessas plataformas, nos permite tirar o máximo de proveito delas.
Por exemplo, mídias sociais são temporais, seu fluxo e importância muda com o
tempo e com o tipo de pessoa que as utiliza, bem como o formato de conteúdo, e recebe um
volume altíssimo de atualização todo dia. Como se destacar no meio disso tudo?
Ter um site ou blog ainda é a melhor forma de manter uma “vitrine fixa” de sua arte, e
usar as mídias sociais para divulgar e interagir com as pessoas seria o mais adequado, pois
são canais de comunicação práticos e muito interativos.
Você também pode usar instagram e youtube como portfólios, desde que os organize
para isso, com muito cuidado para não misturar sua vida íntima e pessoal neles. Você até
pode compartilhar sua vida pessoal neles, mas na dosagem correta, afinal, as pessoas
adoram conhecer nossas particularidades, em um processo de humanização da pessoa
artista, da arte e do processo para criá-la.
Antes de começar, você precisa ter muito claro seu nome (artístico, oficial, nome
fantasia) pois é por ele que as pessoas vão te encontrar. Além disso, quais os tipos de
serviço e produto final você oferece e para que tipo de lugar, pessoa e empresa você pode
vender sua arte?
Alguns perfis em diferentes redes sociais permitem que você coloque profissão/área
de atuação na descrição da sua mini-biografia, e-mail e telefone para contato, dados
importantes para se conectar com seu público e, por que não, possíveis contratantes?
Como escolher meus canais de
comunicação?
A primeira questão a ser respondida é: Que tipo de arte você faz? Se é imagem
(fotografia, desenho, pintura), ou som (música, efeitos sonoros, trilha sonora), ou vídeo (de
opinião, videoclipe, humor, teatro) há canais específicos para isso, como:
● Flickr: uma rede social já antiga, onde você pode criar um perfil e postar suas fotos e
desenhos em forma de álbuns. Acesse: https://www.flickr.com/
● Instagram: uma rede social, talvez a mais importante neste momento, na qual você
pode postar vídeos longos e curtos, fotos, conteúdo em tempo real (os stories, que
desaparecem em 24h). Acesse: https://www.instagram.com/
● Behance: uma rede social de portfólios, para desenhistas, ilustradores, fotógrafos,
designers, organizada por projetos que podem receber curtidas de qualquer um que
visite seu perfil. Acesse: https://www.behance.net/
● Facebook: uma rede social cada vez mais em desuso, porém ainda funcionando.
Você pode criar páginas, conquistar curtidas e audiência e assim divulgar seus
trabalhos. Acesse: https://www.facebook.com/
● Youtube: uma plataforma onde é possível você criar um canal (ou seguir e
acompanhar os canais de outras pessoas), publicar seus vídeos de opinião, de
cunho educacional, revisão de livros e filmes, jornalísticos, enfim, o limite é sua
criatividade. Inclusive, é muito comum o conteúdo principal ser postado nessa rede
para, então, se divulgar nas outras redes, num processo de converter usuários,
visualizações, curtidas e compartilhamentos. Acesse: https://www.youtube.com/
● TikTok: uma rede social de vídeos rápidos de humor, memes, tendências, na qual
você mesmo pode editar o vídeo pelo seu celular, no aplicativo. Acesse:
https://www.tiktok.com/pt-BR/
● Twitter: uma das primeiras e mais importantes redes sociais já criadas, de conteúdo
rápido e com limite: 280 caracteres para formular um comentário, uma ideia, com a
chance de ser compartilhado indefinidamente por quem te acompanha ou sequer te
conhece. Acesse: https://twitter.com/
● Médium: uma rede social de textos de opinião, científicos, com possibilidade de
receber comentários de quem lê em trechos específicos da publicação. Também há
possibilidade de receber dinheiro dependendo da quantidade de acessos, mas é
preciso consultar as diretrizes do site. Acesse: https://medium.com/
● Tapas: uma rede social de histórias em quadrinhos. Também é possível receber
doações das pessoas que leem sua obra. Acesse: https://tapas.io/
● Wattpad: uma rede social de literatura, na qual você pode publicar contos, romances
e livros. Acesse: https://www.wattpad.com/
● Link Tree: é um site, em inglês, com recursos básicos gratuitos essenciais para você
criar, como o nome sugere, uma árvore de links. Lá, você pode centralizar tudo que é
importante para conhecer você e seu trabalho. Acesse: https://linktr.ee/
Há inúmeras redes sociais, dos mais variados temas, e é imprescindível que você
realize uma boa pesquisa, no google mesmo, sobre os temas que te agradam e tem a ver
com seu trabalho, sua arte. Além de pesquisar, filtrar bem as informações e estudar, seja
pelas diretrizes do site, seja usando no dia a dia, a funcionalidade, limites e condições de
cada rede. O que ela pode trazer de bom pra você?
● Elo7: https://www.elo7.com.br/
● Mercado Livre: https://www.mercadolivre.com.br/
● Shutterstock: https://www.shutterstock.com/
● Iluria: https://www.iluria.com.br/
● Shopee: https://shopee.com.br/
Todos esses canais possuem, cada um, características que podem ser
personalizadas (como nome, foto de perfil, mini-biografia, categorias para separar vídeos,
textos e imagens), e essa organização reflete questões importantes sobre você (como
asseio, autoimagem, autopromoção, comprometimento com publicação frequente,
capacidade de se comunicar claramente pelas conversas com pessoas que interagem com
seu conteúdo, etc). Esses mesmos canais podem ser utilizados como portfólios e serem
enviados em editais, caso estejam bem organizados e com as informações corretas.
currículo resumido de sua trajetória artística e profissional, com seus dez melhores
trabalhos, filtrando conteúdo e facilitando a avaliação em editais. Um não anula o
outro, e ambos são importantes para diferentes fins. Mais adiante, falaremos
especificamente sobre portfólios.
Para criar conteúdo de forma independente para seus canais, se auto divulgando,
saiba, antes, o que pode usar de matéria prima. Seu conteúdo não é apenas sua arte final:
tudo pode virar conteúdo, basta falar do jeito certo. Veja os exemplos a seguir:
● Compra de novos materiais pode virar uma foto, por exemplo, comentando que está
se preparando para criar coisas novas, ou para uma encomenda
● Foi ao estúdio gravar uma nova música, ensaiar para um show? Uma foto do
instrumento, ou você tocando um instrumento, comentando como se sente nesse
espaço
● Está em um show? Que tal mostrar para quem te segue alguns lances rápidos, pelo
Instagram, de como está a noite, o público, a banda?
● Vai aos Correios levar uma encomenda? Foto da embalagem pode mostrar que você
não atende somente pessoas da sua cidade, mas graças a internet, de diversos
outros lugares
Para criar efetivamente o conteúdo a ser postado (com foto, imagem, desenho, texto,
vídeo, edição) você pode usar um computador ou seu próprio celular. Há bancos de imagens
gratuitos, você pode tirar as próprias fotos também, além de usar imagens autorais de suas
criações, e editar tudo em programas e aplicativos gratuitos ou pagos (geralmente, plano de
anuidade, por cartão de crédito). A seguir, separamos uma breve seleção deles, mas
sugerimos fortemente uma rápida pesquisa no google com, por exemplo, “editor de vídeo
gratuito”, ou “editor de som gratuito”, para que você encontre um que responda a suas
necessidades. Há vários, de diferentes desenvolvedores, com potenciais distintos, ora
limitado, ora específico. Inclusive, qualquer coisa que precise com direitos livres de uso,
basta digitar, por exemplo, “banco de imagem gratuito”, ou ainda “efeitos sonoros gratuitos”
e o google nos fornece uma infinidade de arquivos com direitos livres para uso. Mas,
consulte antes o tipo de uso que é liberado, okei?
Programa Função Gratuito ou Pago? Plataforma
A internet provê muita coisa legal, fácil, boa e gratuita, e a dificuldade reside,
geralmente, em como encontrar tudo isso. Um caminho interessante para entender alguns
mecanismos é assimilar que muito do que existe na internet, hoje, foi construído com base
em comunidades cujo objetivo é tornar acessível não apenas conteúdos, mas formas de
pensar e fazer. Recomendamos o estudo e compreensão dos seguintes conceitos e
práticas:
Mesmo que não venha a utilizar nenhum desses selos em suas obras, vale o tempo
dedicado a entendê-las, pois em algum momento pode ser que você precise de conteúdo
que esteja sob essas condições. Conhecimento sempre é bem vindo, não é mesmo? E
trabalharmos por um mundo onde todo e qualquer tipo de arte possa circular livremente,
para que as pessoas possam consumi-la, senti-la e transformar o mundo, pode deixar de ser
sonho, projeto, e virar realidade O que acha?
Portfólio, clipagem e conceitos básicos de
diagramação e design
Todas essas questões abordadas até o momento têm, como objetivo, contribuir com
sua formação e ações no dia a dia. Acreditamos que, antes de falar como organizar seus
materiais para apresentar em um edital, é preciso falar sobre como organizar suas coisas e
a forma como se apresenta para o mundo. Por mais que um edital preveja verba para a
execução de ideias e projetos, estes são, no geral, parte do todo que você é. Digamos que
“manter a casa em ordem” é difícil e requer dedicação, mas uma vez que temos isso feito,
fica muito mais fácil dar início - ou sequência - em projetos, ações, eventos e derivados.
Vamos citar como exemplo um portfólio online, requisito básico para participar de
editais de arte. Para organizar um, você precisa, antes, ter catalogado, selecionado e
hierarquizado seus trabalhos, seja em um acervo pessoal, seja em algum site próprio para
isso. Quais trabalhos que te representam melhor? Em qual plataforma vai dispô-los? Afinal,
vários editais aceitam links como parte dos documentos, às vezes, PDFs. Vamos supor que
você trabalhe com contação de histórias: se você organiza um canal no youtube com seus
melhores vídeos de contação, lá, além de existir um registro de acessos e visualizações, há,
também, a possibilidade de organizar listas e categorias, centralizando tudo em um único
lugar e facilitando o envio do material para um edital.
Ou, vamos supor que trabalhe com poesia visual: um perfil no instagram, com
imagens e legendas, bem organizados, também serve como portfólio virtual. A questão é
que você precisa “arrumar a casa” antes de sair por aí convidando as pessoas para
visitarem ela, não é mesmo? A mesma coisa acontece com a nossa imagem enquanto
artistas e agentes de cultura: o profissionalismo se apresenta em características como
organização pessoal, transparência, comprometimento, pontualidade, clareza nas falas e
ideias, capacidade de síntese, coisas que podemos aprender e aplicar no nosso cotidiano.
O que não pode ser feito: uma foto, música ou vídeo, “solto”, seja no seu instagram,
ou mesmo nos arquivos e documentos a serem enviados para o edital em questão, sem
contextualização, legenda, algo que explique o que aquele registro significa. Atenção aos
detalhes, simplicidade na forma de apresentar as ideias, são maneiras de facilitar a
compreensão de nossas propostas.
A seguir, vamos falar de alguns conceitos de diagramação e design que podem ser
utilizados tanto na criação de uma postagem simples como, principalmente, na elaboração
de seu portfólio.
Hierarquia da informação
Qual a coisa mais importante da sua arte, do seu trabalho, de você, do seu portfólio?
Chamamos de Hierarquia da Informação a maneira que organizamos o conteúdo, a
mensagem. O que queremos que as pessoas vejam primeiro? Essa “coisa” precisa ter mais
destaque. Vamos usar aqui a numeração 10, para designar o que é o mais importante, e 1,
para o que é menos importante. Em uma peça de teatro, a importância das coisas fluem
entre 1 e 10: a cada momento, uma coisa é 10, e outra é 4, ou 7, ou 1. Isso porque se tudo
for 10, ninguém presta atenção em nada. Ou seja: se você escreve um texto, monta um
layout, é preciso criar essa hierarquia, essa ordem, para que as pessoas tenham uma ordem
de leitura e entendam o que queremos passar.
Domestika
Uma organização com cursos incríveis e com valores acessíveis (sim, há cursos incríveis a
partir de 39 reais, promoções frequentes e combos e combinações incríveis). Lá você pode
encontrar cursos que ensinam a base da música, do desenho e até cursos que abordam
sobre logística, lojas online, programação simplificada para elaborar seu próprio site… basta
procurar na barra de pesquisa o tema de sua preferência e você encontrará opções incríveis
e acessíveis.
Conheça em: https://www.domestika.org/pt/
Udemy
Com uma pegada parecida com o Domestika, mas com um toque mais acadêmico, aqui
você também encontrará cursos incríveis a preços acessíveis, e pode até, seguindo as
diretrizes da plataforma, criar seus próprios cursos!
Conheça em: https://www.udemy.com/
Unsplash
Um site com belíssimas imagens gratuitas, porém com a condição de que, ao usar, você cite
quem a fez. Está em inglês, mas isso não é um impedimento. Lembre-se que pode usar o
google tradutor para traduzir palavras-chave que você tem interesse de pesquisar.
Acesse em: https://unsplash.com/
Freepik
Um gigantesco banco de imagens, desenhos, arquivos gratuitos. Há conteúdo pago? Sim,
mas na mesma proporção, há gratuitos. Verifique as condições de uso do site, sempre!
Acesse em: https://br.freepik.com/
Apache OpenOffice
Uma suíte de aplicativos iguais aos da Microsoft Office, porém gratuito! As mesmas
funcionalidades de editor de texto, apresentações, planilhas, mas sem precisar pagar ou
piratear nada.
Acesse: https://www.openoffice.org/
TEDx
Inúmeras palestras rápidas, de vários tipos de profissionais e pessoas, sobre projetos,
pensamentos, conquistas, questionamentos. Todos com legenda e intuitivo ao usar. Acesse
o site e explore os conteúdos de acordo com seus gostos.
Acesse em: https://www.ted.com/
Eduk
Uma plataforma brasileira de cursos, com preços variados, promoções frequentes, na área
de artesanato, criação de marcas, administração de finanças de pequenos negócios. Vale a
pena explorar e descobrir se tem algo que te cabe.
Conheça: https://www.eduk.com.br/