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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN

Fernanda Galvão Sklovsky

Pré-Projeto de Pesquisa para Mestrado em Design Estratégico

ALTERIDADE, DECOLONIALIDADE E DESCONTINUIDADE:


conceitos para o desenvolvimento territorial sustentável através de programas de
aproximação do design ao setor artesanal

Porto Alegre
2020
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 02
2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................... 05
3 OBJETIVOS.......................................................................................................... 06
3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................... 06
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................. 06
4 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 07
5 METODOLOGIA................................................................................................... 09
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO

Muito tem se falado, pesquisado e realizado nos últimos 20 anos no campo de


aproximação entre o Design e o Setor artesanal. Foram desenvolvidos muitos projetos
junto a artesãs e artesãos de diversos perfis de comunidades dentro da cultura
brasileira: tradicionais, urbanas e também populações em situação considerada de
vulnerabilidade socioeconômica no Brasil.
Inúmeros artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutorado,
revistas e livros e demais publicações trouxeram e seguem trazendo como tema
principal, esse campo de atuação do Design. Podemos citar como expoentes na
atuação e valorização do Design juntamente à Cultura Popular brasileira Aloísio
Magalhães e Lina Bo Bardi. Na atualidade, diversos autores e designers como Lia
Krucken, Adélia Borges, Dijon de Moraes, Heloisa Crocco, Renato Imbroisi e
Laboratório Piracema de Design, entre tantos outros, vêm atuando e refletindo sobre a
relevância e impactos, tanto positivos quanto negativos, das incursões do Design no
campo do saber fazer artesanal e das manualidades, tendo a noção que estamos
atuando sobre a raiz de culturas, tradições, saberes ancestrais e hábitos sociais.
Abaixo, uma pertinente reflexão de Adélia Borges (2012, online):

Trocas desiguais:
Considero essa aproximação um fenômeno de extrema importância pelo
impacto social e econômico que gera e por seu significado cultural.
Tenho sido uma de suas ardorosas defensoras, propagando-a aos
quatro ventos, como jornalista, como palestrante, como curadora de
exposições, e também na minha passagem de quatro anos pela direção
do Museu da Casa Brasileira.
No entanto, precisamos pôr o dedo na ferida: nessa onda, têm ocorrido
também muitos equívocos, muitas experiências ruins. Elas decorrem das
visitas episódicas, consultorias de até uma semana que rendem muita
mídia para os designers que vão até as comunidades, mas que não
deixam nenhum saldo positivo nas comunidades, a não ser expectativas
enormes quase sempre destinadas a se tornarem frustrações.

Na presente pesquisa, partimos da ideia que não há mais a necessidade de “[...]


questionar se o designer deve ou não atuar junto ao segmento artesanal, mas sim,
como deve se dar essa ação” (BARROS, 2006, p. 6).
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No Brasil, esse movimento sistemático de olhar para dentro teve seus primeiros
passos e maior visibilidade em âmbito nacional a partir de iniciativas idealizadas pela
Antropóloga Sra. Ruth Cardoso que, de 1995 a 2002, presidiu o Conselho do Programa
Comunidade Solidária. Ela também foi fundadora do Programa Artesanato Solidário
(atualmente ArteSol) que nasceu dentro das ações de emergência que na época
constituíam o Programa Federal de combate aos efeitos da Seca de 1998. Estas ações
tiveram diversos desdobramentos positivos e colocaram luz em um profundo problema
social do Brasil, olhando para uma população até então esquecida, ignorada,
obscurecida.
O que importa para o design estratégico é algo que se encontra em um
nível obscuro, aquilo que não está aparente, foi sobre isso que Hill
(2012) se referiu como matéria sombria, algo tipo uma bagunça política
que envolve “[...] cultura organizacional, políticas públicas, mecanismos
de mercado, legislações, modelos financeiros e outros incentivos,
estruturas governamentais, tradições e hábitos, cultura local e identidade
nacional, os hábitos, situações e eventos nos quais as decisões são
tomadas”. (MEYER, 2019, p. 3, tradução nossa)

Projetos de capacitação técnica e valorização da cultura foram o foco de ação


para esta população ao invés do caminho de ações políticas apenas assistencialistas
tão criticadas e, ao mesmo tempo, perpetuadas em nosso país. Foi a partir dessas
ações que a aproximação entre designers e comunidades artesanais começaram a
acontecer de forma sistemática e abrangente por todo território brasileiro.
Por isso, a importância de contextualizar essa introdução fazendo um apanhado
recente dos acontecimentos dentro desse campo que só foram possíveis devido a
muitos atores agindo em convergência com políticas públicas. Abaixo um trecho do
Plano Setorial do Artesanato publicado pelo Ministério da Cultura, com diretrizes para
serem cumpridas de 2016 a 2025:

O artesanato é uma atividade que traduz a riqueza e a diversidade


cultural de um país, e representa um segmento de atuação abrangente e
transversal. No Brasil, o número estimado de brasileiros que vivem da
produção de artesanato é de cerca de oito milhões de pessoas.
Considerando o potencial produtivo e a capacidade criativa do artesão
brasileiro, pode-se afirmar que o setor do artesanato contribui para o
desenvolvimento econômico do País, além de apresentar grande
perspectiva de crescimento. (BRASIL, 2017, p. 3)
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Meu primeiro contato com programas de revitalização e resgate cultural, visando


através do Design valorizar e promover o produto artesanal foi em 1998, o projeto
talvez tenha sido o maior no Brasil nessa área até então, chama-se “Mãos de Minas” e
atuava em Minas Gerais. Depois, participei ativamente em ações relacionadas ao
projeto “Mão Gaúcha” no Estado do Rio Grande do Sul. Mas minha primeira atuação
como Designer em projetos de artesanato foi, em 2004, quando participei de um
programa com duração de 1 ano e meio, idealizado pelo Laboratório Piracema de
Design, com patrocínio do Sebrae Nacional, para formação de jovens designers se
capacitarem para atuar no Setor artesanal.
A partir de 2004, atuei ativamente em mais de 20 projetos no Setor artesanal, por
todo o território nacional, além de projetos ligados diretamente à sustentabilidade
através do upcycling e economia circular. Com esse histórico de trabalhos realizados, é
possível fazer uma profunda reflexão e crítica em relação aos acertos e os erros,
trazendo conceitos e metodologias trabalhadas para a realidade atual em um novo
mundo, pós-pandêmico. Essas são as principais motivações que me levaram à escolha
do tema a ser trabalhando nessa pesquisa. “Se a comunidade não abraçar a causa da
identificação cultural de suas tradições e expressões, não há esforço que seja suficiente
para garantir um trabalho bem-sucedido.” (PROVEDELLO, 2004, online)
O designer atuante no campo das identidades e culturas territoriais precisa ter
capacidades múltiplas além de uma sensibilidade extrema no que diz respeito às
diferenças sociais a partir de uma perspectiva antropológica e posicionamento de
alteridade em relação ao outro. Neste tipo de atuação, o designer deve rever sua
posição de autoridade e se posicionar como igual, aturar neste estado aberto,
compreensivo e imparcial no sentido de não julgar e apenas querer compreender o
outro, ao entrar em contato com uma cultura diferente da sua. Dessa forma, será
possível entender a cultura do outro como também a nossa de forma mais ampla.
Portanto, a presente pesquisa, visa revisitar as ações desenvolvidas nos últimos
20 anos e traçar um paralelo ao desenvolvimento do próprio Design Estratégico, para
identificar as semelhanças no processo de trabalho e metodologias a fim de manter as
boas práticas e ações eficazes mas, principalmente, questionar, propor ajustes,
contribuições, melhorias e novas abordagens para uma ação mais potente e positiva
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nos projetos de desenvolvimento socioeconômicos no Setor artesanal no mundo


contemporâneo.

2 JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa visa estudar, aprofundar e propor alguns conceitos para que
o papel do designer seja cada vez mais forte na contribuição para a transformação do
mundo em uma sociedade mais igualitária e sustentável na mesma proporção. Não
apenas igualitária, pois sem a sustentabilidade (ecológica) não haverá futuro. E se for
apenas sustentável e milhões de pessoas seguirem vivendo em condições desumanas,
não será justo ética e moralmente, portanto não terá valido a pena o esforço para atingir
a sustentabilidade. Segundo Manzini (2008, p. 25): “A transição rumo à sustentabilidade
requer uma descontinuidade”. Para quebrar a lógica capitalista atual que estimula o
crescimento contínuo dos níveis de produção e seus materiais é preciso haver um
processo reverso que estimule o crescimento a partir da redução dos níveis de
produção e principalmente de consumo.
Victor Papanek no seu livro “Arquitectura e Design: ecologia e ética” fala que no
Design é necessário haver responsabilidade, ética e valores espirituais que nos ajudem
a encontrar um modo de vida sustentável e harmonioso e descreve perfeitamente
algumas das principais capacidades e talentos de um designer, tais como: o dom de
descobrir respostas adequadas aos novos problemas; aptidão para investigar, organizar
e inovar; saber combinar considerações técnicas da forma criada com a preocupação
dos fatores sociais e humanos e da harmonia estética; saber prever consequências
ambientais, ecológicas, econômicas e políticas provocadas pelo design; capacidade de
trabalhar com pessoas de muitas culturas e áreas diferentes.
Ao iniciar a pesquisa sobre o corpo docente e os principais autores das linhas de
pesquisa em Design Estratégico, um mundo de conhecimentos e possibilidades se
abriu. Porém alguns conceitos importantes dentro do Design estratégico, além da
cultura de projeto saltaram aos olhos indicando uma urgência em serem trazidos para
as ações e projetos do Setor artesanal para que haja uma melhoria e atualização
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necessária para o mundo de hoje. Conceitos esses que são: Alteridade, Decolonidade e
Descontinuidade, que serão explorados na seção do Referencial Teórico.
Portanto, atuando subjetivamente através de ações do Design em médio a longo
prazo, talvez seja possível mudar a lógica do pensamento coletivo em relação aos
hábitos de consumo capitalistas e sociedade extrativista tanto a nível local quanto
global, para que a sociedade crie uma nova relação com seu entorno, de
sustentabilidade e regeneração, respeitando, valorizando e se beneficiando dos
conhecimentos originários das culturas identitárias territoriais.
Assim sendo, essa pesquisa possui a seguinte problemática: Quais seriam os
possíveis impactos na sociedade, se os designers atuassem assumindo uma
perspectiva subjetiva que partisse dos conceitos de Alteridade, Decolonidade e
Descontinuidade?

3 OBJETIVOS

A seguir estão descritos o objetivo geral e os objetivos específicos da pesquisa.

3.1 OBJETIVO GERAL

Descobrir como construir essa perspectiva (possivelmente subjetiva), que parta


dos conceitos de Alteridade, Decolonidade e Descontinuidade para propor contribuições
para o Design Estratégico visando mudanças sociais práticas com efeito benéfico e
regenerador para o mundo atual, assim como imaginar e desenhar estes possíveis
cenários.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) realizar a revisão teórica acerca dos conceitos propostos na pesquisa;


b) analisar os acertos e erros de projetos de aproximação do Design no setor
artesanal nos últimos 10 anos;
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c) propor uma metodologia de atuação em projetos de desenvolvimento territorial


no setor artesanal a partir dos conceitos de Alteridade, Decolonidade e
Descontinuidade;
d) conhecer as novas formas de atuação no desenvolvimento territorial a partir da
inovação social tanto no período recente pré-pandemia como no pós-pandemia;
e) identificar as políticas públicas vigentes e conectá-las com as ações do Design
estratégico focadas nos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT’s);
f) ampliar e dar continuidade sobre a pesquisa crítica e filosófica sobre o Design;
g) utilizar do conhecimento adquirido no estudo e pesquisa do Design Estratégico
para através de suas ferramentas contribuir com ações de inovação social
visando o desenvolvimento socioeconômico através da valorização da cultura e
diferentes identidades no território nacional.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Partindo dos conceitos de Alteridade, Decolonidade e Descontinuidade, citados


na Justificativa do trabalho, é importante pensar que:

A transdisciplinaridade como instrumento para enfrentar a


multidimensionalidade caracteriza a estratégia como um projeto
coletivo. A participação em um projeto coletivo começa com uma
abertura do sujeito à alteridade. Isso se traduz em uma disposição
ao envolvimento ativo e consciente nas relações estabelecidas e
que assume a forma de aprendizagem, descoberta do outro como
diferente de si. (MAURI, 19961 apud FREIRE, 2014, p. 7)

A Alteridade aparece como o primeiro conceito a ser pesquisado, pois não


parece mais razoável nem tolerável seguirmos dando continuidade (evocando o
conceito de descontinuidade) a uma visão de mundo etnocêntrica a partir do olhar do
colonizador europeu ou da suposta supremacia branca norte-americana. A ideia aqui é
estimular a alteridade para atingirmos a Decolonidade e usá-las como semente e adubo

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MAURI, Francesco. Progettare progettando strategia. Milano: Masson, 1996.
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que irão germinar a descontinuidade local e implantação de nova lógica e crítica


socioeconômica.
Para Pinto (2007, online): “Alteridade significa colocar-se no lugar de Outrem, na
relação interpessoal, com valorização, consideração, identificação e diálogo com o
Outro”. Ainda segundo o autor, a prática da Alteridade se dá não somente entre
indivíduos, mas também acontece entre grupos e entre o indivíduo e a natureza. A
vivência da Alteridade compreende os fenômenos da complementaridade e da
interdependência, no modo de pensar, de sentir, de agir, sem a preocupação com a
sobreposição ou destruição do Outro com o qual nos relacionamos.
A Decolonidade é um conceito central nessa pesquisa, pois se entende que só
seremos capazes de reconhecer e valorizar nosso patrimônio material e imaterial a
partir de uma visão descolonizada para então, juntos, a partir do reconhecimento e
valorização das particularidades e identidades locais, criamos uma nova sociedade
globalizada, na qual prevaleça uma ideologia e ethos regeneradores para Gaia.
Ahmed Ansari juntamente com outros autores, escreveu o “Decolonising Design
Manifesto”, no qual diversos designers se posicionam contra uma suposta, única e
exclusiva visão eurocentrista dentro do Design. Segundo o Manifesto, o discurso
dominante do Design no mundo tem sido pautado pelo olhar do anglocentrismo e
eurocentrismo e vem atuando com pouca atenção aos discursos alternativos,
considerados marginalizados, isto é, todos os não anglo-europeus.

Nosso objetivo – como estudiosos e praticantes de design – é


transformar os termos dos estudos e pesquisas atuais. Os designers
podem colocar em prática suas habilidades, técnicas e mentalidades
para projetar futuros voltados ao avanço de condições ecológicas,
sociais e tecnológicas onde múltiplos mundos e conhecimentos,
envolvendo humanos e não humanos, podem florescer de maneiras
mutuamente aprimoradas. Para nós, a descolonização não é
simplesmente mais uma opção ou abordagem entre outras dentro do
discurso de design. Em vez disso, é um imperativo fundamental para o
qual todos os esforços de design devem ser orientados. (ANSARI et al.,
2016, online, tradução nossa)

É importante também citar como referência para o conceito de Decolonização a


linha de pesquisa e influência do pensamento do antropólogo brasileiro Eduardo
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Viveiros de Castro, considerado o criador do Perspectivismo Ameríndio. Entendemos


que poderá trazer ricas contribuições para reforçar o entendimento dos conceitos de
Alteridade e Decolonidade e, principalmente, sobre a aceitação e interesse em
entendermos estrategicamente a lógica da cosmologia indígena que tem um potencial
altamente regenerativo para a natureza e podermos fazer, estrategicamente, o uso
destes conhecimentos para o benefício da sociedade em geral.
E o terceiro conceito, de Descontinuidade, será estudado e desenvolvido a partir
de toda pesquisa e obra do autor Ezio Manzini, baseada no princípio de que o Design
deve ser pensado e praticado para a sustentabilidade. Como ele diz em sua palestra
“Emerging design in the transition phase: the new design culture”, de março de 2018,
em homenagem aos 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Design da Unisinos:

“Eu não posso falar sobre Design Estratégico em geral, eu preciso falar
de Design Estratégico para a sustentabilidade” [...] “Nós descobrimos
que um sistema complexo pode mudar, radicalmente” [...] “muda porque
algo aconteceu internamente, que em certo momento provoca um
estresse no sistema dado, que gera uma transformação” [...]
“descobrimos que a única maneira de fazer uma mudança complexa no
sistema é tendo inúmeras pequenas mudanças” [...] “Pequenas
mudanças radicais dentro do sistema são as que todas juntas criam as
condições para a transição, para a mudança de um sistema para outro”
[...] “Nós sabemos agora, que precisamos mudar nossos valores e o
designer pode ser parte dessa mudança da qual estamos falando”.

Para que seja possível nos movermos em direção à uma sociedade mais
humana, igualitária e sustentável, será necessário romper com diversos padrões e
tendências em relação a estilo de vida, produção e consumo em que vivemos, através
de pequenas ações de descontinuidade.

5 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do estudo, primeiramente se propõe uma revisão


bibliográfica sobre os principais conceitos da pesquisa e pretende-se fazer uso do
método da cartografia, bem como realizar uma pesquisa participante, qualitativa e
exploratória.
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Segundo Richter e Oliveira (2017, p. 29): “Em cartografia, o que interessa é o


que se passa entre, o que extrapola fronteiras, o que transborda as bordas, as
delimitações. Busca-se pensar e sentir o processo, sendo o pesquisador o agente que
se coloca como pesquisa juntamente com seu objeto.” Ainda conforme as autoras

Uma das principais características deste método de pesquisa encontra-


se na atenção que devemos dar às perguntas que a cartografia nos
coloca. Isso significa que ao utilizar a metodologia cartográfica, o
pesquisador coloca-se, e, sobretudo, percebe-se dentro de sua
pesquisa. É como o cartógrafo que confecciona um mapa: ele precisa
estar inserido no território que projeta, para poder projetar. Este é um
dos princípios da cartografia, o autor presente em sua pesquisa, em sua
totalidade. (RICHTER; OLIVEIRA, 2017, p. 30)

Em linhas gerais, é o de exercitar a sustentação da abertura de pensamento para


receber, sem pré-conceitos, tudo o que for se apresentando no processo de pesquisar
como condição de possibilidade para se produzir conhecimento pertinente e
consistente.

REFERÊNCIAS

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Design) – Departamento de Artes & Design, Programa de Pós-Graduação em Design,
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2006. Disponível em:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9596@1.
Acesso em: 31 out. 2020.

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918197185
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