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RUPTURA
LUIZ EDUARDO TEIXEIRA FERREIRA
2.
ANÁLISE DE TENSÕES
GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS
De maneira geral, as grandezas físicas são subdivididas em duas grandes classes: as
grandezas escalares e as grandezas vetoriais.
As grandezas escalares são aquelas que reproduzem uma magnitude certa e inequívoca.
Portanto, essas grandezas não dependem de um sistema de referência para que possam ser
expressas em um dado ponto ou posição.
Assim, suas magnitudes podem ser transformadas entre sistemas sem terem seus valores
alterados. Um exemplo de grandeza escalar é a temperatura.
De maneira oposta, as grandezas vetoriais, além da magnitude, necessitam de um sentido
e de uma direção para a sua inequívoca definição. Ainda, a transformação dessas grandezas
entre sistemas referenciais, deve obedecer a regras claras, como se discutirá mais à frente.
Dentre outros, são exemplos dessas grandezas os deslocamentos, as velocidades, as
tensões e as forças.
Figura 2.1 –Estado de tensão em um ponto genérico de um sólido deformado. Todas as tensões
assinaladas são positivas (+).
O conceito de estado plano de tensão (EPT) pode ser mais bem ilustrado tomando-se
como exemplo uma viga bi apoiada, conforme mostra a Fig. 2.2.
Figura 2.2- Seção transversal de uma viga bi apoiada: Seção transversal deformada.
Da observação da Fig. 2.2 depreende-se que as faces laterais da seção transversal da viga
encontram-se livres para se deslocarem, garantindo que as tensões na direção do eixo z
possam ser consideradas nulas ao longo da espessura (σz=0). Esse conceito é utilizado para
“geometrias finas”.
Por outro lado, as deformações na mesma direção são diferentes de zero, dado que as
deformações decorrem dos deslocamentos e não são desprezíveis.
As observações anteriores permitem escrever o tensor de tensão, para o caso
bidimensional em EPT, da maneira que segue:
𝜎11 𝜎12 0 𝜎𝑥𝑥 𝜏𝑥𝑦 0
𝜎𝑖𝑗 = [𝜎21 𝜎22 0] = [𝜏𝑦𝑥 𝜎𝑦𝑦 0] (2.1)
0 0 0 0 0 0
No caso elástico-linear, o tensor de tensão é simétrico relativamente à diagonal principal.
Assim, σij=σji (para i≠j), ou seja, τxy = τyx. Uma visualização do tensor de tensão em EPT é a
que se mostra à direita da Fig. 2.1.
Considerando-se que as componentes de tensão são nulas na direção z, o tensor pode ser
escrito da maneira (simplificada) que segue:
𝜎11 𝜎12 𝜎𝑥𝑥 𝜏𝑥𝑦
𝜎𝑖𝑗 = [𝑠𝑖𝑚. 𝜎 ] = [𝑠𝑖𝑚. 𝜎 ] (2.2)
22 𝑦𝑦
De maneira análoga, o estado de deformação pode ser escrito, para esse estado plano e
em termos de deformações lineares ou angulares (εij ou γij), por meio da Eq. 2.3:
𝛾
𝜀11 𝜀12 0 𝜀𝑥𝑥 𝜀𝑥𝑦 0 𝜀𝑥𝑥 𝛾𝑥𝑦 0
𝜀𝑖𝑗 = [𝜀21 𝜀22 0 ] = [𝜀𝑦𝑥 𝜀𝑦𝑦 0 ] 𝑜𝑢: 𝜀𝑖𝑗 = [𝛾𝑦𝑥 𝜀𝑦𝑦 0] (2.3)
0 0 𝜀33 0 0 𝜀𝑧𝑧 0 0 𝜀𝑧𝑧
Observe-se que a relação entre as deformações angulares (distorções) e as deformações
lineares de cisalhamento é dada por:
𝛾𝑖𝑗 = 2𝜀𝑖𝑗 (𝑖 ≠ 𝑗) (2.4)
Os novos valores das tensões σxx, σyy e τxy, ou seja, os valores de σ’xx, σ’yy e τ’xy,
rotacionados de um ângulo θ, são calculados com as Eq. 2.5, 2.6 e 2.7, respectivamente.
′ 𝜎𝑥𝑥 +𝜎𝑦𝑦 𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
𝜎𝑥𝑥 = + cos(2𝜃) + 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (2.5)
2 2
′ 𝜎𝑥𝑥 +𝜎𝑦𝑦 𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
𝜎𝑦𝑦 = − cos(2𝜃) − 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (2.6)
2 2
′ 𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
𝜏𝑥𝑦 = − sen(2𝜃) + 𝜏𝑥𝑦 𝑐𝑜𝑠(2𝜃) (2.7)
2
ou, equivalentemente:
′
𝜎𝑥𝑥 = 𝜎𝑥𝑥 cos2 𝜃 + 𝜎𝑦𝑦 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (2.5a)
′
𝜎𝑦𝑦 = 𝜎𝑥𝑥 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 + 𝜎𝑦𝑦 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (2.6a)
A rotação das deformações é procedida com equações análogas às Eq. 2.5, 2.6 e 2.7, nas
quais as tensões σxx, σyy e τxy são substituídas pelas deformações εxx, εyy e γxy/2 (=εxy), de
maneira a determinarem-se ε’xx, ε’yy e γ’xy.
Admitindo-se um problema elástico em estado plano de tensão (EPT), existirão, além das
tensões que compõe o tensor de tensão, duas tensões especiais; essas tensões são designadas
Tensões Principais.
A primeira delas, denominada σ1, terá valor superior àquele da tensão normal de maior
valor presente no tensor; a segunda, denominada σ2, terá valor inferior, comparativamente à
tensão normal de menor valor, presente no problema. Essas tensões são os autovalores do
tensor de tensão.
Para o estado plano de tensão (EPT), as tensões principais σ1 e σ2 são dadas,
respectivamente, por:
𝝈𝒙 +𝝈𝒚 𝝈𝒙 −𝝈𝒚 𝟐
𝝈𝟏 = + √( ) + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 (2.8)
𝟐 𝟐
𝝈𝒙 +𝝈𝒚 𝝈𝒙 −𝝈𝒚 𝟐
𝝈𝟐 = − √( ) + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 (2.9)
𝟐 𝟐
2𝜏𝑥𝑦
𝑡𝑔(2𝜃) = 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜: (2.14)
𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
1 2𝜏𝑥𝑦
𝜃𝑝 = 2 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝜎 ) (2.15)
𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
A Eq. 2.15 conduz às duas raízes desejadas, θp1 e θp2, as quais encontram-se defasadas de
90o, ou seja, θp2 = θp1 + 90o. Observe-se que o mesmo resultado poderia ser obtido derivando-
se a Eq. 2. 5 em relação à θ e igualando o resultado à zero.
Por outro lado, os valores das raízes θp1 e θp2 devem obedecer à determinadas regras
relativas aos sinais das tensões de tensor de tensão, se a coerência com o traçado do círculo
de Mohr for desejada (item 2.6 deste capítulo). Essas regras são dadas na Tab. 2.1.
Tabela 2.1 – Critérios de avaliação dos ângulos θp1 e θp2 em função do ângulo θp calculado (Eq. 2.15).
Figura 2.5 – Ângulo θS que orienta a normal ao plano sobre o qual atua a tensão τmáx.
Esse procedimento conduz à direção θs, normal ao plano sobre o qual atua a tensão τmáx.
e é dada pela Eq. 2.16:
1 −(𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦 )
𝜃𝑠 = 2 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔[ ] (2.16)
2𝜏𝑥𝑦
Observe-se que, sobre o plano onde atua τmáx, as tensões nas direções x e y não são
(obrigatoriamente) nulas e são obtidas substituindo-se θ por θS nas Eq. 2.5 e 2.6.
Com isso, fica evidenciado que a tensão de cisalhamento, τmáx, não é uma tensão
principal.
As tensões referentes à uma direção θ qualquer, σθ = σ’x e τθ = τ’xy são obtidas por meio
das Eq. 2.17 e 2.18, análogas às Eq. 2.5 e 2.7, com uma inversão de sinais relativamente à Eq.
2.7:
𝜎𝑥𝑥 +𝜎𝑦𝑦 𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
𝜎𝜃 = + cos(2𝜃) + 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (2.17)
2 2
𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦
𝜏𝜃 = sen(2𝜃) − 𝜏𝑥𝑦 𝑐𝑜𝑠(2𝜃) (2.18)
2
Figura E2.6.2 – Posicionamento das tensões sobre o sistema de eixos e traçado do círculo de Mohr.
III) Um par coordenado de interesse está posicionado em (σy; -τxy) e recebe o nome de
Polo das Normais. As retas perpendiculares às retas horizontal e vertical que passam pelo
polo, indicam os planos sobre os quais atuam as tensões σx, σy e τxy.
IV) Observa-se que o raio do círculo de Mohr tem valor numérico igual ao segundo termo
das Eq. 2.8 e 2.9. O círculo cruzará o eixo das tensões normais em duas posições: na posição
de menor valor, correspondente à tensão σ2, e na posição de maior valor, correspondente à
tensão σ1. As tensões σ1 e σ2 são designadas tensão principal maior e tensão principal menor,
respectivamente, por apresentarem os valores extremos de tensões possíveis no problema.
V) Depreende-se que a maior tensão de cisalhamento, τmáx, tem valor igual ao raio da
circunferência, valendo, equivalentemente, (σ1+ σ2) /2.
VI) Passando pelo polo, são traçadas três retas: a primeira delas, horizontal (qualquer), a
segunda, passando pela tensão σ1 e a terceira passando pela tensão σ2. Os ângulos definidos
pela reta horizontal e por cada uma das outras duas, são os ângulos principais, θp1 e θp2.
VIII) Determinação das tensões σθ e τθ que ocorrem à um ângulo θ=30o: Para tanto, a partir
da linha horizontal que passa pelo polo, traça-se, com abertura angular com valor θ=30o, em
sentido anti-horário, uma nova linha que intersectará o círculo de Mohr.
Os valores das coordenadas desse ponto de interseção serão as tensões procuradas, σθ e
τθ, conforme indicado na Fig. E6.2.5.
Para o problema obtém-se, aproximadamente:
𝒅𝒂𝑵 𝒅𝒂𝑵
𝝈𝜽 ≅ 𝟔𝟓, 𝟗 ; 𝝉𝜽 ≅ 𝟑𝟒, 𝟐 .
𝒄𝒎𝟐 𝒄𝒎𝟐
As equações para os cálculos das tensões, as quais decorrem do desenvolvimento das Eq.
2.23 e 2.24, são:
𝐸
𝜎𝑥𝑥 = (1−𝜈2) (𝜀𝑥𝑥 + 𝜈𝜀𝑦𝑦 ) (2.25)
𝐸
𝜎𝑦𝑦 = (1−𝜈2) (𝜀𝑦𝑦 + 𝜈𝜀𝑥𝑥 ) (2.26)
𝜏𝑥𝑦 = 𝐺𝛾𝑥𝑦 (2.27)
Para a determinação das deformações, a relação constitutiva, em sua forma vetorial, é
dada pela Eq. 2.28:
𝜀𝑥𝑥 𝜎𝑥𝑥 𝜎𝑜𝑥 𝜀𝑜𝑥
𝜀 𝜎 𝜎 𝜀
𝜀 = 𝐶(𝜎 − 𝜎𝑜 ) + 𝜀𝑜 → { 𝑦𝑦 } = [𝐶] ({ 𝑦𝑦 } − { 𝑜𝑦 }) + { 𝑜𝑦 } (2.28)
𝛾𝑥𝑦 𝜏𝑥𝑦 𝜏𝑜𝑥𝑦 𝜀𝑜𝑥𝑦
na qual [C], denominada matriz de flexibilidade ou matriz de compliância, é determinada a
partir da inversão da Eq.2.24:
1 −𝜈 0
1
[𝐶] = [𝐷]−1 = 𝐸 [−𝜈 1 0 ] (2.29)
0 0 2(1 + 𝜈)
As equações das deformações que decorrem das Eq. 2.28 e 2.29 são:
1
𝜀𝑥𝑥 = 𝐸 (𝜎𝑥𝑥 − 𝜈𝜎𝑦𝑦 ) (2.30)
1
𝜀𝑦𝑦 = 𝐸 (𝜎𝑦𝑦 − 𝜈𝜎𝑥𝑥 ) (2.31)
𝛾𝑥𝑦
𝜀𝑥𝑦 = (2.32)
2
𝜏𝑥𝑦
𝛾𝑥𝑦 = (2.33)
𝐺
Por outro lado, isso não é verdadeiro para as tensões principais, uma vez que σzz=0.
C) TENSÕES PRINCIPAIS (AUTOVALORES DE σij), σ1 e σ2, E MÁXIMA TENSÃO DE
CISALHAMENTO, τmáx:
𝜎𝑥𝑥 +𝜎𝑦𝑦 𝜎𝑥𝑥 −𝜎𝑦𝑦 2
𝜎1 = ± √( ) + 𝜏𝑥𝑦 2
2 2 2
450,0+700,0 450,0−700,0 2
𝜎1 = + √( ) + 150,02 = 770,256 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 2
450,0+0,00188 450,0−700,0 2
𝜎2 = − √( ) + 150,02 = 379,743 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 2
𝜎1 −𝜎2 770,256−379,743
𝜏𝑚á𝑥 = → 𝜏𝑚á𝑥 = = 195,256 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 2
1 2,0. 150,0
𝜃𝑝 = 2 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 (450,0−700,0) = −25,097214𝑜
′ 𝑑𝑎𝑁
𝜎𝑥𝑥 = 379,743 𝑐𝑚2 ≠ 𝜎1, , 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝜎2,
indicando que θp1 = θp + 90o= 64,902786o (giro anti-horário a partir da horizontal) e
θp2= 154,902786o, conforme indicado no círculo de Mohr da Fig. E2.8.1-2. Isso ocorre uma
vez que σy > σx, fato que acarreta a reflexão do polo das normais, à direita, relativamente ao
centro de curvatura do círculo, atendendo, consequentemente, às disposições previstas na
Tab. 2.1 para o caso.
• Componentes cisalhante:
𝜏𝑥𝑦 𝐸 2(1+𝜈)
𝛾𝑥𝑦 = ; 𝐺= → 𝛾𝑥𝑦 = 𝜏𝑥𝑦
𝐺 2(1+𝜈) 𝐸
2(1+0,2)
𝛾𝑥𝑦 = . ( −60,0) = −4,800𝑥10−4 rd
3,0𝑥105
Tensor de deformação:
3,4667 −4,800 0,0 𝛾
−4 1,8667 0,0 ]
𝜀𝑖𝑗 = 10 𝑥 [ −4,800
0,0 0,0 1,3333
Observe-se que o estado de deformação é tridimensional, dado a existência da componente
de deformação antiplana. Assim, as deformações principais são determináveis
tridimensionalmente.
120,0+80,0 120,0−80,0 2
𝜎1 = + √( ) + (−60,0)2 = 163,246 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 2
120,0+80,0 120,0−80,0 2
𝜎2 = − √( ) + (−60,0)2 = 36,754 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 2
𝜎1 −𝜎2 163,246 −36,754
𝜏𝑚á𝑥 = (𝑐𝑖𝑟𝑐. 𝑑𝑒 𝑀𝑜ℎ𝑟) → 𝜏𝑚á𝑥 = = 63,250 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2 .
2 2,0
1 −2,0 .60,0
𝜃𝑝 = 2 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 (120,0−80,0) = −35,782526𝑜
As equações para os cálculos das tensões, as quais decorrem da aplicação da Eq. 2.35 à
Eq. 2.23 são as que seguem:
𝜈𝐸
𝜎𝑥𝑥 = 2𝐺𝜀𝑥𝑥 + (1+𝜈)(1−2𝜈) (𝜀𝑥𝑥 + 𝜀𝑦𝑦 ) (2.36)
𝜈𝐸
𝜎𝑦𝑦 = 2𝐺𝜀𝑦𝑦 + (1+𝜈)(1−2𝜈) (𝜀𝑥𝑥 + 𝜀𝑦𝑦 ) (2.37)
ou, equivalentemente:
𝐸
𝜎𝑥𝑥 = (1+𝜈)(1−2𝜈) [(1 − 𝜈)𝜀𝑥𝑥 + 𝜈𝜀𝑦𝑦 ] (2.38)
𝐸
𝜎𝑦𝑦 = (1+𝜈)(1−2𝜈) [(1 − 𝜈)𝜀𝑦𝑦 + 𝜈𝜀𝑥𝑥 ] (2.39)
Direção y:
1
𝜀𝑦𝑦 = 𝐸 [𝜎𝑦𝑦 − 𝜈(𝜎𝑥𝑥 + 𝜎𝑧𝑧 )]
1
𝜀𝑦𝑦 = 3,0𝑥105 [700,0 − 0,2. (450,0 + 230,0)]
𝜀𝑦𝑦 = 0,0018800
Cisalhamento:
𝜏𝑥𝑦 𝐸 2(1+𝜈)
𝛾𝑥𝑦 = ; 𝐺 = 2(1+𝜈) → 𝛾𝑥𝑦 = 𝜏𝑥𝑦
𝐺 𝐸
2(1+0,2) 150,0
𝛾𝑥𝑦 = . 150,0 = = 0,001200 rd ;
3,0𝑥105 125 000,0
resultando:
0,00088 0,001200 0,0 𝛾
0,00088 0,001200 𝛾
𝜀𝑖𝑗 = [0,001200 0,001880 0,0] 𝑜𝑢 𝜀𝑖𝑗 = [ ]
0,001200 0,001880
0,0 0,0 0,0
C) DEFORMAÇÕES PRINCIPAIS, ε1 E ε2 (AUTOVALORES DE εij), E MÁX. DEFORMAÇÃO DE
DISTORÇÃO, γmáx:
2
𝜀𝑥𝑥 +𝜀𝑦𝑦 𝜀𝑥𝑥 −𝜀𝑦𝑦 2 𝛾𝑥𝑦
𝜀1= ± √( ) +( )
2 2 2 2
2
0,00088+0,00188 0,00088−0,00188 2 0,001200
𝜀1 = + √( ) +( ) = 0,00216103
2 2 2
2 2
0,00088+0,00188 0,00088−0,00188 0,001200
𝜀2= − √( ) + ( 2 ) = 0,0005990
2 2
𝛾𝑚á𝑥 𝜀 1 −𝜀 2
= (𝑐𝑖𝑟𝑐. 𝑑𝑒 𝑀𝑜ℎ𝑟) → 𝛾𝑚á𝑥 = 𝜀 1 − 𝜀 2 = 0,00216103 − 0,0005990
2 2
1 0,001200
𝜃𝑝 = 2 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 ((0,00088−0,00188)) = −25,097214𝑜
As novas relações constitutivas lembram as equações básicas para EPT e para EPD,
adotando-se para as tensões, aquelas referentes ao EPT, e para as deformações, as que dizem
respeito ao EPD. Dessa maneira obtém-se:
TENSORES DE TENSÃO:
Equações básica para o EPT
𝜎𝑥 1 𝜈′ 0 𝜀𝑥
𝐸′ 𝜈′ 1 0 ] { 𝜀𝑦 }
𝜎
{ 𝑦 } = (1−𝜈′2) [
(1−𝜈′)
𝜏𝑥𝑦 0 0 𝛾𝑥𝑦
2
TENSORES DE DEFORMAÇÃO:
Equações básica para o EPD
(1 − 𝜈′) 𝜈′ 0
𝜀𝑥 𝜎𝑥
𝐸′ 𝜈′ (1 − 𝜈′) 0
{ 𝜀𝑦 } = 𝜎
{ 𝑦}
𝛾𝑥𝑦 (1 + 𝜈′)(1 − 2𝜈′) (1 − 2𝜈′) 𝜏
0 0 𝑥𝑦
[ 2 ]
• Constantes Elásticas Efetivas
Estado Plano de Deformação:
𝐸 ′ = 𝐸; 𝜈 ′ = 𝜈; 𝜎𝑧𝑧 = 𝜈(𝜎𝑥𝑥 + 𝜎𝑦𝑦 )
Estado Plano de Tensão:
𝐸(1+2𝜈) 𝜈 𝜈
𝐸′ = (1+𝜈)2
; 𝜈 ′ = 1+𝜈 ; 𝜀𝑧𝑧 = − 𝐸 (𝜎𝑥𝑥 + 𝜎𝑦𝑦 )
Esse enfoque diferenciado, além de simplificar e assegurar maior confiança nos cálculos,
parece extremamente apropriado às atividades de implementação computacional.