BARROCO CONTEXTO HISTÓRICO CARACTERISTICAS PRINCIPAIS ARTISTAS
ITALIANO Auge: 1590 a 1680 Plasticidade Francesco Borromini
Ênfase: obras sacras Ornamentação nos ambientes Gianlorenzo Bernini Patrono: a Igreja externos e internos Guarino Guarini Inicio na Itália Teatralidade Claro e Escuro - O Barroco surge na Itália, não Ilusionismo Cenográfico através da Igreja Católica, mas está a Movimento utiliza como ferramenta para atrair os Dégradé de Cores e Temas novos fieis e afim de “afirmar a sua vitória” na Contrarreforma. - O Berço da nova Arquitetura, a Entretanto as cidades italianas Itália acompanha todo o processo de estavam a sofrer com o declínio “libertação” dos tratados econômico da península e com o renascentistas, passado pelos deslocamento das vias marítimas em primeiros lapsos de liberdade com o detrimento com o Mar Mediterrâneo, Maneirismo até chegar ao auge com isso fez que a Espanha e a Áustria o Barroco, é a “verdade dando lugar “dominassem” a Itália, porém estes ao verossímil” (BAETA,2010), e a mal sabiam que assim como a Grécia diversidade e individualidade no que fora dominada por Roma, a Barroco italiano é tamanha que se dominou através da filosofia e da compararmos o Barroco de Roma, Arte, com o surgimento do Barroco, com o de Siena e Turim, veremos em a Itália voltaria a “dominar” boa cada um, características distintas. O parte da Europa com a nova arte. Barroco italiano consegue ir do classicismo com Bernini até a “ousadia plástica” de Borromini, mas em ambos conseguimos detectar o uso do claro e escuro para dar vivacidade ao ambiente interno, e tanto no interno quanto no externo a quantidade de ornamentações é absurda demonstrando o quão sublime era a casa de Deus e o poder que a Igreja Católica tinha. FRANCÊS Auge: 1670 a 1715 Fachadas com características Claude Perrault Ênfase: palácios, paisagens classicistas François Mansart clássicas, e arquitetura Ambientes internos Louis Le Vau decorativa. altamente ornamentados e Jules Hardouin-Mansart Patrono: a Monarquia luxuosos Uso do Espelho como - Após a Guerra dos Trinta Anos, a elemento estético França se encontra totalmente Grandes vãos claros arruinada, mesmo saindo vitoriosa. O Utilização de Jardins como Cardeal Mazarino, tentando amenizar elemento estético da a situação financeira do país, edificação resolveu aumentar os impostos sobre as fortunas dos nobres, o que gera - Se o Barroco italiano queria um enorme descontentamento desta expressar a dor e a elevação do classe que se negou a pagar os homem cristão através da técnica do impostos, gerando a invasão do Povo claro e escuro, o Barroco Francês ao Palácio Real do Louvre. queria mostrar todo o poder da Com a fuga da família real, Luís XIV Monarquia com as suas paredes assume o trono e inicia uma era de altamente ornamentadas e ricas em reconstrução do país. Com o Rei-Sol, pedras preciosas, apesar de ser um a França experimenta o apogeu do barroco “civil” isso não fez dela absolutismo. Luís XIV estabelece a menor que o italiano, a arquitetura monarquia do direito divino no qual barroca francesa trouxe inúmeras ele era sagrado. Foi a autoridade “inovações” para o barroco e a absoluta da França, a sua vontade era principal delas é o uso de jardins lei e justiça. Os feitos de Luís XIV como elemento estético da colocou a França no Patamar mais edificação. A França tentou expressar alto do continente Europeu. através do Barroco o seu poder e o seu luxo e fez dele um Barroco independente do Italiano. ALEMÃO Auge: Séc XVII Plasticidade Balthasar Neumann Ênfase: palácios, igrejas Ornamentos no ambiente Dominikus Zimmermann Patrono: a Monarquia interno Teatralidade - A Guerra dos Trinta Anos decretou para a Alemanha (ainda não - Baseado no Barroco Italiano, o unificada) o fim da idade média e Alemão possui as mesmas essências com o declínio dos clãs negociantes, do italiano apesar das características o poder central das cidades politicas serem extremamente germânicas se fortaleceu e mesmo opostas, pois a Itália era o centro do sendo o centro da Reforma poder Católico e quanto a Alemanha Protestante o barroco invade as o centro da Contra-Reforma, mas o cidades alemãs e mostram ao país barroco invadiu os palácios que acabara de abrir os olhos para a germânicos, e as igrejas esbanjando a Idade Moderna a nova linguagem da complexidade nos ornamentos e nos arte, tanto na arquitetura, pintura e elementos internos e a escultura, quanto a música, esta “simplicidade” no ambiente externo. última que consagrou a Alemanha no período Barroco com as Peças e Fugas de Johann Sebastian Bach. PORTUGUÊS E ESPANHOL Auge: 1625 a 1650 João Frederico Ludovice Ênfase: Casarões, Obras João Nunes Tinoco Civis e Igrejas. Fernando de Casas Novoa Patrono: a Monarquia e a Narciso Tomé Igreja Diego Tomé
- A Espanha juntamente com
Portugal há um século antes, dominava o mundo e as rotas marítimas, contudo isso não lhe fez potencias mundiais, mesmo possuindo colônias em todo território da América do Sul e parte da Central. As riquezas obtidas destas colônias só serviam para a Espanha atenuar a sua divida externa e enquanto a Portugal, nem o domínio sobre o Brasil fora suficiente para arcar com suas dividas com a Inglaterra. Apesar da situação interna não ser das melhores, o barroco italiano teve uma grande aceitação tanto na Península Ibérica, sofrendo uma influência árabe em virtude da “dominação” desta na Espanha e em Portugal. BRASILEIRO Auge: Séc. XVII e XVIII Daniel de São Francisco Ênfase: Casarões, Obras Francisco de Lima Cerqueira Civis e Igrejas. Aleijadinho Patrono: A Igreja
- Os Séculos XVII e XVIII foram
marcados por altos e baixos no Brasil colônia, desde a tomada do trono Português pelo Rei Felipe II da Espanha, o que fez de Portugal e Brasil alvo dos inimigos da Espanha o que resultou na invasão holandesa ao litoral nordestino do Brasil. Os acontecimentos nesse período foram muitos, tanto dentro do país quanto fora, mas o domínio espanhol sobre Portugal não durou muito tempo e por aclamação D. João IV se torna o monarca de Portugal, porém a economia brasileira não é das melhores e com a queda do valor do açúcar brasileiro e valorização do açúcar das Antilhas, Portugal vai a procura do ouro brasileiro. A obcecada busca do ouro teve o seu resultado, as jazidas de ouro encontradas na região de Minas Gerais provoca um movimento intenso nesta região, mas engana-se que o Brasil tornou rico e muito menos Portugal, boa parte do ouro serviu para pagar a vinda de escravos, armas, mantimentos e vinhos, além de pagar uma parte da divida que Portugal detinha com a Inglaterra. Contudo, mesmo com esse cenário “caótico” ela se tornou fértil, para que surja mesmo tardiamente o barroco “brasileiro” tendo influências portuguesas e espanholas.