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Antes que começarmos, quero lembrá-los que essa história não será um felizes para

sempre por completo e sim a história de como eu perdi o amor da minha vida.

“Música dá uma alma ao universo, asas à mente,


voo à imaginação e vida a tudo.”
Platão
Chapter 1- baquetas de fogo
A cada vez que as baquetas de encontravam com os pratos eu ignorava ainda mais as
batidas na porta do meu quarto, não quero falar com eles, não quero vê-los, eu não sei
como eles tiveram coragem, agiram pelas minhas costas, eles sabiam o quanto eu
estava feliz lá, por que ? Por que ? Por que ? A cena voltava na minha cabeça

-Sua gravata está torta e seu cabelo bagunçado, será que você nunca vai tomar jeito
Rafael?
-É bom te ver também pai - disse revirando os olhos e se juntando a família- então qual
seria a grande novidade que o senhor tem?
-Que bom que perguntou, você vai para um colégio interno, um de meus sócios tem um
filho que estuda lá e disse que assim como você, a criança era uma perdição - diz
virando mais um gole daquele líquido com sabor de fuligem com manteiga adocicada-
contudo ele mudou e se tornou alguém digno e respeitoso e eu e sua mãe achamos
que seria bom para você.

Eu o olhava com tanto desprezo, quando olhei para minha mae eu não a via mais, era
só uma casca com roupas chiques e uma maquiagem pesada que achava que escondia
sua cara de cansada.
Devo ter me perdido nas batidas pensando pois quando me dei conta, havia um mulher
com longos cabelos loiros, unhas bem feitas, e roupas bem estilosas, ela me fuzilava
com os olhos.

—Você está louco? Quer por favor parar com essa barulheira, seu pai está dando um
jantar e está impossível com esse lixo que vc chama de música, ainda bem ué você
viaja amanhã, a casa será bem mais confortável sem você, espero que o internato te
ensine boas maneiras já que você não aprendeu nada nesta casa.
Ela disse como se estivesse cuspindo as palavras na minha cara e se retirou do meu
quarto como se aquele ambiente desse nojo nela, naquele instante senti meu mundo
cair ainda mais, não esperava que minha própria mãe agisse assim comigo, fomos uma
família feliz já, mas tudo mudou desde aquele dia.

Peguei minhas baquetas e coloquei as na minha bolsa, não poderia deixá-las nesse
inferno, minhas coisas já estavam arrumas para sair, agora era esperar as eternas
horas para sair daqui.
Chapter 2- familiares
Na varanda de uma aconchegante casa feita de madeira na beira da motanha perto de
um corrego em uma floresta de pinheiro da pra notar um jovem com cabelos enrolados,
olhos marrons e uma pele tão escura como a noite, ele está a observar a copa das
árvores balançando, ouvindo os sons da floresta e do córrego que passa logo ali, a
baixo em uma janela da para se notar silhuetas de duas pessoas discutindo, o jovem
então pega seus fones e coloca em seus ouvidos e da play na música colocando-a no
máximo para tentar fugir daquele local, logo depois vemos alguém se aproximando por
trás, uma jovem de cabelos compridos e escuros uma pele não tão escura como a dele
e olhos castanhos ela chega e diz;

-Batista?

O jovem notando sua presença retira os fones e olha para ela e pergunta oque ela tinha
lhe dito, e ela diz;

-Esta se escondendo? Sabe que não adianta ignorar, eles não tem mais esperança,
quanto mais cedo você se de conta disso melhor será, e aliás você nem vai tá aqui pra
ver isso então não se preocupe com isso, em vez disso viva a sua vida assim como eu.

-Você vai fazer oque?

- Eu vou para alguma universidade grande bem longe daqui, talvez estudar cinema ou
medicina quem sabe, você vai quando?

- Não sei ao certo, sei que é essa semana.

- Irei sentir saudades, ver se não vai esquecer a irmãzinha aqui- Diz ela com os olhos
se enchendo de lágrimas

- Ysabella não chore, eu não vou embora pra sempre, quando eu terminar o colégio eu
irei sei lá para onde você estiver, mesmo sendo uma chata- Diz ele rindo com os olhos
marejados

- Eu? Chata? Você que é- diz ela rindo e empurrando ele


- Ver se arranja um namoradinho por favor, é tão triste te ver só- diz ela debochando
dele

- Não tenho tempo para essas coisas, até porque, quem iria querer alguém como eu?
Lá só vai ter riquinhos esnobes

- Você se subestima demais, tem muita gente que já quis ficar com você e você nem
percebeu.

- Que seja, eu estou indo pra estudar e não pra encontrar o amor da minha vida
- Você se cobra demais, ou melhor os nossos pais te cobram, você devia ser livre, devia
não, você deve! Não fique ranzinza que nem o nosso pai o grande Carlos Pascal, nós
somos OS SILVAS- grita ela para a montanha- Nunca se esqueça disso.

- João Batista, Antônia Ysabella- uma voz grossa grita lá de dentro

- AAA odeio quando ele me chama pelo primeiro nome, oque ele quer já?- diz irritada

- Espero que não seja nada, ou que seja o jantar pos estou faminto- diz ele apreensivo

Ao chegar João se depara com seu pai em pé com uma taça de vinho Château Lafite-
Rothschild 1868 e sua mãe limpando oque parece ser cacos de vidro, Ysabella vai até
ela e a ajuda.

- Bom ja que você está aqui, quere lhe comunicar que o filho do meu sócio vai estudar
com você no colégio interno, eu disse como você se saiu no último ano mesmo sendo
uma decepção mas que o colégio consertou isso, espero que vocês se deem bem para
que minha parceria melhore com o André, ele é alguém muito rígido, só que vocês não
ficaram na mesma sala pois não quero o filho dos outros sendo uma má influência para
você, me acompanhe-diz ele andando para fora.
João o segue olhando para sua irmã que faz um sinal se tudo bem balançando a
cabeça

- João quero que você não se esqueça que tudo que faço é pelo seu melhor, para que
você não acabe que nem a sua irmã, você tem que ser melhor que ela e ser o orgulho
da família, estamos entendido?diz ele dando um gole no vinho amargo como ele faz
todo fim de tarde

João olha para o chão querendo esfaquear seu pai com as próprias mãos para que ele
se arrependa de tudo que ele já disse de sua irmã e mãe, que ele sofra até não sob....

-ESTAMOS ENTENDIDO?

- S-sim

- Muito bem, vá arrumar suas coisas e depois dessa para jantar

João vai em direção ao seu quarto sem dizer uma palavra no caminho só com a
sensação de carregar o peso do mundo em suas costas, deitando em sua cama
lembrando oque a sua irmã tinha lhe dito e entendendo agora sobre ser livre, ele não
aguentava mais essa vida e decidiu que não irá ser que nem o seu pai.
Chapter 3- o começo de algo
Alguns meses se passaram desde que as aulas começaram na (nome da escola ), os
alunos se preparavam para suas aulas contudo um jovem em específico estava
batucando na sala de música tentando fugir da realidade quando um jovem moreno se
aproximou.
-não sabia que tinham liberado a sala de música - disse o jovem sorridente ao loiro que
viajava
-eu…eu não tinha te visto aí, tá muito tempo? - quando levantou a cabeça e olhou ao
moreno sentiu algo diferente, parecia que ele era familiar
-Nem cheguei agora, som legal, voce quem criou?
-É -deu risada fraca- acabei criando sem querer pelo visto.
-É muito bom eu gostei, bom eu sou o João mas pode me chamar de Batista -disse o
moreno estendendo a mão
-Prazer eu sou o Rafael pode me chamar de Rafa se quiser
-Bom Rafa acho que estamos atrasados pra aula, você tem o que agora ?
-Vish, eu tenho química e você ?
-Também, sala A108?
O loiro fez que sim com a cabeça e os dois riram e foram em direção a sala.

-Aleluia intervalo não sei como você aguenta ficar nessas aulas, são imensamente
chatas e sem nexo
-É matemática Rafa- o moreno da uma risada da cara de sofrência que o outro fazia
-Só se isso for pra você, pra mim é uma outra língua isso sim!
-Você é muito exagerado, vem vou te apresentar meus amigos!!!!1- disse o moreno todo
animado
-Tá eu acho….

Então os dois foram caminhando até uma mesa do refeitório onde pode se enxergar 3
pessoas
pessoas sentadas conversando, ao se aproximarem a garota que estava ao lado do
mais alto, levantou
-meu deus Batista tu demorou em fio, quem é o menino ai
-Rafael- antes do loiro se aprontar foi interrompido pelo moreno
-Esse é o Rafael e eu não me atrasei tava saindo da aula da vaca da Karen que demora
20 anos pra terminar uma conta básica.
-vish amem que não tenho aula dela hoje e oi Rafa tudo bem? Posso te chamar de rafa
né? Então esses são Vinicius mas prefere ser chamada de Rhea e esse é o Thiago mas
a gente chama ele de Mutano, eu me chamo Luana mas me chama de Lua que é
melhor, senta ai com a gente.

O loiro se ajeitou ao lado do moreno e então eles começaram a conversar, o grupo logo
se enturmou muito rápido, dado que tinham interesse parecidos, todas as sextas
jogavam rpg e ficavam zoando, era rotina para eles, porém tinha 2 integrantes desse
grupo que estavam se conhecendo bem mais…

-Eu acho que vai dar namoro- disse a lua olhando pro rhea e comendo mais uma fatia
da pizza
-Quase certeza que vai - disse o mutano rindo
-A gente bem que poderia escrever um fic dos dois né ?
-Bora!
-Vocês são estranhos isso sim. - disse o outro analisando toda a cena da namorada e
do amigo criando todo um cenário enquanto o loiro e o moreno ficavam de gracinha no
outro canto da sala

Alguns meses se passaram e as ferias de verão estavam chegando e os preparativos


para as ferias estavam a todo o vapor no grupinho, porém alguém não estava nada feliz
de voltar pra casa
-Rafa o que foi? Você está tão brocoxo o que aconteceu ?
-Nada não Batista só to pensado nas férias de verão sabe? Não sei se quero voltar pra
casa.
-Bom, você pode ficar um tempo lá em casa acho que seus pais deixariam não?
-Não sei, eu e meu pai nunca tivemos uma boa relação
-É eu entendo… eu e meu pai também nunca fomos muito próximos, mas vai que né,
suas notas estão boas não tem porque não deixar.
-É eu vou tentar

Mais tarde naquele dia o telefone toca na residência do Belluci


-Alô - uma voz ríspida falava em um tom seco e direto
-Oi pai - disse rafa com uma voz baixa
-A olá Rafael, no que posso te ajudar ?
-Pai, vou ser direto com o senhor, posso passar as ferias de verão na casa do amigo
que fiz aqui na escola ?
-Bom, vou pedir seu histórico do semestre para a escola e como foi seu
comportamento, mas antes de tomar uma decisão venha para casa e falamos melhor,
tudo bem filho?
-okay pai- a ligação se encerra
-“filho”? Ele me chamou de filho? Meu pai nem secar olhava para mim quando
conversávamos e agora ele me chamou de filho?- Rafael pensava angustiado, sabia
que alguma coisa não estava certa.
Após alguns dias desde a ligação chegou a tão sonhado férias de verão para alguns
dos nossos protagonistas

-Rafa?- disse o moreno observando o loiro pensativo


-É a sua vez cara, joga o dado vamo matar esse dragão logo!
-Ah é verdade, eu uso minha espada longo e adiciono mais 2 pe para atacar e - ele
roda o dado na mesa- tirei 20, eai mestre eu mato?
-como voce quer acabar com ele?- disse o rhea com uma voz empolgada de finalmente
ter terminado a campanha que durou todo o semestre.
-Ae porra Rafael você é foda filho!- disse a grota toda sorridente e pulando na mesa
-É é, é um trabalho para poucos- disso o loiro comemorando
-Tinha que ser o ariano a matar né- mutano falava em tom de ironia
-boa rafa sempre acreditei- disse o moreno com um sorriso iluminado
O loiro cora ao ouvi-lo
-hmmmmmmmm- diz a lua e o mutano se entreolhando ]
-enfim né, finalmente terminam essa porra de campanha! Um semestre inteiro para o
que ia ser uma one shot, vocês são fodas né?!- disse o mestre revoltado
-calma amor pelo menos foi bom né ?
-Eu nem matei ninguém- retrucou com uma cara de cachorro triste.
-Amo jogar com vocês vagabundos mas agora preciso ir pra casa, tenho que falar com
meu pai, boas ferias vamos marcar algo tá! Vamo sair viu! Lua bora pra academia viu,
sua franga
-A rafael se enxerga seu ariano, vamo sim! Bjs lindinho
-Tchau gente- antes do loiro se afastar ele cochicha no ouvido do moreno- te aviso tá?
O moreno em reposta faz que sim com a cabeça e então o loiro se afasta
—hmmm oq os dois ficam de cochichos em em- disse a garota curiosa
- Nada que te interessa sua curiosas - retrucou o moreno
-ai voce é muito chato seu gay- disse o mutano revoltado com a situação

Após alguns minutos a mais de conversa todos se levantam e seguem seus caminhos,
nosso jovem moreno aguardava ansioso pela resposta de seu loirinho.
Chapter 4- verão inesquecível
Na casa dos Belluci, no salão de jatar, 3 pessoas se reuniam a mesa, Rafael, sua mãe
Érika e seu pai Otavio, todos comiam em um grande silêncio ate que o mesmo foi
interrompido

-Então meu amor, como foi no colégio ?- a loira mais velha falava levando seu garfo de
mármore ate a boca
-Foi bom, estou apreciando as aulas e meus colegas tem me ensinando muito, entrei
para a banda da escola como baterista e conheci pessoas incríveis.
-Fico em êxtase, assim que voltou pude ver sua mudança de postura acredito que
fizemos o melhor a você, não foi meu bem?
-Certamente Érika- disse virando a taça de vinho
-Inclusive um desses amigos me chamou para passar as ferias de verão com ele
-Isso é ótimo, você nunca foi de sair muito de casa, talvez seja bom, o que você acha
benzinho?
-Posso saber o nome desse amigo filho?
-João mas o chamamos de batista
Ao falar o nome pode se observar um sorriso a face do mais velho se surgindo
-Você esta dizendo que ficou amigo do filho de meu sócio ? Isso é incrível filho, você
esta criado uma boa relação pensando no futuro da nossa empresa, meu garoto, não
pensei que você seria tão brilhante, vá, você pode ir, não arruine essa relação, confio
em você meu filho.

Rafael estava com uma mistura de sentimentos, ele nunca havia escutado palavras tão
gentis de seu pai desde o incidente contudo se sente pressionado como esta amizade
que nem ele sabia se era apenas isso, porem foi arrancado se seus pensamentos ao
ouvir sua mãe
-Filho me conta alguma menina chamou sua atenção, ou sera que devo dizer algum
rapaz
Ao falar o nome pode se observar um sorriso a face do mais velho se surgindo
rapaz ?
Rafael sentiu seu rosto corar
-Ma-Mãe e-eu não me-ninguém chamou minha atenção mãe
As palavras saiam gaguejaras como mentiras mal contadas à esse ponto sua mãe já
havia entendido bem a situação
-Melhor eu ir me arrumar e avisar que vou, não quero ir de qualquer jeito afinal sou o
filho do dono da maior empresa, preciso me portal como tal
Rafael saiu às pressas da mesa e foi ao quarto se aprontar e no caminho mandou uma
mensagem
Para: Batista <3
Meus pais deixaram eu vou,
so vou me aprontar e já to
chamando o carro
Até

Ainda na sala de jantar


-Você sabe que ele esta apaixonado por esse menino né Otávio ?
-Claro que não Érika, você está louca? Eles são so amigos meu filho não é GLT
-Meu bem, é LGBT não GLT e se voce acha isso okay, minha intuição de mãe nunca
falha.

Na casa dos Batistas

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