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Cap01-
~ Any
Já sentiu como se faltasse algo na vida? que mesmo tendo tudo que você
queira não consegue tampar essa sensação. É como um coração partido,
não adianta você ir para bares e ficar com todos os homens, que você
sempre vai ter essa sensação que falta algo. Agora eu estou aqui sentada
prestes a fazer a maior loucura da minha vida, se mudar, mas não é uma
mudança simples, a menina do interior de são Paulo vai para o exterior.
Bom eu não estou tão animada como minha mãe que está extasiada com a
idéia de sua filha ir para uma grande faculdade em Nova York, eu deveria
esta pulando de felicidade, porém deixar tudo para trás, minha família e
sem falar no Lucca, o responsável de todos os meus risos involuntários, me
faz ter calafrios. Saio dos meus pensamentos quando a atendente bate na
mesa já impaciente.
-já ia descer para ver o que aconteceu...vai que se perdeu - disse ele me
dando um beijo enquanto entrava.
-Engraçadinho... Vou sentir falta desse seu senso de humor, desses seus
fios castanhos - falo mordendo o lábio inferior e vidrado no olhar dele,
como ele pode ser tão perfeito sem fazer nenhum esforço.
-E eu vou sentir falta... -me beijou- dos seus lábios, do seu cheiro - ele disse
enquanto cheirava meu cangote.
-Amor, estamos atrasados e sabe como minha mãe é, afinal a Raissa está lá
em casa não quero demorar- digo me afastando do mesmo.
-Vamos, não vai demorar- ele insiste passando as mãos na minha coxa e
subindo por dentro da minha blusa.
-Any, eu já esperei o ensino médio todo, e faz uns 5 anos que estamos
juntos e até hoje nada. - falou desanimado.
-Ei, olha não está sendo fácil para mim, também. E eu prometo que quando
voltar vou lhe proporcionar a noite dos sonhos - tento animá-lo dando
ênfase na última palavra que falei até animada demais.
-Pode parar com essa bobagem, eu já te disse que estou indo lá para um
futuro acadêmico, não a procura de um novo relacionamento.
Isso me deixa tão irritada, quando ele vem com essas dúvidas, parece que
nem confia em mim.
-Não começa Any, por favor, eu não quero brigar - disse respirando fundo.
-E você acha que eu quero? - Por que ele tem que complicar as coisas com
essas paranoias.
-Você está certa, melhor irmos- comentou seco, durante o caminho ficou
um silêncio constrangedor.
-Ai que bom que você chegou minha futura estrangeira- Em sua voz dava
para notar a euforia ao me ver.
-Oi Raissa....
-Temos tanta coisa para fazer, a mala, ver a sua hospedagem, por onde quer
começar- sua feição muda para preocupada, ao me olhar.
-O que foi?
-Bom... Eu não sei se estou preparada para isso- Digo me jogando na cama
e analisando o teto do meu quarto. Lembrando de quando perdia o sono e
ficava olhando para a estrutura do teto, imaginando o que vai acontecer no
dia de amanhã...
-Como assim "não está”. Any, isso é melhor do que férias, você vai para o
exterior - disse a menina toda empolgada se jogando ao meu lado.
- Se está tão animada vai ao meu lugar, porque Raissa isso é uma loucura -
Dei ênfase na última palavra.
-Sim é uma loucura, mas Any, você não é mais uma criança indefesa e está
pronta para cometer várias loucuras de forma consciente é claro. - ela disse
tentando me animar.
-O que aquele idiota falou?- Sua animação mudou para querer arrancar a
cabeça dele, sentirei falta de sua mudança de humor repentina.
-Ele está desconfiado, acho que ele não quer que eu vá e estou começando
a concordar que não seja o melhor.
-QUE?- Ela deu um grito que acho que os vizinhos acordaram, afinal já são
umas 20h. E meus vizinhos são velhos.
-Any, por favor né? você quer continuar aqui, tento uma vida monótona
enquanto mil aventuras te esperam do outro lado? - Complementou
indignada.
-Ah não! da escola ir direto para casa todos os dias, isso é uma vida super
diversa - Ironizou
-Isso não vem ao caso, o que vem Any é que você tem a oportunidade de
recomeçar...
-Ei, pode parar- interrompi seu sermão. – Eu não vou recomeçar nada, não
vou mudar nada, vou continuar a Any de sempre, estudando em uma
faculdade sem distrações e concluir durante uns anos e voltar para cá. –
Complementei.
-Você que pensa Any, mesmo que isso doa no meu peito, você vai
conhecer pessoas novas, até um novo gatinho- disse com um sorriso
malicioso.
-Raissa, vou falar uma coisa, que parece que não entra nessa cabeça, eu sou
completamente rendida pelo Lucca, então pode aparecer um Caio Castro,
um Shawn Mendes por aquela porta que eu não vou deixar de olhar para o
Lucca.
-Nem se aparecer, um tal de Michael B. Jordan.
-Ok isso não importa, o que importa Raissa é que o Lucca é único para
mim e me deixa irritada de saber que ele não confia em mim. -Bufei.
-Não acredito que vou defender aquele cretino, mas ele está certo de estar
inseguro, pois ele está se guardando para você desde a época das cavernas.
Pros homens é uma tortura ficar esperando e você está indo embora
amanhã, então imagina, ele deve estar se matando agora- ela sempre com
seu senso de humor.
-Minha bonequinha, eu sei que você quer o tal momento perfeito para
finalmente se entregar e ser possuída pelo Lucca, afinal você é virgem e
tem suas inseguranças, mas eu acho que o momento perfeito ele pode não
existir e ainda mais quando está junto há 5 anos.
Raissa sempre foi boa com sermões, nem sei o que vou fazer sem ela. Vou
sentir tanta falta disso, no fundo eu sinto que é melhor eu ficar e continuar
ouvindo sermões da Raissa sobre minha relação com Lucca, escutar minha
mãe planejando a minha vida, mesmo que eu não goste dos pitacos dela,
era bom ver alguém pondo tanta expectativa em mim até demais. Mas
também sinto que preciso seguir esse caminho.
Acordei bem cedo e verifiquei minhas coisas umas doze vezes para ver se
não estou esquecendo nada e olha que nem estou exagerando. Me arrumei e
já se encontrava no lado de fora da porta de casa em frente às pessoas que
eu mais amo. Minha mãe, Belinha minha irmãzinha e a louca da minha
amiga Raissa e agora estou prestes a fazer a coisa que eu mais odeio
despedir dessas pessoas e ficar anos sem poder sentir seus rostos e abraços.
-Bom chegou à hora- digo ao notar o Uber esperando, não quero pagar
mais uma taxa de espera.
-Não está esquecendo nada? Está levando casaco? Todos os seus livros? -
nunca vi minha mãe tão preocupada.
-Eu vou sentir tanto sua falta! - Minha mãe disse em meio de um suspiro
-Sim, amiga vou sentir tanto sua falta- disse se jogando em meus braços.-E
se você não me ligar todos os dias, e escrever cartas nossa amizade acabou-
ela complementou desfazendo o abraço com um olhar de raiva.
-Eu também vou sentir sua falta pirralha.- digo agachando em sua frente.
-Então por que você vai?
-Pronto se não a taxa do Uber vai ficar cara- minhas lágrimas não param de
insistirem em cair.
-É parece que ele não vem – digo desapontada ao ver que Lucca não
chegou até agora.
-Ele deve estar ocupado. Querida, agora vá e não se esqueça de tomar seu
remédio de rinite.
-pode deixar mamãe, acho que os alarmes que a senhora colocou no meu
celular não vai deixar eu esquecer- Digo tentando fazê-las rirem, afinal, não
há motivo para chorar, 5 anos vão passar rapidinho, eu espero. Logo me
despedi mais uma vez e entrei no carro, e fomos direto para a porta dos 5
anos independentes da minha vida, sem ninguém se metendo nas minhas
escolhas. Não que eu ache ruim, mas sempre quis ter autonomia sobre as
minhas escolhas.
-Eu vou sentir tanta sua falta, se você quiser é só falar que eu desisto desta
idéia maluca- complementei e logo em seguida ele desfez o abraço e ficou
me encarando com aquele sorriso que me faz sorrir e disse as palavras que
me fez ficar mais apaixonada por ele:
-Se você tivesse dito ontem, eu teria falado para você desistir, mas eu
entendi que isso é uma oportunidade grande para você, meu amor, e nem
que seja preciso você pegar essa merda deste avião e ir para outro
continente para realizar os sonhos da criança vivida em você. Então vai,
porque eu quero que você seja a mulher mais feliz do mundo, e sei que
você aqui vai ser feliz aqui, mas não tanto quanto se você for, e eu vou
ficar aqui esperando cada vez mais ansioso por ti, e eu juro que não vou te
esquecer, mas você tem que jurar para mim, que mesmo que apareça um tal
de Michael, você não vai me deixar- ele disse frase por frase em meio de
soluços e eu sabia que era difícil para ele falar aquilo.
-Raissa te contou? nunca mais vou falar dos famosos que eu tenho um
cruch- digo o fazendo rir por um segundo.
-E eu juro Lucca, você sempre será o dono do meu coração mesmo com um
continente nos separando, eu sempre vou te amar. - Fixo a minha testa na
dele e depois demos o beijo mais intenso, cheio de paixão e de saudades
antecipadas, como comer o ultimo brigadeiro e não poder comer mais e
ficar com a sensação de quero mais. Fui direto para o avião.
Entro neste avião com estas duvidas persistentes, o que estar por vir? E
quais são essas escolhas que irei tomar agora, afinal estou indo para o
desconhecido, é como você vai sonhar, nunca se sabe o que está neste
sonhos e você está sozinha o vivendo, todas as noites e esse sonho é real e
não tem como acordar.
Cap02-
~Any Gabrielly
Respirei aliviada ao ver o meu assento vazio pois gosto de vigiar sozinha,
me sinto à vontade ainda mais em uma viagem de mais ou menos 13 horas.
Ainda não caiu a ficha que eu estou em ares internacional, vamos ver se 3
anos de cursinho de inglês valeu a pena, mesmo que eu pegue as coisas de
letra, me sinto insegura ainda mais vindo para essa nova faze da minha
história.
Tenho que parar de ligar pra essas duvidas idiotas e ir em frente e laçar essa
chance que o mundo me deu, pois não é qualquer um que tem a chance de
ir pro exterior e fazer o que sempre sonhou.
A aeromoça que fora gentil comigo o voo todo, avisou para sairmos pela
porta dos fundos. Levantei peguei minha mochila e foi direto pegar minha
mala onde seria despachada que não demorou muito, e já estava analisando
tudo naquele grande aeroporto em Nova York. Que estava lotado já
imaginava né, uma cidade gigantesca que recebe o dobro de turista do que
São Paulo.
-Sim sou eu e você deve ser o Senhor Beuachamp? - falo com sotaque.
-Sim sou, bem vinda à Nova York, minha mulher queria ter vindo, mas
ficou presa lá em casa preparando o jantar.
-Ok,Ron - sorri
-Há e me desculpa a demora, eu tive um problema com meu filho- ele disse
amigável. Aposto que seja esse tal garoto que vi na foto e bom meu
julgamento não estava errado, deve ser esses arrogantes, que não liga pra
nada, que são o típico de pessoa que definitivamente não está na minha
lista de melhores amigos a se fazer enquanto minha estadia por aqui.
-Tudo bem- ele diz segurando o riso. - Vamos que lá em casa estão todos
ansiosos com a sua chegada- disse sorridente o que me fez sorrir e fomos
direto ao carro e durante o caminho eu foi anotando, algo que quero fazer
guardar minhas grandes memórias em um simples caderninho. E pelo visto
a cidade é muito linda, iluminada, cheia de prédios. Até que chegamos em
um quarteirão seguido de casas logo paramos em frente uma casa tão linda
e parecia ser tão grande.
-Uau! você é mais linda do que na foto! - Disse a senhora segurando minha
mão e analisando debaixo para cima. Em seus olhos dava pra ver a
felicidade, um olhar bem acolhedor me fazendo sorrir.
-Obrigada-digo envergonhada.
-Bom não liga para minha irmã, ela toma muito café, prazer, como ela disse
eu sou a Sina.
-Enquanto preparo o jantar, que tal vocês mostrar a casa para a nossa
hospede- disse apontando para as duas que confirmaram logo em seguida.
-Vamos vou mostrar... - Sina ia dizendo até que Joalin a corta me puxando
-O nosso quarto!
-Bom esse é o meu quarto, que dizer era, agora é nosso. Tem problema de
você dividir o quarto comigo? -me perguntou aqueles olhos azuis
brilhantes.
-Não, vou adorar- digo admirada com o tamanho do quarto dela, parecia
aqueles quartos de filme de princesa, tudo delicado que se tocasse de
qualquer jeito, iria quebrar, um quarto que só de entrar transmite alegria.
Parecia que estava vivo e falasse com você e tinha uma linda varanda
dando vista a uma casa amarelada.
-O que eu acho um desperdício porque nem uso tudo isso, mas agora com
você acho que vai ficar perfeito- ela sorriu.
-Posso por minhas coisas aqui, estão meio pesadas- digo pela mochila e as
malas que estava carregando, a loira afirmou e coloquei ao lado de um
violão, o que me surpreendeu, desde pequeno gosto de música, mas nunca
fui tão boa, ao menos acho, então nem tento ir pra essa área prefiro virar
uma advogada o que sempre senti vontade em fazer.
-Você toca?
-Não, é do meu irmão eu peguei em prestado já que ele não usa mais, pois
quero aprender uns acordes. - Deu para notar a mudança na sua tonalidade
de animação para raiva. Como se tivesse batido o dedo do pé na quina da
parede ou mordido a língua sem querer. E pela sua expressão dava pra
notar que esse tal de irmão deve ser o mesmo que eu vi na foto mais cedo.
-Já percebi que você não gosta desse seu tal irmão.
-Ele é um idiota, mas todos os homens são assim então não dou à mínima. -
disse dando de ombros.
-Eu já não acho isso, acho que depende da perspectiva que você vê. - Digo
enquanto volto a analisar o meu novo quarto e imaginando onde por cada
coisa.
-Para mim não, homens são uma droga, só sabem se masturbar de resto
nada. - disse indignada, me fazendo rir.
-Há oi Lamar...- Fez uma pausa olhando pra mim antes de nós apresentar. -
Any esse é o Lamar, o estrangeiro que te falei e Lamar essa é a Any. - ela
disse animada, parece que animação dela não parava.
- Ele é do Reino Unido, há 2 anos atrás ele veio para cá, por causa de um
projeto que está fazendo e como não tem condições ainda para morar
sozinho, veio morar aqui até finalizar o seu projeto e a faculdade já que
teve que começar a estudar aqui. Mas é como se fosse da família e agora
você também. - disse à loira que não parava de sorrir, meu deus será que o
maxilar dela não dói não?
-Então vamos, você deve estar morrendo de fome. - E assim dito fomos
para a mesa na qual estavam todos sentados, mas as feições do Sr e Sra
Beauchamp não estavam muito boas pareciam preocupados enquanto
encaravam os seus celulares e bom devo julgar que estavam esperando algo
ou alguém.
-Digamos que o Google não estava errado- digo olhando para Joalin que a
sorri se lembrando do comentário mais cedo.
-Lá é bem quente. – Esclareço já que sua cara é de quem não entendeu
nada. - Eu sinto falta do Reino Unido, mas aqui eu sou bem acolhido e
garanto que é a melhor hospedagem. - Disse sorrindo olhando para a
senhora Beauchamp que a mesma retribui.
Estava tão agoniada que sua agonia passou para mim já que eu não sabia
mais o que falar, parece que todas as palavras e assuntos tinham sumido da
minha cabeça.
-Querida, você sabe onde este seu irmão? – questionou Ursula para Sina
dando um suspiro, então, toda sua preocupação era com o filho que até
agora não tinha chegado lembro-me que o senhor Beauchamp tinha dito
que seu atraso viera pela culpa de seu filho. Pelas duas informações parece
que esse filho, que ainda não me disseram o nome, é problema e isso gera
muita confusão.
Saio dos meus pensamentos voltando minha atenção a Sina, que parecia
pensar na melhor resposta para dá a Ursula
-Bom ele disse mais cedo que iria resolver umas coisas de trabalho e agora
eu não sei, mas o Noah disse que ia ensaiar e a Heyoon esta voltando da
academia esse horário então, com eles, ele não está.
Não quero criar vínculos, mas saber pelo menos as pessoas que entram por
quela porta é sempre bom afinal não quero ser surpreendida com um
estranho qualquer aqui.
- É um amigo da sina e ela tem uma quedinha por ele. - Falou Joalin
fazendo biquinho e a loira logo dá um pisão na mesma a fazendo ficar
emburrada.
-Dando uma volta? Justo hoje você prometeu para mim que ia estar em
casa e se comportar. - Disse Sra. Beauchamp, que dava para notar um tom
de angústia em sua voz. - Agora estou dona Úrsula, não está vendo?! -
Retrucou.
Ursula ajeitou a gola da camiseta de Josh e o analisava como se tivesse
procurando algo, me assusto ao ver marcas de cigarro em seu braço, mas
aquilo parecia comum para Ursula já que a mesma não espantou ou
reprendeu.
-Já acabou sua análise? Posso ir? - Se eu fosse grossa com minha mãe
desse jeito já estava correndo e esperando ela jogar uma havaiana sobre
mim.
- Você não vai jantar? - Perguntou Úrsula. Que o mesmo olha em minha
direção, mas não com um olhar amigável e acolhedor, que nem sua família
tinha me recebido, era um olhar frio, até a morte parecia mais amigável do
que isso. E depois voltou seu olhar para dona Úrsula.
-Vejo o motivo de sua pergunta, mas não estou com humor de fingir que
somos uma família feliz, até parece que nada aconteceu nesta casa. - Falou
indignado. Que Ursula simultaneamente abaixa a cabeça. Josh segurou a
alça da mochila que carregava e antes de se virar para as escadas e sumir da
minha visão me encarou e soltou um riso de indignação balançando a
cabeça, essa cena durou em cerca de 5 segundos antes de se virar e subir as
escadas. Foram os 5 segundos mais confuso da minha vida.
-Eu vou falar com ele. - O moreno se pronuncia revoltado batendo na mesa
porem Úrsula nega. -Não, deixa amanhã vai estar melhor. – suspirou,
parecia querer acreditar em suas falas que não transmitia confiança.
-Não sei por que você ainda perde tempo com este moleque- Sr Beauchamp
se pronunciou indignado.
-Porque hoje não é dia, quero passar um dia em paz além do mais temos
uma nova hospede. - Disse Sra Beauchamp forçando um sorriso.
-Ok, querida – Úrsula falou amigável mesmo com um leve tom de tristeza,
que o furacão do tal Josh deixou ela assim.
-E eu vou subir, quando terminar, vai lá para cima- disse Joalin piscando
para mim e eu assenti.
-Droga...
Cap03-
~JOSH BEAUCHAMP
Se no fim o que nos resta e a morte. E tudo que você lutou e se importou se
foi e não te restou nada, além da frustação, das dividas e tristeza aos seus
entes queridos.
Então esses últimos 3 anos que se passaram resolvi viver minha vida do
jeito que quero viver, sem regras, sem faculdade e sem ninguém, porque
pessoas só servem pra duas coisas te machucar ou te preocupar.
Olhei para meu celular onde só tinha o Noah me mandando gifs aposto ser
algum tipo de pornografia, ele é muito pervertido. Noah meu amigo de
infância e o único que sobrou em minha vida, o resto desaprovou minhas
ideias e falaram que esse meu jeito é tudo o que a Maya desaprovava, o que
eu não ligo afinal, não consigo agradar nem quem está vivo imagina ter que
agradar os mortos?
Entro dentro do carro e dou partida para casa, porque prometi que voltaria
cedo hoje para receber a estrangeira tomara que não seja chata que nem o
Lamar porque tudo tem seus limites.
-Dando uma volta? Justo hoje você prometeu para mim que ia estar em
casa e se comportar.
Sou bom em desapontar pessoas, por isso sempre digo nunca crie
expectativas sobre algo pois quem acaba chorando no fim das contas é
você. -Agora estou, dona Úrsula, não está vendo? -Retruquei.
-Já acabou sua análise? Posso ir? – Falo seco, odeio quando ela faz essas
analises até parece que sou um experimento dela que precisa ver se está
regredindo e no meu caso no ver dela é o que eu mais faço.
-Vejo o motivo de sua pergunta, mas não estou com humor de fingir que
somos uma família feliz, até parece que nada aconteceu nesta casa. – Falo,
saindo daquela farsa e me direcionando ao andar de cima onde ficava meu
quarto, mas noto um olhar me perseguindo e vejo que era da estrangeira,
me viro a ela que a mesma parecia envergonhada e dei um simples riso
daquela situação e voltei ao meu caminho indignado, já que minha mãe faz
desse lar uma creche.
Volto ao meu quarto e começo a fazer o curativo até que escuto um barulho
vindo da porta, me direciono e vejo que era a estrangera, parece que
alguém perdeu o caminho.
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~ANY GABRIELLY
Se você parar para pensar tudo vem devido a curiosidade, por exemplo,
Newton não teria descoberto a gravidade e sido um grande físico se não
tivesse a curiosidade de aprender sobre uma simples queda de uma maçã
que caiu em sua cabeça, como os boatos dizem. Então não há nada de
errado em ser curiosa.
Tomo meu banho que as gotas quentes relaxavam meu corpo, saio do
banho ponho a roupa, saio e me direciono para o quarto de Joalin que
estava fazendo umas flexões no chão, a questiono com o olhar e a mesma
disse que faz dança e que precisava entrar em forma. Achei bem
interessante, dança é muito bom uma pena que no meu país lá não é tão
desvalorizado, Raissa uma vez tinha vontade, mas tirei isso da sua mente
pois sabia que ela não ia conseguir muita coisa no Brasil.
Pode soar maldoso, mas hoje em dia ela me agradece pois está muito feliz
fazendo teatro, que também não é tão valorizado, mas em comparação com
a dança, lá teatro é se da bem no mercado. Não sou ambiciosa, porém
minha mãe é e isso acaba espelhando as vezes em mim, lembro quando
criança sempre gostava de teatro, mas minha mãe nunca me deu essa opção
e sim direito, que eu gosto, mas não é minha paixão, mas só de ver ela
realizada me deixa feliz.
-Bom dia, quase ganha o troféu de quem mais dorme nesta casa, mas só
perde pro otário do Josh – Disse Joalin, que parecia animada, seus cabelos
estavam amarrados e com uma roupa que julgo ser para correr, uma legue e
uma camiseta estilo de esporte.
-Aqui está o café- disse Sina entregando um prato de panquecas para mim.
-que cheiro bom! - Exclamei, pena que o gosto não está tão bom.
-É sina ainda bem que você está fazendo teatro e não gastronomia -
Debochou Joalin a fazendo revirar os olhos.
Ficamos conversando para alguns minutos quando vejo joalin encarar algo
atrás de mim com uma feição seria me viro ao escutar barulho de passos
resteiros se aproximando e vejo o ser projetado descendo as escadas, o
cabelo todo embaraçado, com uma regata e moletom enquanto restava seus
pés como se tivesse segurando uma pedra. Pela sua cara o mal humor era
nítido, alguém estava de ressaca. Seus olhos azuis queimavam sobre os
meus castanhos até sentir uma eletricidade fazendo parar de encarar o
mesmo me voltando para frente e o mesmo se sentou ali no meu lado
encarando o prato como se fosse nascer algo ali.
-Cadê nossos pais?- Questionou o loiro com a voz rouca. -Eles foram fazer
compras, já chegam - Sina respondeu.
-Tão cedo?- ele falou com certa dificuldade, parecia que ia explodi bem ali.
-Estava ocupado.
-Deve que estava por aí fodendo meio mundo enquanto mamãe estava
tendo um ataque aqui. -Congelei com o uso de palavras de Joalin com o
garoto. Em sua voz notava angustia misturada com raiva. Ainda tenho que
me acostumar com os palavreados que são usados nesta casa. Senti o ar frio
percorrer meu corpo. Olhei para o loiro que parecia estar em exaustão, não
entendo, acabou de acordar e tão cansado.
-Porque estou tão entediada, que até sua vida sem graça me entretém. - A
loira o fuzilou como olhar, se encararam como se quisessem arrancar a
cabeça um do outro bem ali.
-Sina não banca a boazinha, até você tem raiva desse lixo que só polui as
nossas vidas- Joalin joga na lata. Meu deus onde foi amarrar meu jegue é
melhor eu só ficar na minha comendo de boa.
- Nossa Joalin! Dá para calar a boca, o mundo agradece! - O loiro
resmungou. -E você não fala nada não ou só sabe espionar atrás da porta
alheia?- Ele está se referindo a mim? Meu Deus bem que eu podia ser um
avestruz para enfiar minha cabeça em um buraco. Como pode ser tão ruge
assim, sem nem me conhecem.
-Já caçando problemas, logo de manhã Josh- Disse Lamar entrando na casa.
-Porque você não usa sua rebeldia para trazer um bem nesta casa- Debateu
o moreno
-O nome dela é Any e é uma pessoa que você deve manter distância... -
Defendeu Lamar
-Me desculpa... - Sina sussurrou para mim, até que responderia se não
tivesse presa pela forma como ele falou comigo.
-Viu não é tão difícil falar ou na sua cultura é comum isso de ficar muda -
o loiro falou debochado.
- Não está, o Josh tem que te tratar com respeito, agora pede desculpas para
ela- Lamar falou autoritário
-Eu não sei como a Maya te aguentava, acho que era porque não seria por
muito tempo.- Parecia que o Moreno triscou em uma ferida pois o olhar do
loiro ficou marejado, e em apenas um ato o loiro pegou pela gola da blusa
do moreno e o pendurou fazendo Sina e Joalin bradaram pare que Josh
parasse, mas o mesmo parecia surdo de tanto ódio e só berrou:
-Sorte, que não estou bêbado o bastante hoje. - em um tom ameaçador para
o moreno.
-Eu que peço desculpa senhora Úrsula, passei dos limites desta vez .-
Lamar lamentou.
-Não mãe, pode deixar que eu falo com ele- Disse Sina já indo em direção
as escadas se direcionado onde o loiro estava. Enquanto eu estava tentando
assimilar o furacão que tinha acontecido aqui, todos estavam bem e de
repente ficou tudo pesado.
-Vamos Any arrumar suas coisas-Joalin se pronunciou, assim dito fomos
para o quarto e achei fofo ela me ajudar é tão atenciosa na verdade todos
são menos o Josh, que parece um adolescente revoltado, o que não entendo
é o porquê de ser tão revoltado, quando tem uma família tão boa quanto
essa? Mas ele deve ter seus motivos. Saio do pensamento com o estalar de
dedos de Joalin em minha frente.
-Eu não quero ser invasiva, mas quem é Maya ?-Assim que falo a última
palavra a loira muda sua feição para triste. Vejo que isso realmente é uma
ferida grande.
-Desculpa, eu não...
-Não tudo bem, ela morreu a uns 3 anos, mas eu não posso dizer muito
porque sabe eu odeio o Josh mas prometemos não tocar neste assunto...-
Falou seriamente
-Tudo bem.
-Bela tatuagem. - Falou uma voz grossa se referindo à uma lua que eu
tenho nas minhas costas. Fazendo-me virar de uma vez.
-Ai que susto- falo ao notar a presença do menino dos olhos azuis de
jaqueta preta e bandana em cima da cama mexendo no celular. O que ele
pensa que pode entrar assim sem bater? Já não bastou o papel que ele fez lá
em baixo. -O que você está fazendo aqui?
-Bom para sermos justo você está na minha casa, não é. - ele disse se
levantando e vindo na minha direção.
-iiii de novo ficou muda foi? Qual é estrangeirinha, assim fica difícil, não?-
ele se aproxima, fica tão perto que dava para sentir o bafo de cerveja.
-Dá para você cair fora, senão grito- ameaço.
-Está vendo não é tão difícil falar, não é? Agora voltando ao assunto - disse
em um tom malicioso, me fazendo questionar, mas logo vejo do que se
tratava o assunto ao notar seus dedos fazendo minis círculos em minha
mão, logo a tiro da sua.
-Olha ,eu não sei qual é a sua, mas se eu fosse você dava meia volta,
porque não quero me envolver com pessoas como você.
-Eu não devo satisfação a você, mas eu tenho namorado, então pode parar
com esse seu joguinho. - Ele faz cara de confuso, e olhou para os lados e
voltou para mim e balançou os ombros e complementou: -Não estou vendo
ninguém aqui!
-Olha Josh, como você disse, eu não te conheço, e nem quero, agora dá
para você sair.
-Sabe você que um feedback? Pois eu vou te dar, e esse feedback não é
bom, porque você é aquele tipo de pessoa que faz tudo para se aparecer,
não é?
-Não posso fazer nada, se as pessoas gostam do que vê. - Revirei os olhos.
-E é esse tipo de cara que eu quero distância. - Sem deixar ele dá mais
algum paço me volto com a roupa para o banheiro, mas sou surpreendida
com seu braço me puxando me fazendo voltar para ele.
-O que você esta fazendo? - o repreendo, com medo do seu próximo ato.
-Eu só quero dizer que você tem belos olhos- Disse o loiro com seu olhar
penetrante que parecia entrar na minha alma e logo em seguida piscou e me
deixou paralisada ali. O que rolou aqui? não entendo e nem quero entender.
Distancio esses pensamentos e termino de me arrumar, ponho um vestido
floral e desço rezando para não esbarra de novo com aquele sugador de
energia e respiro aliviada ao ver Lamar no sofá e resolvo me aproximar.
-Tem que ter um motivo para jogar conversa fora com você? – brinquei.
-Sim.... que dizer, não, pode ficar, se quiser...- rio ao notar seu nervosismo
-Ah isso.? Eu estava escrevendo uns acordes- em sua voz dava para notar a
timidez.
-Sim, claro, mas não é grande coisa. -leio um verso daquela musica que
falava de um rapaz solitário que estava à procura de uma bela donzela.
-Uau, então você é um cara romântico.... Mas acho que tem varias meninas
atrás de você- sorri
-Ai quem me dera, só tem um garanhão nesta casa- ele disse olhando de
relance para o loiro que descia as escadas com a cara fechada.
-Não, eu acho que tem sim, uma garota, você só não esta vendo direito. -
Sorri
-Não eu sou um pobre...
-O que você quer Josh? - questionou o moreno que dava para notar a
impaciência na sua voz
-Bem eu queria que você e seu cardeninho sumissem daqui, mas isso é uma
coisa que a chefia não aprovaria, então por enquanto vou me contentar com
a chave do carro. -Disse o loiro autoritário
-Só para ficar sentado observando o telhado - Dava para notar o tom da
ironia em sua voz.- Para sair, Imbecil - complementou
-Que eu saiba você não pode sair com o carro. Desde o ocorrido de mais
cedo. -Afirmou o moreno.
-Quer saber eu cansei de você! - Ele disse dando menção de ir para cima do
moreno até que eu intervenho, ficando entre eles.
-E melhor você sair da frente estrangerinha- ameaçou.
-Quer saber que se dane! – O loiro deu meia volta e foi rumo a porta e logo
que saiu respirei aliviada, pois sabia que seria espremida que nem uma
formiga.
-Bom acho que babacas tem em todo lugar. - Falei enquanto me jogava no
sofá e em seguida o moreno fez o mesmo.
-Você é forte, mas toma cuidado, Any, Josh se esquivou, mas nem sempre
faz isso. - Aconselhou o moreno.
-Bom acho que elas chegaram... -Disse Lamar ao ver Joalin e sua tagarelice
ecoar pela sala junto com Sina com uma expressão de cansaço.
-Ei onde vocês estavam? - questionei ao me aproximar das duas.
-Nós fomos até ao banco e depois fizemos umas compras. - Disse Joalin
animada segurando um monte de sacolas.
-Fizemos? Eu tive que ficar te aturando vestir cada roupa e não gostar de
nenhuma para no fim ter que voltar a primeira loja e comprar o primeiro
vestido que vestiu. -Bufou Sina.
-Eu topo.
-é vai ser legal, agora com licença que vou tomar um banho - Sina disse se
retirando.
-Para Any, só pega e o vista, quero ver você nele, e que me acompanhasse
com esse vestido - disse tirando outro vestido, um bem rodado e amarelo e
logo fomos ao banheiro e nos trocamos.
-Minha cara milady, aceita uma xícara deste chá? - ela disse saindo do
banheiro e fingindo segurar um bule.
-Sim será uma honra tomar um chá com a sua presença, mas não posso
deixar de notar que veste mais linda - entrei na brincadeira.
-Há fico lisonjeada, mas confesso que não e nada comparado com esse
lindo vestido parece ter vindo de Paris. - ela disse fazendo um sotaque
engraçado me fazendo rir e continuamos brincar de ser duas donzelas na
época medieval e depois de um tempo noto que a loira tinha desmaiado, a
ajeito na cama, cubro seus pés e como estava sem sono, coloquei uma
camisola confortável, peguei uma manta e desci até a sala, deitei no sofá e
coloquei um filme até que peguei em um sono, um sono leve que qualquer
barulho poderia me acordar.
~JOSH BEAUCHAMP
Não sei onde estou, parece uma espécie de caixa preta em alta velocidade
que faz o meu coração acelerar, sinto as paredes me apertarem, estou
sufocado, procuro meus amigos, não os vejo, mas noto uma porta do meu
lado, eu posso morrer sufocado ou me lançar para fora da porta, antes de
decidir já me encontrava lançado na rua, olho para minhas vestes que
estava infestada de sangue, sinto minha cabeça doer fazendo levara mão
passar pelo corte que tinha na minha testa. Balanço a cabeça voltando para
a caixa preta que forço minhas vistas tentando decifrar o que era aquela
caixa que agora estava parada, porém só vejo duas silhuetas, de um homem
e uma mulher se formarem na frente da caixa preta. Se aproximaram de
mim, rindo alto, fazendo minha cabeça doer até que a silhueta da mulher
faz menção de falar.
- Falei para você que não seria uma boa dá muito daqueles biscoitos a ele.
Não se isso era apenas alucinações daqueles ácidos que tomo, ou, de fato
eram ET’S fingindo ser meus amigos. Então sai correndo dali. Reconheço o
gramado da minha casa, pego minhas chaves desesperadamente, abro e
entro, luto para achar novamente a chave naquele molho. Viro-me e vejo a
minha donzela, parecia assustada, será que eles estão aqui? Alcançaram-
me?
-Ei calma minha querida, eu estou aqui! -tento conforta-la que a mesma
larga um objeto, que estivera em suas mãos no chão, e veio em minha
direção aliviada.
Respirou fundo e segurou meu rosto, analisando-o com seus olhos negros,
sempre me encantei pelos seus lindos olhos que pareciam mais escuros ao
anoitecer.
-Rápido, venha temos que nos esconder! - Puxei por sua cintura para atrás
da estante e agachamos ali para não nós ver.
-Se esconder do que? - Sussurrou preocupada, olhei para ela e tirei a mecha
do seu cabelo que atrapalhava a visão de seu lindo rosto, fixei meus olhos
nos dela, abrandando, o que não adiantava muito pois sua cara de assustada
só amentava.
-Das vozes.
-Vozes?Josh....
- Eles podem nos ouvir. – Levanto a cabeça sobre o móvel, tentando avistar
a cozinha sem ser visto e noto a janela aberta. -Eles estão aqui!
-Josh só foi o vento, para de ser louco.
Fez menção de levantar mas seguro sua mão a fazendo olhar para mim
com seus olhos julgadores, ela sempre teve essa mania de me vasculhar
com esses olhos desconfiados, desde sempre foi curiosa e corajosa, o sua
coragem sempre me encantava.
-Eu não....
Não poderia correr o risco de deixa-la ir até lá, pois é perigoso não sei qual
é destes alienígenas que estava disfarçados de meus melhores amigos, o
que é uma boa estratégia.
Me levanto e olho para baixo e vejo um lobo no meio da sala, como são
espertos, colocaram de vigia para não podermos fugir.
-Eles colocaram um lobo como vigia. - sussurrei para Maya que logo sobe
e faz uma cara de vontade de rir.
Estava impressionado, estava casado com uma assassina de lobos, uau, isso
daria um bom filme!
-Eu não....Ai seu louco!- exclamou após eu ter a empurrado para longe da
alcateia.
-Se vocês querem brincar, então vamos brincar... - Dito isso monto em
cima de uns e começo esmurra, mas sinto suas mordidas em mim.
~ ANY GABRIELLY.
Bom eu poderia deixá-lo aí caído, mas não quero ter um dia ruim amanhã
então resolvo pegar uma cadeira e com bastante esforço já que tinha o
dobro do meu peso, o penduro em meus braços e coloco todo desajeitado
na cadeira e com um papel filme prendo suas mãos em volta da cadeira,
como maneira de precaução caso acorde e fique que nem louco de novo.
Observo sua fisionomia, que estava com pequenos arranhões em seu rosto e
olho para suas vestes que chega estava marrom de poeira, noto manchas de
sangue, não sei como ele não estava sentindo dor. Pego uma caixa de
pronto socorro que tinha em cima da estante, parece que eles já faziam isso
e muito.... Vejo dentro uma tesoura, pego-a e corto sua blusa e dou de cara
com um monte de caco de vidro encravados no seu abdômen, deve estar
muito drogado para não sentir isso! Observo a tatoo de uma cruz rachada
com asas no peitoral de relance e volto o foco nos ferimentos em seu
abdômen que tinha uma rosa preta de canto. Pego um algodão e limpo todo
seu rosto sujo, enquanto tentava recordar das aulas do curso de primeiros
socorros que fiz na época do início do ensino médio. Bom pelo menos os
cortes não foram fundos, ou seja, não é necessário levar ao médico. Tenho
que tirar os cacos antes que de alguma inflamação. Pego um pano na
cozinha e coloco em sua boca, para não fazer barulho, afinal é umas 3h da
manhã. Pego a pinça e vou tirando os cacos de vidro um por um. Acho que
o golpe foi forte porque ele nem se mexia.
Termino de tirar os cacos, dou mais uma checada para ver se não tinha
ficado nenhum, finalizo os curativos em seu abdômen e em seguida limpo a
bagunça, mas sem deixar de notar o curativo que ele fizera naquela outra
noite, perto da costela.
É hora de acorda o louco. O sacudo, sem sucesso, dou uns tapinhas de leve
não resolve, então jogo um copo d’água nele e o mesmo acorda.
Falo de uma vez pois sei que não adiantava lutar contra suas alucinações
por conta seja lá o que ele tomou. Não sabia quem era essa tal de Maya,
mas pelo que ocorreu mais cedo com essas alucinações, dá para se notar
que é alguém que meche com ele, que deixa o vulnerável. Pois sua cara
parecia de alguém perdido e não de um cara arrogante como vi pela
primeira vez.
-Ai que bom, mas porque eu estou amarrado? E sem blusa?
-Ei calma, agora está tudo bem, eles foram embora, não tem nada para se
preocupar.
-Promete?
-Sim eu prometo. – Suspiro e olho para seus olhos vazios. -Agora vou te
levar lá para cima. – Complemento mas o mesmo me olha estranho e
sacudia a cabeça parecia com medo.
-NÃO! Eu não quero ir lá para cima, não deixem que eles me levem. -
Implorou segurando as lagrimas.
Não entendia essas alucinações, e estou tão cansada para entender, e não
posso deixa-lo aqui já que resolvi entrar nessa onda de imaginações que ele
está tendo.
-Não precisa ter medo, lá não tem nada o que temer... - falo lembrando-se
das vezes que belinha tinha pesadelo e ia reconforta-la e contava uma
história que via naqueles filmes da Disney.
-Tem certeza?
-Isso, e você não quer que me levem, certo? - eu falo enquanto o soltava da
cadeira.
-Certo. - murmurou que nem uma criança com medo do pesadelo que
tivera.
-Então, você tem que ir lá e enfrentar seus medos que assim eles não me
levam.
-Certeza?
-sim, tenho!
-mas e se...
-Sem, mas, Josh, eu sou a sua Maya e ninguém me tira de você, se você
não deixar...
-Vamos?
-Sim claro- digo o pendurado em cima dos meus ombros com certa
dificuldade e fazendo o mínimo de barulho possível subimos até o quarto
dele que era todo preto e na escrivaninha não pode deixar de notar um
retrato quebrado de uma menina, morena e linda. Coloquei-o na cama, tirei
seus tênis e peguei uma coberta e o cobri. E já ia saindo quando escuto seu
sussurro.
-Por favor, Maya, quero estar com você pela última vez, antes que eu
acorde e eles tiram você de mim!
Minha mente pensava em sair dali, mas meu corpo permaneceu, fiquei o
olhando adormecer e imaginando quem era essa garota que o deixa tão
abalado. Mas não me importa pois sei que ele é continua sendo um idiota e
quem seja essa garota, deve ser uma louca por ter convivido com esse ser,
que só sabe ser arrogante, bêbado, chapado e todo quebrado e olha que nem
faz box para isso.
>>>>>>
-Já acordada?
-Porque ele sempre faz a Úrsula acordar para socorrer ele, e como ainda
não voltou.
-Eu escutei uns barulhos vindo lá de baixo está madrugada, acredito que foi
ele.
-Assim...
-Eu vou entrar para me trocar. - Digo entrando ao quarto de Joalin, que a
mesma já não estava mais ali, acho que foi dá uma caminhada. Caminho
até minha mala, peguei uma blusa e uma calça e foi até o banheiro, passei
só uma água no meu corpo para despertar já que a noite anterior foi longa.
Saio do banho e visto minha roupa, amarro meu cabelo e saio do banheiro
já ia em direção as escadas quando dou de cara com o loiro, que parecia ter
lutado com um urso, o coitado estava cheio de lesões, aposto que não se
lembra da noite anterior pois estava delirando. Então descemos as escadas
sem trocar um A ou um olhar.
Eu poderia falar da noite passada e saciar minha curiosidade sobre Maya,
porém prefiro fingir que nunca aconteceu. Percebo que não tinha ninguém
ali na cozinha, resolvo preparar meus ovos, mas sou surpreendida com um
puxão de Josh.
-Se alguém ficar sabendo do que você viu naquele dia, saiba que posso
transformar sua vida em um inferno. - Sussurrou e pegou um pão na cesta
que estava do lado do fogão onde fritava meus ovos, e saiu dali me
deixando paralisada com a ameaça, e sem entender, será que ele falava do
corte que vi em seu abdômen, mas não entendo? O garoto parece que
estava em uma luta com gatos, então porque se preocuparia com um corte
simples....
-OS OVOS....-A loira correu em minha direção ao sentir o cheiro dos ovos
torrando na frigideira me dando um choque de realidade e direciono ao
fogão.
-Meu deus, sou uma cabeça de vento! - digo tirando rapidamente do fogo.
-Sabe eu acho melhor eu prepará-los antes que você ponha fogo na casa.
-Porque está tão aérea? E porque você não estava no quarto mais cedo?
-Porque ninguém está falando das lesões do seu irmão? – Tento mudar de
assunto que a mesma revira os olhos.
-Bom se tornou uma coisa banal, sabe, ele sempre aparece como um... -
explicou Sina se sentando ao meu lado.
-O que a Joalin quer dizer e que ele sempre chega derrotado. E nunca fala o
que está acontecendo.
-Ele é um livro fechado, Any, a única pessoa que ele se abria está a 7
palmos do chão. -Sina disse desanimada.
-é sobre mim, então acho que é da minha conta... Mas eu não quero perder
meu tempo com isso. - Debateu o loiro enquanto pegava o prato com ovo
porem logo em seguida Joalin agarra os ovos.
-Ei!
-Isso não é seu, se você quiser, então faça o seu. - falou autoritária se
sentando e dando para mim.
-Cansei de falar com crianças mimadas. - ele disse dando meia volta da
cozinha.
Antes que essas energias negativas acabam com meu dia, termino meu café
da manhã, subo para o quarto e deito em minha cama, abro meu notebook e
noto uma chamada de vídeo perdida de Lucca e resolvo ligar para o
mesmo.
Video chamada on
-Meu notebook estava desligado, mas como esta ai, você está bem?-
pergunto
-Há ele é estrangeiro e mora aqui até conseguir um lugar para morar.
-Sim.
-ele é bonito?
-Não reparei.
-Any, quem você quer enganar, lógico que reparou, eu só quero saber se
você o acha bonito? - perguntou intrigado.
E eu conhecia bem aquela feição dele e não era uma preocupação saudável
de como eu estava e sim de que eu o troque por alguém, desde que falei
sobre a possibilidade de vim para cá, ele começou com essas intrigas que
me deixa irritada. Sei que é normal ter ciúmes, eu também teria dele se
fosse uma situação ao contrário, mas não é porque eu conheço uma outra
pessoa que já vou pra cama.
-Por quê? Só porque eu te perguntei se achava ele bonito, você gosta dele?
-Lucca quando você parar de ciúme, e quiser falar sobre nós dois, me liga,
ok?
-Espera, Any.
-Tchau Lucca.
-Oi... Any, então preparada para os trinta minutos mais entediante da sua
vida? - Disse o mesmo me oferecendo um capacete.
Senti uma sensação de liberdade, que dava vontade de abrir os braços e que
nem um pássaro sair voando por ai. Ele virava a esquina dando a visão de
varias casas coloridas uma seguida da outra e parou em frente uma azul que
dava visão de uma garagem onde tinha dois jovens afinando seus
instrumentos.
-Chegamos!
-Uau, as casas por aqui são bem chiques. -comentei encantada saindo da
moto e pendurando o capacete no banco.
-Eae Thomas, essa é a Any, ela é a menina que falei mais cedo.
-Ok eu vou lá, já volto! - digo saindo rumo a lanchonete vermelha que
chegando lá foi imediatamente atendida por uma garçonete e peço um
refrigerante de soda. Me entregou o pedido enquanto dava o dinheiro e já ia
voltando quando um alguém que parecia familiar, vira a esquina.
E curiosa sigo o indivíduo que parecia com pressa. Fico de trás de uma
parede próximo do mesmo, que vira em minha direção fazendo minhas
pernas ficarem mole ao perceber o idiota do Josh, que veio de encontro
com mais dois indivíduos. O que ele fazia ali com aqueles caras? que pela
cara não parecia gente boa, será traficantes?
Cap05-
~ ANY GABRIELLY
Tento visualizar a cena que acontecia ali, de dois capangas que pareciam
bem fortes socando o abdômen do loiro, que já estava solto no chão
gemendo de dor, mas não resistia.
Porque ele não revida? Porque está deixando essa tortura acontecer
consigo mesmo? Será que o coitado, já nem tem mais forças? Aquilo não
tem nada a ver com minha vida, mas é desumano virar as costas para um
ato de covardia...
-O que é isso? Porque vocês estão batendo nele? - falo histérica com os
capangas.
-Aqui está o dinheiro e na próxima só eu que falo para parar. - Disse o loiro
que usava a parede como uma bengala para se levantar dando um dinheiro
para os capangas que assentiram e deixaram nós dois ali.
-Você não vai explicar? – iniciei o tomando sua atenção e me olhou com
um ar de reprovação passando suas mãos sobre o rosto e esfregando os
olhos.
-Você ainda está aqui, que maravilha. – Ironizou e deu as costas para mim
seguindo o caminho, se acha que vai me deixar falando sozinha está muito
enganado. Apresso os paços ficando do seu lado.
-Mas eu não vou. - Revirou os olhos. - Até você falar quem era aqueles
capangas? E porque eles disseram como se tivesse trabalhando para você.
-Sabe Josh, eu percebi que você está evitando a minha pergunta... Quem
são eles?
-Se você fosse traficante, seria ao contrário, não? - questionei. Ele acha que
pode me enganar? Posso parecer ingênua, mas sei que traficantes não são
vítimas, obrigada aos filmes de investigações que assisto com Lucca.
- Vou fazer você querer nunca ter pisado aqui. - Se afastou, deu uma
piscada para mim e se virou, foi embora todo torto, vejo sua figura sumindo
da paisagem. Saio da minha paralisia decorrente de quando estou perto
desse canalha e volto para garagem dos amigos do Lamar. Que me olham
com cara de interrogação.
-Oi.
-Meu Deus vocês estavam vindo de jegue? para demorar esse tanto .-
Resmungou Joalin.
- Nem demoramos tanto, mas em fim, eu já vou indo nessa- disse Lamar
enquanto eu descia da mesma e cumprimentava Joalin.
-Não quer vim com a gente? -perguntei e o mesmo negou e deu partida na
moto e logo me virei para a loira que me olhava jubilante.
-Você deve ser a Any, joalin falou muito de você. - falou um garoto
bombado com um sorriso de canto, que parecia que sua casa era a
academia.
-sim sou.
-Todos nós sabemos quando você age assim, tem segundas intenções. –
Falou a morena que estava com cara fechada.
-Isso tudo é inveja Sabina? Porque eu posso ter tudo o que eu quero. -
debochou o tal de Bailey.
-Prazer Any, liga para esses dois não, meu nome é Shivani – falou uma
moça de pele morena com olhos meio puxados sorrindo simpática.
- Não liga para ele, Any, é outro idiota. - Retrucou a tal de Shivani fazendo
o asiático revirar os olhos.
-Eu só disse a verdade, assim ela vai encantar os meus avos. Sem ofensas. –
A mesma da um tapa no braço do mesmo, que a recriminava com os olhos
pela ação.
-Bom pelo menos eu não vou morrer de calor.- alfinetei já que ele estava
todo de peto em um dia tórrido como esse. Fazendo todos rirem.
-Ela nem comentou. – Estranhei sei que ainda não somos próximas, mas
poderia avisar para não ser a idiota que esquece de dar parabéns.
-Joalin é assim quase não fala da vida dela. -Explicou Krys.
- Mas menina, o que ele tem de esquisitão tem de corpo, só Deus sabe. -
suspirou Krys.
-Ai calmo Bailey, seu corpo também é bom- disse o asiático piscando para
Bailey e o olhando com um olhar analisador que o mesmo repreende.
-Cadê a Joalin com o prato, ela que nos matar de fome? - questionou
Sabina
-Mas é claro, você demora um século, pensei que tinha que ir te buscar.
-Para de ser exagerada. - Falou Shivani que não parava de encarar Bailey.
Ficamos conversando por um tempo, parecia que Shivani lutava para comer
seu amburgue que acabou dando inteiro para Sabina que devorou ele,
depois fomos à roda gigante, nos divertimos, comemos uns algodão doces,
descobri que Sabina gostava muito de regaton e adorava dança e comida e
que treina para ser uma grande modelo. Bailey que brigava com Sabina
feito irmãos, ama futebol e academia. Shivani que parecia a mais quieta do
grupo ficava observando Bailey e me disse que faria a mesma faculdade
que eu, direito. Kystian disse que se interessa por moda e culinária mas por
pressão de seus pais, acabou indo para Direito também, comentei com ele
que sei exatamente como é ser pressionado pelos pais, já que minha mãe
sempre me fez andar na linha em relação as minhas escolhas acadêmicas.
Cap06
~ANY GABRIELLY
-Ai está minha irmãzinha.- Disse o loiro, diferente de mais cedo, estava
sorridente e seus olhos parecia como de noite, calmos ou seja ele está
chapado. Se aproximava de nós com uma garrafa de cerveja que estava pela
metade, fazendo minhas pernas ficarem bambas novamente. Abraçou
Joalin que a mesma o empurra, e encarava furiosa.
-Sei lá, eu escutei "vamos ao blá blá vê se não faz besteira e blá blá blá". -
Falou tirando sarro
-Que Porra Josh, o que custava você escuta pelo menos uma vez na sua
vida. -Falou histérica roubando a atenção dos amigos de Josh.
-Sabe maninha, você está precisando relaxar, toma um gole. - ele ofereceu
um gole de sua bebida que a mesma dá um tapa no copo fazendo a bebida
cair toda em cima dele.
-Que merda Joalin, essa camisa é nova. Da para relaxa, sua mimada do
caralho.
-Que? - O fuzilou.
-Há eu estou aqui de boa daí vem você estragar a vida aleia.
-Tanto faz. –disse soltando o punho da loira e voltando para a farra que
rolava na sala, mas antes de ele dá um passo cutuco seu ombro o fazendo
virar novamente para mim e dou um soco em seu nariz, que o mesmo olha
com um olhar de fera indomável. E chega bem perto de mim, fazendo meu
copo soar frio.
-O que?
-De se intrometer onde não deve. - Debochou o loiro e na sala parecia que
os holofotes estavam em nós, e um silencio tenso se instalou no cômodo.
-Eu me intrometo assim que você vem com essa tua arrogância em cima da
sua irmã. - Nesse momento só esse meu lado novo estava, e a vontade de
decapitá-lo é grande.
-Como você falou, é minha irmã então você não tem nada a ver com isso.
-A então você acha que eu vou ficar aturando, você sendo um idiota com
sua irmã? - questionei incrédula e ele assente.
-Cuidado, docinho você está brincando com o fogo, mas te digo o fogo ele
é traiçoeiro e pode te queimar. - Piscou.
-Suas ameaças podem dá certo com várias pessoas, mas comigo é melhor
você fazer melhor que isso, pois Josh você não tem ideia de quem eu sou. -
O mesmo agarra minha mão e me puxa para bem perto, segurou em minha
perna me fazendo arrepiar por inteira.
-Sabe estrangeirinha, gostei desse seu novo lado. - falou com um sorriso
estampado no rosto.
- Aquilo foi tão louco, o jeito que me defendeu. – disse a loira se jogando
na cama. Enquanto tentava assimilar o que tinha ocorrido, não sei da onde
tive coragem de confrontá-lo assim.
-Pois é. – Sentei do lado da mesma enquanto analisava minhas mãos que
estavam um pouco vermelha por conta do murro que dei naquele idiota.
-Sabe acho que você veio como um anjo da guarda para mim. – Comentou
empolgada.
-Como assim?
- Você o fez recuar, desde ele vive assim, sendo arrogante nunca tinha visto
ele fazer isso.
Também não entendi o que rolou ali. Ele simplesmente me deixou sair
dali sem nenhuma reação anão ser suas ameaças idiotas. Talvez esteja
muito chapado para brigar, muito cansado por causa das pancadas que
levará mais cedo.
Não vou ficar pensando nisso, pois ele continua sendo um babaca que é
frio que nem a noite.
-Eae...Any não é?- perguntou uma voz roca me dando um susto, me viro
até onde vinha a voz e era de um garoto de cabelos castanhos que sentava
do meu lado.
-Sim. - sorrio
-Eu sou o Noah. - O mesmo paquera da Sina, bom vejo que ela tem até um
bom gosto.
-Bom o papo de hoje só foi sobre uma estrangeirinha. - Ele disse tomando
um gole da sua cerveja, me fazendo sorrir, não sei o porquê, mas saber que
esse babaca fala de mim me dá uma vontade de sorrir.
-Deu para vê, porque te garanto todo mundo nessa sala queria ter batido
nele como você bateu até aquela vadia que ele está pegando. - Sorriu
olhando para a mesma cena do loiro invadindo a intimidade da vítima, o
que me fazia revirar o estômago.
-Bom acho que em alguma hora, alguém tinha que ser a primeira
verdadeira vadia na vida dele. –Disse pegando um copo de um conhaque
abandonado no balcão e o virando que desceu rasgando minha garganta, o
que me fez arrepiar por inteira fazendo involuntariamente uma careta.
-Como vocês consegue beber uma coisa tão ruim. -Comentei fazendo o
mesmo sorrir.
- Com o tempo você se acostuma, o álcool às vezes não é bom só pelo
gosto mas pela sensação que te traz.- Disse analisando seu drinque como se
fosse algo precioso.
-Nem na sua maioria das vezes. - Disse com seu olhar vidrado em um
retrato de Sina.
-Nada de mais, relaxa maninha, toma essa erva da boa. - disse entregando
um baseado a mesma. Ela pega o baseado e pressiona contra o braço do
mesmo que só rir, seu braço já era lotado destas marcas.
-Ligar para que maninha a vida tem graça quando você é um ser sem
preocupações.
-Fala logo idiota, porque o Lamar não que acordar.
-Eu falei para ele não exagerar. - Ele disse em meio de gargalhadas.
-Não sei por que ainda minha mãe e Sina tem esperanças em você, você é o
próprio inferno da nossa família. - Ela disse indo direto para as escadas e
puxando um garoto juntamente e em questão de minutos vinha ela
juntamente com o garoto carregando o corpo desacordado de Lamar na
direção de Josh, como uma onça, e colocou o dedo indicado em seu
peitoral.
-Se quando eu chegar, essa casa não tiver nos drinques, eu juro por Deus
que arranco o que você tem mais de precioso ainda. - Ela disse dando uma
joelhada em suas partes fazendo o mesmo gemer de dó, a loira se virou em
minha direção.
-Any, fica e o ajuda, eu vou ao hospital e reze Josh, por não ter acontecido
nada com ele, vamos! - chamou o garoto com o Lamar e me deixou sozinha
com o loiro e o bando de pessoas bêbadas e drogadas.
-Sou mesmo.
-O que você está fazendo? - questionei e o mesmo estendeu sua mão, esse
garoto é muito confuso.
-Para que?
-Só pega a minha mão. - Ordenou o mesmo, mas com uma voz calma como
nunca tinha ouvido desde que cheguei.
-Está bem. - Peguei sua mão e ele me levou até o centro da sala e começou
a me girar, o loiro colocou sua mão esquerda em minhas costas e colou
nossos corpos.
Eu não estava entendendo nada, mas deixei me levar. E uma dança calma
começamos a dançar em uma coreografia que nossas pernas entravam em
sintonia junto com a música, ele se aproximou do meu ouvido e falou:
-No céu podemos ver tudo o que queremos. Um desenho, uma pessoa, uma
mensagem, o céu é a melhor inspiração para as coisas e te traz lembranças
com pessoas queridas que você nunca mais possa ter. - Fiquei paralisada
com o que ele disse, esse era o mesmo Josh de madrugada, o Josh que
parece quebrado e triste, mas sem sua máscara, mas porque ele põe a
máscara? Porque ele não deixa cair... E isso foi a última coisa que eu
lembro antes de me apagar nos braços dele.
Cap07
~ JOSH BEAUCHAMP
Estava dirigindo por uma hora e até agora a garota não tinha se
despertado. Sei que foi um pouco rude o jeito que a sequestrei, mas acho
que ela não vinha de boa ainda mais parece que a mesma tem um
questionário na cabeça.
Estou devendo uma grana ao meu chefe que trabalho vendendo drogas.
Desde que meu pai parou de me dar dinheiro por não ser um bom filho
como o idiota do Lamar. E agora faço parte dessa gangue, chamada corvos
negros e na última vez acabei dando uma vacilada com eles.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Horas antes
Estava andando a bastante tempo e sentindo muita dor, por causa das
pancadas que pagai para uns babacas me espancarem, desde que Maya saiu
da minha vida busco maneiras de tampar essa dor de perder alguém por
outras e isso tem ajudado muito, nem tenho pensando tanto. Porem desde a
chegada da estrangerinha que ama meter seu dedo onde não deve, meus
pensamentos acabam me recordando de Maya, não sei se é no jeito atrevido
de Any ou na aparência, que estranhamente se parecem.
Vejo que estou perto de casa, noto o carro dos meus pais na garagem, me
alertando que não poderia entrar pela porta da frente, em razão de estar
todo cheio de sangue e não tenho paciência para aturar outras perguntas
sobre isso.
Então percebo a janela do quarto de joalin aberta, estou sem forças para
escalar até o quarto da mesma, mas é isso ou enfrentar a chatice dos meus
pais, nem pensei duas vezes e me pendurei na janela da sala com cuidado
para não ser vistos, mas por sorte meus pais não estavam no andar de
baixo.
Tomo uma ducha e guardo a roupa que estava vermelha de tanto sangue na
minha caixa que estava escrito “não mexa” para minha mãe ou qualquer
outra pessoa não pegar, acho que é meio obvio.
Desci as escadas, meus pais falaram que iam sair, não prestei atenção para
onde, só me joguei no sofá e peguei um cigarro e o isqueiro, mas antes de
ascender, escuto a voz do idiota do Lamar após a campainha tocar
insistentemente.
-Ei! - exclamou o mesmo a pós ser empurrado por Toby, um dos membros
dos corvos negros e braço direito do Tad, nosso chefe. Levantei e foi na
direção dele que estava com cara de quem comeu comida estragada.
-O que houve? Josh você sumiu com a droga e não entregou a grana. -
Falou grotescamente
-Não se meta Lamar e o que você está fazendo aqui, não deveria ver se sua
namoradinha está em perigo? - Questionei pelo fato de agora além de ser o
queridinho da família também é o guarda costas pessoal da estrangerinha.
-Ei vamos nos acalmar, Toby, ok! Eu sei que você está irritado por n
motivos, mas não precisa de todas essas ameaças, eu vou da um jeito. -
Falo tentando sair dali, mas Toby tem 2m de altura, nunca conseguiria
derrotar ele.
-Você e seu sempre “darei um jeito”, fica sabendo que eu cansei dessas
suas desculpas de merda - Em sua feição dava pra notar o estresse. Toby
sempre teve essa pose de durão e estressado, mas acho que isso só é pra dá
medo mesmo, pela feição de Lamar, dava super certo.
-Olha, porque você não toma uma água e se acalma, deixa que eu me viro
com o Tad! - Ele soltou um riso que dava pra notar um pouco de ironia.
-O que foi?
-O que foi? Josh! o chefe te baniu dos corvos e se você não parecer com
essa grana, de adeus a toda essa merda.
O que é verdade, esses otários acham que podem tirar algo de mim, sendo
que a única coisa que me importa já está morta a uns 5 anos.
-Você é um idiota que não liga pra nada, né, mas aposto que não gostaria
de saber que suas irmãzinhas foram abusadas e torturadas. - Disse
apontando para um retrato de Joalin e Sina.
Posso ser um babaca de todas as formas, mas não concordo com isso e
vindo desses panacas sei que tudo é possível, então abaixei minha guarda,
sem ter como pagar pra eles, já que emprestei a grana pro Noah que estava
precisando após seus pais ricos o expulsarem de casa por ver maconha em
suas coisas sem dá uma grana pro jovem então tive que ajudar pois foi um
dos poucos que não me abandonaram.
Estou em uma rua sem saída, pela primeira vez senti em uma emboscada.
Olhei pros lados com uma maneira de achar algo para me ajudar, reparo no
casaco pendurado na cadeira e noto ser de Any e bem que ela precisa de
uma lição e eles adoram uma puta gostosa, ela pode ser chata, mas não
posso negar que é uma puta gostosa.
- Não quero entender essas suas merdas, só espero que não traga para cá!
-Se não o que? Vai se esconder, como fez? - Gargalhei e prossegui. -Tome
isso vai te fazer da uma relaxada é pra dor de cabeça, só não exagere. –
Sorri entregando um saco com comprimentos, nem eu sei que merda é
aquela, o mesmo desconfiado aceitou já que só queria esquecer o que
aconteceu poucos minutos antes.
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-Olha, a bela adormecida acordou. – assim que falo tomo sua atenção pra
mim que logo franzi a testa ao me ver.
-Eu achei que você precisava dá uma saída daquela casa. - Inventei
qualquer coisa, não poderia falar que estou dando ela feito uma mercadoria.
Bom até que eu queria, imagina ter que viajar com essa menina que não
pode ficar nem uma hora sem suas perguntas insuportáveis porem palavras
são dividas e devem ser compridas.
-Que? Josh, isso é rapto. - Disse incrédula enquanto tentava achar algo para
se soltar.
-É eu sei.
Ela acha mesmo que tenho medo daquele dois velhotes, pelo visto ela não
viu como trato todos ao meu redor, simplesmente não me importo com
ninguém.
-Mas eu ligo, ok, então para a merda do carro, Josh.- assim que ela disse eu
acelerei, e já estávamos cento e quarenta quilômetros. Fazendo a mesma
grita.
-VOCE É LOUCO.
-Nós vamos jogar um jogo, cada vez que você reclamar eu acelero mais um
pouco, já que estamos no meio do nada mesmo.
Fiquei fazendo graça com ela, confesso que seu desespero me dava vontade
rir, sei que é errado pela situação que estamos.Mas ela bem que merece
desde quando chegou ela parece uma pulga que não larga de se meter nas
coisas que não deve!
-Promete?
-Ei, eu não sou tão mal quanto pareço. - quebrei a maldição desses silencio
agonizante, mas sem sucesso, bom finalmente ela fechou a boca porém não
podia aguentar mais algumas horas com esse silencio então tento puxar
assunto
-Não tornaria se você desce meia volta. - Resmungou a morena, que estava
visivelmente desconfortável e se coçava toda, acho que era uma maneira
dela demonstrar seu nervoso ou sei lá o que.
-Porque me trouxe com você?- Perguntou voltando o seu rosto para mim.
Começou o interrogatório chato dela, ai se ela soubesse acho que nunca
mais olharia na minha cara, o que não me afetaria em nada. Já que essa any
só é uma insuportável que não sabe ficar na sua.
-Porque sem você eu não resolvo essa coisa. - responde sem tirar o olho da
estrada.
Bom vou te dar para uns mafiosos, nada demais. Logico que não posso
falar isso porque ela ia fazer um escândalo e o plano ia pra agua a baixo e
eu preciso voltar pra gangue porque sem a gangue eu não tenho dinheiro e
nem as drogas. Então eu não posso dizer a verdade.
-Não se preocupa, eu não vou tocar em você. -Eu disse a fazendo volta seu
rosto para a passagem que passava em sua janela.
Ela disse de uma forma tão calma pela primeira vez durante essa viagem
desagradável que até parecia ter esquecido um pouco do fato dela está
sendo raptada e de todas as suas ideologias morais que acreditava, então
resolvi da esse voto de confiança.
-Droga! - Falo logo ao notar a morena fugir, correndo sem rumo. Entro no
carro e dou partida e com sorte ela corria de forma devagar pois não tinha
preparo para isso, deixo o carro lento de a cordo com seus passos e grito
para ela entrar no carro, porém sem sucesso
-Para casa.- Disse a morena de maneira seca, dava para notar um certo
medo na voz, não sei se era de mim? Ou do momento em que a coloquei,
não me importo. Mas como ela pretendia ir para casa estavam os no meio
de uma rua onde não dava mais vista a cidade e sim morros já estávamos
longe e como ela é nova aqui não faz a mínima ideia de onde estamos.
A morena olhou pros lados e viu que estava no meio de uma rua onde só
dava miragem a floresta naquela escuridão. Olhei para o seu rosto e por um
segundo me deu um arrependimento ao ver seus olhos encherem de
lagrimas e sentia sua vulnerabilidade feito um veado que acabara de ver o
seu predador.
-Eu não sei, vou pedir carona, mas com você eu não vou! -Afirmou.
-Ah porque eles vão dá carona para você.- Falei sarcástico. Pelo fato de ser
23h.
-Sério? Então me fala Any, onde você vai falar que está?
-Bom vou... Que merda, você tem razão, e onde nós estamos, Josh?
Por mais que ela tentava não demonstrar medo ou qualquer emoção, isso
era só o que dava para sentir em sua voz além do cansaço.
Não sou burro de falar onde estamos, não tem como eu voltar atrás, já
estávamos chegando no destino e se eu falar, ela chama meus pais e
envolve até a polícia que é igual a confusão para mim o que não estou de
humor para isso.
-Verdade, eu esqueci que você nem por um momento pode ser legal.
Legal? E quando ela foi legal comigo? Essa vadia só soube se meter na
minha vida e quer que eu seja legal? Bom as pessoas sempre querem o que
não praticam, a bondade, bons modos e todas essas merdas que no fim não
passa de hipocrisia.
-Que saber Josh, eu não sei quem é Maya, mas sinto que ela está muito
desapontada com você, como todos em sua volta. -Cansei de ter paciência.
Parei o carro do seu lado. Desci foi em sua direção agarrei seu pulso e a
arrastei ate o carro, coloquei-a no banco traseiro. E entrei e dei partida no
carro.
POV Joalin
Tinha chegado em casa juntamente com Lamar, que teve uma overdose por
culpa do desgraçado do Josh. E quando cheguei essa casa estava um brinco,
mas com a festinha desagradável sumiu, Josh e Any também sem nenhum
aviso, sina tinha chegado em casa um pouco antes de mim e falou que
também não tinha os vistos. Já se faz uma hora que os dois desapareceram
do nada.
-Ah então deveria ter deixado você morrer de overdose né- debochei.
-Se você não tivesse aceitado as merdas do meu irmão estaria tudo certo.
- Mas aonde está nossos pais que não chegam, já são umas vinte e três
horas.
-Eu acabei de falar com a Heyoon e ela disse que o Josh não falou nada
com ela ou com o Noah.- comentou a loira.
-Que droga, eu mato o Josh se ele fizer alguma merda com ela! - Falou
Lamar histérico
-O Josh pode ser tudo mas ele não é capaz de machucar nenhuma mosca. -
Defendeu sina
-Eu não sei Sina, sinceramente nosso irmão, ele pode fazer de tudo. -Joguei
na lata. Pois aquela pessoa não é mais meu irmão e sim um monstro que só
pensa nele, e agora o monstro está solitário junto com Any.
POV Any.
-Josh.- tento chamar, porem minha voz está muito falha. -Preciso de
comida- Tento mover, mas sinto como se milhares de agulhas
pressionassem minha cabeça.
-E já estamos umas 2h na estrada acho que é justo parar por aqui. - Disse
aquela voz roca que me fazia estremecer. Logo sinto o carro parar, tento
forçar minha vista, para saber onde estou, mas só sinto meu corpo ser
puxado por braços fortes. Tento sair dos braços, que creio seja do cretino
do Josh. Porem meu corpo estava cansado demais para isso.
-Onde estamos?
-Para que isso, nós não vamos dormir aqui não né?
-Bom já que a praia esta fechada, acho que não tem problema acampar
aqui. -Se ele acha que vou dormir aqui ele está muito enganado.
-Ela está fechada por um motivo, Josh. - Falo histérica que o mesmo faz
cara de confuso.
-Não estou vendo nenhum fiscal aqui. - Ele só pode estar de brincadeira.
-Como eu vou fugir, sendo que eu nem sei onde estou. - Falo desesperada.
-Há não, Josh, você me rapta e me leva para esse lugar que eu não faço a
mínima ideia onde é e não fala nada comigo, eu devo ficar calminha né?
-Sim.
-Any.
-O que foi? Se você falar mais uma vez para eu ficar calma, eu juro que não
me importo em terminar de quebrar o seu nariz.
--E por qual razão eu devo conceder essa divindade á você? - ele se
aproximou de mim ficando centímetro de mim.
Fui ao bagageiro, para ver o que ele tinha trazido e vejo que ele tinha
arrumado tudo, peguei os dois sacos de dormir e coloquei na areia, sinto
meu cheiro e vejo que estou precisando passar pelo menos uma água no
corpo. Checo se ele não está por perto, e por minha sorte, ele estava no mar
bem distraído e então foi de traz de uma moita perto do carro e retirei
minhas roupas ficando só de calcinha e sutiã, coloquei dentro do carro a
roupa, percebi um pano que estava em cima do banco então me enrolei com
o mesmo. Fui em direção do mar que estava calmo e vejo o loiro, fico o
observando atrás de uma pedra que dava uma visão dele sem que ele me
veja enquanto saia da água, noto suas tatuagens que não tinha percebido
antes, uma cruz com asas no peitoral e no ombro um corvo.
-Não nada, é só que eu preciso de uma camiseta. Já que eu fui raptada não
tenho nada para vestir.
-Pode ficar nua, eu não me importo- disse dando a mínima e pegando sua
calça que estava pendura na pedra e vestiu.
-Que? Você acha que eu vou ficar nua aqui? - questionei incrédula
-Não acho, eu só disse que não me importo com o que você veste ou não.
-Você só sabe falar isso, acho que seu vocabulário precisa ser melhorado. -
Sorriu sínico, não aguento, ele estava caçoando de mim, por um momento
esqueci que estava enrolada em um pano. E foi para cima dele, já pronta
para atacar, sinto o pano deslizar do meu sutiã até meus pés, me fazendo
corar.
-Eu falei que não se importava, mas não precisava se jogar em mim
também. - Debochou sorrindo de lado. Que logo saio de cima e me
embrulho novamente.
-Você é um...
-INSURPORTAVEL!
-Amém! - sorri.
E ele continuou vidrado na fogueira, e já que vou ter que ficar com ele ate o
sono chegar, resolvo puxar um assunto.
-Sério Josh?
-O que?
-Por que você não pode abaixar essa sua guarda em?
-Que guarda?
-Você sempre está na defensiva. Por que não pode ser legal em?
-Como?
como ele é tão pessimista, não entendo, ele tem uma ótima família, que se
preocupa com ele, como pode falar que perdeu tudo.
-Se você pensa assim será mesmo. - Revirei os olhos, como pode ser tão
pessimista?
-Então você quer dizer, que não queria ficar sozinho? - ele assente e eu
complemento:
-Se você não quer falar então não fala, mas não mente para mim. - Eu disse
e o deixei ali, pois não adiantaria nada eu ficar insistindo, e minha cabeça
já está latejando não quero discutir mais com ele então deito em meu saco
de dormir e não demorou muito para eu pegar no sono.
Acordo assustada com um barulho de tiro, percebo que ainda estava escuro,
coloco meus chinelos e ascendo uma lanterna que tinha achado mais cedo
no carro e noto que o loiro não estava dormindo.
Cap08
~ Any GABRIELLY
-Ei calma eu faço parte da gangue lembra? - disse Josh mostrando a tatoo
de corvo aos capangas.
-Errado parceiro, era. – Corrige o outro que era bem alto e forte.
-Tad, porque você não tira essa arma da minha cabeça, isso é covardia
aponta a arma para um homem desarmado, ainda mais para um membro
dos corvos, isso é desonroso.
-CALA A BOCA, você falando de desonra? JOSH, VOCE ME DA O
DINHEIRO OU A PUTA!
-é mentira chefe, ele tem uma gostosa, eu vi com meus próprios olhos. -
Será que ele se referia a mim?
-Não, Josh, acho que você não entendeu ou você dá o que prometeu hoje
mais cedo ou eu enfio uma bala no meio da tua cabeça. - Ameaçou Tad
-Pode enfiar, que eu apertar esse botão a viatura vem atrás de você. -
Ameaçou Josh com o celular na mão.
-O que eu tenho a perder?- E logo disso o Grandalhão aperta mais uma vez
o gatilho fazendo meu coração disparar e fechei os olhos e já pensava na
cena horrível e foi abrindo os olhos de vagar e notei que Josh ainda estava
ali me fazendo respirar aliviadas, a final ele é minha carona desse lugar
horrível.
-Ora, Ora! Olha o que temos aqui. - Disse o grandalhão enfiando arma
dentro da calça e veio em minha direção.
-Essa deve ser a tal puta chefe – Falou de uma forma que me deu vontade
de vulmitar, agiam como se eu fosse uma mercadoria pra eles.
-Ei! Tad, vamos conversar. – Josh se pronunciou que dava pra notar pela
primeira vez um pavor em sua voz.
-Então, fica e veja o que eu vou fazer com ela. - Ele disse pressionando seu
corpo contra o meu, e logo o empurro, fazendo seu corpo pesado cair no
chão. Dou uma cotovelada no maxilar do outro que estava me segurando
não sei da onde tirei essa força, acho que é por causa da adrenalina que
percorria pelo meu corpo. Corro em direção do Josh, que pelo momento só
me encolhi atrás do loiro.
-Nossa que lugar difícil de encontrar. - Disse uma voz roca, olho em
direção e vejo o indivíduo descer com uma bolsa na mão, que me fez
respirar aliviada, ao ver quem era.
-Eu venho salva a sua pele, e ainda reclama. Nem deveria ter vindo.
-É lógico que você ia afinal estou nessa situação graças a você, seu rico
viciado. - Disse Josh caminhando até o mesmo e parou ficando um braço
de distância do moreno e cochichou algo que não deu para ouvir. Fazendo
o moreno dá à sacola para o Josh. Tento sair da mira dos olhos que
pareciam tirar minhas roupas bem ali. E logo o dono dos olhos, que era o
grandalhão do Tad. Se aproxima de mim me fazendo engolir minha própria
língua.
-Eu não sou sua, e nunca me deitarei com você. -Assim que disse seu olhar
de impróprio para mim mudou para ódio e ligeiramente colocou sua mão
esquerda em meus cabelos e puxou.
-Poderá pensar nisso princesa enquanto eu fodo você!- Ele disse cuspindo
em meu rosto.
-ME SOLTA!
-Não é você que dá as cartas por aqui, princesa. Você está do meu lado do
jogo e digo que já trepei com muitas que vieram para o meu lado. – Disse
mostrando aqueles dentes amarelos, me fazendo cada vez encolher
enquanto se aproximava mais de mim, ficando centímetros da minha boca.
-Eu vou fazer belos filhos em você, gracinha!-Passou seu dedo indicado em
meu queixo.
-Veja você mesma, está assustada, nós braços de um homem forte como eu,
não tem para onde fugir, é minha presa. - Ele disse pondo sua mão direita
em minha bunda e apertando, fazendo-me soltar involuntariamente um
gemido agonizante. Aproveito que nossos corpos estavam próximos e dou
uma joelhada em suas partes o fazendo gemer e me soltar.
-Sim estou. - Sorri agradecida pelo ato de salvador dele, o mesmo respirou
aliviado. E logo olho para o loiro que estava conversando com o outro
capanga e entregando uma sacola. E depois se juntou á nós.
-É melhor irmos, antes que ele acorde. E percebam que está faltando
dinheiro.
-é melhor irmos.
-Ela tem razão. - O loiro concordou comigo, e pela primeira vez ele olha
para mim e desvio do seu olhar. -Vamos Any.
-Ele é mais conhecido do que você. - Respondi entre dentes e logo ele
aproximou seu rosto do meu.
-Tanto faz, agora vê se aprende e fica longe do que você não conhece,
porque você viu, eu não sou nenhum bichinho de estimação que pode ser
controlado. – Ele disse seco e deu meia volta me deixando paralisada ali,
com um monte de perguntas sobre o ocorrido aqui.
-Será? Noah, o salvador foi você, se fosse o Josh eu teria sido oferecida
para aquelas raposas famintas.
-Não, raposas são mais bonitas do que aqueles capangas. -Disse o mesmo
tentando me animar, acho fofo como ele tenta trazer leveza, mas acho que
sua meiguice não ajuda a minimizar o pânico que eu estava. Percebendo
que estava seria novamente, ele complementou:
-Olha se isso fosse verdade, ele não teria me ligado ás 1h da manhã para
vim imediatamente em outra cidade, e trazer para ele 50 mil, como favor,
para não precisar te dá para aqueles capangas.
-Sabe o que eu acho, que você deve descansar, durma um pouco, que
amanhã tem o dia inteiro para odiar o Josh como quiser, porque agora você
está segura.- Ele falou e assenti.
Confesso que foi difícil pegar no sono, mas logo peguei, afinal estava
exausta.