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Ele livro irá lhe contar a evolução do relacionamento de dois meninos. Gabriel se muda de
cidade depois de um ocorrido na escola antiga, nessa escola ele conhece Daniel e rapidamente
se apaixona por ele, ele se confessa para Daniel e...Oque acontecerá? Leia, pequeno.
Capítulo 1
Oi, eu sou Gabriel, eu tenho 13 anos. Uma apresentação simples para você, leitor. Eu me
mudei com o meu pai para uma nova cidade, São Paulo, é uma cidade b bonita mas ainda não
me acostumei com as gírias e o clima aqui.
Não sei como vão reagir se souberem que eu sou um menino trans e gay. Confesso que
estou meio nervoso e ansioso sobre isso, não pretendo contar a todos. Só pretendo contar isso
para amigos próximos ( se eu fizer amigos).
Eu não sou o único ansioso e nervoso, meu pai se preocupa bastante comigo e pensa muito
como vai ser para mim nessa nova escola.
Enquanto as aulas não começam. Eu tenho a minha amiga, Alice. Sempre fazemos chamadas
para conversarmos sobre as coisas da vida e fofocas. Estou com saudades dela, muitas
saudades.
Mesmo estando com saudades eu não quero voltar para aquela cidade, nunca quero voltar!
Eu não quero reencontrar aqueles idiotas que fizeram aquilo comigo...
Amanhã será meu 1° dia de aula (no meio do ano) em outra escola.
São 14:43 e eu estou conversando com Alice, “falando” sobre as pessoas da minha ex-escola
e debatendo sobre Sally face, Omori e Fnaf. Tudo ao mesmo tempo.
Depois disso eu estava destruído com dores nas costas e no pulso. Fui tomar um banho e
arrumei a mochila com todos os livros.
Eu tirei um cochilo bem longo que me deixou sem sono mas eu consegui dormir, dormi 2
horas da manhã mas dormi.
Hoje já é o dia, acordei com o despertador tocando no maior volume o possível (sono de
pedra). Tomei um banho rápido e me arrumei o melhor o possível. Dei tchau e um bom
trabalho para o meu pai, eu amo muito ele!
Eu fui um pouco cedo demais, o portão ainda estava fechado. Tinham gatos pequeno ao
lado do portão, fiquei acariciando-os. Chegavam várias pessoas esperando o portão abrir.
Um menino se sentou ao meu lado e começou a acariciar os gatos também. Ele era bem
bonito, era pardo de cabelo ondulado bem curto.
-Oi.
-Sim. Estou no 8° b.
-Ah, obrigado. -Falei meio tímido dando uma leve risadinha. -Qual seu nome?
-Gabriel.
Fui porque mal sabia onde era a minha sala e ele parecia ser bem legal.
No geral, tinha várias pessoas naquela classe. Eu tive que me apresentar, eu estava bem
nervoso. A professora daquela aula queria muito que eu me apresentasse para a turma, eu
neguei, não queria que ficassem olhando, é horrível.
No final da aula Daniel me convidou para ir para sua casa de tarde amanhã, ele queria passar
tempo com alguém e me convidou. Não recusei. Óbvio que eu não recusei.
Cheguei em casa, meu pai estava me esperando. Ele estava fazendo minha comida
preferida! Eu fiquei bem feliz, não é todo dia que temos um almoço como esse.
Fiquei conversando com a Alice sobre o Daniel, meu amigo, e ela fazia uma cara tipo: Aham,
sei.
Acordei, e realmente, eu não estava nem um pouco acostumado com o frio que faz em
alguns tempos em São Paulo. Como os outros alunos tem coragem de levantar essa hora nesse
frio?
Fui na força do ódio com minha rinite atacando. A cada ventinho que batia era um espirro e
tosse minha.
Sentia meu coração batendo mais forte, acelerado. Havia um calor em meu corpo.
O portão abriu, as aulas foram normais mas hoje fiz uma amiga nova: Maria, ela ama jogos
de terror e livros de terror, ela também gosta de Nirvana, amou minha camiseta do álbum “In
Útero”.
Depois da Aula fui com Daniel, Só avisei meu pai e fui com ele, íamos jogar e conversar,
passar um tempo.
-Aceitável.
Cheguei com ele lá, era uma casa bem bonita e bem organizada, sua mãe é bem simpática e
amável.
-Vamos jogar?
A gente jogou algumas partidas em um jogo de corrida no play dele. Foi legal e eu ganhei
todas.
-Não vale! Já é a 4° vez que você ganha! Injusto!
-Sim! -Ele estava um pouco bravo. -O ganhador da próxima partida pode fazer oque quiser
com o perdedor!
Eu queria perder, queria saber oque ele iria fazer comigo. Eu só perdi, nem queria ganhar,
eu deixei ele ir sozinho, dei a desculpa que esqueci de apertar o acelerador do carro.
-Ok, agora que eu ganhei... -Ele foi em minha direção, nossos lábios ficaram a centímetros de
distância. -Me beije.
Meu coração ficou acelerado, o calor no meu corpo novamente, eu estava ficando bem
vermelho aos poucos.
-Muito bem! Vamos para a próxima partida! -Ele disse bem animado.
-Verdade, depois vira o verdadeiro inferno. -Ele riu um pouco. -Você quer comer algo? Já é 3
horas da tarde.
-Ah, ok.
Ele, no geral, é muito simpático, engraçado e carinhoso. Meu novo amigo? Acho que sim.
Eu só fiquei meio triste. Eu achei que ele iria me beijar...Nada haver! Ele é meu amigo.
Ficamos ouvindo músicas, ele me apresentou as músicas que ele gosta e eu apresentei as
minhas.
Ele também conhece fnaf, fiquei feliz por saber que ele gosta de fnaf, temos assunto para
conversar agora.
Eu dormi lá, meu pai não estava preocupado comigo, ele estava bem feliz, feliz por eu ter
feito um amigo em poucos dias.
-Sabe, quando eu me mudei para cá eu achava que não iria fazer amigos. Mas agora eu
tenho você como meu 1° amigo aqui.
-Você parecia gente boa, e é, então fiz amizade com você. Você é bem legal, Biel.
Depois disso eu dormi, não lembro muito quando. Eu só capotei, eu estava completamente
destruído.
Eu acordei com ele quase em cima de mim, ele estava mexendo em meu cabelo, ele estava
calmamente tentando me acordar.
-Bom dia. -Ele sussurrou. -Como que até dormindo o seu cabelo fica bonito.
Tomei banho e fui com ele para escola, nossa amizade foi assim por alguns 4 meses. Ficamos
bem mais próximos e muitas vezes eu dormia na casa dele. Me acostumei mais com o clima
mesmo sendo muito frio as vezes. Dan continua bem carinhoso, eu fico bem vermelho com
“brincadeiras” e etc. Eu acho que...eu gosto dele. Mas...eu não sei se ele gosta de mim.
Eu queria falar para ele sobre meu sentimento mas não sei como ele vai reagir...eu não sei e
não quero arriscar, eu não quero me machucar. Eu tenho que ter coragem para fazer isso (não
tenho)
Eu não sei como ele vai reagir, eu também não sei se ele é gay ou algo do tipo. Como vou
saber? Eu não quero perguntar diretamente para ele.
Certo, eu irei criar coragem para isso. Eu quero contar, eu preciso contar.
-Dia!...
Mais um dia normal, mas nesse dia eu conversei muito com Alice pelo celular, ela me ajudou
a me acalmar, eu iria me confessar para ele no final de todas as aulas. Meu coração estava
acelerado.
-Daniel! -Eu gritei seu nome quando ele estava quase saindo.
-Oi?
Levei ele para um lugar sem pessoas, uma sala. Ele estava na minha frente, eu peguei sua
mão lentamente.
-Daniel, eu gosto de você. -Suspirei. -Eu sempre senti esse sentimento por você. E eu queria
contar para você faz um tempo. Eu só queria que soubesse que eu gosto de você, como mais
de um amigo. E...é isso. Eu gosto de você bem mais que qualquer amigo. Sempre fiquei
vermelho com qualquer toque seu e no dia que fui na sua casa pela 1° vez realmente pensei
que você iria me beijar...
Ele me abraçou, um abraço bem forte. Eu sentia sua respiração e ele provavelmente sentia
meu coração, acelerado.
-Desculpa Gabriel. Eu acho que não sinto o mesmo por você. Eu sempre te considerei meu
amigo, meu melhor amigo. E...Desculpa.
Eu sentia um nó na minha garganta, bem mais forte que antes. Meus olhos começaram a
lacrimejar, eu comecei a chorar.
Eu abaixei a cabeça, ainda estava abraçado com ele. Enxugava minhas lágrimas. Eu me
afastei lentamente dele e saí da sala...
Fim do capítulo 1
Pessoal, o capítulo 2 vai ter como narrador personagem o Daniel, ou seja, Daniel que vai
contar esse capítulo.
Boa leitura.
Oque eu fiz? Eu não queria aquilo! Eu gosto dele! Eu gosto do Biel! Bem mais do que só um
amigo...
Eu fui para casa, eu quero descobri uma forma de inverter tudo isso. Eu quero ele! Mesmo
não podendo...
Eu vou ficar com ele, não importa oque meu pai e mãe pensem. Eu quero ele e eu vou fazer
tudo para inverter essa situação.
Talvez...ser amigável...flertar com ele? Eu...posso...eu vou dar um tempo para ele, depois
podemos se falar...e...eu vou conquistar ele!
Mas agora eu preciso descansar um pouco, já são 1:00 da manhã. E eu não dormi nada, mas,
tem motivos para eu não dormir.
Eu não consegui dormir muito bem e tive que acordar cedo, eu realmente não gosto da
escola.
Era sexta, eu queria falar com ele mas sentia que...não...eu sinto que é para eu esperar, mas
eu quero falar com ele.
Eu...queria passar tempo com ele, para ser sincero, ele é a pessoa com quem eu mais
converso aqui.
Eu amo ele.
Eu vou convidar ele para ir para a minha casa, eu só quero ficar ao seu lado, não ligo pro
tema da conversa, eu quero ficar ao seu lado.
-Tanto faz.
Ele não olhou para mim na aula, ele triste, eu queria que tivesse um sorriso, eu queria ele
com um sorriso no rosto, ou bem vermelho, me abraçando.
No final da aula ele foi comigo em casa, mesmo estando com uma cara fechada e sem
nenhum sorriso.
-Não é óbvio?
-Desculpa, biel.
Eu me aproximei ainda mais fazendo que nossos lábios ficassem a centímetros de distância.
Peguei em seu rosto, olhei em seus olhos, sim, ele queria aquilo. Dei um beijo nele, ele não
recuou.
Ele caiu para trás me abraçando e me beijando, minha libido estava bem forte.
-Sim, eu achei que não seria muito importante te contar. -Ele falava, estava vermelho,
excitado.
-Ok, eu acho que isso não importa muito agora, você se sente confortável fazendo isso?
-...Sim, muito.
-Pode.
O acariciava enquanto tirava as partes de cima de sua roupa, o beijava lentamente sentindo
o calor e a excitação correndo pelo meu corpo. Eu ficava cada vez mais corado quando via sua
expressão de prazer. Eu não vou ir longe.
Estava meio feliz depois do que tinha acontecido, ele não recuou, não reclamou, só deixou.
-Biel, meu pai é homofóbico, se ele souber disso com certeza vai jurar me matar, eu fiquei
com medo e nojo de mim mesmo e então te rejeitei mas, eu sinto o mesmo. Mas, agora
chegou a vez de eu me declarar para você. -Suspirei e olhei para seus olhos castanhos escuros.
-Biel, sempre meus olhos estiveram em você, quando te vi pela 1° vez eu te achei alguém
lindo, bonito. E agora eu te acho mais perfeito que tudo e te amo mais que todas as estrelas
desse universo. E eu juro ficar com você e dar o foda-se para todos que criticarem e olharem
feio.
Ele tocou em meio nariz e me deu um beijo. Eu só estou tão feliz! Eu o reconquistei em tão
pouco tempo, eu agora o tenho. Eu agora sou mais do que seu amigo, bem mais.
Ele dormiu em meu braço, sua respiração quente em meu peito. Eu o admirava na minha
mente enquanto passava a mão em seu cabelo e em seu rosto.
Depois de um tempo ele teve que ir embora, eu estava feliz. Surtando por dentro.
Eu fui dormir um pouco tarde. Pensando nele, em seu corpo, no seu jeito fofo, sua respiração
quente, sua cara de prazer...
Acordei, era um sábado de manhã. Eu era o filho mais velho e o mais maduro e responsável.
Fazia de tudo para meus pais e para meu irmão, meu irmão...ele é mimado e Irritante, pensa
bem errado sobre a comunidade lgbt, igual meu pai...
Mas a minha mãe...eu amo ela. Ela é umas das pessoas mais importantes que eu tenho.
Eu fui comprar algo para minha mãe na padaria da esquina. Saí por alguns minutos e meu
irmão, sem motivo algum, começou a olhar o lixo do meu quarto. Eu tinha feito vários
romances baseados em paranoias e tinham vários rabiscos de como eu queria me declarar
para Gabriel...eu estou morto.
Quando eu cheguei meu pai estava com um dos rabiscos na mão, com cara de decepção.
Minha mãe estava cozinhando, parecia meio preocupada, meu irmão estava me encarando
dando um sorriso. Esse demônio tinha mostrado um dos meus rabiscos para meu pai e
mãe...merda, merda, merda!
-Você é um desgosto! Seu viadinho de merda! -Ele se levantou e me deu um tapa na cara.
Eu comecei a chorar, a soluçar. Eu entrei para o meu quarto e me tranquei lá. Eu só queria
chorar, desgosto? Por que eu sou assim?
Eu fiquei com dores de cabeça, tentava dormir mas não conseguia, estava com medo e me
sentindo um merda mas...por que pode ser tão errado um cara gostar de outro cara? Não tem
nada de errado nisso. Por que ele age como se isso fosse algo extremamente proibido?
Por que?
Eu ouvi algumas batidas na porta. Era a minha mãe, abri a porta e quando ela entrou eu dei
um abraço forte nela, eu estava sensível.
-Filho, olhe para mim. -Eu olhei nos seus olhos. -Seu pai não sabe oque faz e seu irmão
também, não tem nada de errado com você. Eu irei conversar com ele, não chore. Eu vou fazer
algo para você comer.
-...Obrigado, mãe.
Ela saiu, um nó que se formava em minha garganta parava lentamente mas eu ainda queria
chorar, eu odeio meu irmão!
Por que ele tem uma visão tão errada da comunidade lgbt? São só pessoas um pouco
diferentes!
Por que ele quis ver meu lixo? Por que? Agora é tudo culpa dele!
Eu não quero ficar aqui com eles dois...eu vou para casa do gab.
Eu cheguei lá, eu sabia onde era pois ele tinha me contado a alguns dias atrás. Um homem
abriu a porta.
-Claro. Entre.
Ele me levou para o seu quarto, ele queria um ambiente mais calmo para eu me acalmar.
-Agora. Me conte. Oque aconteceu? -Ele acariciava minha cabeça enquanto eu o abraçava.
-O meu irmão revirou o lixo do meu quarto sem nenhum motivo. Ele achou um rabisco de... -
Suspirei. -Um rabisco de como eu iria...me...declarar para você...E ele mostrou para o meu pai
que agora me deu um tapa na cara e me chamou de decepção e viadinho de merda...
-Você não é decepção e nem um viadinho de merda. Seu pai que é um homofóbico sem
noção. Isso não é errado, Dan.
-Eu sei mas... -Estava me segurando para não chorar mais. -Por que? Por que ele é assim.
-Daniel, ele só não tem noção. Não ligue para as palavras que saem da boca dele.
-É...difícil! É difícil um filho ser chamado dessas palavras pelo próprio pai. -Não conseguia
mais segurar o choro.
-Você tem que ser forte. -Ele me deu um beijo. -Toda vez que precisar pode vir para cá. Você
é bem vindo aqui, Daniel.
Fim do capítulo 2
Criador emocionou aq.