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1ª EDIÇÃO
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos
descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com
nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
AVISO:
Por favor, esteja ciente de que em "Para sempre seu" contém cenas
maduras, para maiores de dezoito anos.
Matheus
Saí da casa de Júlia cedinho para não pegar trânsito e não adiantou
nada, pois estou precisando voltar lá.
Mas para minha sorte eu tenho uma cópia da chave e o tag para
entrar no condomínio.
Mas fui escolhido para cumprir a sua promessa, pois eu tinha quase
a mesma idade da Júlia, então meu pai me fez prometer em seu
leito de morte, que eu honraria o nome dele e cumpriria a promessa.
Optei por uma calça na cor preta, de cintura alta, com uma blusa
branca e um blazer preto.
Perfeito!
Fiz carinho em Tom, meu melhor amigo de quatro patas, que veio
roçar em minhas pernas e me levar até a porta, Tom fazia esse ritual
todos os dias e hoje não seria diferente.
一 Está bem.
A recepcionista discou alguns números e logo foi atendida.
一 Prontíssima!
Eu estava observando tudo com muito apreço até que ouvi a voz de
Louise, que me fez olhar para ela.
一 Não sabia que ficaria no andar dos associados, achei que fosse
ficar no terceiro andar, juntos dos outros advogados. 一 Confessei,
porque eu realmente não esperava ficar junto dos associados.
Eu não podia estar mais feliz, ali vi que todo meu foco valeu a pena!
Fechei meus olhos por alguns segundos e agradeci a Deus por
poder viver esse sonho, abri meus olhos quando Louise coçou a
garganta, me chamando de volta para a realidade.
一 Sim..? .
一 Júlia, eu já disse que não tenho mais nada para falar com você.
一 fui incisivo
一 Júlia, meu irmão sempre disse que eu estava sendo burro e ele
tinha razão, graças ao seu erro eu pude me libertar dessa loucura!!!
一 bufei. 一 Agora me deixa em paz e vai ser feliz.
Desliguei o telefone
Aaaah, merda! Tudo o que eu menos preciso é ter que falar com
essa advogada nova, mas para minha sorte, a reunião de
apresentação será só amanhã, pois hoje Débora e Erick passarão o
dia fora.
Essa advogada deve ser advogada de família, assim como a Júlia,
mas a Júlia não vinha fazendo um bom trabalho há tempos, o pai
dela esperava que eu fosse a salvação do escritório deles já que
seríamos uma só família
Ele deve ter seus motivos, mas eu no lugar dele, não daria tanto
crédito a uma menina.
Um milagre!
一 Boa tarde seu Matheus, Vem vou acompanhá-lo até uma das
mesas.
一 Obrigado, Bia!
Meu amigo estava confuso e com razão, eu não era de balada, nem
na época da faculdade eu costumava sair muito.
一 Preciso respirar um pouco fora desse âmbito de trabalho. —
Expliquei
一 Vai inaugurar uma nova boate ali perto de casa, podemos pegar
um camarote, o que acha?
一 Mano, mais uma coisa... você não acha que você precisa se
abrir para conhecer novas mulheres... e 一 o interrompi
一 Matheus, você está no auge dos seus trinta e cinco anos, não
precisa mais ficar flertando, só deixe as coisas acontecerem sem se
sabotar. 一 Meu amigo tinha toda razão...
Droga!
一 Valeu mano, mais tarde nos falamos!
A chuva piorou
一 Tudo bem, preciso ir. 一 Foi tudo o que a linda moça que
derramei me falou antes de levantar e sair correndo.
Mas por sorte tenho um banheiro privativo na minha sala, que tem
um chuveiro quente e um armário pequeno com roupas extras.
Então fui até o banheiro, tirei a minha roupa, entrei no box, abri o
chuveiro e deixei a água quente cair em meu corpo, me fazendo
relaxar e esquecer um pouco da loucura que estava minha vida.
Carolina
Não sei se eu estou mais estressada por não ter conseguido
almoçar, ou por ter sido derrubada na rua por um deus grego no
meio de um dilúvio ou por estar secando minha roupa com este
bendito secador no meu primeiro dia de trabalho.
Merda!
Mas já sabia que seria uma tentativa fracassada, porque Milla era a
única pessoa que me ganhava, mas não custava nada tentar.
一 Nem roupa para isso eu tenho Milla, por favor, vamos pedir uma
pizza. Pronto! O que acha? — Caminhei até onde Milla estava e me
sentei na parte do sofá que estava vazio para tirar os saltos que
estavam acabando comigo.
一 Você não vai me pegar pela barriga mocinha, vai escolhe um dos
meus vestidos, toma logo um banho e volta aqui na sala que irei te
maquiar. 一 Ordenou
Como sou uma boa amiga, fiz o que Milla me pediu quase pulando
de alegria para não dizer ao contrário.
Fui para o chuveiro sem acreditar que iria sair para uma noitada em
plena segunda-feira, ainda mais sabendo que tenho reunião
amanhã, aaaah eu ainda mato Milla um dia desses, mas hoje não
posso fazer nada, ela venceu!
Dentre todos os vestidos que Milla tem, o que mais gostei foi um de
seda, na cor preta, curtinho e com uma fenda na perna.
Com esse vestido eu não poderia usar sutiã, então peguei o vestido
e voltei para o meu quarto. Quando entrei no meu quarto, logo
abandonei a toalha sobre a minha cama, vesti o vestido e fui até o
meu armário escolher uma calcinha que não marcasse.
一 Aquela visão que tive realmente foi uma sorte, mas por outro
lado, fiquei toda encharcada, tive que voltar para o escritório
correndo para me secar e ainda fiquei sem almoço.
一 Bora!
一 Sou pra casar, não sei ficar nessa putaria não 一 Me defendi
para não ser tirado para emocionado.
Pedimos dois whiskys, com uma pedra de gelo em cada, assim que
pegamos as bebidas, voltamos para o nosso camarote.
一 Mas me conta mano, como você está? Soube que a Júlia está
desesperada e que o pai dela ameaçou tirar ela do escritório, você
ficou sabendo?
一 Mano, eu sempre te falei que ela não era flor que se cheire,
muito menos aquela família, meu pai um vez me disse que se
tivesse que escolher um lado depois do que aconteceu entre o seu
pai e o pai da Júlia, ele ficaria ao lado da sua família, sem pensar
duas vezes 一 Meu amigo nunca entendeu o motivo do meu pai
depois de tantos anos querer unir as duas famílias outra vez.
一 Eu sei Dani, mas eu estava cego, não queria ouvir ninguém, eu
só queria fazer a vontade do meu pai e joguei doze anos da minha
vida no lixo. 一 Bebi um gole do meu whisky e me virei para olhar a
pista de dança.
一 Milla, preciso ir embora, mas você deve ficar, vi que aquele boy
ali está te dando mole 一 Falei me referindo ao rapaz que estava
em um dos camarotes, ele estava acompanhado de um outro
homem, mas os dois não param de nos olhar.
一 Ainda são uma da manhã, fica aí que vou pedir um uber, fica
tranquila, amiga.
Inferno!
Que loucura era aquela? Pisquei duas vezes para ter certeza do que
eu estava vendo, e sim, era o cara que me derrubou na rua hoje
cedo.
一 Tudo bem, mas antes, me diz seu nome? 一 fitei os meus olhos
no dele e sentir minhas pernas fracas
Ele passou as pontas dos dedos no meu pescoço e subiu até o meu
rosto, em seguida começou a me acariciar com seu polegar, fechei
os olhos por alguns segundos para sentir o carinho.
Então abri os meu olhos e o encarei. Mordi meu lábio inferior, levei
minhas mãos até a cintura dele e o acariciei. Puxei o corpo dele e
colei no meu, nesse momento pude sentir que ele estava desejando
aquilo tanto quanto eu.
E eu fiquei molhada
— Matheus...— Sussurrei
Céus!
Ela sorriu.
Carolina
O uber nos deixou em frente ao condomínio de Matheus em dez
minutos, passamos pela recepção e subimos direto para o
apartamento dele.
Matheus levou uma das mãos até os meus seios, que só estavam
tapados por uma fina camada de seda.
Ele apertou devagar devagar o bico do meu seio e me fez gemer.
Abaixou a alça do meu vestido e desceu sua boca até o meu mamilo
e passou os dentes levemente.
Eu não pude deixar de notar que ele era grande, e estava muito
duro, quando vi seu membro, não me contive e salivei. O resto do
corpo de Matheus era perfeito, um corpo esculpido à mão.
Meu!
Matheus então me levou para sua cama, me deitou no meio dela e
tirou minha calcinha.
Puta merda!
Inferno!
Pelo visto ela não queria contar sobre o nosso segundo encontro,
fez bem! Eu mesmo contaria para Erick em breve.
Mas voltei ao foco da reunião quando Erick olhou para mim e coçou
a garganta querendo minha atenção, ele viu que eu estava viajando,
só não sabia que eu estava viajando nas lembranças da noite
anterior.
一 Tudo que decidimos aqui está ótimo, sei que Carolina dará o seu
melhor. 一 minha cunhada parecia bem segura sobre o belo
trabalho que Carolina iria fazer.
Que loucura!
一 Foi só uma noite, ele nem vai se lembrar disso semana que vem
一 Tentei me convencer ao falar em voz alta.
一 Está aqui como meu chefe ou como o cara que eu dormi ontem?
一 Perguntei apoiando a testa na porta.
一 Carolina, pelo amor de Deus, abre essa porta, quero falar com
você!
Pude sentir que venci aquela batalha, mas ainda não tinha vencido
a guerra
一 Você pirou de vez, só pode! A única coisa que vão pensar é que
dormir com você para ter ganhar o cargo 一 Falei bufando
Deus!
一 Eu discordo, mas não quero tirar você do seu foco, mas quero
um último encontro com você, quero um momento para te conhecer
um pouco. Você topa tomar um vinho comigo hoje?
一 Matheus…
一 Carolina?
一 Sim?
Quinta o juiz vai decidir com quem ficará a guarda dos menores,
minha cliente, avó das crianças, tem total condição de cuidar dos
menores e isso é nítido, mas o juiz do caso é um idiota, nunca
levava em consideração os estudos sociais do ministério público,
mas eu espero que dessa vez ele escute o que o Ministério Público
tem a dizer.
一 O próprio!
一 Mas o que ele tem a ver com sua noite de sexo? 一 Falou
voltando para a sala e se sentando ao meu lado no sofá.
一 O que, amiga?
Só rindo para não chorar! Milla veio até mim e me deu um abraço.
Escolhi uma mesa próxima a janela, que tinha uma vista linda para
um jardim de inverno, o restaurante era bonito e bem aconchegante,
ideal para uma noite à dois.
一 Obrigada!...
Carolina era extraordinária, veio de baixo, não teve pai e nem mãe,
lutou sozinha para chegar até aqui, conheceu Milla, sua melhor
amiga, quando foi fazer uma faxina na casa dela e desde então
nunca mais se separaram.
一 Olha aqui, eu não sei quem é você, mas o Matheus não está
nenhum pouco confortável com a sua presença, seria elegante se
você se retirasse 一 Falou Carolina em um tom elegante e sério.
一 Meu pai e o pai dela foram amigos por muitos anos, mas uma
briga entre eles os fizeram se afastar, mas há doze anos, quando
meu pai ficou doente eles fizeram uma aliança, iriam unir as famílias
e dominar a advocacia de São Paulo.
一 Matheus, não imagino o que você deve ter passado e ela ainda
tem a audácia de querer cobrar algo, é muito salafrária! 一 Carolina
estava indignada.
一 Você sabe que quero mais do que só um vinho com você, certo?
一 Falou ao colocar Tom no chão.
— Ei!
— Esquerda.
Matheus
Entramos no quarto de Carolina, coloquei ela no chão e fui trancar a
porta. Quando voltei meus olhos para Carolina, ela estava vestindo
apenas calcinha e sutiã. Caminhei até ela e puxei seu corpo para
junto do meu, segurei sua cintura e ela respirou fundo.
— Estou quase…
Eu ainda estava dentro dela quando ela deitou sua cabeça em meu
peito.
Adormecemos ali…
Acordei com os raios da luz de sol que começaram a invadir o
quarto de Carolina, vi seus cabelos espalhados sobre o travesseiro
e me perdi naquela cena, a luz do sol deixava ela ainda mais
perfeita.
Fiquei ali observando ela por uns vinte minutos e ela abriu os olhos
e sorriu, aquele sorriso fez o meu dia ficar maravilhoso.
Dito e feito!
一 Gostei de saber que não sou o único que estou passando por
isso, pois sua amiga já ganhou meu coração.
一 Milla, eu farei qualquer coisa para fazer sua amiga feliz, isso se
ela me der uma chance 一 Lancei um olhar para Carolina
一 Sabe que é tudo que quero, mas precisamos fazer uma coisa de
cada vez… vamos ver onde podemos chegar devagar…
Matheus me contou sobre seu pai, sobre a promessa que o pai dele
fez ele fazer, achei egoísmo do pai dele fazer isso, mas preferir não
externar tal pensamento, talvez isso ainda o machucasse.
Ele me contou que não tem muitas lembranças de sua mãe, pois
quando ele só tinha dois anos, ela veio a falecer. Ele disse que ela
teve um câncer que descobriu tarde demais para tratar.
Matheus era o filho caçula, ele tem outro irmão, que é médico, o pai
dele sempre falava que ele era seu pior investimento, depois dessa
frase passei a odiar o pai dele.
Mas Matheus disse que nem sempre ele foi assim, cinco anos antes
de falecer, segundo Matheus, o pai dele estava preocupado com
algumas coisas, ele não sabia o que era. Disse que seu pai nunca
foi de abrir os seus problemas, mas todos sabiam que ele estava
com algum problema.
Chegamos na casa de Matheus em quinze minutos, como eu podia
descobrir tanta coisa em quinze minutos? Matheus estava ali,
expondo todas as suas feridas, coloquei todas as minhas para fora
também.
Eu nunca tive isso com Júlia, ela não suportava carinho, só ficava
no celular dia e noite, em doze anos, acho que nunca passei uma
tarde com ela. Como eu podia achar aquilo normal? Céus!
Olhei para Carolina, que estava deitada em meu peito e vi que ela
estava dormindo, aquela mulher era tão perfeita, beijei a cabeça
dela e deixei-me levar pelo sono.
一 Acha que perderia minha noite dormindo sabendo que você está
aqui? 一 Passei a mão em seu braço.
一 Você só acordou por uma noite de sexo, doutor Matheus? 一
Cruzou os braços abaixo dos seios, o que levou meus olhos
diretamente para eles
Então segurei seu rosto, esfreguei meu nariz no dela e ela sorriu
Céus!
“Fui correr, mas preparei um café da manhã para você. Boa sorte na
audiência hoje, estarei torcendo por você!”
Matheus precisa parar de ser perfeito, ele está virando a minha
pessoa favorita…
Eu queria chorar!
— Carolina, ela é minha cliente agora, acho que você pode se retirar
— disse Júlia.
— Não sei do que você está falando sua pirralha! — Disse Júlia me
fuzilando com os olhos.
— Matheus.. Eu vou voltar para o Rio de Janeiro, não quero ter que
lidar com tudo isso, ela contou para todo mundo…— Carolina se
agarrou em minha jaqueta e se entregou ao choro.
Rebecca está com três anos, ela tem os olhos do pai, meus cabelos
e já é uma mini advogada, já me ganha na persuasão… Eu to
ferrada com essa garota!
Essa semana será minha última prova para o cargo de juíza, mas
será em São Paulo, meu coração dá um salto só de pensar em ver
Matheus. Não contei a Mateus sobre a gravidez.
Eu descobri um mês depois que voltei para o Rio de Janeiro, estava
trabalhando e comecei a enjoar, corria para o banheiro e vomitava
tudo que havia comido no café da manhã, achei que fosse só um
mal estar, mas isso se repetiu no dia seguinte, e no seguinte…
Como Milla vai casar em alguns dias, ela resolveu dar um jantar
para os padrinhos e madrinhas do casamento, então vou hoje para
São Paulo e ficarei lá até o dia da minha prova. Mas o meu maior
problema agora, é como vou ficar morando com Milla um mês, sem
que Matheus conheça Rebecca?
Fora que Daniel falaria na hora para Matheus, que eu tenho uma
filha que é a xerox dele e tem três anos, na mesma hora Matheus
vai se ligar que Rebecca é filha dele.
Depois que Carolina foi embora, Júlia ainda me deu tanto, demorei
cerca de um ano até o pai dela falir de vez e ela sumir do mapa.
Depois que Júlia foi embora, fui morar no sul, onde fiquei estudando
para o concurso de desembargadora.
Voltei para São Paulo no ano passado, quando assumi o meu cargo.
Desde então meu único pensamento é Carolina, mas me sinto tão
inseguro em procurar por ela…
Tive medo de procurar Carolina, medo de procurá-la e descobrir que
ela estivesse casada ou namorando, medo de atrapalhar a carreira
dela outra vez, Carolina merecia as melhores coisas do mundo e
naquela época eu não poderia dar isso para ela.
Preciso dela!
Milla está noiva de Daniel, mas a melhor amiga da mulher que amo,
nunca me diz nada sobre Carolina, quando fui para o sul, parei de
tentar obrigar Daniel a tentar obter informações.
Hoje Milla e Daniel irão fazer um jantar com todos os padrinhos, sei
que Carolina estará lá, vou tentar conversar com ela…
— Amiga, como já está tarde, você sobe com Rebecca coloca ela
na cama e depois desce, para tomarmos um vinho. Podemos contar
para Daniel que você tem uma filha, mas como ele não viu a
Rebecca, ele não vai poder tirar conclusões precipitadas, mas
amanhã você vai ter que encarar o pai da sua filha.
— Mano, acho que você tem alguns assuntos para resolver — falou
meu amigo, parecendo nervoso…
— Você sabe sua sonsa, quero saber como foi, conta tudo — Falou
minha amiga cortando mais um pedaço de carne
— Acho que foi bom, mas eu não prometi nada sobre nós dois,
nosso foco agora é fazer ele se aproximar de Becca. — Expliquei.
Eu posso dizer que o dia de hoje foi o dia mais feliz da minha vida,
eu conheci um pedacinho lindo de gente, um pedacinho de gente
que eu e Carolina fizemos.
Rebecca corria para dar um abraço no pai toda vez que o via, eu
nunca vi minha filha tão feliz, Matheus foi o melhor presente que ela
já ganhou, ele é o melhor pai do mundo para ela e confesso que
para mim também.
Milla acabou de subir para tomar banho e eu fui com Rebecca fazer
o mesmo.
Dez minutos depois que arrumei tudo, Carolina voltou para a sala
vestindo uma camiseta minha que batia acima do seu joelho, ela
estava com o cabelo lavado e com o rosto corado.
— E sabe filha, eu achei a Raya super parecida com sua mãe, pois
a princesa guerreira, lutava para transformar o mundo em algo
melhor, com mais amor, assim como a sua mãe faz — me
emocionei ao ouvir a comparação… — Bom dia, minha linda —
Matheus deixou um beijo na minha testa.
Minha pequena viu a cena e logo cruzou os bracinhos, eu ri, pois eu
sabia que ela estava com ciúmes do pai.
— Rebecca, não maltrate seu pai, você sabe que está na hora de ir
para cama — ouvi a voz de Carolina que estava guardando a louça
na cozinha, mas parecia estar de ouvido em pé nas chantagens da
filha.
Rebecca no momento que ouviu a voz da mãe foi para cozinha, eu
me levantei do chão e fiz o mesmo.
— Rebecca de Lucca…
Carolina argumentou com a filha por mais uns dez minutos, mas
saiu vitoriosa, ganhou a causa e agora eu estou deitando com
minha filha, fazendo carinho na cabeça dela, enquanto Carolina
toma um banho.
Ela estava exausta e não é para menos, Carolina além de ser sócia
do melhor escritório de advocacia do Rio de Janeiro, ela ainda
estuda cerca de quatro horas por dia para o concurso e ainda é
mãe! Ela merece um pouco de descanso e agora ela pode contar
comigo..
Paz que eu não tenho há dezesseis anos, pois desde que decidi ter
um relacionamento com Júlia, minha vida foi só confusão, tristeza e
estresse.
— Oi amiga…
— Eu sei amiga, mas ainda está muito cedo e eu tenho minha vida
no Rio de Janeiro…
— Também te amo.
We keep this love in a photograph / Nós mantemos este amor numa fotografia
We made these memories for ourselves / Nós fizemos estas memórias para nós
mesmos
Where our eyes are never closing / Onde nossos olhos nunca fecham
Hearts were never broken / Nossos corações nunca estiveram partidos
And time 's forever frozen still / E o tempo está congelado para sempre…”
Céus… Por que tem que ser tão difícil? Amar não deveria ser tão
complicado!
Céus… Por que tem que ser tão difícil? Amar não deveria ser tão
complicado!
Desbloqueio meu celular e vou até a galeria, abro a foto que eu,
Matheus e Becca tiramos hoje, no restaurante em que almoçamos.
Essa foto será para sempre a minha favorita, pois nela estamos
demonstrando tanto amor, nossos sorrisos entregam que estamos
realizados… Então guardarei essa foto para sempre em meu
coração.
Pois quando eu achar que não consigo mais lutar, olharei para essa
foto e verei o quanto nosso amor vale a pena. O quanto o amor
pode doer às vezes, mas o amor também pode curar. E, só ele pode
curar.
Matheus
Assim que Rebecca dormiu, coloquei os protetores na cama e agora
posso ficar mais tranquilo, pois sei que ela não vai cair da cama.
Nas minhas compras de hoje também adquiri uma babá eletrônica,
agora posso ouvir caso ela chore.
Com uma das mãos ela segura uma xícara de chá e com a outra
digita algo no notebook, então coço a garganta para chamar a
atenção dela e ela olha em minha direção.
— Poderia te ver trabalhar todos os dias, pois você fica ainda mais
bonita de óculos — Falei e em seguida caminhei até onde ela
estava, tirei o notebook do colo dela e coloquei do outro lado da
cama.
— Não chora meu amor, tudo vai ficar bem! — Carolina se levantou
e me abraçou
— Com certeza, faremos isso assim que a gente for para o Rio de
Janeiro — Falei e ela me olhou com os olhos marejados.
— Carolina…— Gemi