Você está na página 1de 5

1

INTRODUÇÃO
A programação é uma ferramenta de muita utilidade para a humanidade, estando presente
como uma grande aliada em uma grande diversidade de áreas: medicina, engenharia,
entretenimento, e muitas outras. No campo da educação não é diferente, principalmente no
ensino de disciplinas científicas, como a Física, Matemática, Biologia e etc.

A programação oferece uma vasta gama de possibilidades para estudantes e professores e


profissionais da Física, auxiliando no aprimoramento do aprendizado, na compreensão de
conceitos complexos e na resolução de problemas que se tornaram mais viáveis após a
introdução da programação. Destaca-se, em meio a isso, o uso da programação no ensino da
física: a modelagem e simulações de fenômenos físicos, tornando mais dinâmico e eficiente o
processo de aprendizado se aproximando da realidade dos estudantes que têm cada vez mais
contato com jogos e tecnologia, de modo que não limita-se mais aos diagramas estáticos nos
livros didáticos.

Além disso, a programação oferece uma abordagem prática para a resolução de problemas,
possibilitando que os alunos criem seus próprios algoritmos e desenvolvam soluções para
questões específicas. Essa abordagem incentiva a criatividade, o pensamento crítico e o
trabalho em equipe. Ao proporcionar ferramentas interativas e recursos visuais, a
programação atende a diferentes estilos de aprendizagem e permite que os alunos progridam
em seu próprio tempo.

Disponível em: https://www.facebook.com/PhETSims/?v=wall


2

DESENVOLVIMENTO

A utilização das simulações abre um leque de possibilidades que não é possível no método
tradicional de ensino de física: o aluno manipula os parâmetros que modificam os fenômenos
e essas mudanças têm impacto na simulação, as imagens, animações, gráficos e dados
numéricos acompanham as modificações feitas pelo usuário, isso permite que o estudante
compreenda com maior profundidade os conceitos e como os parâmetros se relacionam com
os fenômenos. Além disso, pela simulação, torna-se possível a observação de fenômenos que
não podem ser feitos na forma de experimentos em sala de aula ou laboratório, pelo fato de
serem perigosos, tecnicamente difíceis, caros ou que acontecem de forma muito rápida.

Nota-se esses benefícios ao observar o experimento conduzido por Jimoyiannis e


Komis(2001), realizado com dois grupos de estudantes de 15 a 16 anos. Nesse experimento,
os dois grupos receberam aulas sobre movimento, mas somente um deles teve acesso a
simulações sobre o tema. No fim desse período, eles receberam um questionário com
perguntas relacionadas aos assuntos de velocidade, aceleração, e queda livre, e deveriam
explicar as suas respostas por meio dos conceitos. Percebeu-se que o grupo que teve acesso às
simulações adquiriu um entendimento muito mais profundo dos conceitos de movimento,
enquanto o outro grupo apresentava em sua maioria as mesmas lacunas conceituais.

À medida que a tecnologia avança, a educação deve acompanhá-la. Existem vários projetos na
internet utilizando linguagens de programação que fazem com que os alunos brinquem,
simulem e aprendam física ao mesmo tempo. É o caso do PHET, um site da Universidade do
Colorado que disponibiliza simulações de Física, Matemática e Química. Projetos assim
fazem com que as crianças e jovens utilizem seus celulares e computadores com o intuito de
aprender algo novo.

Interferência de Ondas. Disponível em: Construção de circuito. Disponível em:


https://phet.colorado.edu/en/simulations/wave-interference https://phet.colorado.edu/en/simulations/circuit-construction-kit-dc
3

Movimento de Projétil. Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_all.html?locale=pt_BR

Além do PHET, há também o Scratch uma linguagem de programação simples e dinâmica


que pode ser utilizada no ensino de física. A seguir um exemplo de programa utilizado na aula
de Cinemática.

Disponível em:
https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/mostra-gaucha-produtos-educacionais/2016/ARTIGOS/F%C3%8DSICA,%20LINGUAGEM%20DE
%20PROGRAMA%C3%87%C3%83O%20E%20ENSINO%20FUNDAMENTAL-%20UMA%20COMBINA%C3%87%C3%83O%20POS
S%C3%8DVEL.pdf

Richard Feynman, um grande físico e educador do século XX, disse em uma de suas maiores
obras o “Lectures of Physics” que a educação em si é pouco eficaz, exceto nos felizes
momentos em que ela é quase supérflua. É cabível mostrar que programas assim, feitos a
partir de linguagens de programação, utilizados de maneira descontraída e motivada causam
curiosidades em alunos, o que faz com que alguns acabam se divertindo, aprendendo e
buscando saber mais sobre o assunto. Um ponto favorável ao uso da programação na
educação básica.

Contudo, deve-se levar em consideração a falta de acesso a essas tecnologias em escolas


acerca de todo o Brasil e do mundo. Enquanto algumas instituições conseguem oferecer todo
4

material necessário para a imersão do aluno no mundo científico e da programação, algumas


outras não conseguem ter ao menos uma infraestrutura de mínima qualidade. Muitas pessoas
só vão ter contato com linguagens de programação quando vão para Universidades cursar algo
que precise de um conhecimento mínimo dessa área. O que também é um problema, pois sem
as ferramentas necessárias para instigar as pessoas a seguirem na ciência, não irão seguir em
carreiras STEMs (Science, technology, engineering, and mathematics) e terem esse contato
com a programação em seu estudo.

CONCLUSÃO
Ademais, o uso da programação no ensino de Física tanto no ensino fundamental quanto no
ensino médio oferece uma série de benefícios, tornando o aprendizado mais dinâmico,
interativo, significativo e marcante para quem ensina e para quem aprende. As simulações,
análises de dados e projetos criativos permitem que os estudantes explorem a Física de forma
prática, visual e envolvente, fortalecendo sua compreensão dos conceitos científicos e
incentivando o pensamento crítico.

Além disso, a programação prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo


tecnológico atual, fornecendo habilidades valiosas de resolução de problemas e pensamento
computacional. Ao integrar a programação ao ensino de Física, educadores podem ampliar o
interesse e a motivação dos estudantes, criando uma experiência de aprendizado mais
significativa e impactante.

Os professores, juntamente com a coordenação das escolas, devem buscar fazer parcerias com
o fito de proporcionar essas experiências com a tecnologia aos jovens estudantes. Isso fará
com que eles aprendam os conteúdos estudados em sala de aula de uma forma mais
descontraída e efetiva. Assim, a educação, nesse diferente momento de estudo, se tornará
grandemente eficaz.
5

REFERÊNCIAS

Uma proposta didática para o ensino de Física através do uso de simulações desenvolvidas na
linguagem de programação python e no aplicativo geogebra. -
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228311

FÍSICA, LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO E ENSINO FUNDAMENTAL: UMA


COMBINAÇÃO POSSÍVEL. -
http://mostragaucha.upf.br/download/artigos-2016/fisica-programacao-e-ensino-fundamental-
uma-combinacao-possivel..pdf

Jimoyiannis, Athanassios & Komis, Vassilis. (2001). Computer simulations in physics


teaching and learning: A case study on students' understanding of trajectory motion.
Computers & Education.

FEYNMAN, Richard P. - Lectures of Physics Vol I, 1964.

ALUNOS: Felipe Santos Araujo, Igor Silva Pessoa, João Marcos Nascimento Castilhano e
Paulo Henrique Sousa Botês.

Você também pode gostar