Você está na página 1de 41

Curso

PERÍCIA Judicial
online
R

AULA 9
APRESENTAÇÃO
DO LAUDO

ESTRUTURA DA AULA
1. FORMA DO LAUDO
2. ANEXOS
CONCLUSÃO; ATIVIDADE PROPOSTA;
GLOSSÁRIO; ARTIGOS; FINAL NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
OBJETIVOS DA AULA 9 1

Definir as condições em que será redigido o Laudo e a forma final que o mesmo
apresentará.

Fornecer ao aluno interessado em seguir a carreira de Perito, possibilidades de


diagramação de textos e fotos que estão contidos dentro de um Laudo, podendo haver
variações e particularidades próprias de cada indivíduo.

Observar e apontar maneiras de juntar anexos ao Laudo de forma a auxiliar no


esclarecimento e fundamentação deste.
ESTRUTURA DA AULA 9 2

1. Forma do laudo
2. Anexos

Conclusão
Atividade Proposta
Glossário
Artigos
PROBLEMÁTICA A SER ESTUDADA E 3
ESQUEMATIZAÇÃO DO PROBLEMA

Após serem coletados os dados necessários à confecção do Laudo, por parte do Perito, é
chegada a hora de redigir o mesmo. Você saberia definir como seria a apresentação final
do Laudo?
Curso
PERÍCIA Judicial
online
R

C A P Í T U LO 01 | AULA 9

FORMA DO LAUDO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1.1 Esmero 1.9 Condições preliminares
1.2 Clareza do laudo 1.10 Dados do objeto da perícia
1.3 Assuntos eminentemente técnicos ou 1.11 Vistoria e Exame
enfadonhos do laudo 1.12 Item com a origem do problema
1.4 Corpo do laudo 1.13 Como reparar o problema ocorrido
1.5 Formato do laudo 1.14 Conclusão
1.6 Apresentação formal do laudo 1.15 Onde colocar os quesitos do laudo
1.7 Folha de Rosto 1.16 Diagramação de quesitos
1.8 Sumário 1.17 Fechamento e assinatura NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
1. FORMA DO LAUDO 4

1.1 Esmero

Diversas são as formas de serem diagramados e expostos os textos, anexos e


elementos da perícia em um laudo.

Laudos que mostram aplicação e esmero revelam, já à primeira vista, que o autor possui
experiência e trata o seu trabalho com dedicação.

Nesta aula, são feitas algumas sugestões, a fim de proporcionar aos novos peritos um
padrão inicial, que logo terá condições de ser substituído, a critério do profissional.
1. FORMA DO LAUDO 5

1.2 Clareza do laudo


Ler artigo 473 do CPC

Antes de tudo, é muito importante que o perito apresente o laudo de maneira


compreensível ao juiz e às partes envolvidas no processo. É imprescindível ser o teor
dele conciso e objetivo. Laudos prolixos e rebuscados, logo no seu início, correm riscos
de não serem lidos. A forma de exposição dos fatos e técnicas apresentada deve chegar
o mais próximo possível do nível de conhecimentos do juiz e das partes, sem, no
entanto, sair da melhor técnica ou da lucidez científica.
1. FORMA DO LAUDO 6

1.3 Assuntos eminentemente técnicos ou


enfadonhos do laudo
Quando forem empregadas fórmulas matemáticas, que estas sejam devidamente
explicadas. Se for utilizado software como de cálculo trabalhista e atualização monetária,
muito aplicado pelos administradores, contadores, economistas e matemáticos, ou
mesmo, de software de avaliação de imóveis, manuseados pelos engenheiros e
arquitetos, é indicado informar seus dados gerais.

Recomenda-se que os relatórios disponíveis pelos softwares, que forem de natureza


matemática, sejam colocados em anexo ao laudo, pois, se colocados no seu corpo, a
leitura de fórmulas, de gráficos e de modelos será monótona ao leigo, além de que,
possivelmente, esse não entenda quase nada do que está aí contido.

Se, por um lado a colocação de relatórios, como anexos ao laudo, dão a devida
fundamentação ao conteúdo do corpo do laudo, eles também evidenciam a qualidade
dos recursos buscados pelo perito para a perfeita consecução do laudo.
1. FORMA DO LAUDO 7

1.4 Corpo do laudo

De corpo do laudo, chama-se o que o perito escreve após a folha de rosto (a primeira
folha do laudo), até o item Conclusão do Laudo, supondo haver. Não havendo a
Conclusão, o corpo do laudo irá até o começo das respostas aos quesitos, igualmente
se houver.
1. FORMA DO LAUDO 8

1.5 Formato do laudo

Convém ao perito redigir o laudo em papel timbrado com seu nome e título no topo. Se
tiver logotipo, colocá-lo também no topo da folha. No rodapé, põem-se endereço, e-mail
e telefone. Normalmente, o tamanho de papel preferido é o A-4. É adequado à fonte ou ao
tipo empregado no rodapé ser diferente daquele do texto do laudo.

As folhas do laudo são escritas de um só lado. O texto do laudo é posto, no mínimo, a


4cm do topo da folha e a 2cm do logotipo. Da base da folha, o texto tem que estar, no
mínimo, a 3cm; e do rodapé, a 2cm. A margem direita deve ter 2cm.

Devido ao jeito de fixação dos diversos documentos nos autos de processo, onde se
perde cerca de 3cm, à esquerda, sugere-se que a margem esquerda tenha 4cm. Isso
evitará esforços desnecessários a quem ler o laudo já juntado aos autos.
1. FORMA DO LAUDO 9

1.5 Formato do laudo

O sistema usual dos cartórios é fixar as folhas com um ou dois grampos. Ao ser juntado
um novo documento ao processo em papel, esse é colocado a partir da última folha já
constante nos autos.

Não encadernar ou colocar espiral no laudo em papel.

Em processo eletrônico, é melhor diagramarmos da mesma forma, acima; e o perito


juntará, ele mesmo, o laudo nos autos, via internet e o seu usuário e senha ou certificado
digital.
1. FORMA DO LAUDO 10

1.6 Apresentação formal do laudo

Alguns peritos entregam o laudo junto com uma petição em que consta o pedido para
ser esse juntado no processo ou simplesmente o apresentando. Tal procedimento é
correto. Nesse Curso, sugere-se que o laudo seja entregue sem o acompanhamento da
petição, constando apenas a apresentação do laudo na sua primeira folha, a chamada
folha de rosto.

No processo eletrônico, como no Sistema utilizado pela Justiça do Trabalho, o perito


terá que utilizar o editor de texto do próprio sistema para realizar o laudo ou poderá fazer
uma petição informando que em anexo segue o laudo no formato PDF.

No processo eletrônico, o perito pode copiar o texto de um editor que utiliza em seu
computador e colar no editor de texto do sistema.
1. FORMA DO LAUDO 11

1.7 Folha de rosto

Na folha de rosto é dado conhecimento, em letras maiúsculas, em seu topo, abaixo do


logotipo do perito, do seguinte:

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO GRANDE,
para processos correntes na Justiça Estadual;

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DE RIO GRANDE,


para processos da Justiça Federal;

EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA 3 ª VARA DE FLORIANÓPOLIS,


para reclamatórias trabalhistas na Justiça do Trabalho.
1. FORMA DO LAUDO 12

1.7 Folha de rosto


Depois, na mesma folha de rosto, para processos em papel, deixa-se um espaço em
branco com o objetivo de permitir que o juiz redija o despacho a respeito do documento
a ele dirigido – nesse caso, sobre o laudo. Um espaço cômodo é no mínimo de cerca de
10cm, porém a prática sugere 13cm. Em geral, o despacho ali colocado é feito de forma
manuscrita. Se o despacho for grande, o juiz tem espaço de continuá-lo no verso da
folha. Após o espaço em branco, num único parágrafo, sugere-se indicar no texto o
nome do perito e sua qualificação, o tipo e número da ação e os nomes das partes – tudo
em negrito e letras maiúsculas.

E seguindo, também em letras maiúsculas e em negrito, identificar o respectivo ofício


onde tramita o processo.

No processo eletrônico, não é necessário deixar o espaço em branco no topo da folha de


rosto do laudo ou no topo de qualquer petição, pois o despacho do juiz é realizado no
editor de texto do sistema.
1. FORMA DO LAUDO 13

1.8 Sumário

Na segunda folha, se inicia o laudo propriamente dito, assim como o corpo do laudo. Em
seu topo, após o logotipo do perito, estaria localizado o título Sumário com os principais
itens constantes no laudo. Se for, por um acaso, um laudo pequeno com três ou quatro
itens, não há contraindicação em aplicar-se também o Sumário.

No processo eletrônico, o Sumário pode seguir logo após a qualificação do perito e os


dados do processo.
1. FORMA DO LAUDO 14

1.9 Condições preliminares

No item Condições Preliminares, convém fazer-se um pequeno histórico relativo à


necessidade daquele laudo. Um resumo de duas ou três linhas é o suficiente. A intenção
é não deixar o laudo solto, sem registro daquilo a que se propõe. Nesse item, é colocada
a própria finalidade do processo. O conteúdo de Condições Preliminares não deve
exprimir considerações ou opiniões quaisquer emitidas pelo perito. O referido item não
terá utilidade nenhuma à finalidade do laudo.

Condições preliminares
1. FORMA DO LAUDO 15

1.10 Dados do objeto da perícia

Após as Condições Preliminares, vem a propósito de serem criados um ou mais itens


que descrevam o objeto da perícia.
1. FORMA DO LAUDO 16

1.11 Vistoria e exame

A inspeção de bens imóveis, máquinas e equipamentos é denominada de Vistoria. Por


exemplo, quando se trata de uma perícia, de uma obra sendo construída em imóvel
pertencente ao réu que causou dano em outro, pertencente ao autor, cabe abrir um item
onde conste o item Vistoria do Imóvel do Autor. Nele, o perito relatará o que constatou
na vistoria do imóvel que sofrerá os danos. Logo após, abrir outro item, onde será
descrito o imóvel causador dos abalos, denominado Vistoria do Imóvel do Réu.

Ao estudo de documentação do objeto da perícia, principalmente quando se trata de


perícia envolvendo cálculos ou área financeira, chama-se de Exame. A forma de
apresentação do texto no laudo de como ocorreram as diligências sugere-se ser
semelhante ao item Vistoria, acima exposto. A diligência em pessoa é denominada
Exame.
1. FORMA DO LAUDO 17

1.12 Item com a origem do problema

Caso a perícia busque a origem de um determinado problema, o perito coloca em seu


laudo um item específico onde conste a causa da questão que proporcionou o litígio e o
consequente laudo.

É sem dúvida um dos itens mais importantes de um laudo, aquele que identifica os
agentes causadores de determinado problema. Nesse momento, tem-se oportunidade de
comprovar a capacidade do perito em elucidar.
1. FORMA DO LAUDO 18

1.13 Como reparar o problema ocorrido

Havendo a identificação de danos ocorridos no objeto da perícia e a origem desses


danos, é admissível ser exigido ainda, que o laudo contenha a disposição de como
reparar esses danos. A necessidade de abrir-se um item no laudo como Reparo aos
Danos, vem muitas vezes do conteúdo expresso em quesitos, onde as partes ou o juiz
perguntam como será feito o restauro do prejuízo.
1. FORMA DO LAUDO 19

1.14 Conclusão

É indicado o item Conclusão ser escrito no final do corpo do laudo, antes de ser iniciada
as respostas aos quesitos. Alguns peritos, de acordo com o objeto da perícia, optam por
não redigir esse item.

No item Conclusão, será feito um relato sintético de tudo que for importante no laudo,
identificando os fatos e elucidando a matéria da maneira mais clara possível ao perito.

Quando bem elaborada a conclusão, veem-se os juízes extraírem dela trechos para
serem colocados em suas sentenças.
1. FORMA DO LAUDO 20

1.14 Conclusão

Essa, portanto, será uma das finalidades do item Conclusão. Porém, a finalidade maior é
explicar, de modo resumido e concatenado, toda a perícia, com o objetivo de que o leigo,
o juiz e os procuradores das partes, saibam perfeitamente ao que o perito chegou,
tornando-se uma opção rápida de compreensão da perícia.

Na Conclusão, é também local para colocar os resultados simplificados de cálculos


financeiros.

Laudos de avaliação de bens contêm nesse item, a composição final do valor e a data a
que se refere.

Relatório sintético dos pontos importantes do laudo.


1. FORMA DO LAUDO 21

1.15 Onde colocar os quesitos no laudo

Sugere-se colocar o item Quesitos das Partes depois da Conclusão. Todavia, é cabível o
perito empregar um item Resposta aos Quesitos do Autor e outro item Resposta aos
Quesitos do Réu. Evidentemente, só haverá esses itens se forem apresentadas
perguntas por escrito das partes ou do próprio juiz, sobre o assunto que se desenvolver
a perícia. Se o juiz realizar quesitos, o que não é frequente, o perito abrirá outro item
para contê-los.

Recomenda-se que no laudo sejam transcritos os quesitos tais quais foram constituídos
pelas partes e, imediatamente, abaixo de cada um, incluir-se a resposta correspondente.

Se o quesito contiver erro de português, mesmo que este seja grosseiro, será mantida a
forma escrita.
1. FORMA DO LAUDO 22

1.16 Diagramação de quesitos

A diagramação do quesito e da resposta devem ser diferenciadas entre si, a fim de


facilitar a leitura e a visualização. Alguns costumes praticados há bastante tempo na
diagramação de laudos e apresentados aqui, dão oportunidade de serem seguidos.

Colocar o texto do quesito em espaço simples, numa coluna colocada no lado direito da
folha, ocupando cerca de quarenta por cento da largura da página, é uma maneira de
diferenciar o quesito da resposta.
1. FORMA DO LAUDO 23

1.16 Diagramação de quesitos

Logo abaixo do quesito, a resposta ocuparia a mesma largura de parágrafo já utilizada


normalmente no corpo do laudo, assim como o mesmo espaçamento entre linhas. No
parágrafo da resposta, será importante iniciar com a palavra Resposta, escrita em
negrito.

Sempre que for possível, coloca-se o quesito e sua consequente resposta na mesma
página. Isto facilitará a leitura, evitando que o leitor fique trocando de página quando
estiver lendo a resposta e, ao mesmo tempo, desejar certificar-se do conteúdo da
pergunta.
1. FORMA DO LAUDO 24
Diagramação de quesitos
1.16 Diagramação de quesitos
Os quesitos serão colocados na ordem em que foram propostos pelas partes. O rol de
quesitos do autor ficará posicionado como o primeiro na ordem apresentada no laudo, a
seguir, o do réu. No título do item que contém o rol, coloca-se o número da folha dos
autos do processo onde se localizam os quesitos da parte, por exemplo: 6.1 Quesitos do
Autor (fls. 144 a 146). A indicação da folha facilitará a busca do rol nos autos pelo leitor,
a fim de que esse confira a fidelidade do que foi transcrito pelo perito.

Nos processos eletrônicos, cada documento recebe uma numeração. Quando queremos
nos referir a um documento em processo eletrônico, dizemos veja ID XX ou evento XX,
onde o XX é o número que este recebeu nos autos. Esta referência vai variar com o tipo
de processo eletrônico.
1. FORMA DO LAUDO 25
Fechamento do laudo em
1.17 Fechamento e assinatura Fechamento de laudo em
processo em papel processo eletrônico

Abaixo das respostas aos quesitos, sugere-se colocar uma linha divisória e, após, num
único parágrafo (fechamento), informa-se:
- o número de folhas contidas no laudo;
- que as folhas são escritas de um só lado;
- que a assinatura do perito consta na última folha e que ele rubrica as demais;
- o número de anexos e o modo de impressão, se por computador ou máquina de
escrever.

Sugere-se numerar as folhas do laudo. É comum os funcionários dos cartórios juntarem


as folhas dos laudos em papel fora de ordem; numerando-as, tem-se a garantia do
ordenamento correto nos autos.
Curso
PERÍCIA Judicial
online
R

C A P Í T U LO 02 | AULA 9

ANEXOS
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
2.1 Como utilizar os Anexos
2.2 As fotos demonstram o ocorrido
2.3 Onde colocar as fotos
2.4 Fotos digitais e a autencididade NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
2. ANEXOS 26

2.1 Como utilizar os anexos

Os anexos servem para fundamentar e facilitar a elucidação e compreensão de tudo que


está escrito no laudo.

Como anexos, é apropriado o laudo contar ainda com extratos bancários, folhas de
pagamentos, cópias de livros contábeis, exames médicos, matrículas de imóveis, fotos
digitais, fotos convencionais, croquis, gravações da vistoria ou exposições elucidativas
em DVD, entre outros. Os anexos servem para instruir o laudo.

Como no corpo do laudo é conveniente constar um pequeno relato sobre os fatos,


coisas e técnicas em que se desenvolve a perícia, e que essa necessita ser entendida
pelos leigos à área, procura-se então tomar alguns cuidados. Assim, o perito procurará
colocar as matérias mais complicadas nos anexos, para que a leitura do corpo do laudo
seja mais simples.
2. ANEXOS 27

2.1 Como utilizar os anexos

Se o laudo possuir mais de um anexo, coloca-se no topo da folha do anexo o número ao


qual se refere. Se for o terceiro anexo, por exemplo, escreve-se: ANEXO III.

Nos processos eletrônicos, todo e qualquer documento ter que ser transformado em
PDF para ser juntado ao Sistema. Não sendo possível, como no caso de filme, este deve
ser gravado em pen drive e ser entregue ao escrivão ou diretor de secretaria, fazendo-se
menção no laudo, que o filme segue em anexo ao mesmo, no Dispositivo pen drive, que
está sob guarda do cartório e secretaria da vara onde corre o processo.
2. ANEXOS 28

2.2 As fotos demonstram o ocorrido

Quando acontecer de ser útil à perícia, a instrução com fotos, estas serão coladas em
papel timbrado do perito, indicando nas folhas, o número dado a cada uma das fotos.

No corpo do laudo, à medida que forem sendo relatados os fatos, relacionam-se os


assuntos às fotos correspondentes, apontando-se o número recebido e de qual anexo
fazem parte.

As fotos devem ser tiradas pelo próprio perito e terem boa qualidade. A fotografia é um
dos instrumentos mais importantes. Utilizando-a, o perito torna o que escreveu mais
compreensível. Ela serve para oferecer às vistas do leitor do laudo o que realmente se
sucedeu, demonstrando o que está redigido. Evidentemente, o juiz e as partes sentem-se
mais seguros ao ler uma explicação do perito, quando ele torna patente o que escreve
através de fotografias.
2. ANEXOS 29

2.2 As fotos demonstram o ocorrido

O perito emprega a foto como fundamentação do que diz, por ela ser um interessante
meio para estabelecer relação entre coisas, de transmitir uma ideia ou fazer-se entender.

● A fotografia é um dos instrumentos mais importantes


2. ANEXOS 30

2.3 Onde colocar as fotos

É sempre aconselhável colar as fotos no primeiro anexo, posicionando-as a seguir da


última folha do laudo, para tornar prática sua consulta.

Ao invés de colocar as fotos em um dos anexos do laudo, alguns peritos preferem


inseri-las em seu corpo principal. Esses vão intercalando a colocação, à medida que vão
contando os fatos que cercam a perícia.

Dispostas no anexo ou no corpo do laudo, ainda alguns peritos preferem colocar


embaixo de cada foto, uma legenda sobre o que pretendem mostrar com ela.

Não possuindo o perito uma boa máquina fotográfica para ser fotografado um objeto em
ângulo ou distância especial, convém contratar um fotógrafo, mostrando a ele como
deseja a foto.
2. ANEXOS 31

2.3 Onde colocar as fotos

No processo eletrônico, as fotos podem ser coladas, duas a duas, na página do editor de
textos do computador do perito, com o timbre e os endereços do perito, iguais às
páginas do laudo. As fotos em processo eletrônico permitem zoom, dando chance ao
leitor do laudo uma maior inspeção das imagens.
2. ANEXOS 32

2.4 Fotos digitais e a autenticidade

Geralmente há uma dúvida: É correto utilizar fotos digitais em laudos periciais? O


questionamento é feito devido serem as fotos digitais facilmente adulteráveis com
softwares.

O perito que está realizando um laudo tem fé pública, trata-se de um auxiliar da justiça, é
de Confiança do juiz e as partes aceitaram a sua nomeação, pois, se estas tivessem
desconfiança, não teriam aceitado a indicação do juiz. Então, se o profissional tem a
confiança de todos, por que suspeitar sobre as fotos digitais que ele apresenta no
laudo?

De qualquer forma, não encontramos mais maneiras de produzimos fotos que não sejam
digitais.
Curso
PERÍCIA Judicial
online
R

AULA 9

CONCLUSÃO

{
Atividade Proposta
Glossário
Artigos Final
NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
2. CONCLUSÃO 33

A partir do momento em que o Perito vai em busca de provas materiais, obtidas através
de vistorias ou exames, começa a coleta de dados e provas que culminarão com a
formulação final do Laudo.

A elaboração e apresentação do Laudo seguem determinadas normas de formatação que


devem ser seguidas, porém, o Laudo deve ser um trabalho individual e criativo, com o
toque pessoal. Deve ainda ser claro e objetivo, de fácil entendimento aos leigos.

O Laudo é, estruturalmente, formado por 4 partes: Folha de Rosto, Corpo do Laudo,


Conclusão e/ou Respostas aos Quesitos e os Anexos.
2. ATIVIDADE PROPOSTA 34

Após esta aula, você estará fazendo a


última Atividade Proposta do curso, pois a
Aula 10 é optativa, não possuindo
exercícios.
2. GLOSSÁRIO 35

Anexos: Que se junta como acessório; coisa ligada à outra considerada como principal.

Autenticidade: Verdade de um depoimento.

Conclusão: Consequência de um argumento; dedução.

Corpo do Laudo: Tudo o que o perito escreve após a folha de rosto (a primeira folha do
laudo), até o item Conclusão do Laudo.

Diagramação: Determinação de disposição de espaços a serem ocupados por textos,


legendas, ilustrações, etc. num livro, jornal, revista, e, no caso específico, em um Laudo.

Digital: Relativo aos dedos, ou relativo aos dígitos.

Esmero: Cuidado, apuro, perfeição com que se faz alguma coisa.


2. GLOSSÁRIO 36

Folha de Rosto: Primeira folha de um trabalho acadêmico, ou laudo pericial, onde


constam: Nome do Juiz de Direito e a Vara em que atua que irá julgar o processo que
requer a perícia em questão; Nome do perito, sua qualificação, o tipo e número da ação e
os nomes das partes e Identificação do respectivo ofício onde tramita o processo.

Formato: Feitio, tamanho, tipo.

Software: Conjunto de todos os recursos humanos, lógicos e mesmo de instalação e de


organização, com os quais se explora uma máquina, equipamento ou sistema.

Sumário: Resumo, recapitulação; índice de matéria.


2. 37
ART. 473. O LAUDO PERICIAL DEVERÁ CONTER:

I - a exposição do objeto da perícia;


II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se
originou;

IV - ...
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com
coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º ... § 3º ...

Você também pode gostar