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PERÍCIA Judicial
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AULA 6
LAUDOS, CONSULTORES E IMPUGNAÇÕES
ESTRUTURA DA AULA
1. OS QUESITOS NO LAUDO
2. COMO DEVE SER O LAUDO
8. SEGUNDA PERÍCIA
3. CONCLUSÃO
CONCLUSÃO; ATIVIDADE PROPOSTA;
4. SUPERPOSIÇÃO DE ÁREAS
GLOSSÁRIO; ARTIGOS; FINAL
5. CONSULTORIA
6. IMPUGNAÇÃO
NOS SIGA NAS
7. ATIVIDADES POSTERIORES A ENTREGA DO REDES SOCIAIS
LAUDO
OBJETIVOS DA AULA 6 1
1. Os Quesitos no laudo
2. Como deve ser o laudo
3. Conclusão
4. Superposição de áreas
5. Consultoria
6. Impugnação
7. Atividades posteriores a entrega do laudo
8 . Segunda perícia
Conclusão
Atividade Proposta
Glossário
Artigos
Final
PROBLEMÁTICA A SER ESTUDADA
E ESQUEMATIZAÇÃO DO 3
PROBLEMA
1. Ao produzir o laudo e suas conclusões, o perito deve atentar para uma série de atos e
procedimentos, assim como também pode utilizar os serviços de consultores. Que
aspectos envolvem essa questão?
C A P Í T U LO l | AULA 6
OS QUESITOS NO LAUDO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Respostas dos quesitos
2. Onde colocar os quesitos no laudo
3. Redação do corpo do laudo e posterior resposta aos quesitos
4. Quesitos já respondidos
5. Grau de importância dos quesitos
6. Fatos importantes que não constam em quesitos
Busca-se no laudo a completa elucidação dos fatos; dessa forma, as respostas aos quesitos
não devem ser complementares ao entendimento dos fatos apresentados no corpo do laudo,
ou seja, no corpo do laudo já deve estar contido os esclarecimentos que a perícia necessita,
independente das respostas aos quesitos.
Todavia, é certo que, por ocasiões, as partes formulam quesitos cujas respostas não têm
importância maior na compreensão da perícia, sendo elas desinteressantes. Nestes casos,
não é necessário estar o teor da resposta do quesito contido no corpo do laudo.
1. OS QUESITOS NO LAUDO 1.2 Onde colocar os quesitos no laudo 5
Muitos peritos iniciam a redação de laudos sem observarem os Quesitos. Inicialmente leem a
inicial, as contestações e os documentos constantes nos autos, fazem a vistoria ou exame de
documentos, diligenciam buscando novas contribuições e ocupam-se com estudos
pertinentes à perícia. Depois disso, escrevem o corpo do laudo.
O perito é obrigado a elaborar um corpo de laudo e não apenas responder quesitos. O corpo
de laudo deverá conter a exposição do objeto da perícia, a análise técnica ou científica
realizada pelo perito, a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou,
apresentando sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando
como alcançou suas conclusões.
Quesito cuja resposta seja a mesma do anterior, enseja ser respondido no seguinte:
Prejudicado pela resposta ao quesito anterior. Se o quesito pede uma resposta idêntica à
outra, que já havia sido respondida no mesmo rol, é conveniente sua resposta ser remetida
para aquela outra, como por exemplo: Veja resposta ao quesito XX, acima. Alguns peritos
tomam cuidado de responder integralmente ao quesito do réu que trata da mesma coisa que
foi respondida em quesito pertencente ao rol do autor, evitando assim remeter a resposta ao
quesito do autor – e vice-versa.
1. OS QUESITOS NO LAUDO 1.5 Grau de importância dos quesitos 9
Quesitos complexos exigem do perito estudos maiores para respondê-los, muito embora
grande parte deles tenha respostas não importantes à perícia.
A experiência mostra que as respostas a alguns quesitos apresentados no rol das partes são
normalmente repetidas.
O laudo deve conter uma Pequena História do objeto pelo qual as partes estão discutindo,
mesmo que ela apresente fatos e documentos que não tenham sido explorados nos quesitos
formulados pelas partes, na petição inicial, ou ainda, nas contestações.
Se ele entender necessário ao objeto da perícia, colocará esses elementos no seu laudo.
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C A P Í T U LO 2 | AULA 6
COMO DEVER
SER O LAUDO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
2.1 Narração metódica dos fatos notáveis do 2.6 Laudo bem fundamentado
objeto 2.7 Explicativo aos leigos
2.2 Produção do laudo sem receios 2.8 Abrangência do laudo
2.3 O laudo deve ser conclusivo 2.9 Corpo do laudo 2.10
2.4 Conciso - não prolixo
Cuidados
2.5 O juiz possui poucos peritos para muitas NOS SIGA NAS
especialidades REDES SOCIAIS
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.1 Narração metódica dos fatos
11
notáveis do objeto
Ler artigo 473 do CPC
O perito não deve se preocupar em apresentar um texto com o melhor português existente,
com o objetivo de resultar em uma pequena Obra Literária. Se tentar fazê-lo, é possível que
lhe tome tempo de trabalho em excesso, não previsto nos honorários, além de que,
aumenta a probabilidade de insucesso quanto à clareza do que foi escrito, podendo obter
como resultado um texto rebuscado, prejudicando a perfeita compreensão dos fatos.
Portanto, tanto o perito quanto o assistente técnico adotarão a linguagem que lhes for mais
própria para escrever o laudo, com conteúdo claro, utilizando-se de legítimos critérios para
expressar com segurança e legitimidade suas opiniões.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.2 Produção do laudo sem receios 12
Não cabe ao perito se preocupar com o que concluiu no laudo, se vai favorecer alguém ou
não com o que escreveu, ou quanto custará à parte, se o juiz valer-se do que concluiu. Ao
perito cabe se preocupar em produzir um bom trabalho, bem fundamentado, observando os
conceitos orientadores da atividade.
O laudo há de ser Terminante, sem receio de mostrar o causador dos fatos que originaram
danos ou prejuízos às partes, ou a uma única parte. Quando não se sucede assim, há a
probabilidade de o perito ser intimado a prestar esclarecimentos sobre o laudo em
audiência, a pedido das partes. Na audiência, essas tiram dúvidas sobre aquilo que o perito
não apontou com precisão.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.3 O laudo deve ser conclusivo 13
Laudos não claros correm risco de induzir outrem a erro, ou até, terem trechos de texto
utilizados com intenções dissociadas da realidade dos fatos, propiciado pela qualidade
vaga com que se apresentam.
Laudos com apresentações vagas ou não claros, revelam a falta de segurança do perito.
Isso é comum ocorrer com peritos que não conhecem a rotina e prática forense, assim
como desconhecem que é essencial se produzir uma Conclusão – fator que orienta a
finalidade do laudo.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.4 Conciso – não prolixo 14
Isto é absolutamente normal porque o juiz não tem condições de ter sob sua confiança
pessoal os inúmeros especialistas de que, particularmente.
O juiz dispõe de tantos peritos quanto a lista da vara possuir. Pois qualquer um que possua
Habilitação Legal pode se cadastrar no Tribunal e na lista de peritos da vara. Dessa forma,
em determinadas localidades, pode haver um ou dois peritos por segmento em que o juiz
crê possuírem a capacidade técnica que lhe inspire segurança e confiança.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.5 O juiz possui poucos peritos para muitas 16
especialidades
O juiz deverá nomear o perito da lista da vara de acordo com a equidade. Ou seja, conforme
a fila de nomeações. Porém, o juiz pode quebrar a ordem de nomeação da fila porque o
perito que lhe inspira confiança e segurança naquela perícia, não é, propriamente, o
primeiro da fila.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.6 Laudo bem fundamentado 17
A perícia, para cumprir a finalidade a que se propõe, em suma, há de ser elucidativa e, para
ela ser assim, precisa estar devidamente fundamentada. Ela será útil se explicar e
fundamentar aquilo a que se submete.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.7 Explicativo aos leigos 18
Quando for necessário o perito fundamentar a sua tese, utilizando-se de textos com muita
Técnica, ele procurará colocar o escrito como um dos anexos, citando a sua localização
entre os demais, no corpo do laudo.
Devido não ser o laudo esclarecedor ou ainda ser motivador de confusão sobre os fatos e
coisas da perícia, as partes têm direito a requerer a nomeação de um novo perito, a fim de
que realize outra perícia. O juiz, por julgar que o laudo não elucidou, pode determinar nova
perícia, mesmo que as partes não a tenham requerido.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.8 Abrangência do laudo 19
O laudo do perito deve ser abrangente à petição inicial do autor, à contestação do réu, aos
quesitos apresentados por eles, às provas constantes nos autos do processo e às
informações obtidas em vistorias, exames de documentos ou pessoas e demais diligências
que sejam necessárias.
Para iniciar a perícia, não é indicado ao perito apenas valer-se de documentos existentes
nos autos, juntados pelas partes. Ele deve procurar intensamente por locais onde poderá
pesquisar os assuntos relevantes à perícia.
A abrangência do laudo deve ser moderada, não pode ser muito ampla devido aos custos.
Aliás, o perito deve adequar o aprofundamento técnico da perícia ao orçamento que
dispõe.
O laudo deve ser preparado de forma que não regresse para a sua complementação depois
de entregue.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.9 Corpo do laudo 20
Chama-se corpo do laudo o texto em que está escrito tudo que não esteja contido nos
seguintes itens: dados da folha de rosto, transcrição ordenada dos quesitos com as suas
respectivas respostas e os anexos.
Deste modo, no corpo do laudo está o conteúdo de tudo aquilo que o perito encontrou
sobre a perícia e entendeu ser necessário fazer menção, mais a conclusão a que chegou,
citando e explicando os fundamentos técnicos e científicos que utilizou.
2. COMO DEVE SER O LAUDO 2.10 Cuidados 21
O perito tratará de estar sempre atento em escrever apenas assuntos técnicos e fatos
sobre o objeto da perícia, tendo o cuidado em não julgar, acusar, defender, ou dissertar
sobre matéria de Direito em seu laudo.
Peritos no início da atividade tendem a errar neste sentido, muitas vezes movidos pela
paixão despertada no caso que se defrontam.
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C A P Í T U LO 3 | AULA 6
CONCLUSÃO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. O item conclusão
2. Começo da redação sem o perito ter
uma tese definida
3. Sem pressão de prazo para a entrega do
laudo NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
3. CONCLUSÃO 3.1 O item conclusão 22
Ao final do corpo do laudo, chega-se à Conclusão. Recomenda-se ser ela o menor resumo
possível do laudo, para que não perca o nexo existente no que foi escrito até ali.
A conclusão deve ser colocada de forma perfeitamente clara e inequívoca, com o propósito
de tornar-se uma súmula a ser utilizada como referência no texto de sentença que o juiz
escreve. Os advogados das partes podem aproveitar trechos do texto resumido pela
conclusão, em suas manifestações.
Em laudos complexos, as circunstâncias dos fatos e técnicas são escritos segundo uma
configuração de texto específica; já o pequeno trecho de texto da conclusão que resume a
perícia é escrito de maneira diferente, porque pretende ser breve, sucinto.
Mostra-se, neste caso, a vantagem do Caráter Solitário da função, não sujeito a pressões
externas, pois não tendo chegado o perito a uma conclusão ainda, ele tem a ocasião,
inclusive de interromper o seu trabalho por um tempo razoável, até que esta conclusão se
formalize.
Em dadas ocasiões, a conclusão efetiva-se de uma hora para outra, ocorrendo em qualquer
lugar, não necessitando ser propriamente no ambiente de trabalho do perito. A solução
pode vir à mente até mesmo quando está executando outra tarefa que não seja o objeto da
perícia.
3. CONCLUSÃO 3.3 Sem pressão de prazo para a 24
entrega do laudo
A realização do trabalho de uma forma que contrarie a vontade pessoal, não faz parte das
características do encargo de perito. Dessa maneira, a pressão externa para cumprir prazos
exíguos de entrega de serviço, comum às diversas profissões, na atividade do perito
inexiste.
Enquanto não formaliza a conclusão do laudo, por motivo de não conseguir vislumbrar
corretamente o objeto da perícia, convém ao perito que o deixe de lado, por determinado
tempo, à espera da efetivação da conclusão. Se esgotar o tempo do prazo de entrega fixado
pelo juiz, ele requererá a prorrogação do prazo. O juiz poderá fixar a prorrogação em
metade do prazo inicial. Na prorrogação, contudo, deve entregá-lo dentro da data prevista.
Petição com proposta de honorários e pedido de alteração Ler cuidado de observar o prazo na intimação da nomeação
de prazo de entrega do laudo
C A P Í T U LO 4 | AULA 6
SUPERPOSIÇÃO
DE ÁREAS
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Conflitos
2. Confiança do juiz
3. Conhecimento em perícias NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
4. SUPERPOSIÇÃO DE ÁREAS 4.1 Conflitos 25
Havendo necessidade de perícia, o juiz nomeia o perito da área para onde o assunto
convergir. Acontece que, como é sabido, as categorias representativas dos diversos tipos
de cursos superiores existentes no país disputam superposições de áreas no mercado de
trabalho extrajudicial em um ou outro caso. Este problema desenrola-se tal qual no âmbito
da perícia judicial.
O juiz, ao nomear um prestador de serviço de perícia sabe, ao mesmo tempo, que não está
atrelado ao laudo que fornece, quando for definir a sentença. Ele vale-se, igualmente, de
outras provas constantes no processo para chegar a sua convicção. Assim, não está
descartada a hipótese do juiz desprezar o laudo. Entretanto, deverá justificar o motivo da
não seguir as conclusões e os métodos utilizados pelo perito.
Faz-se esta exposição para justificar que talvez seja esse um dos princípios utilizados para
o recebimento de laudo de profissional não ligado mui diretamente ao assunto em que
transcorre a perícia.
Por vezes, não importa ao juiz se o profissional está ligado diretamente ao assunto da
perícia, lhe interessa apenas que o expert tenha a sua confiança e, com certeza, prestará
um bom serviço, como habitualmente vem realizando.
4. SUPERPOSIÇÃO DE ÁREAS 4.3 Conhecimento em perícias 27
De maneira particular, o juiz tem confiança na pessoa que nomeou para elaborar o laudo,
não só no que diz respeito as suas qualidades morais, como também no bom trabalho que
possa apresentar. Sabe ele que o perito nomeado não realizaria um serviço que não tivesse
possibilidades técnicas de fazê-lo. Se o contrário porventura ocorresse, ele determinaria
outra perícia ou, simplesmente, chegaria a sua convicção através de outras provas.
C A P Í T U LO 5 | AULA 6
CONSULTORIA
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Pagamento das custas no final da ação
2. Jurisprudência diz que o perito
deve receber honorários
3. Custos para realizar a perícia
4. Custos com perícia NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
5. CONSULTORIA 5.1 Conhecimento específico e uma grande 28
quantidade de trabalho
Sabe-se que o leigo precisa, ao ler o laudo, que este seja devidamente explicativo.
Dessa forma, nada melhor que um profissional (perito) próximo à área de conhecimento a
ser investigada, receber uma explicação de um consultor, que depois de verificada e
validada, seja explanada ao leigo com a devida simplicidade.
Dessa forma, o consultor explica ao perito, ele entende e transmite o conhecimento em seu
laudo para que os leigos, juiz e advogados, entendam os fatos técnicos e científicos
abordados.
5. CONSULTORIA 5.3 Contratação do consultor 30
Os honorários do consultor devem ser pagos pelo perito. Para tanto, a verba já deve estar
prevista na proposta de honorários que o perito fez antes de iniciar a perícia.
Na suposição de o perito trabalhar com consultor, ele deve pensar não ser conveniente
trazê-lo na reunião com os assistentes técnicos.
Caso o perito decida por não levar o consultor à reunião, ele checará com esse profissional
que lhe assiste, a posterior, aquilo que os assistentes técnicos expuseram na reunião, além
de abordar outros temas técnicos.
5. CONSULTORIA 5.4 Responsabilidade sobre o
31
trabalho do consultor
A função de perito é, por excelência, de caráter pessoal, não sendo possível passar ou
dividir a responsabilidade com outro ou outros.
Quando o perito contrata um consultor ou uma equipe para auxiliá-lo ou, por exemplo, para
executar tarefas de laboratório, deverá, durante todo o tempo em que durar o serviço,
dirigi-la Pessoalmente, estando atento e verificando tudo que se sucede, pronto a intervir a
tempo, na suposição de constatar eventuais possibilidades de erros.
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C A P Í T U LO 6 | AULA 6
IMPUGNAÇÃO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Impugnação da nomeação 5. Quando o perito não aceita a
2. Impugnação de honorários fixação de honorários
3. Impugnação de honorários pelo réu 6. Impugnação do laudo
4. Indicação de outro perito devido a 7. Impugnação sem razão do laudo
proposta de honorários
NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
6. IMPUGNAÇÃO 6.1 Impugnação da nomeação
32
Ler artigo 465 e 468 do CPC
Todavia, nota-se que as partes evitam impugnar a nomeação do perito antes do início da
perícia, quando ele não é da área propriamente específica da perícia designada.
Não o fazem talvez por receio de que o perito possa ser induzido a prejudicá-las no laudo.
Esse conceito dificilmente prosperará na prática, pois a pessoa que o juiz nomeou,
certamente será experiente e não considerará o conteúdo da tentativa de retirá-lo do
processo. Sabe ela que a honra na atividade é primordial, e profissionalmente, esse tipo de
fato é comum de seguir-se no ambiente da Justiça.
As partes podem contestar, não aceitar o valor da proposta de honorários apresentada pelo
perito, no prazo de 05 (cinco) dias, após intimadas para se manifestarem a respeito. Assim,
se contestarem, dizemos que houve impugnação de honorários.
O juiz poderá manter o valor proposto pelo perito, ou dar vista a ele, do que expôs a parte
que contestou. O perito argumentará naquele momento, dizendo se concorda em reduzir
os honorários ou se os mantém. Porém, fica ao expert, a difícil tarefa de decidir, se cede à
parte ou não. De preferência, o perito não cederá. Se o perito mantiver o que havia
requerido, o juiz fixará, por fim, qual o valor a ser pago.
É possível o juiz fixar exatamente o valor requerido pelo perito, ou o valor proposto pela
parte, ou ainda, um valor intermediário determinado por ele.
6. IMPUGNAÇÃO 6.3 Impugnação dos honorários pelo réu
34
Sendo o autor responsável pelo pagamento dos honorários, o réu tem direito a contestar
da mesma forma o pedido de honorários por entender que foram elevados demais, pois ele
sabe de sua responsabilidade pelo pagamento ao final da ação, se perdê-la. O mesmo se
dá, em posição inversa.
6. IMPUGNAÇÃO 6.4 Indicação de outro perito devido a
35
proposta de honorários
A não aceitação de realização da perícia pelo perito, porque o juiz fixou os honorários
abaixo do pretendido, vale ser estudada caso a caso, pois se a negativa ocorrer, obriga o
juiz a nomear novo perito. É possível o fato acarretar problemas às futuras nomeações do
primeiro perito, devido ao incômodo gerado naquele processo, lembrado vividamente pelo
juiz.
Convém considerar-se que: assim como o laudo do perito pode ser determinante numa
sentença judicial, principalmente quando ele fixa um valor que será pago por uma parte à
outra, cabe ao perito ter a Humildade de, em certas ocasiões, aceitar com resignação a
fixação dos seus honorários pelo juiz, abaixo do pretendido.
6. IMPUGNAÇÃO 6.6 Impugnação do laudo
37
É de se esperar que o laudo seja contestado pelo menos por uma das partes, pois, se as
partes estão divergentes sobre um objeto a respeito do qual a perícia disserta
tecnicamente, ocorrerá que o laudo é passível de ser favorável a uma delas e desfavorável
a outra.
De outra forma, o juiz ao citar o laudo no texto da sua sentença, no qual fundamenta o
julgamento, tende a tecer comentários abonatórios ao trabalho do perito.
6. IMPUGNAÇÃO 6.7 Impugnação do laudo sem razão
38
As penalidades rigorosas previstas ao perito são para fatos em que exista procedimento
fraudulento por parte dele em relação à perícia, tais como manobra ou artifício consciente
que se inspire em má-fé, levando outrem a cometer erro, como, por exemplo, induzindo o
juiz a dar sentença baseada em laudo ou dados falsos presentes nele.
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C A P Í T U LO 7 | AULA 6
ATIVIDADES
POSTERIORES A
ENTREGA DO LAUDO
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Complementação do laudo
2. Audiência de esclarecimentos do laudo
NOS SIGA NAS
REDES SOCIAIS
7. ATIVIDADES POSTERIORES
7.1 Complementação do laudo 39
A ENTREGA DO LAUDO
Pode o juiz determinar que o perito se manifeste sobre contestação do advogado sobre
alguns pontos do laudo.
Quando assim se sucede, como complementação do laudo, ele rebaterá a impugnação com
educação, reflexão e sem sobressaltos, sem se deixar abalar com as possíveis alegações
contrárias, mesmo que essas sejam agressivas por demais. Em situação contrária, se não
agir com prudência e precaução, haverá razões para forte descrédito ao técnico e,
principalmente, a seu laudo.
7. ATIVIDADES POSTERIORES
7.1 Complementação do laudo 40
A ENTREGA DO LAUDO
Tem potencial de ocorrer, de o perito ser intimado a complementar o laudo com elementos
necessários à perícia que não foram anteriormente abordados na redação do trabalho ou,
ainda, o profissional ser intimado para corrigir equívocos.
Ainda, o perito pode ser chamado aos autos para responder dúvidas, através de Quesitos
Complementares ou de outra forma, formulados pelos advogados, e contradições do seu
laudo com o parecer do assistente técnico. O prazo para o perito responder será de 15
(quinze) dias.
7. ATIVIDADES POSTERIORES
7.2 Audiência de esclarecimentos ao laudo 41
A ENTREGA DO LAUDO
C A P Í T U LO 8 | AULA 6
SEGUNDA
PERÍCIA
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. O que é a segunda perícia
2. Falta de clareza obriga a realização da
segunda perícia NOS SIGA NAS
3. Honorários da segunda perícia REDES SOCIAIS
8. SEGUNDA PERÍCIA 8.1 O que é a segunda perícia 43
A segunda perícia estará a cargo de outro perito, será determinada mediante requerimento
da parte ou de ofício pelo próprio juiz e terá a função de esclarecer aquilo que o primeiro
perito não conseguiu em seu laudo e, nem tanto, os assistentes conseguiram, caso o
processo os possuir.
A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de
uma e de outra para formar sua convicção na sentença.
8. SEGUNDA PERÍCIA 8.2 Falta de clareza obriga a 44
realização da segunda perícia
Se uma das partes sentir que o laudo não lhe é favorável, ela irá aproveitar a eventual
obscuridade dele para desenvolver melhor a contestação.
Quando o juiz determinar uma segunda perícia, a fim de elucidar o que na primeira não
ficou claro, o primeiro perito pode não ter seus honorários prejudicados – no caso, ele
receberia o rendimento pelo serviço que prestou. Porém, poderá ser reduzido o valor
anteriormente fixado pelo juiz, antes de começar a perícia.
Não ficam prejudicados em nada os honorários do segundo perito, mesmo que o objeto da
segunda perícia seja o próprio da primeira.
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AULA 6
CONCLUSÃO
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Atividade Proposta
Glossário
Artigos Final
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REDES SOCIAIS
Glossário 46
Assistente técnico Profissional nomeado pelo autor ou réu para fazer parte da perícia.
Escrivão Responsável pelo cartório da vara cível onde estão depositados os processos.
Peticionar Redigir a petição, requerimento a ser deferido ou indeferido pelo juiz, após é
juntado aos autos do processo.
Quesitos Perguntas que as partes e/ou juiz fazem ao perito e assistentes técnicos a
respeito do objeto da perícia.
Suspeição Situação, expressa em lei, que impede os juízes, peritos e outros de, em certos
casos, funcionarem no processo em que ela ocorra, em face da dúvida de que não possam
exercer suas funções com a imparcialidade ou independência que lhes competem.
Conclusões 50
A impugnação da nomeação do perito pelas partes assim como de seus honorários, pode
provocar a indicação de outro perito pelo juiz para o mesmo trabalho, dando oportunidade
a outro profissional, devido ao atraso no processo. A impugnação do laudo ou
contestação identicamente pode provocar a intimação para complementação do laudo,
audiência para esclarecimentos ou até a determinação pelo juiz da realização da segunda
perícia.
Atividade proposta 52
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no
prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em
lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das
medidas que entender cabíveis.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito
que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
ARTIGOS DO CPC: 55
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do
prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo
originalmente fixado.
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão
do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que
mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e
julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos
10 (dez) dias de antecedência da audiência.
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371,
indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar
as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira
e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta
conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma
e de outra.