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41

Capítulo

RADIODERMATITES:
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Paula Elaine Diniz dos Reis
Elaine Barros Ferreira
Priscila de Souza Maggi Bontempo

INTRODUÇÃO
A pele é um órgão extremamente radiossensível devido às suas características de alta
proliferação e oxigenação tecidual. A exposição à radiação ionizante altera a camada de
células basais epidérmicas e o processo de maturação, proliferação e renovação celular. O
dano tecidual ocorre imediatamente após a primeira sessão de radioterapia e, à medida
que vão ocorrendo as sessões subsequentes, decorrentes do fracionamento da dose, passa
a haver o acúmulo de dose na pele, o que provoca o recrutamento de células inflamatórias,
caracterizando a radiodermatite.1-3
A radiodermatite aguda é caracterizada por hiperproliferação da epiderme, espessa-
mento do estrato córneo, perda de água transepidérmica e inflamação na epiderme e der-
me.4 Geralmente apresenta eritema leve a intenso, descamação seca, descamação úmida
e, em casos mais severos, pode ocorrer hemorragia e necrose tecidual.5,6 A radiodermatite
crônica é caracterizada por sua ocorrência tardia, desenvolvendo-se meses ou anos após
exposição à radiação ionizante.7,8 Caracteriza-se pelo desenvolvimento de atrofia cutânea,
fibrose, alterações pigmentares, telangiectasia, necrose e tumores secundários malignos da
pele.7 Fatores como trauma repetitivo sobre a área irradiada, exposição solar e irradiação
adicional podem favorecer o desenvolvimento e agravar a radiodermatite crônica.8
A radiodermatite interfere na qualidade de vida dos pacientes submetidos à radio-
terapia6,9 e pode gerar estigma social e pessoal, especialmente naqueles que irradiam a
região de cabeça e pescoço, pois esta radiotoxicidade altera a imagem corporal.9 Ademais,
a radiodermatite é uma toxicidade que, a depender de sua severidade, limita a dose tera-
pêutica10,11 ou até mesmo interrompe o tratamento até a melhora da reação,1,6,10,12,13 o que
pode inclusive prejudicar o sucesso terapêutico.
Os avanços tecnológicos relativos aos equipamentos e técnicas de tratamento uti-
lizados para radioterapia tendem a reduzir as toxicidades decorrentes da exposição à
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radiação ionizante. No entanto, a ocorrência de radiodermatite aguda ainda é frequen-


temente observada, particularmente quando se utilizam campos laterais e tangenciais
opostos, usualmente aplicados na região da cabeça e do pescoço.14,15
A radiodermatite deve ser avaliada e tratada pelo enfermeiro e/ou rádio-oncolo-
gista, profissionais que reúnem as competências necessárias para o manejo adequado
da radiodermatite.

EPIDEMIOLOGIA
Na literatura internacional, a incidência de radiodermatite é reportada em 95% dos
pacientes submetidos à radioterapia2,4,16,17, sendo que a severidade da reação pode evoluir
de moderada a grave em 87% dos pacientes durante o tratamento.16
Estudo brasileiro, realizado em 2017, identificou que todos (100%) os pacientes
submetidos à radioterapia para câncer de cabeça e pescoço apresentaram algum grau
de radiodermatite ao longo do tratamento, com tempo médio de ocorrência de 11
dias.18 Dentre os pacientes com câncer de mama, 98% desenvolveram radiodermatite
(tempo médio de 11 dias). Já nos pacientes que irradiaram a região da pelve, houve
ocorrência de radiodermatite em 80% das pacientes com câncer de colo uterino (tem-
po médio de 7 dias), 33% das pacientes com câncer de endométrio (tempo médio de
11 dias) e em 52% dos pacientes com câncer de próstata (tempo médio de 18 dias).18
Aproximadamente 10% dos pacientes atendidos necessitou interromper o tratamen-
to, em média por 5 dias, em decorrência do desenvolvimento de radiodermatite em
graduações que impedem a continuidade do tratamento, como, por exemplo, na des-
camação úmida.18

AVALIAÇÃO DA RADIODERMATITE
Embora a radiodermatite comumente apresente regressão entre quatro e cinco se-
manas após o término do tratamento,4,6,11 a identificação e a avaliação da reação pelo
enfermeiro são fundamentais para evitar o desenvolvimento de reações severas que ve-
nham a interferir na continuidade do tratamento. Instrumentos ou escalas de gradua-
ção são aplicados para documentação uniforme da radiodermatite e podem facilitar o
planejamento da assistência de enfermagem na ocorrência dessa radiotoxicidade. Ade-
mais, podem ser úteis para comparação de estratégias terapêuticas e desenvolvimento de
estudos clínicos.19
O eritema é a primeira manifestação visível da radiodermatite, ocorrendo em mais
de 90% dos pacientes2 (Figura 41.1). Seu surgimento pode começar logo após as ses-
sões iniciais de radioterapia, mas, geralmente, é mais intenso após a segunda semana
do tratamento, como resultado da dilatação capilar e do aumento da permeabilidade
vascular.2,4,6,11 A hiperpigmentação está relacionada ao excesso de produção de melanina
decorrente do estímulo da exposição à radiação e do processo inflamatório (Figura 41.2).
Surge a partir de 12 a 20 Gy de dose absorvida.4 A descamação ocorre devido à redução
da lubrificação da pele, resultante dos danos às glândulas sebáceas, as quais podem ser
destruídas de forma permanente ao se atingir 30 Gy de dose absorvida,11 geralmente obti­
dos em 15 sessões de radioterapia (Figura 41.3).
Figura 41.1. Eritema.

Figura 41.2. Hiperpigmentação.
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Fonte: Arquivo pessoal. Reprodução de imagem autorizada.

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Figura 41.3.  Descamação.

A radiodermatite aguda é frequentemente avaliada e graduada por vários critérios


clínicos de pontuação. Atualmente há 16 escalas para avaliação da radiodermatite, sendo
as mais utilizadas a escala RTOG20 e a escala CTCAE.21 Todas as escalas disponíveis para
graduação da radiodermatite apresentam lacunas por não definirem de forma específica
os sinais e sintomas e apenas duas consideram o relato do paciente no processo de iden-
tificação e evolução da reação. Considerando os itens de avaliação das 16 escalas e nossa
experiência clínica em avaliação e classificação da radiodermatite, propomos em nosso
serviço a utilização de uma classificação mais completa dos sinais e sintomas para a gra-
duação da radiodermatite (Tabela 41.1).

Tabela 41.1. Graduação da Radiodermatite Aguda proposta pelo Grupo LIONCO-UnB.


Grau Sinais Sintomas*
0 Sem alteração Sem alteração
a Eritema transitório Calor local
b Eritema leve Calor local
1 c Eritema leve associado à hiperpigmentação Queimação
d Eritema intenso Queimação
e Eritema intenso associado à hiperpigmentação Queimação
Ressecamento da pele com ou sem descamação seca Queimação, prurido, relato de pele áspera e repuxando
a
2 localizada
b Descamação seca disseminada Queimação, prurido, ressecamento e/ou dor
a Descamação úmida em dobras e risco de infecção Dor
3
b Descamação úmida disseminada e risco de infecção Dor
4 Ulceração e sangramento, que pode levar à necrose Dor
* Sintomas podem variar em cada paciente e podem ou não estar associados aos sinais. Interferências nas atividades de vida diária (AVDs)
são comumente reportadas nos graus 1 ao 4. Fonte: Tabela elaborada pelo autor.
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Algumas técnicas vêm sendo descritas para a avaliação da radiodermatite visando


complementar a classificação de seus sinais, tais como espectrofotometria de reflectância,
calorimetria para mensuração de eritema cutâneo, dopplerfluxometria laser (LDF) para
mensurar fluxo sanguíneo cutâneo, dentre outras formas para mensuração da hidrata-
ção cutânea.22

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA RADIODERMATITE


Embora vários medicamentos, curativos e radioprotetores, venham sendo propostos
para prevenir ou retardar a ocorrência de radiodermatite, ainda não há uma intervenção
eficaz, amparada por evidências científicas, para prevenção e tratamento da radioder-
matite.5,6,23,24 Dessa forma, as recomendações que apresentam maior evidência científica
são referentes às recomendações gerais de cuidado usual com a pele da área irradiada,
conforme apresentado na Tabela 41.2.

Tabela 41.2. Recomendações para cuidado usual, prevenção e manejo da radiodermatite aguda


Recomendações gerais de cuidado usual com a pele da área irradiada
Limpeza da pele • Utilizar sabonete neutro2,8,11,14,25,26 em barra ou líquido (pH próximo à 5), sem extratos de perfume,
planta ou fruta.8
• Remover a espuma com água morna11,14, sem atrito ou jatos de água diretamente sobre a área irradiada.
• Secar a pele delicadamente, sem exercer atrito sobre a área irradiada, atentando-se, no entanto, para as
regiões de dobra.8,14
• Permitir o uso de antitranspirantes/antiperspirantes aos pacientes que recebam radiação ionizante na
área da axila, comum em tratamentos para câncer de mama.11,26,27
• Utilizar creme hidratante à base de água, sem perfume, sem lanolina8,11, 1 ou 2 vezes ao dia, de
preferência após as sessões de radioterapia.8
Hidratação
• Dar preferência para cremes hidrofílicos para melhorar a umidade da pele.28
da pele
• Evitar aplicar cremes tópicos sobre a área irradiada nas horas que antecedem a sessão de radioterapia.
Isso evitará um efeito bólus, aumentando a dose de radiação entregue à epiderme.8,29
Fotoproteção • Proteger a área irradiada da exposição ao sol.8,14,28
• Utilizar roupas folgadas,2,8,11,30 dando preferência a tecidos de algodão.8,11
Roupas
• Evitar roupas sintéticas.8
• Não utilizar lâmina de barbear. Se necessário, utilizar barbeador elétrico.8,11,14,30
• Evitar o uso de adesivos sobre a área irradiada.8,11,30
• Evitar produtos que contenham álcool, como perfume, talco, loção pós-barba, éter, maquiagem
Recomendações (irritação química).8,11,28,30
adicionais • Evitar esfregar ou coçar a área irradiada (irritação mecânica).8,28,30
• Evitar extremos de temperatura, como compressas quentes e frias (irritação térmica).11,14,28,30
• Não nadar em água salgada, piscinas, lagos ou lagoas e evitar banhos em banheiras de hidromassagem,
principalmente se a pele não estiver íntegra.11,14
Radiodermatite aguda
• Manter as orientações de cuidado usual descritas acima.
Grau 1 • Uso opcional de hidratante tópico29 – preferencialmente cremes hidrofílicos.28
• Gel de Chamomilla recutita.31,32
• Compressa com infusão do chá da Chamomilla recutita (2,5%).
Grau 2
• Cremes hidrofílicos.28
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• Corticosteroides tópicos.28
• Antimicrobianos tópicos, como sulfadiazina de prata (não utilizar como medida profilática).11,29,33
Grau 3 • Curativos específicos, como espuma de silicone, hidrocoloide28 para o manejo da descamação úmida.
Sugere-se que os produtos não sejam adesivos ou sejam de baixa aderência à pele (base de silicone),
para evitar maior traumatismo na área.27
• Oxigenação hiperbárica, enxerto de pele.28
Grau 4
• Abordagem multidisciplinar, envolvendo equipe especialista em tratamento de feridas e manejo da dor.33
Após o término do tratamento
Usar protetor solar de fator de proteção da pele (FPS) 30 ou superior.30

Em revisão sistemática que comparou o efeito de intervenções tópicas farmacológi-


cas com intervenções tópicas não farmacológicas na prevenção da radiodermatite aguda
em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia, os autores
concluíram que as evidências encontradas foram insuficientes para apoiar o uso de um
produto específico.34 Dentre as intervenções tópicas avaliadas pelos estudos incluídos,
destacaram-se a trolamina e a aloe vera, por terem sido avaliadas por um maior número
de estudos.
Segundo as diretrizes apresentadas pela Multinational Association of Supportive Care in
Cancer (MASCC), para prevenção da radiodermatite aguda,26 há forte recomendação con-
tra o uso de trolamina para a prevenção ou tratamento da radiodermatite. Em revisão
sistemática com metanálise sobre o uso da trolamina para prevenção e tratamento da ra-
diodermatite, foi corroborado que não há evidencias científicas que justifiquem a padro-
nização da trolamina para prevenir ou tratar a radiodermatite em pacientes com câncer
de mama e cabeça e pescoço.35
A forte recomendação contrária ao uso da trolamina se aplica ao uso da aloe vera.26
A aloe vera foi comparada com creme aquoso,36 placebo em gel,37 placebo em creme e
talco38 ou nenhum tratamento39 em quatro diferentes estudos randomizados. Em todos
os estudos não houve evidências de que a aplicação tópica da aloe vera seja eficaz na
prevenção ou tratamento da radiodermatite. O mesmo foi constatado por revisão siste-
mática realizada para avaliar as evidências da eficácia do gel de aloe vera para prevenção
e redução da severidade da radiodermatite aguda.40
Dada a ausência de evidências que atestem a eficácia de demais produtos que já
foram avaliados em outros estudos, são necessários mais ensaios clínicos controlados ran-
domizados para avaliar o uso de outras intervenções para prevenção e tratamento para
radiodermatite aguda.
Assim, novas técnicas têm sido avaliadas, a exemplo da terapia de fotobiomodula-
ção, também denominada terapia a laser de baixa intensidade. Trata-se de terapêutica
não invasiva, utilizada para estimular a cicatrização de feridas, reduzir a inflamação e
aliviar a dor.7 Em estudo realizado para avaliar o uso da fotobiomodulação por diodo
emissor de luz (LED) na prevenção da radiodermatite em pacientes com câncer de mama
submetidas à radioterapia de intensidade modulada (IMRT), os autores observaram que
o uso do LED reduz a incidência de radiodermatite (graus 1, 2 e 3) quando comparado
ao grupo controle submetido à IMRT sem aplicação de fotobiomodulação.41 Outros dois
estudos avaliaram a terapia de fotobiomodulação utilizando laserterapia MLS® no ma-
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nejo42 e na prevenção43 da radiodermatite aguda. Ambos demonstraram que a terapia de


fotobiomodulação pode ser uma ferramenta eficaz para prevenir ou reduzir a severidade
da radiodermatite. Ademais, os estudos destacam o potencial da terapia para redução dos
sintomas apresentados pelos pacientes que desenvolvem radiodermatite.
O uso tópico do gel e infuso da camomila (Chamomilla recutita), a partir do grau 1 de
radiodermatite, vem sendo empregado e estudado pelo Laboratório Interdisciplinar de
Pesquisa à Prática Clínica em Oncologia (LIONCO), grupo de pesquisa da Universidade
de Brasília vinculado ao CNPq.31,44 A Chamomilla recutita apresenta propriedades farma-
cológicas presentes em sua flor, cujos constituintes químicos, como terpenos, flavonoides
e cumarinas, exercem atividade anti-inflamatória. Sua ação tópica tem sido avaliada em
diferentes formulações farmacêuticas, como infuso, extratos aquosos e alcoólicos, creme e
pomada.45 A ação anti-inflamatória da Chamomilla recutita já foi avaliada em diferentes con-
dições inflamatórias da pele, tais como eczema,46-48 flebite decorrente de quimioterapia
antineoplásica,49 radiodermatite50 e dermatite atópica,51,52 com efeito positivo na redução
de sinais inflamatórios. O eritema é, geralmente, o principal desfecho primário avaliado
entre os estudos.

ESTUDOS EM ANDAMENTO
Ao acessar o Portal da International Clinical Trials Registry Platform da Organização
Mundial de Saúde, verifica-se que há 31 registros de ensaios clínicos em radiodermatites
nos últimos 5 anos, dentre os quais 22 estão em fase de recrutamento. Estão sendo testa-
dos intervenções tópicas, tais como: plantas medicinais (camomila, aloe vera), trolamina,
queratina, vitamina E, cremes heparinoides, laser de baixa intensidade, mometasona a
0,1%, hidrocortisona a 1%, gel de atorvastatina e películas protetoras (3M Cavilon®,
Mepitel®, Xonrid gel®).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o adequado manejo da radiodermatite é de fundamental importância que o
paciente seja adequadamente orientado e siga os cuidados usuais com a pele. Ademais, é
fundamental que a pele seja mantida hidratada e que se apliquem as condutas adequadas
de acordo com o grau de radiodermatite estabelecido.

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