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LABORATÓRIO DE
ELETROMAGNETISMO
9º CADERNO
Objetivos
Verificar, na prática, a teoria da propagação em guias de ondas metálicos ocos e determinar a
relação entre frequência e comprimento de onda nessas estruturas além da potência gerada pela fonte.
Equipamento
1 Gerador de Micro-ondas Minipa DH1121C
1 Adaptador Minipa BD1/032A
2 Isolador Minipa GLX-2
1 Atenuador Variável Minipa DH13502B
1 Medidor de Onda Minipa BD1/035A
1 Linha Fendida Minipa DH364A00
1 Trecho de Guia de Ondas
1 Detector a Cristal DH20A000
1 Indicador Detector de Ondas DH2150
1 Medidor de Potência Minipa PM-3001D
Cabos e conexões diversas
1 Microcomputador
Programa “Waveguides & Cavities”
Fundamentos Teóricos
O termo guia de ondas geralmente denota um tubo de metal oco através do qual a energia
eletromagnética pode se propagar. Existem guias retangulares, circulares, elípticos, etc. No presente caso
serão tratados os guias retangulares, como o mostrado na figura 1, já que eles são os mais comuns e os
componentes usados nos experimentos são feitos de guias retangulares na Banda X, com faixa de
frequências de 8,2 a 12,4 GHz.
z
x
Figura 1 – Guia de ondas retangular.
Qualquer guia de ondas pode teoricamente propagar um número infinito de diferentes tipos de
ondas eletromagnéticas. Cada tipo, geralmente chamado de modo, tem sua própria configuração de campos
elétrico e magnético. Cada modo também possui uma frequência crítica, a chamada frequência de corte,
abaixo da qual ele não pode propagar energia através do guia. A frequência de corte para cada modo é
determinada pelas dimensões do guia. Um dado guia de ondas é geralmente usado em uma faixa de
frequências onde ele pode propagar somente o modo mais baixo (com a menor frequência de corte). Em
geral existem dois tipos de modos: os modos elétrico-transversal (modos TE ou H) e os magnético-
transversal (TM ou E). Um modo TE tem seu campo elétrico em qualquer ponto sempre perpendicular à
direção de propagação (o eixo do guia). O mesmo vale para o campo magnético dos modos TM. Um caso
especial é o modo TEM, onde ambos os campos são perpendiculares à direção de propagação. Esse modo
ocorre, por exemplo, na propagação no espaço-livre ou em linhas de transmissão coaxiais, mas não em guias
metálicos.
Os diferentes modos são identificados por índices, isto é, TE mn, onde m e n denotam o número
de meias variações de onda do campo elétrico nas duas direções principais. Algumas configurações dos
campos para diferentes modos em guias de ondas serão mostradas no programa apresentado nos
procedimentos.
No caso do modo dominante, a intensidade máxima de campo elétrico é encontrada no centro do
guia. Nas paredes mais estreitas o campo elétrico é nulo. O campo elétrico não tem componentes nas
direções x e z.
Medição de Frequência e Comprimento de Onda
Serão usadas as seguintes relações:
No espaço-livre
c = f.0, (1)
no guia de ondas oco
0
g . (2)
2
0
1
c
2 2 , (6)
1 1
g 2a
e
2 2
1 1
f c.
g 2a . (7)
O comprimento de onda guiada pode ser medido como duas vezes a distância entre dois
mínimos consecutivos em um padrão de onda estacionária, como mostrado na figura 2.
A equação (2) mostra que o comprimento de onda guiada é maior que o comprimento de onda
no espaço-livre. Na frequência de corte, g é infinito, significando que não existem variações de campo ao
longo do guia, ou seja, nenhuma energia é transmitida.
QUESTÕES
1. Comente algumas aplicações práticas dos guias de ondas!
2. O que são modos evanescentes?
3. Cite uma vantagem do guia de ondas retangular sobre o circular!
4. Por que, em geral, nos guias retangulares a menor dimensão é a metade da maior?
5. Quais as perdas presentes em um guias de ondas?
6. Explique o porquê da impossibilidade de propagação do modo TEM em guias de ondas!
7. Cite duas vantagens dos guias de ondas sobre a linha de transmissão coaxial!