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PROTEÇÃO

DE SISTEMAS
ELÉTRICOS
Faltas em sistemas
elétricos
Eduardo Scheffer Saraiva

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Conceituar falta em um sistema elétrico de potência.


>> Estabelecer os principais tipos de faltas e suas consequências.
>> Explicar os métodos de detecção e localização de faltas em sistemas elétricos.

Introdução
Em sistemas de potência, são comuns faltas que danificam a rede e impossibili-
tam o fornecimento de energia até que a correção da falha seja realizada. Para
garantir um serviço de qualidade, as concessionárias de energia necessitam de
métodos para localização e detecção da falha o mais rápido possível. Além disso,
conhecendo as principais ocorrências e os tipos de faltas que podem surgir no
sistema elétrico, as empresas podem orientar seus recursos de modo a minimizar
as consequências de uma falta na rede.
Neste capítulo, você vai estudar o conceito de falta em um sistema elétrico de
potência, os principais tipos encontrados nesses sistemas, as suas consequências
tanto para a concessionária de energia quanto para os clientes e os métodos de
detecção e localização de faltas utilizados na rede elétrica.

Sistema elétrico de potência


O sistema elétrico de potência é o responsável pela energia elétrica das nossas
residências, locais de trabalho e outros locais do cotidiano da população.
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Esse sistema contempla tanto a geração da energia elétrica quanto a sua


transmissão por longas distâncias e a sua distribuição até o consumidor final.
Para isso, são necessárias usinas de geração, subestações e transformadores
elevadores e rebaixadores de tensão, centenas de quilômetros de linhas de
transmissão e milhares de profissionais capacitados.
Em uma estrutura desse porte e com grande complexidade, é comum
ocorrerem falhas no sistema (condição anormal do sistema elétrico que pode
danificar ou alterar o fluxo normal da operação). No entanto, essas falhas
devem ser mitigadas o mais rápido possível, para que o abastecimento de
energia em uma determinada região não seja comprometido. Para isso, são
realizados levantamentos acerca das faltas em um sistema e, com a análise e
o estudo dessas informações, as concessionárias de energia podem orientar
seus esforços para as faltas mais recorrentes e de maior impacto na estrutura
da rede. Segundo Mamede Filho e Mamede (2020), os levantamentos realizados
por concessionárias de energia, redes de distribuição e de geração apresentam
as principais causas, origens e duração das faltas. Primeiramente, confira a
seguir as principais causas das faltas no sistema elétrico.

„„ Fenômenos naturais: 48%.


„„ Falhas em materiais e equipamentos: 12%.
„„ Falhas humanas: 9%.
„„ Falhas diversas: 9%.
„„ Falhas operacionais: 8%.
„„ Falhas na proteção e medição: 4%.
„„ Objetos estranhos sobre a rede: 4%.
„„ Condições ambientais: 6%.

Quanto às causas das falhas no sistema, podemos observar que a maior


parte, mais de 50%, é causada por fenômenos naturais e condições ambientais.
Já as falhas de operação representam cerca de 8% das falhas em sistemas
elétricos. Esses defeitos estão associados ao uso incorreto da instalação,
como o uso de cargas além do limite estabelecido para os circuitos do sis-
tema. Falhas diversas estão relacionadas às demais perturbações que não se
encaixam em nenhuma outra definição presente na lista, como acidentes na
rede ou problemas na geração da energia. Nesse aspecto, é impossível prever
onde a falha irá ocorrer, mas é possível investir em tecnologias capazes de
detectar o local exato da falha. Dessa forma, a manutenção e o religamento
do sistema são efetuados de maneira mais efetiva, o que diminui os prejuízos
oriundos dessas causas.
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Agora, confira a origem das faltas no sistema elétrico.

„„ Linha de transmissão: 68%.


„„ Rede de distribuição: 10%.
„„ Barramento de subestação: 7%.
„„ Transformador de potência: 6%.
„„ Gerador: 1%.
„„ Próprio sistema: 4%.
„„ Consumidor: 4%.

Podemos perceber que a maior parte das faltas ocorre nas linhas de
transmissão. Isso fica claro quando percebemos que as linhas de transmissão
correspondem à maior parte da estrutura do sistema de potência. Para que
a energia seja transmitida desde sua geração até o consumidor, centenas de
quilômetros de linhas de transmissão são necessárias. No Sistema Interligado
Nacional (SIN), as linhas de transmissão apresentam um total de 145.600 km
de linha no ano de 2020, com extensão prevista para 184.054 km para o ano
de 2025 (ONS, 2021).
Por fim, confira a duração da falta no sistema elétrico em minutos.

„„ 1 < T ≤3: 57%.


„„ 3 < T ≤ 15: 21%.
„„ 15 < T ≤ 30: 6%.
„„ 30 < T ≤ 60: 4%.
„„ 60 < T ≤ 120: 3%.
„„ T > 120: 9%.

Quanto ao tempo de interrupção do abastecimento de energia, é neces-


sário atentar para a interrupção com mais de 120 minutos de duração. Essas
interrupções longas correspondem à terceira maior média apresentada e são
as que geram os maiores prejuízos. Isso porque a concessionária apresenta
prejuízos com a energia que deixou de ser vendida ao longo da duração da
interrupção, com os reparos da rede e com os danos causados aos clientes
da concessionária.
Nesta seção, você estudou as faltas em sistemas elétricos de potência,
a definição de uma falta, suas principais causas e origens. Na próxima
seção, serão apresentadas as principais faltas encontradas na rede elé-
trica e as suas consequências para a concessionária de energia e para os
consumidores.
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Principais faltas e suas consequências


As faltas que ocorrem nos sistemas elétricos de potência apresentam dife-
rentes causas, origens e também tipos, que devem ser estudados para que
soluções específicas sejam desenvolvidas. Segundo Mamede Filho e Mamede
(2020), existem quatro tipos de falhas principais em qualquer sistema elétrico:
curto-circuito, sobrecarga, sobretensão e subtensão. Confira a seguir as
consequências de cada umas dessas faltas para o sistema.

Curto-circuito
Essa é a falha mais comum em qualquer sistema elétrico e pode ser definida
como uma conexão elétrica de baixa resistência entre os polos do circuito. Em
razão dessa baixa impedância, a corrente do sistema sofre de grande elevação
e de forma instantânea, o que pode levar ao aumento da temperatura dos
condutores, explosões e incêndios. Esse tipo de falha é o que causa os danos
mais severos à rede elétrica, sendo, muitas vezes, irreparáveis tanto para a
estrutura da rede quanto para as unidades consumidoras. Um exemplo desse
tipo de defeito está presente na Figura 1.

Figura 1. Curto-circuito elétrico.

O curto-circuito é causado quando a corrente elétrica encontra um caminho


de impedância muito baixa para fechar o circuito. Isso pode acontecer em
tempestades severas ou acidentes humanos, quando objetos caem sobre os
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fios de alta tensão, fechando um circuito. Além disso, é possível distinguir


entre três diferentes tipos de curtos-circuitos, conforme seguem.

1. Trifásico: representa 8% das falhas em sistemas de potência.


2. Bifásico: responsável por 14% das falhas.
3. Fase e terra: gera cerca de 78% das falhas.

Os tipos de curtos-circuitos estão representados na Figura 2.

Figura 2. Tipos de curto-circuitos: a) trifásico; b) bifásico; c) fase e terra; d) bifásico e terra.

Sobrecarga
Essa falha está associada ao mau uso da instalação elétrica, uma vez que a
sobrecarga é causada pela adição de cargas na instalação elétrica, de modo
que a potência demandada pela instalação é superior àquela provida pela
rede elétrica. Diferentemente dos curtos-circuitos, o aumento de corrente
em uma sobrecarga é moderado, e a duração desse defeito é prolongada,
enquanto os curtos-circuitos são de grande violência e curta duração. Apesar
de a violência dessa falha ser menor do que a do curto-circuito, ela pode
apresentar danos materiais severos à instalação.
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Sobretensão
Esse tipo de falha ocorre quando o sistema de potência apresenta uma ten-
são máxima maior que 110% do valor de tensão nominal. Esse valor-limite é
estabelecido para que a estrutura do sistema não seja danificada e que os
mecanismos de proteção possam atuar no sistema ao obter uma leitura de
tensão maior que o valor-limite. Usualmente, as sobretensões podem ocorrer
por descargas atmosféricas próximas à instalação, chaveamento de circuitos
ou curtos-circuitos monopolares e quebra do fio condutor. As redes de média e
baixa tensão são as mais afetadas pelas descargas atmosféricas e, para evitar
isso, é possível utilizar sistemas de blindagem, como cabos para-raios instala-
dos acima dos demais condutores. Já a sobretensão causada por chaveamento
ocorre quando grandes blocos de carga são desligados de maneira súbita,
desligamento de alimentadores ou perda de sincronia entre dois sistemas.

Subtensão
A subtensão ocorre quando o valor mínimo de tensão atinge 80% do valor
nominal de tensão necessário para o funcionamento do sistema. Pode ser
causada por descargas atmosféricas ou adição de cargas de maneira súbita
no sistema, como ao iniciar equipamentos que demandam grande potência,
a exemplo de motores e compressores. Em razão da queda de tensão, muitos
equipamentos podem ter seu funcionamento comprometido. Além disso, a
falta de tensão suficiente para transformadores e motores pode levar ao
aquecimento e a princípios de incêndio. Esse defeito também causa a parada
da produção, o que, consequentemente, acarreta prejuízos econômicos para
os clientes da concessionária.
Além dos tipos de faltas, as concessionárias de energia também estão
atentas aos diferentes custos que as falhas podem causar tanto no sistema
quanto na imagem da concessionária diante dos seus clientes. Falhas pro-
longadas, que atingem milhares de famílias e acarretem danos materiais
aos consumidores podem causar danos à visibilidade da empresa. É possível
dividir a natureza dos custos causados pelas falhas em dois blocos principais,
conforme seguem (MAMEDE FILHO; MAMEDE, 2020).

„„ Custo financeiro: perda de faturamento da empresa pela energia que


deixou de ser vendida durante o período da falha do sistema, além dos
custos com reparação dos danos causados pela falha em si.
„„ Custo social: relacionado aos danos causados aos clientes da concessioná-
ria, sejam eles pela perda de faturamento de empresas e indústrias durante
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um período prolongado de falha ou pelo ressarcimento de danos causados


aos equipamentos da rede elétrica do cliente. Além disso, concessionárias
investem em marketing e pesquisas de satisfação para garantir que os
clientes estejam satisfeitos com o serviço que está sendo prestado.

Os defeitos nos sistemas apresentam diferentes custos dependendo do tipo


de consumidor que está sendo afetado e o horário em que a falta ocorre. Isso
porque, nos setores industrial e comercial, o horário tem grande impacto na pro-
dução e no faturamento da empresa. Para os consumidores residenciais, o custo é
constante independentemente do horário, como podemos avaliar pelo Quadro 1.

Quadro 1. Custos para os consumidores em (US$/MWh)

Tipo de Duração das interrupções (T em minutos)


Horário
consumidor
1<T≤3 3 < T ≤ 15 15 < T ≤ 30 30 < T ≤ 60

Consumidores 0−8 2,87 1,23 1,07 0,9


industriais
8−18 2,73 1,26 1,2 0,95

19−24 2,8 1,14 1,06 0,83

Consumidores 0−8 2,87 1,23 1,07 0,9


comerciais
8−18 1,83 3,16 4,25 4,76

19−24 1,81 3,03 3,92 3,76

Consumidores 0−8 0,7 0,7 0,7 0,7


residenciais
8−18 1,3 1,3 1,3 1,3

19−24 1,8 1,8 1,8 1,8

Fonte: Adaptado de Mamede Filho e Mamede (2020).

Nesta seção, foram apresentadas as principais faltas em sistemas elétricos


de potência, a origem dos maiores danos causados à rede elétrica e as principais
consequências dessas faltas em sistemas de potência. Na próxima seção, serão
apresentados os métodos utilizados para localização e detecção das faltas.

Métodos de detecção de falhas


Uma vez que compreendemos os diferentes tipos de falhas em sistemas
elétricos e suas consequências, podemos perceber a importância que a
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velocidade de detecção da falha pode ter para a minimização dos prejuízos


do setor. Até poucos anos atrás, a detecção e a localização das faltas na rede
elétrica dependiam exclusivamente da ligação dos consumidores informando
a região do problema. As concessionárias de energia enviavam equipes de
manutenção para investigar a instalação até encontrar o local exato da falha
(FLAUZINO, 2007; SENGER et al., 2005). Perceba como esse processo é inefi-
ciente, porque a localização da falha pode demorar mais do que a correção.
Essa é uma realidade que vem mudando conforme as concessionárias
de energia adotam relés digitais e demais dispositivos inteligentes em seus
sistemas de proteção. Esses dispositivos são capazes de realizar a medição
de diferentes grandezas no processo e enviar essa informação para sistemas
supervisórios, de modo que algoritmos e ferramentas computacionais podem
ser utilizados para ajudar o profissional na localização da falha.
Em Ferrer e Schweitzer (2010), os relés digitais são definidos como relés que
têm sua tecnologia baseada em microcontroladores. Esse avanço na tecnologia
permite diversas funções avançadas, aliadas a um menor custo e à possibilidade
de implementação de sistemas de proteção, controle e monitoramento em um
ambiente compartilhado. Além da capacidade de medição desses dispositivos,
eles ainda apresentam uma maior sensibilidade e capacidade de detecção de
falhas. Dessa forma, a substituição de relés eletromecânicos por tecnologia
baseada em microprocessadores diminui o espaço de painéis elétricos de
controle, reduz a necessidade de cabeamento e permite um sistema de maior
confiança e com capacidade de detecção das falhas. Na Figura 3, está presente
um exemplo de relé digital, em contraste com um relé eletromecânico.

Figura 3. Relé: a) eletromecânico; b) digital.


Fonte: TEC Automatismes (c2021, documento on-line); IndiaMART (c2021, documento on-line).
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A detecção de faltas no sistema pode ser percebida pela observação de


algumas variações nas grandezas medidas. Confira a seguir alguns exemplos
de possíveis faltas na rede que podem ser observados quando o sistema
apresenta (MAMEDE FILHO; MAMEDE, 2020):

„„ elevação da corrente;
„„ variação na tensão;
„„ inversão do sentido da corrente elétrica;
„„ variação na impedância do sistema;
„„ mudanças em módulo e fase entre a entrada e a saída do sistema.

Em virtude da medição das grandezas, da avaliação dos critérios apre-


sentados e da capacidade de armazenamento da informação em banco de
dados, algoritmos capazes de determinar ou prever uma falta passam a ser
objeto de pesquisa no campo de sistemas elétricos de potência. Exemplos
de algoritmos presentes nesses sistemas apresentam técnicas baseadas
em métodos de inteligência artificial, como lógica fuzzy, em que as variáveis
de decisão podem ser qualquer número real entre 0 e 1, diferentemente da
lógica booleana tradicional. Técnicas de otimização matemática também são
utilizadas, em que uma função-custo é modelada para o sistema, e o objetivo é
encontrar o valor que minimize essa função. Temos, também, as redes neurais
artificias, em que “neurônios” computacionais são avaliados pelas funções de
ativação. Essa inspiração nos seres vivos permite técnicas de aprendizado de
máquina e a capacidade de reconhecer padrões. Cada técnica apresenta suas
próprias peculiaridades e limitações, sendo necessário um estudo profundo
do problema que está sendo enfrentado para a determinação da técnica mais
acertada para o projeto (FLAUZINO, 2007; SENGER et al., 2005).

Para exemplificar a pesquisa no contexto de detecção de faltas,


confira o artigo “Termografia e inteligência artificial na detecção
de falhas em transformadores”, de Santos (2017).

Neste capítulo, você aprendeu mais sobre as faltas presentes na rede


elétrica. Você pode entender as origens, causas e as consequências decor-
rentes da falha no sistema elétrico. Além disto, métodos para a detecção e
localização da falta foram apresentados. Por fim, você pode compreender
a ligação entre a qualidade do serviço ofertado pela concessionária com a
detecção rápida e manutenção efetiva das faltas do sistema.
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Referências
FERRER, H. J. A.; SCHWEITZER, E. O. (ed.). Modern solutions for protection, control, and
monitoring of electric power systems. Pullman: Schweitzer Engineering Laboratories,
2010.
FLAUZINO, R. A. Identificação e localização de faltas de alta impedância em sistemas
de distribuição baseadas em decomposição por componentes ortogonais e inferência
Fuzzy. 2007. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007. Disponível
em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18153/tde-30102007-165847/pt-br.php.
Acesso em: 9 jul. 2021.
INDIAMART. ABB Transmission Relay RF 615. Noida: IndiaMART, c2021. Disponível em:
https://www.indiamart.com/proddetail/abb-transmission-relay-rf-615-20788832291.
html. Acesso em: 9 jul. 2021.
MAMEDE FILHO, J.; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas elétricos de potência. 2. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2020.
ONS. Sobre o SIN: o sistema em números. Rio de Janeiro: ONS, 2021. Disponível em: http://
www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/o-sistema-em-numeros. Acesso em: 9 jul. 2021.
SENGER, E. C. et al. Automated fault location system for primary distribution networks.
IEEE Transactions on Power Delivery, v. 20, n. 2, p. 1332-1340, 2005.
TEC AUTOMATISMES. Relais instantanés et de fonction. Mouy: TEC Automatismes, c2021.
Disponível em: http://www.tec-automatismes.com/en/ssp-1286-488.html. Acesso em:
9 jul. 2021.

Leitura recomendada
SANTOS, G. M. Termografia e inteligência artificial na detecção de falhas em trans-
formadores. Attena: repositório digital da UFPE, Recife, 2017. Disponível em: https://
repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28109. Acesso em: 12 jul. 2021.

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