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Unidade Operacional - Senai “Alvimar Carneiro de Rezende”

SERRALHERIA
Módulo
Ferramentas e
Equipamentos

SENAI-CFP “Alvimar Carneiro de Rezende”


Via Sócrates Marianni Bittencourt, 711 – CINCO
CONTAGEM – MG – Cep. 32010-010
Tel. 31-3352-2384 – E-mail: cfp-acr@fiemg.com.br
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração
Equipe Técnica do SENAI-CFP/ACR

Unidade Operacional

Centro de Formação Profissional “Alvimar Carneiro de Rezende”


Sumário

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 4

1. MORSA ........................................................................................................................... 5

2. VERIFICADOR DE FIOS ................................................................................................ 7

3. MARTELO E MACETE ................................................................................................... 9

4. PUNÇÃO E RISCADOR ............................................................................................... 11

5. ESQUADROS ............................................................................................................... 17

6. REGUA ......................................................................................................................... 19

7. SUTA............................................................................................................................. 21

8. GONIÔMETRO E TRANSFERIDOR DE GRAUS ........................................................ 24

9. DESEMPENO ............................................................................................................... 26

10. FERRAMENTAS DE CORTE ..................................................................................... 30

11. CORTE ........................................................................................................................ 34

12. SERRA ........................................................................................................................ 40

13. LIMA............................................................................................................................ 42

14. ESMERIL .................................................................................................................... 48

15. TESOURA ................................................................................................................... 53

16. ALICATES .................................................................................................................. 55

17. CHAVES DE APERTO ............................................................................................... 57

18. RELAÇÃO DE FERRAMENTAS EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS

USADOS NA OFICINA E OBRA ............................................................................... 63

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 65
Ferramentas e Equipamentos
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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,
com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados,
flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de
educação continuada”.

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet – é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e


laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

Gerência de Educação e Tecnologia

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Curso Serralheria
Ferramentas e Equipamentos
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1. Morsa

Morsa é um dispositivo de fixação, constituído por duas mandíbulas, uma fixa e


outra móvel, que se desloca por meio de parafuso e porca (fig.1).

Fig.1 Morsa de bancada de base fixa.

As mandíbulas são providas de mordentes estriados e temperados para maior


segurança na fixação das peças. Em certos casos, estes mordentes devem ser
cobertos com mordentes de proteção, para evitar marcas nas faces já acabadas
das peças.

As morças podem ser construídas de aço ou ferro fundido, em diversos tipos e


tamanho.

Existem morsas de base fixa


e de base giratória

Base Fixa (Fig. 2).

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Base giratória (fig. 3).

Os tamanhos encontrados no
comércio são indicados por um
número, e sua equivalência em
milímetros corresponde ao
comprimento do mordente.

Tabela

N.º Largura das mandíbulas


(mm)
1 80
2 90
3 105
4 115
5 130
6 155

Condições de uso

A morsa deve estar bem presa na bancada e na altura conveniente.

Conservação

Deve-se mantê-la bem lubrificada para melhor movimento da mandíbula e do


parafuso, e sempre limpa ao final do trabalho.

Mordentes de proteção

Os mordentes de proteção (fig. 4)


são feitos de material mais macio
que o da peça a fixar. Este
material pode ser de chumbo,
alumínio, cobre, latão ou madeira.

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2. Verificador de Fios

Na oficina, para medir ou verificar os diâmetros de fios ou as espessuras de


chapas, usa-se o VERIFICADOR DE FIOS E CHAPAS, de um dos tipos indicados
nas figuras 1 e 2.

Os dois são chapas de aço temperado, tendo uma série de entalhes. Cada
entalhe está rigorosamente calibrado na medida do diâmetro do fio ou da
espessura da chapa, conforme a fieira adotada.

A medida ou a verificação consiste em procurar, por tentativas, o entalhe que se


ajusta ao fio ou à chapa cujo diâmetro ou cuja espessura se deseja medir.

Fieiras Usadas no Brasil

Para fins comerciais e industriais, são adotadas no Brasil as fieiras de emprego


mais comum nos Estados Unidos e na Inglaterra. Abrangem estas tabelas,
geralmente, números de fieira desde 6/0 (maior grossura) até 50.

É dada, na página seguinte, uma tabela comparativa, compreendendo os


números de fieira de 10 até 30, com as medidas das espessuras ou dos
diâmetros correspondentes dadas em MILÍMETROS.

Encontram-se, entretanto, nos livros e catálogos, desde o número 6/0 (000000),


que corresponde à espessura de 11,786 mm, na fieira “SWG” até o número 50,
que corresponde a 0,025, também na fieira “SWG”.

O número 6/0 (000000) corresponde a 11,905mm (quase 12mm) na fieira “USG”.

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Nesta fieira, encontra-se, como número menor, 0,38, que corresponde a


0,159mm.
Na fieira “B&S”, o número 6/0 (000000) corresponde a 14,732mm e, o número 50
a 0,022mm.

FIEIRAS AMERICANAS FIEIRAS INGLESAS


FIEIRA
N.º ADOTADA NA
“W&M” “USG” ÄWG”ou “BWG” “BG” “SWG” CIA. S. NAC.
DA Washburn United “B&S” Birmingham Birmingham British “MSG”
& States Brown & Wire Sheet and Imperial Manufacturer’s
FIEIRA Moen ou Standard Sharpe ou Gauge Hoop Iron Standard Standard
Steel Wire Gauge American Gauge Wire Gauge
Gauge Gauge Gauge (mm)
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

10 3,429 3,571 2,588 3,404 3,175 3,251 3,42


11 3,061 3,175 2,304 3,048 2,827 2,946 3,04
12 2,680 2,779 2,052 2,769 2,517 2,642 2,66
13 2,324 2,380 1,829 2,413 2,240 2,337 2,28
14 2,032 1,984 1,628 2,108 1,994 2,032 1,90
15 1,829 1,786 1,450 1,829 1,775 1,829 1,71
16 1,588 1,588 1,290 1,651 1,588 1,626 1,52
17 1,372 1,429 1,158 1,473 1,412 1,422 1,37
18 1,207 1,270 1,024 1,245 1,257 1,219 1,21
19 1,041 1,111 0,912 1,067 1,118 1,016 1,06
20 0,884 0,953 0,813 0,889 0,996 0,914 0,91
21 0,805 0,873 0,724 0,813 0,886 0,813 0,84
22 0,726 0,794 0,643 0,711 0,794 0,711 0,76
23 0,655 0,714 0,574 0,685 0,707 0,610 0,68
24 0,584 0,635 0,511 0,559 0,629 0,559 0,61
25 0,518 0,555 0,455 0,508 0,560 0,508 0,53
26 0,460 0,476 0,404 0,457 0,498 0,457 0,46
27 0,439 0,436 0,361 0,406 0,443 0,417 0,42
28 0,411 0,397 0,320 0,356 0,396 0,378 0,38
29 0,381 0,357 0,287 0,330 0,353 0,345 0,34
30 0,356 0,318 0,254 0,305 0,312 0,315 0,31

Cuidados a Observar
• Sendo o verificador de fios e chapas um instrumento de medida, não deve
sofrer choque nem deformação, a fim de evitar que se obtenha uma medida
errada.
• Antes de guardar o verificador, limpe-o com uma flanela, para retirar o suor
das mãos e, em seguida, engraxe-o para evitar corrosão.
• Ao limpar os entalhes, use de preferência papel ou pano. O uso de chapas
metálicas poderá provocar desgaste, alterando, assim, o calibre.

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3. Martelo e Macete

Martelos (Tipos)
Martelos são ferramentas manuais de impacto, que se caracterizam
fundamentalmente por uma peça de aço, cementada e temperada, de forma
alongada, cujas extremidades são chamadas cabeça e pena (fig. 1), montada em
um cabo de madeira dura que serve de alavanca para dinamizar o golpe.

Estes são os tipos mais usados na oficina mecânica.

Quanto ao formato das cabeças, os martelos classificam-se de acordo com as


figuras 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

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Macete

O macete é uma ferramenta de impacto, constituído de uma cabeça de madeira,


alumínio, plástico, cobre, chumbo ou couro e um cabo de madeira.

É utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies não podem sofrer
deformações por efeito de pancadas. O encabeçado de plástico ou cobre pode
ser substituído quando gasto.

Os macetes se caracterizam pelo seu peso e pelo material que constitui a cabeça.
(Fig. 1, 2 e 3)

Condições de uso:

• A cabeça do macete deve estar bem presa ao cabo e livre de rebarbas.

• Devem ser utilizados unicamente em superfícies lisas.

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4. Punção Riscador

Os instrumentos, para incisão são os riscadores, punções, os compassos de


pontas, cintel e graminho (figs. 2, 3, 4, 5 e 6).

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Riscador

O riscador tem o corpo geralmente recartilhado. Existem de várias formas, como,


por exemplo, os indicados nas figuras abaixo. Usa-se para fazer traços sobre os
materiais. (Fig. 15)

Os riscadores também podem ser usados para traçar contornos previamente


definidos por gabaritos (moldes ou modelos).

O corpo de muitos tipos de riscadores é recartilhado, o que permite uma boa


empunhadura.

Cada ponta existente no riscador deve ser sempre afilada na forma cônica, num
ângulo de 15º.

Quando se utiliza um riscador com duas pontas, a ponta que não será utilizada
deverá ser protegida com um pedaço de cortiça ou borracha, assim evitam-se
acidentes pessoais e danos na ponta.

Após o uso, os riscadores devem ser limpos cuidadosamente com uma estopa,
lubrificados e guardados em locais apropriados, protegidos contra choques e
oxidações.

Punção
O punção serve para a marcação de centros para a furação (ponta 90º), ou para a
confirmação de traços de contorno (ponta 60º). Como o riscador, temperado e
revenido.

A marcação é obtida pela penetração da ponta (1) (de 60º ou 90º segundo o uso),
batendo na cabeça (3) com um martelo de peso apropriado ao tipo de serviço.
(Fig. 16)
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Atenção: Não usar em material temperado. Manter a ponta sempre viva e com
um ângulo correspondente ao seu uso.

Instrumentos Auxiliares para traçagem

São os instrumentos utilizados para guiar ou controlar as ferramentas ou


instrumentos de incisão. Pertencem a essa categoria as réguas, as trenas, os
graminhos, os porta-escalas e os esquadros (figs. 7, 8, 9, 10 e 11).

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Instrumentos para Traçar

São instrumentos usados para medir, traçar e marcar, na preparação de materiais


utilizados na montagem de peças e estruturas.

Escala

A escala é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na extremidade


esquerda. É fabricada em diversos comprimentos: 6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm).
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Tem graduações do sistema métrico e do sistema inglês: (Fig. 13)

• sistema métrico: graduação em milímetro (mm)

• sistema inglês: graduação em polegada (”)

Esquadro

O esquadro se caracteriza por ter um encosto de apoio. Serve de guia ao riscador


quando se traçam linhas perpendiculares e para o esquadrejamento na
montagem de peças e estruturas. (Fig. 14)

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Substâncias para Recobrir Superfícies a Traçar

As substâncias para recobrir superfícies a traçar são representadas por produtos


químicos como: verniz, solução de alvaiade, giz escolar e tinta negra especial.

Esses produtos são utilizados para pintar as superfícies das peças que devem ser
traçadas, com a finalidade de obter um traçado mais nítido para facilitar a
execução de outras operações.

O tipo de produto a ser utilizado depende da superfície do material a ser traçado e


da precisão do traçado desejado.

Vejamos, agora, as características dos produtos químicos utilizados para recobrir


superfícies a traçar.

Verniz

O verniz é uma solução de goma-laca (resina vegetal) e álcool na qual adiciona-


se um corante artificial a base de anilina (composto orgânico de fórmula C 6H7N).

Solução De Alvaiade

É uma solução obtida diluindo-se o alvaiade (óxido de zinco de fórmula ZnO) em


água. A solução apresenta a cor branca.

Giz Escolar

O giz escolar é uma mistura de carbonato de cálcio (CaCO 3) e gesso (sulfato de


1
cálcio hidratado de fórmula CaSO4. H2O).
2

Tinta Negra Especial

Os componentes dessa tinta constituem-se em um segredo de fabricação;


contudo, um de seus componentes é a anilina. Essa tinta é encontrada no
comércio, pronta para o uso.

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5. Esquadro

O esquadro metálico é um instrumento, com lâmina de aço, em forma de “L”,


usado para traçar retas perpendiculares ou verificar ângulos de 90º.

A base do esquadro pode estar montada na lâmina ou constituir um


prolongamento dela.

Se a base do esquadro estiver montada na lâmina, tal esquadro recebe o nome


de esquadro de base; caso contrário, o esquadro recebe o nome de esquadro de
precisão.

O esquadro de base é usado para traçar retas perpendiculares e para verificar


ângulos retos de peças que exigem pouca precisão.

O esquadro de precisão tem fios retificados e é usado para verificar ângulos de


peças que exigem grande precisão.

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O ângulo de 90º dos esquadros deve, de tempos em tempos, ser comparado com
o ângulo de 90º de um esquadro padrão para ser verificada sua exatidão.

Após o uso, os esquadros devem ser limpos e lubrificados e guardados em locais


apropriados.

Salientamos que todos os instrumentos de traçagem, de verificação e de medidas


devem, durante o uso, ser colocados sobre um pano macio assentado sobre a
bancada. Essa medida evitará que ocorra danos com os instrumentos.

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6. Régua
Régua de aço

A régua de aço é uma lâmina de aço, sem escalas, de faces planas e paralelas,
usada como guia ou apoio para o riscador na traçagem de semi-retas.

Após o uso, a régua de aço deve ser limpa e lubrificada e guardada em local
adequado.

Régua graduada de precisão

A régua graduada de precisão é uma lâmina de aço inoxidável, usada para


medições que admitem erros superiores a sua menor graduação. Essa graduação
pode variar de 0,5 a 1mm.

A escala dessa régua é graduada em unidades de comprimento do sistema


métrico (metro) e do sistema inglês (polegadas).

De tamanho variável, as réguas graduadas de precisão mais usuais são as de


150 a 305mm de comprimento.

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Abaixo mostramos como se efetua a medição de uma superfície usando a régua


graduada de precisão com encosto de referência e sem encosto de referência.

Como todo instrumento de precisão, a régua graduada não deve sofrer quedas ou
receber pancadas. Durante o uso, sobre a bancada, deve ser apoiada sobre um
pano macio.

Após o uso, a régua deve ser limpa e guardada em local apropriado e jamais
deverá ser flexionada para não quebrar.

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7. Suta

A suta é um instrumento utilizado para traçar, transferir, comparar e verificar


ângulos.

É constituída de uma base, uma lâmina e uma porca-borboleta para fixação.

A base é de aço ou de madeira, com um rasgo onde se encaixa a lâmina.

A lâmina é de aço e também tem um rasco que possibilita seu deslocamento para
frente ou para trás, conforme a dimensão da superfície da peça.

A porca-borboleta é acompanhada de uma arruela e serve para prender a lâmina


à base e para fixar a lâmina na abertura desejada do ângulo.

Fig.1

Outros Tipos de Suta

As figuras de 2 a 5 mostram outros tipos de suta. A da figura 2 é uma suta de


articulação simples: não há rasgo na base para deslizamento da lâmina. A da
figura 3, semelhante à da figura 1, apresenta, como particularidade, lâmina bem
mais longa que a base.
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A figura 4 é uma suta de lâmina angular, muito usada para a verificação de dentes
inclinados nas engrenagens e cônicos. A da figura 5 é uma suta dupla: a lâmina
(com um rasgo longitudinal) e a base são articuladas por meio de uma outra
lâmina com rasgo de duas borboletas.

Exemplos de uso da suta

Fig. 6 – A suta comum na verificação de um perfil oitavado.


Fig. 7 – A suta comum aplicada a uma ponta cônica.
Fig. 8 – A suta dupla verificando o ângulo de um perfil sextavado
Fig. 9 – A suta comum usada no traçado de retas paralelas.

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Para verificar o ângulo com a suta, é preciso primeiro afrouxar ligeiramente a


borboleta, fazer deslizar a lâmina e abri-la em relação à base. Em seguida, deve-
se adaptar o instrumento ao ângulo; este ângulo pode ser de uma peça ou um
ângulo predeterminado por um goniômetro e que deve ser transferido para uma
peça.

Aperta-se então a borboleta, tendo o cuidado de não permitir deslocamento da


lâmina ou da base para que a medida tomada se mantenha a mesma. Desse
modo, a suta está pronta para ser utilizada no valor fixado.

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8. Goniômetro e Transferidor de Graus

Explicação do Vernier de 5 Minutos

A medida total do vernier (fig. 16), de cada lado do zero, é igual à medida total de
23 graus do disco graduado.

O vernier apresenta 12 divisões iguais: 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 45, 50, 55 e 60.
Então, cada divisão do vernier vale 115 minutos, porque

23º  12 = (23 x 60)’  12 = 1380’  = 115’


Ora, 2 graus correspondem, em minutos, a 2º x 60’ = 120’

Resulta que cada divisão do vernier tem menos 5 minutos do que duas divisões
do disco graduado. A partir, portanto, de traços em coincidência, a 1ª divisão do
vernier dá a diferença de 5 minutos, a 2ª divisão dá
10 minutos, a 3ª dá 15 minutos e, assim,
sucessivamente.

O zero do vernier está entre o 24 e o 25 do disco


graduado (24º). O 2º traço do vernier (2 x 5’ = 10’)
coincide com um traço do disco graduado. Resulta a
leitura completa: 24º10’.

Outros exemplos de leituras estão nas figuras 18,


19 e 20.

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Leitura do goniômetro com vernier de 5 minutos ( fig. 17 )

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9. Desempeno

Endireitamento Manual de Chapa


O desempenamento manual de uma chapa é realizado de diversas maneiras, de
acordo com o tipo de deformação a eliminar. Os mais freqüentes são os de chapa
empenada, tira encurvada ou chapa ondulada. (Fig. 6 a, b, c)

Endireitamento de uma Tira de Chapa Encurvada

A peça deve ser sucessivamente batida, do centro para fora, no sentido do


comprimento, com golpes de idêntica intensidade, equidistantes entre si e
executados alternativamente pela direita e pela esquerda da curva 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7 ... sucessão de golpes sobre a chapa. (Fig. 7)

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Endireitamento de uma Chapa Ondulada

Para endireitar uma chapa ondulada, a martelagem deve ser feita por linhas retas
das bordas ao centro, para não provocar deformações opostas. (Fig. 8)

Maneira de empunhar o martelo

O martelo deve ser empunhado pela extremidade do cabo <Z>.

O aperto da mão deve ser forte na batida e suave no retorno. O movimento


completo deve ser feito sem mover os ombros. A peça a ser batida com o centro
da cabeça, de tal maneira que seu eixo permaneça perpendicular à superfície
golpeada. O golpe deve ser desfechado fazendo-se o martelo percorrer um arco
equivalente a um quarto de circunferência. (Fig. 9)

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Tipos de golpes

O uso do martelo implica três diversos tipos de golpe.

Golpe direto – A chapa é golpeada na zona em contato com o plano de apoio ou


do estampo (A).

A parte batida da superfície do metal deve estar em contato com o plano de


apoio.
Para evitar derrubar a chapa, é conveniente por sob ela dois encostos de
segurança (B). estes devem estar em posição mais baixa em relação ao plano de
apoio. (Fig. 10)

Golpe no vazio – O golpe é dirigido a parte da chapa que se eleva, solta, da


bancada, no vazio. (Fig. 11)

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Golpe em falso – A chapa é golpeada fora da superfície sobreposta ao apoio, isto


é, na zona (C) entre os dois encostos (A e B). (Fig. 12)

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10. Ferramentas de Corte


O corte com estas ferramentas se realiza fazendo penetrar a cunha na superfície
do material, de modo a desprender um pedaço ou penetrando totalmente nele
para separar uma parte do todo.

Principio da Cunha

A cunha é formada por duas superfícies em ângulo. O


encontro dessas superfícies determina a aresta de corte,
que deve ser viva. Quando o material é atacado por uma
cunha, comprime-se contra as suas faces, desviando-se
na direção de menor resistência (fig. 16).

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Inclinando-se a cunha, o material se comprime mais intensamente sobre a face


superior (fig. 17).

Se a cunha se desloca paralelamente à superfície do material, com uma


inclinação adequada, produzira o desprendimento do material sobre a face livre
da cunha (fig. 18).

UTILIZAÇÃO DAS CUNHAS

Resultam da posição conveniente da cunha, os ângulos de incidência (a) e de


ataque (c), apresentados na figura 19 juntamente com o ângulo de cunha.

a – ângulo de incidência

b – ângulo da cunha

c – ângulo de ataque

Estes três ângulos são determinados de acordo com o material a ser cortado,
sendo as cunhas de ângulo fechado (fig. 20) utilizadas para o corte de materiais
macios, as de ângulo médio (fig. 21) para materiais de dureza média e as de
ângulo aberto (fig. 22), para materiais duros.

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São utensílios de uso manual ou mecânico destinados a cortar o material por


desprendimento de cavacos ou somente por seccionamento. São constituídos por
um corpo de forma diversas, com uma ou mais cunhas para realizar o trabalho
(figs. 1 a 6)

Ferramentas de Uso Manual

Dentro do grupo de uso manual estão as que desprendem materiais através da


ação direta e continua do operador, como: lima serra manual, talhadeira e outras
(figs. 7, 8 e 9).

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Ainda no grupo de uso manual, encontram-se as que cortam sem desprender


cavacos, como a tesoura manual e o vazador (fig. 10 e 11).

Em geral, estas ferramentas são construídas de aço carbono, temperado.

FERRAMENTAS DE USO MECÂNICO

Neste grupo estão todas as ferramentas de corte montadas em máquinas-


ferramenta e que desprendem materiais através dos movimentos mecânicos
dessas máquinas (figs. 12 a 15).

O ângulo de ponta do escareador e seu diâmetro nominal devem ser compatíveis


com o formato e dimensões da cabeça do parafuso ou do rebite para permitir um
perfeito alojamento desses elementos de fixação.

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11. Corte

Velocidade de Corte
Velocidade de corte (Vc) é a velocidade com que a ferramenta de corte ataca um
material nas operações de usinagem ou a velocidade com que o material passa
sobre o corte da ferramenta.

Por exemplo, na furadeira a velocidade de corte refere-se à broca, pois esta é


quem gira.

Por outro lado, num torno, a velocidade de corte refere-se à peça, pois esta é
quem gira enquanto a ferramenta só efetua o avanço sem girar.

Tanto num caso como em outro, para obter o máximo rendimento nas operações
de corte, é necessário que a ferramenta ou peça desenvolvam velocidades de
corte adequadas.

A velocidade de corte depende de muitos fatores, entre os quais destacamos:

• tipo de material da peça a ser usinada;

• material de que é feita a ferramenta de corte;

• tipo de acabamento desejado.

De fato, materiais duros são cortados com velocidades de cortes mais lentas e
vice-versa.

Por outro lado, ferramentas de cortes feitas com material duro permitem maiores
velocidades de corte.

Finalmente, em acabamentos, a velocidade de corte é maior do que aquela


utilizada no desbaste.

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A velocidade de corte é expressa usualmente em metros por minuto (m/min).

No caso de brocas fixadas no eixo ou no mandril das furadeiras, a velocidade de


corte a ser selecionada pelo operador dependerá dos seguintes fatores:

• número de rotações por minuto (rpm) que a furadeira pode desenvolver;

• natureza do material a furar;

• natureza do material que constitui a broca;

• diâmetro da broca;

• fluido de corte a ser utilizado.

Além desses fatores, o avanço de corte (a) também deverá estar sob controle do
operador.

No caso de uma broca, o seu avanço de corte é a penetração que ela efetua no
material em cada rotação.

O avanço de corte pode ser executado manualmente ou automaticamente.

O avanço de corte (a) é expresso em milímetros pó volta (mm/v).

Assim, se dissermos que uma broca executa um avanço de 0,1mm/v, isto significa
que a broca, em cada rotação, penetra 0,1mm no material que estiver sendo
furado.

Por meio de pesquisas e experiências práticas, as velocidades de corte e avanço,


na operação de furar, encontram-se tabeladas.

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A seguir, damos duas tabelas: uma para material ferroso e outra para material
não-ferroso, contendo a velocidade de corte e avanço na operação de furar,
considerando a natureza do material a ser furado, a natureza do material que
constitui a broca e seu diâmetro.

Tabela 1: Velocidade de corte na operação de furar com brocas de aço rápido

Diâmetro da broca em mm
Material ferroso
a furar
1a2 2a5 5a7 7a9 9 a 12 12 a 15 a 18 a 22 a
15 18 22 26
Aço com Vc 20 a 25 20 a 25 25 25 a 30 30 a 30 a 30 a
baixo teor 25 30 35 35 35
a 0,05 0,05 0,12 0,16 0,19 0,22 0,25 0,28 0,33
de carbono
Aço com Vc 20 10 20 20 a 20 a 25 25 25 a 25 a
médio teor 25 25 30 30
a 0,05 0,07 0,12 0,16 0,19 0,22 0,25 0,28 0,33
de carbono
Aço com Vc 15 15 15 15 a 15 a 15 a 15 a 18 a 18 a
alto teor de 20 20 20 20 22 22
a 0,03 0,05 0,09 0,12 0,15 0,18 0,20 0,25 0,30
carbono
Ferro Vc 20 a 25 30 30 a 30 a 30 a 30 25 20 20
fundido 40 40 35
a 0,07 0,09 0,15 0,20 0,25 0,25 0,50 0,60 0,70
Cinzento
Ferro Vc 12 a 16 12 12 12 a 14 14 a 14 10 a 16 a
fundido a18 a18 18 a18 18 a18 18 20
a 0,05 0,07 0,10 0,10 0,15 0,20 0,20 0,25 0,30
branco

Tabela 2: Velocidade de corte e avanços na operação de furar com brocas de aço


rápido

Diâmetro da broca em mm
Material não
ferroso A furar 1a5 5 a 12 12 a 22 22 a 30 30 a 50
Vc 32 a 90 32 a 90 32 a 90 32 a 90 32 a 90
Latão a 0,10 a 0,125 0,125 a 0,25 0,25 a 0,36 0,36 a 0,43 0,43 a 0,59
Bronze Vc 16 a 28 16 a 28 16 a 28 16 a 28 16 a 28
comum a 0,10 0,10 a 0,20 0,20 a 0,29 0,29 a 0,34 0,34 a 0,47
Vc 28 a 63 28 a 63 28 a 63 28 a 63 28 a 63
Cobre a 0,10 0,10 a 0,20 0,20 a 0,29 0,29 a 0,34 0,34 a 0,47
Vc 40 a 100 40 a 100 40 a 100 40 a 100 40 a 100
Metais a 0,10 a 0,125 0,125 a 0,25 0,25 a 0,36 a 0,43 a
leves 0,36 0,43 0,59

Vamos dar um exemplo de como consultar essas tabelas. Suponha que uma
chapa de aço 1020 deva ser furada com uma broca de 3mm de diâmetro. Qual é
a velocidade de corte adequada para essa broca?

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Primeiro, localize a quadrícula do diâmetro da broca; veja que existem


quadrículas com números aproximados de diâmetro: 1 a 2, 2 a 5, 5 a 7, etc. A
broca em questão estará na quadrícula 2 a 5, uma vez que mede 3mm de
diâmetro.

A seguir, localize o material da chapa, aço 1020, que é um aço de baixo teor de
carbono, na coluna de material a furar.
Agora é só cruzar as duas quadrículas e você encontrará a quadrícula
correspondente a Vc, que é 20 a 25.

Portanto, 20m/min deve ser a velocidade de corte inicial, que poderá ser
aumentada, se necessário, até 25mm/min, a fim de furar uma chapa de aço 1020
com broca de 3mm de diâmetro.

Determinada a velocidade de corte pela tabela, torna-se necessário calcular o


número de rotações por minuto (rpm) que deveremos imprimir na furadeira para
que a broca desenvolva a velocidade de corte desejada.

Isto é feito de duas maneiras: aplicando uma fórmula matemática ou consultando


tabelas.

A fórmula matemática que nos permite determinar o número de rotações por


minuto (n) a ser comunicado a uma broca (caso da furadeira) ou a uma peça
(caso de um torno) é:

Vc
n= x 318 onde:
D

Vc = velocidade de corte em metros por minuto (m/min);

D = diâmetro da ferramenta de corte (broca, fresa, etc.) ou diâmetro da peça;

318 = um número constante.

Se aplicarmos a fórmula anterior para o caso da chapa de aço 1020 a ser furada
com uma broca de 3mm de diâmetro, encontraremos o seguinte valor para n:

Vc 20 6360
n= x 318 → n = x 318 → n = →
D 3 3

n = 2120rpm

Portanto, a broca deverá girar com 2120 rpm ao furar a chapa de aço 1020.

Caso a furadeira não possua capacidade para desenvolver as rotações por


minuto indicadas pelo cálculo matemático, o que é muito comum, deve-se usar o
máximo de rotações por minuto que a furadeira possa desenvolver.

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Nesse caso, o furo não será executado nas condições ideais, pois será executado
de forma mais lenta do que o normal, exigindo do operador muita atenção e
habilidade.

Uma outra situação com a qual o operador poderá defrontar-se é a seguinte: o


número de rotações por minuto (n) obtido pelo cálculo matemático encontra-se
entre dois valores que a furadeira pode desenvolver. Como proceder?

Vamos supor que nossa furadeira possa desenvolver 2000rpm; 2200rpm... até
3000rpm e que para nossa broca tenhamos necessidade de imprimir 2100rpm.

Nesse caso, a prática recomenda usar o valor logo abaixo do valor superior entre
os dois valores nos quais se situa a nossa rpm calculada. Assim, deveremos usar
2000rpm, posto que a furadeira não opera com 2100rpm.

A seguir, damos uma tabela na qual o número de rotações por minuto (n) na
operação de furar encontra-se calculado em função do diâmetro da broca, da
velocidade de corte e da natureza do material a furar.

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Tabela 3: Número de rotações por minuto (n) na operação de furar

Material Aço com Aço com Aço com Ferro Ferro


Bronze
baixo teor Médio alto teor fundido fundido Latão Cobre Metais
comum
Ø da de teor de de cinzento branco leves
Broca carbono carbono carbono
Em mm
Vc
24m/min 20m/min 15m/min 25m/min 15m/min 60m/min 16m/min 40m/min 60m/min

1,2 6360 5300 3975 6625 3975 15900 4240 10600 15900

2,0 3816 3180 2385 3975 2385 9540 2544 6360 9540

3,2 2385 1987 1490 2484 1490 5962 1590 3975 5962

4,8 1590 1325 993 1656 993 3975 1060 2650 3975

5,0 1526 1272 954 1590 954 3816 1017 2544 3816

6,3 1211 1009 757 1261 757 3028 807 2019 3028

7,9 966 805 603 1006 603 2415 644 1610 2415

8,0 954 795 596 993 596 2385 636 1590 2385

9,5 803 669 502 836 502 2008 535 1338 2008

10,2 748 623 467 779 467 1870 498 1247 1870

11,1 687 573 429 716 429 1718 458 1145 1718

12,7 600 500 375 625 375 1502 400 1001 1502

14,0 545 454 340 567 340 1362 363 908 1362

15,9 480 400 300 500 300 1200 320 800 1200

19,0 401 334 251 418 251 1004 267 669 1004

21,0 363 302 227 378 227 908 242 605 908

22,2 343 286 214 358 214 859 229 572 859

25,4 300 250 187 312 187 751 200 500 751

31,7 240 200 150 250 150 601 160 401 601

36,5 209 174 130 217 130 522 139 348 522

38,0 200 167 125 209 125 502 133 334 502

44,4 171 143 107 179 107 429 114 286 429

47,0 162 135 101 169 101 405 108 270 405

50,8 150 125 93 156 93 375 100 250 375

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12. Serra
Serra Manual

É uma ferramenta manual composta por um arco de aço carbono, onde deve ser
montada uma lâmina de aço rápido ou aço carbono, dentada e temperada. A
lâmina possui furos nas extremidades, para ser fixada no arco, através de pinos
situados nos suportes. O arco tem um suporte fixo e um suporte móvel com um
corpo cilíndrico e roscado, que serve para esticar a lâmina através de uma porca-
borboleta (fig. 1).

A serra manual é usada para cortar materiais, para abrir fendas e iniciar ou abrir
rasgos.

Características e Constituição

O arco-de-serra caracteriza-se por ser regulável ou fixo, de acordo com o


comprimento da lâmina.

É provido de um esticador com uma porca-borboleta que permite dar tensão à


lâmina. Para seu acionamento, o arco possui cabo de madeira, plástico ou fibra.

A lâmina da serra é caracterizada: pelo comprimento, que comumente, mede 8”,


10” ou 12”; pelo número de dentes por 1 polegada (d/1”) que em geral, é de
18,24” e 32 d/1” (fig. 2).

Geralmente, em serralharia, utiliza-se o arco fixo para lâminas de 12” de


comprimento.
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Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos laterais dados aos
dentes, em forma alternada, conforme figuras 3 a 7.

Escolha da Lâmina de Serra

A lâmina é escolhida de acordo com:


- a espessura do material, que não deve ser menor Fig. 7
que 2 passos de dentes (fig.8);
- o tipo do material, recomendando-se maior número
de dentes para materiais duros.

Condições de uso
A tensão da lâmina de serra deve ser dada apenas
com as mãos sem emprego de chaves.

Ao terminar o trabalho, deve-se afrouxar a lâmina.

Resumo
arco – aço carbono
Serra lâmina dentada – temperada, aço rápido ou aço carbono
cabo – madeira, plástico ou fibra

Característica
Comprimento – largura – número de dentes por polegada.

Escolha
Conforme a espessura do material (maior que dois passos de dentes).
Conforme o tipo de material (maior n.º de dentes para materiais duros).

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13. Lima

É uma ferramenta de aço carbono, manual, denticulada e temperada (fig. 1), que
se usa na operação de limar.

Fig. 1

Classificação

As limas são classificadas pela forma, picado (bastarda e murça) e tamanho. As


formas mais usuais de limas são as seguintes: (Fig. 2 a 9)

Fig. 2 Lima paralela Fig. 6 Lima meia-cana

Fig.3 Lima de bordos redondos Fig. 7 Lima faca

Fig. 4 Lima quadrada Fig. 8 Lima redonda

Fig. 5 Lima chata Fig. 9 Lima triangular

Os tamanhos mais usuais de limas são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de
comprimento.

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O quadro seguinte apresenta os tipos de limas e suas aplicações.

CLASSIFICAÇÃO TIPO APLICAÇÃO


Chata superfícies planas,

PLANA  superfícies planas internas,
Paralela em ângulo reto e obtuso.

superfícies planas em
QUANTO QUADRADA ângulo reto, rasgos internos
e externos.

À REDONDA superfícies côncavas.

FORMA MEIA – CANA superfícies côncavas.

superfícies em ângulo agudo


TRIANGULAR
maior que 60 graus.

superfícies em ângulo agudo


FACA
menor que 60 graus.

Simples
 materiais metálicos não-
QUANTO  ferrosos (alumínio, chumbo),
À 
QUANTO Duplo
INCLINAÇÃO
(Cruzado) materiais metálicos ferrosos.
AO

PICADO QUANTO AO N.º Bastarda desbastes grossos,



DE DENTES POR Bastardinha desbastes médios,
CENTÍMETRO Murça acabamentos.

TAMANHO 100 variável com a dimensão da


150 superfície a ser limada.
EM 200
250
MILÍMETROS 300

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Condições de Uso
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem estar
bem encabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte.

Limpeza
Para a limpeza das limas usa-se uma escova de fios de aço e, em certos casos,
uma vareta de metal macio (cobre, latão), de ponta achatada.

Conservação
Para a boa conservação das limas, deve-se:
• evitar choques em outras ferramentas, não as colocando sobre outras;
• protegê-las conta à umidade, a fim de evitar oxidação;
• evitar contato entre umas e outras, para que seu denticulado não se
estrague;
• protegê-las contra substancias oleosas.

Resumo

Ferramenta manual para limar

à forma,
Classifica-se quanto ao picado,
ao tamanho.

Lima bem encabadas


Para bom uso limpas,
picada em bom estado.

evitar choques,
Conservação proteger contra umidade.
evitar contato entre limas.

Procedimento de Utilização da Lima

Limar é desbastar ou dar acabamento com o auxílio da lima.

Limar superfície plana é a operação realizada com a finalidade de se obter um


plano com um grau de precisão determinado. O soldador executa esta operação,
na reparação de junta. (Fig. 38)

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Prenda a peça, conservando a superfície por limar na posição horizontal e acima


do mordente da morsa. (Fig. 39)

Observações:

• A lima deve ser usada em todo seu comprimento.


• O ritmo do limado deve ser de 60 golpes por minuto, aproximadamente.
• O movimento da lima deve ser dado somente com os braços. (Fig. 40)

Esta operação se faz em metais de pouca espessura e em laminados finos (até 4


mm aproximadamente). Diferencia-se das outras operações de limar pela
necessidade de Ter de fixar o material por maios auxiliares, tais como: calços de
madeira, cantoneiras, grampos e pregos.

Aplica-se na execução de gabaritos, lâminas para ajuste e outros.


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Processo de Execução

1º Passo – Trace a peça.


2º Passo – Prenda a peça de modo que evite vibrações ao limar (Fig. 1 e 2).

3º Passo – Lime de modo que evite vibrações.

Observação:

Para eliminar as vibrações que se apresentam ao limar, coloque a lima segundo a


figura 3.

A lima é deslocada em posição oblíqua em relação à peça.

4º Passo – Verifique a superfície limada, com a régua.

Observação:

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Quando se trata de limar as faces da chapa, esta deve estar presa na madeira
conforme mostram as figuras 4, 5 e 6.

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14. Esmeril

Esmerilhadeiras
São máquinas-ferramenta utilizadas em operações que envolvem a abrasão ou
desgaste de superfícies planas ou curvas de materiais metálicos e não-metálicos.

Nessas máquinas-ferramenta, o rebolo é a ferramenta abrasiva que possibilita:


• afiação de ferramentas;
• polimento e acabamento de superfícies;
• desbaste de superfícies.

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Basicamente, todas as esmerilhadeiras de coluna apresentam os seguintes


componentes:

Base da coluna – construída em aço ou ferro fundido, é fixada no piso por meio
de parafusos.

Pedestal da coluna – construída em aço ou ferro fundido, serve de apoio para o


motor.

Caixa de rebolo – feita em ferro fundido, serve para recolher as fagulhas e


pedaços do rebolo caso ele se quebre quando em movimento. Tal caixa é uma
proteção para o operador.

Protetor contra fagulhas – constituído em plástico rígido e transparente ou em


vidro rígido e transparente. Sua função é proteger os olhos e a face do operador
contra as fagulhas.

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Apoio do material – é feito em ferro fundido ou aço e pode ser fixado em ângulos
apropriados para o trabalho. A folga entre o apoio e o rebolo deve ser de 1 a 2mm
no máximo. Isso evita que peças de pequenas dimensões introduzam-se entre o
apoio e o rebolo.

Articulador de apoio – permite a regulagem da folga entre o apoio e o rebolo. O


articulador do apoio é construído em aço ou ferro fundido.

Motor elétrico – é responsável pelo acionamento dos rebolos. O motor encontra-


se protegido por uma carcaça de ferro fundido e opera normalmente com as
seguintes tensões elétricas: 220V/380V/440V.

Recipiente para água – normalmente é colocado na parte anterior do pedestal;


contudo, pode ser colocado na lateral direita do pedestal. A água nele colocada
serve para esfriar as ferramentas de aço temperado, por exemplo. Nesse caso, se
não houver um esfriamento da ferramenta, o seu gume terá a dureza diminuída
pela ação do calor gerado pelo atrito contra o rebolo.

Esmerilhadeira de Bancada
A esmerilhadeira de bancada normalmente apresenta dois rebolos e é fixada em
bancada.

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Essa esmerilhadeira apresenta basicamente os mesmos componentes que


existem na esmerilhadeira de coluna, exceto o pedestal.

Há esmerilhadeira de bancada que possui motor monofásico que opera com


tensões elétricas de 110V/220V e há a que possui motor trifásico que opera com
tensões elétricas de 220V/380V/440V.

Com motor monofásico ou trifásico, o rebolo da esmerilhadeira de bancada


consegue desenvolver de 1700rpm até 3400rpm.

A esmerilhadeira de bancada é bastante utilizada para acabamento a superfícies


e reafiar gumes das ferramentas.

Esmerilhadeira Portátil

A esmerilhadeira portátil é encontrada, mo comércio, em duas versões: a elétrica


e a pneumática.

Abaixo, a ilustração mostra uma esmerilhadeira portátil elétrica e uma


esmerilhadeira portátil pneumática.

Esmerilhadeira portátil elétrica Esmerilhadeira portátil pneumática

A esmerilhadeira portátil elétrica desenvolve de 5000 a 8500rpm e a pneumática


desenvolve de 4100 a 38000rpm.

Procedimento de Utilização de Esmerilhadoras

• Verificar, na colocação do esmeril e do disco abrasivo, se os mesmos estão


fixados com firmeza.
• Usar óculos protetores equipados com vidro de segurança. Tal proteção não
será observada, se o próprio esmeril possuir protetores com visor de
segurança.
• Permanecer sempre junto do rebolo, durante o esmerilhamento.

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• Conservar a esmerilhadora equipada com o protetor do rebolo ou disco.


• Fazer que o descanso ou guia da ferramenta esteja sempre ajustado, de modo
que não exceda de um oitavo de polegada o afastamento em relação ao
rebolo.
• Não abandonar o esmeril, enquanto o rebolo estiver girando.
• Utilizar pressão de trabalho indicada. O rebolo, esquentando, poderá partir-se.
• Não esmerilhar alumínio, latão, cobre e outros metais num rebolo destinado a
aço ou ferramenta de material duro.
• Antes de utilizar o esmeril, fazê-lo girar pelo menos durante um minuto.

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15. Tesoura

Tesoura de Mão e de Bancada

São ferramentas de corte manual, formadas por duas lâminas, geralmente de aço
carbono, temperadas e afiladas em ângulo determinado.

As lâminas são furadas. Unidas e articuladas por meio de um eixo (parafuso e


porca). Usa-se para cortar metais de espessura determinada.

Os ângulos do gume de corte das lâminas variam de 76 o a 84o (figs. 1 e 2).

Classificação

As tesouras são classificadas conforme suas lâminas.

Tesoura manual de lâminas estreitas (para cortes em curva, de pequeno raio)


(figura 3.)

Tesoura manual reta de lâminas largas (para cortes retos e curtos) (fig. 4).

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Tesoura manual curva (para cortes em curvas) (fig. 5).

Fig. 5
As tesoura manuais são encontradas nos tamanhos de 6”, 8”, 10” e 12”
(comprimento total dos braços mais as lâminas). As tesouras de bancada e
guilhotinas são identificadas de acordo com o comprimento das lâminas (figs. 6 e
7),

Condições de Uso

As lâminas devem estar corretamente afiadas.

A articulação deve estar bem ajustada com o mínimo de folga.

Conservação

Evite choques e quedas.

Mantenha o gume de corte das lâminas sempre protegido.

Após o uso, lime-as e unte-as com fina película de óleo ou graxa, para evitar
oxidação.
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16. Alicates
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento.

São compostas de dois braços e um pino de articulação. Em uma das


extremidades dos braços, encontram-se garras, cortes e pontas, que são
temperadas e revenidas.

Servem para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadas
peças nas montagens.

As características, tamanhos, tipos e formas são variáveis, de acordo com o tipo


de trabalho a executar.

Tipos

Os principais tipo de alicates são:


• alicate universal
• alicate de corte
• alicate de bico
• alicate de compressão
• alicate de eixo móvel

Alicate Universal

Serve para efetuar várias operações como segurar, cortar e dobrar (fig. 1).

Alicate de Corte

Serve para cortar chapas, arames e fios de aço. Estes últimos (figs. 4 e 5) pode,
ter lâminas removíveis (figs. 2 a 5).
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Alicate De Bico

As figuras de 6 a 9 indicam vários tipos de alicates de bico.

Alicate De Compressão

Trabalha por pressão e dá um aperto firme


às peças. Por intermédio de um parafuso
existente na extremidade, consegue regular
a pressão (fig. 10).

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17. Chaves de Aperto


A Fixação de Peças com Parafusos e Porcas

Chaves

O manejo de parafusos e porcas realiza-se com o auxílio da “chaves”,


ferramentas destinadas a imprimir ao parafuso ou à porca o esforço de torção que
é necessário para produzir o respectivo aperto ou afrouxamento. De acordo com a
forma e o tipo do parafuso ou da porca, emprega-se a chave adequada.

As mais comuns são as chaves de boca e as chaves de estrias (figs. 48 e 49).

As chaves de boca podem ter as


bocas paralelas ao eixo do punho ou
fazer com ele um ângulo qualquer.
São mais comuns os ângulos de 15º e 22º 30' (fig. 50).

Esta angulosidade da boca em relação ao punho permite aumentar a utilização da


chave em locais apertados. Uma chave com o ângulo de 15°, por exemplo,
permite trabalhar em uma porca colocada em posição tal que só permite um
passeio da chave de 30°, desde que seja em cada passeio, traçado por uma
rotação do punho, a face que estava para cima pela que estava para baixo (fig.
51).

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As chaves de estrias são encontradas nos mesmos padrões das chaves de boca.
Este tipo de chave é mais recomendado sob vários pontos de vista.

As chaves de estrias se ajustam ao redor da porca, dando maior firmeza e


proporcionando um aperto mais regular e maior segurança ao operador.

Enquanto as chaves de boca permitem, por meio de artifícios, trabalhar dentro de


ângulos até 30°, as chaves de estrias podem ser empregadas descrevendo um
arco de apenas 15°.

A chave de estrias apresenta uma desvantagem em relação à chave de boca,


pois, depois de quebrado o aperto, para retirar inteiramente o parafuso ou a
porca, usando uma chave de estrias, ela terá de ser retirada inteiramente para ser
colocada em nova posição, depois de cada curso. Depois de quebrado o aperto,
poder-se-á trabalhar muito mais rapidamente com uma chave de boca.

É por essa razão que existe chave combinada, a qual é mostrada na ilustração
abaixo (fig. 52).

Pode-se incluir entre as chaves de estrias as chaves de caixa (fig. 53).

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Essas chaves, além de poderem ser empregadas em substituição às já descritas,


permitem ainda operar em montagem com o parafuso embutido.

Para as porcas ou para os parafusos hexagonais ou quadrados. Existe ainda uma


chave de boca ajustável, também conhecida como chave inglesa, ou ainda chave
americana (fig. 54).

Esta chave, embora de uso muito generalizado, deve ser evitada, tanto pelo risco
a que expões o operador, quanto pelos danos que sempre causa nas porcas e
nos parafusos.

Além destas chaves, existem ainda outras, menos comuns, que são as seguintes:

Chave de gancho que pode ser simples (tipo de mangueira) ou dupla (tipo U),
próprias para porcas cilíndricas com rebaixos laterais ou no topo (fig. 55).

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Os parafusos de cabeça de encaixe


hexagonal (Allen) ou quadrados (mais
raros) exigem chaves especiais que, no
caso de parafusos sextavados, são
conhecidas como chaves Allen, as quais
existem em jogos de 4 e 6 chaves
padronizadas para os parafusos (fig. 56).

Para apertar ou desapertar um parafuso, deve-se sempre puxar o punho, ao invés


de empurrá-lo. Empurrando haverá sério risco de acidente, se a chave escapar
(fig. 57).

O punho da chave de boca é calculado para dar um aperto vigoroso com o


esforço normal da mão.

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Chave de Fenda

A chave de fenda ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada na


montagem e desmontagem de peças unidas por parafusos cujas cabeças
apresentam fenda ou ranhura

Na fenda ou ranhura da cabeça do parafuso, a cunha da chave de fenda é


encaixada e, por meio de giros dados à ferramenta, o parafuso pode sair ou entrar
em um furo.

A chave de fenda comum é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço


especial. Essa haste geralmente é cilíndrica e apresenta uma das extremidades
forjada em forma de cunha. A outra extremidade apresenta-se na forma de espiga
prismática ou cilíndrica estriada, na qual é acoplado um cabo.

O cabo normalmente é feito de plástico rígido e apresenta ranhuras longitudinais


que permitem uma boa empunhadura do operador; assim, a ferramenta não
escorrega da mão.

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Para permitir o correto ajustamento na fenda do parafuso, as chaves de fenda


comuns de boa qualidade apresentam faces esmerilhadas em planos paralelos,
próximas ai topo.

A vantagem das faces esmerilhadas em planos paralelos é dificultar o


escorregamento da cunha na fenda do parafuso quando ele está sendo apertado
ou desapertado.

O escorregamento da cunha da chave de fenda, além de poder causar acidentes,


pode danificar a fenda do parafuso que fica inutilizado.

A região da cunha de uma chave de fenda de boa qualidade é temperada para


resistir à ação cortante das ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O
restante da haste, incluindo a espiga, deve apresentar uma boa tenacidade para
resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver sendo utilizada.

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18. Relação de Ferramentas Equipamentos e


Dispositivos Usados na Oficina e Obra
CHECK-IN OBRA / RELAÇÃO DE FERRAMENTAS
OBRA: DATA:
RESPONSÁVEL:
EPI’S INDIVIDUAL E COLETIVO □ Suporte p/ descanso de porta de □ Talhadeira SDS Plus
□ óculos □ Capa de chuva aço □ Serra copo com adaptador __
□ Máscara de Solda □ Máscara de □ Roletes p/ instalação de porta de □ Brocas Aço Rápido ____mm
Pintura aço □ Parafusadeiras
□ Abafador □ Capacete FERRAMENTAS DE USO □ Bosch c/ carregador
□ Cinto de Segurança Comum COLETIVO □ Bosch 220 GSR 6-20 TE
□ Cinto de Segurança pára-quedista □ Sargentos □ Tipo C □ FEIM 220 V
□ Grampo de Segurança □ Barra T _____ MT □ SKIL TWIST XTRA c/ carregador
□ Avental de raspas □ Avental de □ Marreta pesada □ Cachimbo magnético ________
P.V.C. □ Luva de Desempeno □ Pontas de fendas __________
□ Balizas e Fita Zebrada □ Mangueira de Nível □ Serras
EQUIPAMENTO DE AUXÍLIO AOS □ Alicate Pop □ Circular Mmakita com chave
TRABALHOS INDIVIDUAIS □ Aplicador Silicone/Sicaflex □ Tico-tico Black e Decker modelo
□ Andaimes □ Peças H _________ □ Grinfa p/ Metalon 032004 C 1 c/ lâmina e chave alem
□ Travas X _________ □ Suta Grande □ Tico-tico Craftsman c/ lâmina e
□Diagonal Tubo _____ □ Régua de Mola Chave alem
□ Apoio de Tábua ___ □ Tesoura Manual □ Discos □ Diamantado
□ Rodas ___________ MÁQUINAS □ Dentado
□ Escoras □ Tubo Telescópio ____ □ Máquina de solda □ Tesouras □ Punção Bosch
□ Sapata Quadrada ___ □ Eletrimer TIS 250 AMP nº______ □ Navalha Bosch
□ Sapata de Roda ____ □ Titan Modelo TRS 250 143-514- □ Compressor SCHLH c/ regulador
□ Parafusos de regulagem _ 271 de pressão e mangueira
□ Ponteiras em U _____ □ Bambozzi Picola 400 AMP □ Pistola de pintura □ Devilbs
□ Escadas □ ESAB CADDY Inverter 230 AMP □ Arprex
□ Alumínio Telescópica 3.850 MT □ Cabo de solda □ Cabo Terra □ Óleo compressor
□ De Ferro Telescópica ______MT □ Eletrodo 6013 ou 7018 Extensão □ Rolo 2 fases nº _______
□ De Ferro de Abrir 2.210 MT □ Arame Inox 304 □ Tungstênio □ Comum 2 fases nº _____
□ Cavaletes □ De regulagem _____ MT □ Cilindro de Argônio c/ regulador □ Comum 3 fases c/ 3 tomadas nº __
□ Sem regulagem ___ MT □ Esmerilhadeira □ Bosch Grand110 □ Rabicho 3 fases c/ tomada nº ____
□ Barras de apoio ___ MT □ Bosch Grande 220 ACABAMENTO
□ Barras de revestir □ Madeira ___ □ Bosch Pequena 110 □ Tinta □ acabamento □ fundo
□ Carpetada _ □ Disco de desbaste __________ □ Verniz □ Solvente
□ Braço c/ carretilha para subir carga □ Disco de corte __________ □ Lixas d’água □ Estopa
□ Corda Algodão 35.30 MT □ Disco de Corte Zipcut ________ □ Fita crepe □ Pincel _____”
□ Corda Algodão 40 MT □ Disco de Desgaste Inox ________ □ Rolo de espuma ________ cm
□ Gancho de ½” isolado ____ □ Flap Disco Grão ___________ □ Rolo de lã _________ cm
□ Balizas _________ □ Disco Lixa __________ □ Jornal □ Mesa plástica
□ Fita Zebrada □ Broca diamantada e adaptador __ □ Massa rápida □ Espátula
□ Caixas para Ferramentas □ Litro com água p/ resfriar MATERIAL DE FIXAÇÃO E
□ Baú com rodas □ Baú s/ rodas □ Lixadeira Pneumática VEDAÇÃO
□ PVC □ Individual □ SNAP-ON-SIOUX 2L1300 AP □ Caixa parafusos completa nº _____
□ Talhas □ 1 Tonelada □ 500 KG □ REITZ ER 300/20 EP □ Rebite Pop □ Sicadur
□ Alavancas □ Com Rodas □ Comum □ Roda Pneumática □ Durepox □ Cola Fórmica
□ Material de Proteção □ Bico soprador □ Fita VHB □ Parafusos Inox _____
□ Tapetes □ Plástico □ Papelão □ Maletas c/ lixas e mat. Acabamen □ Sicaflex □ Silicone
□ Fita Embalagem □ Gel decapante □ Brilha Inox PRANCHETA
□ Suporte Telescópico p/ corrimão □ Furadeira Bosch □ Ordem de serviço
□ Galga de Metalon □ Comum 110 V GBM □ Relatório de Entrega
□ Garra Superior p/ Prender grades □ Martelete GBH2-24 DSE □ Nota Fiscal
□ Suporte inferior p/ apoio de grades □ Impacto 220 V □ Lapiseira □ Caneta
□ Tábua c/ borracha p/ instalação de □ Mandril c/ Adaptador p/ F. □ Marmita □ Vale Transporte
Cobertura de policarbonato Impacto
□ Alavanca para amaciar basculantes □ Brocas SDS Plus 19 mm
□ Ponteiro SDS Plus
Ass. Serralheiro: Ass. do Responsável:
Saída: ____/____/____ Conferido por: Retorno: ____/____/____ Conferido por:
“Soluções arquitetônicas e decorativas em materiais metálicos para projetos especiais”.

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Ferramentas e Equipamentos
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RELAÇÃO DE MATERIAIS E FERRAMENTAS


( ) 01 – Alicate Universal Gedore K 8 1000V ( ) 01 – Chave de fenda 1/8” x 3”
( ) 01 – Alicate de pressão Gedore 10” ( ) 01 – Caneca de alumínio de nº _____
( ) 01 – Alicate POP ( ) 01 – Desandador de ferro chato SM
( ) 01 – Arco de Serra Barra chata 1”x 3/16”/SM ( ) 01 – Estilete
( ) 02 – Broca de aço rápido 1/8” ( ) 01 – Esquadro Stanley de Ferro 11”
( ) 02 – Broca de aço rápido 9/64” ( ) 01 – Grinfa ¼” e 3/8” SM
( ) 02 – Broca de aço rápido 13/64” ( ) 01 – Grinfa 1/8” e 3/16” SM
( ) 01 – Broca de aço rápido ¼” ( ) 01 –Graminho
( ) 01 – Broca de aço rápido 5/16” ( ) 01 – Jogo de chave fixa Robst. ___ pç. de 6 a __
( ) 01 – Broca de aço rápido 3/8” ( ) 01 – Jogo de chave estrela Bachert c/ ___ peças
( ) 02 – Broca de aço rápido 5/32” sendo: 6/7, 8/9, 10/11, 12/13 e 16/17
( ) 01 – Broca de vídia ¼” ( ) 01 – Jogo de Macho ¼”
( ) 01 – Broca de vídia 5/16” ( ) 01 – Jogo de Macho 3/16”
( ) 01 – Broca de vídia 3/8” ( ) 01 – Lâmina de serra – Starret seta verde
( ) 01 – Broca de vídia ½” ( ) 01 – Lima redonda
( ) 01 – Broca SDS Plus Vídia 6.5 mm ( ) 01 – Lima Kef chata Bastarda 12” x 300 mm
( ) 01 – Broca SDS Plus Vídia 8 mm ( ) 01 – Marreta Tramontina n. 2
( ) 01 – Broca SDS Plus Vídia 10 mm ( ) 01 – Martelo Pena Tramontina
( ) 01 – Broca SDS Plus Vídia 14 mm ( ) 01 – Martelo Bola Tramontina
( ) 01 – Cadeado e chave nº ______ (caixa) ( ) 01 – Meia Esquadria SM
( ) 01 – Cadeado com chave ____(escaninho) ( ) 01 – Nível
( ) 01 – Caixa de ferramenta Casoy grad. Ref.1.000 ( ) 01 – Prumo de Corda
( ) 02 – Cabides ( ) 01 – Prancheta de policarbonato c/ caneta
( ) 01 – Compasso ( ) 01 – Ponteiro
( ) 01 – Calculadora ( ) 01 – Passa risco SM
( ) 01 – Chave de Mandril n. 2 ROHM ( ) 01 – Ponção Starret 9/64”
( ) 01 – Chave de Lixadeira grande / SM ( ) 01 – Riscador SM
( ) 01 – Chave de Fenda 3/8” com 36 cm Tramontina ( ) 01 – Rolo de linha náilon
( ) 01 – Chave de Fenda ¼” x 4” Tramontina ( ) 01 – Recipiente Porta Broca PVC
( ) 01 – Chave de Fenda 3/16” x 3” Tramontina ( ) 01 – Recipiente Porta Etetrodo PVC
( ) 01 – Chave de Fenda 1/8” x 4” Tramontina ( ) 01 – Rabicho
( ) 01 – C. de Fenda Philipis 3/16” x 4” Tramontina ( ) 01 – Suta de Ferro SM
( ) 01 – Chave de Fenda Philipis ¼” x 3” Tramontina ( ) 02 – Talhadeira redonda de vergalhão SM
( ) 01 – Sargento nº ____________ ( ) 01 – Talhadeira chata de mola SM
( ) 01 – Trena
OBS.: Estou ciente de que o material recebido (relacionado acima), deverá permanecer sob minha guarda e
responsabilidade durante minha permanência na EMPRESA. Devendo o mesmo ser devolvido quando me
desligar da empresa.

EM CASO DE DEFEITO OU QUEBRA DE ALGUMA FERRAMENTA OU BROCA, DEVOLVER A


MESMA, PARA QUE POSSA SER SUBSTITUÍDA, CASO CONTRÁRIO SERÁ COBRADA DO
EMPREGADO.

Funcionário:
__________________________________________________________
Serralheria: ____/____/____ Conferido por: _____________________
Saída: ____/____/____ Conferido por: _____________________

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Ferramentas e Equipamentos
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Referências Bibliográficas

AÇOMETAL COM. DE AÇOS E METAIS LTDA. Catálogo Açometal. São Paulo,


s.d.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METAIS. Aços e ferros fundidos. São Paulo,


1977.

CHIAVERINI, Vicente. Aços-carbono e aços–liga. São Paulo: Associação


Brasileira dos Metais, 1971.

YOSHIDA, Américo. Metais, ligas e tratamento térmico. Santos: Brasília, s.d.

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