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VMda Auge RespLoj Simb Joaquim Gonçalves Ledo, Nº. 06 o M M


ALEXANDRE SANTOS
Ir1º. Vig
Ir2º. Vig
Demais Autoridades que adornam o Oriente
Amados IIr

A MINHA INIACIAÇÃO
Eu, Natanael de Oliveira, nascido em 06/06/1972, durante 30 anos, sempre fui
um admirador da Ordem maçônica. Sempre li livros referentes aos Cavaleiros
Templário, com muita admiração, como profano, acreditando que em toda sua mística
representavam os reais herdeiros, ou legatários, da maçonaria moderna. Agora sei que
foi ledo engano.
Embora a ordem dos Cavaleiros Templários, tenham sido minha inspiração
inicial, sabia qua havia, muito mais para ser descortinado.
Nasci em uma família paupérrima, a ponto de minha primeira cama, ter sido
quando incorporei na Marinha do Brasil, em 28/05/1990. Ou seja, num alojamento
militar. Mas, sempre fui ávido por conhecimento. Independente se tal conhecimento
mudasse minha condição sócio econômica ou não. Além de uma família paupérrima,
sou afrodescendente, sabendo que num país onde a abolição da escravatura tinha
ocorrido a menos de 102 anos, em 28/05/1990, decidi incorporar a Marinha do Brasil,
com a minha formação inicial, segundo grau incompleto, pois sabia e acreditava no
princípio da meritocracia. Deu certo, e descobri uma instituição séria onde sua cor,
quase sempre, não ditava, os rumos que uma carreira profissional, como praça. Não
dependi de apadrinhamento, somente do meu cabedal intelectual.
Juntamente com minha formação profissional, continuei estudando, fiz 6
períodos de faculdade de direito, onde aprendi muita coisa e fiquei abismado com a
hipocrisia do ser e dever ser. Não me formei, esperei ter maturidade e aos 49 anos,
após 9 cirurgias cardíacas, me matriculei em licenciatura de Filosofia. Meu mundo se
descortinou para o melhor de mim. Quando se é jovem acreditamos que só a ciência é
conhecimento. Estudando filosofia, aprende-se que os ramos de conhecimento são: a
filosofia, a teologia, a ciência, a arte, o senso comum e os conhecimentos exotéricos.
Isso aproximou ainda mais, minha admiração pela maçonaria.
Sou cristão. Meus Deus é o mesmo de Abraão, Isaque e Jacó, E Seu filho
Unigênito Jesus Cristo na Comunhão do Espírito Santo. Só que, como ávido estudioso,
sempre me incomodou o fato de que nos países escravocratas dos séculos 16, 17, 18 e
19, como o Brasil, os cristãos católicos ou protestantes, tinham a capacidade de terem
escravos. Isso me levou a reflexão de que o meu Deus, apresentado a mim quando
nasci, pelas autoridades eclesiásticas, não era tão perfeito, segundo as lideranças
cristãs que me apresentaram Deus. Quando conheci os princípios maçons, me a
apaixonei à primeira vista. Percebi o quão Justo e Perfeito são seus princípios que
considera a espécie humana em sua plenitude, onde não há preconceito de raça, etnia,
classe social ou herança familiar. Por isso, decidi incorporar e me iniciar de corpo e
alma a Ordem Maçônica, sendo muito bem recepcionado na GLOMN.
Doravante, discorrerei sobre o Título de minha primeira prancha, pois sei que
é um marco muito importante, se não o mais, na minha jornada como maçon.
Considero como o momento mais mágico de minha existência terrena. Eu, um
homem com 50 anos, feito em 06/06/2022, me senti como uma criança em
expectativa nos momentos que antecederam o grande dia de 29/01/2023. Vi toda
minha vida em retrospectiva. Houve uma interseção em toda minha formação,
intelectual, quando me foi informado que não fui chamado ali: estava ali por livre e
espontânea vontade. Onde afirmei, com veemência, que optei voluntariamente fazer
parte da Ordem, e ser livre e de bons costumes; em toda minha formação filosófica,
pois sou um admirador do estoicismo, onde na câmara de reflexão me foi apresentado
a finitude da minha existência, “memento moris – lembrança da morte”; em toda
minha formação religiosa, onde com minha mão depositada sobre O Livro da Lei – a
Bíblia, Jurei ser fiel aos princípios, juramentos e segredos a mim confiados na liturgia
de iniciação e em âmbito interno ao cotidiano de vivência em Loja. Para mim, isso
soou, como um dos eventos, que acorreu quando Cristo expiou. Onde o Véu do templo
se rasgou de cima a baixo. Autorizando um “profano” adentrar ao Santo dos Santos,
onde só podia entrar o Sumo Sacerdote. Me senti acolhido e amado como um igual,
como nunca fui acolhido em minha vida.
Por fim, sei que a jornada será árdua. Mas, confio em vossa liderança e em
meus irmãos, nessa jornada que GADU, em sua sapientíssima onisciência, reservou a
mim, quase no ocaso de minha existência.
Respeitosamente! Venerável Mestre e Irmão

Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2023 da EV e 6022 da VL

NOME DO OBREIRO – Apr M Natanael de Oliveira


CIM:
Referências Bibliográficas:
• Enciclopédia de Mackey da Maçonaria;

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