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CAPA VADE MECUM_net


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FichaCadastro
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Edição 20
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Sumário
CONSTITUIÇÃO DA GLOMARON
PREÂMBULO.......................................................................................................... 19

TÍTULO I
DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE
RONDÔNIA – GLOMARON.................................................................................... 21
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES........................................................ 21
Seção I
Da Soberania......................................................................................... 22
Seção II
Da Declaração de Princípios, Decálogo dos Maçons e dos Ritos......... 22
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES..................................................................... 24
CAPÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO............................................................................ 25
Seção I
Do Grão-Mestre...................................................................................... 25
Seção II
Das atribuições do Grão-Mestre............................................................ 26
Seção III
Do Grão-Mestre Adjunto......................................................................... 30
Seção IV
Das Grandes Secretarias Executivas..................................................... 30
Seção V
Das Comissões...................................................................................... 31
Seção VI
Do Grande Conselho Maçônico............................................................. 32
Seção VII
Do Conselho Permanente...................................................................... 32
Seção VIII
Do Conselho de Mestres Instalados...................................................... 32
Seção IX
Das Entidades Subsidiárias................................................................... 33
CAPÍTULO IV
DO PODER LEGISLATIVO.......................................................................... 34
Seção I
Da Assembleia Geral – Órgão Deliberativo............................................ 34
Seção II
Das Atribuições e da Competência da Assembleia Geral...................... 36
Seção III
Da Convocação das Assembleias Gerais.............................................. 38
Seção IV
Das Disposições Gerais das Assembleias Gerais................................. 38

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO V
DO PODER JUDICIÁRIO....................................................................... 39
Seção I
Da Organização..................................................................................... 39
Seção II
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas............................... 40
Seção III
Do Tribunal de Justiça Maçônico........................................................... 41
Seção IV
Do Tribunal Pleno................................................................................... 41
Seção V
Da Câmara de Justiça Maçônica........................................................... 42
Seção VI
Dos Recursos e Seus Efeitos................................................................. 43
Seção VII
Das Disposições Gerais......................................................................... 44
Seção VIII
Do Ministério Público Maçônico............................................................. 45
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO ELEITORAL...................................................................... 45
Seção Única
Do Código Eleitoral................................................................................ 45
CAPÍTULO VII
DA REFORMA CONSTITUCIONAL............................................................. 46

TÍTULO II
DOS MAÇONS, DAS LOJAS JURISDICIONADAS, DOS TRIÂNGULOS
MAÇÔNICOS E ENDIDADES SUBSIDIÁRIAS....................................................... 47
CAPÍTULO I
DOS MAÇONS............................................................................................. 47
Seção I
Dos Direitos do Maçom.......................................................................... 48
Seção II
Dos Deveres do Maçom......................................................................... 50
Seção III
Da Exclusão e da Suspensão de direitos do Maçom............................. 52
CAPÍTULO II
DAS LOJAS JURISDICIONADAS.......................................................... 53
Seção I
Da Administração das Lojas................................................................... 54
Seção II
Do Venerável Mestre.............................................................................. 55
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS...................................................................... 55

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção I
Dos direitos das Lojas Jurisdicionadas.................................................. 56
Seção II
Dos Deveres das Lojas Jurisdicionadas................................................ 57
Seção III
Dos Triângulos Maçônicos..................................................................... 59

TITULO III
DAS REGIÕES MAÇÔNICAS E DOS DELEGADOS DO GRÃO-MESTRADO...... 59

TíTULO IV
DO PATRIMÔNIO, DO ORÇAMENTO e DAS FINANÇAS DA
GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS................................................. 59
CAPÍTULO I
DA PARTE GERAL....................................................................................... 59
CAPÍTULO II
DO PATRIMÔNIO......................................................................................... 61
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO....................................................................................... 62
CAPÍTULO IV
DAS FINANÇAS........................................................................................... 62

TÍTULO V
DA REGULARIDADE E IRREGULARIDADE MAÇÔNICA...................................... 64
CAPÍTULO I
DA REGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS MAÇONS......................................................................................... 64
CAPÍTULO II
DA IRREGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS MAÇONS......................................................................................... 64

TITULO VI
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS..................................................................... 66
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES........................................................ 66
CAPÍTULO II
DOS CARGOS ELETIVOS.......................................................................... 66
CAPÍTULO III
DAS ELEIÇÕES EM GERAL....................................................................... 68
CAPÍTULO IV
DA DURAÇÃO DOS MANDATOS............................................................... 68

TITULO VII
DA VACÂNCIA E DA POSSE.................................................................................. 69
CAPÍTULO I
DA VACÂNCIA............................................................................................. 69

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II
DA POSSE E COMPROMISSO................................................................... 71
TITULO VIII
DOS IMPEDIMENTOS E DAS INCOMPATIBILIDADES......................................... 72
CAPÍTULO I
DOS IMPEDIMENTOS................................................................................. 72
CAPÍTULO II
DAS INCOMPATIBILIDADES...................................................................... 73

TITULO IX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS.................................................... 73
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS........................................................ 73
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS....................................................................... 74

ÍNDICE SISTEMÁTICO........................................................................................... 76

LEI COMPLEMENTAR Nº 001/GM/2015-2019 DE 24 DE JUNHO DE 2018


(REGULAMENTO GERAL)

TÍTULO I
DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE RONDÔNIA.... 86
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES........................................................ 86
Seção I
Da Soberania, Objetivos e Finalidades da Ordem................................. 87
Seção II
Dos Rituais, dos Ritos e da Mudança de Rito........................................ 89

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇAO DOS PODERES..................................................................... 90
CAPÍTULO I
DO PODER EXECUTIVO............................................................................ 90
Seção I
Da Alta Administração da GLOMARON................................................. 90
Seção II
Das Atribuições do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto.................. 91
Seção III
Dos Grão-Mestres Ad Vitam e dos Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam.... 92
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES E DE ASSESSORAMENTO......................... 92
Seção I
Das Grandes Secretarias Executivas..................................................... 92
Seção II
Das Comissões Especiais.................................................................... 107

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção III
Do Grande Conselho Maçônico........................................................... 108
Seção IV
Do Conselho Permanente.................................................................... 108
Seção V
Do Conselho de Mestres Instalados.....................................................110
Seção VI
Das Entidades Subsidiárias................................................................... 112

TÍTULO III
DO PODER LEGISLATIVO..................................................................................... 114
CAPÍTULO I
DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL – ÓRGÃO DELIBERATIVO........... 114
Seção I
Da Competência e Atribuições da Assembleia Geral............................. 115
Seção II
Da Convocação e funcionamento da Assembleia Geral........................ 115
CAPÍTULO II
DOS CARGOS ADMINISTRATIVOS DA ASSEMBLEIA GERAL................. 116
Seção I
Das Grandes Dignidades, Das Luzes e suas Atribuições...................... 116
Seção II
Dos Grandes Oficiais e suas Atribuições............................................... 119
Subseção I – Do Grande Orador e do Grande Orador Adjunto............. 119
Subseção II – Do Grande Secretário e do Grande
Secretário Adjunto..................................................................................120
Subseção III – Do Grande Tesoureiro e do Grande
Tesoureiro Adjunto..................................................................................121
Subseção IV – Do Grande Chanceler....................................................122
Subseção V – Do Grande Mestre de Cerimônia e do Adjunto............... 123
Subseção VI – Do Grande Hospitaleiro.................................................124
Subseção VII – Dos Grandes Diáconos e dos Grandes Expertos......... 124
Subseção VIII – Dos Grandes Porta Bandeira, Porta Espada
e Porta Estandarte................................................................................125
Subseção IX – Dos Grandes Guarda do Templo, do
Cobridor Externo e do Arquiteto.............................................................126
Subseção X – Do Grande Bibliotecário e Demais Oficiais.....................127
CAPÍTULO III
DOS GRANDES REPRESENTANTES DAS LOJAS..............................................127
CAPÍTULO IV
DAS GRANDES COMISSÕES....................................................................128
CAPÍTULO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO, DA REFORMA
CONSTITUCIONAL E DOS VETOS............................................................ 130
Seção I
Do Processo Legislativo e da Reforma Constitucional..........................130

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
Dos Vetos...............................................................................................133
TÍTULO IV
DO PODER JUDICIÁRIO DA GRANDE LOJA........................................................133
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS..............................................................................133
CAPÍTULO II
DO PROCESSO ELEITORAL, DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS........ 134
Seção I
Do Código Eleitoral................................................................................135
Seção II
Das Eleições e dos Mandatos................................................................135
TÍTULO V
DO MINISTÉRIO PÚBLICO MAÇÔNICO................................................................135
TÍTULO VI
DOS TÍTULOS HONORÍFICOS E INSÍGNIAS........................................................136
TÍTULO VII
DA REGULARIDADE E IRREGULARIDADE MAÇÔNICA......................................142
CAPÍTULO I
DA REGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS E DOS MAÇONS.142
CAPÍTULO II
DA IRREGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS E DOS MAÇONS..
142
CAPÍTULO III
DA CESSAÇÃO DA IRREGULARIDADE DO MAÇOM...............................143
TÍTULO VIII
DOS MAÇONS........................................................................................................144
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DOS DEVERES DO MAÇOM........................................144
Seção I
Dos Direitos do Maçom..........................................................................144
Seção II
Dos Deveres do Maçom.........................................................................146
Seção III
Do Aumento de Salário..........................................................................148
CAPÍTULO II
DA ADMISSÃO ÀS LOJAS JURISDICIONADAS.........................................149
Seção I
Da Admissão: Requisitos e Procedimentos...........................................149
Seção II
Da Iniciação............................................................................................150
Seção III
Da Regularização, Filiação e Transferência...........................................154
CAPÍTULO III
DA EXCLUSÃO E DA COBERTURA DOS DIREITOS MAÇÔNICOS.....................157
CAPÍTULO IV

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

DAS LICENÇAS...........................................................................................160
CAPÍTULO V
DA RENÚNCIA DE CARGOS.................................................................... 161
CAPÍTULO VI
DA FREQUÊNCIA...................................................................................... 161
TÍTULO IX
DAS LOJAS JURISDICIONADAS E DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS............. 162
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO DAS LOJAS........................................................... 162
Seção I
Da Fundação das Lojas Simbólicas..................................................... 164
Seção II
Dos Direitos das Lojas......................................................................... 166
Seção III
Dos Deveres das Lojas........................................................................ 167
Seção IV
Da Regularização das Lojas Maçônicas.............................................. 168
Seção V
Da Fusão das Lojas Maçônicas........................................................... 168
Seção VI
Da Divisão das Lojas Simbólicas......................................................... 170
Seção VII
Da Incorporação das Lojas Simbólicas................................................ 170
Seção VIII
Da Cessação da Existência de Lojas Jurisdicionadas......................... 171
CAPÍTULO II
DAS SESSÕES DA LOJA E DA ORDEM DOS TRABALHOS................... 172
Seção I
Das Sessões da Loja........................................................................... 172
Seção II
Da Ordem dos Trabalhos..................................................................... 175
CAPÍTULO III
DAS DELIBERAÇÕES.......................................................................................... 176
CAPÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS DO OBREIRO................................. 178
CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO DAS LOJAS........................................................... 179
Seção I
Da Diretoria Geral e Corpo Administrativo........................................... 179
Seção II
Do Conselho Fiscal.............................................................................. 180
Seção III
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas............................. 181
Seção IV
Das Comissões Permanentes das Lojas............................................. 181
Subseção I – Da Comissão Permanente de Educação, Liturgia e

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Ritualística........................................................................................182
Subseção II – Comissão Permanente de Solidariedade.................. 183
Subseção III – Comissão Permanente de Assuntos Gerais............. 183
Seção V
Das Luzes.........................................................................................184
Subseção I – do Venerável Mestre...................................................184
Subseção II – Dos Vigilantes............................................................187
Seção VI
Dos Oficiais.......................................................................................188
Subseção I – Do Orador e Orador Adjunto....................................... 188
Subseção II – Do Secretário e Secretário Adjunto........................... 189
Subseção III – Do Tesoureiro e Tesoureiro Adjunto..........................191
Subseção IV – Do Chanceler e do Hospitaleiro............................... 193
Subseção V – Dos Diáconos e dos Expertos................................... 194
Subseção VI – Do Mestre de Cerimônias, do Arquiteto, do Guarda do
Templo e do Cobridor do Templo, do Bibliotecário e dos demais Oficiais
da Loja..............................................................................................195
CAPÍTULO VI
DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS.............................................................. 195
TÍTULO X
DAS REGIÕES MAÇÔNICAS E DOS DELEGADOS DO GRÃO-MESTRADO...... 196
TÍTULO XI
DO PATRIMÔNIO, DO ORÇAMENTO, DAS FINANÇAS DA
GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS.................................................197
CAPÍTULO I
DO PATRIMÔNIO DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS... 197
CAPÍTULO I
DO ORÇAMENTO DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICONADAS... 198
CAPÍTULO III
DA RECEITA DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS..........198
CAPÍTULO IV
DAS DESPESAS DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS.... 199
TÍTULO XII
DO TRONCO DE SOLIDARIEDADE......................................................................199
TÍTULO XIII
DO SEGURO E DO AUXÍLIO FUNERAL................................................................200
TÍTULO XIV
DA IDENTIDADE MAÇÔNICA E DA PALAVRA SEMESTRAL................................200
TÍTULO XV
DAS POMPAS FÚNEBRES E DA SUSPENSÃO DOS TRABALHOS POR LUTO.200
CAPÍTULO I
DAS POMPAS FÚNEBRES.........................................................................200
CAPÍTULO II
DA SUSPENSÃO DOS TRABALHOS POR LUTO......................................201
TÍTULO XVI
DOS BANQUETES MAÇÔNICOS E FESTIVIDADES.......................................... 202

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO XVII
DAS FÓRMULAS DE COMPROMISSO E DAS FÓRMULAS LEGAIS................. 202
CAPÍTULO I
DAS FÓRMULAS DE COMPROMISSO.................................................... 202
CAPÍTULO II
DAS FÓRMULAS LEGAIS......................................................................... 202
Seção I
Dos Decretos, Atos e Portarias............................................................ 202
Seção II
Das Leis e Resoluções......................................................................... 203

TÍTULO XVIII
DA NOMENCLATURA DAS NORMAS LEGAIS DA GLOMARON........................ 203
TÍTULO XIX
DO TIMBRE MAÇÔNICO...................................................................................... 205
TÍTULO XX
DAS HONRARIAS A QUE TÊM DIREITO OS MAÇONS...................................... 206
TÍTULO XXI
DO DIREITO DE PETIÇÃO................................................................................... 206
TÍTULO XXII
DA REFORMA DO REGULAMENTO GERAL....................................................... 206
TÍTULO XXIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................. 208

LEI Nº 004/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018 (CÓDIGO


ELEITORAL MAÇÔNICO)

TÍTULO I
DAS ELEIÇÕES EM GERAL................................................................................. 213
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...................................................... 213
CAPÍTULO II
DOS CARGOS ELETIVOS........................................................................ 214
CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES DE ELEITOR............................................................... 214
CAPÍTULO IV
DOS IMPEDIMENTOS............................................................................... 215
CAPÍTULO V
DAS INCOMPATIBILIDADES E DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.................. 215
CAPÍTULO VI
DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO ESCRIVÃO ELEITORAL..................... 216
CAPÍTULO VII
DO SISTEMA ELEITORAL......................................................................... 216
CAPÍTULO VIII
DA CÉDULA ÚNICA................................................................................... 217
CAPÍTULO IX

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

DA VOTAÇÃO ELETRÔNICA.................................................................... 217


TÍTULO II
DA ELEIÇÃO DO GRÃO-MESTRADO.................................................................. 218
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE................................................... 218
CAPÍTULO II
DA COMISSÃO ELEITORAL DA ELEIÇÃO DO GRÃO-MESTRADO....... 219
CAPÍTULO III
DA JUNTA APURADORA DAS ELEIÇÕES DO GRÃO-MESTRADO........ 219
CAPÍTULO IV
DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO................................................................ 220
CAPÍTULO V
DO LOCAL E DATA DAS ELEIÇÕES........................................................ 220
CAPÍTULO VI
DO REGISTRO DE CANDIDATOS............................................................ 220
CAPÍTULO VII
DOS EDITAIS DE REGISTRO DE CHAPAS............................................. 222
CAPÍTULO VIII
DO VOTO EM TRÂNSITO......................................................................... 222
TÍTULO III
DA ELEIÇÃO NA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL (SAG)............................... 222
CAPÍTULO I
DOS CARGOS DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL (SAG)................. 222
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE................................................... 223
CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES DE ELEITOR............................................................... 223
CAPÍTULO IV
DO EDITAL E DAS ELEIÇÕES DA SAG................................................... 224
TÍTULO IV
DA ELEIÇÃO NAS LOJAS JURISDICIONADAS.................................................. 224
CAPÍTULO I
DOS CARGOS DAS LOJAS JURISDICIONADAS.................................... 224
CAPÍTULO II
DOS EDITAIS DE ELEIÇÃO DAS LOJAS................................................. 225
CAPÍTULO III
DO REGISTRO DE CHAPAS.................................................................... 225
CAPÍTULO IV
DA COMISSÃO ELEITORAL E DA ELEIÇÃO DAS LOJAS
JURISDICIONADAS.................................................................................. 226
CAPÍTULO V
DA JUNTA APURADORA DAS ELEIÇÕES DAS LOJAS
JURISDICIONADAS.................................................................................. 227
TÍTULO V
DO PROCEDIMENTO ELEITORAL...................................................................... 227

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO I
DA MESA ELEITORAL E VOTAÇÃO......................................................... 227
CAPÍTULO II
DA ELEIÇÃO POR ACLAMAÇÃO.............................................................. 230
CAPÍTULO III
DAS CHAPAS............................................................................................ 231
TÍTULO VI
DOS MANDATOS.................................................................................................. 231
CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO DOS MANDATOS............................................................. 231
CAPÍTULO II
DA EXTINÇÃO DO MANDATO.................................................................. 232
CAPÍTULO III
DA PERDA DO MANDATO........................................................................ 233
CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA........................................................................................... 234
TÍTULO VII
DOS RECURSOS ELEITORAIS........................................................................... 235
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................. 237

LEI Nº 005/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018 (CÓDIGO DE


JUSTIÇA MAÇÔNICO)

TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE JUSTIÇA MAÇÔNICO.................................... 243
TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO DISCIPLINAR........................................................................... 244
TÍTULO III
DA INDISCIPLINA MAÇÔNICA............................................................................. 244
TÍTULO IV
DA AUTORIA E DO CONCURSO DE PESSOAS................................................. 246
TÍTULO V
DAS SANÇÕES E INFRAÇÕES DISCIPLINARES SUA NATUREZA
E SUA APLICAÇÃO.............................................................................................. 247
CAPÍTULO I
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES............................................................. 247
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES......................................................... 249
Seção I
DAS INFRAÇÕES INDIVIDUAIS......................................................... 249
Subseção I - Das Infrações de Natureza Leve..................................... 249
Subseção II - Das Infrações de Natureza Média.................................. 251
Subseção III - Das Infrações de Natureza Grave................................. 252
Subseção IV - Das Infrações de Natureza Gravíssima........................ 254

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
DAS INFRAÇÕES COLETIVAS........................................................... 256
CAPÍTULO III
DAS APLICAÇÕES DAS SANÇÕES......................................................... 257
SEÇÃO ÚNICA
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES................ 259
TÍTULO VI
DA AÇÃO DISCIPLINAR MAÇÔNICA................................................................... 261
TÍTULO VII
DO MINISTÉRIO PÚBICO.................................................................................... 262
TÍTULO VIII
DA PRESCRIÇÃO................................................................................................. 262
TÍTULO IX
DA EXTINÇÃO DA AÇÃO E DA PUNIBILIDADE.................................................. 262
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................. 263

LEI Nº 006/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018 (REGIMENTO


INTERNO DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL - SAG)

CAPÍTULO I
DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL - SAG.......................................... 269
CAPÍTULO II
DA CONVOCAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ASSEMBLEIA GERAL..... 270
CAPÍTULO III
DAS SESSÕES.......................................................................................... 270
CAPÍTULO IV
DAS VOTAÇÕES....................................................................................... 271
CAPÍTULO V
DAS GRANDES COMISSÕES.................................................................. 271
CAPÍTULO VI
DOS DEBATES NAS SESSÕES DA SAG................................................. 271
CAPÍTULO V
DAS PROPOSTAS E PROJETOS............................................................. 273
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO................................................................ 274
CAPÍTULO VIII
DA VERIFICAÇÃO..................................................................................... 276
CAPÍTULO IX
DA PREFERÊNCIA.................................................................................... 277
CAPÍTULO X
DA REDAÇÃO FINAL................................................................................ 277
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS..................................................................... 277

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

LEI Nº 007/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018 (REGIMENTO


INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO)

TÍTULO I
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO............................................................ 281
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS........................................................................... 281
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO............................................... 282
CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO..................................................................................... 284
Seção I
Do Tribunal Pleno................................................................................. 284
Seção II
Da Câmara de Justiça.......................................................................... 284
CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL E ADMINISTRATIVA................ 285
Seção I
Do Tribunal Pleno................................................................................. 285
Seção II
Da Câmara de Justiça Maçônica......................................................... 286
Seção III
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas............................. 287
CAPÍTULO V
DA PRESIDÊNCIA e VICE-PRESIDÊNCIA............................................... 288
CAPÍTULO VI
DO RELATOR............................................................................................ 289
CAPÍTULO VII
DAS CONVOCAÇÕES E SUBSTITUIÇÕES NO TRIBUNAL.................... 290
TÍTULO II
DA ORDEM DE SERVIÇO NO TRIBUNAL........................................................... 291
CAPÍTULO I
DO REGISTRO, CLASSIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO............................. 291
CAPÍTULO II
DAS PAUTAS DE JULGAMENTO............................................................. 293
CAPÍTULO III
DAS SESSÕES DO TRIBUNAL................................................................. 294
CAPÍTULO IV
DAS AUDIÊNCIAS..................................................................................... 299
CAPÍTULO V
DOS ACÓRDÃOS...................................................................................... 300
CAPÍTULO VI
DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO................... 300
TÍTULO III
DAS CITAÇÕES E DAS INTIMAÇÕES................................................................. 302

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO IV
DOS PRAZOS....................................................................................................... 303
TÍTULO V
DAS PROVAS ADMITIDAS NO PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR
MAÇÔNICO........................................................................................................... 303
CAPÍTULO I
DAS PROVAS EM GERAL......................................................................... 303
CAPÍTULO II
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO E DAS DECLARAÇÕES DA
VÍTIMA....................................................................................................... 304
CAPÍTULO III
DA PROVA DOCUMENTAL....................................................................... 304
CAPÍTULO IV
DA PROVA TESTEMUNHAL...................................................................... 305
CAPÍTULO V
DA PROVA PERICIAL................................................................................ 306
TÍTULO VI
DA DENÚNCIA OU REPRESENTAÇÃO............................................................... 307
TÍTULO VII
DOS PROCESSOS DE JULGAMENTO NO TRIBUNAL PLENO E DA
CÂMARA DE JUSTIÇA MAÇÔNICA..................................................................... 309
TÍTULO VIII
DOS PROCESSOS DE JULGAMENTO NOS CONSELHOS DE
JUSTIÇA DAS LOJAS JURISDICIONADAS..........................................................311
TÍTULO IX
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO........................................................... 315
TÍTULO X
DAS EXCEÇÕES.................................................................................................. 316
TÍTULO XI
DOS RECURSOS ADMITIDOS E SEUS EFEITOS.............................................. 318
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS............................................................................ 318
CAPÍTULO II
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO...................................................... 318
CAPÍTULO III
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO................................................... 319
CAPÍTULO IV
DA APELAÇÃO.......................................................................................... 320
CAPÍTULO V
DOS RECURSOS ORDINÁRIO E EXTRAORDINÁRIO............................ 321
TÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................. 305

LANDMARKS....................................................................................................... 325
LISTA DE PRESENÇA.......................................................................................... 331

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE RONDÔNIA


GLOMARON

LEI GERAL/GM/2015-2019 DE 24 DE JUNHO DE 2017

CONSTITUIÇÃO
(CONSTITUIÇÃO DA GLOMARON)

Dispõe sobre a Constituição da


Grande Loja Maçônica do Estado
de Rondônia, Entidades Subsidiá-
rias e Lojas Jurisdicionadas.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CONSTITUIÇÃO DA GLOMARON
SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO
ESTADO DE RONDÔNIA

A SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE


RONDÔNIA – GLOMARON, sob a inspiração e proteção do Grande
Arquiteto do Universo e em nome do Povo Maçônico das Lojas jurisdi-
cionadas do Estado de Rondônia, reunido em Assembleia Constituinte
convocada para o fim específico de revisar o texto Constitucional pro-
mulgado em 02 de julho de 1994, com as alterações subsequentes até
fevereiro de 2010, decreta e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO:

PREÂMBULO

A Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia – GLOMARON,


com o tratamento de Sereníssima, criada pelo Decreto nº 54-83/86,
de 20 de março de 1985, da Grande Loja do Estado do Amazonas
– GLEAM, fundada em 10 de abril de 1985 por iniciativa das Lojas
Simbólicas Fé e Confiança nº 1, do Oriente de Guajará-Mirim, Estrela

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Renascente nº 2, do Oriente de Porto Velho e Águia do Planalto nº 3,


do Oriente de Vilhena, define-se pelos seguintes postulados:
1. crê no predomínio do Espírito sobre a Matéria, proclamando
-o como decorrência maior do princípio impessoal do GRANDE AR-
CONSTITUIÇÃO

QUITETO DO UNIVERSO e sem essa crença nenhum candidato à


Maçonaria será admitido em seu seio;
2. não impõe limites à livre investigação da Verdade, e para ga-
rantia dessa liberdade é que exige a maior tolerância dos Maçons;
3. é acessível aos homens livres e de bons costumes de todas
as etnias e de todas as crenças religiosas e políticas, que não os pri-
vem de sua liberdade e não restrinjam os seus direitos fundamentais e
nem exijam submissão incondicional aos ditames dos seus superiores;
4. consagra que o Maçom jamais será, voluntariamente, um es-
cravo da ignorância, da falsidade e do erro;
5. busca, pelo exemplo e pela instrução, o aperfeiçoamento Mo-
ral e Intelectual do Homem, em todos os setores de sua atividade,
como meio de sua identificação com o Grande Arquiteto do Universo;
6. vê no culto à família e no respeito à Pátria, meios eficazes e
indispensáveis para que o Homem possa realizar, no plano material e
transcendental, a sua verdadeira missão;
7. reconhece no trabalho, em todas as suas formas honestas,
um dever do qual ninguém pode escusar-se, especialmente o Maçom
em sãs condições, obreiro da Arte Real;
8. tem como incompatíveis com a Ideologia Maçônica os recur-
sos à força ou à violência, o desrespeito às leis do País e às autori-
dades públicas legitimamente constituídas e toda espécie de tirania;
9. considera a virtude uma disposição da alma que nos induz à
prática do bem;
10. entende que todo pensamento maçônico é criador, engran-
dece o espírito e enobrece o coração.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO I
DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE
RONDÔNIA – GLOMARON

CONSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado de Ron-


dônia, inscrita no CNPJ/MF com o nº 34.737.346/0001-99, e Estatuto
registrado em 20.12.1989, no 1º Ofício de Registro Civil de Pessoas
Jurídicas da capital do Estado, sob o nº 2.114, do Livro A, à fl. 14, é
uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou econô-
micos, com personalidade jurídica nos termos do Código Civil Brasilei-
ro, de duração indeterminada, e constituída das atuais Lojas e Entida-
des Subsidiárias de sua jurisdição e das que vierem a ser fundadas,
filiadas ou regularizadas.
Art. 2º A Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado de Ron-
dônia, doravante designada GLOMARON, tem sede e foro na Rua
Tabajara nº 2651, Bairro Liberdade, CEP 76.803-876, na cidade e co-
marca de Porto Velho, Rondônia.
Parágrafo único. A sede da GLOMARON poderá ser transferida
por ato do Grão-Mestre, seu Presidente, para outro local e Oriente,
quando motivo relevante o justificar.
Art. 3º São símbolos privativos da GLOMARON o Selo, o Bra-
são, a Bandeira, o Hino e o Estandarte.
Art. 4º São datas festivas na jurisdição da GLOMARON as des-
critas no Regulamento Geral.
§ 1º O período de 20 (vinte) de dezembro a 31 (trinta e um) de
janeiro é destinado ao recesso maçônico, salvo motivo de excepcional
necessidade, a juízo do Grão-Mestre.
§ 2º O Grão-Mestre poderá decretar recesso na jurisdição
quando evento maçônico regional ou nacional o justificar.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção I
Da Soberania

Art. 5º A GLOMARON é uma potência maçônica organizada em


CONSTITUIÇÃO

Lojas Maçônicas e Entidades Subsidiárias, como associadas filiadas


e jurisdicionadas no Estado de Rondônia. A sua jurisdição se estende
por todo o território do Estado de Rondônia, de forma regular, autôno-
ma, soberana e independente.
§ 1º A GLOMARON não divide sua autoridade e soberania, nem
se sujeita ao domínio ou controle de qualquer Corpo Maçônico, na-
cional ou estrangeiro, sendo a única Potência de onde emanam as
normas legais maçônicas na sua jurisdição.
§ 2º A GLOMARON é uma instituição maçônica iniciática, de
fins e caráter filosófico, espiritualista, filantrópico, cívico, educacional
e cultural, de homens livres e de bons costumes, que se consideram
irmãos entre si, cujo fim é viver em perfeita harmonia e igualdade,
unidos por laços de recíproca fraternidade, confiança e amizade, esti-
mulando-se, uns aos outros, na prática das virtudes.

Seção II
Da Declaração de Princípios, Decálogo
dos Maçons e dos Ritos

Art. 6º A GLOMARON proclama a formal aceitação dos seguin-


tes princípios:
I – a crença em um Princípio Criador, o qual denomina Grande
Arquiteto do Universo;
II – obedecer aos princípios gerais da Maçonaria Universal, ex-
pressos nos Landmarks, nas Leis Básicas da Maçonaria Sim-
bólica Universal e nos usos e costumes tradicionais da Ordem
Maçônica;
III – pugnar pelo bem-estar e pelo aprimoramento moral, social,
intelectual e espiritual da humanidade e do povo maçônico,
pelo cumprimento do dever social e investigação da verdade;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

IV – praticar a beneficência de modo amplo, especialmente a


assistência social aos menos favorecidos;
V – incentivar a instrução e a cultura, em todos os níveis;
VI – promover a ética, a virtude, a paz, a cidadania, os direitos

CONSTITUIÇÃO
humanos, a democracia e outros valores universais, inclusive
o combate à corrupção e à improbidade.
VII – engendrar a defesa do meio ambiente, dos direitos do
consumidor, da ordem econômica, da livre concorrência, dos
patrimônios artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico,
do patrimônio público e social, além de outros interesses difu-
sos coletivos, como forma de atuação dinâmica na edificação
de uma sociedade mais justa, perfeita e feliz.

Parágrafo único. Para a defesa e consecução desses princí-


pios, a GLOMARON poderá, através de ato do Grão-Mestre, na forma
de seu Regulamento Geral e em conformidade com a legislação pá-
tria, promover ação civil pública perante o órgão judicial competente.
Art. 7º A GLOMARON entende que constitui o Decálogo do Ma-
çom:
I – pugnar constantemente pelo progresso social e exercer a
beneficência no seu sentido mais elevado;
II – reconhecer como Irmãos todos os Maçons, jurisdicionados
a uma Potência regular, prestando-lhes auxílio e proteção, assim tam-
bém às suas viúvas e órfãos, sempre que justo e necessário;
III – estender à humanidade, sem distinção de etnia e/ou crença,
o espírito de solidariedade e fraternidade;
IV – frequentar, com regularidade, os trabalhos de sua Loja e
dos demais setores maçônicos de que faça parte;
V – aceitar e desempenhar, com exação e denodo, as funções e
encargos que lhe forem confiados pela Ordem;
VI – obedecer e fazer obedecer esta Constituição, os Códigos,
as Leis, os Regulamentos, os Estatutos e os Atos Normativos emana-
dos da GLOMARON, bem como a Legislação das Lojas jurisdiciona-
das, dos Colegiados e dos Conselhos a ela pertencentes e, ainda, aos

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Landmarks da Ordem;
VII – satisfazer, pontualmente, às contribuições e taxas estabe-
lecidas pelos Poderes Maçônicos;
VIII – investigar, cuidadosamente, as qualidades morais, so-
CONSTITUIÇÃO

ciais, intelectuais e financeiras dos candidatos à admissão na Maço-


naria, comunicando, por escrito, aos dirigentes da Loja o que souber
a respeito dos mesmos que os possa tornar indignos ou incapazes de
honrar a família maçônica, para que fique fazendo parte do processo
respectivo;
IX – manter conduta ilibada e cumprir os deveres de cidadão,
observando na prática de seus atos os princípios da moral; honrando a
sua palavra e praticando a tolerância, como forma de respeito às con-
vicções e às crenças de cada um, pugnando contra os preconceitos, a
superstição e o fanatismo;
X – exercitar, sempre, o trabalho manual e/ou intelectual, pois
neles se resume o dever essencial do homem.
Art. 8º A GLOMARON admite como legítimos o Rito Escocês
Antigo e Aceito, o Rito de York (Sistema Ritualístico Americano) e o
Rito Schröder.
§ 1º A GLOMARON adotará em suas Assembleias Gerais, ordi-
nárias e extraordinárias, o rito da loja que a sediará.
§ 2º As sessões das Lojas da jurisdição, em qualquer dos ritos
indicados no caput deste artigo, limitar-se-ão aos graus simbólicos de
Aprendiz, de Companheiro e de Mestre, este último com a plenitude
dos direitos maçônicos.
§ 3º O idioma nacional será o único usado na GLOMARON e nas
Lojas da jurisdição, exceto para os visitantes estrangeiros.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Art. 9º São poderes da GLOMARON, distintos e harmônicos en-


tre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Parágrafo único. As Grandes Lojas adotam em nível nacional o

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

princípio confederativo, através da Confederação da Maçonaria Sim-


bólica do Brasil (CMSB).
CAPÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO

CONSTITUIÇÃO
Art. 10. O Poder Executivo, órgão incumbido da Administração
Geral da GLOMARON, de responsabilidade administrativa, tem como
autoridade máxima o Grão-Mestre.
Art. 11. Compõe o Poder Executivo os seguintes órgãos auxilia-
res e de assessoramento:
I – Grandes Secretarias Executivas;
II – Comissões;
III – Grande Conselho Maçônico;
IV – Conselho Permanente;
V – Conselho de Mestres Instalados;
VI – Entidades Subsidiárias.

Seção I
Do Grão-Mestre

Art. 12. O Grão-Mestre é o representante ativo e passivo, judi-


cial e extrajudicial da GLOMARON.
Art. 13. No exercício das funções de governo da GLOMARON,
o Grão-Mestre, com o tratamento de sereníssimo, é a autoridade má-
xima do Povo Maçônico da Jurisdição.
Art. 14. O Grão-Mestre é membro efetivo de todas as Lojas Ju-
risdicionadas e Entidades Subsidiárias da GLOMARON, sem estar
obrigado a qualquer contribuição pecuniária ou frequência.
Parágrafo único. As prerrogativas e isenções conferidas ao
Grão-Mestre, neste artigo, permanecem após o término do seu man-
dato.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
Das atribuições do Grão-Mestre

Art. 15. Compete privativamente ao Grão-Mestre, além das prer-


CONSTITUIÇÃO

rogativas que lhe são conferidas pelos Landmarks da Ordem, esta


Constituição, o Regulamento Geral e demais leis, atos e normas origi-
nárias da GLOMARON:
I – exercer, com o auxílio dos órgãos mencionados no Art. 9º,
desta Constituição, a direção superior da Administração da GLOMA-
RON;
II – nomear e exonerar os servidores, colaboradores e titulares
dos cargos do Poder Executivo, inclusive os de sua livre escolha;
III – iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos
nesta Constituição;
IV – sancionar as leis aprovadas pela Assembleia Geral, promul-
gando-as e fazendo-as publicar, em boletim, para a sua fiel execução,
bem como expedir decretos, regulamentos e demais atos necessários
à organização e funcionamento da GLOMARON;
V – vetar, total ou parcialmente, no prazo de 30 dias, projetos de
leis, resoluções ou proposições que contrariarem a Constituição, os
Landmarks, a liturgia e a ritualística;
VI – convocar, organizar e presidir as reuniões da Assembleia
Geral, do Tribunal de Justiça Maçônico, do Grande Conselho Maçôni-
co, do Conselho Permanente e do Conselho de Mestres Instalados;
VII – cumprir e fazer cumprir os Landmarks, a Constituição, as
Leis básicas da Maçonaria Simbólica Universal, os princípios gerais,
os usos e costumes tradicionais da Ordem, as leis, os regulamentos
e as resoluções aprovadas pela Assembleia Geral, e as decisões do
Tribunal de Justiça Maçônico;
VIII – presidir as sessões das Lojas jurisdicionadas e das Entida-
des Subsidiárias, bem como qualquer sessão maçônica na jurisdição;
IX – promover a criação de Lojas, Grandes Secretarias Executi-
vas e Entidades Subsidiárias na jurisdição;
X – dividir o território da jurisdição em Regiões, nomeando para

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

cada uma delas Delegado de sua livre escolha, Mestre Maçom Insta-
lado, e que pertença a uma das Lojas compreendidas na Região;
XI – suspender a posse das Administrações das Lojas jurisdi-
cionadas no caso de eleição irregular, até que a irregularidade seja

CONSTITUIÇÃO
sanada, podendo, para isso, decretar a intervenção nas mesmas;
XII – suspender, preventivamente, os direitos maçônicos das Lo-
jas da jurisdição, das Entidades Subsidiárias e de Maçons que tenham
incorrido em falta grave, à vista de sindicância que determinar, deven-
do, em seguida, remeter o respectivo processo ao Tribunal de Justiça
Maçônico, para julgamento final;
XIII – decretar intervenção justificada, por prazo determinado,
nas Lojas da jurisdição e nas Entidades Subsidiárias, nomeando in-
terventor de sua confiança para regularizar a situação das mesmas,
quando as circunstâncias o recomendarem, na preservação da ordem,
da hierarquia e da disciplina e, em casos graves e urgentes, suspen-
der as atividades, ad referendum da Assembleia Geral;
XIV – declarar a irregularidade e o adormecimento de Lojas;
XV – instalar pessoalmente ou por delegação, os Veneráveis
Mestres de Lojas;
XVI – indicar às potências maçônicas regulares o nome de Mes-
tres Instalados ou Mestres Maçons com, no mínimo, dois anos no
grau, para representá-las, bem como aprovar a indicação daquelas
junto à GLOMARON;
XVII – conceder auxílios financeiros às Lojas da jurisdição, às
Entidades Subsidiárias, a Maçons, suas viúvas e órfãos, às institui-
ções educacionais e assistenciais profanas, levando sempre em con-
sideração a disponibilidade financeira e orçamentária;
XVIII – conceder ou negar Placets de iniciação, elevação, exal-
tação, filiação, regularização, licença temporária e/ou transferência;
XIX – conceder títulos honoríficos e insígnias;
XX – conceder indulto em processos findos, a Maçons da Obe-
diência, ouvido sempre o Tribunal de Justiça Maçônico;
XXI – encaminhar à Assembleia Geral ordinária a Proposta Or-
çamentária para o ano financeiro seguinte;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XXII – autorizar o pagamento de despesas ordinárias e extraor-


dinárias nos limites orçamentários ou de créditos especiais aprovados
pela Assembleia Geral;
XXIII – criar comissões especiais, triângulos ou heptágonos ma-
CONSTITUIÇÃO

çônicos, delegar atribuições e nomear Mestres Maçons incumbidos de


executar missões específicas ou sigilosas;
XXIV – estabelecer ou desenvolver relações amistosas com Po-
tências Maçônicas, nacionais ou estrangeiras, nomeando e aceitando
Grandes Representantes e Garantes de Amizade;
XXV – conceder Carta Constitutiva provisória ou definitiva às
Lojas que fundar, regularizar ou efetivar sob os auspícios da GLOMA-
RON;
XXVI – dispensar até 50% (cinquenta) por cento dos emolumen-
tos e taxas da GLOMARON quando entender justo e conveniente;
XXVII – expedir Diplomas, Certificados e Cédula de Identidade
conferida pela GLOMARON;
XXVIII – dispensar, a pedido fundamentado e justificado das Lo-
jas, quaisquer interstícios previstos e expedir os respectivos Placets;
XXIX – dispensar exigências para os candidatos a cargos eleti-
vos das Lojas, quando estes não possuírem condições de atendê-las;
XXX – filiar, por ato próprio, Maçom regular de outra Grande Loja
regular e reconhecida;
XXXI – permitir, por direito de soberania, ao candidato recusado
que conste em Livro Amarelo, novo pedido de iniciação, antes de ter-
minado o prazo de dois anos;
XXXII – requisitar das Lojas da jurisdição, das Entidades Subsi-
diárias, dos Maçons e de qualquer órgão da GLOMARON, informes,
documentos, relatórios e prestação de contas e esclarecimentos;
XXXIII – contrair empréstimos em nome da GLOMARON até o
limite anual de 1500 (um mil e quinhentos) Valores de Referência Ma-
çônica – VRM;
XXXIV – decretar o recesso maçônico.
XXXV – transmitir às Lojas jurisdicionadas através do Grande
Secretário de Relações Interiores a Palavra Semestral, enviada pela

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil e a de Mútuo Reco-


nhecimento;
XXXVI – decidir sobre alienação, permuta, doação ou gravação
de bens móveis e imóveis da GLOMARON, bem como a cessão de

CONSTITUIÇÃO
uso, nos termos do Regulamento Geral;
XXXVII – isentar, no todo ou em parte, a contribuição mensal
relativa à per capta da GLOMARON, aos obreiros que preencherem
os seguintes critérios:
a) ter mais de 70 (setenta) anos de idade civil e mais de
20 (vinte) anos de atividade ininterrupta em Lojas da juris-
dição; ou
b) ter mais de 70 (setenta) anos de idade civil e mais de
35 (trinta e cinco) anos de iniciado dos quais pelo menos 15
(quinze) anos de atividade ininterrupta em lojas de outras
potências regulares e pelo menos 5 (cinco) anos de ativida-
de ininterrupta em Lojas da jurisdição.
Parágrafo único. Se o Grão-Mestre não exercer seu poder de
veto, no prazo assinalado no inciso V, seu silêncio implicará a sanção
do ato.
Art. 16. O Grão-Mestre poderá se afastar de seu cargo por até
trinta dias, sem comunicar a Assembleia Geral.
§ 1º Quando o prazo de afastamento for superior ao previsto no
caput deste artigo, o pedido escrito será obrigatório; em nenhuma hi-
pótese o afastamento poderá ser superior a 90 (noventa) dias.
§ 2º Vencido o prazo do afastamento autorizado, sem que o li-
cenciado assuma imediatamente o exercício das suas funções, a As-
sembleia Geral se reunirá e deliberará sobre a concessão de novo
prazo ou sobre a perda do cargo.
§ 3º Em suas faltas, licenças, afastamentos, impedimento, sus-
peição, o Grão-Mestre é substituído, sucessivamente:
I – pelo Grão-Mestre Adjunto;
II – pelo Primeiro Grande Vigilante, desde que seja Mestre Ins-
talado;
III – pelo Segundo Grande Vigilante, desde que seja Mestre Ins-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

talado;
IV – pelo Desembargador de maior idade maçônica, desde que
seja Mestre Instalado;
Art. 17. Dos atos praticados pelo Grão-Mestre ou seus substi-
CONSTITUIÇÃO

tutos, caberá recurso ao Pleno do Tribunal de Justiça Maçônico, no


prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data de sua publicação
no Boletim Interno da GLOMARON.

Seção III
Do Grão-Mestre Adjunto

Art. 18. Ao Grão-Mestre Adjunto, com o tratamento de Eminen-


te, compete:
I – substituir o Grão-Mestre, nos termos desta Constituição;
II – representar o Grão-Mestre, quando por este for designado;
III – praticar os atos que lhe forem delegados pelo Grão-Mestre;
§ 1º Além das atribuições previstas na Constituição, o Grão-
Mestre Adjunto, auxiliará o Grão-Mestre em missões especiais quando
por este convocado.
§ 2º O Grão-Mestre Adjunto é membro efetivo de todas as Lojas
da jurisdição e Entidades Subsidiárias da GLOMARON, sem estar
obrigado a qualquer contribuição pecuniária ou frequência de sua Loja.
§ 3º As prerrogativas e isenções do parágrafo anterior perma-
necem mesmo após o término do mandato do Grão-Mestre Adjunto.

Seção IV
Das Grandes Secretarias Executivas

Art. 19. As Grandes Secretarias Executivas, órgãos de asses-


soramento do Grão-Mestrado e da estrutura administrativa da GLO-
MARON, serão instituídas por Decreto do Grão-Mestre, onde deverão
constar as suas atribuições.
Art. 20. Compete-lhes, dentre as estabelecidas no Regulamento
Geral e outras determinadas pelo Grão-Mestrado as seguintes atribuições:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – assessorar e auxiliar o Grão-Mestrado;


II – administrar os bens patrimoniais confiados à sua guarda, ze-
lar pelos interesses da GLOMARON, promover a beneficência, promo-
ver a interação entre os maçons, promover a educação maçônica; e,

CONSTITUIÇÃO
III – dar cumprimento às Leis, Regulamento Geral, Resoluções,
atos normativos, e as recomendações do Grão-Mestrado, da Assem-
bleia Geral e dos atos e determinações emanados do Poder Judiciário.
§ 1° As Grandes Secretarias Executivas serão dirigidas por um
Mestre Maçom, com a denominação de Grande Secretário, seguido
do título da Grande Secretaria respectiva, sendo de livre nomeação e
exoneração do Grão-Mestre.
§ 2º As Grandes Secretarias Executivas poderão contar com
quadro de servidores nomeados e exonerados pelo Grão-Mestre, com
atribuições determinadas pelo Grão-Mestrado e pelos Grandes Secre-
tários.
§ 3° As Grandes Secretarias Executivas terão Grandes Subse-
cretários, de livre nomeação e exoneração do Grão-Mestre, compe-
tindo-lhes auxiliar na execução das atividades e substituir os Grandes
Secretários em suas faltas e impedimentos.
§ 4° Os titulares dos cargos previstos nesta Seção ficam
impedidos de exercer cargos eletivos no Legislativo, no Judiciário e no
Ministério Público.
Art. 21. O Grão-Mestre poderá criar, extinguir, transformar e rea-
daptar as Grandes Secretarias Executivas às reais necessidades da
GLOMARON, estabelecendo, por Decreto, suas atribuições, inclusive
fundi-las para fazê-las funcionar com atribuições acumuladas.

Seção V
Das Comissões

Art. 22. O Grão-Mestre, sempre que se fizer necessário, a seu


critério, poderá constituir Comissões para estudo e apresentação de
parecer em matéria de sua competência.
Parágrafo único. O Regulamento Geral definirá a forma de es-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

colha dos membros e as atribuições destas Comissões.

Seção VI
Do Grande Conselho Maçônico
CONSTITUIÇÃO

Art. 23 O Grande Conselho Maçônico compõe-se do Grão-Mes-


tre, do Grão-Mestre Adjunto, dos Grão-Mestres Ad Vitam e dos Grão-
Mestres Adjuntos Ad Vitam, tendo por tratamento Egrégio Conselho e
será convocado pelo Grão-Mestre, que o presidirá, em reunião admi-
nistrativa.
Parágrafo único. Incumbe ao Grande Conselho Maçônico,
como órgão de assessoria geral do Grão-Mestrado, emitir parecer em
assuntos considerados de alta relevância para o funcionamento da
GLOMARON, sempre que solicitado pelo Grão-Mestre ou pelo Conse-
lho Permanente, na forma do Regulamento Geral.

Seção VII
Do Conselho Permanente

Art. 24. O Conselho Permanente, órgão de assessoria geral do


Grão-Mestrado para assuntos de ordem financeira, é constituído do
Grão-Mestre, do Grão-Mestre Adjunto, dos Veneráveis Mestres e dos
Presidentes das Entidades Subsidiárias da GLOMARON. Será con-
vocado pelo Grão-Mestre, que o presidirá, em reunião administrativa.
Parágrafo único. As atribuições, composição e o funcionamen-
to do Conselho Permanente constarão do Regulamento Geral.

Seção VIII
Do Conselho de Mestres Instalados

Art. 25. O Conselho de Mestres Instalados, constituído pelo


Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Mestres Instalados, é órgão de
assessoramento do Grão-Mestrado em matéria administrativa e ritua-
lística-filosófico do Simbolismo e será convocado pelo Grão-Mestre,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

que o presidirá, em reunião de Mestres Instalados.


§ 1º As Lojas Simbólicas poderão constituir seus próprios Con-
selhos de Mestres Instalados, com a mesma finalidade e sob a presi-
dência do Venerável Mestre.

CONSTITUIÇÃO
§ 2º As atribuições e o funcionamento do Conselho de Mestres
Instalados constarão do Regulamento Geral.

Seção IX
Das Entidades Subsidiárias

Art. 26. A GLOMARON desenvolverá seu trabalho educacional,


filantrópico, social, recreativo, desportivo, beneficente e assistencial,
através de estrutura própria e/ou de Entidades Subsidiárias, instituí-
das por lei, onde constarão suas finalidades e atribuições.
Art. 27. A implantação das Entidades Subsidiárias se dará atra-
vés de autorização, com critérios definidos pelo Grão-Mestre e seus
Estatutos e funcionamento deverão ser formalizados de acordo com a
legislação civil brasileira e maçônica da jurisdição.
Art. 28. As Entidades Subsidiárias, embora supervisionadas
pela Assembleia Geral e pelo Grão-Mestre, terão plena autonomia
econômica, financeira e administrativa, não podendo, sem autoriza-
ção da Assembleia Geral da GLOMARON, vender, doar ou gravar seu
patrimônio acima do limite de 100 (cem) Valor de Referência Maçônica
- VRM, como também, contrair empréstimos acima do limite anual de
1.000 (um mil) Valores de Referência Maçônica – VRM;
Art. 29. Os Presidentes das Entidades Subsidiárias e sua direto-
ria serão indicados pelo Grão-Mestre e referendados pela Assembleia
Geral.
Parágrafo único. Os demais cargos, conselhos e comissões
das Entidades Subsidiárias serão eleitos conforme estabelecerem os
seus Estatutos.
Art. 30. O Grão-Mestre poderá decretar intervenção nas Entida-
des Subsidiárias, nos casos previstos no Regulamento Geral.
Art. 31. As rendas das Entidades Subsidiárias serão as previs-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

tas no seu Estatuto.


Art. 32. Todo Maçom ativo da Obediência da GLOMARON deve,
obrigatoriamente, contribuir com o pecúlio maçônico, cabendo à Loja
jurisdicionada providenciar as respectivas inscrições, cobrança e re-
CONSTITUIÇÃO

colhimento, nas épocas próprias, dos valores arrecadados dos seus


obreiros.
Art. 33. As Entidades Subsidiárias deverão remeter à GLOMA-
RON, os balancetes mensais e, semestralmente, informes de suas
atividades e, anualmente, até o último dia útil de fevereiro, a Prestação
de Contas do ano anterior, instruída com relatório das atividades de-
senvolvidas e o Balanço Geral do exercício anterior, acompanhado do
Parecer do Conselho Fiscal e a Proposta Orçamentária para o exercí-
cio seguinte até o último dia do mês de novembro de cada ano.
Parágrafo único. Ao critério do Grão-Mestre os prazos estipula-
dos neste artigo poderão ser alterados.

CAPÍTULO IV
DO PODER LEGISLATIVO

Art. 34. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Geral


da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, GLOMARON, com
o tratamento de Soberana, e Presidido pelo Grão-Mestre ou seu subs-
tituto legal.
Parágrafo único. Os cargos administrativos da Assembleia Ge-
ral são constituídos das seguintes classes:
I – Grandes Dignidades;
II – Grandes Luzes; e,
III – Grandes Oficiais.

Seção I
Da Assembleia Geral – Órgão Deliberativo

Art. 35. Compõem a Assembleia Geral da GLOMARON, com


direito a voz e voto:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – as Grandes Dignidades: o Grão-Mestre, o Grão-Mestre Adjun-


to, os Grão-Mestres Ad Vitam e os Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam;
II – os Grandes Representantes das Lojas: o Venerável Mestre,
o Primeiro e Segundo Vigilante;

CONSTITUIÇÃO
Parágrafo único. O Presidente terá voto de desempate, não
podendo usar dessa faculdade nos escrutínios secretos.
Art. 36. O Presidente, sempre que se fizer necessário, a seu
critério, poderá constituir Grandes Comissões para estudo e apresen-
tação de parecer em matéria de competência do Legislativo da GLO-
MARON.
§ 1º As Grandes Comissões são órgãos técnicos auxiliares e
consultivos compostas de 3 (três) membros titulares e 3 (três) suplen-
tes e podem ser permanentes ou especiais.
§ 2º São permanentes as Grandes Comissões de Justiça e Le-
gislação, Finanças (Conselho Fiscal) e de Assuntos Gerais,
§ 3º São Especiais as Grandes Comissões de caráter temporá-
rio e transitório.
§ 4º O Regulamento Geral definirá a forma de escolha dos mem-
bros e as atribuições das Grandes Comissões.
Art. 37. As reuniões da Assembleia Geral serão ordinárias, ex-
traordinárias, especiais, festivas e magnas, devendo a Ordem do Dia
ser previamente divulgada aos participantes, na forma estabelecida no
Regulamento Geral e nos demais atos normativos.
§ 1º A GLOMARON reunir-se-á em Assembleia Geral ordinária
no terceiro sábado dos meses de março, junho, setembro e dezembro.
§ 2º Na impossibilidade de se reunir nas datas previstas, as As-
sembleias Gerais realizar-se-ão na semana anterior ou posterior ao
convencionado.
§ 3º Nas Assembleias Gerais ordinárias do mês de março serão
apreciados o relatório e a prestação de contas anual e o Plano Qua-
drienal de Ação Maçônica do Grão-Mestrado e, na do mês de dezem-
bro será apreciada a Proposta Orçamentária do ano vindouro.
Art. 38. As Assembleias Gerais da GLOMARON serão realiza-
das com a participação obrigatória dos seus membros titulares, em

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

sessão do Grau de Aprendiz.


§ 1º Poderão assistir aos trabalhos os Maçons regulares do Grau
Simbólico respectivo, sem direito a voz e voto em solenidades que não
contrariem rituais próprios e solenidades públicas.
CONSTITUIÇÃO

§ 2º O Presidente poderá convocar Maçons ou personalidades


profanas para proferirem palestras ou discorrerem sobre teses em
análise pela Assembleia, bem como conceder o direito a voz a Maçons
regulares para suscitar esclarecimentos e opiniões.

Seção II
Das Atribuições e da Competência da Assembleia Geral

Art. 39. Compete à Assembleia Geral:


I – velar pela fiel observância dos Landmarks, desta Constitui-
ção, dos Códigos, das Leis, dos Estatutos, dos Regulamentos, dos
Regimentos e demais atos normativos, vigentes na jurisdição da GLO-
MARON, e ainda, aos princípios e doutrinas do Simbolismo da Maço-
naria Universal;
II – reformar, no todo ou em parte, como Assembleia Consti-
tuinte, a Constituição, mediante convocação do Presidente, com, no
mínimo, 60 (sessenta) dias de antecedência;
III – promover a revisão e a reforma do Regulamento Geral, dos
Códigos, das leis e demais normas legais e regimentais;
IV – empossar o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto;
V – eleger e empossar as Grandes Luzes e Oficiais da Assem-
bleia Geral e os Membros das Comissões;
VI – conceder licença ao Grão-Mestre e ao Grão-Mestre Adjunto
para afastamento do exercício dos cargos, quando superior a 30 (trin-
ta) dias, não podendo o afastamento ultrapassar 90 (noventa) dias;
VII – deliberar sobre a Proposta Orçamentária;
VIII – deliberar sobre taxas e contribuições ordinárias e extraor-
dinárias;
IX – recusar os vetos opostos pelo Grão-Mestre às Leis, Resolu-
ções e decisões desta, na primeira Assembleia Geral seguinte ao veto;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

X – legislar sobre matéria relativa aos interesses da Ordem, na


jurisdição, nos estritos limites desta Constituição;
XI – apreciar, na Assembleia Geral, o Plano Quadrienal de Ação
Maçônica, quando houver;

CONSTITUIÇÃO
XII – deliberar sobre alienação, permuta, doação, cessão de uso
ou gravação de bens móveis e imóveis da GLOMARON e das Entida-
des Subsidiárias, cujos valores sejam superiores a 100 VRM (Valor de
Referência Maçônica);
XIII – autorizar o Grão-Mestre a celebrar e denunciar tratados e
convenções;
XIV – conhecer e julgar as contas da Administração, das Lojas e
Entidades Subsidiárias jurisdicionadas;
XV – deliberar sobre os Estatutos das Lojas e Entidades Subsi-
diárias jurisdicionadas e suas alterações;
XVI – recomendar aos órgãos e autoridades maçônicas da juris-
dição, a realização efetiva do ideário, valores e princípios fundamen-
tais da Maçonaria Simbólica Universal;
XVII – criar e conceder títulos honoríficos e insígnias;
XVIII – comutar penas, conceder anistia e indulto às Lojas juris-
dicionadas;
IXX – referendar ou não a escolha dos Desembargadores do
Tribunal nomeados pelo Grão-Mestre, e os membros das Comissões,
empossando-os juntamente com os demais escolhidos;
XX – destituir os administradores eleitos, na forma do Regula-
mento Geral, após regular processo, assegurado o contraditório e a
ampla defesa;
XXI – deliberar os assuntos levados à sua consideração pela
maioria simples de seus membros presentes à reunião.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos IX, XII e XX,
o quórum necessário para a realização da Assembleia será de 2/3 de
seus membros e a deliberação da matéria será de 2/3 (dois terços)
dos presentes.
Art. 40. Nos casos previstos nesta Constituição, como compe-
tência originária da Assembleia Geral, a manifestação desta é condi-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ção obrigatória de validade do ato.

Seção III
Da Convocação das Assembleias Gerais
CONSTITUIÇÃO

Art. 41. As Assembleias Gerais da GLOMARON serão convoca-


das mediante ato, a saber:
I – ordinárias, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias; e
II – extraordinárias, com antecedência mínima de 7 (sete) dias.
Parágrafo único. O quorum mínimo para abertura dos trabalhos
será de 50% (cinquenta por cento) de seus membros com direito a voto,
em primeira chamada, e, em segunda chamada, 30 (trinta) minutos
após, com no mínimo, sete membros, sendo as deliberações tomadas
por maioria simples dos presentes, salvo dispositivo em contrário.
Art. 42. Em casos urgentes e inadiáveis, a GLOMARON reunir-
se-á extraordinariamente em Assembleia Geral:
I – quando convocada por iniciativa do Presidente;
II – por requerimento fundamentado de 1/5 (um quinto):
a) das Lojas da jurisdição, subscrito pela maioria de seus
membros;
b) dos membros integrantes do Grande Conselho Maçôni-
co; e,
c) dos Mestres Maçons regulares da jurisdição.
Parágrafo único. Se o Presidente não convocar a Assembleia
Geral Extraordinária nos 10 (dez) dias subsequentes ao recebimento
da petição prevista no inciso II, deste artigo, competirá aos próprios
requerentes convocá-la, sendo a mesma presidida de acordo com o
previsto nesta Constituição.

Seção IV
Das Disposições Gerais das Assembleias Gerais

Art. 43. É obrigatório o comparecimento de todas as Lojas da


Jurisdição, através de seus respectivos representantes, às Assem-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

bleias Gerais, salvo por motivo de força maior, devidamente justificado


e apresentado por escrito, antes do início da sessão.
§ 1º A ausência de uma Loja em 02 (duas) Assembleias Gerais,
no período de um ano, sem justificativa formal e expressamente acei-

CONSTITUIÇÃO
ta, acarretará na sua irregularidade, em conformidade com o Regula-
mento Geral.
§ 2º Nenhum Maçom poderá representar mais de uma Loja.
§ 3º Nenhuma matéria rejeitada pela Assembleia Geral da GLO-
MARON poderá ser reapresentada antes de decorridos 12 (doze) me-
ses de sua apreciação, salvo se proposição nesse sentido, com a de-
vida justificativa, for subscrita:
I – por, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos membros da Assembleia
Geral quando se tratar de proposta sobre reforma Constitucional; e,
II – pela maioria simples dos membros da Assembleia Geral, nos
demais casos.
§ 4º Antes da votação de qualquer matéria, deverá manifestar-
se, obrigatoriamente, o Grande Orador.
§ 5º O Regulamento Geral e o Regimento Interno disciplinarão
acerca da convocação e do funcionamento das Assembleias Gerais.

CAPÍTULO V
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
Da Organização

Art. 44. O Poder Judiciário da GLOMARON, com jurisdição em


todo o Estado, se incumbe de ministrar a Justiça Maçônica aos seus
jurisdicionados, na forma desta Constituição, do Regulamento Geral e
demais leis e atos normativos da GLOMARON, tendo como Órgãos do
Poder Judiciário Maçônico:
I – em Primeira Instância, os Conselhos de Justiça das Lojas
Jurisdicionadas;
II – em Segunda Instância, o Tribunal de Justiça Maçônico, com-
posto pelo Tribunal Pleno e pela Câmara de Justiça Maçônica;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. É garantida aos membros do Poder Judiciário


Maçônico a inamovibilidade de suas funções enquanto perdurar seus
mandatos, salvo decisão em contrário determinando o afastamento do
cargo, observado o devido processo legal.
CONSTITUIÇÃO

Seção II
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas

Art. 45. A Justiça Maçônica de Primeira Instância será exercida


pelo Conselho de Justiça das Lojas jurisdicionadas, mediante denún-
cia ou representação escrita.
§ 1º Os Conselhos de Justiça das Lojas são constituídos do Ve-
nerável Mestre, a quem compete sua presidência, e dois Juízes, Mes-
tres Maçons, eleitos pela Oficina juntamente com os demais cargos
ocupados pelas Dignidades, nos termos do Código Eleitoral.
§ 2º O Orador (ou cargo similar no rito) da Loja atuará como Pro-
motor de Justiça do Ministério Público.
§ 3º O Secretário da Loja atuará como Escrivão do Conselho de
Justiça da Loja.
Art. 46. Ao Conselho de Justiça das Lojas compete processar
e julgar, originariamente, as causas envolvendo os membros da Loja
jurisdicionada a que pertençam e as questões eleitorais da Oficina,
conforme o ordenamento jurídico da GLOMARON.
Parágrafo único. Os Mestres Instalados, a Diretoria da Loja:
Veneráveis Mestres, Vigilantes, o Orador, Secretário, Membros das
Comissões Permanentes, e Juízes Conselheiros das Lojas jurisdicio-
nadas serão julgados, originariamente, em segunda Instância pela Câ-
mara de Justiça Maçônica.
Art. 47. Das decisões do Conselho de Justiça das Lojas juris-
dicionadas caberá apelação contra o ato judicial que ponha termo ao
processo, decidindo ou não o mérito da causa.
Art. 48. Às causas originárias que importarem em exclusão
de associados caberá recurso voluntário para a Câmara de Justiça
Maçônica.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção III
Do Tribunal de Justiça Maçônico

Art. 49. O Tribunal de Justiça Maçônico, como órgão de Segun-

CONSTITUIÇÃO
da Instância, compõe-se de 9 (nove) Desembargadores, dos quais 8
(oito) nomeados pelo Grão-Mestre, ad referendum da Assembleia Ge-
ral, dentre os quais, pelo menos 5 (cinco) Mestres Instalados que não
exerçam cargos nos Poderes Executivo e Legislativo.
Parágrafo Único. O Tribunal de Justiça Maçônico funcionará na
forma prevista no seu Regimento Interno.
Art. 50. O Tribunal é presidido pelo Grão-Mestre, que será subs-
tituído pelo Grão-Mestre Adjunto ou pelo Desembargador de maior
idade maçônica, em suas faltas, licenças, afastamentos, impedimento,
suspeição, ou, ainda, quando ele for o implicado.
Art. 51. O Presidente nomeará o Grande Secretário do Tribunal,
Mestre Instalado, cujas atribuições serão definidas no Regulamento
Geral e no Regimento Interno do Tribunal.
Art. 52. A Secretaria do Tribunal receberá, autuará e procederá
aos registros e distribuição dos feitos, mediante sorteio entre todos os
Desembargadores em exercício no Tribunal, e atenderá a igualdade
na partilha entre todos eles.
§ 1º A distribuição torna prevento e fixa a competência do De-
sembargador Relator. Nos casos de impedimento ou suspeição do
julgador, far-se-á novo sorteio, compensando-se a distribuição, com
vistas ao equilíbrio de feitos entre os magistrados.
§ 2º Após a distribuição do processo os autos serão encaminhados
ao Ministério Público, com prazo de 15 (quinze) dias, para a sua ma-
nifestação.

Seção IV
Do Tribunal Pleno

Art. 53. O Tribunal Pleno é composto por todos os Desembarga-


dores e o quorum para deliberação será o da maioria absoluta.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. O Presidente tem voto de desempate.


Art. 54. Compete ao Tribunal Pleno:
I – processar e julgar originariamente:
a) o Grão-Mestre, o Grão-Mestre Adjunto, os Grão-Mes-
CONSTITUIÇÃO

tres Ad Vitam e os Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam;


b) os Membros do Tribunal de Justiça Maçônica, o Procu-
rador-Geral de Justiça e o Secretário do Judiciário;
c) os Membros da Soberana Assembleia Geral (SAG);
II – julgar as arguições de inconstitucionalidade, por meio de
representação escrita, formalizadas pelo Procurador-Geral de
Justiça.
III – julgar em grau de recurso ordinário as questões eleitorais
do Grão-Mestrado de acordo com o Código Eleitoral Maçônico.
IV – julgar mediante recurso extraordinário, as causas deci-
didas pela Câmara de Justiça Maçônica e pelo Conselho de
Justiça das Lojas, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo da Constituição ou negar vigência
à legislação que a complementa ou ato normativo do Poder
Executivo, quando será exigido o voto da maioria absoluta
dos membros do Tribunal Pleno;
b) der à legislação maçônica interpretação divergente da
que lhe tenha dado o Tribunal Pleno e a Câmara de Justiça
Maçônica;
V – julgar os recursos das questões decididas pela Câmara de
Justiça que importarem na exclusão de associado.
VI – julgar as questões eleitorais do Grão-Mestrado de acordo
com o Código Eleitoral Maçônico; e
VII – exercer o poder normativo no Poder Judiciário.

Seção V
Da Câmara de Justiça Maçônica

Art. 55. A Câmara de Justiça Maçônica compõe-se do Grão-


Mestre, seu Presidente, e de 4 (quatro) Desembargadores sorteados

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

para o julgamento do feito, dentre eles o seu Relator.


Parágrafo único. Substituirá o Presidente, em suas faltas, licen-
ças, afastamentos, impedimento ou suspeição, o Grão-Mestre Adjunto
ou o Desembargador de maior idade maçônica.

CONSTITUIÇÃO
Art. 56. Compete à Câmara de Justiça Maçônica:
I – processar e julgar originariamente:
a) os Grandes Secretários Executivos, os Delegados do
Grão-Mestrado e os Presidentes das Entidades Subsidiá-
rias;
b) os membros das Comissões Permanentes e Especiais
da Assembleia Geral, e os Assessores e Membros de Co-
missões do Poder Executivo;
c) os Mestres Instalados, Veneráveis Mestres, Vigilantes,
o Orador, Secretário, Membros das Comissões Permanen-
tes e Juízes Conselheiros das Lojas jurisdicionadas.
II – julgar em recurso ordinário:
a) os recursos de apelação;
b) os Embargos de Declaração opostos a seus acórdãos;
c) as exceções de Incompetência de Suspeição ou de
Impedimento de seus membros ou de Juízes de primeiro
grau, de Litispendência, de Ilegitimidade de Parte e Coisa
Julgada;
d) as Ações Disciplinares em que forem acusados ou víti-
mas as pessoas relacionadas no inciso I, deste artigo;
e) os Recursos em Sentido Estrito;
f) os Recursos Eleitorais das Lojas jurisdicionadas, de
acordo com o Código Eleitoral.

Seção VI
Dos Recursos e Seus Efeitos

Art. 57. Os recursos referentes a este Capítulo serão regulados


no Regimento Interno do Tribunal de Justiça Maçônico e na legislação
ordinária correspondente.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 1º Os recursos terão efeito suspensivo, salvo quando:


I – visar à invalidação de ato praticado pelo Grão-Mestre;
II – visar à reforma de decisão que tenha sido tomada por una-
nimidade;
CONSTITUIÇÃO

III – tratar-se de recurso extraordinário.


§ 2º O recurso, sem efeito suspensivo, perderá essa característi-
ca se não for decidido no prazo de 90 (noventa) dias, ficando suspen-
sa a execução do ato ou decisão que lhe deu motivo.
§ 3º As decisões do Pleno do Tribunal de Justiça Maçônico serão
terminativas e irrecorríveis.

Seção VII
Das Disposições Gerais

Art. 58. A todo acusado é assegurado o direito de ampla defesa,


do contraditório e de recurso, podendo exercê-lo, por si ou por de-
fensor constituído, invariavelmente Mestre Maçom, em pleno gozo de
seus direitos maçônicos.
Parágrafo único. Iniciado o processo contra ocupante de car-
gos de Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador ou
Secretário, membros das Comissões e Juízes do Conselho de Justiça
das Lojas Jurisdicionadas, este será afastado do cargo após o recebi-
mento da denúncia.
Art. 59. Não poderá funcionar como defensor constituído os
ocupantes de cargos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Art. 60. O Regimento Interno do Tribunal disporá sobre a ordem
e organização dos serviços do Poder Judiciário e o funcionamento
dos respectivos órgãos jurisdicionais, regulamentando a distribuição
de feitos, as atribuições do Relator, prazos, organização e dos demais
preceitos necessários ao bom funcionamento do Poder Judiciário.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção VIII
Do Ministério Público Maçônico

Art. 61. O Ministério Público Maçônico é representado, em Pri-

CONSTITUIÇÃO
meira Instância, pelo Orador da Loja (ou cargo similar no rito), com-
pondo o Conselho de Justiça da Loja, e em Segunda Instância pelo
Procurador-Geral de Justiça, Mestre Instalado, nomeado pelo Grão-
Mestre, sendo o Chefe do Ministério Público perante o Poder Judiciá-
rio, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica maçônica e do efetivo
respeito dos Poderes Maçônicos constituídos, dos serviços e interes-
ses da GLOMARON, e dos direitos assegurados nesta Constituição,
no Regulamento Geral e no ordenamento jurídico vigente, promoven-
do as medidas necessárias à sua garantia. Compete-lhe ainda:
I - promover e fiscalizar o cumprimento e a guarda desta Consti-
tuição, do Regulamento Geral e das leis infraconstitucionais;
II - denunciar os infratores da lei maçônica aos órgãos compe-
tentes;
III - representar ou oficiar, conforme o caso, ao Tribunal de Jus-
tiça Maçônico a arguição de inconstitucionalidade de lei e atos norma-
tivos da GLOMARON;
IV - defender os interesses da GLOMARON em questões ma-
çônicas e de âmbito não maçônico.
Parágrafo único. Quando as circunstâncias assim o exigirem,
autorizado pelo Grão-Mestre, o Procurador-Geral poderá indicar ad-
vogado não Maçom, que será contratado pelo Grão-Mestrado, para
defender os interesses da Grande Loja, em contencioso de âmbito
externo.

CAPÍTULO VI
DO PROCESSO ELEITORAL
Seção Única
Do Código Eleitoral

Art. 62. O Código Eleitoral disciplinará toda matéria relacionada

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

com as eleições a serem realizadas na Jurisdição da GLOMARON.


Art. 63. Funcionarão como Ministério Público Eleitoral e Escri-
vão Eleitoral, respectivamente, em Primeira Instância, o Orador (ou
cargo similar no rito) e o Secretário da Loja, em Segunda Instância, o
CONSTITUIÇÃO

Procurador-Geral de Justiça e o Grande Secretário do Judiciário.

CAPÍTULO VII
DA REFORMA CONSTITUCIONAL

Art. 64. Esta Constituição poderá ser emendada, no todo ou em


parte, por proposta:
I – do Grão-Mestre;
II – da Assembleia Geral da GLOMARON, como Poder Le-
gislativo;
III – de, no mínimo, 2/3 (dois terços) das Lojas jurisdicionadas
e por decisão da maioria de seus membros regulares; e,
IV – do Tribunal Pleno.
Parágrafo único. Em quaisquer dessas hipóteses, a propos-
ta seguirá o processo legislativo e, após, será deliberada com a
presença de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos componentes da As-
sembleia Geral e decidida por maioria simples.
Art. 65. Se, nos termos do Parágrafo único, do artigo anterior,
a iniciativa for aprovada, o projeto de reforma da Constituição será
submetido às Lojas para que, no prazo de 60 (sessenta) dias, deli-
berem e ofereçam sugestões ou emendas.
§ 1º Decorrido o prazo previsto no caput deste artigo, a GLOMA-
RON reunir-se-á, extraordinariamente, em Assembleia Constituinte,
para fins de discussão e deliberação da reforma proposta.
§ 2º Abertos os trabalhos da Assembleia Constituinte, com a pre-
sença de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus membros, a matéria
será decidida por maioria absoluta.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO II
DOS MAÇONS, DAS LOJAS JURISDICIONADAS, DOS
TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS E ENDIDADES SUBSIDIÁRIAS

CONSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DOS MAÇONS

Art. 66. A GLOMARON reconhece como Maçom todo homem


iniciado em Loja de sua jurisdição ou em outra Potência Maçônica
regular por esta reconhecida.
Parágrafo único. Considera-se Maçom regular o que estiver em
plena atividade no Simbolismo.
Art. 67. A Admissão aos quadros das Lojas da jurisdição far-se-á
por:
I – iniciação, mediante a aprovação por escrutínio secreto de
todos os Maçons da jurisdição presentes na sessão;
II – regularização, filiação e transferência, mediante a aprovação
por voto dos membros da Loja, observado o grau do regularizando,
filiando ou transferido;
III – os membros advindos de potência não reconhecida pela
GLOMARON deverão, antes de serem regularizados, passar por pro-
cesso de verificação de grau e conhecimentos maçônico através de
comissão, composta por 3 (três) Mestres Instalados, designada para
tal pelo Grão-Mestre.
Art. 68. Para ser admitido Maçom, o candidato, além dos requi-
sitos exigidos pelo Regulamento Geral, deverá:
I – crer na existência de um Princípio Criador, qualquer que seja
a denominação adotada pelo credo religioso que professar;
II – ter suficiente instrução para compreender a Doutrina e os
Princípios Maçônicos, como, ainda, força moral para aplicá-los;
III – ser maior de vinte e um anos de idade;
IV – achar-se em pleno gozo de seus direitos políticos e civis;
V – ter domicílio, no mínimo, de dois anos no Oriente da Loja
Jurisdicionada onde fizer o pedido de admissão;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

VI – ter conduta ilibada, apurada pelos órgãos competentes e


sindicâncias;
VII - ter meios honestos de subsistência para si e sua família
e que comportem, sem sacrifícios, suas contribuições pecuniárias à
CONSTITUIÇÃO

Ordem.
Parágrafo único. Os requisitos para admissão dos associados
e a tramitação dos processos de iniciação, regularização, filiação, ou
transferência, serão regidos pelo Regulamento Geral da GLOMARON.
Art. 69. Os Maçons da jurisdição da GLOMARON classificam-se
em:
I – natos, os seus fundadores;
II – efetivos, os que, tendo preenchido as exigências legais, per-
tençam a uma das Lojas da jurisdição e estejam regulares;
III – beneméritos, os que, pertencendo a mesma Loja, forem
agraciados com esse título;
IV – honorários, os que, pertencendo a outra Loja jurisdicionada,
receberem esse título, na forma prevista no seu Regimento Interno.
Os maçons regulares de outra Potência somente receberão este título
por intermédio da GLOMARON.
V – remidos, os que, pertencendo à Loja da jurisdição, pagarem,
de uma só vez, a taxa correspondente e atenderem aos pré-requisitos
exigidos para a concessão desse direito, estabelecido no Regimento
Interno da Loja.
Parágrafo único. O Maçom Remido, Benemérito ou Honorário
de uma Loja jurisdicionada não ficará isento de quaisquer taxas de-
vidas a GLOMARON e a outras Lojas a que seja filiado, ou, ainda, a
qualquer Entidade Subsidiária.

Seção I
Dos Direitos do Maçom

Art. 70. São direitos do Maçom regular, além dos previstos nas
normas legais da GLOMARON:
I – propor, discutir e deliberar em Loja os assuntos das atribui-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ções desta, salvo se ainda não for Mestre Maçom, quando somente
poderá discutir as proposições;
II – votar e ser votado, na forma prevista no Código Eleitoral,
desde que esteja em atividade e na plenitude dos seus direitos ma-

CONSTITUIÇÃO
çônicos;
III – receber auxílio e proteção sempre que justo e necessário;
IV – representar e recorrer, a quem de direito, nos casos de seus
interesses ou da Ordem;
V – ser julgado por órgão da Justiça Maçônica, respeitadas as
limitações e privilégios de foro, sendo-lhes assegurado o direito de
ampla defesa, contraditório e de recurso;
VI – emitir livremente sua opinião em Loja, sujeitando-se à disci-
plina e à moral maçônica, sem, entretanto, tratar de assuntos religio-
sos sectários e ideologias político-partidários;
VII – retirar-se livremente da Maçonaria, solicitando o Quite Pla-
cet, quando Mestre Maçom, e Certificado de Grau, quando Aprendiz
ou Companheiro;
VIII – compete ao Mestre Maçom propor, apoiar e contestar pe-
didos de iniciação, elevação, exaltação, filiação, regularização, licença
temporária e transferência feitos à sua Loja, justificando o seu pronun-
ciamento;
IX – compete ao Aprendiz e Companheiro manifestar e votar nos
processos de iniciação e nos processos de filiação, regularização, li-
cença temporária e transferência conforme o Grau correspondente;
X – ingressar ou se transferir para outra Loja da jurisdição, de
acordo com a Constituição e demais normas legais vigentes na GLO-
MARON;
XI – visitar, desde que esteja em pleno gozo de seus direitos ma-
çônicos, qualquer Loja Simbólica regular, submetendo-se às práticas
de sua disciplina interna;
XII – solicitar licenças temporárias, quando em dia com suas
contribuições;
XIII – apresentar sugestões perante a sua Loja ou por intermédio
dela à GLOMARON;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XIV – requerer e receber instruções sobre assuntos do simbolis-


mo maçônico;
XV – pleitear, perante o Vigilante de sua coluna, as promoções
a que fizer jus;
CONSTITUIÇÃO

XVI – pugnar por seus direitos, quando lesados ou ofendidos.


§ 1º O direito de livre manifestação de opinião não isenta o
Maçom da responsabilidade dos seus atos.
§ 2º O Quite Placet, o Certificado de Grau, a Licença Temporária
e o Certificado de Regularidade para Transferência são documentos
concedidos ao Maçom, sem pendência de qualquer natureza com a
sua Loja, devidamente registrados na GLOMARON.
Art. 71. É facultada ao Mestre Maçom a dupla filiação em Lojas
da jurisdição, obedecendo aos critérios para esse fim.

Seção II
Dos Deveres do Maçom

Art. 72. São deveres do Maçom da jurisdição:


I – obedecer aos Landmarks, esta Constituição, o Regulamento
Geral e demais leis, atos e normas originárias da GLOMARON e ao
Estatuto da Loja a que pertença e aos consignados no “Decálogo do
Maçom”, bem como reconhecer como única potência legal e legítima
nesta jurisdição a Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado de
Rondônia;
II – obedecer às leis do País e as autoridades legitimamente
constituídas;
III – instruir-se nos princípios maçônicos e conduzir-se segundo
eles;
IV – frequentar com assiduidade e pontualidade os trabalhos da
Loja e dos órgãos a que pertencer, instruindo-se dos princípios e nas
práticas maçônicas, a fim de poder desempenhar dignamente os en-
cargos que lhe forem cometidos;
V – zelar pela manutenção de sua Loja e pagar pontualmente
as contribuições ordinárias e extraordinárias que forem regularmente

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

decretadas ou que espontaneamente aderir;


VI – nunca revelar os mistérios da maçonaria que vos forem con-
fiados senão em Loja regularmente constituída, nunca os escrever,
gravar, traçar, imprimir ou usar quaisquer outros meios pelos quais

CONSTITUIÇÃO
possa divulgá-los;
VII – zelar pelo ingresso na Loja de candidatos dignos e capa-
zes de honrar a família Maçônica, informando aos dirigentes sobre as
qualidades morais, sociais, intelectuais e financeiras dos candidatos à
iniciação, filiação, regularização e transferência;
VIII – manter conduta maçônica ilibada, dentro e fora da Loja e
primar pela verdade, sem sofisma ou reserva mental;
IX – praticar a tolerância, respeitando as convicções e as cren-
ças de cada um, pugnando contra os preconceitos, a superstição e o
fanatismo;
X – prestar ajuda e proteção aos Irmãos Maçons e suas famílias,
defender e protege-los quando for justo e necessário;
XI – frequentar somente Loja regular;
XII – demonstrar conhecimento suficiente sobre o cerimonial,
doutrina, filosofia e liturgia maçônicos exigidos a todos os graus;
XIII - abster-se de revelar o ocorrido nos trabalhos maçônicos, a
qualquer Maçom que não tenha comparecido à reunião;
XIV – ser sempre um elemento de paz, de concórdia e de har-
monia no seio da sociedade e da maçonaria;
XV - repelir toda e qualquer associação ou seita que, por jura-
mento, prive o homem dos seus direitos e deveres de cidadão;
XVI - conservar-se, sempre, cidadão honesto e digno, amigo de
sua família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de nin-
guém, especialmente contra a de seus irmãos e a de suas famílias;
§ 1º É dever de todo Maçom da jurisdição submeter-se à Justiça
Maçônica da GLOMARON;
§ 2º A enumeração dos deveres contidos neste artigo não os
esgota, podendo a legislação ordinária ampliá-los ou desenvolvê-los
nos limites dos princípios fundamentais da Ordem Maçônica.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção III
Da Exclusão e da Suspensão de direitos do Maçom

Art. 73. Mediante processo maçônico regular, será excluído do


CONSTITUIÇÃO

quadro de associados o Maçom que vier a ser condenado a pena de


exclusão nas hipóteses previstas Regulamento Geral, no Código Dis-
ciplinar, Código de Processo Disciplinar e demais Leis Infraconstitu-
cionais.
Art. 74. O Maçom inadimplente com suas obrigações pecuniá-
rias, por três meses e sem justificativa aceita, terá seus direitos sus-
pensos, independentemente de processo.
Parágrafo único. O Maçom com seus direitos suspensos pode-
rá requerer seu restabelecimento tão logo satisfaça as suas pendên-
cias, o que, a juízo da Loja, poderá ser atendido.
Art. 75. O Mestre Maçom que não comparecer às sessões da
Loja durante 6 (seis) meses consecutivos e o Aprendiz e Companhei-
ro por 3 (três) meses, sem motivo justificado, poderão ter suspensos
seus direitos maçônicos, a critério da Loja, independentemente de
processo.
§ 1º O Maçom com os seus direitos suspensos não poderá
participar das Assembleias Gerais da GLOMARON e das Sessões das
Lojas jurisdicionadas.
§ 2º Maçom poderá requerer o restabelecimento de seus direi-
tos, ficando a critério da Loja o exame do pedido.
§ 3º A suspensão dos direitos, em qualquer dos casos, deverá
ser comunicada à GLOMARON.
Art. 76. Não se incluem na penalidade prevista no artigo anterior:
I – os remidos;
II – os impossibilitados por doença comprovada; e,
III – as Grandes Dignidades.
Art. 77. Pode a Loja, quando o obreiro não mais lhe convier,
conceder-lhe Quite Placet de ofício, ficando o Maçom livre a pedir re-
gularização em outra Loja da jurisdição, conforme estabelecido no Re-
gulamento Geral.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. Para a aplicação do disposto neste artigo,


será assegurado o direito de ampla defesa.

CAPÍTULO II

CONSTITUIÇÃO
DAS LOJAS JURISDICIONADAS

Art. 78. Loja Simbólica jurisdicionada da GLOMARON é uma


entidade onde seus membros se congregam para o exercício de suas
atividades Maçônicas a fim de praticarem os princípios adotados pela
Maçonaria Universal, com personalidade jurídica própria na forma de
associação civil, de direito privado e sem fins lucrativos.
§ 1º A Loja organizar-se-á e reger-se-á pelos seus estatutos e re-
gimentos interno, respeitados os princípios estabelecidos nesta Cons-
tituição, Regulamento Geral, e observância das leis civis.
§ 2º Sua autorização de funcionamento ocorre com a concessão
da Carta Constitutiva, provisória ou definitiva, outorgada pela GLOMA-
RON, conforme disposto no Regulamento Geral.
Art. 79. A fundação, a denominação, o número de ordem, a fu-
são, a regularidade, a irregularidade, o adormecimento, o soerguimen-
to, o funcionamento e a cessação de existência das Lojas da jurisdição
terão o seu disciplinamento estabelecido no Regulamento Geral da
GLOMARON.
Art. 80. Às Lojas é assegurada autonomia administrativa e
financeira.
Parágrafo único. As Lojas são iguais em direitos e deveres,
sendo obrigadas ao cumprimento das normas legais emanadas da
GLOMARON.
Art. 81. As Lojas exercerão autoridade disciplinar sobre os Ma-
çons não podendo, em hipótese alguma, admitir em seus trabalhos
aqueles considerados irregulares, consoante as normas legais ema-
nadas da GLOMARON.
Art. 82. É vedado às Lojas se manifestarem, em nome da GLO-
MARON, sobre matérias que não sejam de suas competências.
Parágrafo único. É lícito às Lojas e aos Maçons da jurisdição

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

provocarem manifestação da GLOMARON sobre assuntos de interes-


ses da Maçonaria Universal.

Seção I
CONSTITUIÇÃO

Da Administração das Lojas

Art. 83. A Loja é administrada por uma Diretoria assim composta:


I – Eleitos:
a) Venerável Mestre;
b) Primeiro e Segundo Vigilantes;
c) Orador ou cargo assemelhado de acordo com o Rito cor-
respondente;
d) Secretário;
e) Tesoureiro;
f) 2 (dois) juízes do Conselho de Justiça; e
g) Conselho Fiscal.
II – Nomeados, os demais Oficiais ocupantes dos cargos relacio-
nados nos respectivos Rituais, com atribuições definidas segundo os
Ritos correspondentes: (REAA, York e Schröder).
Art. 84. Farão parte da administração das Lojas as seguintes
Comissões Permanentes:
I – Comissão de Educação, Liturgia e Ritualística;
II - Comissão de Solidariedade; e,
III – Comissão de Assuntos Gerais.
§ 1º As Comissões são órgãos técnicos e consultivos, compos-
tas de 3 (três) membros titulares e presidida pelo primeiro da lista, de
livre nomeação do Venerável Mestre.
§ 2º A Loja poderá criar Comissões Especiais, em caráter tem-
porário, com atribuições definidas no ato de sua criação, nomeação de
seus Membros e a determinação do prazo para a entrega do relatório
conclusivo.
§ 3º Nenhum Maçom poderá ser titular de mais de um cargo
na Loja, salvo o de membro de Comissão Permanente, desde que
não presida duas, ou mais, delas simultaneamente, excetuando-se os

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

casos de incompatibilidade.
§ 4º O Regulamento Geral definirá as atribuições das
Comissões.

CONSTITUIÇÃO
Seção II
Do Venerável Mestre

Art. 85. O Venerável Mestre é o Presidente da Loja e seu re-


presentante nato, ativo e passivo, em juízo ou fora dele, perante os
Poderes constituídos maçônicos e civis.
§ 1º O Venerável Mestre terá este tratamento até o término do
seu mandato e, após, o tratamento de Mestre Instalado, passando a
exercer a função de Venerável Mestre Imediato, até que outro Mestre
Instalado mais recente o substitua no cargo.
§ 2º Substituirá o Venerável Mestre, nas suas ausências, licen-
ças e impedimentos, sucessivamente, o Primeiro e o Segundo Vigi-
lantes e na sequência o Mestre Instalado mais moderno da Loja, pre-
sente na sessão. Em sessões magnas o substituto deverá ser Mestre
Instalado.
Art. 86. Ao Venerável Mestre, ou seu substituto, compete dirigir
a Loja em estrita observância dos Rituais, da disciplina e cumprimento
das leis maçônicas;
Parágrafo único. As atribuições do Venerável Mestre serão dis-
ciplinadas no Regulamento Geral.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS LOJAS
JURISDICIONADAS E DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS

Art. 87. A organização e o funcionamento das Lojas estão sujei-


tos à orientação normativa da GLOMARON.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção I
Dos direitos das Lojas Jurisdicionadas

Art. 88. São direitos das Lojas Jurisdicionadas, além dos


CONSTITUIÇÃO

estabelecidos no Regulamento Geral, no exercício de sua autonomia:


I – organizar sua estrutura administrativa e elaborar seu Estatuto
e Regimento Interno, segundo os cânones da GLOMARON e de acor-
do com as Leis Civis;
II – admitir Maçons nos seus Quadros, mediante Placets da
GLOMARON, conforme os preceitos constantes nesta Constituição e
no Regulamento Geral;
III – fixar, anualmente, contribuições ordinárias, extraordinárias,
taxas e emolumentos aos seus Obreiros, devendo, em qualquer dos
casos, não ultrapassar o teto máximo fixado pelo Conselho Perma-
nente da GLOMARON.
IV – representar aos Poderes competentes sobre medidas de in-
teresse da Instituição Maçônica, da GLOMARON e do próprio Quadro;
V – propor à Assembleia Geral a alteração desta Constituição e
demais Leis e Regulamento Geral da GLOMARON;
VI – recorrer ao Tribunal de Justiça Maçônico, sem efeito sus-
pensivo, dos atos baixados pelo Grão-Mestre contrários à legislação
maçônica vigente;
VII – corresponder-se com Lojas da jurisdição ou, mediante au-
torização do Grão-Mestre, com Lojas regulares de outras Potências
Maçônicas;
VIII – iniciar, elevar, exaltar, filiar e regularizar Maçons, obser-
vados os interstícios e normas estabelecidos nesta Constituição e no
Regulamento Geral;
IX – conceder distinções honoríficas a qualquer Maçom regular,
conforme dispuser o Regulamento Geral;
X – admitir profanos nas suas sessões festivas, quando serão
suspensas as formalidades ritualísticas;
XI - dispensar, no todo ou em parte, os débitos de seus Obreiros
com a Loja, como também estabelecer, quando necessário, contribui-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ções especiais ou extraordinárias;


XII - gozar das regalias, auxílios e recompensas que o Grão-
Mestre ou a Assembleia Geral conceder como decorrência de suas
atividades consideradas relevantes para o bom conceito da GLOMA-

CONSTITUIÇÃO
RON;
XIII - convidar profanos (as) de caráter, moral e reputação iliba-
das, para proferirem conferências aos seus Obreiros, sobre assuntos
que tenham pertinência com os preceitos maçônicos e não contrariem
os Landmarks, esta constituição e demais leis da GLOMARON.
Art. 89. As Lojas poderão se dirigir às autoridades profanas para
recomendar, cobrar ou solicitar atos aos poderes públicos, visando à
consecução de fins sociais que se amoldem aos princípios maçônicos,
sem eximir-se das responsabilidades decorrentes.
Art. 90. A autonomia administrativa e financeira das Lojas limi-
tar-se-á na observância das leis civis do país e maçônica.
Art. 91. Cessam os direitos das Lojas jurisdicionadas nos casos
previstos nesta Constituição e no Regulamento Geral.

Seção II
Dos Deveres das Lojas Jurisdicionadas

Art. 92. São deveres das Lojas:


I – cumprir e fazer cumprir os Landmarks da Ordem, esta Cons-
tituição, o Regulamento Geral, as demais normas legais da GLOMA-
RON, as obrigações estatutárias da Loja, seu Regimento Interno, e
ainda, os atos e determinações formais do Grão-Mestre, as normas
e atos da Assembleia Geral e as decisões do Tribunal de Justiça Ma-
çônico;
II – zelar pela pureza e a difusão dos princípios fundamentais da
Ordem Maçônica;
III – registrar os seus Obreiros no Cadastro Geral da GLOMA-
RON, responsabilizando-se pelo pagamento antecipado das taxas e
emolumentos por eles devidos;
IV – solicitar da GLOMARON, Placets, diplomas, certificados,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

cartão de identidade e certidões destinadas aos seus Obreiros, bem


como Diplomas de Lowtons e reconhecimento conjugal, responsabili-
zando-se pelos respectivos pagamentos;
V – remeter, semestralmente, à Grande Secretaria de Relações
CONSTITUIÇÃO

Interiores, os informes de suas atividades e, anualmente, até o último


dia do mês de fevereiro, o relatório correspondente ao ano adminis-
trativo anterior, acompanhado de uma cópia do Balanço Geral Anual:
VI – recolher dos Obreiros e encaminhar à Grande Secretaria de
Finanças, no prazo fixado no Regulamento, o valor das per captas e o
valor da anuidade devida à GLOMARON;
VII – recolher dos Obreiros e encaminhar às Entidades Subsidiá-
rias, no prazo fixado no Regulamento, o valor da anuidade devida e as
contribuições per capta respectivas;
VIII – prestar contas a seus Obreiros, anualmente, por seu Vene-
rável Mestre, de sua administração, através de Relatórios e Balanços;
IX – ministrar, em dia previamente designado, instrução litúrgi-
ca, ritualística, simbólica e filosófica aos seus Obreiros, assim como
implementar outras atividades para melhoria do desenvolvimento da
Loja;
X – ser rigorosa na admissão de profanos à iniciação, deven-
do formar um processo regular, conforme estabelecer o Regulamento
Geral e seu Regimento Interno;
XI – reunir-se periodicamente, em dia e horário previamente fi-
xado, na forma do Regulamento Geral, que somente serão alterados
por decisão da maioria absoluta dos Obreiros da Loja e com autoriza-
ção do Grão-Mestre;
XII – expedir e registrar na GLOMARON os certificados de Quite
Placet aos Mestres Maçons e Certificados de Grau aos Aprendizes e
Companheiros, na forma estabelecida no Regulamento Geral;
XIII – manter registro atualizado de seu patrimônio e bens mó-
veis e imóveis, bem como a sua escrituração contábil0; e,
XIV – zelar pelas suas dependências físicas, materiais ritualísti-
cos e alfaias, mantendo-as sempre em boas condições de uso.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção III
Dos Triângulos Maçônicos

Art. 93. Três Mestres Maçons regulares, filiados a uma Loja da

CONSTITUIÇÃO
Obediência e residentes em Oriente onde não haja Loja Maçônica,
poderão aí criar um Triângulo Maçônico, como fonte originária à futura
constituição de uma nova Loja, conforme disposto no Regulamento
Geral.

TITULO III
DAS REGIÕES MAÇÔNICAS E DOS DELEGADOS DO
GRÃO-MESTRADO

Art. 94. As Regiões Maçônicas são as áreas geográficas em que


se divide o território pelo qual se estende a jurisdição da GLOMARON
e serão criadas e alteradas por Decreto do Grão-Mestre.
Art. 95. Os Delegados do Grão-Mestrado, de livre nomeação
do Grão-Mestre, têm na sua área de atuação as atribuições estabe-
lecidas no Regulamento Geral, bem como as especiais que lhe forem
conferidas pelo Grão-Mestre.
Parágrafo único. A desobediência ou desacato por parte de
Loja da Obediência ou de Maçom, à autoridade do Delegado, serão
apurados e punidos na forma da legislação da GLOMARON.

TíTULO IV
DO PATRIMÔNIO, DO ORÇAMENTO e DAS FINANÇAS
DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS

CAPÍTULO I
DA PARTE GERAL

Art. 96. O acervo patrimonial, as receitas e as despesas da


GLOMARON, das Lojas jurisdicionadas e das Entidades Subsidiárias
serão contabilizados conforme as disposições legais e normativas vi-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

gentes, com registros obrigatórios nos livros fiscais, contábeis, diários


e outros.
Art. 97. As propostas orçamentárias anuais da GLOMARON,
das Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsidiárias conterão, respecti-
CONSTITUIÇÃO

vamente, a previsão de suas receitas e fixação das despesas.


§ 1º O exercício financeiro-orçamentário da GLOMARON, das
Lojas jurisdicionadas e das Entidades Subsidiárias inicia-se em 1º (pri-
meiro) de janeiro e encerra-se em 31 (trinta e um) de dezembro do
mesmo ano.
§ 2º As prestações de contas anuais ocorrerão nas seguintes
datas:
I – Lojas jurisdicionadas, no último dia útil do mês de fevereiro;
II – GLOMARON e Entidades Subsidiárias, na Assembleia Geral
do mês de março;
§ 3º deverão acompanhar as prestações de contas dos órgãos
referidos neste Título, o relatório das atividades, balanços, balancetes
mensais e Parecer do Conselho Fiscal encarregado da análise das
contas.
Art. 98. O patrimônio mobiliário, imobiliário e todos os bens e
valores das Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsidiárias são inde-
pendentes em relação à GLOMARON.
§ 1º Como parte integrante do patrimônio da Obediência, seus
bens imóveis somente poderão ser alienados, permutados, doados,
gravados ou objeto de cessão de uso, com aprovação pelo voto de
2/3 (dois terços) dos membros que compõem a Assembleia Geral da
GLOMARON.
§ 2º As entidades mencionadas neste artigo não poderão con-
trair empréstimos ou financiamento de valor superior a 500 (quinhen-
tos) Valores de Referência Maçônica – VRM, sem parecer do Con-
selho Permanente e autorização expressa da Assembleia Geral da
GLOMARON.
Art. 99. As Entidades referidas na Parte Geral deste Capítulo
não distribuirão entre seus associados, dirigentes ou doadores, a título
de participação, honorário ou gratificação, nenhuma das parcelas de

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

seu patrimônio ou arrecadação, bem como de eventuais excedentes


operacionais, brutos ou líquidos, dividendos ou bonificações auferidos
mediante exercício de suas atividades, cujos resultados serão aplica-
dos, integralmente, na consecução do seu objetivo social.

CONSTITUIÇÃO
CAPÍTULO II
DO PATRIMÔNIO

Art. 100. O Patrimônio da GLOMARON, das Lojas jurisdiciona-


das e Entidades Subsidiárias será constituído de bens, direitos e obri-
gações, tais como:
I – bens móveis e imóveis;
II – almoxarifado e estoque;
III – títulos de renda, ações, debentures e outros;
IV – saldo financeiro do Balanço Anual;
Parágrafo único. Os recursos financeiros da GLOMARON, das
Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsidiárias serão mantidos em
contas bancárias e aplicações efetuadas através de instituições finan-
ceiras oficiais, determinadas pela Administração Geral do órgão.
Art. 101. A denominação das Lojas e Entidades Subsidiárias e
seus respectivos patrimônios não poderão ser transferidos para outra
Potência Maçônica, ainda que todos os seus associados deliberem
desligar-se da GLOMARON.
§ 1º Em nenhuma hipótese o patrimônio das Entidades mencio-
nadas neste artigo poderá passar às mãos de Maçons, individualmen-
te ou em grupo, nem ser dividido entre seus associados ou ex-asso-
ciados, tampouco ser transferido a terceiros.
§ 2º Ocorrendo extinção ou dissolução da Loja ou Entidade
Subsidiária jurisdicionada, o remanescente do seu patrimônio será re-
vertido integralmente à GLOMARON, na forma do caput do art. 61 do
Código Civil Brasileiro.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO

Art. 102. Até a primeira quinzena do mês de dezembro de cada


CONSTITUIÇÃO

ano, o Executivo apresentará à Assembleia Geral a Proposta Orça-


mentária da GLOMARON e das Entidades Subsidiárias, para o exer-
cício financeiro seguinte.
§ 1º Uma vez aprovada pela Assembleia Geral o Orçamento
passa a vigorar a partir de 1º de janeiro.
§ 2º Se a proposta não for apresentada no prazo fixado no caput
deste artigo, ou tiver sido rejeitada, fica prorrogado automaticamente
o Orçamento do exercício financeiro anterior, com os seus valores cor-
rigidos pela média simples dos índices oficiais.
§ 3º As Lojas jurisdicionadas deverão apresentar até a primeira
quinzena de dezembro, aos respectivos Conselhos Fiscais, para pa-
recer e posterior deliberação da Assembleia da Loja, Proposta Orça-
mentária para o exercício seguinte, especificando os investimentos,
estimativa de receitas, fixação de despesas e os planos de trabalho
correspondentes.
Art. 103. O Grão-Mestre poderá, para atender despesas urgen-
tes e inadiáveis, proceder a abertura de Créditos Suplementares e Es-
peciais, mediante anulação de dotações orçamentárias equivalentes,
até o limite de 25 % (vinte e cinco por cento) do orçamento vigente.

CAPÍTULO IV
DAS FINANÇAS

Art. 104. A Receita da GLOMARON será constituída das seguin-


tes fontes financeiras:
I – as anuidades das Lojas jurisdicionadas;
II – as taxas, emolumentos e contribuições, fixados no Orçamen-
to Geral;
III – as subvenções dos poderes públicos;
IV – as doações, donativos, auxílios, legados, contribuições

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

eventuais e às decorrentes de promoções;


V – as taxas de captação dos associados;
VI – as receitas ordinárias e extraordinárias;
VII – as taxas de placets, de expediente e de registros;

CONSTITUIÇÃO
VIII – os rendimentos econômicos e patrimoniais resultantes de
seus bens ou valores;
IX – o produto da venda de publicações e suprimentos;
X – as coletas do Tronco de Solidariedade e Beneficência; e,
XI – as rendas eventuais e diversas.
Art. 105. A Receita das Lojas jurisdicionadas será constituída,
dentre outras, do seguinte:
I – as mensalidades dos membros da Loja, em valores fixados
com base no Valor de Referência Maçônico estipulado pela GLOMA-
RON;
II – as taxas de iniciação, elevação, exaltação, filiação, transfe-
rência e regularização;
III – a taxa de remição e emolumentos;
IV – as subvenções do poder público;
V – as doações, legados, ou contribuições eventuais;
VI – os rendimentos econômicos resultantes de seus bens ou
valores;
VII – o produto da venda de publicações e suprimento;
VIII – o resultado de promoções e campanhas;
IX – as coletas do Tronco de Solidariedade e Beneficência;
X – as rendas eventuais e diversas;
Parágrafo único. As subvenções dos Poderes Públicos terão
aplicação específica, quando essa condicionante constar do ato res-
pectivo. Nada existindo, os repasses serão contabilizados como ren-
das eventuais do órgão beneficiado.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO V
DA REGULARIDADE E IRREGULARIDADE MAÇÔNICA

CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO

DA REGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS


E DOS MAÇONS

Art. 106. Regularidade maçônica é a perfeita adequação das


Lojas e dos Maçons a esta Constituição, ao Regulamento Geral, aos
Landmarks e aos princípios que regem a Maçonaria Universal.
Parágrafo único. A regularidade é condição indispensável ao
reconhecimento dos direitos que a fraternidade outorga aos Maçons.
Art. 107. Não há regularidade de Maçom sem filiação à Loja
jurisdicionada;
Art. 108. Para que sejam consideradas regulares pela GLOMA-
RON, deverão as Lojas da jurisdição:
I – ter denominação própria;
II – possuir Carta Constitutiva expedida pela GLOMARON;
III – ter em seus Templos ou Salas de Loja, as 03 (três) Grandes
Luzes da Maçonaria; e,
IV – reunir-se sob a Presidência de um Venerável Mestre, auxi-
liado por dois Vigilantes e um Cobridor, todos eles Mestres Maçons.
Parágrafo único. Os quóruns mínimos para as reuniões ritualís-
ticas serão definidos de acordo com o ritual de cada rito.

CAPÍTULO II
DA IRREGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS MAÇONS

Art. 109. Importa na perda de regularidade das Lojas jurisdicio-


nadas a infringência desta Constituição, Regulamento Geral e demais
normas emanadas da GLOMARON, e ainda alterar ou desobedecer
aos Landmarks e aos demais princípios básicos da Ordem.
Art. 110. Considera-se irregular a Loja que:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – modificar, alterar ou desconhecer os meios universais legíti-


mos de reconhecimento dos Maçons;
II – não ensinar os rituais admitidos pela GLOMARON, deixar
de obedecê-los ou afastar-se dos princípios universais da Maçonaria;

CONSTITUIÇÃO
III – não se fizer representar nas Assembleias Gerais da GLO-
MARON por 02 (duas) reuniões no período de um ano, sem justificati-
va formal e expressamente aceita;
IV – deixar de recolher à GLOMARON e às Entidades Subsi-
diárias, por mais de 03 (três) meses, o valor das anuidades, as con-
tribuições per capta arrecadadas de seus obreiros e demais encargos
financeiros devidos a essas Instituições, depois de formalmente cons-
tituídas em mora;
V - não esteja filiada à GLOMARON.
Art. 111. A formal declaração de irregularidade das Lojas da Ju-
risdição, decorrente do descumprimento do disposto neste Título efe-
tivar-se-á com a expedição do ato pelo Grão-Mestre, depois de obe-
decido o devido processo legal e assegurado o contraditório e ampla
defesa.
Parágrafo único. A irregularidade, nesse caso, suspende todos
os direitos da Loja.
Art. 112. O Maçom será considerado irregular quando deixar
de cumprir suas obrigações maçônicas, devendo a irregularidade ser
informada pelas Lojas jurisdicionadas e declarada pela GLOMARON,
conforme o estabelecido no Regulamento Geral.
Parágrafo único. A irregularidade aplicada suspende todos os
direitos Maçônicos do Obreiro.
Art. 113. O Regulamento Geral disciplinará os casos de irregu-
laridade dos Maçons, as hipóteses e prazos de suspensão e os casos
de desfiliação.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TITULO VI
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS

CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 114. As eleições na jurisdição da GLOMARON serão reali-


zadas de acordo com as normas estabelecidas nesta Constituição, no
Regulamento Geral, no Código Eleitoral e demais Leis infraconstitu-
cionais e atos normativos.
§ 1º O voto é direito e dever do Maçom a ser exercido pessoal-
mente.
§ 2º A votação poderá ser feita por cédulas ou meio eletrônico
homologado pela GLOMARON.
Art. 115. Todo Mestre Maçom do quadro de associados das
Lojas jurisdicionadas que esteja no gozo da plenitude dos direitos ma-
çônicos e civis, terá direito de votar e ser votado nas eleições gerais,
nos termos do Código Eleitoral e Regulamento Geral.
Art. 116. O Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, os Venerá-
veis Mestres, os Vigilantes, o Orador, o Secretário, o Tesoureiro, os
dois juízes do Conselho de Justiça e os membros da Comissão de
Finanças (Conselho Fiscal) serão eleitos pelos Mestres Maçons da
jurisdição por voto direto e secreto, na forma prevista em legislação
infraconstitucional.

CAPÍTULO II
DOS CARGOS ELETIVOS

Art. 117. São documentos exigidos dos candidatos aos cargos


eletivos de Grão-Mestre, Grão-Mestre-Adjunto e Veneráveis Mestres
das Lojas, no momento do registro da candidatura:
I – certidão negativa do Cartório Distribuidor de Protestos;
II - certidão negativa dos Cartórios Distribuidor e de ações Cíveis
e Criminais, da Justiça Federal, Eleitoral, Estadual e Auditoria Militar;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – certidão negativa de Tributos Federais, Estaduais e Municipais;


IV – certidão negativa do SPC e SERASA;
V – certidão expedida pela Tesouraria e Secretaria da Loja quanto
à regularidade, frequência e finanças;

CONSTITUIÇÃO
Art. 118. São elegíveis para os cargos na jurisdição da GLOMA-
RON:
I – O Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, desde que:
a) Mestres Instalados, com, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos
de idade civil;
b) regulares e ativos nas Lojas da jurisdição, e estejam em
pleno exercício da atividade do Simbolismo há pelo menos 10
(dez) anos, de forma ininterrupta;
c) tenham completado o mandato de Venerável Mestre com, no
mínimo, 05 (cinco) anos como Mestre Instalado;
d) não estejam exercendo qualquer cargo eletivo ou de livre no-
meação do Grão-Mestre, salvo se se afastarem, definitivamen-
te, do cargo, 60 (sessenta) dias antes do dia da eleição;
e) estar em pleno gozo dos seus direitos e prerrogativas ma-
çônicos e, ter no mínimo 70% (setenta por cento) de frequên-
cia nos últimos 12 (doze) meses que antecedam o registro da
candidatura;
f) não estejam respondendo a inquérito ou processo maçônico.
II – as Grandes Luzes, os Grandes Oficiais e Membros dos Con-
selhos e Comissões da Assembleia Geral, eleitos dentre os Represen-
tantes das Lojas, regulares e em pleno gozo dos seus direitos maçôni-
cos e indicados pelas Lojas jurisdicionadas;
III – as Luzes e Oficiais das Lojas eleitos dentre os Mestres Ma-
çons regulares e em pleno gozo dos seus direitos maçônicos;
§ 1º Para o cargo de Venerável Mestre é exigível:
a) idade mínima de 25 (vinte e cinco) anos;
b) ser Mestre Maçom ativo em sua Loja há mais de 3 (três) anos;
c) não esteja respondendo a inquérito ou processo maçônico.
§ 2º Situações que não se enquadrem no parágrafo anterior
serão definidas pelo Grão-Mestre.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO III
DAS ELEIÇÕES EM GERAL

Art. 119. As eleições para os cargos da Administração da GLO-


CONSTITUIÇÃO

MARON e para os das Lojas jurisdicionadas realizar-se-ão nas se-


guintes datas:
I – Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, com ele registrado, e
com voto vinculado, na primeira quinzena do mês de junho do
ano eleitoral, mediante sufrágio universal;
II – Lojas jurisdicionadas, na segunda quinzena do mês de junho
do ano eleitoral, mediante sufrágio universal para os cargos de Vene-
rável Mestre, Vigilantes, Orador, Secretário, Tesoureiro, os dois juízes
do Conselho de Justiça e a Comissão de Finanças (Conselho Fiscal);
III – Grandes Luzes, Grandes Oficiais e Membros do Conselho
Fiscal e das Comissões Permanentes da Assembleia Geral, em Ses-
são a ser realizada no terceiro sábado do mês de agosto.
Art. 120. Será considerado eleito Grão-Mestre o candidato que
obtiver a maioria dos votos válidos, não computados os em branco e
os nulos.
Art. 121. A proclamação dos resultados far-se-á imediatamente
após a apuração dos votos.
Parágrafo único. Será de 8 (oito) dias úteis o prazo para a in-
terposição de recursos contra questões dos pleitos eleitorais do Grão-
Mestrado e das Lojas jurisdicionadas, a contar da proclamação do re-
sultado.
Art. 122. O Regulamento Geral e o Código Eleitoral estabelece-
rão as normas necessárias nos casos de não realização das eleições
previstas neste Capítulo.

CAPÍTULO IV
DA DURAÇÃO DOS MANDATOS

Art. 123. A duração dos mandatos será de:


I – 04 (quatro) anos para os eleitos aos cargos de Grão-Mestre

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

e Grão-Mestre Adjunto.
II – 01 (Um) ano para os cargos de eleição das Lojas jurisdicio-
nadas e da Assembleia Geral.
§ 1º Os mandatos previstos neste artigo terão início no terceiro

CONSTITUIÇÃO
sábado do mês de agosto do ano das eleições.
§ 2º Será permitida uma única reeleição, consecutiva, para os
cargos previstos neste artigo.
Art. 124 O Código Eleitoral Maçônico disciplinará os demais pré
-requisitos de elegibilidade, o registro de candidaturas e o Processo
Eleitoral da GLOMARON e das Lojas jurisdicionadas.
Parágrafo único. O titular de qualquer cargo cujo mandato te-
nha chegado a termo, no caso de não existência do substituto legal
permanecerá em exercício até a posse de seu sucessor.

TITULO VII
DA VACÂNCIA E DA POSSE

CAPÍTULO I
DA VACÂNCIA

Art. 125. Vagando o cargo de Grão-Mestre assumirá o seu Ad-


junto e, na falta ou impedimento deste, sucessivamente, o Grande
Primeiro Vigilante, o Grande Segundo Vigilante ou o Desembargador
do Tribunal de Justiça com maior idade maçônica, todos Mestres Ins-
talados.
Art. 126. Vagando o cargo de Venerável Mestre assumira o car-
go, sucessivamente, o Primeiro e Segundo Vigilantes e, na sequência,
o past Venerável Mestre mais moderno.
§ 1º Faltando menos de 50% (cinquenta por cento) para o tér-
mino dos mandatos eletivos, a substituição será definitiva, quer nos
casos de existência de representantes natos, quer naqueles em que
se façam necessário o provimento interino através de nomeação.
§ 2º Quando o tempo faltante exceder ao disposto no parágrafo
anterior, o substituto legal convocará novas eleições para o provimen-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

to do cargo vago, através de sufrágio universal, no prazo de 30 (trinta)


dias corridos.
Art. 127. Extingue-se o mandato de Grão-Mestre, do Grão-Mes-
tre Adjunto, das Grandes Luzes, Grandes Oficiais eleitos e das autori-
CONSTITUIÇÃO

dades eleitas das Lojas:


I – quando não tomarem posse na data marcada, salvo motivo
justificado ou de força maior;
II – pela renúncia;
III – pela perda de direitos maçônicos ou civis;
IV – por doença grave;
V – pelo falecimento;
VI – pela mudança de domicílio para outra jurisdição para os
cargos do Grão-Mestrado e para os demais cargos eletivos, quando
houver mudança de Oriente; e,
VII – pelo término do mandato.
§ 1º Com exceção da vacância prevista no inciso VII, quando
os titulares aguardarão em exercício a posse dos seus substitutos, as
demais decorrerão do simples fato gerador.
§ 2º Quando o tempo faltante para o término do mandato
exceder a 50% (cinquenta por cento), o substituto legal convocará
novas eleições para o provimento do cargo vago, através de sufrágio
universal, no prazo de 60 (sessenta) dias.
§ 3º Vagando em definitivo, em qualquer época, o cargo de
Grão-Mestre Adjunto, a Assembleia Geral elegerá outro, no prazo
de 30 dias, dentre os Mestres Maçons Instalados que atendam aos
requisitos do artigo 117 desta Constituição, escolhidos em lista tríplice
pelo Conselho Permanente, cujos nomes tiverem recebido parecer
favorável do Grande Conselho Maçônico.
§ 4º Será considerado vago o cargo de Grão-Mestre Adjunto,
quando este assumir definitivamente o cargo de Grão-Mestre, ou
quando se ausentar de suas funções por mais de trinta dias, sem a
devida autorização da Assembleia Geral.
Art. 128. Serão considerados resignatários, com a perda de car-
go para todos os efeitos:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – as autoridades referidas no artigo anterior, quando se ausen-


tarem da jurisdição, por mais de 30 (trinta) dias, sem prévia licença, ou
com mais de 90 (noventa) dias, mesmo que autorizado pela Assem-
bleia Geral;

CONSTITUIÇÃO
II – o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, quando faltarem
a 2 (duas) reuniões consecutivas da Assembleia Geral, sem motivo
justificadamente aceito;
III – as Grandes Luzes e os Grandes Oficiais quando não com-
parecerem a 2 (duas) Assembleias Gerais consecutivas, sem motivo
justificadamente aceito;
IV – a perda da qualidade de membro do quadro de uma Loja
implicará na perda automática do cargo exercido na Assembleia Geral.
Parágrafo único. Os ex-Grão-Mestres e os ex-Grão-Mestres
Adjuntos, que cumpriram integralmente os seus mandatos, serão con-
siderados, respectivamente, Grão-Mestres Ad Vitam e Grão-Mestres
Adjuntos Ad Vitam, com as mesmas honrarias e prerrogativas anterio-
res, na forma estabelecida nesta Constituição.

CAPÍTULO II
DA POSSE E COMPROMISSO

Art. 129. A posse das autoridades eleitas da GLOMARON e das


Lojas jurisdicionadas se dará no terceiro sábado do mês de agosto
seguinte às eleições.
§ 1º Ao ser empossado, todo Maçom prestará juramento e
compromisso solene de manter, defender e cumprir os Landmarks, a
Constituição e de observar as leis e o ordenamento jurídico da GLO-
MARON, como previsto nos Rituais e Regulamento Geral.
§ 2º O Venerável Mestre que encerrar o seu mandato deverá
transferir ao empossado, no prazo de 30 (trinta) dias, os livros e docu-
mentos devidamente atualizados bem como a prestação de contas de
valores e bens que pertençam à GLOMARON e Loja que se encontra-
vam sob sua guarda e responsabilidade.
§ 3º O Venerável Mestre empossado deverá, obrigatoriamente,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

no prazo de 30 (trinta) dias, registrar a ata de posse no Cartório de


Registro Civil, alterar o nome do representante da Loja perante as ins-
tituições financeiras, Secretaria da Receita Federal e outros órgãos.
Art. 130. Se, decorridos 30 (trinta) dias da data fixada para a
CONSTITUIÇÃO

posse do Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, salvo motivo de for-


ça maior, não tiverem assumido o cargo, este será declarado vago
pela Assembleia Geral.
Parágrafo único. Idêntico regramento previsto no caput deste
artigo aplica-se ao cargo de Venerável Mestre, que será declarado
vago pela Assembleia da Loja.
Art. 131. Os ocupantes de cargos eletivos perderão suas fun-
ções quando exonerados a pedido ou condenados à perda do cargo
por sentença transitada em julgado da justiça maçônica, ou ainda, se
destituídos por decisão expressa da Assembleia Geral da GLOMA-
RON, nesse caso, mediante proposta apresentada pelo Grão-Mestre
ou por 2/3 (dois terços) dos membros da Assembleia Geral, e para o
cargo de Venerável Mestre, 2/3 (dois terços) dos membros da Loja
jurisdicionada.

TITULO VIII
DOS IMPEDIMENTOS E DAS INCOMPATIBILIDADES

CAPÍTULO I
DOS IMPEDIMENTOS

Art. 132. O Maçom estará impedido de exercer qualquer cargo


ou função na GLOMARON, nas Lojas jurisdicionadas e nas Entidades
Subsidiárias, quando:
I – for considerado irregular;
II – estiver respondendo a inquérito ou processo maçônico;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II
DAS INCOMPATIBILIDADES

Art. 133. São considerados incompatíveis:

CONSTITUIÇÃO
I – os cargos de Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, com qual-
quer outro do Simbolismo;
II – os cargos de quaisquer dos Poderes entre si, ressalvadas
as hipóteses de substituição previstas nesta Constituição e nos Land-
marks;
III – o cargo de Venerável Mestre, com qualquer outro de livre
nomeação e exoneração do Grão-Mestre;
IV – o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça Maçônico
com o de Promotor de Justiça das Lojas Simbólicas;
V – os empregados da GLOMARON, das Lojas e Entidades
Subsidiárias, com quaisquer outros cargos da jurisdição.

TITULO IX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 134. Promulgada esta Constituição, o Grão-Mestre designa-


rá Comissões que se encarregarão da revisão da legislação da GLO-
MARON.
§ 1º Concluída a revisão da legislação prevista no caput deste
artigo será ela remetida à Grande Comissão de Justiça e Legislação,
para emitir Parecer e encaminhá-la a Assembleia Geral da GLOMA-
RON para deliberação final.
§ 2º A deliberação referida no parágrafo anterior será por maioria
simples dos presentes
§ 3º Enquanto não forem cumpridas as determinações deste ar-
tigo, a legislação ordinária nele indicada continuará em vigor naquilo
que não contrariar esta Constituição.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 4º Após o cumprimento dos demais preceitos deste artigo, as


Lojas, no prazo de 90 (noventa) dias, promoverão a revisão de seus
Estatutos e Regimentos Internos adequando-se à legislação maçônica
e civil.
CONSTITUIÇÃO

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 135. A GLOMARON e Lojas jurisdicionadas poderão fazer


suas divulgações tais como: atas (balaústres), atos, decretos, boletins
informativos, editais, pranchas, revistas e outras publicações em meio
eletrônico, no portal da instituição, em sistema próprio de gestão ele-
trônica de documentos e de obreiros ou outro meio que possa dar a
publicidade exigida para cada caso.
Parágrafo único. O Boletim Informativo é o instrumento Oficial
de divulgação dos atos, decretos e legislação da GLOMARON, e é de
responsabilidade privativa da mesma, bem como a publicação de ri-
tuais, manuais de instrução e obras literárias sob o seu patrocínio, não
sendo permitida cópias, não autorizadas, dos mesmos sob qualquer
pretexto.
Art. 136. A GLOMARON e Lojas jurisdicionadas poderão manter
entidades beneficentes desde que disponham de personalidade jurídi-
ca, autonomia e responsabilidade administrativa e financeira, patrimô-
nio suficiente e renda própria.
Art. 137. A GLOMARON e as Lojas Jurisdicionadas poderão
conceder títulos e honrarias a maçons e profanos que hajam prestado
relevantes serviços à Maçonaria Universal, à pátria e à humanidade,
conforme dispuser o Regulamento Geral.
Art. 138. No caso de dissolução da Grande Loja Maçônica do
Estado de Rondônia – GLOMARON, que somente por ela própria po-
derá ser deliberado, serão seus bens, após pagamento das dívidas e
encargos, destinados à instituição maçônica que se lhe assemelhem
em fins e natureza.
§ 1º Enquanto existirem 3 (três) Lojas em funcionamento sob
sua jurisdição, a GLOMARON não poderá ser dissolvida.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 2º Superado o parágrafo anterior o Grão-Mestre convocará a


Assembleia Geral no prazo de 30 (trinta) dias, para deliberar sobre a
matéria, que só poderá ser aprovada por, no mínimo, 2/3 (dois terços)
de seus membros.

CONSTITUIÇÃO
§ 3º Deliberada a dissolução, o Grão-Mestre nomeará Comissão
Liquidante composta de 05 (cinco) Mestres Instalados para promover
a sua liquidação.
Art. 139. Os membros da GLOMARON e das Lojas jurisdiciona-
das não respondem, subsidiária ou solidariamente, por atos pratica-
dos ou obrigações por ela assumidas.
Art. 140. O Regulamento Geral da GLOMARON, o Código Elei-
toral Maçônico, o Código de Justiça Maçônico, o Regimento Interno
da Soberana Assembleia Geral e o Regimento Interno do Tribrunal de
Justiça Maçônico constituem Normas Complementares a esta Cons-
tituição.
Parágrafo único. Até a revisão das normas complementares
descritas no caput deste artigo e sua aprovação, aplicam-se as dispo-
sições do texto vigente, no que não conflitar com a nova Constituição.
Art. 141. Esta Constituição, o Regulamento Geral e as demais
normas da GLOMARON obrigarão as Lojas e Entidades Subsidiárias
jurisdicionadas e aos Maçons da Obediência, mesmo quando estejam
fora da jurisdição.
Art. 142. As Lojas da Jurisdição deverão adaptar suas Consti-
tuições, Estatutos e Regimentos Internos a esta Constituição no prazo
máximo de um ano, contado da sua publicação.
Art. 143. O Regulamento Geral da GLOMARON constitui norma
complementar a esta Constituição.
Art. 144. A presente Constituição entra em vigor na data de sua
publicação pela Assembleia Constituinte e será registrada de acordo
com as disposições do Código Civil Brasileiro, revogam-se as disposi-
ções em contrário.

Porto Velho-RO, 24 de junho de 2017.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ÍNDICE SISTEMÁTICO

TÍTULO I .........................................................................Arts. 1º a 65
CONSTITUIÇÃO

DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA


DO ESTADO DE RONDONIA

CAPÍTULO I .....................................................................................
Arts. 1º a 8º
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I – Da Soberania.......................................................... Art. 5º
Seção II – Da Declaração de Princípios, Decálogo dos Maçons e dos
Ritos. Art. 6º a 8º

CAPÍTULO II .......................................................................... Art. 9º


DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO III............................................................... Arts. 10 a 33


DO PODER EXECUTIVO
Seção I – Do Grão-Mestre. ................................................... Art. 12
Seção II – Das Atribuições do Grão-Mestre. Arts. 15 a 17
Seção III – Do Grão-Mestre Adjunto...................................... Art. 18
Seção IV – Das Grandes Secretarias Executivas........ Arts. 19 a 21
Seção V – Das Comissões. ................................................... Art. 22
Seção VI – Do Grande Conselho Maçônico. ......................... Art. 23
Seção VII – Do Conselho Permanente.................................. Art. 24
Seção VIII – Do Conselho de Mestres Instalados.................. Art. 25
Seção IX – Das Entidades Subsidiárias....................... Arts. 26 a 33

CAPÍTULO IV............................................................... Arts. 34 a 43


DO PODER LEGISLATIVO
Seção I – Da Assembleia Geral................................... Arts. 35 a 38
Seção II – Das Atribuições e da Competência da Assembleia Geral.
Arts. 39ª 40

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção III – Da Convocação das Assembleias Gerais.. Arts. 41 a 42


Seção IV – Das Disposições Gerais das Assembleias Gerais..Art. 43

CAPÍTULO V ............................................................... Arts. 44 a 61

CONSTITUIÇÃO
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I – Da Organização..................................................... Art. 44
Seção II – Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas..Arts. 45
a 48
Seção III – Do Tribunal de Justiça Maçônico............... Arts. 49 a 52
Seção IV – Do Tribunal Pleno...................................... Arts. 53 a 54
Seção V – Da Câmara de Justiça Maçônica................ Arts. 55 a 56
Seção VI – Dos Recursos e Seus Efeitos.............................. Art. 57
Seção VII – Das Disposições Gerais........................... Arts. 58 a 60
Seção VIII – Do Ministério Público Maçônico......................... Art. 61

CAPÍTULO VI......................................................................... Art. 62


DO PROCESSO ELEITORAL
Seção única – Do Código Eleitoral. ....................................... Art. 62

CAPÍTULO VII ............................................................. Arts. 64 a 65


DA REFORMA CONSTITUCIONAL

TÍTULO II........................................................................ Arts. 66 a 93

DOS MAÇONS, DAS LOJAS JURISDICIONADAS, DOS


TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS E ENTIDADES SUBSIDIÁRIAS

CAPÍTULO I .....................................................................................
Arts. 66 a 77
DOS MAÇONS
Seção I – Dos Direitos do Maçom. ................................ Art. 70 a 71
Seção II – Dos Deveres do Maçom........................................ Art. 72
Seção III – Da Exclusão e da Suspensão de direitos do Maçom. Arts.
73 a 77

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II.....................................................................................
Arts. 78 a 86
DAS LOJAS JURISDIIONADAS
CONSTITUIÇÃO

Seção I – Da Administração das Lojas. Arts. 83 a 84


Seção II – do Venerável Mestre. Arts. 85 a 86

CAPÍTULO III .............................................................. Arts. 87 a 93


DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS LOJAS
JURISDICIONADAS E
DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS
Seção I – Dos Direitos das Lojas Jurisdicionadas. Art. 88 a 91
Seção II – Dos Deveres das Lojas Jurisdicionadas. Art. 92
Seção III – Dos Triângulos Maçônicos. Art. 93

TÍTULO III ...................................................................... Arts. 94 a 95

DAS REGIÕES MAÇÔNICAS E DOS DELEGADOS


DO GRÃO-MESTRADO

TÍTULO IV.................................................................... Arts. 96 a 105

DO PATRIMÔNIO, DO ORÇAMENTO E DAS FINANÇAS


DA GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS

CAPÍTULO I......................................................................................
Arts. 96 a 99
DA PARTE GERAL

CAPÍTULO II.....................................................................................
Arts. 100 a 101
DO PATRIMÔNIO

CAPÍTULO III........................................................... Arts. 102 a 103

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO IV – Arts. 104 a 105


DAS FINANÇAS

CONSTITUIÇÃO
TÍTULO V .................................................................. Arts. 106 a 113

DA REGULARIDADE E IRREGULARIDADE DE MAÇONS

CAPÍTULO I .....................................................................................
Arts. 106 a 108
DA REGULARIDADE DAS LOJAS JJURISDICIONADAS E
DOS MAÇONS

CAPÍTULO II ............................................................Arts. 109 a 113

TÍTULO VI ................................................................. Arts. 114 a 124

DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS

CAPÍTULO I .....................................................................................
Arts. 114 a 116
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO II ............................................................ Arts. 117 a 118


DOS CARGOS ELETIVOS

CAPÍTULO III............................................................Arts. 119 a 127


DAS ELEIÇÕES EM GERAL

CAPÍTULO IV........................................................... Arts. 123 a 124


DA DURAÇÃO DOS MANDATOS

TÍTULO VII................................................................. Arts. 125 a 131

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

DA VACÂNCIA E DA POSSE

CAPÍTULO I......................................................................................
CONSTITUIÇÃO

Arts. 125 a 128


DA VACÂNCIA

CAPÍTULO II.....................................................................................
Arts. 129 a 131
DA POSSE E DO COMPROMISSO

TÍTULO VIII................................................................ Arts. 132 a 133

DOS IMPEDIMENTOS E DAS INCOMPATIBILIDADES

CAPÍTULO I......................................................................................
Art. 132
DOS IMPEDIMENTOS

CAPÍTULO II ..................................................................... Arts. 133


DAS INCOMPATIBILIDADES

TÍTULO IX ................................................................. Arts. 134 a 144


DAS DISPOSIÇÕES TRANSITORIAS E FINAIS

CAPÍTULO I......................................................................................
Art. 134
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO II.....................................................................................
Arts. 135 a 144
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO

CONSTITUIÇÃO
Grão-Mestre Adjunto

FLÁVIO ANDRÉ MOTA DE ARAÚJO


Grande Orador

ADÉRCIO DIAS SOBRINHO


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES


Grande Secretário de Relações Interiores

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento

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S
SEREN
NÍSSIM
MA GRAANDE LOJA
L MAÇÔN
M NICA DO
D
ES
STADOO DE RONDÔN NIA
– GL
LOMAR RON –

LEI COM
MPLEME ENTAR Nº
N 001/GM
M/2015-20019
DE 24 D
DE JUNH
HO DE 201
18
(REGUL LAMENTTO GERAAL)

JUNHO/20
018

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE RONDÔNIA


GLOMARON

LEI COMPLEMENTAR Nº 001/GM/2015-2019 DE


24 DE JUNHO DE 2018
(REGULAMENTO GERAL)

Dispõe sobre o Regulamento Geral


da Grande Loja Maçônica do Esta-

REGULAMENTO GERAL
do de Rondônia, Entidades Subsi-
diárias e Lojas Jurisdicionadas.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI COMPLEMENTAR Nº 001/GM/2015-2019 DE 24


DE JUNHO DE 2018 (REGULAMENTO GERAL)

A SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE


RONDÔNIA - GLOMARON, sob a inspiração e proteção do Grande
Arquiteto do Universo e em nome do Povo Maçônico das Lojas jurisdi-
cionadas do Estado de Rondônia, reunido em Assembleia Constituinte
convocada para o fim específico de elaborar o texto do Regulamento
Geral da Constituição promulgada em 24 de junho de 2017, decreta
e promulga a seguinte LEI COMPLEMENTAR Nº 001/GM/2015-2019
(REGULAMENTO GERAL):

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO I
DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA
DO ESTADO DE RONDÔNIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, com o


tratamento de Sereníssima Grande Loja, será doravante designada
simplesmente GLOMARON, e reger-se-á pelo presente Regulamento
REGULAMENTO GERAL

Geral, - norma complementar à Constituição – consoante o art. 140,


da Carta Magna.
Art. 2º A GLOMARON é uma associação civil de direito privado,
sem fins lucrativos ou econômicos, com personalidade jurídica nos ter-
mos do Código Civil Brasileiro, de duração indeterminada, com sede e
foro na capital do Estado de Rondônia.
Parágrafo único. A sua sede poderá ser deslocada, proviso-
riamente, para qualquer Oriente de sua jurisdição, por ato do Sere-
níssimo Grão-Mestre, seu Presidente, quando motivo relevante assim
justificar.
Art. 3º São símbolos privativos da GLOMARON, o Selo, o Bra-
são, a Bandeira, o Hino e o Estandarte.
Art. 4º O idioma nacional será o único usado na GLOMARON e
nas Lojas da jurisdição, exceto para os visitantes estrangeiros.
Art. 5º São datas festivas na jurisdição da GLOMARON:
I – 10 (dez) de abril, data da fundação da Grande Loja Maçônica
do Estado de Rondônia;
II – 24 (vinte e quatro) de junho, dia de São João Batista;
III – 20 (vinte) de agosto, dia do Maçom;
IV – 27 (vinte e sete) de dezembro, dia de São João Evangelista;
V – os feriados nacionais; e,
VI – os Solstícios e Equinócios.
§ 1º O período de 20 (vinte) de dezembro a 31 (trinta e um) de
janeiro é destinado ao recesso maçônico, salvo motivo de excepcional
necessidade, a juízo do Grão-Mestre.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 2º O Grão-Mestre poderá decretar recesso na jurisdição quan-


do evento maçônico regional ou nacional o justificar.

Seção I
Da Soberania, Objetivos e Finalidades da Ordem

Art. 6º A GLOMARON, nos termos do art. 5º, da Constituição, é


uma Potência Maçônica, regular, autônoma, soberana e independen-
te, com jurisdição em todo o Estado de Rondônia.

REGULAMENTO GERAL
Art. 7º A GLOMARON é uma instituição maçônica de fins e cará-
ter filosófico, espiritualista, filantrópico, cívico, educacional e cultural,
atuando na defesa do meio ambiente, dos direitos do consumidor, da
ordem econômica, da livre concorrência, dos patrimônios artístico, es-
tético, histórico, turístico e paisagístico, do patrimônio público e social,
além de outros interesses difusos coletivos, como forma de atuação
dinâmica na edificação de uma sociedade mais justa, perfeita e feliz,
composta de homens livres e de bons costumes, que se consideram
Irmãos entre si, cujo fim é viver em perfeita igualdade, unidos por laços
de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos
outros na prática das virtudes e, como tal:
I – não se sujeitará a outra autoridade maçônica, domínio ou
controle de qualquer corpo maçônico, nacional ou estrangeiro;
II – manterá relações de fraternidade com outras Potências Ma-
çônicas regulares e universais, desde que observem os seguintes
princípios fundamentais:
a) professem a crença no Grande Arquiteto do Universo,
como condição primordial à iniciação de candidatos em
suas Lojas;
b) tenham regularidade e legitimação de origem e sua fun-
dação provenha, no mínimo, de 3 (três) Lojas Simbólicas
regulares;
c) mantenham as 3 (três) Grandes Luzes da Maçonaria:
- o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso -, sem-
pre presentes em todas as reuniões e Ritos Maçônicos do

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Alto Corpo e de suas Lojas, e incorporem ao cerimonial do


Terceiro Grau a Lenda de Hiram;
d) prestem os juramentos sobre o Livro da Lei Sagrada;
e) reconheçam obediência aos Landmarks e aos Usos e
Costumes tradicionais da Ordem, devendo a Potência Ma-
çônica ter jurisdição soberana sobre suas Lojas, Entidades
Subsidiárias e os 3 (três) Graus Simbólicos.
III – nomeará Grandes Representantes junto a outras Potências
Maçônicas, acolhendo em seu seio os Grandes Representantes que
REGULAMENTO GERAL

essas designarem.
§ 1º Os preceitos deste artigo, a Declaração de Princípios e o
Decálogo dos Maçons, dispostos na Seção II, Capítulo I, Título I, da
Constituição, serão obrigatoriamente observados na GLOMARON e
em todas as Lojas de sua obediência como normas fundamentais da
Ordem Maçônica Universal.
§ 2º A Declaração de Princípios e o Decálogo do Maçom serão
informados ao iniciado antes de prestar o seu compromisso.
Art. 8º A GLOMARON, como órgão supremo de sua jurisdição,
é constituída das Lojas Maçônicas e Entidades Subsidiárias a ela as-
sociadas e filiadas nos termos do art. 5º, da Constituição.
Art. 9º As Lojas jurisdicionadas, respeitadas a Constituição e
os Rituais e normas do Simbolismo, são independentes, harmônicas
e iguais em direitos e deveres, sendo obrigadas ao cumprimento das
normas legais emanadas da GLOMARON.
Parágrafo único. É vedada a discussão de ordem político-par-
tidária ou de natureza sectária religiosa nas reuniões de suas Lojas.
Art. 10. O povo maçônico da GLOMARON compreende a reu-
nião de todos os seus Obreiros cadastrados, que formam um centro
único e homogêneo de trabalhos dedicados ao progresso espiritual,
social, moral e intelectual da humanidade.
Parágrafo único. Os direitos e os deveres do povo maçônico
e da GLOMARON, são os constantes da Constituição, deste Regula-
mento Geral e das normas legais deles emanados.
Art. 11. São objetivos e finalidades da GLOMARON, como asso-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ciação civil constituída nos termos dos arts. 2º e 5º da Constituição, ser


uma instituição de trabalho dedicada ao progresso espiritual, social,
moral e intelectual do povo maçônico e da humanidade, buscando:
I – a instrução e a orientação de seus Obreiros, pelos sublimes
princípios da Ordem, para que reúnam condições essenciais de atin-
gir, através do autoconhecimento, o aperfeiçoamento, a fim de partici-
parem da obra destacada à maçonaria;
II – a prática da assistência social, filantrópica, cultural, educa-
cional e cívica;

REGULAMENTO GERAL
III – opor-se sistematicamente à opressão e à violência, rece-
bendo em seu seio homens livres e de bons costumes, sem distinção
de raça, cor ou crença religiosa, reunindo-os sob a égide da sublime
trilogia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade; e,
IV – o respeito às leis do País, à família e ao direito alheio, como
expressão fidedigna de autorrealização nos planos material e trans-
cendental.

Seção II
Dos Rituais, dos Ritos e da Mudança de Rito

Art. 12. Os Rituais definem os procedimentos em Loja.


Art. 13. A GLOMARON admite como legítimos os Ritos Escocês
Antigo e Aceito, York (Sistema Ritualístico Americano) e o Schröder.
§ 1º A GLOMARON adotará em suas Assembleias Gerais, ordi-
nárias e extraordinárias, o rito da Loja que a sediar.
§ 2º As sessões das Lojas da jurisdição e do Alto Corpo, em
qualquer dos ritos indicados no caput deste artigo, limitar-se-ão aos
graus simbólicos de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre, este úl-
timo com a plenitude dos direitos maçônicos, e também das reuniões
do Conselho de Mestres Instalados ou Venerável Colégio.
Art. 14. É facultado às Lojas da Obediência mudar de Rito, dia e
horário da execução de seus trabalhos, desde que solicitem a anuên-
cia da GLOMARON, em petição acompanhada dos seguintes docu-
mentos:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – cópia da ata da sessão em que foi deliberada a mudança com


aprovação de pelo menos 2/3 dos membros da Loja;
II – comprovação de quitação de débitos perante a Grande Se-
cretaria de Finanças;
III – relação dos Obreiros que participaram da sessão em que foi
deliberada a mudança.
Parágrafo único. Se deferido o pedido, a Loja procederá a adap-
tação ou edificação do Templo de acordo com o novo Rito adotado.
REGULAMENTO GERAL

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇAO DOS PODERES

Art. 15. São poderes da GLOMARON, distintos e harmônicos


entre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
§ 1º As Grandes Lojas adotam em nível nacional o princípio con-
federativo, através da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil
(CMSB).
§ 2º Em nível local, a GLOMARON adota o princípio federativo.

CAPÍTULO I
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Da Alta Administração da GLOMARON

Art. 16. O Poder Executivo é exercido pelo Grão-Mestre, Grão-


Mestre Adjunto, e pelos órgãos auxiliares e de assessoramento men-
cionados no art. 11 da Constituição, compondo a Alta Administração
da GLOMARON, a saber:
I – Grandes Secretarias Executivas;
II – Comissões;
III – Grande Conselho Maçônico;
IV – Conselho Permanente;
V – Conselho de Mestres Instalados; e,
VI – Entidades Subsidiárias.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
Das Atribuições do Grão-Mestre e do
Grão-Mestre Adjunto

Art. 17. Além das atribuições fixadas no art. 15 da Constituição,


competem, ainda, ao Grão-Mestre:
I – autorizar a incorporação e a fusão das Lojas regularmente
instaladas ou filiadas;
II – prover o soerguimento de Lojas adormecidas;

REGULAMENTO GERAL
III – decidir questões de ordem nas Assembleias Gerais;
IV – decidir e assinar juntamente com o Venerável Mestre a cria-
ção e adoção de capítulos da Ordem DeMolay, Bethéis das Filhas de
Jó e outras entidades paramaçônicas e organizações aliadas à Maço-
naria que sejam regulares e reconhecidas;
V – autorizar e presidir sessões de reconhecimento conjugal,
adoção de Lowtons, lançamento de pedra fundamental, sagração de
Templos e outras do Ritual Especial, podendo, se for o caso, delegar
a presidência dos trabalhos;
VI – autorizar e conceder juntamente com o Venerável Mestre, o
título de Venerável Mestre de Honra das Lojas jurisdicionadas, obede-
cendo aos critérios estabelecidos neste Regulamento Geral;
VII – acolher Maçons exilados ou Potências Maçônicas regula-
res e reconhecidas;
VIII – conceder o título de Grão-Mestre de honra a Grão-Mestres
ou Ex-Grão-Mestres de Potências Maçônicas regulares e reconheci-
das;
IX – conceder isenção das taxas de iniciação a Sênior DeMolay
e Lowtons, que tenham até 24 anos de idade civil, bem como descon-
to de 50% no valor da per capita nos primeiros 5 (cinco) anos, desde
que os mesmos estejam cursando graduação ou pós-graduação (es-
pecialização, mestrado ou doutorado) e tenham participação efetiva
no Conselho Consultivo dos Capítulos, cargo no Grande Conselho
Estadual (GCE) ou ainda atuação pro ativa na Ordem DeMolay com
assiduidade; e

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

X – regulamentar as questões controvertidas sobre a adminis-


tração e a liturgia da GLOMARON, bem como os casos omissos da
legislação maçônica;
Parágrafo único. O Grão-Mestre, quando necessário, poderá
ainda ser investido de outras atribuições que lhe forem conferidas pela
Assembleia Geral, através de lei ou resolução.
Art. 18. O Grão-Mestre Adjunto, além das atribuições previstas
no art. 18 da Constituição, poderá assinar, por delegação do Grão-
Mestre, a movimentação das contas bancárias, juntamente com o
REGULAMENTO GERAL

Grande Secretário de Finanças ou seu Adjunto.


Parágrafo único. O Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto são
isentos de qualquer contribuição pecuniária ou frequência na jurisdi-
ção.
Seção III
Dos Grão-Mestres Ad Vitam e dos
Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam

Art. 19. Os Grão-Mestres Ad Vitam, os Grão-Mestres Adjuntos


Ad Vitam são isentos de qualquer contribuição pecuniária ou frequên-
cia na jurisdição.
Art. 20. Os paramentos utilizados na jurisdição da GLOMARON
serão os indicados no Manual de Paramentos da Confederação da
Maçonaria Simbólica do Brasil - CMSB.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES E DE ASSESSORAMENTO
Seção I
Das Grandes Secretarias Executivas

Art. 21. As Grandes Secretarias Executivas, órgãos da estrutura


administrativa do Executivo, de assessoramento do Grão-Mestrado,
são criadas, extintas, transformadas e readaptadas, consoante o art.
21, da Constituição, mediante Decreto do Grão-Mestre.
Art. 22. Ficam instituídas nos termos deste Regulamento Geral

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

as seguintes Grandes Secretarias Executivas:


I – Grande Secretaria de Relações Interiores;
II – Grande Secretaria de Relações Exteriores;
III – Grande Secretaria de Finanças;
IV – Grande Secretaria de Comunicação Social;
V – Grande Secretaria de Relações Públicas;
VI – Grande Secretaria de Coordenação e Planejamento;
VII – Grande Secretaria de Obras e Projetos;
VIII – Grande Secretaria de Tecnologia;

REGULAMENTO GERAL
IX – Grande Secretaria de Relações Paramaçônicas;
X – Grande Secretaria de Administração;
XI – Grande Secretaria de Patrimônio;
XII – Grande Secretaria de Ritualística;
XIII – Grande Secretaria de Biblioteca e História; e,
XIV – Grande Secretaria de Gabinete.
§ 1º As Grandes Secretarias Executivas terão Grandes Subse-
cretários de livre nomeação e exoneração do Grão-Mestre.
§ 2º As Grandes Secretarias Executivas deverão elaborar e en-
caminhar até o final do mês de fevereiro, ao Grão-Mestre, relatório das
atividades da Secretaria, do exercício anterior.
Art. 23. É vedada a acumulação de cargos de Grandes Secre-
tários Executivos com outros cargos dos Poderes Legislativo e Judi-
ciário.
Art. 24. Compete a Grande Secretaria de Relações Interiores:
I – supervisionar o relacionamento da GLOMARON com as Lo-
jas e Entidades Subsidiárias jurisdicionadas;
II – receber, abrir, despachar e expedir toda a correspondência
de sua atribuição, com audiência do Grão-Mestre, dando-lhes o devi-
do destino;
III – corresponder-se diretamente em nome do Grão-Mestre,
com os integrantes da Alta Administração da GLOMARON, com os
Veneráveis Mestres e Secretários das Lojas, sobre assuntos adminis-
trativos;
IV – ter sob sua guarda, devidamente atualizado, o quadro ge-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ral das Lojas jurisdicionadas, com os seguintes informes: número de


ordem, título distintivo, data de fundação, endereço completo e atuali-
zado da sede social e da Diretoria da Oficina e outros;
V – ter sob sua guarda todos os livros e documentos da sua
pasta;
VI – registrar a entrada e a saída de documentos de sua compe-
tência, títulos e exemplares de Rituais, observadas as datas de apre-
sentação;
VII – numerar, selar, timbrar, registrar, notificar ou publicar os
REGULAMENTO GERAL

documentos emanados do Grão-Mestrado;


VIII – preparar os processos administrativos;
IX – assinar em conjunto com o Grão-Mestre, decretos, atos,
portarias, diplomas e demais documentos da Grande Secretaria de
Relações Interiores;
X – convocar, por determinação do Grão-Mestre, as Assembleias
da GLOMARON, promovendo a divulgação e publicação dos respecti-
vos Editais de Convocação no Boletim Informativo, com antecedência
de 10 (dez) dias úteis;
XI – expedir, após a confirmação do pagamento das taxas res-
pectivas e materiais, os seguintes documentos, depois de aprovados
pelo Grão-Mestre:
a) Placet de Iniciação, Elevação, Exaltação, Instalação, Filia-
ção, Regularização e Transferência;
b) identidade maçônica; e,
c) certificados de Aprendiz e Companheiro e diplomas de Mes-
tres Maçons.
XII – informar ao Grão-Mestre as irregularidades administrativas
identificadas nas Lojas da jurisdição;
XIII – solicitar aos Veneráveis Mestres, Oradores e aos Secretá-
rios das Lojas informações, copias de atas e outros documentos ne-
cessários ao desempenho de suas funções;
XIV – praticar os atos de gestão necessários ao controle de pes-
soal administrativo vinculado à sua pasta;
XV – remeter a Palavra Semestral, cifrada, às Lojas jurisdicio-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

nadas;
XVI – dar cumprimento aos despachos do Grão-Mestre e zelar
pelos materiais de expediente, identificações e Rituais do Simbolismo,
confiados à sua guarda;
XVII – comunicar ao Grande Secretário de Finanças, os valores
e documentos que devam ser exigidos das Lojas e seus Obreiros;
XVIII – não permitir, sem autorização do Grão-Mestre, a saída
de documentos pertencentes ao cadastro dos maçons;
XIX – auxiliar o Grão-Mestre na elaboração de relatórios e pro-

REGULAMENTO GERAL
jetos da GLOMARON;
XX – exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo
Grão-Mestre, bem como as que lhe são conferidas pela Constituição,
por este Regulamento, pela legislação maçônica e pelos Rituais.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Relações
Interiores compete:
I – assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta
em suas faltas, licenças ou impedimentos;
II – organizar e manter atualizado o Cadastro Geral dos Obreiros
da GLOMARON;
III – escriturar no Livro Negro, as rejeições de profanos e as sus-
pensões e expulsões de Obreiros;
IV – ter sob sua guarda a Carta Constitutiva da GLOMARON; e,
V – exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo
Grão-Mestre.
Art. 25. Compete a Grande Secretaria de Relações Exteriores:
I – registrar os Grandes Representantes das Potências Regula-
res com as quais a GLOMARON mantenha relações e reconhecimen-
tos;
II – arquivar os convênios e acordos celebrados entre a GLOMA-
RON e outras Potências maçônicas;
III – manifestar-se sobre assuntos pertinentes aos processos de
reconhecimentos e intercâmbios com Potências Maçônicas;
IV – corresponder-se com as Potências Maçônicas nacionais e
estrangeiras e suas Lojas jurisdicionadas;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

V – opinar nos processos de concessão de Asilo Maçônico;


VI – expedir passaporte maçônico;
VII – ativar relacionamentos exteriores;
VIII – exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo
Grão-Mestre, bem como as que lhe são conferidas pela Constituição,
por este Regulamento, pela legislação maçônica e pelos Rituais.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Relações Exte-
riores compete:
I – assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta
REGULAMENTO GERAL

em suas faltas, licenças ou impedimentos;


II – organizar e manter atualizado os arquivos de correspondên-
cias e Cadastro Geral das Potências com as quais a GLOMARON
mantém relacionamento;
III – promover a tradução para o vernáculo e a versão das cor-
respondências recebidas e expedidas, tratados e convênios que man-
ter com Potências nacionais e estrangeiras; e,
IV – exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo
Grão-Mestre.
Art. 26. Compete à Grande Secretaria de Finanças, como depo-
sitária fiel e responsável pelos recursos monetários da GLOMARON:
I – superintender os trabalhos da Grande Tesouraria e empe-
nhar-se no pagamento pontual das obrigações devidas pela GLOMA-
RON, além daquelas de natureza fiscal, trabalhista, previdenciária,
alugueis, contas telefônicas, de energia elétrica, água, correios, inter-
net, de terceiros, e outras, desde que haja fundos suficientes;
II – providenciar, mensalmente, os balancetes da situação eco-
nômico-financeiro da GLOMARON e o Balanço Geral de Encerramen-
to do exercício financeiro para a análise do Conselho Fiscal;
III – efetuar a escrituração, registro e controle dos pagamentos
efetuados pelas Lojas e Entidades Subsidiárias jurisdicionadas e dos
maçons, mantendo-os atualizados;
IV – elaborar até o último dia útil de novembro a Proposta Or-
çamentária e a Tabela de Taxas e Emolumentos para o ano financeiro
seguinte;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

V – arrecadar e recolher a estabelecimento bancário previamen-


te designado pelo Grão-Mestre, os recursos financeiros da GLOMA-
RON;
VI – efetuar os pagamentos autorizados pelo Grão-Mestre;
VII – processar e classificar as contas da GLOMARON segundo
o Plano de Contas estabelecido e as dotações orçamentárias;
VIII – organizar a documentação da Tesouraria e encaminhá-la,
mensalmente, à Contabilidade;
IX – manter correspondência com as Lojas e Entidades Sub-

REGULAMENTO GERAL
sidiárias jurisdicionadas, em assuntos ligados diretamente à Grande
Tesouraria;
X – organizar e manter o controle dos débitos das Lojas, Entida-
des Subsidiárias jurisdicionadas e dos Obreiros, para com a GLOMA-
RON, cobrando, quando for o caso, os débitos pendentes;
XI – informar ao Grão-Mestre, para as providências regulamen-
tares, as Lojas que, sem justificativas, deixarem de recolher à GLO-
MARON, pelo prazo de 3 (três) meses as contribuições ordinárias e
extraordinárias a que se obriguem;
XII – conferir os balancetes e o balanço anual da GLOMARON,
com a conciliação das contas;
XIII – ter atualizado, diariamente, todo o movimento financeiro
da GLOMARON;
XIV – ter em caixa dinheiro apenas para as despesas de pronto
pagamento e até o limite de 30 (trinta) VRM, Valor de Referência Ma-
çônica;
XV – assinar, em conjunto com o Grão-Mestre ou Grão-Mestre
Adjunto, os cheques e ordens de pagamentos emitidos pela GLOMA-
RON;
XVI – apresentar, na época própria, à Receita Federal e Bancos,
a Declaração do Imposto de Renda da GLOMARON, assinada pelo
Grão-Mestre;
XVII – propor, ao Grão-Mestre, medidas de conveniência para a
melhor arrecadação dos recursos financeiros devidos à GLOMARON;
e,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XVIII – exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo


Grão-Mestre, bem como as que lhe são conferidas pela Constituição,
por este Regulamento, pela legislação maçônica e pelos Rituais.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Finanças com-
pete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta em
suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 27. Compete a Grande Secretaria de Comunicação Social:
I – dirigir o noticiário da GLOMARON, através de revista, bole-
tim, periódico ou opúsculo, livros e sítio eletrônico da Grande Loja;
REGULAMENTO GERAL

II – divulgar entre os Maçons, o trabalho da GLOMARON e das


Oficinas jurisdicionadas;
III – acompanhar os serviços gráficos;
IV – convidar Obreiros para auxiliá-lo nas publicações da GLO-
MARON;
V – fazer distribuir as publicações da GLOMARON por entre as
demais Potências Maçônicas, através da Grande Secretaria de Rela-
ções Exteriores;
VI – ter sob sua guarda, todos os arquivos, inclusive em meio
eletrônico, dados à publicidade; e,
VII – preparar matérias jornalísticas sobre eventos da GLOMA-
RON, das Lojas Jurisdicionadas e das Entidades Subsidiárias, enca-
minhando para a publicação nos meios de comunicação do Estado.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Comunicação
Social compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da
pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 28. Compete à Grande Secretaria de Relações Públicas:
I – manter-se em contato com as Lojas da Obediência;
II – entrelaçar o melhor relacionamento possível entre os Obrei-
ros da Arte Real;
III – fazer-se presente nas comemorações festivas das Lojas ju-
risdicionadas;
IV – manter atualizado o calendário de aniversariantes, casa-
mento, filiação, elevação e exaltação, expedindo-se o necessário nas
datas comemorativas respectivas;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

V - informar mensalmente, por escrito, ao Sereníssimo Grão-


Mestre o resultado de suas atividades maçônicas;
VI – manter contato e promover a aproximação da GLOMARON
com as instituições públicas e privadas, autoridades constituídas e a
sociedade em geral; e,
VII – acompanhar, quando solicitado, os assuntos dos Maçons
junto aos órgãos e autoridades constituídas.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Relações Pú-
blicas compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da

REGULAMENTO GERAL
pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos;
Art. 29. Compete à Grande Secretaria de Coordenação e Pla-
nejamento:
I – coordenar as atividades de planejamento estratégico, tático e
operacional de atuação da GLOMARON;
II – efetivar pesquisa de dados e informações, sua consolidação
e divulgação sistemática entre a GLOMARON e as Lojas;
III – proceder a análise e avaliação dos resultados das pesqui-
sas, sugerindo ao Grão-Mestre a adoção de medidas necessárias para
corrigir os problemas detectados, bem como ações que fortaleçam e
dinamizem os princípios postulados pela Maçonaria;
IV – desenvolver parâmetros, ações e diretrizes visando uma
atuação coordenada das Grandes Secretarias e Entidades Subsidiá-
rias na busca do aperfeiçoamento dos índices encontrados nas pes-
quisas;
V – promover o controle, o acompanhamento e a avaliação sis-
temática do desempenho das atividades da GLOMARON e Lojas, na
consecução dos objetivos consubstanciados em seus planos, progra-
mas e orçamentos;
VI – coordenar com as Lojas jurisdicionadas, plano de trabalho
para o cumprimento da legislação vigente, em conjunto com a GLO-
MARON;
VII – formular, orientar e sugerir diretrizes relacionadas ao plane-
jamento anual e plurianual;
VIII – formular, analisar, acompanhar e controlar, no que couber,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

o processo de elaboração e execução do orçamento da GLOMARON;


IX – desenvolver planos de atuação para promover o crescimen-
to da GLOMARON no âmbito do Estado e junto à sociedade civil; e,
X – realizar, por delegação do Grão-Mestre, outras atividades
correlatas junto as Lojas e Entidades Subsidiárias.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Coordenação e
Planejamento compete assessorar e substituir o Grande Secretário
titular da pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos;
Art. 30. Compete à Grande Secretaria de Obras e Projetos:
REGULAMENTO GERAL

I – planejar, executar, fiscalizar e acompanhar a realização de


projetos e obras de infraestrutura, de edificações e de reformas;
II – realizar levantamentos, pesquisas de preços e/ou licitações
para obras e reformas;
III – fazer a gestão e fiscalização de obras em andamento;
IV – realizar vistorias técnicas e elaboração dos laudos respec-
tivos;
V – realizar estudos para composição de tabela de preços e cus-
tos para obras e serviços;
VI – elaborar planilhas de acompanhamento de obras e de de-
sembolso;
VII – efetuar estudos de viabilidade técnica;
VIII – realizar estudos e elaborar planos, programas e normas
de ação;
IX – opinar sobre estudos e projetos executados por terceiros;
X – analisar projetos e dar parecer técnico quando solicitado;
XI – participar da elaboração de cláusulas de natureza técnica
dos editais de concorrência;
XII – assessorar e acompanhar as atividades relativas a proces-
sos licitatórios e de contratação;
XIII – fiscalizar obras e serviços realizados por terceiros;
XIV – auxiliar a GLOMARON e Lojas da jurisdição na obtenção
de ART’s (Anotação de Responsabilidade Técnica – CREA) ou RRT’s
(Registro de Responsabilidade Técnica – CAU), alvarás e licenças
para construções e reformas; e,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XV – assessorar o Grão-Mestre e os Veneráveis Mestres quanto


ao planejamento, coordenação, controle e avaliação das atividades
desenvolvidas pela GLOMARON, relativas às obras.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Obras e Pro-
jetos compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da
pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 31. Compete à Grande Secretaria de Tecnologia:
I – manter o controle e zelar pelo perfeito funcionamento de to-
dos os hardwares e softwares da GLOMARON;

REGULAMENTO GERAL
II – manter o controle e a legalidade das licenças de softwares
utilizados pela GLOMARON;
III – adotar política de senhas;
IV – manter o controle de todas as senhas utilizadas na GLO-
MARON preservando o devido sigilo e a guarda delas em envelopes
lacrados e assinados pelo titular da pasta e o Grão-Mestre para pos-
terior guarda em cofre;
V – implementar políticas de boas práticas e segurança da infor-
mação, incluindo espelhamentos, backup, restore, planos de continui-
dade, controle de acessos e outros correlatos;
VI – criar, manter e estabelecer políticas sobre contas de e-mails;
VII – elaborar projetos para aquisição de hardwares e softwares,
indicando soluções e configurações que atendam às necessidades e
demandas da GLOMARON;
VIII – promover o desenvolvimento de softwares, buscando mini-
mizar as despesas com aquisições, contratações ou locações;
IX – gerenciar a criação e manutenção de home pages, bem
como manter os serviços aptos para receber as publicações necessá-
rias (banners, notícias, textos, imagens, etc.);
X – atender as demandas pertinentes a outras Grandes Secre-
tarias, Lojas, Entidades Subsidiárias, Poder Legislativo e Poder Judi-
ciário da GLOMARON; e,
XI – gerir os contratos dos serviços de hospedagem, DNS, domí-
nios, verificando os pagamentos e vencimentos das taxas respectivas.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Tecnologia com-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

pete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta em


suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 32. Compete a Grande Secretaria de Relações Parama-
çônicas:
I – sugerir, recomendar e acompanhar a criação de novas enti-
dades;
II – sugerir modelos de estatutos para as entidades que não pos-
suem atuação administrativa no âmbito estadual e/ou nacional;
III – manter o controle da documentação legal de todas as en-
REGULAMENTO GERAL

tidades paramaçônicas (Atos/Decretos de reconhecimento, Criação,


Extinção);
IV – manter em seus arquivos toda a documentação legal perti-
nente ao pleno funcionamento de cada entidade (Estatutos, Regimen-
tos internos);
V – manter atualizado o calendário de atividades, solicitando-os
anualmente e/ou semestralmente, sendo estes enviados pelas entida-
des estadual e/ou municipal;
VI – colaborar e contribuir para o perfeito funcionamento de de-
sempenho das atividades destas entidades;
VII – elaborar conteúdo programático no sentido de sanar as
dúvidas das Lojas Maçônicas quando houver interesse em criar uma
nova entidade;
VIII – sugerir normas e políticas de uso dos recursos da GLOMA-
RON por estas entidades;
IX – sugerir ao Grão Mestrado a aplicação de multas e/ou puni-
ções decorrentes de má conduta de qualquer destas entidades ou de
seus membros;
X – buscar o aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual dos
membros das entidades através de palestras, seminários, encontros
e outros;
XI – instruir as Lojas maçônicas patrocinadoras no sentido de
acompanhar direta e indiretamente as entidades que patrocinam;
XII – analisar, acompanhar e vistar todas as notas de despesas
da Grande Secretaria;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XIII – filtrar os assuntos destas entidades, quando encaminha-


das ao Grão Mestrado e as outras entidades da GLOMARON, servin-
do de elo de comunicação entre as entidades e o Grão Mestrado;
XIV – fazer cumprir a política administrativa e financeira sugeri-
da pela GLOMARON para estas entidades; e,
XV – controlar os gastos do Fundo de Participação Paramaçôni-
ca - FPP;
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Relações Para-
maçônica compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular

REGULAMENTO GERAL
da pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 33. Compete à Grande Secretaria de Administração, supe-
rintender, programar, organizar, coordenar e controlar os serviços ad-
ministrativos e assuntos de pessoal, nos limites de sua competência:
I – a execução de atividades relativas ao departamento de pes-
soal, abrangendo o controle funcional, fiscal e financeiro;
II – tomar conhecimento dos relatórios financeiros da Grande
Secretaria de Finanças, dentre eles os relativos aos recolhimentos
mensais dos encargos sociais, leis trabalhistas e outros tributos fede-
ral, estadual e municipal, incidentes sobre a folha de pagamento da
GLOMARON;
III – providenciar, nas épocas próprias, com o auxílio da Grande
Secretaria de Finanças, os certificados de regularidade fiscal e traba-
lhista;
IV – providenciar a contratação e renovação de seguros de veí-
culos e bens móveis e imóveis;
V – manter relacionamento constante com as Lojas Simbólicas
e Entidades Subsidiárias da Obediência da GLOMARON, visando a
obtenção do título de utilidade pública;
VI – realizar sobre a sua supervisão direta os processos de com-
pras e licitações de qualquer modalidade no âmbito da GLOMARON;
e,
VII – encaminhar as demandas e necessidades dos sistemas
informatizados junto à Grande Secretária de Tecnologia da GLOMA-
RON.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Administração


compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta
em suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 34. Compete a Grande Secretaria de Patrimônio, superin-
tender, programar, organizar, coordenar e controlar os materiais e pa-
trimônio, nos limites de sua competência:
I – tomar conhecimento dos relatórios financeiros da Grande
Secretaria de Finanças, dentre eles os relativos a aquisição de bens
móveis e imóveis da GLOMARON;
REGULAMENTO GERAL

II – cuidar da estocagem, distribuição e controle de material de


expediente, limpeza, consumo, peças, acessórios, combustíveis e lu-
brificantes, necessários ao funcionamento dos serviços administrati-
vos e de apoio às atividades da GLOMARON;
III – promover a manutenção dos veículos, máquinas e equipa-
mentos, visando a mantê-los em perfeito estado de conservação;
IV – manter controle da frota de veículos e de motoristas auto-
rizados, pagamento de taxas e impostos, controle de quilometragem,
manutenção, etc.;
V – promover a execução dos serviços relativos ao inventário,
arrolamento e cadastro dos bens móveis, imóveis, utensílios e maqui-
nários, mantendo atualizados os registros de todos os bens da GLO-
MARON;
VI – receber, conferir e cadastrar os bens móveis, solicitando
ao usuário as providências necessárias à sua regular conservação e
destinação;
VII – conferir, entregar e dar baixa nos bens alienados e inser-
víveis;
VIII – manter completo arquivo dos Termos de Empréstimos,
Doação, Transferências e outros documentos referentes à movimen-
tação de bens móveis;
IX – não permitir, sem autorização do Grão-Mestre, a saída de
bens móveis, veículos e equipamentos tombados, pertencentes à
GLOMARON;
X – realizar demonstrativos e balancetes das variações patrimo-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

niais relativas aos bens da GLOMARON;


XI – sugerir, solicitar e acompanhar os processos de aquisição,
cessão e alienação de bens imóveis;
XII – manter arquivo de escrituras, cartas de adjudicação, plan-
tas, croquis, e outros documentos relacionados com a aquisição, ces-
são e alienação de bens imóveis;
XIII – promover a confecção de plantas “as built” de todos os
prédios de propriedades da GLOMARON;
XIV – realizar pesquisas e atividades necessárias visando a le-

REGULAMENTO GERAL
galização dos imóveis da GLOMARON, com análise dos títulos de do-
mínio, inclusive a sua transcrição imobiliária;
XV – manter relacionamento constante com as Lojas Simbólicas
e Entidades Subsidiárias da Obediência da GLOMARON, visando à
escrituração e registro dos bens imóveis;
XVI – manter atualizado o tombamento dos bens móveis, uten-
sílios e alfaias da Grande Loja;
XVII – inventariar o patrimônio físico-financeiro da GLOMARON
no mês de fevereiro de cada ano;
XVIII – atestar o recebimento de bens e/ou serviços constantes
nas notas fiscais e encaminhar documentação para fins de liquidação
das despesas; e,
XIX – encaminhar as demandas e necessidades dos sistemas
informatizados junto à Grande Secretária de Tecnologia da GLOMA-
RON.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Patrimônio com-
pete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta em
suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 35. Compete à Grande Secretaria de Ritualística:
I – promover as alterações e adequações nos Rituais adotados
pela GLOMARON;
II – promover a educação ritualística no âmbito da GLOMARON
buscando a unificação das práticas ritualísticas;
III – realizar estudos, instruções, práticas, palestras e seminários
buscando a difusão dos ritos e rituais adotados pela GLOMARON;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

IV – realizar atividades junto às Comissões de Liturgia e Ritua-


lística das Lojas jurisdicionadas e com o Centro Educacional Maçônico
(CEM) visando dar cumprimento aos itens “II” e “III”.
§ 1º A Grande Secretaria de Ritualística poderá ter em sua estru-
tura um Grande Subsecretário para cada Rito adotado na jurisdição.
§ 2º Ao Grande Subsecretário de Ritualística compete asses-
sorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta em suas faltas,
licenças ou impedimentos.
Art. 36. Compete à Grande Secretaria de Biblioteca e História:
REGULAMENTO GERAL

I – indicar e solicitar a aquisição de livros, revistas e periódicos;


II – realizar o tombamento dos mesmos com o devido lançamen-
to em sistema informatizado;
III – controlar os empréstimos e devoluções;
IV – organizar, catalogar e arquivar os brindes e mimos recebi-
dos pela Grande Loja;
V – cuidar da limpeza e organização de todos os itens colocados
a sua responsabilidade;
VI – manter em perfeita ordem o arquivo documental e histórico
da GLOMARON;
VII – promover a divulgação do acervo aos Irmãos da jurisdição;
VIII – promover e criar mecanismos de divulgação da história da
GLOMARON, de suas Lojas e das Entidades Subsidiárias;
IX – solicitar peças de arquiteturas das Lojas Jurisdicionadas e
montar arquivo disponibilizando, se possível, em formato digital;
X – manter arquivo documental de todas as atas das Soberanas
Assembleias Gerais, Grande Conselho Maçônico, Conselho Perma-
nente e Conselho de Mestres Instalados da GLOMARON; e,
XI – orientar e auxiliar as Lojas da Jurisdição na sua área de
atuação e conhecimento.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Biblioteca e His-
tória compete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da
pasta em suas faltas, licenças ou impedimentos.
Art. 37. A Grande Secretaria de Gabinete tem por finalidade
coordenar as atividades inerentes aos serviços de apoio e assessora-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

mento ao Grão-Mestre com vista ao efetivo desempenho e funciona-


mento do gabinete, com as seguintes atribuições:
I – assistir ao Grão-Mestre em suas representações políticas e
social;
II – redigir todos os atos decorrentes de ordens e decisões do
Grão-Mestre;
III – planejar, elaborar e organizar a agenda de trabalho do Grão-
Mestre auxiliando-o no preparo dos documentos a serem submetidos
às autoridades constituídas e à sociedade em geral;

REGULAMENTO GERAL
IV – elaborar, coordenar, editar e divulgar o boletim interno da
GLOMARON;
V – organizar e dar andamento às correspondências e aos docu-
mentos encaminhados ao Grão-Mestre;
VI – receber e encaminhar informações, reclamações, críticas,
elogios ou sugestões sobre o desempenho das atividades da Grande
Loja;
VII – articular as relações e ligações entre o Grão-Mestre e as
demais Grandes Secretarias, bem como às entidades subsidiárias vi-
sando dar vazão às demandas do gabinete;
VIII – responsabilizar-se pelo cerimonial e eventos do Grão-Mes-
tre;
IX – manter atualizado o registro das concessões de títulos, hon-
rarias e condecorações; e,
X – facilitar a comunicação, aproximação e relacionamento da
GLOMARON com as Lojas da Jurisdição.
Parágrafo único. Ao Grande Subsecretário de Gabinete com-
pete assessorar e substituir o Grande Secretário titular da pasta em
suas faltas, licenças ou impedimentos.

Seção II
Das Comissões Especiais

Art. 38. O Grão-Mestre, sempre que se fizer necessário, a seu


critério, poderá, nos termos do art. 22, da Constituição, constituir Co-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

missões Especiais e Assessorias para estudo e apresentação de pa-


recer em matéria de sua competência.
§ 1º As Comissões e Assessorias tratadas neste artigo, pelo seu
caráter temporário e transitório, terão no ato de sua criação, a desig-
nação dos nomes que a comporão e o seu Presidente, e também a
definição de sua finalidade e a determinação do prazo para o encerra-
mento e entrega dos relatórios conclusivos de suas atividades.
§ 2º Na impossibilidade de conclusão do trabalho no prazo assi-
nalado, o Presidente da Comissão deverá solicitar ao Grão-Mestre a
REGULAMENTO GERAL

sua dilatação, justificando expressamente os motivos da solicitação.

Seção III
Do Grande Conselho Maçônico

Art. 39. O Grande Conselho Maçônico compõem-se do Grão-


Mestre, do Grão-Mestre Adjunto, dos Grão-Mestres Ad Vitam e dos
Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam, tendo por tratamento Egrégio Con-
selho e será convocado pelo Grão-Mestre, que o presidirá, em reunião
administrativa, podendo ser reservada.
§ 1º Incumbe ao Grande Conselho Maçônico, como órgão de
apoio e de assessoramento geral do Grão-Mestrado, emitir parecer
em assuntos considerados de alta relevância para o funcionamento da
GLOMARON, sempre que solicitado pelo Grão-Mestre ou pelo Conse-
lho Permanente.
§ 2º Incumbe ainda ao Grande Conselho Maçônico, zelar para
que seja mantido na Ordem o clima de harmonia, a paz e a prosperi-
dade.
Seção IV
Do Conselho Permanente

Art. 40. O Conselho Permanente, órgão de assessoria geral do


Grão-Mestrado para assuntos de ordem financeira e orçamentária é
constituído do Grão-Mestre, do Grão-Mestre Adjunto, dos Veneráveis
Mestres e dos Presidentes das Entidades Subsidiárias da GLOMARON.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 1º As reuniões administrativas do Conselho Permanente se-


rão convocadas e presididas pelo Grão-Mestre, que designará um dos
presentes para secretariar.
§ 2º O Conselho Permanente reunir-se-á com a presença míni-
ma de sete de seus membros e as suas deliberações serão aprovadas
pela maioria simples dos presentes à reunião, cabendo ao presidente
o voto de desempate;
§ 3º Emitir parecer em assuntos, de sua competência, conside-
rados de alta relevância para o funcionamento da GLOMARON, sem-

REGULAMENTO GERAL
pre que solicitado pelo Grão-Mestre.
Art. 41. O Grão-Mestre será substituído em suas faltas, licenças,
afastamentos, impedimentos e suspeição na forma do § 3º, do art. 16,
da Constituição, e os Veneráveis Mestres das Lojas serão igualmen-
te substituídos, consoante o disposto no § 2º, do art. 85, da mesma
Constituição.
Art. 42. Compete ao Conselho Permanente:
I – emitir parecer em assuntos, de sua competência, considera-
dos de alta relevância para o funcionamento da GLOMARON, sempre
que solicitado pelo Grão-Mestre;
II – propor os valores das taxas e emolumentos devidos à GLO-
MARON, pelas Lojas e Entidades subsidiárias da jurisdição;
III – aprovar, anualmente, o valor da taxa de regularidade das
Lojas e Entidades subsidiárias jurisdicionadas;
IV – fixar o Valor de Referência Maçônico (VRM) para efeito de
cobrança das taxas e emolumentos devidos à GLOMARON;
V – recomendar os valores mínimo e máximo das taxas de ini-
ciação e outras devidas às Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsi-
diárias;
VI – aprovar a Tabela de valores de representação e diárias da
GLOMARON;
VII – fixar a remuneração do pessoal das Grandes Secretarias
Executivas;
VIII – homologar o valor dos contratos de locação dos imóveis
pertencentes à GLOMARON;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

IX – manifestar-se previamente quando da contratação de em-


préstimos e financiamentos pela GLOMARON;
X - propor sanções às Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsi-
diárias que deixem de cumprir regularmente suas obrigações financei-
ras com a Ordem;
XI – escolher, na forma do § 3º, do art. 127, da Constituição, a
lista tríplice dos Mestres Instalados concorrentes ao Cargo de Grão-
Mestre Adjunto;
XII – orientar as Lojas jurisdicionadas e Entidades Subsidiárias
REGULAMENTO GERAL

em assuntos de ordem financeira e orçamentária; e,


XIII – desincumbir-se das tarefas que lhe forem conferidas pela
Assembleia Geral e pelo Grão-Mestrado, oferecendo relatórios e pa-
receres conclusivos em matéria de sua competência.
Art. 43. As Lojas e Entidades Subsidiárias jurisdicionadas toma-
rão conhecimento das deliberações do Conselho Permanente através
dos seus Veneráveis Mestres e Presidentes, titulares ou substitutos.
Art. 44. As atas do Conselho Permanente serão redigidas, re-
gistradas e divulgadas pelo secretário nomeado para a reunião, que
as assinará juntamente com os demais membros, encarregando-se,
ainda, do cumprimento das demais solicitações dos seus integrantes.
Art. 45. Os Grandes Secretários Executivos e os Juízes do Tri-
bunal de Justiça Maçônico poderão comparecer às reuniões sem di-
reito a voto.
Art. 46. O expediente do Conselho Permanente é da responsa-
bilidade do seu Presidente.

Seção V
Do Conselho de Mestres Instalados

Art. 47. O Conselho de Mestres Instalados, consoante o art. 25,


da Constituição, é constituído pelo Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto
e por todos os Mestres Instalados, regulares e em atividade nas Lojas
jurisdicionadas.
§ 1º O Conselho de Mestres Instalados é órgão de assessora-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

mento do Grão-Mestrado em matéria administrativa, ritualística e fi-


losófica do Simbolismo, e de uniformização dos trabalhos das Lojas
jurisdicionadas.
§ 2º As reuniões do Conselho de Mestres Instalados poderão ser
ritualísticas ou administrativas.
Art. 48. Compete ao Conselho de Mestres Instalados:
I – estudar e emitir parecer sobre modificações nos rituais, por
proposta da Assembleia Geral, por iniciativa do Grão-Mestre, ou por
1/10 (um décimo) das Lojas da jurisdição;

REGULAMENTO GERAL
II – responder às consultas sobre liturgia e ritualística formula-
das pelo Grão-Mestre;
III – orientar as Lojas jurisdicionadas em assuntos de sua com-
petência;
IV – incumbir-se, como objeto de estudo permanente, dos as-
suntos relativos à liturgia e ritualística da Maçonaria Universal; e,
V – desincumbir-se das tarefas que lhes forem conferidas pela
Assembleia Geral e pelo Grão-Mestre, oferecendo relatórios e parece-
res conclusivos em matéria de sua competência.
Art. 49. O Conselho de Mestres Instalados será convocado e
presidido pelo Grão-Mestre, com antecedência mínima de 8 (oito) dias
úteis, juntamente com a sua pauta de trabalho.
§ 1º As reuniões do Conselho de Mestres Instalados, quando
ritualísticas, serão realizadas conforme Ritual próprio e as suas deli-
berações serão aprovadas pela maioria simples.
§ 2º A composição e atribuição dos cargos nas sessões do Con-
selho de Mestres Instalados estão definidas no seu Ritual.
§ 3° O Presidente do Conselho de Mestres Instalados terá ape-
nas direito ao voto de desempate.
§ 4º As convocações e atas do Conselho de Mestres Instala-
dos serão redigidas, registradas e divulgadas pelo Grande Secretário
de Relações Interiores, Mestre Instalado, que as assinará juntamente
com os demais Membros, encarregando-se, ainda, do cumprimento
das demais solicitações dos seus integrantes.
§ 5º O Grande Secretário de Relações Exteriores, Mestre Insta-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

lado, atuará como Chanceler perante o Conselho.


Art. 50. O Grão-Mestre será substituído em suas faltas, licen-
ças, afastamentos, impedimentos e suspeição na forma do § 3º, do
art. 16, da Constituição.
Art. 51. As Lojas Simbólicas poderão reunir seus Conselhos de
Mestres Instalados, com a mesma finalidade, sob a presidência do
Venerável Mestre.

Seção VI
REGULAMENTO GERAL

Das Entidades Subsidiárias

Art. 52. A GLOMARON desenvolverá seu trabalho educacional,


filantrópico, social, recreativo, desportivo, beneficente e assistencial,
através das seguintes Entidades Subsidiárias, instituídas nos termos
deste Regulamento Geral:
I – Centro Maçônico de Dispensário – CEMADIS;
II – Centro Maçônico de Assistência à Saúde – CEMAS;
III – Centro Maçônico de Treinamentos Especializados – CEMTE;
IV – Centro Maçônico de Educação e Cultura – CEMEC;
V – Centro Maçônico de Serviços Comunitários – CEMASCO;
VI – Centro Maçônico de Desporto e Recreação – CEMADER; e,
VII – Associação Maçônica de Assistência – AMARO;
Art. 53. As Entidades Subsidiárias serão criadas, extintas, trans-
formadas ou readaptadas por Lei, de iniciativa do Grão-Mestre. Embo-
ra supervisionadas pela Assembleia Geral e pelo Grão-Mestre, terão
plena autonomia econômica, financeira e administrativa, nos limites da
Constituição e deste Regulamento Geral.
Art. 54. O Grão-Mestre poderá decretar intervenção nas Enti-
dades Subsidiárias, sempre que houver descumprimento da Consti-
tuição, deste Regulamento Geral, dos seus estatutos, dos preceitos
básicos da maçonaria universal e demais normas e determinações
legais do Grão-Mestrado e da Assembleia Geral.
Art. 55. O Centro Maçônico de Dispensário – CEMADIS tem por
finalidade prestar assistência à família maçônica da Jurisdição na ob-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

tenção de atendimento médico e de medicação prescrita, nos limites


de sua competência e capacidade, auxiliando nos encaminhamentos
legais.
Art. 56. O Centro Maçônico de Assistência à Saúde – CEMAS
tem por finalidade prestar assistência à família maçônica da Jurisdi-
ção nos acompanhamentos médicos hospitalares, encaminhamentos,
consultas, exames médicos e laboratoriais, internações, obtenção de
equipamentos de necessidades especiais de locomoção nos limites
de sua competência e capacidade.

REGULAMENTO GERAL
Art. 57. O Centro Maçônico de Treinamentos Especializados –
CEMTE tem por finalidade facilitar ou prover o acesso a cursos e trei-
namentos, profissionalizantes ou não, nas diversas áreas de conhe-
cimento, visando a capacitação e a inserção no mercado de trabalho
dos membros da família maçônica.
Art. 58. O Centro Maçônico de Educação e Cultura – CEMEC
tem por finalidade promover o crescimento moral, espiritual e intelec-
tual dos Maçons da jurisdição, através da promoção de seminários,
encontros, cursos, sessões, palestras, estudos dirigidos, aulas e ou-
tros correlatos, de forma presencial ou virtual.
Art. 59. O Centro Maçônico de Serviços Comunitários – CE-
MASCO tem por finalidade promover a aproximação da GLOMARON
no seio das comunidades locais, estreitando laços, promovendo even-
tos, encontros, campanhas, parcerias e convênios com instituições de
bairros e assistenciais, objetivando minimizar o sofrimento e necessi-
dades dos rondonienses.
Art. 60. O Centro Maçônico de Desporto e Recreação – CEMA-
DER tem por finalidade promover o desporto e a recreação no âmbito
da GLOMARON, realizando eventos que integrem a família maçônica,
seminários e palestras que motivem a prática do desporto e lazer.
Art. 61. A Associação Maçônica de Assistência – AMARO tem
por finalidade prestar assistência aos Maçons e familiares através de
auxílios, pecúlio maçônico, seguro de vida ou outro, nos limites da sua
competência, conforme estabelecido em seu estatuto.
Parágrafo único. Todo Maçom ativo da Obediência da GLO-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

MARON deve, obrigatoriamente, contribuir com o pecúlio maçônico,


cabendo à Loja jurisdicionada providenciar as respectivas inscrições,
cobrança e recolhimento, nas épocas próprias, dos valores arrecada-
dos dos seus obreiros.
Art. 62. Os estatutos e funcionamento das Entidades Subsidiá-
rias deverão ser formalizados de acordo com o Código Civil Brasilei-
ro e legislação da GLOMARON e submetidos à análise e parecer da
Grande Secretaria de Relações Interiores, com posterior referendo da
Assembleia Geral.
REGULAMENTO GERAL

§ 1º Os Presidentes e as suas Diretorias serão indicados pelo


Grão-Mestre e referendados pela Assembleia Geral da GLOMARON.
§ 2º Os demais cargos, conselhos e comissões serão eleitos
conforme estabelecer seus próprios Estatutos.
§ 3º As rendas das Entidades Subsidiárias serão as previstas
nos seus Estatutos.
TÍTULO III
DO PODER LEGISLATIVO
CAPÍTULO I
DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL – ÓRGÃO DELIBERATIVO

Art. 63. O Poder Legislativo, órgão deliberativo da GLOMARON,


é exercido pela Assembleia Geral, com o tratamento de Soberana As-
sembleia Geral - SAG, composta pelos Veneráveis Mestres e os Vi-
gilantes das Lojas Jurisdicionadas, todos com direito a voz e voto, e
presidida pelo Sereníssimo Grão-Mestre ou seu substituto legal.
Art. 64. O Grande Representante de Potência Maçônica terá
direito à voz, mas sem direito a voto.
Art. 65. Os cargos administrativos da Assembleia Geral são
constituídos das seguintes classes:
I – Grandes Dignidades: o Grão-Mestre, o Grão-Mestre Adjunto,
os Grão-Mestres Ad Vitam e os Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam;
II – Grandes Luzes: o Presidente da Assembleia Geral e os
Grandes Primeiro e Segundo Vigilantes; e,
III – Grandes Oficiais: Orador, Secretário, Tesoureiro, Chance-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ler, Mestre de Cerimônias, Hospitaleiro, Guarda do Templo, Primeiro


e Segundo Diáconos, Primeiro e Segundo Expertos, Porta Espada,
Porta Bandeira, Porta Estandarte, Mestre de Banquetes, Mestre de
Harmonia, Arquiteto, Cobridor Externo e o Bibliotecário.
§ 1º Os cargos de Orador, Secretário, Tesoureiro e Mestre de
Cerimônias terão adjuntos.
§ 2º As Lojas que adotam ritos diferentes do Rito Escocês Antigo
e Aceito (REAA) deverão fazer a associação dos cargos constantes no
Inciso III deste artigo, por semelhança.

REGULAMENTO GERAL
Art. 66. Os Grandes Vigilantes e os demais Grandes Oficiais
serão eleitos dentre os Grandes Representantes das Lojas na forma
prevista no Código Eleitoral.

Seção I
Da Competência e Atribuições da Assembleia Geral

Art. 67. São competências da Assembleia Geral da GLOMA-


RON as estabelecidas nos arts.39 e 40, da Constituição.

Seção II
Da Convocação e funcionamento da
Assembleia Geral

Art. 68. A GLOMARON reunir-se-á em Assembleia Geral ordi-


nária e extraordinária conforme previsto nos arts. 41 e 42, da Consti-
tuição.
Art. 69. A Ordem do Dia das Assembleias, ordinária ou extraor-
dinária, constará do Edital e/ou Ato de Convocação, o qual será enca-
minhado às Lojas, para as devidas publicidades, por um meio eficaz
de comunicação, com leitura obrigatória no expediente das Lojas ju-
risdicionadas.
§ 1º As Assembleias Gerais ordinárias e extraordinárias durarão
tantos dias quantos forem necessários à resolução dos assuntos com-
preendidos no Edital e/ou Ato de Convocação.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 2º O quorum mínimo para a abertura dos trabalhos será de


50% (cinquenta por cento) de seus membros com direito a voto, em
primeira chamada, e, em segunda chamada, 30 (trinta) minutos após,
com no mínimo, 7 (sete) membros, sendo as deliberações tomadas
por maioria simples dos presentes, salvo dispositivo em contrário.
Art. 70. É obrigatório o comparecimento às Assembleias da
GLOMARON de todas as Lojas, através de seus representantes, e de
todos os seus Grandes Oficiais.
§ 1º O não comparecimento de Grande Oficial eleito a 2 (duas)
REGULAMENTO GERAL

Assembleias no período de 1 (um) ano, sem justificativa formal e ex-


pressamente aceita, motivará a perda do cargo, sendo eleito outro em
seu lugar.
§ 2º A Loja que não se fizer representar em 2 (duas) Assem-
bleias Gerais, no período de 1 (um) ano sem justificativa formal e
expressamente aceita, como fixado no § 1º, art. 43, da Constituição,
ficará irregular até apresentar justificativa devidamente aceita na mes-
ma Assembleia ou em sessão imediatamente posterior, com o registro
circunstanciado do fato, em ata.
§ 3º Desse fato dar-se-á conhecimento à Loja jurisdicionada
com o encaminhamento da ata respectiva.
§ 4º A irregularidade cessa com a participação da Loja nas As-
sembleias seguintes.

CAPÍTULO II
DOS CARGOS ADMINISTRATIVOS DA ASSEMBLEIA GERAL
Seção I
Das Grandes Dignidades, Das Luzes e
suas Atribuições

Art. 71. Compete ao Sereníssimo Grão-Mestre, como Presiden-


te da Assembleia Geral:
I – presidir as sessões do Poder Legislativo;
II – superintender, regular e orientar os trabalhos e as discus-
sões;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – exercer o direito de voto de desempate e de voto secreto;


IV – propor votação secreta;
V – autorizar a concessão da palavra;
VI – organizar e dar direção ao expediente;
VII – nomear comissões especiais, quando necessário;
VIII – avisar previamente o seu substituto legal, quando não pu-
der comparecer às sessões;
IX – convocar a Soberana Assembleia Geral;
X – definir e publicar a pauta das Assembleias Gerais;

REGULAMENTO GERAL
XI – fazer a leitura das peças colhidas pela Bolsa de Propostas e
Informações, com assistência do Grande Orador e do Grande Secre-
tário e dar os encaminhamentos;
XII - suspender, quando julgar conveniente, transferindo para a
sessão ordinária seguinte, a leitura de qualquer coluna gravada;
XIII – impedir diálogos, apartes repetidos e referências pessoais
diretas ou indiretas, que possam provocar suscetibilidade;
XIV – decidir as questões de ordem suscitadas;
XV – cassar a palavra nos momentos precisos;
XVI – pedir as conclusões do Grande Orador, depois do pronun-
ciamento sobre qualquer matéria, caso haja controvérsia; e,
XVII – assinar as Leis, os Decretos, as Portarias e as Resolu-
ções.
Art. 72. Compete ao eminente Grão-Mestre Adjunto substituir o
Sereníssimo Grão-Mestre em suas faltas, licenças, afastamentos, im-
pedimentos e suspeição, na forma do § 3º, do art. 16, da Constituição.
Art. 73. Os Grandes Primeiro e Segundo Vigilantes têm a dire-
ção das Colunas, de acordo com os Rituais, Usos e Costumes Tradi-
cionais da Ordem.
Art. 74. São atribuições dos Grandes Primeiro e Segundo Vigi-
lantes:
I – manter a ordem, a disciplina e o silêncio em sua coluna, evi-
tando palestras no decorrer dos trabalhos;
II – não permitir que um maçom de sua coluna passe à outra
sem o seu consentimento;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – solicitar a palavra ao Sereníssimo Grão-Mestre, Presidente


dos trabalhos, aos Obreiros de sua coluna que a pedirem, observando
a ordem das solicitações;
IV – pedir ao Presidente dos trabalhos licença para qualquer
obreiro de sua coluna cobrir o Templo, só devendo fazê-lo se isso não
perturbar os trabalhos ou não ocasionar falta de número para o seu
prosseguimento; nesse caso recomendará ao retirante sua contribui-
ção para o Tronco de Solidariedade, se ainda não houver ocorrido a
circulação do mesmo;
REGULAMENTO GERAL

V – usar da palavra em sua coluna depois de ali reinar silêncio


e a pedirão diretamente ao Presidente com um só golpe de malhete;
VI – lembrar, atenciosamente, ao Sereníssimo Grão-Mestre,
quando lhe parecer haver equívoco, ou diversa interpretação em ma-
téria regimental, doutrinária, ou de interpretação de textos;
VII – desempenhar todas as outras funções ritualísticas adequa-
das a seu cargo e aquelas destinadas pela Constituição, pelo Regula-
mento da GLOMARON e pelo Estatuto Social;
§ 1º Compete ainda ao Primeiro Vigilante:
I – presidir as sessões na ausência do Sereníssimo Grão-Mestre
e do Eminente Grão-Mestre Adjunto, na forma dos arts. 16, § 3º, II e
126, da Constituição, e de acordo com a orientação do Rito; e,
II – anunciar em sua coluna as ordens do Presidente dos traba-
lhos e comunicar a este o que lhe for cientificado pelo Grande Segun-
do Vigilante.
§ 2º São atribuições do Grande Segundo Vigilante:
I – substituir o Grande Primeiro Vigilante em suas faltas, licen-
ças, afastamentos e impedimentos e o Grão-Mestre, na forma dos
arts. 16, § 3º, III, e 126, da Constituição;
II – comunicar ao Grande Primeiro Vigilante, tudo o que vier da
Sala dos Passos Perdidos, uma vez abertos os trabalhos, e este, ao
Presidente dos trabalhos, na ordem inversa, quando houver determi-
nação nesse sentido; e,
III – anunciar em sua coluna as ordens do Presidente que lhes
forem transmitidas pelo Grande Primeiro Vigilante, e a este comunicar

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

que reina silêncio em sua coluna quando isso ocorrer.

Seção II
Dos Grandes Oficiais e suas Atribuições
Subseção I – Do Grande Orador e do Grande Orador
Adjunto

Art. 75. Compete ao Grande Orador:


I – manifestar-se sobre a legalidade de qualquer matéria antes

REGULAMENTO GERAL
de ser colocada em votação e opor-se de ofício a toda deliberação
contrária aos Landmarks, à Constituição e as leis da GLOMARON;
II – subscrever as atas das sessões da GLOMARON e demais
documentos onde sua assinatura seja necessária;
III – observar e fazer observar os Landmarks, a Constituição e
as Leis da GLOMARON;
IV – protestar contra as deliberações que julgar contrárias aos
Landmarks, à Constituição, às Leis e ao Regulamento Geral e Rituais;
V – ler nas sessões as Leis, os Atos, os Decretos, as Portarias e
as Resoluções do Grão-Mestre e as colunas gravadas que lhes forem
solicitadas pelo Presidente dos trabalhos;
VI – sugerir o adiamento da discussão e votação de qualquer
matéria, quando não lhe pareça suficientemente esclarecida;
VII – apresentar, no encerramento das discussões de qualquer
matéria, suas conclusões claras e precisas;
VIII – celebrar com peças de arquitetura, ou outra manifestação,
os atos solenes que a GLOMARON realizar;
IX – suscitar questão de ordem e esclarecimentos que julgar
necessário;
X – cumprir outras tarefas que lhe forem destacadas pelo Presi-
dente; e,
XI – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu
cargo e outras destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais e pelo Regimento Interno da Assembleia.
Parágrafo único. O Grande Orador Adjunto substituirá o Gran-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

de Orador em suas faltas, licenças, afastamentos e impedimentos.

Subseção II – Do Grande Secretário e do


Grande Secretário Adjunto

Art. 76. Compete ao Grande Secretário:


I – lavrar os balaústres das sessões nos respectivos livros, que
deverão ser, quanto possível, sucintos, numerados e iniciados com a
invocação do Grande Arquiteto do Universo; assiná-los com o Presi-
REGULAMENTO GERAL

dente e o Grande Orador, tão logo seja aprovado pela Assembleia da


GLOMARON;
II – organizar a ordem do dia dos trabalhos das sessões, com
anuência do Grão-Mestre;
III – ler a correspondência antes do início das sessões e dela dar
conhecimento à Assembleia, de forma reduzida, durante o expediente,
salvo quando o Grão-Mestre determinar a sua leitura integral;
IV – manter os arquivos devidamente atualizados referentes aos
atos administrativos da Assembleia e aos relativos à correspondência
recebida e expedida;
V – elaborar, e manter atualizada, a relação dos Grandes Repre-
sentantes das Lojas jurisdicionadas e dos Grandes Oficiais, realizar o
credenciamento e a identificação, de cada um nas Assembleias Ge-
rais;
VI – dar andamento célere e fiscalizar a observância dos prazos
nos processos administrativos da GLOMARON, a seu cargo;
VII – guardar em lugar seguro os arquivos da Assembleia e o
Livro de Atas, providenciando, ainda, quando possível, a digitalização
e o escaneamento de todos os documentos recebidos e expedidos e
os registros eletrônicos do Poder Legislativo;
VIII – receber e responder o expediente autorizado pelo Grão-
Mestre;
IX – arquivar os documentos de sua guarda e responsabilidade;
X – fazer o convite e as convocações para as sessões, quando
houver solicitação do Grão-Mestre;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XI – zelar pelos bens pertencentes à sua Grande Secretaria;


XII – ter sob sua guarda, o quadro de membros da Soberana
Assembleia Geral, com os respectivos cargos, telefones, e-mail e en-
dereços;
XIII – assinar Atos, Decretos, Portarias e Resoluções, juntamen-
te com o Grão- Mestre;
XIV – pedir a palavra diretamente ao Presidente dos trabalhos;
e,
XV – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu

REGULAMENTO GERAL
cargo e outras destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais e pelo Regimento Interno da Assembleia.
Parágrafo único. Compete ao Grande Secretário Adjunto, subs-
tituir o respectivo titular em suas faltas, licenças, afastamentos e im-
pedimentos.

Subseção III – Do Grande Tesoureiro e do


Grande Tesoureiro Adjunto

Art. 77. Compete ao Grande Tesoureiro:


I – conferir e manter registro contábil do produto arrecadado pelo
Tronco de Beneficência e encaminhado à Hospitalaria para as despe-
sas com a benemerência da Assembleia Geral;
II – efetuar a escrituração, registro e controle dos pagamentos
autorizados pelo Grão-Mestre;
III – ser ouvido em todos os assuntos econômico-financeiros da
Assembleia, fundamentando seus pareceres; e,
IV – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu
cargo e aquelas designadas pela Constituição da GLOMARON, por
este Regulamento Geral e pelo Regimento Interno da Assembleia Ge-
ral.
Parágrafo único. O Grande Tesoureiro Adjunto substituirá o
Grande Tesoureiro em suas faltas, licenças, afastamentos e impedi-
mentos, auxiliando-o nos serviços contábeis.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Subseção IV – Do Grande Chanceler

Art. 78. Compete ao Grande Chanceler, além das atribuições


ritualísticas:
I – superintender e realizar os serviços de relações internas e
externas da Assembleia;
II – autenticar, selar e timbrar as Resoluções e quaisquer outros
documentos emitidos pela Assembleia, assinando-os juntamente com
o Grão-Mestre, quando for o caso;
REGULAMENTO GERAL

III – ter sob sua guarda, em lugar seguro, os livros de presença;


IV – emitir o Certificado de Presença, em cada Sessão, que fará
entregar aos Irmãos visitantes através do Mestre de Cerimônias, logo
após o giro da Bolsa de Beneficência;
V – anunciar as datas e eventos comemorativos relacionados
aos maçons e à Ordem Maçônica;
VI – abrir o Livro de Presença em cada sessão, antes do início
dos trabalhos, com a indicação da natureza da reunião e com a data
da realização, colocando-o na Sala dos Passos Perdidos para colheita
das assinaturas dos presentes e, depois, levado à sua mesa, para a
assinatura dos retardatários;
VII – certificar o número de Grandes Representantes presentes
à sessão, quando solicitado pelo Grão-Mestre, assessorando o Gran-
de Secretário quando do credenciamento dos mesmos;
VIII – manter registro das ausências e dos afastamentos justifi-
cados dos Grandes Representantes das Lojas e dos Grandes Oficiais
detentores de cargos da Assembleia Geral;
IX – comunicar ao Presidente os nomes das Lojas e dos Gran-
des Oficiais que deixaram de comparecer, durante o ano maçônico, a
duas sessões da Assembleia Geral; e,
X – desempenhar todas as outras atribuições do seu cargo e
aquelas a ele destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais e Regimento Interno da Assembleia.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Subseção V – Do Grande Mestre de


Cerimônia e do Adjunto

Art. 79. Compete ao Grande Mestre de Cerimônias como o res-


ponsável pela condução do cerimonial da Assembleia, as seguintes
atribuições:
I – distribuir com antecedência os paramentos aos Grandes Ofi-
ciais, sob sua guarda, e organizar o cortejo de entrada do Templo;
II – verificar, juntamente com o Grande Arquiteto, se o Templo

REGULAMENTO GERAL
está devidamente preparado para o início dos trabalhos ritualísticos
da Assembleia Geral;
III – percorrer o Templo com a Bolsa de Propostas e Informa-
ções;
IV – distribuir as esferas para as votações e recolher as referen-
tes ao voto;
V – proceder à verificação dos votos nas deliberações da As-
sembleia;
VI – organizar, dela fazendo parte, as comissões internas para
recepcionar Obreiros, visitantes e autoridades maçônicas;
VII – incinerar na respectiva Pira todos os documentos a tanto
destinados;
VIII – fazer assinar os Balaústres depois de aprovados;
IX – ter liberdade de movimento durante os trabalhos e observar
estritamente o que dispõe o Manual de Normas Ritualísticas;
X – pedir a palavra do lugar onde estiver, no Oriente, direta-
mente ao Grão-Mestre, ou ao Grande Vigilante da coluna em que se
encontrar; e,
XI – desempenhar todas as outras atribuições do seu cargo e
aquelas a ele destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais e Regimento Interno da Assembleia.
Parágrafo único. O Grande Mestre de Cerimônias Adjunto
substituirá o Grande Mestre de Cerimônias em suas faltas, licenças,
afastamentos e impedimentos.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Subseção VI – Do Grande Hospitaleiro

Art. 80. Compete ao Grande Hospitaleiro e ao Grande Hospita-


leiro Adjunto, além das atribuições ritualísticas:
I – fazer circular e arrecadar o produto da Bolsa de Beneficência
e entregá-lo ao Grande Tesoureiro, auxiliando-o na sua conferência;
II – informar ao Grão-Mestre os pedidos de auxílio formulados à
Assembleia Geral;
III – solicitar ao Grande Tesoureiro as quantias necessárias ao
REGULAMENTO GERAL

cumprimento da Beneficência;
IV – visitar os Obreiros faltosos e os enfermos, dando ciência
ao Presidente da situação e estado deles e de suas necessidades,
inclusive das famílias;
V – participar de comissões designadas para cerimônias Mag-
nas e fúnebres;
VI – executar as deliberações para o exercício da benemerência
maçônica; e,
VII – desempenhar todas as outras atribuições do seu cargo e
aquelas a eles destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais e Regimento Interno da Assembleia.

Subseção VII – Dos Grandes Diáconos e dos Grandes


Expertos

Art. 81. Compete ao Grande Primeiro Diácono:


I – conduzir aos seus destinatários as ordens e comunicações
que lhes transmitir o Grão-Mestre;
II – pedir a palavra diretamente ao Presidente; e,
III – observar atentamente o que dispõe o Manual de Normas
Ritualísticas e auxiliar o Presidente e manter a ordem e a disciplina
durante as sessões.
Art. 82. Ao Grande Segundo Diácono compete:
I – transmitir as ordens emanadas pelo Grande Primeiro Vigilan-
te ao Grande Segundo Vigilante e Grandes Oficiais;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

II – velar para que os Irmãos se conservem nas colunas com o


devido respeito disciplina e ordem; e,
III – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações.
Art. 83. Compete ao Grande Primeiro Experto, além das
atribuições ritualísticas: I – atender prontamente às solicita-
ções do Presidente;
II – proceder ao recolhimento das esferas descartadas na vota-
ção secreta;

REGULAMENTO GERAL
III – substituir os Grandes Vigilantes em suas faltas e impedi-
mentos; e,
IV – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações.
Art. 84. Compete ao Grande Segundo Experto:
I – substituir o Grande Primeiro Experto em suas faltas e impe-
dimentos;
II – colaborar com o Grande Primeiro Experto nas suas solicita-
ções; e,
III – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações.
Parágrafo único. A substituição dos Grandes Vigilantes pelos
Grandes Expertos limita-se às sessões das Assembleias.

Subseção VIII – Dos Grandes Porta Bandeira,


Porta Espada e Porta Estandarte

Art. 85. Compete ao Grande Porta Bandeira, além das atribui-


ções ritualísticas:
I – zelar pelo Pavilhão Nacional;
II – conduzir o Pavilhão Nacional, tanto na entrada como na saí-
da, em Sessão Magna e/ou Brancas; e,
III – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações;
Art. 86. Compete ao Grande Porta Espada, além das atribuições

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ritualísticas:
I – zelar pelo escrínio e a Espada Flamejante;
II – transportar o escrínio da Espada Flamejante nas ocasiões
específicas;
III – abster-se de tocar a Espada Flamejante, salvo se Mestre
Instalado; e,
IV – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações.
Art. 87. Compete ao Grande Porta Estandarte, além das atri-
REGULAMENTO GERAL

buições ritualísticas:
I – zelar pelo Estandarte da GLOMARON;
II – abrir e colocar o Estandarte no seu devido lugar para as
cerimônias; e,
III – observar atentamente o que dispõe o Ritual e o Manual de
Normas Ritualísticas e auxiliar o Presidente sobre suas obrigações.

Subseção IX – Dos Grandes Guarda do Templo,


do Cobridor Externo e do Arquiteto

Art. 88. Ao Grande Guarda do Templo, além dos encargos ritua-


lísticos, compete zelar pela segurança interna dos trabalhos da Loja,
mantendo os trabalhos longe das vistas e das indiscrições profanas e
não permitir a entrada ou saída dos Obreiros sem a devida permissão
do Presidente.
Art. 89. Ao Grande Cobridor Externo do Templo, além dos encar-
gos ritualísticos, compete:
I – manter afastado os profanos, garantindo a inviolabilidade do
Templo;
II – admitir, após o início dos trabalhos, somente os Maçons que
estiverem devidamente identificados;
III – atender aos chamados do Grande Guarda do Templo;
IV – zelar pela segurança e pelo silêncio no átrio, evitando pre-
juízos aos trabalhos; e,
V – dar a bateria na Porta do Templo, anunciado a presença de

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Obreiros, após o início dos trabalhos.


Art. 90. O Grande Arquiteto é o encarregado da decoração e
ornamentação dos ambientes destinados às cerimônias maçônicas e
festivas, de conformidade com as normas ritualísticas, grau e natureza
da reunião, responsabilizando-se pelo material de trabalho da Loja,
pelo seu suprimento, conservação e manutenção.

Subseção X – Do Grande Bibliotecário e


Demais Oficiais

REGULAMENTO GERAL
Art. 91. O Grande Bibliotecário ficará encarregado de manter
em perfeita ordem o arquivo documental e histórico da Soberana As-
sembleia que lhe for confiado.
Art. 92. Compete ao Grande Mestre de Banquete preparar os
ágapes fraternais e demais providências a bem de conduzi-lo.
Art. 93. Compete ao Grande Mestre de Harmonia, preparar e
selecionar os números de arte, repertório musical, e outros, para as
sessões ritualísticas e festivas, operando e zelando pelo uso e funcio-
namento dos equipamentos sonoros e outros de sua responsabilidade.

CAPÍTULO III
DOS GRANDES REPRESENTANTES DAS LOJAS

Art. 94. São Grandes Representantes das Lojas jurisdicionadas,


com direito a voz e voto nas Assembleias Gerais, o Venerável Mestre
e os Primeiro e Segundo Vigilantes, eleitos e indicados pelas Oficinas
para representá-las, enquanto perdurar seus mandatos.
§ 1º O mandato dos Grandes Representantes é coincidente com
o mandato das Lojas Simbólicas que representam.
§ 2º É obrigatório o comparecimento dos Grandes Represen-
tantes das Lojas às Assembleias Gerais, devendo observar, quanto a
isso, as regras estabelecidas no art. 43, desta Constituição.
§ 3º Nenhum Maçom poderá representar mais de uma Loja.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO IV
DAS GRANDES COMISSÕES

Art. 95. São Grandes Comissões da Soberana Assembleia Ge-


ral, órgãos técnicos auxiliares e consultivos, nos termos do art. 36 da
Constituição:
I – Permanentes: as Grandes Comissões de Justiça e Legisla-
ção, de Finanças (Conselho Fiscal) e de Assuntos Gerais; e,
II – Especiais: as Grandes Comissões de caráter temporário e
REGULAMENTO GERAL

transitório, criadas por ato do Presidente do Poder Legislativo que no-


meará os seus membros e definirá as atribuições com a determinação
do prazo, sempre que se fizer necessário, para estudo e apresentação
de parecer técnico-consultivo ou relatório conclusivo em matéria de
competência exclusiva do Poder Legislativo, ou outra missão especí-
fica.
Art. 96. As Grandes Comissões Permanentes serão compostas
de 3 (três) membros titulares e de 3 (três) suplentes, pertencentes a
Lojas diferentes, eleitos juntamente com os Grandes Oficiais da Sobe-
rana Assembleia Geral, dentre os Grandes Representantes das Lojas
jurisdicionadas.
§ 1º As Grandes Comissões Permanentes se reunirão por con-
vocação do Grão-Mestre ou de seus Presidentes, sempre que houver
matéria sobre o qual devam se pronunciar.
§ 2º A Presidência da Grande Comissão recairá no membro de
maior idade maçônica e a Secretaria dos trabalhos no mais moderno.
§ 3º As manifestações das Grandes Comissões serão aprova-
das pela maioria simples dos seus integrantes.
§ 4º Os membros titulares das Grandes Comissões serão subs-
tituídos em suas faltas, licenças, afastamentos e impedimentos pelos
respectivos suplentes.
§ 5º É vedada a acumulação de cargos dos membros destas
comissões, com qualquer outro dos Grandes Oficiais.
Art. 97. As Grandes Comissões deverão se pronunciar sobre os
assuntos que lhes forem apresentados em até 15 (quinze) dias.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 1º As Grandes Comissões poderão determinar diligências ou


solicitar informações que considerem imprescindíveis aos seus relató-
rios e, nesta hipótese, o prazo para apresentação de seus pareceres
será suspenso durante o período de duração dessas diligências, que
se limitarão ao estritamente necessário à sua conclusão.
§ 2º Ultimado o relatório o Presidente reunirá a Comissão para
a votação de suas conclusões, devolvendo o processo à autoridade
competente dentro do prazo fixado.
§ 3º Não sendo unânime a conclusão do parecer, o voto diver-

REGULAMENTO GERAL
gente será proferido em parecer apartado, acompanhando o relatório
da Comissão.
§ 4º Na impossibilidade de pronunciamento conclusivo sobre o
relatório, no prazo regular, o Presidente da Comissão, antes do seu
vencimento, solicitará à autoridade competente a sua prorrogação, por
igual período, indicando os motivos.
§ 5º O descumprimento dos prazos fixados neste artigo será
passível de censura.
Art. 98. São atribuições da Grande Comissão de Justiça e Le-
gislação:
I – emitir parecer sobre propostas, indicações e requerimentos
que lhes forem dirigidos pela Soberana Assembleia Geral;
II – manifestar-se sobre denúncias em desfavor dos ocupantes
de cargos da Soberana Assembleia Geral;
III – emitir parecer sobre os Estatutos e Regimentos Internos das
Lojas Jurisdicionadas e Entidades Subsidiárias, analisando a confor-
midade com a legislação maçônica e profana vigentes, submetendo-o
à apreciação da Assembleia Geral; e,
IV – pronunciar-se sobre matéria de natureza jurídica e legal.
Art. 99. São atribuições da Grande Comissão de Finanças,
como Conselho Fiscal da GLOMARON:
I – examinar os livros, balancetes, balanços, as contas e rela-
tórios anuais, financeiros e contábeis de responsabilidade do Grão-
Mestre;
II – emitir parecer prévio e conclusivo na prestação de contas

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

anual do Poder Executivo, submetendo-o à Assembleia Geral;


III – propor à Assembleia Geral a contratação de auditoria inde-
pendente em caso de indícios de irregularidades nas contas da GLO-
MARON;
IV – proceder à tomada de contas do Grande Secretário de Fi-
nanças e do Grande Tesoureiro da Soberana Assembleia, em casos
de vacância; e,
V – manifestar-se, previamente, em todos os assuntos de na-
tureza financeira, antes de sua votação, admitindo-se parecer verbal.
REGULAMENTO GERAL

Art. 100. São atribuições da Grande Comissão de Assuntos Ge-


rais:
I – opinar sobre qualquer matéria não privativa das demais Gran-
des Comissões;
II – pronunciar-se sobre assuntos de interesses das Oficinas ju-
risdicionadas;
III – manifestar-se a respeito de assuntos ligados a Lojas de ou-
tras jurisdições ou Potências Maçônicas; e,
IV – manifestar-se em processos de concessão de honrarias e
títulos.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO, DA REFORMA
CONSTITUCIONAL E DOS VETOS
Seção I
Do Processo Legislativo e da Reforma
Constitucional

Art. 101. O Processo Legislativo compreende a elaboração de:


I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias; e,
IV – resoluções.
Art. 102. A Constituição poderá ser emendada, no todo ou em
parte, nos termos dos arts. 64 e 65, da Constituição, mediante proposta:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – do Grão-Mestre;
II – da Assembleia Geral da GLOMARON, como poder legisla-
tivo;
III – de, no mínimo, 2/3 (dois terços) das Lojas jurisdicionadas e
por decisão da maioria de seus membros regulares; e,
IV – do Tribunal Pleno.
Parágrafo único. A Assembleia Geral Extraordinária, convoca-
da para esse fim, tratará, exclusivamente, da reforma constitucional.
Art. 103. A proposta de emenda à Constituição observará o se-

REGULAMENTO GERAL
guinte procedimento:
I – a proposta, depois de examinada pela Grande Comissão
Permanente de Justiça e Legislação, seguirá o processo legislativo e,
após, será deliberada com a presença de, no mínimo, 2/3 (dois terços)
dos componentes da Assembleia Geral e decidida por maioria simples;
II – autorizado, na forma do inciso anterior, o projeto de emenda
será submetido às Lojas e aos membros titulares da Assembleia Geral
da GLOMARON, para que, no prazo de 60 (sessenta) dias, o exami-
nem e ofereçam emendas ou sugestões;
III – as manifestações previstas no inciso anterior deverão ser
apresentadas por escrito, de maneira objetiva e discriminada, obser-
vada a ordem dos preceitos constitucionais enfocados e com a devida
fundamentação, valendo, inclusive, como requerimento de inscrição
aos debates na Assembleia Constituinte;
IV – não terão validade as manifestações extemporâneas, nem
as que desatendam ao inciso anterior e, por isso, não poderão ser
sustentadas em plenário;
V – colhidos os pronunciamentos, estes serão encaminhados à
Grande Comissão Permanente de Justiça e Legislação, para a elabo-
ração de relatório conclusivo, abrangendo todas as críticas e emendas
correspondentes ao projeto;
VI – após a manifestação do Grande Orador sobre o relatório
conclusivo da Grande Comissão Permanente de Justiça e Legislação,
a matéria será submetida a plenário, para discussão e deliberação;
VII – será facultada sustentação oral, durante 5 (cinco) minutos,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ao membro titular ou representante de Loja que apresentar emenda à


proposta de modificação da Constituição;
VIII – na ausência de quaisquer emendas ou objeções, o projeto
de reforma será colocado diretamente à deliberação da Assembleia
Constituinte da GLOMARON;
IX – a votação do projeto de reforma será realizada pelo proces-
so simbólico, ou seja, pelo sinal convencional ou de costume, confor-
me previsto nos rituais ou outro constante no Regimento Interno da
SAG;
REGULAMENTO GERAL

X – a proposta de reforma será votada com a presença mínima


de 2/3 (dois terços) dos membros e decidida por maioria absoluta; e,
XI – após a deliberação da Assembleia Geral da GLOMARON
sobre a proposta de reforma constitucional, o Presidente mandará la-
vrar ata circunstanciada da reunião, submetendo-a a aprovação antes
do encerramento ritualístico dos trabalhos da Assembleia Constituinte.
Art. 104. A emenda à Constituição será promulgada pelo Grão-
Mestre, Presidente do Legislativo, com o respectivo número de ordem.
Parágrafo único. A matéria constante de proposta de emenda
constitucional ou de projeto de lei rejeitado ou havido prejudicado não
pode ser objeto de nova proposta antes de 12 (doze) meses.
Art. 105. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe
ao Chefe do Poder Executivo, a qualquer membro ou Comissão da
Poder Legislativo, ao Tribunal de Justiça Maçônico, e às Lojas jurisdi-
cionadas, na forma prevista na Constituição.
Art. 106. As leis complementares serão aprovadas pela maioria
absoluta dos membros da Assembleia Geral e receberão numeração
distinta das leis ordinárias.
Parágrafo único. Os projetos de leis ordinárias e de resoluções
serão aprovados mediante votação por maioria simples.
Art. 107. Aplica-se ao processo Legislativo de elaboração das
leis complementares e ordinárias, no que lhe for pertinente, as mes-
mas disposições desta seção.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
Dos Vetos

Art. 108. Se o Grão-Mestre considerar o projeto de Lei, no todo


ou em parte, inconstitucional ou contrário aos interesses da GLOMA-
RON, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias
úteis, contados da data do seu recebimento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, os motivos do veto à Assembleia Geral e às
Lojas jurisdicionadas.

REGULAMENTO GERAL
§ 1º O veto parcial deverá abranger o texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alíneas.
§ 2º Decorridos o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do
Grão-Mestre importará em sanção.
§ 3º O mesmo será apreciado logo após ser anunciado na Or-
dem do Dia da Soberana Assembleia Geral seguinte ao veto do Grão-
Mestre e só poderá ser rejeitado pelo voto nominal da maioria absoluta
dos membros da Assembleia Geral.
§ 4º Se o veto for rejeitado, a Assembleia Geral promulgará a lei
ou resolução, pelo seu Presidente ou substituto legal.

TÍTULO IV
DO PODER JUDICIÁRIO DA GRANDE LOJA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 109. O Poder Judiciário da GLOMARON é presidido pelo


Sereníssimo Grão-Mestre. Em suas faltas, licenças, afastamentos, im-
pedimento, suspeição, ou quando ele for o implicado, será substituído
pelo Vice-Presidente e este pelo Desembargador, Mestre Instalado,
de mais idade maçônica.
Art. 110. O Tribunal de Justiça Maçônico compõe-se de 9 (nove)
Desembargadores, dos quais 8 (oito) nomeados pelo Grão-Mestre, ad
referendum da Assembleia Geral da GLOMARON, dentre os quais,
pelo menos 5 (cinco) Mestres Instalados que não exerçam cargos nos

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Poderes Executivo e Legislativo.


Art. 111. Incumbe ao Poder Judiciário, nos termos do Capítulo V,
Título I, da Constituição e de sua legislação complementar, ministrar
a Justiça Maçônica aos Maçons associados e às Lojas da jurisdição,
sendo exercido pelos seguintes Órgãos:
I – em Primeira Instância, pelo Conselho de Justiça das Lojas
jurisdicionadas; e,
II – em Segunda Instância, pelo Tribunal Pleno e pela Câmara
de Justiça Maçônica.
REGULAMENTO GERAL

Art. 112. O Regimento Interno do Tribunal disporá sobre:


I – a organização e composição;
II – competência jurisdicional, administrativa, e o funcionamento
de seus órgãos;
III – processo e julgamento;
IV – recursos; e,
V – Secretaria e Ministério Público.
Art. 113. Ao Tribunal de Justiça Maçônico cabe o tratamento de
egrégio Tribunal; os seus membros tem o título de Desembargador
e o tratamento de Respeitável Irmão, e usarão nas sessões judiciais
vestes talares fornecidas pela GLOMARON.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO ELEITORAL, DAS ELEIÇÕES E
DOS MANDATOS
Seção I
Do Código Eleitoral

Art. 114. O Código Eleitoral Maçônico disciplinará, nos termos


do art. 62 da Constituição, toda a matéria relacionada com as eleições
a serem realizadas na GLOMARON e nas Lojas jurisdicionadas.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção II
Das Eleições e dos Mandatos

Art. 115. As Eleições e os Mandatos na jurisdição da GLOMA-


RON serão realizadas de acordo com as normas estabelecidas no
Título VI, (arts. 114 a 133), da Constituição e disciplinadas no Código
Eleitoral.
Art. 116. Funcionarão como Ministério Público Eleitoral e Escri-
vão Eleitoral, respectivamente, em Primeira Instância, o Orador e o

REGULAMENTO GERAL
Secretário da Loja e, em Segunda Instância, o Procurador Geral de
Justiça e o Grande Secretário do Judiciário.

TÍTULO V
DO MINISTÉRIO PÚBLICO MAÇÔNICO

Art. 117. O Ministério Público Maçônico, com competência e atri-


buições definidas no art. 61 da Constituição, é representado em Pri-
meira Instância pelo Orador da Loja, compondo o Conselho de Justiça
da Loja e, em Segunda Instância, pelo Procurador Geral de Justiça,
Mestre Instalado, nomeado pelo Grão-Mestre, como Chefe do Órgão
perante o Poder Judiciário.

TÍTULO VI
DOS TÍTULOS HONORÍFICOS E INSÍGNIAS

Art. 118. O Grão-Mestre, a Assembleia Geral da GLOMARON e


as Lojas da jurisdição poderão conceder títulos honoríficos e insígnias
a Maçons e personalidades, por intermédio da Comissão de Mérito
Maçônico.
Parágrafo Único. Anualmente, por ocasião do aniversário da
GLOMARON, a Maçonaria poderá homenagear, por indicação do
Grão-Mestre, e por uma de suas Lojas ou da própria Ordem, persona-
lidades maçônicas, ou não, que se destaquem em seu ramo de conhe-
cimento ou atividades.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 119. A Comissão do Mérito Maçônico será constituída por


05 (cinco) Mestres Instalados e 3 (três) suplentes, de livre nomea-
ção do Sereníssimo Grão-Mestre, sendo presidida pelo de maior ida-
de maçônica e secretariado pelo de menor idade, terá competência
consultiva, sobre todos os assuntos relativos à concessão de títulos,
medalhas e comendas de que trata este Regulamento Geral.
§ 1º O tempo de duração desta comissão será indeterminado.
§ 2º Em caso de vacância ou ausência poderá o membro ser
substituído pelo suplente.
REGULAMENTO GERAL

§ 3º O quórum mínimo de deliberação será de 3 (três) membros.


Art. 120. As recompensas maçônicas afetas à competência da
Comissão do Mérito Maçônico independem da homologação da As-
sembleia Geral.
Art. 121. Nenhum título ou condecoração será concedido se não
houver procedimento administrativo que o justifique, à vista de docu-
mentos nele constantes e de acordo com a legislação pertinente.
Art. 122. Os Maçons podem ser ainda Beneméritos, Remidos
ou Honorários:
I - são Beneméritos os obreiros que preencherem os seguintes
critérios:
c) ter mais de 70 (setenta) anos de idade civil e mais de 20
(vinte) anos de atividade ininterrupta em Lojas da jurisdição; ou
d) ter mais de 70 (setenta) anos de idade civil e mais de 35
(trinta e cinco) anos de iniciado dos quais pelo menos 15 (quin-
ze) anos de atividade ininterrupta em lojas de outras potências
regulares e pelo menos 5 (cinco) anos de atividade ininterrupta
em Lojas da jurisdição.
II - são Remidos os que pagarem, de forma antecipada, o equi-
valente a 60% (sessenta por cento) das taxas devidas à GLOMARON
e às Lojas Jurisdicionadas, até a data em que completariam as exigên-
cias para ser Benemérito;
III - são Honorários os que, não pertencendo ao Quadro da Loja,
dela recebem esse título honorífico, podendo ser homenageado, com
esse título, por intermédio da GLOMARON, Maçom regular de outra

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Potência regular e reconhecida.


§ 1º O Maçom regular que vier a contrair invalidez total e
permanente será Remido.
§ 2º O Maçom Benemérito fica dispensado de frequência às
sessões de sua Loja, salvo nos casos em que estiver ocupando cargo
em que esta é exigida.
§ 3º A condição de Maçom Benemérito ou Remido não isenta
o beneficiário do pagamento das contribuições extraordinárias e de
beneficência maçônica da GLOMARON e das Lojas a que estiver

REGULAMENTO GERAL
filiado.
Art. 123. Os títulos de “Beneméritos” e “Remidos” serão conce-
didos pela Grande Loja, mediante requerimento da Loja, atendidos os
requisitos.
Parágrafo único. A concessão de remissão do pagamento de
emolumentos pelo Remido gerará efeitos a partir da publicação do ato,
reconhecido o direito à remissão aos atuais titulares dessa condição.
Art. 124. O título Honorário poderá ser concedido a maçons re-
gulares não pertencentes ao quadro da Loja que tenham prestado re-
levantes e excepcionais serviços à Ordem, à Pátria ou à Humanidade,
a juízo da Comissão de Mérito Maçônico.
§ 1º O pedido deve ser fundamentado e encaminhado à
GLOMARON que encaminhará à Comissão do Mérito Maçônico para
parecer.
§ 2º Em caso de parecer favorável a Loja poderá emitir o ato e
diploma ao homenageado, conforme modelo da GLOMARON que fará
o devido registro.
Art. 125. A GLOMARON poderá conceder o título de Grão-Mes-
tre de Honra a Grão-Mestres ou Ex-Grão-Mestres de outras Potências
Maçônicas Regulares e reconhecidas, conforme abaixo:
I – o pedido deve ser fundamentado à Comissão de Mérito Ma-
çônico para análise e julgamento.
II – em caso de Parecer favorável, o título de Grão-Mestre de
Honra deverá ser acompanhado do ato de concessão e do Diploma.
III – o Grão-Mestre de honra não se obriga a pagamentos ou

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

frequência.
Parágrafo Único. As Lojas da jurisdição poderão conceder o
título de Venerável Mestre de Honra a Veneráveis Mestres ou Mes-
tres Instalados de outras Lojas da jurisdição ou de outras Potências
Maçônicas regulares e reconhecidas nos mesmos moldes do Grão-
Mestre de Honra, observado o disposto no art. 17, inciso VI, deste
Regulamento Geral.
Art. 126. Constituem Títulos, Condecorações e Honrarias no
âmbito da GLOMARON, ofertados a Maçons da Jurisdição:
REGULAMENTO GERAL

I – Título de Comendador: Fará jus a este título o Maçom que


tenha, no mínimo, 20 (vinte) anos de atividade maçônica e prestado
relevantes e excepcionais serviços à Ordem, à Pátria ou à Humanida-
de, a juízo da Comissão de Mérito Maçônico. Acompanham o título, o
diploma e a Comenda Estrela de Bronze;
II – Título de Grande Comendador: Fará jus a este título, o Ma-
çom que tenha, no mínimo, 30 (trinta) anos de atividade maçônica e
prestado relevantes e excepcionais serviços à Ordem, à Pátria ou à
Humanidade, a juízo da Comissão de Mérito Maçônico. Acompanham
o título, o diploma e a Comenda Estrela de Prata;
III – Título de Real Comendador: Fará jus a este título o Maçom
que tenha, no mínimo, 40 (quarenta) anos de atividade maçônica e
prestado relevantes e excepcionais serviços à Ordem, à Pátria ou à
Humanidade, a juízo da Comissão de Mérito Maçônico. Acompanham
o título, o diploma e a Comenda Estrela de Ouro;
IV – Comenda Mário Behring: Fará jus a esta comenda o Maçom
que tenha, no mínimo, 50 (cinquenta) anos de atividade maçônica e
prestado relevantes e excepcionais serviços à Ordem, à Pátria ou à
Humanidade, a juízo da Comissão de Mérito Maçônico. Acompanham
o título, o diploma e a Comenda Mário Behring.
Parágrafo único. Quando da concessão destas Comendas, o
Grão-Mestre baixará ato regulando a solenidade e demais detalhes
concernentes ao acontecimento, que deverá ter a maior divulgação
possível.
Art. 127. Comenda Jorge Teixeira de Oliveira: Concedida a Ma-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

çons da Jurisdição, a Maçons de outra Potência regular e reconhecida


e a Profanos que tenham prestado excepcionais serviços à Ordem, à
Pátria ou à Humanidade.
Art. 128. Título Amigo da GLOMARON ofertados a profanos,
pessoas físicas ou jurídicas que preencha pelo menos uma das se-
guintes condições:
I – promover ou colaborar no ensino de maçons, institui-
ções maçônicas ou de instituições paramaçônicas;
II – promover ou colaborar na assistência médica, social e

REGULAMENTO GERAL
filantrópica e outros a maçons, instituições maçônicas ou para-
maçônicas.
III – divulgar matéria de interesse da Grande Loja, de qual-
quer natureza, através da imprensa escrita, falada ou televisiva;
IV – promover reuniões de interesse da Grande Loja, no
meio profano com o objetivo de esclarecer o público sobre a
finalidade da Instituição;
V – prestar auxílio humanitário de grande vulto;
VI – prestar importante assistência e auxílio a entidades
filantrópicas e assistenciais no amparo à população necessita-
da; e,
VIII – prestar relevantes serviços à Ordem, à Pátria ou à
Humanidade, assim julgados pela Comissão.
Parágrafo único. O título de que trata este artigo, concedido a
pessoas físicas ou jurídicas, serão acompanhados de Diplomas.
Art. 129. Constituem Títulos, Condecorações e Honrarias no
âmbito da GLOMARON, ofertados às Lojas da Jurisdição:
I – AUGUSTA E RESPEITÁVEL, título fixo, concedido a todas as
Lojas na sua fundação, que passarão a ter a denominação: AUGUSTA
E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA;
II – BENEMÉRITA, título transitório, concedido às Lojas que
completarem 10 anos de efetiva atividade e que comprovarem tra-
balhos prestados em benefício da comunidade local, que passarão a
ter a denominação: AUGUSTA E RESPEITÁVEL BENEMÉRITA LOJA
SIMBÓLICA;

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III – GRANDE BENEMÉRITA, título transitório, concedido às Lo-


jas que completarem 20 anos de efetiva atividade e que comprovarem
trabalhos prestados em benefício da comunidade local e que possuam
templo próprio ou em condomínio, que passarão a ter a denominação:
AUGUSTA E RESPEITÁVEL GRANDE BENEMÉRITA LOJA SIMBÓ-
LICA;
IV – BENFEITORA DA ORDEM, título concedido às Lojas que
completarem 30 anos de efetiva atividade e que comprovarem traba-
lhos prestados em benefício comunitário, que possuam templo próprio
REGULAMENTO GERAL

ou em condomínio, e pelo menos uma das elencadas abaixo, que pas-


sarão a ter a denominação: AUGUSTA E RESPEITÁVEL BENFEITO-
RA DA ORDEM LOJA SIMBÓLICA:
a) promover ou colaborar no ensino de profanos, maçons, insti-
tuições maçônicas ou de instituições paramaçônicas;
b) promover ou colaborar na assistência médica, social e filan-
trópica e outros a profanos, maçons, instituições maçônicas ou para-
maçônicas.
c) promover reuniões de interesse da Grande Loja, no meio pro-
fano com o objetivo de esclarecer o público sobre a finalidade da Ins-
tituição;
d) prestar auxílio humanitário de grande vulto;
g) prestar importante assistência e auxílio a entidades filantrópi-
cas e assistenciais no amparo à população necessitada; e,
h) prestar relevantes serviços à Ordem, à Pátria ou à Humanida-
de, assim julgados pela Comissão.
V – GRANDE BENFEITORA DA ORDEM, título concedido às
Lojas que completarem 50 anos de efetiva atividade e mantiverem as
mesmas condições de Benfeitora da Ordem, que passarão a ter a de-
nominação: AUGUSTA E RESPEITÁVEL GRANDE BENFEITORA DA
ORDEM LOJA SIMBÓLICA;
VI – CENTENÁRIA, título concedido às Lojas que completarem
100 anos de efetiva atividade e mantiverem as mesmas condições de
Grande Benfeitora da Ordem, que passarão a ter a denominação: AU-
GUSTA E RESPEITÁVEL CENTENÁRIA LOJA SIMBÓLICA.

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Parágrafo único. Todas as Lojas deverão ter em sua documen-


tação legal apenas o nome de LOJA SIMBÓLICA “NOME e NÚME-
RO”, ficando os títulos acima apenas para uso maçônico interno.
Art. 130. Somente estão sujeitos ao pagamento de emolumen-
tos os pedidos de segundas vias de títulos e de condecorações já
concedidas.
Parágrafo único. Os emolumentos para a expedição de segun-
da via corresponderão ao valor de 20 VRM – Valor de Referência Ma-
çônico vigente à época da solicitação.

REGULAMENTO GERAL
Art. 131. As Lojas poderão instituir, desde que autorizada pela
GLOMARON, títulos e medalhas comemorativas para premiar maçons
e profanos por serviços a ela prestados, à Pátria e à Humanidade, ob-
servados os preceitos estabelecidos neste Regulamento.
Parágrafo único. Todas as medalhas serão acompanhadas do
respectivo diploma a ser registrado na Loja ofertante.
Art. 132. À Comissão de Mérito Maçônico serão encaminhados
os desenhos que servirão para confecção dos cunhos, a indicação do
número de medalhas a serem cunhadas, o metal a ser empregado, o
critério da outorga e o modelo do respectivo diploma.
Art. 133. A GLOMARON e as Lojas deverão manter sempre em
estoque alguns exemplares necessários, a fim de poder atender as
solicitações.
Art. 134. Todas as medalhas previstas neste Regulamento se-
rão encaminhadas ao Grande Secretário Bibliotecário e Historiador,
para o acervo histórico.
Art. 135. Os Maçons não poderão ser agraciados com títulos
honoríficos que contenham titulação maçônica superior ao seu grau
simbólico ou cargo que não tenham ocupado na Ordem.
Art. 136. As personalidades, pelo trabalho relevante que mereça
o reconhecimento da Maçonaria, poderão ser agraciadas com títulos
honoríficos especiais, desde que não contenham titulação maçônica.
Art. 137. As insígnias, pelas suas características, obedecerão
às regulamentações próprias.
Art. 138. Os títulos honoríficos e insígnias concedidos a Maçons

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e personalidades, são honrarias e não constituem vínculos regulares


de filiação a quaisquer Lojas da jurisdição.

TÍTULO VII
DA REGULARIDADE E IRREGULARIDADE MAÇÔNICA
CAPÍTULO I
DA REGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS MAÇONS
REGULAMENTO GERAL

Art. 139. A regularidade maçônica é a perfeita adequação das


Lojas e dos Maçons, aos Landmarks, aos princípios que regem a ma-
çonaria Universal, às disposições dos arts. 106 a 108, da Constituição,
este Regulamento e demais normas legais da GLOMARON.
§ 1º A regularidade é condição indispensável ao reconhecimento
dos direitos que a fraternidade outorga aos Maçons iniciados em Lojas
justas e perfeitas da Obediência, e ainda aos pertencentes a outra
Potência, por esta reconhecida, que detenham a Palavra Semestral
e que estejam em plena atividade do simbolismo e no gozo de seus
direitos maçônicos.
§ 2º O Maçom placetado, desligado a pedido ou de ofício ou com
direitos cobertos, poderá frequentar uma sessão de uma das lojas da
jurisdição a fim de pedir a sua regularização.

CAPÍTULO II
DA IRREGULARIDADE DAS LOJAS JURISDICIONADAS
E DOS MAÇONS

Art. 140. Importa perda da regularidade das Lojas jurisdiciona-


das a violação dos Landmarks, dos princípios que regem a maçonaria
Universal e a infringência às normas emanadas da Constituição, em
especial aos arts. 109 a 111, deste Regulamento Geral e demais nor-
mas legais da GLOMARON.
Art. 141. São considerados irregulares nos termos do art. 112,
da Constituição, os Maçons que deixarem de cumprir suas obrigações

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maçônicas, dentre elas:


I – deixarem de contribuir com suas obrigações pecuniárias pelo
prazo de 3 (três) meses sem justificativa aceita, independentemente
de processo;
II – o Mestre Maçom que não comparecer às sessões da Loja
durante 6 (seis) meses consecutivos e o Aprendiz e Companheiro por
3 (três) meses, sem motivo justificado, a critério da Loja, independen-
temente de processo;
III – participantes de uma Loja adormecida ou que cessou suas

REGULAMENTO GERAL
atividades, deixarem de se filiar a outra, nos 03 (três) meses subse-
quentes, devendo recolher diretamente à GLOMARON as suas obri-
gações pecuniárias;
IV – pertencente a mais de uma Loja, por uma delas venha a se
tornar irregular;
V – forem jurisdicionados de Potências ou Lojas não reconheci-
das pela GLOMARON.
VI – assim forem declarados pelos Órgãos Maçônicos compe-
tentes.
Art. 142. Com exceção dos casos dos incisos I, II, IV e VI, do ar-
tigo anterior, as demais ali mencionadas se operam automaticamente,
independente de prévia declaração.
Art. 143. A irregularidade suspende todos os direitos maçônicos
do Obreiro.
Art. 144. Não se incluem nas penalidades previstas no art. 141,
inciso I, os remidos e os beneméritos e no inciso II do mesmo artigo,
os impossibilitados por doença comprovada.
Parágrafo único. Não se aplica às Grandes Dignidades as
penalidades previstas nos incisos I e II, do art. 141.

CAPÍTULO III
DA CESSAÇÃO DA IRREGULARIDADE DO MAÇOM

Art. 145. O Maçom irregular poderá retornar a regularidade junto


a GLOMARON desde que:

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I – nos casos dos incisos I, II, IV e VI do art. 141, obtendo a re-


vogação do ato que o declarou irregular;
II – no caso do inciso III do art.141, mediante pedido de filiação
em qualquer das Lojas da Obediência;
III – no caso do inciso V do art. 141, seja avaliado e aprovado por
uma comissão, nomeada pelo Grão-Mestre, constituída por 03 (três)
Mestres Instalados para verificação de conhecimento maçônico e de
grau para fins de validação do mesmo; se reprovado, deverá ser ini-
ciado.
REGULAMENTO GERAL

§ 1º Se a irregularidade decorreu apenas de atraso no pagamen-


to das contribuições ou falta de frequência, a Loja que o declarou não
poderá negar a regularização se o interessado pagar seus débitos ou
voltar a frequentar, salvo se razões outras justificarem sua não acei-
tação.
§ 2º Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, o can-
didato preencherá uma proposta de regularização que levará à Loja,
instruindo-a com os documentos que comprovem a sua qualidade de
maçom e o grau que possui e ficará sujeito a sindicância a seu respei-
to, a critério da Loja.

TÍTULO VIII
DOS MAÇONS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DOS DEVERES DO MAÇOM
Seção I
Dos Direitos do Maçom

Art. 146. São direitos dos Membros regulares das Lojas, além
dos previstos no art. 70 da Constituição e demais normas da GLOMA-
RON:
I – igualdade de direitos, inviolabilidade de liberdade de cons-
ciência e de crença;
II – livre manifestação do pensamento nos meios maçônicos,
com o devido respeito aos Irmãos, respondendo nos casos e na forma

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legal pelos abusos e excessos que cometer;


III – apresentar qualquer projeto que julgue de interesse da ins-
tituição em geral ou das Lojas em particular, ou ainda, de sua própria
Loja, nas reuniões a que tenha o direito de participar;
IV – assistir as reuniões dos altos corpos da GLOMARON me-
diante prévia autorização ou convite;
V – consultar a Loja sobre qualquer dúvida que lhe ocorrer quan-
to à ritualística ou interpretação das Leis e Regulamentos.
VI – exercer, quando acusado, a plena defesa de seus direitos

REGULAMENTO GERAL
por todos os meios e recursos legais maçônicos;
VII – recorrer ao Conselho de Justiça da Loja, na forma e prazo
assinalados na Constituição e neste Regulamento Geral;
VIII – ser parte legítima para pleitear a anulação e para declarar
a nulidade de atos lesivos ao patrimônio da Loja;
IX – receber as certidões que vier a requerer para defesa de
direito, bem como para esclarecimento de negócios administrativos,
com ressalva de só serem utilizados sem prejuízo do sigilo e da Or-
dem;
X – pedir, por intermédio do respectivo Vigilante ou Venerável
Mestre, instruções litúrgico–filosófica de seu grau;
XI – pugnar por seus direitos, quer em relação a lesões sofridas,
quer a respeito de ofensas recebidas.
XII – propor, discutir e votar, com plena liberdade de opinião, os
assuntos de interesse da Ordem, sujeitando-se apenas à disciplina
interna da Loja e às leis fundamentais da Instituição;
XIII – transferir-se de uma para outra Loja da Obediência, desde
que esteja em pleno gozo dos seus direitos maçônicos e satisfaça
seus compromissos pecuniários;
XIV – representar, pelos meios regulares, contra atos que consi-
dere atentatórios aos seus direitos, contrários à Constituição e demais
Leis da GLOMARON, ou, ainda, contrários ao Estatuto e ao Regimen-
to da Loja;
XV – apresentar, pelas vias regulares, projeto que julgue do inte-
resse de sua Loja ou da Instituição Maçônica em geral;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XVI – assistir as Assembleias da GLOMARON;


XVII – ser julgado pela Justiça Maçônica, sendo-lhe assegurado
amplo direito de defesa e de recurso;
XVIII – receber aumento de salário mediante proposta ao Vigi-
lante de sua Coluna, sujeitando-se às provas de conhecimentos que
lhes forem exigidas;
XIX – votar e ser votado para qualquer cargo eletivo, desde que
atenda aos requisitos estabelecidos pela Constituição e o Código Elei-
toral Maçônico;
REGULAMENTO GERAL

XX – indicar e apoiar pedidos de Iniciação, Filiação, Regulariza-


ção e Transferência segundo as disposições regulamentares vigentes;
XXI – solicitar sua condição de “Benemérito” ou “Remido”, desde
que atenda aos requisitos do art. 122 deste Regulamento;
XXII – ter dupla filiação.
§ 1º O Mestre Maçom da GLOMARON não poderá pertencer,
concomitantemente, a Loja de outra Potência não filiada à Confedera-
ção da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB).
§ 2° O Quite Placet e Certificado de Grau, são documentos ex-
pedidos e exigíveis quando o maçom for mudar de potência ou quiser
seu afastamento dos quadros da Loja.
§ 3° O documento Quite Placet, quando expedido desliga o
obreiro de todas as Lojas a que for filiado.
§ 4° Pode o Obreiro solicitar a sua desfiliação de uma das Lojas,
quando necessitar, passando a sua per capita a ser cobrada pela Loja
remanescente.
Art. 147. Aos Companheiros e Aprendizes não se aplicam as
disposições constantes nos incisos: XIX, XX, XXI e XXII do artigo an-
terior.
Seção II
Dos Deveres do Maçom

Art. 148. São deveres dos Membros regulares das Lojas, além
dos previstos no art. 72 da Constituição e demais normas da GLOMA-
RON:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – aceitar as deliberações da Loja mesmo que a respectiva con-


trarie a causa por si defendida;
II – instruir o candidato a ser iniciado, após devidamente aprova-
do, sobre o seu comparecimento obrigatório às sessões da Loja;
III – manter-se com todo o respeito na Sala dos Passos Per-
didos, Átrio e no interior do Templo, durante e depois das sessões,
evitando algazarras, rumores, consumo de bebidas alcoólicas, fumo e
outras substâncias incompatíveis com a conduta maçônica à exceção
dos banquetes ritualísticos que possuem rito próprio;

REGULAMENTO GERAL
IV – abster-se de censurar membros maçons na presença de
profanos;
V – não proferir expressões inconvenientes em detrimento a
qualquer membro, dentro ou fora dos templos;
VI – representar outro Irmão, quando em poder de provas cir-
cunstanciais que possam levar ao processo de exclusão respectivo,
neste caso, somente em sessão específica e no grau correspondente;
VII – defender os Obreiros de acusação ou censura que possam
ou venha a lhe prejudicar a honra naquilo que for necessário e justo;
VIII – concorrer de acordo com suas posses, para a prosperida-
de da Loja, a fim de que ela realize integralmente os seus fins;
IX – demonstrar antes de ser elevado a grau superior, conheci-
mento perfeito daquele que possui em cerimonial maçônico, doutrina,
filosofia, ritualística e liturgia;
X – proceder com discrição, prudência e cavalheirismo, dentro e
fora da Loja, demonstrando que o Maçom é um homem honesto, digno
e educado;
XI – promover, por todos os meios, que membros não sejam
preteridos em Loja ou na vida profana;
XII – impor-se ao respeito e fazer conhecida a tradicional solida-
riedade e amizade maçônica;
XIII – não propor ação judicial profana, contra maçons e Lojas,
sem antes comunicar à primeira instância do judiciário maçônico;
XIV – cumprir com eficiência e presteza todas as incumbências
que lhe forem confiadas; e,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XV – manter a Secretaria da Loja informada quanto aos seus


dados cadastrais.
Parágrafo único. A enumeração dos deveres contidos no art. 72
da Constituição e neste Regulamento não os esgota, podendo ser am-
pliados nos termos da legislação ordinária e nos limites dos princípios
fundamentais da Ordem Maçônica.
Art. 149. O Maçom que se desligar do Quadro de associados de
Lojas da jurisdição da GLOMARON perde os direitos de associado e
as prerrogativas inerentes a essa condição e deixa de ser parte legíti-
REGULAMENTO GERAL

ma para pleitear a anulação ou a declaração de qualidade dos atos de


natureza maçônicas no âmbito da GLOMARON.
Parágrafo único. O Obreiro desligado deverá devolver à Loja
todos os rituais, legislações maçônicas, carteira de identidade maçôni-
ca, paramentos e documentos maçônicos sob a sua guarda.

Seção III
Do Aumento de Salário

Art. 150. Os Graus Simbólicos de Companheiro e de Mestre Ma-


çom, este último com a plenitude dos direitos maçônicos, serão confe-
ridos mediante as seguintes condições:
I – ao Aprendiz que tenha, em Loja, recebido as instruções de
seu grau e apresentado suas peças de arquiteturas poderá solicitar
seu aumento de salário, ao Primeiro Vigilante, após 1 (um) ano de sua
Iniciação neste grau, desde que este o considere convenientemente
preparado;
II – ao Companheiro que tenha, em Loja, recebido as instruções
de seu Grau e apresentado suas peças de arquiteturas poderá solici-
tar seu aumento de salário ao Segundo Vigilante, após 7 (sete) meses
de sua Iniciação neste grau, desde que este o considere conveniente-
mente preparado;
III – além das condições previstas nos incisos I e II acima, so-
mente poderá ser proposto aumento de salário ao Aprendiz ou ao
Companheiro que houver respondido suficientemente o questionário

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

específico do seu Grau e seja aprovado no trolhamento respectivo;


IV – o Venerável Mestre, após receber a proposta de aumento
de salário, marcará o dia para o exame do interessado;
V – cada candidato será examinado e trolhado individualmente
e somente aquele que já tenha prestado exame poderá assistir ao do
outro, inclusive os visitantes portadores do mesmo grau;
VI – após o exame a Loja deliberará por votação o pedido de
aumento de salário;
VII – concluída a votação, o Venerável Mestre informará ao in-

REGULAMENTO GERAL
teressado o resultado. Se aprovado, marcará a data para a Sessão
Magna correspondente e solicitará o respectivo Placet à GLOMARON;
VIII – caso o candidato não seja aprovado, será marcada nova
data para a mesma finalidade, decorrido um prazo mínimo de 30 (trin-
ta) dias.
CAPÍTULO II
DA ADMISSÃO ÀS LOJAS JURISDICIONADAS
Seção I
Da Admissão: Requisitos e Procedimentos

Art. 151. A GLOMARON reconhece como Maçom todo homem


iniciado em Loja de sua jurisdição ou em outra Potência Maçônica re-
gular e por esta reconhecida.
Parágrafo único. Considera-se Maçom regular o que estiver em
plena atividade no Simbolismo.
Art. 152. A admissão aos quadros das Lojas jurisdicionadas far-
se-á por Iniciação, Regularização, Filiação e Transferência, consoante
os arts. 67 e 68 da Constituição, e deste Regulamento Geral.
Art. 153. Os requisitos para a admissão aos quadros da Loja e a
tramitação dos processos de iniciação, regularização, filiação e trans-
ferência são definidos neste Regulamento, pelo Estatuto e Regimento
Interno das Oficinas.
§ 1º Ninguém poderá ser admitido sem o respetivo Placet assi-
nado pelo Grão-Mestre, bem ainda, quando o candidato venha a ma-
nifestar seu desejo de desistir.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 2º Imediatamente após a sessão de admissão, a Loja informará,


mediante prancha, à Grande Secretaria de Relações Interiores, que a
Sessão fora realizada.
§ 3º Recebida a comunicação da realização da Sessão, a Grande
Secretaria de Relações Interiores, providenciará os devidos registros
e documentação, remetendo-os à Loja.

Seção II
Da Iniciação
REGULAMENTO GERAL

Art. 154. A iniciação é um ato simbólico definido no Ritual, pelo


qual o profano ingressa na Maçonaria depois de aprovada a sua ad-
missão por todos os Maçons da jurisdição presentes na Sessão.
Art. 155. Além dos constantes no art. 68 da Constituição, são
exigências indispensáveis à admissão do candidato à iniciação:
I – ter plena capacidade para o exercício de seus direitos civis
e não haver sido condenado por crime infamante, contrário aos bons
costumes ou estar cumprindo pena por qualquer crime;
II – não possuir deficiência física ou moléstia que o impeça de
desempenhar encargos maçônicos, especialmente as práticas ritualís-
ticas e de cerimonial litúrgico;
III – não ser rejeitado por Lojas da jurisdição ou por potência
reconhecida.
Parágrafo único. As Lojas jurisdicionadas utilizarão nos proces-
sos de admissão os formulários padronizados fornecidos pela GLO-
MARON.
Art. 156. O processo para admissão de candidato, por Iniciação,
obedecerá aos seguintes procedimentos:
I – o candidato, que não deverá ter conhecimento, será proposto
mediante Formulário de Indicação Prévia, retirado junto à Secretaria
da Loja, por um Mestre Maçom, onde deverá constar: o nome do can-
didato, idade aproximada, profissão, estado civil, grau de instrução,
nome da esposa ou companheira, endereço residencial e comercial,
tempo que o proponente o conhece, tipo de relacionamento com o

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

candidato (amigo, vizinho, colega de trabalho, etc) tempo de residên-


cia no Oriente e breves considerações sobre o candidato que o habili-
tem a pertencer à Ordem;
II – o Venerável Mestre é o responsável pela leitura das indica-
ções prévias e manutenção do sigilo dos proponentes;
III – a proposta de indicação prévia, devidamente preenchida,
será depositada na Bolsa de Propostas e Informações e apresentada
à Loja, por três Sessões, finda as quais será submetida à aprovação
pelo prosseguimento do processo de iniciação do candidato, da forma

REGULAMENTO GERAL
convencional pelo total dos presentes à Sessão;
IV – se a proposta for rejeitada, o nome do candidato deverá ser
registrado, conforme o caso, no Livro Negro ou Amarelo, devendo a
Loja informar a GLOMARON para que realize o mesmo procedimento;
a) o Livro Negro é destinado ao registro de candidatos que tive-
rem o seu nome recusado em caráter definitivo;
b) o Livro Amarelo é destinado ao registro de candidatos que
tiverem o seu nome recusado em caráter temporário e/ou tran-
sitório.
V – aprovada a abertura do processo de Iniciação, o Secretário
emitirá o Edital de Admissão de Candidato, com todas as informações
fornecidas pelo proponente, com foto que permita o reconhecimento
do candidato e o encaminhará ao Grande Secretário Chefe de Gabi-
nete, para afixação no painel da Grande Secretaria longe dos olhares
estranhos e publicação no Boletim Interno da GLOMARON que será
lido, em todas as Lojas da Jurisdição, por 03 (três) sessões na Ordem
do Dia pelo Secretário;
VI – a Loja que tiver objeções contra o candidato, deverá dirigi
-las em caráter sigiloso diretamente ao Grão-Mestre;
VII – após análise do Grão-Mestrado, se o candidato for rejei-
tado, o mesmo terá o nome lançado no Livro Negro ou Amarelo, de
acordo com o caso, sendo as Lojas informadas;
VIII – transcorrido 30 (trinta) dias após a publicação do Boletim e
não havendo manifestações contra o candidato, o Mestre Maçom pro-
ponente dará conhecimento ao candidato de sua indicação à iniciação

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na Ordem e este, em aceitando, receberá a Síntese dos Princípios


Maçônicos, o Questionário e Proposta para Admissão, que será res-
pondido pelo candidato, orientado pelo proponente que o devolverá
devidamente preenchido à secretaria da Loja;
IX – o Venerável Mestre emitirá três sindicâncias, cada uma de-
las acompanhada de questionário destinado à entrevista com a espo-
sa do candidato, e as entregará reservadamente a três Mestres, que
terão 15 (quinze) dias para concluí-las, prorrogáveis por igual período,
por solicitação fundamentada do sindicante;
REGULAMENTO GERAL

X – no caso de inércia do sindicante, o Venerável Mestre de-


terminará a outro Mestre que proceda à sindicância com os prazos
constantes no inciso anterior;
XI – concluída a sindicância, o Mestre Maçom responsável a
entregará ao Venerável Mestre reservadamente;
XII – o proponente, o sindicante e/ou o Maçom que prestar in-
formações incorretas sobre o candidato, por negligência, imprudência,
dolo ou má-fé, será responsabilizado perante as Leis Maçônicas da
GLOMARON;
XIII – se todas as sindicâncias forem desfavoráveis, o Venerável
fará a incineração da documentação na pira, entre colunas, o nome do
candidato será anotado no Livro Negro e informado à GLOMARON;
XIV – se até duas forem desfavoráveis, o Venerável suspenderá
o processo por três meses e, a seguir, distribuirá novas sindicâncias,
a novos sindicantes, se permanecer pelo menos uma desfavorável, o
Venerável suspenderá o processo e lançará o nome do candidato no
Livro Amarelo, informando a GLOMARON;
XV – os sindicantes são inteiramente responsáveis pelas infor-
mações que prestarem;
XVI – recebidas as 03 (três) sindicâncias favoráveis, o Venerável
Mestre enviará prancha à GLOMARON solicitando autorização para
realização do escrutínio secreto;
XVII – a GLOMARON poderá efetuar sindicância complementar
do candidato, para fins de subsidiar o processo, encaminhando à Loja
interessada relatório sumário, antes da apreciação pela sua Assem-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

bleia;
XVIII – na realização do escrutínio secreto, o Venerável proce-
derá a leitura do Questionário e Proposta para Admissão e a seguir as
sindicâncias, omitindo sempre os nomes dos responsáveis e colocará
o assunto em discussão;
XIX – encerrada esta, tomará a votação por escrutínio secre-
to de que participarão todos os Maçons presentes, utilizando esferas
brancas e negras, as primeiras como sinal de aceitação e as segundas
de rejeição;

REGULAMENTO GERAL
XX – será aprovado o candidato a quem não for atribuída nenhu-
ma esfera negra;
XXI – o candidato que receber mais de 03 (três) esferas negras
será rejeitado;
XXII – o candidato que receber até 03 (três) esferas negras, irá
a segundo escrutínio na próxima Sessão ordinária da Loja, se receber
alguma esfera negra o candidato será rejeitado;
XXIII – o candidato rejeitado terá seu nome lançado no Livro
Negro e deverá ser comunicada à GLOMARON, para os devidos re-
gistros;
XXIV – o candidato que tiver seu nome lançado no Livro Amare-
lo, não poderá ter renovada sua indicação em qualquer Loja da juris-
dição, senão depois de decorridos 01 (um) ano de sua rejeição, salvo
com anuência do Grão-Mestre;
XXV – a seguinte documentação obrigatória deverá ser solicita-
da pelo proponente ao candidato:
a) cópias dos documentos de identidade e do CPF/MF;
b) cópia de documento que comprove o seu estado civil e/ou
declaração de união estável;
c) cópia do comprovante de residência ou declaração de pró-
prio punho, com data não superior a 90 (noventa) dias;
d) 03 (três) fotografias tamanho 3x4, de frente com camisa
branca, paletó e gravata preta;
e) atestado médico que comprove a sua saúde física e mental;
f) requerimento de próprio punho assinado pelo candidato

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

conforme modelo expedido pela GLOMARON;


g) certidão negativa do Cartório Distribuidor de Protestos;
h) certidão negativa dos Cartórios Distribuidor e de ações Cí-
veis e Criminais, da Justiça Federal, Eleitoral, Estadual e Audi-
toria Militar;
i) certidão negativa de Tributos Federais, Estaduais e Munici-
pais;
j) certidão negativa do SPC e SERASA;
XXVI – o Mestre Maçom proponente examinará a documenta-
REGULAMENTO GERAL

ção apresentada e, estando em ordem, as entregará ao Secretário da


Loja para juntar ao processo;
XXVII – concluído o processo, a Loja encaminhará prancha à
GLOMARON solicitando o Placet de iniciação e indicando a data da
Sessão, não inferior a 30 (trinta) dias da realização do escrutínio, salvo
com autorização do Grão-Mestre;
XXVIII – recebido, analisado e deferido o processo e efetuado
o pagamento das taxas e materiais, a GLOMARON providenciará o
Placet de iniciação, com validade de 01 (um) ano contados da data de
expedição.
Seção III
Da Regularização, Filiação e Transferência

Art. 157. Regularização é o ato pelo qual o maçom, afastado


das atividades do simbolismo, solicita seu retorno.
Art. 158. O processo para regularização, obedecerá aos seguin-
tes procedimentos:
I – o candidato à Regularização, quando oriundo da GLOMA-
RON:
a) solicitará por requerimento de próprio punho, à Loja que pre-
tende pertencer, juntando seu Quite Placet ou Certificado de Grau a
pedido ou de ofício ou ainda seu certificado de regularidade da Loja;
para os casos de irregularidade por ausência, deve o solicitante cons-
tar no próprio requerimento, seu compromisso de frequência;
b) o requerimento será lido pelo Venerável Mestre e deliberado,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

na Ordem do Dia, pela maioria simples dos presentes, observado o


Grau do solicitante;
c) rejeitada a solicitação, toda a documentação será devolvida
ao requerente;
d) aprovado o pedido, será entregue ao requerente, a Proposta
e Questionário de Regularização para preenchimento;
e) Se o postulante estiver afastado por período igual ou superior
a 1 (um) ano, o mesmo deverá juntar ao pedido, toda a documentação
elencada no Inciso XXV do art. 156 e será exigível, também, até 03

REGULAMENTO GERAL
(três) sindicâncias, nos mesmos moldes da admissão por Iniciação;
f) concluído, o processo será encaminhado à GLOMARON, atra-
vés de prancha solicitando o Placet de Regularização e informando a
data da deliberação favorável e a prevista para a realização da Ses-
são.
g) recebido, analisado e deferido o processo e efetuado o paga-
mento das taxas e materiais, a GLOMARON providenciará o Placet de
Regularização, com validade de 90 (noventa) dias contados da data
de expedição.
II – o candidato à regularização, quando oriundo de Potência
reconhecida:
a) requerer de próprio punho sua regularização, juntando docu-
mentos que comprovem sua condição de maçom e respectivo grau e
o termo de abjuração, à Loja que pretende pertencer;
b) proceder-se-á conforme as alíneas “b”, “c”, “d” e “e” do inciso
anterior;
c) a Loja expedirá o Edital de Admissão por Regularização, nos
moldes da admissão por Iniciação;
d) após a circulação do edital e não havendo objeções, a Loja
procederá a realização das 03 (três) sindicâncias;
e) concluído, o processo será encaminhado à GLOMARON, atra-
vés de prancha solicitando o Placet de Regularização e informando a
data da deliberação favorável e a prevista para a realização Sessão.
f) recebido, analisado e deferido o processo e efetuado o paga-
mento das taxas e materiais, a Grande Secretaria de Relações Inte-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

riores providenciará o Placet de Regularização, com validade de 90


(noventa) dias contados da data de expedição.
III – para candidatos à regularização oriundos de potência não
reconhecida pela GLOMARON, além de serem adotados todos os
procedimentos do inciso anterior, será exigido toda a documentação
elencada no Inciso XXV do art. 156, independente do tempo de afas-
tamento, e mais os constantes no inciso III do art. 145.
Parágrafo único. A critério do Sereníssimo Grão-Mestre e em
consonância com as recomendações da Confederação da Maçonaria
REGULAMENTO GERAL

Simbólica do Brasil (CMSB) os maçons de potências desta confedera-


ção poderão ser transferidos para Lojas desta jurisdição obedecidos
os critérios adotados pela CMSB e os constantes no Art. 162 deste
Regulamento e Geral.
Art. 159. Filiação é o ato pelo qual o maçom do quadro de uma
Loja da jurisdição solicita sua adesão ao quadro de outra Oficina, man-
tendo os vínculos com a Loja de origem (Dupla Filiação).
Art. 160. O processo para Filiação, obedecerá aos seguintes
procedimentos:
I – o interessado solicitará por requerimento de próprio punho, à
Loja que pretende filiar-se, juntando o seu certificado de regularidade
da Loja de origem, com data de expedição inferior a 30 (trinta) dias;
II – o requerimento será lido pelo Venerável Mestre e deliberado,
na Ordem do Dia, pela maioria simples dos presentes, observado o
Grau do solicitante;
III – rejeitada a solicitação, toda a documentação será devolvida
ao requerente;
IV – aprovado o pedido, será entregue ao requerente, a Propos-
ta e Questionário de Filiação para preenchimento;
V – concluído, o processo será encaminhado à GLOMARON,
através de prancha solicitando o Placet de Filiação e informando a
data da deliberação favorável e a prevista para a realização Sessão.
VI – recebido, analisado e deferido o processo e efetuado o pa-
gamento das taxas e materiais, a GLOMARON providenciará o Placet
de Filiação, com validade de 90 (noventa) dias contados da data de

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

expedição.
VII – a loja deverá informar a Grande Secretaria de Relações
Interiores sobre a opção de cobrança da per capita do Obreiro.
Art. 161. Transferência é o ato pelo qual o maçom, pertencendo
ao quadro de uma loja da jurisdição, solicita sua mudança para outra,
perdendo os vínculos com a loja de origem.
Art. 162. O processo para Transferência, obedecerá aos seguin-
tes procedimentos:
I – o interessado solicitará por requerimento de próprio punho, à

REGULAMENTO GERAL
Loja que pretende pertencer, juntando o seu certificado de regularida-
de da Loja de origem, com data de expedição inferior a 30 (trinta) dias;
II – o requerimento será lido pelo Venerável Mestre e deliberado,
na Ordem do Dia, pela maioria simples dos presentes, observado o
Grau do solicitante;
III – rejeitada a solicitação, toda a documentação será devolvida
ao requerente;
IV – aprovado, o processo será encaminhado à GLOMARON,
através de prancha solicitando a Transferência do Obreiro.
VI – recebido, analisado e deferido o processo, a GLOMARON
providenciará o Ato de Transferência do Obreiro.
Art. 163. Para os casos de Regularização, Filiação ou Transfe-
rência, o requerente deverá comprovar residência no município onde
funcionar a Loja pretendente ou a, no máximo, 150 km desta.
Art. 164. Após a realização das respectivas sessões, a Loja de-
verá encaminhar prancha de confirmação à GLOMARON para os de-
mais procedimentos administrativos.

CAPÍTULO III
DA EXCLUSÃO E DA COBERTURA DOS DIREITOS MAÇÔNICOS

Art. 165. Mediante processo maçônico regular, independente


do cargo que exerça, poderá ser excluído ou suspenso do quadro de
associados, sem prejuízo do disposto nos arts. 73 a 77, da Constitui-
ção, o Maçom que:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – praticar ação desonesta ou exercer ofício ou profissão repeli-


do pela sociedade ou incompatíveis com os ideais da maçonaria;
II – transgredir os preceitos da Constituição, deste Regulamento
Geral e demais leis e normas regulamentares da GLOMARON;
III – violar juramentos ou compromissos assumidos com a práti-
ca de atos na maçonaria ou no mundo profano, incompatíveis com os
ideais da maçonaria;
IV – for condenado pela justiça profana por crime infamante,
contra os costumes ou de médio ou grave potencial ofensivo, com
REGULAMENTO GERAL

sentença confirmada em segunda instância por unanimidade ou com


sentença transitada em julgado;
V – tornar-se voluntariamente causa de escândalo público por
ações, atos ou palavras;
VI – promover discórdia ou rivalidade entre associados Maçons,
Lojas ou Potências Maçônicas;
VII – professar ideologia contrária aos princípios maçônicos; e,
VIII – ingressar ou pertencer ao quadro de Lojas filiadas a Potên-
cias Maçônicas com as quais a GLOMARON não mantenha relações.
Art. 166. Todo Obreiro que não estiver legalmente isento de pa-
gamento tem o dever de pagar suas mensalidades ou anuidades à
Loja na forma do seu Estatuto.
§ 1º Se não o fizer, o Tesoureiro da Loja, na primeira reunião
que se seguir ao terceiro mês de atraso dará ciência à Oficina para
que esta delibere a respeito, levando em conta a situação financeira
do Maçom.
§ 2º Considerado em mora o Obreiro, o Venerável providenciará
para que, da resolução da Loja, lhe seja dado conhecimento.
§ 3º Decidida a cobertura dos direitos do Obreiro, a Loja infor-
mara à Grande Secretaria de Relações Interiores, para o registro e
divulgação às demais Lojas jurisdicionadas.
§ 4º Qualquer obreiro poderá evitar a cobertura de direitos de
outro em mora desde que quite os débitos em atraso do inadimplente.
§ 5º A quitação dos débitos em atraso para com a Loja ou a
GLOMARON se verificará mediante o acréscimo da atualização mo-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

netária e juros calculados na forma da lei em vigor.


Art. 167. O Obreiro com direitos suspensos em razão de falta de
pagamento, após quitação de seus débitos, poderá requerer o resta-
belecimento dos seus direitos à Loja a que era filiado, a qual deliberará
sobre a concessão do pedido e, em caso favorável, o submeterá ao
processo de Regularização.
Art. 168. O Obreiro com os seus direitos suspensos por ina-
dimplência, caso queira tornar-se ativo em outra Potência Maçônica
poderá, após a quitação dos seus débitos, requerer o Quite Placet ou

REGULAMENTO GERAL
Certificado de Grau junto à Loja a que era filiado, não necessitando
para tanto ser regularizado.
Art. 169. O Obreiro com direitos suspensos em razão de falta de
frequência só poderá requerer o restabelecimento dos seus direitos à
Loja a que era filiado, a qual deliberará sobre a concessão do pedido
e, em caso favorável, o submeterá ao processo de Regularização.
Art. 170. O Obreiro com seus direitos suspensos em razão de
falta de frequência, caso queira tornar-se ativo em outra Potência Ma-
çônica, deverá requerer o seu Quite Placet ou Certificado de Grau
junto à Loja a que era filiado, sem a necessidade de regularização.
Art. 171. Pode a Loja, nos termos do art. 77, da Constituição,
quando o Obreiro não mais lhe convier, conceder-lhe Quite Placet e
Certificado de Grau de ofício, observado o seguinte:
I – a proposta deverá ser apresentada na forma escrita por 3
(três) Mestres Maçons do seu quadro;
II – lida a proposta, a Loja em câmara do Meio, decidirá por
maioria simples, pelo seu processamento ou não;
III – optando pelo seu processamento, o Obreiro será convidado
a apresentar razões de defesa, no prazo de 10 (dez) dias;
IV – findo o prazo, com ou sem a defesa, a Loja, em Câmara do
Meio, deliberará, em voto secreto, pela maioria simples dos presentes.
§ 1º O Quite Placet ou Certificado de Grau de Ofício não impede
o Obreiro de se regularizar em outra Loja da jurisdição ou outra Potên-
cia Maçônica.
§ 2º O Maçom que tiver sido desligado de sua Loja por Quite Pla-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

cet ou Certificado de Grau de ofício poderá reabilitar-se, em sua Loja


de origem, que irá deliberar, em Câmara do Meio, sobre o seu pedido
por 2/3 (dois terços) dos presentes em escrutínio secreto.

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS

Art. 172. O Obreiro, em dia com seus compromissos pecuniários


e no gozo dos seus direitos maçônicos poderá obter Licença Temporá-
REGULAMENTO GERAL

ria para afastar-se da Loja pelo prazo de até 1 (um) ano, nos seguintes
casos:
I – por motivo de doença própria ou de pessoa da família, devida-
mente comprovado;
II – por motivo de viagem de seu interesse, no desempenho de
encargo profissional ou educacional;
III – por outros motivos aceitos pela Loja.
§ 1º Em casos especiais, devidamente justificados, a Loja poderá
prorrogar o prazo de licença por igual período.
§ 2º A limitação do parágrafo anterior não se aplica ao caso pre-
visto no inciso I, supra, que poderá ser renovado enquanto perdurar a
necessidade.
Art. 173. O Mestre Maçom ocupante de cargo eletivo, licenciado
por mais de 3 (três) meses será considerado demissionário desse car-
go.
Art. 174. A concessão de licença, qualquer que seja a sua nature-
za, dispensa o Obreiro apenas da frequência aos trabalhos e desempe-
nho em cargo ou comissão maçônica, sem lhe outorgar a possibilidade
de exercício do direito de votar e ser votado.
Parágrafo único. A Licença Temporária não isenta o Obreiro de
suas obrigações pecuniárias, as quais poderão ser decididas pela Loja.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO V
DA RENÚNCIA DE CARGOS

Art. 175. O pedido de renúncia de qualquer autoridade men-


cionada no inciso II do art. 127 da Constituição será admissível nos
seguintes casos:
I – mudança para Oriente fora da jurisdição da GLOMARON;
II – absoluta imposição de atividade profissional e educacional;
III – doença grave própria ou de pessoa da família, que necessi-

REGULAMENTO GERAL
te de sua assistência; e,
IV – concorrer a eleição para exercer nova função.
§ 1º Quando o renunciante for o Grão-Mestre, o seu pedido de
renúncia será encaminhado ao Grão-Mestre Adjunto.
§ 2º Quando o renunciante for o Grão-Mestre Adjunto, Grandes
Oficiais eleitos, Membros do Conselho de Justiça Maçônica, das Gran-
des Comissões Permanentes ou Venerável Mestre, o pedido de re-
núncia será encaminhado ao Grão-Mestre.
§ 3º Quando o renunciante for autoridade eleita de Loja jurisdi-
cionada, o pedido de renúncia será encaminhado ao Venerável Mes-
tre.
Art. 176. A autoridade eleita, cuja renúncia não se enquadre no
que estabelece os incisos I, II, III e IV do artigo anterior, ficará impedi-
do de concorrer a cargo eletivo nos casos de:
I – ocupante de cargo da GLOMARON, por período não inferior
a 4 (quatro) anos, a contar da data da renúncia;
II – ocupante de cargo de Loja da jurisdição, por período não
inferior a 2 (dois) ano, a contar da data da renúncia.

CAPÍTULO VI
DA FREQUÊNCIA

Art. 177. Todos os membros regulares são obrigados a compa-


recerem às sessões nos dias determinados.
Art. 178. A frequência aos trabalhos é averiguada através do

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Livro de Presenças, a cargo do Chanceler, divulgada em Loja, trimes-


tralmente.
Parágrafo único. O Livro de Presenças será único e deverá
constar: número de ordem, nome completo, cadastro, grau, cargo, loja
a que pertence, oriente e assinatura;
Art. 179. O obreiro regular, ativo, poderá ter suas faltas abona-
das em pedido escrito, nos seguintes casos:
I – ausência do Oriente, formulado com antecedência ou na pri-
meira sessão após o ocorrido;
REGULAMENTO GERAL

II – doença própria ou de membro de sua família;


III – luto, casamento e nascimento de filhos;
IV – por convocação do Grão-Mestre ou Alto Corpo da Ordem;
V – por convocação como jurado ou serviço eleitoral;
VI – por estar no exercício de cargo eletivo ou de direção supe-
rior, no serviço público profano;
VII – em viagem profissional ou de estudo, por tempo não supe-
rior a 60 (sessenta) dias;
VIII – por trabalhos profissionais ou educacionais profanos;
IX – por comparecimento em sessão, de outras Lojas da juris-
dição, no mesmo dia da sessão da sua Oficina, mediante apresenta-
ção do certificado de visita;
X – por apresentação de certificado de presença em loja no
oriente em que estiver.
Parágrafo único. As faltas abonadas, constantes nos incisos III,
IV, V e IX serão computadas para efeito de regularidade nas eleições.

TÍTULO IX
DAS LOJAS JURISDICIONADAS E DOS TRIÂNGULOS
MAÇÔNICOS
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO DAS LOJAS

Art. 180. Loja é a reunião de 7 (sete) ou mais Maçons, exigida a


presença de pelo menos 3 (três) Mestres.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 181. As Lojas Simbólicas jurisdicionadas à GLOMARON


têm a sua estruturação, administração, funcionamento, direitos, de-
veres, regularidade e irregularidade, conforme os princípios, usos e
costumes adotados pela Maçonaria Universal, na Constituição, em es-
pecial nos arts. 78 a 83, neste Regulamento Geral e leis civis.
Art. 182. Às Lojas é assegurada autonomia administrativa e fi-
nanceira, sendo iguais em direitos e deveres e sujeitas ao cumprimen-
to das normas legais emanadas da GLOMARON.
§ 1º As Lojas poderão manter relações de fraterna amizade com

REGULAMENTO GERAL
as demais Lojas regulares nacionais.
§ 2º Por serem pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, as Lojas da Obediência organizarão os seus Estatutos e os
Regimentos Internos em conformidade com os Landmarks, a Consti-
tuição, este Regulamento Geral, a legislação ordinária, aos princípios
do Simbolismo Universal e as disposições expressas na legislação
civil. A elaboração dos Estatutos das Lojas jurisdicionadas observará
as seguintes formalidades:
I – denominação, organização, duração, fins, sede e foro da Loja;
II – admissão de profanos, direitos e deveres dos associados;
III – sistema de contribuições e sanções pertinentes à falta dos
compromissos pecuniários e assiduidade aos trabalhos;
IV – cobertura de direitos e exclusão de associados;
V – assembleia geral, seus poderes, sessões, convocações e
deliberações;
VI – administração, funcionamento, eleições, duração de man-
dato, substituição dos cargos e encargos dos administradores da Loja;
VII – finanças, rendas, patrimônio, sua escrituração e emprego;
VIII – fusão, divisão e dissolução.
§ 3º Os Regimentos Internos das Lojas complementarão seus
Estatutos, esclarecendo e disciplinando suas normas gerais;
§ 4º um exemplar do Estatuto e outro do Regimento Interno se-
rão enviados à Grande Secretaria de Relações Interiores, que, depois
de obterem parecer favorável da Grande Comissão Permanente de
Justiça e Legislação serão submetidos à Assembleia Geral da GLO-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

MARON.
§ 5º Cada Loja da Obediência tomará número de ordem de acor-
do com a sua antiguidade de fundação ou de incorporação à GLOMA-
RON, ficando a inscrição a cargo do Grande Secretário de Relações
Interiores.
Seção I
Da Fundação das Lojas Simbólicas

Art. 183. Sete ou mais Mestres Maçons, regulares da jurisdi-


REGULAMENTO GERAL

ção, poderão requerer autorização ao Grão-Mestre para fundar uma


Loja, devendo juntar à petição inicial os documentos comprobatórios
de qualidade naquele grau, observando o seguinte procedimento:
I – reunidos, constituirão Loja provisória, onde, sob a presidência
de um dos interessados lavrarão ata circunstanciada, consignando:
a) título distintivo da Loja, que não poderá identificar-se com
nome de pessoa viva;
b) local de funcionamento, dia da semana e horário escolhido
para as sessões;
c) Rito adotado dentre um dos admitidos pela GLOMARON;
d) nominata dos Obreiros e respectivos cargos na administra-
ção provisória com as respectivas qualificações dos membros
da diretoria.
II – petição ao Grão-Mestre, subscrita pelos interessados, acom-
panhada dos seguintes documentos:
a) cópia da ata de fundação, assinada por todos os participan-
tes da fundação da Loja;
b) lista do quadro de fundadores em 2 (duas) vias, assinada
por todos;
c) comprovação de regularidade dos Obreiros fundadores.
III – a GLOMARON expedirá edital de intenção de fundação da
Loja, que circulará por 3 (três) sessões nas Lojas jurisdicionadas, con-
tendo:
a) nome da Loja;
b) local, dia e horário de funcionamento;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

c) Rito adotado;
d) nominata da diretoria e identificação completa dos Obreiros
fundadores.
§ 1º O Grão-Mestre, se necessário, poderá determinar as dili-
gências que entender necessárias.
§ 2º Somente será admitida a fundação de nova Loja em local
onde já exista outra, quando a Loja existente possuir no mínimo 33
(trinta e três) Obreiros ou se a justificativa atender aos interesses da
Ordem.

REGULAMENTO GERAL
§ 3º As Lojas quando da sua fundação deverão ter em sua do-
cumentação a denominação LOJA SIMBÓLICA “NOME e NÚMERO”
para efeitos de documentação e registros profanos.
Art. 184. Deferido o pedido de fundação da nova Loja, será ex-
pedida Carta Constitutiva Provisória para sua instalação e funciona-
mento.
§ 1º A Carta Constitutiva conterá o número de ordem aposto ao
título distintivo da Loja, Oriente da Loja, Decreto e data de Fundação e
Instalação, sendo timbrada e assinada pelo Grão-Mestre e pelo Gran-
de Secretário de Relações Interiores.
§ 2º Expedida a Carta Constitutiva Provisória, a diretoria atual a
dirigirá até a posse da nova administração eleita, que será escolhida
de acordo com o disposto na Constituição e no Código Eleitoral Ma-
çônico.
§ 3º Decorridos 24 (vinte e quatro) meses da concessão da Car-
ta Constitutiva Provisória, o Venerável Mestre da Loja solicitará a sua
Carta Constitutiva Definitiva à GLOMARON, e esta examinará, através
da Grande Secretaria de Relações Interiores, se o pedido atende ou
não aos requisitos necessários à sua obtenção.
§ 4º Em caso de indeferimento do pedido da Carta Constitutiva
Definitiva da nova Loja, o seu Venerável Mestre, devolverá à GLOMA-
RON a Carta Constitutiva Provisória e demais documentos maçônicos
em seu poder, ficando seus Obreiros livres para optar pela transferên-
cia ou desligamento dos quadros da Ordem.
Art. 185. São requisitos necessários para a concessão da carta

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

constitutiva definitiva:
I – ter realizado pelo menos 90% das reuniões previstas para o
período de 2 (dois) anos;
II – ter realizado pelo menos uma iniciação;
III – possuir em seus quadros: Aprendizes, Companheiros e
Mestres;
IV – possuir pelo menos 15 Obreiros em seus quadros;

Seção II
REGULAMENTO GERAL

Dos Direitos das Lojas

Art. 186. São direitos das Lojas, no exercício de sua autonomia:


I – organizar sua estrutura administrativa;
II – elaborar seu Estatuto e Regimento Interno;
III – admitir novos membros, mediante os Placets da GLOMARON;
IV – fixar contribuições ordinárias, extraordinárias e taxas para
seus membros;
V – conceder distinções honoríficas;
VI – estabelecer com outras Lojas, regulares de Potências Re-
conhecidas, laços especiais de fraternidade, principalmente através
da permuta de Garantes de Paz e Amizade;
VII – conceder Quite Placet, Quite Placet de Ofício a Mestres
Maçons e expedir Certificado de Grau ou Certificado de Grau de ofício
a Companheiros e Aprendizes conforme modelo fornecido pela GLO-
MARON;
VIII – corresponder-se com Lojas da jurisdição ou, mediante au-
torização do Grão-Mestre, com Lojas regulares de outras Potências
Maçônicas, dispensado a autorização nos casos de força maior;
IX – realizar sessões conjuntas com outras Lojas da jurisdição
da GLOMARON, desde que previamente autorizado pelo Grão-Mes-
tre, obedecidas as seguintes disposições:
a) a Loja mais antiga fará a solicitação mediante prancha;
b) autorizada, a sessão será aberta com os estandartes e cartas
constitutivas das Lojas;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

c) as Lojas poderão adotar um único livro de presença e fazer


um único Balaústre que deverá ser compartilhado com as demais;
d) a condução dos trabalhos deverá ser partilhada entre os Ve-
neráveis Mestres;
e) os cargos deverão ser preenchidos proporcionalmente pelas
Lojas envolvidas;
f) os certificados de presença serão distribuídos apenas aos
Obreiros que não pertençam ao quadro das Lojas reunidas em con-
junto.

REGULAMENTO GERAL
§ 1º O estatuto da Loja disporá sobre o uso e fins de seu patri-
mônio, respeitadas as disposições expressas na legislação civil.
§ 2º As Lojas somente poderão se dirigir às autoridades profa-
nas por intermédio do Grão-Mestre, ressalvados os casos de natureza
administrativa e financeira.
§ 3º A autonomia administrativa das Lojas limitar-se-á na obser-
vância das leis civis do país, na subordinação hierárquica à GLOMA-
RON, por dever de fidelidade e por observância aos princípios ma-
çônicos.
§ 4º Nos casos de concessão de Quite Placet de Ofício e Certi-
ficado de Grau de Ofício serão assegurados aos associados o direito
de ampla defesa.
Art. 187. As Lojas só poderão participar oficialmente de ma-
nifestações públicas ou atividades estranhas aos seus objetivos ma-
çônicos, com permissão expressa do Grão-Mestre, sendo vedado,
nesse caso, o uso de paramentos ou insígnias.
Parágrafo único. Do mesmo modo, as Lojas só poderão home-
nagear ou aceitar conferências de profanos, com a permissão expres-
sa do Grão-Mestre.
Seção III
Dos Deveres das Lojas

Art. 188. São deveres das Lojas:


I – zelar pela pureza e a difusão dos princípios fundamentais da
Ordem Maçônica;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

II – cumprir e fazer cumprir os Landmarks, a Constituição este


Regulamento Geral e demais leis da GLOMARON;
III – prestar justa proteção, apoio e instrução aos seus associa-
dos;
IV – Comparecer, através de seus representantes legais, às con-
vocações do Grão-Mestrado e às Soberanas Assembleias Gerais –
SAG.
Parágrafo único. O não comparecimento, sem justificativa, im-
portará na aplicação das sanções previstas na Constituição e neste
REGULAMENTO GERAL

Regulamento Geral.

Seção IV
Da Regularização das Lojas Maçônicas

Art. 189. Deferida a petição para regularização de uma Loja, o


Grão-Mestre a fará pessoalmente, ou por intermédio de Delegado seu
ou, ainda, de comissão que haja por bem nomear.
§ 1º A Grande Secretaria de Relações Interiores fornecerá para
a regularização os seguintes documentos:
I – Carta Constitutiva Provisória ou Definitiva;
II - Palavra Semestral;
III – uma das relações do quadro de Obreiros, rubricadas pelo
Grão-Mestre e Secretário de Relações Interiores;
IV – compromisso a ser assinado pelos Obreiros da Loja em 2
(duas) vias;
V – ato do Grão-Mestre nomeando Delegado ou Comissão.
§ 2º Da cerimônia de Regularização será lavrada ata, encami-
nhando-se cópias dela e dos compromissos a que se refere o inciso
IV, do parágrafo anterior, à Grande Secretaria de Relações Interiores.

Seção V
Da Fusão das Lojas Maçônicas

Art. 190. Duas ou mais Lojas da jurisdição poderão fundir-se em

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

uma única, quando assim deliberarem ou, quando isoladas, não pos-
sam garantir a continuidade de seus trabalhos, requerendo ao Grão-
Mestre para a sua apreciação e decisão.
§ 1º As Lojas jurisdicionadas que pretendam se fundir deverão
apresentar requerimento, instruído com os seguintes documentos e
informações:
I – cópias autenticadas das atas em que cada Loja, separada-
mente, deliberou sobre a sua fusão com a outra;
II – indicação do título distintivo deliberado entre as duas Lojas,

REGULAMENTO GERAL
que poderá ser o mesmo de uma das Lojas ou um novo;
III – relação de Obreiros de cada uma das Lojas a serem fun-
didas, em 2 (duas) vias, assinadas pelo Venerável Mestre, Orador e
Secretário dos respectivos quadros;
IV – nominata da diretoria provisória escolhida entre os Obreiros
das Lojas a serem fundidas;
V – dia, horário e local das reuniões;
VI – Rito adotado;
VII – Certificado de Regularidade das duas Lojas.
§ 2º Deferido o requerimento, as Lojas recolherão à Grande Se-
cretaria de Relações Interiores, no prazo de 10 (dez) dias, as respec-
tivas Cartas Constitutivas, após o que serão adotadas as seguintes
providências:
I – expedição do Decreto de criação da nova Loja ou Decreto de
fusão com a denominação, número de ordem, local, dia e horário de
funcionamento e data da instalação da Oficina, contada da época em
que foi estabelecida a mais antiga das Lojas que lhe deu origem com
a expedição da nova Carta Constitutiva Provisória;
II – confecção de novas identidades maçônicas.
§ 3º As Lojas extintas devem proceder a baixa de suas persona-
lidades civil e jurídica, e o seu patrimônio incorporado na remanescen-
te ou naquela a ser criada.
§ 4º A instalação e posse da nova diretoria se dará num prazo
máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data do deferimento do re-
querimento.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Seção VI
Da Divisão das Lojas Simbólicas

Art. 191. A divisão de Lojas será autorizada pelo Grão-Mestre,


observando-se no que couber, o processo de fusão de Lojas.
Art. 192. Só será autorizada a divisão nos seguintes casos:
I – quando o número de Obreiros da primeira não ficar inferior a
33 (trinta três);
II – quando, depois de funcionar juntas duas Lojas que se te-
REGULAMENTO GERAL

nham fundido anteriormente, haja conveniência em ser desfeita a fu-


são. Neste caso voltarão a funcionar como antes, com os títulos ante-
riores, renovadas suas personalidades civil e jurídica.
Art. 193. Para cada Loja resultante da divisão de outras, haverá
sempre o cumprimento dos dispositivos deste Regulamento referentes
à sua fundação e regularização a fim de que se incorporem aos termos
constitucionais vigentes.

Seção VII
Da Incorporação das Lojas Simbólicas

Art. 194. Para a incorporação de uma Loja à GLOMARON, esta


encaminhará petição devidamente instruída ao Grão-Mestre, conten-
do:
I – cópia autenticada da ata que deliberou sobre a incorporação
da Loja à GLOMARON;
II – cópia autenticada da Carta Constitutiva de origem;
III – cópia de comprovação de regularidade jurídica e fiscal;
IV – indicação do título distintivo a ser adotado sob a jurisdição
da GLOMARON;
V – 2 (dois) exemplares autenticados do quadro e qualificação
dos Obreiros;
VI – cópias dos diplomas e/ou das carteiras de identificação ma-
çônica dos Obreiros;
VII – Certidões negativas para admissão de todos os Obreiros;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

VIII – nominata da diretoria provisória;


IX – dia, horário e local das reuniões;
X – Rito adotado dentre os admitidos pela GLOMARON.
§ 1º Recebida a petição, o Grão-Mestre adotará as seguintes
providências:
I – encaminhará a petição ao Procurador Geral para emitir pa-
recer;
II – mandará circular edital por 3 (três) sessões, nas Lojas juris-
dicionadas, contendo:

REGULAMENTO GERAL
a) nome da Loja a ser incorporada à GLOMARON;
b) local, dia e horário de funcionamento;
c) Rito a ser adotado;
d) relação dos Obreiros com os respectivos dados de qua-
lificação.
§ 2º O Grão-Mestre, para subsidiar a sua decisão, poderá deter-
minar as diligências que entender necessárias.
§ 3º Com base no parecer do Procurador Geral e das infor-
mações contidas nos editais, o Grão-Mestre poderá conceder Carta
Constitutiva Provisória à Loja solicitante.
Art. 195. Nenhuma incorporação de Loja se fará sem a obser-
vância das normas adotadas pela GLOMARON nos seus rituais.

Seção VIII
Da Cessação da Existência de Lojas Jurisdicionadas

Art. 196. Na impossibilidade de contar com, pelo menos, 7 (sete)


membros efetivos regulares, cessará a existência da Loja.
Art. 197. Na impossibilidade de reunir os Irmãos para a realiza-
ção das sessões, cessará a existência da Loja, dentro das seguintes
condições:
I – deixando de funcionar durante 6 (seis) meses consecutivos
e esgotados os meios de continuidade dos trabalhos, a administração
da Loja convocará os Obreiros do seu quadro para, em Assembleia
Extraordinária, tratar especificamente sobre a cessação da sua exis-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

tência;
II – se por voto da maioria dos presentes for decidida a sua ex-
tinção, o seu patrimônio terá o destino previsto no § 2º do art. 101, da
Constituição da GLOMARON;
III – se a maioria dos membros decidirem que a Loja deva ape-
nas cessar temporariamente suas atividades, proceder-se-á do se-
guinte modo:
a) o patrimônio da Loja poderá ser administrado pela GLOMA-
RON ou terá o tratamento estabelecido no seu Estatuto ou em
REGULAMENTO GERAL

Resolução da Assembleia da Loja;


b) logo que a Loja retorne oficialmente às suas atividades, as-
sumirá a posse do seu patrimônio, que lhe será restituído com
a necessária prestação de contas, caso esteja em poder da
GLOMARON.
IV – decorridos 3 (três) anos sem que a Loja retorne às suas
atividades, será declarada a cessação de sua existência.
§ 1º Do resultado a que chegarem os Obreiros será lavrada ata
circunstanciada, remetendo-se cópia devidamente autenticada ao
Grão-Mestre, que a encaminhará à Grande Secretaria de Relações
Interiores para o seu arquivamento, sem prejuízo do pronto cumpri-
mento do contido na letra a do inciso III do presente artigo.
§ 2º Os Maçons do Quadro de Loja adormecida, que tenham
cessado a sua existência, caso queiram, deverão promover sua Regu-
larização e Filiação em outra Loja da Obediência.

CAPÍTULO II
DAS SESSÕES DA LOJA E DA ORDEM DOS TRABALHOS
Seção I
Das Sessões da Loja

Art. 198. As sessões das Lojas são magnas, brancas, econômi-


cas, especiais e administrativas.
Art. 199. São Magnas as sessões de iniciação, mudança de
Grau, filiação, regularização, adoção de Lowtons, reconhecimento

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

conjugal, pompas fúnebres, sagração ou inauguração de Templo, tra-


balhos de banquetes, regularização de Lojas, dia das mães (ou pais),
aniversário ou bodas, consagração de garantes de amizade, palestras
e conferências e outras previstas nos rituais.
§ 1° É vedada a apresentação, discussão ou votação de qual-
quer proposta em sessão Magna.
§ 2° A Sessão de Reconhecimento Conjugal serve apenas para
referendar, em Loja, o casamento, de Mestres Maçons, já realizado
perante as autoridades civis, de acordo com a legislação vigente no

REGULAMENTO GERAL
País.
Art. 200. São Brancas as sessões em que se admite a participa-
ção de profanos, com o Livro da Lei fechado.
Parágrafo único. Em casos especiais as sessões Magnas po-
derão ser brancas, respeitada a ritualística.
Art. 201. Econômicas ou Ordinárias são as sessões para tratar
de interesses gerais e particulares da Loja, dos Maçons do Quadro e
da GLOMARON, assim como as de trabalhos ordinários e de instru-
ções ritualísticas.
§ 1° As sessões econômicas serão realizadas, em dias previa-
mente estabelecidos, sem necessidade de convocação, com o com-
parecimento obrigatório dos membros associados, respeitando-se o
calendário civil e maçônico.
§ 2° A leitura de leis, decretos e atos dos Altos Corpos, quando
necessário, só será feita em sessão do Grau de Aprendiz Maçom.
§ 3° Nas sessões econômicas os documentos a serem lidos ou
deliberados, bem como a Ordem do Dia devem ser de acordo com o
Grau da sessão em questão.
§ 4° Nos casos em que as sessões são transformadas em Grau
Superior, deve ser feito aditamento ao balaústre para conhecimento
dos Obreiros do respectivo Grau.
§ 5° As Lojas poderão dar ampla publicidade aos Atos utilizando-
se de formas eletrônicas, exceto aos que trouxeram de forma expres-
sa a determinação de leitura em Loja.
§ 6° As Lojas devem evitar a leitura de Balaústres nas sessões,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

devendo os mesmos serem encaminhados aos presentes, preferen-


cialmente de forma eletrônica, com antecedência mínima de 03 (três)
dias, para as devidas manifestações, submetendo-o à aprovação na
sessão seguinte.
§ 7° Não havendo cumprimento do prazo acima, os mesmos
deverá ser lidos e aprovados em Loja.
§ 8° Após lido, aprovado e colhida as assinaturas do Secretário,
Orador e Venerável Mestres, os Balaústres devem ficar na secretaria
da Loja à disposição de todos os Obreiros.
REGULAMENTO GERAL

Art. 202. Especiais são as sessões de eleição, posse e finanças.


Parágrafo único. As sessões especiais devem ser convocadas
pelo Venerável Mestre, não se admitindo assunto diverso da convoca-
ção a não ser que cada membro regular receba uma notificação, com
pelo menos de 3 (três) dias de antecipação da data referida da sessão.
Art. 203. Administrativas são as sessões sem formalidades ri-
tualísticas para tratar de assuntos de interesse geral da Loja não con-
templados na Ordem do Dia das sessões Econômicas.
§ 1° As sessões Administrativas serão convocadas pelo Vene-
rável Mestre, e realizada em dia diverso ou após a sessão ordinária.
§ 2° Nas sessões de que trata este artigo não serão discutidos
nem votados assuntos que não constem da convocação.
§ 3° As decisões tomadas em sessões Administrativas deverão
ser levadas ao conhecimento da Loja, na primeira sessão Econômica
subsequente, só podendo sofrer modificação caso não tenha sido res-
peitado as disposições deste artigo.
Art. 204. As decisões que não exigirem quorum especial serão
tomadas pela maioria simples de votos dos associados presentes na
sessão.
Art. 205. As sessões da Loja serão realizadas com observância
dos seguintes preceitos:
I – a Loja não poderá realizar sessão ritualística com número
inferior a 7 (sete) membros regulares, dos quais, pelo menos, 3 (três)
Mestres Maçons que serão as Luzes;
II – não se admite votar por procuração;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – o Venerável Mestre será obrigado a convocar uma sessão


especial, a pedido escrito de 1/5 (um quinto) dos membros regulares
que, por sua vez, indicarão na solicitação a finalidade para a qual ela
é convocada;
IV – um Maçom regular que tenha sido examinado, ou afiançado
por um membro regular, está autorizado a visitar a Loja;
V – estando ausentes o Venerável Mestre ou os Vigilantes, a
Loja será aberta e iniciado os trabalhos pelos seus substitutos legais,
de acordo com as leis e Regulamento Geral da Ordem;

REGULAMENTO GERAL
VI – as sessões que deixarem de se realizar serão observadas
no Livro de Presença, com as devidas anotações dos motivos;
VII - as sessões serão realizadas em conformidade com o dis-
posto na Constituição e no Regulamento Geral da GLOMARON e Ri-
tuais dos respectivos graus;
VIII – não será permitido filmar, fotografar ou de qualquer forma
gravar imagens e sons nas sessões da Loja enquanto aberto o Livro
da Lei, exceto se autorizado pelo Grão-Mestre ou Grão-Mestre Adjun-
to presentes na sessão;
IX – nas sessões de câmara do meio não será permitido as gra-
vações em quaisquer circunstâncias; e,
X – todos deverão estar trajados de acordo com o respectivo
ritual do grau, sob pena de não serem admitidos aos trabalhos.
§ 1° Nas sessões Magnas, observadas as exigências deste ar-
tigo, deverão ser usadas, ainda, luvas brancas e gravata borboleta.
§ 2° Nas sessões da GLOMARON, admite-se o uso de comen-
das, medalhas e condecorações dos graus não simbólicos.

Seção II
Da Ordem dos Trabalhos

Art. 206. A Ordem dos Trabalhos será fielmente seguida, de


acordo com o Ritual adotado pela GLOMARON.
Art. 207. As modificações do Estatuto, Regimento Interno, assim
como discussões de natureza administrativa e financeira, deverão ser

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

realizadas em sessões administrativas.

CAPÍTULO III
DAS DELIBERAÇÕES

Art. 208. Qualquer proposta, requerimento, moção ou indicação,


deverá ser formulado por escrito, datado e assinado, e protocolado
junto à secretaria da Loja ou colocado na Bolsa de Propostas e Infor-
mações, sob pena de não ser considerado.
REGULAMENTO GERAL

§ 1º Tratando-se de matéria que exija votação da Loja, o Venerá-


vel Mestre depois de lê-la, em voz alta, a despachará para as respec-
tivas Comissões, conforme a competência.
§ 2° Se o assunto for inadiável, o proponente deverá acrescen-
tar o pedido de urgência, que será admitido se 2/3 (dois terços) dos
membros presentes assim aprovarem, dispensando-se os pareceres
das Comissões.
§ 3° A proposta recusada pela Loja só poderá voltar a ser exami-
nada no mandato seguinte da Diretoria.
§ 4° O autor da proposta tem o direito de retirá-la em qualquer
fase do seu andamento, menos se já tiver sido posta em votação.
Art. 209. A atuação do Venerável Mestre será a de encaminhar
as propostas, ordenar e participar dos debates, promover as votações,
cabendo a ele o voto de minerva.
Parágrafo único. Quando a proposta for de autoria do Venerá-
vel Mestre, este poderá participar das discussões quando transmitir o
malhete ao seu substituto legal que presidirá os trabalhos até o encer-
ramento do assunto.
Art. 210. Nenhum membro poderá discorrer sobre matéria ob-
jeto de discussão mais de uma vez, com exceção do proponente, que
poderá falar quando houver oposição ou solicitação de esclarecimen-
tos, limitados todos ao tempo máximo de 3 (três) minutos, por vez.
§ 1º O Orador poderá falar por 5 (cinco) minutos, no máximo,
para suas conclusões, e após ele, ninguém mais usará da palavra so-
bre o assunto. Quando a proposta for do Orador, aplica-se o disposto

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

no § 2º do art. 238.
§ 2º Qualquer membro, a qualquer momento, poderá levantar
“questões de ordem”, para fazer cumprir a Constituição, o Regulamen-
to Geral, os Landmarks, o Estatuto Social e o Regimento interno da
Loja e os Rituais, aguardando a autorização do Venerável Mestre.
§ 3º São proibidos os apartes, mesmo que solicitados e concedi-
dos por quem estiver com a palavra.
§ 4º O uso da palavra é dependente de autorização do Venerá-
vel Mestre, no momento próprio, diretamente, se o membro estiver no

REGULAMENTO GERAL
Oriente, ou através dos Vigilantes, se estiver nas Colunas.
Art. 211. As votações serão pelos sinais convencionais de acor-
do com os rituais.
§ 1º Serão secretas as votações em qualquer eleição, através
de cédulas, exceto em casos de chapa única que poderá ser por acla-
mação.
§ 2° Poderão ser nominais ou secretas, se um membro o re-
querer e a Loja aprovar pela maioria dos membros presentes, consig-
nando-se no balaústre os nomes dos votantes e seus votos, “sim” ou
“não”, em relação à proposta.
§ 3° Pelo sistema de esferas brancas e negras, no escrutínio de
candidatos à iniciação.
§ 4º É admitida a recontagem de votos, seja qual for o sistema
adotado, desde que solicitada logo após a comunicação do Mestre
de Cerimônias e antes da proclamação do resultado, pelo Venerável
Mestre.
§ 5° É admitida a abstenção de voto se o membro alegar razões
de foro íntimo, mas não, se disser que não compreendeu a matéria.
Art. 212. É lícito a qualquer membro discordar da votação da
Loja, podendo requerer verbalmente que conste do balaústre a sua
divergência.
§ 1° Ao membro de voto divergente é assegurado o direito de
recurso, na forma da legislação maçônica.
§ 2° Se não requerer a menção da divergência no Balaústre,
preclui a possibilidade de recorrer.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 213. Sempre que a Loja for tratar de assuntos ou abordar


matéria que, pela sua natureza, possa constranger qualquer membro
presente, o Venerável Mestre determinará que o mesmo cubra o Tem-
plo, durante o tempo que for necessário, na mesma sessão.
Art. 214. Se a matéria em discussão não estiver suficientemente
esclarecida ou provocar tumulto, poderá ser adiada para votação na
sessão seguinte.
Art. 215. Todos os membros, indistintamente, devem usar de
linguagem moderada e cortês, durante as sessões, ficando sujeitos a
REGULAMENTO GERAL

cassação da palavra e penalidades de acordo com o Código Discipli-


nar Maçônico.
Parágrafo único. Quando necessário, o Venerável Mestre po-
derá determinar ao Mestre de Cerimônias que convide o membro in-
conveniente a cobrir o Templo, e se houver tumulto poderá encerrar a
sessão com um só golpe de malhete, retirando-se todos os presentes
do Templo.

CAPÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS DO OBREIRO

Art. 216. As cobranças das mensalidades deverão ser apresen-


tadas mensalmente pelo Tesoureiro, especificando a natureza de cada
parcela componente do montante, sem prejuízo das taxas devidas à
GLOMARON.
Art. 217. O valor da mensalidade é fixado com base no Valor de
Referência Maçônica (VRM) da GLOMARON, e poderá ser alterado
sempre que houver necessidade de sua correção, a critério da Loja.
Parágrafo único. As despesas inadiáveis serão autorizadas
pelo Venerável Mestre, ad referendum da Loja.
Art. 218. As taxas (joias) de iniciação, filiação, regularização,
transferência, elevação, exaltação e outras, serão fixadas e/ou alte-
radas, a qualquer tempo, pela Loja, mediante proposta motivada e
parecer da Comissão de Finanças.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO DAS LOJAS
Seção I
Da Diretoria Geral e Corpo Administrativo

Art. 219. A Loja, como associação maçônica regular, iguais em


direitos e deveres, tem responsabilidade e administração própria; pos-
sui autonomia administrativa, financeira, orçamentária, patrimonial e
número ilimitado de membros.

REGULAMENTO GERAL
Art. 220. A Loja é administrada por uma Diretoria Geral, eleita
conforme a Constituição, o Regulamento Geral e Código Eleitoral da
GLOMARON, composta pelo Venerável Mestre, seu Presidente e pe-
los Primeiro e Segundo Vigilantes, respectivamente, 1° e 2° Vice-Pre-
sidentes, além do Orador, Secretário e Tesoureiro.
§ 1° O Venerável Mestre, Presidente da Loja, é o seu represen-
tante nato, ativo e passivo, em juízo ou fora dele, perante os Poderes
constituídos maçônicos e civis.
§ 2° Os cargos, competências, atribuições e encargos da Dire-
toria Geral da Loja são definidos neste Regulamento e no Estatuto
Social das Lojas.
Art. 221. A Loja é formada por um Corpo Administrativo cons-
tituído por Luzes e Oficiais, todos eles Mestres Maçons, regulares, a
saber:
I – Luzes: o Venerável Mestre e os Vigilantes.
II – Oficiais: os ocupantes dos cargos:
a) Orador;
b) Secretário;
c) Tesoureiro;
d) Chanceler;
e) Mestre de Cerimônias;
f) 1º e 2º Expertos;
g) Hospitaleiro;
h) 1º e 2º Diáconos;
i) Porta Bandeira;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

j) Porta Estandarte;
k) Porta Espada;
l) Guarda do Templo (Cobridor Interno);
m) Cobridor Externo;
n) Mestre de Harmonia;
o) Mestre de Banquetes;
p) Arquiteto;
q) Bibliotecário.
§ 1º As Lojas a seu critério, e conforme sua necessidade, po-
REGULAMENTO GERAL

derão eleger oficiais adjuntos para os cargos de Orador, Secretário e


Tesoureiro ou nomear para os de Chanceler e Mestre de Cerimônias.
§ 2º As Lojas que adotam ritos diferentes do Rito Escocês Antigo
e Aceito (REAA) deverão fazer a associação dos cargos constantes
neste artigo, por semelhança.
Art. 222. O Venerável Mestre, os Vigilantes, o Orador, o Secre-
tário e o Tesoureiro, são eleitos conforme o art. 119, da Constituição e
o Código Eleitoral Maçônico, para mandato de um ano, permitida uma
única reeleição, consecutiva.
Parágrafo único. São eleitos, juntamente com a Diretoria da
Loja, 2 (dois) Juízes do Conselho de Justiça e os membros do Conse-
lho Fiscal.

Seção II
Do Conselho Fiscal

Art. 223. O Conselho Fiscal compor-se-á de 3 (três) membros


efetivos e 3 (três) suplentes que não tenham integrado a Administra-
ção Geral no período imediatamente anterior, eleitos na forma do art.
119, II, da Constituição, para mandato de 1 (um) ano, coincidente com
o mandato dos eleitos à Direção Geral da Loja.
Parágrafo único. Os Membros do Conselho Fiscal elegerão um
Presidente, logo após a eleição, sendo que na falta ou impedimento
de um dos membros titulares a substituição far-se-á pelo suplente de
maior idade maçônica.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 224. Compete ao Conselho Fiscal:


I – reunir-se ordinariamente uma vez por trimestre, ou extraordi-
nariamente, sempre que necessário, para fiscalizar a gestão econômi-
co-financeira e contábil da Loja, sugerindo ações e diretrizes à Direção
Geral, bem como à Assembleia da Loja;
II – ter livre acesso e requisitar, para análise, a qualquer tempo,
documentação comprobatória das operações econômico-financeiras
realizadas;
III – examinar as contas da Administração Geral no final de cada

REGULAMENTO GERAL
exercício, avaliar e emitir pareceres conclusivos para deliberação da
Assembleia da Loja; e,
IV – dar parecer sobre a Proposta Orçamentária e qualquer pro-
posição que envolva receita, despesa ou obrigação contratual.

Seção III
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas

Art. 225. O Conselho de Justiça das Lojas jurisdicionadas, nos


termos do art. 44, I, da Constituição, é órgão do Poder Judiciário in-
cumbido de ministrar a Justiça Maçônica aos seus jurisdicionados em
Primeira Instância.
Parágrafo único. A sua composição, eleição dos Juízes, com-
petência, atribuições, funcionamento, processamento e interposição
de recursos, são regulados pelos arts. 44 e 45 da Constituição e de-
mais normas legais da GLOMARON.

Seção IV
Das Comissões Permanentes das Lojas

Art. 226. Farão parte da Administração Geral da Loja as seguin-


tes Comissões Permanentes:
I – Comissão Permanente de Educação, Liturgia e Ritualística;
II – Comissão Permanente de Solidariedade;
III – Comissão Permanente de Assuntos Gerais.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 227. As Comissões Especiais são de caráter temporário


com atribuições definidas no ato de sua criação com a nomeação de
seus membros e o prazo para a entrega do relatório conclusivo.
Art. 228. As Comissões Permanentes e Especiais são órgãos
técnicos e consultivos, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento
ou a fiscalização de qualquer trabalho, compostas de 3 (três) Mem-
bros titulares, nomeados pelo Venerável Mestre, e presidida pelo pri-
meiro da lista.
§ 1º Poderão as Comissões determinar diligências ou solicitar
REGULAMENTO GERAL

informações que considerem imprescindíveis aos seus relatórios.


§ 2º Ultimado o Relatório, o Presidente reunirá a Comissão para
a votação de suas conclusões, devolvendo o processo à autoridade
competente, dentro do prazo fixado.
§ 3º Não sendo unânime a conclusão do parecer, o voto diver-
gente será proferido em parecer apartado, acompanhando, porém, o
relatório da Comissão.
§ 4º havendo impossibilidade de pronunciamento conclusivo do
Relatório, no prazo regular, deverá o Presidente da Comissão, antes
do seu vencimento, requerer à autoridade competente a sua prorroga-
ção por igual período, justificando expressamente os motivos determi-
nantes daquele impedimento.
§ 5º O descumprimento dos prazos fixados neste artigo será
passível de censura.

Subseção I – Da Comissão Permanente de Educação,


Liturgia e Ritualística

Art. 229. Compete à Comissão Permanente de Educação, Litur-


gia e Ritualística:
I – promover trabalhos visando a aprendizagem e o aproveita-
mento moral, espiritual e intelectual do maçom;
II – promover instruções ritualísticas conforme o Grau e o Ritual;
III – promover a organização e propiciar palestras, debates, se-
minários, reuniões de maçons e convidados;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

IV – envidar esforços visando o desenvolvimento cultural do


povo maçônico segundo os cânones da filosofia da Ordem; e,
V – traçar, junto com os Vigilantes, o plano geral de instrução a
ser ministrado aos Aprendizes, Companheiros e Mestres.

Subseção II – Comissão Permanente de Solidariedade

Art. 230. Compete à Comissão de Solidariedade exercer, junta-


mente com a Hospitalaria as deliberações da Loja referente a socorro,

REGULAMENTO GERAL
auxílio e beneficência aos Irmãos e familiares, e:
I – elaborar, com o Hospitaleiro, o Plano Anual de Beneficência
e opinar sobre todo auxílio que a Loja prestar em caráter eventual ou
permanente;
II – emitir parecer sobre pedidos de socorro, beneficência e auxí-
lio de qualquer espécie, após verificar a real situação de quem o tenha
solicitado;
III – submeter o seu trabalho, parecer e relatórios à apreciação
da Assembleia da Loja.
Parágrafo único. Nos casos de necessidade evidente ou emer-
gência, a Loja dispensará o pronunciamento da Comissão, autorizan-
do, imediatamente, o fornecimento dos recursos pleiteados, admitin-
do-se posteriormente o parecer da Comissão.

Subseção III – Comissão Permanente de Assuntos


Gerais

Art. 231. Compete à Comissão Permanente de Assuntos Gerais:


I – elaborar juntamente com a Diretoria da Loja, o Planejamento
Estratégico a ser implementado na Loja;
II – analisar, interpretar e dar pareceres sobre matérias que en-
volvam interpretação da Constituição, Leis e Regulamento Geral da
GLOMARON, bem como o Estatuto e o Regimento interno da Loja e
outros assuntos não previstos nas demais comissões;
III – propostas de reforma da legislação aplicável à Loja;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

IV – analisar e dar parecer sobre indicações de honrarias ma-


çônicas;
V – opinar sobre matéria não privativa das demais comissões.

Seção V
Das Luzes
Subseção I – do Venerável Mestre

Art. 232. Compete ao Venerável Mestre, como Presidente da


REGULAMENTO GERAL

Loja, além das atribuições do art. 85, da Constituição:


I – praticar todos os atos de gestão necessários à administração
da Loja;
II – presidir, abrir, dirigir e encerrar todos os trabalhos da Loja;
III – decidir as questões de ordem e conceder ou retirar a palavra
aos membros que a tiverem pedido;
IV – expedir e assinar, juntamente com o Secretário e Tesoureiro
o Quite Placet e o Certificado de Grau a pedido ou de ofício;
V – assinar, com o Orador e Secretário, as atas das sessões,
depois de aprovadas, e todos os documentos e expedientes relativos
à administração da Loja;
VI – assinar, juntamente com o Tesoureiro, toda a documentação
relativa à gestão financeira, orçamentária e patrimonial da Loja, inclu-
sive abrir, movimentar e encerrar as contas bancárias;
VII – gerir o patrimônio e as finanças da Loja, juntamente com o
Tesoureiro;
VIII – nomear e exonerar os titulares dos cargos de sua livre
nomeação;
IX – nomear Comissões Especiais, de caráter temporário, para
auxiliá-lo em sua administração;
X – decidir as questões administrativas e os requerimentos que
lhes forem formulados, sem prejuízo de recurso ao plenário da Loja,
às Comissões Permanentes e ao Conselho de Justiça;
XI – exercer o voto de qualidade, em desempate, sobre as ma-
térias sujeitas a deliberação do plenário, exceto no caso de eleição de

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Loja, em que vota como Obreiro e, ainda, em relação às votações por


escrutínio secreto;
XII – convocar, através da Secretaria, as reuniões de natureza
extraordinária, administrativa, magna e especial;
XIII – iniciar profanos, promover aumento de salários, filiar, regu-
larizar, transferir e remir Maçons, após a devida tramitação dos pedi-
dos, observada a legislação vigente e os preceitos ritualísticos;
XIV – proclamar o resultado das eleições e das deliberações,
assinar os balaústres aprovados, encerrar em cada sessão a folha de

REGULAMENTO GERAL
presença e firmar os documentos em nome da Loja, que não sejam
privativos de dignidades ou oficiais;
XV – dar destino ao expediente, despachando-o ao Secretário,
após a devida leitura perante a Loja, os que não sejam privativos de
outra dignidade ou oficiais;
XVI – impedir diálogos, apartes, referências pessoais desonro-
sas que possam ofender a Maçons presentes ou ausentes, usando da
prudência, moderação e urbanidade;
XVII – impedir a discussão de assuntos político-partidário ou
religioso-sectário nas reuniões;
XVIII – mandar cobrir o Templo os maçons, nos casos previstos
neste Regimento Interno e na legislação da GLOMARON;
XIX – mandar preencher, através do Mestre de Cerimônias, os
cargos em loja, no início ou durante as sessões;
XX – dirigir os atos eleitorais, acompanhado pelo Orador, pelo
Secretário e escrutinadores, se for o caso;
XXI – conferir e anunciar o resultado da Bolsa de Proposta e
Informações, dando-lhe o devido destino e deixar sob malhete as co-
lunas gravadas quando entender conveniente, até 2 (duas) sessões
subsequentes;
XXII – assinar toda a correspondência dirigida ao Grão-Mestre,
membros do Alto Corpo, autoridades maçônicas e profanas da juris-
dição;
XXIII – suspender ou encerrar os trabalhos, com um só golpe de
malhete, quando houver tumulto que rompa a disciplina e a harmonia

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

entre os membros;
XXIV – encerrar qualquer discussão após as conclusões do Ora-
dor;
XXV – ordenar ao Orador que instaure processo maçônico con-
tra membro que infringir a lei;
XXVI – determinar a leitura em Loja, pelo Orador, das Leis, Atos
e Decretos e, pelo Secretário, o expediente;
XXVII – apresentar à Loja, no final da sua gestão, balanço fi-
nanceiro, contábil e patrimonial e o relatório de prestação de contas
REGULAMENTO GERAL

e suas realizações, sugerindo ao seu sucessor quanto àquelas em


andamento sem prejuízo do disposto nos §§ 2º e 3º do art. 129, da
Constituição;
XXVIII – aconselhar, interpelar e advertir os maçons, em Loja ou
fora dela, sempre que necessário;
XXIX – representar a Loja em todas as solenidades a que for
convidado ou nomear Obreiros que o represente;
XXX – assinar juntamente com o Grão-Mestre a criação e ado-
ção de capítulos da Ordem DeMolay, Bethéis das Filhas de Jó e outras
entidades paramaçônicas e organizações aliadas à Maçonaria que se-
jam regulares e reconhecidas; e,
XXXI – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu
cargo e aquelas a ele destinadas pelo Estatuto Social, pela Constitui-
ção e pelo Regulamento Geral da GLOMARON e demais determina-
ções do Grão-Mestrado.
Art. 233. O Venerável Mestre, findado o seu mandato, exercerá
o cargo de Venerável Mestre Imediato (Past Master), até que outro
Mestre Instalado mais recente o substitua no cargo.
§ 1º O Past Master, na sua Loja, terá assento à direita do Vene-
rável Mestre.
§ 2º O Past Master só poderá ocupar outro cargo em Loja na
condição de ad hoc.
Art. 234. O Venerável Mestre, ao tomar conhecimento do fale-
cimento de Obreiro do Quadro da Loja, informará o fato à GLOMA-
RON e à Associação Maçônica de Assistência do Estado de Rondônia

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

(AMARO) e nomeará Comissão destinada a tomar as medidas neces-


sárias para homenagear o Irmão falecido e socorrer a sua família, se
for o caso.
Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto neste artigo,
é dever dos Obreiros instruir, antecipadamente, suas famílias a comu-
nicar à Loja quando o fato ocorrer.

Subseção II – Dos Vigilantes

REGULAMENTO GERAL
Art. 235. Os Primeiro e Segundo Vigilantes, respectivamente, 1°
e 2° Vice-Presidentes, têm a direção das colunas de acordo com os
Rituais, competindo-lhes:
I – instruir, orientar, coordenar, acompanhar as instruções e tra-
balhos apresentados de todos os Obreiros que tiverem sido colocados
sob sua responsabilidade, propondo-lhes mudança de grau, quando
julgado adequado;
II – manter a ordem e o silêncio em sua coluna, evitando pales-
tras no decorrer dos trabalhos;
III – não permitir que um maçom se ausente de sua coluna ou
passe a outra sem seu consentimento;
IV – solicitar a palavra ao Venerável para os Obreiros de sua
coluna que a pedirem observando a ordem das solicitações;
V – pedir ao Venerável licença para qualquer obreiro de sua co-
luna cobrir o Templo só devendo fazê-lo se isso não perturbar os tra-
balhos ou não ocasionar falta de número para o seu prosseguimento;
nesse caso recomendará ao retirante sua contribuição para o Tronco
de Solidariedade, se ainda não houver ocorrido a circulação do mes-
mo e o juramento de silêncio;
VI – opinar sobre aumento de salário dos Obreiros de sua Co-
luna;
VII – lembrar, atenciosamente, ao Venerável Mestre, quando
lhes parecer haver equívoco, ou diversa interpretação em matéria re-
gimental, doutrinária, ou de interpretação de textos; e,
VIII – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu cargo e

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

aquelas destinadas pelos Rituais, pelos Landmarks, pela Constituição,


pelo Regulamento da GLOMARON e pelo Estatuto Social; e,
IX – É obrigatória a presença dos Vigilantes às Assembleias Ge-
rais da GLOMARON, onde fazem parte como Grandes Representan-
tes de suas Lojas, de acordo com o Inciso II do art. 35 da Constituição.
Art. 236. Compete ainda ao Primeiro Vigilante, além das atribui-
ções ritualísticas:
I - substituir o Venerável Mestre em suas faltas, licenças e impe-
dimentos, sentando a direita do trono sem usar a cobertura e utilizan-
REGULAMENTO GERAL

do os seus paramentos de Vigilante, exceto em relação à condução


e Presidência da Loja, nas sessões de admissão de candidatos e de
mudança de Graus, caso não seja ele Mestre Instalado, sendo que,
nesta oportunidade, os trabalhos deverão ser conduzidos por um Mes-
tre Instalado, de acordo com a orientação do Rito;
II – suceder-lhe em caso de vacância, como previsto no art. 126
da Constituição.
Art. 237. São atribuições do Segundo Vigilante, além das atribui-
ções ritualísticas:
I – substituir o Primeiro Vigilante em suas faltas, licenças e im-
pedimentos;
II – comunicar ao Primeiro Vigilante, os informes e solicitações
que vier do Cobridor, uma vez abertos os trabalhos, e este, ao Vene-
rável Mestre, e na ordem inversa, quando houver determinação do
Presidente dos trabalhos;

Seção VI
Dos Oficiais
Subseção I – Do Orador e Orador Adjunto

Art. 238. Compete ao Orador, além das atribuições ritualísticas:


I – observar e fazer observar as disposições contidas nos Land-
marks, na Constituição, neste Regulamento e demais Leis da GLO-
MARON, no Estatuto e no Regimento de sua Loja, opondo-se de ofí-
cio às deliberações que com elas conflitem, protestando contra elas e

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

mesmo delas recorrendo, consignando-se o fato na ata da respectiva


sessão;
II – dar parecer conclusivo sobre qualquer proposição, antes de
ser submetido à votação;
III – apresentar peças de arquitetura e discorrer sobre o signifi-
cado do ato a ser realizado nas sessões de iniciação, filiação, mudan-
ças de grau, magnas, especiais e fúnebres, bem como agradecer, de
forma célere, sempre, a presença de visitantes;
IV – requerer oralmente o adiamento sempre que entender que

REGULAMENTO GERAL
determinada matéria não esteja suficientemente esclarecida, devendo
lançar mão dessa atribuição com prudência e moderação;
V – funcionar como Promotor de Justiça Maçônica junto ao Con-
selho de Justiça;
§ 1º O Orador deverá ser um Mestre Maçom de reconhecida pru-
dência, discernimento fácil e pleno domínio da Legislação Maçônica.
§ 2º O Orador Adjunto substituirá o titular em suas faltas, licen-
ças e impedimentos.

Subseção II – Do Secretário e Secretário Adjunto

Art. 239. Compete ao Secretário, além das atribuições ritualís-


ticas:
I – superintender e realizar os serviços da Secretaria da Loja;
II – lavrar todas as atas, também denominadas de balaústres,
das sessões e reuniões administrativas, nos livros respectivos, assi-
nando-as juntamente com o Venerável Mestre e Orador, tão logo apro-
vadas pela Assembleia da Loja;
III – manter os arquivos devidamente atualizados referentes aos
cadastros individuais dos Obreiros e aos atos administrativos da Loja
e os relativos à correspondência recebida e expedida;
IV – receber a correspondência, selecionando-a, registrando-a e
dando o devido conhecimento ao Venerável Mestre;
V – fazer as comunicações à GLOMARON, às Lojas coirmãs e
Obreiros da Loja;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

VI – fazer a chamada dos Obreiros nas votações nominais e nas


eleições;
VII – expedir certidões e documentos requeridos por Obreiros,
devendo, quando sujeitos ao pagamento de taxas, só fazê-lo mediante
apresentação de recibo, assinando, quando isto for exigido, juntamen-
te com o Venerável Mestre ou outro Oficial da Loja;
VIII – comunicar ao Tesoureiro as mudanças de grau e as reso-
luções sobre a admissão de profanos, de filiação, de regularização e
transferência;
REGULAMENTO GERAL

IX - dar andamento e fiscalizar a observância dos prazos nos


processos administrativos e disciplinares da Loja;
X – guardar em lugar seguro os arquivos da Loja e o Livro de
Atas, providenciando, ainda, a digitalização e o escaneamento de to-
dos os documentos recebidos, expedidos e os registros eletrônicos;
XI – manter em dia a lavratura dos Balaústres (Atas) que deve-
rão, quanto possível, ser sucintos, numerados, separados por Grau e
iniciados com a invocação ao Grande Arquiteto do Universo;
XII – ler a correspondência antes do início das sessões e delas
dar conhecimento à Loja, de forma resumida, durante o Expediente,
salvo quando o Venerável Mestre determinar a sua leitura integral;
XIII – formar processo numerado de toda proposta ou pedido
escrito, que por despacho do Venerável Mestre, será encaminhado às
respectivas Comissões;
XIV – comunicar ao Tesoureiro o nome dos associados admiti-
dos ou excluídos do quadro de Obreiros, assim como os aumentos de
salários concedidos pela Loja;
XV - elaborar relatório de final de gestão que deverão constar,
obrigatoriamente, o número membros, sessões ordinárias, administra-
tivas, especiais e magnas havidas, o número de iniciações, filiações,
mudanças de grau, transferências, expedição de Quite Placet e Cer-
tificado de Grau a pedido ou de ofício, cobertura de direitos, eleições,
eventos realizados, e consolidar os relatórios da Chancelaria, Hospi-
talaria e comissões;
XVI - dar rápido andamento aos papeis despachados pelo Vene-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

rável Mestre e manter em ordem as pastas, processos e prontuários


dos membros associados da Loja;
XVII – elaborar e assinar, juntamente com o Venerável, Tesou-
reiro e Chanceler, o Quite Placet e o Certificado de Grau a pedido ou
de ofício;
XVIII – manter a GLOMARON informada sobre a movimentação
no quadro de obreiros, incluindo óbitos;
XIX – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu
cargo e outras destinadas pela Constituição e Rituais da GLOMARON.

REGULAMENTO GERAL
Parágrafo único. O Secretário Adjunto substituirá o titular em
suas faltas, licenças e impedimentos.

Subseção III – Do Tesoureiro e Tesoureiro Adjunto

Art. 240. Compete ao Tesoureiro, como depositário fiel e res-


ponsável pelos recursos monetários da Loja, além das atribuições ri-
tualísticas:
I – superintender os trabalhos da Tesouraria e empenhar-se no
pagamento pontual das obrigações devidas à GLOMARON, além da-
quelas de natureza fiscal, trabalhista, previdenciária, alugueis, contas
telefônicas, de energia, de água, correios e de terceiros, desde que
haja fundos suficientes;
II – ficar em seu poder para pagamentos urgentes e de pequeno
valor, a quantia de 75 (setenta e cinco) Valor de Referência Maçônica
(VRM), devendo recolher o excedente a estabelecimento bancário, em
conta nominal da Loja;
III – assinar em conjunto com o Venerável Mestre, os cheques e
toda a movimentação bancária da sua Loja;
IV – comunicar, por escrito à Loja, para as providências cabíveis,
os nomes dos membros que, sem justificativa, deixarem de recolher à
Tesouraria da Loja, as contribuições ordinárias e extraordinárias a que
se obriguem, por prazo superior a 3 (três) meses, dando ciência ao
Obreiro, através de prancha;
V – informar, previamente, nas sessões de eleição, os membros

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

que estejam, quite com suas obrigações pecuniárias, em condições de


votar, mediante relação que entregará ao Secretário da Loja;
VI – manter a escrituração da tesouraria sempre em dia e melhor
ordem e dar conhecimento, mensalmente, dos balancetes da situação
econômico financeira da Loja e Balanço Geral no encerramento do
exercício financeiro para análise do Conselho Fiscal;
VII – manter escriturados, e sob a sua guarda e responsabilida-
de, todos os bens, direitos e obrigações da Loja;
VIII – guardar os metais da Hospitalaria, entregando-os somente
REGULAMENTO GERAL

ao Hospitaleiro mediante ordem expressa do Venerável Mestre, man-


tendo registro contábil, individualizado, do produto arrecadado pelo
Tronco de Beneficência e das despesas com a benemerência da Loja;
IX – diligenciar pelo pronto pagamento do auxílio funeral e do
pecúlio, quando do falecimento de membros do quadro, mediante a
devolução, pela família, dos rituais, legislações maçônicas, carteira
de identidade maçônica, paramentos e documentos maçônicos sob a
guarda do pranteado;
X – efetuar a escrituração, registro e controle dos pagamentos
dos membros associados, mantendo-os atualizados;
XI – elaborar a Proposta Orçamentária anual e ter em seu poder
todas as Tabelas de Emolumentos aprovadas pela GLOMARON;
XII – apresentar, nas épocas próprias, à Receita Federal e Ban-
cos, a Declaração do Imposto de Renda da Loja, assinada pelo Vene-
rável Mestre e demais obrigações fiscais e trabalhistas, além de toda
a escrituração contábil; e,
XIII – desempenhar todas as outras funções adequadas a seu
cargo e aquelas designadas pela legislação da GLOMARON e pelo
Estatuto Social da Loja.
§ 1º O Tesoureiro será ouvido, obrigatoriamente, em todos os
assuntos econômico-financeiros da Loja, fundamentando seus pare-
ceres.
§ 2º O Tesoureiro deverá ser um Mestre Maçom com conheci-
mentos de contabilidade e de administração.
§ 3º O Tesoureiro Adjunto substituirá o titular em suas faltas,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

licenças e impedimentos.

Subseção IV – Do Chanceler e do Hospitaleiro

Art. 241. Compete ao Chanceler, além das atribuições ritualís-


ticas:
I – superintender e realizar os serviços de relações internas e
externas da Loja;
II – selar, timbrar e autenticar qualquer documento emitido pela

REGULAMENTO GERAL
Loja, assinando-os juntamente com o Venerável, quando for o caso;
III – guardar, em lugar seguro, os Livros de Presença, de Visitan-
te, Amarelo e Negro;
IV – emitir o Certificado de Presença, em cada Sessão, que fará
entregar aos Irmãos visitantes, através do Mestre de Cerimônias, logo
após o encerramento da Ordem do Dia;
V – abrir o Livro de Presença, em cada sessão, antes do início
dos trabalhos, com a indicação da natureza da reunião, Grau, com a
data da realização, colocando-o na Sala dos Passos Perdidos para
colheita das assinaturas dos presentes e, depois, levado à mesa do
Chanceler, para a assinatura dos retardatários;
VI – elaborar mensalmente o quadro de frequência e ausência
dos Obreiros, afixando-o no mural da Loja para atender às exigências
do Código Eleitoral Maçônico;
VII – informar aos Vigilantes sobre os cumprimentos de interstí-
cio legal, para instruir os pedidos de mudanças de grau;
VIII – manter registro das ausências e afastamentos justificados
dos Obreiros, aprovados pela Loja;
IX – comunicar ao Secretário os nomes dos membros que deixa-
ram de comparecer às sessões, conforme estabelecido no art. 75 da
Constituição, dando ciência ao Obreiro;
X – informar, nas sessões de eleição, os Obreiros em condições
de votar e ser votado, mediante relação de frequência que entregará
ao Secretário;
XI – anunciar as datas e eventos comemorativos relacionados

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

aos Obreiros da Loja e à Ordem Maçônica;


XII – anunciar as datas e eventos comemorativos de relevância
a nível nacional e internacional;
XIII – compilar os dados da chancelaria para o secretário elabo-
rar o relatório de gestão; e,
XIV – desempenhar todas as outras atribuições do seu cargo e
aquelas a ele destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais da GLOMARON e Estatuto e Regimento Interno da sua Loja.
Art. 242. Ao Hospitaleiro, além das atribuições ritualísticas,
REGULAMENTO GERAL

compete:
I – circular com a Bolsa de Beneficência para o tronco de soli-
dariedade e entregá-la ao Tesoureiro, auxiliando-o na sua conferência;
II – apresentar à discussão e votação do plenário, o Plano Anual
de Beneficência, elaborado com a Comissão específica;
III – solicitar ao Tesoureiro as quantias necessárias ao cumpri-
mento das atividades da Hospitalaria;
IV – informar ao Venerável Mestre os pedidos de auxílio formu-
lados à Loja;
V – visitar os Obreiros faltosos e os enfermos ou necessitados,
dando parte à Loja do estado e situação deles e da sua família;
VI – providenciar, sempre que possível, com a autorização do
Venerável Mestre, o atendimento das necessidades do Irmão;
VII – compilar os dados da Hospitalaria para o Secretário elabo-
rar o relatório de gestão; e,
VIII – desempenhar todas as outras atribuições do seu cargo e
aquelas a ele destinadas pela Constituição, Regulamento Geral, Ri-
tuais da GLOMARON e Estatuto e Regimento Interno da Loja;

Subseção V – Dos Diáconos e dos Expertos

Art. 243. Aos Diáconos, além das atribuições ritualísticas, com-


pete auxiliar o Venerável Mestre e os Vigilantes a manter a ordem e a
disciplina durante as sessões.
Art. 244. Aos Expertos, além das atribuições ritualísticas, com-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

pete:
I – ao 1º Experto, substituir os Vigilantes em suas ausências
eventuais;
II – ao 2º Experto, substituir o 1º Experto em suas ausências.
Parágrafo único. A substituição dos Vigilantes pelos Expertos
limita-se às sessões das Lojas.

Subseção VI – Do Mestre de Cerimônias, do Arquiteto,


do Guarda do Templo e do Cobridor do Templo, do

REGULAMENTO GERAL
Bibliotecário e dos demais Oficiais da Loja

Art. 245. As atribuições dos cargos de Mestre de Cerimônias,


Arquiteto, Guarda do Templo, Cobridor, Bibliotecário e demais Oficiais
da Loja são as constantes dos respectivos Rituais;

CAPÍTULO VI
DOS TRIÂNGULOS MAÇÔNICOS

Art. 246. Três Maçons regulares, filiados a uma Loja da Obe-


diência e residentes em Oriente onde não haja Loja Maçônica, po-
derão aí criar um Triângulo Maçônico, como fonte originária à futura
constituição de uma nova Loja.
§ 1º A criação de um Triângulo Maçônico se processará do se-
guinte modo:
I – os Mestres Maçons, nele interessados, dirigirão pedido à Loja
de que façam parte, informando sua identificação e circunstanciando
os motivos que justificam seus objetivos; e,
II – deferida suas pretensões, a Loja encaminhará o pedido ao
Grão-Mestre, para apreciação e decisão.
§ 2º Se todos os interessados na criação do Triângulo não per-
tencerem à mesma Loja, deverão filiar-se a uma Loja que esteja mais
próxima do local onde o pretendem instalá-lo, para obtenção do pa-
trocínio.
§ 3º Os próprios postulantes do Triângulo, se com isso concordar

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

a Loja patrocinadora, poderão constituir a comissão por esta nomeada


para a sua instalação e que será composta de presidente, secretário e
tesoureiro, com a obrigação de prestar contas à patrocinadora.
§ 4º Os Triângulos Maçônicos assim formados praticarão todos
os atos atribuídos às Lojas, menos os de representação da GLOMA-
RON, de iniciação de profanos, de mudança de grau, regularização e
transferência, de competência exclusiva da Loja patrocinadora, para
onde deverão ser encaminhados os respectivos pedidos.
§ 5º Caso atendido os pedidos de que tratam o parágrafo ante-
REGULAMENTO GERAL

rior, os que forem iniciados, que obtiverem aumento de salário, filia-


dos, regularizados ou transferidos, ficarão fazendo parte do Triângulo.
§ 6º O Triângulo poderá admitir aos seus trabalhos os compa-
nheiros e aprendizes residentes na localidade onde funcionar, desde
que se encontrem em situação de regularidade; nesse caso, darão
ciência do fato à Loja patrocinadora e a ela enviarão suas identifica-
ções.
§ 7º Se decorridos 3 (três) anos de sua existência o Triângu-
lo não conseguir congregar número de Obreiros necessários à sua
conversão em Loja, a Oficina patrocinadora cancelará a autorização
e disso dará notícia ao Grão-Mestre, a quem caberá a decisão final.

TÍTULO X
DAS REGIÕES MAÇÔNICAS E DOS DELEGADOS DO
GRÃO-MESTRADO

Art. 247. As regiões Maçônicas, nos termos do art. 94, da Cons-


tituição, são áreas geográficas em que se divide o território pelo qual
se estende a jurisdição da GLOMARON, criadas e alteradas por De-
creto do Grão-Mestre.
Art. 248. Os Delegados Regionais, Mestres Instalados, de livre
nomeação do Grão-Mestre, coordenarão, mediante delegação, as ati-
vidades nas Regiões Maçônicas, observado o disposto no Decálogo
do Delegado.
Art. 249. É vedado aos Delegados Regionais qualquer interfe-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

rência direta nos assuntos internos das Lojas jurisdicionadas.


Parágrafo único. Excepcionalmente, mediante determinação
expressa e escrita do Grão-Mestre, o Delegado Regional poderá as-
sumir a direção dos trabalhos de Loja jurisdicionada, com a finalida-
de única e específica de resolver problemas que porventura estejam
afetando o seu bom funcionamento, apresentando posteriormente ao
Grão-Mestre relatório detalhado dos acontecimentos.
Art. 250. Além de representar o Grão-Mestre em sua região,
compete aos Delegados Regionais:

REGULAMENTO GERAL
I – visitar as Lojas da jurisdição da sua região, participando dos
seus trabalhos litúrgicos e administrativos, relatando ao Grão-Mestre
as eventuais irregularidades que vier a observar;
II – apresentar periodicamente ao Grão-Mestre relatório da si-
tuação maçônica da sua região;
III – regularizar e consagrar Lojas, quando devidamente creden-
ciado pelo Grão-Mestre;
IV – instalar e dar posse a Luzes e Oficiais de Lojas de sua re-
gião, quando devidamente credenciado pelo Grão-Mestre;
V – organizar novas Lojas em localidades onde elas não exis-
tam, observado o disposto neste Regulamento;
VI – estimular o retorno de Lojas e Maçons à atividade; e,
VII – promover a divulgação dos princípios da Maçonaria;

TÍTULO XI
DO PATRIMÔNIO, DO ORÇAMENTO, DAS FINANÇAS DA
GLOMARON E DAS LOJAS JURISDICIONADAS
CAPÍTULO I
DO PATRIMÔNIO DA GLOMARON E DAS LOJAS
JURISDICIONADAS

Art. 251. O Patrimônio da GLOMARON, das Lojas jurisdiciona-


das e das Entidades Subsidiárias é o acervo de bens economicamente
úteis, cuja disponibilidade lhes pertença, estando constituído na forma
estabelecida na Constituição.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II
DO ORÇAMENTO DA GLOMARON E DAS
LOJAS JURISDICONADAS

Art. 252. A Proposta Orçamentária anual da GLOMARON, das


Lojas e Entidades jurisdicionadas, para o exercício seguinte, será
apresentada na Assembleia Geral conforme disciplinado no art. 102
da Constituição.
Parágrafo único. O Orçamento aprovado passa a vigorar a par-
REGULAMENTO GERAL

tir de 1º de janeiro.
CAPÍTULO III
DA RECEITA DA GLOMARON E DAS LOJAS
JURISDICIONADAS

Art. 253. As receitas da GLOMARON estão definidas no art. 104


da Constituição, podendo ser alteradas por proposta do Grão-Mestre,
ouvida a Grande Comissão Permanente de Finanças e o Conselho
Permanente e aprovadas pela Assembleia Geral.
Parágrafo único. Compete à Assembleia Geral da GLOMA-
RON, por proposta conjunta do Grão-Mestre, do Grande Secretário de
Finanças e do Conselho Permanente deliberar os valores de taxas e
emolumentos.
Art. 254. As receitas das Lojas jurisdicionadas estão definidas
no art. 105 da Constituição, podendo ser alteradas por decisão de
seus membros, ouvido o Conselho Fiscal, em conformidade com seus
Estatutos e Regimentos Internos.

CAPÍTULO IV
DAS DESPESAS DA GLOMARON E DAS LOJAS
JURISDICIONADAS

Art. 255. As despesas da GLOMARON serão fixadas na Pro-


posta Orçamentária anual, ouvida a Grande Comissão Permanente de
Finanças, e aprovada pela sua Assembleia.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 1º Os paramentos do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto,


adquiridos pela GLOMARON, serão substituídos após o período admi-
nistrativo para o qual foram eleitos.
§ 2º As Lojas da Obediência deverão providenciar para que to-
dos os Obreiros adquiram paramentos maçônicos, devendo os mes-
mos constituir patrimônio individual do Maçom, enquanto permanecer
regular e ativo.
§ 3º Os paramentos utilizados na jurisdição da GLOMARON se-
rão os indicados no Manual de Paramentos da Confederação da Ma-

REGULAMENTO GERAL
çonaria Simbólica do Brasil - CMSB.
Art. 256. As despesas das Lojas jurisdicionadas serão fixadas
em suas propostas orçamentárias ouvido o Conselho Fiscal e obe-
decidos aos dispositivos próprios em seus Estatutos e Regimentos
Internos.
TÍTULO XII
DO TRONCO DE SOLIDARIEDADE

Art. 257. O Tronco de Solidariedade consiste nas contribuições


arrecadadas nas sessões da GLOMARON e das Lojas jurisdiciona-
das, sendo elas administradas pela Hospitalaria.
§ 1º O Tronco de Solidariedade será aplicado exclusivamente
para ajuda à família maçônica e a outros fins humanitários e filantró-
picos.
§ 2º Para os fins do parágrafo anterior, além do Tronco de Soli-
dariedade, serão utilizados os provenientes de:
I – contribuições voluntárias de Maçons das Lojas e da GLOMA-
RON;
II – doações de qualquer espécie;
III – rendas de seus patrimônios, que para esse fim venham a
ser destinadas.
§ 3º Os valores do Tronco de Solidariedade, das contribuições
voluntárias, das doações e das rendas do patrimônio terão controle
próprio, serão objetos de registro contábil e a sua aplicação será sub-
metida à verificação das comissões competentes.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO XIII
DO SEGURO E DO AUXÍLIO FUNERAL

Art. 258. O seguro de vida em grupo e o auxílio funeral são de


responsabilidade da Associação Maçônica de Assistência do Estado
de Rondônia (AMARO), conforme estabelecido em seu Estatuto e
Regimento Interno aprovados na Assembleia Geral da GLOMARON.

TÍTULO XIV
REGULAMENTO GERAL

DA IDENTIDADE MAÇÔNICA E DA PALAVRA SEMESTRAL

Art. 259. A condição de Maçom regular da jurisdição se com-


prova com a Palavra Semestral e a identidade maçônica adotada na
GLOMARON.
§ 1º A identidade maçônica deverá conter os dados cadastrais e
a fotografia do seu portador e assinada pelo Grão-Mestre e pelo Gran-
de Secretário de Relações Interiores.
§ 2º Os Maçons interessados podem solicitar a Identidade dos
seus dependentes, para fins de identificação e uso dos convênios.
§ 3º As solicitações das Identidades Maçônicas serão feitas atra-
vés da Loja respectiva.
§ 4º As identidades maçônicas terão os seguintes prazos de va-
lidade: Aprendiz e Companheiro, 1 (um) ano; Mestre Maçom, 02 (dois)
anos; Mestre Instalado, 04 (quatro) anos.
Art. 260. Nos meses de junho e dezembro de cada ano, o Grão-
Mestre transmitira às Lojas jurisdicionadas, a Palavra Semestral, a ser
comunicada aos Obreiros na forma ritualística.

TÍTULO XV
DAS POMPAS FÚNEBRES E DA SUSPENSÃO
DOS TRABALHOS POR LUTO
CAPÍTULO I
DAS POMPAS FÚNEBRES
Art. 261. As pompas fúnebres são devidas a todo Maçom de

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

acordo com seu Grau e cargo que ocupou.


Parágrafo único. As pompas fúnebres ficarão a cargo da Loja
em que o pranteado Obreiro pertencia, ou se iniciou, e o prazo máximo
é de 30 (trinta) dias, após a morte, em conformidade com os Rituais
adotados pela GLOMARON.

CAPÍTULO II
DA SUSPENSÃO DOS TRABALHOS POR LUTO

REGULAMENTO GERAL
Art. 262. Na GLOMARON e nas Lojas de sua Obediência em
caso de falecimento será observado o seguinte:
I – do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto, luto por 7 (sete)
dias e suspensão dos trabalhos ordinários no âmbito da GLOMARON
e das Lojas;
II – dos Grão-Mestres Ad Vitam e Grão-Mestres Adjuntos Ad Vi-
tam, luto por 5 (cinco) dias e suspensão dos trabalhos ordinários no
âmbito da GLOMARON e das Lojas no dia do falecimento;
III – dos Membros do Alto Corpo da GLOMARON, Presidentes
das Entidades Subsidiárias, Delegados Regionais, Grandes Oficiais
da SAG ou de Membro do Poder Judiciário, luto por 3 (três) dias e
suspensão dos trabalhos ordinários no âmbito da GLOMARON no dia
do falecimento na Loja que pertencer o pranteado;
IV – de Venerável Mestre, luto, na sua Loja, por 3 (três) dias, e
suspensão dos trabalhos por uma semana;
V – dos Vigilantes, Oficias ou membro do quadro em atividade
ou quando regularmente dispensado, luto na sua Loja por 1 (um) dia;
§ 1º A critério da família poderá ser realizada Sessão Magna
de Pompa Fúnebre em homenagem ao Obreiro falecido, respeitado o
disposto no Ritual.
§ 2º As Lojas, em conjunto ou separadamente, poderão home-
nagear em sessão fúnebre, Obreiros de outras Potências Regulares
que tenham prestado relevantes serviços à Ordem, à Pátria e à Hu-
manidade.
§ 3º As Lojas deverão informar à GLOMARON e AMARO sobre

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

os óbitos dos irmãos do quadro, através de prancha.

TÍTULO XVI
DOS BANQUETES MAÇÔNICOS E FESTIVIDADES

Art. 263. Os banquetes maçônicos serão ritualísticos e somente


terão acesso os Maçons regulares, realizado, sempre que possível, no
interior do Templo ou no salão de banquetes das Oficinas, em confor-
midade com o Ritual.
REGULAMENTO GERAL

Art. 264. É facultado às Lojas celebrarem com sessões brancas,


suas festas de aniversário e outras em prol da cultura maçônica ou de
engrandecimento social do quadro, bem como de homenagem a ma-
çons que se destacam no mundo profano.
Art. 265. Considera-se, ainda, dia de festa o do aniversário de
fundação da GLOMARON, 10 de abril e, como tal, deverá ser come-
morado em uma das Lojas da Obediência, com o concurso de todos os
Maçons e Lojas.
TÍTULO XVII
DAS FÓRMULAS DE COMPROMISSO
E DAS FÓRMULAS LEGAIS
CAPÍTULO I
DAS FÓRMULAS DE COMPROMISSO

Art. 266. As fórmulas de compromissos serão as constantes nos


respectivos rituais.
CAPÍTULO II
DAS FÓRMULAS LEGAIS
Seção I
Dos Decretos, Atos e Portarias

Art. 267. A fórmula dos Decretos, Atos e Portarias será a seguinte:


“O respeitável Irmão (...), Sereníssimo Grão-Mestre da Serenís-
sima Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - GLOMARON,
no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pela Constitui-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ção e pelo Regulamento Geral, faz saber a todos os Maçons e Oficinas,


para cumprir e fazer cumprir o seguinte:”.
(...)
Dado e traçado no gabinete do Grão-Mestre, da Sereníssima
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - GLOMARON, aos ( ...)
dias de ( ...) de (...)
Assinaturas:

Seção II

REGULAMENTO GERAL
Das Leis e Resoluções

Art. 268. A fórmula de Leis Complementares, Leis e Resoluções


da Soberana Assembleia Geral será a seguinte:
O respeitável Irmão (...) Sereníssimo Grão-Mestre da Serenís-
sima Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - GLOMARON,
no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pela Constituição
e Regulamento Geral, faz saber que a Soberana Assembleia Geral
aprovou e sua Serenidade sanciona a seguinte Lei (Complementar ou
ordinária):
(...)
(...)
Dado e traçado no gabinete do Grão-Mestre, da Sereníssima
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - GLOMARON, aos ( ...)
dias de ( ...) de (...)
Assinaturas:

TÍTULO XVIII
DA NOMENCLATURA DAS NORMAS LEGAIS DA GLOMARON

Art. 269. A nomenclatura das normas legais emanadas da GLO-


MARON é a seguinte:
I – EMENDAS À CONSTITUIÇÃO - para emendá-la no todo ou
em parte, segundo o regramento dos arts. 64 e 65 da Constituição;
II – LEIS COMPLEMENTARES – as normas de caráter com-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

plementar e regulamentar à Constituição, aprovadas pela Assembleia


Geral mediante quorum qualificado, sancionadas pelo Grão-Mestre;
III – LEIS ORDINÁRIAS – as normas gerais da vida maçônica,
determinadas pela Soberana Assembleia Geral e sancionadas pelo
Grão-Mestre, Chefe do Poder Executivo;
IV – DECRETOS – as determinações do Poder Executivo, pró-
prios das atribuições do Grão-Mestre;
V – RESOLUÇÕES – as deliberações especiais da Soberana
Assembleia Geral sobre os atos do Grão-Mestrado, ou sobre o seu
REGULAMENTO GERAL

próprio funcionamento, prestação de contas, aprovação de tratados e


convênios, nulidade de aumento de salário, concessão de recompen-
sas e honrarias e outras de caráter particular;
VI – ATOS – as determinações do Grão-Mestre, de caráter tran-
sitório, como as que se referem às suspensões de Maçons e das Ofici-
nas, as nomeações de delegações especiais para instalação e consa-
gração das Oficinas ou Comissões regularizadoras e de autorizações
para soerguimento, regularização, fusão, mudança definitiva ou de
sede de Oficinas e outras de igual escopo;
VII – PORTARIAS – ordens/instruções acerca da aplicação de
leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral e normas sobre
a execução de serviços, as nomeações de funcionários das Grandes
Secretarias;
VIII – PRANCHAS e OFÍCIOS – as referentes e exclusivas da
esfera administrativa;
Art. 270. Na numeração das normas legais da GLOMARON se-
rão observados os seguintes critérios:
I - as emendas à Constituição terão sua numeração iniciada a
partir da promulgação da Constituição;
II - as leis complementares e as leis ordinárias terão numeração
sequencial em continuidade às séries iniciadas na Constituição ante-
rior, promulgada em 02.07.1994;
III – os Decretos, Resoluções, Atos, Portarias e Pranchas, terão
numeração sequencial, representado por algarismos arábicos, inicia-
da em cada gestão.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 271. Os textos legais serão articulados com observância


dos seguintes princípios:
I – a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela
abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal
a partir deste;
II – os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os
parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens;
III – os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico “§”,
seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste,

REGULAMENTO GERAL
utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão “parágrafo
único”, por extenso;
IV – os incisos serão representados por algarismos romanos; as
alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos;
V – o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de
Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo, o de Capítulos, o Título;
o de Títulos o Livro;
VI – os Capítulos, Títulos e Livros serão grafados em letras
maiúsculas e identificados por algarismos romanos;
VI – As subseções e Seções serão identificadas em algarismos
romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em negritos ou ca-
racteres que as coloquem em realce.

TÍTULO XIX
DO TIMBRE MAÇÔNICO

Art. 272. A GLOMARON adota o modelo do Timbre Maçônico a


ser aplicado nos documentos que expedir, constituindo-se em marca
impressa indelével em seus papéis oficiais.
Parágrafo único. Fica assegurado às Lojas o direito de adota-
rem o timbre maçônico no que disser respeito às suas atividades.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO XX
DAS HONRARIAS A QUE TÊM DIREITO OS MAÇONS

Art. 273. Os Maçons regulares, em visita a uma Oficina da GLO-


MARON, serão recebidos de acordo com o que dispõem os Rituais
Especiais adotados pela GLOMARON.

TÍTULO XXI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
REGULAMENTO GERAL

Art. 274. É assegurado ao Maçom o direito de requerer ou repre-


sentar, pedir, reconsiderar, reclamar e recorrer administrativamente.
Parágrafo único. O pedido será dirigido à autoridade compe-
tente.
Art. 275. Autoridade competente é aquela que houver expedido
o ato ou proferido a decisão reclamada, não podendo ser renovado na
esfera administrativa.
Art. 276. O requerimento e o pedido de reconsideração deverão
ser decididos no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 277. Caberá recurso administrativo se o pedido de reconsi-
deração ou reclamação for indeferido ou não decidido no prazo fixado.
Art. 278. O recurso interposto com fundamento no artigo ante-
rior será dirigido:
I – ao Conselho de Justiça das Lojas caso a decisão recorrida
tenha sido prolatada pelo Venerável Mestre, Vigilantes, Orador ou Co-
missão Permanente;
II – Ao Grão-Mestre, quando a decisão for da Soberana Assem-
bleia Geral;
III – ao Poder Judiciário, quando proferida pelo Grão-Mestre.
Art. 279. O prazo para a interposição do pedido de reconsidera-
ção ou do recurso é de 10 (dez) dias, a contar da ciência, pelo interes-
sado, da decisão recorrida.
Art. 280. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo,
a juízo da autoridade competente, em despacho fundamentado.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsi-


deração ou do recurso os efeitos da decisão retroagirão à data do ato
impugnado.
Art. 281. Para o exercício do direito de petição é assegurada
vista do processo ou documento na Loja jurisdicionada ou na GLO-
MARON.
Art. 282. As Lojas jurisdicionadas e a GLOMARON deverão re-
ver seus atos a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 283. O Regimento Interno do Tribunal Maçônico disporá,

REGULAMENTO GERAL
nos termos da Constituição e das Leis processuais, sobre a competên-
cia recursal do Tribunal de Justiça Maçônico e do Conselho de Justiça
das Lojas jurisdicionadas, o processamento e julgamento dos acór-
dãos e demais decisões judiciais e administrativas.

TÍTULO XXII
DA REFORMA DO REGULAMENTO GERAL

Art. 284. Este Regulamento Geral poderá ser emendado, no


todo ou em parte, por proposta:
I – do Grão-Mestre;
II – da Assembleia Geral da GLOMARON, como Poder Legisla-
tivo;
III – de, no mínimo, 1/3 (um terço) das Lojas jurisdicionadas e
por decisão da maioria de seus membros regulares; e,
IV – do Tribunal Pleno.
Parágrafo único. Em quaisquer dessas hipóteses, a proposta
seguirá o processo legislativo e, após, será deliberada por maioria
simples.
Art. 285. Se, nos termos do Parágrafo único, do artigo anterior, a
iniciativa for aprovada, o projeto de reforma deste Regulamento Geral
será submetido às Lojas para que, no prazo de 60 (sessenta) dias,
deliberem e ofereçam sugestões ou emendas.
§ 1° Decorrido o prazo previsto no caput deste artigo, a GLOMA-
RON reunir-se-á, extraordinariamente, em Assembleia Geral, para fins

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

de discussão e deliberação da reforma proposta.


§ 2° Abertos os trabalhos da Assembleia Geral, com a presença
de, no mínimo, 1/2 (metade) dos seus membros, a matéria será
decidida por maioria simples.

TÍTULO XXIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 286. A Lei disciplinará o Regimento Interno do Tribunal de


REGULAMENTO GERAL

Justiça Maçônico (Processo Disciplinar), o Código de Justiça Maçôni-


co (Código Disciplinar), o Código Eleitoral, e o Regimento Interno da
Soberana Assembleia Geral.
Art. 287. Os casos omissos neste Regulamento Geral serão di-
rimidos pelo Grão-Mestre, mediante atos que não conflitem com os
Landmarks e a Constituição.
Art. 288. No prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da pu-
blicação deste Regulamento Geral, as Lojas jurisdicionadas deverão
promover a revisão de seus Estatutos e Regimentos Internos, ade-
quando-os ao Regulamento Geral e à legislação da GLOMARON e
civil.
Art. 289. Este Regulamento Geral entra em vigor na data de sua
publicação e será registrado de acordo com as disposições do Código
Civil Brasileiro, revogam-se as disposições em contrário.

Porto Velho-RO, 24 de junho de 2018.

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO


Grão-Mestre Adjunto

Vinicius Jácome dos Santos júnior


Grande Orador

208

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Paulo Luciano Bastos Botelho


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES

REGULAMENTO GERAL
Grande Secretário de Relações Interiores

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento

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S
SEREN
NÍSSIM
MA GRA
ANDE LOJA
L MAÇÔN
M NICA DO
D
ES
STADO
O DE RONDÔN
NIA
– GL
LOMAR
RON –

LEI Nº
N 004/GM
M/2015-20019 DE 22
2 DE SET
TEMBRO
O DE 2018
8
(CÓD
DIGO EL
LEITORA
AL MAÇÔ
ÔNICO)

SET
TEMBRO
O/2018

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE RONDÔNIA


GLOMARON

LEI Nº 004/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(CÓDIGO ELEITORAL MAÇÔNICO)

Dispõe sobre o Código Eleitoral


Maçônico da Grande Loja Maçôni-
ca do Estado de Rondônia e Lojas
Jurisdicionadas.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 004/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO

CÓDIGO ELEITORAL
DE 2018 (CÓDIGO ELEITORAL MAÇÔNICO)
TÍTULO I
DAS ELEIÇÕES EM GERAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Este Código regula, nos termos do art. 62, da Constitui-
ção, as eleições para os cargos eletivos da Grande Loja Maçônica do
Estado de Rondônia, doravante denominada simplesmente GLOMA-
RON, e das suas Lojas jurisdicionadas.
Art. 2º. As eleições na jurisdição da GLOMARON serão realiza-
das de acordo com as normas estabelecidas no Título VI, da Constitui-
ção, no Regulamento Geral, neste Código Eleitoral, demais leis e atos
normativos da Ordem.
Art. 3º. As Lojas jurisdicionadas somente poderão realizar elei-
ções se estiverem quites com as suas obrigações pecuniárias com a
Grande Loja e Entidades Subsidiárias e de posse do Certificado de
Regularidade expedido pela GLOMARON.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II
DOS CARGOS ELETIVOS

Art. 4º. São eletivos na jurisdição:


I – os cargos de Grão-Mestre e Grão Mestre Adjunto, pelo voto
vinculado, mediante sufrágio universal, na primeira quinzena do mês
de junho do ano de renovação do mandato;
II – os cargos de Grandes 1º e 2º Vigilantes, Grandes Oficiais,
Membros do Conselho Fiscal e das Comissões Permanentes da So-
berana Assembleia Geral, mediante voto convencional, na Assembleia
Geral a ser realizada, anualmente, no terceiro sábado do mês de se-
tembro; e
III – os cargos de Venerável Mestre, Vigilantes, Orador ou cargo
assemelhado no rito, Secretário, Tesoureiro, 2 (dois) Juízes do Con-
selho de Justiça das Lojas e os 3 (três) membros da Comissão de
Finanças (Conselho Fiscal), anualmente na segunda quinzena do mês
CÓDIGO ELEITORAL

de junho.
Parágrafo único. Os demais cargos previstos no Regulamento
Geral e nos Rituais do Simbolismo serão de livre nomeação e demis-
são, pelo Grão-Mestre, quando relacionados à Grande Loja, e, pelos
respectivos Veneráveis Mestres, quando pertencentes às Lojas.

CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES DE ELEITOR

Art. 5º. Todo Mestre Maçom do quadro de associados das Lojas


jurisdicionadas que esteja regular, ativo e no gozo da plenitude dos
direitos maçônicos e civis, e que atenda os demais requisitos exigidos
neste código, tem direito de votar e ser votado nas eleições gerais da
GLOMARON e das Lojas jurisdicionadas.
Parágrafo único. O voto é direito e dever do associado, Mestre
Maçom da Loja jurisdicionada a que pertencer, a ser exercido pessoal-
mente.
Art. 6º. Exceção feita ao Sereníssimo Grão-Mestre, ao Eminente

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Grão-Mestre Adjunto e aos Grão-mestres Ad Vitam e Grão-Mestres


Adjuntos Ad Vitam, só poderá votar o Mestre Maçom do quadro da
Loja que:
I – tenha um mínimo de 50% (cinquenta por cento) de frequência
às reuniões da sua Loja nos 12 (doze) meses anteriores à eleição,
contada de 1º (primeiro) de junho do ano anterior a 31 (trinta e um) de
maio do ano em que se realize a eleição; e,
II – esteja em dia com as contribuições pecuniárias, ordinárias,
extraordinárias e/ou beneficência maçônica.
§ 1º A frequência do obreiro admitido ao Quadro da Loja no de-
correr do período especificado no inciso I, deste artigo, será apurada
a contar da data da sua inclusão.
§ 2º As faltas do eleitor associado decorrentes de gozo de li-
cença ou de qualquer outra prerrogativa não serão computadas como
presença, com exceção das constantes no Regulamento Geral.
Art. 7º. O Mestre Maçom pertencente a mais de uma Loja exer-

CÓDIGO ELEITORAL
cerá o direito de votar em todas elas, exceto na eleição do Grão-Mes-
trado e ser votado apenas pela Loja onde recolher a sua per capita.

CAPÍTULO IV
DOS IMPEDIMENTOS

Art. 8º. Sem prejuízo do disposto no art. 132 da Constituição,


não poderão exercer os direitos eleitorais os Maçons que deles se
acharem privados por atos legítimos, provisória ou definitivamente,
maçônicos ou não.

CAPÍTULO V
DAS INCOMPATIBILIDADES E DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Art. 9º. Sem prejuízo do disposto no art. 133 da Constituição, os


prazos de desincompatibilização são:
I – para os cargos de Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, com
qualquer outro do Simbolismo ou de livre nomeação do Grão-Mestre,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

o prazo final será até o dia do registro da candidatura;


II – para os cargos de Venerável Mestre, Vigilantes, Orador (Pro-
motor de Justiça), Secretário e Juízes do Conselho de Justiça das Lo-
jas jurisdicionada com qualquer outro de livre nomeação e exoneração
do Grão-Mestre, até o dia de registro da candidatura;
III – para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça Ma-
çônico com o de Promotor de Justiça das Lojas Simbólicas, no ato de
registro da candidatura a Orador na Loja Simbólica;
IV – para os cargos de quaisquer dos poderes entre si, ressalva-
das as hipóteses previstas na Constituição e nos Landmarks, o prazo
final será de até o dia de registro da candidatura na Loja Simbólica ou
até da data da nomeação, quando for o caso;
V – para os empregados da GLOMARON, das Lojas e Entidades
Subsidiárias, com quaisquer outros cargos da jurisdição, no ato da
posse.
Parágrafo Único. Casos omissos serão decididos pelo Grão-
CÓDIGO ELEITORAL

Mestre, após consultar a Comissão Eleitoral.

CAPÍTULO VI
DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO ESCRIVÃO ELEITORAL

Art. 10. Funcionarão como Ministério Público Eleitoral e Escri-


vão Eleitoral, respectivamente, em Primeira Instância o Orador (ou
cargo similar no rito) e o Secretário da Loja e, em Segunda Instância,
o Procurador Geral e Justiça e o Grande Secretário do Judiciário.

CAPÍTULO VII
DO SISTEMA ELEITORAL

Art. 11. O sistema de eleições da Grande Loja e das Lojas ju-


risdicionadas poderá ser realizado por meio de cédula única ou por
votação eletrônica.
Parágrafo único. À Comissão Eleitoral compete fornecer o se-
guinte material:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – modelos de Edital de convocação para eleição;


II – modelo de Edital de chapas inscritas;
III – modelo de cédula eleitoral;
IV – invólucro grande para inclusão das cédulas, após a apura-
ção dos votos.
V – relação dos Obreiros aptos a votar;
VI – modelo de lista de presenças;
VII – modelo de lista de votantes;
VIII – modelo de mapa de apuração e totalização de votos;
IX – modelo da Ata a ser Lavrada pelo Secretário da mesa re-
ceptora.
CAPÍTULO VIII
DA CÉDULA ÚNICA

Art. 12. A cédula única será impressa em papel encorpado, dob-


rável, em forma de aerograma, e o voto será dado individualmente nas

CÓDIGO ELEITORAL
chapas nela registradas, preenchendo-se com “X” o campo respectivo.

CAPÍTULO IX
DA VOTAÇÃO ELETRÔNICA

Art. 13. A votação poderá ser por meio eletrônico na eleição da


GLOMARON ou das Lojas Jurisdicionadas, e consistirá no uso de ter-
minal eletrônico, no qual serão digitados os votos ou outro sistema ele-
trônico que permita a votação através de login com usuário e senha.
§ 1º Os equipamentos a serem usados deverão ser lacrados e
o lacre a ser usado será autenticado pelos candidatos ou pessoas por
eles designadas.
§ 2º O programa (software) a ser usado na votação eletrônica
poderá ser auditado por especialistas designados pelos candidatos,
para verificarem a sua segurança.
§ 3º O programa deverá mostrar na tela do monitor as opções de
escolha do eleitor por voto em chapa completa.
§ 4º O processo de votação eletrônica não poderá permitir a

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

identificação de voto e nem apresentar resultado parcial antes do en-


cerramento da votação.
§ 5º A apuração deverá ser realizada pelo próprio programa (sof-
tware), com emissão de boletim impresso a ser autenticado pelos can-
didatos ou seus Delegados e pelos componentes da mesa eleitoral.
§ 6º Por medida de segurança e a fim de suprir eventual falha
técnica ou pane no sistema eletrônico eleitoral, todo o material neces-
sário à votação por cédulas de papel deverá estar no local da votação.
Art. 14. Nas eleições para os cargos previstos no art. 4º, inciso
I, deste Código, as Lojas da jurisdição deverão encaminhar a relação
dos Obreiros aptos a votar à Grande Secretaria de Relações Interiores
até o último dia útil do mês anterior em que se realizarem as eleições.
Parágrafo único. A relação dos eleitores dos quadros das Lojas
será disponibilizada aos candidatos que a solicitarem formalmente.

TÍTULO II
CÓDIGO ELEITORAL

DA ELEIÇÃO DO GRÃO-MESTRADO
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

Art. 15. São elegíveis para os cargos de Grão-Mestre e Grão-


Mestre Adjunto os candidatos com os seguintes requisitos:
I – Mestres Instalados, com, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos
de idade civil;
II – regulares e ativos nas Lojas da jurisdição, e que estejam em
pleno exercício da atividade do Simbolismo há pelo menos 10 (dez)
anos, de forma ininterrupta;
III – tenham completado o mandato de Venerável Mestre e con-
tem com, no mínimo, 5 (cinco) anos como Mestre Instalado;
IV – não estejam exercendo qualquer cargo no simbolismo ou
de livre nomeação do Grão-Mestre, salvo se se afastarem definitiva-
mente do cargo até a data do registro da candidatura ou nos casos de
reeleição;
V – estejam em pleno gozo dos seus direitos e prerrogativas ma-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

çônicos e ter, no mínimo, 70% (setenta por cento) de frequência nos


últimos 12 (doze) meses que antecedam o registro da candidatura; e
VI – não estejam respondendo a inquérito ou processo maçôni-
co.
Art. 16. São inelegíveis aos cargos previstos no artigo anterior
os candidatos condenados, com sentença final e irrecorrível, na Justi-
ça profana, por crimes e ilícitos previstos na legislação brasileira, bem
como apresentar apontamento contrário ao decoro e responsabilidade
financeira que dele se espera.

CAPÍTULO II
DA COMISSÃO ELEITORAL DA ELEIÇÃO DO GRÃO-MESTRADO

Art. 17. O Tribunal Pleno, nos termos do Art. 53, inciso V, da


Constituição da GLOMARON, por ocasião das eleições do Grão-Mes-
trado, formará uma Comissão Eleitoral composta por 3 (três) desem-

CÓDIGO ELEITORAL
bargadores sorteados dentre os integrantes do pleno, presidido pelo
de maior idade maçônica, para processar e homologar as eleições do
Grão-Mestrado, bem como fazer a diplomação dos eleitos.
Parágrafo único. O Presidente da Comissão Eleitoral, poderá
nomear até 5 (cinco) Mestres Instalados, para auxiliarem nos traba-
lhos da Comissão e constituir a Junta Apuradora.

CAPÍTULO III
DA JUNTA APURADORA DAS ELEIÇÕES DO GRÃO-MESTRADO

Art. 18. Além da Mesa Eleitoral da Loja, que fará a apuração dos
votos da Loja, o Presidente da Comissão Eleitoral nomeará uma Jun-
ta Apuradora competindo-lhe: auxiliar a comissão eleitoral de acordo
com o artigo anterior e proceder a apuração e consolidação dos votos
nas eleições do Grão-Mestrado.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO IV
DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Art. 19. Para o preenchimento dos cargos da GLOMARON men-


cionados no inciso I do art. 4º deste Código, o Grão-Mestre, com ante-
cedência de 90 (noventa) dias, convocará eleições por meio de Edital
de Convocação da Sessão Especial de Eleição, nele devendo constar
a data, local e horário de realização das eleições.

CAPÍTULO V
DO LOCAL E DATA DAS ELEIÇÕES

Art. 20. As eleições para os cargos de Grão-Mestre e Grão-Mes-


tre Adjunto, serão realizadas, na primeira quinzena do mês de junho
do ano em que ocorrerem a renovação dos cargos, em um único dia,
estipulado no Edital de Convocação, nas Lojas jurisdicionadas respec-
CÓDIGO ELEITORAL

tivas, que se reunirão às 20h00, sem qualquer formalidade ritualística,


com encerramento e apuração após o último votante ou às 22h00.
Art. 21. Na hipótese de mais de uma Loja se reunir em uma
única sede, será feita eleição conjunta, havendo tantas urnas e tantos
livros de presença, quantas forem as Lojas que funcionem naquele
Templo, a apuração dos votos será realizado em seguida, uma a uma,
e redigido um balaústre e um mapa de apuração para cada Loja. Nes-
te caso a presidência será do Venerável da Loja mais antiga, ou se
este abrir mão, será presidida pelo próximo Venerável Mestre presen-
te, obedecido a ordem de idade das Lojas reunidas ou em último caso
pelo Mestre Instalado de maior idade maçônica presente.

CAPÍTULO VI
DO REGISTRO DE CANDIDATOS

Art. 22. Os candidatos aos cargos de Grão-Mestre e Grão-Mes-


tre Adjunto deverão encaminhar requerimento dirigido ao Grão-Mes-
tre, assinado por eles próprios, solicitando o registro da Chapa, até 60

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

(sessenta) dias antes do dia das eleições,


§ 1° O pedido de registro das candidaturas deverá ser entregue
na Secretaria de Relações Interiores da GLOMARON até as 18h00
do dia designado no respectivo Edital de Eleições do Grão-Mestrado.
§ 2° O pedido de registro deverá ser obrigatoriamente instruído
com os seguintes documentos:
I – requerimento formal em 03 (três) vias assinado pelos candi-
datos da chapa;
II – certificado de regularidade da Loja por onde recolhe sua per
capita;
III – plano de governo;
IV – certidão negativa do Cartório de Protestos ou Distribuidor
de Protestos;
V – certidão negativa do Cartório Distribuidor de ações Cíveis
e Criminais da Justiça Federal, Eleitoral, e Auditoria Militar, Federal e
Estadual;

CÓDIGO ELEITORAL
VI – certidão negativa de Tributos Federais, Estaduais e Muni-
cipais;
VII – certidão negativa do SPC e SERASA;
§ 3° É vedado o registro de candidatos em mais de uma chapa.
§ 4° Vencido o prazo estipulado no caput deste neste artigo, não
será recebido nenhum outro pedido de registro.
§ 5º No registro de candidatura serão aferidas as condições de
elegibilidade e as causas de inelegibilidade, ressalvadas as altera-
ções, de fato ou jurídicas, posteriores ao registro que afastem a inele-
gibilidade.
Art. 23. O Grande Secretário de Relações Interiores registrará
os nomes dos candidatos na ordem de apresentação dos pedidos de
inscrição e encaminhará para a respectiva Comissão Eleitoral.
Art. 24. A Comissão Eleitoral analisará as condições de elegibi-
lidade dos candidatos, fazendo-as constar do registro, dando conheci-
mento aos candidatos e às Lojas jurisdicionadas até a data designada
no Edital de eleição.
§ 1º Apurada a falta de condição de elegibilidade, os candidatos

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

terão prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento da comunica-


ção, para a substituição dos inelegíveis, facultando aos interessados o
mesmo prazo para recorrerem da inelegibilidade apontada.
§ 2º Na hipótese de recursos estes serão apreciados pelo órgão
julgador em até 48 (quarenta e oito) horas.

CAPÍTULO VII
DOS EDITAIS DE REGISTRO DE CHAPAS

Art. 25. Em até 45 (quarenta e cinco) dias antes da data de elei-


ção, após análise da Comissão Eleitoral, a Grande Loja deverá afixar
nos locais de costume o Edital de Registro de Chapas, dando ampla
divulgação às chapas registradas e concorrentes ao pleito.

CAPÍTULO VIII
DO VOTO EM TRÂNSITO
CÓDIGO ELEITORAL

Art. 26. O Mestre Maçom, eleitor da jurisdição, ausente de seu


Oriente, poderá votar na Loja Simbólica que comparecer, no dia da
eleição para Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, desde que esteja
apto ao exercício do voto, como previsto neste Código.
Parágrafo único. Nesse caso, o eleitor deverá comparecer an-
tes do encerramento da eleição, conforme previsto no art. 20 deste
código, apresentar a sua cédula de identidade maçônica válida e a
Certidão de Regularidade da Loja a que pertencer, assinará a lista de
votantes e será colhido o seu voto junto com os da Loja e registrado o
fato no Balaústre.

TÍTULO III
DA ELEIÇÃO NA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL (SAG)
CAPÍTULO I
DOS CARGOS DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL (SAG)

Art. 27. São cargos eletivos na Soberana Assembleia Geral: Os

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

cargos de Grandes 1º e 2º Vigilantes, Grande Orador e demais Gran-


des Oficiais, Membros do Conselho Fiscal e das Comissões Perma-
nentes da Assembleia Geral que serão eleitos, anualmente, em Ses-
são convocada para este fim, a ser realizada no terceiro sábado do
mês de setembro.
Parágrafo Único. Compõe, ainda, a SAG os demais represen-
tantes da Lojas que não ocupam cargo, todos com direito a voz e voto

CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

Art. 28. Para os cargos de Grandes Vigilantes da Assembleia Ge-


ral (SAG) da GLOMARON, substitutos legais do Grão-Mestrado, são
condições de elegibilidade:
I – serem Mestres Instalados, com, no mínimo, 35 (trinta e cinco)
anos de idade civil;

CÓDIGO ELEITORAL
II – estarem regulares e ativos nas Lojas jurisdicionadas e em ple-
no exercício da atividade do Simbolismo há pelo menos 5 (cinco) anos,
de forma ininterrupta;
III – não estarem respondendo a inquérito ou processo maçônico.
Art. 29. Para os cargos de Grande Orador e Grande Orador Ad-
junto são condições de elegibilidade:
I – pertencer ao Quadro da Loja jurisdicionada há mais de 5
(cinco) anos ininterruptos;
II – ter mais de 30 (trinta) anos de idade civil; e
III – ter notório conhecimento jurídico-maçônico.
Art. 30. Para os demais Grandes Oficiais e cargos eletivos da
Assembleia Geral, são condições de elegibilidade ser Grande Repre-
sentante da Loja na SAG.

CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES DE ELEITOR
Art. 31. Somente terão direito de voto, na Soberana Assembleia
Geral, os Grandes Representantes das Lojas; e de serem votados, os

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

que, dentre esses, atendam as condições de elegibilidade do Capítulo


II, deste Título.
CAPÍTULO IV
DO EDITAL E DAS ELEIÇÕES DA SAG

Art. 32. As eleições para os Grandes Vigilantes e Grandes Ofi-


ciais da Soberana Assembleia Geral serão realizadas conforme con-
vocação prévia do Presidente, a ser realizada no terceiro sábado do
mês de setembro, anualmente, em local e horário indicados no Edital
ou Ato de Convocação.
Parágrafo único. Nesta oportunidade deverão ser apresenta-
dos e empossados os novos Representantes das Lojas junto à SAG.
Art. 33. As Lojas jurisdicionadas, através de seus Grandes Re-
presentantes, farão a indicação dos candidatos, aos cargos eletivos
da Assembleia Geral verbalmente no ato da eleição, em Assembleia
Geral convocada para este fim.
Art. 34. Após serem apresentados os nomes dos postulantes ao
CÓDIGO ELEITORAL

cargo, os mesmos serão eleitos individualmente, por voto aberto, pelo


sinal convencional de aceitação, com posse imediata após o último
eleito, juntamente com as comissões permanentes.

TÍTULO IV
DA ELEIÇÃO NAS LOJAS JURISDICIONADAS
CAPÍTULO I
DOS CARGOS DAS LOJAS JURISDICIONADAS

Art. 35. As Luzes e Oficiais das Lojas jurisdicionadas serão eleitos


mediante sufrágio universal, dentre os Mestres Maçons regulares do qua-
dro da Loja, em pleno gozo dos seus direitos e prerrogativas maçônicos e
civis, na segunda quinzena do mês de junho, anualmente.
§ 1º Serão eleitos juntamente com o Venerável Mestre da Loja:
I – os Vigilantes, Orador (ou similar no rito), Secretário e Tesoureiro;
II – os 2 (dois) Juízes do Conselho de Justiça das Lojas;
III – os 3 (três) Membros da Comissão de Finanças (Conselho Fiscal).
§ 2º Os demais cargos serão de livre nomeação e exoneração
do Venerável Mestre.
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 36. Para o cargo de Venerável Mestre da Loja é exigível do


candidato:
I – idade mínima de 25 (vinte e cinco) anos;
II – ser Mestre Maçom ativo em sua Loja há mais de 3 (três) anos
ininterruptos;
III – ter, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de frequência nos
últimos 12 (doze) meses que antecedam a eleição;
IV – não estar respondendo a inquérito ou processo maçônico.
§ 1º São documentos exigidos dos candidatos aos cargos eleti-
vos de Venerável Mestre da Loja jurisdicionada no ato do registro da
candidatura os constantes no § 2º do art. 22 deste Código.
§ 2º Situações excepcionais serão definidas pelo Grão-Mestre.
Art. 37. O Venerável Mestre e os Vigilantes das Lojas jurisdicio-
nadas são os Grandes Representantes destas na Soberana Assem-
bleia Geral e só poderão se candidatar pela Loja em recolherem suas
per capitas.
CAPÍTULO II

CÓDIGO ELEITORAL
DOS EDITAIS DE ELEIÇÃO DAS LOJAS

Art. 38. As eleições das Lojas serão realizadas nas Oficinas res-
pectivas, anualmente, na segunda quinzena do mês de junho, median-
te edital de convocação do Venerável Mestre respectivo.
Art. 39. Os editais de convocação das eleições das Lojas Juris-
dicionadas deverão ser publicados 30 (trinta) dias antes de qualquer
eleição e afixado nos locais de costume, na GLOMARON e nas Lojas
Simbólicas e deverão constar os prazos de registros, dia, hora e local
de eleição.
Art. 40. Em até 10 (dez) dias antes da data de eleição a Loja de-
verá afixar nos locais de costume o Edital de Registro de Chapas, dan-
do ampla divulgação às chapas registradas e concorrentes ao pleito.

CAPÍTULO III
DO REGISTRO DE CHAPAS

Art. 41. Os candidatos aos cargos de Venerável de Loja devem

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

registrar suas chapas até 15 (quinze) dias antes das eleições, na Se-
cretaria de sua Oficina, por ele assinada, na qual constarão os nomes
dos postulantes aos cargos de Venerável Mestre, Vigilantes, Orador,
Secretário, Tesoureiro, Comissão de Finanças e os 2 (dois) juízes do
Conselho de Justiça.
Parágrafo Único. Vencido o prazo estipulado neste artigo, não
será recebido mais qualquer pedido de registro.
Art. 42. Após análise do Orador (ou cargo similar no rito) e Se-
cretário da Loja, na hipótese de a solicitação de registro constar nome
de Maçom que não preencha os requisitos exigidos pela Constituição,
Regulamento Geral e por este Código, fica facultado ao candidato a
Venerável da chapa, substituir em até 48 (quarenta e oito) horas o
candidato impugnado, após comunicação pelo Secretário da Loja; so-
mente serão efetuados os registros das chapas em que todos sejam
possuidores de condições de elegibilidade.
Art. 43. À exceção das Luzes, os candidatos a cargos eletivos
CÓDIGO ELEITORAL

poderão ser registrados em mais de uma chapa.


Art. 44. Qualquer Mestre Maçom que se encontre apto a votar e
ser votado poderá impugnar o registro de candidatos que contrariem
disposições da Constituição, do Regulamento Geral, deste Código e
demais normas da GLOMARON.
Art. 45. É vedado aos Órgãos da GLOMARON e das Lojas ju-
risdicionadas deixarem de receber, dentro do prazo legal, pedidos de
registro de candidatos.
Parágrafo Único. Em qualquer caso, havendo recusa, poderá a
parte interessada, fazer pessoalmente a entrega do pedido de registro
ao Grão-Mestre, que fará as respectivas anotações na cópia do mes-
mo, determinando o necessário.

CAPÍTULO IV
DA COMISSÃO ELEITORAL E DA ELEIÇÃO DAS
LOJAS JURISDICIONADAS

Art. 46. A Câmara de Justiça Maçônica, nos termos do Art. 56,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

inciso III, da Constituição da GLOMARON, por ocasião das eleições


das Lojas Jurisdicionadas, formará uma Comissão Eleitoral compos-
ta por 3 (três) desembargadores sorteados dentre os integrantes do
pleno, presidido pelo de maior idade maçônica, para processar e ho-
mologar as eleições da administração das Lojas, bem como fazer a
diplomação dos eleitos.
Parágrafo único. O Presidente da Comissão Eleitoral, poderá
nomear até 5 (cinco) Mestres Instalados, para auxiliarem nos traba-
lhos da Comissão.

CAPÍTULO V
DA JUNTA APURADORA DAS ELEIÇÕES
DAS LOJAS JURISDICIONADAS

Art. 47. A Junta Apuradora das eleições das administrações das


Lojas Jurisdicionadas será a Mesa Eleitoral, constituídas por 3 (três)

CÓDIGO ELEITORAL
membros: pelo Venerável Mestre na presidência dos trabalhos, pelo
Orador (ou cargo similar no rito) pelo Secretário e 2 (dois) Escrutina-
dores, designados pelo Presidente.
§ 1° Os candidatos ao pleito não poderão fazer parte da Mesa
Eleitoral, sendo substituído pelo irmão de maior idade maçônica
presente, preferencialmente Mestre Instalado.
§ 2° A Junta Apuradora do caput deste artigo, terá a incumbência
de fazer a apuração, na Loja, quando da eleição do Grão-Mestrado.

TÍTULO V
DO PROCEDIMENTO ELEITORAL
CAPÍTULO I
DA MESA ELEITORAL E VOTAÇÃO

Art. 48. No dia, hora e local, designados no Edital referente à


eleição, o Presidente da Mesa Eleitoral, com um golpe de malhete,
dará por iniciada a sessão que não terá nenhuma formalidade ritua-
lística.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo Único. A Mesa Eleitoral será presidida pelo Venerá-


vel Mestre. Na hipótese de ser candidato a um dos cargos eletivos ou
em virtude de sua ausência, será presidida pelo Mestre Instalado mais
antigo presente e em condições de votar.
Art. 49. Deverão estar à disposição dos presentes, na Mesa
Eleitoral, a Constituição, o Regulamento Geral, Código Eleitoral, Cer-
tificado de Regularidade da Loja, Relação dos Obreiros aptos a votar,
Editais de Convocação e de Chapas Registradas, Lista de Presença,
Lista de Votantes, Mapa de Apuração e as Cédulas Eleitorais, o que
serão mencionados na Ata.
Art. 50. Organizada a Mesa Eleitoral, o Secretário à esquerda
do Presidente, e o Orador (ou cargo similar no rito) à direita deste,
juntamente com os dois Escrutinadores, dará início à votação, com
a chamada nominal, pelo Secretário, dos eleitores, Mestres Maçons
com direito a voto, que deverão assinar a lista de votantes e receber
a cédula para votar.
CÓDIGO ELEITORAL

Art. 51. A votação será através de cédula com modelo aprovado


previamente pela Comissão Eleitoral.
§ 1º É nulo o voto que contenha qualquer alteração de nomes
em chapa registrada, ou qualquer sinal e rasura que possa identificar
o voto.
§ 2º Nas eleições por meio eletrônico, a Loja deverá providenciar
um terminal de computador ou equipamento equivalente com acesso
à Internet, colocado de forma a preservar o sigilo do voto.
Art. 52. O Secretário fornecerá ao eleitor, após assinar a lista
de votantes, a cédula com as chapas concorrentes, rubricadas pelos
integrantes da Mesa Eleitoral, e convidá-lo-á a ingressar à cabina in-
devassável, para ali, assinalar com “X” a chapa de sua preferência.
§ 1º Ao retornar da cabina, o votante exibirá à mesa eleitoral a
cédula dobrada, para que se certifique de ter sido a mesma que lhe foi
entregue, colocando-a na respectiva urna, que deverá estar sobre a
mesa, em frente ao Presidente.
§ 2º Durante a realização das eleições, o Maçom terá livre in-
gresso no local da votação, podendo retirar-se assim que houver cum-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

prido o seu dever, exceção feita àqueles que estiverem fazendo parte
da Mesa Eleitoral.
Art. 53. Terminada a votação, o Presidente da Mesa Eleitoral,
iniciará a apuração dos votos, lendo em voz alta os nomes constantes
em cada cédula, ou apenas o primeiro nome, que será anotado pelos
escrutinadores.
§ 1° Nas eleições por meio eletrônico, o Presidente deverá
imprimir a zerézima antes da votação e depois o mapa de votação no
final.
§ 2° Qualquer dúvida na votação será resolvida pela Mesa
Eleitoral e em qualquer hipótese será procedida a apuração, com a
respectiva consignação no Balaústre.
§ 3° Concluída a apuração, o resultado será lançado no mapa,
cujo modelo deverá ser aprovado pelo Tribunal de Justiça Maçônico,
sendo lavrado o respectivo Balaústre de Eleição.
§ 4° Serão nulos os votos, cujas cédulas sejam rasuradas,

CÓDIGO ELEITORAL
rasgadas, quando forem assinalados os nomes de duas ou mais
chapas para o mesmo cargo ou dados a candidatos inelegíveis ou não
registrados.
Art. 54. Será considerada eleita, a chapa que obtiver a maioria
dos votos válidos, não computados os em branco e os nulos.
Parágrafo único. A proclamação dos resultados far-se-á ime-
diatamente após a apuração dos votos.
Art. 55. Após a totalização dos votos e proclamação do vence-
dor do pleito eleitoral do Grão-Mestrado, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a interposição de recursos junto ao Tribunal Pleno do Tribunal de
Justiça Maçônico.
Art. 56. Havendo impugnação de voto, ou do resultado da elei-
ção, desde que formalizada no ato, a Mesa Eleitoral decidirá, imedia-
tamente, como entender acertado.
Parágrafo Único. Dessa decisão, cabe recurso, no prazo de
quarenta e oito (48) horas, para o Tribunal Pleno ou Câmara de Justiça
Maçônica, conforme a eleição.
Art. 57. Resolvidas as impugnações pela Mesa Eleitoral, esta

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

proclamará os eleitos.
Art. 58. Terminada a eleição e proclamado o resultado, parcial
ou total, conforme a eleição, será redigida a Ata; lida e aprovada, será
imediatamente encaminhado uma cópia deste à GLOMARON, junta-
mente com:
I. Editais de Convocação e de Chapas inscritas;
II. Ata da Sessão de Eleição;
III. Lista de Presença;
IV. Lista de Votantes;
V. Mapa do Resultado da Eleição;
VI. Cédulas Eleitorais, somente para os casos de impugnação;
VII. Nominata da Chapa Vencedora com o nome completo, ca-
dastro, telefone e e-mail de todos os integrantes;
VIII. Certificado de Regularidade da Loja, expedido pela GLO-
MARON; e
IX. Pedido de Instalação e Posse, somente para o caso da elei-
CÓDIGO ELEITORAL

ção das Lojas.


Parágrafo Único. Esta documentação será analisada pela Co-
missão Eleitoral respectiva afim de fazer a Proclamação e Diplomação
dos eleitos, havendo necessidade de documentação complementar, a
Comissão Eleitoral fará a solicitação escrita, com a especificação de
prazo para cumprimento das exigências.

CAPÍTULO II
DA ELEIÇÃO POR ACLAMAÇÃO

Art. 59. Para a eleição das Lojas, havendo apenas uma chapa
registrada, a eleição poderá ser feita por aclamação; neste caso o Pre-
sidente deve consultar os presentes, com direito a voto, se a eleição
poderá se proceder por aclamação.
§ 1° Em caso afirmativo, o Presidente convida os presentes
a aclamarem a chapa única com uma bateria incessante e dá por
encerrada a eleição.
§ 2° Em caso negativo, o Presidente deverá proceder eleição

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

nos termos do art. 51 a 54 deste Código.

CAPÍTULO III
DAS CHAPAS

Art. 60. As eleições constantes neste Código serão realizadas


por votação direta e secreta, ressalvadas as exceções de registro de
chapa única, delas participando, apenas, os Mestres Maçons, que
preencherem as condições de elegibilidade constantes neste Código.
Art. 61. Havendo mais de uma chapa concorrente, se antes de
se realizar a votação ocorrer morte, renúncia ou impedimento legal
de candidato à Venerável Mestre de Loja, é facultado ao candidato
Primeiro Vigilante encabeçar a chapa, devendo, nesse caso, provi-
denciar o preenchimento do cargo imediatamente vago na nominata.
§ 1º Caso não haja interesse a chapa será desfeita e cancelado o
seu registro, prosseguindo-se a eleição com as chapas remanescentes.

CÓDIGO ELEITORAL
§ 2º Em se tratando de chapa única, caso ocorra morte, renúncia
ou impedimento legal de candidato à Venerável Mestre, antes da
realização da votação, optando o candidato a Primeiro Vigilante não
encabeçar a chapa, as mesmas condições ficam facultadas ao Segun-
do Vigilante; não ocorrendo as condições anteriores, convocar-se-á
nova eleição, com as mesmas formalidades, permanecendo no cargo
o atual Venerável, até a posse do seu sucessor.

TÍTULO VI
DOS MANDATOS
CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO DOS MANDATOS

Art. 62. A duração dos mandatos será de:


I – 4 (quatro) anos para os eleitos a Grão-Mestre e Grão-Mestre
Adjunto;
II – 1 (um) ano para:
a) os eleitos aos cargos de Grandes 1º e 2º Vigilantes,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Grandes Oficiais, Membros do Conselho Fiscal e das Co-


missões Permanentes da Soberana Assembleia Geral;
b) os eleitos para a Administração das Lojas jurisdiciona-
das: Venerável Mestre, Vigilantes, Orador, Secretário, Te-
soureiro, os Juízes do Conselho de Justiça e os membros
da Comissão de Finanças (Conselho Fiscal) das Lojas ju-
risdicionadas.
Parágrafo único. Será permitida uma única reeleição, conse-
cutiva, para os cargos de Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, 1º e 2º
Grandes Vigilantes da SAG e Venerável Mestre das Lojas Jurisdicio-
nadas.
Art. 63. O titular de qualquer cargo cujo mandato tenha chegado
a termo, no caso de não existência do substituto legal permanecerá
em exercício até a posse de seu sucessor.
Art. 64. Os mandatos das Lojas fundadas, soerguidas ou re-
gularizadas, começarão a partir do ato respectivo, e as eleições nas
CÓDIGO ELEITORAL

mesmas serão na reunião preparatória, antes da instalação, quando


ocorrerá a posse, independentemente de qualquer convocação ou
edital, e cujos mandatos serão concluídos juntamente com os das ad-
ministrações das demais Lojas jurisdicionadas, mesmo quando não
atinjam um ano.

CAPÍTULO II
DA EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 65. Extingue-se o mandato de Grão-Mestre, do Grão-Mestre


Adjunto, das Grandes Luzes, Grandes Oficiais eleitos e das autorida-
des eleitas das Lojas:
I – quando não tomarem posse na data marcada, salvo motivo
justificado ou de força maior;
II – pela renúncia;
III – pela perda de direitos maçônicos ou civis;
IV – por doença grave;
V – pelo falecimento;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

VI – pela mudança de domicílio para Oriente de outra jurisdição


para os cargos do Grão-Mestrado e para os demais cargos eletivos,
quando houver mudança de Oriente; e,
VII – pelo término do mandato.
§ 1° Com exceção da vacância prevista no inciso VII, quando
os titulares aguardarão em exercício a posse dos seus substitutos, as
demais decorrerão do simples fato gerador.
§ 2° Quando o tempo faltante para o término do mandato
exceder a 50% (cinquenta por cento), o substituto legal convocará
novas eleições para o provimento do cargo vago, através de sufrágio
universal, no prazo de 60 (sessenta) dias.
§ 3° Vagando em definitivo, em qualquer época, o cargo de
Grão-Mestre Adjunto, a Assembleia Geral elegerá outro, no prazo
de 30 dias, dentre os Mestres Maçons Instalados que atendam aos
requisitos do artigo 117 da Constituição, escolhidos em lista tríplice
pelo Conselho Permanente, cujos nomes tiverem recebido parecer

CÓDIGO ELEITORAL
favorável do Grande Conselho Maçônico.
§ 4° Será considerado vago o cargo de Grão-Mestre Adjunto,
quando este assumir definitivamente o cargo de Grão-Mestre, ou
quando se ausentar de suas funções por mais de trinta dias, sem a
devida autorização da Assembleia Geral.
§ 5° Para os casos de desincompatibilização não será necessário
a substituição do Grão-Mestre Adjunto.

CAPÍTULO III
DA PERDA DO MANDATO

Art. 66. Serão considerados resignatários, com a perda de cargo


para todos os efeitos, conforme disposto no art. 128 da Constituição:
I – as autoridade referidas no art.118, da Constituição, quando
se ausentarem da jurisdição, por mais de 30 (trinta) dias, sem prévia
licença, ou com mais de 90 (noventa) dias, mesmo que autorizado
pela Assembleia Geral;
II – o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, quando faltarem

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

a 2 (duas) reuniões consecutivas da Assembleia Geral, sem motivo


justificadamente aceito;
III – as Grandes Luzes e os Grandes Oficiais quando não com-
parecerem a 2 (duas) Assembleias Gerais consecutivas, sem motivo
justificadamente aceito;
IV – a perda da qualidade de membro do quadro de uma Loja
implicará na perda automática do cargo exercido na Assembleia Geral.
Art. 67. A perda do cargo e a extinção do mandato serão decla-
radas:
I – em ato da Assembleia Geral da GLOMARON, se do Grão-
Mestre;
II – pelo Grão-Mestre, nos demais cargos eletivos da GLOMA-
RON;
III – em ato da Assembleia Geral da GLOMARON, se dos Gran-
des Vigilantes e Grandes Oficiais da SAG;
IV – Pelo Grão-Mestre, se do Venerável Mestre;
CÓDIGO ELEITORAL

V – pelo Venerável Mestre, nos demais casos relacionados à


Loja.
Art. 68. Da declaração da perda de mandato caberá recurso
conforme o previsto no art. 72 deste Código.
Art. 69. Os ex-Grão-Mestres e os ex-Grão-Mestres Adjuntos,
que cumpriram integralmente os seus mandatos, serão considerados,
respectivamente, Grão-Mestres Ad Vitam e Grão-Mestres Adjuntos Ad
Vitam, com as mesmas honras e prerrogativas anteriores, na forma
estabelecida na Constituição.

CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA

Art. 70. Vagando o cargo de Grão-Mestre assumirá o seu Ad-


junto e, na falta ou impedimento deste, sucessivamente, o Grande
Primeiro Vigilante, o Grande Segundo Vigilante ou o Desembargador
do Tribunal de Justiça com maior idade maçônica, todos Mestres Ins-
talados.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 71. Vagando o cargo de Venerável Mestre assumirá o cargo,


sucessivamente, o Primeiro e Segundo Vigilantes e, na sequência, o
Past Master mais moderno presente na sessão.
§ 1° Faltando menos de 50% (cinquenta por cento) para o
término dos mandatos eletivos, a substituição será definitiva, quer
nos casos de existência de substitutos natos, quer naqueles em que
se façam necessários o provimento interino através de nomeação
do Grão-Mestrado; se o substituto não for Mestre Instalado, o Grão-
Mestre providenciará a sua instalação.
§ 2° Quando o tempo faltante exceder ao disposto no parágrafo
anterior, o substituto legal convocará novas eleições para o provimento
do cargo vago, através de sufrágio universal, no prazo de 30 (trinta)
dias corridos.
TÍTULO VII
DOS RECURSOS ELEITORAIS
Art. 72. Cabe recurso ordinário, com efeito suspensivo, no prazo

CÓDIGO ELEITORAL
de 48 horas:
I – para o Tribunal Pleno do Poder Judiciário da GLOMARON,
nos termos do Art. 53, da Constituição:
a) sobre questões eleitorais do Grão-Mestrado realizadas para
as eleições dos cargos de Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto
e de Grandes Luzes e Grandes Oficiais da SAG;
b) da declaração de perda ou extinção do mandato das autori-
dades maçônicas citadas na alínea anterior.
II – para Câmara de Justiça Maçônica, nos termos do art. 56,
da Constituição:
a) das eleições realizadas pelas Lojas jurisdicionadas;
b) da declaração de perda ou extinção do mandato dos ocu-
pantes de cargos das Lojas;
c) da decisão sobre preenchimento das condições de elegibi-
lidade de qualquer candidato apresentado para inscrições a
cargo eletivo.
Parágrafo Único. Os recursos previstos no inciso II, deste ar-
tigo, não terão efeito suspensivo.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 73. Só será admitido recurso contra as eleições, se houver


a necessária impugnação no momento em que, terminada a contagem
dos votos e feita a leitura dos resultados obtidos, a matéria for levada
à discussão para deliberação final.
Art. 74. Os recursos previstos na alínea “a”, do inciso I, e na
alínea “a” do inciso II, do art. 72, para que tenham seguimento, serão
fundamentados, por escrito, nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes
à deliberação da Assembleia Especial de Eleição da GLOMARON ou
das Lojas Jurisdicionadas, respectivamente, em relação à impugna-
ção competente.
§ 1º Os demais recursos admitidos pelo art. 72 serão oferecidos,
por escrito, no prazo de 5 (cinco) dias, a partir do conhecimento do ato
da declaração de perda ou extinção do mandato ou, ainda, da deci-
são sobre a existência ou não das condições de elegibilidade para o
preenchimento de qualquer cargo eletivo.
§ 2º O recurso deverá ser fundamentado na legislação em vigor,
CÓDIGO ELEITORAL

e conter a indicação da norma legal violada e impugnação aos funda-


mentos da decisão que deseja revisão, além de prova de que houve
impugnação no ato.
§ 3º Recebido o recurso, o Presidente do Tribunal, dentro de
quarenta e oito (48) horas, mandará autuá-lo, sorteando um Relator
que após ouvir o Procurador de Justiça Eleitoral, providenciará o seu
julgamento no prazo de dez (10) dias.
§ 4º Os recorridos poderão apresentar contrarrazões em igual
prazo.
§ 5º Sem prejuízo das demais exigências deste Código, os re-
cursos serão instruídos de ofício, para cada caso, com cópia autenti-
cada da Ata da eleição e da Lista de Presenças, ou cópia autenticada
do Ato recorrido.
§ 6º Exceção feita aos recursos mencionados no caput deste
artigo, os demais serão encaminhados, para julgamento, no prazo de
5 (cinco) dias, após oferecimento das razões.
Art. 75. São partes legítimas para apresentação dos recursos
previstos neste Código:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – nas hipóteses de eleições, os interessados nestas, quando


houverem apresentado impugnação oportuna;
II – no caso de declaração de perda ou extinção de mandato,
aqueles que forem diretamente atingidos pelo ato correspondente; e
III – no que se relaciona à decisão sobre preenchimento ou não
de condições de elegibilidade, todos os que forem disputar as mesmas
eleições, suas respectivas Lojas, ou ainda, as Lojas que se julgarem
prejudicadas, em função dos candidatos que indicaram.
Art. 76. Atendendo à natureza e aos efeitos das questões susci-
tadas no recurso, poderá o Grão-Mestre convocar extraordinariamen-
te a Assembleia Geral para sua apreciação e julgamento.
Art. 77. Os recursos de que trata este Título terão efeito suspen-
sivo, exceto quando:
I – o ato recorrido tenha sido do Grão-Mestre;
II – a decisão tenha sido tomada por unanimidade;
III – tratar-se de recurso extraordinário.

CÓDIGO ELEITORAL
Parágrafo único. O recurso, sem efeito suspensivo, deixará de
sê-lo, se não for decidido no prazo de 60 (sessenta) dias corridos,
ficando adiada a execução do ato ou da decisão que lhe deu causa.
Art. 78. As decisões tomadas em única instância, no Tribunal
Pleno e na Câmara de Justiça poderão ser reexaminadas, mediante
apresentação de um único embargo de declaração.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 79. Cada candidato ao Grão-Mestrado poderá indicar à Co-


missão Eleitoral, com antecedência de 15 (quinze) dias do pleito, tan-
tos fiscais quanto julgar necessário para acompanhar as eleições nas
Lojas.
§ 1º Os Fiscais deverão portar credencial autenticada, fornecida
pela Comissão Eleitoral, mediante solicitação dos respectivos candi-
datos.
§ 2º Aos Fiscais competem fiscalizar a votação, formular pro-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

testos e fazer impugnações, comunicando à Mesa Eleitoral, para as


providências cabíveis, toda e qualquer irregularidade que a propósito
apurarem.
Art. 80. No dia das eleições é proibida qualquer forma ou moda-
lidade de propaganda eleitoral nas áreas territoriais físicas da Grande
Loja e das Lojas Jurisdicionadas, bem como no recinto do Templo,
onde elas se realizarem.
Parágrafo único. Somente os candidatos ou seus Fiscais pode-
rão ostentar caracteres distintivos de sua chapa, para efeito de iden-
tificação.
Art. 81. Os eleitores, tal quais os ocupantes de cargos, poderão
apresentar-se, no Templo, com traje esporte, no horário e dia desig-
nado no Edital.
Art. 82. À época das eleições, o Grão-Mestre ou a Comissão
Eleitoral, respectiva, poderá baixar instruções normativas complemen-
tares ao disposto no presente Código.
CÓDIGO ELEITORAL

Art. 83. Os dias úteis a que se refere este Código serão consi-
derados de segunda a sexta-feira, sem que coincidam com feriados
nacionais.
Art. 84. Este Código Eleitoral após a aprovação pela Assembleia
Geral e sua promulgação pelo Grão-Mestre da GLOMARON, entrará
em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições
em contrário, em especial a Lei nº 003/GM/1999-2003.

Porto Velho-RO, 22 de setembro de 2018.

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO


Grão-Mestre Adjunto

Vinicius Jácome dos Santos júnior


Grande Orador

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Paulo Luciano Bastos Botelho


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES


Grande Secretário de Relações Interiores

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento

CÓDIGO ELEITORAL

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S
SEREN
NÍSSIM
MA GRA
ANDE LOJA
L MAÇÔN
M NICA DO
D
ES
STADO
O DE RONDÔN
NIA
– GL
LOMAR
RON –

LEI Nº
N 005/GM
M/2015-20019 DE 22
2 DE SET
TEMBRO
O DE 2018
8
(CÓD
DIGO DE
E JUSTIÇ
ÇA MAÇÔ
ÔNICO)

SE
ETEMBRO
O/2018

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE RONDÔNIA


GLOMARON

LEI Nº 005/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(CÓDIGO DE JUSTIÇA MAÇÔNICO)

Dispõe sobre o Código de Justiça


Maçônico (Código Disciplinar) da
Grande Loja Maçônica do Estado
de Rondônia, Entidades Subsidiá-
rias e Lojas Jurisdicionadas.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 005/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(CÓDIGO DE JUSTIÇA MAÇÔNICO)

PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE JUSTIÇA MAÇÔNICO

CÓDIGO DE JUSTIÇA
Art. 1º O Código de Justiça Maçônico se aplica aos Maçons ju-
risdicionados à Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - GLO-
MARON que cometerem infrações de natureza ética e disciplinares
maçônicas definidas neste Código.
Art. 2º Os atos indisciplinares praticados por Maçom da jurisdi-
ção, no exterior, ficam sujeitos ao ordenamento jurídico da GLOMA-
RON.
Art. 3º Não há ato indisciplinar maçônico sem norma legal an-
terior que o defina, nem haverá sanção indisciplinar sem prévia comi-
nação legal.
Art. 4º Nenhum Maçom poderá ser punido, quando norma legal

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

maçônica posterior deixar de considerar o ato como indisciplinar, ces-


sando a execução e os efeitos da sentença condenatória.
Art. 5º O ato indisciplinar é considerado praticado no momento
da ação ou da omissão, ainda que outro seja o momento de seu re-
sultado.
Art. 6º Para que a sentença de outra Potência produza efeitos
na jurisdição da GLOMARON deverá ser homologada pelo Tribunal de
Justiça Maçônico.

TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO DISCIPLINAR

Art. 7º A jurisdição disciplinar maçônica é exercida:


I – em Primeira Instância, pelo Conselho de Justiça das Lojas;
II – em Segunda Instância, pelo Tribunal Pleno e pela Câmara
de Justiça Maçônica.

TÍTULO III
DA INDISCIPLINA MAÇÔNICA

Art. 8º Indisciplina é a violação dolosa ou culposa dos juramen-


tos e das normas maçônicas, assim como dos preceitos gerais e fun-
CÓDIGO DE JUSTIÇA

damentais da instituição e dos princípios que regem a Maçonaria.


Art. 9º O ato indisciplinar somente é imputável a quem lhe der
causa, assim considerada a ação ou a omissão, sem a qual o resulta-
do não teria ocorrido.
Parágrafo único. A omissão somente será configurada para fins
de indisciplina maçônica quando o Maçom omitente devia e podia agir
para evitar o resultado.
Art. 10. Diz-se a indisciplina:
I – consumada, quando nela se reúnem todos os elementos de
sua definição legal.
II – tentada, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do Maçom.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a ten-


tativa com a sanção correspondente à infração consumada, diminuída
de 1 (um) a 2 (dois) terços.
Art. 11. Diz-se a indisciplina:
I – dolosa, quando o Maçom quis o resultado ou assumiu o risco
de produzi-lo;
II – culposa, quando o Maçom der causa ao resultado por impru-
dência, negligência ou imperícia.
Art. 12. O Maçom que, voluntariamente, desiste de prosseguir
na execução ou impede que o resultado se produza, só responde
pelos atos já praticados.
Art. 13. O Maçom não se exime das sanções disciplinares, por
desconhecimento ou errônea compreensão da lei Maçônica.
Art. 14. É isento de penalidade quem, por erro plenamente jus-
tificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse,
tornaria a ação legítima.
§ 1º Não se aplica a isenção descrita no caput deste artigo quan-
do o erro deriva de culpa e o fato é punível como indisciplina culposa.
§ 2º Responde pela indisciplina o terceiro que determina o erro
ou contribui para a sua execução.
§ 3º O erro quanto à pessoa contra a qual a indisciplina é
praticada não isenta o Maçom das sanções disciplinares.

CÓDIGO DE JUSTIÇA
§ 4º Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o Maçom queria praticar
o ato indisciplinar.
Art. 15. Se, por erro acidental na execução, é atingido bem jurí-
dico diverso daquele visado pelo Maçom, responde este por dolo, se
assumiu o risco de causar o resultado, ou por culpa, se houve impru-
dência, negligência ou imperícia, e o fato é punível como ato indisci-
plinar maçônico.
Art. 16. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estri-
ta obediência a ordem manifestamente ilegal, de superior hierárquico
são puníveis o autor e o executor da coação ou da ordem.
Art. 17. Não há indisciplina quando o Maçom praticou o fato em:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – estado de necessidade;
II – legítima defesa;
III – em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regu-
lar do direito.
§ 1º considera-se em estado de necessidade o Maçom que
pratica o ato para salvar direito próprio ou alheio, de perigo atual que
não provocou por sua vontade e nem podia de outro modo evitar, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 2º Entende-se em legítima defesa quando o Maçom, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
ou iminente, a direito seu ou de outrem.
§ 3º O Maçom, em quaisquer dos casos de excludente de
infração disciplinar, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
a) Não é punível o excesso quando resulta de escusável medo,
surpresa ou perturbação de ânimo em face da situação.
b) Ainda quando punível, o fato, por excesso doloso, o julgador
pode atenuar a pena.
Art. 18. Não se exclui a responsabilidade do Maçom, quando
pratica o ato indisciplinar, mediante:
I – emoção ou paixão;
II – embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool, entorpecente
ou por substâncias de efeito análogo.
CÓDIGO DE JUSTIÇA

TÍTULO IV
DA AUTORIA E DO CONCURSO DE PESSOAS

Art. 19. Serão considerados autores os Maçons que:


I – diretamente praticarem o ato indisciplinar;
II – por qualquer meio, exercitarem, induzirem ou obrigarem a
execução de ato indisciplinar.
Art. 20. Quem, de qualquer modo, concorre para o ato indisci-
plinar, por ação ou omissão, incide nas mesmas penas cominadas ao
autor, na medida de sua culpabilidade.
Art. 21. São considerados partícipes os Maçons que:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – não sendo autores, prestarem auxílio à execução do ato in-


disciplinar ou fornecerem instruções para cometê-lo;
II – antes ou durante a execução, prometerem auxílio ao agente,
ocultarem ou destruírem os instrumentos e vestígios do ato indiscipli-
nar;
III – conscientemente emprestarem local, de sua propriedade ou
posse, para reunião de Maçons que visem cometer ato de indisciplina
maçônica.
Art. 22. Se, por erro ou acidente na execução, é atingido bem
jurídico diverso do visado pelo agente, este responde por dolo, se as-
sumiu o risco de causar esse resultado, ou por culpa, se o previu, ou
podia prever, e o fato é punível como delito culposo.
Art. 23. Não é punível o autor do delito que o pratica sob coação
física irresistível, respondendo apenas o coator.
Art. 24. Não é punível quem comete crime:
I – sob coação moral que lhe imprima a faculdade de agir segun-
do sua própria vontade;
II – em obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de su-
perior hierárquico;

TÍTULO V
DAS SANÇÕES E INFRAÇÕES DISCIPLINARES

CÓDIGO DE JUSTIÇA
SUA NATUREZA E SUA APLICAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 25. O Maçom que não mantiver conduta digna, ética e


correta na Ordem ou no mundo profano é passível de imposição de
sanções disciplinares.
Art. 26. As infrações maçônicas, conforme sua natureza e inten-
sidade dolosa ou culposa são passíveis das seguintes sanções disci-
plinares:
I – Advertência Verbal;
II – Advertência Escrita;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – Censura Particular;


IV – Censura Pública ou Entre Colunas;
V – Inabilitação para o exercício de cargo maçônico;
VI – Suspensão dos Direitos Maçônicos por até 4 (quatro) anos;
VII – Exclusão do Quadro de Obreiros da Loja;
VIII – Exclusão da Ordem.
§ 1º Advertência Verbal ou Escrita, de forma discreta e pes-
soal, aplicada pelo Grão-Mestrado, pelo Delegado do Grão-Mestre,
pelo Venerável da Loja ou pelo Vigilante a que estiver sujeito, cujo fato
ficará registrado nos assentamentos individuais do Obreiro indiscipli-
nado.
§ 2º Censura Particular, Pública ou entre Colunas, aplicada
pelo Grão-Mestrado, pelo Delegado do Grão-Mestre ou pelo Vene-
rável Mestre da Loja, cujo fato ficará registrado no balaústre e nos
assentamentos individuais do Obreiro indisciplinado.
§ 3º Inabilitação para o exercício do cargo maçônico, aplica-
da pela justiça maçônica, em primeira ou segunda instância, por até 2
(dois) anos.
§ 4º Exclusão do Quadro da Loja, aplicada pela justiça ma-
çônica, em primeira ou segunda instância, com a emissão do Quite
Placet de Ofício.
§ 5º Suspensão dos direitos maçônicos, aplicada pela justiça
CÓDIGO DE JUSTIÇA

maçônica, em primeira ou segunda instância, pelo prazo mínimo de 30


(trinta) dias até 4 (quatro) anos.
§ 6º Exclusão da Ordem, aplicada pela justiça maçônica, em
primeira ou segunda instância.
Art. 27. Na aplicação das sanções disciplinares serão conside-
radas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para a Ordem Maçônica e ao ofendido, as circunstân-
cias agravantes ou atenuantes, os antecedentes, a personalidade do
agente, a intensidade do dolo ou da culpa, os motivos, as circunstân-
cias e os resultados do ato indisciplinar.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade aplicável
dentro dos limites fixados neste Código mencionará, sempre, o funda-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

mento legal e a causa da sanção disciplinar.


Art. 28. Para todos os casos será assegurado o contraditório e
a mais ampla defesa.
Art. 29. As penas de Inabilitação para o exercício de cargo
maçônico, Exclusão do Quadro da Loja, Suspensão dos Direitos
Maçônicos e Exclusão da Ordem, serão aplicadas mediante proces-
so legal, todos originários em primeira instância.
Parágrafo único. As penalidades de advertência escrita terão
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) anos de efetivo
exercício, se o obreiro não houver nesse período praticado nova infra-
ção disciplinar.

CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES

Art. 30. As infrações disciplinares se dividem em:


I – Individuais, subdividida em: Leve, Média, Grave e Gravíssima;
II – Coletivas.

SEÇÃO I
DAS INFRAÇÕES INDIVIDUAIS
SUBSEÇÃO I

CÓDIGO DE JUSTIÇA
DAS INFRAÇÕES DE NATUREZA LEVE

Art. 31. São infrações de natureza leve:


I – descumprir os deveres do cargo ou função em que esteja
investido;
II – permitir, nos trabalhos da Oficina ou de qualquer outro Corpo
Maçônico, a permanência de Maçom que não tenha qualidade para
assisti-los;
III – proceder com abuso de autoridade, ou praticar ato discricio-
nário no exercício do cargo ou função maçônica;
IV – deixar de encaminhar, na época própria, à Grande Loja, os
metais para esse fim recebidos de Maçons e Lojas;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

V – frustrar ou impedir o livre exercício do direito de voto, ou a


liberdade de palavra, quando usada em termos convenientes;
VI – proceder à eleição de Maçom, sabendo-o inelegível para
cargos na Oficina ou em outro Corpo Maçônico;
VII – iniciar profano rejeitado; filiar, ou regularizar maçom com
postergação das prescrições legais;
VIII – negligenciar nas sindicâncias concernentes à admissão
de profano, prestando informações inverídicas ou ocultando fato ou
circunstância de que tenha ciência, visando possibilitar a admissão
de quem não possua qualidade para ingressar na Ordem. Incorre nas
mesmas penas desse inciso o proponente, que, ciente da falta de qua-
lificação do profano, o propõe à admissão na Ordem.
IX – negligenciar a execução das obrigações do cargo para o
qual foi eleito ou nomeado, ou nas comissões para as quais tenha
sido designado, bem ainda o descuido no cumprimento de deveres de
onde resultem para a Loja repreensão, irregularidades ou perturbação
dos trabalhos;
X – submeter candidato a ser iniciado a qualquer tipo de atitude
não prevista na legislação maçônica ou no Ritual, ensejando trote,
prova, tarefa ou situação que possa gerar constrangimento físico, mo-
ral ou psicológico;
XI – deixar de repassar ou entregar, a quem for transmitido car-
CÓDIGO DE JUSTIÇA

go maçônico, bens, valores, objetos ou documentos que se encontra-


vam sob sua guarda e responsabilidade;
XII – usar expediente reprovável para obter votos em eleição;
XIII – imprimir, publicar, ou divulgar por qualquer meio na im-
prensa profana, escrita ou falada, assunto que prejudique o bom con-
ceito da Grande Loja e da Maçonaria;
XIV – deixar de socorrer, injustificadamente, viúva, filhos, pais
ou irmãos de Maçom, moral e materialmente necessitados.
Parágrafo Único. Nas infrações constantes neste artigo, a pena
aplicável será a de Advertência Verbal, Advertência Escrita, Censura
Particular, Censura Pública ou Censura entre Colunas ou suspensão
de até 1 (um) ano.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 32. Ao condenado por qualquer dos delitos especificados


nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X do artigo 31, se aplica a
pena acessória da inabilitação para o exercício de qualquer cargo ma-
çônico, pelo prazo de até 2 (dois) anos, a critério do julgador.

SUBSEÇÃO II
DAS INFRAÇÕES DE NATUREZA MÉDIA

Art. 33. São delitos maçônicos de natureza média:


I – reincidência em infrações de natureza leve;
II – desobedecer as Legislações Maçônicas, às Luzes da Oficina
ou às autoridades de qualquer Corpo ou Poder Maçônico;
III – descumprir, intencionalmente, as deliberações da Oficina ou
de qualquer Corpo ou Poder Maçônico;
IV – conduzir-se no meio maçônico ou no mundo profano de
modo reprovável;
V – perturbar a regularidade dos trabalhos da Oficina ou de qual-
quer Corpo Maçônico, faltando com o respeito devido às Luzes ou aos
Irmãos;
VI – promover ou propiciar desarmonia ou rivalidade entre Ir-
mãos, Lojas ou Corpos maçônicos da Obediência ou de Potências por
esta reconhecidas;

CÓDIGO DE JUSTIÇA
VII – impedir o livre exercício de função ou atribuição legalmente
cometida a Irmão, autoridade ou Corpo Maçônico;
VIII – abusar da honestidade, ou boa-fé de irmão ou de pessoa
de sua família;
IX – faltar com o dever de fraternidade a Maçom regular, não lhe
prestando, injustificadamente, a ajuda ou o socorro de que careça;
X – praticar ação ou omissão que prejudique Irmão, Loja ou a
Ordem;
XI – deixar de saldar dívida contraída no meio maçônico ou no
mundo profano, postergando o dever de fraternidade ou prejudicando
o bom conceito da Ordem.
Parágrafo Único. Nas infrações constantes neste artigo, a pena

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

aplicável será a exclusão do Quadro da Loja ou suspensão de até 2


(dois) anos.
Art. 34. A pena de Exclusão do Quadro da Loja também se
dará quando comprovado prejudicial a permanência do Obreiro em
Loja, por sua conduta antimaçônica, inconveniente, de forma reitera-
da, gerando incompatibilidade de convivência com os demais irmãos.

SUBSEÇÃO III
DAS INFRAÇÕES DE NATUREZA GRAVE

Art. 35. São delitos maçônicos de natureza grave:


I – reincidência em infrações de natureza média;
II – invadir atribuições de autoridades de qualquer Corpo Ma-
çônico, atribuir-se poder, título de qualidade que não possui, ou usar
joia, insígnia ou qualquer outro símbolo maçônico a que não tenha
direito;
III – discutir em recinto maçônico ou no mundo profano, matéria
de natureza político-partidário-religiosa, sectária ou racial, envolvendo
o prestígio da Instituição;
IV – discutir ou divulgar no mundo profano fato ocorrido em Loja
ou em qualquer Corpo Maçônico cujo conhecimento por profano im-
porte em prejuízo da Instituição;
CÓDIGO DE JUSTIÇA

V – concorrer para o enfraquecimento ou abatimento de Coluna


de qualquer Loja;
VI – promover, sem ser sua atribuição e sem permissão dos Po-
deres competentes, correspondência com Potência Maçônica ou au-
toridade profana sobre assunto de natureza maçônica, reservado ou
proibido da competência exclusiva da Grande Loja. Não constituem o
ilícito supra as comunicações, expedientes e cortesia entre Lojas das
cidades fronteiriças do Território Nacional e entre Lojas e autoridades
de Pais vizinho, bem como a correspondência maçônica entre Irmãos
de outra obediência, que não envolva o prestígio da Grande Loja;
VII – contrair dívida, alienar ou gravar patrimônio de qualquer
Corpo Maçônico sem autorização da autoridade competente;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

VIII – deixar de comparecer, sem motivo justificado, em Loja ou


Tribunal Maçônico, quando citado, na qualidade de parte, ou intimado,
na de testemunha;
IX – prestar falso testemunho;
X – prevalecer-se do exercício de posição profana para prejudi-
car direito ou interesse de Irmão ou de qualquer Corpo Maçônico;
XI – propor ação judicial profana, contra maçons e Lojas, sem
antes comunicar à primeira instância do judiciário maçônico;
XII – iniciada a ação cível ou penal contra Maçom, de qualidade
e filiação não conhecida, deixar de promover conciliação maçônica e
composição profana para solução da questão;
XIII – obter ou tentar obter vantagem ilícita negociando objeto,
cargo, grau, honraria ou qualquer outro efeito maçônico;
XIV – facilitar a profano o conhecimento de símbolo, ritual, ceri-
mônia ou de qualquer ato reservado a Maçom.
XV – praticar ato maçônico estando legalmente privado de fa-
zê-lo;
XVI – perturbar acintosamente a ordem dos trabalhos em Loja
ou faltar ao respeito e acatamento devidos aos Obreiros investidos em
cargos maçônicos;
XVII – fomentar ou provocar rivalidade ou desarmonia entre Lo-
jas ou entre Obreiros;

CÓDIGO DE JUSTIÇA
XVIII – ameaçar ou acusar injustamente Obreiros ou prejudicá
-los em seus interesses ou reputação;
XIX – criar Loja ou Triângulo Maçônico sem o devido consenti-
mento da autoridade competente;
XX – praticar ato ou exercer qualquer direito maçônico durante o
período de suspensão regularmente imposto;
XXI – omitir intencionalmente, ou por negligência, informações
desfavoráveis ou quaisquer circunstâncias graves referentes a profa-
nos ou maçons irregulares candidatos à iniciação, filiação ou regula-
rização;
XXII – exercer meio ilícito de vida notoriamente desconsiderado
pela sociedade;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XXIII – ter incontinência pública pela embriaguez ou pela liber-


tinagem;
XXIV – cobrar indevidamente valores para a obtenção de car-
gos, honras e graus;
XXV – deixar de receber a representação ou denúncia e não der
andamento ao procedimento legal ou descumprir os prazos estabele-
cidos neste Código.
Parágrafo Único. Nas infrações constantes neste artigo, a pena
aplicável será a de Suspensão dos Direitos Maçônicos do Obreiro de
1 (um) a 3 (três) anos.

SUBSEÇÃO IV
DAS INFRAÇÕES DE NATUREZA GRAVÍSSIMA

Art. 36. São delitos maçônicos de natureza gravíssima:


I – reincidência em infrações de natureza grave;
II – trair juramento maçônico, por declaração expressa, manifes-
tação pública ou de qualquer meio que caracterize indubitavelmente
a traição;
III – atentar contra a soberania ou a integridade da Grande Loja;
IV – fomentar ou tentar promover a separação de Loja jurisdicio-
nada à Grande Loja ou à Potência regular que seja reconhecida pela
CÓDIGO DE JUSTIÇA

GLOMARON;
V – desobedecer às leis, regulamentos ou resoluções emanadas
de autoridade maçônica, ou opor-se por meios ilegais contra autorida-
de de qualquer dos Poderes constituídos da Ordem, ou contra mem-
bros destes Poderes;
VI – atentar contra a honra e dignidade de membros dos Altos
Poderes da Ordem ou promover por qualquer forma de expressão,
falada ou escrita, no meio maçônico ou no mundo profano, concei-
to desairoso ou crítica insultuosa contra qualquer dos poderes ou de
seus membros;
VII – prejudicar as relações amistosas da GLOMARON com ou-
tra Potência Maçônica, ou o estabelecimento de relações com aquelas

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

com as quais não mantém;


VIII – instituir, filiar-se, professar ou prestar obediência a organi-
zação irregular, inclusive de natureza político-partidária, cujos princí-
pios, atividades ou ideologias conflitem com os que a Maçonaria de-
fende e proclama;
IX – injuriar, caluniar ou difamar Irmão, seus familiares, autorida-
de maçônica ou qualquer Corpo Maçônico, ofendendo-lhes a honra ou
a reputação no meio maçônico ou no mundo profano;
X – praticar ato de improbidade no exercício de cargo maçônico;
XI – falsificar, inutilizar, destruir ou ocultar livros, documentos,
joias, insígnias ou símbolos maçônicos em prejuízo da Loja, de Corpo
Maçônico ou da Ordem;
XII – prestar informações falsas, alterar ou ocultar documentos
ou fato para fraudar interesse material ou moral da Loja, de qualquer
Corpo Maçônico ou da Grande Loja;
XIII – haver-se com falta de decoro no meio maçônico ou no
mundo profano, praticando atos contrários à moral ou aos bons cos-
tumes, inclusive dar-se à embriaguez, à prática de jogo proibido ou à
prática de atividade reprovável;
XIV – praticar violência física contra Irmão ou pessoa de sua
família.
XV – promover cisma ou participar de organização de jurisdição

CÓDIGO DE JUSTIÇA
alheia à Grande Loja;
VIII – praticar ação desonrosa contra a Maçonaria ou contra
Obreiros;
IX – trair ou rebelar-se contra a Ordem, suas autoridades e Lo-
jas;
XI – agir de má fé na gestão dos recursos pertencentes à GLO-
MARON, Entidades Subsidiárias ou às Lojas jurisdicionadas;
XII – prejudicar ou embaraçar intencionalmente ou por negligên-
cia as relações da GLOMARON com Potências Maçônicas, nacionais
ou estrangeiras;
Parágrafo Único. Nas infrações constantes neste artigo, a pena
aplicável será a de Suspensão por de 3 (três) a 4 (quatro) anos ou

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Exclusão da Ordem.
Art. 37. Nos delitos previstos no art. 34, incisos VI e IX somente
se procede mediante queixa.

SEÇÃO II
DAS INFRAÇÕES COLETIVAS

Art. 38. Constituem infrações coletivas:


I – trabalhar sem as cerimônias e formalidades exigidas pelos
rituais dos respectivos graus, salvo quando passível de dispensa;
II – desobedecer, negligenciar ou faltar ao zelo no cumprimento
dos preceitos da Constituição, do Regulamento Geral e das demais
Leis da Grande Loja ou, ainda, das tradições maçônicas;
III – iniciar ou sustentar correspondência com Potências estran-
geiras ou com autoridades profanas sobre assuntos maçônicos, sem
a devida autorização dos Poderes competentes;
IV – praticar rito não permitido ou não reconhecido;
V – mudar o rito ou fundir-se com outras Oficinas sem obediên-
cia aos preceitos legais que regem o assunto;
VI – admitir ou consentir nos trabalhos, maçons que embora re-
gulares, deles não podem participar;
VII – recusar o reconhecimento de maçons que mostrem a sua
CÓDIGO DE JUSTIÇA

regularidade ou negar comunicação com ele;


VIII – iniciar profano rejeitado em outra Loja ou sobre cuja acei-
tação não atenham sido observadas as formalidades prescritas em
leis ou regulamentos;
IX – resistir ou desobedecer a leis, regulamentos ou resoluções
emanadas de autoridade Maçônica competente, bem como tergiver-
sar ou sofismar no seu cumprimento, desde que legítima;
X – rebelar-se contra autoridades legítimas ou provocar desa-
venças entre Oficinas da Jurisdição;
XI – ocultar informações, falsificar ou alterar documentos para
defraudar interesses financeiros e o bom crédito das Lojas, da Ordem
ou de qualquer dos seus Corpos;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

XII – faltar à verdade ou procurar oculta-la em informações ou


esclarecimentos solicitados por autoridades superiores bem como re-
tardar indevidamente tais informações ou esclarecimentos ou o enca-
minhamento de recursos interpostos;
XIII – praticar atos tendentes a estabelecer a supremacia de
qualquer Rito sobre os demais estabelecidos ou realizar, de fato, tal
supremacia nas Sessões;
XIV – conferir graus a maçons de outra Oficina, colar grau em
quem não estiver munido do respectivo título ou conferi-los fora da
competência ou ainda sem observar os interstícios legais;
XV – ter Estatutos profanos sob qualquer forma ou pretexto.
XVI – introduzir ou fomentar nas Lojas o espírito de rebelião con-
tra a Constituição, Regulamento, Regimento Interno, Estatutos e de-
mais leis da GLOMARON e das Lojas jurisdicionadas, propagar ideais
antimaçônicos por palavras ou por escrito ou desobedecer às suas
decisões;
Parágrafo Único. Nas infrações previstas no artigo anterior a
pena aplicável vai da suspensão de 1 (um) a 4 (quatro) anos até a
exclusão da Ordem.

CAPÍTULO III
DAS APLICAÇÕES DAS SANÇÕES

CÓDIGO DE JUSTIÇA
Art. 39. Em todos os casos as penas disciplinares previstas
neste Título, escalonadas e aplicadas conforme a sua natureza e as
circunstâncias que envolvem a falta, obedecerá aos preceitos estabe-
lecidos na legislação maçônica, prevalecendo, sempre, o interesse do
Maçom quanto à constituição, ou não, de defensor, Mestre Maçom,
bem ainda de apresentação de defesa prévia.
Art. 40. Da decisão da Oficina caberá recurso ao Conselho de
Justiça da Loja e deste ao Tribunal de Justiça Maçônico, nos termos
do seu Regimento Interno, sendo assegurado o contraditório e a am-
pla defesa.
Art. 41. Após o recebimento da denúncia, o agente ficará afas-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

tado enquanto perdurar os processos de Suspensão dos Direitos


Maçônicos, Exclusão do quadro da Loja e/ou Exclusão da Ordem; o
agente fica obrigado ao pagamento dos seus compromissos pecuniá-
rios com a AMARO e isento da frequência.
Art. 42. A pena disciplinar de Exclusão da Ordem ocorrerá por
decisão judicial transitada em julgado pelo órgão competente.
Art. 43. A sanção disciplinar de Exclusão da Ordem põe termo à
vida maçônica do indisciplinado.
Art. 44. No concurso de infrações disciplinares será aplicada
inicialmente a sanção mais grave.
Art. 45. A condenação de Maçom pela Justiça profana, em de-
lito culposo ou em contravenção penal, importará em suspensão dos
seus direitos maçônicos quando o ato delituoso praticado importe em
desrespeito aos princípios defendidos pela Maçonaria.
Art. 46. A condenação de Maçom pela Justiça profana em de-
lito doloso e/ou infamante ou cuja pena seja privativa de liberdade e
ultrapasse a 2 (dois) anos, implicará na Exclusão da Ordem, que será
decretada pela Justiça Maçônica.
Parágrafo único. Aplica-se ainda a pena do caput às condena-
ções contra a economia popular, a fé pública, a administração pública
e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema finan-
ceiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;
CÓDIGO DE JUSTIÇA

contra a saúde pública; de abuso de autoridade, nos casos em que


houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício
de função pública; lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade
sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatí-
veis; além de outros fatos assemelhados.
Art. 47. A absolvição de Maçom em processo transitado em jul-
gado na Justiça profana, por delito praticado contra Irmão, não impede
o processo no foro maçônico, nem o exime da responsabilidade disci-
plinar maçônica.
Art. 48. Na aplicação da pena devem ser levados em conta os

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

antecedentes, a personalidade do agente, a intensidade do dolo, da


culpa, os motivos, as circunstâncias e consequências do delito.
Art. 49. A reincidência em infração apenada com suspensão de
direitos maçônicos determina a aplicação dessa pena, aumentada da
metade do seu prazo máximo.
Art. 50. Em qualquer circunstância, as penas serão sempre
aplicadas, cumulativamente, quer se trate de duas ou mais infrações,
obedecidas as restrições deste Código.

SEÇÃO ÚNICA
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES

Art. 51. São circunstâncias agravantes:


I – ter o Maçom praticado o ato indisciplinar com premeditação;
II – ser o Maçom reincidente, o que ocorrerá quando praticar
ato indisciplinar de natureza semelhante ao qual já tenha sido conde-
nado;
III – ter o Maçom cometido o ato indisciplinar por motivo fútil ou
reprovável;
IV – ter o ato indisciplinar sido cometido com abuso de confian-
ça, utilização de instrumentos ou de força descomedida, ou ainda de
qualquer circunstância que lhe traga notória superioridade, capaz de

CÓDIGO DE JUSTIÇA
impedir a defesa ou a repulsa à ofensa, por parte do ofendido;
V – ter o ato indisciplinar sido praticado nas dependências da
Ordem, da Loja ou no interior do Templo Maçônico;
VI – ter o Maçom praticado o ato em estado de embriaguez ou
sob efeito de qualquer outra substância entorpecente ou por substân-
cias de efeito análogo;
VII – ter o Maçom cometido ato disciplinar com abuso de auto-
ridade;
VIII – não comparecer o Maçom, sem justificativa, perante Tribu-
nal ou autoridade maçônica, quando intimado;
IX – a não sujeição espontânea do Maçom aos Corpos e às au-
toridades encarregadas de manter as leis maçônicas;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

X – promover e organizar a cooperação do ato indisciplinar ou


dirigir a atividade dos demais agentes.
Parágrafo único. As circunstâncias agravantes que forem ele-
mentos constitutivos da indisciplina não influirão no agravamento da
sanção disciplinar.
Art. 52. São circunstâncias atenuantes:
I – ter o Maçom excedido nos meios utilizados, ao promover
oposição à execução de ordens ilegais;
II – o arrependimento do Maçom, manifestado por escrito e diri-
gido à Loja ou ao Corpo a que está diretamente subordinado, uma vez
ressarcidos os prejuízos porventura causados;
III – a prestação de relevantes serviços à Maçonaria, previamen-
te conhecidos;
IV – ter partido do ofendido a provocação;
V – ter o Maçom praticado o ato indisciplinar por motivo de rele-
vante valor social ou moral;
VII – ter o Maçom confessado espontaneamente a prática do ato
indisciplinar;
VIII – não ter antecedentes.
Art. 53. O Julgador aplicará as circunstâncias atenuantes, tendo
em conta as diretrizes, a razão, o bom senso e o espírito maçônico.
Art. 54. Para a aplicação da sanção disciplinar, deverão ser con-
CÓDIGO DE JUSTIÇA

sideradas: a relevância e a preponderância das circunstâncias agra-


vantes e atenuantes.
§ 1º São circunstâncias preponderantes as que resultem
motivos determinantes da indisciplina, da personalidade do Maçom e
da reincidência.
§ 2º Prevalecerão as circunstâncias agravantes sobre as
atenuantes, quando preponderar a perversidade da indisciplina, a
extensão do dano e a intensidade do ato, ou quando o Maçom for
habituado às más ações ou desregrado nos costumes.
§ 3º Prevalecerão as circunstâncias atenuantes sobre as
agravantes, quando a indisciplina não for revestida de perversidade
ou quando o Maçom não tiver compreendido a extensão e as

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

consequências de sua responsabilidade.


§ 4º Haverá compensação entre as circunstâncias agravantes e
atenuantes, quando forem de igual importância, intensidade e número.
§ 5º As circunstâncias agravantes e atenuantes influirão na agra-
vação ou atenuação das penas aplicáveis aos infratores. Não influirá,
porém, a circunstância agravante que for elemento constitutivo do de-
lito.
TÍTULO VI
DA AÇÃO DISCIPLINAR MAÇÔNICA

Art. 55. A ação disciplinadora maçônica se exercita por:


I – queixa ou representação da parte ofendida;
II – denúncia do Ministério Público, provocado ou não esse pro-
cedimento pela parte ofendida ou por qualquer Maçom que tenha co-
nhecimento dos fatos;
III – por iniciativa do Grão-Mestrado ou do Venerável da Loja, de
ofício, ou por representação de, pelo menos, 03 (três) Mestres Maçom.
§ 1º No caso de queixa da parte ofendida, o Ministério Público
competente poderá aditá-la, passando a acompanhar a tramitação
do processo, salvo se houver desistência ou desinteresse da parte
ofendida, quando cessará a intervenção da autoridade Maçônica.
§ 2º O ofendido decai do direito de queixa, se não o exercer

CÓDIGO DE JUSTIÇA
dentro do prazo de 03 (três) meses, contado do dia em que tomou
conhecimento de quem é o autor do ato indisciplinar.
§ 3º A instauração do procedimento disciplinar maçônico iniciar-
se-á no Conselho de Justiça da Loja.
§ 4º Da instauração do procedimento disciplinar será notificado
o Maçom tido como autor do fato para, querendo, declinar suas expli-
cações.
Art. 56. A ação disciplinadora observará o art. 46 da Constituição
da GLOMARON.
Parágrafo único. A denúncia em face de Maçom que atentar
contra a GLOMARON, assim como autoridades maçônicas, deve ser
apresentada diretamente ao Tribunal de Justiça Maçônico.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO VII
DO MINISTÉRIO PÚBICO

Art. 57. Como Membros do Ministério Público funcionarão:


I – em Primeira Instância, o Orador da Loja (ou cargo similar no
rito correspondente), como Promotor de Justiça, com atuação no Con-
selho de Justiça das Lojas;
II – em Segunda Instância, o Procurador-Geral de Justiça, Mes-
tre Instalado, com atuação no Tribunal Pleno e na Câmara de Justiça
Maçônica.
TÍTULO VIII
DA PRESCRIÇÃO

Art. 58. Prescreve a ação disciplinar nos prazos abaixo:


I – em 2 (dois) anos, quanto às infrações de natureza leve e média;
II – em 3 (três) anos, quanto às infrações individuais de natureza
grave;
III – em 4 (quatro) anos, quanto às infrações de natureza gravíssi-
ma e as coletivas.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
fato se tornou conhecido.
§ 2º A abertura de sindicância ou a instauração de procedimento
CÓDIGO DE JUSTIÇA

disciplinar interrompe a prescrição até a decisão final proferida por


autoridade competente e começa a ser contado a partir desta data.
§ 3º A prescrição se interrompe pelo recebimento da queixa ou
da denúncia e recomeça a ser contada a partir desta data.
§ 4º A decisão de primeira instância interrompe a prescrição, que
recomeçará a ser contada de sua data nos casos de recurso.

TÍTULO IX
DA EXTINÇÃO DA AÇÃO E DA PUNIBILIDADE

Art. 59. Extingue-se a ação penal se extingue:


I – pela morte do agente;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

II – pela anistia ou indulto, concedidos pelo Grão-Mestre ou pela


Assembleia Geral;
III – pelo perdão do ofendido, nas infrações contra a honra;
IV – pela prescrição;
Art. 60. A pena se extingue:
I – pela extinção da ação penal;
II – pelo cumprimento da sanção disciplinar, no lapso temporal
da condenação;
III – pelo indulto, concedidos pelo Grão-Mestre ou pela Assem-
bleia Geral;
IV – pela reabilitação;
V – pela retroatividade de lei que não mais considerar o ato
como indisciplina.

TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 61. Para atender a despesas de transporte, alimentação e


hospedagem das partes e testemunhas, que residam a mais de 200
Km (duzentos quilômetros), quando tenham de se apresentar perante
os Tribunais, por convocação regular, é lícito o fornecimento de nume-
rário à conta de verba orçamentária.

CÓDIGO DE JUSTIÇA
Parágrafo único. Compete aos Relatores a provocação da Pre-
sidência dos Tribunais para atendimento pelo Grão-Mestre da referida
despesa.
Art. 62. Nas infrações de calúnia, injúria ou difamação, o acusa-
do que antes da decisão se retratar cabalmente, fica isento de pena,
desde que a retratação seja aceita pelo ofendido.
Parágrafo único. Nos casos em que o acusado tenha praticado
tais infrações utilizando-se de meios de comunicação ou redes so-
ciais, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mes-
mos meios em que se praticou a ofensa.
Art. 63. No prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da Pro-
mulgação da presente lei, deverá o Tribunal organizar os seus regi-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

mentos internos, a forma de processo e julgamento dos delitos de sua


competência.
Art. 64. Os processos em andamento serão decididos pela for-
ma em vigor do seu início, entendendo-se, como tais aqueles que já
tiverem queixa ou denúncia oferecidas.
Art. 65. Os casos omissos ou lacunas suscitadas neste Código
de Justiça Maçônica serão resolvidos pelo Presidente do Tribunal de
Justiça.
Art. 66. Este Código entrará em vigor na data da sua publicação,
ficando revogado o Código de Infrações Disciplinares Maçônico, Lei
nº 01-GM-89/92 e o Código de Processo Disciplinar Maçônico, Lei nº
02-GM-89/92.

Porto Velho-RO, 22 de setembro de 2018.

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO


Grão-Mestre Adjunto

Vinicius Jácome dos Santos júnior


CÓDIGO DE JUSTIÇA

Grande Orador

Paulo Luciano Bastos Botelho


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES


Grande Secretário de Relações Interiores

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento

CÓDIGO DE JUSTIÇA

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LEI Nº
N 006/GM
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8
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

LEI Nº 006/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(REGIMENTO INTERNO DA SOBERANA
ASSEMBLEIA GERAL - SAG)

Dispõe sobre o Regimento Interno


da Soberana Assembleia Geral da
Sereníssima Grande Loja Maçôni-
ca do Estado de Rondônia.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 006/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(REGIMENTO INTERNO DA SOBERANA
ASSEMBLEIA GERAL - SAG)

CAPÍTULO I
DA SOBERANA ASSEMBLEIA GERAL - SAG

Art. 1º O Poder Legislativo, órgão deliberativo da GLOMARON,


é exercido pela Assembleia Geral, com o tratamento de Soberana As-
sembleia Geral - SAG, composta pelos Veneráveis Mestres e os Vi-
gilantes das Lojas Jurisdicionadas, todos com direito a voz e voto, e
presidida pelo Sereníssimo Grão-Mestre ou seu substituto legal, con-
forme disposto nos arts. 63 e 64 do Regulamento Geral da GLOMA-
RON.
Art. 2º Os cargos administrativos da Assembleia Geral são os
REGIMENTO - SAG

previstos nos arts. 65 e 66 do Regulamento Geral.


Art. 3º As Lojas jurisdicionadas somente poderão substituir
seus Grandes Representantes mediante eleição de outro Obreiro para
o cargo, o qual passará a exercer o mandato atual de forma efetiva e
definitiva.
Parágrafo Único. Quando tratar-se da substituição especificada

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

no caput deste artigo, a Loja jurisdicionada deverá encaminhar à


Grande Secretaria da SAG, com antecedência mínima de 15 (quinze)
dias da assembleia, prancha informando da referida substituição, bem
como cópia do balaústre onde ficou consignada a eleição do substituto.
Art. 4º A Soberana Assembleia Geral tem jurisdição em todo
o Estado de Rondônia, com sede e foro na capital, podendo reunir-se
em outros Orientes quando convocada.
Art. 5º A competência e atribuições da SAG são as estabelecidas
no art. 67 do Regulamento Geral.

CAPÍTULO II
DA CONVOCAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 6º As convocações far-se-ão na forma dos arts. 41 e 42 da


Constituição e art. 68 do Regulamento Geral.
Art. 7º A Ordem do Dia, o Quórum e as deliberações estão pre-
vistas no art. 69 do Regulamento Geral.
Art. 8º O comparecimento às Assembleias Gerais, é o previsto
no art. 70 do Regulamento Geral.

CAPÍTULO III
DAS SESSÕES

Art. 9º As reuniões da Assembleia Geral serão ordinárias, extraor-


dinárias, especiais, festivas e magnas, no Grau de Aprendiz Maçom,
devendo a Ordem do Dia ser previamente divulgada aos participantes,
na forma estabelecida no art. 37 da Constituição da GLOMARON.
REGIMENTO - SAG

§ 1º A sessão da SAG que reunir-se para discutir e deliberar


sobre a prestação de contas e previsão orçamentaria da GLOMARON
e Entidades Subsidiárias, poderá apreciar e votar qualquer matéria de
interesse geral, desde que conste da Ordem do Dia.
§ 2º As sessões constituintes serão extraordinárias e realizar-se-
ão quando regularmente convocadas.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO IV
DAS VOTAÇÕES

Art. 10. Os representantes legais, com direito a voz e voto,


deverão fazer o credenciamento, antecipado, junto à Grande
Secretaria e retirar o seu crachá que será de porte obrigatório durante
a assembleia.
Art. 11. As votações serão realizadas com a apresentação do
crachá.
Art. 12. Ao Grande Mestre de Cerimonias compete a verificação
do resultado das votações, comunicando ao Presidente, que
proclamará diretamente o resultado da votação.
Parágrafo Único. O presidente poderá designar quantos
escrutinadores forem necessários para auxiliar o Grande Mestre de
Cerimônias na contagem e conferência dos votos.

CAPÍTULO V
DAS GRANDES COMISSÕES

Art. 13. As Grandes Comissões são compostas de 03 (três)


membros titulares e 03 (três) membros suplentes, que reunir-se-
ão sempre que tiverem que emitir parecer ou manifestarem-se em
assuntos de sua competência, no âmbito da SAG, conforme disposto
nos arts. 95 a 100 do Regulamento Geral.

CAPÍTULO VI
DOS DEBATES NAS SESSÕES DA SAG
REGIMENTO - SAG

Art. 14. Os presentes, se autorizados, falarão de pé e a ordem,


exceto as Grandes Dignidades, as Grandes Luzes, os Grão-Mestres
Ad Vitam, Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam, o Grande Orador, nas
conclusões, e o Grande Secretário, quando no exercício de suas
funções ou os autorizados pelo Presidente.
Art. 15. A palavra poderá ser para:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – discutir matéria em debate;


II – discutir propostas, indicações e justificação de voto;
III – solicitar prorrogação dos trabalhos;
IV – tratar de qualquer assunto de interesse da Grande Loja, das
Lojas jurisdicionadas e das Entidades Subsidiárias;
V – pela ordem;
VI – a bem da Ordem.
§ 1º A Palavra pela ordem será solicitada:
a) para ponderar sobre preterição de formalidade regulamentar
ou suscitar dúvidas sobre a interpretação do regulamento, as quais
constituirão questão de ordem;
b) para dirigir ao Presidente, comunicações ou pedidos de
esclarecimentos sobre a matéria em debate.
§ 2° Na palavra a bem da Ordem, o Obreiro poderá falar, no
máximo, por 03 (três) minutos.
§ 3° Nos casos do parágrafo 1º, letra “a”, ninguém poderá falar
mais de uma vez, sobre o mesmo assunto, sob nenhuma hipótese.
Art. 16. Na ordem do dia o proponente, terá no máximo 10 (dez)
minutos, prorrogáveis por mais 05 (cinco) minutos para apresentação
de suas propostas e os debatedores no máximo 03 (três) minutos, a
critério da Presidência.
Parágrafo Único. Não será permitido falar mais de uma vez
sobre a matéria em debate, exceto os autores das propostas, os
membros das Comissões e o Grande Orador, nos casos em que se
fizerem necessários esclarecimentos.
Art. 17. Qualquer Obreiro que usar da palavra contrariando
disposição regulamentar, depois de advertido, o Presidente o convidará
a encerrar a sua fala.
REGIMENTO - SAG

Parágrafo Único. Se, apesar dessa advertência e desse


convite, o mesmo insistir em falar, o Presidente determinará que cubra
o Templo.
Art. 18. O Obreiro que estiver com a palavra não poderá:
I – desviar-se da questão em debate;
II – falar sobre matéria vencida;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

III – usar de linguagem imprópria;


IV – ultrapassar o prazo a que tem direito;
V – faltar com urbanidade ou ferir preceitos éticos e morais da
Ordem;
VI – deixar de atender as advertências do Grande Vigilante da
Coluna e/ou do Presidente.
Art. 19. A interrupção para apartes só poderá ser feita com a
permissão do Obreiro que estiver fazendo uso da palavra e não poderá
exceder 2 (dois) minutos.
§ 1º Uma vez concedido o aparte, este deverá ser breve, objetivo,
não se permitindo divagações ou diálogos.
§ 2° No encaminhamento da votação e nas conclusões do
Grande Orador não serão permitidos apartes.
Art. 20. A palavra não voltará às colunas ou ao Oriente depois de
ser concedida ao Grande Orador para as conclusões, exceto quando
se tratar de pedido de esclarecimento sobre a maneira de votar.
Parágrafo Único. Os retardatários só terão ingresso no Templo
após a votação da matéria em debate.

CAPÍTULO V
DAS PROPOSTAS E PROJETOS

Art. 21. Uma das atribuições da Soberana Assembleia Geral


será exercida por meio de apreciação de propostas e projetos a ela
encaminhados.
§ 1º As propostas e projetos deverão ser protocolados na Grande
Secretaria e serão encaminhados, ao mesmo tempo, às Grandes
Comissões para parecer e às Lojas jurisdicionadas para apreciação,
REGIMENTO - SAG

debates e deliberação na SAG seguinte, por maioria simples.


§ 2º Quando a matéria for de urgência, reconhecida pelo
Presidente, estas deverão ser protocoladas na Grande Secretaria da
Soberana Assembleia Geral, com antecedência mínima de 30 (trinta)
dias da realização da SAG.
§ 3º Outras situações de excepcionalidade reconhecida, terão

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

os prazos deliberados pelo Presidente.


Art. 22. Os projetos e as propostas serão autuados juntamente
com os objetivos, justificativas, detalhamento do objeto e outras
informações que possam elucidar as Comissões na elaboração do
parecer e as Lojas na tomada de decisão.
Art. 23. As propostas e projetos deverão ser formulados por
escrito, conforme normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
Art. 24. Os processos que, a critério de qualquer Comissão,
contrariem dispositivos constitucionais ou regulamentares, não terão
andamento até que sejam sanadas as irregularidades, dando-se
ciência aos interessados.
§ 1° Os interessados deverão satisfazer as exigências no prazo
mínimo de 30 (trinta) dias, findo o qual será arquivado.
§ 2º Qualquer Comissão poderá optar pelo arquivamento sumário
do processo que infringir a Constituição, Regulamento Geral e demais
normas da GLOMARON, cientificando o autor da matéria.
Art. 25 – Poderá ser apresentada emenda que complete uma
proposta, desde que aceita pelos Grandes Representantes da Loja
proponente.

CAPÍTULO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 26. A iniciativa do processo legislativo seguirá o estabeleci-


do nos arts. 102, 105 e 107 do Regulamento Geral.
Art. 27. As propostas de alteração no ordenamento jurídico da
GLOMARON e Estatuto ou Regimento Interno da Lojas Jurisdiciona-
REGIMENTO - SAG

das e Entidades Subsidiárias deverão ser protocoladas junto à Grande


Secretaria, que a encaminhará à Grande Comissão de Justiça e Legis-
lação, com prazo de 30 (trinta) dias para a emissão de parecer.
§ 1º A Grande Comissão de Justiça e Legislação poderá solici-
tar, ao Presidente, prorrogação por igual período, desde que devida-
mente justificada.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 2º O Presidente, através de despacho, decidirá sobre a prorro-


gação do prazo constante do parágrafo 1º deste artigo.
Art. 28. A Grande Comissão de Justiça e Legislação, após emitir
parecer conclusivo, o encaminhará à Grande Secretaria da SAG, que
o remeterá juntamente com a proposta original, à todas as Lojas juris-
dicionadas.
Art. 29. As Lojas jurisdicionadas terão o prazo de 30 (trinta) dias,
a contar da remessa, para apresentarem suas emendas à proposta
original.
§ 1º As emendas constantes do caput deste artigo deverão ser
encaminhadas à Grande Secretaria da SAG.
§ 2º As emendas encaminhadas intempestivamente serão des-
consideradas.
Art. 30. De posse da proposta original, do parecer emitido pela
Grande Comissão de Justiça e Legislação, bem como das emendas
propostas pelas Lojas jurisdicionadas, a Grande Secretaria encami-
nhará tais proposições, com antecedência mínima de 20 (vinte) dias
da realização da Soberana Assembleia Geral, ao Grande Orador, que
se manifestará por escrito.
Art. 31. Cumpridas as exigências constantes dos artigos 25 a 29
deste Regimento, a proposta estará apta para inclusão na ordem do
dia da Soberana Assembleia Geral, a critério do Presidente.
Art. 32. O processo legislativo compreenderá o descrito no art.
101 do Regulamento Geral.
Art. 33. A proposição deverá ser debatida e votada pela So-
berana Assembleia Geral, considerando-se aprovada, quando obtiver
maioria simples dos votos dos Representantes empossados, exceto
quando a matéria exigir quórum qualificado, de acordo com a Consti-
REGIMENTO - SAG

tuição e Regulamento Geral da GLOMARON.


Art. 34. Antes de iniciar a discussão da matéria, o Grande
Secretário lerá a proposta original e as emendas sugeridas pelas
Lojas jurisdicionadas. A seguir a palavra circulará nas Colunas e no
Oriente, para manifestação dos Grandes Representantes e posterior
deliberação.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 35. Os Grandes Representantes das Lojas, declinando seus


nomes, a Loja que representa, poderão falar exclusivamente sobre
a matéria em debate, por uma única vez e pelo tempo máximo de 3
(três) minutos, prorrogáveis a juízo exclusivo do Presidente.
Parágrafo Único. Vencido o tempo, o representante que estiver
com a palavra deverá concluir imediatamente, sob pena de ser
cassada.
Art. 36. Para apreciação de assunto de interesse dos trabalhos
ou, ainda, no caso de dificuldade em ser mantida a ordem, a Presidên-
cia poderá suspender as sessões, por prazo não superior a 7 (sete)
dias.
Art. 37. O Presidente resolverá as questões de ordem, podendo
submetê-las ao Plenário. Da decisão do plenário não caberá recurso.
Art. 38. Após a circulação da palavra nas colunas e no Oriente,
o Grande Orador manifestar-se-á sobre a matéria em debate.
Art. 39. A votação será procedida após a manifestação do
Grande Orador.
Art. 40. Primeiramente deverão ser votados em bloco, os artigos
que não receberam sugestões de emendas; e, após, serão discutidas
e votadas as emendas sugeridas pelas Lojas.
Art. 41. As votações só se interromperão por falta de quórum ou
para dar lugar à questão de ordem relativa à preterição de formalida-
des regimentais, que deverão ser indicadas expressamente.

CAPÍTULO VIII
DA VERIFICAÇÃO

Art. 42. O participante da Assembleia poderá pedir a verificação


REGIMENTO - SAG

da votação.
§ 1° O pedido será formulado após anunciado o resultado da
votação e antes de passar para o outro assunto.
§ 2° A verificação se fará por meio de chamada nominal da Loja,
proclamando o Presidente o resultado, sem que conste da Ata as res-
postas e a individualização dos votos.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 3° Será admitido apenas uma verificação em cada votação.


Art. 43. A falta de número para votação não prejudicará as ma-
térias votadas até então, anterior àquela para a qual foi requerida ve-
rificação.

CAPÍTULO IX
DA PREFERÊNCIA

Art. 44. Preferência é prioridade na discussão ou votação de


emenda.
Art. 45. As emendas terão preferência na votação da forma se-
guinte:
I – As supressivas pelas demais; e
II – As substitutivas, assim como as aditivas e modificativas so-
bre as proposições a que se referirem.

CAPÍTULO X
DA REDAÇÃO FINAL

Art. 46. Aprovado o projeto serão designados pelo Presidente


03 (três) membros da Assembleia para a revisão final.
Art. 47. Só caberão correções à redação destinadas a evitar
incorreção de linguagem, incoerência, contradição ou erro material.

CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 48. Os trabalhos das outras Grandes Comissões, seguirão


REGIMENTO - SAG

o mesmo processo legislativo descrito no capítulo anterior.


Art. 49. Os casos omissos neste Regimento Interno serão
dirimidos pelo Presidente do Legislativo, observado os Landmarks, a
Constituição, o Regulamento Geral e demais normas da GLOMARON.
Art. 50. As deliberações que interpretem este Regimento ou de-
cidam casos omissos constituirão precedentes regimentais e passam

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

a integrá-lo e a vigorar a partir daquelas.


Art. 51. O presente Regimento somente poderá ser emendado,
no todo ou em parte, por iniciativa do Grão-Mestre, da SAG, por um
terço das Lojas Jurisdicionados e do Tribunal Pleno.
Art. 52. Este Regimento Interno entrará em vigor a partir da sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

Porto Velho-RO, 22 de setembro de 2018.

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO


Grão-Mestre Adjunto

Vinicius Jácome dos Santos júnior


Grande Orador

Paulo Luciano Bastos Botelho


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES


Grande Secretário de Relações Interiores
REGIMENTO - SAG

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento

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LEI Nº
N 007/GM
M/2015-20019 DE 22
2 DE SET
TEMBRO
O DE 2018
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

LEI Nº 007/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO)

Dispõe sobre o Regimento Interno


do Tribunal de Justiça Maçônico
(Código de Processo Disciplinar)
da Sereníssima Grande Loja Ma-
çônica do Estado de Rondônia.

O Sereníssimo Grão-Mestre da Sereníssima Grande Loja Ma-


çônica do Estado de Rondônia, faço saber que a Soberana Assem-
bleia Geral (SAG) decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 007/GM/2015-2019 DE 22 DE SETEMBRO DE 2018


(REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO)

TÍTULO I
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º Este Regimento dispõe sobre o funcionamento do Tribu-


nal de Justiça Maçônico, institui a disciplina de seus serviços, estabe-
lece a competência de seus órgãos que lhe são atribuídas pela Cons-
tituição, Regulamento Geral e leis da GLOMARON, regula a instrução
e julgamento dos processos e recursos, bem como dos procedimentos
de apuração das infrações de natureza disciplinar maçônica, tipifica-
das no Código de Justiça Maçônico.
Art. 2º Ao Tribunal de Justiça, com sede na capital e jurisdição
em todo o Estado, cabe o tratamento de egrégio Tribunal; e os seus
membros têm o título de Desembargador, o tratamento de respeitável
e usarão, nas sessões, vestes talares.
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 3º O Tribunal de Justiça Maçônico compõe-se de 9 (nove)


Desembargadores, 8 (oito) nomeados pelo Grão-Mestre, que não
exerçam cargos nos Poderes Executivo e Legislativo, ad referendum
da Assembleia Geral da GLOMARON, dentre os quais, pelo menos, 5
(cinco) Mestres Instalados.
Art. 4º Incumbe ao Poder Judiciário, nos termos do Capítulo V
da Constituição e de sua legislação complementar, ministrar a Justiça
Maçônica aos Maçons associados à Ordem e às Lojas da jurisdição.
Art. 5º O Poder Judiciário funcionará:
I – em Primeira Instância, através do Conselho de Justiça das
Lojas jurisdicionadas;
II – em Segunda Instância, através do Tribunal Pleno e da Câ-
mara de Justiça Maçônica.
Art. 6º O Sereníssimo Grão-Mestre, Presidente do Tribunal, pre-
sidirá as sessões do Tribunal Pleno e da Câmara de Justiça.
§ 1º O Presidente do Tribunal será substituído pelo Grão-Mes-
tre Adjunto e na impossibilidade deste, pelo Desembargador, Mestre
Instalado, de maior antiguidade maçônica, e assim sucessivamente
em caso de vacância, férias, afastamentos, licenças, impedimentos,
suspeição e, ainda, quando o Presidente for o implicado.
§ 2º O cargo de Vice-Presidente dispensa substituição.
Art. 7º O Presidente do Tribunal tomará assento ao centro da
mesa principal, tendo, à sua direita, o Ministério Público (Procurador
de Justiça) e, à sua esquerda, o Grande Secretário do Judiciário (Es-
crivão).
§ 1º O Vice-Presidente, quando participar de julgamento, ocupa-
rá a primeira cadeira da ala direita e o Desembargador mais antigo, a
primeira da ala esquerda, e, assim, sucessivamente, sempre respei-
tada a ordem de antiguidade, estendendo-se a sistemática aos Juízes
convocados.
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§ 2º Nas sessões do Tribunal Pleno e da Câmara de Justiça

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Maçônica, o Desembargador de maior antiguidade maçônica ocupa-


rá, na bancada, a primeira cadeira da direita; seu imediato, a da es-
querda e assim sucessivamente.
§ 3º O Magistrado convocado para compor o quorum de julga-
mento, nos casos de ausência ou impedimento eventual, sentar-se-á
em seguida, após a observância da ordem disposta no parágrafo an-
terior.
§ 4º Ficará vazia a cadeira do Desembargador que não
comparecer à sessão ou dela se retirar.
Art. 8º A antiguidade maçônica é aferida pelo tempo de efetiva
atividade maçônica ininterrupta.
Parágrafo único. A antiguidade dos Magistrados, para coloca-
ção nas sessões, substituições e quaisquer outros fins legais e regi-
mentais, será determinada pela maior antiguidade maçônica.
Art. 9º Para as deliberações do Tribunal Pleno, exigir-se-á quo-
rum mínimo de 5 (cinco) Magistrados e, na Câmara de Justiça Maçôni-
ca, 3 (três), sendo sua maioria composta por Desembargadores.
Art. 10. As decisões serão tomadas pelo voto da maioria dos
Magistrados presentes, salvo na hipótese de declaração de inconstitu-
cionalidade de lei ou ato normativo do Poder Executivo, quando será
exigido o voto da maioria absoluta dos membros do órgão julgador.
§ 1º O Presidente do Órgão somente terá voto em caso de em-
pate, exceto na declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo do Poder Executivo.
§ 2º Ocorrendo empate no julgamento de recursos em face de
decisões ou despachos do Presidente, do Vice-Presidente ou do Re-
lator, prevalecerá a decisão ou o despacho recorrido.
Art. 11. O Magistrado tomará posse perante o Tribunal, em ses-
são solene, especial e exclusivamente convocada para esta finalida-
de, e prestará o seguinte compromisso: “Juro e prometo, por minha
honra, diante do Grande Arquiteto do Universo e perante esse egrégio
Tribunal, cumprir e fazer cumprir as leis e resoluções da Sereníssima
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, os Landmarks e os
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preceitos universais da Ordem, promovendo, quando em mim couber,

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

o bem estar de meus Irmãos, o engrandecimento e a prosperidade


deste Alto Corpo e o zelo aos sãos Princípios da Maçonaria.” - Assim
Deus me ajude!

CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO
Seção I
Do Tribunal Pleno

Art. 12. O Tribunal Pleno é composto de todos os Desembarga-


dores e o quorum para deliberação será o da maioria absoluta.
Parágrafo único. O Presidente tem voto de desempate.

Seção II
Da Câmara de Justiça

Art. 13. A Câmara de Justiça compõe-se do Presidente do Tribu-


nal e de 4 (quatro) Desembargadores sorteados para o julgamento do
feito, dentre eles o seu Relator.
§ 1º A substituição do Desembargador far-se-á pelo critério de
rodízio entre todos, observando o disposto no art. 8º deste Regimento.
§ 2 O Desembargador convocado funcionará, sempre que pos-
sível, como revisor ou vogal; se lhe couber a função de relator, terá a
devida compensação.
§ 3º Para completar quorum de julgamento, o Presidente do ór-
gão, inexistindo Desembargadores disponíveis, poderá designar para
substituição os Juízes de Primeira Instância, do Conselho de Justiça
das Lojas, da capital.
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL E ADMINISTRATIVA
Seção I
Do Tribunal Pleno

Art. 14. Compete ao Tribunal Pleno:


I – processar e julgar originariamente as Ações Disciplinares em
que forem acusados ou vítimas:
d) o Grão-Mestre, o Grão-Mestre Adjunto, os Grão-Mestres Ad
Vitam e os Grão-Mestres Adjuntos Ad Vitam;
e) os Membros do próprio Tribunal de Justiça Maçônica e o Pro-
curador-Geral de Justiça e o Grande Secretário do Judiciário;
f) os Oficiais eleitos da Soberana Assembleia Geral (SAG);
II – julgar as arguições de inconstitucionalidade por meio de
representação escrita formalizada pelo Procurador-Geral de
Justiça.
III – julgar ordinariamente as questões eleitorais do Grão-Mes-
trado de acordo com o código Eleitoral;
IV – julgar mediante recurso extraordinário, as causas deci-
didas pela Câmara de Justiça Maçônica e pelo Conselho de
Justiça das Lojas, quando a decisão recorrida:
c) contrariar dispositivo da Constituição ou negar vigência à le-
gislação que a complementa ou ato normativo do Poder Execu-
tivo, quando será exigido o voto da maioria absoluta dos mem-
bros do Tribunal Pleno;
d) der à legislação maçônica interpretação divergente da que
lhe tenha dado o Tribunal Pleno e a Câmara de Justiça Ma-
çônica;
V – julgar ordinariamente:
a) os Embargos de Declaração opostos aos seus próprios acór-
dãos;
b) as Exceções de Incompetência de suspeição ou impedimen-
to de seus membros, de litispendência, de ilegitimidade de par-
REGIMENTO - TJM

te e de coisa julgada;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

c) os recursos oriundos de questões decididas pela Câmara de


Justiça que importarem na exclusão de associado;
VI – uniformizar a jurisprudência do Tribunal;
VII – exercer o poder normativo no Poder Judiciário;
VIII – expedir normas para uniformização e padronização da for-
matação de acórdãos, sentenças e demais expedientes adotados no
âmbito da jurisdição do Tribunal;
IX – resolver as dúvidas que lhe forem submetidas pelo Pre-
sidente, por qualquer de seus membros ou pelo Ministério Público,
sobre a ordem de serviço no Tribunal ou a interpretação e a execução
deste regimento;
X – proceder à convocação de Juízes oriundos dos Conselhos
de Justiça das Lojas jurisdicionadas nas hipóteses previstas neste Re-
gimento;
XI – requisitar às autoridades competentes as diligências ne-
cessárias ao esclarecimento dos feitos, representando contra aquelas
que não atenderem tais requisições;
XII – determinar ao Conselho de Justiça das Lojas a realização
dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos fei-
tos sob sua apreciação;
XIII – processar a restauração de autos, quando se tratar de
processos de sua competência;
XIV – homologar os acordos e desistências apresentados após
a publicação da pauta e até o julgamento do feito;
XV – deliberar sobre a retirada de processo de pauta para dili-
gências.
Seção II
Da Câmara de Justiça Maçônica

Art. 15. Compete à Câmara de Justiça Maçônica:


I – processar e julgar originariamente, quando forem acusados
ou vítimas:
d) os Grandes Secretários Executivos, os Delegados do Grão-
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Mestrado, os Presidentes das Entidades Subsidiárias e os As-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

sessores e Membros de Comissões do Poder Executivo;


e) os membros das Comissões Permanentes e Especiais da
Assembleia Geral;
f) os Mestres Instalados, Veneráveis Mestres, Vigilantes, o
Orador, Secretário, Membros das Comissões Permanentes e
Juízes Conselheiros das Lojas jurisdicionadas.
II – julgar em recurso ordinário:
g) os recursos de Apelação;
h) os Embargos de Declaração opostos a seus próprios acór-
dãos;
i) as Exceções de Incompetência, de Suspeição ou de impe-
dimento de seus membros ou de Juízes de primeiro grau, de
litispendência, de ilegitimidade de parte e coisa julgada;
j) as Ações Disciplinares quando forem acusados ou vítimas
as pessoas relacionadas no inciso I, deste artigo;
k) os Recursos em Sentido Estrito;
l) os Recursos Eleitorais das Lojas jurisdicionadas, de acordo
com o Código Eleitoral.
III – organizar, processar e homologar as eleições das Lojas
jurisdicionadas, bem como fazer a diplomação dos eleitos con-
forme o Código Eleitoral.
Parágrafo único. Compete, ainda, à Câmara de Justiça Maçôni-
ca, no âmbito da sua jurisdição, as atribuições discriminadas nos inci-
sos XI, XII, XIII, XIV e XV, do Artigo 14, deste Regimento.

Seção III
Do Conselho de Justiça das Lojas Jurisdicionadas

Art. 16. Compete ao Conselho de Justiça das Lojas jurisdicio-


nadas processar e julgar, originariamente, as causas envolvendo os
obreiros das Lojas a que pertençam, inclusive os procedimentos de
apuração e julgamento das infrações de natureza disciplinar maçônica
tipificadas no Código de Justiça Maçônico, e as questões eleitorais da
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Oficina, conforme o ordenamento jurídico da GLOMARON.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO V
DA PRESIDÊNCIA e VICE-PRESIDÊNCIA

Art. 17. Compete ao Presidente do Tribunal:


I – a direção e representação do Tribunal;
II – convocar as sessões ordinárias, extraordinárias e de dis-
tribuição de processos do Tribunal, presidi-las, colher os votos, votar
nos casos e na forma previstos neste Regimento e proclamar os resul-
tados dos julgamentos;
III – manter a ordem e o decoro nas sessões, ordenando a
retirada dos que as perturbarem ou lhe faltarem com o devido respei-
to, aplicando as medidas cabíveis;
IV– manter correspondência em nome do Tribunal e repre-
sentá-lo em todas as solenidades e atos oficiais, podendo delegar
essas atribuições ao Vice-Presidente ou a outros Magistrados;
V – homologar desistências e acordos apresentados antes da
distribuição ou após o julgamento do feito, facultada a delegação de
tais atribuições ao Vice-Presidente ou ao Juízo de primeira instância
originário;
VI – cumprir e fazer cumprir as decisões do próprio Tribunal;
VII – disciplinar os serviços indispensáveis ao bom funciona-
mento do Judiciário, na forma deste Regimento;
VIII – comunicar ao Ministério Público a ocorrência de fato capi-
tulado como delito, remetendo as cópias e os documentos necessá-
rios ao oferecimento de denúncia;
IX – submeter à apreciação do Tribunal a aprovação de pro-
posta, a ser remetida ao órgão competente, para apresentação de
projeto de lei ao Poder Legislativo acerca de matéria de interesse do
Tribunal;
X – conceder vista dos autos às partes ou a seus procuradores,
antes da distribuição;
XI – propor ao Tribunal as emendas e alterações regimentais
que considerar relevantes;
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Art. 18. Compete ao Vice-Presidente:

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I – substituir o Presidente em casos de vacância, férias, licen-


ças, viagens a serviço e nos impedimentos ou ausências ocasionais;
II - exercer outras atribuições delegadas pelo Presidente.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o inciso II deste arti-
go, havendo impedimento ou ausência do Desembargador Vice-Pre-
sidente, atuará o Desembargador, Mestre Instalado, de maior antigui-
dade maçônica.
CAPÍTULO VI
DO RELATOR

Art. 19. Compete ao Relator:


I – exercer o juízo de admissibilidade da ação;
II – processar as ações de competência originária do Tribunal,
podendo delegar poderes a Juiz de primeira instância para proceder à
instrução, bem como os incidentes de falsidade, suspeição e impedi-
mento arguidos pelos litigantes;
III – ordenar, mediante despacho nos autos, a realização de au-
diência e diligências necessárias à perfeita instrução dos processos,
fixando prazos para seu cumprimento;
IV – despachar os pedidos de desistência de ação ou de recurso
e homologar os acordos apresentados, após a distribuição e até a
publicação da pauta, e determinar a baixa imediata do processo, fa-
cultada a delegação de tais atribuições ao Juízo de primeira instância
originário;
V – conceder vista dos autos, desde que o processo não tenha
sido colocado em pauta;
VI – vistar e devolver os feitos oriundos da primeira instância que
lhes forem distribuídos, dentro de 10 (dez) dias, contados do recebi-
mento no Livro de Protocolo específico;
VII – vistar e devolver as ações de competência originária que
lhe forem distribuídos, dentro de 10 (dez) dias, contados do encerra-
mento da instrução processual;
VIII – lavrar em sessão ou dentro de 10 (dez) dias os
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acórdãos referentes às decisões proferidas nos processos em que

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

seu voto tenha prevalecido.

CAPÍTULO VII
DAS CONVOCAÇÕES E SUBSTITUIÇÕES NO TRIBUNAL

Art. 20. Em caso de vacância de cargo ou afastamento de


Desembargador, por qualquer motivo, bem como em caso de impe-
dimento ou suspeição, poderá ser convocado Juízes dos Conselhos
de Justiça das Lojas jurisdicionadas, escolhidos pelo Presidente do
Tribunal, dentre as Lojas da Capital, sendo facultado ao Magistrado
recusar o encargo.
§ 1º O Juiz de 1ª Instância, enquanto estiver convocado pelo
Tribunal, terá o título de Juiz Convocado e as mesmas prerrogativas
regimentais que têm os Desembargadores do Tribunal.
§ 2º Em caso de urgência, a convocação será feita pelo Presi-
dente, ad referendum do Tribunal.
Art. 21. O Juiz Convocado responderá por todos os proces-
sos em tramitação sob a relatoria do Desembargador substituído, de
competência do Tribunal, à exceção dos casos de impedimento ou
suspeição, que deverão ser redistribuídos, e dos feitos não levados a
julgamento em que o Magistrado anterior tenha aposto o seu “visto”.
Art. 22. Não havendo óbice legal, o Juiz Convocado poderá
assinar o acórdão do processo julgado com voto do Desembargador
substituído, cuja decisão esteja pendente de publicação, aplicando-se
a mesma regra quando do término da convocação e retorno do titular.
Art. 23. Observadas as normas legais de impedimento e sus-
peição, o Desembargador ou o Juiz Convocado será o Relator de em-
bargos de declaração opostos a acórdão ou a decisão monocrática de
que o outro tenha sido prolator.
Parágrafo único. Havendo afastamento definitivo do Relator
e sendo o próximo ocupante do Gabinete impedido ou suspeito,
os embargos de declaração serão conclusos ao Magistrado de maior
antiguidade do órgão julgador que houver proferido voto convergente
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com a tese vencedora.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 24. O Magistrado cuja convocação houver cessado será


chamado para o julgamento dos feitos em que tenha aposto o seu
“visto”, ficando, nesse caso, o Magistrado substituído impedido de vo-
tar nos respectivos processos.

TÍTULO II
DA ORDEM DE SERVIÇO NO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DO REGISTRO, CLASSIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Art. 25. As petições e os processos recebidos serão registrados


no dia de seu ingresso no Tribunal. Os processos serão classificados
e autuados de acordo com as classes especificadas a seguir:
I – Recurso de Apelação;
II – Recurso em Sentido Estrito;
III – Ação Disciplinar;
IV – Embargos de Declaração; e
V – Recurso Extraordinário.
Art. 26. A Secretaria do Tribunal Maçônico receberá, autuará e
procederá a imediata distribuição dos processos.
Art. 27. Após a distribuição do processo os autos serão encami-
nhados ao Ministério Público, com o prazo de 10 (dez) dias para sua
manifestação como parte ou fiscal da lei.
Art. 28. Compete à Secretaria do Tribunal de Justiça Maçôni-
co a efetivação, os registros e demais atos relacionados às distribui-
ções e redistribuições de processos.
Art. 29. A distribuição se dará de forma imediata, por sorteio,
exceto nos casos de prevenção, dependência e outros descritos nos
artigos seguintes, que levem a distribuição direcionada.
Parágrafo único. Não concorrerão à distribuição os Magistra-
dos que estiverem impedidos ou que previamente tenham declarado
sua suspeição, nos termos da lei e deste Regimento, bem como o
Presidente e Vice-Presidente do Tribunal.
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Art. 30. Para a distribuição, deverá ser observado o procedimen-

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to a seguir:
I – os autos dos processos a serem distribuídos deverão ser
agrupados:
a) processos de competência do Pleno e da Câmara de Justi-
ça Maçônica, previamente ordenados, primeiro por prevenção e de-
pendência; depois, segundo o número de Magistrados suspeitos e/
ou impedidos, e, após, quando igual o número de suspeições e/ou
impedimentos, segundo a antiguidade do Magistrado que esteja em
uma dessas condições;
II – agrupados os autos, os processos serão distribuídos na or-
dem, observando-se o equilíbrio entre os Magistrados.
§ 1º Serão distribuídas por dependência as causas de compe-
tência originária:
I – quando se relacionarem, por conexão ou continência, com
outra já ajuizada;
II – agrupados os autos, os processos serão distribuídos na or-
dem, observando-se o equilíbrio entre os Magistrados;
III – quando houver o ajuizamento de ações idênticas.
§ 3º Com a distribuição, o processo fica vinculado ao Gabinete
do Relator, independentemente do “visto” dos Magistrados que os
ocupem, salvo as hipóteses de impedimento ou suspeição, quando
será procedida nova distribuição do feito, mediante compensação.
§ 4º O Relator será sorteado quando da distribuição.
§ 5º A distribuição por prevenção destinar-se-á ao Gabinete
do Desembargador onde essa se originou.
§ 6º Quando o processo já tiver sido apreciado pelo Tribunal,
qualquer que seja a sua classe, permanecerá com o Relator, o Magis-
trado que tiver atuado anteriormente, embora com voto vencido.
§ 7º Quando da distribuição/redistribuição, para fins de apu-
ração com vistas ao equilíbrio entre os Gabinetes, será computado
o processo distribuído, independentemente do número e classe de
ações/recursos a serem apreciados.
Art. 31. Reconhecendo o Relator condição de suspeição e/ou
REGIMENTO - TJM

impedimento, será o feito redistribuído por sorteio.

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Art. 32. Após o retorno dos autos do Ministério Público, estes


serão encaminhados ao Relator, com o devido registro no Livro de
Protocolo específico.
Art. 33. Os feitos recebidos por Juiz Convocado e que não te-
nham sido visados até o momento da desconvocação serão direcio-
nados para o Magistrado que vier a ocupar o Gabinete, permane-
cendo a vinculação aos processos já visados.
Parágrafo único. O prazo para o Juiz Convocado apor o seu
“visto” no processo começará a fluir a partir do momento em que as-
sumir o Gabinete. Para o Desembargador, do retorno de seu afasta-
mento.
Art. 34. Nas hipóteses de redistribuição, exceto se esta se der
para Magistrado do mesmo Gabinete, deverá ser observada a com-
pensação.
Art. 35. As partes e seus advogados (defensor) poderão ter
vista dos autos por 5 (cinco) dias, improrrogáveis, antes da distribui-
ção, por despacho do Desembargador Presidente, ou, distribuídos, do
Relator, desde que não tenham sido colocados em pauta.
Parágrafo único. Vencido o prazo fixado neste artigo, a Se-
cretaria do Tribunal de Justiça Maçônico tomará imediata providência
para a cobrança dos autos.

CAPÍTULO II
DAS PAUTAS DE JULGAMENTO

Art. 36. Aposto o “visto” do Relator, os autos serão devolvidos


à Secretaria do Tribunal de Justiça Maçônico e incluídos em pauta
para julgamento na sessão que se seguir, obedecido o prazo para a
respectiva publicação da pauta.
Art. 37. As pautas de julgamento do Tribunal serão elaboradas,
com aprovação do Presidente.
§ 1º A pauta será publicada observando o disposto no art.
135 da Constituição com o prazo de 48 (quarenta e oito) horas
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entre a data de publicação e da realização da sessão.

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§ 2º Organizar-se-á a pauta de julgamento, observando-se a or-


dem cronológica de entrada do processo na Secretaria e, tanto quanto
possível, a igualdade numérica entre os processos em que o Magistra-
do funcionar como Relator.
Art. 38. Incluído o processo em pauta, seu adiamento só poderá
ocorrer por motivo de força maior, devidamente comprovado, a critério
do Relator, com o referendo do Órgão Julgador.
Art. 39. O processo só será retirado de pauta, para diligência,
mediante deliberação do Órgão Julgador.
Art. 40. Independem de inclusão em pauta:
I – homologação de acordo ou de pedido de desistência do re-
curso;
II – embargos de declaração sem potencial de efeito modificativo
do julgado;
III – processo devolvido com vista regimental.

CAPÍTULO III
DAS SESSÕES DO TRIBUNAL

Art. 41. O Tribunal de Justiça Maçônico reunir-se-á em sessão


ordinária ou extraordinária do Pleno ou Câmara de Justiça Maçônica
no Palácio Maçônico da GLOMARON.
§ 1º As sessões ordinárias do Tribunal serão realizadas confor-
me convocação formal de seus membros e as partes envolvidas.
§ 2º As sessões extraordinárias realizar-se-ão quando necessá-
rias e mediante convocação do respectivo Presidente.
§ 3º Em casos especiais, poderá ser designado outro local para
a realização das sessões, afixando-se edital na sede do Tribunal, com
a antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 42. Nas ausências ou impedimentos do Presidente e do Vi-
ce-Presidente, as sessões do Tribunal serão presididas pelo Desem-
bargador mais antigo, sucessivamente.
Art. 43. Nas sessões do Tribunal deverá estar presente o Minis-
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tério Público.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 44. Aberta a sessão, à hora regimental, e não havendo Ma-


gistrados em número suficiente para deliberar, aguardar-se-á por 15
(quinze) minutos a formação do quorum. Persistindo a falta de núme-
ro, a sessão será encerrada.
Art. 45. Sendo necessário, poderá o Presidente do Tribunal fa-
zer as convocações indispensáveis à formação do quorum.
Art. 46. Nas sessões do Tribunal, os trabalhos obedecerão à
seguinte ordem:
I – verificação do quorum;
II – indicações e propostas;
III – julgamento dos processos incluídos em pauta;
IV – leitura, discussão e aprovação da ata da sessão.
Parágrafo único. Os processos que versem sobre a mesma
questão jurídica, ainda que apresentem aspectos peculiares, poderão
ser julgados conjuntamente.
Art. 47. Anunciado o julgamento do processo e apregoado pelo
Grande Secretário, nenhum Magistrado poderá retirar-se do recinto,
sem a autorização do Presidente.
Art. 48. Uma vez iniciado, o julgamento ultimar-se-á na mes-
ma sessão, salvo pedido de vista regimental.
Art. 49. Nenhum Magistrado poderá eximir-se de proferir voto,
exceto quando não houver assistido ao relatório, estiver impedido ou
suspeito de acordo com a lei.
Art. 50. Terão preferência para julgamento, independentemente
da ordem de colocação na pauta, os processos em que haja inscrição
de advogado para sustentação oral, bem como aqueles cujos Relato-
res tenham de se retirar ou que estejam convocados, exclusivamente,
para esses julgamentos.
Art. 51. Os pedidos de preferência, formulados por advogados,
serão concedidos com observância à ordem de registro.
§ 1º A inscrição de advogados será admitida pessoalmente, a
partir da publicação da pauta até antes do pregão.
§ 2º Também serão aceitas inscrições por meio de correio ele-
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trônico ou por telefone, desde que o interessado as faça com clara

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

identificação do processo, das partes, da data da sessão e as men-


sagens sejam recebidas com êxito na Secretaria do Tribunal até as
16h00 do dia antecedente ao do julgamento, observados os dias
úteis e o horário de expediente do Tribunal.
§ 3º Sem nomeação nos autos, o advogado não poderá sus-
tentar oralmente, salvo motivo relevante que justifique o protesto pela
apresentação posterior do respectivo instrumento.
§ 4º Os advogados, quando forem requerer ou fazer sustentação
oral, ocuparão a tribuna.
§ 5º O Presidente do Tribunal cassará a palavra do advogado
que, em sustentação oral, conduzir-se de maneira desrespeitosa ou,
por qualquer motivo, inadequada.
Art. 52. Depois de anunciado o julgamento, o Presidente dará
a palavra ao Relator, que lerá o relatório contendo exposição circuns-
tanciada da causa.
§ 1º Estando os Magistrados aptos a votar e não havendo oposi-
ção das partes, poderá ser dispensada a leitura do relatório.
§ 2º Findo o relatório, o Presidente dará a palavra às partes ou
a seus procuradores inscritos, pelo prazo de 15 (quinze) minutos para
cada um, para a sustentação oral das respectivas alegações, inclusive
quanto a questões preliminares ou prejudiciais.
§ 3º Falará em primeiro lugar o recorrente ou, se ambas as par-
tes o forem, o autor.
Art. 53. Encerrada a discussão, passar-se-á à votação, que se
iniciará com o voto do Relator, seguido dos demais Magistrados pela
ordem de antiguidade.
Parágrafo único. Não havendo divergência o Presidente con-
sultará em bloco os demais Magistrados.
Art. 54. Antes de encerrada a discussão, o Ministério Público
poderá intervir, quando julgar conveniente, ou a pedido de qualquer
Magistrado, após a permissão do Presidente.
Art. 55. As questões preliminares ou prejudiciais serão julgadas
antes do mérito.
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§ 1º A votação das preliminares será feita separadamente.

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§ 2º Tratando-se de nulidade sanável, o julgamento será conver-


tido em diligência, a fim de que a parte sane a nulidade, no prazo que
lhe for determinado.
§ 3º Rejeitada a preliminar ou a prejudicial, ou se com elas não
for incompatível a apreciação do mérito, seguir-se-á o julgamento da
matéria principal, sobre a qual deverão pronunciar-se os Magistrados
vencidos em qualquer das preliminares.
§ 4º Quando o mérito se desdobrar em questões distintas, a vo-
tação poderá realizar- se sobre cada uma sucessivamente, devendo,
entretanto, o Relator mencioná-las, desde logo, em seu todo, após a
votação das preliminares.
§ 5º Antes de proclamado o resultado, na preliminar ou no méri-
to, poderá o Magistrado reconsiderar seu voto ou declarar-se suspeito
ou impedido, caso em que o voto proferido não será computado.
§ 6º Caberá ao Presidente encaminhar a votação para a boa
ordem dos trabalhos.
Art. 56. Iniciada a votação, não serão permitidos apartes ou in-
tervenções, enquanto estiver o Magistrado proferindo seu voto, exceto
com a permissão do votante, sendo, todavia, permitido a cada Magis-
trado, na oportunidade em que votar, pedir esclarecimentos ao Rela-
tor. Poderão, também, fazê-lo, os advogados ou as próprias partes,
mas, sempre, por intermédio da Presidência.
Parágrafo único. Entre a tomada de um voto e outro será permi-
tido ao advogado, que tenha feito sustentação na tribuna, prestar es-
clarecimentos apenas sobre matéria de fato e mediante prévia licença
da Presidência, igual direito cabendo ao Ministério Público.
Art. 57. Ao Relator, após proferir seu voto, caberá o uso da pala-
vra para esclarecimentos que ainda forem considerados necessários.
Art. 58. Nenhum Magistrado tomará a palavra sem que esta lhe
seja dada, previamente, pelo Presidente.
Art. 59. Em caso de empate, caberá ao Presidente desempatar,
adotando a solução de uma das correntes.
Art. 60. Os Magistrados poderão pedir vista do processo após
REGIMENTO - TJM

proferido o voto pelo Relator. Sendo o pedido de vista em mesa, o

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julgamento se fará na mesma sessão, logo que o Magistrado que a


requereu se declare habilitado a votar.
§ 1º Não sendo em mesa, o prazo de vista regimental será de 10
(dez) dias. Decorrido o prazo, o processo será devolvido à Secretaria do
Tribunal, para apresentação em sessão. Na sessão em que o voto for
proferido, deverá estar presente o Relator.
§ 2º O pedido de vista não impede que votem os Magistrados que
se tenham por habilitados a fazê-lo e seus votos serão computados, ain-
da que ausentes na sessão de prosseguimento do julgamento do feito.
Art. 61. O julgamento que tiver iniciado em sessão anterior pros-
seguirá computando-se os votos já proferidos.
§ 1º O Juiz Convocado, que estiver substituindo outro que já te-
nha proferido voto a ser computado no julgamento, não terá direito a
voto sobre a mesma questão.
§ 2º Deverá estar presente o Relator, se ainda não tiver votado
integralmente a matéria.
§ 3º Se o Magistrado estiver participando do julgamento pela pri-
meira vez, poderá solicitar que a matéria seja novamente relatada.
§ 4º Se estiver participando do julgamento Magistrado ausente à
sessão em que foi feita a sustentação oral, o advogado poderá repeti-la,
caso assim o requeira quando for apregoado o processo.
Art. 62. Se dois ou mais Magistrados pedirem vista do mesmo
processo, o julgamento será suspenso e cada Magistrado terá o prazo
de 10 dias.
Art. 63. Findo o julgamento, o Presidente proclamará a decisão,
designando para redigir o acórdão o Relator, ou, se vencido este, inte-
gralmente, nas questões de mérito ou na matéria considerada principal,
o Magistrado que primeiro se manifestou a favor da tese vencedora.
Caberá ao Presidente fixar os termos da questão principal.
§ 1º Em qualquer caso, o relatório que não houver sido impugna-
do pelo Tribunal deverá integrar, obrigatoriamente, o acórdão.
§ 2º Os fundamentos do acórdão são os do voto vencedor, ressal-
vando-se aos Magistrados apresentar a justificativa de seu voto, venci-
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do ou convergente, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da entrega dos

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

autos mediante livro de protocolo para tal fim.


Art. 64. Após a proclamação da decisão, sobre ela não poderão
ser feitas apreciação ou crítica.
Art. 65. O Grande Secretário do Tribunal de Justiça Maçônico cer-
tificará nos autos respectivos a assinatura e a entrega do acórdão na
sessão de julgamento, mencionando os nomes dos Magistrados que
tomaram parte na decisão, do Procurador presente no plenário, dos ad-
vogados que fizeram sustentação oral, assim como de eventual impedi-
mento e/ou suspeição de Magistrado.
Parágrafo único. Não assinado o acórdão na sessão, o Grande
Secretário certificará nos autos a decisão, consignando os votos vence-
dores e vencidos, a designação do prolator do acórdão, na hipótese de
não prevalecer o voto do Relator, os nomes das partes, dos Magistrados
que participaram do julgamento, do Procurador presente no plenário,
dos advogados que fizeram sustentação oral, assim como eventual im-
pedimento e/ou suspeição de Magistrado.
Art. 66. Das sessões, somente serão lavradas atas sobre as-
suntos especiais, a critério da Corte, devendo ser aprovadas na sessão
subsequente.

CAPÍTULO IV
DAS AUDIÊNCIAS

Art. 67. As audiências para a instrução e julgamento dos feitos


da competência originária do Tribunal serão abertas a todo maçom
regular e realizadas nos dias e horas designados pelo Magistrado a
quem couber a instrução do processo, presente o Grande Secretário
do Tribunal Maçônico.
Parágrafo único. Para as audiências poderão ser convocados
profanos, testemunhas ou peritos, aos quais será permitido o ingresso
apenas para depoimentos ou instrução.
Art. 68. O Grande Secretário do Tribunal mencionará na ata os
nomes das partes e advogados presentes, as citações, intimações,
REGIMENTO - TJM

requerimentos verbais e todos os demais atos e ocorrências.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Art. 69. O Magistrado condutor manterá a ordem na audiência.


Art. 70. A abertura e o encerramento da audiência serão apre-
goados em voz alta.

CAPÍTULO V
DOS ACÓRDÃOS

Art. 7 1 . Os acórdãos serão assinados Pelo Presidente e pelos


Relatores ou p rolatores designados.
Art. 72. O acórdão será elaborado, digitado e conferido pelo Re-
lator ou Prolator.
Art. 73. Assinados, os acórdãos terão suas conclusões e emen-
tas publicadas no Boletim Interno, contendo dados que identifiquem
o número e a classe processual, a origem e os nomes do Relator ou
Prolator, das partes e de seus procuradores.
§ 1º Considera-se como data de publicação o dia útil seguinte ao
da circulação/divulgação da informação no Boletim.
§ 2º Os prazos processuais relativos aos atos publicados
eletronicamente terão início no primeiro dia útil que seguir ao conside-
rado como data da publicação.
§ 3º A partir da data da publicação no Boletim Interno, considera-
se intimadas as partes da decisão do Tribunal de Justiça Maçônico.
Art. 74. A publicação dos acórdãos dos processos de competên-
cia do Tribunal incumbe ao respectivo Grande Secretário, sendo-lhes
vedado efetuar correções ou modificações nos textos dos arquivos
que lhes forem enviados pelo Relator ou Prolator designado.
Art. 75. A republicação de acórdão somente será feita quando
autorizada por despacho do Presidente do Tribunal.

CAPÍTULO VI
DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO

Art. 76. À Secretaria do Tribunal compete planejar, executar e


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coordenar todas as fases para a realização de suas sessões de jul-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

gamento, bem como realizar as audiências e diligências necessárias


à instrução dos processos de sua competência, cabendo-lhe, ainda,
proceder às seguintes tarefas e atribuições essenciais em relação aos
processos:
I – elaborar as pautas das sessões, mediante prévia autoriza-
ção do Presidente do Tribunal, bem como publicá-las;
II – adotar os procedimentos necessários à realização das ses-
sões de julgamento, bem como das audiências de instrução e concilia-
ção nos processos de sua competência;
III – auxiliar os Desembargadores e os Juízes Convocados nas
sessões, inclusive na verificação de quorum legal para realização dos
julgamentos;
IV – confeccionar os expedientes próprios à publicação dos acór-
dãos, com a devida certificação;
V – cumprir despachos, realizar diligências, expedir notificações,
intimações, citações, mandados, cartas de ordens e outras determina-
ções dos Desembargadores e Juízes Convocados, relacionados aos
processos sob sua responsabilidade;
VI – certificar o trânsito em julgado das decisões, procedendo a
remessa dos autos ao Juízo de origem ou ao arquivo, quando se tratar
de competência originária do Tribunal;
VII – cumprir as determinações contidas nos acórdãos;
VIII – submeter à apreciação da Presidência ou dos Desembarga-
dores e Juízes convocados, os processos e documentos em tramitação
na Secretaria que exijam despacho;
IX – guardar e conservar os processos sob sua responsabilidade;
X – conceder carga de processos e realizar o controle dos prazos;
XI – certificar a expiração dos prazos processuais, quando não
houver manifestação de parte interessada;
XII – expedir, a pedido, ou por determinação dos Desembarga-
dores ou Juízes Convocados, certidões referentes ao trâmite dos pro-
cessos sob sua guarda, e outras ocorrências processuais;
XIII - prestar informações sobre o andamento dos processos
REGIMENTO - TJM

em tramitação, salvo os que corram em segredo de justiça, que de-

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penderão de despacho prévio da autoridade competente;


XIV – proceder à imediata conclusão do processo ao respectivo
relator, Desembargador ou Juiz convocado, quando da interposição
de recurso;
XV – atender, com o devido respeito, cordialidade e presteza, a
quem solicitar informações sobre processos.

TÍTULO III
DAS CITAÇÕES E DAS INTIMAÇÕES

Art. 80. O chamamento de Maçom para responder a Processo


Ético-disciplinar se fará por citação.
§ 1° A citação é feita por meio de carta do Escrivão, acompanhada
de cópia da denúncia ou da representação e do despacho que a receber,
fixando o prazo de 15 (quinze) dias para o atendimento da convocação.
§ 2° Se o acusado se ocultar para evitar sua citação ou se
desconhecido o seu paradeiro, far-se-á por edital com as formalidades
previstas neste artigo e que será afixado no Quadro de Aviso da
GLOMARON e da Loja do denunciado/representado.
Art. 81. A intimação é ato pelo qual se dá conhecimento às partes
interessadas dos atos e termos do processo, para que se faça ou deixe
de fazer alguma coisa.
§ 1° As intimações serão feitas por carta, fixando o prazo de 5
(cinco) dias, para o seu cumprimento, a contar do seu recebimento.
§ 2° Se o intimado se ocultar para evitar sua intimação ou se
desconhecido o seu paradeiro, far-se-á por edital que será afixado no
Quadro de Aviso da GLOMARON e da Loja do denunciado/representado.
Art. 82. As citações e intimações, emitidas em duas vias, serão
feitas pelos respectivos Escrivães ou por Mestre Maçom da Jurisdição
designado, em uma das quais certificará o resultado da diligência.
Parágrafo único. Uma vez citado ou intimado o acusado fica na
obrigação de comunicar prontamente ao Juiz da Instrução qualquer
mudança de seu endereço, sob pena de prosseguir o processo à sua
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revelia. Igual obrigação cabe ao Mestre Maçom defensor do acusado.


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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO IV
DOS PRAZOS

Art. 83. Os prazos fixados neste Regimento se contarão da jun-


tada aos autos do comprovante do ato citatório ou intimatório, excluin-
do-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único. Os prazos que vencerem num sábado, do-
mingo ou feriado ficarão automaticamente prorrogados até o primeiro
dia útil subsequente.
Art. 84. Os prazos serão contínuos e peremptórios, correndo
inclusive nos feriados.
§ 1° Suspender-se-ão por motivo de força maior a que não tenha
dado motivo o interessado ou pela superveniência de recesso ma-
çônicas que os absorvam em mais de metade. Nesse caso, os prazos
recomeçarão tão logo cessem esses motivos.
§ 2° Na hipótese da citação ou intimação ser feita por via postal,
o prazo começará a contar da data da juntada do aviso de recebimen-
to (AR) aos autos.

TÍTULO V
DAS PROVAS ADMITIDAS NO PROCESSO
ÉTICO-DISCIPLINAR MAÇÔNICO
CAPÍTULO I
DAS PROVAS EM GERAL

Art. 85. No Processo Ético-Disciplinar Maçônico serão admiti-


das as seguintes provas: interrogatório do acusado, declarações da ví-
tima, juntada de documentos, depoimentos de testemunhas e exames
periciais de qualquer natureza.
Art. 86. A prova do alegado incumbirá a quem o fizer, mas o
Relator poderá, no curso do processo, determinar, de ofício, as diligên-
cias que entender necessárias ao esclarecimento dos fatos.
§ 1° Ao Conselho de Justiça das Lojas, ao Tribunal Pleno e à Câ-
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mara de Justiça Maçônica, por deliberação de seus membros, fica as-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

segurada a faculdade a que se refere a parte final do presente artigo.


§2º Os julgadores formarão sua convicção pela livre apreciação
das provas, não ficando obrigados às conclusões de exames periciais
existentes nos autos.

CAPÍTULO II
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO E DAS
DECLARAÇÕES DA VÍTIMA

Art. 87. O acusado que atender seu chamamento ao processo


será interrogado ao final da instrução, depois de se ouvir a vítima/
ofendido e eventuais testemunhas do fato, salvo se a tanto expressa-
mente se recusar. Nesse caso, sua negativa constará do termo. De
igual modo se procederá com o acusado revel que se apresente em
qualquer fase do processo, antes da decisão.
§ 1° No interrogatório do acusado e na tomada de declarações
da vítima, proceder-se-á à qualificação destes.
§ 2° Acusado e vítima poderão ser ouvidos no processo tantas
vezes quanto o Juiz da Instrução entender necessário.
§ 3° O silêncio do acusado, que não importará em confissão,
não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.

CAPÍTULO III
DA PROVA DOCUMENTAL

Art. 88. Os documentos de que se pretendam valer a acusação


e a defesa deverão ser apresentados com a denúncia ou representa-
ção e com a defesa escrita.
Parágrafo único. Havendo justo motivo que impossibilite a
apresentação nessas oportunidades, o Juiz da Instrução autorizará
que venham eles aos autos até as razões finais, oportunizando à outra
parte ter vista dos autos.
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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

CAPÍTULO IV
DA PROVA TESTEMUNHAL

Art. 89. Qualquer pessoa poderá ser testemunha no processo,


exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental,
ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao
tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percep-
ções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos
sentidos que lhes faltam.
§ 2º São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em
qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes,
por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público
ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder
obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamen-
to do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o re-
presentante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que
assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3º São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das
testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados inde-
pendentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que
possam merecer.
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§ 6° Antes de iniciarem seus depoimentos serão devidamente

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

qualificados com dados civis e maçônicos, e se lhes tomará o


compromisso de somente dizerem a verdade do que lhes forem per-
guntados. Suas declarações serão prestadas oralmente e reduzidas a
termo ou documentadas por meio de gravação, sendo-lhes permitido
consultar apontamentos.
§ 7° O Juiz da Instrução permitirá que as partes, por seu
intermédio, interroguem as testemunhas, ficando a seu critério indeferir
as perguntas que considerar impertinente.
§ 8° O número máximo de testemunhas admitidas, sem contar
as de informantes, será de 3 (três).
Art. 90. As testemunhas deverão ser indicadas na denúncia ou
representação e na defesa escrita, podendo ser substituídas, até o
máximo de 2 (duas).
Art. 91. As testemunhas serão intimadas a comparecer no dia
e hora marcados para serem ouvidas, salvo se a parte que as tiver ar-
rolado declarar que comparecerão independentemente de intimação.
Dessa declaração se dará certidão nos autos.
Art. 92. À acusação e à defesa ficam assegurados o direito
de desistirem de todas ou de algumas das testemunhas que tenham
arrolado e o Juiz da Instrução, desde que já tenham esclarecidos os
fatos, poderá indeferir as que não tenham ainda sido ouvidas, fazendo
-o em despacho motivado.
Parágrafo único. Em havendo desistência das testemunhas
das partes, estas poderão ser inquiridas como testemunhas do juízo.

CAPÍTULO V
DA PROVA PERICIAL

Art. 93. Excepcionalmente, comprovada a necessidade, poderá


ser admitida a prova pericial. Se admitida, ela será feita por solicitação
das partes, nada impedindo que o Juiz da Instrução a determine de
ofício, ou a indefira se entender simplesmente protelatória.
Art. 94. Deferida a perícia, às expensas do requerente, o Magis-
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trado nomeará perito de sua escolha e formulará os respectivos que-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

sitos, devendo nos 5 (cinco) dias subsequentes permitir que as partes


se louvem em assistentes técnicos para acompanharem o trabalho do
perito, podendo, também, apresentar outros quesitos.
Parágrafo único. A perícia deverá estar concluída num prazo
máximo de 10 (dez) dias, salvo se ocorrer motivo de força maior devi-
damente justificado, sendo facultado ao Relator dilatar esse prazo, por
tempo não superior a 5 (cinco) dias.

TÍTULO VI
DA DENÚNCIA OU REPRESENTAÇÃO

Art. 95. A Ação Disciplinar se inicia:


I – por denúncia oferecida pelo Ministério Público, conforme a
competência do órgão julgador;
II – por representação do ofendido ou de quem tiver qualidade
para representá-lo, dirigida ao Órgão do Ministério Público ou Judiciá-
rio.
§ 1º A representação, escrita, conterá as informações sobre o fato
e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
§ 2º O ofendido ou seu representante legal decairá do direito de
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses,
contado do dia em que vier a saber quem é o autor da infração.
§ 3º A representação será irretratável, depois de oferecida a
denúncia.
§ 4º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de oferecer
denúncia, requerer o arquivamento da representação ou de quaisquer
peças de informações, o juiz, no caso de considerar improcedentes as
razões invocadas, fará a remessa dessas peças ao Procurador Geral,
e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério
Público para oferecê-la ou insistirá no pedido de arquivamento, ao
qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Art. 96. A denúncia ou a representação conterá a exposição do
fato delituoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do
REGIMENTO - TJM

acusado ou esclarecimentos pelos quais ele possa ser identificado, a

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

classificação do delito e, quando necessário, o rol da acusação.


§ 1º Nas representações, o representante do Ministério Público
deverá fazer os aditamentos e correições que achar necessários à
perfeita qualificação da infração, bem assim sobre a pertinência do
arquivamento liminar antes do encaminhamento ao órgão julgador.
§ 2º A denúncia ou representação será rejeitada quando
manifestamente inepta ou faltar pressuposto processual ou condição
para o exercício da ação disciplinar.
§ 3º Acolhendo a denúncia ou a representação o Relator a quem
tocar o processo por distribuição, determinará a citação do denuncia-
do/representado para apresentar defesa escrita, oferecer documentos
e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar até 3 (três)
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação.
§ 4º Ocorrendo a rejeição os autos serão arquivados liminarmente
nos respectivos órgãos julgadores.
Art. 97. Por determinação do Presidente do Tribunal Pleno pro-
ceder-se-á a distribuição do feito, em 5 (cinco) dias, conforme a com-
petência do órgão jurisdicional.
Parágrafo único. O Desembargador a quem for distribuído o
processo, assumirá as funções de Relator e Juiz da Instrução.
Art. 98. Cada processo terá ainda um Revisor, que na revisão
dos feitos observará o disposto neste Regimento.
Art. 99. Distribuído o feito, o Relator mandará suprir as falhas
que encontrar, no prazo improrrogável de 5 (cinco) dias, desde que
indispensável à caracterização da infração, e de quem seja seu autor.
Art. 100. Quando a infração se apresentar como sendo de ca-
lúnia, injúria ou difamação, a Ação Disciplinar dependerá sempre de
representação do ofendido, não podendo ser determinada de ofício.
§ 1º A representação a que se refere este artigo, a autoridade
que a receber buscará sempre a possibilidade de um entendimento
entre as partes e somente lhe dará seguimento decorridos 7 (sete)
dias do seu recebimento.
§ 2º A representação decai em 06 (seis) meses da data do fato.
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Art. 101. Não será admitido auxiliar de acusação senão nas

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ações fundadas em calúnia, injúria ou difamação.


Art. 102. Salvo disposição em contrário, os prazos para que o
Escrivão faça os autos conclusos ao Relator será de 5 (cinco) dias e
de igual prazo para os despachos interlocutórios.
Art. 103. Acolhida a denúncia ou representação e instaurado o
processo judicial por qualquer dos órgãos julgador contra Maçom titu-
lar de cargo na GLOMARON ou nas Lojas jurisdicionadas, este será
afastado da função até o término do seu julgamento.

TÍTULO VII
DOS PROCESSOS DE JULGAMENTO NO TRIBUNAL
PLENO E DA CÂMARA DE JUSTIÇA MAÇÔNICA

Art. 104. Feita a citação, se o acusado constituir defensor ou


declarar que ele mesmo fará sua defesa, desde logo lhe fica as-
segurado o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de sua defesa
prévia. Não comparecendo, ou se não indicar defensor nem assumir
a responsabilidade pela sua defesa, o Juiz da Instrução lhe nomeará
defensor, ao qual se abrirá vista dos autos por 10 (dez) dias para ofe-
recimento da defesa prévia do acusado.
Art. 105. Findo o prazo a que se refere o artigo anterior, os autos
irão conclusos ao Relator, Juiz da Instrução, para, nos 5 (cinco) dias
subsequentes, decidir sobre a prova a ser produzida, somente poden-
do rejeitar a que tiver sido solicitada pelas partes quando tiver justa
razão para tanto e em despacho motivado.
Art. 106. Se considerar a prova pericial como imprescindível à
elucidação dos fatos, ordenará que esta se faça antes de qualquer
outra e aguardará seu resultado para decidir sobre o prosseguimento
ou não da ação. Se não emprestar essa característica à prova pe-
ricial e a deferir, mandará que seja feita sem prejuízo do andamento
do processo, que prosseguirá do seguinte modo:
a) nos 10 (dez) dias seguintes ao do despacho, serão ouvidos o
ofendido e inqueridas as testemunhas arroladas pela acusação e pela
REGIMENTO - TJM

defesa, nesta ordem;

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

b) nos 10 (dez) dias subsequentes, os peritos para os necessá-


rios esclarecimentos e, ainda, as acareações, se necessárias.
c) interrogatório do acusado;
§ 1º Terminada a instrução processual, o Juiz mandará que as
partes digam em 5 (cinco) dias se pretendem outras provas e, em
igual prazo decidirá a respeito, deferindo-as ou denegando-as, como
couber.
§ 2º Não havendo outras provas, ou terminadas as que forem
deferidas e que deverão estar ultimadas no prazo máximo de 15 (quin-
ze) dias, mandará que as partes, apresentem suas alegações finais
em 5 (cinco) dias, primeiramente à acusação e após à defesa.
§ 3º Os prazos referidos neste artigo, em sua parte final, só
poderão ser prorrogados, e por metade, se ocorrer motivo de força
maior devidamente justificado.
Art. 107. Findos os prazos do artigo anterior, os autos irão à
conclusão do Relator para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente
relatório do processo, sem manifestar as suas conclusões sobre a
procedência ou não da acusação e, a seguir, encaminhará ao Revisor
para o mesmo fim e em prazo idêntico e solicitação de pauta.
Art. 108. Fixada a data do julgamento, dela serão intimadas as
partes, por seus representantes, ou pessoalmente o acusado, se es-
tiver encarregado de sua própria defesa, e, por ocasião de sua reali-
zação, acusação e defesa terão 15 (quinze) minutos, cada uma, para
sustentação oral de suas conclusões.
Parágrafo único. Nada impede possa realizar-se mais de um
julgamento numa mesma sessão do Tribunal de Justiça Maçônico.
Nessa hipótese, o Presidente do órgão julgador organizará a respec-
tiva pauta.
Art. 109. Concluídos os debates, ou sem eles, votarão o relator,
o revisor e os Desembargadores que para tanto foram designados; se
vencido o Relator, redigirá o acórdão dentro do prazo de 10 (dez) dias,
o Desembargador designado, assinando-o com o Presidente do Tri-
bunal de Justiça Maçônico e os demais Juízes, podendo os vencidos
REGIMENTO - TJM

justificarem os seus votos.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Parágrafo único. Para justificativa de voto vencido, o Juiz terá


o prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 110. Formalizada a decisão, de acordo com o artigo ante-
rior, o Presidente do Tribunal de Justiça Maçônico dela mandará dar
ciência às partes e nos 15 (quinze) dias subsequentes transitará ela
em julgado.
Parágrafo único. Passado em julgado o acórdão, o processo
será encaminhado à autoridade a quem incumbir o seu cumprimento.

TÍTULO VIII
DOS PROCESSOS DE JULGAMENTO NOS CONSELHOS DE
JUSTIÇA DAS LOJAS JURISDICIONADAS

Art. 111. Apresentada a notícia do fato, o Venerável Mestre, Pre-


sidente do Conselho de Justiça da Loja jurisdicionada, e Juiz da Ins-
trução, a encaminhará ao representante do Ministério Público, Orador
(ou cargo similar no rito) da Loja, para se manifestar quanto à sua
procedibilidade ou não, no prazo de 7 (sete) dias.
§ 1º Se a notícia do fato for manifestamente improcedente será
arquivada liminarmente.
§ 2º Nas denúncias, o representante do Ministério Público
deverá fazer os aditamentos e correições que achar necessários à
perfeita qualificação da infração, bem assim sobre a pertinência do
arquivamento liminar antes do encaminhamento ao órgão julgador.
§ 3º Acolhendo a denúncia, o Presidente, Juiz da Instrução,
determinará a citação do denunciado para apresentar defesa escrita,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas
e arrolar até 3 (três) testemunhas, qualificando-as e responsabilizando-
se por sua intimação ou justificando a impossibilidade de fazê-lo.
§ 4° Devidamente citado se o acusado constituir defensor ou
declarar que ele mesmo fará sua defesa, desde logo lhe fica consignado
o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de sua defesa escrita.
§ 5° Se não comparecer o acusado, ou não indicar defensor
REGIMENTO - TJM

nem assumir a responsabilidade pela sua defesa, o Presidente da

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Instrução lhe nomeará defensor, Mestre Maçom, ao qual se abrirá


vista dos autos por 10 (dez) dias para oferecimento da defesa escrita
do acusado.
Art. 112. Após recebida a denúncia pelo Presidente do Conse-
lho de Justiça da Loja, este designará dia e hora para a instrução do
processo e tomada de declarações do ofendido, se possível, e, ainda,
a inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e defesa, nesta
ordem, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º O acusado que atender seu chamamento ao processo será
interrogado ao final da instrução, depois de se ouvir a vítima e even-
tuais testemunhas do fato, salvo se a tanto expressamente se recusar.
Nesse caso, sua negativa constará do termo. De igual modo se pro-
cederá com o acusado revel que se apresente em qualquer fase do
processo, antes da decisão.
§ 2° O silêncio do acusado, que não importará em confissão,
não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.
§ 3° No interrogatório do acusado e na tomada de declarações
da vítima, proceder-se-á à qualificação destes.
§ 4° Acusado e vítima poderão ser ouvidos no processo tantas
vezes quanto o Juiz da Instrução entender necessário.
§ 5° Findo o prazo o Presidente da Instrução terá 7 (sete) dias
para a elaboração do seu relatório e convocação dos Juízes integrantes
do Conselho referidos no artigo 45 da Constituição para julgamento do
processo.
§ 6º Na mesma oportunidade determinará a intimação das partes
para a sessão.
Art. 113. Havendo condição legal para a abertura da sessão, o
Presidente do Conselho de Justiça adotará os seguintes procedimentos:
I – mandará proceder à chamada do acusado e de seu defensor;
II – fará conduzir o acusado e o seu defensor ao lugar que lhes
forem destinados.
§ 1° Se o acusado não comparecer, será julgado à revelia, sem
prejuízo de sua defesa pelo mandatário que escolheu ou, faltando
REGIMENTO - TJM

também este, por outro que o Presidente do Conselho nomeará na

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

ocasião.
§ 2° Não poderá participar do Conselho de Justiça da Loja, como
julgador do processo, ascendente e descendente; sogro e genro;
irmãos de sangue; cunhados, tios e sobrinhos; padrasto e enteados
do acusado.
§ 3° Em caso de vacância, férias, afastamentos, licenças, impe-
dimentos ou suspeição de membro do Conselho de Justiça da Loja,
deverá ser realizada nova eleição para preencher a vaga.
Art. 114. Cumpridas as providências determinadas no artigo
anterior, o Presidente do Conselho abrirá a sessão de julgamento. Os
juízes do Conselho tomarão assento no Oriente, onde permanecerão
separados dos demais assistentes e sem comunicação entre si. O Pre-
sidente pedirá que todos fiquem de pé, declarará instalado o Conselho
e fará a seguinte exortação: “Em nome das leis e postulados ma-
çônicos, concito-vos a examinar com imparcialidade esta causa
e a proferir a vossa decisão de acordo com a vossa consciência
e os ditames da Justiça”, ao que todos dirão: “Assim o prometo”.
Art. 115. Iniciado o julgamento, o Presidente do Conselho de
Loja indagará do acusado se quer fazer alguma outra declaração além
das já prestadas no processo e, recebendo resposta afirmativa, ad-
mitirá que ele fale, reduzindo a termo o que de novo informar. A se-
guir, indagará dos Conselheiros se, por seu intermédio, desejam fazer
perguntas ao acusado. Em caso afirmativo, reduzirá as respostas a
termo.
Art. 116. Colhidas as declarações do acusado, ou sem elas, o
Presidente lerá o seu relatório, acrescentando o que lhe parecer útil,
sem antecipar seu julgamento.
Art. 117. Encerrada a leitura do Relatório, o Presidente conce-
derá a palavra ao Representante do Ministério Público, ao acusado
ou seu defensor, pelo tempo de 15 (quinze) minutos para cada um,
podendo prorrogá-lo por mais 10 (dez) minutos, a seu critério.
Art. 118. Findos os debates, o Presidente indagará dos inte-
grantes do Conselho se sentem habilitados a decidir e, se necessário,
REGIMENTO - TJM

lhes prestará esclarecimentos, sem externar sua opinião, e com inteiro

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

respeito aos elementos existentes no processo.


Parágrafo único. Feito isto, o Presidente anunciará que apenas
poderão permanecer no recinto os integrantes do Conselho, o Secre-
tário, o representante do Ministério Público, o defensor do acusado, e
mandará que o acusado e os demais se retirem temporariamente.
Art. 119. Na sequência, o Presidente mandará o Secretário dis-
tribuir aos juízes do Conselho de Justiça da Loja, esferas brancas e
pretas; as primeiras significando “sim”, e as segundas, “não”, e lhes
formulará o seguinte quesito, para cada fato imputado: “o acusado
praticou a infração maçônica que lhe é atribuída? ”.
Art. 120. Recolhidas as esferas em urna apropriada, o Presi-
dente do Conselho de Loja as conferirá, anunciará o resultado e pro-
ferirá decisão, aplicando a pena cabível dentre as cominadas na lei.
§ 1º A sentença condenatória reclama sempre a fundamentação
de suas conclusões, quanto à tipificação infringida e quanto à pena
aplicada.
§ 2º A sentença absolutória poderá ser posta nos seguintes
termos:
“De acordo com a deliberação do Conselho de Justiça desta Au-
gusta e Respeitável Loja Simbólica (dar o nome da Loja), absolvo o
acusado (dar o seu nome) e o declaro inocente, limpo e puro de culpa
e pena” (Data e assinatura).
§ 3º Lavrada a sentença, o Presidente do Conselho determinará
a volta do acusado e dos demais, e colocando-se todos de pé,
procederá a leitura da decisão.
§ 4º Se não se sentir em condições de proferir imediatamente a
decisão, o Presidente do Conselho de Loja, cumprida a primeira parte
do parágrafo anterior, marcará nova reunião para 7 (sete) dias depois
para a leitura da sentença, ficando desde logo notificados da mesma
os integrantes do Conselho, o acusado, seu defensor e o Ministério
Público.
§ 5° Das decisões do Conselho de Justiça das Lojas
Jurisdicionadas cabe recurso de apelação para a Câmara de Justiça
REGIMENTO - TJM

Maçônica.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO IX
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 121.  Há impedimento do Magistrado, sendo-lhe vedado


exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou de-
poimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
III - quando nele estiver postulando, como advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheira, ou qualquer pa-
rente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheira, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou co-
lateral, até o terceiro grau, inclusive;
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quan-
do o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o pro-
cesso antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracte-
rizar impedimento do Magistrado.
Art. 122.  Há suspeição do magistrado:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus
advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na
causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma
das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de
seu cônjuge ou companheira ou de parentes destes, em linha reta até
o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qual-
REGIMENTO - TJM

quer das partes.

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo,


sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique mani-
festa aceitação do arguido.

TÍTULO X
DAS EXCEÇÕES

Art. 123. Em todas as Instâncias do Judiciário serão admitidas


as seguintes exceções:
I – de suspeição e impedimento;
II – de incompetência;
III – de litispendência;
IV – de ilegitimidade de parte;
V – de coisa julgada.
§ 1º Haverá litispendência quando 2 (dois) processos fundados
na mesma infração forem iniciados contra o mesmo acusado.
§ 2º A ilegitimidade de parte se apresenta quando ao autor da
denúncia ou da representação faltar qualidade para seu oferecimento.
§ 3º Por coisa julgada se entende a existência de decisão da
qual não mais caiba recurso, sobre a mesma infração atribuída ao
acusado.
Art. 124. A exceção de suspeição poderá ser levantada contra
os Presidentes dos Órgãos julgadores, Procuradores de Justiça, Con-
selheiros, Relatores, Revisores peritos e demais auxiliares da Justiça.
§ 1° Qualquer das pessoas indicadas neste artigo poderá
declarar espontaneamente sua suspeição, fazendo-o por escrito nos
autos, indicando as suas motivações, ainda que de foro íntimo.
§ 2° Quando as autoridades referidas no caput deste artigo se
derem por suspeitas, encaminharão o processo ao seu substituto le-
gal.
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§ 3° Aceita a suspeição do Membro do Ministério Público, será

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

chamado o seu substituto legal, e na sua falta, ou sendo este também


suspeito, um Mestre Maçom escolhido pelo Presidente.
Art. 125. A exceção de suspeição deverá ser oposta no prazo
da defesa escrita, através de petição formal, pelo próprio acusado ou
por seu defensor com poderes especiais.
§ 1° Advindo suspeição no curso do processo, a parte interessa-
da deverá opor a devida exceção no prazo de 05 (cinco) dias a contar
do conhecimento do fato.
§ 2° As exceções serão processadas em autos apartados e,
salvo a de suspeição, não terão efeito suspensivo.
§ 3° Apresentada a exceção, se de suspeição, os autos irão
desde logo conclusos ao Presidente para decidir; se de outra natureza,
serão conclusos ao Relator que, ouvida a parte contrária no prazo de 3
(três) dias, decidirá a respeito.
§ 4° Se o magistrado aceitar sua suspeição ou incompetência,
ou ainda a suspeição do Membro do Ministério Público, procederá de
acordo com o § 1° do artigo anterior, neste último caso, remeterá o
processo à autoridade competente.
§ 5° O reconhecimento da suspeição provocará a nulidade de
todos os atos praticados por aquele contra quem for reconhecida e
deverão ser todos eles renovados.
Art. 126. No que couber, aplicar-se-ão os procedimentos de sus-
peição para as arguições de impedimento.
Art. 127. Das decisões sobre exceções de suspeição, impedi-
mento, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada, caberá
recurso estrito senso que, salvo em relação à de suspeição, não terá
efeito suspensivo.
Art. 128. As questões pertinentes à competência serão apre-
ciadas em grau de recurso, pela via do conflito positivo ou negativo
de jurisdição, a se processar pelo modo previsto para o recurso estrito
senso.
REGIMENTO - TJM

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

TÍTULO Xi
DOS RECURSOS ADMITIDOS E SEUS EFEITOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 129. Nas decisões do Judiciário Maçônico, atendida a disci-


plina legal, são admissíveis os seguintes recursos:
I – embargos de declaração;
II – recurso em sentido estrito;
III – apelação;
IV – ordinário; e
V – extraordinário.
§ 1º O prazo para a interposição desses recursos será de 5
(cinco) dias, contados da ciência do despacho ou ato judicial.
§ 2º Nos julgamentos dos recursos estão impedidos de votar os
membros representantes das Lojas recorridas.
Art. 130. Para exame de tempestividade ou de outra matéria
relevante do recurso, ou se o feito estiver deficientemente instruído, o
Relator poderá determinar diligências para suprir a omissão.
§ 1º Conceder-se-á dilação às partes para se manifestarem so-
bre documentos juntados em razão da diligência.
§ 2º Se qualquer das partes juntar documentos na fase recursal,
os demais interessados serão convocados para se manifestar, no pra-
zo de 5 (cinco) dias.
§ 3º Após a distribuição, a Secretaria do Tribunal remeterá o
feito para parecer do Ministério Público, independente de despacho
do Relator.

CAPÍTULO II
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 131. Caberá Embargos de Declaração, no prazo de 5 (cin-


co) dias, contados da data da publicação da decisão, em petição diri-
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gida ao Magistrado prolator do acórdão questionado, quando:

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

I – houver no acórdão obscuridade, omissão ou contradição;


II – for omitido ponto sobre a qual devia pronunciar-se o Órgão
Julgador;
III – do julgamento impugnado, tenha participado Magistrado
com impedimento lançado nos autos;
IV – por equívoco evidente, se deu por intempestivo recurso
apresentado no prazo legal;
Art. 132. O recurso será deduzido em petição dirigida ao Re-
lator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso; sem
indicação desse teor, os embargos serão indeferidos liminarmente.
Art. 133. O julgamento compete, sempre que possível, aos pró-
prios juízes da decisão embargada, oficiando como Relator o Julgador
que houver redigido a decisão, e se fará no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Havendo afastamento do Relator e sendo o
Juiz convocado impedido ou suspeito para atuar no feito os Embargos
serão conclusos ao Magistrado mais antigo que tenha proferido o voto
convergente com a tese vencedora.
Art. 134. Se os embargos forem recebidos a nova decisão se
limitará a corrigir a obscuridade, contradição ou omissão, salvo se al-
gum outro aspecto da causa tiver de ser apreciado como consequên-
cia necessária.
§ 1º Quando uma das partes postular efeito modificativo do acór-
dão, mediante Embargos de Declaração, e sendo plausível a hipóte-
se de modificação, o Relator determinará que a parte contrária seja
intimada, para no prazo de 5 (cinco) dias, se manifestar acerca dos
Embargos.
§ 2º Os Embargos de Declaração em que há possibilidade de
acolhimento de efeito modificativo deverão ser incluídos em pauta.

CAPÍTULO III
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Art. 135. Caberá Recurso em Sentido Estrito das decisões que,


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em qualquer instância, exceto a última, puserem fim a processo sem

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

julgamento de mérito e nos seguintes casos:


I - dos despachos do Presidente e do Vice-Presidente do Tribu-
nal Maçônico, bem como dos Presidentes dos Conselhos de Justiça
das Lojas Jurisdicionadas, quando de forma monocrática, determi-
narem o arquivamento das Ações disciplinares ou representações;
II – dos despachos que puserem termo ao processo com funda-
mento no laudo pericial;
III – dos despachos que denegarem qualquer tipo de prova;
IV – dos despachos que denegarem seguimento a qualquer recurso;
V – dos despachos que decidirem sobre exceções;
VI – dos despachos que decidirem sobre conflitos de competência;
VII – dos despachos que indeferirem liminarmente pedido de Re-
visão.
Parágrafo único. Os recursos previstos nos incisos III e IV des-
te artigo serão apreciados pelo Órgão julgador do Tribunal de Justiça
Maçônico quando da apreciação do recurso de Apelação, como ma-
téria preliminar. Os previstos nos demais incisos serão encaminhados
ao Tribunal dentro 5 (cinco) dias, se o Magistrado da instrução não
reformar sua decisão, resguardando a este a oportunidade de susten-
tar seu posicionamento no corpo do despacho que determinar a
remessa dos autos à Instância Superior.

CAPÍTULO IV
DA APELAÇÃO

Art. 136. Caberá a Apelação contra as sentenças prolatadas


pelo Conselho de Justiça das Lojas que ponham termo no processo,
principal ou acessório, decidindo ou não o mérito da causa.
§ 1º A apelação terá efeito devolutivo e suspensivo, asseguran-
do-se à parte contrária, prazo idêntico para oferecer contrarrazões.
Será mantida, no entanto, toda providência preventiva anteriormente
aplicada.
§ 2º Os autos serão encaminhados ao Tribunal de Justiça Ma-
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çônico nos 10 (dez) dias subsequentes ao oferecimento das contrarra-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

zões ou da expiração do prazo para apresentação da mesma.


§ 3º As razões devem ser apresentadas com a apelação ou até
o vencimento do prazo do recurso.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS ORDINÁRIO E EXTRAORDINÁRIO

Art. 137. Cabe recurso ordinário das decisões proferidas em


causas de competência originária do Conselho de Justiça das Lojas
Jurisdicionadas e as relativas à eleição da Grande Loja conforme inci-
sos III e VI do artigo 54 da Constituição.
Art. 138. O recurso extraordinário será aplicável nos casos pre-
vistos nos incisos IV, V e VI do Art. 54, da Constituição, quando a
decisão recorrida:
I – contrariar dispositivo da Constituição da GLOMARON ou
negar vigência à legislação que a complementa ou ato normativo do
Poder Executivo, quando será exigido o voto da maioria absoluta dos
Membros do Tribunal Pleno;
II – der à legislação maçônica interpretação divergente da que
lhe tenha dado o Tribunal Pleno e a Câmara de Justiça Maçônica;
III – deliberar acerca de decisões prolatadas em segundo grau
de jurisdição.
IV – julgar os recursos das questões decididas pela Câmara de
Justiça que importarem em exclusão de associado.
Parágrafo único. O Tribunal Pleno exercerá o poder normativo
do Poder Judiciário.

TÍTULO XIi
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 139. Os casos omissos ou lacunas suscitadas neste Regi-


mento serão resolvidos pelo Presidente do Tribunal, podendo inclu-
sive ser aplicada, subsidiariamente, a legislação processual profana,
REGIMENTO - TJM

naquilo que for compatível com a presente norma e desde que não

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

contrarie a Constituição e o Regulamento Geral da GLOMARON.


Art. 140. Este Regimento Interno do Tribunal de Justiça Maçôni-
co após a sua aprovação pela Assembleia Geral e sua sanção pelo
Grão-Mestre da GLOMARON, entrará em vigor na data de sua publi-
cação, ficando revogadas as disposições em contrário.

Porto Velho-RO, 22 de setembro de 2018.

ALDINO BRASIL DE SOUZA


Grão-Mestre

ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO


Grão-Mestre Adjunto

Vinicius Jácome dos Santos júnior


Grande Orador

Paulo Luciano Bastos Botelho


Grande Secretário

COMISSÃO CONSTITUINTE:

JOSÉ CARLOS VITACHI


Grande Secretário de Administração
Relator Geral

FRANCIMAR DIAS RODRIGUES


Grande Secretário de Relações Interiores

JOSÉ VENTURA PEREIRA


Grande Secretário de Relações Exteriores

ANTONIO CARLOS FERRACIOLI


Grande Secretário de Planejamento
REGIMENTO - TJM

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

S
SEREN
NÍSSIM
MA GRAANDE LOJA
L MAÇÔN
M NICA DO
D
ES
STADOO DE RONDÔN NIA
– GL
LOMAR RON –

LEI
OS MPLEME
COM ENTAR Nº
LANDMARKS N DE
001/GM
M/2015-20019
ALBERT
DE 24 D
DE JUNH
HO DE 20118
GALLETIN
(REGUL LAMENTMACKEY
TO GERAAL)

MM∴ AA∴ LL∴ e AA∴


JUNHO/20
018

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

Os Landmarks de Albert Galletin Mackey

1. Os processos de reconheci-
mento são os mais legítimos e inques-

Landmarks
tionáveis de todos os Landmarks. Não
admitem mudança de qualquer espécie;
desde que isso se deu, funestas conse-
quências posteriores vieram demonstrar
o erro cometido.
2. A divisão da Maçonaria Simbóli-
ca em três graus - Aprendiz, Compan-
heiro e Mestre - é um Landmark que, mais
que qualquer outro, tem sido preservado
de alterações apesar dos esforços feitos
pelo daninho espírito inovador.
3. A lenda do terceiro grau é um
Landmark importante, cuja integridade
tem sido respeitada. Nenhum rito existe
na Maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não
sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas es-
critas podem variar, e na verdade variam; a lenda do Construtor do Tem-
plo de Salomão, porém, permanece em essência. Qualquer rito que a
excluir ou a altere substancialmente, deixará de ser um Rito Maçônico.
4. O Governo da Fraternidade por um Oficial que é seu presi-
dente, denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico, é o quar-
to Landmark da Ordem Maçônica. Muitos pensam que a eleição do
Grão-Mestre se pratica por ser estabelecida em lei ou regulamento, mas
nos anais da Instituição, encontram-se Grão-Mestres muito antes de
existirem Grandes Lojas, e se todos os Regulamentos e Constituições
fosse abolidos, sempre seria mister a existência de um Grão-Mestre.
5. A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir todas as reuniões
maçônicas, feitas onde e quando se fizerem, é o quinto Landmark. É
em virtude dessa lei, de antiga usança e tradição, que o Grão-Mestre
ocupa o Trono e preside todas as sessões da Grande Loja, assim como
quando se ache presente à sessão de qualquer Loja subordinada à au-

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VADE MECUM DE DIREITO MAÇÔNICO

toridade maçônica de sua obediência.


6. A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para con-
ferir graus em tempos anormais, é outro importantíssimo Landmark. Os
estatutos e leis maçônicas exigem prazos, que devem transcorrer entre
Landmarks

a proposta e a recepção do candidato, porém o Grão-Mestre tem o di-


reito de dispensar esta ou qualquer exigência, e permitir a Iniciação, a
Elevação ou Exaltação imediata.
7. A prerrogativa que tem o Grão-Mestre de dar autorização para
fundar e manter Lojas, é outro importante Landmark. Em virtude dele, o
Grão-Mestre pode conceder a um número suficiente de Mestres-Maçons
o privilégio de se unir e conferir graus. As Lojas assim constituídas
chamam-se “Lojas Licenciadas”. Criadas pelo Grão-Mestre só existem
enquanto ele não resolva o contrário, podendo ser dissolvidas por ato
seu. Podem viver um dia, um mês ou seis. Qualquer que seja, porém, o
prazo de sua existência, exclusivamente ao Grão-Mestre a deve.
8. A prerrogativa do Grão-Mestre de criar Maçons por sua delib-
eração é outro Landmark importante. O Grão-Mestre convoca em seu
auxílio seis outros Mestres-Maçons, pelo menos, forma uma Loja e sem
uma forma prévia confere os graus aos candidatos, findo o que, dissolve
a Loja e despede os Irmãos. As Lojas assim convocadas por este meio
são chamadas “Lojas de Emergência” ou “Lojas Ocasionais”.
9. A necessidade de se congregarem os Maçons em Lojas é outro
Landmark. Os Landmarks da Ordem prescrevem sempre que os Maçons
deveriam congregar-se com o fim de entregar-se a tarefas operativas e
que às suas reuniões fosse dado o nome de “Lojas”. Antigamente, eram
estas reuniões extemporâneas, convocadas para assuntos especiais
e logo dissolvidas, separando-se os Irmãos para de novo se reunirem
em outros pontos e em outras épocas, conforme as necessidades e as
circunstâncias exigissem. Cartas Constitutivas, Regulamentos Internos,
Lojas e Oficinas permanentes e contribuições anuais são inovações pu-
ramente moderna de um período relativamente recente.
10. O Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja, por
um Venerável e dois Vigilantes é outro Landmark. Qualquer reunião de
Maçons congregados sob qualquer outra direção, como, por exemp-
lo, um presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida como

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Loja. A presença de um Venerável e dois Vigilantes é tão essencial para


a validade e legalidade de uma Loja que, no dia de sua consagração, é
considerada como uma Carta Constitutiva.
11. A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando reunida,

Landmarks
é outro importante Landmark que não deve ser descurado. O cargo de
Guarda do Templo, que vela para que o local da reunião seja absoluta-
mente vedado à intromissão de profanos, independe, pois, de qualquer
Regulamento ou Constituição.
12. O direito representativo de cada Irmão nas reuniões da Frater-
nidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais, outrora chamadas “As-
sembleias Gerais”, todos os Irmãos, mesmo os Aprendizes, tinham o
direito de tomar parte. Nas Grandes Lojas, hoje, só tem direito de as-
sistência os Veneráveis e Vigilantes, na qualidade, porém, de represen-
tantes de todos os Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão se au-
to-representava. Hoje são representados pelas Luzes de sua Loja. Nem
por motivo dessa concessão, feita em 1817, deixa de existir o direito de
representação firmado por este Landmark.
13. O direito de recurso de cada Maçom das decisões de sua Loja
para a Grande Loja, ou Assembleia Geral dos Irmãos, é um Landmark
essencial para a preservação da Justiça e para prevenir a opressão.
14. O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer
Loja é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado “Direito
de Visitação”, reconhecido e votado universalmente a todos os Irmãos
que viajam pelo orbe terrestre. É a consequência do modo de encarar
as Lojas como meras divisões da família maçônica.
15. Nenhum Irmão desconhecido dos Irmãos da Loja pode a ela
ter acesso como visitante sem que primeiro seja examinado, conforme
os antigos costumes, e como tal reconhecido. Este exame somente
pode ser dispensado se o Irmão visitante for conhecido por algum Irmão
da Loja, o qual por ele será responsável.
16. Nenhuma Loja pode intrometer-se em assunto que diga res-
peito a outra, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.
17. Todo Maçom está sujeito às leis e aos regulamentos da ju-
risdição maçônica em que residir, mesmo não sendo, aí, obreiro de
qualquer Loja.A inafiliaçãoconstitui, por si própria, uma falta maçônica.

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18. Por este Landmark, os candidatos à Iniciação devem ser isen-


tos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mul-
her, um aleijado ou um escravo não podem ingressar na Fraternidade.
19. A crença no GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO é um dos
Landmarks

mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é im-


pedimento absoluto e irremovível para a Iniciação.
20. Subsidiariamente à crença em um ENTE SUPREMO, é exigi-
da, para a Iniciação, a crença numa vida futura.
21. Em Loja, é indispensável a presença, no Altar, de um LIVRO
DA LEI, no qual supõe-se, conforme a crença, estar contida a vontade
do Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir
nas peculiaridades da fé religiosa dos seus membros, o “Livro da Lei”
pode variar conforme o credo. Exige, por isso, este Landmark que um
“Livro da Lei” seja par indispensável das alfaias de uma Loja Maçônica.
22. Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja,
sem distinção de prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade
confere.
A Maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas.
23. Este Landmark prescreve a conservação secreta dos conheci-
mentos havidos pela Iniciação, tanto os métodos de trabalho como suas
lendas e tradições, que só devem ser comunicados a outros Irmãos.
24. A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos
operativos e uso do simbolismo e a explicação dos ditos métodos e dos
termos neles empregados com o propósito de ensinamento moral, con-
stitui outro Landmark. A preservação da Lenda do Templo de Salomão
é outro fundamento deste Landmark.
25. O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos
anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma
modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos an-
tecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos
sucessores.

NOLUM LEGES MUTARI

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S
SEREN
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STADOO DE RONDÔN NIA
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LEIDE
LISTA MPLEME
COM ENTAR Nº
PRESENTES N NAS
001/GM
M/2015-20
019
SOBERANAS
DE 24 D
DE JUNH
HO DE 20118
ASSEMBRLEIAS
(REGUL LAMENT GERAIS
TO GERA AL)
CONSTITUINTES

MM∴ AA∴ LL∴ e AA∴


JUNHO/20
018

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Mikhael Esber
Grande Secretário de Comunicação Social

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