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Faculdade da Saúde
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da saúde
ERICA HOKAMA
Hokama, Erica
H689e Estrutura e dinâmica do funcionamento psíquico de homens
envolvidos em violência doméstica / Erica Hokama. 2015.
98 f.
__________________________________________
Profa. Dra. Maria Geralda Viana Heleno
Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
__________________________________________
Profa. Dra. Maria Geralda Viana Heleno
Coordenador/a do Programa de Pós-Graduação
Ao finalizar mais uma etapa importante de minha vida, penso que todas as
conquistas nunca são frutos unicamente de nosso próprio esforço. Durante esta jornada
muitas pessoas estiveram comigo, participando, direta ou indiretamente, apoiando,
cuidando de mim, ou simplesmente estando ao meu lado. Portanto, escrever os
agradecimentos ao final deste trabalho é de uma responsabilidade ímpar.
À Juíza Dra. Teresa Cristina Cabral Santana Rodrigues dos Santos e a Joyce
Assmann Pereira, por apoiarem e acreditarem em nosso trabalho.
Aos homens que se disponibilizaram a participar desta pesquisa, compartilhando
suas vivências.
Aos amigos e familiares de Mogi das Cruzes, Marisa, Shigueru, Akemi, Hatsue,
Missao, Marcinha, Teruo, Takaitiro, Kazumi, Yoshiki e Kiyoko que me adotaram como
integrante da família Nisiyama, um porto seguro. Um agradecimento especial para
Estela Yukari Nisiyama, que com toda a sua vivacidade e juventude me lembra de não
abandonar a criança que ainda vive dentro de mim.
Violence of any kind and nature, is a phenomenon that happens since the beginning.
The World Health Organization defines violence as the intentional use of physical force
or power, real or threatened, against oneself, against another person, against a group or
community, which can result in death, injury, psychological damage, problems of
development or privation. Domestic violence is defined by the APA (2007) as any action
that causes physical injury to one or more members of your family unit and can occur
from a generation conflict (against children) and gender (violence against women) by
setting up a physical assault, sexual abuse, psychological abuse, neglect within the
family, perpetrated by an aggressor in superiority conditions (physical, age, social,
psychological and / or hierarchical). This research aims to investigate the structure and
dynamics of Psychic Functioning of Men Involved in Domestic Violence. We used the
qualitative method, with four men in domestic violence situations. We used the
qualitative method, with four men in domestic violence situations. As form of data
collection was used an interview and Test of Object Relations (TRO) Phillipson. When
analyzing the results, it can be observed that the fragile ego fears loneliness, the loss
situations, and destructive attacks of the id and the permissive superego not contain
them, and to support the persecutory attacks of objects, and depending on the paranoid
and persecutory guilt the ego uses massive projective identification and idealization to
hedge its destructiveness, staying in the paranoid-schizoid position. We conclude that
the analysis of the structure and psychic dynamics and psychological treatment
(individual or group) of men involved in domestic violence, together with other legal and
social measures are necessary actions, therefore, can be a way of help- them cope with
their limitations, deal with their anxieties, understand and control impulses, review and
understand their beliefs and work your self-esteem. Starting from the assumption that
domestic violence occurs in the relationship between men and women, treatment and
understanding of the psychological aspects of men involved in domestic violence are
extremely important to minimize this phenomenon, and should be combined with those
already addressed to women.
Tabela 1. Distribuição das participantes por idade, estado civil, filhos e escolaridade.. 25
Lista de Quadros
1. INTRODUÇÃO
agressores, ou seja, não identificam que suas ações os colocam como autores de
violência.
Oliveira e Gomes (2009), em um estudo de revisão de 54 textos brasileiros,
sobre violência conjugal, observaram que a maioria das pesquisas aborda o tema,
“violência doméstica”, relacionado à questão de gênero. Eles concluíram que é
necessário definir uma abordagem mais adequada para articular os polos (cultura,
gênero, situações socioeconômicas, personalidade) deste tema polêmico, a
necessidade de mais pesquisas qualitativas com sujeitos de diferentes camadas
sociais, além de mais investimentos em programas alternativos de tratamento do
homem, valorizando e levando-se em consideração a singularidade de cada caso.
A pesquisa de Aguiar (2009), “Gênero e masculinidades follow-up de uma
intervenção com homens autores de violência conjugal” teve como objetivo
compreender a questão de gênero e masculinidades de homens envolvidos em
violência doméstica. Os envolvidos na pesquisa perceberam o trabalho com o grupo
de forma benéfica, relatando que foram ouvidos e puderam falar sobre o assunto,
enfatizando que existe a necessidade de tratamento psicológico também para suas
famílias.
Deeke et al (2009) analisaram a dinâmica da violência doméstica a partir do
discurso da mulher agredida e do parceiro autor da agressão, por meio de um
estudo descritivo-exploratório qualitativo. Verificou-se que os homens negam a
agressão e sua frequência com mais constância que as mulheres. As razões da
violência foram o ciúme, o homem ser contrariado, álcool e a desconfiança de
traição. Esta pesquisa demonstrou que as formas de perceber as agressões refletem
na dinâmica da violência doméstica.
Medrado (2009), em “Homens, violência de gênero e atenção integral em
saúde”, estudou o posicionamento de profissionais que trabalham no atendimento de
homens agressores no SUS, apresentando reflexões sobre as várias formas de
atendimento, levando em consideração as condições e pensando as estratégias.
Concluiu que os equipamentos de saúde não são a melhor porta de entrada para os
casos de violência contra as mulheres, apenas para raros casos, vinculados a danos
físicos.
Lima e Büchele (2011) publicaram o artigo “Revisão crítica sobre o
atendimento a homens autores de violência doméstica e familiar contra as
mulheres”, um estudo qualitativo referente a um programa governamental de
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classes populares existe uma maior visibilidade. Deixou claro que o âmbito familiar,
nem sempre, garante o direito dos homens, tampouco é capaz de conter as formas
extremas de violência.
Em sua pesquisa “O que se sabe sobre o homem autor de violência contra a
parceira íntima: uma revisão sistemática”, Silva; Coelho e Moretti-Pires (2014)
tiveram como objetivo analisar o perfil de homens em situação de violência
doméstica. Concluíram que existe mais risco de violência doméstica quando os
homens estão desempregados, tem baixa escolaridade, são usuários de álcool e
drogas e testemunharam algum tipo de violência na família. Apontaram para a
necessidade de ampliação de programas de prevenção envolvendo os homens
agressores.
Silva, Coelho e Njaine (2014), investigaram as motivações da violência
doméstica a partir de depoimentos de homens e mulheres em inquéritos policiais de
uma delegacia de proteção à mulher em “Violência conjugal: as controvérsias no
relato dos parceiros íntimos em inquéritos policiais”. A análise dos resultados aponta
que as agressões ocorreram em decorrência do uso de drogas e ciúme. Concluiu-se
que os agressores não reconhecem suas ações violentas e que a cultura, as
condições socioeconômicas e a questão de gênero estão relacionadas a violência
doméstica.
As pesquisas indicam que existe uma maior incidência de violência doméstica
quando os homens são usuários de álcool e drogas, e motivados por ciúmes,
traições, problemas financeiros, empoderamento da mulher, aspectos culturais e
sociais das pessoas envolvidas.
A partir do levantamento bibliográfico pudemos verificar a necessidade de
mais estudos sobre o tema da violência doméstica e homens, pois o número de
trabalhos que focam o homem ainda é pequeno, sendo que, na maioria das vezes,
os estudos estão direcionados às mulheres.
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pessoa “do mal”. Portanto, o sistema que normatiza os valores morais deve ressaltar
a importância de discriminar os programas adaptados à cultura e ao contexto local.
De acordo com Arilha, Unbehaum e Medrado (1998), reconhecer a extensão
relacionada ao conceito de gênero permite a desconstrução de temas sobre a culpa
do homem que delimitam as falas do movimento feminista em produções
acadêmicas contemporâneas. Ao invés de procurar culpados é necessário identificar
como se dá a relação entre os sexos, gerando menos sofrimento individual e
possibilitando efetivamente transformações no âmbito das relações sociais
orientadas pelas desigualdades de gênero.
Conforme Muszkat (2011), na violência doméstica não existe vencedor, o
agressor (homem), também tem sua autoestima e amor destruídos, podendo sentir-
se desamparado. O homem é, na maioria das vezes, julgado como “do mal” e tem
que lidar com a exclusão da sociedade e sem o apoio de sua família não existe
possibilidade de reparação. Importante ressaltar que, os homens podem ser vistos
como sujeitos da agressão, mas também, como vítimas da exclusão.
Muszkat (2011) ressalta que frequentemente associa-se o homem violento a
grupos ligados ao uso de álcool e drogas ou a algum defeito de personalidade,
sendo que, no âmbito jurídico, este fato é utilizado para atenuar a culpa do sujeito.
Importante ressaltar que a violência pode ser uma maneira (perversa) de
comunicação, uma vez que na violência doméstica, homens e mulheres
estabelecem uma parceria. Portanto, faz-se necessário estudar as relações,
evitando-se assim a perpetuação de preconceitos e discriminações típicas da
hegemonia masculina (TOROSSIAN; HELENO e VIZZOTTO, 2009).
O tratamento psicológico de homens agressores envolvidos em violência
doméstica, junto com outras medidas judiciais e sociais é uma ação necessária,
pois, pode ser uma forma de ajudá-los a enfrentar suas limitações, lidar com suas
angústias, entender e controlar os impulsos, rever e entender suas crenças e
trabalhar sua autoestima (ECHEBURUA e SANTIAGO, 2010).
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Klein (1982) considera que, se o bebê introjeta a mãe como objeto bom,
existe uma maior possibilidade de identificação com outros objetos amistosos,
predominando sentimentos bons em seu mundo interno ao longo da vida. Em
contrapartida, quando o ego se identifica com o objeto mau, ou seja, a introjeção da
mãe e feita como objeto mau, aumentam os sentimentos ruins na realidade psíquica
do sujeito. Portanto, a qualidade das relações objetais e a construção da
subjetividade dependem da forma de introjeção e projeção dos objetos bons e dos
maus.
A partir desta conceituação e em concordância com as características das
relações de objetos Klein (1982) define o conceito de posição e em seguida define
duas maneiras peculiares de relações objetais, que são: posição esquizoparanóide e
posição depressiva. Posição é definida por Klein (1982, p. 255) como “agrupamento
de ansiedades e defesas, embora surjam primeiro durante os estágios primitivos,
não se restringem a eles, mas ocorrem e repetem-se durante os primeiros anos da
infância e, em certas circunstâncias, na vida ulterior”. Ou seja, o conceito de posição
é mais dinâmico, pois, a “constelação psíquica” indicada pelo termo posição pode
acontecer e mudar a qualquer momento, chocando-se com o conceito de fase
(estágio), que se refere a processos mais estáveis (SIMON, 1986).
As configurações das relações de objeto são definidas como posição
esquizoparanóide, ao nascer, e as principais particularidades desta posição são:
divisão do objeto externo em bom e mau (=mãe), efetivação de ataques sádicos
dirigidos à mãe e a agressividade.
A posição esquizoparanóide, do ponto de vista pulsional, a libido e a
agressividade estão desde o início presentes e fundidas. O ego tem capacidade
limitada de suportar a angústia, utilizando como mecanismos de defesa a clivagem,
idealização, negação e controle onipotente do objeto. (LAPLANCHE e PONTALIS,
2001).
Em seguida à posição esquizoparanóide, de acordo com Klein (1982), surge a
posição depressiva, caracteriza-se pelo impulso para reparar ou proteger o objeto
bom. Fato que abre caminho para relações objetais e sublimações mais
satisfatórias, que contribuem para a integração do ego e do objeto externo. As
defesas estão a serviço de suportar uma possível perda do objeto devido aos
ataques realizados na posição esquizoparanóide e um maior entendimento da
realidade psíquica e externa. De acordo com Simon (1986), estas posições, embora
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Sensação de
perseguição
(interna ou
Proteger o self bom Identificação
externa), medo de
do aniquilamento; projetiva, divisão,
Posição aniquilamento e de
separar o bom objeto excisão, idealização
Esquizoparanóide catástrofe;
do objeto mau, e demais defesas
(KLEIN,1991) sentimentos de
estragado e contra o sentimento
inveja do objeto
estragante. de inveja
bom; medo de
progredir, crescer;
autodesvalorização.
Identificação adesiva,
clivagem,
imobilização,
fragmentação,
Angústia
Posição confusão, defesas
Ficar fundido com o confusional,
Gliscrocárica contra a aglutinação
objeto bom e hipocondria,
(BLEGER, 1988) do self com o objeto
protetor, paralisar o perplexidade,
Posição bom (hostilidade ao
objeto ou o próprio embaraçamento,
Viscocárica objeto) e
self. perseguição dos
(ROSA,1995) desaparecimento do
fragmentos do self.
self
(imponderabilidade,
horizontalidade e
verticalidade).
Fonte: Rosa e Silva (2005, p. 23)
4. MÉTODO
4.1 Participantes
Tabela 1. Distribuição das participantes por idade, estado civil, filhos e escolaridade
Caso Idade Estado Civil No. De filhos Escolaridade
Caso 1 - Cleber 28 anos Casado 2 Médio Completo
Caso 2 - Claudionor 45 anos Casado 1 Fundamental Incompleto
Caso 3 - Dalton 32 anos Casado 2 Médio Incompleto
Caso 4 - César 31 anos Casado 2 Médio Incompleto
4.2 - Local
4.3 - Ambiente
4.4 Instrumentos
Para a coleta de dados foi utilizado o Teste das Relações Objetais que avalia
a dinâmica e a estrutura do funcionamento psíquico.
4.5 - Procedimento
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caso 1 – CSL
Cleber tem 28 anos e uma irmã mais nova de 26 anos. Relata que já esteve
preso por dois anos, porte de drogas e roubo no nordeste brasileiro e mais cinco
meses por violência contra sua mulher. Tem duas filhas, uma de sete anos, que
reside com a mãe em Minas Gerais e uma filha de um ano com a atual esposa.
Expõe que quando usava drogas, sempre estava brigando com alguém, ou
era sua esposa, sua irmã, seu cunhado ou sua mãe. Fazia mil peripécias para fugir
da polícia, o que, segundo ele, causava vergonha para todos os seus parentes, mas
sua esposa sempre esteve ao lado dele.
Depois que saiu da prisão decidiu que precisava mudar de vida. Com a ajuda
de uma igreja, não voltou a usar drogas e nem utilizar bebida alcoólica. Está
empregado em uma empresa, com carteira assinada, e voltou a morar com a esposa
e a filha de um ano desde fevereiro de 2013.
Relata que, quando jovem, presenciava o pai bater na mãe e que ele também
apanhou muito. E em sua casa não era diferente, sempre que bebia e usava drogas
tinha muitas brigas, e admite que bateu na mulher e conta que ela revidava, “mas o
homem sempre é mais forte” (sic).
Frequenta uma igreja evangélica, e fala muito sobre como a palavra de Deus
o ajudou a reconstruir sua vida, pois, segundo ele, “se continuasse bebendo, não
estaríamos juntos, ou estaria no caixão ou preso” (sic).
Conta que não tem muitos amigos, e que evita sair com os velhos amigos,
para não ter recaída, porém algumas vezes alguns conhecidos o procuram e ele
tenta levá-los para “o bom caminho”, sair das drogas.
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Disse que tem planos para o futuro, tais como, conseguir morar em uma casa
melhor, pois sua esposa merece, por ter passado necessidade e muito desgosto
com ele, quer comprar um carro e tirar carta de motorista para que possa levar sua
família para passear. Fala que sua esposa está mais nervosa ultimamente, porém,
ele sabe que “deve ser cansaço por tudo o que ela passou quando bebia e usava
drogas” (sic).
No último encontro relatou ter se separado da mulher e foi morar com a mãe.
Conta que continua conversando com a esposa e sempre pega sua filha de um ano
para passar o dia com ele. Quando relatou a separação disse que está tudo muito
diferente, pois quando eles se separavam, eles sempre discutiam, mas agora, estão
conversando com calma e os dois estão melhores.
Conta que, mesmo com as mudanças, a ex-esposa estava muito nervosa, e
eles sentaram para conversar, e acharam melhor a separação. Combinaram que
Cleber pegará sua filha todos os finais de semana, e continuará ajudando a ex-
esposa financeiramente.
Ressalta que vai à igreja com sua mãe e o relacionamento entre eles também
melhorou. Reatou o contato com sua irmã e seu cunhado, que também são
evangélicos e acredita que tudo ficará bem agora que, segundo ele, “estão em
Deus” (sic).
Atualmente, seu lazer é ir passear com sua filha, fazer churrasco na casa da
irmã. De acordo com seus relatos, o apoio da sua família foi de extrema
importância para que ele pudesse “mudar de vida” (sic), e hoje quer olhar para frente
e construir uma vida digna. Seus planos para o futuro são: continuar trabalhando,
tirar a carteira de motorista e comprar um carro usado, e levar sua filha para
passear.
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Contexto de
Lâmina Conteúdo Humano Conteúdo de Realidade
Realidade
Uma pessoa, um
A1(1) homem de braços Inexistente. Vitória
cruzados.
Um homem e uma
A2(2) mulher, como eu e Inexistente. Inexistente
minha esposa.
Um rapaz e uma
Cenário interno e externo
B3(4) criança, e outra pessoa Inexistente
doméstico.
na porta.
Um monte de gente,
AG(5) Inexistente. Inexistente
cinco pessoas.
Identificação projetiva,
cisão, tendência à
A1(1) Fracasso Vencer
idealização, controle
onipotente.
Identificação projetiva
A2(2) Do par unido Conter o par maciça e idealização,
cisão.
Identificação projetiva
maciça, alucinação
C3(3) Exclusão Evitar a exclusão
negativa, cisão e
idealização.
Identificação projetiva
B3(4) Exclusão Evitar a exclusão maciça, cisão,
idealização.
Identificação projetiva
Perda (medo de
maciça, cisão,
AG(5) não proteger o Evitar a perda
idealização e
objeto bom)
escotomização.
De entrar em Manter o controle dos Identificação projetiva,
contato com objetos destrutivos, por cisão, tendência à
B1(6)
objetos destrutivos meio do controle onipotente idealização, controle
do mundo interno (=obsessivo). onipotente.
Identificação projetiva
Dos ataques
CG(7) Impedir os ataques maciça, idealização e
destrutivos do id
negação maníaca.
Identificação projetiva
A3(8) Da exclusão Evitar a exclusão
maciça, idealização.
Identificação projetiva
B2(9) Dos ataques ao par Manter o par unido
maciça, idealização.
Identificação projetiva
BG(10) Da exclusão Evitar a exclusão
maciça, idealização.
Identificação projetiva
C2(11) Da perda Evitar a perda
maciça e idealização.
Identificação projetiva
C1(12) Da solidão Evitar a solidão maciça, alucinação
negativa e idealização.
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exclusão do objeto que invade o par não é suficiente para manter o par unido. O ego
não é capaz de manter uma relação de par adulto (prancha B3). Na lâmina A3, o
ego não suporta a exclusão e recorre a mecanismos defensivos primitivos para
conter a angústia. Utiliza-se da identificação projetiva maciça e idealização (A3 e
B3).
Nas lâminas de grupo, utilizou como mecanismos de defesa a cisão e
escotomização (AG), predominando a identificação projetiva maciça e a idealização
(BG e CG). Pode-se notar na lâmina AG que o ego não suporta a situação de perda,
nega e recorre à identificação projetiva maciça, tenta aplacar a angústia por meio da
cisão e da escotomização e idealizando as situações. Parece temer não conseguir
manter o objeto bom, temendo por sua destruição, assim precisa mantê-lo afastado
por meio da cisão e ao mesmo tempo não consegue usufruir da sua bondade. O ego
fragilizado recorre à idealização (Deus). Os ataques destrutivos do id são temidos
pelo ego, o superego permissivo não pode conter os ataques. Assim o ego
fragilizado para dar conta dos ataques persecutórios dos objetos recorre à
identificação projetiva maciça e idealização (CG). A prancha BG demonstra que o
ego não suporta a exclusão, temendo pelos ataques dos objetos internos
perseguidores.
Analisando-se os resultados da prancha em branco, nota-se que em função
da persecutoriedade dos objetos e da culpa persecutória o ego fragilizado tenta
conter essa destrutividade, mas fracassa à medida que usa a identificação projetiva
maciça e a idealização assim torna-se impossível prosseguir para a posição
depressiva posto que, nesta, dependeria da transformação da culpa em depressiva,
por meio da ação de um objeto bom que ainda não foi estabelecido.
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Caso 2
Claudionor tem 45 anos, é o mais velho dos seis filhos. Tem o ensino
fundamental incompleto. Saiu do nordeste e foi morar com um tio no interior de São
Paulo. Ficou lá somente oito dias, pois não se adaptou. Voltou para o nordeste, onde
ficou por mais dois anos, retornando a São Paulo, onde vive em uma cidade do
Grande ABCD. Trabalha em uma fábrica há cinco anos. Relata que teve quatro
namoradas em toda sua vida, mas quando conheceu sua ex-companheira, sabia
que casaria com ela, namoraram durante um mês e logo foram morar juntos, desta
união tem uma filha de 10 anos.
De sua infância lembra-se de muitas brigas de seus pais e que saiu de casa
cedo para tentar uma vida melhor, seu pai bebia muito e foi assassinado em um bar
quando Claudionor tinha 35 anos, sua mãe morreu de câncer logo depois.
Claudionor diz que bebe desde os quinze anos, mas sempre trabalhou e a
bebida nunca afetou o seu trabalho. Ele foi preso duas vezes, sendo uma no litoral
paulista por uma briga. Segundo ele, foi ocasionado por sua ex-companheira com
policiais, e sem querer ele pegou a arma de um policial e deu um tiro no chão. A
segunda prisão se deu por causa de agressões à sua ex-companheira e ficou preso
por 90 dias.
Relata que desde que a ex-companheira deu queixa e entrou com a medida
protetiva, não vê a filha e isso está tirando o seu sono, uma vez que sempre foi
muito apegado à filha. Deixa claro que continuará tentando na justiça uma forma de
encontrar sua filha. De acordo com seus relatos, encontra com a ex de vez em
quando para entregar o dinheiro da pensão da menina, mesmo com a medida
protetiva.
Claudionor conta que seu relacionamento com a ex-mulher sempre foi muito
tumultuado, pois ela não aceita seu alcoolismo, mas justifica dizendo que quando ela
o conheceu ele já bebia, portanto não vê problemas na bebida.
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Análise Caso 2
Caso 3
Dalton é o terceiro filho dos quatro filhos de seus pais. Trabalhava como
motoboy no início dos atendimentos e estava fazendo testes para ser motorista de
caminhão. Tem o ensino médio incompleto e sempre morou em uma cidade da
grande São Paulo.
Conta que um de seus irmãos (mais velho) foi assassinado, pois sempre
aprontava. Ele estava envolvido com drogas e com “um pessoal da pesada”. Conta
que, inclusive, esse irmão colocou fogo na casa de sua mãe e machucou muito sua
irmã. Diz que sua mãe ficou arrasada com a perda do filho.
Dalton diz que também esteve envolvido com drogas e bebida, esteve
envolvido em roubos, e que “apesar de todo este sofrimento que fez sua mãe
passar” (sic), conta que ela sempre esteve ao lado dele, mostrando um amor
incondicional.
Relata que casou com sua prima (de primeiro grau) e com ela teve dois filhos,
uma menina e um menino, porém, o menino foi registrado por outro homem, pois
quando a criança nasceu Dalton e Denise estavam separados, mas ele tem certeza
que o menino é filho dele, pois se parecem muito.
Dalton conta que seu relacionamento com Denise sempre foi tumultuado com
muitas discussões e brigas. Anteriormente, já respondeu processo devido a outra
agressão. A briga que ocasionou a denúncia ocorreu, de acordo com seus relatos,
quando ele estava separado de Denise. Ele foi buscar as crianças na casa dela,
porém, Denise não estava em casa, e tinha deixado as crianças na casa de uma
vizinha dela. Na ocasião, Dalton não gostou, pois a vizinha tinha um filho
adolescente e ele temia que o adolescente abusasse de sua filha.
Quando Denise chegou eles começaram a discutir, e, segundo ele, não
lembra muita coisa, só sabe que quando viu, estava com um pedaço de pau na mão
e tinha batido muito em Denise, na irmã dela e uma vizinha. Depois do ocorrido,
pegou a moto e foi embora para a casa de sua mãe.
Depois de três meses Denise vai à casa da mãe dele e pede para voltar, e
desde então estão juntos novamente, mesmo com a medida protetiva.
Segundo Dalton, Denise tem mais duas filhas com outro rapaz, que moram
com a avó paterna. Ele gostaria que todos pudessem morar juntos, pois sabe que
Denise sente falta das crianças. Mas ele tem receio, pois, sabe de muitos casos de
44
denúncia de abuso por parte de padrastos, sem ser verdade. Mas se for para a
felicidade de Denise ele concorda em trazer as meninas para morar com eles, pois
sabe que “é difícil ficar longe de um filho, sempre parece faltar alguma coisa”, (sic).
Ele reclama da mulher, pois ela não gosta muito de fazer os serviços de casa,
e muitas vezes as crianças fazem coisas erradas e ele que tem que olhar. Desde o
ocorrido, ele tenta ajudá-la nas tarefas domésticas, mesmo porque Denise também
está trabalhando.
Dalton foi preso no meio dos atendimentos, devido uma nova denúncia de
agressão por parte de sua esposa. Denise o visitou na cadeia e ele relata estar
impressionado com a força de sua mulher. Os dois continuam juntos.
45
Análise Caso 3
Caso 4
Cesar tem 31 anos, é o filho mais velho e tem três irmãos. Tem dois filhos
com Patrícia, um com um ano e oito meses e outra com dez anos. Trabalha em uma
empresa há 11 meses, mas estava muito preocupado, pois o contrato estava para
vencer e ele não podia ficar sem emprego.
O motivo de estar respondendo um processo foi devido a uma grande
discussão com sua esposa, com quem está há 15 anos. De acordo com César,
Patrícia veio para agredi-lo, mas ele a segurou pelo braço, deixando marcas nela,
ele a levou à delegacia para fazer a denúncia.
Cesar é um rapaz calado, chega aos atendimentos com antecedência,
demonstra apatia e cansaço. Relata que em sua família nunca houve casos de
violência doméstica e que está um pouco assustado com o que aconteceu.
Relata que viviam muito bem até o falecimento da mãe de Patrícia há quatro
anos, desde então ela se mostra muito ciumenta e agressiva, inclusive, conta que
Patrícia queimou as roupas de Cesar em uma das brigas. Depois do ocorrido ela
pede desculpas e fica mais calma. Ele acredita que este nervosismo é devido à falta
que Patrícia sente de sua mãe.
Cesar diz ter bom relacionamento com seus irmãos e sua mãe, e que todos
os domingos se reúnem na casa de sua mãe para almoçar. Gosta de jogar bola com
os amigos e parentes, inclusive, parentes de Patrícia. Sai para passear com as
crianças e Patrícia.
Para evitar brigas maiores, quando Patrícia começa a “procurar encrenca”
(sic), ele pega a moto e sai, vai para a casa da mãe dele e quando retorna ela já
está mais calma.
Cesar verbaliza que os atendimentos são muito importantes para ele, assim
ele pode falar sobre seus sentimentos. Conta que sua esposa não está participando
mais do grupo de mulheres, e também não quer que ele volte aos atendimentos,
pois eles têm que resolver os problemas entre eles.
No último atendimento Cesar relata ter saído da lavanderia e já estava
empregado em outro lugar, porém, com a mudança de emprego, ele não conseguirá
participar do grupo de homens, devido ao horário.
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Análise do caso 4
Análise Geral
A1(1) PS PD PS PS PD PS
A2(2) PS PS PS PD PD
C3(3) PS PS PS PS
B3(4) PS PS PS PS
AG(5) PS PS PS PS
B1(6) PS PD PS PS PD
CG(7) PS PS PS PD
A3(8) PS PS PS PD PS
B2(9) PS PS PS PD
BG(10) PS PS PS PD
C2(11) PS PS PS PS
C1(12) PS PS PS PD
PS = Posição Esquizoparanóide
PD = Posição Depressiva
PS PD = Posição Esquizoparanóide com tendência à depressiva .
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Um monte de gente,
AG(5) cinco pessoas.
Negado Bastante gente Seis pessoas
Um homem
B1(6) Uma pessoa. Negado observando alguém, Um homem
a esposa.
Um homem
Pessoas com as mãos Um homem e um
CG(7) levantadas.
Negado torcendo, alguém
grupo de pessoas
deitado, multidão.
Três pessoas, duas Pessoas, dois de
Um casal e uma Três homens
A3(8) conversando e uma um lado e um do
criança conversando
parada. outro.
Um casal, duas Um homem e uma
Um homem e uma Um homem e uma
B2(9) pessoas, um homem e
mulher mulher
mulher embaixo de
uma mulher. uma árvore
Homem sozinho e um
BG(10) Seis pessoas. Um pessoal Eles
grupo de pessoas
Uma pessoa, outra
C2(11) pessoa.
Negado Uma mulher Um homem sozinho
Uma pessoa fora da
C1(12) Inexistente. Negado Negado
casa
59
Cenário interno,
Cenário Externo -
urbano, igreja,
BG(10) detalhe porta e
Detalhes: entrando em Igreja Inexistente
uma porta, igreja.
janela.
Cenário interno
Cenário Interno e Cenário externo
doméstico, uma
C2(11) cama, uma cômoda,
Externo - detalhes: Casa (=festa) e interno
Janela (=casa)
uma janela.
Cenário interno
Cenário Interno
doméstico: cozinha
C1(12) (cadeira, jarrinha,
doméstico (casa) - Negado Cenário doméstico
Detalhes: prato.
copo, prato).
60
B2(9) Dos ataques ao par Dos ataques ao par Dos ataques ao par Da solidão
Manter o controle
dos objetos
Evitar a destruição Evitar a
destrutivos, por
B1(6) meio do controle
pelos ataques dos persecutoriedade Encontrar um objeto bom
objetos ruins dos objetos
onipotente
(=obsessivo).
Atacar pela
Impedir os
CG(7) ataques
Evitar a destruição persecutoriedade De ser incluído, contido
dos objetos ruins
De encontrar um
Estabelecer uma relação de
A3(8) Evitar a exclusão Evitar a destruição objeto bom
par
(=protetor)
Evitar o
C1(12) Evitar a solidão Evitar a destruição
aniquilamento
De suportar a solidão
63
Dissociação AG
Controle
A1, B1 A1, C2 C2
onipotente
A2, C3, B1, CG, A2, C3, B3, AG,
Negação CG
BG, C2, C1
B3
B1, B2
Controle
B1, C2
obsessivo
Estado
A1, A2, CG
confusional
Alucinação
B1
Positiva
Paralisação AG A1
Reparação
C3, B1, BG
maníaca
Escotomização AG
64
ansiedade. De acordo com Ocampo et al (2009), a negação pode ser utilizada como
solução adaptativa para proteger contra estímulos que ao serem incluídos
desencadeiam graves perturbações, ou como mecanismo encobridor de uma
distorção que só poderia ser explicitada no interrogatório.
Para Hinshelwood (1992), a paralisação é provocada quando existe o
predomínio de impulsos destrutivos, estabelecendo-se a persecutoriedade e as
pulsões perdem a flexibilidade.
Os homens analisados nesta pesquisa apresentam o ego fragilizado, temem a
solidão, a situação triangular, na maioria dos casos gera angústia, não suportam
situações de perda, e teme a exclusão. Para aplacar essas angústias o ego
fragilizado recorre aos mecanismos de defesa como controle onipotente,
identificação projetiva maciça, idealização, dentre outros (ver quadro 20).
Nos casos analisados pode-se notar que o indivíduo que cinde o objeto,
característica ou sentimento que não suporta (=objeto mau), projetando-o no
parceiro, por meio da identificação projetiva e tenta controlar esse objeto mau fora
dele e na parceira.
A identificação projetiva ligada a objetos destrutivos é um mecanismo de
defesa que aparece na maioria dos sujeitos em situação de violência doméstica
analisados nesta pesquisa. O agressor se comporta de acordo com as partes do
objeto projetado, sendo isto um fator sistemático de tensão que ocasiona a violência
na relação.
66
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
ALVES, Sandra Lúcia Belo and DINIZ, Normélia Maria Freire. Eu digo não, ela diz
sim: a violência conjugal no discurso masculino. Revista Brasileira Enfermagem
[online]. 2005, vol.58, n.4, pp. 387-392 ISSN 0034-7167.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672005000400002. Acesso em 12 de maio de
2013.
ARAUJO, Iara Maria; LIMA, Jacob Carlos e BORSOI, Izabel Cristina Ferreira.
Operárias no Cariri cearense: fábrica, família e violência doméstica. Revista
Estudos Femininos [online]. 2011, vol.19, n.3, pp. 705-732. ISSN 0104-026X.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2011000300004, acesso em 12 de maio de
2013.
COSTA, G.P e KATZ, G. Dinâmica das Relações Conjugais. São Paulo: Artes
Médicas, 1992).
DEEKE, Leila Platt et al . A dinâmica da violência doméstica: uma análise a partir Formatado: Inglês (Estados Unidos)
KLEIN, M. Algumas conclusões teóricas sobre a vida emocional dos bebês. In: Os
progressos da psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1982. p.
216-255.
71
OLIVEIRA, Kátia Lenz Cesar de; GOMES, Romeu. Homens e violência conjugal:
uma análise de estudos brasileiros. Revista Ciências saúde coletiva, Rio de
Janeiro , v. 16, n. 5, Maio 2011 . Disponível em
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script =sci_arttext&pid=S1413-
81232011000500009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 de dezembro de 2014..
ROSA, Antonio Gomes da et al. A violência conjugal contra a mulher a partir da ótica
do homem autor da violência. Revista Saúde e Sociedade. 2008, vol.17, n.3, pp.
152-160. ISSN 0104-1290. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
12902008000300015>. Acesso em 12 de maio de 2013.
73
ROSSINI, S.R.G. Estudo das relações objetais de dois casos de depressão para
indicação de Psicoterapia Breve. Estudos de Psicologia. Campinas, São Paulo:
PUCCAMP, vol. 2,2 e 3.
Silva A.C.L.G.; Coelho E.B.S.; Moretti-Pires R.O. O que se sabe sobre o homem
autor de violência contra a parceira íntima: uma revisão sistemática. Revista Panam
Salud Publica. 2014;35(4):278–83.
ANEXOS
76
ANEXO A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
77
______________________________ __________________________
Assinatura do participante da pesquisa Erica Hokama (CRP 06/95329)
79
ANEXO B
Parecer Consubstanciado do CEP
80
81
82
83
84
ANEXO C
Histórias do Teste das Relações Objetais
85
Caso 1
Lâmina 1 (A1) – Na verdade não dá pra ver direito, parece uma pessoa, um
homem, está com os braços cruzados...
Pausa... pior... pausa...
(O que ele está pensando?)
Pensando o que da vida, que ele vai fazer da vida, tipo, pensar em crescer, montar
uma família, sair da vida que vivia, que a pessoa está com os braços cruzados,
pensando o que vai fazer da vida e ter uma vitória na vida, né?
Nunca mais olhar para trás esquecer o passado, pensar sempre e olhando pra frente
Título: viver
Título: vitória
Lâmina 6 (B1) – Aqui vamos falar, é uma pessoa que está na porta de um quarto,
televisão, aqui um escada, como se estivesse subindo para vir para o quarto.
Pausa
(O que ela tá pensando?)
Pensando que maravilha ter um lar abençoado, é difícil a pessoa manter uma casa,
com responsabilidade, a pessoa chegar dormir bem, acordar bem, com a mente sem
pensamentos nada ruins. Só pensando em descansar para levantar no outro dia e ir
trabalhar.
Título: trabalho
Lâmina 7 (CG) – Essa estou vendo, as pessoas com as mãos levantadas, uma lá
olhando de cima, não dá pra especificar muito bem... (pausa)
(O que elas estão fazendo?)
Dando um voto de vitória, tipo o Cleber conseguiu se libertar, graças a deus.
Se libertar, (pausa)
(O que ele está sentindo?)
O Cleber está vibrando, uma vibração muito junto com as pessoas que estão
glorificando por ele.
Título: glória
Lâmina 8 (A3) – Parece três pessoas, tipo duas estão conversando e uma está tipo
parada assim.
Tipo como se fosse eu que estivesse aqui do lado, e aqueles ali, duas pessoas
donos de empresa, querendo dar uma oportunidade para mim, maior. Oportunidade
de eu estar crescendo, evoluindo no serviço, porque as pessoas que não tem
estudos, não tem muitas oportunidades.
O Cleber está fazendo por onde, trabalhando, e querendo chegar em um objetivo, o
objetivo é dar orgulho para si mesmo e para a sua família.
Título: cargo
87
Lâmina 9 (B2) – Vejo tipo um prédio, duas pessoas, um homem e uma mulher, tipo
eu e minha esposa, estamos debaixo de uma árvore, olhando para o que a gente
conquistou... um apartamento, e ao invés de chorar estamos dando risada o que
tudo que aconteceu na nossa vida e a vitória que conquistamos. (pausa)
(Como eles estão se sentindo?)
Estão se sentindo, que valeu a pena, principalmente eu não ter desistido... (pausa)
(Desistido do que?)
Desistido de tudo que acontecia, de eu falar que ia mudar e nunca mudava, tipo 6
anos nisso, e de uma hora pra outra tomar a iniciativa de mudar...
Título: mudança
Lâmina 10 (BG) – Tem ... pausa... 6 pessoas, uma porta e uma janela, como se
fosse uma igreja, eu já estou sentado, minha esposa está entrando, e eu estou com
as crianças, vendo o culto, e ela estava entrando para me acompanhar também, é
isso que esta acontecendo, graças a deus, é isso o que está acontecendo, eu já
estava lá e ela estava entrando para me acompanhar.
Nossos filhos... Porque tenho dois e ela tem mais dois.
(Como estão todos se sentindo?)
Na verdade muito bem, porque domingo eles estavam na minha casa, porque
antigamente eles presenciavam brigas da gente também, e hoje em dia eles estão
me vendo como outra pessoa, tipo, mudou, e eles estão indo na minha casa, coisa
que eles nunca fizeram. (entrega a prancha)
Título: mudança
Lâmina 11 (C2) – Dá pra ver que é uma pessoa, uma cama, uma cômoda lá no
canto, uma janelinha no fundo, como se fosse eu aí, chamando a minha esposa para
almoçar, que eu já tinha feito a comida, vamos falar assim... na verdade, ela faz a
comida, mas quem gosta mais de fazer sou eu... e eu estava falando, vamos
almoçar, eu, minha esposa e a nossa bebê, que ao almoço já está pronto. (pausa)
(E o que está pensando?)
Pensando que muitas vezes eu pensava em fazer isso, e o álcool era mais forte, eu
pensava, né? Que eu não ia alcançar de estar fazendo as coisas para a minha
esposa, que ela é merecedora disso, ela sempre lutou e sempre trabalhou, e agora
chegou o momento dela descansar e eu estava chamando ela para almoçar.
(Como estão se sentindo?)
Muito grato de estar fazendo ela feliz, né? (entrega a prancha)
Título: felicidade
Lâmina 12 (C1) – Essa, estou vendo uma cadeira, uma jarrinha, tipo um copo, um
prato, como se fosse uma cozinha, não vejo mais nada aqui.
O que aconteceu aí?
Era o que ela queria, nós temos uma cozinha, um quarto, uma sala, na verdade toda
mulher sonha com um lar assim, né? Ter cada cômodo certinho, separadinho,
entendeu? Aqui é a cozinha.
88
Lâmina 13 (Em Branco) – Como se eu fosse mostrar para a minha esposa, nós
temos seis anos, é como se eu fosse mostrar pra ela uma declaração que eu fiz,
você entendeu, tipo anunciar para todo mundo o carinho que eu tenho por ela.
Quando eu fui entregar o papel, nessa história, só que o papel estava em branco, e
aí eu fui explicar para ela, isso daqui é o que a gente ainda vai escrever e o que a
gente vai passar ainda. Porque o passado a gente já... Por isso que eu estou te
dando, porque isso daqui nós vamos escrever a nossa vida, nossa história.
O que tinha no passado?
Foi tristeza, né, a gente viveu só pela misericórdia, muitas brigas, então vamos
escrever uma nova história.
E o que vai acontecer?
No presente? É o que a gente vai escrever... Vitória, libertação, e amor no coração
em primeiro lugar.
Dar um bom exemplo para a minha filha, a minha outra sempre falava, pára de
beber pai... E ela já congrega... Uma criança bastante inteligente, sete anos, e eu
pretendo que pelo menos meus filhos se espelhem e digam... Papai mudou...
Título: eterno
89
Caso 2
Lâmina A1(1) - Um homem, uma pessoa. Acho que ele tá pensando, pensando na
vida. O que ele tiver pensando é o que vai acontecer depois. Ele deve tá pensando
numa coisa boa que ele tá sossegado. Título: paz
Lâmina A2(2) – tipo uma nuvem. Só isso mesmo, uma nuvem, um sol. O tempo está
nublado, para chover, depois vai ficando escuro. Título: uma lua
Lâmina C3(3) – pausa... que tem tipo uma pessoa sentada aqui. Aqui tipo um
abajur, só. Um homem e um abajur. Ele tá sentado. Ele está quieto, sentado. Ta
meio triste. Algum problema na vida. Tá com jeito que tá pensativo... deve ter
acontecido. Deve ter bebido, do jeito que ele tá. Depois ou ele vai dormir ou vai
caçar alguma confusão. Título: não tem nome
Lâmina B3(4) – Pausa. Uma pessoa segurando um menino, uma criança. Ele está
na saída da porta. Ele tá dando amor ao menino, carinho. Tá pensando em alguma
coisa boa, pelo jeito. Tá dando amor à ele, carinho. Pode acontecer mais amor, né?!
Título: é lindo
Lâmina AG (5) – Aqui é tipo uma nuvem no céu, não está acontecendo mais nada e
pelo jeito que está aí é para chuva. Título: o arco-íris
Lâmina B1(6) – Estou vendo uma cama, uma cômoda e um balde em cima da
cômoda. E a porta aqui. E uma toalha em cima da cama, na cabeceira. Não. Tem
tipo uma água aqui lavando o chão. Acho que o balde virou depois vai ter que
enxugar, né? Título: o quarto
Lâmina CG(7) – umas tábuas, umas manchas por cima delas, das tábuas, no
começo. Deve ter virado uma água em cima, por isso ficou escuras. Depois vai ter
que limpar. Aqui é o piso. Um tabuado de madeira. Título: piso
Lâmina A3(8) – Pessoas. Dois do lado e um separado. Eles tão pensando em viajar
para alguma cidade. Ir para alguma festa. Eles pensaram em ir junto. Um tá
esperando o outro para ir para festa. Depois eles devem beber, né? Lá na festa. eles
tão no ponto de ônibus. Título: o ponto de ônibus
90
Lâmina C2(11) – Aqui tem uma janela, umas pintinhas amarelas. Deve ser pingo
d´água. Pode ter molhado e ter pingado. Tem umas manchas em cima da janela.
Deve ser chuva, depois vão ter que limpar, para enxugar. Título: Uma casa
Lâmina C1(12) – uma jarra, uma xícara e umas pintas vermelhinhas no piso. Só tem
um prato aqui no canto. Essa é uma casa também. Derramaram algum produto
vermelho no piso. Tem uma cadeira também e uma mesa. Essa aqui é uma mesa.
Título: uma casa
BRANCA – Uma tela branca, sem nada, tipo um espelho. É só pra pessoa se vê. Vê
a imagem da pessoa e tá perfeita. Depois ele deixou o espelho lá e saiu.
Título: o espelho.
91
Caso 3
Lâmina A1 (1) Uma pessoa aqui? Será que tem problemas? (Pausa grande) Porque
ela está pensando isso? Sinceramente não sei te dizer (Pausa grande). O que ela
está sentindo? Pela aparência aqui... tristeza, né? (Pausa grande) Só vejo uma
pessoa... sozinha... (Pausa) Difícil hein (pausa) Pelo jeito, da pessoa, ela está triste.
É um homem (pausa). Título: Tristeza
Lâmina A2 (2) Parece um casal (pausa) estão pegando um na mão do outro (pausa)
Estão conversando (Pausa) Parece que ele está escondido, né? (Pausa). Será que
ele está se escondendo de alguém, fez alguma coisa? (Pausa). Agrediu alguém?
(Pausa) tudo pode ter acontecido, né? (Pausa) Ele está escondido aqui, mas está
com meio... receio de aparecer... (Pausa). Essa figura, tipo, ele tem vergonha, né?
Por causa da agressão. A mulher nunca espera isso do homem, né? Título: Mágoa
Lâmina B3 (4) Conversando, né? Parece ser um homem e uma criança (Pausa).
Parece num castigo, uma bronca (pausa). O que aconteceu? Ele fez alguma coisa
que o pai não gostou (pausa grande). Como eles estão se sentindo? (Pausa
grande). Tristeza, né? Talvez o filho de ter errado e pai de estar cobrando (pausa)
talvez seja uma maneira de educar (Pausa). Título: a realidade, porque isso
acontece, né?
Lâmina B1 (6) Um homem (pausa). Aparentemente está triste por alguma coisa que
cometeu... Com certeza está arrependido (pausa) parece estar observando alguém
(Pausa) Aparentemente a esposa (pausa) Agressão (pausa) ele cometeu agressão
(pausa) por falta de paciência, né? (Pausa) está triste por ter feito isso (pausa)
arrependimento (Pausa). Difícil essa hein? (Pausa). Quando chega nesta situação a
mulher se sente humilhada, não esperava isso (pausa) muito ofendida (pausa).
Título: arrependimento
Lâmina CG (7) Parece uma arquibancada (pausa) parece que tá tendo um torneio
de alguma coisa (pausa) cavalo (pausa) corrida (pausa) Tem um homem torcendo
(pausa grande). Sei lá (pausa) parece outra coisa agora (pausa). Parece uma
escada e alguém deitado (pausa) Escada (pausa) multidão (pausa) briga. Talvez
alguma coisa relacionada a dinheiro (pausa) trabalho (pausa). Aparentemente
parece uma manifestação que mexeu com essa sobra parece uma pessoa (pausa)
Parece que a sombra está caída (pausa) parece que já passaram por ela (pausa
grande). Não consigo ver mais nada. Título: sofrimento
Lâmina A3 (8) Um casal (pausa) uma criança (pausa). Estão num parque (pausa)
aparentemente a criança está triste, né? (Pausa) esta imagem (pausa) o que
aparenta pra mim é que os dois estão separados (pausa) a criança está triste
(pausa) eles não brincam, está vendo? (Pausa) e aparentemente esta imagem está
muito triste (pausa) porque, de repente, ele queria o pai e a mãe de um jeito (pausa)
e a vida está vivendo de outro (pausa). Agora os dois parecem estar conversando,
né? Tentando chegar num acordo (pausa grande). Como eles chegaram nesta
situação? Talvez brigas (pausa) sofrimento (pausa) solidão das duas partes (pausa)
talvez chegaram em um ponto de não ter volta (pausa grande). O que eles estão
sentindo? Tristeza (pausa) os três! A criança está triste porque eles estão
separados... será que não tem volta, o que vai ser de mim. Precisa ter paz (pausa)
em segundo lugar (pausa) uma orientação (pausa) de um especialista nisso, nestes
casos (pausa) no casamento (pausa) uma assistência à família (pausa) para a união
da família (pausa) porque, na outra briga que nós tivemos (pausa) não teve isso
(pausa) uma segurança para ela e para mim também (pausa). Título: Reconciliação.
93
Lâmina B2 (9) Parece (pausa) que eles acabaram de se conhecer (pausa) parece
um encontro, né? (Pausa) Eles estão conversando (pausa) fazendo planos (pausa)
de ficar juntos (Pausa) . Como eles estão se sentindo? Felizes. Parece que está
tudo bom (pausa) acabaram de se conhecer (pausa) tá tudo bom (Pausa) O que vai
acontecer? Vão ficar juntos (pausa grande). Não vejo mais nada. Título: Felicidade
Lâmina BG (10) Parece uma porta de algum lugar, né? (Pausa) parece uma igreja
(pausa) Eles estão ouvindo a palavra, né? Foram buscar forças (pausa) o dia da
gente não é fácil (pausa). Sabedoria (pausa) arrependimento (pausa) como amar
seu próximo (pausa) eles buscam isso, na verdade (pausa) a igreja dá uma paz
(pausa) uma tranquilidade (pausa), às vezes, no serviço, no lar, na rua (pausa) as
vezes acaba acontecendo coisas que nós não acreditamos. Do jeito que o mundo tá
hoje (pausa) todo mundo acha que pode fazer o que quer (pausa) ninguém respeita
mais o espaço de ninguém (pausa) e muitas pessoas opinam para este lado, né? De
buscar a paz e trazer, né? Elas seguem uma doutrina... Elas dão e recebem, né?
Título: salvação
Lâmina C2 (11) (Pausa grande) Uma casa (pausa) parece uma mulher né? Está
observando a casa de fora pra dentro (pausa grande). Ela está pensando (pausa)
tem gente que tem tudo isso e, eu não tenho nada (pausa). Às vezes as pessoas
ficam muito pensativas (pausa) acho que talvez ela foi ofendida (pausa) talvez, isso
deve ter gerado uma discussão (pausa) talvez o companheiro dela falou algo que ela
não quer escutar (pausa) ou vice-versa, né? (Pausa) ela pode ter falado algo para
ele também (pausa). Às vezes ela pode estar pensando também (pausa) até quando
isso (pausa) talvez ela não tenha onde e em quem buscar ajuda (pausa) força
(sabedoria) talvez ela tem que procurar um conhecimento, né? De pessoas que
lidam com isso mesmo (Pausa grande). Título: Solução
Lâmina C1 (12) Tá quebrado estes objetos? (Pausa) Parece ser sangue (pausa),
parece briga, agressão (pausa) Não tem ninguém (pausa) Não consigo ver mais
nada (pausa). Título: não sei
BRANCA (13) Uma família (pausa) sem agressão, sem brigas (pausa) é mais feliz
(pausa grande).O que estão sentindo? Falta de alguma coisa (pausa) não sei te
94
dizer o que mais falta, falta alguma coisa falta. Precisam conversar (pausa) ter
diálogo, ter conversa (pausa). No início tudo começou bem (pausa) feliz (pausa),
mas aí começou ter desconfiança, né? Conforme a convivência (pausa) começou a
desconfiança, ausência, falta (pausa). Dá para ir muito esta família (pausa) hoje tem
que dar certo (pausa) precisa de mudança (pausa) em todas as partes e todas as
áreas (Pausa) Já mudou bastante. Hoje eu vejo a minha mulher sorrir, o que eu não
via (pausa) hoje eu vejo ela bem do meu lado (pausa) ela me abraça ela sorri
(pausa) ela é feliz do meu lado, mas mesmo assim ainda falta alguma coisa (pausa)
acho que são as filhas dela, o que falta na vida dela é isso (pausa) ai ficará tudo em
paz (pausa) se depender de mim (pausa) porque eu já sofri bastante (pausa) quando
eu conheci a Denise, ela usava drogas, bebia, fumava (pausa) e hoje não faz nada
de errado (pausa) hoje graças a Deus, eu não bebo, não fumo, não uso drogas,
antigamente, já usei drogas, já roubei, já trafiquei (pausa) e mudei por causa dela
(pausa) meus filhos (pausa) o juiz (pausa) quando comecei focar eles, parei para
pensar e cheguei a conclusão que eu dependo de Deus, mas meus filhos dependem
de mim...
Minha família depende de deus... deus da força para me dar força para trabalhar...
Cada três reais que eu gastava para fumar... Colocava mais um e comprava dois
litros de leite para os meus filhos.
Parei de fumar cigarro... Faz cinco anos...
A Denise quando nos separamos... Ela voltou a fumar e a beber... ela voltou pra
mim... Estava muito magra... Muito acabada... Hoje ela está forte, bonita, saudável...
agora está trabalhando... Do meu lado ela tem uma paz... Mas para viver em paz,
precisa de uma harmonia, união... Tudo depende de nós mesmos... Se eu procurar a
paz eu encontro, se procurar confusão também...
Nunca vivi com a Denise como estamos agora... Eu posso falar que eu estou bem...
da parte dela não falta nada... Ela me dá assistência como mulher... Quando ela
chega cansada do serviço eu entendo... Eu trabalho também... Eu gosto de
cozinhar... a Denise não gosta muito... Mas me ajuda bastante...
Ela é um tipo de mulher... Que ela sabe o que tem que fazer, mas tem o tempo
dela... Eu ajudo... Lavo louça... Eu a ajudo da maneira que ela me ajuda... Um ajuda
o outro.
Título: A volta por cima.
95
Caso 4
Lâmina A3 (8) Três homens conversando, né? Pausa... Sobre trabalho, acho.
Estão explicando pra ele novo serviço que ele vai fazer, explicando pra ele
direitinho... Eu acho que é...
(Como eles estão se sentindo?).
Ele deve estar se sentido esperançoso, por ter conseguido o serviço, e eles estão
gostando também.
Pausa
(Como eles chegaram ai?)
Ele foi atrás, depois ele vai trabalhar.
(Ele gosta do trabalho?)
Por segurar o trabalho, acho que gosta, né?
(Qual será o trabalho?).
Como ele está desesperado para arrumar trabalho, até de faxineiro ele vai ter que
gostar.
Título: guerreiro
Lâmina C2 (11) Um homem sozinho, chegou da festa, indo pra casa, sei lá
Chegou da festa e foi pra casa, estava sozinho
O que pensa
Ele está sozinho, solitário, tá sozinho, tá triste, não tem companheira,
(Porque não tem companheira?)
Acho que não conseguiu... Acho que está indo pra casa dormir, depois vai acordar e
vai trabalhar, né?
(Essa pessoa tem família?)
Acho que não, sempre está sozinho, não deve ter família.
Titulo: Solidão
Lâmina C1 (12) Uma casa sozinha, janela, mesa e cadeira, jarra, prato, panelas
Não tem ninguém, acho que mora alguém...
Olha para a figura e pausa grande
(O que aconteceu?)
Acho que tem uma pessoa na janela, uma sombra.
(O que ela está fazendo?)
Olhando para dentro da casa
(Como ela está se sentindo?)
Solitária, está sozinha ai,
(O que ela está pensando?)
Não sei... não tem ninguém para conversar, né?
(O que vai acontecer?)
Ela vai embora, porque não tem ninguém pra conversar, vai embora.
Título: paz