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Madame
Leviatã
A
macondo
nota sobre a manufatura doméstica
de mitos autodestrutíveis
por isso
as tentativas insalubres de figurinos extras
como se estivesse finalmente preparada
para ocupar o papel de protagonista
e esses furos acidentais
seguem perpetrados pelos dedos
ou pela máquina de costura?
por isso
os capilares intradérmicos
perfurando invisíveis
partes ainda por vir
do meu corpo
e o aprendizado lentíssimo
da pecilotermia
meus minidemônios meridianos
brotando barbatanas brânquias
braços
enquanto fraturo
ossos imaginários
para acolher
em silêncio
uma nova ordem
de feras
por isso
você sabe
os círculos
diana, a caçadora ii
[você],
que arrebata vertiginosa
morcegos do incêndio,
figura em espelhos baços,
com a mochila cheia de empáfia
e rimas brancas,
arruinou a minha vida
[por delicadeza].
ainda guardo no armário
seus estilhaços,
seu vestido de raposa,
a trança holandesa
na gaveta.
encaixotei por medo
a nossa criança estrelada
de mãos gretadas
sob a cama, mas eis que
um bater de asas, de repente
a reconstrói
inteira em fragmentos.
ouço o teu caráter difícil
de ciclone litorâneo
encrespando a superfície
dos cílios, a chuva de vento
a sacudir venezianas,
abafando
seus gritos
entre os travesseiros.
das ruínas preliminares [ou]
dos papéis individuais no fim do mundo
e permanecer submersa
: eu contenho hemorragias
com as mãos
todos os dias
— um ofício que empresto
da pedra
para subjugar o rio
vênus em uso
conhecerá os ângulos
úmidos
de cada morte miúda
a cada vez, a cada vez,
a
cada
vez,
a cada vez conhecerá a fundo
o estremecimento do núcleo
lúbrico
que me parte ao meio
em duas:
a pura delicadeza em fúria;
das nossas pelves conjuntas
escorrerão sucos acidulados
em giros escarpados, sonoros,
até o fim,
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