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Índice

ÍNDICE....................................................................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA.............................................................................................................................. 3
INSTRUÇÕES AO ALUNO........................................................................................................................................ 4
CRONOGRAMA DA MATÉRIA................................................................................................................................ 5
INTRODUÇÃO À MATÉRIA..................................................................................................................................... 6

AULA 01 - AUTORIDADE E SUBMISSÃO


OBJETIVO................................................................................................................................................................. 7
INTRODUÇÃO À AULA............................................................................................................................................. 7
A IMPORTÂNCIA DA AUTORIDADE........................................................................................................................ 7
O TRONO DE DEUS É ESTABELECIDO EM AUTORIDADE.................................................................................. 8
A ORIGEM DE SATANÁS......................................................................................................................................... 8
AUTORIDADE, A CONTROVÉRSIA DO UNIVERSO............................................................................................... 8
OBEDIÊNCIA À VONTADE DE DEUS, A MAIOR EXIGÊNCIA DA BÍBLIA........................................................... 9
A MEDIDA DA OBEDIÊNCIA.................................................................................................................................... 10
SINAIS QUE ACOMPANHAM A OBEDIÊNCIA........................................................................................................ 10

AULA 02 - EXEMPLOS DE REBELDIA


OBJETIVO................................................................................................................................................................. 12
INTRODUÇÃO À AULA............................................................................................................................................. 12
A QUEDA DE ADÃO E EVA...................................................................................................................................... 14
A REBELDIA DE CÃO....................................................................... ....................................................................... 14
O FOGO ESTRANHO DE NADABE E ABIÚ............................................................................................................. 15
O ULTRAJE DE ARÃO E MIRIÃ............................................................................................................................... 15
A REBELIÃO DE DATÃ E ABIRÃO........................................................................................................................... 16
EXPRESSÕES DE REBELDIA: PALAVRAS, RAZÕES E PENSAMENTOS......................................................... 17

AULA 03 - HOMENS DEVEM OBEDECER AUTORIDADES DELEGADAS


OBJETIVO................................................................................................................................................................. 24
INTRODUÇÃO À AULA............................................................................................................................................. 24
AUTORIDADE NO MUNDO SECULAR.................................................................................................................... 25
AUTORIDADE NA FAMÍLIA...................................................................................................................................... 26
AUTORIDADE NA IGREJA....................................................................................................................................... 30

AULA 04 - AUTORIDADES DELEGADAS


OBJETIVO............................................................................................................................................................... 37
INTRODUÇÃO À AULA........................................................................................................................................... 37
A PRINCIPAL CREDENCIAL PARA DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE.................................................................. 37
O CÁRATER DA AUTORIDADE DELEGADA......................................................................................................... 38
A BASE PARA A DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE............................................................................................... 39
O ABUSO DA AUTORIDADE DELEGADA............................................................................................................. 40
AS AUTORIDADES DELEGADAS DEVEM PERMANECER SOB AUTORIDADE................................................. 40
A VIDA E A MOTIVAÇÃO DAS AUTORIDADES DELEGADAS.............................................................................. 41

Igreja Encontros de Vida 2


Apresentação da Matéria
Bem vindos ao módulo de ensino sobre autoridade e submissão.

Este estudo é fundamental para sua vida cristã. O estudo sobre autoridade e submissão irá
esclarecer o porque devemos andar em obediência e submissão para com as nossas
autoridades e quais benefícios de tal posição.

Neste estudo trataremos de alguns princípios necessários para a fundamentação da nossa


vida cristã, tais como: A importância da autoridade, exemplos de rebeldia no Novo e no
Antigo Testamento, referenciais de autoridade, como Deus estabelece seu reino, o dever dos
homens em obedecer autoridades, a autoridade na igreja, manifestações de rebeldia, a
medida da obediência à autoridade, autoridades delegadas, o caráter da autoridade, a base
da autoridade delegada, o abuso de autoridade, autoridades devem estar em submissão, as
condições para delegar-se autoridade.

A nossa oração e expectativa é que Deus abra os olhos do seu entendimento para que você
possa receber compreensão dos princípios do caráter da autoridade e submissão que Deus
entregou à sua Igreja, bem como, o caráter da obediência, que os servos de Deus precisam
prestar, a todos os níveis de autoridades.

“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem
resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si
mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas
para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz
debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também
pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus,
atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” Rm
13.1-7

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Instruções ao aluno

Ao iniciar este estudo com respeito à autoridade e submissão, você será desafiado a ter um
relacionamento mais profundo com Jesus e Sua Palavra. Ao aceitar este desafio você irá
conhecer verdades absolutas deixadas por Ele em Sua Palavra - quem estuda a Palavra de
Deus, está crescendo em intimidade com o próprio Deus, pois Ele mesmo nos ensina:

“Toda alma esteja sujeita às autoridades......." Rm 13.1-2

Nunca deixe para estudar o assunto somente em dia de prova. Todo o conteúdo deve ser
parte da sua intimidade com Deus e de sua meditação semanal.

Medite sempre em espírito de oração, sobre os assuntos tratados em sala de aula. Leia e
estude o conteúdo da aula seguinte, para que as ministrações em sala de aula possam ser
mais esclarecedoras e conseqüentemente mais profundas.

Tenha sempre à mão um bom dicionário de língua portuguesa, caso não compreenda
alguma palavra, consulte o seu significado. Tenha também em mãos um bom dicionário
bíblico, para que você possa se familiarizar com o vocabulário das Escrituras.

Nunca se esqueça, você está matriculado neste seminário para aprender, no caso de dúvida,
não fique envergonhado, procure esclarecer a dúvida com seu professor.

Com o conteúdo, segue um cronograma das aulas a serem ministradas, para que você possa
compreender a organização da matéria e também organizar melhor seu tempo e seu estudo.

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Cronograma da Matéria

TEMAS A SEREM TAREFAS EXTRA-


CLASSE
DATA AULA ENSINADOS (anote o que for
pedido)
Autoridade e Submissão –
Estudar sobre os princípios de
autoridade e submissão

Exemplos de rebeldia – Estudar


o que é rebeldia e quais suas
conseqüências.

Os homens devem obedecer as


autoridades – Estudar que todo
homem deve estar debaixo de
autoridade.

Autoridades delegadas –
Estudar como deve ser o caráter
das autoridades espirituais.

Prova.
Avaliar o aproveitamento e a
assimilação de cada aluno.

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Introdução à Matéria

A palavra autoridade no Novo Testamento vem da palavra grega exousia, que significa o
poder legítimo, real e desimpedido de agir, possuir, controlar, usar ou dispor de alguém ou
de alguma coisa.

Exousia significa propriamente a legitimidade do poder realmente exercido, ou então a


realidade do poder legitimamente possuído.

Nossa convicção sobre autoridade é que a autoridade legítima de todo o universo é o nosso
Deus criador de todas as coisas.

A autoridade de Deus é um aspecto do Seu domínio inalterável, universal e eterno sobre o


mundo que criou.

“O SENHOR reinará eterna e perpetuamente.” Êx 15.18

“O SENHOR reina; está vestido de majestade; o SENHOR se revestiu e cingiu de


fortaleza; o mundo também está firmado e não poderá vacilar. O teu trono está firme
desde então; tu és desde a eternidade.” Sl 93.1-2

As autoridades que os homens porventura possuam, lhes têm sido meramente delegadas por
Deus, e a Ele devem prestar contas do uso que fizerem da mesma.

Sendo toda autoridade instituída por Deus, a submissão às autoridades constituídas em


todos os níveis da vida, é um dever religioso, uma parte do culto prestado a Deus.

Os crentes devem reputar as autoridades superiores como apontadas por Deus:

“Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas
aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” Jo 19.11

Sujeitando-se ordeiramente a elas :

“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” Rm 13.1

“E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? Mas também, se
padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles,
nem vos turbeis.” 1 Pe 3.13-14

Nossa sujeição é fundamentada no que for compatível com os mandamentos de Deus:

“Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de
Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus.” At 4.19

“Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do


que aos homens.” At 5.29

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A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 1

Autoridade
e
Submissão

 OBJETIVO

Entender a importância das autoridades e o dever que temos de nos submeter a elas como
forma de submissão à Palavra de Deus.

 INTRODUÇÃO

Deus como criador do universo é autoridade máxima sobre tudo e sobre todos. A maior de
todas as exigências que Deus faz ao homem é que lhe obedeça de forma incondicional.

Satanás foi o primeiro a se rebelar contra Deus e foi punido sem misericórdia, a partir de
então se tornou o adversário de Deus e sua maior estratégia é incitar os homens a se rebelar
contra Deus, pois tem em si mesmo as conseqüências de sua rebeldia.

Deus usa de Seu poder máximo para manter Sua autoridade; por isso, a coisa mais difícil de
enfrentar é Sua autoridade. Como cristãos, devemos aprender os princípios de autoridade e
submissão para que não lutemos contra Deus.

A IMPORTÂNCIA DA AUTORIDADE

Sabemos que Deus é autoridade máxima e que delegou Sua autoridade a homens. Quando
alguém resiste a uma autoridade não está resistindo a homens e sim a Deus; como cristãos,
devemos fugir desta maneira diabólica de viver, pois toda rebeldia tem sua origem em
satanás.

“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à
autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é
ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada;
porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto, é necessário
que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta
razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto
mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto,
imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” Rm 13.1-7

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Ministerial Ágape
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O trono de Deus é estabelecido sobre autoridade

O trono de Deus está estabelecido sobre Sua autoridade. Todas as coisas são criadas pela
autoridade de Deus e todas as leis físicas do universo são mantidas por Sua autoridade. A
autoridade Divina representa o próprio Deus, enquanto o Seu poder é expresso pelos Seus
atos.

A origem de satanás

O arcanjo Lúcifer transformou-se em satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus,


tornando-se o adversário de Deus. Foi sua rebeldia que provocou sua queda:

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que
debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de
Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados
do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo,
levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” Is 14.12-15

“Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o
topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro;
a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram
preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de
Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos,
desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu
comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado,
fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas.
Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa
do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.”
Ez 28:13-17

A primeira passagem fala sobre como satanás violou a autoridade Divina e a segunda
enfatiza sua transgressão contra a santidade de Deus. Ofender a autoridade de Deus é pior
que pecar contra Sua santidade.

Quando servimos a Deus não devemos desobedecer às autoridades, porque é um princípio


satânico. É possível fazermos a obra do Senhor dentro das doutrinas de Cristo,
mas, ao mesmo tempo praticarmos princípios satânicos.

Satanás teme aquele que prega a Palavra de Deus com sua vida fundamentada nos
princípios da submissão às autoridades.

Autoridade, a controvérsia do universo

A controvérsia do universo centraliza-se sobre quem deve ter autoridade, e nosso conflito
com satanás é o resultado direto de atribuirmos autoridade a Deus. Para nos manter sob a
autoridade de Deus temos de nos submeter a ela com todo o nosso coração.

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Paulo, antes de reconhecer a autoridade de Deus perseguia a igreja, entretanto, após seu
encontro com Deus, sua mentalidade mudou radicalmente. Deixou de perseguir a igreja e
sujeitou-se a Deus e às autoridades constituídas.

Quando obedecemos a homens investidos de autoridade não estamos servindo a eles, mas à
autoridade de Deus que está neles, foi isto que Paulo entendeu desde o princípio quando
acatou as ordens de um simples homem chamado Ananias.

Obediência à vontade de Deus – a maior das exigências da Bíblia

A maior das exigências que Deus faz ao homem é que lhe obedeça incondicionalmente.
Somente a obediência honra a Deus de maneira absoluta, pois coloca a vontade de Deus no
centro e acima de todas as coisas.

Para que a autoridade se expresse, é preciso que haja submissão. Portanto se faz necessário
que o nosso ego seja morto, para vivermos em total submissão ao Espírito Santo.

Se o princípio sobre o qual trabalhamos e servimos inclui rebeldia, então satanás receberá e
desfrutará a glória, mesmo achando que nossos sacrifícios estão sendo oferecidos a Deus.

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocausto e sacrifícios
como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o
sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.” 1 Sm 15.22

Na qualidade de servos, devemos ter uma relação profunda com a autoridade de Deus.
Relacionar-se com autoridade é tão prático como se relacionar com nossa salvação,
entretanto, sabendo que é uma lição mais profunda. Antes de qualquer pessoa tentar
trabalhar para Deus ela precisa primeiro aprender a submeter-se às autoridades. Nosso
relacionamento com Deus é regulado pelo fato de termos travado uma relação com sua
autoridade. Sendo governados por Deus, podemos começar a ser usados por Ele. Não temos
que procurar trabalho para fazer, mas temos que ser enviados por Deus para trabalhar,
quando entendemos isto, realmente experimentamos a realidade da autoridade dos céus.

Andar em submissão a Deus é fruto de uma profunda revelação. Há dois importantes


aspectos no universo:
1. Confiar na salvação de Deus.
2. Obedecer sua autoridade.

A Bíblia define pecado como transgressão. Transgressão é desobediência à autoridade de


Deus; transgressão é uma atitude de coração:

“Todo aquele que comete pecado, transgride a lei, pois o pecado é a transgressão da lei.”
1Jo 3.4

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No universo existem dois princípios:


1. A autoridade de Deus
2. A rebeldia satânica

Não podemos servir a Deus e simultaneamente andar pelo caminho da rebeldia. O ministério
que tem suas bases na rebeldia a Deus e às autoridades delegadas é um ministério falido,
não pode se impor contra os ataques das trevas e quando se impõe o mesmo o ridiculariza.

A medida da obediência

A submissão é absoluta, mas a obediência é relativa. A submissão é uma questão de atitude,


enquanto a obediência é uma questão de conduta.

Algumas vezes, a obediência pode não ser absoluta, algumas autoridades têm de ser
obedecidas, enquanto outras não, porque ferem a lei de Deus.

“Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que
aos homens.” At 5.29

“Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno
de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus
deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Dn 3.17-18

“Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um
menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.” Hb 11.23

Quando a autoridade delegada (homens) entra em conflito com a autoridade direta (Deus) a
pessoa pode prestar submissão, mas, não obediência à autoridade delegada.

A obediência está relacionada com a conduta e é relativa, a submissão está relacionada com
a atitude do coração e é absoluta.

Só Deus recebe obediência irrestrita sem medida, qualquer pessoa abaixo de Deus só pode
receber obediência restrita.

Se a autoridade delegada emitir uma ordem claramente em contradição a ordem de Deus,


deverá receber submissão mas não obediência. Devemos nos submeter à pessoa que
recebeu autoridade delegada de Deus, mas devemos desobedecer uma ordem que ofenda a
Deus.

Sinais que acompanham a obediência

Uma pessoa que reconhece autoridade sempre estará buscando andar em submissão às
autoridades. Uma pessoa que reconhece autoridade é mansa e delicada, foi amassada e não
consegue ser dura. Tem receio de estar errada e por isso é delicada.

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Uma pessoa que reconhece autoridade jamais deseja estar em posição de autoridade, ela
fica totalmente na dependência de Deus, tem medo de aparecer mais que Deus.

Uma pessoa que reconhece autoridade fala pouco, fala somente o necessário e sempre
busca falar a Palavra de Deus e jamais sua opinião.

Uma pessoa que reconhece autoridade foge de todo tipo de anarquia e rebelião à sua volta,
pois sabe quais são as suas conseqüências.

A igreja é mantida por duas coisas essenciais:


1. Vida
2. Autoridade

A vida interior que recebemos é uma vida de submissão, que nos capacita a obedecer à
autoridade. A maioria dos problemas que encontramos nas igrejas não são questões
externas e sim uma insubmissão interna.

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Exemplos de
Rebeldia

 OBJETIVO

O objetivo desta aula é ensinar que a rebeldia não honra a Deus e traz fracasso para a vida e
para o ministério cristão.

 INTRODUÇÃO

A Bíblia está cheia de histórias de homens que fracassaram por causa de sua rebeldia.
Quando homens se rebelam contra a vontade de Deus, mesmo sendo ungidos, terão sobre si
conseqüências que às vezes podem ser irreparáveis.

Rebeldia é uma ação voluntária em desobedecer a Deus. A desobediência pode ser praticada
por vários motivos, porém, a rebeldia é um ato consciente que não ficará sem punição.

Lúcifer foi o primeiro a experimentar o julgamento de Deus concernente a sua rebeldia, seu
pecado foi punido e sentenciado, isto é, não há perdão. Todas as vezes que alguém anda
pelo mesmo princípio terá a mesma conseqüência, Deus não terá por inocente o rebelde.

“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e


culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a
ti, para que não sejas rei” I Sm 15.23

“Disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre
Israel; atenta, pois, agora, às palavras do SENHOR. Assim diz o SENHOR dos
Exércitos: Castigarei Amaleque pelo que fez a Israel: ter-se oposto a Israel no caminho,
quando este subia do Egito. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a
tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e
crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos. Saul convocou o povo e os contou
em Telaim: duzentos mil homens de pé e dez mil homens de Judá. Chegando, pois, Saul
à cidade de Amaleque, pôs emboscadas no vale. E disse aos queneus: Ide-vos, retirai-vos
e saí do meio dos amalequitas, para que eu vos não destrua juntamente com eles, porque
usastes de misericórdia para com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito.
Assim, os queneus se retiraram do meio dos amalequitas” 1 Sm 15.1-6

Este texto demonstra o quanto andar em obediência e submissão traz resultados de


bênçãos.

Deus preservou a vida dos queneus, porque eles temeram ao Senhor e usaram de
misericórdia para com todos os filhos de Israel, porém, mandou destruir Amaleque pelo que
fez a Israel, quando se lhe opôs no caminho para o Egito.

Infelizmente, Saul, deveria ter obedecido a Deus e feito tudo o que Ele lhe ordenara.

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“Destruir totalmente a tudo o que tiver, e nada poupar. Matar todo homem, mulher,
meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos, para que nada ficasse
intacto”. Saul ouviu a voz do seu povo, e se deixou levar pelo interesse dos despojos dos
amalequitas, além de poupar a vida de Agogue, rei de Amaleque." I Sm 15.8-9

Observe que, como meio de se desculpar, Saul disse a Samuel, que ele estava levando
ovelhas e bois para oferecer holocausto em Gilgal.

"...mas o povo tomou do despojo ovelhas e bois, o melhor do anátema, para o sacrificar ao
Senhor teu Deus em Gilgal...." I Sm 15.21

"Samuel, porém, disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios,
como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e
o atender, do que a gordura de carneiros..." I Sm 15.22

Deus não aceitou o holocausto e nem a atitude de Saul, porque ele transgrediu o
mandamento do Senhor e as Suas palavras; temendo o povo e dando ouvidos à sua voz, o
Senhor o rejeitou, para que não fosse mais rei sobre Israel.

Conforme o texto abaixo entendemos que:

“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e


culto a ídolos do lar” I Sm 15.23

Rebelião: revoltar-se, ir contra. Saul criou outro plano para satisfazer ao seu ego.

Obstinação: teima, dureza, relutância. Saul persistia no seu erro, valorizando as suas razões
para tal atitude.

Deus jamais delegará a Sua autoridade àquele que é cheio de opiniões próprias. Deus é
soberano em Sua personalidade, posição e vontade.

Ele jamais consultará um homem para realizar o Seu querer. Portanto, na posição de
autoridade delegada, nossos próprios pensamentos e pontos de vista, têm que ser
descartados.

Este fato nos faz compreender que Deus quer nos confiar a Sua obra, para fazermos por
meio Dele, o Seu querer.

Compreendemos que, quando a Palavra nos diz em:

“porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo
este mesmo o salvador do corpo” Ef 5.23

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo” I Co 12.12

“Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o
corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão
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no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos
outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é
honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente,
membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em
segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres;
depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” I Co 12.24-28

Cristo é o cabeça do Corpo e a Igreja é o Corpo de Cristo. Deus mesmo providenciou para
que a cabeça e o corpo participassem de uma só vida, sendo Cristo o Cabeça, e nós o Seu
corpo; possuímos a mesma natureza. Por isso, a submissão deve ser espontânea e natural.
Caso contrário, haverá doença no corpo (Igreja).

A queda de Adão e Eva

“E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás


livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em
que dela comeres, certamente morrerás.” Gn 2.16-17

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus
tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do
jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do
fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele
tocareis, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: Certamente não
morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos,
e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E, vendo a mulher que aquela árvore era boa
para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do
seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” Gn 3.1-6

Deus tinha criado Adão e Eva e os estabeleceu como autoridades sobre todas as obras de
suas mãos, o ato de Deus colocá-los em prova, era mais profundo do que apenas prová-los.
Deus sabia que satanás iria tentá-los para tirá-los de sua posição, e a única forma de Adão e
Eva resistirem firmes ao ataque, era se submeter à vontade de Deus. O princípio básico era
simples, só aquele que está debaixo de autoridade pode exercer autoridade.

Eva foi colocada em posição de dupla submissão, primeiramente a Deus e depois a Adão, o
que não difere a nossa posição nos dias de hoje. Quando Eva tomou do fruto e comeu sem
perguntar para suas autoridades se deveria ou não tomar tal atitude, agiu com base na
rebeldia.

A ação do homem não deve ser governada pelo conhecimento do bem e do mal ou do certo
ou errado, mas deve ser motivada pelo senso de obediência. Antes de Adão e Eva comerem
o fruto proibido, o certo e o errado estavam nas mãos de Deus e não no parecer do homem.

A rebeldia de Cão

“E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha. E bebeu do vinho e
embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez de
seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora. Então, tomaram Sem e Jafé uma capa,

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puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu
pai; e os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E
despertou Noé do seu vinho e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja
Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de
Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-
lhe Canaã por servo.” Gn 9.20-27

Cão ultrajou seu pai por tê-lo exposto a seus irmãos, sua atitude foi carnal, pois deveria
ajudá-lo em vez de expô-lo. Algumas pessoas dizem que a verdadeira culpa foi de Noé que
se embriagou e que a atitude de Cão foi apenas uma conseqüência de seu pecado. Noé
realmente errou, mas isso não dava o direito de Cão errar também. Veja que seus irmãos
estavam envolvidos na mesma situação e não pecaram, eles agiram com respeito, pois seu
pai era autoridade sobre suas vidas. O que devemos entender é que mesmo que uma
autoridade erre diante de Deus, não cabe a nós aplicar o juízo e sim o próprio Deus, nosso
papel é ser submisso e interceder para que o Espírito possa operar arrependimento.

O fogo estranho de Nadabe e Abiu

“E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles
fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o
que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram
perante o SENHOR.” Lv 10.1-2

O pecado de Nadabe e Abiú foi agir independente de sua autoridade (Arão). Eles achavam
que já sabiam demais e não precisavam se submeter à autoridade, não sabiam que estavam
incorrendo em um pecado muito grave.

Todo aquele que desordenadamente levanta sua cabeça e age independente está sendo
rebelde. Todo aquele que tenta servir sem primeiro entrar em contato com autoridade está
oferecendo fogo estranho. Qualquer que diz: Se ele pode, eu também posso, está em
rebeldia.

O ultraje de Arão e Miriã

“E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto
tinha tomado a mulher cuxita. E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por
Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu. E era o varão Moisés mui
manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. E logo o SENHOR disse a
Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então,
o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a
Miriã, e eles saíram ambos. E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver
profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo
com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois,
não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim, a ira do SENHOR
contra eles se acendeu; e foi-se. E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era
leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa. Pelo que Arão disse a

Igreja Encontros de Vida 15


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Moisés: Ah! Senhor meu! Ora, não ponhas sobre nós este pecado, que fizemos loucamente e
com que havemos pecado! Ora, não seja ela como um morto, que, saindo do ventre de sua
mãe, tenha metade da sua carne já consumida. Clamou, pois, Moisés ao SENHOR, dizendo:
Ó Deus, rogo-te que a cures. E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto,
não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial; e, depois, a
recolham. Assim, Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que
recolheram a Miriã. Porém, depois, o povo partiu de Hazerote; e assentaram o arraial no
deserto de Parã.” Nm 12.1-16

Arão e Miriã eram irmãos mais velhos de Moisés e por tal posição acharam que podiam
misturar as coisas, não respeitaram a autoridade de Moisés e proferiram palavras insolentes
contra ele. Vemos por meio desta passagem, que nossas palavras não passam impunes
diante de Deus: “como, pois, não temestes falar contra meu servo Moisés.” Teremos que
prestar conta de toda palavra que falamos, este é um princípio que jamais devemos
esquecer. Cremos que as autoridades delegadas podem errar, elas não são deuses, mas
quando isso acontecer, a repreensão deve ser feita sem qualquer rebeldia e sim com amor.
Levantar-se contra uma autoridade delegada é o mesmo que se levantar contra Deus, por
mais que a autoridade delegada esteja errada; como já vimos, o juízo pertence a Deus e não
a nós.

A rebelião de Coré, Datã e Abirão

“E Coré, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos
de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben, e levantaram-se perante Moisés com
duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, maiorais da congregação, chamados ao
ajuntamento, varões de nome. E se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes
disseram: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o
SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR?”
Nm 16.1-3
Coré e seus companheiros pertenciam aos levitas; portanto, representavam os espirituais.
Por outro lado, Datã e Abirão eram filhos de Rúben, portanto, representavam os líderes.

A rebelião destes se tornou coletiva e teve como conseqüência uma punição severa, para
que a rebeldia fosse eliminada do meio do povo.

A rebeldia é um principio infernal. Aquela gente se rebelou e as portas do inferno se abriram.


A terra abriu sua boca e engoliu todos os homens que estavam envolvidos nesta rebelião,
portanto, eles e tudo o que lhes pertenciam desceram vivos ao abismo.

Deus tolerou muitos pecados do seu povo na peregrinação do deserto, mas não pôde
suportar suas rebeldias. Muitos pecados Deus pode suportar e até mesmo ignorar (não trazer
o juízo imediato), mas a rebeldia Ele não permite, porque a rebeldia é o princípio da morte, é
o princípio de satanás. Portanto, o pecado da rebeldia é mais sério do qualquer outro
pecado. Sempre que o homem resiste a autoridade, o juízo de Deus se manifesta
imediatamente.

Igreja Encontros de Vida 16


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EXPRESSÕES DA REBELDIA

Compreendemos que a rebeldia do homem é o resultado de atitudes que saem de um


coração insubmisso, relutante em cumprir a vontade de Deus; e suas atitudes se expressam
de três maneiras:

 Palavras
 Razões
 Pensamentos

Palavras

Palavras são a reflexão do coração. Um homem rebelde de coração acabará proferindo


palavras rebeldes, pois a boca fala do que o coração está cheio. É muito mais fácil
pronunciar palavras rebeldes, do que praticar atos de rebeldia.

“Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que
está cheio o coração” Mt 12.34

É preciso que o homem tenha um encontro com a autoridade de Deus, para que o
fundamento da autoridade seja estabelecido em sua vida, sem tal experiência jamais o
homem aprenderá a obedecer.

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e
as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha
seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E
clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos;
toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que
clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido!
Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os
meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para
mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa
tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada,
e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem
enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” Is 6.1-8

Observe nos textos abaixo, que palavras rebeldes brotam de um raciocínio rebelde. E o
raciocínio por sua vez, prende o pensamento.

Menosprezam qualquer governo e difamam autoridades superiores

“especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e


menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades
superiores, ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra
elas juízo infamante na presença do Senhor. Esses, todavia, como brutos irracionais,
naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes,
na sua destruição também hão de ser destruídos” II Pd 2.10-12

Igreja Encontros de Vida 17


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Enganam com palavras vãs, são difamadores e corruptos.

“Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus
sobre os filhos da desobediência” Ef 5.6

“Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne,
como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores. Contudo, o arcanjo
Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se
atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te
repreenda! Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo
o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se
corrompem” Jd 8-10

Falam do que o coração está cheio.

“Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do
que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom, coisas boas; mas o homem
mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem
os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás
justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” Mt 12.34-37

Exemplos de rebeldia por palavras

Eva

Deus disse que no dia em que comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal,
certamente morreria.

“E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,
mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás” Gn 2.16-17

Comparando com o texto de Gn 3.3

“mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem
tocareis nele, para que não morrais”

Eva acrescenta uma palavra que Deus não havia falado: “Do fruto não comereis, nem
tocareis nele para que não morra. Vemos que Deus jamais disse: “nem tocareis”. Observe
que o rebelde insubmisso, tem sempre uma tendência a acrescentar palavras que não foram
ditas, refletindo falta de temor à autoridade.

“O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o


ensino” Pv 1.7

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Cão

Cão não se preocupou em proteger Noé, seu pai, cobrindo-o, mas, se ocupou em contar a
falha de seu pai, aos seus dois irmãos, revelando a vergonha de sua nudez.

“Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e
se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber,
fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os
próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do
pai, sem que a vissem. Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais
moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. E ajuntou:
Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo. Engrandeça Deus a
Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo” Gn 9.20-27

O insubordinado de coração sempre espera que a autoridade fracasse.

Miriã e Arão

No capítulo 12 de Números e principalmente nos versículos 1 e 2, vemos que a queixa de


Miriã e Arão, era um pretexto fingido para encobrir a inveja que nutriam devido à autoridade
de Moisés. Por isso, Deus trouxe concerto para a situação (vs 8-10). Miriã ficou leprosa. Em
pequenas palavras como no versículo 2, podemos notar a manifestação da rebeldia, pois elas
estavam carregadas de veneno. Deus sonda o que há no coração e vê a injuria e a ofensa,
contra uma autoridade.

Coré

No caso anterior, Miriã falou, mas não com toda liberdade. Aqui no capítulo 16 de Números,
Coré, como torrente incontrolável, desligou-se de toda restrição. São graus diferentes de
rebeldia. No primeiro, houve restauração, e no segundo, morte.

Coré além de falar contra, também censurou Moisés, aberta e severamente. Uma pessoa
submissa à autoridade, não ousaria falar tão livremente.

Todo aquele que atende à autoridade direta de Deus, mas rejeita a autoridade delegada,
continua sob o domínio da rebeldia.

Há duas coisas que levam o cristão a perder seu poder: a primeira é o pecado e a segunda é
a injúria à autoridade. Falar contra outra pessoa investida de autoridade significa perda de
poder.

Falar inadvertidamente produz quebra de comunhão dentro da igreja e a perda de poder.


Provavelmente a maioria das dificuldades dentro da igreja se deve às palavras injuriosas.
Somente uma parte muito pequena dos problemas é verdadeira, creio que se pudéssemos
eliminar esse mal dentro da igreja, teríamos bem poucos problemas.

Razões

A rebeldia do homem contra a autoridade se manifesta em palavras, razão e pensamentos.

Igreja Encontros de Vida 19


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Geralmente, as palavras injuriosas brotam do raciocínio humano. Cão tinha suas razões, pois
Noé estava nu; Miriã também as tinha, pois Moisés casou-se com a mulher errada; Datã,
Abirão e Coré, também tinham suas razões. No entanto, devemos viver sob a autoridade e
não fundamentados em nossa razão.

A razão é a primeira causa da rebeldia. Nossas palavras, antes de serem pronunciadas,


devem ser analisadas e colocadas em linha com a vontade de Deus, expressa em Sua
Palavra.

“Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. E não
ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. E ainda não
eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito
de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já
fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó,
porém me aborreci de Esaú. Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum! Pois ele diz a Moisés:Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não
depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. Porque
a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e
para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. Logo, tem ele misericórdia de
quem quer e também endurece a quem lhe apraz. Tu, porém, me dirás: De que se queixa
ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Quem és tu, ó homem, para
discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me
fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um
vaso para honra e outro, para desonra? Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a
sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira,
preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua
glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos
nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”
Rm 9.11-24

Nestes exemplos vemos que Deus escolhe e tem misericórdia de quem quer. Por isso, não
temos o direito de discutir com Deus. As nossas razões demonstram se o nosso espírito é
rebelde ou não.

Como seres racionais podemos evitar discutir com Deus. Deus nos ordena algo e paramos
para examinar a questão e ver se existem motivos suficientes para fazer aquilo, agindo desta
forma estamos no princípio da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3). O fruto
dessa árvore governa não só os nossos negócios, como as coisas resolvidas por Deus (tem
que passar por nossa razão e julgamento). Lembre-se, satanás quis ser como Deus (Is
14.14). Se alguém deseja aprender a obediência, tem que deixar de lado a razão e viver sob
a autoridade de Deus.

Note que, Jesus viveu acima da razão humana.

“Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era
necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais
sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o
à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo
algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para

Igreja Encontros de Vida 20


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mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”
Mt 16.21-23

É mais fácil viver em submissão, porque nos traz segurança pela obediência.

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? Todo aquele que
vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é
semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu
profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio
contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída. Mas o que ouve e
não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem
alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a
ruína daquela casa” Lc 6.46-49

Deus não argumenta, Ele dá a ordem.

“E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o
propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que
chama), já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei
Jacó, porém me aborreci de Esaú. Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não
depende de quem quer, mas de Deus usar a sua misericórdia.Rm 9.11-16

“Logo, Ele tem misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. Tu, porém,
me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Quem és tu,
ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por
que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer
um vaso para honra e outro, para desonra? Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a
sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira,
preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da Sua glória
em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem
também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" Rm 9.18-24

Ele é soberano, não somos Seus conselheiros. A nossa função é obedecer a Deus. No
versículo 19, do texto acima, o raciocínio é forte, mas no versículo 20, a resposta é mais
forte ainda. Não discuta com Deus. O que governa a sua vida? As suas razões ou a sua
submissão à vontade de Deus?

Cuidado! A razão natural do homem aumenta a sua rebeldia. Ex.: Saulo tinha as suas razões
para perseguir os cristãos, até ter um encontro com Cristo.

“Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao


sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso
achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos
para Jerusalém. Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente
uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? At 9.1-5

Igreja Encontros de Vida 21


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 2

Você só conhecerá a Deus pela obediência à Palavra. Pois aquele que diz que ama a Deus e
não guarda a Sua palavra é mentiroso.

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha
palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” Jo 8.31-32

“Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele
não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele,
verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos
nele” I Jo 2.4-5

Conhecendo a Palavra de Deus, nos rendemos aos pensamentos e razões do Pai, e


passamos a ter a mente transformada.

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
Rm 12.2

Há algum bom motivo para sermos salvos? Não existe razão alguma. Eu nunca lutei, mas
estou salvo. É a coisa mais irracional que já aconteceu.

“não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, Ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” Tt 3.5

Quanto mais uma pessoa vive na glória, menos discute. A maneira de se conhecer a Deus é
pela obediência.

Pensamentos
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para
destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, e estando
prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.”
II Cor 10.4-6
O homem manifesta sua rebeldia não apenas em palavras e raciocínios, mas também em
pensamentos. As palavras rebeldes brotam de um raciocínio rebelde e o raciocínio por sua
vez, trama o pensamento. Portanto, o pensamento é o fator central na rebeldia. O homem
obtém suas razões e por meio delas trama os mais variados tipos de pensamentos. Não é
errado pensar, ao contrário, Deus quer que sejamos inteligentes.

O problema é pensar fora da vontade de Deus e achar que porque somos salvos ou
inteligentes Deus irá nos escutar. Este mal o homem herdou quando pecou no Éden,
adquirindo o conhecimento do bem e do mal, de lá para cá, a natureza do homem é achar
que ele sabe o que é melhor para sua vida.

A verdadeira libertação vem após o homem recapturar seus pensamentos em obediência a


Deus, enquanto sua mente estiver no controle das coisas, certamente não poderá desfrutar
de sua herança entre os santos, pois Deus sabe que a este homem Ele não pode conferir
grandes coisas.
Igreja Encontros de Vida 22
A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 2

Em seu estado natural Paulo era uma pessoa inteligente, capaz, servia a Deus com toda a
sua força, ou melhor, pensava que O estava servindo. Após seu encontro com a autoridade
de Deus, suas capacidades humanas foram subjugadas e Paulo passou a confiar não mais na
carne e sim no poder de Deus.

"Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim,
na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como
refugo, para que possa ganhar a Cristo..." Fp 3.7-8

Igreja Encontros de Vida 23


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

Os homens devem obedecer às


Autoridades Delegadas
 OBJETIVO

Reconhecer que Deus respeita a autoridade delegada, pois esta é a forma de governo de
Deus sobre todas as coisas.

 INTRODUÇÃO

Existem muitas autoridades delegadas a quem devemos nossa submissão. Não temos que
escolher a quem obedecer, mas aprender a sujeitar-nos a elas. Submetendo-nos a elas,
obedecemos a Deus e quebramos todo princípio maligno sobre nossas vidas.

O assunto autoridade e submissão não deveriam causar constrangimento, mas devido aos
maus testemunhos de algumas autoridades, muitas pessoas têm dificuldades de serem
submissas. Creia, nossa submissão às autoridades independe de terceiros. Somos
responsáveis por nossas atitudes e jamais Deus aceitará desculpas que justifiquem qualquer
forma de rebeldia.

Deus determinou que toda alma esteja sujeita às autoridades superiores e esse princípio
seria para nosso próprio bem. Quando imaginamos a vida sem autoridades só podemos
imaginar o caos total, ruas sem segurança, impunidade, alunos sem avaliação, comércio sem
controle de qualidade, remédios sem verificação de dosagem e por fim, total descontrole da
sociedade. Graças a Deus por suas autoridades delegadas.

“Toda pessoa esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade que não
venha de Deus. As autoridades que há foram ordenadas por Deus” Rm 13.1

“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como
soberano, quer às autoridades, como enviadas por Ele, tanto para castigo dos
malfeitores como para louvor dos que praticam o bem” I Pd 2.13-14

O mundo está se preparando para o aparecimento do anticristo, a maior característica dessa


verdade é a livre ação com que o espírito de rebeldia tem agido no coração dos homens.
Esse espírito tem minado o caráter do homem para que este perca todo respeito, e se torne
atrevido e insubordinado contra as autoridades. Deus reconhece o caráter da autoridade,
pois ela é ministro de Deus para o nosso bem (Rm 13.4).

DEUS RESPEITA A AUTORIDADE DELEGADA

“Quando, porém, uma mulher fizer voto ao SENHOR ou se obrigar a alguma


abstinência, estando em casa de seu pai, na sua mocidade, e seu pai, sabendo do voto e
da abstinência a que ela se obrigou, calar-se para com ela, todos os seus votos serão
válidos; terá de observar toda a abstinência a que se obrigou. Mas, se o pai, no dia em
que tal souber, o desaprovar, não será válido nenhum dos votos dela, nem lhe será
preciso observar a abstinência a que se obrigou; o SENHOR lhe perdoará, porque o pai
Igreja Encontros de Vida 24
A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

dela a isso se opôs. Porém, se ela se casar, ainda sob seus votos ou dito irrefletido dos
seus lábios, com que a si mesma se obrigou, e seu marido, ouvindo-o, calar-se para com
ela no dia em que o ouvir, serão válidos os votos dela, e lhe será preciso observar a
abstinência a que se obrigou. Mas, se seu marido o desaprovar no dia em que o ouvir e
anular o voto que estava sobre ela, como também o dito irrefletido dos seus lábios, com
que a si mesma se obrigou, o SENHOR lho perdoará. No tocante ao voto da viúva ou da
divorciada, tudo com que se obrigar lhe será válido. Porém, se fez voto na casa de seu
marido ou com juramento se obrigou a alguma abstinência, e seu marido o soube, e se
calou para com ela, e lho não desaprovou, todos os votos dela serão válidos; e lhe será
preciso observar toda a abstinência a que a si mesma se obrigou. Porém, se seu marido
lhos anulou no dia em que o soube, tudo quanto saiu dos lábios dela, quer dos seus votos,
quer da abstinência a que a si mesma se obrigou, não será válido; seu marido lhos
anulou, e o SENHOR perdoará a ela. Todo voto e todo juramento com que ela se
obrigou, para afligir a sua alma, seu marido pode confirmar ou anular. Porém, se seu
marido, dia após dia, se calar para com ela, então, confirma todos os votos dela e tudo
aquilo a que ela se obrigou, porquanto se calou para com ela no dia em que o soube.
Porém, se lhos anular depois de os ter ouvido, responderá pela obrigação dela. São estes
os estatutos que o SENHOR ordenou a Moisés, entre o marido e sua mulher, entre o pai
e sua filha moça se ela estiver em casa de seu pai” Num 30.3-16

Neste texto vemos que se a mulher estiver solteira, em casa de seu pai, e fazendo um voto
ou abstinência ao Senhor, e o seu pai desaprovar, não será válido o voto diante do Senhor.
Assim também acontece com a mulher casada. Se o seu marido não concordar com o voto
ou abstinência de sua mulher, não será válido diante do Senhor. Porque assim como o pai é
a autoridade sobre a filha, o marido também é para com sua esposa. Deus respeita a decisão
da autoridade delegada por Ele.

O Senhor prefere que a mulher obedeça a sua liderança imediata, do que cumprir o seu
voto. Porém, deixa claro que, se a autoridade errar, terá que prestar contas a Deus, e Ele irá
tratar com esta autoridade (vs. 15).

Autoridade no mundo secular


"Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus." Rm 13.1

"Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como soberano, quer
aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que
fazem o bem." I Pe 2.13-14

Deus é a fonte de toda autoridade no universo. Considerando que todas as autoridades


governantes foram por Deus instituídas, então, toda autoridade representa a Sua autoridade.
O próprio Deus estabeleceu este sistema de autoridade a fim de se manifestar. Onde quer
que as pessoas encontrem autoridade, encontram Deus.

Os homens podem conhecer a Deus por Sua presença; mas mesmo sem ela podem vir a
conhecê-lo através de Sua autoridade.

Igreja Encontros de Vida 25


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

No jardim do Éden o homem conhecia Deus através de Sua presença, ou, durante Sua
ausência, lembrando das Suas ordens. Poucos homens conhecem Deus por Sua presença,
mas, todos deveriam conhecê-lo por Seus mandamentos expressos em Sua Palavra.

Aqueles que são estabelecidos por Deus devem exercer autoridade em Seu lugar. Se nós
realmente aprendêssemos a obedecer a Deus, não teríamos nenhum problema em
reconhecer sobre quem repousa a autoridade.

No que se refere às autoridades terrenas, Paulo não só exorta positivamente para que aja
sujeição, mas também adverte negativamente contra a resistência. Aquele que resiste a
autoridade resiste a lei do próprio Deus; aquele que rejeita a autoridade delegada por Deus
rejeita a autoridade do próprio Deus.

No tempo de Adão, Deus deu ao homem domínio sobre toda terra. O que ele deveria
governar era, entretanto, as criaturas viventes. Depois do dilúvio, Deus concedeu a Noé o
poder de governar os outros homens (Gn 9.6). A partir daí, a autoridade de governar o
homem foi concedida aos homens. Desde então, tem havido governo humano sob o qual os
homens são colocados.

Embora os governantes das nações não creiam em Deus e seus países estejam sob o
domínio de satanás, o princípio de autoridade ficou imutável. Paulo mostra-nos em Rm 13
que todos os que estão em posição de autoridade são servos de Deus. Temos de nos sujeitar
à autoridade local sob a qual vivemos, como também à autoridade de nosso país. Não
podemos desobedecer à autoridade local simplesmente porque somos de outra
nacionalidade. A lei não constituiu terror para a boa conduta, mas para a má. Embora as leis
sejam diferentes conforme a nação, todas derivam das leis de Deus, o princípio básico da lei
de Deus é punir o mal e recompensar o bem.

A sujeição às autoridades terrenas é demonstrada em quatro aspectos:


1. Imposto a quem se deve imposto
2. Tributo a quem se deve tributo
3. Respeito a quem se deve respeito
4. Honra a quem se deve honra

O cristão obedece a lei não para fugir do castigo, mas, também por causa de sua
consciência de Deus. Os filhos de Deus não criticam levianamente as autoridades delegadas,
por saber que são servos de Deus para executar Sua vontade. Como cristãos temos que fugir
de toda espécie de anarquia, por saber que toda rebeldia contra autoridade delegada é
rebeldia contra o próprio Deus.

Obedecendo à autoridade familiar

"Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a


cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do
corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em
tudo a seus maridos." Ef 5.22-24

Igreja Encontros de Vida 26


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

"Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a
tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa
vida sobre a terra." Ef 6.1-3

"Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor."

"Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor."

"Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo somente à
vista como para agradar aos homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor."
Col 3.18,20,22

Quando falamos de autoridade devemos entender que desde o primeiro minuto de nossa
vida, Deus nos ensina a estarmos debaixo de autoridade. A célula madre da sociedade é a
família, dentro dela temos a escola primária constituída por Deus que nos ensina a respeitar
autoridades.

Temos na família papéis diferentes. Jesus é o cabeça do homem, o homem é o cabeça da


mulher e os pais são a cobertura dos filhos.

"Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da
mulher, e Deus a cabeça de Cristo." I Co 11.3

"Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento. Pois eu
vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino. Quando eu era filho aos pés de meu,
pai, tenro e único em estima diante de minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu
coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire a sabedoria,
adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras da minha boca. Não a
abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará. A sabedoria é a coisa principal;
adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento. Estima-a, e
ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará. Ela dará à tua cabeça uma grinalda de graça;
e uma coroa de glória te entregará. Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que se
multipliquem os anos da tua vida. Eu te ensinei o caminho da sabedoria; guiei-te pelas
veredas da retidão. Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se correres, não
tropeçarás. Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida. Não
entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. Evita-o, não passes por ele;
desvia-te dele e passa de largo. Pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se
não fizerem tropeçar alguém. Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da
violência. Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam.

Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções. Não
se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração. Porque são vida
para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo. Guarda com toda a diligência o teu
coração, porque dele procedem as fontes da vida. Desvia de ti a malignidade da boca, e
alonga de ti a perversidade dos lábios. Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas
pálpebras diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os
teus caminhos. Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do
mal." Pv 4.1-27
Igreja Encontros de Vida 27
A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

Vemos por meio da família, que Deus nos instrui sobre assuntos tremendos e de suma
importância, tais como: a força de uma aliança, a importância da unidade, o amor, o
respeito, ter uma só palavra, obediência, submissão e andar na verdade.

Ao verem a aliança dos pais, os filhos devem aprender que o outro é alguém mais
importante do que nós mesmos, tudo que é nosso agora pertence ao outro e essa condição
é para sempre em uma aliança. Isto nos leva a entender a aliança de Jesus conosco.

"Ora, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas ligou-se com a alma de Davi; e
Jônatas o amou como à sua própria alma. E desde aquele dia Saul o reteve, não lhe
permitindo voltar para a casa de seu pai. Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o
amava como à sua própria vida. E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi,
como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."
I Sm 18.1-4

"Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele
morrer, ela está livre da lei do marido." Rm 7.2

A unidade é vista nos pais quando as ações, palavras e sentimentos expressam os mesmos
propósitos dentro de uma coerência.

"...procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só


corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa
vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
todos, e por todos e em todos." Ef 4.3-6

O amor é uma pré-disposição em fazer o bem para o outro. Quando os pais transmitem
coisas boas aos filhos, elas são transferidas a outras gerações.

O respeito assistido pelos filhos é fundamental, pois, revela a consideração que devemos ter
pelo próximo. A palavra de Deus nos ensina que não devemos provocar a ira dos nossos
filhos, isto pode ser cumprido quando os tratamos como pessoas inteligentes. Os pais não
são mais importantes do que os filhos, somente têm funções diferentes.

Ter uma só palavra transmite segurança deixando regras claras e nenhuma sombra de
variação.

"Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
há mudança nem sombra de variação. Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela
palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas." Tg 1.17-18

A obediência não é apenas ensinada pelo exemplo da esposa em relação ao esposo, mas
também pelo próprio exemplo de obediência do chefe do lar para com as autoridades. Os
filhos devem ser ensinados que têm o dever de obedecer aos pais.

Igreja Encontros de Vida 28


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

"'Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e
a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de
longa vida sobre a terra." Ef 6.1-3

A submissão vai além da obediência. É o entendimento da missão dos pais em educar os


filhos na disciplina e admoestação do Senhor. Este entendimento pesa sobre eles, atendendo
o propósito de Deus.
"E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do
Senhor." Ef 6.4

"Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o
êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé." Hb 13.7
Com esse entendimento a submissão aos pais é uma postura que gera o ambiente favorável
para a educação.

Falar a verdade, viver a verdade, lutar pela verdade, são atitudes que mostram a importância
da mesma. Com isto, os pais ensinam que há uma verdade imutável proveniente de Deus e
que só vivendo nela podemos ter o favor de Deus.

"E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há
trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas,
mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado." I
Jo 1.5-7
Podemos entender por este pequeno estudo, porque satanás tem atacado tanto as famílias.
Ele sabe que destruindo as famílias, a sociedade caminhará para o caos e haverá um total
descrédito da Palavra de Deus.

"...a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e
prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não
receberam o amor da verdade para serem salvos." II Tss 2.9-10

Obedecendo as autoridades na igreja

A igreja é de Jesus
Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e
tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será
desligado nos céus.” Mt 16.18-19

“para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus,
nosso Senhor” Ef 3.10-11

Igreja Encontros de Vida 29


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

“Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe
afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela Mt 16.18

A direção da igreja é de Jesus

Toda direção para a igreja tem que vir do alto, pois Ele, Jesus, é o cabeça da Igreja – o
corpo não pode agir sem a cabeça.

“E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés e, para ser o cabeça, sobre todas as coisas, O
(poder) deu à Igreja ( que é o seu corpo)” Ef 1.22

Jesus dirige a igreja através de seus ministros

“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que
todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita
varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” Ef 4.11-13

O corpo de Cristo terá funcionamento perfeito e alcançará os propósitos estabelecidos por


Deus, quando a obediência e submissão caminharem juntas.

Devemos ser submissos à liderança

“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma,
como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque
isto não aproveita a vós outros” Hb 13.17

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo
que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando
se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e
terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se
fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de
Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por
esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo,
constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo;
a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” Rm 13.1-7

Se Deus constituiu e delegou autoridade a homens (ministros), ela deve ser obedecida. Toda
obra redentora de Cristo foi realizada em submissão e por este motivo Deus o exaltou acima
de todos os nomes.
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo
nome” Fl 2.9

Igreja Encontros de Vida 30


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

A autoridade é estabelecida na Igreja de Jesus Cristo, para que haja ordem, organização, e
muito mais do que isso, para que a Igreja seja guiada e instruída na Palavra de Deus.

“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma,
como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque
isto não aproveita a vós outros” Hb 13.17

“segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vós outros,
fiel ministro de Cristo” Cl 1.7

Os ministros de Jesus Cristo são despenseiros dos mistérios de Deus e ensinam a Palavra,
exortando para o reto ensino.

“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e
despenseiros dos mistérios de Deus” I Co 4.1

“apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para
exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” Tt 1.9

Por isto, resistir às autoridades é rejeitar os meios de receber graça e riquezas de Deus.
Então, por que nós, simples membros do Corpo, nos atreveríamos a ser desobedientes e
insubmissos?

O governo da igreja é plural

“Congregaram-se os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto” At 15.6

“Na igreja de Antioquia havia alguns profetas e mestres, a saber: Barnabé e Simeão,
chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o Tetrarca, e
Saulo. Servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, depois de jejuarem e
orarem, puseram sobre eles as mãos e os despediram” At 13.1-3

Observe nestes textos que os apóstolos se reuniram com os anciãos (ou presbíteros) para
examinarem a questão da circuncisão de gentios.

Vemos também, que na igreja de Antioquia, haviam profetas e mestres. Podemos então
perceber, com estes exemplos, que o governo da Igreja era plural.
No governo plural, todos têm que ouvir a voz do Espírito Santo e andar em unidade e
submissão uns para com os outros de forma que nas decisões a serem tomadas, todos se
submetam à direção que Deus está dando à Igreja.
Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja, desempenhou em cinco aspectos o Seu ministério terreno:

Mestre Ensinou as Escrituras


Apóstolo Fundou e implantou a Igreja
Profeta Exortou e direcionou o povo
Evangelista Pregou as boas novas do Reino
Pastor Curou, alimentou e guiou suas ovelhas

Igreja Encontros de Vida 31


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

Outro meio de reconhecermos nossas autoridades espirituais é através de nossa obediência


na vida financeira com os nossos dízimos e ofertas.

O suprimento financeiro é dado por Deus a seus ministros para que eles possam trabalhar na
implantação do Seu reino e ver suas necessidades supridas. O dízimo é bíblico; é um
mandamento e tem que ser obedecido. Dez por cento do que ganhamos é o que devemos
entregar, de tudo o que Deus nos dá.

O apóstolo Paulo nos ensina que devemos dar com alegria (II Co 9.7). Dizimar é uma
ordenança. Semear é uma lei espiritual (II Co 9. 8-10) e a iniciativa de obedecê-la, nos
pertence. Entretanto, se eu semear muito (oferta alçada), colherei muito (necessidades
supridas); se não dizimar e não semear, não terei o meu sustento e certamente, o Reino de
Deus será prejudicado.

“Não havia entre eles necessitado algum. Pois todos os que possuíam herdades e casas,
vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um segundo a sua necessidade” At 4.34-35

“No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do
Senhor, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de
Judá, e a Josué, filho de Jeosadaque, o sumo sacerdote, dizendo: Assim diz o Senhor dos
Exércitos: Este povo diz: não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve
ser edificada. Veio, pois, a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
É para vós tempo de habitardes nas vossas casas apaineladas, enquanto esta casa
fica deserta? Ora, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos
vossos caminhos. Semeais muito e recolheis pouco. Comeis, mas não vos saciais. Vesti-
vos, mas ninguém se aquece. O que recebe salário, recebe para pô-lo num saco furado.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos caminhos. Subi
ao monte, trazei madeira e edificai a casa, para que dela me agrade e seja glorificado, diz
o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco. Esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Porque? Diz o Senhor dos Exércitos.
Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto que cada um de vós se ocupa com
sua própria casa. Por isso retém os céus o seu orvalho, e a terra os seus frutos. Fiz vir a
seca sobre a terra e sobre os montes, sobre o trigo e sobre o vinho novo, sobre o azeite e
sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais, e sobre
todo o trabalho das vossas mãos” Ag 1.1-11

Vemos que a ampla expressão da autoridade de Deus, no corpo de Cristo, Sua igreja, não
pode ser estabelecida, sem submissão.

Em Cristo, Deus o Pai, estabeleceu Sua vontade para a Igreja: autoridade e submissão
perfeitas: Cristo, o cabeça da Igreja. A igreja, o seu corpo.

“ os que trabalham entre vós, e os que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam.
Tratai-os com grande estima e amor, por causa de sua obra. Tende paz entre vós”
I Ts 5.12-13

Igreja Encontros de Vida 32


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e no ensino” I Tm 5.17

“Agora vos rogo, irmãos – sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia, e
que se tem dedicado ao ministério dos santos – que também vos sujeiteis a estes, e a todo
aquele que auxilia na obra e trabalha” I Co 16.15-16

“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma,
como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque
isto não aproveita a vós outros” Hb 13.17

“Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a
teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que,
pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os
atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e
publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos
céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também
vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa
que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque,
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. Então,
Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará
contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que
até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei
que resolveu ajustar contas com os seus servos” Mt 18.15-20

O texto acima fala sobre a autoridade que a Igreja de Cristo tem para decidir sobre a
questão de um irmão, que esteja em pecado. Especificamente nos versículos 18 a 20,
novamente Jesus ressalta o valor da autoridade da Sua Igreja, quando ela concorda e pede
ao Senhor, algo que seja de Sua vontade.

É certo escolher entre a autoridade direta de Deus e a autoridade delegada? Não, pois não
há autoridade que não proceda de Deus, e quem resiste à autoridade, resiste ao próprio
Deus.

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas. De modo
que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos condenação” Rm 13.1-2

Infelizmente, nem todos compreendem esta verdade bíblica, este mandamento do Senhor.
No texto abaixo veremos que Jesus fala de lavradores que precisam da presença pessoal do
proprietário, porque eles não respeitavam os servos e o filho, sendo estes autoridades
delegadas.
Muitos cristãos estão agindo desta maneira quando desrespeitam as autoridades da igreja.

“Depois, entrou Jesus a falar-lhes por parábola: Um homem plantou uma vinha, cercou-
a de uma sebe, construiu um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a uns lavradores e
ausentou-se do país. No tempo da colheita, enviou um servo aos lavradores para que
recebesse deles dos frutos da vinha; eles, porém, o agarraram, espancaram e o

Igreja Encontros de Vida 33


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

despacharam vazio. De novo, lhes enviou outro servo, e eles o esbordoaram na cabeça e
o insultaram. Ainda outro lhes mandou, e a este mataram. Muitos outros lhes enviou,
dos quais espancaram uns e mataram outros. Restava-lhe ainda um, seu filho amado; a
este lhes enviou, por fim, dizendo: Respeitarão a meu filho. Mas os tais lavradores
disseram entre si: Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo, e a herança será nossa. E,
agarrando-o, mataram-no e o atiraram para fora da vinha. Que fará, pois, o dono da
vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros” Mc 12.1-9

Exemplos de submissão às autoridades delegadas

Um grande exemplo de submissão às autoridades foi o de Jesus. Observe Seu


comportamento nos textos abaixo:

“Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em


alguma palavra. E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-
lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com
a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos
homens. Dize-nos, pois: que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não? Jesus,
porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?
Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário. E ele lhes perguntou: De
quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. Então, lhes disse: Dai, pois, a
César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo isto, se admiraram e,
deixando-o, foram-se” Mt. 22.15-22

Jesus demonstrou que devemos cumprir nossas obrigações para com Deus e para com o
governo.

“Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te
soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias
sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado
tem” Jo 19.10-11

Jesus, na condição de homem, obedeceu à autoridade governamental e não a


desrespeitou.

O princípio básico de todas as leis de Deus é punir o mal e recompensar o bem. Todos os
poderes têm suas próprias leis. Sua função é manter e executar suas leis para que o bem
seja aprovado e o mal disciplinado. Eles não empunham a espada em vão. Apesar do fato de
alguns poderes exaltarem o mal e sufocarem o bem, têm de recorrer à distorção para
chamar o mal de bem e o bem de mal. Não se atrevem a apresentarem-se francamente,
declarando que uma pessoa má seja exaltada por causa de sua maldade, enquanto a boa é
castigada por sua bondade.

Davi deu um bom exemplo em sua atitude de submissão e temor à autoridade.

“Então, os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o SENHOR te disse: Eis
que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. Levantou-se

Igreja Encontros de Vida 34


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que, depois,
sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; e disse aos
seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que
eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR” I Sm 24.4-6

“Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão
contra o ungido do SENHOR e fique inocente? Acrescentou Davi: Tão certo como vive
o SENHOR, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à
batalha, seja morto. O SENHOR me guarde de que eu estenda a mão contra o seu
ungido; agora, porém, toma a lança que está à sua cabeceira e a bilha da água, e vamo-
nos” I Sm 26.9-11

“Agravou-se a peleja contra Saul; os flecheiros o avistaram, e ele muito os temeu.


Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para
que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de
mim. Porém o seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da
espada e se lançou sobre ela. Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também
ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele. Morreu, pois, Saul, e seus três filhos,
e o seu escudeiro, e também todos os seus homens foram mortos naquele dia com ele”
I Sm 31.3-6

“Davi lhe disse: Como não temeste estender a mão para matares o ungido do SENHOR?
Então, chamou Davi a um dos moços e lhe disse: Vem, lança-te sobre esse homem. Ele o
feriu, de sorte que morreu. Disse-lhe Davi: O teu sangue seja sobre a tua cabeça, porque
a tua própria boca testificou contra ti, dizendo: Matei o ungido do SENHOR”
II Sm 1.14-16

Nos textos acima, Davi, mesmo sendo perseguido, não intentou contra a vida de Saul,
porque este era ungido do Senhor. Davi puniu o homem que não temeu matar o ungido do
Senhor (Saul), com castigo de morte.

Israel tinha dois reis, um rejeitado e o outro escolhido. Saul foi rejeitado por Deus, devido a
sua atitude de desobediência. Faltou temor às palavras, nas quais Deus o tinha instruído.
Davi foi escolhido por Deus para tomar o encargo de Saul, porque era servo obediente e
tinha temor à voz do Senhor.

Deus sempre irá desconsiderar a autoridade que se rebelar contra Ele. Foi assim com
satanás, que quis ser igual a Deus. Foi expulso e perdeu a glória que Deus lhe havia dado.

“Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti,
uma cama de gusanos, e os vermes são a tua coberta. Como caíste do céu, ó estrela da
manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu
dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu
trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei
acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado
para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” Is 14.11

“Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o


topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de

Igreja Encontros de Vida 35


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 3

ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles
preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte
santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o
dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu
comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei,
profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao
brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a
tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus,
para que te contemplem” Ez 28.13-17

Quando o arcanjo Miguel contendia com o diabo, não se atreveu a proferir juízo infamatório
contra ele, porque sabia que quem tem esta autoridade é Deus. Por isto exclamou: “O
Senhor te repreenda”

“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do


corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário,
disse: O Senhor te repreenda!” Jd 9

Deus respeita a autoridade delegada, pois esta é a forma do governo divino, para que
transmitam a Sua vontade.

Igreja Encontros de Vida 36


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 4

As autoridades
delegadas

 OBJETIVO

O objetivo desta aula é de revelar que Deus respeita as autoridades delegadas e que as
autoridades delegadas devem respeitar a Deus e os homens.

 INTRODUÇÃO

A maior razão de Deus delegar autoridade a uma pessoa é para que sua vontade possa ser
executada. Uma autoridade delegada deve saber que seu exercício ministerial é o de revelar
os mistérios de Deus e jamais suas próprias opiniões.

A autoridade delegada deve saber que é representante de Deus e deve procurar jamais errar
mesmo sabendo que é propensa a isso. Toda autoridade tem que ter tido um encontro
pessoal com a autoridade de Deus, para que aprenda a sujeitar-se a Sua vontade, acima de
todas as coisas e exerça sem impedimento seu ministério.

A autoridade delegada deve saber que sua principal credencial para exercer autoridade, é ter
nascido de novo, morrido para si e nascido para Deus.

A autoridade delegada tem que saber que seu ministério depende de seu caráter. Quando
Deus escolhe alguém, sua escolha é independente das obras, entretanto, a continuidade de
seu ministério depende de seu caráter. O pensamento que permeia a mente dos homens é,
se o ministério de alguém não é capaz de mudar sua própria vida como poderá mudar a vida
dos outros?

A autoridade delegada tem que ter a consciência de que seu ministério não é um
instrumento para se tornar um "ditador" e sim um meio para se tornar exemplo dos fiéis em
todas as coisas.

A principal credencial para delegação de autoridade – A revelação

Moisés é um bom exemplo de autoridade. Antes de receber revelação agia em sua força
natural, quando foi provado, ficou com medo e fugiu para o deserto de Midiã. Ali, durante
quarenta anos aprendeu lições que mudaram sua vida. Nesta ocasião Deus deu a Moisés
uma visão (revelação), que lhe conferiu autoridade para agir em nome do Senhor em favor
do povo, enfrentando todos os tipos de impedimentos. Agora sem medo, estava agindo por
meio de revelação e não em sua força natural.

O valor de um homem diante de Deus não se decide pelo julgamento dos outros ou do
próprio homem. Ele é medido pela revelação que recebe de Deus. A revelação é a avaliação
e a medida Divina.

Igreja Encontros de Vida 37


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A autoridade se estabelece sobre a revelação de Deus. Deus concede a revelação, a


autoridade é estabelecida, mas, quando a revelação é retirada, o homem é rejeitado. A
revelação, portanto, é a evidência de autoridade.

O caráter da autoridade delegada

O homem, a quem Deus constitui como autoridade, deve aprender algumas lições de
comportamento, para que sua autoridade possa ser evidenciada.

O homem de Deus não pode dar ouvidos à calúnia

Todos aqueles que desejam ser usados por Deus em favor de seus irmãos devem aprender a
não dar ouvidos as calúnias, tem que saber que Deus cuida dos caluniadores. Sua postura
deve ser a mais neutra possível.

O homem de Deus não precisa se vingar

Vingança ou defesa deve proceder de Deus, não do homem. Aquele que se vinga não
conhece a Deus. Ninguém poderia ter mais autoridade do que Cristo, e Ele jamais se
defendeu. A autoridade e a autodefesa são incompatíveis.

O homem de Deus precisa aprender exercer mansidão

Deus não pode estabelecer uma pessoa como autoridade se ela for teimosa, insensível ou
mesmo rebelde. Moisés antes de receber revelação, era um homem que tentava impor sua
autoridade através da violência, depois que recebeu revelação foi considerado o homem mais
manso da terra. A pessoa menos provável para receber autoridade, é geralmente aquela que
se considera uma autoridade.

O homem de Deus tem que morrer para si

Aqueles que não tem sua personalidade sob controle não servem como autoridade. A
autoridade se estabelece para executar ordens de Deus, não para sua edificação pessoal. O
homem de Deus tem que ter capacidade de representar a Deus e não a si mesmo, ser
autoridade não é de modo nenhum uma coisa fácil, porque exige um esvaziamento do ego.

O homem de Deus tem que aprender a buscar a presença e a vontade de Deus


acima de todas as coisas

Existem situações em que as pessoas estão nervosas e inconseqüentes, e se o homem de


Deus se deixar guiar por tais sentimentos estará em grandes apuros. A ação correta nestas
situações é uma atitude de doçura e dependência de Deus, jamais deixar seus sentimentos
expressarem sua vontade ou opinião, sua função é de revelar a vontade de Deus.

O homem de Deus tem que aprender a enfrentar situações

Existem situações que são realmente delicadas e difíceis de serem resolvidas, mas o homem
a quem Deus constitui como autoridade, não pode ter medo de enfrentá-las. Existem muitos

Igreja Encontros de Vida 38


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homens que usam a desculpa de que Deus está no controle, como meio para não
enfrentarem tais situações, essa atitude revela orgulho e vaidade pessoal. A exortação às
vezes será necessária, ela não é uma expressão de senhorio ou de domínio e sim de amor e
zelo. Uma autoridade que permite que as pessoas permaneçam no erro sem nenhuma
intenção de restaurá-las, mostra que tem um coração duro. Não exortar em uma situação
necessária, revela falta de amor e de humildade.

O homem de Deus sempre tem que buscar a unidade e nunca a divisão

As autoridades têm que lidar com as situações sempre buscando a restauração, mesmo em
situações que pareçam estar sendo prejudicadas.

O homem de Deus tem que aprender a interceder pela vida dos homens

As autoridades foram estabelecidas para estarem diante dos homens representando a Deus e
diante de Deus representando os homens. A vida de oração é de suma importância no
exercício da autoridade. Existem situações que só poderão ser resolvidas por meio da oração,
ela é um dos maiores segredos do sucesso na vida de uma autoridade espiritual.

A base para a delegação de autoridade - Ressurreição

Somente aqueles que passaram pela morte e ressurreição são reconhecidos por Deus como
seus servos e possíveis autoridades espirituais. A principal característica de uma autoridade
espiritual é o novo nascimento, ninguém pode servir a Deus ou ocupar qualquer função no
reino de Deus, sem que primeiro tenha morrido para o mundo e o mundo tenha morrido
para ele. Uma autoridade delegada jamais poderá servir a Deus sem que primeiro morra,
nasça de novo e o seu ego seja crucificado.

Autoridade não vem do esforço humano, é estabelecida por Deus, não depende de uma
posição de liderança, mas da morte e da ressurreição. A escolha de uma liderança não
depende de sua capacidade e sim da eleição de Deus. Acreditamos que a escolha é feita por
Deus com base na capacidade que o homem tem de obedecer a Sua vontade e cumprir Seus
desígnios. O mais ridículo dos sentimentos que uma autoridade pode ter é achar que Deus o
escolheu porque ele é diferente ou melhor do que os outros, Deus não vê o exterior e sim o
coração do homem.

Ressurreição significa aquilo que não é natural, não vem do ego nem da capacidade humana,
é aquilo que o homem não pode produzir, pois está além de sua capacidade. Ressurreição é
aquilo que somente Deus pode realizar. Um ministério baseado no poder da ressurreição é
um ministério glorioso, pois, depende totalmente do poder e da vontade de Deus. A
ressurreição é a regra para exercer autoridade, aqueles que conhecem a ressurreição já se
desiludiram de si mesmos.

Temos que ter plena consciência da ressurreição a ponto de sabermos que aquilo que somos
capazes de realizar, não procede do poder da ressurreição e conseqüentemente não terá a
aprovação de Deus. Temos que chegar a ponto de reconhecer que estamos realmente
mortos e que esta é a condição para podermos ser usados por Deus. Autoridade vem de
Deus, não de nós mesmos, somos simplesmente mordomos de sua autoridade, onde houver
ressurreição haverá autoridade.

Igreja Encontros de Vida 39


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O abuso de autoridade e a disciplina governamental de Deus

Moisés, diante da nova rebelião do povo de Deus, agiu de forma errada no exercício de sua
autoridade. Deus disse a ele para falar à rocha, porém estava zangado e bateu na rocha,
sua atitude foi repreendida por Deus porque não estava sendo um bom representante dEle,
entre os homens, Moisés estava agindo com violência revelando um caráter que não
pertence a Deus, estava totalmente desprovido de graça e amor pelo povo. Temos que
tomar muito cuidado no exercício de nossa autoridade, para não pecarmos contra Deus.
Mesmo sabendo que o povo estava errado, o negócio de Moisés não era com o povo e sim
com Deus, sua obediência não dependia de ninguém.

Ser autoridade é representar a Deus. Seja na ira ou na misericórdia, uma autoridade sempre
tem que revelar o caráter de Deus e jamais suas opiniões. Uma autoridade é passível de
erro, ela não é Deus, é apenas representante de Deus. Se ocorrer um erro a autoridade deve
ser humilde para reconhecer seu erro. Se uma pessoa na posição de autoridade representa
mal a Deus e não confessa seu pecado, Deus tem de se vingar (corrigí-la). Somos propensos
ao erro, por isso, sempre que erramos, devemos reconhecer imediatamente que o erro é
nosso e não de Deus. Desta forma estaremos representando a Deus e não concederemos
terreno ao inimigo, se confessarmos nossos erros seremos perdoados e não haverá
necessidade de Deus se defender vingando o erro.

A autoridade delegada não deve errar. Para que nosso trabalho seja aprovado por Deus não
devemos servir com nossas próprias forças, mas, com base na ressurreição. Nós mesmos
não temos autoridade, estamos apenas representando autoridade. Causaremos problemas se
fizermos algo de acordo com nossas inclinações. A igreja não só teme a falta de autoridade,
mas também teme a autoridade errada.

Na igreja, a submissão à autoridade deve ser absoluta. Sem submissão não pode haver
igreja. Do mesmo modo, a atitude de temor e tremor naquele que representa a autoridade
também deve ser absoluta. Nosso espírito deve sempre se manter aberto para com o
Senhor, esperando Sua luz, caso contrário, seremos arrastados aos nossos erros e faremos
coisas em seu nome que não são dEle. Por isso, devemos aprender por um lado, como nos
submeter e por outro, como representar a Deus. Isso significa que devemos conhecer a cruz
e a ressurreição. O futuro de um ministério dependerá da prática e do aprendizado destas
lições.

A autoridade de uma pessoa se baseia no seu ministério, e seu ministério por sua vez na
ressurreição. Se não houver ressurreição não pode haver ministério; e se não houver
ministério não haverá autoridade. Quem tem ministério espiritual diante de Deus tem
autoridade diante dos homens, porém, essa autoridade não deve ultrapassar seu ministério.
Nossa atitude deve ser sempre de não nos atrevermos a fazer coisas grandes, quando ainda
não somos capazes.

As autoridades delegadas têm que permanecer sob autoridade

Davi foi o segundo rei escolhido em Israel, para ocupar o lugar de Saul que tinha sido
rejeitado. Davi sabia que Saul tinha sido rejeitado, mesmo assim estava sujeito a sua
autoridade, e não se esforçava para estabelecer a sua própria autoridade. Jamais se rebelou
contra a autoridade de Saul, simplesmente aguardava que Deus garantisse a sua autoridade.

Igreja Encontros de Vida 40


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 4

Qualquer pessoa para ser autoridade delegada por Deus tem que aprender a não tentar
estabelecer a sua própria autoridade.

Ninguém deveria permitir que a autoridade de uma pessoa fosse prejudicada para
estabelecer a sua própria. Sempre que há rebelião contra autoridade – e mesmo que seja
diretamente contra você, deve ser julgada. Não aja somente quando elas infringirem a sua
própria autoridade.

Por sua própria natureza a autoridade não pode promover-se nem impor-se sobre outros,
deverá ser estabelecida por Deus e ungida (reconhecida pelo homens) para estar em
autoridade sobre os filhos de Deus. Portanto, é necessário que haja as duas coisas: a unção
do Senhor e a unção dos homens.

Muitos erram por não entender o princípio de autoridade. Existem servos de Deus que acham
que porque são autoridades, não precisam se reportar a mais ninguém, este é um princípio
errado e com certeza trará dores para aqueles que andarem por ele. Uma pessoa só mantém
sua autoridade quando permanece em submissão. Quando esse vínculo é quebrado a
rebeldia encontra espaço para estabelecer suas bases.

A vida e a motivação das autoridades delegadas

A maior motivação de um homem de Deus que exerce autoridade, é de fazer a vontade de


Deus acima de todas as coisas. Existem pessoas que estão tão envolvidas com as tarefas que
já não se preocupam se estão ou não no centro da vontade de Deus, as tarefas tornam-se
mais importantes. Ás vezes, servir significa ficar parado esperando novas coordenadas para
voltar às atividades. Aqueles que são obedientes a Deus estão ligados apenas à vontade de
Deus, tudo mais fica sujeito à mudanças.

Outra motivação que deve governar o coração das autoridades delegadas é a motivação de
servir. Jesus ensinou que os gentios buscam autoridade a fim de poderem governar sobre os
outros, nós os cristãos devemos agir de forma diferente, devemos buscar um meio para
podermos servir e não mandar nos outros.

O caminho a ser trilhado na casa de Deus deve ser espiritual e não político, embora nossa
atitude deva ser mansa e gentil. Precisamos ser fiéis diante de Deus, declarando Sua palavra
mesmo que isto desagrade os homens. Um homem necessita prostrar-se diante de Deus
para ser usado, sempre que se exaltar será rejeitado por Deus.

Existe uma enorme diferença na autoridade entre os gentios e a igreja. Os gentios governam
por posição, enquanto que os cristãos, pelo prazer de serem imitadores de Cristo. Ele não
usurpou ser igual a Deus, antes se humilhou e se fez como homem para servir aos homens,
cumprindo assim o propósito de Deus.

A autoridade delegada deve aprender a servir os outros para que sua autoridade não seja
interrompida. Colocar-se acima dos outros é sair da vontade de Deus. Autoridade espiritual é
para aqueles que sabem que nada são e nada podem sem a graça de Deus, e que sua
posição é apenas um veículo para poderem servir os filhos de Deus com o espírito de
mansidão. A autoridade não deve se posicionar como um manda–chuva, um autoritário, seu

Igreja Encontros de Vida 41


A U T O R I D A D E E S U B M I S S Ã O AULA 4

exercício espiritual deve basear-se em dar exemplo. Fazer sempre o melhor não por justiça
própria. Deus não confia Sua autoridade aos que são auto competentes, portanto, devemos
rejeitar o orgulho e aprender a sermos mansos e humildes.

A conduta de um homem de Deus que exerce autoridade deve sempre ser santa e
irrepreensível. Jesus deixou o seu testemunho: Ele se santificou a favor dos homens.

Uma das coisas mais terríveis no meio cristão é quando vemos pessoas que não tem o seu
ministério fundamentado no testemunho, pregam muito bem, ensinam melhor ainda, fluem
de maneira tremenda nos dons do Espírito, mas quando seu testemunho é exigido, ficam
sempre devendo alguma coisa. Temos ensinado que se alguém precisa provar por palavras a
respeito de sua própria vida, seu testemunho está muito fraco.

BIBLIOGRAFIA:

 Bíblias e comentários diversos

 Autoridade espiritual, Watcham Nee

Igreja Encontros de Vida 42


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

O Entendimento de
Autoridade
delegada

 OBJETIVO

Compreender o que é autoridade delegada e como podemos possui-la em Cristo Jesus.

 INTRODUÇÃO

A autoridade do crente é a manifestação do poder de Deus, no seu caminhar cristão. Muitos


não experimentam esse poder por falta de entendimento.

Recebemos esta autoridade quando nascemos de novo e nos tornamos novas criaturas em
Cristo Jesus. Herdamos o nome de Jesus e podemos usá-lo em oração contra o inimigo, ao
ordenar os milagres, sinais e maravilhas, em Seu nome.

“E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu
à igreja.” Ef 1.22

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras
que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto
pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me
pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” Jo 14.12-14

O diabo não quer que os cristãos sejam instruídos sobre essa autoridade. Ele quer continuar
lutando para nos derrotar, a fim de impedir que os crentes aprendam essa verdade. O diabo
sabe que assim que desfrutarmos dessa realidade, seu poder ficará sem efeito sobre aqueles
que andam no poder do sangue de Jesus! Também andaremos no poder do Espírito que nos
foi dado, desfrutando de uma autoridade, que por direito, é nossa!

O QUE É AUTORIDADE?

Uma das verdades fundamentais ensinadas na Palavra de Deus, pelo Espírito Santo, é o
princípio de autoridade. A autoridade é algo tremendo no universo, nada a sobrepuja. Deus
é a autoridade.

Autoridade no Grego = exousia: originador, poder legítimo e real.

Assim sendo, como cristãos, precisamos entender com clareza, a questão da autoridade
espiritual e, conseqüentemente, entender também submissão e obediência.

Igreja Encontros de Vida 43


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

A autoridade divina representa o próprio Deus, e os Seus atos, expressam Seu poder. Deus é
autoridade sobre tudo e todos e, havendo quaisquer outras autoridades nos céus ou na
terra, foram por Ele instituídas e devem estar subordinadas a Ele.

Portanto, é imperativo que nós, que desejamos servir a Deus, conheçamos a autoridade
inerente a Deus.

Por quê temos autoridade espiritual?

Só podemos ter autoridade espiritual, porque a recebemos de Jesus.

Quando o pecado entrou no mundo, o homem ficou separado de Deus e satanás se


apropriou da autoridade que o homem tinha, de sujeitar esta terra ao governo de Deus.

“Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore
da vida, e coma, e viva eternamente. O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do
jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.” Gn 3.22-23

Quando pecou, o homem ficou separado de Deus. Sua comunhão com o Criador rompeu-se,
e a vida de Deus não estava mais nele. O homem saiu da presença de Deus, e isso lhe
trouxe conseqüências terríveis!

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.
Rm 5.12

“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3.23

“porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor.” Rm 6.23

Através do sacrifício de Jesus Cristo, na cruz do calvário, o homem pôde ser redimido,
porque foi quitada a dívida que ele tinha diante de Deus e conseqüentemente, foi liberto da
escravidão imposta por satanás.

Após a redenção, a humanidade pôde voltar a ter comunhão com Deus, aceitando Jesus
como Senhor e Salvador. O homem teve sua posição original no Éden, restaurada, com um
benefício a mais: o seu relacionamento não mais seria de criatura para com o Criador, e sim
de filho para com o Pai.

“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para
justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” Rm 10.9-10

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.16

Igreja Encontros de Vida 44


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora,
sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia.” I Pe 2.9-10

Jesus estabeleceu novamente a sua autoridade espiritual na vida do homem, pagando o


preço da culpa, por causa do pecado.

“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da
vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;
tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças,
o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e,
despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz.” Cl 2.13-15

A única forma de recebermos a autoridade que Cristo nos entregou, é através do novo
nascimento.

“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer
de novo, não pode ver o reino de Deus. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. Não te
admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” . Jo 3.3,5,7

“e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados
filhos do Deus vivo.” Rm 9.26.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos (Toda a igreja) tem
abençoado com toda a sorte de bênção espiritual, nas regiões celestiais em Cristo... ”
Ef 1.3

O texto de Efésios, significa que em Cristo, todas as bênçãos espirituais nos pertencem,
como também a autoridade, quer tenhamos consciência disso ou não. Porém, o simples fato
de saber disso, não é suficiente. É necessário que o conhecimento seja transformado em
ação, para trazer resultados!

O pecador não sabe o que ele pode ter em Jesus, até que lhe seja revelado. Do mesmo
modo, se os crentes não sabem o que lhes pertencem, de nada poderão usufruir. Por essa
razão, Deus nos deu a Sua Palavra: para nos revelar o que é nosso.

“ E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8.32

“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu,
sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me
esquecerei de teus filhos.” Os 4.6

Igreja Encontros de Vida 45


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

Estamos assentados com Cristo

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e


na terra.” Mt 28.18

Quando Cristo subiu aos céus, transferiu Sua autoridade à Igreja. Ele é a cabeça da igreja e
os Seus filhos compõem o corpo. A autoridade de Cristo tem que ser perpetuada através do
Seu corpo que está sobre a terra.

Cristo está assentado à direita do Pai – lugar de autoridade e estamos assentados com Ele.

“iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu


chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema
grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu
poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o
sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas
também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre
todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo
enche em todas as coisas.” Ef 1.18-23

Jesus foi enviado ao mundo para morrer em nosso lugar, nos livrando da escravidão do
pecado. No versículo 19 acima, vemos que houve uma manifestação tremenda de poder,
quando Deus ressuscitou a Jesus Cristo dentre os mortos. Este foi o ápice da obra poderosa
de Deus.

Satanás e suas hostes se opuseram à ressurreição, sendo, entretanto, confundidos e


derrotados por nosso Senhor Jesus Cristo, que se levantou dentre os mortos, subiu aos céus
e agora está assentado à direita do Pai, acima de todos eles.

Jesus triunfou sobre os demônios através da Sua morte e ressurreição.

“ E tendo despojados os principados e as potestades, os expôs publicamente ao


desprezo, e deles triunfou na cruz.” Cl 2.15

Quando temos que utilizar a autoridade de Jesus sobre os demônios, devemos sempre nos
lembrar que são estes mesmos poderes das trevas, que foram subjugados por Jesus.

A fonte de nossa autoridade se encontra na ressurreição e exaltação de Cristo.

“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus
Pai.” Fl 2.9-11

“acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se


possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro.”Ef 1.21

A autoridade espiritual dos filhos de Deus, só é compreendida através de revelação no


espírito do homem, testificada por fé.

Igreja Encontros de Vida 46


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

Veja o que diz:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes
outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do
espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós
andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e
dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e
estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da
sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.” Ef 2.1-7

Quando Jesus ressuscitou, nós também fomos ressuscitados com Ele, recebendo a
autoridade do cabeça da Igreja (Jesus Cristo). Quando entendermos que a autoridade que
pertence a Cristo, também nos pertence (a nós que somos membros individuais do corpo de
Cristo) e está a nossa disposição: nossas vidas são transformadas!

Em I Co 6.17 diz: “Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.”. Isto significa que em
unidade com Jesus, podemos, em nossas vidas, ter tudo o que Ele conquistou na cruz do
Calvário: Sua vontade, Sua autoridade, Sua santidade e o Seu caráter em nós.

A Igreja é chamada Corpo de Cristo, portanto ela recebe tudo o que o cabeça (Cristo)
conquistou para ela.

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só
Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer
escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o
corpo não é um só membro, mas muitos.
Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.”
I Co 12.12-14, 27

À medida que compreendemos a Palavra de Deus, estudando o que ela nos ensina,
estaremos educando o nosso espírito, acerca da autoridade do crente em Jesus e seremos
habilitados a andar nesta verdade eterna.

DIFERENÇA DE AUTORIDADE E PODER

“Reunindo os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para


curarem doenças; e enviou-os a pregar o reino de Deus, e fazer curas,” Lc 9.1-2

Autoridade é uma delegação investida; poder é uma força que opera. Ex. Quando um policial
faz blitz em uma estrada, ele se coloca no meio desta estrada e faz sinal ordenando que o
próximo caminhão que passe pela via, pare, ele não tem poder para parar o caminhão,
todavia o motorista pára, por causa da sua autoridade.

Igreja Encontros de Vida 47


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

A palavra autoridade, no dicionário de língua portuguesa, significa: Direito ou poder de dar


ordens, fazer-se obedecer. Já a palavra poder, significa ter autorização, ter direito, ter
oportunidade, ser capaz, ter influência, eficácia, ter direito de deliberar.

As duas palavras têm relação estreita entre si. Portanto, compreendemos que Jesus nos
concedeu autorização para deliberar e mandar, através da capacitação espiritual dada por
Ele a nós, no exercício de sujeitar esta terra à vontade de Deus.
Não existe nenhum papel de autoridade que não proceda de Deus, pois todo o
poder de delegar autoridade está em Deus.

“Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal
autoridade aos homens.” Mt 9.8

“Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te
soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias
sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado
tem.” Jo 19.10-11

Há certos desempenhos de autoridade que só Deus pode exercer.

“Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela
sua exclusiva autoridade;” At 1.7

“Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na
sua vinda. Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver
destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder.” I Co 15.23-24.

O exercício da autoridade

O exercício da autoridade está vinculado à submissão e baseado naquilo que Deus


estabeleceu (conforme já vimos): para andarmos em autoridade, devemos nos submeter à
ela.

“Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como
soberano,” I Pe 2.13

“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam
e que os maiorais exercem autoridade sobre eles.” Mt 20.25

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo
que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor,
quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade?
Faze o bem e terás louvor dela visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem.
Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois
é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. ” Rm13.1-4

Veja o exemplo de Josué, que andava em submissão a Moisés. Tornou-se seu sucessor e
líder em seu lugar, logo após a sua morte.
Igreja Encontros de Vida 48
A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

“Levantou-se Moisés com Josué, seu servidor; e, subindo Moisés ao monte de Deus,”
Ex 24.13

Josué era assistente de Moisés e sempre caminhou com ele. No relato de Moisés e Deus, no
monte Sinai, apenas Moisés é mencionado, porém através deste versículo, sabemos que
Josué subiu com ele. Ao ler Êxodo 25 a 32 imaginamos o que Josué deve ter visto e ouvido
naquele topo de montanha! Que tempo valioso, observando seu líder receber as instruções
diretamente de Deus. Talvez Josué estivesse até “tomando notas”, não sabemos ao certo,
mas, sabemos que, por todo o tempo que Moisés esteve lá, Josué esteve também. Em Êxodo
24.13 a 32.16, percebemos que tudo foi relatado, conforme Josué observou.

Em Êxodo 32.17, Josué alertou Moisés a respeito do barulho que vinha do acampamento.
Talvez, Moisés estivesse tão envolvido em estar com o Senhor, que não ouviu os sons. Como
um assistente digno de confiança que era, Josué percebeu que algo não estava bem e que
seu líder precisava saber. Josué estava preocupado que o acampamento estivesse debaixo
de algum ataque e comunicou o problema.

Em Êxodo 32.18, Moisés prestou atenção no barulho e corrigiu Josué. Disse-lhe que o som
era de cântico e não de guerra. Moisés tinha prestado atenção aos filhos de Israel por um
bom tempo e conhecia muito bem suas ações. O Senhor também havia dito a Moisés, em
Êxodo 32.7-8, exatamente o que os filhos de Israel estavam fazendo na sua ausência.
Sempre que Josué era corrigido e ensinado por Moisés, ele crescia em sabedoria, tornando-
se um líder melhor.

Neste entendimento, percebemos que ao sermos submissos à autoridade, estaremos nos


submetendo a Deus, e conseqüentemente teremos condições de exercer as autoridades
delegada por Ele.

Devemos respeitar as autoridades

“Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.” At 23.5b

Davi foi exemplo de submissão e respeito às autoridades. Mesmo sabendo que foi ungido
pelo profeta Samuel, para ser rei de Israel, ele permanece ao lado do rei Saul, ajudando-o a
estabelecer seu reino. Levava o povo a várias batalhas e voltava vencedor. Porém o povo
reconheceu a superioridade de Davi, e começou fazer comparações entre Saul e ele. Isto
desagradou ao rei Saul (I Sm 18.6-9).

Daí em diante, inicia-se um conflito declarado entre os dois. Saul quer manter o seu próprio
reino, à parte de Deus, e sai em perseguição a Davi, até o fim de seus dias (I Sm 19). Davi
tinha respeito e amor por Saul, por isso, nunca teve a iniciativa de desrespeitar o rei, e nem
de destrui-lo, para se apoderar do reino, que por direito era seu (I Sm 24.25).

Deus colocou Davi em lugar de honra, após a morte de Saul, tornando-o rei sobre Israel.
Todas as tribos israelitas reconheceram que Davi era o rei de todo o Israel, e finalmente ele
é ungido ( II Sm 5.1-5). Davi reinou por mais de 33 anos.

Igreja Encontros de Vida 49


A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

A autoridade pode ser dissolvida

“Dissolve a autoridade dos reis, e uma corda lhes cinge os lombos.” Jó 12.18

Quando o Rei Nabucodonosor se engrandeceu, querendo estar acima de Deus, ficou louco e
perdeu a sua autoridade sobre o reino da Babilônia. Não tinha mais condições de governar.

Somente depois de reconhecer a autoridade de Deus, é que o reino lhe foi restituído, pelo
próprio Senhor. Veja Dn 4.30-37.

Toda a autoridade está debaixo de uma ordem de comando

Jesus em seu ministério terreno cumpriu a vontade do Pai e andou na direção que o Pai lhe
dava. Veja os textos que falam sobre esta verdade:
Jo 4.31-34; Jo 6.38; Jo 17.4; Lc 22.42;

A autoridade nunca é para destruir vidas, e sim, para edificar!

“e enviou mensageiros que o antecedessem. Indo eles, entraram numa aldeia de


samaritanos para lhe preparar pousada. Mas não o receberam, porque o aspecto dele
era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João
perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.
Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-
las. E seguiram para outra aldeia.” Lc 9.52-56

“Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o


Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me
envergonharei,” II Co 10.8

“Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não
venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para edificação
e não para destruir.” II Co 13.10

A autoridade pode ser transferida

Quem tem autoridade, tem poder para delegar. Dá o seu consentimento para que outro
exerça a função que é do seu interesse, ou do interesse de outro.

“Põe sobre ele da tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos
de Israel.” Nm 27.20

“É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos
seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie.” Mc 13.34

Deus responsabiliza a quem Ele delegou autoridade

Quando Jesus comissionou seus discípulos, entregou-lhes autoridade e poder, com a


responsabilidade de continuar a obra que Ele havia iniciado na terra. Todos nós, que temos

Igreja Encontros de Vida 50


A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

autoridade espiritual em Jesus, somos responsáveis por fazer tudo que Ele nos ordenou,
movendo-nos conforme os Seus propósitos.

“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica
ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele
que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me
serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me
servir, o Pai o honrará.” Jo 12.24-26

“A palavra “vida” aqui no grego indica a “alma”.

Significa que qualquer que quiser sua vida da alma perderá sua vida da alma; mas aquele
que perder sua vida da alma guardá-la-á para a vida eterna. Esta é uma ordem singular do
Senhor. Ele fala em tais termos, a fim de explicar o significado das palavras anteriores :

“Se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito
fruto.”

Primeiro ele morre, depois algo acontece. Se um crente não põe de lado sua própria vida da
alma, o Espírito nunca poderá operar e, desse modo, beneficiar outros. A fim de realizarmos
uma obra mais profunda para o Senhor, precisamos tratar de forma prática com nossa alma.
A vida da alma precisa ser perdida. Um grão de trigo é bom e sua cor dourada, muito bonita.
Mas se for colocado sobre a mesa ele permanecerá um grão, mesmo depois de cem anos.
Se ele não cair na terra para morrer, nunca produzirá fruto.” (O Poder Latente da alma, pg
49).

O Senhor Jesus deixou bem claro que todo aquele que aborrecer a sua vida – não viver para
servir a si mesmo - , mas entregá-la a cada dia para o serviço de Cristo, então Deus honrará
tal pessoa. Servir a Cristo é um privilégio, mas exige o despojamento das prerrogativas
pessoais, no tocante a esta vida. Quando nos recusamos a viver em função de nós mesmos,
ou de nossa alma, estamos aborrecendo a nossa vida neste mundo. Fazendo assim, levamos
à morte a nossa própria vida, não fazendo caso de poupá-la. O crente é como o grão de trigo
que lançado na terra: morre, mas compartilha vida com muita gente. Ele perde a sua vida
animal, da alma, mas ganha a vida eterna, não apenas para si, mas também para muitos
filhos espirituais, à semelhança de Cristo:

“Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem,
conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da
salvação deles.” Hb 2.10.

Se o grão de trigo não for semeado, nunca vai produzir fruto algum, nem jamais se
multiplicará. Mas muitos grãos de trigo poderão vir a existir – se trazidos à vida – pela morte
ou sepultamento do primeiro grão. Cristo é o primogênito dentre os mortos (Cl 1.18), pois
provou a morte por todos (Hb 2.9), a fim de que todos pudessem, por Ele, alcançar vida.
Portanto, nós, uma vez vivificados, devemos tomar nossa cruz e o seguir, ou seja, ir por
onde Ele foi, sem medo de que este tabernáculo – o corpo físico – se desfaça ou caia por
terra.

Igreja Encontros de Vida 51


A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte
de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus, por isso, neste
tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;”
II Co 5 1-2.

Viver com renúncia é, viver:

“como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo e eis que vivendo;
como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres, como pobres,
mas enriquecendo a muitos, como nada tendo, e possuindo tudo” II Co 6.9-10.

Não importa se teremos reconhecimento aqui ou não; se trabalharmos de boa fé, sem
interesses escusos, teremos galardão. Não importa se não aproveitamos a vida ao máximo,
na visão do mundo, importa é que somos herdeiros da vida que nasce da morte – a vida
eterna. Não importa se somos castigados ou contristados sem motivos ou razões
justificáveis, importa é que ninguém pode nos afastar da vida que nos foi compartilhada,
nem embaçar nossa alegria. Não importa se os tesouros do mundo não nos pertencem,
temos de Deus todas as riquezas que dizem respeito à vida e à piedade. Não importa se
nossas possessões não impressionam no tocante à carne, somos filhos.

“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados..” Rm 8.17

Renúncia exige visão da glória: seremos “glorificados!” Deus nos predestinou:

“nos elegeu em Cristo para que fôssemos santos e irrepreensíveis.” Ef 1.4

nos chamou:

“para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rm 8.21b

“para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a
esperança da vida eterna .” Tt 3.7

e nos glorificou:

“para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de
misericórdia, que para glória já dantes preparou.” Rm 9.23

“E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.” Rm 8.30

O caminho da renúncia pode não ser tão desejável aos olhos inconversos, mas para quem
pode visualizar a glória a que se destina é, sem dúvida, o caminho melhor.

“Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de
Moriá, e oferece-o ali em holocausto.” Gn 22.2

Igreja Encontros de Vida 52


A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

Deus não pediu a Abraão, algo de valor pequeno, ou alguma coisa que fosse dispensável.
Renúncia consiste na entrega do melhor que temos. Amar a Deus sobre todas as coisas não
é para qualquer um. Quando nos colocamos diante de Deus, sem impor condições a Ele, é
que verdadeiramente podemos servi-lo. O próprio Deus sabia o quanto Abraão amava a
Isaque. Abraão tinha todas as justificativas para questionar o mandado de Deus, mas não o
fez. Veja por exemplo, que fora Deus mesmo, sendo Abraão já velho, quem prometera e
dera Isaque ao patriarca. Abraão não poderia ter dito: “para que me deste o filho, Senhor?
Para me fazer agora sofrer? Para que eu me torne um homicida? Que sentido há nisso?”

Porém já idoso, o homem não ousou contestar a ordenança divina, e por isso foi justificado
diante de Deus.

“Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu
sobre o altar o seu filho Isaque?.” Tg 2.21

Notamos que no exato momento que abriu mão do seu melhor – Isaque o filho da promessa,
Abraão foi justificado, reavendo seu filho definitivamente.

Quantas vezes não nos apegamos exageradamente à bênção, esquecendo-nos do autor da


bênção? Será que não sabemos que o Deus que dá a bênção uma vez, dá duas, três ou
quantas vezes quiser? Qual é o seu Isaque? Até que ponto você está disposto a oferecê-lo,
se Deus lhe pedir? Que Deus, por sua graça e virtude, nos capacite a uma vida de renúncia,
sem condições ou interpelações, sabendo que cada um receberá:

“segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.” II Co 5.10b

Quando compreendemos a nossa posição de autoridade e responsabilidade, produzimos


conquista. Deus restaurou nossa posição de vitória e autoridade como no princípio. Deus
viria habitar dentro do homem, para que, através do homem, Ele pudesse manifestar-se com
poder e autoridade neste mundo.

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mt 16.18

É interessante percebermos na “visão” de Jesus, a forma como ele vê sua Igreja. Esta é a
primeira vez que a palavra “igreja” é mencionada por Ele, e, logo em seguida, Ele fala de
uma igreja de conquistas e vitórias.

Para entendermos com clareza o que “é” CONQUISTA, devemos antes entender o que “não
é” “CONQUISTA”:

Conquista não é a luta para tentar obter uma vitória.

Conquista não é a tomada de alguns lugares ou espaços por tempos determinados.

Conquista não é a dominação de algumas situações por períodos de tempos limitados.

Igreja Encontros de Vida 53


A U T O R I D A D E D O C R E N T E AULA 1

Podemos dizer que CONQUISTA É:

Quando, na posição de vitória e autoridade, nós dominamos, estabelecemos e defendemos o


que já nos foi entregue de maneira legal, e, através de nossa defesa, avançamos e
permanecemos dominando.

Cristo conquistou nossa vitória, para manifestar a plenitude de Deus em cada um de nós. É
por isso que Jesus Cristo sabia a importância de sua obra CONQUISTADORA. Ele viria tomar
tudo o que lhe pertencia, de maneira legal, como “o Filho do Deus vivo”.

Desde que Jesus manifestou-se e começou a caminhar entre seu povo, proclamava que o
Reino dos céus havia chegado. Ele era a expressão desse Reino, Ele estava estabelecendo a
conquista definitiva neste mundo. Cheio do Espírito Santo, Sua primeira atitude foi declarar
ao diabo qual era o propósito de Sua vinda e qual a Sua posição. Nada e ninguém, poderiam
fazer Jesus desistir de Sua missão.

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde por quarenta dias foi tentado pelo diabo...Tendo o diabo acabado toda a tentação,
ausentou-se dele até momento oportuno”. Lc 4.1-2; 13

Primeiramente, Jesus foi batizado por João Batista, e, foi neste momento que a manifestação
do Espírito Santo aconteceu (desceu como uma pomba sobre Jesus). Todos puderam
comprovar que Ele era o Filho de Deus (uma voz do céu confirmou). Jesus era o “Ungido de
Deus”.

Dirigido ao deserto, pelo Espírito, lugar onde o diabo se encontrava, iniciou-se uma batalha
no mundo espiritual (lugar onde as grandes batalhas espirituais acontecem).

O diabo, de maneira “astuta” e “sagaz”, ofereceu-lhe alguns benefícios, com o intuito de


distraí-lo e desviá-lo de Seu propósito. Eram coisas necessárias naquele momento. O diabo
propôs acalmar-lhe a fome, que era uma necessidade pessoal; Jesus tinha fome, porém,
sabia que Sua missão era cumprir a vontade do Pai. Através da Palavra, mostrou ao diabo
qual era o verdadeiro sustento. Passou, então o diabo a oferecer-lhe os reinos da terra, se
Ele se prostrasse e o adorasse. O diabo queria, algo “muito fácil”: uma falsa adoração (o
diabo conhecia a importância e o valor da adoração). Novamente, Jesus mostrou ao diabo,
pela Palavra, que somente Deus é digno de toda a adoração.

Jesus Cristo saiu vitorioso do deserto, prevalecendo sobre os ataques de satanás, pronto
para começar Seu ministério de conquistas. Sua missão era estabelecer o Reino de Deus,
através de Sua igreja para que o mundo conhecesse o Seu propósito, Sua vontade, e poder
contra todos principados e potestades.

“Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos: Quem


dizem os homens ser o Filho do homem?” Mt 16.13

O mundo não tem percepção clara de quem é Deus. A “Igreja” ainda não revelou a
identidade verdadeira de Deus para o mundo. Muitos pensam que Deus é um dos tantos
“deuses” que existem, outros, crêem que Jesus foi um dos tantos profetas, ou, somente um
bom homem.

Igreja Encontros de Vida 54


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 1

O mais triste é que há ainda, aqueles, que pensam ser Jesus uma religião:

“Uns dizem: João Batista; outros: é Elias; e outros: se parece com Jeremias. ou algum
dos profetas.” Mt 16.14

Com isto, vislumbram apenas alguns ministérios, denominações ou alguns nomes. Jesus
realmente preocupou-se com este “conceito”, já que o desejo do coração de Deus, não é que
vejam você, saibam seu nome, conheçam o seu ministério ou a sua denominação. Ele quer
que o mundo saiba que a Igreja é poderosa, e nela a presença de Deus é manifesta. O
coração de Deus anseia para que o mundo conheça este templo que abriga A Sua Glória, a
Sua verdadeira Igreja.

Igreja Encontros de Vida 55


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

Autoridade no nome de Jesus


e na Sua Palavra
 OBJETIVO

Identificar que temos autoridade no Nome de Jesus e que a Sua Palavra nos autoriza a
exercer o propósito de Deus nesta terra.

 INTRODUÇÃO

Muitas pessoas (até crentes em Jesus), utilizam-se do nome de Jesus e de sua Palavra (as
Escrituras), como amuletos de sorte. Isto porque não conseguem extrair a força da revelação
da Palavra, para suas vidas. Pessoas assim, não se apropriam do poder que há no nome de
Jesus, para garantir a vitória em suas vidas.

Esta aula conduzirá você ao entendimento do poder e autoridade que há no nome de Jesus e
na sua Palavra.

O NOME DE JESUS

Kenyon diz que os homens obtêm nomes grandiosos de três maneiras: Alguns homens
nasceram para ter um nome grandioso - um rei, por exemplo. Outros tornam grandioso o
seu nome mediante suas realizações, e outros recebem um nome grandioso por doação.

O nome mais excelente veio por estes três meios. O Nome de Jesus é grandioso porque Ele
herdou um Nome grandioso. Seu nome é grandioso por causa das Suas realizações. Seu
nome é grandioso porque Lhe foi doado. Seu nome é grandioso porque Ele é Deus.

Examinaremos em profundidade estas verdades maravilhosas. À medida que nos


aprofundamos nelas, tornar-se-ão parte da nossa consciência interior. Precisamos recebê-las
em nosso espírito. Elas passarão em nossa mente e descerão ao fundo do nosso coração e
por meio delas realizaremos proezas, em nome do Senhor Jesus Cristo.

“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu
herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua
glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-
se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto
HERDOU MAIS EXCELENTE NOME do que eles. Porque, a qual dos anjos disse
jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será
por Filho? E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os
anjos de Deus o adorem”. Hb 1.1-6

Igreja Encontros de Vida 56


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

Jesus herdou o nome que é o mais excelente de todos os nomes e, mais grandioso do que
qualquer ser angelical.

Como Filho, Ele é herdeiro de todas as coisas. Ele é a expressão exata de Deus. É o Seu
resplendor; ou segundo diz certa tradução: Ele brilha com o brilho do Pai.

Jesus é Deus manifestado aos homens: veio ao mundo, viveu e andou entre nós. Provou a
morte por todos os homens, na cruz do Calvário, e se tornou como um de nós: separado de
Deus, sem haver cometido nenhum pecado. Ele se fez pecado por nós, pois provou a morte
em lugar de todos os homens.

“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco
menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus,
provasse a morte por todos” Hb 2.9

Jesus morreu para pagar a dívida dos nossos pecados, foi ao inferno tomar as chaves da
morte e do inferno das mãos do diabo. Livres da morte eterna fomos ressuscitados com
Cristo.

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; que
também agora, por uma verdadeira figura - o batismo, vos salva, o qual não é o
despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para
com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo, que está à destra de Deus, tendo subido
ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades.” I Pe
3.18,21,22

“Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as
chaves da morte e do inferno.” Ap 1.18

O pecado é mais do que um ato físico; é um ato espiritual. Jesus se tornou homem como
nós, a fim de que nós nos tornássemos o que Ele é.

“Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus.” II Co 5.21

Pedro, no dia do Pentecostes, em seu discurso citou as Escrituras Sagradas a respeito do


Senhor Jesus Cristo, como fez Davi, no Sl 16.8-10, quando profetizava a respeito do Messias,
pelo Espírito de Deus.

“Porque dele fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha
direita, para que eu não seja abalado; por isso se alegrou o meu coração, e a minha
língua exultou; e além disso a minha carne há de repousar em esperança; pois não
deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
Irmãos, seja-me permitido dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele
morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele
profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que faria sentar sobre
o seu trono um dos seus descendentes, prevendo isto, Davi falou da ressurreição de
Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.”
At 2.25-27, 29-31

Igreja Encontros de Vida 57


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

Você não poderá compreender a autoridade do Nome de Jesus, sem o entendimento da Sua
ressurreição. Por isso, herdou de Deus, um Nome excelente que está acima de todos os
nomes!

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho [de seres] dos que estão nos
céus, [de seres] e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é
Senhor, para glória de Deus Pai.” Fp 2.9-11

Paulo estava proferindo uma oração em prol da Igreja em Éfeso, no primeiro capítulo do
livro aos Efésios. Queria que os membros entendessem alguma coisa. Orou, portanto, para
que seus olhos fossem iluminados, e lhes fossem reveladas verdades, até então, ocultas.
Esta é a oração de Paulo, inspirada e ungida pelo Espírito:

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu
conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do
vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder
sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou
em Cristo, RESSUSCITANDO-O DOS MORTOS e pondo-o à sua direita nos céus,
acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, E DE TODO NOME QUE
SE NOMEIA, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas
aos seus pés e, sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu
corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” Ef 1.17-23

Nesta oração, Paulo não somente ora pela igreja de Éfeso, mas, por todos os crentes, em
todos os lugares do mundo. Nossos olhos espirituais seriam iluminados, para receberem o
entendimento da Palavra de Deus. Nossa mente não pode alcançar a profundidade das
Escrituras, somente nosso espírito. Paulo declarou que Deus ressuscitou Cristo dentre os
mortos, e O colocou à Sua direita, nos lugares celestiais, acima de todo principado, poder,
potestade e domínio, fazendo-O cabeça sobre todas as coisas. Mediante a vitória sobre esses
principados, potestades, poderes e domínios, Jesus obteve este Nome!

“E, despojando os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou em


si mesmo.” Cl 2.15

Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6.12

Os principados e as potestades contra os quais lutamos, são os mesmos que Ele venceu. Ele
os despojou, aniquilou e reduziu-os a nada! Jesus fez deles um espetáculo público. Jesus
enfrentou satanás e suas legiões no próprio território deles, e os venceu. A vitória sobre o
diabo, o pecado, as doenças e as enfermidades, estão incluídos no Seu Nome. Quando O
utilizamos, os feitos de Jesus, se realizarão em nossas vidas. Por esta razão o diabo vem
lutando para nos impedir de tomarmos posse desta verdade.

“Ele nos tirou da potestade [da autoridade] das trevas e nos transportou para o Reino
do Filho do seu amor.” Cl 1.13

Igreja Encontros de Vida 58


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

Quando Ele nos libertou do “império das trevas”, e nos transportou para o Seu reino de
amor, o diabo teve o seu poder aniquilado. Por isso, satanás não tem autoridade alguma
para dominar o cristão e nem a Igreja. De posse desta verdade e do nome de Jesus, o diabo
fugirá de você todas as vezes, em todos os lugares e em qualquer situação. Por isso Jesus
disse: “Em Meu Nome expulsarão demônios!”

Por quê então o diabo, a depressão, a opressão, os demônios, as enfermidades e tudo o


mais que provém dele (o diabo) está dominando tantos cristãos e até mesmo as igrejas? É
porque não têm o entendimento do poder que há no nome de Jesus. Usam o seu Nome
como um talismã de sorte: “Se eu levar este pé de coelho, talvez ele impeça que alguma
coisa ruim aconteça”... Comparam o Nome de Jesus, com qualquer outro objeto de sorte.
Desconhecem a autoridade e o poder que tem o Nome de Jesus!.

Todos estes demônios, príncipes deste mundo e dominadores já foram destronados por
Jesus. Alguns dizem que “serão destronados no Milênio”. Não!, eles já foram. A obra já foi
realizada. Estamos no mundo, mas não somos do mundo, portando o diabo não pode mais
nos dominar. Com que propósito? Para o benefício da IGREJA.

Deus deu a Jesus, o Nome que contém a plenitude de Sua Deidade. Temos o direito de usar
este Nome contra os nossos inimigos, em nossas petições, em nossos louvores e em nossa
adoração. O céu, a terra e o inferno reconhecem o que fez Jesus, e o Seu Nome em nossos
lábios, operará as mesmas coisas que Ele operava naqueles tempos. Temos o direito e o
consentimento de usar o Seu Nome para operar os Seus feitos nesta terra!

A autoridade no nome de Jesus

Há autoridade no Nome de Jesus. Quando Jesus apareceu a João na ilha de Patmos, Ele
disse:

“e aquele que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E
tenho as chaves da morte e do inferno.” Ap 1.18

Portanto, Jesus tem autoridade sobre a morte e o inferno, pois tem as suas chaves. Pouco
antes de subir aos céus, e assentar-se à destra do Pai, Jesus disse:

“É me dado todo o poder [autoridade] no céu e na terra.” Mt 28.18

Imediatamente delegou à igreja a Sua autoridade na terra:

“Portanto, ide e fazei discípulos.... em meu nome.” Mt 28.19

Prometeu então:

“E estes sinais seguirão aos que crerem: EM MEU NOME....”

Igreja Encontros de Vida 59


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Em Seu Nome, Ele nos deu autoridade no céu, na terra e debaixo da terra. Os anjos, os
homens e os demônios têm de se curvar diante do nome de Jesus. Vamos analisar agora, o
texto:

“E, entrado Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe:


Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe
disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou
digno de que entres debaixo do meu telhado; mas somente dize somente uma palavra, e
o meu criado sarará. Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às
minhas ordens; e digo a ele vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado:
faze isto, e ele o faz. E maravilhando-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam:
Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” Mt 8.5-10

O que disse este centurião romano, para deixar Jesus tão admirado? Cornélio disse a Jesus:
“Fala a Palavra somente. Assim como estou colocado sobre estes cem homens, que
obedecem às minhas ordens, Tu és Senhor sobre os demônios e sobre todas as leis da
natureza. Tens autoridade sobre as doenças e as enfermidades. Tudo quanto precisas fazer
é falar, e as doenças e as enfermidades obedecerão a Ti”.

O centurião, ao olhar para Jesus, compreendeu que Ele era a própria autoridade investida,
para curar e determinar os acontecimentos que passariam a existir, por Sua ordem.

Pedro e João, entrando no Templo, cerca das 3 horas da tarde, passaram por um aleijado
que pedia esmolas.

“Ele vendo a Pedro e João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma
esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para
eles, esperando receber alguma coisa. Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro;
mas O QUE TENHO, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.”
At 3.3-6

Pedro sabia que possuía autoridade no Nome de Jesus, e quando olhou para o aleijado de
nascença, que se assentava à Porta Formosa, disse que não tinha prata nem ouro, mas
possuía somente o nome de Jesus. Portanto, ordenou que o aleijado andasse, no nome de
Jesus.

Fomos comissionados:

“É me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide...E estes sinais seguirão aos
que crerem: EM MEU NOME, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão
nas serpentes; e, se beber alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e
imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” Mc 16.17-18. Ler também Mt
28.18-20

Toda a autoridade, todo o poder, que estava em Jesus está no Seu Nome! E Ele o deu à
Igreja. Os crentes primitivos sabiam o que possuíam – e usavam o nome de Jesus.

Igreja Encontros de Vida 60


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Algumas pessoas dizem que “a cura foi abolida, o falar em línguas cessou e que a igreja não
tem autoridade alguma sobre o diabo e os demônios, hoje em dia e não se pode mais
expulsá-los”. Não! Estes sinais acompanham o Nome de Jesus, e também, acompanham os
cristãos que crêem no Seu poder, em nossos dias.

“porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo
qual importa que sejamos salvos.” At 4.12

O Nome de Jesus realmente nos pertence! E graças a Deus, há salvação neste Nome, não
apenas salvação, mas poder, majestade e glória. Amém! Jesus é o mesmo, ontem, hoje e
sempre!

Abaixo, você verá exemplos da autoridade do nome de Jesus, em situações diferentes.

JESUS POSSUI TODA AUTORIDADE

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e


na terra.” Mt 28.18

“Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a
vida eterna a todos os que lhe deste.” Jo 17.2

“e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a
operação da força do seu poder, que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os
mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, muito acima de todo principado, e
autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas
também no vindouro;” Ef 1.19-21

“E lhe deu autoridade para julgar, porque é Filho do Homem.” Jo 5.27

“Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade


para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi do meu Pai.” Jo 10.18

O nome de Jesus opera milagres

“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas, pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera
beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, estes ficarão
curados.” Mc 16.17-18

“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho Mc 16.17-
18, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” At 3.6

“Pela fé em nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora
vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na
presença de todos vós.” At 3.16

Igreja Encontros de Vida 61


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“Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os
mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.” At 4.10

“Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em
meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim.” Mc 9.39

O nome de Jesus expulsa demônios

“Isto se repetia por muitos dias. Então Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao
espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora,
saiu.” At 16.18

Resposta de petições em nome de Jesus

“Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. E tudo quanto pedirdes em
meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” Jo 14.13-14

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e
vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.“ Jo 15.16

“Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes


alguma coisa ao Pai, ele vo-lo conceda. Até agora nada tendes pedido em meu nome;
pedi, e recebereis, para que o vossa alegria seja completa.” Jo 16.23-24

“Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei ao Pai por vós;”
Jo 16.26

A promessa do Espírito Santo

“Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.”
Jo 14.26

Benefícios do nome de Jesus

“Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque ele conhece
o meu nome.” Sl 91.14

“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”
Mt 18.20

“E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou
mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e
herdará a vida eterna.” Mt 19.29

Igreja Encontros de Vida 62


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

“Porquanto, aquele que vos der a beber um copo de água, em meu nome, porque sois
de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” Mc 9.41

A AUTORIDADE DE JESUS NA SUA PALAVRA

“Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina;


porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” Mt 7.28-29

Havia uma diferença muito grande entre os escribas e Jesus. Os escribas eram os copistas e
mestres das escrituras. Mas não tinham a vida da Palavra, neles. O que faziam era ensinar as
leis. Mas, Jesus ensinava a Palavra com autoridade e revelação, praticava o que a Palavra
dizia, e operava sinais, curas e maravilhas pela Sua palavra de comando. Aleluia!

Veja como Jesus descreveu quem eram os escribas e fariseus:

“Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois,


tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e
não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos
homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém,
todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus
filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as
primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados
mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso
Mestre, e vós todos sois irmãos.Eles ensinavam e não cumpriam o que diziam.”
Mt 23.1-8

Jesus tinha autoridade porque sendo Ele, a própria Palavra nesta terra, movia-se conforme a
autoridade, os ensinos e os desejos do Pai, todos contidos nos ensinamentos do Velho
Testamento. Jesus deixou bem claro que devemos conhecer a Palavra e o Poder de Deus .

“Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.”


Mt 22.29

Em Mateus 23, Jesus denuncia as atitudes erradas dos fariseus, pois eles liam as Escrituras
sem vida, sem extrair a verdade delas, mas como religiosos, “sepulcros caiados”(Mt 23.27)
cheios de hipocrisia e de iniqüidade.

Tudo o que Jesus fazia, era por meio de Sua Palavra falada, que tinha como fundamento, as
Escrituras Sagradas (A lei, os profetas e os Salmos).

“Inclino-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela
tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra.” Sl 138.2

“Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que
ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e
não negaste o meu nome.” Ap 3.8

Igreja Encontros de Vida 63


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

“Seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.”
Is 40.8

Ele deixou bem claro, ao ensinar que só pode ser Senhor daqueles que fazem o que Ele
manda, ouvindo as Suas palavras e praticando-as.(Lc 6.46-49). Certamente, a autoridade do
crente está em conhecer, obedecer, e cumprir a Palavra de Deus.

Veja alguns exemplos da autoridade que Jesus exercia por meio da Sua pregação, ordem de
comando e por meio de Sua Palavra:

 Jesus exerceu autoridade sobre a morte. Lc 7.14-15, Mc 5.35-43


 Jesus exerceu autoridade sobre a natureza. Mc 4.39, Mt 21.18-19
 Jesus exerceu autoridade sobre os demônios. Mc 5.1-8,15 , Mt 9.32-33
 Jesus exerceu autoridade sobre as enfermidades. Mt 4.23-24, Mt 8.17
 Jesus exerceu autoridade sobre o pecado. Mc 2.5,10-12

De acordo com o que vimos a respeito de Jesus, a Palavra de Deus é o fundamento para
exercermos autoridade nesta terra.

VEJA ABAIXO, OUTROS EXEMPLOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PALAVRA DE DEUS, PARA


QUE O CRENTE EM JESUS, ANDE EM AUTORIDADE E PODER:

A Palavra de Deus tem poder

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” Hb 4.12

“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que
o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” Hb 11.3

“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados,
assentou-se à direita da Majestade, nas alturas.” Hb 1.3

A Palavra de Deus santifica

“Porque pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.” I Tm 4.5

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo 17.17

A Palavra de Deus regenera

“Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a


palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” I Pe 1.23

Igreja Encontros de Vida 64


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

A Palavra de Deus cura

“Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal.” Sl 107.20

A Palavra de Deus exalta

“Por causa da tua palavra e segundo o teu coração, fizeste toda esta grandeza, dando-a
a conhecer a teu servo.” II Sm 7.21

A Palavra do Senhor prospera

“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” Is 55.11

A Palavra de Deus alimenta

“Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que procede da boca de Deus.” Mt 4.4

A Palavra de Deus vivifica

“A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.” Sl 119.25

“O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica.” Sl 119.50

“Estou aflitíssimo; vivifica-me, Senhor segundo a tua palavra.” Sl 119.107

A Palavra de Deus liberta

“Chegue a minha petição à tua presença; livra-me segundo a tua palavra.” Sl 119.170

“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele meramente com a


palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes.” Mt 8.16

A Palavra de Deus salva

“Irmãos, descendência de Abraão e vós outros os que temeis a Deus, a nós nos foi
enviada a palavra desta salvação.” At 13.26

A Palavra de Deus fortalece

“A minha alma, de tristeza, verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra.”


Sl 119.28

A Palavra de Deus opera

“Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que , tendo
vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, a colhestes não como
palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito,
está operando eficazmente em vós, os que credes.” I Tss 2.13

Igreja Encontros de Vida 65


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 2

A Palavra de Deus é eterna

“Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu.” Sl 119.89

“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra do nosso Deus permanece
eternamente.” Is 40.8

A Palavra de Deus põe fim ao caos, pois coloca tudo nos seus devidos lugares, reorienta,
redireciona, ilumina e liberta. Deus tem uma palavra para o coração de todos os homens.
Refletindo sobre as origens do universo, o evangelista João escreve:

”No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava
no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele,
nada do que foi feito se fez.” Jo 1.1-3

O termo aqui traduzido como “verbo” é logos, que em grego significa ”palavra” (não um
vocábulo, mas uma idéia, uma mensagem). Jesus é o logos de Deus, Ele é a Palavra
encarnada de Deus, pois:

“o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai.” Jo 1.14

Através de Jesus, Deus fala da maneira mais pessoal, mais íntima, mais poderosa e mais
clara que pode existir. O autor de Hebreus declara:

“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu
herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” Hb 1.1-2

Igreja Encontros de Vida 66


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Sobre o que temos


Autoridade
 OBJETIVO

Identificar de forma prática, que os filhos de Deus receberam por meio de Jesus, autoridade
para caminhar neste mundo, em vitória: curando toda sorte de doenças, enfermidades e
expulsando todos os demônios.

 INTRODUÇÃO

“E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade sobre os espíritos


imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades”.
Mt 10.1

“Reunindo os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para


curarem doenças”. Lc 9.1

“Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do
inimigo; e nada vos fará dano algum.” Lc 10.19

Estes textos nos revelam que realmente Jesus nos deu a Sua autoridade. Mas, estudaremos
nesta aula, como nos revestir e andar nessa autoridade. Muitos cristãos, por falta de
entendimento, têm uma vida medíocre, sem ver o Poder de Deus, por não crerem que
podem experimentar em sua vida pessoal, a autoridade dada por Jesus e exercê-la nesta
terra.

NÃO ANDE NA INCREDULIDADE

Enquanto Satanás puder manter você incrédulo e preso à razão, ele será vencedor em cada
batalha. Mas, se enfrentá-lo pela fé e no Espírito Santo, você o vencerá todas as vezes. Em
nome de Jesus, você exercerá a autoridade do cristão (satanás conhece esse Nome e tem
medo dele).

O modo mais eficaz de oração, é aquele no qual você requer os seus direitos. Pedro, na
Porta Formosa, não orou pelo aleijado, ele ordenou que este fosse curado (Atos 3.6).
Portanto, você não está exigindo nada de Deus, apenas cobrando os seus direitos que Jesus
conquistou na cruz do Calvário

Jesus fez esta afirmação:

“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado
no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” ”. Jo 14.13-14

Igreja Encontros de Vida 67


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

No texto acima, Jesus não está se referindo à oração. A palavra grega aqui é “exigência” e
não “pedido.

“Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes


alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido
em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” Jo 16.23-24

O Pai é aqui mencionado, em conexão com a oração, o que não acontece na passagem de
João 14. De fato, o texto grego diz: ”Tudo que você exigir como seus direitos e
privilégios ”

Você precisa saber quais são seus direitos. Exercite a sua autoridade como filho de Deus. A
porta para o exercício da autoridade, tem base em duas frases que Paulo orou aos efésios:

“...fazendo-o sentar a sua direita nos lugares celestiais.” (Ef 1.20) e “...juntamente com
ele nos ressuscitou” (Ef 2.6)

Perceba que não somente está escrito assentado à direita do Pai, acima de todos os poderes
da esfera de satanás, mas, estamos lá porque Deus “nos ressuscitou juntamente com
Cristo”. Não somente nos assentamos, mas, observe onde estamos assentados:

”Acima de todo o principado, e potestade, e poder, e domínio. ” Ef 1.21

Quando Deus ressuscitou Cristo, fomos ressuscitados com Ele. Quando Cristo se assentou nos lugares
celestiais, nos assentamos também. Nesta posição, podemos declarar: estamos assentados à direita
do Pai, com Cristo.

Medite nessas duas orações. Aprenda a fazer delas, sua oração. Alimente-se com as
verdades nelas contidas, até que se tornem parte de sua consciência interior, para que
dominem sua vida. Mas não tente aceitá-las racionalmente, obtenha delas, a revelação em
seu espírito. Toda autoridade conquistada por Cristo, foi por Ele, entregue a nós (a Igreja), e
podemos exercê-la. O aspecto mais importante do nosso serviço, em realizar a obra de Jesus
na terra, é derrotar o diabo. Para isto, fomos comissionados: recebemos uma ordem e
precisamos obedecer!

“Toda autoridade me é dada no céu e na terra”.Mt 28.18

Paulo ressalta uma verdade muito importante no livro aos Efésios: Cristo é a Cabeça da
Igreja e nós somos o Seu Corpo.

Como corpo de Cristo, precisamos Dele (O cabeça) para realizarmos Sua obra na terra. E
Cristo (como O cabeça) precisa igualmente da Sua Igreja.

“Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não
sou mão, não sou do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do
corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido?
Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um
deles no corpo, como lhe aprouve.” I Co 12.14-18

Igreja Encontros de Vida 68


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Cristo não pode viver sem a Igreja, pois a Sua obra é realizada através dela (o Corpo de
Cristo). Ele já derrotou o diabo, mas em nossas vidas, o diabo precisa ser derrotado, e isto é
a função da Igreja. Ela (a Igreja) precisa da direção de Cristo, para ser implantada e
caminhar, avançando na terra, sob Suas (de Cristo) estratégias. Portanto, ganhar almas,
derrotar o diabo, conquistar territórios, nunca poderá ser realizado sem a nossa participação,
e sem a direção do Senhor Jesus.

“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades...” Ef 6.12a

Lembre-se, quando Paulo escreveu essa carta à Igreja em Éfeso, ele não a dividiu em
capítulos e versículos. Apenas para nos situar, os eruditos se encarregaram disso, em data
muito posterior. Você pode causar grande prejuízo, às vezes, isolando um verso de seu
capítulo, tirando-o de seu contexto, mudando o significado do texto. O Espírito Santo,
através de Paulo, já disse no capítulo dois, que estamos assentados com Cristo, acima
desses poderes. Portanto, em nossa batalha contra o inimigo e suas forças, precisamos
entender que estamos acima deles e que temos autoridade sobre eles. A Palavra nos diz que,
assim como Jesus conquistou autoridade, com Ele, somos conquistadores. Portanto, com
Jesus, somos mais do que vencedores!

OS FILHOS DE DEUS SÃO CONCLAMADOS A AGIREM COM AUTORIDADE SOBRE OS


DEMÔNIOS.

Em nenhum lugar do Novo Testamento, a Igreja foi convocada a pedir que Deus o Pai, ou
Jesus fizesse qualquer coisa contra o diabo. Pedir isto é desperdício de tempo. Você (como
igreja) tem a autoridade para fazê-lo. A Igreja não tem que orar a Deus, o Pai, acerca do
diabo; a Igreja tem que exercitar a autoridade que lhe pertence.

O Novo Testamento fala que o menor membro do Corpo de Cristo, tem autoridade e poder sobre o
diabo, como qualquer outro. Jesus declarou:

“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar
aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão
em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem
as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. Mc 16.15-18

Jesus disse que o primeiro sinal que seguiria um cristão (não somente um pastor ou
evangelista), é que expulsariam demônios. Isso significa que em Nome de Jesus exercerão
autoridade sobre o diabo. Se ele (o diabo) se manifestar em qualquer área de suas vidas, ou
de seus amados, está sobre você o direito de exercer autoridade sobre eles. As Escrituras
não dizem que o diabo fugirá de Jesus, mas dizem que ele fugirá de você!

Da mesma maneira, você não ora para que Jesus imponha as mãos sobre o enfermo: você o
faz, exercendo autoridade sobre o diabo.

“Eles imporão as mãos sobre os enfermos e eles serão curados”.

Igreja Encontros de Vida 69


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Essa autoridade é sua, sinta-se você, possuidor dela ou não. A autoridade não tem nada a
ver com os sentimentos, porém você precisa exercitá-la.

“Aquele que nos libertou da autoridade das trevas e nos transportou para o reino do
Filho do seu amor...” Cl 1.13

Uma tradução diz: O Pai nos libertou do poder das trevas. A palavra grega “poder” significa
“autoridade”. Deus já nos libertou da autoridade das trevas!

“Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Tg 4.7

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que
ruge procurando alguém para devorar;” I Pe 5.8

Seu adversário significa seu oponente. Portanto o diabo está sempre rondando a vida do
cristão. Por isso, deve o cristão, orar e vigiar, para que o diabo não os alcance.

Continuando a leitura do texto acima, observe o que diz:

“resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais(testes ou provações) aos


vossos, estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo”. I Pe 5.9

Devemos resistir ao diabo, permanecendo firmes em nossa posição, pois temos autoridade
sobre os espíritos malignos. Jesus disse aos setenta discípulos que enviou:

”Eis que vos dou poder (autoridade) para pisar serpentes e escorpiões, e toda forca do
inimigo, e nada vos fará dano algum”. Lc 10.19

“e, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem
a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber,
Jesus Cristo”. Rm 5.17

A versão Ampliada diz que “reinaremos como reis em vida, através do Único, Jesus Cristo, o
Messias, o Ungido”. O Plano de Deus para nós é que governemos e reinemos em vida, sobre
todas as circunstâncias, pobreza, enfermidades e tudo aquilo que possa constituir obstáculos
para nós. Para isto temos autoridade em Jesus Cristo!

Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo Jesus (Rm 8.17). Somos
o Seu Corpo e estamos assentados à destra da Majestade nas alturas, acima de todas as
potestades e poderes, força e domínio. Glórias a Deus!

Agora, observe três atitudes necessárias, para levar outros à libertação e vitória sobre os
demônios:

1. Você deve ser um filho de Deus

Os sete filhos de Ceva viram Paulo expulsar os demônios em Nome de Jesus.


Experimentaram fazer a mesma coisa, quando acharam um homem possesso por espíritos
malignos:

Igreja Encontros de Vida 70


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

“Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.” At 19.13b

O espírito maligno respondeu:

“Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” At 19.15.

Então, aquele homem, em quem estava o espírito maligno, saltou sobre eles vencendo-os e
arrancando-lhes as roupas, de modo que fugiram daquela casa, nus e feridos. Não tinham o
direito de usar aquele Nome. Este Nome pertence aos filhos de Deus e para usá-lo devemos
ter certeza da nossa filiação.

Não tenha no coração qualquer pecado não confessado ou não perdoado. Se você os tiver,
os demônios rirão das suas orações.

A Bíblia diz:

“Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus.”
I Jo 3.21

Você também terá ousadia na presença dos demônios. Não deixe o diabo perturbá-lo a
respeito da sua vida passada. Se você confessou o que fez, está perdoado (I Jo 1.9).

2. Você deve conhecer o poder do Nome de Jesus e como usá-Lo

Jesus aniquilou os demônios! Isto significa que os reduziu a nada. Estão condenados a
desaparecer. Mas, mesmo derrotados, Jesus nos deu Seu Nome, para usarmos contra eles.
“Em Meu Nome, exercerão autoridade sobre eles”, disse Jesus.

“Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo,
nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; a qual nenhum dos príncipes deste
mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da
glória”. I Co 2.6,8

Temos pessoas exercendo o papel de chefes de governos, mas por trás do cenário,
freqüentemente, os espíritos malignos estão dominando essas pessoas.

Devemos compreender que Jesus despojou os principados e potestades, publicamente os


expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz! Isto quer dizer: os principados e potestades
que controlam os governantes deste mundo, já foram vencidos pelo Senhor.

“E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em


si mesmo”. Cl 2.15

Vejamos as armas que Cristo entregou a Sua Igreja, para mantermos nossa posição de
vitória:
Jesus nos fez mais que vencedores e as armas são necessárias para DEFENDER nossa
POSIÇÃO: Tomar posse do Reino de Deus em nossas vidas.

Igreja Encontros de Vida 71


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Preso em Roma, o apóstolo Paulo é inspirado pelo Espírito Santo a trazer-nos uma revelação
específica, a respeito das armas que cada um de nós deve usar para defender sua posição,
frente aos enganos e ciladas do inimigo.

“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de


toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”;
Ef 6.10-11

Ele toma por modelo a armadura de um soldado romano, que estabelecia seu reino e
defendia o território conquistado. A armadura não protegia as costas, se retrocedessem
poderiam ser mortos por qualquer flecha do inimigo. Era uma armadura específica para
defender aquilo que já havia sido conquistado e prosseguir avançando, instituindo novas
conquistas. Por isso, o Império Romano, teve o seu apogeu em uma época de conquistas.
Seus soldados conheciam sua verdadeira luta e as armas que possuíam.

Sabemos que satanás não está nem um pouco contente, com tudo o que Deus tem feito por
nós. Satanás é um ladrão, que rouba, destrói e mata. Esse é o seu principal plano para as
nossas vidas. Para isso, ele trabalha incessantemente, tentando tirar-nos da nossa posição
de vitória, fazendo de tudo para não avançarmos e conquistarmos tudo o que Deus nos
prometeu.

Ao contrário, seu plano é que retrocedamos, cheios de dúvidas, ressentimentos, medo,


indecisão, permanecendo no pecado e prontos para desistir. Desprotegidos e sem nenhuma
defesa, nos tornamos alvos fáceis de seus dardos inflamados de destruição e morte.

Satanás tem um exército organizado, que são anjos caídos (a terça parte do exército celestial
que se rebelou contra Deus). Este exército tem o propósito de criar enganos, ciladas e
armadilhas para nos confundir, desanimar, perturbar e atrapalhar em tudo, os escolhidos de
Deus. Diante deste exército inimigo, Deus não nos deixa sem proteção. Concedeu-nos o
Espírito Santo, que nos fortalece e nos capacita a utilizar as armas que nos foram entregues.

Devemos conhecer e entender onde está nossa verdadeira segurança. “Fortalecei-vos no


Senhor e na força do Seu poder”. Manter uma estreita relação com Deus, uma constante e
permanente comunhão com Ele, nos mostrará que Ele é a única fonte de todo poder. O
“dunamis” de Deus é a força para destruir toda fortaleza que se levante contra nossas vidas.

Quando conhecemos e entendemos que nossas armas são poderosas em Deus, então
podemos usá-las de modo efetivo.

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas
da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando nós sofismas”. II Co 10.3-4

Devemos conhecer as nossas armas e entender que elas são “poderosas em Deus” e capazes
de destruir fortalezas que o diabo, enganosamente, coloca em nossas vidas, para roubar-nos
e destruir-nos. Através de uma Nova Aliança, Jesus nos restaurou e nos levou a uma posição
de vitória e autoridade. Com Cristo, todas as Suas promessas se tornaram realidade em
nossas vidas. Desta forma, é possível ser grandemente fortalecido e capacitado a usar com

Igreja Encontros de Vida 72


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

eficiência a armadura dada por Deus.

Davi foi exemplo de um homem conhecia qual era sua verdadeira posição. Ele sabia que
humanamente, não podia fazer nada, e não tinha capacidade alguma. Quando o rei o
chamou para experimentar sua armadura, esta ficou muito grande. Era uma boa armadura,
mas não seria útil nem eficiente, em um confronto.

“E Saul vestiu a Davi dos seus vestidos, e pôs-lhe sobre a cabeça um capacete de
bronze, e o vestiu de uma couraça. E Davi cingiu a espada sobre os seus vestidos, e
começou a andar, porém nunca o havia experimentado. Então disse Davi a Saul: Não
posso andar com isto...” I Sm 17.38-39

Davi sabia que o poder e a força de Deus é que venceriam aquele gigante, e não a sua força
de guerreiro natural. O segredo da luta era conhecer e entender a aliança que Deus havia
feito com ele (Davi), com o povo de Israel, e os benefícios oriundos dela. Deus é um grande
conquistador! Ousadamente, foi até o gigante, para declarar o que conhecia e entendia: SUA
POSIÇÃO, E A ALIANÇA QUE POSSUÍA.

“...quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?”.I
Sm 17.26b

A circuncisão era o sinal da Aliança de Deus com seu povo, e mostrava os benefícios que
este povo teria por direito. Davi sabia que, por maior, mais forte e terrível que fosse o
gigante, a aliança com Deus lhe garantia a vitória. Ele conhecia sua posição, mesmo que os
filisteus e o gigante, desconhecessem. Diante dos olhos de Deus, sua posição era de
vencedor!

“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com
escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos
exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas
minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus
darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que
há Deus em Israel”. I Sm 17.45-46

Davi vestiu a mesma armadura com a qual matou o urso e o leão. Ele havia sido treinado e
capacitado por Deus, para conquistas. Quando conhecemos nossa aliança, entendemos seus
benefícios, e os experimentamos, estamos preparados para usar as poderosas armas que
Deus nos entregou. Com elas defenderemos, estabeleceremos e conquistaremos todos os
territórios que nos pertencem.

ARMADURAS PARA NOS DEFENDER E PERMANECERMOS INABALÁVEIS

Deus nos deu uma armadura com uso específico.

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e,
depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis”.Ef 6.13

Igreja Encontros de Vida 73


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Devemos utilizá-la de maneira correta, a fim de que Deus possa manifestar suas vitórias, ao
nos defender e assim continuarmos firmes em nossa posição: EM CRISTO.

Primeira peça: O cinto da verdade

“Estai, pois firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade”.Ef 6.14a

Sem o cinto da verdade, a armadura não pode sustentar-se. Um cinto, fazendo parte das
armas, é algo raro, mas Deus tinha razão ao dizer que esta peça era importante e
fundamental em nossa armadura.

“Cingir os lombos”, expressão que seria como “preparar-se para uma tarefa difícil”.

“Lombos” – representam a parte reprodutora do corpo. É a capacidade para produzir, a


habilidade de produção do homem. No capítulo 35 de Gênesis, Deus profetiza a Jacó, que
reis sairiam de seus “lombos”.

“Jesus dizia, pois aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na minha palavra,
verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará”. Jo 8.31-32

Somente quando caminhamos na verdade e passamos a conhecê-la, é que nos tornamos


realmente livres.

Conhecer nossas debilidades é uma tarefa difícil (nosso caráter ou a falta dele, nossos
problemas, nossas vidas). Porém, a Palavra de Deus nos diz que, devemos nos preparar para
aprender a andar e conhecer a verdade, que é Jesus. Ele é o único meio de conhecer a
verdade e permanecer Nele, nos faz seus discípulos.

“Discípulo”, alguém que é instruído, tem disposição para aprender, e tem um coração
ensinável. Jesus diz que permanecer na verdade, e, conhecer a verdade, nos torna
totalmente livres.

Há muitos cristãos com vidas ainda improdutivas, porque não se mantém firmes na verdade,
diferentes dos verdadeiros discípulos. Ter o espírito ensinável nos fará permanecer firmes em
Sua verdade, pois ela nos sustentará, fundamentará e nos fará produzir verdadeiros frutos.

Devemos permanecer e atuar como discípulos, para que “nossas verdades” sejam
confrontadas pelas verdades de Deus.

A Palavra VERDADE, em hebraico, é EMET que quer dizer: “uma realidade firme e segura,
digna de confiança”.

Quando falamos de verdade, pensamos em algo que vai causar mudanças, algo que se crê.
Jesus disse que se “conhecermos a verdade ela nos libertará”. Não podemos continuar
iludidos com as mentiras que o diabo tem infiltrado na mente do homem, inventando
padrões comportamentais, fora de nossa verdadeira realidade. O mundo vive hoje, uma
irrealidade. O homem tem sido podado em sua liberdade, e mesmo dentro das igrejas, ele
tem buscado ser livre, porém, não tem conseguido êxito.

Igreja Encontros de Vida 74


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Somente permanecendo nos ensinos de Jesus, seremos seus verdadeiros discípulos.


Deixando Sua Palavra nos ensinar, será possível mudar nossos princípios e nosso modo
viciado e confuso de vida. Estaremos livres de pensamentos mentirosos, atitudes falsas e
preceitos que nos fazem estéreis. Seremos confrontados com a verdade e produziremos
frutos verdadeiros

Segunda peça: A couraça da justiça

“...e vestida a couraça da Justiça”. Ef 6.14b

A couraça era a peça da armadura que cobria o peito, a parte da frente do soldado, onde
fica o coração. A Bíblia nos ensina que, dentre todas as coisas que devemos guardar, o mais
importante é que guardemos o nosso coração.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as
saídas da vida.” Pv 4.23

Quando a Bíblia fala de coração, não está se referindo ao órgão físico, mas sim ao nosso ser,
a parte central de nossa vida, ao nosso caráter, ao lugar de onde partirão nossas atitudes,
onde nossa própria existência será expressa: aquilo que somos, sentimos e pensamos virá à
luz e será revelado.

Nestes tempos, em que sofremos tantas influências, somos contaminados e adoecemos física
ou psiquicamente. Deus nos deu uma arma, poderosíssima para defender nosso coração: a
couraça da Justiça, que o protege e o guarda de todo o mal.

Muitos dizem que amam a Deus, mas a forma ensinada por Jesus é especial.

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
entendimento e de todas as tuas forças”. Mc 12.30

Deus diz que por nós mesmos, não podemos ser justos. Precisamos entender que a
justificação, veio através da obra de Cristo. Ele nos fez justos, e em Jesus, somos a Justiça
de Deus e chamados a caminhar em justiça.

“Aquele que não conheceu o pecado, o fez pecado por nós, para que Nele fôssemos
feitos justiça de Deus.” II Co 5.21

No sistema mundial, todos os países requerem que um órgão exerça a justiça: Ministério da
Justiça, Departamento de Justiça, Órgão Julgador. Estes órgãos têm nomes diferentes mas
suas funções são semelhantes: administram a justiça de um País. Quando uma lei é
desobedecida, a justiça determina uma lei a ser cumprida.

Desde a criação, o propósito determinado por Deus é que caminhemos em autoridade e


poder, manifestando a “Sua Justiça” e cumprindo os Seus estatutos e princípios. A Couraça
da justiça nos protege de toda a injustiça que há no mundo, e também nos ajuda a combatê-
la.

Igreja Encontros de Vida 75


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Terceira peça: Calçados da preparação do Evangelho da paz

“E calçados os pés na preparação do evangelho da Paz.” Ef 6.15

É interessante que Deus tenha uma preocupação específica com os nossos pés... Ele nos dá
um calçado especial, para ser usado contra as artimanhas, enganos e os ataques do inimigo.

O profeta Isaías dizia:

“Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir
a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião; O teu Deus Reina!”
Is 52.7

A palavra EVANGELHO significa “boas notícias”. Fomos chamados para levar aos homens
alegres novidades, que são as boas novas de salvação. O mundo está cheio de más notícias.
Todos esperam boas notícias. Somente as “boas novas” de Deus, trazem paz.

Quando Jesus andou na terra, pregando o evangelho, sarou os enfermos e libertou os


cativos, manifestando o Reino. Ele veio trazer a paz que o mundo necessita, que o mundo
não entende, porque transcende as circunstâncias. Mesmo nos momentos mais difíceis de
Sua caminhada, na angústia, no desespero, na desesperança, e até mesmo na Sua morte,
Jesus nos transmitia a Sua paz: “a paz que excede todo o entendimento”.

Nossa responsabilidade é pregar o evangelho a toda a criatura. Portanto, diga aos doentes
que há cura, aos desesperados, que há solução, aos perdidos, que a Palavra indica o
caminho, aos solitários, que a solidão acabou, aos entristecidos, que há alegria no Senhor e
aos fracassados, que podem ser vitoriosos. Seja você a manifestação de Boas Novas!

Quarta peça: O escudo da fé

“Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno”. Ef 6.16

Deus nos dá um escudo para defender-nos de qualquer dardo ou seta do diabo.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se
não vêem.” Hb 11.1

A fé é a certeza de que já obtivemos aquilo que esperamos. Não é uma promessa, é uma
realidade, é algo que já foi cumprido e realizado, já aconteceu, porém não vemos, mas,
temos a convicção que recebemos. Pela fé entendemos que Deus já nos providenciou tudo.

O escudo é uma arma de defesa e segurança, que nos que protege de todos os lados.

Deus dá a todos, uma medida de fé, que aumenta conforme é exercitada. Esse exercício de
confiança é conseqüência do nosso relacionamento com Deus.

“...conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um...” Rm 12.3b

Igreja Encontros de Vida 76


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Um pensamento que não agrada a Deus é: “estamos esperando o cumprimento da


promessa”. Não é assim, porque a fé é a certeza do que esperamos.

Como está escrito:

“Por pai de muitas nações te constituí, perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica
os mortos e chama à existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a
esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será
a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio
corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por
incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus,
estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera”.
Rm 4.17-21

Quando Deus pediu a Abraão o seu único filho, em nenhum momento Abraão se opôs. Ele
tinha plena convicção do que Deus havia falado: Ele seria pai de muitas nações. Sua
esperança poderia estar terminando ali, porque já era de idade avançada e sua esposa
também. Mas, ele havia recebido uma promessa, tinha certeza de que Deus era poderoso e
fiel, para cumprir o que havia prometido. A fé era o seu Escudo.

Abraão seguiu seu caminho para o monte, para o sacrifício de seu único filho, Isaque. Com
muita certeza, Abraão deveria estar pensando: “Estou levando meu filho para o sacrifício,
mas, Deus disse que a minha descendência seria numerosa. Com certeza, Ele proverá uma
saída.”

Esse nível de fé é quase humanamente, impossível. Realmente, Abraão estava numa


situação difícil, mas usou o dom da fé, e creu contra a esperança, porque em seu coração,
sabia que a promessa de Deus se manifestaria.

Se você também recebeu promessas de Deus, como Abraão, creia naquele que fez a
promessa e use o ESCUDO DA FÉ para defendê-la, guardando-a de ser roubada pelo diabo.

Lembre-se: a fé é dom de Deus. Peça-a ao Pai; Ele lhe dará, e você a usará contra toda a
desesperança!

Quinta peça: O capacete da salvação

“Tomai também o capacete da salvação...” Ef 6.17a

O capacete é a parte da armadura que protege a cabeça. O capacete era forte, para que a
cabeça não sofresse nenhum dano e nem fosse afetada.

Deus deseja proteger nossa mente, pois ela é um campo de batalha, onde satanás trabalha.
Na mente são travadas ferrenhas e sangrentas batalhas. O diabo lança pensamentos que
resultam em ações, criando hábitos, que se transformam em vícios. Ele quer mudar nossos
hábitos sadios, para novamente nos escravizar. Um pensamento, depois de aceito, gera
atitudes, que se convertem em maus hábitos, formando-se uma fortaleza.

Igreja Encontros de Vida 77


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

Corinto era uma cidade extremamente corrupta e depravada, com uma sociedade cheia de
humanismo e correntes filosóficas, sinônimo de “imoralidade”, muito parecida com a dos
nossos dias, e o Apóstolo Paulo, ao escrever para a Igreja em Corinto, explicou:

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas
da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir
toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão”. II Co 10.3-6

Vivemos ininterruptamente bombardeados por influências, conselhos e sugestões que


chegam às nossas mentes criando, sutilmente, “fortalezas” que nos afastam da verdade de
Deus. Essas fortalezas argumentam contra a verdade, formando “falsos princípios” e
sofismas (que são quase iguais a uma verdade), mudando comportamentos, hábitos e
costumes.

O diabo tem se encarregado de criar estruturas de pensamentos que geram “culturas”, e, ao


observarmos nossos antepassados, poderemos perceber que foram justamente as estruturas
de pensamentos, responsáveis por trazer e criar culturas, sub-culturas e modos de vida. O
que antes “era bom” já não é “bom”, está fora de moda, está obsoleto, não serve mais.
Agora “é ruim”. O que “era mau” é o que está na moda, é a novidade, todo mundo faz, e é
bom.

Deus nos deu armas poderosas, para que cada um possa derrubar qualquer argumento e
todo o orgulho em nossas mentes e levar cativo e preso, todo “pensamento” à obediência de
Cristo. Obedecer é conseqüência de “conhecer e entender nossa aliança”. Nossa mente deve
ser coberta com o conhecimento da aliança que temos com Deus. Não podemos evitar que
os pensamentos venham à nossa mente, mas podemos impedi-los de permanecer dentro
dela. É o mesmo que dizer: Não podemos evitar que os passarinhos voem sobre a nossa
cabeça, mas podemos evitar que eles façam ninhos!

Com o capacete da salvação e o pleno conhecimento da obra de Cristo, na cruz do Calvário,


evitaremos que os maus pensamentos se alojem em nossas mentes. Deus nos deu Seu
Santo Espírito e Sua Unção, CRISTO EM NÓS, para que essas estruturas de pensamentos,
fossem destruídas.

Este conhecimento será MINHA VERDADEIRA POSIÇÃO E DETERMINARÁ AS MINHAS


ATITUDES.

Sexta peça: A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e propósitos do coração”. Hb 4.12

Deus nos deu a Sua Palavra, que tem poder para confrontar, dividir nossa alma, sentimentos
e emoções, do nosso espírito, que é o local da habitação do Espírito de Deus. É a palavra
que nos mostra a nossa verdadeira posição.

Igreja Encontros de Vida 78


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 3

“Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”.Jo 1.3

Todas as coisas foram feitas pela Palavra e por meio da Palavra. Deus disse e assim foi feito.
A Palavra veio ao mundo, e todos que a receberam, foram chamados “filhos de Deus”.
Como filhos, receberam todos os benefícios concedidos pelo Pai.

Assim, a Palavra passou a habitar em nós. Jesus é a Palavra, o Verbo de Deus. Portanto, a
Palavra tem poder para agir e atuar em nossas vidas. A Palavra é uma espada, e todos os
que são treinados e habilitados por ela, têm condições de atacar, para conquistar e defender
territórios já conquistados.

Quando eu tenho a Palavra de Deus, em meu coração, o que sou, o que tenho e o que serei,
será fruto daquilo que meus lábios professarem. As palavras que proferimos, devem ser para
abençoar e nunca amaldiçoar. Jesus disse: que nós seríamos julgados por nossas palavras.
Deus criou o mundo pela Sua Palavra. Chamou as coisas que não eram como se já fossem.

A Bíblia diz que:

“Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus, foram criados; de maneira
que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. Hb 11.3

A PALAVRA DE DEUS TRARÁ À EXISTÊNCIA TUDO AQUILO QUE JÁ POSSUO.

Pela Palavra, posso chamar prosperidade sobre a miséria, salvação sobre o pecado,
restauração sobre a destruição, a abundância sobre escassez, união sobre divisão, saúde
sobre a doença e luz sobre trevas.

EU TENHO A PALAVRA DE DEUS PARA MANIFESTAR TUDO QUE É MEU POR HERANÇA,
POSSO CONQUISTAR VIDAS, FAMÍLIAS, CIDADES, NAÇÕES. EU TENHO EM MIM A PALAVRA
CRIADORA.

Sétima peça: A oração

“E orai em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito. Vigiai nisto com toda
a perseverança e súplica por todos os santos.” Ef 6.18

A oração não terá efeito algum se não houver comunhão do Espírito Santo com o espírito do
homem. Esta é a única forma de comunhão entre Deus e o homem, e ela só será possível
quando entendermos que “nossa velha natureza” já morreu. Somos “novas criaturas”, temos
“nova posição”.

Nosso “velho homem” nunca usará estas armas, porque não são carnais, são armas
espirituais.

Nossa comunhão com Deus garantirá a efetividade de nossas orações. Temos que nos
posicionar em Cristo, para utilizarmos estas armas, obtendo assim resultados maravilhosos!!!

Igreja Encontros de Vida 79


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras em vós, pedireis tudo o que quiserdes,
e vos será feito”.Jo 15.7

Nesta posição “EM CRISTO”, intercedemos e nos preocupamos com os outros, choramos
pelos pecadores, sentindo tudo o que o coração de Deus sente, por este mundo. Em
comunhão com Deus, nossa oração e intercessão, serão eficazes.

O que é INTERCEDER?

Derivado do hebraico, PAGA, pode-se traduzir como:

Sair ao encontro de alguém e não regressar até que este seja encontrado. Jacó saiu
ao encontro de Deus e perseverou até receber o que queria, e encontrar o que procurava
(Gn 32.23-30).

Sair ao encontro do inimigo e arremeter contra ele, até destruí-lo. Salomão manda
Benaia arremeter contra Adonias e matá-lo (I Rs 2.25)

Insistir para persuadir e mover circunstâncias em favor de alguém. Abraão insistiu e


pediu ao povo que intercedesse por ele, para que seu desejo fosse realizado (Gn 23.8).

Levar a carga, identificar-se com outros. Jesus levou sobre si, a carga do pecado (Is 53.6).

Manifestando as armas que defendem minha posição de vitória

 Ele nos fez mais que vencedores em Cristo, e nos deu as armas necessárias para
defender nossa posição de vitória.

 Sobretudo, guardemos nosso coração.

 Usar a couraça da Justiça significa andar em integridade.

 A Palavra manifestará tudo o que Deus já me entregou como posse.

Defendendo nossa posição, avançamos em nossa conquista.

Igreja Encontros de Vida 80


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 4

A Autoridade de concordância e a
autoridade de ser servo
. OBJETIVO

Identificar que existe capacitação maior do poder de Deus, para realizarmos, em


concordância, aquilo que é Sua vontade, nesta terra.

Compreender que os filhos de Deus, receberam autoridade espiritual para servi-Lo e neste
serviço, espelhamos a autoridade do servo Jesus.

“Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui
sublime.“ Is 52.13

 INTRODUÇÃO

Quando em unidade de espírito, junto com nossos irmãos, oramos em concordância, a


respeito de um propósito, que é da vontade de Deus, Ele certamente ouvirá e concederá
capacitação maior de poder, para caminharmos unidos. Jesus ama a unidade do Seu corpo
(a Igreja) e é da Sua vontade que tenhamos o caráter de servos, como Ele foi, deixando o
exemplo a ser seguido.

“antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em


semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.” Fp 2.7

“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes:
Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem;
porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos
fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do
que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.” Jo 13.12-16

Um homem que tem autoridade espiritual, deve viver este princípio: ser servo de Jesus
Cristo. Aleluia!

AUTORIDADE DE CONCORDÂNCIA

“Em verdade vos digo que tudo o que ligado na terra será ligado nos céus , e tudo o
que desligado na terra será desligado nos céus. Em verdade também vos digo que se
dois dentre vos, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, por
ventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu pai, que esta nos céus. Porque, onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Mt 18.18-20

A palavra grega aqui, para concordância, é a palavra “sinfonia”. Deus quer andemos de
forma sincronizada e harmônica; assim, teremos uma capacitação maior de poder.

Igreja Encontros de Vida 81


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 4

Na concordância, os membros do corpo de Cristo buscam com intensidade, na oração, que


os desejos dos céus e da terra (propósitos divinos e direção para a igreja) sejam alcançados.
Este é o alvo do corpo de Cristo: concordância em oração, para realização da vontade de
Deus.

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo
a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe
pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” I Jo 5.14-15

A autoridade de duas pessoas unidas em um só propósito

“se, porem, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo
depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça”. Mt 18.16

“por depoimento de duas ou três testemunha, será morto o que houver de morrer, por
depoimento de uma só testemunha, não morrera”. Dt 17.6

“a mão das testemunhas será a primeira contra ele, para mata-lo; e, depois, a mão de
todo povo; assim, eliminaras o mal do meio de ti.” Dt 17.7

“uma só testemunho não se levantara contra alguém por qualquer iniqüidade ou por
qualquer pecado, seja qual for cometer, pelo depoimento de duas ou três testemunhas,
se estabelecerá o fato.” Dt 19.15

“Melhor é serem dois do que um, porque tem o melhor paga o seu trabalho”. Ec 4.9

“não aceites denuncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de


duas ou três testemunhas”. I Tm 5.19

Os versículos acima, demonstram que uma pessoa sozinha, não tem a mesma autoridade do
que duas pessoas ou mais, juntas, para a realização de um propósito.

Concordância de sentimentos e palavras

“Andaram dois juntos, se não houver entre eles acordos”. Am 3.3

“Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para
com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis
ao Deus e pai ao nosso senhor Jesus Cristo.” Rm 15. 5-6

“Rogo a Evódia e rogo a Sintique pensem concordemente no Senhor”. Fp 4.2

“Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo
amor, sejais unidos de almas, tendo o mesmo sentimento.” Fp 2.2

Os membros do corpo de Cristo, devem concordar nos sentimentos e nas palavras, pois
assim a autoridade se fortalecerá, e satanás não conseguirá se infiltrar nas atitudes dos
nossos irmãos.

Igreja Encontros de Vida 82


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O poder da sinergia

Sinergia é, segundo o dicionário, o ato ou esforço realizado simultaneamente, que multiplica


os resultados. Reconhecido é que, um cavalo pode tracionar uma carroça com até duas
toneladas; dois cavalos porém, podem tracionar, simultaneamente, uma carroça com vinte e
três toneladas. A isto chamamos de sinergia. Quando aplicada ao reino de Deus, o corpo de
Cristo (a Igreja) em concordância de sentimentos e palavras, produzirá um tremendo
resultado!

“Como poderia um só perseguir mil, e dois fazerem fugir dez mil, se a sua Rocha lhos
não vendera, e o SENHOR lhos não entregara ?” Dt 32.30

“Chamou Jesus os doze e passou enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre
espíritos imundos.” Mc 6.7

A PALAVRA SINERGIA NO GREGO, ESTÁ TRADUZIDA POR COOPERAR, NO NOVO


TESTAMENTO.

“de quem todo corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxÍlio de toda junta, segundo a
justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si
mesmo em amor.” Ef 4.16

“Não negligencieis, igualmente, a pratica do bem e a mútua cooperação; pois, com tais
sacrifícios, Deus se compraz.” Hb 13.16

Exemplos de cooperadores no Evangelho

“Saudai Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e também meu amado Estáquis.”
Rm 16.9

“Saúda-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, Jasom e Sosipatro meus parentes.”


Rm 16.21

“Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.”
I Co 9.23

“que também vos sujeiteis a esses tais, como também a todo aquele que é cooperador e
obreiro.” I Co 16.16

“Quando a Tito, é meu companheiro e cooperador convosco; quanto a nossos irmãos,


são mensageiros das igrejas eglória de Cristo.” II Co 8.23

“Julguei, todavia, necessário mandar até vós Epafrodito, por um lado, meu irmão,
cooperador e companheiro de luta; e, por outro vosso mensageiro e vosso auxiliar nas
minhas necessidades.” Fp 2.25

A AUTORIDADE DE SER SERVOS

“Sabendo que receberás do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o senhor,


servis’’. Cl 3.24

Igreja Encontros de Vida 83


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“Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? .Se


estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”Gl 1.10

Trabalhar no Reino de Deus voluntariamente é prazeroso. É por meio do serviço cristão, que
exercitamos a nossa mordomia, aperfeiçoando-nos em caridade e amor. Ao contrário do que
muitos pensam, o serviço cristão não é uma restrição à liberdade com que Cristo nos libertou
(Gl 5.1), mas uma possibilidade nova, de crescermos em toda a justiça, renunciando
conscientemente as inclinações egocêntricas da carne:

“Porque vós, irmãos, fostes chamados a liberdade. Não useis, então, da liberdade para
dar ocasião a carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.”Gl 5.13

O amor de Deus, derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo (Rm 5.5) é que nos
constrange a entregar nossas vidas e talentos, a favor do próximo (Gl 5.14).

“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o
que é dos outros” Fp 2.4

O Evangelho de Jesus Cristo, não favorece nem um pouco, ao ego. Glórias a Deus por isso!
Mas, é todo ele centrado em uma vida de entrega e renúncia. É agradável a Deus, nos
exercitarmos em todo tipo de serviço desinteressado. Tudo o que fizermos aos homens (o
nosso próximo) deve ser executado dentro de uma perspectiva correta. Isto quer dizer:
como forma de culto, adoração e serviço para Deus.

“E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como ao senhor, e não aos homens.”
Cl 3.23

Se agirmos dentro desse princípio, não teremos dificuldades em nos conduzir como servos.
Porém, se negligenciarmos o conselho de Deus, nas Escrituras, constantemente nos
defrontaremos com a má vontade (que é da velha natureza), insistindo em ir contra toda
orientação de Deus. Quando não temos o sentimento de servir ao próximo, sempre
acharemos que os outros não merecem o nosso serviço, e sim nós é que merecemos o
serviço dos outros (nossa tendência é sempre achar que somos bons).

Porém, se o fizermos de todo o coração, como ao Senhor, não nos importaremos se a


pessoa, merece ou não, tal préstimo. Aquele que sofre por causa de Jesus Cristo e do
evangelho, é bem aventurado, pois será participante também, da glória de Sua exaltação.

“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da glória e de Deus.” I Pe 4.14

Pelo Senhor Jesus é justo e conveniente que nos exercitemos no serviço mútuo (uns pelos
outros). A Cristo, o Senhor, é que servimos, portanto nossa preocupação não está em
agradar o homem, mas a Deus. Não podemos esperar recompensas ou reconhecimento, pelo
nosso serviço entre os homens. Todos igualmente são naturalmente ingratos e egoístas. Do
Senhor é que recebemos galardão ou recompensa.

Igreja Encontros de Vida 84


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É o Senhor quem merece nossa dedicação, esforço e abnegação. Servir Àquele que nos
comprou, pagando com Seu próprio sangue, o preço de nossa redenção, é motivo de muita
alegria e glória. Os apóstolos, no início da Era Cristã, tinham por motivo de regozijo, padecer
por causa do nome de Jesus.

“retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados


dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.” At 5.41

A ingratidão dos homens, não pode ser obstáculo ao nosso serviço, nem serve como
desculpa para nossa omissão. Jesus é o nosso Senhor, e foi servo obediente, deixando-nos
Seu exemplo. O ato de servir era muito importante.

“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são
considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus
maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser
tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro
entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mc 10.42-45

Para continuarmos a obra de Cristo, os nossos objetivos precisam ser os de Deus. É


necessário que sejamos servos de todos, a aprendamos com o exemplo deixado por Cristo.

“E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebeis a graça de
Deus em vão.” II Cor 6.1

O apóstolo Paulo, antes havia dito: “Porque nós somos cooperadores de Deus”(I Co 3.9a ).
Depois de reafirmar esta condição, ele exorta: “Não recebais a graça de Deus em vão”. A graça
de Deus é que nos habilita ao serviço e à cooperação com Deus. O que muitos ignoram é
que, embora habilitados, podemos, por negligência ou descuido, deixar de produzir os frutos
que agradam a Deus. Somos chamados a cooperar e capacitados para o cumprimento desse
propósito. O maior exemplo de serviço foi o que Jesus nos deu:

“de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
que, sendo em forma de deus, não teve por usurpação ser igual a Deus .mas aniquilou-
se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.”
Fp 2.5-7

A graça nos foi dada para servirmos. Jesus sempre agiu como servo de todos, sendo Senhor
sobre todas a coisas. Nosso objetivo como servo é dar testemunho da autoridade de Cristo e,
em posse de armas espirituais, levar cativo todo o entendimento à obediência de Cristo ( II
Co 10.5 ). Autoridade espiritual é a que ressalta nossa condição de servo.

Enquanto servos, será impossível agradar a todos. Cada ser humano constitui uma
individualidade, sendo único em seu modo de ser e pensar. Quem vive na busca incessante
de agradar a homens, satisfazendo-lhes os desejos e caprichos, está sendo conivente com o
pecado, portanto, longe de agradar a Deus. Nosso compromisso é, antes de tudo, com Deus,
nunca agradar a nós mesmos.

Igreja Encontros de Vida 85


A U T O R ID A D E D O C R E N T E AULA 4

Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco
para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos,
não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.”
I Co 10.32-33

Mas, como evitar escândalo? A maneira do apóstolo Paulo, agradar a todos, era, sem
dúvida, conduzir a sua vida, de maneira que não viesse ser motivo de escândalo ou tropeço
para ninguém. Ele se empenhava em manter o testemunho, para salvar a muitos e para não
afastar da igreja, os recém-convertidos. Não podemos dar motivos para escândalos
injustificáveis. Podemos sofrer agravos, e pessoas podem até ver escândalos, onde eles não
existem. Portanto, o importante é a nossa consciência para com Deus.

“pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o
evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova
o nosso coração”. I Tss 2.4

“Porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra
agravos, padecendo injustamente. Porque para isso sois chamados, pois também Cristo
padeceu por nós deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.”
I Pe 2.19,21

Nosso objetivo, como servos de Deus, é cumprir Sua vontade:

“Porque é assim a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca da ignorância
dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas
como servo de Deus.” I Pe 2.15-16

No meio do povo de Deus, existem duas categorias de servos: o servo bom e fiel, e o servo
mau e relapso. O tratamento de Deus, sua recompensa ou condenação, há de ser
proporcional à qualidade do serviço que lhe prestamos.

O servo inútil será lançado nas trevas exteriores, onde haverá pranto e ranger de dentes
(Mt 25.30 ), enquanto que, o servo bom, receberá o melhor do Senhor:

“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para
dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor,
quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus
bens.” Mt 24.45-47

Precisamos nos preocupar com a qualidade de nosso serviço àquele que nos confiou as
virtudes do Reino. Sermos ministros de Cristo, não é responsabilidade de pouca importância
– não é coisa pequena. Nem todos podem ser “despenseiros dos mistérios de Deus’’ (I Co
4.1). Não podemos negligenciar o serviço sagrado, não pode existir jactância no serviço
cristão, pois não estamos fazendo nenhum favor a Deus. Ele nos comprou com Seu sangue,
portanto, não nos pertencemos mais (I Co 6.20-22).

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente“. Jr 48.10a

Sempre que fizermos tudo o que nos foi ordenado fazer, diremos: somos inúteis porque
ainda há muito por fazer!

Igreja Encontros de Vida 86


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“Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos
servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.” Lc 17.10

A qualidade de nosso serviço, bem como nossa motivação ao realizá-lo, é a garantia ou não,
de galardão diante do tribunal de Cristo. A qualidade de nossas obras será provada pelo
fogo, e não a quantidade. ...” e o fogo provará qual seja a obra de cada um” ( 1 Co 3.13 ) . O real
motivo, que nos levou à pratica de um determinado serviço, será trazido à luz. Os desígnios
dos corações hão de ser considerados:

“Portanto, nada julgareis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também
trará á luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e,
então, cada um receberá de Deus o louvor.” I Co 4.5

Não devemos julgar precipitadamente o nosso serviço e principalmente o dos outros, que é a
nossa maior tendência.

“Porque Deus não é injusto para se esquecer de vossa obra e do trabalho de caridade
que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.”
Hb 6.10

Todo serviço cristão deve, sobretudo, trazer glórias a Deus! Veja o exemplo de Jesus:

“Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.” Jo 17.4

Existem muitos que realizam obras ou serviços, que não foram entregues por Deus, ainda
que boas ou coerentes com a doutrina bíblica, mas, não constituem a vontade plena de
Deus.

Quando Deus nos chama para fazer uma obra, é Ele mesmo quem a completa. A nossa
obediência, dedicação e nossa posição de servos, irão glorificar a Deus, na realização do Seu
propósito. A obra do Senhor Jesus foi plenamente consumada, nada ficou por fazer.

Tudo o que existe, verdadeiramente, de bom em nós, é exclusivamente o que Deus fez, e é
para o louvor de Sua glória. Muitas se intitulam: bons, honestos, piedosos, e altamente
religiosos, porque se julgam assim. Mas, para Deus, não existem melhores ou piores
pecadores, Ele abomina o pecado .

“Quer sejais bons ou maus, a vossos próprios olhos, se não vos arrependerdes, todos de
igual modo perecereis.” Lc 13.5.

Orgulho, exaltação e todo tipo de pretensão, não podem fazer parte de nossas vidas:
precisamos nos libertar e nos esvaziar de todo esse lixo. Isto compete a nós; é nossa tarefa
e obrigação. Mesmo fazendo isto, não estaremos sendo melhores do que nosso Mestre, pois
foi Ele quem primeiro...

“aniquilou-se, esvaziou-se, despojou-se, humilhou-se,” sendo obediente até a morte e


morte de cruz.” Fp 2.7-8

“Porque não é aprovado quem a si mesmo louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor
louva.” II Co 10.18

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Além de nos esvaziarmos de tudo isto, precisamos aprender o principal: OBEDIÊNCIA. É por
meio dela, que fazemos exatamente o que Deus quer. Serviço sem obediência não é serviço,
pode ser sim: emprego, trabalho, ocupação ou qualquer outra coisa.

“de sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só da minha
presença, mais muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa
salvação com o temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como
o efetuar, segundo a sua boa bondade”. Fp 2.12-13

Ainda que era filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.” Hb 5.8

Portanto, não há mérito algum em realizarmos o mesmo, pois não estaremos fazendo nada
além do que está ordenado, na Palavra. A igreja deve buscar a glória do Senhor Jesus.
Quando Jesus é exaltado e glorificado, também aumenta a glória da igreja.

Chegará o momento em que receberemos “a incorruptível coroa da glória” (I Pe 5.4). Muitos,


porém, já querem ser glorificados, distinguidos, honrados e reconhecidos. Estão buscando
uma glória passageira, porém o objetivo de Deus é que alcancemos “a salvação com glória
eterna” (II Tm 2.10 ).

É tempo de pagar o preço, aprender a perdoar, suportar as aflições, passar pelo vale da
sombra da morte, e vencer o mundo. Consolo não faltará.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus
de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos
consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós
mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo
se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação
transborda por meio de Cristo”. II Co 1.3-5

Deus é quem opera em nós, tanto o querer como o realizar. Não podemos portanto, resistir
à operação de Deus, em nós. Devemos somente obedecer.

A consciência de que não temos méritos da parte de Deus, nos leva a agir com temor e
tremor, sem nenhuma arrogância ou vangloria. Não importa o tamanho ou complexidade de
nosso serviço; não faz diferença a aparência ou magnitude dele. O que importa, e faz
diferença, é: somos fiéis, obedientes e dependentes de Deus em tudo. Sejamos servos,
simplesmente.

“para que o nome do nosso senhor Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós Nele,
segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo”. II Tss 1.12

Igreja Encontros de Vida 88


Bibliografia:
 A doutrina da Graça: Gilberto Moreira Alves Filho
 Autoridade do Crente: Kenneth E. Hagin
 Conquistado para conquistar: Guilherme Lassio
 Cura Pela palavra: Marcelo Aguiar
 Nome de Jesus: Kenneth E. Hagin

Igreja Encontros de Vida 89

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