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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)


REFERENTE A IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DO

ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO


DO RECIFE - LOTE 2

Nº do Processo: 004930/2014

OUTUBRO 2014
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

01 29/10/14 Revisão 01 CA FM SS CM
00 19/08/14 Emissão Inicial CA FM SS CM
Revisão Data Descrição Por Ver. Aprov. Autor.

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Arco Rodoviário


Metropolitano do Recife – Lote 2

EIA/RIMA PARA AS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DO ARCO RODOVIÁRIO


METROPOLITANO DO RECIFE – LOTE 2

Elaboração Verificação Aprovação Autorização


Biól. Carina da Luz de Abreu Biól. Fabiana Maraschin Eng.ª Sandra Sonntag Engº Carlos Mees
Revisão: Referência Skill Data
01 - 29/10/2014

Finalidade
Para Para Para Para Como Para Para
da 1 2 3 4 5 6 7
Informação Comentários Aprovação Execução Construído Utilização Providências
emissão

Skill Engenharia Ltda.


Rua Carlos Von Koseritz, 1067
www.skillengenharia.com.br Porto Alegre/RS CEP 90.540-031
Fone (51) 3337-0010 Fax (51)
3337-0651
SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS ................................................................................... 31


APRESENTAÇÃO .................................................................................... 35
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, DO PROPONENTE DA EMPRESA
CONSULTORA E EQUIPE TÉCNICA ........................................................... 37
1.1. IDENTIFICAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO... 37
1.1.1. HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO
EMPREENDIMETO ............................................................... 37
1.1.2. IMPLICAÇÕES DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇAO
NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................... 43
1.2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE ............................................. 54
1.3. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA............................... 54
1.4. IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA ......................................... 55
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO ........................... 57

3. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS ................................ 59


3.1. METODOLOGIAS ....................................................................... 59
3.1.1. CRITÉRIOS ANALISADOS ..................................................... 63
3.2. RESULTADOS ........................................................................... 65
3.3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS................................................. 66
3.4. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA PREFERENCIAL ......................... 68
4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO................................................... 71
4.1. ESTUDOS TÉCNICOS ................................................................. 71
4.1.1. ESTUDOS DE TRÁFEGO ....................................................... 71
4.1.2. ESTUDOS TOPOGRÁFICOS................................................... 73
4.1.3. ESTUDOS DE TRAÇADO ...................................................... 74
4.1.4. ESTUDOS GEOTÉCNICOS..................................................... 74
4.1.5. ESTUDOS HIDROLÓGICOS E DE DRENAGEM ......................... 75
4.1.6. ESTUDOS AMBIENTAIS ........................................................ 75
4.1.7. IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS E ÁREAS OCUPADAS .... 76
4.3.1. CONSIDERAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO ANTEPROJETO ..... 79
4.3.2. DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS ............................................ 79
4.3.3. CORTE E ATERROS ............................................................. 79
4.3.4. EMPRÉSTIMOS .................................................................... 79
4.3.5. BOTA-FORAS ...................................................................... 80
4.3.6. ATERROS EM ROCHA .......................................................... 80
4.3.7. CAMINHOS DE SERVIÇO ...................................................... 80
4.3.8. LIMPEZA DE EMPRÉSTIMO E JAZIDAS ................................... 80
4.6.1. PAVIMENTOS FLEXÍVEIS ...................................................... 82
4.6.2. PAVIMENTOS RÍGIDOS ........................................................ 83
5. PLANOS E PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO ................................ 93
6. ANÁLISE JURÍDICA ............................................................................ 99

7. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO .................................. 109


7.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)........................................ 109

1
7.2. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) ......................................... 109
7.3. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)....................................... 109
8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA .................... 111
8.1. GEOPROCESSAMENTO ............................................................ 111
8.1.1. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS ........................ 112
8.1.2. DADOS UTILIZADOS.......................................................... 112
8.2. MEIO FÍSICO........................................................................... 117
8.2.1. METODOLOGIA ................................................................. 117
8.2.2. RESULTADOS ................................................................... 135
8.3. MEIO BIÓTICO ........................................................................ 220
8.3.1. METODOLOGIAS ............................................................... 220
8.3.2. RESULTADOS ................................................................... 249
8.4. MEIO SOCIOECONÔMICO ........................................................ 382
8.4.1. METODOLOGIA ................................................................. 382
8.4.2. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA AII . 401
8.4.3. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA AID 433
8.4.4. RESULTADO DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA ADA. 466
8.5. PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E ARQUEOLÓGICO............ 504
8.5.1. CARACTERIZAÇÃO MACRORREGIONAL (CONTEXTO ESTADUAL)
....................................................................................... 504
8.5.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII). 518
8.5.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUENCIA DIRETA (AID) .. 674
8.5.4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) 699
8.5.5. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ................................................. 711
8.6. COMUNIDADES TRADICIONAIS ................................................ 717
8.7. PASSIVO AMBIENTAL .............................................................. 718
8.7.1. METODOLOGIA ................................................................. 718
8.7.2. RESULTADOS ................................................................... 719
8.8. PONTOS SENSÍVEIS E PREMISSAS PARA O PROJETO DE ENGENHARIA
............................................................................................. 730
8.8.1. METODOLOGIA ................................................................. 730
8.8.2. RESULTADOS ................................................................... 731
9. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS................. 753
10.1. METODOLOGIA....................................................................... 753
10.1.1. FASES ANALISADAS E AÇÕES IMPACTANTES....................... 753
10.1.2. PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO E QUALI-
QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS ....................................... 756
10.2. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS............................. 759
9.1.1. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EMPREENDIMENTO
....................................................................................... 763
9.1.2. SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS............ 784
10. MEDIDAS DE CONTROLE ................................................................ 787
11. PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS
IMPACTOS ........................................................................................... 797
11.1. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA ............................... 797

2
11.2. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – PEA .......................... 799
11.2.1. SUBPROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA.......... 799
11.2.2. SUBPROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A
COMUNIDADE................................................................... 801
11.3. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCS ........................... 803
11.4. PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO – PAC ............................. 806
11.4.1. SUBPROGRAMA DE PREVENÇÃO, CONTROLE E
MONITORAMENTO DE PROCESSOS EROSIVOS .................... 806
11.4.2. SUBPROGRAMA DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS ...................................... 809
11.4.3. SUBPROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS, RUÍDOS E VIBRAÇÕES .............. 812
11.4.4. SUBPROGRAMA DE SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA VIÁRIA ..... 814
11.4.5. SUBPROGRAMA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE DO
TRABALHADOR................................................................. 815
11.5. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD818
11.5.1. SUBPROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE
INTERVENÇÃO DE OBRAS.................................................. 818
11.5.2. SUBPROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS
....................................................................................... 820
11.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA – PMQA
............................................................................................. 822
11.7. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS E PLANO
DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA – PGRA/PAE.................................... 825
11.8. PROGRAMA DE PROTEÇÃO DE FAUNA - PPFA............................ 827
11.8.1. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA ............... 827
11.8.2. SUBPROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DE FAUNA
....................................................................................... 830
11.8.3. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E MITIGAÇÃO DE
ATROPELAMENTOS DE FAUNA ........................................... 833
11.8.4. SUBPROGRAMA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DA FAUNA
AMEAÇADA E ENDÊMICA ................................................... 835
11.9. PROGRAMA DE PROTEÇÃO À FLORA - PPFL .............................. 837
11.9.1. SUBPROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE
VEGETAÇÃO ..................................................................... 837
11.9.2. SUBPROGRAMA DE PLANTIO COMPENSATÓRIO DE ÁREAS DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE ............................................ 840
11.9.3. SUBPROGRAMA DE SALVAMENTO E TRANSPLANTE DE
GERMOPLASMA VEGETAL .................................................. 842
11.10. PROGRAMA DE INDENIZAÇÃO, REASSENTAMENTO E
DESAPROPRIAÇÃO - PIRD........................................................ 845
11.11. PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO,
ARQUEOLÓGICO E CULTURAL - PARQUEO ................................ 847
12. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ........................................................... 851
13. PROGNÓSTICO DA QUALIDADE AMBIENTAL ..................................... 853
CENÁRIO 1 – NÃO IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO..................... 853
CENÁRIO 2 – IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................ 854
14. CONCLUSÕES ................................................................................ 857

3
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 859
16. ANEXOS ........................................................................................ 885

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema do processo de desapropriação (Fonte: IPR-746 –


Diretrizes Básicas para Desapropriação). .......................................... 51

Figura 2 - Seção tipo da rodovia. ............................................................ 76


Figura 3 - Croqui do pavimento flexível................................................... 82
Figura 4 - Croqui da seção transversal da estrutura proposta. .................. 86

Figura 5 - Modelo de Lay-out indicativo para o canteiro de obras do


empreendimento. ............................................................................ 91
Figura 6 – Localização dos postos pluviométricos e estação meteorológica
.................................................................................................... 119
Figura 7 - Diagrama termopluviométrico da estação meteorológica de
Recife/PE (1961-1990). Fonte: INMET. ............................................. 136

Figura 8 - Normais climatológicas de Insolação e Umidade Relativa do Ar


Média da estação de Recife/PE. Fonte: INMET.................................. 137
Figura 9 - Acumulado anual de precipitação para as estações de São
Lourenço da Mata, Pirapama e Dos Guararapes. Fonte: ANA e ICEA. . 138
Figura 10 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961 a
1990 a uma velocidade de 1-5 Kt. Fonte: ICEA................................. 139

Figura 11 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961 a


1990 a uma velocidade de 6-10 Kt. Fonte: ICEA............................... 139
Figura 12 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961 a
1990 a uma velocidade de 11-15 Kt. Fonte: ICEA. ............................ 140
Figura 13 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961a
1990 a uma velocidade de 16-20 Kt. Fonte: ICEA. ............................ 140

Figura 14 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961 a


1990 a uma velocidade de 21-30 Kt. Fonte: ICEA. ............................ 140
Figura 15 – Série histórica da direção do vento para o período de 1961a
1990 a uma velocidade de >30 Kt. Fonte: ICEA. .............................. 140
Figura 16 - Compartimentação tectônica do Estado de Pernambuco. ...... 142
Figura 17 - Arcabouço tectônico da Província da Borborema. ................. 143

Figura 18: Estratigrafia das bacias do Cabo e Pernambuco-Paraíba......... 144

4
Figura 19 - Rocha gnaissica do Complexo Belém de São Francisco aflorante
na intersecção do Rio Jaboatão com a Rodovia. ............................... 149
Figura 20 - Exemplo de afloramento das rochas do Complexo Salgadinho em
matacões na área de estudo. ......................................................... 151
Figura 21 - Perfil altimétrico aproximado do lote 2................................. 154
Figura 22 - Panorâmica do relevo mamelonar desde o ponto máximo do Arco
Rodoviário na cota 162m aproximadamente. .................................. 154
Figura 23 - Domínios Geomorfológicos da RMR. Fonte: Alheiros, 1998. ... 155
Figura 24 - Área de várzea do Rio Jaboatão coberta de cana-de-açúcar.
(Coordenadas UTM: 25L – 266426 m E; 9097976 m S). .................... 164
Figura 25 - Contato da Várzea do Rio Jaboatão com os morros do Planalto
Rebaixado Litorâneo. (Coordenadas UTM: 25L – 266331 m E; 9098572 m
S). ................................................................................................ 164
Figura 26 - Panorâmica do escorregamento de talude de solo residual na
duplicação da BR-101 sul. .............................................................. 168

Figura 27 - Panorâmica do talude instável localizado na alça de acesso à BR-


101 antiga em direção ao Cabo de Santo Agostinho. ....................... 168
Figura 28 - Argissolo apresentando ravina em área de relevo moderado. 173

Figura 29 - Exemplo de Argissolo vermelho-amarelo em corte de estrada


vicinal, em relevo ondulado. (Coordenadas UTM: 25 L 264068 m E;
9107547 m S). .............................................................................. 175

Figura 30 - Exemplo de latossolo amarelo de textura areno-argilosa


(Coordenadas UTM: 25 L 269538 m E, 9096138 m S)....................... 176
Figura 31 - Gleissolos em área de várzea do Rio Jaboatão (Coordenada UTM:
25 L – 266485 m E; 9097570 m S). ................................................. 177
Figura 32 - Diagrama Unifilar de Reservatórios da COMPESA ao longo do
Arco Viário. ................................................................................... 192

Figura 33 – Foto do poço do P7............................................................. 207


Figura 34 - Sinais de queimada de cana em ponto próximo do
empreendimento. .......................................................................... 213

Figura 35 - Emissão Atmosférica na Usina Auxiliadora. .......................... 214


Figura 36 – Concentração de CO em jun/2014. ...................................... 214
Figura 37 – Concentração de NOx em jun/2014. .................................... 215

Figura 38 – Concentração de MP2.5 em jun/2014. ................................. 215


Figura 39 - Elevação de material particulado pela circulação de veículos
canavieiros na AID do empreendimento. ......................................... 217

5
Figura 40 - Vista da vegetação no fragmento florestal da parcela 1. ....... 226
Figura 41 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 2.226
Figura 42 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 3.227

Figura 43 - Vista da vegetação no fragmento florestal da Parcela 4 ........ 227


Figura 44 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 5.227
Figura 45 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 6.228

Figura 46 - Vista da vegetação no fragmento florestal da Parcela 7 ........ 228


Figura 47 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 8.228
Figura 48 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 9.229

Figura 49 - Vista externa do fragmento florestal da parcela 10............... 229


Figura 50 - Coleta com rede de arrasto no Rio Tapacurá ........................ 242
Figura 51 - Vistas dos Rios amostrados ao longo do LOTE 2 do Arco
Rodoviário do Recife. 5A - Rio Jaboatão, 5B – Rio Capibaribe, 5C – Rio
Goitá, e 5D – Rio Várzea do Una. .................................................... 245
Figura 52 - Aspecto geral da paisagem na AID, com uma matriz agrícola
(canaviais) e alguns fragmentos florestais....................................... 310
Figura 53 - Visão panorâmica de um fragmento florestal em estágio inicial a
médio de regeneração, circundado por canavial. ............................. 313

Figura 54 – Curvas de suficiência amostral por parcelas (acima) e número de


indivíduos (abaixo), obtidas por rarefação, para a estimativa da riqueza
arbórea na amostragem fitossociológica dos fragmentos de Floresta
Atlântica. As linhas pontilhadas correspondem aos intervalos de
confiânça (95%). ........................................................................... 316
Figura 55 – Estrutura diamétrica do componente arbóreo dos fragmentos de
Floresta Atlântica na AID do empreendimento. ................................ 320
Figura 56 - Estrutura vertical do componente arbóreo dos fragmentos de
Floresta Atlântica na AID do empreendimento. ................................ 320

Figura 57 - Curva do coletor baseada na estimativa de riqueza de espécies


Jacknife 1. ..................................................................................... 323
Figura 58 – Ischnocnema ramagii ........................................................ 326

Figura 59 – Frostius pernambucensis. .................................................. 326


Figura 60 – Rhinella crucifer. ............................................................... 326
Figura 61 – Rhinella jimi....................................................................... 326

Figura 62 – Proceratophrys renalis........................................................ 326


Figura 63 – Agalychnis granulosa ......................................................... 326

6
Figura 64 – Dendropsophus branneri. ................................................... 327
Figura 65 – Agalychnis granulosa. ........................................................ 327
Figura 66 – Dendropsophus nanus. ....................................................... 327

Figura 67 – Gastrotheca fissipes. ........................................................... 327


Figura 68 – Hypsiboas albomarginatus.................................................. 327
Figura 69 – Phyllodytes edelmoi. .......................................................... 327

Figura 70 – Phyllomedusa nordestina.................................................... 328


Figura 71 – Scinax gr. catharinae.......................................................... 328
Figura 72 – Scinax nebulosus ............................................................... 328

Figura 73 – Scinax x-signatus ............................................................... 328


Figura 74 – Physalaemus cuvieri........................................................... 328
Figura 75 – Pseudopaludicola falcipes. .................................................. 328

Figura 76 – Leptodactylus fuscus.......................................................... 329


Figura 77 – Leptodactylus hylaedactylus. .............................................. 329
Figura 78 – Leptodactylus mystaceus. .................................................. 329

Figura 79 – Leptodactylus natalensis. ................................................... 329


Figura 80 – Leptodactylus troglodytes................................................... 329
Figura 81 – Leptodactylus vastus.......................................................... 329

Figura 82 – Chiasmocleis gr. schubarti. ................................................. 330


Figura 83 – Lithobates palmipes. .......................................................... 330
Figura 84 – Hemidactylus mabouia. ...................................................... 330

Figura 85 – Dryadosaura nordestina. .................................................... 330


Figura 86 – Coleodactylus meridionalis. ................................................ 330
Figura 87 – Kentropyx calcarata. .......................................................... 330

Figura 88 – Tupinambis merianae......................................................... 331


Figura 89 – Tropidurus hispidus. ........................................................... 331
Figura 90 – Typhlops brongersmianus................................................... 331

Figura 91 – Atractus gr. maculatus. ...................................................... 331


Figura 92 - Curva de observador, nos sete (07) pontos amostrais, em seis
(06) dias. ...................................................................................... 332

Figura 93 - A quantidade de espécies de aves e os Índices Pontuais


de Abundância (IPA). Notar a “preponderância de raridades”. ........... 333

7
Figura 94 - As dez espécies de aves com maiores Índices Pontuais de
Abundância (IPA), entre 1,70 e 3,17. ............................................... 333
Figura 95 - Canário-da-mata (Basileuterus flaveolus), capturado com redes
ornitológicas. Coordenadas UTM: 0277583 – 9092185. .................... 335
Figura 96 - Bizunga (Glaucis hirsutus) preso na rede, sobosque da mata
(área A), nas coordenadas: 25L, UTM, 0277583 - 9092185. ............. 335

Figura 97 - Tico-da-mata (Arremon taciturnus), macho, capturado com rede.


Coordenadas UTM: 0277583 - 9092185........................................... 335
Figura 98 - Frei-vicente (Tangara cayana), macho, capturado. ............... 335

Figura 99 - Trinca-ferro (Saltator maximus),capturado no sobosque.


Coordenadas UTM: 25L 0277583 – 9092185. ................................. 335
Figura 100 – Rendeira (Manacus manacus), fêmea capturada com redes
ornitológicas. Coordenadas: UTM, 25L 0277583 – 9092185. ............ 335
Figura 101 - Curva cumulativa das espécies de morcegos...................... 344
Figura 102 – Carollia perspicillata ......................................................... 345

Figura 103 – Phyllostomus discolor. ...................................................... 346


Figura 104 – Phyllostomus hastatus...................................................... 346
Figura 105 – Dermanura cinerea. ......................................................... 347

Figura 106 – Artibeus lituratus.............................................................. 347


Figura 107 – Artibeus planirostris ......................................................... 348
Figura 108 – Platyrrhinus lineatus......................................................... 348

Figura 109 – Sturnira lilium. ................................................................. 349


Figura 110 – Myotis nigricans. .............................................................. 349
Figura 111 – Molossus rufus. ................................................................ 349

Figura 112 - Bradypus variegatus preguiça na estrada........................... 355


Figura 113 - Bradypus variegatus Preguiça com filhote. ......................... 355
Figura 114 – Pegadas de Procyon cancrivorus ....................................... 357

Figura 115 - Pegadas de Procyon cancrivorus........................................ 357


Figura 116 - Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819)...................................... 367
Figura 117 - Astyanax gr. Bimaculatus (Linnaeus, 1758). ....................... 367

Figura 118 - Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824). ............... 367
Figura 119 - Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758).................................... 367
Figura 120 - Serrapinnus sp. ................................................................ 367

8
Figura 121 - Poecilia spp. ..................................................................... 367
Figura 122 - Hemigrammus gracilis (Lütken,1875)................................. 368
Figura 123 - Cichla spp. ....................................................................... 368

Figura 124 - Apareidon spp. ................................................................. 368


Figura 125 - Characidium sp................................................................. 368
Figura 126 - Oreochromis niloticus ....................................................... 368

Figura 127 - Plagioscion squamosissimus.............................................. 368


Figura 128 - Astronotus ocellatus (Agassiz,1831)................................... 368
Figura 129 - Cichlasoma sanctifranciscence (Kullander, 1983)................ 368

Figura 130 - Hypostomus sp................................................................. 368


Figura 131 - Crenicichla sp................................................................... 368
Figura 132 - Hypostomus gr. commersoni ............................................. 369

Figura 133 - Synbranchius marmoratus (Bloch, 1795)............................ 369


Figura 134 - Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822). ................................ 369
Figura 135 - Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). .................................... 369

Figura 136-Macrófitas aquáticas identificadas 1 de 3:Vista parcial das


estações de coleta do rio Jaboatão, figuras: 1A – Trecho a montante sob
a ponte da BR- 408, 1B – Vista do rio Tapacurá a jusante da região de
coleta, 1C – Paspalum repens, 1D, E – Pistia stratiote, 1F – Ludwigia
helminthorrhiza. ............................................................................ 374
Figura 137 - Macrófitas aquáticas identificadas 2 de 3: Vista parcial da
estação de coleta do Rio Jaboatão, figuras: 2A – Polygonum ferrugineum,
2B – Pistia stratiotes, 2C – Nymphaea ampla, 2D, E – Mourera sp . 2F –
Vista da estação de coleta no rio Jaboatão. ..................................... 375

Figura 138 - Macrófitas aquáticas identificadas 3 de 3: Vista parcial das


estações de coleta do Rio Jaboatão, figuras: 3A – Pistia stratiotes e
Ludwigia helminthorrhiza, 3B – Salvinia auriculata e Salvinia minima , 3C
– Pluchea sagittalis, 3D – Hidrocotyle verticillata ............................. 375
Figura 139 - Vista parcial da estação de coleta do Rio Giotá, figuras: 4A –
Ludwigia helminthorrhiza, 4B – Hidrocotyle verticillata, 4C – Egeria
densa, 4D – Eleocharis mínima,, 4E – Vista da estação de coleta no rio
Goitá. 4F – Eichhornia crassipes...................................................... 376
Figura 140-Alguns táxons de diatomáceas identificados nos trechos de rios
de cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife. (a)
Amphipleura lindheimeri, (b) Cocconeis placentula, (c) Coscinodiscus

9
lacustres cf., (d) Encyonema sp., (e) Gomphonema sp., (f) Nitzchia sp.
.................................................................................................... 381
Figura 141- Alguns táxons de zooplâncton identificados nos trechos de rios
que cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, no
eixo do percurso do LOTE 2. (a) Geitlerinema sp., (b) Oscillatoria sp.1,
(c) Oscillatoria sp.2., (d) Oscillatoria ornata, (e) Phormidium sp.1, (f)
Phormidium sp.2, (g) Pseudanabaena sp......................................... 381
Figura 142- Alguns táxons de zooplâncton identificados nos trechos de rios
que cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, no
eixo do percurso do LOTE 2. (a) Cyclops sp., (b) Cyclops sp. estágio
larval - nauplius, (c) Nauplius, (d) larva de Chironomidae, (e) Keratella
sp., (f) Rotifera. ............................................................................. 382

Figura 143 - Área mapeada através de imagens do Google Earth. .......... 385
Figura 144 – Regiões brasileiras de origem da população dos municípios da
AII ................................................................................................ 403

Figura 145 – Percentuais de crianças de 0 a 5 anos de Idade Residentes em


Domicílios particulares permanentes com saneamento inadequado –
2010............................................................................................. 406

Figura 146 – Participação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios da


AII, no PIB do Estado - 2008............................................................ 412
Figura 147 – Produto Interno Bruto per capita (R$) por município da AII -
2008............................................................................................. 412
Figura 148 – Utilização da Terra nos estabelecimentos agropecuários da AII
em 2006. ...................................................................................... 416

Figura 149 – Distribuição do serviço de energia elétrica nos municípios da AII


.................................................................................................... 426
Figura 150 – Cacimba do Engenho COEPE: Importante fonte de
abastecimento de água para várias comunidades do entorno........... 451
Figura 151 – Escolas dos Engenhos Santo Estêvão (esquerda) e Caraúna
(direita)......................................................................................... 455

Figura 152 – Escola do Engenho Gameleira (em reforma) ...................... 459


Figura 153 – Escola do Engenho Canzanza............................................ 459
Figura 154 – Escola Municipal Dr. Eudes Sobral ..................................... 460

Figura 155 – Escola Municipal Rural Paulo Freire (esquerda) e transporte


escolar (direita) ............................................................................. 460
Figura 156 – Escola da Usina Auxiliadora .............................................. 461

Figura 157 – Escola Municipal Serraria .................................................. 462

10
Figura 158 – Escola do Engenho Coepe................................................. 462
Figura 159 – Escola Itinerante do Acampamento Chico Mendes .............. 463
Figura 160 - Escola Municipal Tiradentes.............................................. 464

Figura 161 – Escola Municipal Severino Maurício Carneiro ...................... 464


Figura 162 – Escola Estadual José Antônio Fagundes ............................... 465
Figura 163 – Edificação do Ponto 1. Fonte: Skill Engenharia.................... 469

Figura 164 – Edificação do Ponto 2. Fonte: Skill Engenharia.................... 469


Figura 165 – Edificação do Ponto 3. Fonte: Skill Engenharia.................... 470
Figura 166 – Edificação do Ponto 4. Fonte: Skill Engenharia.................... 471

Figura 167 – Edificação do Ponto 5. Fonte: Skill Engenharia.................... 471


Figura 168 – Visão parcial do galpão situado no ponto 5. Fonte: Skill
Engenharia.................................................................................... 471

Figura 169 – Edificação do Ponto 6. Fonte: Skill Engenharia.................... 472


Figura 170 – Edificação do Ponto 7. Fonte: Skill Engenharia.................... 473
Figura 171 – Edificação do Ponto 8. Fonte: Skill Engenharia.................... 473

Figura 172 – Edificação do Ponto 9. Fonte: Skill Engenharia.................... 473


Figura 173 – Edificação do Ponto 10. Fonte: Skill Engenharia.................. 474
Figura 174 – Cultivo de Macaxeira do Ponto 10. Fonte: Skill Engenharia.. 474

Figura 175 – Edificação do Ponto 11. Fonte: Skill Engenharia.................. 474


Figura 176 – Edificação do Ponto 12. Fonte: Skill Engenharia.................. 475
Figura 177 – Vista parcial do Ponto 12. Fonte: Skill Engenharia............... 475

Figura 178 – Edificação do Ponto 13. Fonte: Skill Engenharia.................. 476


Figura 179 – Edificações do Ponto 14. Fonte: Skill Engenharia. ............... 477
Figura 180 – Ponto de venda de produtos e área de plantio do Ponto 14.
Fonte: Skill Engenharia. ................................................................. 477
Figura 181 – Edificação do Ponto 15. Fonte: Skill Engenharia.................. 478
Figura 182 – Edificação do Ponto 16. Fonte: Skill Engenharia.................. 478

Figura 183 – Edificações do Ponto 17. Fonte: Skill Engenharia. ............... 479
Figura 184 – Edificação do Ponto 18. Fonte: Skill Engenharia.................. 479
Figura 185 – Edificação do Ponto 19. Fonte: Skill Engenharia.................. 480

Figura 186 – Edificação do Ponto 20. Fonte: Skill Engenharia.................. 481

11
Figura 187 – Cacimba e esgoto a “céu aberto” do Ponto 21. Fonte: Skill
Engenharia.................................................................................... 481
Figura 188 – Ocupação do Ponto 21. Fonte: Skill Engenharia. ................. 482

Figura 189 – Edificações do Ponto 22. Fonte: Skill Engenharia. ............... 482
Figura 190 – Edificação do Ponto 23. Fonte: Skill Engenharia.................. 483
Figura 191 – Edificações do Ponto 24. Fonte: Skill Engenharia. ............... 483

Figura 192 – Edificação do Ponto 25. Fonte: Skill Engenharia.................. 484


Figura 193 – Edificação do Ponto 26. Fonte: Skill Engenharia.................. 484
Figura 194 – Edificação do Ponto 27. Fonte: Skill Engenharia.................. 485

Figura 195 – Edificações do Ponto 28. Fonte: Skill Engenharia. ............... 485
Figura 196 – Edificação do Ponto 29. Fonte: Skill Engenharia.................. 486
Figura 197 – Edificação do Ponto 30. Fonte: Skill Engenharia.................. 486

Figura 198 – Edificação do Ponto 31. Fonte: Skill Engenharia.................. 487


Figura 199 – Edificação do Ponto 32. Fonte: Skill Engenharia.................. 487
Figura 200 – Edificações do Ponto 33. Fonte: Skill Engenharia. ............... 488

Figura 201 – Edificação do Ponto 34. Fonte: Skill Engenharia.................. 489


Figura 202 – Edificação do Ponto 35. Fonte: Skill Engenharia.................. 489
Figura 203 – Edificação do Ponto 36. Fonte: Skill Engenharia.................. 490

Figura 204 – Edificação do Ponto 37. Fonte: Skill Engenharia.................. 490


Figura 205 – Edificação do Ponto 38. Fonte: Skill Engenharia.................. 491
Figura 206 – Edificação do Ponto 39. Fonte: Skill Engenharia.................. 491

Figura 207 – Edificação do Ponto 40. Fonte: Skill Engenharia.................. 492


Figura 208 - Remanescentes florestais.................................................. 498
Figura 209 – Vegetação arbustiva......................................................... 498

Figura 210 - Massas d’água................................................................. 499


Figura 211 - Atividades agropecuárias ................................................. 499
Figura 212 – Áreas com solo exposto.................................................... 500

Figura 213 – Área com cultivo de Eucalipto ........................................... 501


Figura 214 –Edificações presentes na área de estudo ............................ 501
Figura 215 – Vias utilizadas para o escoamento da produção ................. 502

Figura 216 – Cobertura de nuvens. ....................................................... 502

12
Figura 217 – Gráfico de distribuição das classes de uso e cobertura do solo e
suas categogias............................................................................. 504
Figura 218- Passista de Frevo no centro do Recife. ................................ 510

Figura 219- Peixe fossilizado catalogado como proveniente das minas da


fábrica de Cimento Poty, no município de Paulista. Acervo do Museu
Histórico de Igarassu-PE................................................................. 516

Figura 220- Fábrica da Société Cotonnière Belge-Brésiliene S.A.............. 545


Figura 221- Clube João Pessoa.............................................................. 546
Figura 222- Estação Ferroviária ............................................................ 546

Figura 223- Casas construídas pela Societé Cotonniére Belge-Brésilienne,


1955 ............................................................................................. 547
Figura 224- Fachada do prédio da Prefeitura Municipal de Paudalho. ...... 583

Figura 225- Mercado Público de Paudalho. ............................................ 583


Figura 226- Estado atual da Ponte de Itaíba. ......................................... 584
Figura 227- Fachada do Mosteirinho de São Francisco. .......................... 584

Figura 228- Parte lateral do Mosteirinho de São Francisco...................... 584


Figura 229- Fachada da Igreja de São Severino dos Ramos. ................... 584
Figura 230- Comércio local estabelecido na área por conta da peregrinação.
.................................................................................................... 584
Figura 231- Capela da localidade de Pirassirica. .................................... 585
Figura 232- Trecho de linha férrea........................................................ 585

Figura 233- Lateral da capela............................................................... 586


Figura 234- Inscrição com referência a fundação e reforma da capela. ... 586
Figura 235- Edificação da Administração Militar de Pirassirica. ............... 586
Figura 236- Detalhe da fachada onde é possível observar decoração em
relevo. .......................................................................................... 586
Figura 237- Prefeitura de São Lourenço da Mata.................................... 587

Figura 238- Igreja Matriz de São Lourenço. ........................................... 588


Figura 239- Vista externa e interna....................................................... 588
Figura 240- Igreja Matriz da Luz (1540)................................................. 588

Figura 241- Capela Nossa Senhora do Rosário....................................... 588


Figura 242- Panorâmica do distrito de Matriz da Luz. ............................. 588
Figura 243- Fachada da Igreja. ............................................................. 589

13
Figura 244- Capela do Engenho Tapacurá. ............................................ 589
Figura 245- Casa grande do Engenho Tapacurá..................................... 589
Figura 246- Ruínas da fábrica do Engenho Tapacurá.............................. 589

Figura 247- Edificações existentes na área do Engenho Tapacurá. ......... 589


Figura 248-Capela do Engenho Tapacurá. ............................................. 590
Figura 249- Casa grande do Engenho Tapacurá..................................... 590

Figura 250- Área da fábrica do Engenho Tapacurá, em ruína.................. 590


Figura 251- Área do Engenho São João com igreja em ruínas. ................ 590
Figura 252- Edificação pertencente ao antigo Engenho São João. ........... 591

Figura 253- Ruínas da capela do Engenho São João tomada pela vegetação.
.................................................................................................... 591
Figura 254- Casa-grande do Engenho Cangaçá...................................... 591

Figura 255- Acervo fotográfico da cidade. ............................................. 591


Figura 256- Panorâmica da Usina Tiúma e do Rio Capibaribe.................. 592
Figura 257- Mercado Público de São Lourenço da Mata. ......................... 592

Figura 258- Engenho Araújo. ................................................................ 593


Figura 259- Detalhe de residência de moradores da área....................... 593
Figura 260- Edificação remanescente do antigo Engenho Pixaó.............. 593

Figura 261- Residência existente no Engenho Coepe. ............................ 594


Figura 262- Ruínas de edificação do Engenho Coepe. ............................ 594
Figura 263- Estrutura de tijolos em arco, possivelmente da fábrica do
Engenho. ...................................................................................... 594
Figura 264- Casa-grande e moita do Engenho Moreno. .......................... 596
Figura 265- Capela do Engenho Moreno................................................ 596

Figura 266- Casarão do Engenho Catende............................................. 596


Figura 267- Edificação histórica nas proximidades do casarão do Engenho
Catende e ponte sobre rio Jaboatão. ............................................... 596

Figura 268- Entrada principal da fábrica de tecidos. .............................. 596


Figura 269- Detalhe da fachada da fábrica dom data de 1910, ano de sua
fundação....................................................................................... 596

Figura 270- Interior da fábrica. ............................................................. 597


Figura 271- Ruínas da fábrica de tecidos............................................... 597

14
Figura 272- Fotografia da fábrica com a seguinte referência: Societè
Cotonnière Belge-Brésilienne, Fábrica de Tecidos em Morenos, município
de Jaboatão, Estado de Pernambuco. Vista Geral da Fábrica, mostrando
parte da propriedade. .................................................................... 597
Figura 273- Área externa da fábrica...................................................... 597
Figura 274- Área externa da fábrica, galpões. ....................................... 597

Figura 275- Área interna da fábrica onde funcionava a produção............ 598


Figura 276- Fabricação de tecidos. ....................................................... 598
Figura 277- Processo de fabricação de tecidos. ..................................... 598

Figura 278- Maquinário utilizado na fábrica com referência de fabricante:


TWEEDALES & SMALLEY Ltd. – CASTLETON – Nr MANCHESTER. 1909.598
Figura 279- Gerador de eletricidade da fábrica...................................... 598

Figura 280- Interior da casa de força da fábrica de tecidos.No verso da foto


consta: No125 – Interior of power house – showing Iron Clad Switch –
Box. (Power Station for Eletric Light – No. 21 on Plan). ..................... 598

Figura 281- Locomotiva da fábrica de tecidos........................................ 599


Figura 282- Conjunto de residências remanescentes da Vila operária da
fábrica de tecidos. ......................................................................... 599

Figura 283- Conjunto de casas com mesma tipologia............................. 599


Figura 284- Fachada da Igreja Matriz. ................................................... 599
Figura 285- Interior da Igreja Matriz...................................................... 599

Figura 286- Construção da Igreja Matriz de Moreno, ano de 1929. .......... 600
Figura 287- Fachada da igreja na época da construção, ano de 1929...... 600
Figura 288- Antiga estação ferroviária de Moreno.................................. 600

Figura 289- Fachada do Mercado Público. ............................................. 601


Figura 290- Prefeitura de Moreno. ........................................................ 601
Figura 291- Construção da Igreja Matriz de Moreno, ano de 1929. .......... 601

Figura 292- Visão interna da capela, altar-mor. ..................................... 601


Figura 293- Detalhe do sino de bronze com data em relevo. .................. 602
Figura 294- Contato com herdeiro do Engenho Pocinho. ........................ 602

Figura 295- Fachada da casa-grande. ................................................... 602


Figura 296- Possível local da moita do Engenho. ................................... 602
Figura 297- Fachada da casa-grande do Engenho Una. .......................... 603

Figura 298- Casarão do Engenho Pinto. Data: 28/08/2011...................... 603

15
Figura 299- Panorâmica das ruínas da fábrica do engenho Pinto............. 603
Figura 300- Conjunto de edificações localizadas na parte detrás do casarão.
.................................................................................................... 603

Figura 301- Panorâmica das estruturas do Engenho Pereira. .................. 604


Figura 302- Residência existente junto a ruína de edificação do antigo
Engenho São Salvador. .................................................................. 604

Figura 303- Evidências de estruturas na lateral direita da residência. ..... 604


Figura 304- Ruínas de edificação na lateral esquerda da residência........ 605
Figura 305- Detalhe de ruína de edificação construída com pedras e tijolos
batidos. ........................................................................................ 605
Figura 306- Casa de farinha localizada no Engenho São Salvador. .......... 605
Figura 307- Equipamentos da Casa de Farinha. ..................................... 605

Figura 308- Alicerces de edificação identificada no Engenho Canzanza... 606


Figura 309- Detalhe dos alicerces......................................................... 606
Figura 310- Casa grande do Engenho Javunda....................................... 606

Figura 311- Porão da casa grande. ....................................................... 606


Figura 312- Casa grande do Engenho Floresta....................................... 607
Figura 313- Panorâmica da área do engenho Moreno............................. 607

Figura 314- Detalhe da fachada do solar............................................... 607


Figura 315- Igreja do Engenho Moreno.................................................. 607
Figura 316- Ruínas da fábrica com bueiro circular com inscrição de 1929.608

Figura 317- Edificação em ruína. .......................................................... 608


Figura 318- Edificação do Engenho Serraria. ......................................... 608
Figura 319- Detalhe da fachada da edificação. ...................................... 608

Figura 320- Casa grande do Engenho Sapucaia. .................................... 608


Figura 321- Detalhe da fachada............................................................ 608
Figura 322- Ruínas do Engenho Xixaim. ................................................ 609

Figura 323- Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres................................. 614


Figura 324- Detalhe do frontão da Igreja............................................... 614
Figura 325- Detalhe da torre revestida com azulejos portugueses. ......... 614

Figura 326- Vista a partir do Mirante dos Montes Guararapes................. 615


Figura 327- Mirante dos Montes dos Guararapes ................................... 615

16
Figura 328- Fachada da Igreja de Nossa Senhora da Piedade. ................ 615
Figura 329- Altar da Igreja de Nossa Senhora da Piedade....................... 615
Figura 330- Igreja Matriz de Jaboatão. Paróquia de Santo Amaro. ........... 615

Figura 331- Panorâmica da rua da Igreja Matriz de Jaboatão. ................. 615


Figura 332- Interior da Igreja de Santo Amaro. ...................................... 616
Figura 333- Sepultura localizada no altar-mor. ...................................... 616

Figura 334- Edificação sede da Banda Musical de Jaboatão. ................... 616


Figura 335- Edificação histórica onde funciona a 41ª Junta de Serviço Militar.
.................................................................................................... 616

Figura 336- Edificação histórica localizada no centro comercial de Jaboatão.


.................................................................................................... 616
Figura 337- Escola Rodolfo Aureliano. ................................................... 616

Figura 338- Lado Igreja localizada no centro comercial de Jaboatão........ 617


Figura 339- Cine teatro Samuel Campelo. ............................................. 617
Figura 340- Edificação histórica onde funciona a Farmácia Permanente.. 617

Figura 341- Edificação histórica onde funciona uma loja de matos, Honda.
.................................................................................................... 617
Figura 342- Residência localizada na sede do Engenho Santo Estevão.... 617

Figura 343- Detalhe de decoração em relevo na fachada da edificação... 617


Figura 344- Edificação do Engenho Camarço......................................... 618
Figura 345- Casa de farinha localizada em uma das parcelas do
assentamento do Engenho Camarço............................................... 618
Figura 346- Casa de farinha também do Engenho Camarço onde foi
documentada a produção artesanal de farinha e Beiju. .................... 618
Figura 347- Ruínas conhecidas como Capela Velha................................ 621
Figura 348- Vila de Nazaré. .................................................................. 621
Figura 349- Igreja Nossa Senhora de Nazaré. ........................................ 621

Figura 350- Farol da Marinha de 1883................................................... 622


Figura 351- Ruínas de edificação conhecida como casa do faroleiro ....... 622
Figura 352- Forte Castelo do Mar.......................................................... 622

Figura 353- Panorâmica do Engenho Guerra. ........................................ 623


Figura 354- Parte lateral e traseira da edificação................................... 623
Figura 355- Detalhe da área interna da residência................................. 623

17
Figura 356- Parte lateral e traseira da edificação................................... 623
Figura 357- Detalhe da fachada e escadaria da Casa grande.................. 623
Figura 358- Residência localizada na lateral direita da Casa grande. ...... 624

Figura 359- Detalhe de inscrição em relevo na fachada com data de 1731.


.................................................................................................... 624
Figura 360- Casa grande da Usina Bom Jesus. ....................................... 624

Figura 361- Capela e outras edificações da Usina. ................................. 624


Figura 362- Casa sede do Engenho Roças Velhas. ................................. 625
Figura 363- Detalhe de inscrição em relevo na fachada da edificação..... 625

Figura 364- Engenho Rico. ................................................................... 625


Figura 365- Detalhe da fachada de residência do Engenho Rico com
inscrição de 1941. ......................................................................... 625

Figura 366- Bolacha Peixinho produzida na Hiper Panificação do Moreno. 630


Figura 367- Desfile do Bloco da Saudade juntamente com o Bloco Flor de
Eucalipto....................................................................................... 631

Figura 368- Apresentação de frevo do Grupo Artefatos. ......................... 631


Figura 369- Desfile de 7 de setembro em Moreno. Fotografia com data de
1943 inscrita no verso e com carimbo com referência do fotógrafo:
Gerôncio Fotografias...................................................................... 631
Figura 370- Fotografia do carnaval de Moreno sem data com inscrição: "Pref.
Osias Mendonça faz o povo vibrar com vassourinhas e bloco operários".
Carimbo com referência: Gerôncio Fotografias. ............................... 631
Figura 371- Bloco do Boi Pintado do Alto da Liberdade........................... 632
Figura 372- Apresentações de grupos folclóricos no período carnavalesco na
década de 70. ............................................................................... 632
Figura 373- Carnaval de Moreno na década de 70. ................................ 632
Figura 374- Mini estandartes dos Blocos "A Burra" e "Bacalhau do Beto" que
participaram do carnaval de Moreno em 2011................................. 633
Figura 375- Apresentação do Bloco Flor de Eucalipto em 2011. .............. 633
Figura 376- Festa em comemoração à Emancipação de Moreno, em 11 de
setembro de 1976. ........................................................................ 633
Figura 377- Desfile de 7 de setembro do ano de 1973. Bandeira do
município de Moreno. .................................................................... 633

Figura 378- Ratinhos, brinquedos populares comercializados no Mercado de


São José. Data: 17/11/2011. ........................................................... 636

18
Figura 379- Manés-gostosos, brinquedos populares comercializados no
Mercado de São José. Data: 17/11/2011. ......................................... 636
Figura 380- Detalhe dos licores caseiros com sabor de frutas regionais. . 638

Figura 381- Recipientes cerâmicos pré-históricos localizados no Sítio


Miritiba. Os recipientes se encontram com o Sr. Gilson Pereira. ........ 645
Figura 382- Local onde foram localizados recipientes cerâmicos indígenas,
segundo informações orais............................................................. 645
Figura 383- Panorâmica do PE0721 LA/UFPE OI. .................................... 646
Figura 384- Parte externa da peça em grès cerâmico. ........................... 646

Figura 385- Parte interna da peça em grès cerâmico. ............................ 646


Figura 386- Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e
não constantes no CNSA no município de São Lourenço da Mata. ..... 647

Figura 387 - Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e


não constantes no CNSA no município de Jaboatão dos Guararapes.. 654
Figura 388 - Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e
não constantes no CNSA no município do Cabo de Santo Agostinho.. 657
Figura 389- Capela do Engenho Covas. ................................................. 677
Figura 390- Área interna da capela voltada para o altar-mor. ................. 678

Figura 391- Área interna da capela voltada para o acesso principal. ....... 678
Figura 392- Edificação localizada na lateral direita da Capela................. 678
Figura 393- Edificação localizada próxima a estrada de acesso à Matriz da
Luz. .............................................................................................. 678
Figura 394- Casa grande do Engenho Colégio........................................ 679
Figura 395- Barracão do antigo Engenho Colégio................................... 679

Figura 396- Venda no interior da edificação. ......................................... 679


Figura 397- Sede do Engenho Sucupema. ............................................. 680
Figura 398- Edificação do Engenho Sucupema com data inscrita da fachada
“15-6-1928”. ................................................................................. 680
Figura 399- Engenho Caraúna. ............................................................. 680
Figura 400- Detalhe de inscrição na fachada da edificação. ................... 680

Figura 401- Engenho Moreninho. .......................................................... 681


Figura 402- Fachada da Casa do Engenho Barbalho............................... 682
Figura 403- Lateral da residência. ........................................................ 682

Figura 404- Colheita mecanizada da cana-de-açúcar. ............................ 683

19
Figura 405- Contato com Maria Nenízio dos Santos................................ 684
Figura 406- Mirante conhecido como "Pedrão" localizado nas proximidades
de uma pedreira............................................................................ 684

Figura 407- Casa de farinha no Engenho Camarço, Moreno-PE. .............. 684


Figura 408- Equipamento utilizado para extração de areia do Rio Capibaribe.
.................................................................................................... 685

Figura 409- Panorâmica de área de canavial. ........................................ 685


Figura 410 - Documentação de área de mata. Orientação: SE. Data:
13/11/2011. Ponto: ARCO091 (resultado negativo). ......................... 686

Figura 411- Prospecção em área de plantação de gênero de subsistência.


Orientação: E. Data: 13/01/2012. Ponto: ARCO041 (resultado negativo).
.................................................................................................... 687

Figura 412- Detalhe da rocha (granito). Data: 11/01/2012. Ponto: ARCO010


(resultado negativo). ..................................................................... 688
Figura 413- Panorâmica da área do PE0725 LA/UFPE onde é possível
observar a área do PE0724 LA/UFPE. .............................................. 689
Figura 414- Panorâmica da área do PE0725 LA/UFPE. ............................ 690
Figura 415- Material arqueológico localizado na área............................. 690

Figura 416- Indicação das unidades funcionais do Engenho Covas obtidas


através de informação oral............................................................. 691
Figura 417- Evidências de estruturas do local onde existiu a Casa Grande.
.................................................................................................... 691
Figura 418- Detalhe de piso da Casa Grande do Engenho. ..................... 692
Figura 419- Pedra em cantaria localizada na área onde existiu a Casa
Grande. ........................................................................................ 692
Figura 420- Área onde, segundo informação oral, existiu um cemitério... 692
Figura 421- Restos de Ossos. ............................................................... 692

Figura 422- Fragmento de faiança com decoração azul e vinhoso do século


XVIII de origem portuguesa. ........................................................... 693
Figura 423- Fragmento de transfer roxo................................................ 693

Figura 424- Fragmentos de peças em cerâmica, faiança e faiança fina


localizados na área. ....................................................................... 693
Figura 425- Fragmento de garrafa tipo britânica com cronologia entre os
séculos XIX e XX............................................................................ 694

20
Figura 426- Fragmento de peça em faiança portuguesa com expectativa
cronológica entre os séculos XVII e XVIII. ........................................ 694
Figura 427- Picada realizada pela equipe de topografia. Área do PE 0728
LA/UFPE OI. ................................................................................... 694
Figura 428- Material arqueológico histórico localizado. .......................... 695
Figura 429- Fragmento de faiança fina localizado na estrada de leito natural.
.................................................................................................... 695
Figura 430- Panorâmica da área de localização dos vestígios arqueológicos,
Do local é possível avistar a rodovia de acesso à Matriz da Luz, em São
Lourenço da Mata.......................................................................... 696
Figura 431- Área do PE0727 LA/UFPE.................................................... 696
Figura 432- Fragmento de peças em cerâmica utilitária e faiança portuguesa
(borda de peça de serviço de mesa) com expectativa cronológica entre
os séculos XVII e XVIII. ................................................................... 696
Figura 433- Documentação da área do PE0727 LA/UFPE nas proximidades do
ponto ARCO0081. .......................................................................... 697
Figura 434- Fragmentos de cerâmica utilitária e faiança fina encontrados no
local. ............................................................................................ 697
Figura 435- Base de prato com marca de fabricante com procedência
brasileira, do Rio de Janeiro............................................................ 697
Figura 436- Área de cana alta onde foi localizado um fragmento de grés.698

Figura 437- Fragmento de garrafa do tipo alemão em grés, produzida na


Europa entre o final do século XIX e início do XX. ............................ 698
Figura 438- Área de localização dos fragmentos na superfície do terreno.703

Figura 439- Fragmentos de faiança e faiança fina.................................. 703


Figura 440- Panorâmica da área do PE0723 LA/UFPE. ............................ 704
Figura 441- Fragmentos de faiança fina e cerâmica utilitária.................. 704

Figura 442- Recipiente cerâmico localizado no trecho............................ 704


Figura 443- Panorâmica do PE0724 LA/UFPE cuja área foi cortada para
abertura de estrada....................................................................... 705

Figura 444- Área com topografia alterada onde houve uma edificação. No
local foram encontrados restos de estruturas com tijolos batidos. .... 705
Figura 445- Estruturas localizadas na área. ........................................... 705

Figura 446- No perfil do terreno cortado pela estrada foram localizados


fragmentos de material arqueológico.............................................. 706

21
Figura 447- Fragmentos de Faiança fina no perfil do terreno. ................. 706
Figura 448- Fragmentos de cerâmica utilitária e faiança fina localizados na
área.............................................................................................. 707

Figura 449- Conjunto de faiança fina com vários motivos decorativos e


técnicas, e parte de base de garrafa de vidro. ................................. 707
Figura 450- Limite da área do PE0724 LA/UFPE sinalizada com piquete... 707

Figura 451- Panorâmica da área do PE0729 LA/UFPE. ............................ 708


Figura 452- Localização de material arqueológico na superfície do terreno.
.................................................................................................... 708

Figura 453-Medalha localizada na área. ................................................ 708


Figura 454- Material arqueológico encontrado na área........................... 708
Figura 455- Área de ocorrência do material arqueológico do PE0722
LA/UFPE. ....................................................................................... 709
Figura 456- Fragmento de faiança azul e branca. .................................. 710
Figura 457- Fragmento de faiança azul e branca. .................................. 710

Figura 458- Panorâmica da área do PE0557 LA/UFPE. ............................ 711


Figura 459- Casa edificada com pedras existente no local...................... 711
Figura 460- Material arqueológico de procedência inglesa com expectativa
cronológica entre os séculos XIX e X............................................... 711
Figura 461- Fragmento de garrafa em grés tipo britânica com expectativa
cronológica entre os séculos XIX e XX............................................. 711

Figura 462- Contato com moradores do município de Jaboatão dos


Guararapes. .................................................................................. 712
Figura 463- Resgate de informações com morador local sobre a localização
da área onde existiu a fábrica do engenho Covas, em São Lourenço da
Mata. ............................................................................................ 712
Figura 464- Educação Patrimonial no Engenho Colégio, São Lourenço da
Mata. ............................................................................................ 712
Figura 465- Esclarecimento a moradores do Engenho Camarço em Jaboatão
dos Guararapes. ............................................................................ 712

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Equipe técnica responsável pela elaboração do EIA. ............... 56

Quadro 2 - Critérios para a categorização das alternativas locacionais...... 59

22
Quadro 3 - Categorias de impactos......................................................... 64
Quadro 4 - Resultado da análise dos critérios para a Alternativa 1............ 65
Quadro 5 - Resultado da análise dos critérios para a Alternativa 2............ 65

Quadro 6 - Comparativo entre pavimentos rígidos e flexíveis. .................. 67


Quadro 7 - Síntese comparativa pelas categorias de impactos atribuídas aos
critérios analisados.......................................................................... 68

Quadro 8 - Estudo de tráfego. ................................................................ 72


Quadro 9 - Resumo da projeção de tráfego. ............................................ 73
Quadro 10 - Características geométricas................................................. 77

Quadro 11 - Localização dos retornos. .................................................... 78


Quadro 12 - Localização das vias laterais................................................ 78
Quadro 13 – Matriz para dimensionamento dos pavimentos flexíveis........ 82

Quadro 14 - Quadro resumo da contagem de volume de tráfego. ............. 84


Quadro 15 - Características das obras de arte especiais........................... 88
Quadro 16 - Localização das pontes........................................................ 89

Quadro 17 - Referencial de Planos e Programas. ..................................... 94


Quadro 18 - Espaços territoriais de Influência do empreendimento conforme
Planos Diretores Municipais............................................................ 102

Quadro 19 - Base de dados e respectivas escalas que serviram de subsídios


para elaboração dos mapas do EIA. ................................................ 115
Quadro 20 - Informações referentes à estação meteorológica do Inmet. . 118

Quadro 21 - Informações referentes ao posto de monitoramento


pluviométrico da ANA. ................................................................... 119
Quadro 22 – Legenda do Mapa de Solos de acordo com o novo Sistema
Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999)...................... 122
Quadro 23- Pontos de coleta de amostras de água. ............................... 127
Quadro 24 - Padrões de Qualidade do Ar – CONAMA 03/90 ..................... 129

Quadro 25 -Nível de Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externo, em


dB(A). ........................................................................................... 130
Quadro 26 – Pontos de medição de ruídos............................................. 130

Quadro 27: Normais climatológicas do vento para a estação Recife (Curado)


.................................................................................................... 139
Quadro 28 – Avaliação quantitativa de ocorrências das unidades geológicas
na AII, AID e ADA. .......................................................................... 152

23
Quadro 29 – Avaliação da suscetibilidade à Erosão no Trecho. ............... 170
Quadro 30 – Avaliação quantitativa de ocorrências das unidades pedológicas
na AII, AID e ADA. .......................................................................... 181

Quadro 31 - Resultados das análises de água na área de influência do


empreendimento*. ........................................................................ 197
Quadro 32 - Informações dos poços na área do embasamento cristalino. 205

Quadro 33- Condutividade elétrica (CE) obtida dos pontos visitados. ...... 205
Quadro 34- Resultados das análises físico-químicas............................... 206
Quadro 35 – Levantamento do nível de ruído na região de influência indireta
do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife - Lote 2. ....................... 218
Quadro 36 – Levantamento do nível de ruído na região de influência direta
do Arco Metropolitano.................................................................... 219

Quadro 37 – Levantamento do nível de ruído na região de influência direta


do Arco Metropolitano.................................................................... 219
Quadro 38 – Localização das parcelas do levantamento fitossociológico do
componente arbóreo – campanha out/2014. ................................... 225
Quadro 39 – Posicionamento geográfico (UTM) nos trechos de rios que
cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife......... 244

Quadro 40 – Listagem de espécies vegetais com ocorrência para as áreas de


influência do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2. Legenda:
1 – dados bibliográficos*; 2 – dados primários; Hábito - arv = árvore, arb
= arbusto, epi = epífita, sub = subarbusto, erv = erva, erv aq = erva
aquática, ter = trepadeira; Uso/ecologia: mad = madeireira, med =
medicinal, orn = ornamental, alim = alimentícia, cien = potencial
científico, inv = invasora, rud = ruderal; Origem e Distribuição – S/I =
sem informação; Fl At. = Floresta Atlântica, Fl. Am = Floresta
Amazônica, Caa = Caatinga, Cer = Cerrado. Espécies demarcadas em
vermelho = ameaçadas de extinção no Brasil (Instrução Normativa MMA
nº 06, de 23 de setembro de 2008). ............................................... 269
Quadro 41 – Fisionomias da cobertura vegetal ao longo do Lote 2 do Arco
Rodoviário Metropolitano do Recife................................................. 311
Quadro 42 - Estrutura fitossociológica do componente arbóreo dos
fragmentos de Floresta Atlântica na AID do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife – Lote 2. Legenda: DA = densidade absoluta, DR
= densidade relativa, FA = frequência absoluta, FR = frequência
relativa, CA = cobertura absoluta, CR = cobertura relativa, VI = valor de
importância, VC = valor de cobertura. ............................................ 317

24
Quadro 43 - Espécies de anfíbios e répteis registrados na Área de Influência
Direta do empreendimento. ........................................................... 324
Quadro 44 - Lista das 100 espécies de aves referidas para a área do Arco
Rodoviário, em março de 2012. Registro: AU=auditivo, BI=bibliográfico,
VI=visual, CP=captura; EN=entrevista; TA=tamborilar. Ambiente:
Pt=pasto, Fm=fragmento de Mata; Vr=vegetação ribeirinha e Aa=área
alagada ou charco. IPA – índice pontual de abundância. Sensitividade
(Silva et alii, 2003; Anjos 2006): BA=baixa; ME=média e AL=alta. Uso
de habitat: DE=dependente. Dieta: MA=matéria de origem animal;
MV=matéria de origem vegetal; ON=onivoria; MD=matéria em
decomposição; NE=néctar. Em negrito=o ambiente preferencial.
Espécie marcada com * está incluída em alguma categoria de ameaça
(01 espécie). 79 espécies foram efetivamente registradas em campo.
.................................................................................................... 336
Quadro 45 - Relação das espécies de morcegos registrados na AID do
empreendimento. Legenda: F=frugívoro; I=insetívoro; N=nectarívoro;
O=Onívoro; H=hematófago; Inv.=invertebrados; PV=pequenos
vertebrados; VT=vertebrados; VG=vegetais; R=raízes; V=vestígios;
E=entrevistas; Cap. =número de indivíduos capturados; OD=nº de
indivíduos por observação direta; MA=Mata Atlântica; Am=Amazônica;
Ca=Caatinga; Ce=cerrado; PA=pantanal; CS=campos do sul........... 343

Quadro 46 - Frequência de ocorrência das espécies de morcegos


capturadas e observadas, em porcentagem (FO) e abundância relativa
(Ar)............................................................................................... 344

Quadro 47 - Espécies registradas na AID pela técnica das entrevistas e


registros por meio de vestígios (pegadas, fezes e restos de comida). 350
Quadro 48 - Relação das espécies de mamíferos registradas na AID e
registros bibliográficos adicionais em dois grandes fragmentos na região
Sul empreendimento. Legenda: F=frugívoro; I=insetívoro; O=Onívoro; C
= carnívoro; VG=vegetais; R=raízes; P= pegadas; E=entrevistas;
OD=nº de indivíduos por observação direta; MA=Mata Atlântica;
Am=Amazônica; Ca=Caatinga; Ce=cerrado; PA=pantanal; CS=campos
do sul. .......................................................................................... 351

Quadro 49 – Classificação taxonômica e nome local das espécies de peixes


coletadas no reservatório de Duas Unas – dados secundários........... 360
Quadro 50 – Dados primários do levantamento da ictiofauna na Área de
Influência Direta do empreendimento. ............................................ 363
Quadro 51 – Macrófitas aquáticas presentes nos rios amostrados na área de
influência direta do LOTE 2 do Arco Rodoviário do Recife. ................ 372

Quadro 52 - Táxons identificados nos rios amostrados........................... 377

25
Quadro 53 – Abundância relativa de espécies nas comunidades planctônicas
amostradas nos rios que cortam o eixo do LOTE 2, Arco Rodoviário do
Recife. Valores de 21-30%% são realçados em azul, e valores de 11-20%
são realçados em verde claro......................................................... 378
Quadro 54 – Pontos Prospectados no Levantamento do Patrimônio Histórico,
Cultural e Arqueológico.................................................................. 393

Quadro 55 – Pessoas de 10 Anos e Mais de Idade e Pessoas


Economicamente Ativas da AII, por Sexo, segundo os Municípios – 2000.
.................................................................................................... 401

Quadro 56 – População Residente da AII, por Sexo, segundo os Municípios –


2000 e 2010.................................................................................. 401
Quadro 57 – População Residente da AII, por Situação do Domicílio, segundo
os Municípios e Distritos – 2000 e 2010........................................... 402
Quadro 58 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da AII,
segundo os Municípios – 2010. ....................................................... 404

Quadro 59 – Indicadores de Vulnerabilidade da Área de Influência Indireta


do Arco Rodoviário da RMR, segundo os Municípios – 2000 e 2010. .. 405
Quadro 60 – Número de vítimas e taxa de CRIMINALIDADE VIOLENTA LETAL
INTENCIONAL na AII – 2010. ........................................................... 407
Quadro 61 – Número de Estabelecimentos da AII, por Setor de Atividade,
segundo os Municípios – 2010. ....................................................... 407

Quadro 62 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Setor de


Atividade, segundo os Municípios – 2010. ....................................... 408
Quadro 63 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Classe
de Renda, segundo os Municípios – 2010. ....................................... 409
Quadro 64 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Grau de
Instrução, segundo os Municípios – 2010......................................... 410

Quadro 65 – Produto Interno Bruto (PIB) e Valor Adicionado Bruto dos


Setores de Atividade da AII, segundo os Municípios – 2008............... 411
Quadro 66 – Estabelecimentos Industriais da AII, por Classe de Tamanho,
segundo os Municípios – 2011. ....................................................... 414
Quadro 67 – Empregados no Setor Industrial da AII, por Classe de Tamanho,
segundo os Municípios – 2011. ....................................................... 414

Quadro 68 – Quantidade (T-tonelada) Produzida dos Principais Produtos das


Lavoura Permanentes e Temporárias da AII - 2010. ......................... 416
Quadro 69 – Participação das Principais Culturas da AII na Produção Agrícola
Microrregional e Mesorregional (MR) - 2010. ................................... 417

26
Quadro 70 – Efetivos da Pecuária da AII por Tipo de Rebanho - 2010. ..... 418
Quadro 71 – Participação dos Efetivos da Pecuária da AII no Efetivo
Microrregional e Mesorregional (MR), por Tipo de Rebanho - 2010. ... 418

Quadro 72 – Área Média dos Estabelecimentos Agropecuários da AII, por


Grupos de Área Total, segundo os Municípios - 2006........................ 420
Quadro 73 – Estabelecimentos Agropecuários da AII, por Condição do
Produtor, segundo os Municípios - 2006. ......................................... 421
Quadro 74 – Receita e Despesa Total dos Municípios da AII por Tipo de
Despesa, segundo os Municípios - 2010. ......................................... 422

Quadro 75 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Forma de


Abastecimento de Água - 2010....................................................... 423
Quadro 76 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Existência de
Banheiro ou Sanitário e Tipo de Esgotamento Sanitário - 2010. ........ 424
Quadro 77 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Destino do Lixo -
2010............................................................................................. 426

Quadro 78 – Distribuição de energia elétrica para as Zonas Rural e Urbana,


dos municípios da AII. .................................................................... 426
Quadro 79 – Indicadores Educacionais da Área de Influência Indireta do Arco
Rodoviário da RMR, segundo os Municípios – 2009 e 2010. .............. 427
Quadro 80 – Índice de Utilização dos Serviços Educacionais e Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na AII, – 2009. ............ 428

Quadro 81 – Instituições de Ensino Superior da AII, por Dependência


Administrativa, segundo os Municípios – 2008. ................................ 429
Quadro 82 – Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares da Área de
Influência Indireta do Arco Rodoviário da RMR, por Tipo, segundo os
Municípios – 2010. ......................................................................... 430
Quadro 83 – Recursos Humanos da Saúde na Área de Influência Indireta do
Arco Rodoviário da RMR, por categoria, segundo os Municípios – 2007.
.................................................................................................... 430
Quadro 84 – Equipes e Agentes de Saúde da AII, por Tipo de Programa,
segundo os Municípios – 2010. ....................................................... 431
Quadro 85 – Coeficiente de Mortalidade para Algumas Doenças
Selecionadas na AII, segundo os Municípios – 2010.......................... 432

Quadro 86 – Estimativa do quantitativo de população residente na AID do


empreendimento. .......................................................................... 434
Quadro 87 – Relação das Comunidades existentes na AID...................... 437

27
Quadro 88 – Relação de Associações de Atuação na AID do
Empreendimento........................................................................... 446
Quadro 89 – Veículos de Comunicação.................................................. 453

Quadro 90 – Instituições de Ensino na AID............................................. 456


Quadro 91 – Serviços e padrão construtivo das casas na ADA. ............... 492
Quadro 92- Classes de uso e cobertura do solo por categoria................. 497

Quadro 93 - Distribuição das áreas e percentual de cada classe em relação a


ADA. ............................................................................................. 503
Quadro 94 - Capelas e engenhos de Paudalho....................................... 527

Quadro 95 - Evolução cronológica da Formação Administrativa do município


de Paudalho. ................................................................................. 528
Quadro 96- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município
de São Lourenço da Mata............................................................... 534
Quadro 97- Engenhos relacionados por Sebastião Galvão na freguesia de
São Lourenço da Mata. .................................................................. 535

Quadro 98- Engenhos relacionados por Sebastião Galvão na freguesia de


Nossa Senhora da Luz.................................................................... 536
Quadro 99 - Engenhos Inventariados pelo IPHAN de Pernambuco no
município de Moreno ..................................................................... 547
Quadro 100- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município
de Moreno..................................................................................... 548

Quadro 101- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município


de Jaboatão dos Guararapes........................................................... 561
Quadro 102- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município
de Cabo de Santo Agostinho........................................................... 574
Quadro 103 - Bens tombados e em processo de tombamento nos municípios
da AII. ........................................................................................... 580

Quadro 104 - Bens Tombados pelo Conselho de Cultura de Jaboatão dos


Guararapes ................................................................................... 612
Quadro 105 - Engenhos Inventariados pelo IPHAN de Pernambuco no
município de Jaboatão dos Guararapes. .......................................... 612
Quadro 106 – Lista dos grupos folclóricos, teatrais e bandas de Paudalho627
Quadro 107 - Localização do sitio em Chã do Conselho, que ainda não
consta no Cadastro do IPHAN (CNSA). ............................................. 645
Quadro 108 - Descrição dos sítios arqueológicos localizados no Cadastro do
IPHAN (CNSA), no município de São Lourenço da Mata -PE. .............. 648

28
Quadro 109- Descrição dos sítios arqueológicos que ainda não constam no
Cadastro do IPHAN (CNSA), no município de São Lourenço da Mata - PE.
.................................................................................................... 650

Quadro 110 - Relação dos sítios arqueológicos localizados no município de


Jaboatão dos Guararapes-PE, com registro no Cadastro do IPHAN
(CNSA).......................................................................................... 655

Quadro 111- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município de


Jaboatão dos Guararapes-PE, que ainda não constam no Cadastro do
IPHAN (CNSA)................................................................................ 656

Quadro 112- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município do


Cabo de Santo Agostinho-PE, com registro no Cadastro do IPHAN
(CNSA).......................................................................................... 658

Quadro 113- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município do


Cabo de Santo Agostinho-PE,que ainda não constam no Cadastro do
IPHAN (CNSA)................................................................................ 659

Quadro 114 - Quadro dos sítios e ocorrências localizadas durante


prospecção de superfície na área do Arco Rodoviário....................... 688
Quadro 115 - Sítios e ocorrências localizadas durante prospecção de
superfície na área do Arco Rodoviário. ............................................ 703
Quadro 116- Avaliação de impactos do Arco no Patrimônio Edificado...... 714
Quadro 117 - Pontos sensíveis ao longo do traçado do empreendimento e
respectivas premissas ambientais para o projeto de engenharia. ..... 732
Quadro 118 - Escala de magnitude dos impactos ambientais. ................ 758
Quadro 119 - Critérios para determinação da importância dos impactos. 759

Quadro 120 - Matriz de identificação e qualificação de impactos ambientais.


.................................................................................................... 761
Quadro 121 - Descrição das medidas ambientais aplicáveis a cada impacto
ambiental identificado. Legenda: Natureza: mitigadora preventiva (MP),
mitigadora corretiva (MC), compensatória (C), maximizadora (MX); fator
ambiental a que se aplica: meio físico (MF), meio biótico (MB), meio
socioeconômico (MS); prazo de permanência de aplicação: curto – zero a
5 anos, médio – 5 a 10 anos, longo – mais de 10 anos. .................... 789
LISTA DE MAPAS

Mapa 1 - Localização do Empreendimento. ............................................. 39

Mapa 2 - Alternativas Locacionais........................................................... 61


Mapa 3 – Localização dos Pontos Indicados para Amostragem de Qualidade
d’água .......................................................................................... 125

29
Mapa 4 – Pontos de monitoramento de ruídos ....................................... 133
Mapa 5 –Geologia nas Áreas de Influência............................................. 147
Mapa 6 – Altimetria nas Áreas de Influência .......................................... 157

Mapa 7 – Geomorfologia nas Areas de Influência. .................................. 161


Mapa 8 - Declividade e suscetibilidade à erosão. ................................... 171
Mapa 9 – Pedologia nas Áreas de Influência .......................................... 179

Mapa 10 - Recursos Hídricos Superficiais e microbacias. ........................ 183


Mapa 11 – Microbacias Hidrográficas e Mananciais de Abastecimento
Público.......................................................................................... 189

Mapa 12 - Terreno de Rochas Cristalinas e Sedimentares ao Longo do


Empreendimento........................................................................... 199
Mapa 13 – Potenciometria do Aquífero Fissural...................................... 203

Mapa 14 - Vulnerabilidade dos Aquíferos na Região do Empreendimento.211


Mapa 15 – Localização dos Pontos de Amostragem da Vegetação (dados
secundários). ................................................................................ 223

Mapa 16 - Mapa de Localização das Áreas Amostrais da Vegetação


(campanha out/2014). ................................................................... 231
Mapa 17 – Localização dos Pontos de Amostragem de Fauna ................. 239

Mapa 18 - Mapa de Amostragem da Biota Aquática. .............................. 247


Mapa 19 - Unidades de Conservação. ................................................... 253
Mapa 20 – Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade –
Importância Biológica. ................................................................... 259
Mapa 21 – Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade –
Prioridade de Ação......................................................................... 261

Mapa 22 - Enquadramento Fitogeográfico. ............................................ 267


Mapa 23 - Pontos Prospectados no Levantamento do Patrimônio Histórico,
Cultural e Arqueológico.................................................................. 399

Mapa 24 – Fluxo Escolar....................................................................... 457


Mapa 25 - Pontos Potencias de Desapropriação na ADA. ........................ 467
Mapa 26 - Assentamentos da Reforma Agrária. ..................................... 495

Mapa 27 – Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico na AID. ............ 675


Mapa 28 – Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico na ADA. ........... 701
Mapa 29 – Passivos Ambientais. ........................................................... 721

30
LISTA DE SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ADA - Área Diretamente Afetada
AID - Área de Influência Direta
AII - Área de Influência Indireta
ANA - Agência Nacional de Águas
APP - Área de Preservação Permanente
CCM - Complexos Convectivos de Mesoescala
CDB - Convenção sobre a Diversidade Biológica
CE - Condutividade Elétrica
CELPE - Companhia Energética de Pernambuco
CMDR - Conselho de Municipal de Desenvolvimento Rural
CNIP - Centro Nordestino de informações sobre plantas
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNSA - Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos
COMPESA - Companhia Pernambucana de Saneamento
CONABIO - Comissão Nacional de Biodiversidade
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
CPRH - Agência Estadual do Meio Ambiente
CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
CTR - Centro de Tratamento de Resíduos
CVLI - Criminalidade Violenta Letal Intencional
DA - Densidade absoluta
DAP - Diâmetro à altura do peito
DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio
DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
DNOS - Departamento Nacional de Obras e Saneamento
DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral
DoA - Dominância absoluta
DoR - Dominância relativa
DOU - Diário Oficial da União
DQO - Demanda Química de Oxigênio
DR - Densidade relativa
E - Leste
EF - Extremamente Forte
EIA - Estudo de Impacto Ambiental
EJA - Educação de Jovens e Adultos
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
ENOS - El Niño-Oscilação Sul
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
ESPAM - Escola Estadual Agamenon Magalhães

31
ETE - Estação de Tratamento de Efluentes
F - Forte
FA - Frequência absoluta
FD - Faixa de domínio
FIDEM - Fundação de Desenvolvimento Municipal
FR - frequência relativa
FUNDARPE - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco
GERES - Gerência Regional de Saúde
GPS - Sistema Global de Posicionamento
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICEA - Instituto de Controle do Espaço Aéreo
IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
INMET - Instituto Nacional de Meteorologia
INPE - Instituto Nacional de Pesquisa Espacial
IPA - Instituto Agronômico de Pernambuco
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IS - Instrução de Serviço
ITERPE - Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco
LI - Licença de Instalação
LO - Licença de Operação
LP - Licença Prévia
LPE - Lineamento Pernambuco
MDT - Modelo Digital de Terreno
MEC - Ministério da Educação
MF - Muito Forte
Mm - milímetros
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MP - Material Particulado
MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
N - Norte
NBR - Norma Brasileira de Regulamentação
NCA - Nível Critério de Avaliação
NE - Nível Estático
NE - Nordeste
NMP - Número Máximo Permitido
OAC - Obra de Arte Corrente
OAE - Obra de Arte Especial
OAE - Obra de Arte Especial
OD - Oxigênio Dissolvido

32
OMM - Organização Meteorológica Mundial
OMS - Organização Mundial de Saúde
OPAS - Organização Pan Americana de Saúde
PAA - Programa de Aquisição de Alimentos
PAC - Programa Ambiental de Construção
PARQUEO - Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e
Cultural
PB - Paraíba
PBA – Plano Básico Ambiental
PCS - Programa de Comunicação Social
PE - Pernambuco
PEA - População Economicamente Ativa
PEA - Programa de Educação Ambiental
PGA - Programa de Gestão Ambiental
PGRA/PAE - Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de
Ação de Emergência
pH - Potencial de Hidrogênio
PIB - Produto Interno Bruto
PIRD - Programa De Indenização, Reassentamento e Desapropriação
PMQA - Programa de Monitoramento de Qualidade da Água
PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar
PNM - Pressão ao Nível do Mar
PPB - Parte Por Bilhão
PPE - Programa de Proteção e Controle de Endemias
PPFA - Programa de Proteção da Fauna
PPFL - Programa de Proteção da Flora
PRAD - Programa de Recuperação Áreas Degradadas
PROBIO - Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade
Biológica Brasileira
PROMATA - Programa de Apoio para o Desenvolvimento Sustentável da
Zona da Mata de Pernambuco
PRONABIO - Programa Nacional da Diversidade Biológica
PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PTS - Partículas Totais em Suspensão
RDC - Regime Diferenciado de Contratação
RDCi - Regime Diferenciado de Contratação sob regime de contratação
integrada
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
RMR - Região Metropolitana do Recife
RSU - Resíduos Sólidos Urbanos
SARA - Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária
SIAGAS - Sistema de Informação de Águas Subterrâneas
SIG - Sistema de Informações Geográficas
SIGMINE – Sistema de Informações Geográficas da Mineração
SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

33
SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
SPT - Teste de Penetração Padrão
SRTM - Shuttle Radar Topography Mission
STD - Sólidos Totais Dissolvidos
STN - Secretaria do Tesouro Nacional
SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
SUS - Sistema Único de Saúde
SW - Sudoeste
TR - Termo de Referência
TSM - Temperatura da superfície do mar
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
UNESCO - Organização das Nações Unidas Para a Educação Ciência e
Cultura
UPA - Unidade de Pronto Atendimento
VC- Valor de cobertura
VCAN - Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis
VI - Valor de importância
ZAPE - Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco
ZCIT - Zona de Convergência Intertropical

34
APRESENTAÇÃO

A SKILL Engenharia Ltda. apresenta à Coordenação Geral de Meio


Ambiente (CGMAB)/Diretoria de Planejamento e Pesquisa (DPP) do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Estudo
de Impacto Ambiental, revisão 01, do ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO
DO RECIFE – Lote 2.

O EIA ora apresentado possui a finalidade de integrar o processo de


licenciamento prévio junto ao CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente
do Estado de Pernambuco, subsidiando o órgão ambiental para a emissão
de Licença Prévia ao empreendimento.

Este EIA buscou atender o Termo de Referência (TR) NAIA nº 03/2014,


e demais acordos firmados em reuniões entre o DNIT e a CPRH. O EIA
integra o processo CPRH nº 004930/2014 (Anexo 1).

No capítulo inicial do EIA (no item 1.1 IDENTIFICAÇÃO E


CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, subitem 1.1.2 IMPLICAÇÕES
DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇAO NO PROCESSO DE
LICENCIAMENTO AMBIENTAL) é apresentada a legislação que pauta o
modelo licitatório sob Regime Diferenciado de Contratação (RDC), através
do qual deverá ser contratado a elaboração do projeto de engenharia e a
execução das obras, e suas implicações para o licenciamento ambiental do
empreendimento em tela.

35
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, DO PROPONENTE DA
EMPRESA CONSULTORA E EQUIPE TÉCNICA

1.1.IDENTIFICAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento analisado denomina-se oficialmente como ARCO


RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE – Lote 2, correspondendo a uma
nova ligação viária que tangencia o limite oeste da Região Metropolitana do
Recife (RMR) e interliga as rodovias BR-101, no município do Cabo de Santo
Agostinho, a BR-232, no município de Moreno, e a BR-408, no município de
São Lourenço da Mata, no Estado de Pernambuco, com 45,3 km de
extensão.

O Mapa 1 apresenta a localização geral do empreendimento.

1.1.1. HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO


EMPREENDIMETO

Em 19/12/2011, a Odebrecht Transport Participações S.A. protocolou


na Agencia Estadual de Meio Ambiente – CPRH, sob o numero de processo
14.272/2011, requerimento de Licença Previa com vistas à instalação do
empreendimento denominado Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, com
previsão de implantação em terras dos municípios do Cabo de Santo
Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, São Lourenco da Mata,
Paudalho, Abreu e Lima e Igarassu, e extensão de 77,31 km.

Em 23/02/2012, a CPRH emitiu Termo de Referência (TR) GT N°


04/2012 para orientar a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e o
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do empreendimento.

Em 05/06/2012, o empreendedor entregou à CPRH a versão


preliminar do EIA/RIMA, para ser submetida a análise. Em 20/06/2012, a
CPRH encaminhou ao empreendedor o resultado da análise expedita do
EIA/RIMA.

Em 05/09/2012, foi solicitada a alteração da titularidade do processo,


passando da Odebrecht Transport Participações S.A. para o Comitê Gestor
do Programa Estadual de Parcerias Publico-Privadas (CGPE).

Em 02/10/2012, o empreendedor entregou à CPRH a versão final do


EIA/RIMA. Em 17/10/2012, foi iniciada a análise desses estudos pelo Grupo
de Trabalho (GT) instituído pela Portaria CPRH n° 051NP/2012, alterada pela
Portaria CPRH n° 053 NP/2012.

37
Mapa 1 - Localização do Empreendimento
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
7°50'S 8°0'S 8°10'S 8°20'S
9135000 9120000 9105000 9090000 9075000
Igarassu 101
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250000
9135000 9120000 9105000 9090000 9075000
7°50'S 8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Áreas de Influência - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) - Localidade: IBGE, 2010
dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico - Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:200.000
AID - Área de Influência Direta (500 m) Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico
O

Municípios Interceptados pela Rodovia


8°S

Hidrografia - Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km


TI C

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


Cabo de Santo Agostinho IBGE, 2013
ÂN

PE Curso d'água dos Meios Físico e Biótico


- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água Jaboatão dos Guararapes


AII - Áre de Influência Indireta do Meio Socioeconômico Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Áreas de Influência: SKILL,
NO

Moreno (Municípios Interceptados pela Rodovia) 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Paudalho
OC

São Lourenço da Mata SIRGAS 2000


AL out/2014
9°S
Foram realizadas vistorias técnicas na região do empreendimento no
período de 20 a 22/11/12.

Em 10/12/2012, a CPRH encaminhou o pedido de complementações


ao EIA/RIMA, com prazo de resposta até 10/04/2013, de acordo com a
legislação vigente.

As audiências públicas foram realizadas nos municípios de Igarassu e


Moreno em 26 e 28/02/13, respectivamente.

O empreendedor solicitou prorrogação do prazo para envio das


complementações dos estudos ambientais até 10/05/2013, o que foi
atendido pela CPRH. Em 09/05/2013 e 10/07/2013, o empreendedor
solicitou novas prorrogações, estendendo o prazo até 08/10/2013. Por fim,
em 10/10/2013, o empreendedor apresentou à CPRH as respostas ao pedido
de complementações.

Em reunião realizada em 26/11/2013, a CPRH foi informada por


representantes do Governo do Estado de Pernambuco que o projeto seria
transferido para o Governo Federal e, dessa forma, o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT receberia a titularidade
para realizar a implantação da obra.

Diante dessa informação, em 11/12/13, a CPRH emitiu o Parecer n°


07/2013 GT encerrando a análise do EIA/RIMA. Nesse mesmo sentido, foi
emitido o Parecer n° 01/2014 NAIA fundamentando o indeferimento do
processo de licenciamento ambiental do empreendimento por perda do
objeto. Em 13/01/14, a CPRH apresentou o indeferimento ambiental n°
02.14.01.000171-5.

Em 01/04/14, o CPRH enviou ofício ao DNIT informando sobre o


indeferimento do processo e encaminhou cópias dos pareceres técnicos
supracitados e atas das audiências públicas realizadas em Moreno e
Igarassu.

Em 08/04/2014, o DNIT protocolou na CPRH, sob o numero de


processo 4.930/2014, requerimento de Licença Prévia com vistas à
instalação do empreendimento denominado Arco Rodoviário Metropolitano
do Recife, localizado nos municípios Cabo de Santo Agostinho, Moreno, São
Lourenco da Mata, Paudalho, Abreu e Lima e Igarassu. O empreendimento
contemplava dois segmentos: Entr. BR-408 (São Lourenço da Mata) – Entr.
BR-101 norte (Igarassu), denominado Lote 1; e Entr. BR-101 sul (Cabo de
Santo Agostinho) – Entr. BR-408 (São Lourenço da Mata), denominado Lote
2. Motivada pela inauguração do novo processo, a CPRH emitiu o TR NAIA n°
03/2014 para a elaboração do EIA/RIMA (Anexo 1).

41
No projeto proposto pelo DNIT, o Lote 1 apresentava o traçado
interceptando a Área de Proteção Ambiental - APA Aldeia-Beberibe. Tal
situação havia sido, desde o processo anterior, motivo de discussão
envolvendo a CPRH, o Conselho Gestor da APA, o Ministério Público
Estadual, a população, o proponente do projeto, dentre outros. Em reunião
]realizada entre CPRH e DNIT, em 08/04/2014, o órgão ambiental declarou
não ser favorável ao traçado que cortasse a APA Aldeia-Beberibe, e sugeriu
ao empreendedor o estudo de alternativas locacionais que contornassem a
referida Unidade de Conservação - UC.

Na reunião realizada em 21/05/14, o DNIT informou sobre a decisão


de alterar o objeto do licenciamento para ser, inicialmente, apenas a
implantação do Lote 2, devido à indefinição do traçado do Lote 1 e a
viabilidade funcional do lote 2 como desvio de parte do trânsito da BR-
101/NE. A CPRH informou que já havia discutido com Ministério Público
Estadual de Pernambuco sobre essa possibilidade, e o MPE mostrou-se
favorável por entender a funcionalidade dos dois segmentos, desde que o
licenciamento do Lote 2 não inviabilizasse a discussão sobre as alternativas
locacionais do Lote 1.

Dessa forma, em 21/05/14, o DNIT protocolou na CPRH o


requerimento de alteração do objeto, passando o empreendimento a ser a
implantação do trecho Entr. BR-101 sul (Cabo de Santo Agostinho) – Entr.
BR-408 (São Lourenço da Mata), Lote 2.

Em 22/08/14, o DNIT protocolou na CPRH o EIA/RIMA do Arco


Rodoviário Metropolitano de Recife, Lote 2, em 07 vias impressas e 15 vias
digitais, e informou que o Diagnóstico do Patrimônio Histórico, Cultural e
Arqueológico da área de influência do empreendimento fora enviado ao
IPHAN/PE em 22/07/14.

Em 23/08/14, o DNIT publicou no Diário Oficial do Estado de


Pernambuco e Jornal Folha de Pernambuco informação sobre a
disponibilidade de consulta do RIMA.

Em 18/09/14, o Grupo de Trabalho da CPRH informou, em reunião


com o DNIT, que dados importantes do empreendimento, como as
características do anteprojeto, não haviam sido contemplados no EIA/RIMA e
assim entendia que os estudos deveriam ser refeitos. Em 23/09/14, o DNIT
reuniu-se novamente com equipe da CPRH para discutir sobre o andamento
do processo de licenciamento e protocolou o anteprojeto de engenharia,
meio impresso e digital, e a Nota Técnica sobre o anteprojeto de
desapropriação do Arco Rodoviário Metropolitano de Recife, Lote 2.

42
Nesse contexto, em 29/09/14, o órgão ambiental encaminhou
documento ao empreendedor avisando oficialmente sobre a suspensão da
análise dos estudos ambientais e solicitou que o DNIT apresentasse novo
EIA/RIMA do Lote 2, devidamente adequado ao TR NAIA n° 03/2014 e ao
anteprojeto de engenharia.

1.1.2. IMPLICAÇÕES DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇAO


NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Neste capítulo será apresentada uma contextualização acerca do


modelo que será adotado para a contratação da Construtora e Projetista
para as obras do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2, ou seja, o
Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Não obstante, o presente
capítulo abordará as implicações deste modelo de contratação no
licenciamento ambiental do empreendimento, esclarecendo sobre o
conteúdo do Termo de Referência (TR) do EIA e a possibilidade de
atendimento de cada item do TR nesta fase do processo, tendo como
subsídios os dados de um anteprojeto de engenharia.

O Regime Diferenciado de Contratação (RDC) foi criado através da Lei


nº 12.462/11 e regulamentado pelo Decreto nº 7.581/11 (ver Anexo 2) no
intuito de tornar mais rápida a execução de obras. Apesar de inicialmente
ser destinado as obras da Copa do Mundo, suas condições acabaram se
estendendo às obras do Programa de Aceleração do Crescimento, por meio
da Medida Provisória nº 559/12, e hoje também se aplica a licitações na
área da educação (MP nº 570/12) e da saúde (MP nº 580/12).

A aplicação do modelo desenvolvido pelo RDC, pioneiro na


Administração Pública Federal, trouxe uma série de inovações a fim de dar
efetividade às celebrações contratuais, dentre elas estão: caráter sigiloso do
orçamento, inversão de fases, regime de contratação integrada (projeto de
engenharia + execução da obra), remuneração variável, regulamentação do
Registro de Preços, pré-qualificação permanente, critério do maior retorno
econômico, escolha de proposta, prazo recursal único, dentre outras.

O RDC é definido como um novo modelo de contratação de obras


públicas adotado pelo Governo Federal e possibilita a contratação
integrada, ou seja, a elaboração do projeto de engenharia e a execução da
obra pela mesma empresa. Este modelo de contratação tem como
objetivos:

I. Ampliar a eficiência nas contratações públicas e a


competitividade entre os licitantes;
II. Promover a troca de experiências e tecnologias em busca da
melhor relação entre custos e benefícios para o setor público;
III. Incentivar a inovação tecnológica; e

43
IV. Assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a
seleção da proposta mais vantajosa para a administração
pública.

Como citado no Artigo 2º da Lei Nº 12.462/2011, na aplicação do


RDC, deverão ser observadas as seguintes definições:

I. Empreitada integral: quando se contrata um


empreendimento em sua integralidade, compreendendo a
totalidade das etapas de obras, serviços e instalações
necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a
sua entrega ao contratante em condições de entrada em
operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua
utilização em condições de segurança estrutural e
operacional e com as características adequadas às
finalidades para a qual foi contratada;
II. Empreitada por preço global: quando se contrata a execução
da obra ou do serviço por preço certo e total;
III. Empreitada por preço unitário: quando se contrata a
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
determinadas;
IV. Projeto básico: conjunto de elementos necessários e
suficientes, com nível de precisão adequado, para, observado
o disposto no parágrafo único deste artigo:
a) Caracterizar a obra ou serviço de engenharia, ou
complexo de obras ou serviços objeto da licitação, com
base nas indicações dos estudos técnicos preliminares;
b) Assegurar a viabilidade técnica e o adequado tratamento
do impacto ambiental do empreendimento; e
c) Possibilitar a avaliação do custo da obra ou serviço e a
definição dos métodos e do prazo de execução;
V. Projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as
normas técnicas pertinentes; e
VI. Tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenos
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de
materiais.

O Artigo 3º ressalta que: “as licitações e contratações realizadas em


conformidade com o RDC deverão observar os princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência,
da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do
julgamento objetivo.”

Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as


seguintes diretrizes (artigo 4º):

I. Padronização do objeto da contratação relativamente às


especificações técnicas e de desempenho e, quando for o
caso, às condições de manutenção, assistência técnica e de
garantia oferecidas;

44
II. Padronização de instrumentos convocatórios e minutas de
contratos, previamente aprovados pelo órgão jurídico
competente;
III. Busca da maior vantagem para a administração pública,
considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de
natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os
relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos,
ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de
igual relevância;
IV. Condições de aquisição, de seguros, de garantias e de
pagamento compatíveis com as condições do setor privado,
inclusive mediante pagamento de remuneração variável
conforme desempenho, na forma do art. 10; (Redação dada
pela Lei nº 12.980, de 2014)
V. Utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos
constantes das propostas oferecidas pelos licitantes, de mão
de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas existentes
no local da execução, conservação e operação do bem,
serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à
eficiência na execução do respectivo objeto e que seja
respeitado o limite do orçamento estimado para a
contratação; e
VI. Parcelamento do objeto, visando à ampla participação de
licitantes, sem perda de economia de escala.

Os parágrafos 1º e 2º, do artigo 4º, são de grande importância para o


licenciamento ambiental do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote
2, pois são os artigos que citam o dever de respeitar a normatização
ambiental, atentando para as seguintes diretrizes:

I. Disposição final ambientalmente adequada dos resíduos


sólidos gerados pelas obras contratadas;
II. Mitigação por condicionantes e compensação ambiental, que
serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
III. Utilização de produtos, equipamentos e serviços que,
comprovadamente, reduzam o consumo de energia e
recursos naturais;
IV. Avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
urbanística;
V. Proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e
imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou
indireto causado pelas obras contratadas; e
VI. Acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou
com mobilidade reduzida.
§ 2º O impacto negativo sobre os bens do patrimônio cultural, histórico,
arqueológico e imaterial tombados deverá ser compensado por meio
de medidas determinadas pela autoridade responsável, na forma da
legislação aplicável.

A Seção II trata das Regras Aplicáveis às Licitações no Âmbito do


RDC, detalhando em suas subseções o processo licitatório. Em relação ao
Objeto da Licitação (Subseção I), o Artigo 8º informa que na execução

45
indireta de obras e serviços de engenharia são admitidos os regimes de (I)
empreitada por preço unitário, (II) empreitada por preço global, (III)
contratação por tarefa, (IV) empreitada integral ou (V) contratação
integrada, sendo que para obras e serviços de engenharia os regimes ii, iv e
v são preferenciais (art. 8º, § 1º).

Dentre estes regimes, o de contratação integrada “compreende a


elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução
de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a
pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a
entrega final do objeto” (Artigo 9º, § 1º).

O Artigo 9º determina ainda, em seu parágrafo 2º, que no caso de


contratação integrada:

I. o instrumento convocatório deverá conter anteprojeto de


engenharia que contemple os documentos técnicos
destinados a possibilitar a caracterização da obra ou seviço,
incluindo:
a) a demonstração e a justificativa do programa de
necessidades, a visão global dos investimentos e as
definições quanto ao nível de serviço desejado;
b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo
de entrega, observado o disposto no caput e no § 1o do
art. 6o desta Lei;
c) a estética do projeto arquitetônico; e
d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à
economia na utilização, à facilidade na execução, aos
impactos ambientais e à acessibilidade;

Em relação ao RDC, deve-se destacar ainda o caráter sigiloso do


orçamento estimado para a contratação até o encerramento da licitação,
sendo divulgados apenas o detalhamento de quantitativos e demais
informações necessárias para a elaboração de propostas (Artigo 6º).
Conforme o parágrafo 3º, se o orçamento não constar no instrumento
convocatório ele somente deverá estar disponível estrita e
permanentemente aos órgãos de controle interno e externo da
Administração Pública.

No Decreto nº 7.581/2011 que regulamenta o RDC é informado no


Artigo 74, parágrafo 1º que “deverão constar do anteprojeto, quando
couber, os seguintes documentos técnicos:

I. concepção da obra ou serviço de engenharia;


II. projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram
a concepção adotada;
III. levantamento topográfico e cadastral;
IV. pareceres de sondagem; e

46
V. memorial descritivo dos elementos da edificação, dos
componentes construtivos e dos materiais de construção, de
forma a estabelecer padrões mínimos para a contratação.o
anteprojeto.”

Em razão da necessidade de definir um Termo de Referência (TR)


para Anteprojetos de Engenharia, o DNIT estabeleceu a Instrução de
Serviço/DG (IS/DG) nº 09 de 30 de julho de 2014, revogando a IS/DG nº
17/2013. Nesta nova IS também definiu o escopo de TR para a licitação
através de RDC sob o regime de contratação integrada (RDCi).

No Anexo 3 da IS/DG nº 09/2014, é estabelecida a não


obrigatoriedade da Licença Prévia para as licitações pelo regime RDCi (item
1.1/c). Ainda quanto às premissas ambientais, o TR dessas licitações deve
apresentar como parte do escopo as demandas ambientais, relativas ao
licenciamento ambiental, quando couber (item 2.4).

A IS/DG 09/2014 reintera o Artigo 74, parágrafo 1º, do Dec.


7.581/2011, reapresentando a listagem dos documentos técnicos que
devem compor o Anteprojeto de Engenharia. Quanto aos parâmetros
técnicos, a elaboração dos anteprojetos deverá considerar, quando couber,
no todo ou em parte, os seguintes estudos e/ou parâmetros técnicos,
denpendendo do tipo de obra (implantação, restauração ou duplicaçãoo) e
da metodologia adotada:

• Tráfego;

• Traçado;

• Topografia;

• Dados de sondagem de subleito, estudos de empréstimos para


terraplenagem;

• Imagens do sítio Google Earth , informações do sítio Sistema de


Informações Geofráficas da Mineração - SIGMINE/Departamento
Nacional de Produção Mineral – DNPM, vídeo registro – DNIT;

• Dados estudos de ocorrências de materiais para pavimentação


(cascalheiras, areais e pedreiras);

• Mapas de bacias hidrográficas em escala compatível;

• Identificação de áreas legalmente protegidas, inclusive Áreas de


Preservação Permanente/APP, localizadas nos municípios
atravessados pelo empreendimento;

47
• Identificação de condicionantes de eventual licença ambiental
emitida para o trecho estudado, e que são passíveis de serem
atendidas no âmbito do projeto de engenharia;

• Relatório de visita técnica.

Para as Obras de Arte Especial (OAE), os anteprojetos devem


apresentar, quando couber:

• Dados da geometria da obra;

• Planta topográfica da área em que será implantada a obra;

• Perfil longitudinal do terreno e do greide ao longo do eixo da obra;

• Dados de sondagens de reconhecimento do solo onde será


implantada a OAE, sendo que o número de sondagens e suas
locações serão definidos de acordo com a complexidade e o número
de vãos da OAE;

• Relatório de visita técnica;

• Nível máximo das águas e necessidade de gabarito de navegação,


quando se tratar de pontes.

Confome exposto na IS/DG 09/2014, os anteprojetos para RDCi


devem apresentar “um conjunto de estudos e/ou investigações de modo a
auxiliar na idealização da complexidade do empreendimento, devendo
refletir na metodologia determinística/expedita/paramétrica/sintética a ser
adotada para a formulaçãoo do preço total do empreendimento”.

Os itens de caráter obrigatórios a serem apresentados no Anteprojeto


compreendem:

• Informações de tráfego;

• Topografia e modelagem digital do terreno;

• Definição do traçado;

• Hidrologia e drenagem;

• Obras de Arte Especial;

• Requisitos ambientais (APPs, registro de passivos ambientais e


identificação de condicionantes de eventual licença ambiental
emitida);

48
• Identificação de Interferências (equipamentos e/ou serviços públicos
existentes a serem removidos ou remanejados);

• Identificação de áreas ocupadas (estimativa percentual das áreas


ocupadas no meio rural e/ou urbano, passíveis de desapropriação
e/ou reassentamento).

• Os critérios metodológicos a serem utilizados para a elaboração


destes itens sao descritos na referida IS (ver Anexo 3).

Ainda quanto aos requisitos ambientais (item 5.2.8 da IS/DG


09/2014), as diretrizes deverão levar em consideração os estudos
ambientais (EIA/RIMA, PBA, RCA, PCA, entre outros) porventura existentes,
sendo pautada nos seguintes itens: “indicação dos passivos ambientais,
excluídos os que comprometam o corpo estradal; subsídios para elaboração
de estimativa de custos dos serviços ambientais fornecidos pelo DNIT”.

No Anteprojeto do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, cujos


itens são descritos no capítulo 3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO (pág.
37), o eixo apresentado corresponde a uma diretriz de traçado para o projeto
básico e executivo que deverão ser elaborados pela Construtora a ser
contratada pelo RDCi. Desta forma, cabe ressaltar que o eixo definitivo do
Arco Rodoviário Metropolitano do Recife e a área diretamente afetada
(equivalente à faixa de domínio) ainda poderão ser alterados dentro das
premissas estabelecidas pelo DNIT e órgão ambiental para o
empreendimento.

Em razão do exposto acima, a atual fase de anteprojeto ainda não


traz ou expõe apenas premissas de alguns quantitativos e definições
técnicas do empreendimento, uma vez que deverão ser elaborados e
apresentados em fase futura pela Construtora contratada. Dentre eles,
destacam-se:

• Orçamento da obra (sigiloso);

• Cadastro de áreas afetadas e projeto de desapropriação;

• Cadastro de interferências com infraestruturas públicas;

• Cadastro e projeto de recuperação de passivos ambientais;

• Levantamento de jazidas, areais e pedreiras.

Levando em consideração que o Arco Rodoviário Metropolitano do


Recife – Lote 2 ainda está em fase de licenciamento prévio, não contando

49
ainda com uma LP e suas condicionantes ambientais já determinadas, este
EIA traz um capítulo específico sobre pontos sensíveis e as premissas
ambientais a serem consideradas nos projetos básico e executivo (ver pág.
718).

O EIA possui ainda um caráter de complementaridade de informações


em relação ao Anteprojeto do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife –
Lote 2, porque apresenta o mapa de bacias hidrográficas (pág. 183), a
identificação de áreas legalmente protegidas (Unidades de Conservação –
pág. 220, e APPs – pág. 718) e estimativa de áreas ocupadas e imóveis
afetados (pág. 466). Todavia, apesar do EIA apresentar algumas
estimativas, o cadastramento das áreas ocupadas e desapropriações
somente poderá ser feito pela empresa contratada pelo RDCi após
aprovação do projeto básico/executivo da obra.

No que se refere aos procedimentos de cadastro dos afetados e


processo de desapropriação conduzido pelo DNIT, os mesmos são norteados
pelo Manual de Diretrizes Básicas de Desapropriação do DNIT (Publicação
IPR – 746/2011), que possui amparo legal na Lei n° 10233/2001, art. 82,
inciso IX, a qual estabelece que:

“Art. 82. São atribuições do DNIT, em sua esfera de atuação:

IX – declarar a utilidade pública de bens e propriedades a


serem desapropriados para implantação do Sistema Federal de
Viação”.

Na figura a seguir é apresentado um esquema do processo de


desapropriação.

O Projeto de Desapropriação é parte integrante do Projeto de


Engenharia e deve ser desenvolvido em conformidade com os dispositivos
regulamentares e o Termo de Referência para o projeto, elaborado
especificamente para o empreendimento. Para os empreendimentos do
modal rodoviário, o DNIT dispõe da Instrução de Serviço IS-219: Projeto de
Desapropriação, das Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e
Projetos Rodoviários – Escopos Básicos/Instruções de Serviço (Publicação IPR
726).

Conforme já mencionado, a IS/DG n°09, de 30 de julho de 2014, no


item 5.1.9, estabelece que, na fase de anteprojeto, “deverá ser apresentada
uma estimativa percentual das áreas ocupadas no meio rural e/ou urbano,
passíveis de desapropriação e/ou reassentamento. Estas áreas poderão
ser obtidas por meio de ortofotos, imagens de satélite, do software Google
Earth, planos diretores de ocupação territorial e visita in loco”.

50
Figura 1 – Esquema do processo de desapropriação (Fonte: IPR-746 – Diretrizes Básicas para
Desapropriação).

Dessa forma, o item 8.5.4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DIRETAMENTE


AFETADA (ADA) (pág. 699) EIA traz a identificação prévia e estimada da
quantidade de pessoas a serem afetadas na faixa de domínio da rodovia.

Adicionalmente, conforme mencionado no item 1.1.1 HISTÓRICO DO


PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO EMPREENDIMETO (pág. 37), foi
protocolado no CPRH, em 23/09/14, o Ofício n° 213/2014 DPP/DNIT com
Nota Técnica sobre o anteprojeto de desapropriação, contendo uma
estimativa de propriedades afetadas. Nesse sentido, a empresa a ser
contratada por RDCi irá confeccionar o projeto de desapropriação e
reassentamento, com o devido cadastro e avaliação das pessoas e bens
afetados pelo projeto básico/executivo de implantação do empreendimento.

No que tange ao conteúdo do EIA, o Termo de Referência (TR) n º


03/2014 (ver Anexo 1) emitido pelo Núcleo de Avaliação de Impacto
Ambiental (NAIA) da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco
(CPRH) especifica os temas que devem ser privilegiados na elaboração do
EIA do empreendimento. Alguns elementos descritivos a compor o EIA que
são solicitados no TR implicam na existência de, pelo menos, um projeto

51
básico de engenharia no qual muitas características construtivas do
empreendimento já seriam definitivas. Porém, tendo em vista que o
empreendimento conta apenas com um Anteprojeto de Engenharia e que,
por conta disso, algumas das características da rodovia ali apresentadas
ainda representam diretrizes técnicas, alguns elementos solicitados no
TR/NAIA 03/2014 não são passíveis de apresentação nesta fase.

Em especial, os itens do TR/NAIA 03/2014 que não constam neste EIA


e que são essenciais ao processo de licenciamento ambiental, devendo ser
apresentados antes da fase de obras, ou seja, antes da Licença de
Instalação (LI) são listados e justificados a seguir:

• Meio Biótico – item 3.9.2.3 Ecossistemas Terrestres – Flora: Deverá


ser apresentado o inventário florestal, que deverá conter, além de
outras informações: a área de vegetação a ser suprimida,
destacando as áreas totais de cada fitofisionomia e as áreas
protegidas por legislação específica; a estimativa de colume lenhoso
e não lenhoso a ser suprimido e o seu destino; e mapa
georreferenciado da área.

• Justificativa: O Inventário Florestal será detalhado quando o eixo


do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2 estiver
definido, no âmbito do Projeto Básico de Engenharia; com base no
eixo definido e, consequentemente, na ADA definida, deverão ser
feitos levantamentos em campo aliados ao mapeamento da
vegetação e suas fisionomias, conforme os estágios sucessionais,
em nível de detalhe; este estudo deverá compor um relatório
específico a ser apresentado ao CPRH, identificando e quali-
quantificando a área de vegetação a sofrer com a supressão de
vegetação para implantação da rodovia, de modo a subsidiar o
órgão ambiental quanto à autorização para a supressão. Em vista
disso, o Inventário Florestal não consta neste relatório porque o
eixo do anteprojeto ainda poderá mudar na elaboração dos
Projetos Básico e Executivo de Engenharia.

• Meio Biótico – item 3.9.2.3 Ecossistemas Terrestres – Fauna:


Identificar os trechos críticos para o atropelamento de fauna e os
locais mais indicados para a implantação de medidas mitigadoras.
Deve-se incluir no estudo o detalhamento da metodologia utilizada.

• Justificativa: Não foi possível determinar “trechos críticos” para os


atropelamentos de fauna porque a rodovia a ser construída não
possui um leito existente, ou seja, já implantado, porém não
pavimentado. Os dados apresentados neste EIA a respeito de
atropelamentos de fauna correspondem aos levantados por
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). Porém

52
esse levantamento foi realizado em estradas vicinais que não
correspondem ao local exato de implantação do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife no Lote 2, já que não há leito implantado.
Apesar disso, foram identificados alguns ‘pontos sensíveis’
relativos às manchas de vegetação que formam corredores de
vegetação locais, ou seja, na ADA, para os quais foi indicada a
implantação de passagens de fauna no projeto de engenharia (ver
7.5 PONTOS SENSÍVEIS E PREMISSAS PARA O PROJETO DE
ENGENHARIA, pág. 666).

• Meio Socioeconômico – item 3 – Caracterização das Comunidades


Afetadas – Para a ADA, identificar, georrefenciar e mapear,
individualmente, as propriedades, inclusive aquelas constituídas por
posses existentes. Realizar nestas propriedades (da ADA) pesquisa
censitária e entrevistas qualificadas para conhecer as relações
sociais, econômicas e culturais, abrangendo:

- Aspectos econômicos: o conjunto das propriedades nas


comunidades urbanas e rurais afetadas, inclusive dos
proprietários não residentes e dos não proprietários, definindo
os padrões da ocupação, através de levantamentos quali-
quantitativos, avaliando as condições de habitação, a
dimensão das propriedades, o regime de posse e uso da terra,
o nível tecnológico da exploração, as construções, benfeitorias
e equipamentos, os padrões de locomoção, as principais
atividades desenvolvidas e áreas envolvidas, a estrutura da
renda familiar e os resultados da exploração econômica, o
preço das terras e benfeitorias;

- Aspectos socioculturais: participação das comunidades em


atividades comunitárias e associativas, organização familiar e
de vizinhança;

- Percepção da população em relação às condições de


habitabilidade, ressaltando as vantagens e desvantagens.

• Justificativa: O cadastro de propriedades e pessoas afetadas tal


como solicitado deverá ser feito quando o eixo e ADA forem
definitivos, no âmbito do Projeto Básico de Engenharia, uma vez
que o eixo do anteprojeto ainda pode sofrer alterações. Todavia,
foi feito um levantamento com base no número de edificações
visualizadas nas fotos aéreas do anteprojeto, por meio de visitas a
estas edificações e aplicação de um questionário mais simplificado
para se ter uma estimativa das características das comunidades
afetadas na ADA atual.

53
• Item 3.9.4 – Passivo Ambiental – No diagnóstico ambiental local
deverá ser incluído o levantamento de passivo ambiental, ou seja, a
identificação de ocorrências existentes capazes de atuar como fator
de dano ou degradação ambiental a área de influência direta, ao
empreendimento e ao usuário. Este levantamento deverá servir de
base a intervenções corretivas e/ou a um planejamento de gestão
ambiental dos projetos. Incluir documentação fotográfica.

• Justificativa: Os dados apresentados neste EIA a respeito dos


passivos correspondem aos levantados por Moraes & Albuquerque
Advogados e Consultores (2012). Todavia, quando o eixo do
projeto e sua ADA forem definitivos, no âmbito do Projeto Básico
de Engenharia, deverá ser feito um recadastramento para
atualização dos passivos ambientais, bem como para indicação
das soluções para recuperação dos mesmos.

Diante do exposto, depreende-se que o processo de licenciamento


ambiental do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2 possui
particularidades decorrentes do modelo licitatório a ser conduzido para
contratação do Projeto de Básico, de Engenharia e da execução das obras.
Estas particularidades se referem à fase de elaboração de estudos de
projeto de engenharia e detalhamento de informações que são essenciais
para o licenciamento das obras. Contudo, ressalta-se que o atendimento de
demandas emanadas pelo órgão licenciador será feito na medida em que os
estudos do projeto de engenharia avançarem, buscando-se sempre
subsidiar o órgão ambiental de informações adequadas para a tomada de
decisões quanto à viabilidade do empreendimento, bem como a
adequabilidade das medidas ambientais a serem executadas para os
impactos ambientais decorrentes do empreendimento.

1.2.IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE
Departamento Nacional de Infraestrutura de
Razão Social
Transportes
Telefone/Fax (0xx61) 3315-4101/4102 / (0xx61) 3315-4050
CNPJ / M.F 04.892.707/0001-00
Setor de Autarquias Norte, Núcleo de Transportes Q-3,
E ndereço Comercial
B-A, Brasília, DF. CEP: 70.040-902.
Aline Figueiredo Freitas Pimenta
Coordenadora Geral de Meio Ambiente
Endereço: SAN Quadra 03 Lote "A" - Edifício Núcleo dos
Pessoa de Contato
Transportes, 1° andar, Brasília - DF, CEP: 70040-902
Fone: (61) 3315-4191/4185
aline.freitas@dnit.gov.br

1.3.IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA


Razão Social SKILL Engenharia Ltda.

Telefone / Fax (51) 3337-0010


CNPJ / M.F 02.991.032/0001-21

54
Rua Vereador Nelson Hoff, 1355 - São Sebastião do Caí,
E ndereço Comercial
RS.
Camila Gava Galbiatti
Pessoa de Contato
camila.galbiatti@skillengenharia.com.br

1.4.IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica responsável pela elaboração deste EIA é


apresentada no quadro a seguir.

55
Quadro 1 - Equipe técnica responsável pela elaboração do EIA.
Fu nção Nome Formação Nº Registro Nº CTF IBAMA Assinatura

Coordenadora Geral Fabiana Maraschin da Silva Bióloga (Dra.) 34026-03 CRBio 268.489

Aspectos Jurídicos Alfredo Zart Advogado 61846 OAB/RS 6174942

Ronaldo Trapaga Eng. Químico 05300744 CRQ-V 3537889

Rodrigo Malysz Eng. Civil 120154 CREA RS 6161943

Meio Físico Osmar Gustavo Wöhl Coelho Geólogo (Dr.) 030673 CREA RS 26.727

Bruna Serafini Paiva Eng. Ambiental 190711 CREA-RS 3.630.552

Alex Miraglia da Luz Eng. Civil 150423 CREA RS 5.172.907

Ediléia Patrícia Silveira Eng. Florestal 1200058755 CREA-MT 904.836

Rodrigo Caruccio Biólogo 28846-03 CRBio 989.478


Meio Biótico
Ravena Melo Bióloga 60497-02 D CRBio 2787756

Edinei Teixeira Moreira Acad. Biologia --- 5.088.701

Gustavo Borges Analista de sistemas --- 6162555

Eduardo Audibert Sociólogo (Dr.) DRT/RS 709 20.511


Meio Socioeconômico
Regis Francisco de Meneses Analista de sistemas --- 6178910

Tânia Maria Zanette Economista 2636 CORECON/RS 26714

Elenara Isabela Stertz Eng. Civil 091682 CREA-RS 924191


Geoprocessamento
Cintia Sallet Eng. Civil 130912 CREA-RS 904.866

56
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO

A BR-101 está pavimentada há mais de 30 anos e atende um tráfego


cada dia mais crescente, constituindo-se na principal ligação entre as
capitais litorâneas nordestinas e o centro-sul, sendo, portanto, de
importância estratégica para a região em termos de circulação de produtos
e pessoas. É também utilizada por automóveis em busca dos atrativos
turísticos do litoral. A justificativa para implantação de um empreendimento
integrador de infraestrutura urbana como o Arco Rodoviário Metropolitano
do Recife, parte da própria essência do interesse público presente nos
benefícios em mobilidade urbana, focada na alternativa de desvio de
tráfego pesado e outros veículos leves que transitam pela RMR, de forma a
aliviar a rede viária urbana. A seguir apresentam-se as principais
ineficiências pontuadas na RMR e na BR-101 que justificam a implantação
do empreendimento, são elas:

• Tráfego i n t e nso de cargas pesadas e perigosas, deslocando-se na


área urbana do município do Recife;

• Dificuldade de acessibilidade às áreas urbanas dos municípios;

• Altos índices de acidentes no trecho urbano do Recife na BR-101;

• Tempo e os custos de deslocamento elevados para a RMR.

O empreendimento em questão tem como objetivos proporcionar


benefícios em mobilidade urbana, integração regional e desenvolvimento
econômico, assim como, ordenamento urbano e diminuição de
acidentabilidade.

O Arco, uma rodovia inserida no espaço rural, terá uma integração e


rebatimento com o sistema viário urbano, que está na pauta da mobilidade
urbana (Lei 12.587/2012), no qual, pedestres, passageiros de coletivos e
ciclistas têm prioridade.

57
3. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS

O estudo de alternativas locacionais para o empreendimento em


questão, contemplou a comparação entre duas alternativas que se
diferenciam na variante localizada entre as coordenadas UTM 268160 E(m),
9095570 N(m) e 274150 E(m), 9094445 N(m), entre os municípios de
Moreno e Jaboatão dos Guararapes (Mapa 2). A seguir são apresentadas as
metodologias e os critérios analisados.

3.1. METODOLOGIAS

Para comparação e categorização, entre a melhor e pior alternativa,


foram estabelecidos critérios, apresentados no Quadro 2, levando em conta
a previsão de impactos ambientais de ocorrência certa e que teriam maior
magnitude, decorrente do empreendimento, sobre os meios físico, biótico e
socioeconômico, no trecho da variante em questão.

Quadro 2 - Critérios para a categorização das alternativas locacionais


Critério Estabelecido Descrição
Áreas de Preservação Áreas de APPs interceptadas pela variante das
Permanente (APPs) alternativas
Ecossistemas Especialmente Área dos fragmentos interceptados pela variante das
Protegidos alternativas
Quantitativo de UCs interceptadas pela variante das
Unidades de Conservação (UCs)
alternativas
Quantitativo de interferências em áreas prioritárias para
Áreas Prioritárias para
conservação delimitadas pelo Ministério do Meio
Conservação
Ambiente, pela variante das alternativas
Área de supressão de vegetação nativa na variante das
alternativas.
Remanescentes de Vegetação
Número de fragmentos de vegetação nativa a sofrer
Nativa
supressão, acarretando fragmentação de habitats com
perda de conectividade estrutural e funcional
Número de recursos hídricos interceptados pela variante
Recursos Hídricos
das alternativas
Número de registros arqueológicos interceptados pela
Patrimônio Histórico e Cultural
variante das alternativas
Número de potenciais locais de desapropriações e
Desapropriações e reassentamentos ao longo do trecho da variante das
Reassentamentos
alternativas
Número de vias agrícolas interceptadas pela variante das
Vias e acessos
alternativas

59
Mapa 2 - Alternativas Locacionais
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
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8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Alternativa Locacional 1 Sistema Viário - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Alternativa Locacional 2 Rodovia em Leito Natural - Alternativa Locacional: Dynatest, 2014
- Localidade: IBGE, 2010
Localidade Rodovia Pavimentada Estadual - Sede Municipal: SKILL, 2014 - 1:150.000
Recife Sede Municipal Rodovia Pavimentada Federal Adaptado de IBGE, 2005
- Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Área Especial
8°S

Limite Municipal 0 1,25 2,5 5 km


TI C

- Sistema Viário: Adaptado de


Unidade de Conservação
ÂN

PE Hidrografia IBGE, 2013


AT L

Curso d'água - Hidrografia: IBGE, 2013 Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
NO

Massa d'água - Unidades de Conservação: MMA,


Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

2010
OC

- Áreas de Influência: SKILL, SIRGAS 2000


AL
2014 out/2014
9°S
3.1.1. CRITÉRIOS ANALISADOS

• CRITÉRIO: ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)

Esse critério está relacionado com a quantidade de APPs


interceptadas pelo empreendimento. Conforme metragens e critérios da
legislação ambiental vigente, foi realizada a quantificação de APPs
existentes no entorno de 60m, conforme a área diretamente afetada (ADA)
definida para o estudo, de cada alternativa. Dessa forma, quanto mais APPs
interceptadas, maior o impacto ambiental negativo do empreendimento.

• CRITÉRIO: ECOSSISTEMAS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS

Esse critério tem por objetivo comparar as alternativas no que tange


a interferência ou alteração de ecossistemas especialmente protegidos, com
base nas áreas definidas pelo Ministério do Meio Ambiente. Foram então
sobrepostas as áreas protegidas aos trechos das alternativas, considerando
que quanto maior a interferência com os ecossistemas especialmente
protegidos, maior o impacto negativo da alternativa.

• CRITÉRIO: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC)

Esse critério está ligado com a interceptação dos eixos propostos e as


Unidades de Conservação. Foram então quantificados os registros de UCs
interceptadas de cada alternativa, considerando que quanto maior o
número de registro, maior o impacto negativo do traçado alternativo.

• CRITÉRIO: REMANESCENTES DE VEGETAÇÃO NATIVA

Esse critério está relacionado com as áreas de remanescentes de


vegetação nativa e dos hábitats da fauna associada, levando à redução da
biodiversidade associadas aos traçados analisados, bem como a perda de
conectividade estrutural e funcional. Por meio do mapeamento de uso e
cobertura dos solos, foi possível quantificar as áreas de vegetação nativa no
entorno de 60m do eixo da variante das alternativas. Dessa forma, quanto
maior a interferência com os remanescentes de vegetação, maior o impacto
negativo do empreendimento.

• CRITÉRIO: RECURSOS HÍDRICOS

Esse critério está relacionado com a quantidade de cursos d’água a


serem afetados pelo traçado da variante das alternativas, devido à
necessidade de implantação de obras de arte especiais, bem como a
extensão de lâmina d’água a das áreas de várzea a serem transpostas.

63
Dessa forma, quanto menos cursos d’água o eixo interceptar, menor é o
impacto ambiental negativo para os recursos hídricos.

• CRITÉRIO: PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Por meio dos registros da prospecção em campo e em dados


secundários do diagnóstico arqueológico, foram mapeados os pontos de
interesse arqueológico ao longo dos trechos das duas alternativas
locacionais abordadas. Dessa forma, o critério de patrimônio histórico e
cultural está relacionado com a quantidade de registros arqueológicos e
edificações históricas a serem afetados pelo traçado da variante das
alternativas e, quanto maior o número de registros interceptados, maior o
impacto negativo da alternativa.

• CRITÉRIO: DESAPROPRIAÇÕES E REASSENTAMENTOS

Foram considerados como pontos potenciais de desapropriações e


reassentamentos os locais de edificação residencial encontrados, em
campo, na variante das duas alternativas. Dessa forma, considera-se que
quanto maior o número de edificações residenciais, maior o impacto
negativo das alternativas.

• CRITÉRIO: VIAS E ACESSOS

Para esse critério, foram quantificados o número de vias agrícolas


interceptadas pela variante das alternativas, o que gera interferência no
transito habitual da população. Dessa forma, quanto maior o número de
vias interceptadas, maior o impacto negativo da alternativa.

A partir da definição dos critérios de análise, por meio de discussão e


consenso entre a equipe técnica multidisciplinar envolvida nessa análise,
incluindo profissionais atuantes nos meios físico, biótico e socioeconômico,
foram estabelecidas duas categorias de impactos, conforme apresenta o
Quadro 3 - Categorias de impactos.

Quadro 3 - Categorias de impactos


Cat eg oria Desc riç ão

Categoria 1 Menor impacto positivo ou maior impacto negativo

Categoria 2 Maior impacto positivo ou menor impacto negativo

O somatório dos valores atribuídos para cada critério de cada


alternativa corresponde à avaliação comparativa dos impactos relativos às
duas alternativas propostas, sendo que quanto maior o valor da pontuação,
mais adequada é a alternativa de traçado.

64
3.2. RESULTADOS

O resultado da análise e mensuração de cada critério, para cada


alternativa, são apresentados no Quadro 4 - Resultado da análise dos
critérios para a Alternativa 1, e Quadro 5 - Resultado da análise dos critérios
para a Alternativa 2, sendo respectivamente para Alternativa 1 e Alternativa
2.

Quadro 4 - Resultado da análise dos critérios para a Alternativa 1.


Crit ério An alisad o Alt ern at iva 1
Áreas de Preservação Áreas de APPs interceptadas pela variante das
5,67 ha
Permanente (APPs) alternativas (ha)
Ecossistemas
Área dos fragmentos interceptados pela variante
Especialmente 0,18 ha
das alternativas (ha)
Protegidos
Unidades de Número de UCs interceptadas pela variante das
0 UC
Conservação (UCs) alternativas
Área, em porcentagem, do trecho da variante da
Áreas Prioritárias
alternativa sobre áreas prioritárias para 100%
para Conservação
conservação
Área de supressão de vegetação nativa na
0,18ha
variante das alternativas.
Remanescentes de Número de fragmentos de vegetação nativa a
Vegetação Nativa sofrer supressão, acarretando fragmentação de
0 fragmentos
habitats com perda de conectividade estrutural e
funcional
Número de recursos hídricos interceptados pela 3 recursos
Recursos Hídricos
variante das alternativas hídricos
Patrimônio Histórico e Número de registros arqueológicos interceptados
1 registro
Cultural pela variante das alternativas
Número de potenciais locais de desapropriações
Desapropriações e
e reassentamentos ao longo do trecho da 5 locais
Reassentamentos
variante das alternativas
Número de vias agrícolas interceptadas pela
Vias e acessos 27 vias
variante das alternativas

Quadro 5 - Resultado da análise dos critérios para a Alternativa 2.


Critério Analisado Alt ern at iva 2
Áreas de Preservação Áreas de APPs interceptadas pela variante das
3,3 ha
Permanente (APPs) alternativas (ha)
Ecossistemas
Área dos fragmentos interceptados pela variante
Especialmente 2,5 ha
das alternativas (ha)
Protegidos
Unidades de Número de UCs interceptadas pela variante das
2 UCs
Conservação (UCs) alternativas
Área, em porcentagem, do trecho da variante da 100%
Áreas Prioritárias
alternativa sobre áreas prioritárias para
para Conservação
conservação
Área de supressão de vegetação nativa na
2,5 ha
variante das alternativas.
Remanescentes de Número de fragmentos de vegetação nativa a
Vegetação Nativa sofrer supressão, acarretando fragmentação de
0 fragmentos
habitats com perda de conectividade estrutural e
funcional
Número de recursos hídricos interceptados pela
Recursos Hídricos 1 recurso hídrico
variante das alternativas
Patrimônio Histórico e Número de registros arqueológicos interceptados
1 registro
Cultural pela variante das alternativas

65
Critério Analisado Alt ern at iva 2
Número de potenciais locais de desapropriações
Desapropriações e
e reassentamentos ao longo do trecho da 14 locais
Reassentamentos
variante das alternativas
Número de vias agrícolas interceptadas pela
Vias e acessos 31 vias
variante das alternativas

3.3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

Dentre as metodologias para pavimentação existentes, a asfáltica e a


de concreto são as mais amplamente utilizadas para a finalidade de
construção de pavimentos rodoviários. O Brasil utiliza pavimentos de
concreto desde os anos 40, época em que ainda não existia material
asfáltico produzido no Brasil. Vivíamos o advento das refinarias de petróleo
no país, ao mesmo tempo em que o governo se esforçava em levar
desenvolvimento ao interior do país, com a construção de grandes obras de
infraestrutura (usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, casas populares,
etc).

Neste período a pequena produção de cimento não foi suficiente para


atender à forte demanda, e assim o asfalto passou a ser utilizado em
detrimento dos pavimentos de concreto. Por muitos anos esta tecnologia
ficou restrita a poucas obras e casos específicos onde não se podia colocar
material asfáltico.

Em meados dos anos 90, a indústria de cimento começou a pensar


fortemente na reintrodução desta tecnologia no Brasil e em 1998 iniciou-se
uma forte promoção de pavimentos de concreto, principalmente com a
aquisição pela indústria de diversos equipamentos de produção e
espalhamento de concreto, as chamadas pavimentadoras de formas
deslizantes. Desta data em diante, tem-se visto um crescimento consistente
ano a ano, com muitas obras espalhadas em quase todos os estados
brasileiros (GIUBLIN, 2013). Dentre as obras rodoviárias que tem utilizado o
pavimento em concreto, pode-se citar como exemplo a BR-101 e a BR-408
no Estado de Pernambuco.

Assim como a pavimentação asfáltica, comumente chamada de


flexível, a de concreto, ou rígida, possui suas características específicas com
relação à implantação, materiais de aplicação, durabilidade, manutenção,
tecnologia e resistência a cargas dinâmicas e permanentes. O Quadro 6
mostra um comparativo entre estas duas alternativas de pavimentação.

66
Quadro 6 - Comparativo entre pavimentos rígidos e flexíveis.
Pavim en t os Ríg id os Pavim en t os Flexíveis
Estruturas mais espessas (requer maior
Estruturas mais delgadas de pavimento escavação e movimento de terra) e camadas
múltiplas
Resiste a ataques químicos (óleos, graxas, É fortemente afetado pelos produtos
combustíveis) químicos (óleo, graxas, combustíveis)
Maior distância de visibilidade horizontal, A visibilidade é bastante reduzida durante a
proporcionando maior segurança noite ou em condições climáticas adversas
Pequena necessidade de manutenção e Necessário que se façam várias
conservação, o que mantém o fluxo de manutenções e recuperações, com prejuízos
veículos sem interrupções ao tráfego e custos elevados
Melhor aderência das demarcações viárias,
Falta de aderência das demarcações viárias,
devido a textura rugosa e alta temperatura
devido ao baixo índice de porosidade
de aplicação (30 vezes mais durável)
Vida útil máxima de 10 anos (com
Vida útil mínima de 20 anos
manutenção)
Maior segurança à derrapagem em função da
textura dada à superfície (veículo precisa de A superfície é muito escorregadia quando
16% menos de distância de frenagem em molhada
superfície seca, em superfície molhada 40%)
De coloração clara, tem melhor difusão de
De cor escura, tem baixa reflexão de luz.
luz. Permite até 30% de economia nas
Maiores gastos com iluminação
despesas de iluminação da via
O concreto é feito com materiais locais, a O asfalto é derivado de petróleo importado,
mistura é feita a frio e a energia consumida é misturado normalmente a quente, consome
a elétrica óleo combustível e divisas
Absorve a umidade com rapidez e, por sua
Melhores características de drenagem
textura superficial, retém a água, o que
superficial: escoa melhor a água superficial
requer maiores caimentos
Mantém íntegra a camada de rolamento, não Altas temperaturas ou chuvas abundantes
sendo afetado pelas intempéries produzem degradação

A manutenção de pavimentos torna-se necessária sempre que este


não apresenta mais as condições essenciais para sua utilização. Logo, o
quesito importante neste aspecto é a frequência e a quantidade de serviços
que serão necessários aos pavimentos para manter suas propriedades.

A aparição de defeitos em um pavimento pode ser motivada por


inúmeros fatores diferentes e cada defeito exige um tratamento específico.
A tipologia do pavimento também influencia neste fator devido às razões
específicas pelas quais esses defeitos ocorrem em concreto e asfalto. Para a
pavimentação asfática, os principais motivos pelos quais aparecem
degradações são devidos ao desgaste pelo tempo de uso da via e cargas
excessivas aplicadas sobre ela. Já a pavimentação de concreto apresenta
falhas principalmente quando a estrutura para a mesma é mal executada.

Mesmo com as suas características singulares, o desgaste, erros de


execução, excesso de carregamento na via e intempéries afetam ambos os
tipos de pavimentos, porém de formas e em níveis diferentes. Para
compará-los é necessário expô-los às mesmas condições, ou seja,

67
considerá-los corretamente executados, considerar as intempéries locais
iguais para ambos e o fluxo de veículos também, e nesse aspecto o
concreto apresenta uma vida útil bem superior ao asfalto e uma menor
probabilidade de apresentação de defeitos, favorecendo a sua escolha.

Outro aspecto, no entanto, que deve ser considerado é o custo


desses reparos e a interferência dos processos no fluxo da via. Devido à
frequente necessidade de serviços de manutenção no pavimento asfáltico, o
incômodo ao usuário é maior e os gastos são constantes e não muito altos,
caso não seja necessário a reestruturação do pavimento. Para o pavimento
de concreto essa manutenção é menos frequente, porém com um custo um
pouco mais elevado.

No geral a pavimentação rígida tem custo-benefício melhor devido à


pequena necessidade de manutenção dentro do período de vida útil do
pavimento que é notavelmente maior que a vida útil do pavimento flexível.
Este fato permite que o fluxo de veículos seja constante por mais tempo,
garantindo um maior conforto ao usuário.

3.4. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA PREFERENCIAL

A síntese comparativa, entre as duas alternativas locacionais, para os


critérios definidos, é apresentada no Quadro 7 por meio da categorização de
impacto atribuídas para cada critério.

Quadro 7 - Síntese comparativa pelas categorias de impactos atribuídas aos critérios


analisados.
Crit ério An alisad o Alt ernativa 1 Alt ernat iva 2
Áreas de
Preservação Áreas de APPs interceptadas pela
1 2
Permanente variante das alternativas (ha)
(APPs)
Ecossistemas
Área dos fragmentos interceptados pela
Especialmente 2 1
variante das alternativas (ha)
Protegidos
Unidades de Número de UCs interceptadas pela
2 1
Conservação (UCs) variante das alternativas
Área, em porcentagem, do trecho da
Áreas Prioritárias
variante da alternativa sobre áreas 1 1
para Conservação
prioritárias para conservação
Área de supressão de vegetação nativa
2 1
na variante das alternativas.
Remanescentes de Número de fragmentos de vegetação
Vegetação Nativa nativa a sofrer supressão, acarretando
2 2
fragmentação de habitats com perda de
conectividade estrutural e funcional
Número de recursos hídricos
Recursos Hídricos interceptados pela variante das 1 2
alternativas
Patrimônio Número de registros arqueológicos
Histórico e interceptados pela variante das 1 1
Cultural alternativas

68
Crit ério An alisad o Alt ernativa 1 Alt ernat iva 2
Número de potenciais locais de
Desapropriações e desapropriações e reassentamentos ao
2 1
Reassentamentos longo do trecho da variante das
alternativas
Número de vias agrícolas interceptadas
Vias e acessos 2 1
pela variante das alternativas
Pon t u aç ão ( m éd ia) 1 ,6 1 ,3

A análise comparativa entre as alternativas teve por objetivo


identificar qual traçado apresenta o maior impacto positivo e menor
impacto negativo socioambiental para a região afetada pelo
empreendimento, considerando as diferenças ambientais na variante do
traçado, único trecho em que as alternativas se diferenciam.

A Alternativa 1 apresentou resultados com maior impacto negativo,


em relação à Alternativa 2, somente nos critérios de área de preservação
permanente e recursos hídricos interceptados, com 5,67 ha de APP
interceptada, ao passo que a Alternativa 2 apresentou 3,3 ha e com 3
recursos hídricos interceptados, ao passo que a Alternativa 2, apenas 1
recurso hídrico.

A Alternativa 1 e a Alternativa 2 obtiveram a mesma pontuação no


critério de supressão de vegetação nativa, acarretando em fragmentação de
habitats com perda de conectividade estrutural e funcional, com nenhum
fragmento interceptado por ambas alternativas. As alternativas também
obtiveram mesma pontuação para o critério de patrimônio histórico e
cultural pois ambas interceptam um registro arqueológico.

Em relação aos critérios de interceptação do trecho com fragmentos


florestais, interceptação com UCs, desapropriações e reassentamentos e
interceptação com vias e acessos, a Alternativa 1 apresentou melhores
resultados em relação à Alternativa 2. Destaca-se o critério das Unidades de
Conservação, pois a Alternativa 2 intercepta duas unidades, sendo elas o
Refúgio de Vida Silvestre Matas do sistema Gurjaú e o Refúgio de Vida
Silvestre Mata de Caraúna, ao passo que a variante da Alternativa 1 não
intercepta nenhuma UC. Em relação à supressão de remanescentes de
vegetação nativa, a Alternativa 2 intercepta 2,5ha enquanto a Alternativa 1
apenas 0,18ha. Em relação aos pontos potenciais de desapropriações e
assentamentos, a Alternativa 2 apresenta 14 edificações residenciais, ao
passo que a Alternativa 1 apresenta apenas 5. Em relação às vias
interceptadas, a Alternativa 2 apresentou 31 vias ao passo que a Alternativa
1, 27 vias.

Por meio da análise comparativa integrada dos critérios, verificou-se


que a Alternativa 1 é a mais indicada, conforme a metodologia adotada, por

69
apresentar o maior impacto positivo e menor impacto negativo
socioambiental para a região afetada pelo empreendimento, em relação a
Alternativa 2.

Em termos de alternativas tecnológicas, observa-se que as


características relevantes a um bom nível de desempenho do pavimento são
favoráveis ao modelo de concreto, abrangendo áreas de segurança,
resistência à fatores físicos e químicos, consumo energético e manutenção.

70
4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Arco Rodoviário Metropolitano do Recife inicia no entroncamento


com a BR-408 e termina no entroncamento com a BR-101, em Cabo de
Santo Agostinho. Esse empreendimento apresenta Lote único. O segmento
perfaz uma extensão total de 45,3 km, com início no km 0,000
(2247+16,716).

As informações sobre o empreendimento apresentadas neste capítulo


estão de acordo com o anteprojeto de engenharia elaborado pelo Consórcio
Dynatest Engenharia Ltda. e Engemap Engenharia, Mapeamento e
Aerolevantamento Ltda. em setembro de 2014. A elaboração do anteprojeto
seguiu orientações da Instrução de Serviço nº 9, de 30 de julho de 2014,
além das particularidades do segmento em referência.

4.1. ESTUDOS TÉCNICOS


4.1.1. ESTUDOS DE TRÁFEGO

Os estudos em questão têm por objetivo a definição dos Volumes


Médios Diários do tráfego e fluxos atuais, as suas composições por tipo de
veículo, as projeções para o período de vida útil do projeto e os parâmetros
necessários ao dimensionamento do pavimento. As atividades
desenvolvidas para este fim são apresentadas na sequência.

• Contagem volumétrica e classificatória de veículos;

• Pesquisa de origem e destino;

• Coleta dos dados históricos dos levantamentos de tráfego;

• Determinação do volume médio diário de tráfego;

• Projeção do tráfego;

• Consideração da sazonalidade.

• Pesquisa de ocupação de veículos de carga;

• Cálculo do Número “N”.

Para o estudo de tráfego foram realizadas contagens classificatórias


in loco e desenvolvidos estudos de capacidade viária. Os resultados do
estudo de tráfego são apresentados no Quadro 8.

71
Quadro 8 - Estudo de tráfego.
S en t id o Nort e

pickups Art. 3 e 4 Bi-Art. até Bi-Art. 6 Bi-Atr. 7


Volume motos autos ônibus Com 2 e Com 3 e Com 4 e Art. 5e Art. 6e
e vans eixos 5 eixos eixos eixos

Class Class
Class #1 Class #2 Class #3 Class #4 Class #5 Class #6 Class #7 Class #8 Class #9 Class #10 Class #11
#12 #13
2075 104 1276 68 47 211 173 41 34 50 25 4 16 28
S en t id o S u l

pickups Art. 3 e 4 Bi-Art. até Bi-Art. 6 Bi-Atr. 7


Volume motos autos ônibus Com 2 e Com 3 e Com 4 e Art. 5e Art. 6e
e vans eixos 5 eixos eixos eixos

Class Class
Class #1 Class #2 Class #3 Class #4 Class #5 Class #6 Class #7 Class #8 Class #9 Class #10 Class #11
#12 #13
2198 115 1265 85 59 223 187 65 43 60 32 7 20 37
Tot al

pickups Art. 3 e 4 Bi-Art. até Bi-Art. 6 Bi-Atr. 7


Volume motos autos ônibus Com 2 e Com 3 e Com 4 e Art. 5e Art. 6e
e vans eixos 5 eixos eixos eixos

Class Class
Class #1 Class #2 Class #3 Class #4 Class #5 Class #6 Class #7 Class #8 Class #9 Class #10 Class #11
#12 #13
4273 219 2541 152 106 433 360 105 76 109 56 11 35 65

72
Para o sentido de maior tráfego, considerando-se a projeção de
crescimento do tráfego de 3,0% ao ano com ano de abertura de tráfego em
2016, o número “N” calculado para 10 e 20 anos é apresentado em resumo
a seguir.

Quadro 9 - Resumo da projeção de tráfego.


Projeç ão d o VMD e d os Valores d o Nú m ero N
Rod ovia: Arco Rodoviário Metropolitano do Recife
S egmento: Lote 2

Taxa de Crescim en t o Fat ores de Veículo - FV Fat or


An o d a Período de Fat or d e
Clim át ic o
Pesq u isa An álise Mét od o Mét od o Pist a
Passeio Carg a Reg ion al
U S ACE AAS HTO
2014 3,00% 20 9,70 3,22 1,00 0,95

Composição da Frot a
VMD
Passeio Carg a An o d e Ab ert u ra d o Tráfeg o 2016
733 0,00% 100,00%

Veíc u lo - Tip o N An u al N An u al N Ac u m . N Ac u m .
An o VMD
Passeio Carg a U S ACE AAS HTO U S ACE AAS HTO
2014 733 733
2015 755 755
2016 778 778 2,62E+06 8,68E+05 2,62E+06 8,68E+05
2017 801 801 2,69E+06 8,94E+05 5,31E+06 1,76E+06
2018 825 825 2,77E+06 9,21E+05 8,08E+06 2,68E+06
2019 850 850 2,86E+06 9,49E+05 1,09E+07 3,63E+06
2020 875 875 2,94E+06 9,77E+05 1,39E+07 4,61E+06
2021 901 901 3,03E+06 1,01E+06 1,69E+07 5,62E+06
2022 929 929 3,12E+06 1,04E+06 2,00E+07 6,65E+06
2023 956 956 3,22E+06 1,07E+06 2,33E+07 7,72E+06
2024 985 985 3,31E+06 1,10E+06 2,66E+07 8,82E+06
2025 1015 1015 3,41E+06 1,13E+06 3 ,0 0 E +0 7 9 ,95E +0 6
2026 1045 1045 3,52E+06 1,17E+06 3,35E+07 1,11E+07
2027 1076 1076 3,62E+06 1,20E+06 3,71E+07 1,23E+07
2028 1109 1109 3,73E+06 1,24E+06 4,08E+07 1,36E+07
2029 1142 1142 3,84E+06 1,28E+06 4,47E+07 1,48E+07
2030 1176 1176 3,96E+06 1,31E+06 4,86E+07 1,61E+07
2031 1212 1212 4,07E+06 1,35E+06 5,27E+07 1,75E+07
2032 1248 1248 4,20E+06 1,39E+06 5,69E+07 1,89E+07
2033 1285 1285 4,32E+06 1,44E+06 6,12E+07 2,03E+07
2034 1324 1324 4,45E+06 1,48E+06 6,57E+07 2,18E+07
2035 1364 1364 4,59E+06 1,52E+06 7 ,0 3 E +0 7 2 ,33E +0 7

4.1.2. ESTUDOS TOPOGRÁFICOS

Os estudos topográficos foram desenvolvidos tendo como objetivo


fornecer os dados necessários para a elaboração do Anteprojeto Geométrico
e de Obras de Artes Correntes. Todos os dados utilizados são

73
georreferenciados com base no datum SIRGAS 2000, apresentando uma
precisão de levantamento de 1:5000.

Para o Anteprojeto Geométrico, o estudo foi realizado através de


aerofotogrametria, no qual foram obtidas as ortofotos e o modelo digital do
terreno, utilizando um “buffer” do traçado de 500m de largura para cada
lado. Os trabalhos realizados estão apresentados abaixo:

• Checagem dos parâmetros cartográficos;

• Checagem dos modelos digitais do terreno e ortofotos;

• Elaboração de nuvem de pontos com coordenadas


planoaltimétricas;

• Elaboração dos mosaicos.

Para o Anteprojeto de Obras de Artes Correntes o estudo foi baseado


no uso de imagens SRTM para a modelagem digital do terreno. Os trabalhos
realizados estão a seguir:

• Procedimentos para elaboração de mosaicos do terreno;

• Preenchimento de depressões espúrias;

• Delimitação das áreas das bacias hidrográficas;

• Determinação dos talvegues;

• Determinação das cotas máximas e mínimas.

4.1.3. ESTUDOS DE TRAÇADO

A definição do Anteprojeto foi realizada através de análise técnico-


financeira e baseada nos dados obtidos a partir da visita técnica e coleta de
projetos e dados históricos da região. Para o desenvolvimento do traçado foi
utilizado o MDT levando em consideração as diretrizes contidas na IS-09
bem como as informações e demandas locais de adequação obtidas quando
da realização da visita técnica.

4.1.4. ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Para os estudos geotécnicos foram coletados dados de caracterização


do subleito local, o qual indicou um solo com CBR de 4% para efeitos de
dimensionamento dos pavimentos. A análise estatística para a
determinação do CBR de projeto foi realizada pela metodologia do DNIT

74
para dimensionamento de pavimentos, bem com validada pela análise de
distribuição de t-Student para 90% de confiabilidade. Além disso, foram
realizados 12 ensaios do tipo SPT para determinação do perfil geológico da
região.

Para efeitos de classificação de material para distribuição de massas


no Anteprojeto de terraplenagem, além da classificação descritiva de cada
camada apresentada nas fichas dos ensaios, foram considerados materiais
de 1ª categoria todos aqueles penetráveis a percussão. Os materiais de 3ª
foram classificados em espessuras acima do impenetrável e também nos
locais com recuperação da sondagem rotativa acima de 20%. Os demais
materiais foram considerados como 2ª categoria, desta forma, uma análise
estatística por profundidade acusou a ocorrência dos materiais classificados
em 1ª, 2ª e 3ª categoria.

4.1.5. ESTUDOS HIDROLÓGICOS E DE DRENAGEM

Os estudos hidrológicos são desenvolvidos com o objetivo de se


definir as descargas máximas que irão escoar pelos dispositivos de
drenagem projetados.

O trecho em estudo está localizado na Bacia do Atlântico, trecho


Norte/Nordeste, segundo Agência Nacional de Águas (ANA). A bacia
hidrográfica do Atlântico, trecho Norte/Nordeste, possui uma área de
286.802 km², abrangendo em seu território cinco estados: Ceará, Rio
Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.

O clima dessa região em quase toda sua totalidade caracteriza-se


como semiárido, apresentando substanciais variações temporal e espacial
da precipitação pluviométrica e elevadas temperaturas ao longo do ano.

4.1.6. ESTUDOS AMBIENTAIS

Os Estudos Ambientais foram realizados de acordo com a IS-09/14 do


DNIT, na qual está compreendida a caracterização da situação ambiental da
área de influência direta do empreendimento, considerando os aspectos
físicos, bióticos, antrópicos, tendo em vista um conhecimento da região
previamente à implantação do empreendimento, possibilitando a avaliação
de impactos ambientais provenientes das obras e operação da rodovia, e
dos passivos ambientais.

Dessa forma, as pesquisas e consultas na área de influência do


subtrecho, assim como o levantamento dos passivos ambientais ao longo do
empreendimento foram levados em consideração para a realização dos
estudos em questão. A área de influência considerada é formada pelos

75
limites geográficos da área que será diretamente afetada pelos impactos da
rodovia, representando o foco a ser considerado no âmbito de estudos de
riscos no caso de danos diretos ao meio ambiente provocados pela
implantação do empreendimento.

O componente ambiental resultante deste estudo é apresentado no


item 3.8 Componente Ambiental e Paisagismo.

4.1.7. IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS E ÁREAS OCUPADAS

A identificação e caracterização das interferências e áreas ocupadas


foram realizadas através de ortofotos e visita in loco, como determina a IS-
09. Como este empreendimento é uma implantação, não foi possível a
realização de vídeo-registro.

4.2. ANTEPROJETO GEOMÉTRICO

A concepção adotada para o alinhamento horizontal foi o de pista


dupla com canteiro central de 6,0m (excluindo-se as faixas de segurança). A
implantação se dará a partir do eixo da rodovia, no entroncamento com a
BR-408/PE, na qual será implantado um dispositivo em desnível do tipo
interseção completa. Sua seção transversal será composta de duas pistas
com largura de 10,70 m cada, considerando 2,5m de acostamento externo,
1,00m de acostamento interno e duas faixas de rolamento de 3,60m cada.
As pistas serão separadas entre si por um canteiro central de 6,0m de
largura que, somadas às de faixa de segurança de ambos os lados,
totalizam 8,0m de largura.

Figura 2 - Seção tipo da rodovia.

A rodovia foi classificada como classe I-A, e as principais


características a serem observadas no projeto geométrico podem ser
visualizadas no quadro de características a seguir.

76
Quadro 10 - Características geométricas.
TRAÇADO E M PL ANTA
Extensão (m) 45.300,00
Região MONT./ONDUL.
Classe I-A
Velocidade diretriz (km/h) 80
Faixa de domínio (m) 60
Extensão em curva (m) 25.772,72
Porcentagem de extensão em curva (%) 57
Frequência 2
150-400
Extensão (m) 568,52
Frequência 20
400-1.000
Extensão (m) 8.571,21
Raio de Curva
Frequência 18
1.000-2.500
Extensão (m) 15.476,72
Frequência 2
>2.500
Extensão (m) 1.156,27
Extensão em tangente (m) 19.527,28
TRAÇADO E M PE RFI L
Declividade máxima (%) 6,00
Comprimento total em declividade máxima (m) 640,00
Percentual do traçado em declividade máxima (%) 1,41
Rampa (%) Extensão (m) %
0,001 - 1,000 1.309,54 2,89%
1,001 - 2,000 2.664,59 5,88%
2,001 - 3,000 2.341,61 5,17%
3,001 - 4,000 1.269,98 2,80%
Aclive 4,0001 - 5,000 2.661,22 5,87%
5,0001 - 6,000 1.174,76 2,59%
6,0001 - 7,000 0,00 0,00%
7,0001 - 8,000 0,00 0,00%
8,0001 - 9,000 0,00 0,00%
Rampa
Em nível 1.000,00 2,21%
0,001 - 1,000 2.632,58 5,81%
1,001 - 2,000 1.668,70 3,68%
2,001 - 3,000 1.534,04 3,39%
3,001 - 4,000 1.628,83 3,60%
Declive 4,0001 - 5,000 854,75 1,89%
5,0001 - 6,000 1.909,42 4,22%
6,0001 - 7,000 0,00 0,00%
7,0001 - 8,000 0,00 0,00%
8,0001 - 9,000 0,00 0,00%
Total em Curva 22.650,00 50%
Total em Nível 1.000,00 2%
Total em Aclive 11.421,69 25%
Total em Declive 10.228,31 23%
Total Geral 45.300,00 100%

Foram consideradas implantações de retornos com a premissa básica


de espaçamento máximo de 5,0km. A seguir é apresentada a listagem dos
retornos previstos na elaboração deste Anteprojeto.

77
Quadro 11 - Localização dos retornos.
I DE NTI FI CAÇÃO ( km ) COORDE NADAS
Retorno 1 9117000,6261 268125,8559
Retorno 2 9114345,5467 267595,8548
Retorno simples 1 9111308,7884 267870,2719
Retorno simples 2 9110279,6690 267536,4960
Retorno 3 9107966,3487 265133,9818
Retorno 4 9106348,0126 263085,4140
Retorno 5 9103915,4044 262975,6530
Retorno simples 3 9101782,4427 265484,2887
Retorno simples 4 9099449,5719 266164,4425
Retorno simples 5 9096741,8603 266841,1810
Retorno 6 9096175,6674 267474,8516
Retorno 7 9094566,1768 272516,2349
Retorno 8 9093837,0334 275760,3428
Retorno 9 9091041,9312 278354,8683

Também foi prevista a implantação de vias laterais para isolamento


do tráfego do Distrito Industrial que está se instalando nas proximidades de
Moreno, conforme detalhado no Quadro 12 a seguir.

Quadro 12 - Localização das vias laterais


I d en t ific aç ão L ad o Km início Km fim E xten são Coord en ad as in ic iais
Distrito D 22,67 23,94 1,27 265694,667 9101254,379
Industrial E 22,67 23,94 1,27 265890,081 9100082,353

Para a plataforma da via lateral, considerou-se uma separação de


canteiro reduzido de 3,0m em relação à pista principal, na qual foi prevista
a implantação de uma sarjeta de canteiro central com caixas coletoras e
bueiros de greide, duas faixas de 3,5m, elemento de drenagem superficial e
passeio de 2,0m.

4.3. TERRAPLENAGEM

O Anteprojeto de Terraplenagem foi desenvolvido, tomando como


base as informações e condicionantes definidas pelos Estudos Geotécnicos,
tendo como objetivo o cálculo do volume de movimentação de terra, de
forma a possibilitar a execução das melhorias definidas no Anteprojeto
Geométrico, assim como uma distribuição das massas adequada, contendo
a indicação das origens e destinos dos materiais e cálculo das diastâncias
médias de transporte.

A análise dos dados mencionados unidos aos conhecimentos


adquiridos na visita técnica realizada à àrea do empreendimento e ao
atendimento às características técnicas definidas para o Anteprojeto
Geométrico, e a análise dos resultados obtidos nos Estudos Geotécnicos,
foram essenciais no procedimento de definição na elaboração do
Anteprojeto de Terraplenagem.

78
A concepção do Anteprojeto de Terraplenagem considerou os serviços
a seguir.

4.3.1. CONSIDERAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO ANTEPROJETO

Baseando-se nos Estudos Geotécnicos, os taludes a serem adotados


na implantação foram definidos como sendo 1:1 (V:H) para cortes em solo e
1:1,5 (V:H) para taludes de aterros.

4.3.2. DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS

De acordo com os valores do ISC do projeto para o subleito e das


caracteísticas geotécnicas dos materiais, os mesmos foram classificados em
função de sua respctiva origem e destinação, adotando-se as seguintes
nomenclaturas: cortes, aterros e bota-foras.

4.3.3. CORTE E ATERROS

Os volumes foram calculados em computador pelo método da semi-


soma das áreas de corte ou aterro, em cada par de seções transversais
relativas a duas estacas subsequentes e o volume total para cada segmento
em corte e aterro.

Para o volume de corpo de aterro foi considerado um grau de


compactação de 100% do Proctor. Na execução do corpo do aterro foram
considerados materiais com CBR maior ou igual especificado para material
selecionado, toda via, para materiais de aproveitamento de cortes com CBR
inferior ao especificado, foi adotado material provenientes de empréstimos
específicos com CBR adequado.

Dada a significativa quantidade de ocorrência de materiais de 2ª e 3ª


categoria, considerou-se a premissa de utilização deste material para a
composição do corpo dos aterros no diagrama de distribuição das massas.

4.3.4. EMPRÉSTIMOS

As áreas de empréstimos estudadas se caracterizam por materiais


para emprego nas camadas de terraplenagem. Os empréstimos que
apresentaram CBR ≥ 10 expansão ≤ 2, foram utilizados nas últimas
camadas de aterro (Material Selecionado). Além disso foram consideradas
caixas de empréstimo laterais à implantação, dentro da faixa de domínio
estabelecida.

79
4.3.5. BOTA-FORAS

Os materiais excedentes de 1ª,2ª e 3ª categorias provenientes dos


cortes que não foram aproveitados nos aterros do empreendimento foram
destinados a bota-fora.

4.3.6. ATERROS EM ROCHA

O volume de aterro em material rochoso previsto no projeto será


depositado em camadas cujas espessuras não deverão ser superiores a
75cm, no caso de haver fragmentos rochosos com dimensão superior a
75cm deverão ser reduzidos de forma que não ultrapasse a dimensão
determinada previamente.

4.3.7. CAMINHOS DE SERVIÇO

Os custos referentes à construção e conservação dos caminhos de


serviços, tais como acessos a jazidas, pedreiras, empréstimos e caminhos
de serviços marginais ao traçado horizontal não serão inclusos no
pagamento. Nesse sentido, seus custos devem ser diluídos nos demais
preços unitários.

4.3.8. LIMPEZA DE EMPRÉSTIMO E JAZIDAS

O material resultante da limpeza das jazidas, dos empréstimos e seus


expurgos serão estocados para utilização do mesmo na recomposição de
áreas exploradas.

4.4. INTERSECÇÕES E RETORNOS

Os dispositivos foram projetados em todo o segmento. Ao todo, foram


consideradas as implantações de 3 (três) dispositivos do tipo interseção
completa em desnível, no entroncamento com as rodovias BR-408, BR-232
e BR-101.

Com relação aos retornos, estes foram projetados com vistas a


manter um afastamento entre si da ordem de 2,5 a 5km. Os dispositivos
previstos no Anteprojeto de Engenharia deverão ser mantidos ou
melhorados conforme a situação exposta, desde que visem à melhoria de
capacidade e a eliminação de pontos críticos.

4.5. DRENAGEM E OAC

Para o Anteprojeto de Drenagem e OAC foram projetados os


dispositivos que se fazem necessários para a implementação de um sistema
de drenagem de forma a atender à nova rodovia.

80
O dimensionamento de todas as sarjetas e meio-fios baseou-se na
quantidade de incidência de corte e aterro do Anteprojeto Geométrico,
sendo as sarjetas sempre utilizadas na ocorrência de cortes e os meio fios
na ocorrência de aterros.

No caso das valetas de corte e aterro, utilizou-se o método


comparativo de acordo com a característica da rodovia, no qual a redução
ou aumento da incidência de cortes e aterros foi extraída em porcentagem,
sendo utilizado o mesmo valor para quantificar as valetas do
empreendimento.

As entradas e as descidas de água foram dimensionadas baseando-se


no mesmo critério utilizado no caso das valetas, entretanto sendo baseado
na incidência de pontos baixos e comprimentos críticos mínimos das
sarjetas e/ou meio fios. Já para as caixas coletoras foi utilizada a mescla dos
critérios citados anteriormente, sendo o valor adquirido transformado em
unidades. Para as dimensões ideais, foram estipuladas áreas de
contribuição mínimas nas quais se obteve valores de suporte hidráulico de
cada caixa.

De acordo com as caixas coletoras, os bueiros de greide foram


quantificados de acordo com o suporte de cada caixa coletora utilizada e
sua extensão considerada sendo a largura média da base do corpo do
aterro. Para os bueiros de talvegue, o dimensionamento foi realizado de
acordo com a caracterização topográfica a partir do dados SRTM disponíveis
no Banco de dados Geomorfométricos do Brasil (TOPODATA), incluso a essa
metodologia houve a análise das cartas topográficas.

Nos trechos onde a implantação da via cruza com outras vias


existentes, foram considerados tanto os bueiros quanto os elementos
superficiais a partir do cadastro, determinando a demolição ou limpeza dos
mesmos, quando existentes.

Os cálculos hidráulicos e hidrológicos utilizados no Anteprojeto


seguiram o Manual de Drenagem de Rodovias - 2ªed. - Rio de Janeiro, 2006
(DNIT).

4.6. PAVIMENTAÇÃO

Considerando-se que a implantação do Arco Rodoviário Metropolitano


do Recife, quando concluído, passará a integrar a BR-101/PE e também o
fato da concepção da construção das novas pistas do corredor BR-101/NE
em pavimento rígido, foi realizado os pavimentos do corredor da rodovia
foram pré-dimensionados nesta solução de pavimento de concreto de
cimento Portland.

81
Os pavimentos do empreendimento deverão ser executados com
solução rígida com horizonte de projeto de 20 anos, com exceção dos
pavimentos dos acessos, ramos dos dispositivos e vias laterais, os quais
deverão ser executados com solução flexível com horizonte de projeto de
10 anos.

4.6.1. PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

Para o dimensionamento dos pavimentos flexíveis a serem


empregados nos ramos dos dispositivos, acessos e vias marginais, foi
considerado um tráfego solicitante igual a 20% do tráfego total da rodovia,
dessa forma, considerou-se o número “N” igual a 5,98 x 106. A indicação de
solução seguiu a Matriz de Soluções apresentada a seguir.

Quadro 13 – Matriz para dimensionamento dos pavimentos flexíveis.


Trat am en t o Sub-
Pavim . Tráfeg o N U S ACE Revest . Base Reforç o
S u p erfic ial b ase
5 cm
N<5,99E+06 Impr + PL
CBUQ
7 ,5 c m I m p r + PL BGS 20 5B 2 0 c m se
Flexível 5 ,0 0 E +0 6 <N<1 ,0 0 E +0 7
CBU Q ( 2 x) cm 2 0 c m CBR<6 %
10 cm Impr + TSD
1,00E+07<N<5,00E+07
CBUQ + PL (2x)
12,5 cm Impr + TSD
5,00E+07<N<1,00E+08
Semi- CBUQ + PL (3x) BGTC BGS 20 cm se
rígido 12,5 cm Impr + TSD 20 cm 20 cm CBR<5%
1,00E+08<N<
CBUQp + PLp (3x)

Desta forma, conforme destacado na matriz de soluções acima, a


solução em pavimento flexível indicada é a apresentada no croqui a seguir.

Figura 3 - Croqui do pavimento flexível.

82
4.6.2. PAVIMENTOS RÍGIDOS

Para o dimensionamento do pavimento de concreto de cimento


Portland dos trechos em estudo optou-se por empregar a metodologia de
dimensionamento de pavimento rígido da Portland Cement Association
(PCA), “Manual Thickness Design for Concrete Highway and Street
Pavements”, na sua versão de 1984, e apresentada na publicação da
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) em seu estudo técnico
“ET-97 – Dimensionamento de Pavimento Rodoviários e Urbano de Concreto
pelo Método da PCA/1984”, bem como recomendado pelo Manual de
Pavimento Rígido do DNIT.

• CONSIDERAÇÕES GERAIS

Para o dimensionamento do pavimento rígido do Arco de Recife, foi


considerado um período de projeto de 20 anos. Ainda, optou-se pela adoção
de barras de transferência de retração nas juntas transversais, descartando
o emprego de qualquer outro tipo de armadura no pavimento, a não ser
aquela distribuída de forma descontínua sem função estrutural utilizada nas
placas de formato geométrico irregular.

Considerou-se, no cálculo do dimensionamento, a contenção lateral


pelo acostamento de concreto, e adotou-se, ainda, um Fator de Segurança
de Cargas (Fsc) igual a 1,2.

A seguir são apresentados os parâmetros considerados, bem como o


dimensionamento da estrutura de pavimento.

• SUBLEITO

Para efeito de dimensionamento do pavimento, a capacidade de


suporte do subleito é definida pelo valor de seu índice de suporte Califórnia
(CBR), tomado igual a 4%, consolidados a partir dos ensaios realizados.

• SUB-BASE

A sub-base será composta por duas camadas: uma superior,


cimentada, de Concreto Compatado a Rolo (CCR), e outra, inferior, de brita
graduada simples (BGS). Essas camadas deverão atender às seguintes
características:

• CONCRETO COMPACTADO A ROLO (CCR)

• Espessura de aplicação (camada acabada), igual a 10 cm;

• Resistência característica à compressão simples (fck), medida aos 7


dias, igual a 5,0 MPa;

83
• Resistência característica à tração na flexão (fctM,k), medida aos 28
dias, igual a 1,5 Mpa.

• Brita Graduada Simples (BGS)

• Espessura mínima de aplicação (camada acabada), igual a 10 cm;

• Índice de suporte Califórnia (CBR), maior ou igual a 30%;

• Grau de compactação mínimo de 100%, considerada a energia


normal de compactação.

• CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO

Para o concreto utilizado no dimensionamento, cujas características


deverão ser obtidas na execução do pavimento proposto, adotou-se um
concreto de resistência característica de ruptura à tração na flexão (fctM,k)
de 4,5 MPa, referente à idade de 28 dias.

O concreto deverá ainda apresentar desempenho satisfatório quanto


à trabalhabilidade, que deve ser em função do método construtivo, à
impermeabilidade, durabilidade e à resistência à abrasão.

• DIMENSIONAMENTO

Para o dimensionamento de pavimentos novos de concreto de


cimento Portland, segundo o procedimento da PCA propriamente dito,
consideram-se, individualmente, todas as configurações de eixo, com os
respectivos carregamentos que solicitarão a estrutura do pavimento ao
longo do período de projeto. A seguir apresenta-se um quadro resumo com
a contagem volumétrica realizada conforme apresentado anteriormente.
Vale ressaltar que, para efeito de dimensionamento, utilizou-se o maior
tráfego verificado.

Quadro 14 - Quadro resumo da contagem de volume de tráfego.


Nº d e Con fig u raç ão d e eixos Distrib .
Cat eg oria Tip o VMD
E ixos E S RS E S RD E TD E TT ( %)
Ônibus 2 1 1 0 0 59 8,0%
Cam. leves Com 2 eixos 2 1 1 0 0 223 30,4%
Cam. Com 3 eixos
3 1 1 1 0 187 25,5%
médios
Cam. Com 4 eixos
4 1 1 1 0 65 8,9%
pesados
Art. 3 e 4 eixos 4 1 1 1 0 43 5,9%
Semi- Art. 5 eixos 5 1 0 2 0 60 8,2%
reboques Art. 6 eixos 6 1 0 1 1 32 4,4%
Bi-art. até 5 eixos 8 1 1 3 0 7 1,0%

84
Nº d e Con fig u raç ão d e eixos Distrib .
Cat eg oria Tip o VMD
E ixos E S RS E S RD E TD E TT ( %)
Bi-art. 6 eixos 9 1 0 1 2 20 2,7%
Bi-art. 7+ eixos 11 1 0 2 2 37 5,0%
TOTAL 100,0%

A partir dos dados acima pode-se determinar a distribuição de cargas


por tipo de eixo (simples, tandem duplo e tandem triplo) e para o horizonte
de projeto de 20 anos, necessária para o dimensionamento do pavimento
rígido. Ressalta-se que o carregamento máximo permitido pela Lei da
Balança (Código de Trânsito Brasileiro - Lei nº 9.053 de 23.09.1997 -
resolução no 12 d 06/02/1998) é de 6,0 tf no eixo simples dianteiro, e de
10,0 tf, 17,0 tf e 25,5 tf para os eixos simples, tandem duplo e tandem triplo
traseiros, respectivamente. Para efeito de dimensionamento, adotou-se que
20% dos veículos comerciais trafegam vazios, 70% trafegam cheio e 10%
trafegam na carga máxima legal.

O método da PCA/1984 é a versão revisada do método da PCA/1966 e


aplica-se a pavimentos de concreto simples com juntas simples, com juntas
e barras de transferência e em pavimentos de concreto continuamente
armado, onde a armadura não apresenta função estrutural.

O método de dimensionamento é baseado no emprego concomitante


da verificação dos modelos de cálculo do consumo da resistência à fadiga
da placa de concreto de cimento Portland e consumo da resistência à
erosão do sistema de apoio, na qual se aplica o modelo de ruína por
formação de escalonamentos entre as placas de concreto.

O dimensionamento da placa de concreto é determinado por um


processo interativo, onde se procura obter uma espessura de placa que leve
o consumo de fadiga e o dano por erosão a valores inferiores a 100%.

Para o dimensionamento do pavimento rígido em questão, adotou-se


um pavimento constituído por uma camada de sub-base de concreto rolado.
Optou-se, então, por adotar o procedimento especial da PCA para
dimensionamento de pavimentos rígidos dotados de camada inferior de
concreto rolado. Ao invés de se considerar que a camada de sub-base trará
um ganho somente no coeficiente estrutural, este procedimento considera
que a sub-base de concreto rolado contribui efetivamente na diminuição dos
valores de tensões e deformações do pavimento, considerando o pavimento
composto não monolítico (completamente separadas a sub-base da placa).

Dessa forma, calculou-se a espessura teórica da placa de concreto


apoiada diretamente sobre o subleito e, a partir deste procedimento,
calculou-se sua espessura efetivamente necessária, considerando que a

85
sub-base contribuirá estruturalmente, levando a espessuras menores.
Sendo assim, o valor do coeficiente de reação foi adotado considerando a
placa apoiada diretamente no subleito, de CBR igual a 4%.

O croqui da seção transversal da estrutura proposta é apresentado a


seguir.

Figura 4 - Croqui da seção transversal da estrutura proposta.

• JUNTAS TRANSVERSAIS

As juntas transversais com barras de transferência possuem dupla


função, além de controlarem as fissuras de retração do concreto,
transferem para a placa seguinte certa porcentagem da carga atuante em
um dos lados da junta transversal, diminuindo a solicitação e o
deslocamento vertical, consequentemente a formação de degrau.

Para a espessura de placa dimensionada no projeto em questão, as


barras de transferência das juntas transversais de retração e de expansão
deverão ser de aço CA-25, lisas, com diâmetro/bitola de 32 mm,
espaçamento de 30 cm e comprimento de 46 cm. Ressalta-se que as barras
de transferâncias deverão ter, obrigatoriamente, sua metade mais 2 cm
pintadas e engraxadas antes de sua aplicação no processo construtivo.

• JUNTAS LONGITUDINAIS

As juntas de longitudinais são empregadas para o controle das


fissuras longitudinais causadas pelo empenamento das placas de concreto
produzidas pelas diferenças de temperatura e de umidade entre as faces
superior e inferior, além de restringir possíveis movimentos laterais e
assegurar que, unidas, possibilitem a transferência de carga pela
entrosagem dos agregados ou pelo encaixe tipo macho-fêmea.

86
As barras de ligação das juntas longitudinais de articulação ou de
construção deverão ser de aço CA-50, corrugadas, com diâmetro de 10 mm,
espaçamento de 50 cm entre barras, e comprimento de 63 cm.

• ESPECIFICAÇÕES

Os serviços de pavimentação propostos deverão atender, além da


normativa vigente do DNIT, também as seguintes especificações
particulares:

• A camada final de terraplenagem deve ser executada em três


etapas de 20 cm totalizando no mínimo 60 cm de material isento de
matéria orgânica, expansão limitada a 2%; CBR mínimo de 4% e
grau de compactação mínimo de 100% (Proctor Normal);

• As placas de Concreto de Cimento Portland (CCP) simples deverão


ter uma resistência à tração na flexão aos 28 dias de no mínimo 4,5
MPa;

• A pintura para cura química da camada de CCR (Concreto


Compactado a Rolo) deverá ser realizada com emulsão catiônica do
tipo RR-2C, com taxa de aplicação entre 0,8 e 1,6 l/m²;

• Como alternativa ao CCR de 10cm, pode-se optar por uma camada


de sub-base em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ -
Faixa “B”) com uma espessura de 8,5cm, tendo em vista a
equivalência estrutural entre estas camadas utilizando-se os
coeficientes estruturais do DNIT e os da AASHTO;

• Deve-se aplicar uma lona plástica sobre a sub-base de CCR para


execução da placa de concreto;

• As barras de transferência das juntas transversais de retração e de


expansão deverão ser de aço CA-25, lisas, com sua metade mais 2
cm obrigatoriamente pintada e engraxada, com diâmetro/bitola de
32mm, espaçamento de 30 cm e comprimento 46 cm;

• As barras de ligação das juntas longitudinais de articulação ou de


construção deverão ser de aço CA-50, corrugadas, com diâmetro de
10 mm, espaçamento de 50 cm entre barras, e comprimento 63 cm;

• Fator de forma das placas de concreto variando entre 1 e 1,4. O


comprimento das placas deverá ser, preferencialmente, de 5,0m;

• A camada de BGS deverá apresentar um grau de compactação


mínimo de 100% (Proctor Normal).

• Deve-se tomar especial atenção ao procedimento executivos das


placas de concreto no que tange o acabamento para garantir um

87
nível satisfatório de irregularidade longitudinal, bem como
procedimentos associados a cura do concreto e a serragem das
juntas.

4.7. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

Para as Obras de Arte Especiais (OAE), foram calculadas as áreas de


tabuleiro de cada viaduto, ponte e passagem inferior a implantar, conforme
detalhado no quadro a seguir.

Quadro 15 - Características das obras de arte especiais.


I d en t if. ( km ) Coord en ad as E xtensão ( m ) L argura ( m ) Área ( m 2 )
1º Trevo completo 9119110,20 269273,15 80,92 25,40 4.110,74
1ª ponte 9118266,93 268499,20 43,00 10,70 920,20
2ª ponte 9115074,04 267994,29 120,00 10,70 2.568,00
1º viaduto 9107765,50 264788,31 50,40 10,70 1.078,56
2º viaduto 9104459,58 262718,92 48,00 10,70 1.027,20
2º trevo completo 9102578,92 264872,87 60,00 25,40 3.048,00
3ª ponte 9101938,36 265387,62 30,46 10,70 651,84
3º viaduto 9101444,65 265636,02 20,62 10,70 441,27
4º viaduto 9095168,93 268797,91 38,81 10,70 830,53
5 viaduto 9094462,45 273526,71 33,49 10,70 716,69

4.8. COMPONENTE AMBIENTAL E PAISAGISMO

A concepção para o Anteprojeto de Componente Ambiental e


Paisagismo é desenvolvido a partir parâmetros envolvendo a proteção de
taludes (altura média de corte e aterro, inclinação dos taludes de corte e
saia de aterro), volume de empréstimo, bota-fora e número de pontes, bem
como o tipo de intervenção e a extensão da rodovia.

O projeto prevê o paisagismo do canteiro central, dos retornos e


interseções do Anel Viário da Região Metropolitana do Recife, trecho
Itapissuma - Suape. A integração da estrada ao entorno paisagístico é um
dos objetivos deste projeto e, para as diversas situações encontradas ao
longo da estrada, deverão ser utilizados elementos variados para a
segurança do usuário.

A preservação das árvores nativas quando da implantação da rodovia


deverá ser rigorosa, desde que não prejudique a segurança da mesma. As
espécies vegetais deverão ser definidas a partir de critérios como rapidez
no crescimento e boa adaptabilidade ao meio ambiente.

A componente ambiental dos projetos de engenharia rodoviária


objetiva definir e especificar os serviços referentes às medidas de proteção
ambiental das obras planejadas e a reabilitação ou recuperação do passivo
ambiental.

88
Por definição, o passivo ambiental é toda ocorrência decorrente da
falha de construção, restauração ou manutenção da rodovia capaz de atuar
como fator de dano ou desagregação ambiental à área de influência direta,
ao corpo estradal ou ao usuário, ou a causada por terceiros ou por
condições climáticas adversas, capaz de atuar como fator de dano ou
degradação ambiental ao corpo estradal ou ao usuário.

Além da recuperação dos passivos apontados no capítulo 8.7 PASSIVO


AMBIENTAL (pág. 718), também foi prevista a recuperação dos passivos
ambientais gerados pela movimentação de terra (jazidas, caixas de
empréstimo e bota-fora). No caso destes últimos, para efeitos de
quantificação, foram consideradas áreas distantes entre si no máximo
4,0km (tanto para exploração de material como para depósito).

Com relação ao passivo de exploração pétrea, foi indicado um maciço


localizado aproximadamente no km 40 do Arco Rodoviário Metropolitano do
Recife - Lote 2 (coordenadas 278.210, 9.092.149). É prevista a recuperação
da área explorada ao término da obra.

Também são previstas a recuperação das APPs afetadas pela


instalação de pontes no empreendimento. A localização das pontes a serem
implantadas consta no Quadro 16.

Quadro 16 - Localização das pontes.


Nº km E st ac a E xt en são L arg u ra Alt u ra Nom e rio
1ª Ponte - D 120 60 + 0 43 10,7 6,0 Afl. Barragem Goitá
1ª Ponte - E 120 60 + 0 43 10,7 6,0 Afl. Barragem Goitá
2ª Ponte - D 4,50 225 + 0 120 10,7 8,0 Rio Tapacurá
2ª Ponte - E 4,50 225 + 0 120 10,7 8,0 Rio Tapacurá
3ª Ponte - D 21,90 1095 + 0 30,46 10,7 10,5 Rio Jaboatão
3ª Ponte - E 21,90 1095 + 0 30,46 10,7 10,5 Rio Jaboatão

4.9.CANTEIRO DE OBRAS

Segundo a NBR-12.284, o Canteiro de Obras corresponde ao conjunto


de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da
construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. É o
local onde se dá a produção das obras de construção, exigindo análise
prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade,
produtividade e segurança.

A implantação do Canteiro de Obras deverá atender à Norma


Regulamentadora 18 (NR18) da Consolidação das Leis do Trabalho relativa à
Segurança e Medicina do Trabalho (NR) no que for pertinente. Deverão ser
considerados aspectos como: dimensão da obra, proximidade de centro
urbano, tempo de execução da obra, facilidades locais de energia elétrica e
água potável. O Canteiro de obras inclui as instalações para:

89
• Alojamento do pessoal (acampamento, refeitório, vestiários);

• Administração (escritório, almoxarifado, oficina);

• Atividades industriais (usinas de solos, concreto, asfalto, fábrica de


pré-moldados, britagem);

• Pátios de estocagem, depósitos, posto de abastecimento; etc.

Nas proximidades do km 40 do Arco Rodoviário Metropolitano do


Recife – Lote 2 (coordenadas 278.210, 9.092.149) é prevista a instalação do
Canteiro de Obras. Na figura a seguir é apresentado um modelo de layout
indicativo para Canteiros de Obras.

90
Figura 5 - Modelo de Lay-out indicativo para o canteiro de obras do empreendimento.

91
4.10. SINALIZAÇÃO E OBRAS COMPLEMENTARES

No desenvolvimento do Anteprojeto de Sinalização e Obras


Complementares, foi considerada a utilização de taxas médias em função
do tipo de intervenção na rodovia, do tipo do terreno e em função da
passagem de travessia urbana. Da mesma forma foram levadas em conta
as características da rodovia, determinadas no Anteprojeto Geométrico do
empreendimento.

O Anteprojeto de Sinalização considerou tanto a Sinalização


Horizontal quanto vertical e os Dispositivos de Segurança. Os elementos
considerados são:

• Sinalização Horizontal: Pintura de linhas, setas, zebrados, símbolos e


dizeres no pavimento;

• Sinalização Vertical: Placas de regulamentação, placas de


advertência, placas indicativas, placas educativas, delineadores e
balizadores com seus respectivos suportes;

• Dispositivos de Segurança: Tachas, tachões, balizadores,


delineadores, barreiras de concreto e defensas metálicas.

92
5. PLANOS E PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO

Na análise dos planos e programas existentes (Quadro 17), buscou-se


priorizar temas voltados às proposições públicas e mistas voltadas para a
região do empreendimento. Neste caso, o foco é a implantação de uma
rodovia, requerendo a compreensão de seu enquadramento em um sistema
viário maior, segundo demandas da atualidade, ou ainda segundo um
planejamento no qual a variável ambiental seja avaliada antecipadamente
às intervenções necessárias ao desenvolvimento das atividades, com
conhecimento exato dos seus impactos.

93
Quadro 17 - Referencial de Planos e Programas.
Plan os e Prog ram as Órg ão Características

Essa política, formulada em 2004, com objetivo geral de promover a mobilidade urbana de forma
sustentável, visando ações articuladas entre União, Estados e Municípios, com a participação da sociedade,
tem entre seus princípios e diretrizes: acessibilidade universal; desenvolvimento sustentável; equidade no
acesso ao transporte público coletivo; transparência e participação social no planejamento, controle e
POLÍTICA NACIONAL
avaliação da política; segurança nos deslocamentos; justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do
DE MOBILIDADE GOVERNO uso dos diferentes meios e serviços; equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros;
URBANA
FEDERAL prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte
SUSTENTÁVEL
público coletivo sobre o transporte individual motorizado; integração da política de mobilidade com a de
(PNMUS)
controle e uso do solo; complementaridade e diversidade entre meios e serviços (intermodalidade);
mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e bens; incentivo ao
desenvolvimento tecnológico e ao uso de energias renováveis e não poluentes e priorização de projetos de
transporte coletivo estruturadores do território, entre outras.

Com o objetivo de promover a integração regional e reduzir os custos logísticos, dinamizando a economia e
facilitando a circulação da população, prevê oito mil Km de obras e recursos para manutenção de outros 55
mil, envolvendo rodovias, aeroportos, portos, hidrovias e ferrovias. Em Pernambuco, no eixo transporte,
encontram-se:
PROGRAMA DE
GOVERNO
ACELERAÇÃO DO
FEDERAL, PAC 1 – duplicação das BRs-408, 104 e 101, em diferentes estágios de continuidade e execução.
CRESCIMENTO (PAC 1)
GOVERNO
E (PAC 2)
ESTADUAL PAC 2 – inicialmente participam as BRs-408 e a 104, tendo sido incluída a BR-232, com duplicação no trecho
TRANSPORTE
Caruaru – São Caetano, aproximadamente, 20Km, orçado em R$130 milhões.
A BR-101 tem sequência com a duplicação do trecho Caruaru - Santa Cruz do Capibaribe, 51,7Km, orçado em
R$308 milhões, enquanto a BR-408, tem dois trechos em execução – o primeiro (Lote 02) tem 45% realizado
(PAC 1), e o segundo de duplicação e restauração, vai de Carpina à BR-232, 22Km orçados em R$292
milhões, iniciada em agosto de 2011, com o segundo trecho concluído.

94
Planos e Programas Órg ão Características

Criado em 2005, esse plano apresenta metas estratégicas de


competitividade e equidade para o período 2003-2015.

O objetivo geral vem a ser o desenvolvimento sustentável - articulando


uma economia competitiva e dinâmica com a inclusão social e a
melhoria da qualidade de vida e das condições de habitabilidade, além
da conservação e uso sustentável do patrimônio natural e construído.

Define áreas concentradoras de oportunidades ou os chamados


Territórios de Oportunidades, tidos como irradiadores de
desenvolvimento. Estes como resultados de tendências e
potencialidades do espaço, estratégicos para novos empreendimentos.

As áreas são:
METRÓPOLE
CONDEPE/FIDEM  A, E, G e I, áreas turísticas litorâneas, sendo E a mais urbana
ESTRATÉGICA
(Boa Viagem, Piedade e Candeias), e I, com Porto de Galinhas,
alvo de grandes investimentos, afetando todo o entorno no
litoral;
 C e F, áreas de turismo rural (Araçoiaba, Cabo e Moreno);
 B, H e J, perfil industrial (Suape, Cabo e a região que engloba
parte de Paulista, Igarassu e Abreu e Lima); e
 D, como área complexa, com negócios, turismo e educação,
situada geograficamente no centro, sendo visto como o ponto de
equilíbrio aparente na distribuição das características dos
territórios.

O empreendimento em análise cruzará as áreas F e J, e alcança a área


D; portanto, passará por áreas com potencialidades para turismo rural
(F) e industrial (D e J) da região. Fonte: Adaptado de CONDEPE /
FIDEM

95
Planos e Programas Órg ão Características
A adequação da BR-101, em Pernambuco, que atravessa 15 municípios – incluindo todos os municípios
localizados na área de estudo –, atende ao Porto de Suape, ao sul, viabilizando trânsito de grande
MINISTÉRIO DO intensidade, constância e porte, deslocamento regional e acesso ao litoral, conduzindo trânsito até a
TRANSPORTE (MT) localização da nova fábrica da FIAT, ao norte. Ao mesmo tempo, serve como corredor turístico do nordeste,
BR-101/NE E DEPARTAMENTO atendendo ao tráfego de 25 mil veículos/dia, enquanto cruza região de contrastes sociais, paisagísticos e
ADEQUAÇÃO E NACIONAL DE ambientais acentuados.
RESTAURAÇÃO INFRAESTRUTURA Com recursos do PAC, a duplicação e adequação da capacidade da BR-101, principal ligação entre as capitais
DE TRANSPORTES litorâneas e o centro sul, com uma extensão de 336,5 km e um custo de R$ 1,5 bilhão, foi iniciada em 2005,
(DNIT) mas se encontra, ainda, em execução, cenário de grande volume de acidentes no trânsito.
A elaboração do projeto coube ao Governo do Estado, cuja conclusão ocorreu em 16/10/2012, sendo a meta
responsabilidade do DNIT.
O PROBIO é coordenado pelo MMA em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), este na qualidade de gestor administrativo, contratando os subprojetos e liberando
recursos. O PROBIO é o mecanismo de auxílio técnico e financeiro na implementação do Programa Nacional
da Diversidade Biológica - PRONABIO, tendo todas as suas ações aprovadas pela Comissão Nacional de
Biodiversidade - CONABIO, fórum responsável pela definição de diretrizes para implementação do PRONABIO
e da Política Nacional de Biodiversidade. O objetivo do PROBIO é identificar ações prioritárias, estimulando
subprojetos que promovam parcerias entre os setores públicos e privados, gerando e divulgando informações
e conhecimentos no tema.
PROJETO DE O PROBIO, componente executivo do PRONABIO, tem como objetivo principal apoiar iniciativas que ofereçam
CONSERVAÇÃO E informações e subsídios básicos para a elaboração tanto da Política como do Programa Nacional. Com o apoio
UTILIZAÇÃO do PROBIO, pela primeira vez, foi possível identificar as áreas prioritárias para conservação da
SUSTENTÁVEL DA
GOVERNO FEDERAL biodiversidade, avaliar os condicionantes socioeconômicos e as tendências atuais da ocupação humana do
DIVERSIDADE território brasileiro, bem como formular as ações mais importantes para conservação dos nossos recursos
BIOLÓGICA naturais.
BRASILEIRA -
PROBIO I Entre 1997 e 2000, o PROBIO realizou uma ampla consulta para a definição de áreas prioritárias para
conservação na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos, e na Zona
Costeira e Marinha. No final do processo, foram escolhidas 900 áreas que foram reconhecidas pelo Dec. nº.
5092/2004 e instituídas pela Portaria nº 126/2004 do MMA, que prevê a revisão no máximo a cada 10 anos.
A partir de 2005 foi iniciado o processo de atualização das Áreas e Ações Prioritárias para Conservação,
Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade, em função da disponibilidade de novas
informações e instrumentos. As novas áreas prioritárias foram reconhecidas mediante Portaria N°9, de 23 de
janeiro de 2007. A região em que se insere o trecho do Lote 2 do Arco Rodoviário caracteriza-se por conter
três áreas prioritárias, conforme descrito adiante em capítulo específico.

96
Planos e Programas Órg ão Carac t eríst ic as
Este projeto de implantação, duplicação, pavimentação e restauração da via que tem extensão aproximada
de 31,73Km, parte do Km 10,44, acesso a Suape, seguindo até o Km 42,17, em Sirinhaém.
Tem como finalidade apoiar a implementação do turismo no litoral Sul e melhorar o acesso ao Porto de
Suape, propiciando maior rapidez no fluxo de tráfego, segurança e conforto, para 40 mil usuários, e eixo de
PE-060 GOVERNO DO escoamento econômico, além de reduzir os impactos da pressão urbana dos núcleos existentes,
DUPLICAÇÃO ESTADO contornando-os quando possível.
O projeto deverá seguir as mesmas diretrizes do segmento já duplicado – Entroncamento com a BR-101 (Km
0,00) e o acesso a Suape (Km 10,44) – tendo como condicionantes a exigência de que a nova via (duplicação)
se desenvolva, tanto quanto possível, paralelamente à pista atual. Tem aporte de R$15 milhões (PAC2) e
tinha prazo até fevereiro de 2012 para conclusão.
Tem o objetivo de garantir acesso de qualidade às comunidades antes isoladas, estimulando a interiorização
PLANO DE GOVERNO DO do desenvolvimento e potencializando a atividade turística. Contempla obras de triplicação, duplicação,
INFRAESTRUTURA ESTADO DER-PE conservação e restauração de rodovias federais e estaduais que cortam Pernambuco. Dividido em quatro
RODOVIÁRIA DE SECRETARIA DOS eixos, o plano contempla: Conservação, 82 PE’s, 2.729,51Km. Restauro, 37PE’s, 1.269,9 km, com obras até
PERNAMBUCO TRANSPORTES 08/2012. Implantação, 30 PE’s, 548,8Km, que deveriam ter sido intensificadas até em 2011, seguindo até
09/2012. Duplicação, totalizando 138 km (BR-408 no 2º lote concluída); Triplicação da BR-232.
Tem como objetivo alcançar um padrão elevado de desenvolvimento para Pernambuco nas dimensões
econômica e social, consolidando esse esforço em um salto de qualidade na educação. A visão de futuro
proposta desdobra-se em 5 pilares, 15 objetivos e 35 metas.
Os cinco pilares com os principais objetivos para 2035 são: Qualidade de Vida, Coesão Social, Prosperidade,
VISÃO DE FUTURO - GOVERNO DO
Educação e Conhecimento e Instituições de Qualidade.
PERNAMBUCO 2035 ESTADO
O primeiro pilar, Qualidade de Vida, inclui a melhoria de mobilidade urbana, uma vez que Pernambuco tem
uma das mais baixas mobilidades entre as grandes e médias cidades brasileiras. A construção do Lote 2 do
Arco Rodoviário Metropolitano do Recife está diretamente associada aos objetivos deste Plano: mobilidade
urbana eficiente e redução do tempo de deslocamento casa-trabalho na RMR.
É um Programa de apoio ao desenvolvimento rural sustentável de Pernambuco, vinculado à Secretaria
Executiva de Tecnologia Rural e Programas Especiais da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. O
ProRural tem como missão coordenar, implementar e apoiar políticas de desenvolvimento rural sustentável,
PRO-RURAL voltadas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais de Pernambuco.
PROGRAMA Atua no fomento a empreendimentos produtivos associativos, projetos de infraestrutura básica e no
ESTADUAL DE APOIO GOVERNO DO fortalecimento da base institucional (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Fóruns territoriais), com
AO PEQUENO ESTADO objetivo de minimizar a pobreza e melhorar a qualidade de vida da população rural. O Programa é vinculado
PRODUTOR RURAL a Secretaria Executiva de Tecnologia Rural e Programas Especiais da Secretaria de Agricultura e Reforma
DE PERNAMBUCO Agrária (SARA). Algumas ações realizadas: construção de poço, melhoria habitacional e mecanização agrícola
motorizada (Assentamento Canzanza); melhoria habitacional (Assentamento Mato Grosso); melhoria
habitacional e pequena barragem (Assentamento Jader de Andrade/Serraria); mecanização agrícola
motorizada (Assentamento Pitanga).

97
Planos e Programas Órg ão Carac t eríst ic as
O objetivo foi construir coletivamente o desenvolvimento sustentável para a região de Aldeia, valorizando
suas potencialidades, através de seis eixos temáticos, que, resumidamente, tratam de:
PREFEITURAS DE  Sustentabilidade econômica: diversificação e fortalecimento das cadeias produtivas (turismo e rural)
CAMARAGIBE, SÃO Sustentabilidade social: integração, estímulo e participação social
LOURENÇO DA  Sustentabilidade ecológica: proteger e garantir o uso sustentável dos recursos, com proposição de
MATA, ARAÇOIABA mudanças nos padrões de consumo
AGENDA 21 DE PAUDALHO, ABREU
ALDEIA  Sustentabilidade Espacial: desenvolver cidades ordenadas e sustentáveis
E LIMA, RECIFE E
PAULISTA  Sustentabilidade cultural: proteger o patrimônio histórico e cultural
 Gestão sustentável da região: envolver e fortalecer organizações sociais, municipais e institucionais.

98
6. ANÁLISE JURÍDICA

Neste capítulo é apresentada a análise jurídica da legislação aplicável


à obras de implantação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife. Essa
rodovia foi concebida para ser uma rodovia com características para
tráfego não urbano, fazendo uma integração entre as rodovias BR-101, BR-
232, BR-408 e PE-060, cuja proposição de traçado total contorna as áreas
mais populosas da malha urbana metropolitana do Recife, ligando a BR 101
sul, no Cabo de Santo Agostinho à sua parte Norte, em Igarassu.

O empreendimento possui abrangência regional/metropolitana,


sendo que o LOTE 2 deverá passar pelos territórios de cinco municípios
(Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, São
Lourenço da Mata e Paudalho), em áreas com características e atividades
rurais, atravessando áreas de Proteção de Mananciais (Lei Estadual n°
9860/86), Áreas de Preservação Permanente (APP), todas dentro do Bioma
Mata Atlântica.

Esta análise jurídica engloba legislações e normas no âmbito


federal, estadual e municipal, e foi conduzida de maneira a abordar a
interação entre as características do empreendimento com o meio
ambiente nas áreas de influência definidas para o estudo.

O eixo da descrição do arcabouço legal que conduz a implantação de


empreendimentos, de maneira a garantir um impacto suportável no meio
ambiente, será o licenciamento ambiental. Este licenciamento será
executado no âmbito estadual, através da Agência Estadual de Meio
Ambiente (CPRH) do Estado de Pernambuco.

Dentro do arcabouço legal, a Constituição Federal é a base de


qualquer estudo jurídico, dedicando um capítulo específico ao tema
ambiental (Capítulo VI do Título VIII), o qual caracteriza o direito-dever ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado para as gerações atuais e
futuras; os bens ambientais, como bens de uso comum do povo e essenciais
à qualidade de vida. No que tange ao arranjo institucional público
necessário ao exercício da competência ambiental a Lei n° 6.938/1981,
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação, criando o Sistema Nacional de Meio Ambiente –
SISNAMA. O SISNAMA é o conjunto de órgãos e instituições encarregados da
proteção ao meio ambiente nos níveis federal, estadual, distrital e
municipal, representando a articulação e o arranjo institucional dos órgãos e
entidades ambientais em todas as esferas da Administração Pública, com o

99
objetivo de trabalhar as políticas públicas ambientais de uma maneira
integrada.

Anterior à Constituição Federal, as resoluções do Conselho Nacional


de Meio Ambiente (CONAMA) determinam procedimentos básicos que
devem ser respeitados para o licenciamento ambiental pelo empreendedor.
A resolução CONAMA n° 001/1986 exige o Estudo de Impacto Ambiental e
seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para o
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente.

A Resolução CONAMA n° 09 de 1987, dispõe sobre a realização de


Audiências Públicas no processo de licenciamento ambiental, que tem por
finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e
seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, esclarecendo dúvidas
e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões.

A Resolução CONAMA n° 237/1997 refere-se aos profissionais (pessoa


física ou jurídica) que “se dediquem à prestação de serviços e consultoria
sobre problemas ecológicos ou ambientais.... destinados ao controle de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.” Estes profissionais devem
ser inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos da
Defesa Ambiental, o qual deve ser renovado a cada dois anos. Ainda, essa
resolução define os procedimentos e competências para o licenciamento
ambiental no âmbito do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA),
definindo os três tipos de licença ambiental: prévia, de instalação e de
operação. Cada uma se refere a uma fase distinta do empreendimento e
segue uma sequência lógica.

• Licença Prévia (LP): Concedida na fase preliminar do


planejamento do empreendimento ou atividade, aprova sua
concepção e localização, atestando sua viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação, observadas
as diretrizes do planejamento e zoneamento ambiental e demais
legislações pertinentes.

• Licença de Instalação (LI): Autoriza o início da implementação


do empreendimento ou atividade, de acordo com as
especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, das quais constituem motivo determinante.

• Licença de Operação (LO): Autoriza o início da atividade, do


empreendimento ou da pesquisa científica, após a verificação do
efetivo cumprimento das medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação, conforme o disposto
nas licenças anteriores.

100
A Lei Complementar n° 140, de 8 de dezembro de 2011, define os
critérios para o estabelecimento da competência de cada ente federativo –
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios – para o exercício do
licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos, além do
licenciamento para o manejo e a supressão de vegetação. Para as obras
do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife (Lote 2) será necessário suprimir
a vegetação em áreas rurais, atravessando áreas de Proteção de
Mananciais, Áreas de Preservação Permanente.

Esta supressão da vegetação será conduzida em áreas de Mata


Atlântica, sendo a norma para supressão neste bioma estabelecida no
âmbito federal pela Lei n° 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Em nível
estadual, a proteção da Mata Atlântica está prevista tanto na Constituição
do Estado de Pernambuco (1989), como na Lei Estadual n° 11.206/1995,
que dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Pernambuco. Nesta
última, o artigo 15 estabelece que a cobertura vegetal remanescente da
Mata Atlântica fica sujeita à proteção ali estabelecida. Outros conjuntos de
leis, no âmbito federal e estadual estabelecem normas para a supressão da
vegetação, entre elas: o novo Código Florestal (Lei n° 12.651/2012) que
contém regras para supressão em Áreas de Preservação Permanente
(APPs); a Lei Estadual n° 11.206/1995, que proíbe a supressão parcial ou
total da vegetação em APPs, salvo obras de utilidade pública; e a Resolução
CONAMA n° 369/2006, que trata da intervenção ou supressão em Áreas de
Preservação Permanente na escala nacional.

A proteção de mananciais é regida pela Lei Estadual nº 9.860/1986,


que delimita as áreas de proteção dos mananciais de interesse da Região
Metropolitana do Recife. Para fins de aproveitamento dos seus respectivos
potenciais, as áreas de proteção dos mananciais são subdivididas por
categorias de uso M1, referente a rios e reservatórios públicos existentes ou
projetados; M2, referente a bacias hidrográficas contribuintes destes rios e
reservatórios e M3, referente a áreas de ocupação urbana.

A proteção à fauna brasileira tem com um de seus pilares a Lei


Federal n° 5.197, de 03 de janeiro de 1967, que institui as formas de
preservação, fomento e manejo da fauna, bem com as respectivas
responsabilizações e sanções aplicáveis. Na Instrução Normativa n° 179,
de 25 de junho de 2008, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, são estabelecidas as diretrizes e
procedimentos para a destinação de animais silvestres apreendidos,
resgatados, ou entregues ao IBAMA; combate a introdução de espécies
exóticas e proteção das espécies silvestres nativas; controle ambiental
e sanitário ocasionado por animais soltos em área distinta da original.

101
O licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo
impacto demanda a compensação ambiental, definida pela Lei n° 9.985 de
18 de julho de 2000, a qual institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC). As leis que regulamentam a compensação ambiental
incluem o Decreto n° 4.340/2002, Decreto n° 5.566/2005, e o Decreto n°
6.848/2009. A compensação define que o empreendedor de atividades de
significativo impacto ambiental é obrigado a apoiar e manter UCs do Grupo
de Proteção Integral.

A compensação ambiental para o empreendimento em questão será


conduzida, preferencialmente, nas Unidades de Conservação (UCs) que se
encontram na área de influência do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife
- Lote 2, conforme diagnóstico apresentado adiante em capitulo específico.
Na esfera estadual, a Lei n° 13.787/2009 e a Resolução CONSEMA/PE n°
04/2010 também tratam da compensação ambiental. Ainda, a compensação
ambiental após supressão da vegetação é abordada na Lei Estadual n°
11.206/1995.

O empreendimento Arco Rodoviário Metropolitano do Recife - Lote 2


está inserido no território de cinco municípios: Paudalho, São Lourenço da
Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho - que
possuem seus respectivos Planos Diretores (Quadro 18). O empreendimento
passa por espaços cujos parâmetros de intervenção física no ambiente
são regulados pela Lei Estadual n° 9860/1986, de 12 de agosto de 1986.

Quadro 18 - Espaços territoriais de Influência do empreendimento conforme Planos Diretores


Municipais.
Mu n ic íp io L ei Mu n ic ip al Prom u lg aç ão Zon a definida n os Plan os Diret ores
Paudalho Lei n°574/06 11/10/2008 Zona Rural
Zona Rural
São Lourenço da Zona de Proteção de Manancial
Lei n° 2.159/06 10/10/2006
Mata Assentamentos
Macrozona Urbana
Zona Rural Matas
Assentamento Engenho Canzanza
Lei Assentamento Mato Grosso
Moreno Complementar 08/12/2006
n° 343/06 Zona de Expansão Urbana
Zona de Urbanização Restrita
Zona Industrial

Jaboatão dos Reservas ecológicas


Lei n° 002/08 11/ 1/2008
Guararapes Áreas de Proteção de Mananciais

Zona Rural
Cabo de Santo
Lei n° 2.360/06 29/12/2006 Zona Urbana e de serviços
Agostinho
Zona Urbana de Interesse Ambiental

102
O Plano Diretor do município de Paudalho foi instituído pela Lei
Municipal n° 574/2006, na qual há a divisão do Município em diversas
áreas, estre as quais Zona de Proteção Rodoviária (ZPR) e a Zona de
Proteção Ambiental (ZPA) devem ser observadas no contexto do
empreendimento. A Zona de Proteção Ambiental é dividida em Áreas de
Proteção Permanente (APP) e Setor de Proteção Ambiental (SPA), o Plano
Diretor Municipal estabelece que a diretrizes para estas duas áreas.

No município de São Lourenço da Mata, o Arco Rodoviário


Metropolitano do Recife Lote 2 irá percorrer trecho de zona rural, em
especial a bacia do rio Duas Unas e o rio Tapacurá, áreas de proteção de
mananciais. O Plano Diretor desse Município prevê que o parcelamento
do solo nestas áreas deverá obedecer a legislação estadual - Lei n°
9860/1986.

O empreendimento cruzará o município de Moreno em diversas


áreas, entre as quais ressalta-se a macrozona rural, definida pelo Plano
Diretor como “O conjunto dos engenhos e os assentamentos rurais de
agricultura familiar .... A região da monocultura da cana de açúcar incluída
na área de proteção dos mananciais da RMR pela Lei Estadual n° 9860/86;
(....) áreas de preservação definidas no Código Florestal Brasileiro pela Lei
n°. 4.771/65; o rio Jaboatão e a bacia do rio Duas Unas, definidas pela
Lei Estadual n°. 9860/86 como Áreas de Proteção de Mananciais e uma
Área de Proteção Ambiental Jardins de Moreno, instituída pela Lei
Municipal n°. 260/2002”. As diretrizes para estas áreas incluem conservar,
recuperar ou revitalizar o meio ambiente, seus maciços vegetais e
recursos hídricos, admitindo apenas o uso indireto de seus recursos.

No município do Jaboatão dos Guararapes o trajeto percorrido pelo


empreendimento se aproxima da Reserva Ecológica do Sistema Gurjaú e
se insere na bacia do rio Gurjaú, em Área de Proteção de Mananciais.
Segundo o Plano Diretor (Lei Complementar n° 2/2008) as duas áreas
serão enquadradas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC) instituído pela Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000. Para Gurjaú,
deve ser observada ainda a Legislação Estadual n° 9.989/1987, que define
as reservas ecológicas da Região Metropolitana de Recife.

No município do Cabo de Santo Agostinho merece destaque a Lei de


Uso e Ocupação do Solo (Lei n° 2179/2004), que estabelece normas gerais
de uso e ocupação do solo do município. A Zona Urbana de Serviços, por
exemplo, é definida como área urbana destinada a abrigar equipamentos
de serviços; e a Zona Urbana de Interesse Ambiental constitui espaços
cujas características do ambiente natural devem ser preservadas para

103
que seja assegurada uma melhor qualidade de vida no espaço urbano,
tanto no presente quanto no futuro.

O nível de emissão de poluentes e ruídos produzidos pelos


veículos automotores ou pela sua carga deve ser fiscalizado por órgãos e
entidades executivos rodoviários da União, regulamentado pela Lei n° 9503
(Código de Trânsito Brasileiro). Na esfera estadual, devem ser observados:

• Decreto n° 7269/1981 - Regulamenta a Lei n° 8361/1980


dispondo sobre o sistema estadual de licenciamento de atividades
potencialmente poluidoras.

• Constituição do Estado de Pernambuco - Estabelece princípios e


diretrizes que asseguram o respeito aos recursos naturais, a
proteção do solo e a proibição de danos à fauna, flora, às águas, ao
solo e à atmosfera.

Os níveis máximos de emissão sonora são regulados através das


seguintes legislações:

• A Resolução CONAMA n° 001/1990, determinando “São prejudiciais


à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior aos
ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela
norma NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas
visando o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT”

• A Resolução CONAMA n° 252/1999, estabelece para os veículos


rodoviários automotores, ... limites máximos de ruído nas
proximidades do escapamento, para fins de inspeção obrigatória e
fiscalização de veículos em uso.

• NRB 10.151 – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o


conforto da comunidade. Procedimento de junho de 2000. Níveis
superiores aos estabelecidos na tabela são considerados de
desconforto, sem necessariamente implicar risco à saúde.

A qualidade do ar é fundamental para a preservação da saúde,


segurança e o bem estar da população, flora e fauna. Os padrões de
qualidade do ar definem o nível de concentração de certas substâncias no
ar que é legalmente tolerado. Os padrões de qualidade do ar são
estabelecidos pelas seguintes normas:

• Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelece a Política Nacional


do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cria o
Conselho Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro Técnico
Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;

104
• Portaria Normativa do IBAMA n° 348, de 14 de março de 1990, que
dispõe sobre os padrões de qualidade do ar e as concentrações de
poluentes atmosféricos;

• Resolução CONAMA n° 003, de 28 de junho de 1990, resolve:

• “Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de


poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a
saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como
ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio
ambiente em geral.”
• Poluente atmosférico sendo definido como “qualquer forma de
matéria ou energia com intensidade e em quantidade,
concentração... que tornem o ar: I - impróprio, nocivo ou ofensivo
à saúde; II - inconveniente ao bem-estar público; III - danoso aos
materiais, à fauna e flora; IV - prejudicial à segurança ao uso e
gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade”

• Resolução CONAMA n° 05/90 institui o Programa Nacional de


Controle da Qualidade do Ar - PRONAR como um dos instrumentos
básicos da gestão ambiental para proteção da saúde e bem
estar das populações e melhoria da qualidade de vida, limitando
os níveis de emissões de poluentes por fontes de poluição
atmosférica.

• Resolução CONAMA n° 08/90, estabelece os limites máximos de


emissão de poluentes do ar (padrões de emissão) em fontes fixas
de poluição, para partículas totais, dióxido e enxofre e outros
poluentes.

Dano ambiental pode ser definido (Lei n° 6.938/1981, artigo 3º,


incisos II e III) como a degradação da qualidade ambiental que provoca
uma alteração adversa nas características do meio ambiente e também a
poluição ambiental. O dano ambiental afeta a coletividade devido ao fato do
meio ambiente ser um interesse difuso, de natureza indivisível, cujos
titulares desse direito são pessoas indeterminadas (Lei n° 8.078/1990,
artigo 81, parágrafo único, inciso I). Mas pode, ainda, afetar um sujeito ou
grupo de pessoas de um modo mais particular, é o que se chama de dano
individual.

A responsabilidade por danos ambientais, é estabelecida em três


esferas: a civil, a administrativa e a penal. Esta responsabilização é definida
na Constituição de 1988, art. 225, bem como na Lei n° 9.605/1998,
conhecida por Lei dos Crimes e Infrações Administrativas Ambientais.
Ainda, o Decreto n° 6.514/2008 regulamenta sanções administrativas a
serem aplicadas à infratores. Na esfera estadual, a Agência Estadual de

105
Meio Ambiente (CPRH) institui as infrações ambientais e suas respectivas
sanções no Capítulo VII da Lei Estadual n° 14.249, de 17 de dezembro de
2010.

No que diz respeito ao patrimônio histórico e arqueológico, as


seguintes normativas são aplicadas no âmbito federal:

• Lei Federal 10.257, de 10/07/2001 (Estatuto das Cidades), item XII,


artigo 2, capítulo 1, o qual estabelece como uma das diretrizes
gerais da gestão das cidades “proteção, preservação e recuperação
do meio ambiente natural e arqueológico”

• A Constituição Federal de 1988 (artigo 225, parágrafo IV), que


considera os sítios arqueológicos como patrimônio cultural
brasileiro, garantindo sua guarda e proteção, de acordo com o que
estabelece o artigo 216;

• Resolução CONAMA 01/86 (artigo 6, inciso I, alínea c), onde são


destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos
a serem considerados nas diferentes fases de planejamento e
implantação de um empreendimento (LP, LI e LO);

• A Portaria IPHAN/ MinC 07, de 12/12/1988, normatiza e legaliza as


ações de intervenção e resguardo junto ao patrimônio arqueológico
nacional, definindo a documentação necessária para pedidos de
autorização federal de pesquisa;

• A Portaria IPHAN/MinC230, de 17/12/2002, que especifica o escopo


dos estudos sobre patrimônio arqueológico a serem realizados nas
diferentes etapas de licenciamento ambiental.

A Constituição Federal, no artigo 216, dispõe sobre o patrimônio


cultural brasileiro e a proteção de bens de valor histórico, artístico e
cultural, monumentos, paisagens notáveis e sítios arqueológicos. Para o
levantamento arqueológico deve ser observado o Decreto n° 3551, de 4 de
agosto de 2000, que institui o registro de bens culturais imateriais. A
Portaria do IPHAN n° 230, de 17 de dezembro de 2002, dispõe sobre
dispositivos para compatibilização e obtenção de licenças ambientais em
áreas de preservação arqueológica:

• Na fase de obtenção de Licença Prévia, deverá ser realizado um


relatório de caracterização e avaliação da situação atual do
patrimônio arqueológico da área de estudo.

• A partir do diagnóstico e avaliação de impactos, deverão ser


elaborados os Programas de Prospecção e Resgate compatíveis com
o cronograma das obras e com as fases de licenciamento ambiental

106
do empreendimento de forma a garantir a integridade do patrimônio
cultural da área.

O instrumento jurídico de que disciplina de modo abrangente o


transporte de cargas perigosas, pela via pública, é o Decreto n°
96044/1988. Além disso, deve ser considerada a regulamentação específica
para cada produto. O Decreto n° 96044/1988 inclui normas para fabricantes
de equipamento destinado ao transporte de produto, importadores de
produtos e transportadores. A Resolução CONAMA n° 001-A/86 obriga o
transportador de produtos perigosos a comunicar, com antecedência
mínima de 72 horas, a CPRH para que sejam adotadas as providências
cabíveis.

No que diz respeito à faixa de domínio, conforme a Lei n° 6.766, de


19 de dezembro de 1979, a faixa “non aedificandi” tem por finalidade
proibir a construção de qualquer natureza em zonas urbanas, suburbanas,
de expansão urbana ou rural, em faixa de reserva de 15m, adjacente a
cada lado da faixa de domínio da rodovia. O Poder Público competente
poderá exigir a reserva da destinada a equipamentos urbanos, a
implantação de dutos de gás, óleo, cabos telefônicos, etc. Aquelas
construções realizadas nas faixas “non aedificandi” antes da vigência da
lei, bem como aquelas que ali se encontravam antes da execução de um
projeto de uma nova estrada, devem ser indenizadas para que sejam
demolidas. A demolição depende da prévia indenização ao proprietário, ao
passo que para as construções realizadas após a vigência da lei nenhuma
indenização é devida, sendo considerada ilegal a edificação.

Regime Diferenciado de Contratação (RDC) no intuito de tornar mais


rápida a execução de obras, foi criado, através da Lei nº 12.462/11, sendo
regulamentado pelo Decreto nº 7.581/11. Para o empreendimento em tela,
a contratação do projeto de engenharia e execução da obra dar-se-á por
meio de RDC, conforme já mencionado anteriormente no capítulo 1.1.2
(pág. 43).

107
7. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

7.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

A AII abrange um território que é afetado pelo empreendimento,


mas nos quais os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento
são considerados menos significativos do que nos territórios da ADA e
da AID. A AII foi definida de forma diferenciada para os meios físico/biótico
e para o meio socioeconômico conforme descrito a seguir.

Como AII do meio socioeconômico foram considerados os municípios


que fisicamente serão cortados pela nova rodovia e que, serão impactados
indiretamente e com efeitos de menor intensidade decorrentes da
implantação e operação do empreendimento. Assim, a AII do meio
socioeconômico abrange a totalidade dos seguintes municípios: Paudalho,
São Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes eCabo de Santo
Agostinho (Mapa 1).

A AII dos meios físico e biótico foi definida como um buffer de 5 km


para cada lado do eixo da rodovia (Mapa 1). Nesta área ocorrerão os efeitos
indiretos decorrentes das alterações promovidas na AID e ADA pelo
empreendimento.

7.2. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)

A AID é aquela sujeita a interferências das obras para implantação e


da operação do empreendimento e onde devem ocorrer os impactos diretos
sobre os meios físico, biótico e socioeconômico. Para os três meios que
compõem o estudo, foi considerado como AID a faixa de 500 metros para
cada lado da rodovia, a partir de seu eixo (Mapa 1), de maneira a
contemplar no espaço os impactos diretos oriundos das obras de
implantação e pavimentação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife –
Lote 2.

7.3. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

Considerou-se como ADA a faixa de domínio da rodovia, onde estão


inseridas as áreas sujeitas à intervenção direta das obras. Assim, a ADA
para os meios físico, biótico e socioeconômico consiste em uma faixa de 60m
de largura para cada lado do eixo rodoviário (Mapa 1), em função de
peculiaridades das intervenções previstas no anteprojeto.

109
8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

O diagnóstico ora apresentado buscou descrever o cenário ambiental


da área em que se insere o empreendimento, de modo a subsidiar a
avaliação de impactos ambientais do empreendimento. O diagnóstico
ambiental das áreas de influência foi elaborado com base nos temas
solicitados no TR/NAIA 03/2014, buscando descrever as condições atuais
dos meios físico, biótico e socioeconômico, considerando ainda as
implicações do regime de licitação nos moldes do RDCi e a base descritiva
do empreendimento que é um Anteprojeto de engenharia.

Para a descrição de cada meio abordado, tomou-se como base de


dados o EIA elaborado em 2012 por Moraes & Albuquerque Advogados e
Consultores, que já havia sido apresentado em uma primeira tentativa de
licenciamento do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife. O EIA produzido
por esses autores foi elaborado através de obtenção de dados secundários e
também primários, tendo sido realizadas coleta de dados em campo na área
em que se insere o empreendimento.

Adicionalmente, foram consultados as bases de dados oficiais (IBGE,


ANA, CPRM, INMET, entre outros) e publicações técnicas e científicas sobre
os temas abordados, conforme as referências mencionadas ao longo do
diagnóstico. Para alguns temas em específico, tais como a vegetação a ser
afetada, bem como a população a ser afetada diretamente pelas obras,
foram feitos levantamentos em campo considerando o traçado do
anteprojeto (set/2014), conforme as metodologias específicas descritas
adiante.

A seguir são apresentadas, para cada meio e tema abordado, as


metodologias e resultados para a descrição de cada área de influência (AII,
AID e ADA). Inicialmente, apresenta-se as metodologias empregadas para a
produção dos mapas do EIA, seguindo-se com a descrição dos componentes
físico, biótico e socioeconômico.

8.1. GEOPROCESSAMENTO

Este item objetiva a apresentação das fontes de informação e da


estruturação do Sistema de Informações Geográficas (SIG) que foi elaborado
para o Estudo de Impacto Ambiental do Arco Rodoviário Metropolitano do
Recife - Lote 2. A metodologia proposta utiliza as funcionalidades de um SIG
para, a partir da incorporação de informações ao sistema, gerar os subsídios
necessários aos estudos técnicos. O sistema e as informações são descritos
nos itens a seguir.

111
8.1.1. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

Um SIG possui como característica a vinculação de informações


armazenadas em um banco de dados a uma posição geográfica. Tal
característica agrega a possibilidade de relacionamento espacial às
operações realizadas no banco de dados. O SIG do estudo foi desenvolvido
em plataforma ESRI ArcGIS 10.1 e, na estrutura de arquivo file geodatabase
(.gdb). Essa estrutura é adequada à utilização de informações com
referência espacial. Agrega à segurança da informação tabular e de seus
relacionamentos, o armazenamento de feições que espacializam o banco de
dados descritivo.

Destacam-se dois grupos de operações que foram realizadas nas


informações componentes do SIG. O primeiro trata da verificação dos dados
quanto a sua qualidade, seja ela posicional ou lógica. O segundo trata das
operações que permitiram a geração de novas informações e/ou a
espacialização de informações já existentes.

A qualidade posicional dos dados foi garantida pela utilização de


dados com escalas adequadas ao projeto e por metodologias de aquisição
condizentes com a acuracidade necessária para que cada tema possua uma
representação fidedigna. A qualidade lógica dos dados foi verificada a partir
de processos que visam à identificação de falhas topológicas, como a
existência de gap ou overlay entre feições, ou problemas lógicos, como os
de relacionamento dos dados.

Operações de consulta, de overlay, de distância, de atrito e de


espacialização permitiram a geração e/ou espacialização de informações a
partir de cruzamentos e analises dos diversos temas existentes no SIG.
Também foram utilizados dados de sensoriamento remoto para a
verificação e aquisição de informações.

Além das operações, o SIG possibilita a geração de mapas com os


dados relacionados. Isso cria um trânsito de informações seguro e contínuo
entre todos os produtos cartográficos produzidos. Cabe ressaltar aqui que a
apresentação dos mapas impressos será em escala adequada ao
enquadramento da área de estudo ao formato de folha, que não implica na
degradação do dado original, armazenado no SIG, permanecendo esse com
sua escala original.

8.1.2. DADOS UTILIZADOS

Os dados utilizados na composição do SIG podem ser separados em


três grupos: cartografia básica, composto das informações oriundas do
mapeamento sistemático nacional; cartografia temática, composto por

112
informações, também secundárias, obtidas de órgãos governamentais,
projetos e outros; e dados de sensoriamento remoto, composto por imagens
orbitais que serviram de subsídio para verificação e geração de
informações.

• CARTOGRAFIA BÁSICA

Para a composição do SIG foram utilizados temas da Base


Cartográfica Contínua do Brasil, disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Os arquivos foram obtidos via
download do site do Instituto para os seguintes temas: curso d’água, massa
d’água e rodovias. Os limites políticos de mesorregião, de microrregião, de
estados e de municípios também foram obtidos no site do IBGE. Foram
utilizados os limites disponibilizados em 2010 devido a sua atualidade e
detalhamento.

• CARTOGRAFIA TEMÁTICA

A cartografia temática pode ser inicialmente dividida em dois grandes


grupos. O primeiro constitui-se das informações secundárias. O segundo
grupo trata dos dados produzidos pela equipe técnica.

Os temas em que foram utilizados dados secundários são listados a


seguir, acompanhados de suas respectivas fontes: Arqueologia (UFPE,
2014), Assentamentos (INCRA, 2014), Bacias hidrográficas (ANA, 2013),
Enquadramento Fitogeográfico (RADAM Vol. 23 e 30, 1981), Escolas (Moraes
& Albuquerque Advogados e Consultores, 2012), Estação Meteorológica
(INMET, 2014), Fluxo escolas (Morais & Albuquerque Advogados e
Consultores, 2012), Geomorfologia (ZAPE, 2012), Importância Biológica e
Prioridade de Ação (MMA, 2007), Litologia (CPRM, 2008), Pedologia (ZAPE,
2012), Poços (CPRM, 2014), Pontos de ruído (Morais & Albuquerque
Advogados e Consultores, 2012), Pontos Prospectados (Morais &
Albuquerque Advogados e Consultores, 2012), Pontos visitados (Morais &
Albuquerque Advogados e Consultores, 2012), Posto Pluviométrico (ANA,
2014), Qualidade da água (Morais & Albuquerque Advogados e Consultores,
2012), Rocha cristalina sedimentar (Morais & Albuquerque Advogados e
Consultores, 2012), Unidade de Conservação (MMA, 2014) e Vulnerabilidade
de Aquífero (Morais & Albuquerque Advogados e Consultores, 2012
adaptado de CPRM, 2014).

O segundo conjunto é o que contém dados produzidos com o trabalho


de campo e na análise da equipe técnica, bem como nos estudos temáticos
através de rotinas de SIG (e.g. cruzamentos de dados, consultas ao Banco
de Dados ou análise por buffers), envolvendo tanto a cartografia básica
quanto os dados temáticos secudários.

113
Os dados produzidos ou adaptados de outras fontes pela equipe
técnica são listados a seguir com suas respectivas fontes: Área Diretamente
Afetada (SKILL, 2014), Área de Influência Direta (SKILL, 2014), Áreas de
Influência Indireta dos Meios Físico, Biótico e Socioeconomico (SKILL, 2014),
Áreas de Proteção Permanente (SKILL, 2014), Áreas Sensíveis (SKILL, 2014),
Casas (SKILL, 2014), Fluxo de Água Subterrânea (SKILL, 2014), Fragmento
Florestal (SKILL, 2014), Hidrografia (SKILL, 2014), Amostras de Ictiofauna
(Morais & Albuquerque Advogados e Consultores, 2012), Localidades
(Adaptado de IBGE, 2010), Amostras de Mastofauna (Morais & Albuquerque
Advogados e Consultores, 2012), Sedes Municipais (Adaptado de IBGE,
2010), Uso e Cobertura do Solo (SKILL, 2014) e Vazão específica (SKILL,
2014).

No quadro a seguir, são apresentadas as bases utilizadas para


produção dos mapas e a escala em que as mesmas se apresentavam.
Ressalta-se que a escala das bases de dados são determinantes para a
escala final dos mapas elaborados para o EIA.

• SENSORIAMENTO REMOTO

O principal objetivo do uso de dados de sensoriamento remoto é de


subsidiar o diagnóstico da área em estudo, identificando as feições
relevantes aos diversos meios a serem estudados. A geração de dados foi
subsidiada por três produtos obtidos por sensoriamento remoto, são eles:
Fotografias Aéreas, fornecidas pelas projetistas do Cons ; Imagens orbitais e
informações de posição, oriundas do software Google Earth Pro; e o Modelo
Digital de Elevação (MDE), do Projeto Topodata, disponibilizado pelo INPE
desde 2008.

As ortofotos do Anteprojeto de Engenharia foram o subsídio para a


identificação e mapeamento das classes de Uso e Cobertura do Solo, das
Casas e dos Fragmentos Florestais na ADA. A classificação foi realizada por
interpretação individual considerando parâmetros como a cor, a geometria
e a textura das feições. As imagens orbitais foram utilizadas como
cmplementação das áreas não cobertas pelas ortofotos nos mapeamentos
para a ADA e também na identificação mapeamento dos Fragmentos
Florestais na AII. À exemplo da metodologia aplicada aos mapeamentos na
ADA, para a AII foi utilizada a classificação por interpretação visual da
imagens. O MDE foi o subsídio para obtenção de informações sobre a
altimetria e o relevo da região. O modelo serviu para geração dos dados de
altimetria e declividade além de outras análises.

114
Quadro 19 - Base de dados e respectivas escalas que serviram de subsídios para elaboração dos mapas do EIA.

Map a Bases Fonte E scala


Trecho em Estudo Dynatest, 2014 1:5.000
Localidade IBGE, 2010 1:1.000.000
SKILL, 2014 - Adaptado de IBGE,
Sede Municipal 1:1.000.000
2005
Localização do empreendimento Limite Municipal IBGE, 2010 1:250.000
Sistema Viário IBGE, 2013 1:250.000
Hidrografia IBGE, 2013 1:250.000
Área de Influência SKILL, 2014 1:5.000
Alternativa locacional Dynateste, 2014 1:5.000
Alternativas Locacionais
Unidade de conservação MMA, 2010 1:1.000.000
Pontos de Amostragem da Vegetação (secundários) Pontos de amostragem de vegetação Moraes & Albuquerque, 2012 1:25.000
Áreas amostrais de Vegetação (outubro 2014) Áreas amostrais de vegetação SKILL, 2014 1:25.000
Pontos de Amostragem de Fauna Amostras de fauna Moraes & Albuquerque, 2012 1:25.000
Biota Aquática Pontos de Ictiofauna Moraes & Albuquerque, 2012 1:25.000
Unidades de Conservação Unidade de conservação MMA, 2010 1:1.000.000
Áreas prioritárias para conservação - importância
Áreas prioritária (importância biológica) MMA, 2007 1:1.000.000
biológica
Áreas prioritárias para conservação - prioridade de ação Áreas prioritária (prioridade de ação) MMA, 2007 1:1.000.000
Enquadramento Fitogeográfico Enquadramento fitogeográfico RADAM, 1981 1:250.000
Cobertura vegetal remanescente (ADA e AID) Remanescentes Florestais (AID) SKILL, 2014 1:25.000
Cobertura Vegetal Remanescente (AII) Remanescentes Florestais (AII) SKILL, 2014 1:50.000
Amostragem Qualidade da água Pontos de Qualidade da Água Moraes & Albuquerque, 2012 1:25.000
Monitoramento de ruídos Pontos de medição de ruídos Moraes & Albuquerque, 2012 1:25.000
Geologia na área de influência Geologia CPRM, 2008 1:1.000.000
Altimetria na área de influência Altimetria Topodata, 2008 1:100.000
Geomorfologia na área de influência Geomorfologia ZAPE, 2012 1:100.000

115
Map a Bases Fonte E scala
SKILLL, 2014 - Adaptdado de
Declividade e suscetibilidade à erosão Declividade 1:100.000
Topodata, 2008
Pedologia na área de influência Pedologia ZAPE, 2012 1:100.000
Recursos Hídricos Superficiais e Microbacias Microbacias SKILL, 2014 1:100.000
Microbacias Hidrográficas e mananciais Mananciais SKILL, 2014 1:100.000
Terreno de rochas cristalinas e sedimentares Litologia CPRM, 2008 1:1.000.000
Vazão específica SKILL, 2014 1:100.000
Potenciometria do Aquífero Fissural Fluxo água subterrânea SKILL, 2014 1:100.000
Poços CPRM, 2014 1:1.000.000
Vulnerabilidade dos aquíferos na região do
Vulnerabilidade do aquífero Moraes & Albuquerque, 2012 1:1.000.000
empreendimento
Passivos ambientais Passivos SKILL, 2014 1:25.000
Pontos prospectados no levantamento do patrimônio
Pontos documentados de arqueologia UFPE, 2014 1:25.000
histórico, cultural e arqueológico
Fluxo escolar Fluxo escolar Moraes & Albuquerque, 2012 1:100.000
Pontos potenciais de desapropriações na ADA Pontos potenciais de desapropriação SKILL, 2014 1:25.000
Assentamentos mapeados em campo SKILL, 2014 1:25.000
Assentamento e reforma agrária
Assentamentos cadastrados no INCRA INCRA, 2014 1:000.000
Patrimônio histórico, cultural e arqueológico na AID Pontos prospectados UFPE, 2014 1:25.000
Patrimônio histórico, cultural e arqueológico na ADA Pontos prospectados UFPE, 2014 1:25.000
Uso e cobertura do solo Uso e cobertura SKILL, 2014 1:10.000
Pontos sensíveis Pontos sensíveis SKILL, 2014 1:25.000

116
8.2.MEIO FÍSICO
8.2.1. METODOLOGIA
• CLIMA E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

Delimitar fisicamente uma área específica para uma análise


climatológica que possa oferecer uma veracidade de dados é sempre uma
tarefa complexa. A natureza da atmosfera terrestre, fluido que circula em
toda superfície do Planeta, é a principal causa dessa dificuldade. A fim de
apresentar um diagnóstico das condições climáticas da área do
empreendimento em questão, é adotada a abordagem da climatologia
sinótica, que leva em consideração o padrão da circulação atmosférica
sobre uma dada região. Considerando estes aspectos, os resultados do
diagnóstico climático serão apresentados sem distinções entre a AII, AID e
ADA, pois esta caracterização é homogênea para estas três áreas.

Conceitualmente, segundo Sorre (1951), o clima pode ser definido


como a sucessão habitual dos estados da atmosfera sobre uma
determinada área. Essa sucessão é uma resposta aos processos de troca de
energia (solar) e matéria (água) entre a superfície terrestre e a atmosfera.

Com o objetivo de caracterizar o clima da região de influência do Lote


2 do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, buscaram-se séries históricas
de dados monitorados pelas estações meteorológicas e postos
pluviométricos próximos ao local do empreendimento.

Realizou-se um levantamento da referida rede, sendo que esta


pesquisa inclui a localização geográfica, período de observação e tipo de
dados disponíveis. A análise do material disponível nas instituições
responsáveis pela operação da rede permitiu uma visão geral das condições
para a realização de diagnósticos climáticos, podendo indicar assim, alguns
aspectos relevantes quanto à rede de estações na área deste estudo:

• A rede meteorológica (em funcionamento e com séries temporais


aptas) é ainda muito exígua e os períodos de observação muito
pequenos;

• A distribuição espacial das estações meteorológicas é irregular,


ocorrendo regiões onde a densidade é boa, contrastando com
grandes vazios observacionais;

• Os períodos de observação das estações são diferentes, dificultando


comparações.

Na AII do empreendimento, não há estações meteorológicas


instaladas que apresentem normais climatológicas calculados para um

117
período relativamente longo e uniforme. Desta forma, optou-se por utilizar a
estação de maior proximidade, localizada no bairro Curado na cidade do
Recife, em Pernambuco. As informações sobre a estação analisada estão
apresentadas no Quadro 20.

Esta estação, além de sua proximidade ao empreendimento


apresenta uma boa confiabilidade dos dados, dentro da região
metropolitana de Recife é uma das séries de dados climatológicos mais
confiáveis, ela é operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.

Quadro 20 - Informações referentes à estação meteorológica do Inmet.

Identi f i cação Local i zação


Código INMET Nome Município/Estado Coordenadas UTM
Estação - Recife E N
82900 Recife/PE
Curado 285098 9109662

Assim, para a elaboração do diagnóstico do comportamento climático


na área de estudo, foram utilizados dados secundários, obtidos através das
normais climatológicas da estação citada, para o período de 1961 a 1990
(INMET, 2014). Quanto as normais climatológicas, a Organização
Meteorológica Mundial (OMM) define Normais como “valores médios
calculados para um período relativamente longo e uniforme,
compreendendo no mínimo três décadas consecutivas” e padrões
climatológicos normais como “médias de dados climatológicos calculadas
para períodos consecutivos de 30 anos. Também foram utilizados dados do
Instituto de Controle do Espaço Aéreo de Pernambuco, através do seu
sistema de geração e disponibilização de informações climatológicas – ICEA
(ICEA, 2014).

Quanto à dimensão temporal para a caracterização pluviométrica,


adotou-se o período de 1987-2013 (26 anos). Adotou-se neste período
séries contínuas e consistentes e uma combinação da compatibilidade
temporal entre o maior número de postos pluviométricos possíveis, visando
garantir a cobertura espacial e, consequentemente, a representatividade
dos dados.

Para definição dos postos de obtenção dos dados pluviométricos,


foram avaliados dados dos 04 postos que circundam a região do
empreendimento, a partir das séries históricas dos dados de precipitação
disponíveis no sistema “HidroWEB” no site da Agência Nacional de Águas –
ANA (ANA, 2014). A partir desta análise foram selecionados dois postos
pluviométricos da ANA para a análise da precipitação e ainda, utilizou-se
uma terceira estação pluviométrica, do ICEA, afim de se ter uma maior
abrangência territorial para análise pluviométrica (Quadro 21).

118
Quadro 21 - Informações referentes ao posto de monitoramento pluviométrico da ANA.
Identi f i cação Local i zação
Coord en ad as U TM
Cód igo Nome Mu nicípio/Estado
E N
ANA 835138 Pirapama Cabo de Santo Agostinho/PE 272733 9084250
São Lourenço da
ANA 835048 São Lourenço da Mata/PE 276036 9115303
Mata II
ICEA Dos Guararapes Jaboatão dos Guararapes/PE 288816 9100462

Estas estações foram selecionadas considerando os dados disponíveis


para a elaboração das séries contínuas, bem como pela sua proximidade da
AII do empreendimento. A análise desses dados irá complementar o
diagnóstico do regime pluviométrico na área do empreendimento.

A localização dos postos pluviométricos da ANA e ICEA, bem como a


estação meteorológica do INMET, estão apresentados na Figura 6, ilustrando
a distribuição dos mesmos em relação à área de estudo.

Figura 6 – Localização dos postos pluviométricos e estação meteorológica

Para uma melhor compreensão da dinâmica climática da região,


foram elaborados gráficos em que são apresentados os dados de
precipitação em consonância com dados de temperatura máxima, média e
mínima. A finalidade do cruzamento desses dados é demonstrar como se

119
comporta a dinâmica térmica relacionando-a com o regime de chuvas,
considerando para este último dado, as médias mensais (mm).

• GEOLOGIA

Os dados que compõem o diagnóstico geológico da área de estudo


foram extraídos e revisados a partir do EIA elaborado por Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012) com adaptações e
atualizações tendo como base o Mapa de Geodiversidade de Pernambuco
(CPRM, 2007).

• GEOMORFOLOGIA

Os dados que compõem os estudos de geomorfologia da área foram


extraídos e revisados a partir do Estudo Ambiental elaborado por Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

• GEOTECNIA

As informações relacionadas a geotecnia da área de estudo foram


extraídas e revisadas a partir do EIA elaborado por Moraes & Albuquerque
Advogados e Consultores (2012) e estão consubstanciadas em visitas de
reconhecimento em campo, ao longo do traçado do Arco Viário, onde foram
observados cortes de estrada, declividades das encostas, focos de erosão e
demais indicadores do terreno que dizem respeito às características
geotécnicas da AII do empreendimento. Estas observações foram
complementadas com a análise de documentos geotécnicos existentes, cujo
escopo se insere territorialmente na área de estudo. Estes documentos
utilizados são relacionados na sequência:

• Riscos de Escorregamento na Região Metropolitana do Recife


(Alheiros, 1998);

• Plano Municipal de Redução de Risco do Cabo de Santo Agostinho


(2006);

• Mapa de Indicadores geotécnicos de Jaboatão dos Guararapes (CPRM,


1996);

• Carta Geotécnica e de susceptibilidade a processos geológicos do


município de Ipojuca (CPRM, 1999);

• Mapa de Risco de Erosão e Escorregamento das encostas com


ocupações desordenadas no Município de Camaragibe (NUNES
BANDEIRA, 2003);

120
• Diagnóstico geológico e geomorfológico do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife.

Observa-se que com exceção do último documento gerado no âmbito


do próprio EIA do Arco Rodoviário, os outros documentos analisados
abordam principalmente os riscos de escorregamento de encostas na
RMR, e que decorre principalmente da ocupação desordenada e
compulsória de áreas inapropriadas habitação.

Este fenômeno, entretanto, não está presente na AII do


empreendimento, uma vez que o Arco no Lote 2 atravessa por áreas rurais
com baixíssima densidade demográfica. Complementando este raciocínio
deve-se ressaltar que o posicionamento intermediário do Arco, entre as
cotas mais altas verificadas ao oeste e as cotas mais baixas verificadas na
planície costeira, isenta até certo ponto a AII dos principais problemas
geotécnicos verificados na RMR, que notadamente se referem à estabilidade
das encostas e à ocorrência de solos inconsistentes (turfas) verificados nas
áreas mais baixas próximas do litoral.

• SOLOS

As informações mais relevantes e atualizadas, utilizadas para


descrição dos solos foram extraídos do Estudo Ambiental elaborado por
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012) que por sua vez
foram baseadas no Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco,
ZAPE (EMBRAPA/GOVERNO DE PERNAMBUCO, 2001). A complexidade na
composição das unidades de mapeamento utilizadas e a aplicação do antigo
sistema taxonômico dos solos utilizados no Brasil, representam problemas
na interpretação de aptidão agrícola das terras e avaliação da
suscetibilidade à erosão, como também, para a adoção de nomenclatura de
solo atualmente em vigência no Brasil. Após a transposição do mapa do
ZAPE para a área do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2,
adaptou-se o mapa de solos apresentado nos resultados. As classes de solo
identificadas foram convertidas para o novo “Sistema Brasileiro de
Classificação de Solo” (EMBRAPA, 1999), resultando na legenda descrita no
Quadro 22.

• RECURSOS HÍDRICOS

A metodologia para descrição dos recursos hídricos superficiais


baseou-se na adequação direta dos estudos realizados por Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012) para o novo eixo da rodovia
no Lote 2. Os dados foram complementados através da delimitação de
bacias hidrográficas a partir de Modelos Digitais de Elevação
disponibilizados pelo SRTM (Shuttle Radar Topography Mission ). Os cursos

121
hídricos gerados e as respectivas bacias foram então comparadas com
outros aspectos do meio físico e analisadas hidromorfologicamente. Estes
dados foram posteriormente avaliados em conjunto com a ADA, AID e AII
visando a caracterização das bacias hidrográficas e sub-bacias em que se
insere o empreendimento, bem como dos corpos d’água e outras coleções
hídricas localizadas nas áreas de influência do empreendimento.

Quadro 22 – Legenda do Mapa de Solos de acordo com o novo Sistema Brasileiro de


Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999).
Argi ssol o

Associação de: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico, fragipânico ou típica textura


arenosa e média / média e argilosa floresta subperenifólia + ESPODOSSOLO CÁRBICO ou
FERROCÁRBICO Órtico textura arenosa / arenosa e média floresta subperenifólia e/ou
cerrado; todos A moderado e proeminente relevo plano e suave ondulado (70-30 %).

Associação de: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO, solos constituídos por material mineral


com argila de atividade baixa e horizonte plíntico. Textura predominantemente argilosa,
principalmente no horizonte B. Relevo ondulado.

Gl ei ssol o

Associação de GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico + NEOSSOLO FLÚVICO Distrófico e


Eutrófico, ambos A moderado e proeminente textura argilosa e média floresta subperenifólia
e campo de várzea relevo plano (65–35%).

Latossol o

Associação de: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura média e argilosa + ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico, fragipânico ou típico A moderado e
proeminente textura média / argilosa + ESPODOSSOLO CÁRBICO ou FERROCÁRBICO
Órticofragipânico ou típico e/ou duripânico A moderado textura arenosa / arenosa e média;
todos, floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (45–30 25%).

Neossol os

Possuem textura arenosa e média até muito argilosa. Da mesma maneira, a natureza da
fração argila pode ser de baixa atividade como de alta atividade. São distróficos ou
eutróficos, podendo ou não apresentar salinidade ou sodicidade.

A metodologia abordada por Moraes & Albuquerque Advogados e


Consultores (2012) para avaliação da qualidade d’água na região do
empreendimento, e apresentados no presente EIA, partiu da identificação
dos principais cursos hídricos que seriam interceptados pelo eixo da
rodovia. A partir de então, foram efetuadas coletas e análises físico-
químicas e biológicas destes cursos hídricos. Com isso buscou-se
caracterizar a qualidade da água através da descrição dos principais
parâmetros (físico-químicos-biológicos) dos corpos d’água na AID do
empreendimento e que poderão ser utilizados como corpos receptores dos
sistemas de drenagem do empreendimento.

122
A espacialização dos pontos amostrados é apresentada no quadro a
seguir, enquanto que a especificação e coordenadas dos respectivos pontos
são apresentados no Quadro 23 adiante.

123
Mapa 3 - Localização dos Pontos Indicados para Amostragem de Qualidade D'água O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

ibe
101
M

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Rio

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Mumbeca

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280000

280000
35°0'W
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35°0'W

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007 P02 Cabo de Santo

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35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Pontos de Coleta de Água
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Físico - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km
TI C

Limite Municipal
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013
ÂN

PE Hidrografia
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Curso d'água
AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Pontos de Qualidade da Água:
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


Massa d'água Moraes & Albuquerque, 2012 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Quadro 23- Pontos de coleta de amostras de água.
Nom e Coordenad as U TM Mu n ic íp io Referência d o Local d a Colet a
P01 0276277 9093212 Jaboatão dos Guararapes - PE Cacimba Próxima à BR 101
P02 0275537 9094086 Jaboatão dos Guararapes - PE Riacho cruzando o gasoduto
P03 0266420 9098586 Moreno – PE Cacimba
P04 0265372 9101912 Moreno – PE Rio Jaboatão
P05 0263398 9107724 São Lourenço da Mata - PE Rio Várzea do Una
P06 0268075 9117122 São Lourenço da Mata – PE Cacimbão
P07 0268424 9115680 São Lourenço da Mata – PE Rio Tapacurá
P08 0268974 9118300 São Lourenço da Mata - PE Rio Goitá

Também são apresentadas as estruturas hidráulicas levantadas na AII


a partir dos dados disponíveis no estudo de Moraes & Albuquerque
Advogados e Consultores (2012).

Os estudos realizados no âmbito dos recursos hídricos subterrâneos


(hidrogeologia) basearam-se em uma adaptação direta dos estudos de
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). A partir disso,
foram apresentadas as características dos aquíferos presentes na AII,
contendo também uma avaliação da qualidade d’água através da coleta e
análise de águas de cacimbas e poços.

Para o detalhamento dos aquíferos quanto à descarga e


potenciometria, foram selecionados, a partir do Sistema de Informação de
Águas Subterrâneas – SIAGAS (www.cprm.gov.br) do Serviço Geológico do
Brasil – CPRM e do Atlas Digital dos Recursos Hídricos Subterrâneos de
Pernambuco, também publicado pela CPRM (CPRM, 2005), informações de
poços construídos em um raio de até 25 km da rodovia. A partir destes
dados, foram traçados mapas potenciométricos com o intuito de encontrar
uma estimativa da superfície freática da AII e consequentemente da AID e
ADA. A mesma metodologia foi utilizada para se estimar as descargas
médias líquidas dos poços na região de projeto.

Para a elaboração do mapa, no aspecto de descarga, foram utilizados


2.622 poços localizados no interior do raio de 25 Km da rodovia, mesmo que
dentro da AII se apresentem apenas 30. Já a potenciometria e fluxo, foram
utilizados 2.751 poços, com coincidentemente também 30 poços inseridos
na AII do empreendimento. As interpolações foram realizadas por vizinho
próximo, e foram utilizados todos os dados disponíveis visando à qualificação
dos produtos gerados.

Para elaboração do mapa potenciométrico é necessário o


nivelamento dos poços para obtenção de suas cotas. Demétrio et al.
( 2006) mostraram que é possível elaborar mapas potenciométricos, de
caráter regional utilizando cotas obtidas a partir de imagens SRTM

127
(Shuttle Radar Topography Mission), sendo assim as cotas obtidas 1. Com os
dados do nível estático (NE) e das cotas (Z) foi possível calcular as cargas
hidráulicas (h) em cada poço (h=Z-NE).

Também foi apresentado um mapa de vulnerabilidade dos aquíferos,


classificando as áreas ao entorno do empreendimento com vulnerabilidade
Alta, Moderada, Baixa e Desprezível. Foram elaborados ainda mapas de
fluxo e mapas potenciométricos indicando uma estimativa de fluxo
predominante das águas na AII do projeto.

O estudo de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)


também levantou dados in loco que possibilitaram a aferição de dados de
condutividade elétrica para alguns pontos, a partir de condutivímetro
portátil. No Mapa 3 é apresentada a localização dos poços visitados.

• QUALIDADE DO AR

Para o diagnóstico da qualidade do ar na região do empreendimento


foram compilados os levantamentos de campo realizados por Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012) e dados secundários a partir
das seguintes abordagens:

• Levantamentos das principais fontes de poluição atmosférica da


região de influência do empreendimento;

• Diagnóstico simplificado da qualidade do ar através de dados


secundários, a partir de representação gráfica do transporte
atmosférico de emissões antropogênicas e de queimada em tempo
real (INPE, 2014) usando o modelo de transporte 3D on-line CATT-
BRAMS (Coupled Aerosol and Tracer Transport model to the Brazilian
developments on the Regional Atmospheric Modelling System) para
junho/2014 em ponto localizado próximo ao empreendimento, nas
coordenadas UTM: 292877/9109582, Fuso: 25L;

A poluição atmosférica é resultado do lançamento de gases e


partículas a partir de fontes diversas, tais como veiculares e industriais, que
representam a maior porção de poluição existente na atmosfera. Além da
queima de combustíveis, há emissão de poeiras provenientes da circulação
dos veículos, potencializada em vias não pavimentadas, e ressuspensão de
partículas diversas por ação do vento.

No Brasil, a resolução CONAMA 003/1990 estabelece os padrões


nacionais de qualidade do ar, com concentrações classificadas em duas
categorias: padrão primário ou secundário. O padrão primário de qualidade
do ar, menos rígido, determina o valor máximo estabelecido, com o objetivo

1
Imagens disponíveis em <http://glcfapp.glcf.umd.edu:8080/esdi/index.jsp>.

128
de proteger a saúde humana. O padrão secundário é mais rígido e
determina valores abaixo dos quais os danos sejam mínimos ao bem-estar
da população, a biota, ao patrimônio físico, aos materiais e ao meio
ambiente em geral.

A resolução CONAMA 005/1989 define poluente atmosférico como


qualquer forma de matéria ou energia em desacordo com os níveis
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos
materiais, à fauna e flora, prejudicial à segurança, ao uso e gozo da
propriedade e às atividades normais da comunidade.

Os padrões nacionais de qualidade do ar estabelecidos na Resolução


CONAMA 03/90 em seus níveis primários e secundários, são apresentados
no Quadro 24.

Quadro 24 - Padrões de Qualidade do Ar – CONAMA 03/90


Pad rão Pad rão Nível d e Nível de Nível d e
Tem p o d e
Polu en t e Prim ário S ecu n d ário at en ç ão alert a em erg ên c ia
Am ost rag em
( µ g /m ³) ( µ g /m ³) ( µ g /m ³) ( µ g/m ³) ( µ g /m ³)
Partículas Totais 24 horas(1) 240 150
em Suspensão 375 625 875
MGA(2) 80 60
(PTS)
Dióxido de 24 horas(1) 365 100
800 1600 2100
enxofre (SO2) MAA(3) 80 40
40.000 40.000 (35
1 hora(1) - - -
Monóxido de (35 ppm) ppm)
carbono (CO) 10.000 10.000 (9
8 horas(1) 17000 34000 46000
(9 ppm) ppm)
Ozônio (O3) 1 hora(1) 160 160 400 800 1000
24 horas(1) 150 100
Fumaça 250 420 500
MAA(3) 60 40
Partículas 24 horas(1) 150 150
250 420 500
inaláveis MAA(3) 50 50
Dióxido de
1 hora(1) 320 190 1130 2260 3000
nitrogênio (NO2)

Assim, este diagnóstico visa caracterizar a qualidade do ar


atualmente existente na região de implantação do empreendimento, de
modo a fornecer subsídios para a avaliação de impactos ambientais que
poderão ocorrer sobre a população e o meio ambiente em geral, bem como
para a sugestão de medidas de mitigação.

• RUÍDOS

Segundo Kinsler et al. (1982), ruído é definido como um som


indesejado. O som é resultado de um movimento vibratório da matéria
transmitido através de meios materiais e elásticos. Os níveis de pressão
sonora são usados para medir a intensidade do som e são descritos em
termos de decibéis. O decibel (dB) é a unidade logarítmica que expressa a
razão da medida do nível de pressão sonora em relação a um nível padrão.

129
Para medição do nível de pressão sonora é utilizado um equipamento
especial chamado decibelímetro, equipado com circuitos de ponderação que
filtram frequências selecionadas. A escala ou curva A em um medidor de
nível de pressão sonora é a mais aproximada da resposta de frequência do
ouvido humano. A pressão sonora medida na escala A de um medidor de
nível de pressão sonora é abreviado como dBA ou dB(A) (GERGES, 2000).

No Brasil, a ABNT NBR 10.151:2000 fixou as condições para avaliação


da aceitabilidade de ruído visando o conforto das comunidades. Esta norma
estabelece o Nível Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externos,
conforme Quadro 25.

Quadro 25 -Nível de Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externo, em dB(A).


Tip os d e áreas Diu rn o Not u rn o
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana, hospitais ou escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10.151:2000.

Várias resoluções do CONAMA especificam os limites de emissão de


veículos automotores para fins de inspeção, entretanto é a resolução
CONAMA 001/1990 que dispõe sobre critérios de padrões para emissão de
ruídos visando a saúde e sossego público, estabelecendo como níveis
aceitáveis àqueles constantes na ABNT NBR 10.151:2000, sendo portanto
esta a normativa legal para avaliação de ruídos.

Buscando-se fazer um diagnóstico geral da situação de ruídos da área


do empreendimento, compilou-se as informações do EIA do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife elaborado pela Moraes & Albuquerque Advogados e
Consultores (2012), que realizou para no trecho correspondente ao Lote 2
medições do nível de pressão sonora em 19 pontos distribuídos ao longo da
área de influência do empreendimento, conforme apresentado no Quadro
26 e no Mapa 4.

Quadro 26 – Pontos de medição de ruídos.


Cód ig o L oc al d e m ed iç ão Nível de Ru íd o em d B( A) Coord en ad a ( U TM)
1 AII 46,4 270053,5 9123805
2 AII 62,2 270522,6 9122204
3 AII 32,4 271113,2 9120881
4 ADA 64,5 269324,9 9118961
5 AID 34,7 268820,1 9118511
6 AID 40,5 267900,5 9118029
7 AID 46,5 268011,6 9117351
8 AID 34,6 268280,4 9115857

130
Cód ig o L oc al d e m ed iç ão Nível de Ru íd o em d B( A) Coord en ad a ( U TM)
9 ADA 34,9 267814,3 9110860
10 AII 62,4 268445,0 9110710
11 AII 40,8 267798,6 9107947
12 AII 38,1 263207,6 9107925
13 AID 37,7 262568,7 9104054
14 ADA 84,9 265013,5 9102625
15 AID 44,6 265394,5 9102085
16 AID 32,9 266188,2 9099005
17 AID 50,5 274014,9 9094561
18 AID 50,8 275490,1 9094279
19 AII 75,4 279756,1 9089554

131
Mapa 4 - Pontos de Monitoramento de Ruídos O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

ibe
101
M


or
Rio

ber

J equ
R io

Mumbeca

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R

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R io Ara
Camaragibe
Rio

Bran
Rio B

Uti

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280000
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6 7 9 11

Rio
D
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265000

265000
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te

Rio Ip

35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de
Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário -Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
Local de Medição de Ruído
O

Áreas de Influência do Meio Físico


8°S

- Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Limite Municipal ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) IBGE, 2013


ÂN

PE
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Hidrografia AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
Curso d'água - Pontos de Medição de Ruídos:
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


Moraes & Albuquerque, 2012 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Massa d'água
- Áreas de Influência: SKILL, 2014
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
8.2.2. RESULTADOS

A seguir, os resultados do diagnóstico do meio físco são apresentados


levando-se em consideração às áreas de influência (AII, AID e ADA). No
entanto o diagnóstico de clima é apresentado de forma regional (sem
distinção entre estas três áreas), uma vez que a estação de monitoramento
meteorológica do INMET, assim como os postos pluviométricos da ANA e
ICEA, utilizada para este estudo, não se encontram dentro dos limites
definidos na AII deste empreendimento.

Destaca-se que no diagnóstico de qualidade do ar, os resultados são


apresentados divididos em AII e AID, tendo em vista que a área diretamente
afetada é muito pequena (60 m) e possíveis alterações significativas na
qualidade do ar, poderão acontecer durante a fase de obras do
empreendimento. Além disso, cabe ressaltar que a ADA está contida na AID
e, portanto, pode-se considerar que os resultados obtidos para a AID
também se aplicam à ADA nesse tema.

• CLIMA E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

O Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2 está inserido na


grande faixa costeira do Nordeste do Brasil, que se estende do Rio Grande
do Norte ao sul da Bahia, também conhecida como Zona da Mata, a qual
apresenta clima quente e úmido com totais pluviométricos elevados que
variam de 1000 a 2000 mm/ano. Dentro desta área submetida a condições
climatológicas similares, ainda podem ser identificadas variações que
definem diferentes tipologias de clima no contexto dos sistemas de
classificação mais usuais.

Dentro da classificação de Köppen, a região metropolitana do Recife


apresenta dois tipos de climas, o As’ ou úmido/sub úmido na porção norte
com temperaturas altas, estação seca mais demorada e chuvas em período
mais definido (março a julho) e o AM’s ou úmido na porção sul com chuvas
durante quase todo o ano e com uma estação seca menor (outubro a
dezembro).

A seguir a Figura 7 apresenta o diagrama termopluviométrico da


estação meteorológica de Recife/PE para o período de 1961 a 1990.

135
Figura 7 - Diagrama termopluviométrico da estação meteorológica de Recife/PE (1961-1990).
Fonte: INMET.

De acordo com as normais climatológicas da estação de


monitoramento de Recife, apresentadas na Figura 7, vê-se que a estação de
estiagem está concentrada no período de setembro a fevereiro, durante a
qual a precipitação média mensal é de 89 mm, enquanto que a estação
chuvosa corresponde ao período de março a agosto com uma precipitação
média mensal de 314 mm. Os meses mais chuvosos são normalmente os de
maio, junho e julho, que somadas suas precipitações ultrapassam 1000 mm,
representando aproximadamente 45% da precipitação anual para a região.

Em termos de temperatura do ar, observa-se que a região não


apresenta variações significativas, já que a diferença entre a média das
mínimas e das máximas temperaturas observadas para a série histórica não
ultrapassa 8°C. As médias anuais ficam em torno de 25°C, as maiores
temperaturas são observadas no período de estiagem, graças ao maior
período de insolação e consequente redução da umidade relativa do ar que
para este mesmo período apresenta-se com os menores valores anuais,
como pode ser visto na Figura 8.

De acordo com Azevedo et al (1998), do ponto de vista climático, a


região Nordeste do Brasil é considerada semi-árida por apresentar
substanciais variações temporal e espacial da precipitação pluviométrica, e
elevadas temperaturas ao longo do ano. Apesar das elevadas temperaturas
registradas durante todo o ano, as amplitudes térmicas máximas são em
torno de 7°C.

136
Em concordância com o que foi descrito anteriormente, o período que
vai de março a agosto, apresenta os maiores índices pluviométricos e as
menores temperaturas, observando a Figura 8, é possível verificar que para
este mesmo período ocorre a menor quantidade de horas de insolação e
atinge-se os maiores valores de umidade relativa do ar, mantendo-se
próximos a 85%. Ainda de acordo com os dados apresentados na Figura 8,
vê-se que a máxima insolação mensal, ocorre no mês de novembro e a
mínima em julho, mês com maior incidência de chuva na região.

.
Figura 8 - Normais climatológicas de Insolação e Umidade Relativa do Ar Média da estação de
Recife/PE. Fonte: INMET.

Em geral, segundo Uvo e Berndtsson (1996), os mecanismos que


governam o regime de chuva da região são: 1) Eventos El Niño-Oscilação
Sul (ENOS); 2) Temperatura da superfície do mar (TSM) na bacia do oceano
Atlântico, Ventos Alísios, Pressão ao Nível do Mar (PNM); 3) Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o oceano Atlântico, 4) Frentes Frias,
e 5) Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN). Além desses mecanismos
podemos destacar também a atuação das linhas de Instabilidade (LI), dos
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), e do efeito das brisas
marítima e terrestre na precipitação.

De acordo com Ferreira e Mello (2005) no continente Sul-Americano,


principalmente sobre o setor norte do Nordeste do Brasil, ocorre a influência
do Oceano Atlantico Tropical na distribuição das chuvas. Destaca ainda, que
o El Niño, quando acontece conjuntamente com o dipolo positivo do
Atlântico (Dipolo do Atlântico: diferença entre a anomalia da Temperatura
da Superfície do Mar-TSM na Bacia do Oceano Atlântico Norte e Oceano
Atlântico Sul), que é desfavorável às chuvas, causam ano secos ou muito

137
secos no Nordeste do Brasil. O fenômeno La Niña (resfriamento anômalo
das águas do oceano Pacífico) associado ao dipolo negativo do Atlântico
(favorável às chuvas) é normalmente responsável por anos considerados
normais, chuvosos ou muito chuvosos na região.

Com base nas séries históricas obtidas no banco de dados da Agência


Nacional de Águas (ANA, 2014) nos postos pluviométricos: São Lourenço da
Mata e Pirapama, e dados do Instituto de Controle do Espaço Aéreo de
Pernambuco (ICEA, 2014), no posto pluviométrico Dos Guararapes, foram
elaborados gráficos para um período de 26 anos que apresentam a evolução
dos valores médios de precipitação, este período é relativo ao ano de 1987
até 2013. Conforme observado a seguir, foram apresentados dados das
estações mais representativas para o estudo, uma vez que as estações
contempladas a seguir apresentam aspectos marcantes quanto a sua
dinâmica pluviométrica. Nesse contexto, foi observado que apesar do
comportamento semelhante indicado pelos diagramas pluviométricos,
existem diferenças importantes no comportamento do regime pluviométrico
em toda a área, consequência de aspectos locais. Estas diferenças podem
ser explicadas pela localização dos postos pluviométricos, em função de sua
condição geomorfológica, cobertura do terreno, vegetação e etc.

Figura 9 - Acumulado anual de precipitação para as estações de São Lourenço da Mata,


Pirapama e Dos Guararapes. Fonte: ANA e ICEA.

Os valores mostram que, apesar das diferenças anuais, os sistemas


de circulação atmosférica que atuam em toda a área controlando o
comportamento climático são os mesmos, já que a localização dos três

138
postos apresenta proximidade, sendo assim, a distribuição sazonal das
chuvas é muito semelhante em toda a área.

No que se refere aos ventos na região, apresenta-se no Quadro 27 as


normais climatológicas fornecidas pelo INMET (INMET, 2014), também para
o período de 1961 a 1990, para a estação mais próxima ao
empreendimento, como discutido anteriormente, onde percebe-se que os
ventos com maior velocidade ocorrem no mês de novembro, ultrapassando
3,2 m/s e com direção predominantemente sudeste, exceto para o mês de
novembro em que o vento sopra para leste.

Quadro 27: Normais climatológicas do vento para a estação Recife (Curado)


Variáveis climáticas J an Fev Mar Ab r Mai J u n J u l Ag o S et Ou t Nov Dez
Intensidade do Vento
2,98 2,75 2,29 2,25 2,25 2,57 2,87 3,10 3,26 3,16 3,29 3,12
(m/s)
Direção Resultante do
118 120 125 139 149 150 152 146 139 120 108 108
Vento (graus)
Direção
Predominante do
SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE E SE
Vento (pontos
cardeais e colaterais)
Fonte: INMET

Para o mesmo período, através de dados fornecidos pelo Instituto de


Controle do Espaço Aéreo de Pernambuco (ICEA, 2014), estação Dos
Guararapes, apresenta-se na Figura 10 a Figura 15 a direção predominante
do vento em diferentes velocidades para o mesmo período histórico dos
dados apresentados no Quadro 27, com o objetivo de comparação dos
mesmos.

Figura 10 – Série histórica da direção do Figura 11 – Série histórica da direção do


vento para o período de 1961 a 1990 a uma vento para o período de 1961 a 1990 a uma
velocidade de 1-5 Kt. Fonte: ICEA. velocidade de 6-10 Kt. Fonte: ICEA.

139
Figura 12 – Série histórica da direção do Figura 13 – Série histórica da direção do
vento para o período de 1961 a 1990 a uma vento para o período de 1961a 1990 a uma
velocidade de 11-15 Kt. Fonte: ICEA. velocidade de 16-20 Kt. Fonte: ICEA.

Figura 14 – Série histórica da direção do Figura 15 – Série histórica da direção do


vento para o período de 1961 a 1990 a uma vento para o período de 1961a 1990 a uma
velocidade de 21-30 Kt. Fonte: ICEA. velocidade de >30 Kt. Fonte: ICEA.

Vê-se que em conformidade com o que foi apresentado através dos


dados das normais climatológicas do INMET, a direção predominante dos
ventos é a direção sudeste e convertendo a velocidade referente ao mês de
novembro, 3,29 m/s, tem-se, 6,40 Kt, desta forma, observando a Figura 11,
correspondente a esta faixa de velocidade, percebe-se a tendência dos
ventos de leste a sudeste, reforçando o que foi apresentado anteriormente
no Quadro 27

• GEOLOGIA

GEOLOGIA REGIONAL (CONTEXTO ESTADUAL)

O subsolo pernambucano é formado dominantemente por rochas pré-


cambrianas, que ocupam cerca de 90% de seu território, sendo recobertas

140
em menor proporção, por bacias sedimentares paleo-mesozoicas interiores
e por bacias litorâneas meso-cenozoicas.

O Lineamento Pernambuco (LPE), principal feição estrutural da área


estudada, constitui o elemento balizador entre os terrenos Rio Capibaribe ao
norte e Pernambuco/Alagoas ao sul (Figura 16). A área, formada pelas
rochas do embasamento cristalino, está inserida na Província da Borborema
que segundo Almeida et al (1977) coincide com a Região de Dobramento
Nordeste, desenvolvida durante o Ciclo Brasiliano.

Província da Borborema

Trata-se de um cinturão orogenético meso-neoproterozoico que se


estende por grande parte do nordeste e apresenta-se confinada pelas
províncias Parnaíba a oeste, São Francisco ao sul e Costeira a leste
conforme Figura 17.

Possui uma superfície de cerca de 380.000 km² e constitui-se numa


área de intensa complexividade litoestrutural e de longa história crustal,
onde são bastante evidentes os efeitos da atuação dos eventos tectônicos,
termais e magmáticos dos Ciclos Transamazônico e Brasiliano.

Nestas áreas pré-cambrianas, destacam-se dois tipos de domínios


pré-cambrianos principais: Os Maciços Gnaissico-Migmatítico-Graníticos,
representados, dentre outros, pelo Maciço Pernambuco-Alagoas (Domínio
PE-AL), onde se insere a área de estudo e as Faixas de Dobramento
Marginais.

O domínio dos Maciços Gnassico-migmatito-graníticos compreende o


embasamento de vários terrenos, tectno-estratigráficos, da Província da
Borborema no Estado de Pernambuco. De um modo geral apresentam-se
constituídos de ortognaisse de composição granítica a tonalítica e, em
menor proporção, monzonítica, monzodiorítica e diorítica. Exibem um
padrão estrutural bem mais complexo que o observado nas faixas de
dobramentos que lhes são adjacentes. Observa-se uma feição particular,
nesses maciços, que é a perfeita concordância de sua trama com relação às
rochas regionais, de tal modo que se constata nos tipos mais orientados
certa continuidade de sua foliação em relação às encaixantes. No que se
relacionam, à geocronologia, os dados disponíveis permitem o seu
enquadramento no Arqueano Superior a Neoproterozoico.

141
Figura 16 - Compartimentação tectônica do Estado de Pernambuco.

142
Figura 17 - Arcabouço tectônico da Província da Borborema.

Bacia Sedimentar Pernambuco-Paraíba

Classificada como bacia do tipo flexural (Mabesoone, 1995), agrupa


um pacote de rochas sedimentares meso-cenozoicas, que ocupa uma faixa
de aproximadamente 30 km de largura, limitada a sul pelo Lineamento
Pernambuco.

Lima Filho et al. (1998), consideram que a origem e a evolução


geológica das Bacias Pernambuco-Paraíba e Cabo foram completamente
distintas, apesar de possuírem o Lineamento Pernambuco como limite
comum, e que a primeira deve ser classificada como do tipo rampbasin,
associada a separação definitiva das placas Sul Americana e Africana,
constituindo o último ponto de ruptura entre estas placas.

A estratigrafia da bacia PE/PB é relativamente simples apresentando


apenas três grandes unidades, a saber: Grupo Paraíba (Fm. Maria Farinha,
Fm. Gramame e Fm. Beberibe), Formação Barreiras e Depósitos de

143
Cobertura Quaternária, que juntas formam uma pilha sedimentar que pode
atingir cerca de 400m de espessura (Figura 18), na sua porção emersa mais
profunda (Souza, 1999).

Figura 18: Estratigrafia das bacias do Cabo e Pernambuco-Paraíba.

Bacia Sedimentar do Cabo (Pernambuco)

Esta bacia marginal atlântica, que ocupa toda a faixa costeira


meridional da RMR até o município de Tamandaré a sul do Lineamento
Pernambuco, possui forma alongada na direção N40°E, numa extensão de
80 km (além do limite sul da RMR) e largura de 12 km na sua porção
emersa.

Estratigraficamente está representada, pelos sedimentos e vulcanitos


cretácicos do Grupo Pernambuco, constituído pelas Formações Cabo,
Algodoais, pelos litótipos da Suíte Vulcânica de Ipojuca, pela Formação
Barreiras e pelos sedimentos quaternários.

As bacias sedimentares Pernambuco-Paraíba e do Cabo não afloram


no trecho de estudo, porém são de importância regional, sendo que estão
localizadas próximas ao empreendimento, principalmente ao norte e a leste
da área de estudo.

144
GEOLOGIA LOCAL

No Mapa 5 é apresentada a geologia nas áreas de influência do


empreendimento, sendo suas características descritas a seguir.

Área de Influência Indireta

A geologia da área de influência indireta, está caracterizada por


rochas do embasamento cristalino, representadas por litotipos do Complexo
Belém do São Francisco, Complexo Salgadinho e pela Suíte Intrusiva
Itaporanga. O embasamento compõe o substrato predominante na área.
Além das rochas do embasamento, também ocorrem rochas sedimentares
do Grupo Barreiras e Formação Algodoais. Estas duas unidades
sedimentares ocorrem em menor proporção, e ocorrem somente na área de
influência indireta. Por fim, em locais específicos as unidades citadas
encontram-se recobertas por Cobertura Quaternária, principalmente na
porção sul do empreendimento e em áreas de terraços fluviais. As unidades
do embasamento, que compõem quase a totalidade do substrato rochoso
da AID e ADA são caracterizadas nos itens: Área de Influência Indireta e
Área Diretamente Afetada, mesmo que ocorrentes também na AII; as
unidades Grupo Barreiras e Formação Algodoais que ocorrem somente na
AII são descritas a seguir.

• Grupo Barreiras

Esta unidade ocorre somente na porção norte da área de influência


indireta, em pequena proporção e é caracterizada principalmente por
sedimentos areno-argilosos, pouco consolidados, de coloração variegada,
com níveis lateritizados e caulínicos, que segundo Alheiros et al. (1988),
caracterizam três domínios faciológicos distintos: um de leques aluviais,
outro fluvial entrelaçado e um último flúvio-lagunar, cobrindo
discordantemente tanto as rochas do embasamento cristalino, como os
sedimentos das bacias costeiras meso- cenozóicas. A fácies de leques
aluviais, segundo Alheiros et al. (1988), está representada na área da
Região Metropolitana do Recife, por camadas arenosas mal selecionadas,
grosseiras a sílticas, por vezes arcoseanas, de cores variegadas,
intercaladas com camadas argilosas, constituindo a porção distal destes
leques.

A fácies fluvial entrelaçado (braided ) está caracterizada por depósitos


de granulometria variada, apresentando cascalhos e areias grossas a finas
geralmente feldspáticas, de coloração creme avermelhada, com
intercalações de material síltico- argiloso. Apresenta estratificações
cruzadas acanaladas de médio a grande porte, com “sets”

145
granodecrescentes. A fácies flúvio-lagunar está representada por areias
quartzo-felospáticas creme, de granulometria fina a média, intercaladas
com filmes de argilas cinza-esverdeadas e matéria orgânica, formando um
arranjo rítmico bastante característico. A estrutura sedimentar primária
mais marcante desta unidade faciológica é a estratificação plano-paralela,
embora algumas vezes se observe a presença de cruzadas de baixo ângulo,
de forma subordinada. Nessas areias também são frequentes as
intercalações com camadas de argilitos e de níveis argilo-carbonosos preto-
acastanhados.

Sua posição estratigráfica apresenta controvérsias quanto à


hierarquia (Grupo ou Formação) e quanto a sua idade (apenas Terciária isto
é, Paleógena/Neógena ou Neógena/Quaternária). Neste trabalho seguiu-
se a classificação adotada pela CPRM (Veiga Júnior, 2000), que classificou
o Grupo Barreiras de idade Paleógena/Neógena. Geograficamente, esta
unidade concentra sua área de afloramento em grande parte da porção
norte da Região Metropolitana de Recife, mas ocorre em pequena expressão
na área de influência indireta do empreendimento.

• Formação Algodoais

Trata-se de um testemunho da Bacia do Cabo presente na parte sul,


no final do trecho, em forma mais elevada, em pequenos morros com
altitude em torno de 25 metros, repousando diretamente sobre as rochas
neoproterozoicas. É representada por sua unidade superior denominada
informalmente de Tiriri, composta por um arenito conglomerático de cor
branca a creme, granulometria média a grossa, essencialmente quartzoso,
onde estes grãos são subarredondados. Exibe diagênese forte a média na
base e fraca na parte mais superior. Este arenito, quando intemperizado, se
desagrega totalmente formando um solo arenoso, de cor esbranquiçada, o
qual possui, no horizonte B, um nível de cor preta (matéria orgânica
decomposta).

146
Mapa 5 - Geologia nas Áreas de Influência O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
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8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Unidade Geológica -Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Formação Algodoais Granitóides Indiscriminados - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Grupo Barreiras Complexo Salgadinho 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Complexo Belém do São Francisco Suíte Intrusiva Itaporanga - Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Hidrografia Áreas de Influência do Meio Físico Cabo Vertentes


8°S

- Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Curso d'água ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Depósitos Flúvio - Marinhos 2013
ÂN

PE
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Geologia: CPRM, 2008
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Área de Influência Direta

A geologia da área de influência direta é caracterizada por rochas do


Complexo Belém do São Francisco, Complexo Salgadinho e pela Suíte
Intrusiva Itaporanga. Além destas rochas do embasamento cristalino, na
porção sul da área de influência direta, o substrato é composto por
sedimentos fluvio-marinhos da unidade chamada de Cobertura
Quaternária. Nos resultados apresentados a seguir, também é informado
quando estas rochas possuem ocorrência na AII e ADA.

• Complexo Belém de São Francisco

Este conjunto de rochas possui uma representação ampla na área,


correspondente a aproximadamente um terço da área estudada sendo a
unidade predominante no segmento sul do empreendimento. Trata-se de
uma porção de embasamento muito remobilizado e retrabalhado em etapas
sucessivas, constituindo um complexo policíclico metamorfizado na fácies
anfibolito chegando a alcançar a fácies granulito.

O complexo é formado por ortognaisses granodioríticos, ortognaisses


tonalíticos, anfibolitos, migmatitos e metadioritos. Os migmatitos presentes
estão intimamente associados aos núcleos graníticos apresentando contatos
difusos, o que torna difícil sua delimitação. Ocorrem em forma tabular,
maciça e topograficamente destacados quando mais homogêneos.
Apresentam mergulho baixo a moderado, dominantemente para sudeste.

Figura 19 - Rocha gnaissica do Complexo Belém de São Francisco aflorante na intersecção


do Rio Jaboatão com a Rodovia.

As foliações presentes neste conjunto de rochas representativas da


unidade regionalmente estão dispostas na forma de V muito aberto onde se
acham expostas antiformais e sinformais arrasadas, que muitas vezes

149
envolvem as unidades supracrustais afetando-as nas etapas sucessivas de
deformação em conjunto. Estas rochas cristalinas foram afetadas por
falhamentos (principalmente relacionados ao Lineamento Pernambuco),
fraturas e dobras, principalmente devido a esforços compressivos
intensos no processo de milonitização que aconteceu ao longo das
falhas transcorrentes. A xistosidade presente segue principalmente na
direção NE-SW. Em relação ao intemperismo, estas rochas apresentam
alteração intempérica moderada a alta tanto para intemperismo químico
como físico.

Esta unidade está relacionada com o domínio de relevo de Colinas


Dissecadas e Morros Baixos, apresenta declividades baixas variando de 5°a
35°. A porosidade das rochas é baixa, entre 0 a 15% e forma aquíferos do
tipo Fissural.

• Suíte Intrusiva Itaporanga

Esta suíte de rochas intrusivas ocorre na área em forma de plútons


alongados com orientação NE-SW e faz parte do Domínio dos Complexos
Granitoides Deformados. Na área de estudo há dois corpos graníticos que
ocorrem na porção central e sul do trecho estudado (Lote 2). Estes corpos
graníticos estão presentes na ADA, AID e AII.

As rochas são predominantemente graníticas a granodioríticas


grossas associadas a dioritos de afinidade cálcico-alcalinos de alto K.
Afloram como matacões ou lajeados em rios e estão pouco a
moderadamente fraturadas, com distribuição irregular das fraturas. As
rochas tem aspecto maciço com baixa porosidade, entre 0 e 15%,
configurando aquífieros do tipo fissural com baixa porosidade e
permeabilidade. A Suíte Intrusiva Itaporanga também gera, aliado com
fatores exógenos, o domínio de relevo de Colinas Dissecadas e Morros
Baixos e apresenta declividades entre 5° e 20°.

Em muitos afloramentos destaca-se um bandeamento, às vezes


difuso, gnáissico, junto com a orientação de fenocristais de hornblenda.
Veios de material apolítico estão espaçadamente, enquanto estruturas
schlieren mostram mobilizações graníticas difusas das etapas finais de
granitização. Existem ainda algumas exposições de granitoides
heterogêneos com incipientes estruturas migmatíticas.

• Complexo Salgadinho

O Complexo Salgadinho compõe o substrato rochoso da porção norte


do Lote 2 da rodovia, predominante neste segmento da rodovia, incluindo
ADA, AID e AII. Trata-se de uma associação metaígnea inserida no contexto

150
geodinâmico na porção leste do Domínio da Zona Transversal, situado entre
as zonas de cisalhamento de Patos e Pernambuco. O contato do Complexo
Salgadinho com as rochas do Complexo Belém de São Francisco é estrutural
marcado pelo Lineamento Pernambuco. A litologia varia desde
metagranitos, metagranodioritos, metatonalitos até metathrondjemitos. Os
aspectos estruturais dessa unidade são caracterizados por estruturas
dúcteis e as rochas estão intensamente dobradas e pouco a
moderadamente fraturadas (com distribuição irregular das fraturas).
Apresentam estrutura bem orientada com bandamento gnáissico bastante
desenvolvido, com intercalações de níveis félsicos e máficos. As rochas
estão transpostas e paralelizadas ao cisalhamento transcorrente associado
ao Lineamento Pernambuco. As quais apresentam processos de
migmatização associada e podem evoluir até migmatitos nebulíticos. Seus
litotipos, muitas vezes, encontram-se intensamente deformados, os
ortognaisses de composição diorítica, tonalítica a granodiorítica são meso a
leucocráticos, de coloração cinza, contendo biotita e/ou hornblenda,
Ocorrem ainda corpos tabulares, quartzo-feldspáticos, intercalados nos
ortognaisses.

A relação do Complexo Salgadinho com o relevo se reflete em formas


de Colinas Amplas e Suaves com declividades que variam entre 3° e 10°.

Figura 20 - Exemplo de afloramento das rochas do Complexo Salgadinho em matacões na


área de estudo.

Cobertura Quaternária

Os sedimentos quaternários encontrados ocorrem principalmente


formando os terraços fluviais dos recursos hídricos presentes no trecho

151
estudado, com destaque para os verificados nos Rios Pirapama, Gurjaú e
Capibaribe. Os depósitos aluvionares são compostos por cascalhos, areia e
argila semiconsolidados e inconsolidados. Encontram-se em domínios do
relevo de Planícies Fluviais e flúvio-lacustres, com declividades muito baixas
entre 0 e 3°. Os depósitos marinhos encontram-se na extremidade sul do
empreendimento, ocorrendo em parte na ADA e AID, mas principalmente ao
sul, na AII.

Área Diretamente Afetada

A geologia da área diretamente afetada possui as mesmas unidades


descritas no item de Área de Influência Direta, entretanto há diferença,
mesmo que pequena, na proporção de ocorrência de cada unidade e as
proporções estão listadas no Quadro 28.

Quadro 28 – Avaliação quantitativa de ocorrências das unidades geológicas na AII, AID e ADA.
U n idade Geológica AI I AI D ADA
Formação Algodoais 0,1% - -
Grupo Barreiras 2,0% - -

Complexo Belém do São Francisco 32,1% 33,2% 33,9%

Cabo 0,1% - -
Depósitos Flúvio-Marinhos 11,1% 6,2% 6,7%
Granitoides Indiscriminados 9,7% 14,0% 13,7%
Complexo Salgadinho 37,2% 38,4% 37,7%

• GEOMORFOLOGIA

O padrão de relevo que exibe o empreendimento ao longo do seu


percurso reflete a dinâmica das diversas unidades topográficas que vão
sendo atravessadas, unidades estas modeladas em terrenos integrantes de
dois conjuntos geológicos resumidos em dois grupos: Embasamento
Cristalino e Sedimentos Terciários associados ao Grupo Barreiras.

O Embasamento Cristalino aflora, de forma contínua, na porção


sudoeste da RMR, onde abrange a totalidade da superfície dos municípios
de Moreno e São Lourenço da Mata e mais de 50% da porção oeste do
município de Jaboatão dos Guararapes e da porção sul do município de
Camaragibe. A ação do intemperismo sobre as rochas do Embasamento
Cristalino teve como resultado o modelado de morros que caracteriza o
relevo mamelonar que acompanha o Arco Rodoviário em praticamente todo
o percurso do Lote 2. Os morros neste tipo de relevo tem forma
arredondada, manto de alteração (regolito) espesso, sendo frequente a
ocorrência de afloramentos rochosos em alguns trechos. Os morros
apresentam altitudes que variam de cerca de cinquenta metros, na borda

152
da planície litorânea, mas podendo alcançar altitudes de mais de trezentos
e cinquenta metros, na extremidade ocidental. Exibem encostas com
declividades geralmente superiores a 20%, muitas das quais, susceptíveis
de escorregamentos. Neste conjunto de unidades geológicas foi modelado o
relevo que exibe atualmente o Lote 2 do Arco Rodoviário onde o “mar de
morros” que caracteriza o relevo mamelonar das áreas cristalinas é
evidenciado através do Modelo Digital do Terreno (MDT) (Figura 21).

A Figura 21 mostra um perfil altimétrico aproximado do futuro Arco


Rodoviário Metropolitano do Recife. Entre a BR-101 sul, no início do Arco e a
BR-408, o perfil mostra uma sequência constante de subidas e descidas de
pequena amplitude nas quais se atingem pontos mínimos nos cruzamentos
dos cursos d’água. Nesse dinâmica o traçado vai ganhando altitude
progressivamente, pois partindo da cota 25 m na rotatória da BR-101,
atinge um primeiro ponto máximo na cota 125 m no divisor de águas entre
o Rio Sucupema e o Riacho Canzanza, descendo seguidamente até a cota
100m aproximadamente onde realiza o cruzamento do Rio Jaboatão. É de se
salientar que todas as variações topográficas descritas nesse primeiro
trecho são realizadas dentro de declividades médias muito pequenas,
inferiores ao 1%, sendo difícil no percurso veicular perceber sem ajuda de
instrumentos (GPS) a variação topográfica média.

A partir do cruzamento da BR-232, o traçado se direciona para um


novo patamar, buscando os divisores de água que separam as bacias do Rio
Jaboatão do Rio Duas Unas e deste último, com o Rio Tapacurá. Nestes
divisores de água o Arco atinge a sua altitude máxima na cota 162m nas
proximidades do Engenho Araújo.

Entre o km 35 e o km 40, o arco descende desde a cota 140 m


aproximadamente até a cota 51 m, com uma declividade média que gira em
torno de 1,80%, chegando ao vale dos Rios Tapacurá e Goitá, separados por
divisores de água de pequena altura que não superam os 20 m de altitude
em relação ao nível do curso d’água.

153
km

Figura 21 - Perfil altimétrico aproximado do lote 2.

Figura 22 - Panorâmica do relevo mamelonar desde o ponto máximo do Arco Rodoviário na


cota 162m aproximadamente.

A Região Metropolitana do Recife (RMR), onde está inserido o


corredor deste estudo, abrange parte de três domínios geomorfológicos
maiores Figura 23, denominados Faixa Litorânea, Tabuleiros Costeiros e
Planalto Rebaixado Litorâneo (Brasil/MME, 1981).

154
Figura 23 - Domínios Geomorfológicos da RMR. Fonte: Alheiros, 1998.

Os Tabuleiros Costeiros são representados pelos relevos tabulares a


colinosos que foram desenvolvidos sobre sedimentos e rochas sedimentares
de idades cretáceas superiores a terciária. O Planalto Rebaixado Litorâneo,
(também chamado de Depressão Periférica Pré-Litorânea) abrange as áreas
dissecadas sobre rochas do embasamento cristalino e rochas sedimentares
do Cretáceo Inferior. A Faixa Litorânea corresponde à Planície Costeira e é
constituída por sedimentos quaternários de origem marinha e flúvio-
lagunar. A Figura 23, segundo Alheiros (1998), apresenta esses elementos
maiores do relevo da RMR, obtidos a partir da análise do Mapa 5 e do Mapa
6.

155
Mapa 6 - Altimetria nas Áreas de Influência O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

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35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Altimetria - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
Localidade Máximo : 315 m - Localidade: IBGE, 2010
PB
Rodovia em Leito Natural
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010.
O
8°S

Hidrografia Áreas de Influência do Meio Físico - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km
TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013


ÂN

PE Curso d'água Mínimo : 0,003 m


- Hidrografia: IBGE, 2013.
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Altimetria: MDT, Topodata, 2008
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km) Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
- Áreas de Influência: SKILL, 2014
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
DOMÍNIOS GEOMORFOLÓGICOS

No Mapa 7 é apresentada a geomorfologia nas áreas de influência do


empreendimento, sendo suas características descritas a seguir.

Área de Influência Indireta

A área de influência indireta contempla três domínios de relevo


distintos: O Domínio de Morros, Serras e Colinas, as Várzeas e Terraços
Aluviais e Tabuleiros, expressos por formas topográficas bem definidas. As
formas de relevo, dentro desses domínios, resultaram de uma série de
acontecimentos geológicos, relacionados às atividades tectônicas e ao
comportamento diferencial das rochas. O Domínio de Morros, Serras e
Colinas é predominante na área e constituindo a maior parte do relevo da
área de influência indireta do empreendimento. As formas de relevo de
Várzeas e Terraços Aluviais ocorre de maneira dispersa na área de estudo,
em função de estar associado aos rios e drenagens distribuídas na região. A
porção sul da área, próximo ao munícipio de Cabo de Santo Agostinho
apresenta predominância do domínio de Várzeas e Terraços Aluviais,
tratando-se de uma grande área de várzea. O domínio de Tabuleiros, de
pouca representatividade está localizado somente na área de influência
indireta, ao norte, próximo ao munícipio de Paudalho.

• Tabuleiros

Os tabuleiros foram delimitados com base nas superfícies planas ou


quase planas dos interflúvios que ocorrem na área. Acham-se limitados pela
unidade denominada de Vertentes, que está localizada entre os tabuleiros e
as planícies aluviais. Apresentam-se com uma forma alongada na direção
geral SW-NE, obedecendo à direção da rede de drenagem, que forma um
padrão subparalelo, consequência do controle estrutural.

Geologicamente, essa unidade representa o Grupo Barreiras e


encontra-se bastante dissecada. Apresentam regolito com espessura
variando de 2 m a 6 m onde estão desenvolvidos solos argissolos
(podzólicos) com boa drenagem. Nos topos tabulares mais planos a
vegetação nativa foi substituída por cultivos, predominantemente de cana-
de-açúcar, o que vem provocando processos de erosão laminar.

159
Mapa 7 - Geomorfologia nas Áreas de Influência O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

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35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Unidades Geomorfológicas - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Várzeas e Terraços Aluviais - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Domínio de Morros, Serras e Colinas 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Tabuleiros - Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Áreas de Influência do Meio Físico


8°S

Área Urbana - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013


ÂN

PE Hidrografia
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Curso d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Geomorfologia: ZAPE, 2012
NO

Massa d'água AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
O estudo das vertentes ou encostas tem uma grande importância
para a compreensão do desenvolvimento das paisagens, por se tratar de
uma unidade do relevo onde ocorrem vários processos, principalmente de
ordem erosiva, que vão refletir nas restrições de uso do solo e de ocupação
humana. As encostas retratam uma evolução influenciada principalmente
pela ação climática.

Essa unidade vai da quebra de relevo dos tabuleiros até os limites


com as planícies fluviais e a unidade morros. Os declives suavizados
predominam nas áreas que estão voltadas para as planícies aluviais dos
principais cursos d’água da área, onde os vales são abertos e de fundo
chato.

Os processos erosivos da área estão localizados em sua maioria nesta


unidade, onde, nas áreas em que foi retirada a vegetação natural, podem-se
observar processos intensos de ravinamento. Os ravinamentos são
processos erosivos provocados pelo escoamento superficial concentrado,
em face da retirada da cobertura vegetal do solo, onde aparecem pequenos
sulcos escavados pelo fluxo de água.

Área de Influência Direta

A área de influência direta do empreendimento, no âmbito da


geomorfologia, é constituída por intercalações ao longo do trecho entre
duas unidades geomorfológicas, sendo elas o Domínio de Morros, Serras e
Colinas e a unidade de Várzeas e Terraços Aluviais, sendo a primeira
predominante na área.

• Domínio de Morros, Serras e Colinas

O Domínio de Morros, Serras e Colinas é o mais abrangente dentro da


área de influência direta e indireta em que se localizará o empreendimentoe
está inserido dentro do domínio morfoestrutural denominado de Maciços
Remobilizados. Observa-se que o trecho caracteriza-se por uma superfície
de aplainamento, com desníveis, predominantemente, pouco acentuados,
apresentando cotas que aumentam do litoral para o interior, com altitudes
variando desde 10 metros chegando a pouco mais de 100 metros no topo
de alguns morros.

Este tipo de relevo caracteriza-se por ser moderadamente ondulado e


rebaixado em direção ao litoral. Apresenta elevações de topos
arredondados, vertentes ligeiramente convexas e côncavo–convexa,
declividades em sua maioria compreendidas entre 8 e 40% e vales em V. As
altitudes alongadas constituindo cristas esculpidas em rochas
predominantemente quartzíticas, ainda são preservadas.

163
• Várzeas e Terraços Aluviais

As áreas de várzeas e terraços aluviais que ocorrem no trecho,


distribuídas ao longo do empreendimento, ocorrendo também na ADA e AII,
são representadas principalmente por áreas planas do tipo bajadas,
resultantes de acumulação fluvial, basicamente dos Rios Jaboatão, Figura
24, Rio Gurjaú, e Rio Taparucá, por exemplo, que apresentam longo trecho,
em área de várzea ou de enxurradas, contendo várzeas atuais e terraços,
nem sempre possíveis de representação na escala de trabalho. As planícies
correspondem às áreas periodicamente inundáveis, enquanto os terraços
são inundados apenas nas cheias excepcionais. São constituídos de areias,
cascalhos compostos de seixos e matacões. O material arenoso é recoberto
periodicamente por uma película, camada de argila, resultante das
inundações. Esses depósitos aluviais convalescem, através de ressaltos
topográficos, com os morros e serras do Planalto Rebaixado Litorâneo.

Figura 24 - Área de várzea do Rio Jaboatão coberta de cana-de-açúcar. (Coordenadas UTM:


25L – 266426 m E; 9097976 m S).

Figura 25 - Contato da Várzea do Rio Jaboatão com os morros do Planalto Rebaixado


Litorâneo. (Coordenadas UTM: 25L – 266331 m E; 9098572 m S).

164
Área Diretamente Afetada

A área diretamente afetada contempla características


geomorfológicas muito semelhantes às descritas na área de influência
direta, em função da dimensão dos domínios geomorfológicos. A ADA
apresenta geomorfologia composta por pelas unidades: Domínios de Morros,
Serras e Colinas e Várzeas e Terraços Aluviais.

• GEOTECNIA

Contexto geotécnico regional

Área de Influência Indireta

O contexto geotécnico na Área de Influência Indireta (AII) do Meio


Físico está atrelado às condições geológicas e geomorfológicas do
território, onde se verifica a inserção da área em duas unidades principais: o
Domínio de Morros, Serras e Colinas, representado pelo Planalto Rebaixado
Litorâneo e as Várzeas e Terraços Aluviais. O Planalto Rebaixado Litorâneo
constitui uma aba fortemente dissecada do Planalto da Borborema, cujas
cotas diminuem de oeste para o leste no sentido do litoral, passando de
altitudes máximas de 424 m (Serra do Urucu) para cotas que variam entre
100 e 200m como na AII do empreendimento, onde a altitude máxima se
situa na ordem de 162 m nas imediações do Engenho Araújo em São
Lourenço da Mata. Esta unidade geomorfológica se caracteriza pela
sucessão de elevações talhadas por processos de erosão fluvial, e que se
enquadram no que o geógrafo Aziz Nacib Ab`Saber (op.cit) denominava
como o domínio do "mar-de-morros". Estas elevações que a depender da
altitude podem ser classificadas como simples elevações, colinas, morro
baixo e morro alto, refletem na sua geometria as condições de
intemperismo da rocha mãe, verificando-se que aquelas provenientes de
rochas graníticas possuem menor espessura de solo e maior declividade das
encostas, enquanto que aquelas provenientes de migmatitos apresentam
geometria mais moderada e maior espessura de solo. As condições hídricas
que ao longo das eras geológicas delineou a paisagem que se observa
atualmente no território cortado futuramente pela rodovia, revelam-se
através de uma densa rede de drenagem conformada por riachos, arroios,
córregos, talvegues úmidos e cursos de água principais que se verificam em
todos os pontos de cotas mais baixas, e os quais também são
característicos desta unidade geomorfológica.

Em termos de risco geotécnico associado a instabilidades de


encostas, estas duas unidades geomorfológicas são agrupadas em uma
única unidade geoambiental, denominada “Morros da RMR”, tristemente

165
célebre pelo número de óbitos e desabrigados que ainda hoje ocorrem
durante os períodos de inverno, em decorrência do soterramento de
habitações de baixa renda pelo escorregamento de barreiras cortadas em
solos resíduas do embasamento cristalino principalmente,mas também em
solos do Grupo Barreiras. Com efeito, no trabalho de Nunes Bandeira (2003)
que estudou as condições de risco geotécnico de erosão e escorregamento
no município de Camaragibe (fora da AII do presente EIA), registra-se que
entre 1994 e 2003 ocorreram na RMR 79 casos de desabamentos que
causaram a morte de aproximadamente 151 pessoas e deixaram um
número muito maior de desabrigados. Em decorrência desse histórico de
fatalidades, as condições geotécnicas dos morros da RMR vêm sendo
estudadas de forma aprofundada, como subsídio a elaboração de mapas de
risco, que juntamente com as intervenções em infraestrutura, a
conscientização da população e os planos de emergência, vêm reduzindo
ano trás anos o número de perdas humanas e materiais.

No caso da AII do Arco Rodoviário, o risco de instabilidade de


encostas na condição natural encontrada atualmente na área, é baixo,
conforme foi observado nas vistorias de campo realizadas pela equipe de
por Moraes & Albuquerque Consultores e Advogados (2012) e conforme é
documentado nos estudos técnicos acima supracitados. Esta estabilidade
mecânica na condição natural pode ser entendida através da análise dos
parâmetros de resistência característicos dos materiais, podendo-se usar
como referência os determinados no estudo de Nunes Bandeira (2003) em
solos residuais de rocha cristalina. Os valores de Φ’ e de c’ determinados
através de ensaios de cisalhamento direto revelaram valores de Φ’ na
ordem de 36° em detrimento de valores de coesão menores, variando entre
1,5 e 9,4 kPa no caso dos solos residuais de rocha cristalina. Estes
resultados são condizentes com estudos efetuados em solos residuais que
correlacionam os parâmetros de resistência com o SPT, como o de
DÉCOURT (1989), no qual se indica que para um valor de N=20
determinado pelo SPT, o valor de Φ’ correspondente deve ser da ordem de
37°.

Estes valores de resistência ao cisalhamento, relativamente elevados,


garantem a estabilidade de encostas na condição natural, como se observa
na AID, onde embora a cobertura vegetal original tenha sido substituída por
cana-de-açúcar, as alterações morfológicas estão restritas a pequenos
cortes de estrada para abertura de caminhos de serviço. De uma forma
geral, a susceptibilidade à erosão é o fator principal que pode desencadear
processos de erosão localizados ou generalizados em uma encosta da AII,
sendo o manejo da drenagem o fator chave nesta situação.

166
É importante mencionar que problemas de instabilidade de encostas
naturais, tanto em solos residuais como em sedimentos terciários,
associados à deficiência na drenagem, potencializam-se no caso de taludes
de corte, como vem se observando ao longo da duplicação da BR-101 sul e
ainda na BR-232. Esta propensão a instabilizar os taludes de corte a partir
do desenvolvimento de processos erosivos torna-se muito importante no
caso do Arco Rodoviário, pois o relevo acidentado no segundo lote torna
necessária a execução de cortes significativos com mais de 30 m de altura
em alguns casos.

Área de Influência Direta

Dentro da AID do empreendimento, além dos eventuais processos


geotécnicos de instabilidade de encostas naturais ou de taludes de corte, a
travessia de solos inconsistentes se constitui no segundo aspecto a ser
considerado, em se tratando da contextualização geotécnica, pelo seu
rebatimento nos custos de fundações e recalques do corpo de aterro. Neste
caso também, o posicionamento da AID em um trecho intermediário entre
as cotas altas ao oeste e as cotas baixas na planície costeira, elimina a
ocorrência de turfas e solos muito moles, restringindo estas ocorrências aos
gleissolos encontrados nos fundos de talvegue e várzeas alagáveis que se
verifica ao longo do lote 2 do Arco Viário, e que de qualquer forma
apresentam uma capacidade de suporte inadequada para servirem como
subleito da estrada.

Área Diretamente Afetada

Os estudos geotécnicos realizados para a área de influência direta


são os mesmos aplicados para a área diretamente afetada, considerando a
escala de trabalho, já que o estudo da ADA está incluso nos levantamentos
para a AID.

167
Figura 26 - Panorâmica do escorregamento de talude de solo residual na duplicação da BR-
101 sul.

Figura 27 - Panorâmica do talude instável localizado na alça de acesso à BR-101 antiga em


direção ao Cabo de Santo Agostinho.

Suscetibilidade à erosão

A suscetibilidade à erosão nas áreas de influência do empreendimento estão


descritas a seguir.

• Nulo (N) - terras não suscetíveis à erosão. Geralmente ocorrem em


solos de relevo plano ou quase plano (0 - 3% de declividade), e
com boa permeabilidade. Quando cultivadas por 10 a 20 anos
podem apresentar erosão ligeira, que pode ser controlada com
práticas simples de manejo. Na área de estudo estão representadas,
principalmente pelos Neossolos Flúvicos, que ocupam 0,07% da área
de estudo;

168
• Ligeiro (L) – terras que apresentam pouca susceptibilidade a erosão.
Geralmente, possuem boas propriedades físicas, variando a
declividade de 3 a 8%. Quando utilizadas com lavouras, por um
período de 10 a 20 anos, mostram normalmente uma perda de 25%
ou mais do horizonte superficial. Práticas conservacionistas simples
podem prevenir contra esse tipo de erosão.

• Moderado (M) - terras que apresentam moderada suscetibilidade à


erosão. Seu relevo é normalmente ondulado, com declividade de 8 a
13%. Esses níveis de declividade podem variar para mais de 13%,
quando as condições físicas forem muito favoráveis, ou para menos
de 8%, quando muito desfavoráveis, como é o caso de solos com
horizonte B, com mudança textural abrupta. Se utilizadas fora dos
princípios conservacionistas, essas terras podem apresentar sulcos e
voçorocas, requerendo práticas de controle à erosão desde o início
de sua utilização agrícola. Na área estão representadas
principalmente pelos Latossolos que tem como material de origem
as litologias do embasamento cristalino, que ocorrem mais na parte
sul do corredor de estudo.

Ao todo, seis classes referentes a diferentes níveis de susceptibilidade


a erosão foram elaboradas a partir do cruzamento de informações relativas
às características pedológicas e de declividade do terreno. O Mapa 8
demonstra as áreas mais sensíveis a suscetibilidade a erosão nas classes
Forte (F), Muito Forte (MF) e Extremamente Forte (EF).

As limitações abaixo são referentes basicamente aos Argissolos


Amarelos e Vermelhos que tem como saprolito, as rochas dos complexos
cristalinos, cuja variação de erodibilidade é de acordo com a declividade do
terreno, conforme descrição abaixo e demonstrado no Mapa 8.

• Forte (F) - terras que têm forte suscetibilidade à erosão. Ocorrem


em relevo ondulado a fortemente ondulado, com declividades
normalmente de 13 a 20%, os quais podem ser maiores ou menores,
dependendo de suas condições físicas. Na maioria dos casos a
prevenção à erosão depende de práticas intensivas de controle;

• Muito forte (MF) - terras com suscetibilidade maior que a do grau


forte, tendo o seu uso agrícola muito restrito. Ocorrem em relevo
forte ondulado, com declividade de 20 a 45%. Na maioria dos casos
o controle à erosão é dispendioso, podendo ser antieconômico;

• Extremamente forte (EF) - terras que apresentam severa


suscetibilidade à erosão. Não são recomendáveis para uso agrícola
por serem totalmente erodidas em poucos anos. Trata-se de terras
ou paisagens com declividades superiores a 45%, nas quais deve ser
estabelecida uma cobertura vegetal de preservação ambiental.

Suscetibilidade dos solos à erosão e degradação

169
Os solos têm características intrínsecas e extrínsecas que influenciam
na sua maior ou menor suscetibilidade à erosão, degradação de uma
maneira geral. Propriedades intrínsecas do solo como textura,
permeabilidade, densidade, profundidade e características físicas e
biológicas influenciam na maneira que os solos reagem aos agentes
externos de degradação. Características extrínsecas aos solos como
intensidade e regime de distribuição das chuvas, topografia do terreno,
cobertura vegetal também condicionam de formas diversas a erosão. A
conjugação exata destas características para cada local ou região é
bastante difícil de ser prevista com exatidão. No Mapa 8 são apresentadas
as características das áreas de influência do empreendimento quanto à
declividade e suscetibilidade a erosão.

No presente trabalho, onde as informações sobre identificação e


distribuição dos solos foram extraídas de levantamento do Zoneamento
Agroecológico do Estado de Pernambuco (1:100.000), foram apenas
identificadas unidades de mapeamento pedológico que são, em maioria,
associações compostas de dois ou mais solos com características intrínsecas
e extrínsecas diversas. Com base nesse tipo de informação foi apenas
possível avaliar a suscetibilidade à erosão média da associação que define
cada unidade de mapeamento do solo, conjugada as formas do terreno a
que cada componente está relacionado. Para propósitos comparativos da
suscetibilidade à erosão, entre as diversas unidades de mapeamento,
foram estabelecidos três níveis de suscetibilidades das terras: S1 –
Suscetibilidade alta, S2 – Suscetibilidade média, S3 – Suscetibilidade baixa.

Os riscos de erosão são analisados à luz, do relevo, da declividade, da


erodibilidade dos solos e da energia das chuvas, os quais combinados levam
a um risco de erosão hídrica, tendo-se os seguintes resultados para a área
do empreendimento:

Quadro 29 – Avaliação da suscetibilidade à Erosão no Trecho.


U n idade de mapeamento dos solos Nível d e su sc et ib ilid ad e à erosão
Argissolos (nas vertentes) S1 (alta)
Argissolos (topo dos morros+áreas planas) S2 (média)
Latossolos (tabuleiros) S3 (baixa)
Latossolos (vertentes) S2 (média)
Gleissolos S3 (baixa)
Neossolos Aluviais S3 (baixa)

170
Mapa 8 - Declividade e Suscetibilidade à Erosão O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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Paudalho

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9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Declividade e Suscetibilidade à Erosão - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural 0 - 3% - Nulo (N) - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 3 - 8% - Ligeiro (L) 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal 8 - 13% - Moderado (M) - Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Áreas de Influência 13 - 20% - Forte (F)


8°S

Hidrografia - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 20 - 45% - Muito Forte (MF) 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) 45 - 100% - Extremamente Forte (EF) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Declividade: MDE, Topodata, 2008
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Alvarenga e Souza (1997) consideram que a erosão é causada pela
perda diferenciada de solo em função de sua variabilidade, onde as taxas de
perdas vão depender de sua suscetibilidade à erosão. Dessa forma os solos
podem ser mais ou menos suscetíveis, dependendo dos fatores intrínsecos e
fatores extrínsecos, os quais têm influência marcante sobre a erosão,
destacando-se a pedoforma, textura, estrutura, teor de matéria orgânica,
profundidade do solum e material de origem, classes de capacidade de uso
do solo, as técnicas de preparo e de cultivo, respectivamente.

Diferentes tipos de solo podem apresentar suscetibilidade


diferenciada à erosão, mesmo para condições semelhantes de declividade,
cobertura vegetal e práticas de manejo. Essas diferenças são devidas às
propriedades do próprio solo e são denominadas erodibilidade do solo. As
propriedades do solo que mais influenciam a sua erodibilidade são aquelas
que afetam a taxa de infiltração da água no solo, associada à sua
resistência ao cisalhamento.

Os Latossolos presentes no trecho apresentam média erodibilidade


nas áreas de relevo ondulado que ocorrem no sul do trecho, com saprolito
de rochas cristalinas. Isto decorre da capacidade de absorção de água
desses solos que têm um horizonte B não textural (não argiloso),
propiciando porosidade e dificultando o escoamento superficial, que é o
fator mais decisivo nos problemas de erosão. Os argissolos (solos
podzólicos) apresentam seu grau de erodibilidade de acordo com o relevo,
como mostra a Figura 28.

Figura 28 - Argissolo apresentando ravina em área de relevo moderado.

A chuva, frequente na região estudada, é um dos elementos


climáticos de maior importância na erosão do solo. A energia cinética das
gotas de chuva gera intensas forças de pressão e cisalhamento, localizadas

173
no ponto de impacto, que podem desagregar grandes quantidades de
partículas do solo. A erosão hídrica se desenvolve basicamente através de
dois processos distintos: a redução dos agregados do solo a finas partículas,
e seus transportes a locais distantes.

Um exame mais acurado da paisagem revela que a erosão tende a


ser maior nos terrenos com maior declividade e com maior comprimento da
rampa. Na área, devido principalmente a denudação presente em alguns
trechos, todos os solos devem sofrer processos erosivos que terão um grau
de significância para menos ou para mais, variando com a declividade e o
tipo de solo e os controles implementados.

• SOLOS

Unidades Pedológicas – Contexto geral

Argissolos

Os argissolos constituem a ordem de solo que mais ocorre no


corredor de estudo, tanto na área diretamente afetada como nas áreas de
influência direta e indireta. Ocorrem predominantemente na porção norte
do trecho. São solos constituídos por material mineral, com horizonte B
textural com argila de atividade baixa imediatamente abaixo de horizonte A
ou E, e satisfazendo, ainda, os seguintes requisitos:

• Horizonte plíntico, se presente, não está acima e nem é coincidente


com a parte superior do horizonte B textural;

• Horizonte glei, se presente, não está acima e nem é coincidente


com a parte superior do horizonte B textural.

A subordem que mais ocorre é a dos Argissolos vermelho-amarelos


(Figura 29). Também foram reconhecidos e mapeados Argissolos amarelos
associados com Espodossolos Cárbicos ou Ferrocárbicos.

No grande grupo dos Argissolos amarelos da área é reconhecido


apenas o grupo dos Argissolos Amarelos Distróficos que são representados
pelos seguintes subgrupos: Argissolos Amarelos Distróficos atossólicos,
fragipânicos, típicos ou, ainda e mais raramente, plínticos. É difícil comentar
sobre as características dos Argissolos da área uma vez que são mapeados
de forma associada e com estimativa grosseira do percentual de ocorrência
de cada um dos solos que compõem cada unidade de mapeamento.

De uma maneira geral pode-se dizer que os Argissolos que ocorrem


no corredor de estudo, são solos profundos a muito profundos, com boa

174
permeabilidade (exceção dos plínticos e fragipânicos), mas de baixa
fertilidade natural. De qualquer maneira são solos ácidos, muitas vezes com
teores de alumínio elevado no complexo de troca catiônica.

Entre as características de interesse geotécnico destes solos


podemos citar:

• Horizonte A espesso e arenoso;

• Textura do horizonte B, em geral, argilosa e do horizonte C, em


função da composição mineral e textural da rocha subjacente;

• Apresentam alta suscetibilidade à erosão por ravinas e voçorocas, a


partir de pequenas concentrações de águas pluviais ou servidas;

• Horizonte B geotecnicamente denominado solo maduro e horizonte


C, solo saprolítico.

Figura 29 - Exemplo de Argissolo vermelho-amarelo em corte de estrada vicinal, em relevo


ondulado. (Coordenadas UTM: 25 L 264068 m E; 9107547 m S).

Latossolos

Estão presentes em boa parte do corredor de estudo, ocorrendo


predominantemente nas porção sul. Esta unidade pedológica está presente
na ADA, AID e AII. São solos constituídos por material mineral, apresentando
B latossólico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro
de 200 cm da superfície do solo ou dentro de 300 cm, se o horizonte A
apresenta mais de 150 cm de espessura.

Foram identificados associados aos Argissolos Amarelos e aos


Argissolos Amarelos e Vermelho-Amarelos e Espodossolos Cárbicos ou
Ferrocárbicos. Foi apenas identificado o subgrupo Latossolo Amarelo

175
Distrófico típico, como exemplificado na Figura 30. São solos profundos,
bem drenados, em geral friáveis e com textura média ou argilosa. São, no
entanto, ácidos e de baixa fertilidade natural.

Os latossolos tendem a ocorrer em relevos mais suaves, de


vertente pouco declivosa. Esta tendência deve-se ao fato de
desenvolverem-se, especialmente, por ação das águas de infiltração, que
promovem a alteração dos minerais presentes no substrato pedogenético
e a remoção por lixiviação de substâncias solúveis (ferro e alumínio) na
forma oxidada, condições favoráveis para a formação de argilominerias do
grupo caulinítico.

As principais características geotécnicas destes solos são:

• Horizonte A geotecnicamente desprezível pela reduzida espessura,


em relação ao B;

• Horizonte B é geotecnicamente conhecido como solo maaduro e


pode constituir fonte natural de materiais para aterro e núcleos
argilosos impermeáveis;

• Horizonte B apresenta alta porosidade;

• Horizonte C, quando formado pela decomposição de rochas quartzo-


feldspáticas, forma ocorrência de saibro;

• Em conjunto, apresentam baixa erodibilidade. Entretanto quando


submetido à concentração d’água proveniente de ocupação
antrópica, podem desenvolver ravinas profundas e, quando
interceptado o lençol freático, voçorocas.

Figura 30 - Exemplo de latossolo amarelo de textura areno-argilosa (Coordenadas UTM: 25


L 269538 m E, 9096138 m S).

176
Gleissolos

Os Gleissolos ocorrem predominantemente na área de influência


indireta, com sua ocorrência mais significativa no sul da área de estudo. Há
ocorrências disperas de gleissolos na área diretamente afetada e área de
influência direta em faixas estreitas, localizadas próximas a várzeas fluviais
(Figura 31).

Figura 31 - Gleissolos em área de várzea do Rio Jaboatão (Coordenada UTM: 25 L – 266485 m


E; 9097570 m S).

Ordem do sistema taxonômico constituída de solos com material


mineral com horizonte glei imediatamente abaixo de horizonte A, ou de
horizonte hístico com menos de 40 cm de espessura; ou horizonte glei
começando dentro de 50 cm da superfície do solo; não apresentam
horizonte plíntico ou vértico, acima do horizonte glei ou coincidente com
este, nem horizonte B textural com mudança textural abrupta coincidente
com horizonte glei, nem qualquer tipo de horizonte B diagnóstico acima
do horizonte glei.

Os Gleissolos da área estudada pertencem ao subgrupo Gleissolo


Háblico Distrófico típico, sendo associados aos Neossolos Flúvicos nas
várzeas. São solos que variam bastante em termos de textura e fertilidade
natural, sendo os da área deste estudo argilosos nas várzeas, mas
sempre de baixa fertilidade natural. A presença de lençol freático a pouca
profundidade, pelo menos pela maior parte do ano, representa o maior
problema de utilização destes solos.

As principais características geotécnicas destes solos são:

• Lençol freático próximo à superfície, podendo em certos locais


apresentar conteúdo salino;

177
• Horizonte A, essencialmente arenoso;

• Horizonte B pode apresentar forte resistência à escavação, devido


ao ressecamento que sofre nos períodos mais secos, pelo
rebaixamento natural do lençol freático;

• Horizonte B pode ter sua fração argila constituído por argila


expansiva.

Neossolos

A ordem dos Neossolos é constituída por solos pouco evoluídos e


sem horizonte B diagnóstico, provenientes de deposições fluviais
recentes, apresentam textura arenosa ou argilosa. As espessuras das
camadas são muito variáveis oscilando de 50 a 100 cm. Os neossolos
ocorrem somente na área de influência indireta.

Na área do presente estudo foi reconhecida a classe de Solo Litólico,


associados aos Gleissolos nas várzeas. Apresentam permeabilidade muito
condicionada pela sequência de estratos, variando de moderada a lenta,
geralmente reduzindo-se com a penetração no perfil. A erosão é
praticamente nula devido ao relevo plano de várzea.

Área de Influência Indireta

A distribuição das classes de solos na área de influência indireta


contempla Solos Aluviais, Argissolos (Argissolo Amarelo, Argissolo
Vermelho), Gleissolos, Latossolos (Latossolo Flúvico, Latossolo Amarelo),
Solos Litólicos, Solo de Mangue, Terra roxa estruturada e Areias Quartzosas
Marinhas, segundo o banco de dados do Zoneamento Agroecológico de
Pernambuco.

A predominância dos solos na AII é de argissolos, seguido por


latossolos. A ocorrência de gleissolos também é significativa e ocorre
associado às várzeas aluviais e aos principais rios que drenam a região. A
ocorrência de Solo Litólico, Terra Roxa Estruturada e Areias Quartzosas
Marinhas está restrita a porções pequenas localizadas somente na AII,
conforme consta no Mapa 9.

178
Mapa 9 - Pedologia nas Áreas de Influência O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Unidade Pedológica - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Solo Aluvial Latossolo Amarelo - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Areias Quartzosas Marinhas Argissolo Vermelho 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Gleissolo Solo Litólico - Limite Municipal: IBGE, 2010.
O

Áreas de Influência do Meio Físico


8°S

Área Urbana Argisolo Amarelo Solo de Mangue - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km
TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Latossolo Flúvico Terra Roxa Estruturada 2013
ÂN

PE Hidrografia
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Curso d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Pedologia: ZAPE, 2012
NO

Massa d'água AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Os solos localizados na extremidade sul da AII são caracterizados por
gleissolos associados depósitos flúvio-marinhos com distribuição espacial
mais uniforme, distinta dos gleissolos no restante da área de estudo que
encontram-se restritos a terraços fluviais e assim distribuem-se ao longo do
trecho. De modo geral, a porção sul da área de influência indireta é
composta por intercalação de Latossolos Amarelos em áreas de morros e
colinas e Gleissolos em áreas de várzeas e terraços aluviais. Já a partir da
metade do trecho, em direção norte, aumenta a proporção de Argissolos,
sendo que a área é composta por Argissolo Vermelho, Argissolo Amarelo e
Gleissolos. As proporções de cada classe de solo estão descritas no Quadro
30 e a distribuição está demonstrada no Mapa 9.

Área de Influência Direta

Os solos da área de influência direta são os mesmos descritos acima


para a área de influência indireta, contudo não há ocorrência de Solo de
Mangue, Solo Litólico, Terra Roxa Estruturada e Areias Quartzosas Marinhas.
Os Argissolos Amarelos são os mais abundantes, seguidos por Latossolos
Amarelos, Argissolos Vermelhos, Gleissolos e com pouca representatividade
(menos de 2% da AID) os Latossolos Flúvicos e os Solos Aluviais.

Área Diretamente Afetada

A área diretamente afetada contempla as classes de solo descritas


para a AII e AID, com exceção das classes de Solo Litólico, Solo de Mangue e
Terra Roxa Estruturada e Solo Aluvial, que mesmo na AII são de pouca
representatividade. As classes que compõem a maior parte do solo na ADA
são Argissolos Amarelos, com 28,2% da ADA, Latossolos Amarelos (26%)
seguidos por Gleissolos (25,2%) e Argissolos Vermelhos (20,6%) conforme
descrito no Quadro 30.

Quadro 30 – Avaliação quantitativa de ocorrências das unidades pedológicas na AII, AID e


ADA.
AI I AI D ADA
U n idade
Área (ha) % Área (ha) % Área (ha) %
Argissolo Vermelho 14855,0 29,5% 1050,8 22,5% 118,8 20,6%
Gleissolo 12292,9 24,4% 1034,5 22,1% 145,4 25,2%
Argissolo Amarelo 10278,7 20,4% 1316,6 28,2% 162,7 28,2%
Latossolo Amarelo 10221,2 20,3% 1185,1 25,4% 149,7 26,0%
Latossolo Flúvico 1638,1 3,3% 60,7 1,3% 0,1 0,0%
Solo de Mangue 714,6 1,4% - - - -
Solo Aluvial 180,9 0,4% 23,8 0,5% - -
Solo Litólico 124,9 0,2% - - - -
Terra Roxa Estruturada 21,7 0,0% - - - -
Areias Quartzosas Marinhas 8,8 0,0% - - - -
TOTAL 50337,0 100,0% 4671,5 100,0% 576,7 100,0%

181
• RECURSOS HÍDRICOS

Para os recursos hídricos superficiais, a análise dos mesmos foi


separada para a AII, AID e ADA. Para os recursos hídricos subterrâneos,
entretanto, devido à similaridade dos dados, todo o resultado é apresentado
em apenas um capítulo, sem distinção entre as áreas de influência.

No Mapa 10 são apresentados os recursos hídricos superficiais nas


áreas de influência do empreendimento, sendo suas características
descritas a seguir.

Recursos Hídricos Superficiais na AII

O Arco Rodoviário corta grande parte da RMR com orientação


predominante sul - norte, intersectando a drenagem natural do terreno e
os rios principais da RMR que se adentram no seu trecho final em direção
oeste - leste buscando a desembocadura no Oceano Atlântico. Essa
convergência de direções faz com que o arco termine cortando muitos
cursos hídricos da região, em que se destacam, como principais, os: (i) Rio
Jaboatão; (ii) Rio Tapacurá e; (iii) Rio Goitá.

Devido principalmente às características topográficas, geológicas e


climáticas da AII, aliados aos elevados índices pluviométricos registrados, a
região cortada pelo Arco apresenta-se bastante rica em água sendo
também seus reservatórios e mananciais historicamente utilizados para o
fornecimento de água bruta para uma parcela substancial do abastecimento
de água urbano na RMR. É tal a importância deste território para o
fornecimento de água de consumo humano e industrial da RMR, que
praticamente todo ele está abrangido pela proteção legal fornecida pela lei
9.860 de 1986 que delimita as áreas de proteção dos mananciais de
interesse da Região Metropolitana do Recife, e estabelece condições para a
preservação dos recursos hídricos.

Bacias Hidrográficas e Características Físicas Inseridas na AII

A AII do empreendimento compreende corpos hídricos e afluentes


que por vezes não são cortados pela rodovia e que serão muito pouco
afetados. Entre os principais cursos hídricos presentes na AII que não
cortam a rodovia, estão: (i) Rio Pirapema; (ii) Rio Gurjaú; (iii) Rio Duas Unas;
(iv) Rio Pixaó; (v) Rio Várzea do Una; (vi) Rio Maninimbu; (vii) Rio Muribara;
(viii) Riacho do Cajueiro; (ix) Riacho Pitangueiras e; (x) Riacho Camurim. Já
os principais cursos hídricos que interceptados pela rodovia, são: (i) Rio
Jaboatão; (ii) Rio Tapacurá e; (iii) Rio Goitá.

182
Mapa 10 - Recursos Hídricos Superficiais e Microbacias O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
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Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Hidrografia Áreas de Influência do Meio Físico - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB
Sede Municipal Curso d'água ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) - Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Adaptado de IBGE, 2005
Limite Municipal Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) 1:150.000
- Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Limite das Microbacias Hidrográficas AII - Área de Influência Indireta (5 km) - Hidrografia: IBGE, 2013
O
8°S

- Microbacias Hidrográficas: SKILL, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

2014
ÂN

PE
- Áreas de Influência: SKILL, 2014
AT L

Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM


NO

Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°


EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
O empreendimento se insere na Bacia do Atlântico Norte Nordeste,
que abrange totalmente ou parcialmente nove unidades da federação e tem
todas as grandes drenagens desaguando diretamente no Oceano Atlântico.
Para o Estado de Pernambuco, em torno de 35% da área do mesmo está
inserida nesta bacia, sendo que o restante (porção não litorânea), pertence
à Bacia do Rio São Francisco.

A seguir, são apresentadas as características hidromorfológicas das


bacias dos três rios principais interceptados pela rodovia, considerando
como exutório, a própria rodovia. São apresentadas também as pequenas
drenagens contribuintes de cada bacia que tem relação direta com a
rodovia. Mesmo que algumas delas estejam inseridas na AID ou ADA, elas
são aqui apresentadas por fazerem parte do complexo hídrico
hidromorfológico de cada bacia.

Características Hidromorfológicas da Bacia do Rio Jaboatão

A bacia do rio Jaboatão, considerando a rodovia como exutório, tem


aproximadamente 90 km² de área e 57 km de perímetro e índice de
compacidade de 1,69. Após transpassar pela rodovia, o rio Jaboatão
percorre ainda aproximadamente 40 km antes de desaguar no oceano. O
Rio Jaboatão atravessa as cidades de Moreno e Jaboatão dos Guararapes,
nascendo na cidade de Vitória de Santo Antão. Possui uma extensão de
aproximadamente 75 km (curso d’água principal) e tem como principal
afluente o Rio Duas Unas e, com este, formam bacias hidrográficas com
características geológicas, florísticas e topográficas com grande
similaridade às demais da parte sul da zona da Mata do Estado. Há de se
destacar que ao longo do seu curso, e no afluente Duas Unas, existem
barragens de nível e de acumulação para abastecimento urbano e industrial
nas cidades de Moreno, Jaboatão, Recife e do Distrito Multifabril de
Jaboatão. Em termos de tributários menores, observaram-se os Riachos dos
Perdidos, Contra Açude e da Bica. Este sistema de pequenos riachos
inicia-se através de uma nascente canalizada que dá origem ao Riacho
dos Perdidos, segundo consta no Plano Diretor do Município de Jaboatão
dos Guararapes.

O Arco Rodoviário cruzará o Rio Jaboatão nas proximidades do


Posto da Polícia Rodoviária Federal existente na BR-232, aproximadamente
1.400m ao oeste do Engenho Moreno. O ponto de cruzamento localiza-se
em uma área plana de características aluvionares, onde podem ser
verificados outros filetes de água que correm paralelos ao rio Principal e
que possivelmente correspondiam a drenagens e/ou riachos que foram
interceptados no passado pela construção da BR-232.

185
Em termos de tributários menores, observaram-se as seguintes
ocorrências:

• Riachos dos Perdidos, Contra Açude e da Bica: Este riacho discorre


em sentido sudeste, ora como fundo de talvegue, ora como canal
canavieiro, ora como riacho encachoeirado, recebendo os aportes do
Riacho Santo Estevão, que por sua vez corre de forma paralela
proveniente da mata de Contra açude, mudando de direção para o
norte antes da sua junção no Riacho dos Perdidos, onde passa a se
chamar Riacho da Bica. No trecho final o Riacho da Bica se afasta
progressivamente do empreendimento, até passar sob a BR-101 e
desaguar na margem direita do Rio Jaboatão nas imediações de Ponte
dos Carvalhos;

• Riachos Salgadinho e Barbalho – Dois pequenos filetes de água que


cortam o empreendimento, foram identificados como sendo os
riachos Salgadinho (principal) e Barbalho (secundário). Estes cursos
d’água cortam o empreendimento direcionando-se para o nordeste
com o nome de Riacho Salgadinho, tributário pela Margem direita do
Rio Cachoeira do Pilão, que serve como limite entre o 1° e 2° distrito
de Jaboatão dos Guararapes;

• Rio Cachoeira do Pilão – O trecho inicial deste rio, quando o mesmo é


apenas um filete de água, é interceptado pelo Arco Rodoviário na
altura da Mata de Sucupema. O curso d’água direciona-se para o
nordeste buscando a porção central do município, onde incorpora o
nome de Rio Zumbí (Muribequinha), desaguando pela margem direita
do Rio Jaboatão nas imediações do Aterro Sanitário CTR candeias;

• Riachos que nascem ao norte da BR-232 – Um dos riachos é


atravessado pelo empreendimento em seu trecho inicial, ao norte da
Fazenda União. O citado riacho deságua no curso d’água que drena
terras dos engenhos Timbó e Xixaim e conflui no Rio Jaboatão ao sul
do Parque Aquático de Moreno. O outro riacho nasce a noroeste do
Posto da Polícia Rodoviária Federal e deságua a sudoeste do
mencionado posto;

• Riacho que nasce a sudoeste da comunidade Engenho Covas –


Cortado pelo Arco Viário, a poucos metros da nascente, o riacho em
causa deságua no Rio Duas Unas cerca de 800 m a jusante da foz do
Córrego Xixaim;

• Riacho tributário do Rio Pixaó e subafluente do Rio Duas Unas - Esse


riacho é interceptado pelo empreendimento a pouco mais de 300
metros de sua nascente, na localidade Pixaó.

Características Hidromorfológicas da Bacia do Rio Tapacurá

Com aproximadamente 465 km² de bacia e 139 km de perímetro, e


coeficiente de compacidade de 1,81, o curso hídrico nasce na extremidade

186
norte oriental do Município de Gravatá e, após percorrer 60 km, conflui com
o rio Capibaribe, no Município de São Lourenço da Mata, entre o povoado
Tiúma e a BR-408, sendo cortado pelo Eixo Viário a uma distância
aproximada de 9 km da barragem localizada a montante. Próximo à
desembocadura, o Tapacurá recebe pela margem direita seu maior
afluente, o Rio Várzea do Una. Nessas sub-bacias foram identificados os
cruzamentos a seguir descritos:

• Afluentes do Várzea do Una que nascem na contra vertente dos


formadores do Córrego Xixaim – Esses riachos são interceptados pelo
Arco Rodoviário próximo da nascente e deságuam no Rio Várzea do
Una a montante da confluência do Riacho Araújo;

• Arroio da Misericórdia – Esse tributário, do Rio Várzea do Una, pela


margem direita é interceptado pelo empreendimento no cruzamento
do Açude Pixãozinho;

• Riachos que deságuam no Rio Várzea do Una a jusante da confluência


do arroio da Misericórdia – Os riachos, em causa, situam-se a
montante da junção do Rio Várzea do Una com o Tapacurá e são
cortados pelo Arco Rodoviário próximo das respectivas
desembocaduras;

• Riacho que deságua no Tapacurá pela margem esquerda, cerca de


um quilômetro ao sul da comunidade Engenho Coepe – Esse riacho é
interceptado pelo empreendimento a aproximadamente 100 m de
sua desembocadura;

• Filetes d’água que banham a comunidade Engenho Coepe, drenando


tanto de oeste para leste como de leste para oeste, convergindo para
o eixo do traçado. O Arco Rodoviário intercepta este sistema, cerca
de 400 m a leste da citada comunidade e 500 m a montante da
desembocadura deste sistema na margem esquerda do Rio
Tapacurá.

Características Hidromorfológicas da Bacia do Rio Goitá

Com aproximadamente 417 km² de área de drenagem e 116 km de


perímetro, a bacia do Rio Goitá apresenta coeficiente de compacidade de
1,60. Com seu início no Município de Pombos, banha parte dos municípios
de Passira, Glória do Goitá e Chã de Alegria e serve de limite entre os
municípios de Paudalho e São Lourenço da Mata até a desembocadura no
Rio Capibaribe, a jusante de seu principal manancial, o reservatório de
Goitá. O empreendimento cruza esse tributário 1,8km a jusante do
barramento. Da mesma forma, cruza alguns tributários conforme se
descreve a seguir:

187
• Riacho tributário da margem esquerda do Rio Goitá – É interceptado
pelo empreendimento na retaguarda oeste da BR-408 e a noroeste da
desembocadura do citado riacho;

• Riacho Bicopeba – Afluente do Goitá cortado pelo Eixo Viário,


localizada no trevo entre a BR-408 e a PE-05, 200 m ao norte da
confluência do mencionado riacho no Rio Goitá;

• Riacho Bento Dias – Afluente do Capibaribe atravessado pelo Arco


Rodoviário a leste da PE-05, localizada a menos de 400 m a montante
da desembocadura do riacho, da ponte da Bicopeba;

• Riacho afluente do Capibaribe pela margem direita – É cortado pelo


empreendimento ao sul, situada na localidade Chã de Bicopeba, e a
leste, da confluência do mesmo, no Capibaribe. Este pequeno riacho
apresenta-se totalmente alterado pelas atividades canavieiras,
exibindo atualmente uma conformação de canal, com exceção do
último trecho antes da desembocadura no Capibaribe, quando
retoma as características naturais do alinhamento, embora
desprovido igualmente de mata ciliar;

• Riachos Capoeira e Pitangueira – Tributários do Capibaribe


interceptados pelo traçado do empreendimento, a montante da
confluência dos dois riachos, que após a junção deságuam no
Capibaribe;

• Riachos tributários do Capibaribe pela margem esquerda - Se


desenvolvem de forma paralela, à estrada de Pirassirica. Estes
riachos banham as localidades de Pau Amarelo e Água Fria e deságua
no Rio Capibaribe na comunidade Pirassirica.

Estruturas Hidráulicas Inseridas na AII

As principais estruturas hidráulicas inseridas na AII, do Arco


Rodoviário Metropolitano, integram dois sistemas de abastecimento da
Região Metropolitana do Recife: (i) O Sistema Gurjaú, localizado na sub-
bacia do Rio Gurjaú (afluente do Pirapama) e (ii) o Sistema Tapacurá,
localizado nas bacias dos Rios Jaboatão e Capibaribe. No Mapa 11 são
apresentadas as bacias das áreas dos reservatórios dos sistemas citados.

188
M a p a 11 - M i c r o b a c i a s H i d r o g r á f i c a s e M a n a n c i a i s d e A b a s t e c i m e n t o P ú b l i c o
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
35°30'W 35°20'W 35°10'W 35°0'W 34°50'W
220000 235000 250000 Rio 265000 280000 295000
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35°30'W 35°20'W 35°10'W 35°0'W 34°50'W

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Áreas de Influência do Meio Físico Mananciais de Abastecimento Público - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014

AT L Â
PB
Sede Municipal ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Limite das Microbacias Hidrográficas - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Limite Municipal AID - Área de Influência Direta (500 m)
Adaptado de IBGE, 2005
Hidrografia AII - Área de Influência Indireta (5 km)

N T I
Recife - Limite Municipal: IBGE, 2010
1:250.000
O
8°S

Curso d'água - Sistema Viário: Adaptado de IBGE,


TI C

2013
ÂN

Massa d'água

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PE
0 2 4 8 km
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

- Mananciais: SKILL, 2014 Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM


NO

- Microbacias Hidrográficas: SKILL, Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°


EA

2014
OC

SIRGAS 2000
AL - Áreas de Influência: SKILL, 2014 out/2014
9°S
É possível observar que das seis bacias hidrográficas apresentadas,
três delas não serão influenciadas diretamente pelo Arco Metropolitano, por
não receberem contribuições hídricas dos córregos e rios que se encontram
na AID do empreendimento: (i) Reservatório do Rio Tapacurá; (ii)
Reservatório do Rio Goitá e; (iii) Reservatório do Rio Muribara.

Desse modo, devem ser dadas atenções especiais para os cursos


hídricos presentes nas bacias dos Rio Gurjaú, Rio Várzea do Una e Rio Duas
Unas, por serem mais sensíveis no sentido de abastecimento de água para
consumo humano.

O Arco Rodoviário terá interação direta, portanto, em algumas partes


constituintes dos sistemas Gurjaú e Tapacurá, dois sistemas de
abastecimento de água, ora seja com cruzamentos no trecho de montante
dos reservatórios, onde os eventuais rebatimentos negativos estão
relacionados com alteração da qualidade d’água, ora seja com cruzamentos
a jusante do reservatório, onde as implicações estão relacionadas com a
abertura das pontes, que deverá considerar eventuais aberturas de
comporta e/ou eventos máximos decorrentes da operação dos
reservatórios. Ao todo, o Arco terá interação com sete (7) açudes e
reservatórios da RMR conforme se ilustra no diagrama unifilar apresentado
a seguir.

Tais sistemas têm como finalidade primordial o abastecimento hídrico


de comunidades urbanas e rurais da RMR, sendo, em alguns casos, também
utilizados para irrigação. A seguir são descritos os reservatórios de
acumulação integrantes dos sistemas de abastecimento supracitados. Esses
reservatórios estão na Área de Proteção de Mananciais de Interesse da
Região Metropolitana do Recife (Lei estadual no 9.860/86).

• Sistema Gurjaú

Está constituído pelos Açudes São Salvador, Sucupema, São Braz e


Gurjaú, integrantes da bacia hidrográfica do Rio Pirapama – o primeiro
localizado no Município de Moreno, o segundo no Município de Jaboatão
dos Guararapes e o terceiro, no Município do Cabo de Santo Agostinho.

De acordo com a COMPESA (2007), o Sistema Gurjaú produz cerca de


9% do volume distribuído na RMR, dos quais 7% são distribuídos no
Município do Cabo de Santo Agostinho (Ponte dos Carvalhos e Pontezinha),
36% na cidade do Recife e 57% no Município de Jaboatão dos Guararapes
(Vila da Muribeca, Distrito Industrial de Prazeres, Jordão, Candeias, Piedade
e Barra de Jangada).

191
Figura 32 - Diagrama Unifilar de Reservatórios da COMPESA ao longo do Arco Viário.

Segundo informações constantes no site da COMPESA, a captação do


Sistema Gurjaú é feita em uma pequena barragem construída em 1918 com
reduzida capacidade de regularização (1.100l/s) e cuja principal função
é a de elevar o nível da água até a cota em que se encontra a estação de
tratamento. A bacia hidrográfica a montante da captação é de 144 km² e a
regularização, propriamente dita, é feita logo a montante no Rio Sucupema,
através de uma pequena represa com 3,2x10 6m³ (Barragem de Sucupema,
construída em 1944/1946), estando esta última recebendo contribuições
dos açudes de São Salvador e São Brás.

192
Embora todo o sistema esteja inserido na área de abrangência da
Unidade de Conservação Matas do Sistema Gurjaú, apenas o Açude Gurjaú
tem a Área de Preservação Permanente (APP) ocupada no todo com
cobertura florestal, o que não ocorre na borda oeste do Açude Sucupema e
em todo o entorno do Açude São Salvador cuja cobertura florestal foi
substituída por lavouras.

• Sistema Tapacurá

O sistema Tapacurá abrange os reservatórios Duas Unas, Tapacurá,


Várzea do Una e Goitá, e atende aos municípios de Jaboatão dos Guararapes
(com 2% da distribuição), São Lourenço da Mata (com 3% da distribuição),
Camaragibe (com 6% do volume distribuído) e Recife (com 89% do total
distribuído) (COMPESA, 2007).

Reservatório Duas Unas – Localizada na bacia do Rio Jaboatão, a


barragem Duas Unas situa-se ao norte do núcleo urbano de Jaboatão (antiga
sede municipal), Município de Jaboatão dos Guararapes. Construído pela
CISAGRO, em 1977, com a finalidade de abastecimento público, o
reservatório em causa tem capacidade máxima de 24.200.000 m³ de água e
bacia de contribuição com 75 km², abrange terras dos municípios de
Moreno, Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata (COMPESA,
2007).

Embora situado em Área de Proteção de Mananciais (Lei Estadual no


9.860/86) e localizado em terras pertencentes à Companhia Pernambucana
de Saneamento (COMPESA), o citado reservatório, tem suas APPs ocupadas
com granjas de lazer, moradias de posseiros, lavouras de cana-de-açúcar e
culturas de subsistência, e como consequências a poluição hídrica por
descargas sanitárias e lixo orgânico das casas construídas às margens do
manancial, além da inexistência da cobertura vegetal indispensável para
proteger o corpo hídrico de assoreamento.

Reservatório Tapacurá – É o maior reservatório do Sistema Tapacurá


e localiza-se entre o médio e baixo curso do rio homônimo, tributário do
baixo curso do Rio Capibaribe pela margem direita. Construída pelo
Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), no período 1969-
1973, no Município de São Lourenço da Mata, a barragem de Tapacurá tem
capacidade máxima de acumulação de 94.200.000 m³ e cumpre a dupla
finalidade de abastecimento e controle de enchentes (COMPESA, 2007).

Sua bacia e contribuição totalizam 360 km² e abrange parte dos


municípios de São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Pombos,
Gravatá e Chã Grande (UFPE, 2000). Abriga em suas margens a Estação
Ecológica do Tapacurá pertencente à Universidade Federal Rural de

193
Pernambuco e três Unidades de Conservações estaduais (a Mata do Toró, a
Mata do Camucim e a Mata do Oiteiro do Pedro), dois Projetos de
Assentamento de Reforma Agrária (Santo Antônio e Engenho Poço Sagrado)
bem como granjas e fazendas.

Reservatório Várzea do Una – Localizada no município de São


Lourenço da Mata, a barragem de Várzea do Una foi construída, em 1993
pela Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), com a
finalidade de abastecimento de água. Tem capacidade máxima de
acumulação de 11.568.000 m³ de água sendo o menor reservatório, dentre
os quatro, que integram o Sistema Tapacurá. Sua bacia de contribuição
totaliza 37,5 km² e se estende aos municípios de São Lourenço da Mata e
Moreno. Contribui com 5% do volume produzido na RMR, atendendo aos
municípios de São Lourenço da Mata e Camaragibe com, respectivamente,
80% e 20% do total produzido pelo reservatório (COMPESA, 2007;
PERNAMBUCO, 2006). Circundado por assentamentos de reforma agrária e
canaviais, o referido corpo hídrico, tem a APP ocupada por lavouras até
mesmo no trecho inserido na UC estadual Mata de Tapacurá.

Reservatório do Goitá – Construída pelo Departamento Nacional de


Obras e Saneamento (DNOS), no período 1976-1978 (SUASSUNA, 1999),
com a finalidade principal de contenção de enchentes na RMR, a barragem
de Goitá localiza-se no Município de Paudalho, no baixo curso do Rio Goitá.
Sua bacia hidrográfica de 420 km² estende-se pelos municípios de
Paudalho, São Lourenço da Mata, Glória do Goitá e, abrangendo também,
um pequeno trecho dos municípios de Passira e Pombos. O volume de
acumulação permitido pela CODECIPE é 52.000.000 m³ dentro da faixa de
segurança para atenuação de enchentes, mas tem capacidade de
70.000.000 m³ na cota do vertedouro (COMPESA, 2007). A presença de
posseiros (granjas e sítios com culturas de subsistência) e de
assentamentos de Reforma Agrária são formas de ocupação encontradas na
maior das áreas de APP do reservatório.

Recursos Hídricos Superficiais na AID

Bacias Hidrográficas e Características Físicas - Dentre os principais


cursos hídricos que estão na AID do projeto, devem ser destacados aqueles
que cruzam a rodovia, já mencionados anteriormente. São eles: (i) Rio
Jaboatão; (ii) Rio Tapacurá e; (iii) Rio Goitá. Ainda, entre as principais micro-
drenagens que cortam o eixo da rodovia na região, são destacados: (i)
Afluente do rio Duas Unas 1; (ii) Afluente do Rio Gurjaú 1; (iii) Afluente do
Rio Jaboatão 1; (iv) Afluente do Rio Jaboatão 2 e; (v) Afluente do Rio
Tapacurá 1. Ressalta-se também o tangenciamento que o rio Várzea do Una
apresenta com a rodovia, chegando a uma distância de 50 metros do eixo.

194
Estruturas Hidráulicas Inseridas - Não foram encontradas estruturas
hidráulicas relativas a abastecimento público relevantes na AID do
empreendimento.

Recursos Hídricos Superficiais na ADA

Bacias Hidrográficas e Características Físicas - Todos os recursos


hídricos presentes na ADA são os mesmos que os presentes na AID,
inclusive o Rio Várzea do Una, que tangencia a rodovia a uma distância de
aproximadamente 50 metros nas coordenadas 35°8’33’’ W 8°4’6’’ S.

Qualidade d’água e enquadramento na ADA - A qualidade final de um


determinado manancial pode ser entendida como o resultado da inter-
relação de inúmeros fatores de natureza física, tais como o clima, a
hidrologia, a hidrogeologia, cobertura vegetal local; de natureza antrópica,
tais como dos tipos de uso e ocupação do solo na Bacia, da quantidade e
qualidade das descargas de efluentes domésticos e/ou industriais sem
tratamento; e da disposição inadequada de resíduos sólidos de origem
urbana, industrial e de serviços de saúde.

A avaliação da qualidade dos mananciais superficiais envolvidos


neste trabalho foi realizada através da coleta e análise de amostras de
águas captadas diretamente nos mananciais atravessados pelo Arco,
conforme dados de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
O enquadramento foi realizado a partir da avaliação de um conjunto de
parâmetros-chave apresentados e comparados com a Resolução CONAMA
Nº 357 de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Conforme apresentado nos resultados do Quadro 31, para as águas


subterrâneas ou subsuperficiais verificou-se que apenas o ponto P1
apresentou classe I sendo que os demais pontos (P3, P6) foram
enquadrados na classe III. O parâmetro-chave de classificação foi o fósforo
indicando contaminação dessas águas, muito provavelmente por
fertilizantes fosfatados. Para as amostras de águas superficiais
propriamente ditas, apenas os pontos P2 e P4 apresentaram
enquadramento como classe II. Os demais pontos P5, P7 e P8 apresentaram
enquadramento como classe III. Novamente o fósforo foi o parâmetro-chave
do enquadramento demonstrando a influência, da atividade da monocultura
da cana- de-açúcar, na qualidade da água do entorno.

Destaca-se, entretanto, que tanto para as amostras de águas


subterrâneas quanto às subsuperficiais os níveis de contaminação por
matéria orgânica foram bastante baixos, assim como os níveis de nitritos e

195
nitratos. Os níveis de oxigênio dissolvidos foram bastante elevados
demonstrando assim, que esses mananciais encontram baixo nível de
impacto ambiental por disposição inadequada de efluentes, apesar destes
serem utilizados para este fim.

Entretanto, de todos esses problemas observados, a qualidade das


águas desses principais mananciais ainda apresenta qualidade
relativamente boa, e as alterações já observadas podem ser consideradas
de magnitude mediana. Vale ressaltar que a qualidade da água varia em
função de uma infinidade de fatores. Em alguns períodos do ano, sobretudo,
na época de estiagem, a redução de volumes de chuvas e a consequente
redução dos volumes de águas nas bacias podem ocasionar quedas
drásticas na qualidade da água dos mananciais.

Recursos Hidricos Subterrâneos na AII, AID e ADA

Caracterização Geológica dos Aquíferos Locais - Do ponto de vista da


acumulação e movimento da água subterrânea, as rochas podem ser
divididas em dois grandes grupos: As rochas porosas e as fraturadas. O
primeiro grupo é formado por sedimentos essencialmente arenosos e o
segundo pelas rochas cristalinas (plutônicas, vulcânicas e metamórficas) e
os calcários (cristalinos ou sedimentares). Nas rochas porosas a água
preenche o espaço vazio entre os grãos, enquanto nas fraturadas, como o
próprio nome diz, ela preenche as fraturas. Os meios porosos se
caracterizam pela continuidade, ou seja, um poço que bombeia um aquífero
arenoso, pelo menos em tese, afetará todos os outros poços existentes
naquele aquífero. Já o meio fraturado caracteriza-se pela descontinuidade.

Muitas vezes poços próximos, dez metros e às vezes menos, não têm
conexão hidráulica, ou seja, nessas condições, o bombeamento de um poço
pode não afetar outro. É comum no meio fraturado a existência de poços
próximos, sendo um com boa vazão e outro seco, ou com baixa vazão. É
comum também variação significativa na qualidade da água entre poços
próximos.

Segundo o mapa Geológico do Estado de Pernambuco (CPRM, 2001)


tanto na AII como na AID e na ADA ocorrem predominantemente rochas
cristalinas, tal como mostrado no Mapa 12 com a porção sedimentar
compondo uma pequena parte das áreas de influência, ao sul. Na porção
sedimentar ocorre o aquífero de Barreiras, enquanto que na área do
embasamento as águas estão armazenadas na parte mais rasa, do manto
de alteração, podendo atingir espessuras da ordem de 30 metros
(IDRC/FADE/UFPE, 1998).

196
Quadro 31 - Resultados das análises de água na área de influência do empreendimento*.
Parâmetros U n id ad e P-0 1 P-0 2 P-0 3 P-0 4 P-0 5 P-0 6 P-0 7 P-0 8 Ld Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
Cor aparente uH <5 10 10 20 20 <5 20 20 5 - - - -
Turbidez uT ND ND ND 9,5 5,8 ND 10,7 15,2 0,6 40 100 100 -
pH - 6,7 7,3 7,3 7,6 7,7 7,7 7,9 7,9 - 6,0-9,0 6,0-9,1 6,0-9,2 6,0-9,3
Condutividade elétrica uS/cm 33 34 62 70 164 93 235 437 - - - - -
Sólidos Totais mg/L 16 17 34 39 95 50 117 236 1 - - - -
Dissolvidos
Sólidos suspensos mg/L <1 <1 <1 1 <1 <1 2 3 1 VA VA VA VA
Amônia mg N-NH3/L ND ND ND ND ND ND ND ND 0,04
Nitrato mg N-NO3/L ND ND ND ND ND ND ND ND 0,05 * * ** -
Nitrito mg N-NO2/L ND ND ND ND ND ND ND ND 0,002 10 10 10 -
Nitrogênio Total mg N/L ND ND ND ND ND ND ND ND 0,05 1 1 1 -
Cloretos mgCl/L 9,8 10 12,5 13 26 11,5 26 80 0,02 - - - -
Sulfato mgSO4/L 0,7 0,7 3,3 6,3 5 4,2 3,1 0,7 0,06 250 250 250 -
Potássio mg K/L 1,2 1,2 1,6 1,2 1,2 1,6 1,6 3,9 0,08 - - - -
Fósforo Total mg P/L 0,04 ND 0,972 0,085 0,718 0,913 0,405 0,278 0,03 0,1 0,1 0,15 -
Ferro Total mg Fe/L 0,08 0,43 0,08 1,52 1,66 0,16 2,06 0,87 0,01 - - - -
DBO mg O2/L 3,6 3,1 3,1 3 3,2 3,2 9,6 8,7 2 3 5 10 -
DQO mg O2/L <10,0 <10,0 <10,0 <10,0 <10,0 <10,0 18,3 26,9 10 - - - -
OD mg O2/L 6,9 7,6 4 7,8 7,7 6,4 6,6 6,8 - >6 >5 >4 >2
Coliformes Totais NMP/100 ml <1,8 75000 4000 110000 110000 4000 7000 20000 1,8 - - - -
Escherichia coli NMP/100 ml <1,8 <1,8 <1,8 <1,8 2000 2000 <1,8 9000 1,8 <200 <1000 <4000 -
Classe 1 2 3 2 3 3 3 3

197
M a p a 1 2 - Te r r e n o d e R o c h a s C r i s t a l i n a s e S e d i m e n t a r e s a o L o n g o d o E m p r e e n d i m e n t o O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

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M

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Be
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M
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265000
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Rio

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c
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35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Terreno - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Embasamento Cristalino - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Sedimentos Indiferenciados 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Áreas de Influência do Meio Físico


8°S

Hidrografia - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013


ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Geologia: CPRM, 2008
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
• Aquífero Intersticial da Rocha Cristalina

O manto de intemperismo formado na área estudada é geralmente


argiloso. Não é importante como aquífero, mas, desempenha papel
fundamental na recarga do aquífero fissural sotoposto e na formação de
inúmeras nascentes de água da zona da mata, que alimentam os diversos
cursos d’água. Rios como o Capibaribe que nasce no agreste tem, em seu
alto curso, um regime temporário que muda para perene, na zona da
mata, devido principalmente aos aportes de água do manto de
intemperismo. A recarga desse aquífero é feita diretamente a partir da
infiltração de águas das chuvas.

A porção fissural do embasamento cristalino, por ser um meio


descontínuo, heterogêneo e anisotrópico tem suas limitações como
manancial. Em geral os poços apresentam vazões baixas e há sempre a
possibilidade de poços secos.

• Aquifero Barreiras

Formado por sedimentos areno-argilosos, não consolidados, com


intercalações argilosas e níveis arenosos grosseiros, por vezes sotoposto ou
em contato lateral com os depósitos de cobertura recente, o Aquífero
Barreiras pode ocorrer ora recobrindo as rochas do embasamento
cristalino, ora recobrindo o aquífero Beberibe ou a formação
Gramame/Maria Farinha. É um aquífero livre, podendo localmente
apresentar-se semi-confinado em função da ocorrência de fácies mais
argilosas intercaladas às fácies mais arenosas da formação (Oliveira, 2003).

A potenciometria está condicionada à superfície topográfica da região


onde o mesmo ocorre. Em função da heterogeneidade faciológica destes
sedimentos, a sua porosidade e permeabilidade são também variáveis, de
boa a regular. Condutividade hidráulica média do aquífero de 1,54x10-6 m/s.
A transmissividade varia de 4,05 x 10 -3 m²/s a 3,61 x 10 -4 m²/s. (Oliveira,
2003).

Em geral, sua importância como aquífero é negligenciada em função


da ocorrência de outro aquífero mais produtivo na região, o Beberibe. A
produtividade média dos poços é de 4 a 5m³/h, podendo atingir até 16m³/h.
(Oliveira, 2003). O aproveitamento mais intenso do aquífero Barreiras se dá
no bairro do Ibura, onde há várias empresas de caminhões-pipas e
envasamento de água mineral.

A recarga é a partir da precipitação, ou por infiltração a partir dos


Depósitos de Cobertura. Nos locais onde o aquífero Barreiras encontra-se
sobreposto aos sedimentos da Formação Beberibe, e principalmente em

201
áreas onde predominam os sedimentos arenosos, suas águas recarregam
o aquífero sotoposto (Oliveira, 2003).

• Potenciometria e Descarga dos Aquíferos

Como dito, o meio fissural é complexo, então mapas


potenciométricos elaborados para esse aquífero têm que ser analisados e
interpretados considerando tais limitações. Para a caracterização regional
do fluxo da água subterrânea um mapa de potenciometria se presta muito
bem. Em geral o fluxo da água subterrânea está intimamente ligado à
morfologia verificando-se que as áreas mais altas têm as maiores cargas
hidráulicas e as mais baixas as menores cargas hidráulicas. No Mapa 13 é
apresentado o mapa de potenciomentria do aquífero fissural.

Como resultado esperado, o fluxo geral segue de oeste para leste


e na direção das principais drenagens. No detalhe, com certeza, o arranjo
das direções de fluxo é muito mais complexo, principalmente no entorno
dos reservatórios de acumulação de água como Tapacurá, Goitá e Duas
Unas, cujo acúmulo de água causa uma modificação potenciométrica em
um raio de ação variável.

Em relação à descarga dos aquíferos, conforme anteriormente


mencionado, as vazões específicas dos poços presentes na AII do
empreendimento foram extraídas sem considerar as características dos
poços, mas sim, todos os presentes no sistema SIAGAS, para a área de
interesse. Desse modo, na região se encontram poços que fornecem desde
79 m³/dia até poços com baixas vazões, de 0,24m³/dia, que já são
suficientes para o abastecimento diário de uma pessoa. A vazão mediana
encontrada no local do projeto é da ordem de 10m³/dia.

202
Mapa 13 - Potenciometria do Aquífero Fissural O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no

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M


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35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de
Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Áreas de Influência do Meio Físico Poços - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
Sede Municipal - Sede Municipal: SKILL, 2014 -
PB
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Direção e Sentido do Fluxo da Água Subterrânea Adaptado de IBGE, 2005
Limite Municipal AID - Área de Influência Direta (500 m) 1:150.000
Vazão Específica - Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Hidrografia AII - Área de Influência Indireta (5 km) Vazão máxima: 3 m³/h - Hidrografia: IBGE, 2013
O
8°S

- Poços: CPRM, 2014 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Curso d'água
- Vazão Específica: SKILL, 2014
ÂN

PE
Massa d'água
- Fluxo da Água Subterrânea: SKILL,
AT L

Vazão mínima : 0,01 m³/h Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM


2014
NO

- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°


EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Qualidade das Águas Subterrâneas nas áreas de influência (AII, AID e ADA)

No referido estudo de Moraes & Albuquerque Advogados e


Consultores (2012), foram selecionados, a partir do Sistema de
Informação de Águas Subterrâneas – SIAGAS do Serviço Geológico do
Brasil – CPRM e do Atlas Digital dos Recursos Hídricos Subterrâneos de
Pernambuco, também publicado pela CPRM (CPRM, 2005), poços
construídos em terreno de rocha cristalina da região, sendo: 133 com
informação de profundidade, 88 com informação de vazão e 41 com dados
de condutividade elétrica da água. No Quadro 32 é apresentado um
resumo dessas informações.

Quadro 32 - Informações dos poços na área do embasamento cristalino.


Con d . E lét ric a
Profu n d id ad e ( m ) Vazão ( m ³/h )
( u S /c m )
Máximo 154 30 8000
Mínimo 11 0,1 16
Média 43,74 7,46 845,3
Mediana 42,6 4,25 290
Quantidade 133 88 41

Do ponto de vista da qualidade, 87,8% dos poços apresentaram


água com sólidos totais dissolvidos (STD) abaixo do valor máximo
permitido (VMP) pelo Ministério da Saúde, conforme a portaria 518/04
(vigente na época do referido estudo), que é de 1000 mg/L, o que
corresponde a cerca de 1500 µS/cm. Segundo Santos ( 2008), para obter o
valor do STD se deve multiplicar a CE por um fator que varia entre
0,55 a 0,75. Foi adotado o valor intermediário de 0,65, ou seja, STD =
0,65 x CE. A diferença entre a média e a mediana evidencia o caráter
assimétrico da distribuição, com concentração dos valores para o lado do
mínimo. Valores poucos altos é que são responsáveis pela média de
845,34 mg/L.

Quanto ao levantamento em campo sobre a condutividade, analisando-


se os resultados, do ponto de vista dos sólidos totais dissolvidos, a água
é de excelente qualidade. No Quadro 33 a seguir, são apresentadas as
coordenadas desses pontos e os valores de CE. Já no quadro a seguir
inserido nas metodologias é apresentada a localização dos poços visitados.

Quadro 33- Condutividade elétrica (CE) obtida dos pontos visitados.


Pon t o U TM U TM CE
Dat a
Visit ad o E(m) N( m ) ( u S /c m )
P1 265980 9100149 08/11/2011 07:47
P2 266172 9099753 08/11/2011 07:54 55
P3 266452 9098641 08/11/2011 08:16 56,5
P4 266507 9097606 08/11/2011 08:39 67,1
P5 270821 9094488 08/11/2011 09:22
P6 270910 9094280 08/11/2011 09:28 43,6
P7 276303 9093255 08/11/2011 10:22 45,4

205
Pon t o U TM U TM CE
Dat a
Visit ad o E(m) N( m ) ( u S /c m )
P8 262655 9104989 08/11/2011 11:57 98,3
P9 263394 9107738 08/11/2011 12:20
P10 263286 9106695 08/11/2011 12:34 131
P11 268213 9110293 08/11/2011 12:55
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)

Nos locais das nascentes geralmente são construídos poços


amazonas (cacimbas), para o acúmulo de água e para facilitar a captação,
pelos moradores das redondezas. Em geral essas águas são utilizadas em
todo o consumo das residências, inclusive para beber.

A existência dessas fontes está associada principalmente a boa


precipitação da zona da mata, por volta de 2000 mm/ano. O clima úmido
favorece o desenvolvimento dos espessos mantos de alteração, que podem
acumular volumes de água significativos. A água que se infiltra terá dois
destinos, alimentar o aquífero fraturado mais abaixo ou retornar a superfície
na forma de nascentes. Ao encontrar a rocha sã, sem fratura, a água escoa
para as partes mais baixa do terreno. Antes que seja totalmente drenada
ocorrem novas chuvas realimentando todo o ciclo.

Nos estudos de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores


(2012), foram também realizadas medidas da condutividade elétrica da
água em alguns poços identificados anteriormente. Em todos os casos
aferidos, os teores de sais encontrados foram baixíssimos, inferiores a
85mg/L. Em três desses pontos foram coletadas amostras de água para
análise em laboratório, cujos resultados são apresentados no Quadro 34, a
seguir:

Quadro 34- Resultados das análises físico-químicas.


Pon t os Am ost rad os

Parâm et ro P7 P3 P9 VMP

Cor aparente (uH) <5 10 20 15


Turbidez (uT) ND ND 5,8 5
pH 6,7 7,3 7,7 6,0-9,5 (*)
Condutividade elétrica ( s /c m a 2 5 o C) 33 62 164 !
Sólidos totais dissolvidos (mg/L) 16 34 95 1000
Sólidos suspensos (mg/L) <1 <1 <1 !
Amônia (mg/L N) ND ND ND 1,5
Nitrato (mg/L N) ND ND ND 10
Nitrito (mg/L N) ND ND ND 1
Nitrogênio total (mg/L N) ND ND ND !
Cloreto (mg/L) 9,8 12,5 26 250
Sulfato (mg/L) 0,7 3,3 5 250
Potássio (mg/L) 1,2 1,6 1,2 !
Fosfato total (mg/L P) 0,04 0,972 0,718 !
Ferro total (mg/L) 0,08 0,08 1,66 0,3

206
Pon t os Am ost rad os

Parâm et ro P7 P3 P9 VMP

Demanda bioquímica de oxigênio (mg/L) 3,6 3,1 3,2 !


Demanda química de oxigênio (mg/L) <10 <10 <10 !
Oxigênio dissolvido (mg//L) 6,9 4 7,7 !
Coliformes Totais (NMP/100 ml) <1,8 4000 100000 Ausente
Escherichia coli (NMP/100 ml) <1,8 <1,8 2000 Ausente
Obs.: VMP = valor máximo permitido – Portaria 518/04 Ministério da Saúde; (*) – valor
recomendado; ! – VMP não estabelecido pela Portaria 518/04 nem pela resolução 396/08 do
Conama, Valores em vermelho > VMP.

Na coluna VMP foram usados os padrões da Portaria 518/04 do


Ministério da Saúde e da Resolução 396/08 do CONAMA que estabelecem
padrões e classificações para a água subterrânea. Pela análise do Quadro
34 apenas a água no ponto P7 poderia ser usada sem restrição, de acordo
com os parâmetros analisados. Apesar de ser uma fonte com características
semelhantes às demais, como mostra a Figura 33, não foram registradas a
presença de coliformes totais ou Escherichia coli.

Figura 33 – Foto do poço do P7

As outras fontes apresentaram altas quantidades de coliformes totais,


inviabilizando seu uso direto até mesmo para recreação (Resolução 396/08
CONAMA). Mas, esses resultados já eram esperados, tendo em vista as
condições precárias dessas fontes, sem nenhuma proteção. A surpresa foi a
fonte do ponto P7 ter resultado negativo para presença de coliformes. Do
ponto de vista químico apenas o ferro foi superior ao VMP no ponto P9,
como também a cor e a turbidez, que estão fora do padrão. Nos demais
pontos o problema foi apenas com a presença de coliformes totais. O P9
também foi o único local positivo para a presença de Escherichia coli.

207
O preocupante é que todas as nascentes visitadas têm suas águas
utilizadas para o consumo humano, cujas captações são desprovidas de
proteção sanitária adequada, como mostrada nas fotos apresentadas
anteriormente, e cujas consequências são as altas cargas de coliformes
totais registradas nas análises laboratoriais. De um modo geral, as águas
subterrâneas são de boa qualidade, necessitando apenas de cuidados
sanitários com as obras de captação, e no seu entorno, para serem bem
aproveitadas.

Vulnerabilidade Natural dos Aquíferos

Os trabalhos mais recentes que tratam sobre o tema, como, por


exemplo, Lima Filho e Melo (2004), tratam apenas do aquífero Beberibe na
porção norte da Região Metropolitana do Recife, assim, a abordagem desse
tema terá como base o trabalho da CPRM, 1994, por ser o mais completo e
que abrange toda Área de Influência Indireta (AII) do projeto. No Mapa 14 é
apresentada a vulnerabilidade dos aquíferos na AII, modificado a partir do
mapa da CPRM.

A vulnerabilidade à poluição dos aquíferos, segundo Hirata e


Fernandes, 2008, “pode ser definida em função de um conjunto de
características físicas, químicas e biológicas da zona não saturada e/ou
aquítarde confinante, que, juntas, controlam a chegada do contaminante ao
aquífero”. No trabalho da CPRM, op. cit., foram definidas quatro classes de
vulnerabilidade, a partir de três (3) fatores, que foram:

• Tipo de ocorrência do aquífero, variando dos extremos, livre ou


confinado;

• Tipos litológicos existentes acima da zona saturada, enfatizando seu


grau de permeabilidade;

• Profundidade do nível da água ou do teto do aquífero. Sendo as


quatro classes de vulnerabilidade definidas como:

• Vulnerabilidade Alta - Corresponde às áreas onde ocorre água


subterrânea explotável em aquífero livre, a profundidade inferior a
10 metros, subjacente o material de alta permeabilidade, de fácil
infiltração de elementos poluentes. São as áreas de afloramento
do aquífero Beberibe, por exemplo, apresentando as condições
mencionadas, bem como aquelas áreas ocupadas por depósitos
aluviais, de dunas, terraços marinhos, onde as águas subterrâneas
estão sendo explotadas através de poços rasos.
• Vulnerabilidade Moderada - Corresponde àquelas áreas onde
ocorre água subterrânea explotável a profundidade de 2 a 10 m,

208
subjacente a um material pouco permeável ou onde ocorre
material de alta permeabilidade, em superfície, porém com água
subterrânea explotável a 30 m de profundidade. No primeiro caso
estão às áreas ocupadas por sedimentos indiferenciados da
Planície do Recife e os depósitos flúvio-lagunares. No segundo
caso trata-se da área dos tabuleiros arenosos da porção norte e
noroeste da RMR, zona de recarga do Aquífero Beberibe.
• Vulnerabilidade Baixa - Ocorre onde água subterrânea explotável
está a mais de 40 m de profundidade em aquífero confinado por
material pouco permeável. Correspondem aos locais onde o
aquífero Beberibe é confinado. Também corresponde às áreas
ocupadas pelos sedimentos de baixa permeabilidade das
formações Barreiras e Cabo, pelas rochas alteradas ou não do
embasamento pré-cambriano e pelos calcários das formações
Gramame e Maria Farinha.
• Vulnerabilidade Desprezível - Corresponde às áreas desprovidas
de condições viáveis em água subterrânea explotável, em virtude
da sua ausência ou da qualidade química. São as áreas ocupadas
pelas rochas intrusivas vulcânicas não fraturadas ou ocupadas por
mangues.

No mapa original da CPRM (1994) há três manchas de alta


vulnerabilidade, mas em fase das próprias definições, resumidas acima, e
das visitas de campo, julgou-se mais apropriado retirar essas manchas e
classificar todo o embasamento cristalino como de baixa vulnerabilidade. O
Mapa 14 mostra que a maior parte da AII está em uma área de baixa
vulnerabilidade, de modo que na parte do domínio sedimentar ao norte a AII
está em uma área de moderada a alta vulnerabilidade. A porção de média
vulnerabilidade corresponde aos sedimentos barreiras e a de alta
vulnerabilidade aos afloramentos do aquífero Beberibe, principalmente nas
partes rebaixadas pela drenagem. A pequena porção sedimentar ao sul da
AII também está sobre área de moderada e alta vulnerabilidade.

209
M a p a 1 4 - Vu l n e r a b i l i d a d e d o s A q u í f e r o s n a R e g i ã o d o E m p r e e n d i m e n t o O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
101 101

ibe
101
M

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Rio

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Mumbeca

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Ca p

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Camaragibe
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280000

280000
35°0'W
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35°0'W

060
408

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São Lourenço M
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007
Cabo de Santo

R io Gu rjaú
Agostinho

101

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027 São pe
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Rodrízio Canzanza
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Pirassirioa ra da Luz 232 Arr o

Eng.

ix
Coepe

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265000
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Rio Ip

35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Vulnerabilidade de Aquífero - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Baixa - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Moderada 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Alta - Limite Municipal: IBGE, 2010
O

Áreas de Influência do Meio Físico


8°S

Hidrografia - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013


ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
AII - Área de Influência Indireta (5 km) - Vulnerabilidade dos Aquíferos:
NO

Moraes & Albuquerque adaptado de Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°


EA

CPRM, 1994
OC

SIRGAS 2000
AL - Áreas de Influência: SKILL, 2014 out/2014
9°S
• QUALIDADE DO AR

Área de Influência Indireta

Principais fontes de emissão atmosférica – As principais fontes de


emissão atmosférica são descritas a seguir.

• Queimadas de Cana-de-Açúcar

Na AII a colheita da cana-de-açúcar ainda é feita com a queima da


palha nos canaviais, o que configura um cenário intenso de poluição do ar
na região, principalmente entre os meses de setembro a março. A queima
configura uma fonte difusa de poluição do ar.

Como contexto desta poluição, menciona-se a região de Araraquara


em São Paulo, que vem sendo objeto de numerosos estudos relacionados ao
efeito das queimadas de cana na qualidade do ar, as concentrações de
partículas totais no ar medidas antes da safra e depois dela, naquela região,
deixam bem claro o efeito das queimadas, pois os valores aumentam de
77µg/m³ para 177 µg/m³ o que representa um incremento de 130%.

Figura 34 - Sinais de queimada de cana em ponto próximo do empreendimento.

• Usinas de Cana-de-Açúcar

Inseridas na zona rural, ao longo do Lote 2 do Arco Metropolitano,


foram identificadas duas usinas canavieiras a Usina de Bom Jesus, em Cabo
de Santo Agostinho/PE e a Usina Auxiliadora, em Moreno/PE.

As usinas de cana-de-açúcar constituem fontes fixas de poluição do ar


pela emissão de partículas provenientes da queima das caldeiras, estas
emissões devem atender as disposições da Resolução do CONAMA 382/2006
que estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos

213
para fontes fixas. Na Figura 35, mostra-se a emissão gerada por uma das
usinas identificadas.

Figura 35 - Emissão Atmosférica na Usina Auxiliadora.

Diagnóstico da qualidade do ar a partir de estimativas do INPE para a


RMR - Da Figura 36 a Figura 38 é apresentado o diagnóstico da qualidade do
ar com base nos modelos desenvolvidos por INPE/CPTEC (2014). Os
resultados referem-se especificamente a junho/2014 para os poluentes CO,
O3, NOx e material particulado ao nível vertical de 40 m. A concentração de
CO apresentou valores superiores a 60 ppb, o que pode ser advindo da
combustão incompleta de combustíveis fósseis e pode ser transportado a
longas distâncias.

Figura 36 – Concentração de CO em jun/2014.

214
Figura 37 – Concentração de NOx em jun/2014.

Figura 38 – Concentração de MP2.5 em jun/2014.

Os óxidos de nitrogênio são emitidos em processos de combustão


envolvendo veículos automotores e indústrias, além de processos biológicos
no solo. Em altas concentrações podem provocar danos à saúde, formação
de chuva e danos à vegetação. Conforme Figura 37, o NOx, apresentou
variações significativas, indo de 0,2 ppb até concentração que
ultrapassaram 3 ppb.

O material particulado, especificamente o MP2,5, é gerado por


produção primária e secundária e pode ser transportado a longas distâncias
pela turbulência mecânica. Assim, a dispersão destes poluentes e
consequentemente, a variabilidade dos impactos, decorre principalmente

215
das condições atmosféricas e dos processos meteorológicos em escala
regional e local. De acordo com a Figura 38, o MP2,5 apresentou
variabilidade de aproximadamente 5 ppb com concentração próxima a 13
µg/m³.

Porém as estimativas de emissão geradas pelo modelo do INPE


sofrem alterações pela dispersão de poluentes o que ocorre principalmente
pela produção de turbulência mecânica, causada pelo atrito do ar com a
superfície. Esta forma de turbulência ocorre tanto no período noturno
quanto no diurno e auxilia a dispersão para casos de estabilidade
atmosférica. A turbulência térmica, originada pela radiação solar, também
contribui para a dispersão de poluentes, pois o aquecimento ou
resfriamento do ar gera movimentos verticais que atuam no transporte e na
mistura de poluentes.

A ação conjunta da geração de turbulência térmica e mecânica afeta


o parâmetro conhecido como altura de mistura, que apresenta variações ao
longo do dia. No início da manhã, a incidência de radiação e o fluxo de calor
forçam o crescimento da camada de mistura, a qual atinge a sua máxima
altura no final da tarde. No período noturno a camada de mistura é dada
pela turbulência mecânica, ou seja, pelo atrito do vento, sendo por isso que
no período noturno, a concentração de poluentes é maior nas camadas mais
baixas da atmosfera.

Área de Influência Direta

A qualidade do ar na AID do empreendimento, no contexto regional,


não se difere da definida na AII, principalmente quanto as emissões
atmosféricas relacionadas a queimadas e atividades industriais. No entanto,
podemos destacar na AID o fluxo veicular nas rodovias, estradas vicinais e
caminhos de acesso.

As principais rodovias que cortam o Arco Rodoviário constituem


igualmente fontes lineares de poluição do ar, em decorrência do escape dos
veículos automotores que emitem diversos tipos de poluentes destacando-
se o CO (monóxido de carbono), óxidos de nitrogênio (NOx) e material
particulado (MP). A emissão dos veículos de combustão interna vem
diminuindo ao longo dos anos na mão das novas tecnologias e na
preocupação ambiental das fábricas, aonde a competição pela fabricação de
veículos mais ecológicos vem refletindo em menores consumos de
combustíveis fosseis por quilômetro rodado e menores emissões
ambientais. Entretanto, o percentual maior de emissões provenientes de
veículos automotores provém de veículos maiores com motor diesel, como

216
caminhões e ônibus, onde a renovação da frota é menos dinâmica e as
melhorias em termos de emissões são menos notórias.

Salienta-se, adicionalmente que não somente as rodovias principais


constituem uma fonte de poluição do ar relacionada com o fluxo de
veículos. As atividades canavieiras que se desenvolvem no período da safra
causam severos incômodos para as populações em decorrência da emissão
de material particulado, pois esta atividade coincide com o período mais
seco onde os caminhos de serviço estão ressecos pela intensa insolação.

Figura 39 - Elevação de material particulado pela circulação de veículos canavieiros na AID


do empreendimento.

Área Diretamente Afetada

A qualidade do ar na área diretamente afetada (ADA), assim como


citado anteriormente, não se difere da diagnósticada na AII e AID, para esta
fase do empreendimento. Assim o diagnóstico da qualidade do ar encontra-
se no item de AII e AID.

• RUÍDOS

Os estudos de licenciamento ambiental têm abordado cada vez mais


a questão da poluição sonora de forma mais detalhada. Esse tipo de
poluição se faz cada dia mais presente, seja pelo grande tráfego de
veículos, pessoas, indústrias ou outros fatores emissores. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) considera a poluição sonora como a terceira fonte
de poluição ambiental, somente superada pela poluição do ar e da água,
sendo, portanto, uma questão importante de saúde pública.

217
A seguir o diagnóstico de ruídos será apresentado por área de
influência do empreendimento, tendo como base as informações do estudo
elaborado por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Àrea de Influência Indireta

Durante a fase de obtenção de dados foi realizada na área de


influência indireta do empreendimento a medição em sete pontos,
correspondendo à áreas de plantação de cana-de-açúcar, travessias de
comunidades e povoados e também nas proximidades da rodovia BR 101 e
estradas vicinais da região. A seguir o Quadro 35 apresenta os resultados
obtidos nas medições de cada ponto.

Quadro 35 – Levantamento do nível de ruído na região de influência indireta do Arco


Rodoviário Metropolitano do Recife - Lote 2.
Cód ig o L oc al d e m ed iç ão Nível de Ru íd o em d B( A) Coord en ad a ( U TM)
1 AII 46,4 270053,5 9123805
2 AII 62,2 270522,6 9122204
3 AII 32,4 271113,2 9120881
10 AII 62,4 268445,0 9110710
11 AII 40,8 267798,6 9107947
12 AII 38,1 263207,6 9107925
19 AII 75,4 279756,1 9089554

Com base no quadro acima, os valores mais elevados foram os


pontos 2, 10 e 19 os quais são referentes às medições realizadas próximos
a áreas urbanizadas. O ponto 2 está localizado em área de lavoura de cana
de açúcar, assim, apesar do monitoramento ter apresentado um valor
elevado, se comparado com às demais medições realizadas em locais
parecidos, percebe-se a ocorrência momentânea de alguma variação que
não caracteriza a situação real do local

No ponto 10 as medições também apresentaram valores elevados de


dB(A), o que é justificado pela localização do ponto de medição, a qual foi
realizada no povoado de Nossa Senhora da Luz, cidade de São Lourenço da
Mata/PE. Nesta localidade há um pequeno comércio distribuído, escolas,
posto policial e de saúde, um clube de lazer e uma agência dos correios.

Quanto ao ponto 19, este, encontra-se em uma área com presença de


indústrias e, ainda é fortemente influenciado pelo ruído do tráfego da BR-
101, porém, em seu entorno, também há a ocorrência de florestas, sítios e
fazendas. Os demais pontos não apresentaram valores elevados de decibéis
(dB(A)).

218
Àrea Influência Direta

Na área de influência direta do empreendimento foram realizadas


medições em nove pontos, distribuídos ao longo do trecho da AID, estes
pontos foram medidos em áreas rurais. Salienta-se que devido a indústria
sucoalcooleira, estas áreas estão, em diferentes épocas do ano,
descaracterizadas, uma vez que a movimentação de máquinas, caminhões,
e outros veículos utilizados na plantação e colheita das canas influenciam
diretamento no níveis de ruídos na região

A seguir, o Quadro 36 apresenta os pontos de medição localizados na


área de influência direta do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, em
que é possível ver que os valores de dB (A) medidos não foram tão
elevados, mesmo em alguns casos estando acima do limite definido pela
legislação para áreas de sítios e fazendas.

Quadro 36 – Levantamento do nível de ruído na região de influência direta do Arco


Metropolitano.
Cód ig o L oc al d e m ed iç ão Nível de Ru íd o em d B( A) Coord en ad a ( U TM)
5 AID 34,7 268820,1 9118511
6 AID 40,5 267900,5 9118029
7 AID 46,5 268011,6 9117351
8 AID 34,6 268280,4 9115857
13 AID 37,7 262568,7 9104054
15 AID 44,6 265394,5 9102085
16 AID 32,9 266188,2 9099005
17 AID 50,5 274014,9 9094561
18 AID 50,8 275490,1 9094279

Área Diretamente Afetada

Na área diretamente afetada foram relizados três pontos de medição de ruídos, os pontos
que apresentaram os valores mais elevados foram os pontos 4 e 14 os quais são referentes
às medições realizadas próximo as rodovias (BR-408 e BR-232, respectivamente) desta
forma os maiores valores são atribuídos principalmente ao ruído gerado pelo tráfego de
veículos. O ponto 14, foi o que apresentou o maior nível de pressão sonora entre todos os
pontos monitorados, correspondendo à medição realizada próximo ao entroncamento que dá
acesso a cidade de Moreno/PE. Este elevado valor é decorrente da soma do ruído do trágefo
de veículos da rodovia BR-232 e PE-007. A seguir o

Quadro 37 apresenta os resultados dos pontos monitorados na ADA


do empreendimento proposto.

Quadro 37 – Levantamento do nível de ruído na região de influência direta do Arco


Metropolitano.
Cód ig o L oc al d e m ed iç ão Nível de Ru íd o em d B( A) Coord en ad a ( U TM)
4 ADA 64,5 269324,9 9118961

219
9 ADA 34,9 267814,3 9110860
14 ADA 84,9 265013,5 9102625

8.3. MEIO BIÓTICO

8.3.1. METODOLOGIAS

O diagnóstico do meio biótico apresentado neste capítulo buscou


descrever os temas solicitados no TR/NAIA 03/2014, observando ainda os
acordos estabelecidos em reuniões entre o empreendedor e o órgão
licenciador. Para tanto, a metodologia empregada na busca de dados e
informações considerou fontes bibliográficas e também levantamentos em
campo.

Para a descrição dos temas Unidades de Conservação e Áreas


Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade foram buscadas
informações e bases de dados digital disponíveis nas homepages da
Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco, do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Ministério do Meio
Ambiente.

Em relação à descrição da flora e fauna dos ecossistemas terrestres e


aquáticos foram utilizados os dados dos levantamentos realizados pela
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012) considerando-se as
informações referentes ao trecho correspondente ao Lote 2. Todavia, foi
realizado um novo levantamento fitossociológico nos fragmentos florestais
do Lote 2, conforme descrito a seguir.

Considerando as implicações do RDCi para o processo de


licenciamento e a existência, no momento, de um Anteprojeto de
Engenharia como peça descritiva do empreendimento, destaca-se o
Inventário Florestal, contendo o detalhamento da vegetação a ser
suprimida, com quantificação das áreas de supressão e estimativas de
volumes a serem suprimidos, será apresentado em fase posterior, quando o
traçado e ADA da rodovia tiver caráter definitivo.

• METODOLOGIAS ESPECÍFICAS PARA DIAGNÓSTICO DA FLORA

Área de Influência Indireta – Foi realizada uma caracterização geral da


vegetação por meio do enquadramento fitogeográfico e descrição das
fitofisionomias. Para tanto foram utilizados dados disponíveis em literatura
especializada, em especial do Projeto RADAMBRASIL (Veloso & Góes-Filho,
1982). Adicionalmente, foram utilizadas as informações disponíveis no
EIA/RIMA elaborado por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores
(2012), o qual empregou a análise de imagens de satélite do Google Earth

220
para a identificação prévia de fragmentos florestais e, posteriormente,
aferição em campo para a caracterização geral da vegetação.

Para a composição da lista florística da AII, ou seja, espécies com


potencial ocorrência nesta área, foram utilizados dados disponíveis em
literatura especializada, com foco em estudos conduzidos na região em que
se insere a AII do empreendimento e em áreas com vegetação pertencente
às mesmas fisionomias ocorrentes na AII. Foram consultados os seguintes
estudos feitos nos municípios de Camaragibe, Abreu e Lima, Paulista e
Recife: Guedes (1998), Barreto et al. (2004), CPRH (2006), Ferreira et al.
(2007), Lins e Silva & Rodal (2008), Lucena (2009), Pessoa et al. (2009),
Souza et al. (2009), Leite, (2010); no município de Igarassu: Freire (2004),
Sá e Silva (2004), Alves-Araújo et al. (2008), Silva (2004), Silva et al. (2008),
Brandão et al. (2009), Alves-Araújo & Alves, (2010), Araújo & Alves (2010),
Araújo et al. (2010), Melo et al. (2010), Nascimento (2010), Brandão et al.
(2011). As espécies de potencial ocorrência listadas foram classificadas
quanto ao hábito, origem, distribuição, uso, etc., seguindo os mesmos
procedimentos metodológicos descritos a seguir para a AID.

Área de Influência Direta – A caracterização das condições gerais da


cobertura vegetal foi feita, inicialmente, com base em dados secundários
provenientes do EIA/RIMA elaborado por Moraes & Albuquerque Advogados
e Consultores (2012), cuja equipe empregou tanto a busca de informações
disponíveis em literatura especializada, bem como levantamentos em
campo na área do empreendimento.

Para a caracterização florística da AID, foram utilizadas os dados


apresentados por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)
que tiveram por base estudos abrangendo os municípios de Cabo de Santo
Agostinho e Moreno, como Andrade Lima & Medeiros-Costa (1978), Siqueira
(1997), CPRH (2006), Siqueira et al. (2001), Silva Júnior (2004), Silva (2005);
e abrangendo São Lourenço da Mata, como Andrade & Rodal (2004), Rodal
et al. (2005), Souza (2011). Ressalta-se que os dados de florística de Moraes
& Albuquerque Advogados e Consultores (2012) também incluíram
levantamentos florísticos e fitossociológicos nos fragmentos de vegetação
nativa da área do empreendimento. Os locais amostrados nesses
levantamentos podem ser observados no Mapa 15, que apresenta os pontos
onde foram realizados as amostragens pela equipe de Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012). Todavia, os dados
fitossociológicos desse estudo não são apresentados no presente EIA, uma
vez que foi realizada nova campanha, conforme descrito adiante.

Nos levantamentos florísticos realizados por Moraes & Albuquerque


Advogados e Consultores (2012), foram realizadas observações in loco das

221
espécies vegetais e das tipologias ocorrentes na AID e seu entorno. Em
cada tipologia foram realizadas caminhadas na área e feitas rápidas
descrições sobre o de status de conservação e composição florística
presente. Para designação de cada tipologia reconhecida, foi adotada a
classificação fisionômico-ecológica utilizada pelo RADAMBRASIL (Veloso &
Góes-Filho, 1982). As espécies foram reconhecidas in loco e coletadas
apenas aquelas que necessitassem de identificação em laboratório e/ou que
se caracterizasse por ser mais rara, seguindo as técnicas usuais de
taxonomia segundo Mori et al. (1989). A identificação das espécies arbóreas
foi realizada com o apoio de literatura especializada (LORENZI, 2000;
LORENZI & SOUZA, 2000; LORENZI, 2003; LORENZI & SOUZA, 2005), e
sempre que possível foram feitos registros fotográficos.

As espécies registradas foram classificadas segundo APG III (2009);


sua localização geográfica e nomenclatura foram aferidas conforme a Lista
de Espécies da Flora do Brasil, disponível na homepage do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/), bem como nas
homepages do Missouri Botanical Garden (http://www.tropicos.org) e do
International Plant Names Index (http://www.ipni.org). Os nomes populares
das espécies foram obtidos através de consultas bibliográficas e a partir do
auxílio da população local.

As espécies foram classificadas segundo seu hábito (herbáceo


terrestre e aquático, subarbustivo, arbustivo, trepadeira, epífito e arbóreo);
origem (nativas e exóticas), distribuição geográfica globalmente (ampla,
rara, cultivada, restrita à floresta Atlântica brasileira e ou nordestina,
disjuntas Amazônica, Caatinga, Cerrado e Carrasco, rara localmente e sem
informações encontradas), e distribuição local seguida das áreas de
influência da obra. Nesta pesquisa, foram consultados homepages
específicos para observar a origem e distribuição das plantas nos
ecossistemas e estados brasileiros, bem como sua origem, se nativa ou
exótica, através do site do Jardim Botânico do Rio de Janeiro das plantas
brasileiras, Forzza et. al. (2010 e 2011) (http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/
2011). Quanto à origem (nativa ou exótica), distribuição da espécie (ampla,
disjunta endêmicas, restritas), quanto à ecologia (invasora, ruderais) foram
consultados também Forzza et al., (2010 e 2011); Kissmann & Groth, (2000)
e Lorenzi, (2000, 2003). Quanto à raridade das espécies no país foi realizada
consulta nos estudos de Giulietti et al., (2009).

222
M a p a 1 5 - L o c a l i z a ç ã o d o s P o n t o s d e A m o s t r a g e m d a Ve g e t a ç ã o ( D a d o s S e c u n d á r i o s )
O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Pontos de Amostragem da Vegetação Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Sede Municipal
O

Áreas de Influência do Meio Biótico


8°S

- Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Limite Municipal
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013
ÂN

PE
Hidrografia - Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
Curso d'água - Amostragem de Vegetação: Moraes
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


Massa d'água & Albuquerque, 2012 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
As espécies foram classificadas ainda quanto ao valor econômico-
madeireiro; valor alimentício; valor medicinal; potencial ornamental;
interesse científico; grau de ameaçada. Com base nos conhecimentos
populares e científicos, diversos são os usos das plantas pelas comunidades
locais, de onde são extraídos os mais diversos recursos como potencial
madeireiro, medicinal, ornamental, alimentício e forrageiro, além de tantos
outros usos que as plantas apresentam como legado de um vasto
conhecimento acumulado e transmitido de gerações a gerações. Sendo
assim, pesquisas foram feitas através de literatura pertinente,
principalmente nos estudos de Andrade-Lima (1970), Ferraz et al. (2002),
Pereira et al. (2003) e pela homepage do Centro Nordestino de informações
sobre plantas (CNIP) (http://www.cnip.org.br). Quanto ao status de
conservação, foi consultada a lista das espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção (Instrução Normativa MMA nº 06, de 23 de
setembro de 2008).

Para a caracterização fitossociológica dos fragmentos de vegetação


presentes na AID foi realizada uma campanha entre os dias 30 de setembro
de 05 de outubro de 2014. Para tanto, foi feita uma análise das ortofotos do
Anteprojeto e das imagens de satélite do Google Earth em busca dos
principais fragmentos de Floresta Atlântica presentes na AID, registrando-se
suas coordenadas de referência. Em campo, com auxílio de aparelho GPS os
fragmentos foram localizados, dando-se início aos levantamentos.
Considerando as pequenas dimensões dos fragmentos, as parcelas foram
alocadas em vários fragmentos ao longo da AID. Os pontos de amostragem
da fitossociologia podem ser visualizados no Mapa 16 e as coordenadas de
cada parcela no Quadro 38. As imagens das figuras a seguir apresentam o
aspecto da vegetação nos fragmentos das amostragens fitossociológicas.

Quadro 38 – Localização das parcelas do levantamento fitossociológico do componente


arbóreo – campanha out/2014.
Parc ela E stágio sucessional Coord en ad as ( 2 5 L )

1 Estágio Inicial/Médio 268092 9117031

2 Estágio Inicial/Médio 267018 9113013

3 Estágio Inicial 267681 9112486

4 Estágio Médio 262105 9105769

5 Estágio Médio 277319 9092174

6 Estágio Médio 277580 9092367

7 Estágio Médio 274723 9094665

8 Estágio Avançado 268806 9094666

9 Estágio Inicial 267822 9095882

225
Parc ela E stágio sucessional Coord en ad as ( 2 5 L )

10 Estágio Inicial 266345 9100139

Figura 40 - Vista da vegetação no fragmento florestal da parcela 1.

Figura 41 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 2.

226
Figura 42 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 3.

Figura 43 - Vista da vegetação no fragmento florestal da Parcela 4

Figura 44 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 5.

227
Figura 45 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 6.

Figura 46 - Vista da vegetação no fragmento florestal da Parcela 7

Figura 47 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 8.

228
Figura 48 - Aspecto geral do interior do fragmento florestal da parcela 9.

Figura 49 - Vista externa do fragmento florestal da parcela 10.

Foram levantadas 10 parcelas de 10 x 10 m (100 m²), totalizando


uma área de 1000 m² amostrada ou 0,1ha. Nas parcelas, foram registrados
e mensurados todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito
(DAP) ≥ 5,0cm. A altura total foi estimada visualmente com auxílio de uma
estaca com tamanho conhecido.

Com os dados coletados foram feitas análises usuais em


fitossociologia e estimadas medidas de diversidade. Foi calculada a
densidade, a frequência e a cobertura (absolutas e relativas), o valor de
importância e o valor de cobertura (MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG,
1974) das espécies. Também foi avaliada a riqueza, a diversidade específica
(H’ de Shannon) e a equabilidade (J’ de Pielou) (MAGURRAN, 1988).

229
A riqueza do componente arbóreo foi avaliada por meio de curva de
rarefação. Curvas de rarefação, muito utilizadas ultimamente para
avaliações de riqueza e diversidade, são produzidas pela reamostragem
repetida e aleatória do “pool” de indivíduos ou amostras, determinando o
número médio de espécies representados por 1, 2, ... n indivíduos ou
amostras. Assim, a rarefação gera o número esperado de espécies em um
pequeno conjunto de n indivíduos (ou n amostras), obtido ao acaso a partir
do total de indivíduos (ou amostras) (SIMBERLOFF, 1978; GOTELLI &
COLLWEL, 2001). Em termos estatísticos para avaliação de riqueza de
comunidades, interessa que cada amostra possa ser considerada uma
amostra aleatória do mesmo universo. Na prática, isso significa que a ordem
das amostras no tempo ou seu arranjo no espaço não tem importância. Esta
é uma característica diagnóstica dos tipos de conjuntos de amostras
utilizados por ecólogos para estimativa da diversidade local.

Curvas de rarefação baseadas em indivíduos podem ser utilizadas


para produzir uma curva suave que estima o número de espécies que se
observa para qualquer número menor de indivíduos, sob a hipótese de
aleatorização dos indivíduos (COLLWEL et al., 2004). A acumulação
sequencial de indivíduos em uma só amostra, ou o agrupamento sucessivo
de amostras, produz uma curva de acumulação de espécies (ou curva
espécies x área, ou curva coletor), porém esta não será uma curva suave
como a de rarefação devido à heterogeneidade espacial ou temporal
(HURLBERT, 1971; SIMBERLOFF, 1972; HECK et al., 1975). A curva de
rarefação foi elaborada utilizando-se o programa EstimateS 8.00 (COLLWEL,
2006).

230
M a p a 1 6 - L o c a l i z a ç ã o d a s Á r e a s A m o s t r a i s d e Ve g e t a ç ã o ( C a m p a n h a O u t - 2 0 1 4 )
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000
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35°0'W
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35°10'W
35°10'W

9120000 9105000 9090000


8°0'S 8°10'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Amostras - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Estágio Inicial - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:100.000
Estagio Inicial/Médio Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
Estágio Médio
O

Áreas de Influência do Meio Biótico


8°S

Hidrografia - Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Estágio Avançado IBGE, 2013


ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Áreas Amostrais de Vegetação:
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Adicionalmente às curvas de rarefação, a riqueza observada (S obs) foi
comparada com a riqueza dos estimadores não paramétricos Jackniffe 1
(S Jack1) e Bootstrap (S Boots) (HELTSCHE & FORRESTER, 1983; SMITH & VAN
BELLE, 1984; PALMER, 1990; COLLWEL & CODDIGTON, 1994). Para tanto
também foi empregado o software EstimateS 8.00 (COLLWEL, 2006).

O reconhecimento em campo dos estágios sucessionais da vegetação


levou em consideração as características topográficas do terreno, altura
média das árvores, presença ou não de dossel, presença e altura de sub-
bosque, amplitude das classes diamétricas, presença e altura do estrato
inferior, estado de conservação da área, presença de epífitas e trepadeiras,
camada de serapilheira, diversidade biológica de espécies arbóreas e
presença ou não de plantas invasoras, segundos a Resolução CONAMA nº
001/1994. Todos os fragmentos florestais são do tipo Floresta Ombrófila
Densa, que no corpo do texto serão denominados de floresta Atlântica.

Ressalta-se que os levantamentos fitossociológicos que foram


efetuados ao longo do Lote 2 do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife
objetivaram fornecer informações estruturais gerais. Adicionalmente a isto,
salienta-se que as parcelas foram lançadas ao acaso nos fragmentos
vegetais encontrados na AID, e não necessariamente correspondem a
pontos de supressão de vegetação. Assim, na próxima fase do
licenciamento, quando o projeto de engenharia apresentar o traçado e ADA
definitivos, deverá ser elaborado o inventário florestal, contemplando
intensidade amostral censitária com realizando parcelas em cada um dos
fragmentos a serem suprimidos.

Área Diretamente Afetada – A ADA também foi contemplada nos


levantamentos florísticos que foram descritos para a AID, uma vez integra
esta última e que alguns fragmentos se extendem para a área de
intervenção das obras. Além disso, os fragmentos que ocorrem na ADA
correspondem às mesmas fitofisionomias existentes na AID. Assim, os
levantamentos e resultados obtidos para a AID também correspondem ao
cenário da vegetação na ADA.

Para a ADA, foi quantificada, por meio de imagens de satélite e


análise da cobertura vegetal e classes de uso do solo, a área dos
fragmentos florestais a serem afetados. Esta quantificação, todavia,
apresenta caráter preliminar, uma vez que a ADA considerada neste EIA é
baseada no Anteprojeto de Engenharia, cujo traçado ainda não é definitivo,
devendo, portanto, haver consolidação destes quantitativos o âmbito do
Inventário Florestal a ser elaborado.

233
• METODOLOGIAS ESPECÍFICAS PARA DIAGNÓSTICO DA FAUNA

O presente diagnóstico foi baseado nos levantamentos elaborados


por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). A partir desses
dados foi feita uma revisão considerando-se as informações
correspondentes ao trecho do Lote 2 do Arco Rodoviário. Assim o
diagnóstico, compilado e revisado pela equipe da Skill Engenharia, tem o
objetivo de caracterizar a fauna da região onde se insere o
empreendimento, contribuindo no diagnóstico do estado de conservação
dos ecossistemas locais como forma de subsidiar a avaliação de impactos e
proposição de medidas mitigadoras do empreendimento.

Com o objetivo de possibilitar uma análise dos resultados,


procurando, sempre que possível, que os locais amostrados fossem os
mesmos para todos os grupos de vertebrados terrestres, o levantamento
realizado por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)
selecionou as áreas de estudo na AID do empreendimento em virtude da
ocorrência dos fragmentos de vegetação. A escolha dessas áreas
considerou os pontos relevantes em termos ambientais destacados pelos
técnicos do CPRH durante as tratativas da equipe dos levantamentos, bem
como, amostrar as principais fitofisionomias presentes na região. A
localização das áreas de amostragem estão apresentadas no Mapa 17.

A caracterização da fauna potencial da região do empreendimento foi


baseada na associação entre os dados primários coletados durante a
campanha de campo (estação seca), as informações da literatura específica
sobre o atual conhecimento dos grupos de vertebrados para a região de
estudo, e o panorama ambiental da mesma. A partir disso, considerando os
requisitos ambientais de cada espécie, a disponibilidade e o estado de
conservação dos ambientes naturais locais, especulou-se sobre a
diversidade e riqueza da fauna das áreas de influência do empreendimento.

Para a identificação do status de conservação das espécies foi


verificada a Lista Nacional das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção,
elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008). O diagnóstico foi
feito mediante anuência do CPRH: Autorização Ambiental nº
04.12.02.0006748 com validade para abril de 2012 (Anexo 4).

A seguir são apresentadas as metodologias específicas para cada


grupo faunístico. Os estudos foram concentrados na AID. Ressalta-se que
para a fauna, não foi feita distinção entre AII, AID e ADA para os
levantamentos, uma vez que a realidade presente na AID em termos de
fauna é a mesma para a AII e ADA, já que a paisagem é semelhante nessas
três áreas, conforme descrito no diagnóstico da vegetação.

234
Herpetofauna

O levantamento da herpetofauna, consistiu na utilização das


seguintes metodologias: procura visual acústica, pitall, a seguir as
presentes metodologias serão detalhadas.

A Procura visual e acústica consiste em estabelecer em cada sítio de


amostragem um transecto principal de 2 km, e transectos secundários
transversais a cada 250 m, com comprimentos variados. Esta técnica
consistiu no deslocamento lento do pesquisador por um transecto principal,
tomando nota todos os indivíduos avistados ou ouvidos em uma faixa de até
1 m de cada lado dos transectos estabelecidos. Os microambientes como o
folhedo, troncos caídos, aglomerados de pedras, poças de água temporárias
ou permanentes, e a vegetação deverão ser vistoriados minuciosamente.

Cada transecto principal foi percorrido por dois pesquisadores, um em


cada lado do transecto, por um período limitado em 2 horas, no mínimo três
vezes a cada estação de coleta (manhã, tarde e noite), de forma que cada
área estudada recebesse o mesmo esforço amostral. Desta forma, com a
coleta de dados padronizada poderão ser obtidos dados sobre riqueza em
espécies e a abundância relativa, entre os diferentes horários nas áreas
investigadas. Os transectos secundários também foram amostrados por este
método, neste caso, a vistoria foi realizada por um ou mais pesquisadores.

As Armadilhas de interceptação e queda consistiram na instalação de


uma linha de armadilhas em cada área de amostragem, sendo a primeira
linha de armadilhas instalada paralelamente ao transecto de 2 km (da
procura visual), a 500 m do início deste, enquanto que a segunda linha foi
instalada a 1.500 m do ponto inicial do transecto principal. A distância
mínima entre o transecto e as linhas de armadilhas foi menor que 10 m.

Cada estação amostral foi composta por cinco conjuntos em formato


de “Y”, com quatro baldes de 30 litros enterrados no solo, distantes 5
metros um do outro, interligados por uma cerca-guia de 0,7 m de altura.
Para cada área amostral foram utilizados 20 baldes. Cada balde conteve em
seu interior uma proteção contra o afogamento e dessecação (bandeja de
isopor com água), sendo inspecionados ao menos uma vez ao dia. As
armadilhas permaneceram abertas por sete noites por campanha,
possibilitando calcular o esforço amostral por área de amostragem.

Os indivíduos capturados foram identificados, fotografados e soltos


pelo menos a 100 m das linhas de armadilhas. No máximo dez indivíduos de
cada espécie de anfíbios e cinco de répteis foram coletados em cada sítio
amostral para permitir a correta identificação. Os espécimes-testemunho de
anfíbios e répteis coletados foram acondicionados em sacos de plástico e/

235
ou tecido úmido e transportados até a base de apoio, onde os espécimes
foram preparados.

Para os anfíbios foi utilizada a ação prolongada de Xylocaína a 2%


aplicada ventralmente, ou mergulho em solução Lidocaína (100-150 mg/litro
de água). Os répteis de pequeno porte foram anestesiados e mortos com
cloridrato de xilazina (1 mg/ Kg de peso corporal) ou clorobutanol
(AURICCHIO & SALOMÃO, 2002). (McDIARMID, 1994; THURMON et al., 1996;
HERPETOLOGICAL ANIMAL CARE AND USE COMMITTEE (HACC) OF THE
AMERICAN SOCIETY OF ICHTHYOLOGISTS AND HERPETOLOGISTS, 2004). Em
seguida os indivíduos receberam injeção de solução de formalina comercial
a 10% para fixação dos tecidos, posteriormente foram conservados em
álcool a 70%. Por fim, foram identificados e depositados na coleção
herpetológica da Universidade Federal de Alagoas (MUFAL), em Maceió.

Avifauna

Para o diagnóstico da avifauna nas estações amostrais


estabelecidas ao longo de trechos das principais fitofisionomias na AID,
estradas ou trilhas foram percorridas a pé, parando-se a intervalos
regulares para o registro das espécies de aves. Estes registros basearam-
se em observações visuais, feitas com auxílio de binóculo (modelo
compacto Nikon, de poder 8x42) e documentadas quando possível
fotograficamente, e na identificação de vocalizações registradas com um
minigravador Olympus.

Foram feitos registros durante a madrugada-manhã,


aproximadamente entre 04h30min e 09h30minh e no final da tarde, entre
15h e 19h, evitando-se os momentos mais quentes, nos quais as aves se
tornam mais quietas. Foram realizadas campanhas de campo, com a
duração efetiva de 08 (oito) dias em cada setor do Arco.

Para as capturas, redes ornitológicas (mist nets) foram utilizadas


redes de 09 m e 12 m de comprimento, com malha de 2,5 cm, dispostas em
linha, em cada estação amostral, as quais permaneceram abertas entre
aproximadamente 5h e 10h e novamente entre 15h e 18h. Serviram para
registrar espécies de aves taciturnas, na impossibilidade de detectá-las por
meio visual e auditivo (bioacústica), e de avaliar melhor a sistemática de
espécies consideradas taxonomicamente difíceis, como, por exemplo, o
grupo dos tiranídeos pequenos, guaracavas e cucurutadas (gênero Elaenia e
outras), caso as mesmas não vocalizem no período de censos. Parte do
material capturado foi fotografado e parte taxidermizado sendo depositado
nas coleções ornitológicas de referência. Durante a atividade de inventário

236
foram obtidas informações acerca dos habitats de ocorrência e de eventuais
sinais de reprodução.

Mastofauna Alada

Para o levantamento da quiropterofauna foram utilizadas 08 redes


de neblina de 12 m x 2,5 m, malha de 36 mm, sendo armadas a uma
altura padrão de 3 m do chão durante o crepúsculo (dezessete horas) e
permanecendo até as vinte e quatro horas (Straube & Bianconi, 2002). O
intervalo de tempo descrito acima é caracterizado por apresentar maior
pico de atividade dos morcegos (Hayes, 1997).

As redes foram armadas em locais prováveis de circulação dos


morcegos como trilhas no interior e nas bordas das matas, nas
proximidades de cursos d’água (rios, açudes, lagos, etc) e próximos a
possíveis fontes de alimentação (pastos, vegetação em frutificação ou
floração, etc). Os morcegos foram retirados da rede em inspeções
regulares realizadas a intervalos de 15-20 minutos. Foram realizadas
também, buscas ativas em prováveis locais utilizados como abrigos
diurnos pelos morcegos, e também foram realizadas entrevistas com
moradores da região, a fim de identificar prováveis locais de abrigos bem
como espécies.

Os morcegos capturados foram fotografados, conforme autorização


de coleta, e as seguintes informações anotadas: espécie (identificação
preliminar de campo), medidas (comprimento total do corpo, da cauda, da
orelha, do pé e do antebraço), data de captura, local de coleta, sexo e
peso.

Mastofauna terrestre

Para os pequenos mamíferos terrestres (marsupiais e roedores) foram


utilizadas 40 armadilhas tipo TOMAHAWK, que capturam o animal vivo. A
eficácia dessas armadilhas está relacionada a uma série de fatores como o
tamanho das mesmas, a isca utilizada, às diferentes composições de
espécies presentes no local ou área a ser amostrada, levando-se também
em conta as condições ambientais (CÁCERES et al., 2010). A escolha das
áreas amostrais para a disposição das armadilhas foi feita de acordo com os
pontos de coleta previamente definidos, sendo revisadas e iscadas a cada
24 horas durante todo o período de coleta, permanecendo armadas durante
o período diurno e noturno para possibilitar a captura de espécies de
mamíferos de diferentes hábitos de vida por, pelo menos, cinco dias
consecutivos. As iscas variam de acordo com o animal que se pretende
capturar podendo ser usados frutas frescas ou secas, tubérculos, pasta de

237
amendoim, bacon, entre outras, para marsupiais e roedores. Para os
carnívoros foram utilizados pedaços de bacon.

As armadilhas TOMAHAWK também são adequadas para animais


maiores como gatos do mato, ticaca e até raposas (AURICCHIO, 2002).
Estava previsto que os animais capturados fossem processados
preferencialmente no campo, posteriormente acondicionados em sacos de
pano e transportados nas próprias armadilhas/gaiolas, realizando-se a
análise de dados bioecológicos, morfométricos (medidas de campo
utilizando paquímetro), sexagem e determinação da massa corporal
(utilizando dinamômetros tipo Pesola), procedimentos necessários para a
identificação da espécie, anotados em fichas de campo.

Após os procedimentos acima, os indivíduos foram soltos nas áreas


de captura. Por outro lado, os animais mortos tanto em caso de acidente
como aqueles de difícil identificação em campo, foram preparados para fins
científicos, preferencialmente pelo processo da taxidermia (AURICCHIO,
2002) e depositados na Coleção de Mamíferos do Departamento de
Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco. Durante a campanha de
campo não foi efetuada nenhuma captura, as armadilhas de queda ou
“pitfalls”, que foram utilizadas pela equipe de herpetofauna, eventualmente
podem capturar pequenos mamíferos terrestres como marsupiais e
roedores.

Uma das técnicas adotadas em levantamentos de mamíferos,


principalmente nos de grande porte, consiste na busca ativa de indivíduos
ou de vestígios que comprovem a ocorrência da espécie na área. Para a
realização desta técnica foram percorridos, a pé ou de carro no horário
matutino, trechos da AID a fim de visualizar espécies bem como de
encontrar evidências que podem incluir rastros, pegadas, tocas, ninhos,
fezes, carcaças, assim como a escuta de vocalizações e identificação de
sinais odoríferos (cheiros). Os pontos de visualizações e de registros de
evidências foram marcados com o auxílio de GPS e, na medida do possível
os espécimes, observados foram fotografados com máquina fotográfica
digital.

Afora os dados primários coletados em campo para a análise da fauna


de mamíferos, também foram reunidos dados produzidos por estudos
anteriores, encontrados na literatura, e pela observação de animais
depositados em coleções científicas que possam indicar quais as espécies
que ocorrem na área. Entrevistas informais foram realizadas com moradores
da área a ser trabalhada.

238
O C E A N O A T L Â N
Mapa 17 - Localização dos Pontos de Amostragem de Fauna
T I C O

ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2


8°0'S 8°10'S 8°20'S
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8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Amostras - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Vertebrados - Fragmento A - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Vertebrados - Fragmento B Adaptado de IBGE, 2005 1:150.000
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Mastofauna Alada - Borda da Mata dos Perdidos - Limite Municipal: IBGE, 2010
- Sistema Viário: Adaptado de IBGE,
O

Áreas de Influência do Meio Biótico


8°S

Hidrografia Mastofauna Alada - Interior da Mata dos Perdidos 0 1,25 2,5 5 km


TI C

2013
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Mastofauna Alada - Sítio Fruta Pão
ÂN

PE Curso d'água - Hidrografia: IBGE, 2013.


AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Mastofauna Alada - Sítio ao Lado da Mata do Camaça -Vegetação: RADAM Vol. 20 e 30, 1980 Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km) - Fauna: Moraes & Albuquerque, 2012
Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
• METODOLOGIAS ESPECÍFICAS PARA DIAGNÓSTICO DAS
COMUNIDADES AQUÁTICAS

O presente diagnóstico foi baseado nos levantamentos elaborados


por Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). A partir desses
dados foi feita uma revisão considerando-se as informações
correspondentes ao trecho do Lote 2 do Arco Rodoviário. Assim o
diagnóstico, compilado e revisado pela equipe da Skill Engenharia, tem o
objetivo de caracterizar as comunidades aquáticas da região onde se insere
o empreendimento, contribuindo no diagnóstico do estado de conservação
dos ecossistemas locais como forma de subsidiar a avaliação de impactos e
proposição de medidas mitigadoras do empreendimento.

Apresenta-se neste item a metodologia realizada para a


caracterização através do levantamento da comunidade de peixes
(Ictiofauna), comunidades planctônicas e vegetais aquáticos (macrófitas
aquáticas) existentes em ambientes aquáticos da área de influência do lote
2 no Arco Rodoviário. Este diagnóstico constitui um inventário dessas
comunidades nos rios Jaboatão, Capibaribe, Goita e Varzea Una inseridos na
AID do empreendimento, objetivando um conhecimento prévio da biota
aquática local em detrimento às medidas mitigadoras e/ou compensatórias
do empreendimento.

A seguir são apresentadas as metodologias específicas para cada


grupo, sendo que os estudos foram concentrados nos principais cursos
d’água com pontos na AID. Ressalta-se que para a biota aquática, não foi
feita distinção entre AII, AID e ADA para os levantamentos, uma vez que a
realidade presente nos cursos d’água da AID em termos de biota aquática é
a mesma para a AII e ADA, já que correspondem as mesmas bacias.

Ictiofauna

Para a amostragem ictiofaunística, com ênfase ao levantamento


qualitativo da ictiofauna, foram empregadas redes de arrasto (5 e 10mm),
tarrafa (1,5cm) e puçá (10mm), adotando lances aleatórios nos diferentes
biótopos passíveis de serem inventariados, de modo a permitir a exploração
de diferentes ambientes, considerando, sobretudo, a dimensão reduzida da
maioria daqueles inventariados (Figura 50), a localização dos pontos de
amostragem estão paresentados no Mapa 18. O tempo e número de
arrastos ou a área varrida pelos mesmos foram computados, de modo a
permitir uma inferência semi-quantitativa dos dados obtidos. Sempre que
possível, foi efetuado 10 lances de tarrafa e 4 arrastos em cada ponto, além
da investida de 20 lances com puçá.

241
Para os indivíduos capturados foram registrados nome, local e
apetrecho predominante com o qual foi capturado. A captura de cada
apetrecho foi separada por espécie e colocada em sacos plásticos com
todas as informações acima referidas, para posterior análise. Todo o
material ictiológico coletado foi fixado com formol a 4%, separado por
amostra e acondicionado em bombonas plásticas e transportado ao
Laboratório de Ictiofauna do Departamento de Pesca e Aquicultura da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Figura 50 - Coleta com rede de arrasto no Rio Tapacurá

Em laboratório, os exemplares coletados foram medidos (mm) e


pesados (g), empregando-se ictiômetro, paquímetro e balança de precisão
(g). A partir de amostras representativas de cada espécie, sendo tomados
dados biométricos básicos, necessários para a identificação, tais como
comprimento total (CT), comprimento padrão (CP), altura do corpo (AC),
comprimento da cabeça (CC), diâmetro do olho (DO) e peso total (PT).
Foram tomados, ainda, dados merísticos, como número de raios das
nadadeiras, número de escamas da linha lateral, número de dentes e
número de rastros branquiais, que juntamente com os dados morfométricos
e suas relações corporais foram utilizadas na identificação taxonômica. Esta
foi efetuada com base em coleção de referência e consulta à literatura
especializada, como Eigenmann&Eigenmann (1890), Eigenmann (1918,
1921, 1927), Eigenmann& Myers (1929), Fowler (1948, 1950, 1951, 1954) e
Britskiet al. (1984). O material coletado foi depositado na Coleção de Peixes
do Departamento de Pesca e Aquicultura da UFRPE, em Recife (PE).

A caracterização da estrutura da comunidade de peixes dos


diferentes ambientes inventariados foi realizada com base na constância da
frequência de ocorrência, riqueza, diversidade, equitabilidade e
similaridade, empregando-se seus respectivos índices, conforme os

242
parâmetros indicados por Krebs (1989), empregando-se os aplicativos
Statistica (Statsoft, 2004) e Ecological Methodology (Krebs, 2000).

A eficiência da amostragem foi avaliada através de indicadores de


riqueza de espécies, empregando os estimadores Mao Tau, ACE, Chao 1,
Jackknife 1 e Bootstrap, com base em 50 randomizações sem substituição
dos dados de abundância de cada estação, empregando o programa
Estimates (COLLWEL, 2010).

Macrófitas Aquáticas

As macrófitas aquáticas são vegetais que habitam desde solos


saturados até ambientes totalmente submersos, tendo em sua maioria se
originado no ambiente terrestre e desenvolvido características adaptativas
para o ambiente aquático ao longo do seu processo evolutivo (Esteves,
1998; Bianchini Jr. et al., 2002; Camargo et al., 2003). Os atributos
adaptativos destes organismos permitem seu crescimento ao longo de um
amplo gradiente de saturação do solo, e possibilitaram sua ampla
distribuição espacial e ocupação de diversos ecossistemas.

Entre os diversos papéis desempenhados pelas macrófitas aquáticas


pode-se citar sua função como hospedeiras para associações com algas
perifíticas e bactérias fixadoras de nitrogênio (Brum & Esteves, 2001;
Esteves, 1998), bem como seu importante papel trófico devido seus altos
conteúdos de proteínas e carboidratos solúveis e sua reduzida fração de
parede celular (Camargo, 1984; Henry-Silva & Camargo, 2003). As
macrófitas também atuam como armazenadoras de nutrientes,
influenciando as características físico-químicas dos corpos d’água (Pagioro &
Thomaz, 1999). A biomassa e nutrientes destes vegetais constituem um
importante fonte de matéria orgânica para a cadeia detritívora de
ambientes aquáticos de regiões tropicais (Bianchini Jr. et al., 2002). Além
disso, este grupo é considerado, juntamente com o fitoplâncton, os
principais vegetais bioindicadores da qualidade da água em ecossistemas
lacustres (lagos, lagoas, rios e reservatórios), uma vez que a variação da
biomassa dessas comunidades está relacionada à características ambientais
dos corpos d'água que habitam (Pott & Pott, 2000). A seguir são
apresentadas as metodologias que foram utilizadas no levantamento das
macrófitas.

O levantamento das macrófitas aquáticas visando o inventário


florístico, foi efetuado mediante amostragem qualitativa nos diferentes
biótopos, com a identificação in situ das espécies nos pontos amostrados.
Exemplares foram coletados para confirmação taxonômica e estimativa da
composição dos estandes, e posterior análise comparativa dos padrões de

243
riqueza e diversidade dos mesmos. A composição dos estandes dos pontos
amostrados foi estimada visualmente, segundo o grau de ocupação de cada
espécie, classificando-as em acidental (<25%), acessória (25 a 50%),
constante (50 a 75%) e dominante (>75%). A estimativa foi realizada
mediante emprego de um quadrado (área= 0,25m2) disposto
aleatoriamente em cada ponto.

O material coletado foi prensado em campo, posteriormente seco em


estufa e montado para a preparação de exsicatas, as quais foram utilizadas
na confirmação dos táxons identificados, mediante análise comparativa com
material depositado no Herbário da UFRPE, e consulta a especialistas e
bibliografia pertinente (e.g. HOEHNE, 1948; POTT & POTT, 2000). Os pontos
amostrados são apresentados no Quadro 39.

A estrutura das comunidades de macrófitas aquáticas foi analisada


segundo seus parâmetros ecológicos (riqueza, diversidade e equitabilidade),
além da similaridade entre locais de coleta, empregando-se os aplicativos
Ecological Methodology (KREBS, 2000). As espécies foram classificadas
quanto à sua constância entre os pontos de coleta: constantes (≥50%),
acessória (25 a 50%) e acidentais (0 a 25%), conforme Dajoz (1983).

Quadro 39 – Posicionamento geográfico (UTM) nos trechos de rios que cortam o percurso do
Arco Rodoviário Metropolitano do Recife.

DE SCRIÇÃO L OCALIZAÇÃO
PONTO I DE COLETA DE ÁGUA – RIO CAPIBARIBE 25M 0270739. 9122028
PONTO II DE COLETA DE ÁGUA – RIO GOITÁ 25M 0268999. 9118345
PONTO III DE COLETA DE ÁGUA – RIO VÁRZEA DO UNA 25L 0263397. 9107849
PONTO IV DE COLETA DE ÁGUA – RIO JABOATÃO 25L 0265530. 9102016

Comunidade Planctônica

As amostras foram obtidas no trecho dos Rios Jaboatão, Capibaribe,


Várzea do Una e Rio Goitá (Mapa 18), que cortam o percurso do LOTE 2 do
Arco Rodoviário Metropolitano do Recife no dia 17/05/2012, entre 09h56min
e 16h07min, de acordo com o Quadro 39. Os pontos de coleta são
mostrados na Figura 51. As amostras foram coletadas na superfície da água,
para os estudos qualitativos usou-se uma rede de plâncton (abertura de
malha de 20mm), coletando-se cerca de 10 L em cada local. As amostras
destinadas ao estudo quantitativo foram obtidas através de coleta de água
(cerca de 200 mL), com imersão de recipiente à superfície da água, tendo
sido coletadas duas réplicas em cada ponto amostrado.

Todo material foi fixado com solução de lugol acético e acondicionado


em frascos de polipropileno, devidamente etiquetados com informações
sobre a coleta. Em laboratório, os táxons foram identificados através de

244
lâminas semi-permanentes e foto-documentados com câmara digital
acoplada ao sistema óptico do microscópio marca Nikon, com sistema de
captura de imagem acoplado.

Para a identificação das diatomáceas foi necessária a limpeza das


frústulas pelo método descrito por Carr et al. (1986). A identificação dos
vários grupos ocorreram seguindo as referências: Ochrophyta
(diatomáceas): Krammer e Lange-Bertalot (1986), Krammer e Lange-
Bertalot (1988), Krammer e Lange-Bertalot, (1991 a,b), Krammer (1992);
Cyanophyta (cianobactérias): Komarek et al. (1983) e Sant’anna, (1984) e
Chlorophyta: Prescott e Vinvard, (1982).

A densidade das células foi calculada de acordo com as técnicas


descritas por Utermöhl (1958) e Villafañe e Reid (1995) com microscópio
invertido marca Opticon, em aumento de 400 vezes, usando câmaras de
sedimentação com volume de 2,0 mL. Para o cálculo da abundância relativa,
analisou-se 1 mL de cada amostra do plâncton coletado em rede, em lâmina
de Sedgwick-Rafter e os percentuais levaram em conta o total de 200
indivíduos contados.

C D
Figura 51 - Vistas dos Rios amostrados ao longo do LOTE 2 do Arco Rodoviário do Recife. 5A -
Rio Jaboatão, 5B – Rio Capibaribe, 5C – Rio Goitá, e 5D – Rio Várzea do Una.

245
Mapa 18 - Amostragem da Biota Aquática O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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Paudalho

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9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
Ponto de Amostragem de Ictiofauna
O

Áreas de Influência do Meio Biótico


8°S

- Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Limite Municipal ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013


ÂN

PE
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Hidrografia AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Ictiofauna: Moraes & Albuquerque,
NO

Curso d'água AII - Área de Influência Indireta (5 km)


2012 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Massa d'água - Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
8.3.2. RESULTADOS
• UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC)

As unidades de conservação (UC) são espaços territoriais, incluindo


seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, que têm
a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, hábitats e ecossistemas
do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio
biológico existente (MMA, 2007).

Considerando a necessidade de regulamentar os procedimentos de


licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto
ambiental que afetem as Unidades de Conservação específicas ou suas
zonas de amortecimento, segundo preconiza a Resolução CONAMA nº 428,
de 17 de dezembro de 2010, faz-se necessário identificar as UCs que se
encontram na Área de Influência do empreendimento, para que a
administração da UC manifeste sua anuência ao Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife – Lote 2.

A seguir são apresentados os resultados obtidos na verificação das


UCs existentes nas áreas de influência do empreendimento.

Área de Influência Indireta

Na AII, estão presentes seis UCs Estaduais, todas inseridas no Bioma


Mata Atlântica. As UCs podem ser visualizadas no Mapa 19. Todas são
Refúgios de Vida Silvestre que correspondem à UCs de Proteção Integral,
sendo listadas logo a seguir.

As UCs de Proteção Integral têm o propósito de manter os


ecossistemas isentos de alterações causadas pela interferência humana,
admitindo apenas o uso indireto. O objetivo dos Refúgios de Vida Silvestre
são a proteção dos ambientes naturais para assegurar as condições para a
existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da
fauna residente ou migratória.

• Refúgio de Vida Silvestre Mata de Tapacurá

O Refúgio de Vida Silvestre Mata de Tapacurá está inserido no


município de São Lourenço da Mata. Foi criada pela Lei Estadual nº
14.324/2011, e tem uma área de 100,29 ha. Está a uma distância de
aproximadamente 1.400m dos limites da ADA da rodovia.

• Refúgio de Vida Silvestre Mata de Bom Jardim

249
O Refúgio de Vida Silvestre Mata de Bom Jardim se insere no
município de Cabo de Santo Agostinho. Foi criado pela Lei Estadual nº
14.324/2011 e tem uma área de 245,28 ha. Está a uma distância de
aproximadamente 3.100m dos limites da ADA da rodovia

• Refúgio de Vida Silvestre Mata do Contra-Açude

Ao sul do Lote 2 do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife,


encontra-se o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Contra-Açude, localizado no
município de Cabo de Santo Agostinho. Foi criado pela Lei Estadual nº
14.324/2011 e tem uma área de 114,56 ha. Está a uma distância de
aproximadamente 540m dos limites da ADA da rodovia.

• Refúgio de Vida Silvestre Engenho Moreninho

A maior parte da área do Refúgio de Vida Silvestre Engenho


Moreninho se situa na AII. Esta UC está no município de Moreno. Foi criada
pela Lei Estadual nº 14.324/2011 e tem uma área de 66,48 ha. Está a uma
distância de aproximadamente 350m dos limites da ADA da rodovia.

• Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú

A maior parte da área do Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema


Gurjaú está na AII. Esta UC abrange os muncípios de Cabo de Santo
Agostinho, Jaboatão dos Guararapes e Moreno. Foi criada pela Lei Estadual
nº 14.324/2011 e tem uma área de 1.077,10 ha. Está a uma distância de
aproximadamente 390m dos limites da ADA da rodovia.

Segundo informações disponíveis na homepage do CPRH 2, esta UC,


além de ser a maior Reserva da Região Metropolitana - RMR do Recife, está
situada em bacia de proteção de mananciais (Lei Estadual nº 9.860/86),
detendo em seu interior mais de 200 nascentes. A área desta Unidade
pertence à Compesa, que faz a captação da água, o tratamento (ETAS
Gurjaú e Matapagipe) e a distribuição para o abastecimento da RMR. Esta
UC possui também um elevado grau de relevância para a conservação do
bioma Mata Atlântica, sendo considerada de extrema importância biológica
para o Nordeste. Em 2000, o RVS de Gurjaú foi escolhido para ser objeto da
destinação de recursos da ação compensatória do licenciamento ambiental
da duplicação da BR 232. Com esse recurso foi elaborado o Diagnóstico
Sócioambiental da Unidade, construído um prédio-sede, e adquiridos
equipamentos para viabilizar as atividades de gestão e fiscalização da área
pela CPRH.

2
Disponível em: < http://www.cprh.pe.gov.br/unidades_conservacao/Protecao_Integral/
Resec_Gurjau/40032%3B36788%3B223701%3B0%3B0.asp>. Acesso em 30/09/2014.

250
• Refúgio de Vida Silvestre Mata de Caraúna

A maior parte da área do Refúgio de Vida Silvestre Mata de Caraúna


está na AII, sendo que esta UC se insere no município de Moreno. Foi criada
pela Lei Estadual nº 14.324/2011 e tem uma área de 169,32 ha. Está a uma
distância de aproximadamente 50m dos limites da ADA da rodovia.

Área de Influência Direta

Na AID estão localizadas parte das áreas de três dos Refúgios de Vida
Silvestre que também ocorrem na AII (ver Mapa 19), a saber:

• Refúgio de Vida Silvestre Engenho Moreninho – pequena porção da


área desta UC está na AID.

• Refúgio de Vida Silvestre Mata de Caraúna – menor porção da área


desta UC está na AID.

• Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú – pequena porção


da área desta UC está na AID.

Área Diretamente Afetada

Nenhuma UC está localizada na ADA do empreendimento, conforme


apresentado no Mapa 19. A mais próxima da ADA é o Refúgio de Vida
Silvestre Mata de Caraúna (50m de distância da área a ser afetada), mas
ainda assim não será diretamente interceptado pela rodovia.

251
Mapa 19 - Unidades de Conservação O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000
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REFÚGIO DE VIDA 060


408 SILVESTRE MATA
DO CONTRA-AÇUDE

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SILVESTRE MATA
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9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Área Especial - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Unidade de Conservação - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Biótico - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km
TI C

Hidrografia
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Unidades de Conservação: MMA,
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


2010 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
• ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE

A identificação de áreas prioritárias para a conservação da


biodiversidade brasileira é uma tarefa desafiadora e necessária para o
cumprimento do Programa Nacional da Diversidade Biológica (PRONABIO),
sendo uma demanda da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), da
qual o Brasil é signatário. Entre 1997 e 2000, o Projeto de Conservação e
Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO),
componente executivo do PRONABIO, apoiou a realização de um estudo
mediante ampla consulta para a definição de áreas prioritárias para
conservação nos biomas brasileiros.

Essas áreas foram reconhecidas pelo Decreto Federal nº 5092, de 21


de maio de 2004 e instituídas pela Portaria nº 126 de 27 de maio de 2004
do Ministério do Meio Ambiente. A portaria prevê a revisão periódica pela
Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO), em prazo não superior a
10 anos, devido à dinâmica do avanço do conhecimento e das condições
ambientais. Em 2007, através da Portaria MMA nº 9, de 23 de janeiro de
2007, houve uma revisão das áreas prioritárias para a conservação da
biodiversidade brasileira, constituindo o último instrumento neste sentido.

As áreas prioritárias são divididas por importância e por prioridade. A


importância é definida pela importância ecológica do local. Já a prioridade,
além de considerar a importância ecológica, considera também o grau de
estabilidade, grau de ameaça e as oportunidades que a região proporciona.

Área de Influência Indireta

Na AII, estão presentes três áreas prioritárias para a biodiversidade,


conforme apresentado no Mapa 20 e no Mapa 21, sendo listadas logo a
seguir.

• Área Prioritária “Cabo” – Importância biológica alta; Prioridade de


ação alta.

Esta área compreende um território de 418 km², que localiza-se ao


sul do Arco Viáriao da RMR – Lote 2. Foi criada devido às características de
manutenção de serviços ambientais, de ocorrência de espécies endêmicas e
ameaçadas, proteção de ecossistemas, proteção de ecótonos e manutenção
de corredores de biodiversidade. As principais ameação são a expansão
agrícola sem controle, a expansão da área urbana, a caça, o tráfico de
animais e o desmatamento.

255
Para esta área prioritária, estão previstas a realização de inventários
ambientais, recuperação de áreas degradadas, criação de corredores/
mosaicos, fomento à atividades econômicas sustentáveis, educação
ambiental e estudos para os componentes do meio físico. As ações previstas
para a manutenção desta área prioritária são: Criação de Unidades de
Conservação; Projetos de Uso Sustentável da Biodiversidade; Invetários
biológicos; Incentivo ao uso sustentável da biodiversidade.

• Área Prioritária “Camaragibe-Tapacurá” – Importância biológica


muito alta; Prioridade de ação alta.

Esta área compreende um território de 1.019 km² e tem como


principal característica a proteção da Estação Ecológica Tapacurá (que fica
fora dos limites da AII do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2),
onde algumas espécies de aves endêmicas ocorrem. O ambiente é
heterogêneo abrangendo planícies costeiras com manguezais, lagoas de
restinga, tabuleiros arenosos, tabuleiros de barreiras com Mata Atlântica,
encraves de Cerrado, matas úmidas em montes de até 200 m de altitude.
Entre as ameaças para esta área, estão o desmatamento e queimadas,
invasões de sem-terra, caça, expansão da área urbana, em especial a
especulação imobiliária, e dos plantios de cana-de-açúcar.

Para esta área prioritária, estão previstas a criação de unidades de


conservação, inventários ambientais, recuperação de áreas degradadas,
criação de corredores/mosaicos, fomento à atividades sustentáveis,
educação ambiental e estudos do meio físico. As ações previstas para a
manutenção desta área são: estabelecimento de corredores ecológicos;
monitoramento e combate ao desmatamento e fogo; incentivo de projetos
de uso sustentável; propostas de administração por associações e
comunidades locais; criação de incentivos financeiros a indivíduos e
comunidades relacionadas à conservação e uso sustentável.

• Área Prioritária “Recifes” – Importância biológica muito alta;


Prioridade de ação muito alta.

Compreende um território de 553 km², esta área apresenta, dentre as


três, a menor sobreposição de sua área com a AII do empreendimento. É
caracterizada por uma faixa litorânea e marinha com áreas urbanas e
naturais modificadas pela especulação imobiliária (Cabo de Santo
Agostinho), pela presença do Porto de Suape, tendo ainda o Rio Jaboatão
bastante degrado pelas indústrias mais ao sul de seu polígono. Apresenta
manguezais ameaçados por degradação, sendo uma área de ocorrência de
ataques de tubarão. Possui ainda recifes de coral e pradarias de
fanerógamas, a lagoa Olho d'Água (a maior lagoa de restinga do litoral
pernambucano), ocorrência de peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) que

256
está criticamente ameaçado, com risco de extinção imediata, e
ecossistemas essenciais para manutenção da espécie. Entre as ameaças
desta área, estão ocorrendo a poluição doméstica e industrial dos rios que
deságuam no mar; conflito entre a meta de conservação de
elasmobrânquios e medida de prevenção de acidentes (ataque de tubarão);
risco de contaminação de organismos de importância econômica; ampliação
do porto de Suape; ameaças à lagoa Olho d'Água.

Para esta área prioritária, estão previstas a criação de Unidades de


Conservação, inventários ambientais, recuperação de áreas degradadas e
de espécies, fiscalizações, educação ambiental e estudos para o meio físico.
As ações previstas para a manutenção desta área são: implementação de
ações que compartilham conservação de elasmobrânquios e uso públicos da
área marinha (Plano de Manejo e controle de fauna sinantrópica);
restauração dos manguezais dos rios Jaboatão e estuário de Suape e recifes
de corais; recuperação da lagoa Olho d'Água e ordenamento territorial das
margens para evitar erosão e aterramento da lagoa; Zoneamento Ecológico-
Econômico Costeiro; implementação de políticas locais/regionais para
turismo de observação do peixe-boi.

Área de Influência Direta

Na AID, ocorrem duas das áreas listadas acima, a saber:

• Área Prioritária “Cabo” – Importância biológica alta; Prioridade de


ação alta.

• Área Prioritária “Camaragibe-Tapacurá” – Importância biológica


muito alta; Prioridade de ação alta.

Área Diretamente Afetada

Na ADA, ocorrem as mesmas áreas listadas acima, a saber: “Cabo” e


“Camaragibe-Tapacurá”.

257
Mapa 20 - Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade - Importância Biológica
O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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9120000 9105000 9090000 9075000
8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Importância Biológica - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Muito Alta - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Alta 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Biótico - Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Hidrografia
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) IBGE, 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Áreas Prioritárias: MMA, 2007.
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Mapa 21 - Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade - Prioridade de Ação O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

no
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35°10'W
35°10'W

Camaragibe - Tapacurá
Paudalho

Chã de Alegria

9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Prioridade de Ação - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Extremamente Alta - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Alta 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal - Limite Municipal: IBGE, 2010
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Biótico - Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Hidrografia
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) IBGE, 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Áreas Prioritárias: MMA, 2007
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


- Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
• ECOSSISTEMAS TERRESTRES - FLORA

A Floresta Atlântica é uma das formações florestais mais ameaçadas


no Brasil devido ao estabelecimento contínuo de cinco séculos de ciclos
econômicos exploratórios, restando em torno de 5% de sua cobertura
original (COIMBRA-FILHO & CÂMARA, 1996).

Grandes foram os impactos sofridos por esta floresta: os ciclos de


expansão agrícola como a cana-de-açúcar, plantio de cacau, café, banana,
agricultura de subsistência, monoculturas de espécies exóticas como o
trigo, algodão e soja; a retirada de madeira para carvão, os incêndios;
substituição das áreas de mata por pastagens; aterros dos manguezais para
fins imobiliários e turísticos desordenados; principalmente ao longo de todo
o litoral (COIMBRA-FILHO & CÂMARA, 1996).

Sabe-se que rodovias são vitais para o crescimento da economia de


uma região. Porém, muitas destas áreas ocupadas por rodovias são
ecologicamente vulneráveis ou apresentam alto risco de perda da
integridade biótica das comunidades que compõem a paisagem (KARR,
1993 apud SCOSS et al., 2004). Segundo Trombulak & Frissel (2000),
associada a toda paisagem está a ocorrência de impactos negativos sobre a
integridade biótica, tanto de ecossistemas terrestres como aquáticos.

Os remanescentes na Floresta Atlântica pernambucana somam


apenas 2% da área original dessa formação, restritos na sua maioria, a
áreas privadas (VIANA et al., 1997; RANTA et al., 1998). Na atualidade, tais
sítios são amplamente dominados por áreas agrícolas, a maioria delas
pouco organizadas, e com forte impacto sobre as condições originais da
biota (CAMARA, 2003; SILVA & CASTELETI, 2003). Os fragmentos
remanescentes na Floresta Atlântica pernambucana são de pequeno
tamanho, onde 48% deles apresentam menos de 10 hectares e apenas 7%
acima de 100 hectares (RANTA et al., 1998).

Área de Influência Indireta

Enquadramento Fitogeográfico – Segundo dados do RADAM-BRASIL


(1983), a área de influência do Lote 2 do Arco Rodoviário Metropolitano do
Recife encontra-se entre três regiões fitoecológicas (Floresta Ombrófila,
Floresta Estacional e Área de Formação Pioneira), dividindo-se em quatro
formações (Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta
Estacional Semidecidual, Área de Influência Fluviomarinha Arbórea) (Mapa
22). A vegetação existente se caracteriza pela presença de comunidades
secundárias, ou seja, onde há ou já houve interferência antrópica com corte
e novo crescimento da vegetação florestal.

263
A formação predominante na AII é a Floresta Ombrófila Aberta, com a
interferência da agricultura, em especial as culturas cíclicas. Na periferia
litorânea, dispõe-se coroando o topo de colinas e revestindo parte das
encostas. Surge como ilhas em meio aos canaviais, com porte e fisionomia
variáveis de capoeira incipiente ao capoeirão, que pode mostrar uma
semelhança com a floresta primária. Segundo Andrade-Lima (1972), faz
parte desta formação espécies comuns à floresta costeira de Pernambuco,
como a Couepia rufa, (oiti-coró), e outras que ocorrem nas matas sulinas,
como Copaifera trapezifolia (pau-de-óleo), e de ampla dispersão, como a
Tapirira guianensis (pau-pombo).

Inúmeros troncos-tipos cortados evidenciam a devastação a que foi


submetida essa área. Em alguns locais, a submata mostra regeneração
densa, em outras as folhas em decomposição formam um manto que
mantém a umidade do solo. Espécies de pteridófitas margeiam as trilhas,
ampliando seus povoamentos em algumas clareiras, bem como as tabocas
(Poaceae). As imbaúbas (Cecropia spp.) surgem frequentemente e seu
caráter pioneiro inicia a sucessão arbórea até que espécies de crescimento
mais lento as sobreponham. Além das citadas anteriormente, completam a
estrutura florística destas áreas outras espécies como o angelim (Andira
sp.), cambotã (Cupania sp.), ingazeiro (Inga sp.), pau-d’arco-roxo (Tabebuia
sp.), gargaúba (Roupala sp.), entre outros.

A Floresta Ombrófila Densa, na Área de Influência Indireta, ocupa


uma pequena porção, ao sul do início do trecho, localizado próximo à sede
municipal de Cabo de Santo Agostinho. A devastação inicial desta formação
é datada do século XVI, com a busca da madeira da espécie pau-de-tinta ou
pau-brasil (Caesalpinia echinata) e de outras de igual interesse (BRASIL,
1983). Em sequência, a exploração por causa da cana-de-açúcar
descaracterizou a região, porém, pequenos fragmentos são identificadas por
espécies arbóreas de tronco fino, casca grossa e rugosa, e altura em torno
de 15 a 20 m de altura. A maçaranduba (Manilkara sp.) é a espécie citada
como de maior representatividade nesta formação.

A região da Floresta Estacional Semidecidual, também antropizada,


com áreas destinadas para a agricultura e para a pecuária, também tem sua
estrutura florística modificada nos dias atuais. Nesta área, desenvolveu-se
uma vegetação baixa, densa, constituída de indivíduos de fuste esgalhado
desde a base e muitas vezes com ramos armados de espinhos ou com
acúleos, folhas ásperas e coriáceas e presença de cactáceas. Seu aspecto,
na estação seca, é bem semelhante com a área de Caatinga, em razão da
perda de suas folhas. De modo geral, onde existem ainda remanescentes
primitivos, foram identificadas espécies como a madeira-nova (Pterogyne
nitens), pau-d’árco (Tabebuia sp.), farinha-seca (Peltophorum dubium), pau-

264
chumbo (Balfourodendrum riedelianum), gonçalo-alves (Astronium
fraxifolium), sucupira (Bowdichia virgilioides), tamboril (Enterolobium
contortisiliquim), jacarandá (Swartzia sp.), jatobá (Hymenaea sp.), sete-
capotes (Machaerium sp.), coração-de-negro (Cassia apoucoutia),
jacarandá-branco (Platymiscium sp.), entre outros. As áreas antropizadas,
em razão da agricultura, são ocupadas na região do Recife pela
monocultura de cana-de-açúcar, com usinas solidamente instaladas.

Na porção mais ao sudeste da AII, encontram-se áreas enquadradas


como de vegetação com formações pioneiras de influência fluviomarinha
arbórea, caracterizada pelos mangues. Andrade-Lima (1972) destaca para o
mangue de Pernambuco cinco espécies que obedecem a uma distribuição
limitada pelos teores de salinidade e da duração de semiafogamento,
resultando na sequência: mangue-vermelho (Rhizophora mangle), mangue-
branco (Lagunculana racemosa), mangue-canoé (Avicenia schaueriana),
mangue-lingua-de-vaca (Avicenia germinans) e mangue-ratinho
(Conocarpus erectus). Esta riqueza dominante constitui geralmente a
mesma representatividade em outros mangues distribuídos no litoral
atlântico brasileiro (BRASIL, 1983).

Composição florística – De acordo com os dados secundários


pesquisados, a lista das espécies vegetais com potencial ocorrência na AII
possui 928 espécies (Quadro 40). Todavia, considerando que a AID e ADA
estão inseridas na AII, deve-se considerar os dados levantados para a
totalidade destas três áreas como de ocorrência provável para a AII.

Assim, a riqueza total estimada para a AII compreende 1019 espécies,


sendo as famílias Fabaceae (125 espécies), Poaceae (58 espécies),
Cyperaceae (46 espécies), Rubiaceae (43 espécies), Myrtaceae (42
espécies), Euphorbiaceae (38 espécies), Melastomataceae e Asteraceae
(ambas com 35 espécies) as que foram mais bem representadas. Da riqueza
total, 40% são árvores, 28% são ervas, 11% são arbustos e 19%
apresentam outros hábitos de vida (subarbustos, trepadeiras, epífitas, ervas
aquáticas). Quanto ao uso, 35% apresentam valor madeireiro, 32% são
ornamentais, 13% são comestíveis e 3% são consideradas medicinais. A
maioria das espécies é nativa (89%), 7% são exóticas, 18% são ruderais e
9% tem potencial invasor.

A distribuição da maioria das espécies é ampla (72%), ou seja,


ocorrem em diversos estados brasileiros, sendo que as raras e/ou restritas
correspondem a 13% do total de espécies estimado. Para a AII é registrada
a ocorrência de duas espécies ameaçadas de extinção, a saber: Caesalpinia
echinata (pau-brasil) e Swartzia pickelii (rins-de-boi).

265
Mapa 22 - Enquadramento Fitogeográfico O C E A N O AT L Â N
T I C O
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S 8°20'S
9120000 9105000 9090000 9075000

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35°10'W
35°10'W

Paudalho

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9120000 9105000 9090000 9075000


8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Enquadramento Fitogeográfico - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Áreas de Formação Pioneira - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Região de Floresta Estacional Semidecidual 1:150.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Região de Floresta Ombrófila Densa - Limite Municipal: IBGE, 2010
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Biótico Região de Floresta Ombrófila Aberta - Sistema Viário: Adaptado de 0 1,25 2,5 5 km
TI C

Hidrografia
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) IBGE, 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Vegetação: RADAM Vol.
NO

AII - Área de Influência Indireta (5 km)


20 e 30, 1981 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
Quadro 40 – Listagem de espécies vegetais com ocorrência para as áreas de influência do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2. Legenda: 1 –
dados bibliográficos*; 2 – dados primários; Hábito - arv = árvore, arb = arbusto, epi = epífita, sub = subarbusto, erv = erva, erv aq = erva aquática, ter =
trepadeira; Uso/ecologia: mad = madeireira, med = medicinal, orn = ornamental, alim = alimentícia, cien = potencial científico, inv = invasora, rud = ruderal;
Origem e Distribuição – S/I = sem informação; Fl At. = Floresta Atlântica, Fl. Am = Floresta Amazônica, Caa = Caatinga, Cer = Cerrado. Espécies demarcadas
em vermelho = ameaçadas de extinção no Brasil (Instrução Normativa MMA nº 06, de 23 de setembro de 2008).
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Disjunta (N e NE); Fl At, Fl.
Acanthaceae Dicliptera ciliaris Sub Nativa X X X
Am
Acanthaceae Hygrophila costata Erv Nativa Ampla X X
Acanthaceae Mendoncia blanchetiana Tre Nativa Rara (NE: BA e PE) Fl. At. X
Acanthaceae Nelsonia canescens Erv Nativa Ampla X
Acanthaceae Ruellia bahiensis Sub Nativa orn Ampla X X
Acanthaceae Ruellia paniculata Arb Nativa orn Disjunta (NE)Fl. At. e Caa X X
Acanthaceae Thunbergia alata Tre Exótica orn Ampla X X X
Agavaceae Sansevieria zeylanica espada-de-são-jorge Erv Exótica orn Ampla X X X
Alismataceae Echinodorus sp. Erv aq S/I S/I X X X
Amaranthaceae Alternanthera philoxeroides bredo-d’água Erv Nativa inv Ampla X X X
Amaranthaceae Amaranthus lividus bredo Sub Exótica inv Ampla X X X
Amarylidaceae Griffinia intermedia Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Amarylidaceae Hippeastrum stylosum Erv Nativa orn Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X
mad, alim, med, orn,
Anacardiaceae Anacardium occidentale caju, cajueiro Arv Nativa Ampla X X X
cien
Anacardiaceae Mangifera indica mangueira Arv Exótica Ampla X X X X
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius aroeira-da- praia Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X X
Anacardiaceae Spondias mombin cajazeiro Arv Exótica mad, alim, orn Ampla X X X
Anacardiaceae Tapirira guianensis cupiúva, pau- pombo Arv Nativa mad, cien Ampla X X X X
Anacardiaceae Thyrsodium spruceanum camboatã- de-leite Arv Nativa mad Ampla X X X X
Annonaceae Anaxagorea dolichocarpa pindaíba Arb Nativa Ampla X X X X
Annonaceae Annona coriacea aticum Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
Annonaceae Annona glabra araticum- bravo Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X

269
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Annonaceae Annona montana aticum, aticum-napé Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
Annonaceae Annona muricata gravioleira Arv Exótica mad, alim, orn, cien Ampla X
Restrita (NE: PB, PE e SE) Fl.
Annonaceae Annona pickelii araticum Arv Nativa mad, alim, orn, cien X X
At.
Annonaceae Annona salzmannii araticum Arv Nativa mad, alim, orn, cien Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X
Annonaceae Cymbopetalum brasiliense Arb Nativa Ampla X X X
Annonaceae Duguetia sp. Arv S/I S/I X X
Annonaceae Guatteria australis Arv Nativa mad Ampla X
Annonaceae Guatteria pogonopus mium Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At X X X X
Annonaceae Guatteria schomburgkiana mium Arv Nativa Ampla X X
Annonaceae Xylopia ochrantha cabraíba Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At X X
embira-vermelha,
Annonaceae Xylopia frutescens Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
pindaíba
Apiaceae Centella asiatica Erv Exótica med, orn Ampla X
Apiaceae Spananthe paniculata Erv Nativa Ampla X
dedal-de-ouro,
Apocynaceae Allamanda cathartica Arb Nativa orn Ampla X
alamanda
Apocynaceae Aspidosperma discolor cabo-de- machado Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Apocynaceae Aspidosperma illustre Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Apocynaceae Aspidosperma limae pitiá-aroroba Arv Nativa mad, orn Rara (PE) Fl. At. X
Apocynaceae Aspidosperma parvifolium Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Apocynaceae Aspidosperma spruceanum pereiro-da-mata, pitiá Arv Nativa mad, orn Ampla X
Apocynaceae Blepharodon pictum Tre Nativa Ampla X
Apocynaceae Ervatamia coronaria jamim Tre Exótica orn Cultivado X X
mad, alim, med, orn,
Apocynaceae Hancornia speciosa mangabeira Arv Nativa Ampla X
cien
Himathanthus leiteiro, banana-de-
Apocynaceae Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
phagedaenicus papagaio
Apocynaceae Mandevilla hirsuta Tre Nativa orn Ampla X X X
Apocynaceae Mandevilla microphylla Tre Nativa orn Ampla X X

270
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Apocynaceae Mandevilla moricandiana Tre Nativa orn Ampla X
Apocynaceae Mandevilla scabra Tre Nativa mad, orn Ampla X X
Disjunta(N e NE) Fl. Am e Fl.
Apocynaceae Matelea maritima Tre Nativa X X X
At.
Apocynaceae Matelea nigra Tre Nativa Ampla X
jasmim-manga; jasmim-
Apocynaceae Plumeria rubra Arv Exótica orn Ampla X X
vapor
Apocynaceae Rauvolfia grandiflora grão-de-galo Arv Nativa orn Ampla X X X X
Apocynaceae Tabernaemontana affinis leiteiro-branco Arv S/I mad, orn S⁄I X X
Apocynaceae Tabernaemontana flavicans leiteiro-branco Arv Nativa mad, orn Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. At e Fl.
Apocynaceae Tabernaemontana muricata leiteiro-branco Arv Nativa mad, orn X
Am.
Tabernaemontana
Apocynaceae leiteiro-branco Arv Nativa mad, orn Dislunta (N e SE) Fl. At e Cer. X
salzmanni
Apocynaceae Temnadenia odorifera Tre Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Apocynaceae Thevetia peruviana chapéu-de-napoleão Arb Exótica orn Ampla X X
Aquifoliaceae Ilex sapotifolia Arv Nativa orn Restritra (NE e SE) Fl. At. X
Araceae Anthurium gracile antúrios Epi Nativa orn Ampla X X X X
Araceae Anthurium pentaphyllum antúrios Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Anthurium scandens antúrios Epi Nativa orn Ampla X
Araceae Caladium bicolor imbé Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Heteropsis oblongifolia Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Monstera adansonii costela-de-adão Erv Nativa orn Ampla X X X
Araceae Philodendron acutatum filodendro Erv Nativa orn Ampla X
Philodendron
Araceae filodendro Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
blanchetianum
Philodendron
Araceae filodendro Erv Nativa orn Ampla X
fragrantissimum
Disjunta (N, NE e SE) Fl. Am.
Araceae Philodendron hederaceum filodendro Erv Nativa orn X
e Fl. At.
Araceae Philodendron imbe filodendro Erv Nativa orn Ampla X X

271
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Araceae Philodendron ornatum filodendro Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Philodendron pedatum filodendro Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Philodendron propinquum filodendro Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Philodendron rudgeanum filodendro Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Pistia stratiotes pistia, alface-d’água Erv Nativa orn Ampla X
Araceae Syngonium podophyllum imbé Erv Exótica orn Ampla X
Araceae Taccarum ulei imbé Erv Nativa orn Disjunta (NE) F. At. e Caa X
Araceae Xanthosoma sagittifolium imbé Erv Exótica orn Ampla X
Araliaceae Hydrocotyle umbellata Erv Exótica orn Ampla X
Araliaceae Hydrocotyle verticillata Erv Nativa orn Restrita (NE, S, SE) Fl. Atl. X
Araliaceae Schefflera morototoni sambaquim Arv Nativa mad Ampla X X X X
mad, alim, med, orn,
Arecaceae Acrocomia intumescens macaíba, macaúba Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X X
cien
Disjunta (AL, PB, PE) Fl. At. e
Arecaceae Attalea oleifera pindoba Arv Nativa mad, alim, orn, cien X X X X
Cer
jussara, coquinho da
Arecaceae Bactris ferruginea Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X X
mata
Arecaceae Bactris humilis maraial Arv Exótica mad, alim, orn, cien (Bolívia, Peru e Venezuela) X X
coquinho de fuso,
Arecaceae Bactris pickelii Arv Nativa mad, alim, orn, cien Restrita (NE e SE) Fl. At. X
coquinho da mata
mad, alim, med, orn,
Arecaceae Cocos nucifera coqueiro Arv Exótica Ampla X X X
cien
Arecaceae Desmoncus orthacanthos titara Arb Nativa cien Ampla X X X X
Arecaceae Desmoncus polyacanthos titara Arb Nativa cien Ampla X
mad, alim, med, orn,
Arecaceae Elaeis guineensis dendezeiro Arv Exótica Ampla X X X
cien
Arecaceae Syagrus cearensis Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
Aristolochiaceae Aristolochia labiate papo-de-peru Tre Nativa Ampla X
Aristolochiaceae Aristolochia papillaris papo-de-peru, jarrinha Tre Nativa Ampla X
Asteraceae Acanthospermum austral Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Baccharis oxyodontha Sub Nativa rud Ampla X

272
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Asteraceae Bidens pilosa Erv Exótica rud Ampla X
Asteraceae Blainvillea acmella Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Centratherum punctatum Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Chaptalia nutans Erv Nativa rud Ampla X X
Asteraceae Conocliniopsis prasiifolia Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Conyza bonariensis rabo de raposa Erv Nativa rud Ampla X X X
Asteraceae Conyza chilensis Erv Exótica rud Ampla X X
Asteraceae Cyrtocymura scorpioides Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Eclipta prostrata Erv Nativa rud Ampla X X X
Asteraceae Elephantopus mollis Erv Exótica rud Ampla X X
Asteraceae Eleutheranthera ruderalis Erv Exótica rud Ampla X
Asteraceae Emilia fosbergii Erv Nativa orn, rud Ampla X
Asteraceae Emilia sonchifolia Erv Nativa orn, rud Ampla X X X
Asteraceae Erechtites hieraciifolius Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Eupatorium ballotaefolium Erv S/I rud S/I X
(Honduras, Madagascar e
Asteraceae Gnaphalium indicum Erv Exótica rud X X X
México)
Asteraceae Melanthera latifolia Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Mikania hemisphaerica Tre Nativa Ampla X
Asteraceae Mikania obovata Tre Nativa Ampla X
Asteraceae Porophyllum ruderale Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Pluchea sagittalis Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Praxelis clematidea Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Praxelis pauciflora Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Pterocaulon alopecuroides Erv Nativa rud Ampla X
Asteraceae Rolandra fruticosa Erv Nativa rud Ampla X X X X
Asteraceae Synedrella nodifllora Erv Nativa rud Ampla X

273
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Asteraceae Tilesia baccata Sub Exótica rud Ampla X X
Asteraceae Tridax procumbens Erv Nativa orn, rud Ampla X X
Asteraceae Verbesina macrophylla Arb Nativa rud Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X
Asteraceae Vernonanthura brasiliana Sub Nativa rud Ampla X X
Asteraceae Vernonia acutangula Arb S/I rud S⁄I X
Asteraceae Vernonia brasiliana assa-peixe Arb Exótica rud Venezuela X
Asteraceae Wedelia trilobata mal-me-quer Erv Nativa orn, rud Ampla X X X
Begoniaceae Begonia reniformis begonia Erv Nativa orn Ampla X X
Begoniaceae Begonia saxicola begonia Erv Nativa orn Disjunta (N e NE) Fl. Am; Caa X X
Adenocalymma
Bignoniaceae Tre Nativa orn Restrita(N, SE) Fl.At. X
hypostictum
Bignoniaceae Lundia cordata Tre Nativa orn Ampla X X X
Bignoniaceae Handroanthus impetiginosa ipê-roxo Arv Nativa mad, med, orn Ampla X X X X
Bignoniaceae Handroanthus serratifolius ipê-amarelo Arv Nativa Ampla X X
Ampla (América Central e do
Bignoniaceae Phryganocydia corymbosa Tre Nativa orn X
Sul)
Bignoniaceae Tabebuia roseoalba ipê-branco Arv Nativa mad, orn Ampla X
Bixaceae Cochlospermum vitifolium algodão-da-mata Arv Nativa mad, orn Ampla X
Boraginaceae Cordia cf. alliodora gargaúba Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Boraginaceae Cordia corymbosa Arb Nativa Ampla X X X
Boraginaceae Cordia nodosa grão-de-galo Arb Nativa Ampla X X X X
Boraginaceae Cordia rufescens Arb Nativa Ampla X
Boraginaceae Cordia sellowiana gargaúba Arv Nativa mad Ampla X X X X
Boraginaceae Cordia superba gargaúba Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Boraginaceae Cordia trichotoma frei-jorge Arv Nativa mad, med, orn Ampla X X
Heliotropium
Boraginaceae crisa-de-galo Sub Nativa inv Ampla X X
angiospermum
Boraginaceae Heliotropium elongatum crisa-de-galo Sub Nativa inv Ampla X
Boraginaceae Heliotropium indicum fedegoso Sub Nativa med, orn, inv Ampla X X X

274
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Boraginaceae Varronia curassavica Arb Nativa Ampla X X X
Boraginaceae Varronia multispicata Arb Nativa Ampla X X X
Boraginaceae Tournefortia bicolor Arb Nativa Ampla X X X
Boraginaceae Tournefortia candidula Arb Nativa Ampla X
Bromeliaceae Aechmea constantinii bromélia, gravatá Erv Nativa orn Restrita (AL, PB, PE) Fl. At. X
Bromeliaceae Aechmea fulgens bromélia, gravatá Erv Nativa orn Restrita (AL, PB, PE) Fl. At. X X
Bromeliaceae Aechmea lingulata bromélia, gravatá Erv Nativa orn Restrita (PE,PB,AL) Fl. At. X X
Disjunta (N, NE) Fl At. e Fl.
Bromeliaceae Aechmea mertensii Erv Nativa orn X
Am
Bromeliaceae Bromelia karatas bromélia, gravatá Erv Nativa orn Disjunta (NE) Fl At. e Cer X X X
Restrita (NE: PB, PE e SE) Fl
Bromeliaceae Hohenbergia ridleyi bromélia, gravatá Erv Nativa orn X
At.
Bromeliaceae Portea leptantha bromélia, gravatá Epi Nativa orn Restrita (NE: PB e PE) Fl. At. X X X
Disjunta (N, NE) Fl At. , Fl.
Bromeliaceae Tillandsia bulbosa bromélia, gravatá Epi Nativa orn X
Am
Bromeliaceae Tillandsia striata bromélia, gravatá Epi Nativa orn S⁄I X
Bromeliaceae Tillandsia stricta bromélia, gravatá Epi Nativa orn Ampla X
Burmaniaceae Apteria aphylla Erv Nativa Ampla X
Burmaniaceae Gymnosphon divaricatus Erv Nativa Ampla X
Gymnosiphon
Burmaniaceae Erv Nativa Rara(NE:PE) Fl. Atl. X
sphaerocarpus
Burseraceae Protium aracouchini amesclinha Arv Nativa mad, cien Ampla X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Burseraceae Protium giganteum amesclão Arv Nativa mad, cien X X
At.
Burseraceae Protium heptaphyllum amescla Arv Nativa mad, med, cien Ampla X X X X
Burseraceae Protium sagotianum amescla Arv Nativa mad, cien Ampla X
Burseraceae Tetragastris catuaba catuaba Arv Nativa mad, cien Rara (NE:BA, PE) Fl. At. X
Cactaceae Epiphyllum phyllanthus Epi Nativa orn Ampla X X X
Cactaceae Pereskia aculeata Epi Nativa orn Ampla X X
Cactaceae Rhipsalis baccifera Epi Nativa orn Ampla X X X

275
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Campanulaceae Centropogon cornutus Arb Nativa orn Ampla X
Campanulaceae Hippobroma longiflora Erv Exótica orn Ampla X
Campanulaceae Lobelia cf. xalapensis Erv Nativa Ampla X
Campanulaceae Sphenoclea zeylanica Erv aq S/I orn S/I X X X
Cannabaceae Celtismenbranacea mutamba Arv Nativa mad Ampla X X X
Cannabaceae Trema micrantha piriquiteira Arv Nativa mad Ampla X X X X
Cannaceae Canna indica Erv Nativa orn Ampla X X X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Capparaceae Cynophalla hastata feijão-bravo Arb Nativa mad, orn X X
Caa
Capparaceae Neocalyptrocalyx nectarea araticum-icó Arv Nativa Ampla X X
Capparaceae Capparis nectaria mad
Capparaceae Cleome difusa Erv Nativa orn Ampla X
Capparaceae Crateva tapia trapiá Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Caricaceae Carica papaya mamoeiro Arv Exótica alim, med Ampla X X X
mamão-da-mata,
Caricaceae Jacaratia dodecaphylla Arv Nativa mad, orn S⁄I X X
mamote
Celastraceae Hippocratea volubilis Tre Nativa Ampla X
Celastraceae Maytenus distichophylla bom-nome- da-mata Arv Nativa mad Restrita (NE) Fl. At. X X X X
Celastraceae Maytenus erythroxylon bom-nome- da-mata Arv Nativa mad Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X
Celastraceae Prionostemma aspera Tre Nativa Ampla X
mad, alim, med, orn,
Chrysobalanaceae Couepia rufa oiti-coró Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X X
cien
Chrysobalanaceae Hirtella bicornis faxineiro Arv Nativa mad Ampla X X
Chrysobalanaceae Hirtella racemosa azeitona-brava Arb Nativa orn Ampla X X X X
Ampla (não comum no
Chrysobalanaceae Licania hypoleuca Arv Nativa mad X X
Estado de PE)
Chrysobalanaceae Licania kunthiana Arv Nativa mad Ampla X
Chrysobalanaceae Licania octandra Arv Nativa mad Ampla X
Chrysobalanaceae Licania tomentosa oiti-da-praia Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X X

276
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Clusiaceae Caraipa densifolia camaçari Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Clusiaceae Clusia nemorosa pororoca Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Clusiaceae Clusia paralicola Arv Nativa mad, orn Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X X
Disjunta (N e NE) Fl. Atl. e Fl.
Clusiaceae Dystovomita brasiliensis mangue-da-mata Arv Nativa mad, orn X X
Am
Clusiaceae Garcinia gardneriana bacupari Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Clusiaceae Symphonia globulifera bulandi Arv Nativa mad, orn, cien Ampla X X X X
Disjunta (N e NE) Fl. Atl. e Fl.
Clusiaceae Tovomita brevistaminea mangue Arv Nativa mad, orn X
Am
Clusiaceae Tovomita mangle mangue Arv Nativa mad, orn Rara (NE: PE) Fl. Atl. X
Commelinaceae Commelina benghalensis erva-de- santa-luzia Erv Nativa orn Ampla X
Commelinaceae Commelina erecta erva-de- santa-luzia Erv Nativa orn Ampla X X X
Commelinaceae Commelina obliqua erva-de- santa-luzia Erv Nativa orn Ampla X X
Commelinaceae Commelina rufipes erva-de- santa-luzia Erv Nativa orn Ampla X
Commelina rufipes var
Commelinaceae erva-de- santa-luzia Erv Nativa orn Ampla X
glabrata
Commelinaceae Dichorisandra perforans Erv Nativa orn Ampla X X
Commelinaceae Dichorisandra thyrsiflora Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Disjunta (N, NE e CO), Fl.
Commelinaceae Dichorisandra villosula Erv Nativa orn X X
Am. EFl. At.
Combretaceae Buchenavia capitata mirindiba, imbiridiba Arv Nativa mad, orn, cien Ampla X X X
escovinha, escova-de-
Combretaceae Combretum laxum Arb Nativa mad, orn Ampla X X X
macaco, mofumbo,
Combretaceae Terminalia catappa castanhola, sombreiro Arv Exótica mad, alim, orn Ampla X X X
Connaraceae Connarus blanchetii Arb Nativa orn Restrita (NE) Fl. At. X X X X
Connaraceae Connarus suberosus Arb Nativa Ampla X
Connaraceae Rourea doniana Arb Nativa Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Convolvulaceae Bonamia maripoides Tre Nativa orn X
At.
Convolvulaceae Ipomoea asarifolia gitirana Tre Nativa orn Ampla X X X
Convolvulaceae Ipomoea bahiensis gitirana Tre Nativa orn Ampla X X X X

277
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Convolvulaceae Ipomoea hederifolia gitirana Tre Nativa orn Ampla X
Convolvulaceae Ipomoea martii gitirana Tre Exótica orn Bolívia X
Convolvulaceae Ipomoea obscura gitirana Tre Exótica orn Ásia, África e USA X
Convolvulaceae Ipomoea quamoclit gitirana Tre Nativa orn Ampla X
Jacquemontia
Convolvulaceae Tre Nativa orn S/I X
menispermoides
Convolvulaceae Merremia macrocalyx gitirana Tre Nativa orn Ampla X X X X
Convolvulaceae Merremia umbellata gitirana Tre Nativa orn Ampla X
Convolvulaceae Operculina alata gitirana Tre Nativa orn Ampla X X
Convolvulaceae Operculina altissima gitirana Tre S/I orn S/I X
Costaceae Costus scaber bastão-do- imperador Erv Nativa orn Ampla X
Costaceae Costus spiralis bastão-do- imperador Erv Nativa orn Ampla X
Cucurbitaceae Cayaponia tayuya Tre Nativa Ampla X
Disjunta (N e NE); Fl. Am e
Cucurbitaceae Gurania acuminata melão-do-mato Tre Nativa orn X X
Fl. At.
Cucurbitaceae Gurania bignoniacea melão-do-mato Tre Nativa orn Disjunta (N e NE); X X X
Cucurbitaceae Gurania spinulosa melão-do-mato Tre Nativa orn Ampla X
Cucurbitaceae Luffa cylindrica bucha Tre Nativa Ampla X X X
Cucurbitaceae Melothria fluminensis Tre Nativa Ampla X X
alim, med, orn, inv,
Cucurbitaceae Momordica charantia melão-de- são-caitano Tre Nativa Ampla X X X
cien
Disjunta (N e NE); Fl. Am e
Cucurbitaceae Psiguria triphylla Tre Nativa X
Fl. At.
Cucurbitaceae Psiguria umbrosa Tre Nativa Ampla X
Restrita (NE: AL, CE, PE); Fl.
Cyclanthaceae Asplundia gardneri Erv Nativa orn X
At.
Cyperaceae Becquerelia cymosa . Erv Nativa rud Ampla X X
Cyperaceae Bulbostylis junciformis Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Bulbostylis vestita Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Calyptrocarya glomerulata Erv Nativa rud Ampla X

278
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Cyperaceae Cyperus aggregatus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus compressus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus cuspidatus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus distans Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus cf. friburgensis Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus giganteus Erv Nativa rud Ampla X X
Cyperaceae Cyperus haspan Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus iria Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus laxus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus ligularis Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus luzulae Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus odoratus Erv Nativa rud Ampla X X
Cyperaceae Cyperus rotundus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Cyperus sphacelatus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis atropurpurea Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis confervoides Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis geniculata Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis interstincta Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis maculosa Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis montana Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Eleocharis sellowiana Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Fimbristylis autumnalis Erv Nativa rud Ampla X X X
Cyperaceae Fimbristylis dichotoma Erv Nativa rud Ampla X
Ampla (Globo), Brasil (sem
Cyperaceae Fimbristylis littoralis Erv S/I rud X
registro)
Cyperaceae Fuirena umbellata Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Hypolytrum bullatum Erv Nativa rud Restrita (NE) Fl. At. X

279
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Cyperaceae Kyllinga odorata Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Kyllinga squamulata Erv Nativa orn Ampla X
Cyperaceae Lipocarpha micrantha Erv Nativa orn Ampla X
Cyperaceae Oxycarium cubense Erv Nativa rud Ampla X X
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes Erv Nativa rud Ampla X X X X
Cyperaceae Rhynchospora ciliata Erv Nativa rud Ampla X X
Cyperaceae Rhynchospora comata Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Rhynchospora eximia Erv Nativa rud Ampla X X
Rhynchospora
Cyperaceae Erv Nativa rud Ampla X
holoschoenoides
Cyperaceae Rhynchospora marisculus Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Rhynchospora nervosa Erv Nativa rud Ampla X X X
Cyperaceae Rhynchospora tenuis Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Scleria bracteata Erv Nativa rud Ampla X X X X
Cyperaceae Scleria latifolia Erv Nativa rud Ampla X X X X
Cyperaceae Scleria mitis Erv Nativa rud Ampla X
Cyperaceae Scleria secans Erv Nativa rud Ampla X
Dilleniaceae Curatella americana lixeira Arv Nativa mad, orn Ampla X
Dilleniaceae Davilla kunthii lixeira, cipó-fogo Tre Nativa Ampla X
Dilleniaceae Davilla nitida lixeira, cipó-fogo Tre Nativa Ampla X X X X
Dilleniaceae Davilla rugosa lixeira, cipó-fogo Tre Nativa Ampla X X
Dilleniaceae Doliocarpus dentatus lixeira, cipó-fogo Tre Nativa Ampla X X X X
Disjunta (NE E N) Fl. At. e Fl
Dilleniaceae Doliocarpus spatulifolius lixeira, cipó-fogo Tre Nativa X X
Am.
Dilleniaceae Tetracera breyniana lixeira, cipó-fogo Tre Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Dioscoreaceae Dioscorea dodecaneura Tre Nativa Ampla X X
Dioscoreaceae Dioscorea marginata Tre Nativa Ampla X
Elaeocarpaceae Sloanea garckeana mamajuda Arv Nativa mad Ampla X

280
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Elaeocarpaceae Sloanea guianensis mamajuda Arv Nativa mad Ampla X X X
Elaeocarpaceae Sloanea obtusifolia mamajuda Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Eriocaulaceae Paepalanthus bifidus sempre-viva Erv Nativa orn Ampla X X
Paepalanthus cf. Disjunta (NE e SE) Fl. At.,
Eriocaulaceae sempre-viva Erv Nativa orn X
myocephalus Caa
Disjunta (NE: PE e BA) Fl.
Eriocaulaceae Eriocaulon palustre sempre-viva Erv Nativa orn X X X X
At. e Cer
Eriocaulaceae Paepalanthus parvus sempre-viva Erv Nativa orn Restrita (NE) Fl. At. X
Eriocaulaceae Paepalanthus polytrichoides sempre-viva Erv Nativa orn Ampla X
Eriocaulaceae Paepalanthus cf. tortilis sempre-viva Erv Nativa orn Ampla X
Eriocaulaceae Tonina fluviatilis Erv Nativa orn Ampla X
Erythroxylaceae Erythroxylum affine cafézinho, cumixá Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium cafézinho, cumixá Arv Nativa mad Ampla X X
Erythroxylaceae Erythroxylum cuspidifolium cafézinho, cumixá Arv Nativa mad Restrita (NE, SE e S) Fl. At. X X
Rara (NE: PE e BA)Fl. At. e
Erythroxylaceae Erythroxylum distortum cafézinho, cumixá Arv Nativa mad X
Caa
Erythroxylaceae Erythroxylum flaccidum cafézinho, cumixá Arv Nativa mad Ampla X
Erythroxylaceae Erythroxylum grandifolium jaqueira-da-mata Arv Nativa mad Rara (NE: PE e BA)Fl. At. X X
Erythroxylaceae Erythroxylum mucronatum cafézinho, cumixá Arv Nativa mad Ampla X X X X
Erythroxylaceae Erythroxylum nummularia cafézinho, cumixá Arb Nativa mad Ampla X X
Erythroxylaceae Erythroxylum ochranthum cafézinho, Arb Nativa mad Restrita (NE: BA PB, X X
Erythroxylaceae Erythroxylum passerinum cafézinho, cumixá Arb Nativa mad Ampla X X
Erythroxylaceae Erythroxylum squamatum cafézinho,cumixá Arv Nativa mad Ampla X X X X
Erythroxylaceae Erythroxylum subrotundum cafézinho, cumixá Arb Nativa mad Ampla X X
Euphorbiaceae Acalypha brasiliensis Arb Nativa Ampla X X
Euphorbiaceae Acalypha multicaulis Arb Nativa Ampla X X
Euphorbiaceae Actinostemon concolor Arv Nativa mad Ampla X
Euphorbiaceae Actinostemon verticillatus Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Euphorbiaceae Aparisthmium cordatum Arv Nativa mad Disjunta (N, NE, SE e CO) Fl. X

281
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
At. e Fl. Am.

Euphorbiaceae Astraea lobata Sub Nativa rud Ampla X X X


Euphorbiaceae Bernardia sidoides Erv Nativa rud Ampla X
Disjunta(NE e SE) Fl. At. e
Euphorbiaceae Cnidoscolus oligandrus Arv Nativa X X
Caa
Euphorbiaceae Cnidoscolus urens urtiga-branca Arb Nativa rud Ampla X X X X
Euphorbiaceae Croton floribundus capixingui, marmeleiro Arv Nativa mad Ampla X X X
Euphorbiaceae Croton heliotropiifolius Arb Nativa Ampla X X
Euphorbiaceae Croton sellowii Sub S/I S/I X X X
Euphorbiaceae Croton glandulosus Sub S/I S/I X X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Euphorbiaceae Dalechampia alata Tre Nativa X X
Caa
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Euphorbiaceae Dalechampia brasiliensis tamiarana Tre Nativa X
Caa
Dalechampia
Euphorbiaceae tamiarana Tre Nativa Ampla X
convolvuloides
Disjunta (NE:BA e PE) Fl. At.
Euphorbiaceae Dalechampia peckoltiana Tre Nativa X X
e Caa
Dalechampia Disjunta (N e NE) Fl. Am e Fl.
Euphorbiaceae tamiarana Tre Nativa X X X X
pernambucensis At.
Euphorbiaceae Euphorbia heterophylla Sub Nativa rud Ampla X X
Euphorbiaceae Euphorbia hirta Erv Nativa rud Ampla X
Euphorbiaceae Euphorbia hyssopifolia Erv Nativa rud Ampla X X X X
Euphorbiaceae Euphorbia thymifolia Erv Nativa rud Ampla X X X X
Euphorbiaceae Euphorbia hirta Erv Nativa rud Ampla X
Euphorbiaceae Gymnanthes verticillata Arv S/I mad S/I X
Euphorbiaceae Hevea brasiliensis seringueira Arv Exótica mad Ampla X X
Euphorbiaceae Hieronyma alchorneoides marfim Arv Nativa mad Rara X X X
Disjunta(N e NE) Fl. At. e Fl
Euphorbiaceae Mabea occidentalis canudo-de- cachimbo Arv Nativa mad X X X X
Am.
Euphorbiaceae Mabea piriri canudo-de- cachimbo Arv Nativa mad Ampla X

282
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Euphorbiaceae Manihot esculenta macaxeira Erv Exótica alim Cultivada X X X
Euphorbiaceae Manihot sp. Arv S/I S/I X X
Euphorbiaceae Maprounea guianensis vaquinha-vermelha Arv Nativa mad Ampla X X
Euphorbiaceae Microstachys corniculata Erv Nativa Ampla X X
Pogonophora
Euphorbiaceae cocão Arv Nativa mad Ampla X X X X
schomburgkiana
Euphorbiaceae Ricinus communis mamona, carrapateira Arv Exótica inv, cien Ampla X X
Euphorbiaceae Sapium glandulosum burra-leiteira Arv Nativa mad Ampla X X X X
Euphorbiaceae Senefeldera verticillata marfim Arv Nativa mad Restrita (NE eSE) Fl. At. X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Euphorbiaceae Bia lessertiana tragia Tre Nativa X
At.
Euphorbiaceae Tragia volubilis tragia Tre Nativa Ampla X X
Fabaceae Abarema cochliacarpos babatenon Arv Nativa mad, med, orn, cien Ampla X X X
Fabaceae Abarema filamentosa Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Fabaceae Abarema jupunba saboeiro Arv Nativa mad Ampla X
Fabaceae Albizia pedicellaris jaguarana Arv Nativa Ampla X X X X
Fabaceae Albizia polycephala camudrongo Arv Nativa mad Ampla X X X X
Fabaceae Apuleia leiocarpa jutaí Arv Nativa mad, orn Ampla X
Fabaceae Apuleia leiocarpa jutaí Arv Nativa mad, orn Ampla X
Fabaceae Andira fraxinifolia angelin Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Fabaceae Andira legalis angelin Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Fabaceae Andira nitida angelin-amargoso Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Fabaceae Andira surinamensis angelin Arv Nativa mad, orn Ampla X
Fabaceae Bauhinia forficata mororó Arv Nativa mad, orn Restrita (NE,S,SE) Fl. At. X X
Fabaceae Bauhinia membranacea mororó Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Fabaceae Bowdichia virgilioides sucupira-preta Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Restrita (NE e SE) Fl. At.
Fabaceae Caesalpinia echinata pau-brasil Arv Nativa mad, med, orn, cien X X
(ameaçada de extinção)
Fabaceae Caesalpinia pulcherrima flamboyanzinho Arv Exótica orn Ampla X X

283
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
cipó-de-macaco,
Fabaceae Calopogonium caeruleum Tre Nativa Ampla X X X
mucuna- preta
Fabaceae Canavalia brasiliensis Tre Nativa Ampla X X X X
Fabaceae Canavalia dictyota Tre Nativa Ampla X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Fabaceae Canavalia parviflora Tre Nativa X
Caa
Fabaceae Centrolobium tomentosum ingá-peludo Arv Nativa Ampla X
Fabaceae Centrosema brasilianum Tre Nativa Ampla X X X X
Fabaceae Centrosema plumieri Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Centrosema pubescens Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Cleobulia cf. multiflora Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Chloroleucon foliolosum Arv Nativa mad Ampla X X
Fabaceae Copaifera duckei copaíba Arv Nativa mad, med, orn Ampla X
Fabaceae Copaifera langsdorffii copaíba, pau-d’óleo Arv Nativa mad, med, orn Ampla X X
Fabaceae Copaifera cf. trapezifolia Arv Nativa mad, med, orn Ampla X X
Fabaceae Chamaecrista desvauxii Erv Nativa Ampla X
Fabaceae Chamaecrista diphylla Sub Nativa Ampla X X
Fabaceae Chamaecrista ensiformis coração Arv Nativa mad Ampla X X X X
Fabaceae Chamaecrista nictitans Sub Nativa Ampla X X X
Chamaecrista cf.
Fabaceae Sub Nativa Disjunta (NE) Fl. At. E Caa X
pascuorum
Fabaceae Chamaecrista repens Arb Nativa Ampla X X X
Fabaceae Clitoria fairchildiana sombreiro Arv Exótica mad, orn Ampla X X X
Fabaceae Clitoria falcata Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Clitoria laurifolia Sub Nativa Ampla X
Fabaceae Collaea speciosa Sub Nativa Ampla X
Fabaceae Cratylia mollis Sub Nativa Disjunta(NE) Fl At. e Caa X
Fabaceae Crotalaria holosericea Sub Nativa inv, rud Disjunta(NE) Fl At. e Caa X
Fabaceae Crotalaria retusa Sub Exótica inv, rud Ampla X

284
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Fabaceae Crotalaria stipularia Arb Nativa inv, rud Ampla X X
Fabaceae Delonix regia flambloyant Arv Exótica orn Ampla X X
Fabaceae Desmanthus virgatus Sub Nativa inv, rud Ampla X X X
Fabaceae Desmodium barbatum Sub Nativa inv, rud Ampla X
Fabaceae Desmodium distortum Sub Nativa inv, rud Ampla X
Fabaceae Desmodium incanum Sub Nativa inv, rud Ampla X X
Fabaceae Dialium guianense quiri, pau- ferro-da-mata Arv Nativa mad Ampla X X X X
Fabaceae Dioclea violacea mucunã Tre Nativa Ampla X X
Fabaceae Dioclea virgata mucunã Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Diplotropis incexis Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Disjunta (N, NE e CO) Fl. Am.
Fabaceae Diplotropis purpurea sucupira-preta Arv Nativa mad X X
e Fl. At.
Disjunta (N e NE) Fl. At. e Fl.
Fabaceae Dipteryx odorata cumaru Arv Nativa mad X
Am.
Fabaceae Exostyles venusta Arv Nativa mad Rara (NE:BA) Fl. At. X
mad, alim, med, orn,
Fabaceae Hymenaea courbaril jatobá Arv Nativa Ampla X X X X
cien
mad, alim, med, orn,
Fabaceae Hymenaea rubriflora jatobá Arv Nativa Restrita (NE) Fl. At. X X
cien
Fabaceae Hymenolobium janeirense Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Fabaceae Indigofera suffruticosa indigo Arb Nativa inv Ampla X X
Fabaceae Inga bahiensis ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Restrita (NE) Fl. At. X X X
Fabaceae Inga blanchetiana ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Fabaceae Inga bollandii ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Restrita (NE) Fl. At. X X X
Fabaceae Inga capitata ingá-de-embira Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X
ingá-peludo, ingá-de- Disjunta (N e NE) Fl. At. e Fl.
Fabaceae Inga chrysantha Arv Nativa mad, alim, orn, cien X X X
cabelo Am.
Fabaceae Inga edulis ingá-caixão, ingá-tripa, Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X X
Fabaceae Inga flagelliformis ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
Fabaceae Inga ingoides ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X

285
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Fabaceae Inga laurina ingá, ingaí Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
Fabaceae Inga marginata ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X
Fabaceae Inga cf. striata ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X
Fabaceae Inga sessilis ingá Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X
ingá-de-várzea, ingá-
Fabaceae Inga thibaudiana Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X X X
cipó
Fabaceae Inga vera ingá-do-brejo Arv Nativa mad, alim, orn, cien Ampla X X
Fabaceae Machaerium aculeatum espinheiro Arv Nativa mad, orn Ampla X
Fabaceae Machaerium brasiliense Arv Nativa mad, orn Ampla X
Fabaceae Machaerium hirtum espinheiro Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Fabaceae Machaerium salzmmannii Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Fabaceae Macroptilium lathyroides Sub Nativa inv, rud Ampla X X
Fabaceae Macroptilium prostratum Sub Nativa inv, rud Ampla X
Fabaceae Mimosa caesalpiniifolia sabiá Arv Nativa mad, med, orn, cien Cultivada X X X X
Fabaceae Mimosa camporum Erv Nativa Ampla X
Fabaceae Mimosa pigra Arb Nativa Ampla X X X
Fabaceae Mimosa polydactyla Erv Nativa Ampla X
Fabaceae Mimosa pudica maliça Sub Nativa inv Ampla X X X X
Fabaceae Mimosa quadrivalvis Erv Nativa S⁄I X
Fabaceae Mimosa sensitiva Erv Nativa inv Ampla X
Fabaceae Mimosa somnians Erv Nativa inv Ampla X X
Fabaceae Mimosa verrucosa Arv Nativa Ampla X X
Fabaceae Mucuna pruriens Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Ormosia bahiensis sucupira-baraquim Arv Nativa mad, orn Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X X X
Fabaceae Ormosia nitida Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e ES) Fl. At. X
Disjunta (N e NE) Fl. At. e Fl
Fabaceae Parkia pendula visgueiro Arv Nativa mad, cien X X X X
Am.
Fabaceae Peltogyne recifensis barabú Arv Nativa mad Rara (NE: PE) Fl.At. X

286
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
pata-de-vaca, escada-
Fabaceae Phanera outimouta Tre Nativa Ampla X X X X
de-macaco
Fabaceae Phanera radiata mororó Tre Nativa Ampla X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Fabaceae Phanera trichosepala Tre Nativa X
Caa.
Fabaceae Plathymenia foliolosa amarelo Arv Nativa mad Ampla X X X X
Fabaceae Plathymenia reticulata Arv Nativa mad Ampla X
Fabaceae Pterocarpus rohrii pau-sangue Arv Nativa mad Ampla X X
Fabaceae Rhynchosia pyramidalis Tre Nativa Ampla X X X
Fabaceae Samanea saman bordão-de- velho Arv Exótica mad, orn Ampla X X X X
Fabaceae Senegalia polyphylla Arv Nativa mad Ampla X
Fabaceae Senegalia tenuifolia Arv Nativa mad Ampla X X X X
Fabaceae Senna cana Arb Nativa orn Ampla X X
Fabaceae Senna georgica Arb Nativa orn Ampla X X
Fabaceae Senna macranthera canjuão Arb Nativa orn Ampla X X X X
Fabaceae Senna obtusifolia Arb Nativa orn Ampla X X
Fabaceae Senna quinquangulata Arb Nativa orn Ampla X X X
Fabaceae Senna spectabilis Arb Nativa orn Ampla X
Fabaceae Sesbania virgata sesbania Arb Nativa orn, inv Ampla X X
Stryphnodendron
Fabaceae favinha Arv Nativa mad Ampla X X X X
pulcherrimum
Fabaceae Stylosanthes capitata estilosante Sub Nativa inv Ampla X
Fabaceae Stylosanthes guianensis estilosante Sub Nativa inv Ampla X X
Fabaceae Stylosanthes scabra estilosante Sub Nativa inv Ampla X
Fabaceae Stylosanthes viscosa estilosante Sub Nativa inv Ampla X X
Ampla (ameaçada de
Fabaceae Swartzia pickelii rins de boi, jacarandá Arv Nativa mad, orn, cien X X X X
extinção)
Fabaceae Tachigali densiflora ingá-porco Arv Nativa mad Restrita (NE e SE), Fl. At. X X X X
Fabaceae Tephrosia cinerea Erv Nativa Ampla X

287
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Restrita (NE: PE, BA, AL) Fl.
Fabaceae Trischidium limae Arv Nativa mad X
At.
Fabaceae Vigna luteola Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Vigna peduncularis Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Vigna vexillata Tre Nativa Ampla X
Fabaceae Zapoteca portoricensis Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Fabaceae Zollernia ilicifolia Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Fabaceae Zollernia paraensis Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Gentianaceae Coutoubea spicata Sub Nativa orn Ampla X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am e Fl.
Gentianaceae Chelonanthus alatus Erv Nativa orn X X X
At.
Gentianaceae Schultesia guyanensis Erv Nativa Ampla X X X
Gentianaceae Voyria caerulea Erv Nativa Ampla X
Gentianaceae Voyria obconica Erv Nativa Ampla X
Gentianaceae Voyria tenella Erv Nativa Ampla X
Gesneriaceae Drymonia coccinea Arb Nativa orn Ampla X
Heliconiaceae Heliconia psittacorum helicônia Erv Nativa orn Ampla X X X X
Heliconiaceae Heliconia spatho-circinada helicônia Erv Nativa orn Ampla X
Sparattanthelium
Hernandiaceae Arv Nativa Ampla X X X X
botocudorum
Sparattanthelium
Hernandiaceae Arv Nativa Ampla X
tupiniquinorum
Humiriaceae Sacoglottis mattogrossensis Arv Nativa mad Ampla X
Hydrocharitaceae Egeria densa Erv aq Nativa orn Ampla X X X
Hypericaceae Vismia guianensis lacre Arv Nativa med Ampla X X X X
Icacinaceae Citronella sp. manoel-gonçalves Arv S/I S⁄I X X
Icacinaceae Emmotum nitens Arv Nativa Ampla X X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Lacistemataceae Lacistema robustum cocão -branco Arv Nativa mad X X
Cer.
Lamiaceae Aegiphila chrysantha Arb Nativa Ampla X X X X

288
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Lamiaceae Aegiphila pernambucensis Arb Nativa Rara (NE: PB, PE) Fl. Atl. X X X X
Lamiaceae Aegiphila racemosa Arb Nativa Ampla X
Lamiaceae Aegiphila sellowiana tamanqueira Arv Nativa mad Ampla X X X X
Lamiaceae Leonotis nepetifoia cordão-de-frade Sub Exótica inv Ampla X X X
Lamiaceae Marsypianthes chamaedrys Erv Nativa inv Ampla X
Lamiaceae Vitex polygama Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Lamiaceae Vitex rufescens Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Lamiaceae Vitex trifolia Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Lauraceae Cassytha filiformis Erv Nativa Ampla X
Lauraceae Cinnamomum zeylanicum canela Arv Exótica mad, med, orn, cien Ampla X
Lauraceae Nectandra cuspidata louro Arv Nativa mad Ampla X X
Lauraceae Ocotea acutangula louro Arv S/I mad Venezuela X
Disjunta (N, NE e Venezuela)
Lauraceae Ocotea canaliculata louro Arv Nativa X X
Fl.Am. e Fl. At.
Lauraceae Ocotea gardneri louro Arv Nativa mad Ampla X X X X
Lauraceae Ocotea glauca louro Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Lauraceae Ocotea glomerata louro-cagão Arv Nativa mad Ampla X X X X
Lauraceae Ocotea cf. indecora louro Arv Nativa mad Ampla X
Disjunta (NE) Fl. At., Caa e
Lauraceae Ocotea cf. limae louro Arv Nativa mad X
Car
Disjunta (N, NE, SE e CO) Fl.
Lauraceae Ocotea longifolia louro-verdadeiro Arv Nativa X X X
Am. e Fl. At.
Disjunta (NE, CO, SE) Fl. At. e
Lauraceae Ocotea nitida louro Arv Nativa mad X X
Cerr
Lauraceae Ocotea odorifera canela-sassafrás Arv Nativa mad Ampla X
Lauraceae Ocotea aff. Puberula louro Arv Nativa mad Ampla X
mad, alim, med, orn,
Lauraceae Persea americana abacateiro Arv Exótica Ampla X X
cien
Restrita (NE: AL,BA,PE), Fl.
Lecythidaceae Eschweilera alvimii imbiridiba Arv Nativa mad, orn X X
At.
Lecythidaceae Eschweilera apiculata Arv Nativa mad, orn Disjunta (N, NE: MA) Fl. Am e X

289
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Fl. Am.

Lecythidaceae Eschweilera ovata imbiriba Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X


Lecythidaceae Gustavia augusta japaranduba Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Lecythidaceae Lecythis pisonis sapucaia Arv Nativa mad, cien Ampla X X X X
Disjunta (N, NE e SE) Fl Am.
Lecythidaceae Lecythis lurida sapucarana Arv Nativa mad, orn X X
e Fl. At.
Lentibulariaceae Utricularia gibba Erv Nativa Ampla X
Lentibulariaceae Utricularia pusilla Erv Nativa Ampla X
Loganiaceae Mitreola petiolata Erv Nativa Ampla X X
Loganiaceae Spigelia anthelmia lombrigueira Erv Nativa med Ampla X X X
Loganiaceae Spigelia flemmingiana Sub Nativa Ampla X X
Loganiaceae Strychnos bahiensis Tre Nativa Rara (NE:BA) Fl. At. X X X X
Loganiaceae Strychnos parviflora Tre Nativa Ampla X
Loranthaceae Phthirusa pyrifolia erva-de-passarinho Epi Nativa Ampla X
Loranthaceae Psittacanthus cordatus erva-de-passarinho Epi Nativa Ampla X
Loranthaceae Psittacanthus dichrous erva-de-passarinho Epi Nativa Ampla X
Loranthaceae Struthanthus marginatus erva-de-passarinho Epi Nativa Ampla X X X
Loranthaceae Struthanthus polyrhyzus erva-de-passarinho Epi Nativa Ampla X
Lythraceae Cuphea calophylla Erv Nativa Ampla X
Lythraceae Cuphea carthagenensis Erv Nativa Ampla X X X
Lythraceae Cuphea flava Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Lythraceae Rotala ramosior Erv Exótica Ampla X
Malpighiaceae Bunchosia maritima cereja-do-mato Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Malpighiaceae Byrsonima crispa murici-boi Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X X
Malpighiaceae Byrsonima gardnerana murici Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X
Malpighiaceae Byrsonima sericea murici-da-mata Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X X X
Malpighiaceae Byrsonima verbacifolia murici-de-tabuleiro Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X

290
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Malpighiaceae Diplopterys sp. Arv S/I S⁄I X X
Malpighiaceae Heteropterys nordestina Tre Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Malpighiaceae Heteropterys nervosa Tre Nativa Ampla X X
Malpighiaceae Malpighia glabra acerola Arv Exótica alim, orn Ampla X X X
Malpighiaceae Mascagnia psilophylla Tre S/I Bolívia, Peru, Brasil X
Malpighiaceae Niedenzuella acutifolia Tre Nativa Ampla X
Malpighiaceae Stigmaphyllon blanchetii Tre Nativa Ampla X
Malpighiaceae Stigmaphyllon salzmannii Tre Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Malpighiaceae Tetrapterys phlomoides Tre Nativa Ampla X
Malpighiaceae Tetrapterys mucronata Tre Nativa Ampla X X X X
Malvaceae Abutilon woronowii Arb S/I orn Venezuela X X X
Malvaceae Apeiba albiflora pau-de-jangada Arv Nativa mad, orn Ampla X
Malvaceae Apeiba tibourbou pau-de-jangada Arv Nativa mad, orn Ampla X X X X
Malvaceae Bakeridesia bezerrae Arb S/I S⁄I X X
Malvaceae Basiloxylon brasiliensis farinha-seca Arv Nativa mad, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Malvaceae Christiana africana Arv Nativa mad Ampla X X
Malvaceae Eriotheca macrophylla munguba Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X X
Malvaceae Guazuma ulmifolia mutamba Arv Nativa mad Ampla X X X X
Malvaceae Hydrogaster trinervis Arv Nativa Restrita (NE e SE)Fl. At. X X
Malvaceae Luehea ocrophylla açoita-cavalo Arv Nativa mad Ampla X X X X
Malvaceae Luehea paniculata açoita-cavalo Arv Nativa mad Ampla X X
Malvaceae Luehea speciosa açoita-cavalo Arv Nativa mad Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. At. e Fl.
Malvaceae Pachira aquatica carolina Arv Nativa mad, orn X X X X
Am.
Malvaceae Pavonia cancellata Erv Nativa Ampla X X X
Disjunta (N e NE) Fl. At. e Fl.
Malvaceae Pavonia fruticosa carrapicho Sub Nativa X X X
Am.
Malvaceae Pavonia malacophylla Sub Nativa Ampla X

291
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Malvaceae Sida cordifolia Sub Nativa inv, rud Ampla X
Malvaceae Sida glomerata Sub Nativa inv, rud Ampla X
Malvaceae Sida linifolia Sub Nativa inv, rud Ampla X X X
Malvaceae Sida planicaulis Sub Nativa inv, rud Ampla X X X
Malvaceae Sidastrum micranthum Sub Nativa inv, rud Ampla X
Malvaceae Sidastrum paniculatum Sub Nativa inv, rud Ampla X X
Malvaceae Triumfetta althaeoides carrapicho Arb Nativa inv Ampla X X X
Malvaceae Triumfetta semitriloba carrapicho Sub Nativa inv Ampla X X X X
Malvaceae Urena lobata Arb Nativa inv, rud Ampla X
Malvaceae Waltheria communis Sub Nativa Ampla X
Malvaceae Waltheria indica Sub Exótica inv, rud Ampla X X X
Malvaceae Waltheria viscosissima Sub Nativa Ampla X X X
Maranthaceae Calathea cf. brasiliensis Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Maranthaceae Calathea cf. cylindrica Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Rara (PE), apesar de não ter
Maranthaceae Ctenanthe caetes Erv Nativa orn X
encontrado registros (*, **)
Rara (PE), apesar de não ter
Maranthaceae Ctenanthe pernambucensis Erv Nativa orn X X
encontrado registros (*, **)
Maranthaceae Ischnosiphon gracilis Erv Nativa orn Ampla X
Maranthaceae Maranta anderssoniana Erv Nativa orn Rara (NE: PE, AL) Fl. Atl. X
Maranthaceae Maranta arundinacea Erv Exótica orn Ampla X
Disjunta (NE e SE) FL. At. e
Maranthaceae Maranta zingiberina Erv Nativa orn X X
Caa
Maranthaceae Monotagma plurispicatum Erv Nativa orn Ampla X X X
Maranthaceae Stromanthe tonckat Erv Nativa orn Ampla X X X
Maranthaceae Stromanthe porteana Erv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Marcgraviaceae Marcgravia cf. coriacea Tre Nativa orn Ampla X
Disjunta (NE e N) FL. At. e Fl.
Marcgraviaceae Marcgravia umbellata Tre Nativa orn X
Am.

292
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Disjunta (NE e N) FL. At. e Fl.
Marcgraviaceae Souroubea guianensis Tre Nativa orn X
Am.
Peru e Brasil (sem
Melastomataceae Aciotis longifolia Arb S/I orn distribuição especifica X
detalhada)
Melastomataceae Acisanthera punctatisima Sub S/I orn S⁄I X
Melastomataceae Bertolonia marmorata Erv Nativa orn Rara (PE, BA) Fl. At. X
Melastomataceae Clidemia capitellata Sub Nativa orn Ampla X X X X
Melastomataceae Clidemia debilis Sub Nativa orn Ampla X X X
Melastomataceae Clidemia hirta Sub Nativa orn Ampla X X X X
Melastomataceae Henriettia succosa manipueira Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Melastomataceae Leandra sp. Arb S/I S⁄I X X X
Melastomataceae Miconia albicans carrasco Sub Nativa Ampla X X X X
Melastomataceae Miconia amacurensis Arv Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia amoena Arv Nativa Ampla X
Melastomataceae Miconia calvescens caramundé Arv Nativa Ampla X X X
Melastomataceae Miconia candolleana Arb S/I mad S⁄I X X
Melastomataceae Miconia ciliata Arb Nativa Ampla X X X
Restrita (NE: PE, BA, AL) Fl.
Melastomataceae Miconia compressa Arb Nativa mad X
At.
Melastomataceae Miconia cuspidata Arb Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia cf. discolor Arv Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia dodecandra Arv Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia falconi Arv S/I mad S⁄I X
Melastomataceae Miconia francavillana remela-de-velho Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X X
Melastomataceae Miconia holosericea Arv Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia hypoleuca carrasco Arv Nativa mad Ampla X X X X
Melastomataceae Miconia ligustroides Arb Nativa Ampla X
Melastomataceae Miconia lurida Arv Nativa mad Rara (NE: BA, PE) Fl. At. X

293
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Melastomataceae Miconia minutiflora sabiazeira Arb Nativa mad Ampla X X X X
Melastomataceae Miconia mirabilis Arv Nativa mad Ampla X
Melastomataceae Miconia multiflora*,** Arv S/I Bolivia e Venezuela X X
Melastomataceae Miconia nervosa Arv Nativa Ampla X
Melastomataceae Miconia prasina carrasco Arv Nativa Ampla X X X X
Melastomataceae Miconia pyrifolia Arv Nativa Ampla X
Melastomataceae Mouriri regeliana Arb Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Melastomataceae Pterolepis glomerata Erv Nativa Ampla X X X X
Melastomataceae Pterolepis henricquiana Erv S/I S⁄I X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Melastomataceae Pterolepis polygonoides Erv Nativa X
Caa
Melastomataceae Pterolepis trichotoma Erv Nativa Ampla X
Meliaceae Cedrela sp. cedro Arv S/I S⁄I X X
Meliaceae Guarea guidonia jitó Arv Nativa mad Ampla X X X X
Meliaceae Guarea kunthiana Arv Nativa mad Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Meliaceae Guarea macrophylla Arv Nativa mad X
At
Meliaceae Trichilia hirta Arv Nativa mad Ampla X
Meliaceae Trichilia lepidota leiteiro Arv Nativa mad Ampla X X X X
Meliaceae Trichilia quadrijuga Arv Nativa mad Ampla X X
Meliaceae Trichilia ramalhoi Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Menispermaceae Cissampelos andromorpha Tre Nativa Ampla X X
Menispermaceae Cissampelos glaberrima Tre Nativa Ampla X X X
Molluginaceae Mollugo verticillata Erv Nativa inv Ampla X
Moraceae Artocarpus altilis fruta-pão Arv Exótica alim Cultivada X X
Moraceae Artocarpus heterophyllus jaqueira Arv Exótica alim Cultivada X X X X
Moraceae Brosimum discolor quiri Arv S/I mad, alim Bolívia e Peru X X X
Moraceae Brosimum gaudichaudii quiri Arv Nativa mad, alim Ampla X

294
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Moraceae Brosimum guianense quiri Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Moraceae Brosimum rubescens conduru Arv Nativa Ampla X X X
Moraceae Clarisia racemosa oiticica Arv Nativa mad, alim Ampla X
Moraceae Ficus gomelleira figueira Arv Nativa Ampla X X
Moraceae Ficus trigonata figueira Arv Nativa Ampla X
Moraceae Helicostylis tomentosa amora Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Moraceae Sorocea bonplandii pau-tiú Arv Nativa Ampla X X X
Disjunta (NE, SE e S) Fl. At. e
Moraceae Sorocea hilarii pau-tiú Arv Nativa X X X X
Cer
Musaceae Musa x paradisiaca banana Arv Exótica alim Cultivada X X X
Myristicaceae Compsoneura ulei Arv Nativa mad Disjunta (N e NE) X
Disjunta (N e SE) Fl. At. e Fl.
Myristicaceae Virola gardneri urucuba Arv Nativa mad X X
Am.
Myrtaceae Calyptranthes brasiliensis murta Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Calyptranthes clusiifolia Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Calyptranthes dardanoi Arv Nativa mad, alim Rara (NE: PE) Fl. At. X X
Myrtaceae Calyptranthes grandifolia murta Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Calyptranthes polyantha Arv S/I mad, alim Restrita (S,SE e NE) Fl. At. X X
Myrtaceae Calyptranthes widgreniana Arv Nativa mad, alim Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Myrtaceae Campomanesia dichotoma guabiroba Arv Nativa mad, alim Ampla X X X
Myrtaceae Campomanesia triflora Arv S/I mad, alim S⁄I X
Campomanesia
Myrtaceae guabiroba Arv Nativa mad, alim Ampla X
xanthocarpa
Myrtaceae Eucaliptus citriodora eucalipto Arv Exótica mad Ampla X X X
Myrtaceae Eugenia bimarginata Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Eugenia florida Arv Nativa mad, alim Ampla X X
Myrtaceae Eugenia candolleana Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Eugenia hirta Arb Nativa mad, alim Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Myrtaceae Eugenia lambertiana Arv Nativa mad, alim Ampla X

295
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Myrtaceae Eugenia punicifolia Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Eugenia sprengelli murta Arv Nativa mad, alim Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Myrtaceae Eugenia umbrosa Arv Nativa mad, alim Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Myrtaceae Eugenia uniflora pitanga Arv Nativa mad, alim Ampla X X X
Myrtaceae Guajava cattleyana Arv Nativa mad, alim China X
Myrtaceae Gomidesia blanchetiana Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Gomidesia spectabilis Arb Nativa mad, alim Restrita (S, SE e NE) Fl. At. X
Myrtaceae Marlieria sp. Arv S/I S⁄I X X
Myrtaceae Myrcia bergiana Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Myrcia fallax goiabinha, batinga Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Myrtaceae Myrcia guianensis Arv Nativa mad, alim Ampla X X
Myrtaceae Myrcia hirtiflora Arv Nativa mad, alim Restrita (NE) Fl. At X
Myrtaceae Myrcia multiflora maripunga Arv Nativa mad, alim Ampla X X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Myrtaceae Myrcia obovata Arv Nativa mad, alim X
Cer
Myrtaceae Myrcia racemosa Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Myrcia spectabilis Arv Nativa mad, alim Restrita (S,SE,NE) Fl. At. X X
Myrtaceae Myrcia splendens murta, purpunha Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Myrtaceae Myrcia sylvatica murta Arv Nativa mad, alim Ampla X X X X
Myrtaceae Myrcia tomentosa murta Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Myrciaria ferruginea Arv Nativa mad, alim Restrita (SE e NE) Fl. At. X
Myrtaceae Myrciaria tenella cambui Arv Nativa mad, alim Ampla X
Myrtaceae Plinia cauliflora Arv Nativa mad, alim Restrita (SE e S) Fl. At. X X
Myrtaceae Psidium guajava goiaba Arv Exótica mad, alim, med Cultivada X X X X
Myrtaceae Psidium guineense araçá Arb Nativa mad, alim Ampla X X X X
Myrtaceae Psidium guyanense Arb Nativa mad, alim Ampla X X
azeitona-preta,
Myrtaceae Syzygium jabolanum Arv Exótica mad, alim Cultivada X X X X
jambolão

296
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Myrtaceae Syzygium malaccense jambo vermelho Arv Exótica mad, alim Cultivada X X X
Nyctaginaceae Boerhavia coccinea piga-pinto, erva-tostão Erv Exótica inv Ampla (Ruderal) X
Nyctaginaceae Guapira hirsuta maria-mole, joão-mole Arv Nativa Ampla X X
Nyctaginaceae Guapira nitida maria-mole, joão-mole Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Nyctaginaceae Guapira noxia maria-mole, joão-mole Arv Nativa Ampla X X X
Nyctaginaceae Guapira obtusata maria-mole, joão-mole Arv Nativa Ampla X
Nyctaginaceae Guapira opposita maria-mole, joão-mole Arv Nativa Ampla X X X X
Ochnaceae Ouratea castaneifolia Arv Nativa mad Ampla X X
Ochnaceae Ouratea crassa Arv Nativa mad Restrita (NE: BA, PE e SE) X
Ochnaceae Ouratea fieldingiana Arv Nativa mad Ampla X X
Ochnaceae Ouratea hexasperma macaxeira Arv Nativa mad Ampla X X
Ochnaceae Ouratea polygina macaxeira Arv Nativa mad Ampla X
Ochnaceae Sauvagesia erecta Erv Nativa rud Ampla X X X
Olacaceae Ximenia americana ameixa-de-passarinho; Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Onagraceae Ludwigia octovalvis Sub Nativa orn Ampla X X X X
Orchidaceae Cyrtopodium sp. Erv S/I S⁄I X X
Orchidaceae Dimerandra emarginata Epi Nativa orn Ampla X
Orchidaceae Epidendrum rigidum Erv Nativa orn Ampla X
Orchidaceae Microchilus densiflorus Erv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Orchidaceae Oceoclades maculata Erv Nativa Ampla X X X X
Orchidaceae Prescottia stachyodes Erv Nativa Ampla X
Orchidaceae Sarcoglottis grandiflora Erv Nativa Ampla X X X X
Orchidaceae Vanilla bahiana baunilha Tre Nativa alim Ampla X X
Orchidaceae Vanilla planifolia baunilha Tre Nativa alim Ampla X X
Oxalidaceae Oxalis cratensis Erv Nativa Ampla X X X
Passifloraceae Passiflora alata maracujá- bravo Tre Nativa alim Ampla X

297
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Passifloraceae Passiflora cincinnata maracujá- bravo Tre Nativa alim, orn Ampla X
Disjunta (NE e SE) Fl. At e
Passifloraceae Passiflora contracta maracujá- bravo Tre Nativa alim X
Caa
Disjunta (NE e SE) Fl. At e
Passifloraceae Passiflora edmundoi maracujá-bravo Tre Nativa alim X
Caa
Passifloraceae Passiflora edulis maracujá Tre Nativa alim, orn Ampla X
Passifloraceae Passiflora galbana maracujá Tre Nativa alim Ampla X X
Passifloraceae Passiflora misera maracujá Tre Nativa alim Ampla X
Passifloraceae Passiflora mucronata maracujá Tre Nativa alim Ampla X
Passifloraceae Passiflora ovalis maracujá-do- mato Tre Nativa alim Ampla X X
Passifloraceae Passiflora suberosa Tre Nativa alim Ampla X
Passifloraceae Passiflora watsoniana maracujá do mato Tre Nativa alim Ampla X X X
Peraceae Chaetocarpus echinocarpus Arv Nativa mad Ampla X X X X
Peraceae Chaetocarpus myrsinites Arb Nativa mad Ampla X X
Peraceae Pera glabrata sete-cascos Arv Nativa mad Ampla X X
Phyllanthaceae Amanoa guianensis Arb Nativa mad Ampla X
Phyllanthaceae Margaritaria nobilis Arv Nativa mad Ampla X X
Phyllanthaceae Phyllanthus gradyi Arb Nativa Rara (NE: PE, AL) X
Phyllanthaceae Phyllanthus juglandifolius Arb Nativa Ampla X X
Phyllanthaceae Phyllanthus niruri quebra-pedra Erv Nativa med Ampla X
Phyllanthaceae Phyllanthus orbiculatus quebra-pedra Erv Nativa Ampla X
Phyllanthaceae Phyllanthus tenellus quebra-pedra Erv Nativa Ampla X
Phyllanthaceae Richeria grandis jaqueira-d’água Arv Nativa mad Ampla X X
Phyllanthaceae Phyllanthus sp. quebra-pedra Sub S/I S⁄I X X
Phytolaccaceae Microtea paniculata Erv Nativa inv, rud Ampla X X
Phytolaccaceae Rivina humilis Erv Nativa Ampla X X
Restrita (NE: PB, PE, AL)Fl.
Picramniaceae Picramnia andrade-limae Arv Nativa orn X X X
At.
Picramniaceae Picramnia gardneri subsp. Arv Nativa orn Rara (NE: PE, AL) Fl. At. X

298
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
septentrionalis
Picramnia glazioviana
Picramniaceae freijó-da-mata Arv Nativa orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
subsp. amplifoliola
Picramniaceae Picramnia sp. Arv S/I S⁄I X X X
Piperaceae Peperomia circinnata Erv Nativa Ampla X X
Piperaceae Peperomia magnoliifolia Erv Nativa Ampla X
Piperaceae Peperomia pellucida Erv Nativa Ampla X
Piperaceae Piper aduncum pimenta-de-macaco Arb Nativa Ampla X X X X
Piperaceae Piper arboreum pimenta-de-macaco Arb Nativa Ampla X X X X
Piperaceae Piper caldens pimenta-de-macaco Arb Nativa Ampla X X
Piperaceae Piper corcovadensis pimenta-de-macaco Arb Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am e Fl.
Piperaceae Piper grande pimenta-de-macaco Arb Nativa X X
At.
Piperaceae Piper hispidum pimenta-de-macaco Sub Nativa Ampla X X
Piperaceae Piper marginatum pimenta-de-macaco Arb Nativa Ampla X X X X
Plantaginaceae Scoparia dulcis subarbusto Erv Nativa rud Ampla X X X
Poaceae Andropogon leucostachyus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Andropogon selloanus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Aristida adscensionis Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Axonopus capillaris Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Axonopus purpusii Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Bambusa vulgaris bambu Arb Exótica mad, orn Ampla X X
Poaceae Cenchrus ciliaris carrapicho Erv Exótica inv, rud Ampla X X
Poaceae Cenchrus echinatus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Chloris elata Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Chloris orthonoton Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Dactyloctenium aegyptium Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Digitaria ciliaris Erv Exótica inv, rud Ampla X

299
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Poaceae Digitaria decumbens capim- pangola Erv Exótica inv, rud Ampla X X X
Poaceae Digitaria horizontalis Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Digitaria insularis Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Digitaria nuda Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Echinochloa colona Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Echinochloa cruz-pavonis Erv Exótica Ampla X
Poaceae Echinolaena inflexa Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Eragrostis articulata Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Eragrostis ciliaris Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Eragrostis maypurensis Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Eremitis sp. Sub S/I S⁄I X X
Poaceae Eriochloa punctata Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Eustachys retusa Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Gymnopogon foliosus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Homolepis isocalycia Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Ichnanthus calvescens Erv Nativa inv, rud Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. At., Fl
Poaceae Ichnanthus dasycoleus Erv Nativa inv, rud X
Am., Caa
Poaceae Ichnanthus leiocarpus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Ichnanthus nemoralis Erv Nativa inv, rud Ampla X X X
Poaceae Ichnanthus pallens Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Lasiacis divaricata Erv Nativa inv, rud Ampla X X X X
Poaceae Lasiacis ligulata Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Lasiacis sorghoidea Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Megathyrsus maximus Erv Exótica inv, rud Ampla X
Poaceae Melinis repens Erv Nativa inv, rud Ampla X X X
Poaceae Merostachys aff. bifurcata Erv Nativa inv, rud Restrita (NE) Fl. At. X

300
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Poaceae Olyra latifolia Erv Nativa inv, rud Ampla X X X X
Poaceae Panicum pilosum Erv Nativa inv, rud Ampla X X X
Poaceae Pappophorum pappiferum Erv Nativa inv, rud Disjunta (NE) Fl. At., Caa X
Poaceae Parodiolyra micranth Erv Nativa inv Ampla X X X
Poaceae Paspalum conjugatum Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Paspalum convexum Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Paspalum coryphaeum Erv Nativa inv, rud Ampla X X
Poaceae Paspalum maritimum Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Paspalum millegrana Erv Nativa inv, rud Ampla X
Disjunta (NE: PE, BA) Fl At. e
Poaceae Paspalum oligostachyum Erv Nativa inv, rud X
Caa
Poaceae Paspalum paniculatum Erv Nativa Ampla X
Poaceae Pharus scaber Erv S/I S⁄I X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e
Poaceae Piresia leptophylla Erv Nativa inv, rud X
Fl.At
Poaceae Saccharum officinarum cana-de açúcar Arb Exótica inv, rud Ampla X X X
Poaceae Setaria vulpiseta Erv Nativa inv, rud Ampla X X X
Poaceae Streptogyna americana Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Streptostachys asperifolia Erv Nativa inv, rud Disjunta (NE) Fl Atl. e Cer X
Poaceae Sporobolus virginicus Erv Nativa inv, rud Ampla X
Poaceae Trigonidium acuminatum Erv Nativa inv, rud Ampla X X
Poaceae Urochloa fusca Erv Exótica inv, rud Ampla X
Polygalaceae Bredemeyera floribunda Tre Nativa Ampla X X X X
Disjunta (NE e SE) Fl. At. e
Polygalaceae Bredemeyera kunthiana Tre Nativa X X X
Caa
Polygalaceae Polygala alba* Erv Exótica Ampla X
Polygalaceae Polygala bryoides Erv Nativa Ampla X
Polygalaceae Polygala longicaulis Erv Nativa Ampla X
Polygalaceae Polygala martiana Erv Nativa Ampla X X

301
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Polygalaceae Polygala paniculata Erv Nativa rud Ampla X X
Polygalaceae Securidaca diversifolia Tre Nativa Ampla X X X
Polygonaceae Coccoloba alnifolia Arb Nativa mad Ampla X X
Polygonaceae Coccoloba cf. confusa Arb Nativa Ampla X X
Polygonaceae Coccoloba densifrons olho-de- passarinho (ac) Arv Nativa mad Ampla X
Polygonaceae Coccoloba guianensis cabaçu Arv Nativa mad Ampla X
Polygonaceae Coccoloba laevis Arv Nativa mad Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X
Polygonaceae Coccoloba cf. latifolia Arv Nativa mad Ampla X
Polygonaceae Coccoloba mollis cabaçu Arv Nativa mad Ampla X X X X
Polygonaceae Coccoloba ochreolata Arb Nativa Ampla X X X X
Polygonaceae Coccoloba striata Arb Nativa Ampla X
Polygonaceae Polygonum hydropiper Erv Nativa Ampla X X X
Pontederiaceae Eichhornia paniculata aguapé, baronesa Erv aq Nativa orn Ampla X X X
Pontederiaceae Heteranthera oblongifolia Erv aq Nativa orn Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X
Portulacaceae Portulaca oleracea Erv Nativa rud Ampla X
Portulacaceae Talinum triangulare Erv Nativa rud Ampla X
Primulaceae Ardisia sp. Arv S/I S⁄I X
Primulaceae Clavija caloneura Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Primulaceae Cybianthus detergens Arv Nativa mad Ampla X
Primulaceae Myrsine umbellata pororoca Arv Nativa mad Ampla X
Primulaceae Myrsine guianensis pororoca Arv Nativa mad Ampla X X X X
Proteaceae Roupala paulensis carne-de-vaca Arv Nativa mad Ampla X X
Proteaceae Roupala rhombifolia carne-de-vaca Arv Nativa mad S⁄I X
Ranunculaceae Clematis dioica cabelo-de-anjo Tre Nativa orn Ampla X X X
Rhamnaceae Colubrina glandulosa suruagi Arv Nativa mad Ampla X
Rhamnaceae Gouania blanchetiana Tre Nativa Ampla X X X X

302
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Rubiaceae Alseis floribunda quina-de-são-paulo Arv Nativa mad Ampla X X X X
Rubiaceae Alseis pickelii Arv Nativa mad Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X X X X
Rubiaceae Amaioua guianensis Arv Nativa mad Ampla X X
Disjunta (NE: PB, PE, BA) Fl.
Rubiaceae Borreria humifusa Erv Nativa rud X X X
At. e Caa
Rubiaceae Borreria latifolia Erv Nativa rud Ampla X
Rubiaceae Borreria ocymifolia Erv Nativa rud Ampla X
Rubiaceae Borreria scabiosoides Erv Nativa rud Ampla X
Rubiaceae Borreria verticillata vassoura-de-botão Erv Nativa rud Ampla X X X
Disjunta (CO e NE) Fl. At. e
Rubiaceae Chomelia occidentalis Arb Nativa X X
Cer
Rubiaceae Chomelia tristis Arb Nativa Restrita (SE e NE) Fl. At X
Coccocypselum
Rubiaceae Erv Nativa orn Ampla X X
lanceolatum
Rubiaceae Coussarea contracta Arv Nativa mad Ampla X X
Rubiaceae Coussarea nodosa Arv Nativa mad Disjunta (SE e NE) X X
Rubiaceae Coutarea hexandra guiné-do-mato Arv Nativa mad, orn Ampla X
Rubiaceae Diodella apiculata Erv Nativa rud Ampla X
Rubiaceae Diodella sarmentosa Erv Nativa Ampla X
Rubiaceae Genipa americana jenipapo Arv Nativa mad, alim, med, orn Ampla X X X X
Rubiaceae Gonzalagunia dicocca Arb Nativa Ampla X
Rubiaceae Guettarda platypoda angélica Arv Nativa orn Ampla X X
Rubiaceae Guettarda viburnoides veludo Arv Nativa mad, orn Ampla X X X
Rubiaceae Mitracarpus lhotzkyanus Erv Nativa Ampla X
Rubiaceae Palicourea crocea erva-de-rato Arb Nativa orn Ampla X X X X
Rubiaceae Palicourea marcgravii Arb Nativa orn Ampla X X
Rubiaceae Posoqueria latifolia grão-de-galo Arb Nativa orn Ampla X X X
Rubiaceae Posoqueria longiflora grão-de-galo Arb Nativa orn Ampla X X
Rubiaceae Psychotria bahiensis Sub Nativa orn Ampla X X

303
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Rubiaceae Psychotria bracteocardia Sub Nativa orn Ampla X X X
Rubiaceae Psychotria capitata Arb Nativa orn Ampla X X
Rubiaceae Psychotria carthagenensis Arb Nativa Ampla X X X X
Rubiaceae Psychotria colorata beijo-de-moça Arb Nativa orn Ampla X X X X
Rubiaceae Psychotria cf. dalzielli Arb S/I orn S⁄I X X
Psychotria
Rubiaceae Arb Nativa orn Ampla X X
hoffmannseggiana
Rubiaceae Psychotria platypoda Arb Nativa orn Ampla X X X
Rubiaceae Psychotria racemosa Arb Nativa orn Ampla X
Rubiaceae Randia armata Arb Nativa Ampla X X X
Rubiaceae Richardia grandiflora Erv Nativa rud Ampla X X
Rubiaceae Rudgea jacobinensis Arv Nativa orn Disjunta (NE) Fl. At., Caa X
Disjunta (N , NE) Fl. Am e Fl.
Rubiaceae Ronabea latifolia Arb Nativa orn X
At.
Rubiaceae Sabicea cinerea Tre Nativa Ampla X X X X
Rubiaceae Sabicea grisea Tre Nativa Ampla X
Rubiaceae Salzmannia nitida Arb Nativa orn Restrita (NE) Fl. At. X
Rubiaceae Staelia aurea Erv Nativa Ampla X
Rubiaceae Tocoyena formosa Arv Nativa orn Ampla X X
Rutaceae Citrus sp. laranjeira⁄ limoeiro Arv Exótica Cultivada X X X
Rutaceae Conchocarpus insignis Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Rutaceae Ertela trifolia Sub Nativa Ampla X X X
Rutaceae Esenbeckia grandiflora limãozinho Arb Nativa mad Ampla X
Rutaceae Hortia brasiliana laranjinha Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Rutaceae Metrodorea nigra Arv Nativa mad Ampla X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Rutaceae Pilocarpus microphyllus Arv Nativa mad X
At.
Rutaceae Zanthoxylum monogynum limãozinho Arv Nativa mad Ampla X X
Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium limãozinho Arv Nativa mad Ampla X X X X

304
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Salicaceae Banara brasiliensis Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Salicaceae Banara guianensis Arv Nativa mad X
At.
Salicaceae Casearia arborea espeto Arv Nativa mad Ampla X X
Casearia cf.
Salicaceae cafezinho Arv Nativa mad Ampla X
commersoniana
Salicaceae Casearia grandiflora Arv Nativa mad Ampla X
Disjunta (N, NE e S) Fl. Am. e
Salicaceae Casearia hirsuta Arv Nativa mad X X
Fl. At.
Salicaceae Casearia javitensis Arv Nativa mad Ampla X X X X
Salicaceae Casearia sylvestris caiubim Arv Nativa mad Ampla X X X X
Salicaceae Prockia crucis Arv Nativa mad Ampla X X
Hemipar
Santalaceae Phoradendron coriaceum Nativa Ampla X
asita
Sapindaceae Allophylus edulis chau-chau Arv Nativa mad Ampla X X X X
Sapindaceae Cupania emarginata camboatã-de-rego Arv Nativa mad Restrita (NE e SE) Fl. Atl. X
Sapindaceae Cupania oblongifolia camboatã-de-rego Arv Nativa mad Ampla X X X X
Sapindaceae Cupania paniculata camboatã-de-rego Arv Nativa mad Ampla X X X X
Sapindaceae Cupania racemosa camboatã-de-rego Arv Nativa mad Ampla X X X X
Sapindaceae Cupania revoluta camboatã-de-rego Arv Nativa mad Ampla X X X X
Sapindaceae Matayba cf. guianensis Arv Nativa mad Ampla X X
Sapindaceae Paullinia pinnata timbó, tingui Tre Nativa orn Ampla X X X X
Sapindaceae Paullinia racemosa timbó, tingui Tre Nativa orn Ampla X X X
Sapindaceae Paullinia trigonia timbó, tingui Tre Nativa orn Ampla X X X X
Sapindaceae Sapindus saponaria sabonete, saboneteira Arv Nativa mad, orn Ampla X X
Sapindaceae Serjania glabrata timbó, tingui Tre Nativa Ampla X X X X
Sapindaceae Serjania salzmanniana timbó, tingui Tre Nativa Ampla X X X X
Sapindaceae Serjania subimpunctata timbó, tingui Tre Nativa Rara (NE: CE, PE) Fl. At.; X
Sapindaceae Talisia elephantipes pitomba Arv S/I Guyana, Brasil X X

305
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Sapindaceae Talisia esculenta pitomba Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X X X
Disjunta (AM e paises
Sapindaceae Talisia macrophylla pitomba Arv Nativa mad, alim, orn X X
vizinhos)
Disjunta (N e NE) Fl. Am. e Fl.
Sapindaceae Talisia cf. obovata pitomba Arv Nativa mad, alim, orn X X
At.
Sapotaceae Chrysophyllum flexuosum Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Sapotaceae Chrysophyllum marginatum Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X
Sapotaceae Chrysophyllum rufum asa-de-morcego Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl At X X X
Sapotaceae Chrysophyllum splendens Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl At. X X X
Disjunta (AM e NE) Fl. Am e
Sapotaceae Diploon cuspidatum Arv Nativa mad, alim, orn X X
Fl At.
Sapotaceae Manilkara aff. dardanoi Arv Nativa mad, alim, orn Rara (NE: PE) Fl. At. X
Sapotaceae Manilkara salzmannii maçaranduba Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl At X X
Sapotaceae Manilkara zapota sapotizeiro Arv Exótica mad, alim, orn Ampla X X
Sapotaceae Micropholis compta Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Sapotaceae Pouteria bangii leiteiro Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Sapotaceae Pouteria caimito abil Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Sapotaceae Pouteria gardneri leiteiro Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X X X
Sapotaceae Pouteria glomerata Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X X
Disjunta (N, NE e SE) Fl At. e
Sapotaceae Pouteria grandiflora bucho-de-veado Arv Nativa mad, alim, orn X X
Fl. Am
Disjunta (N e NE) Fl. Am e Fl.
Sapotaceae Pouteria lucens Arv Nativa mad, alim, orn X X
At.
Sapotaceae Pouteria peduncularis Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (NE e SE) Fl At. X X
Sapotaceae Pouteria reticulata Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X
Pouteria torta subsp.
Sapotaceae Arv Nativa mad, alim, orn Ampla X
gallifructa
Disjunta (N. NE e SE) Fl. Am
Sapotaceae Pouteria venosa Arv Nativa mad, alim, orn X
e Fl. At.
Sapotaceae Pradosia lactescens buranhém Arv Nativa mad, alim, orn Restrita (S,SE,NE) Fl. At. X X
Sapotaceae Pradosia pedicellata Arv S/I S⁄I X

306
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Sapotaceae Sarcaulus brasiliensis Arv Nativa Ampla X
Schoepfiaceae Schoepfia brasiliensis cabelinho Arv Nativa mad Ampla X X X X
Scrophulariaceae Capraria crustacea Erv Exótica Ampla X X X
Simaroubaceae Simaruoba amara praíba Arv Nativa mad Ampla X X X X
Siparunaceae Siparuna guianensis Arv Nativa Ampla X X X X
Smilacaceae Smilax cissoides japecanga Tre Nativa Ampla X X X
Smilacaceae Smilax syphilitica japecanga Tre Nativa Ampla X
Solanaceae Brunfelsia uniflora Arb Nativa orn Ampla X X X X
Solanaceae Cestrum axillare Arb Nativa Ampla X X
Solanaceae Cestrum marquitense Arv Nativa Ampla X X
Solanaceae Schwenckia americana Erv Nativa rud Ampla X
Solanaceae Siphomandra sp. Arb S/I S⁄I X
Solanaceae Solanum americanum Sub Nativa med, rud Ampla X X
Solanaceae Solanum asperum jurubeba Arb Nativa rud Ampla X X X X
Solanaceae Solanum capsicoides jurubeba Sub Nativa rud Ampla X X X
Solanaceae Solanum didymum jurubeba Sub Nativa rud Ampla X
Solanaceae Solanum evonymoides Arv Nativa rud Restrita (NE e SE) Fl. At. X X
Solanaceae Solanum hirtellum jurubeba Arb Nativa rud Restrita (NE e SE) Fl. At. X
Solanaceae Solanum jabrense jurubeba Sub Nativa rud Disjunta (NE) Fl. At. e Caa X
Disjunta (N, NE e SE) Fl. Am.
Solanaceae Solanum paludosum jurubeba Arb Nativa rud X X
e Fl At.
Solanaceae Solanumpaniculatum jurubeba Arb Nativa med, rud Ampla X X X X
Solanaceae Solanum rhytidoandrum jurubeba Arb Nativa rud Ampla X X
Solanaceae Solanum stipulaceum jurubeba Arb Nativa rud Ampla X
Disjunta (N, NE e SE) Fl. Am.
Solanaceae Solanum stramoniifolium jurubeba Arb Nativa rud X
e Fl At.
Typhaceae Thypha domingensia taboa Erv aq Nativa orn Ampla X X X
Trigoniaceae Trigonia fasciculata Tre Nativa S⁄I X

307
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Trigoniaceae Trigonia nivea Tre Nativa Ampla X X
Turneraceae Piriqueta racemosa Sub Nativa Ampla X
Turneraceae Turnera subulata chanana Sub Nativa med, rud Ampla X X X
Ampla (não comum no
Urticaceae Cecropia concolor imbaúba Arv Nativa X X
Estado de PE)
Urticaceae Cecropia pachystachya imbaúba Arv Nativa Ampla X X X X
Disjunta (N, NE, S, SE) Fl.
Urticaceae Laportea aestuans Arb Nativa X
Am. e Fl. At.
Urticaceae Pilea hyalina Erv Nativa Ampla X X
Urticaceae Pilea pumila Erv Exótica Ampla X X
Disjunta (N, NE e SE) Fl. Am.
Urticaceae Pourouma mollis Arv Nativa mad X
e Fl. At.
Urticaceae Urera baccifera urtiga Arb Nativa Ampla X X
Citharexylum Restrita (NE: PB, PE AL) Fl.
Verbenaceae salgueiro-branco Arv Nativa mad X X X X
pernambucense At.
Verbenaceae Lantana aristata subarbusto Arb S/I Bolivia X X
Verbenaceae Lantana camara chumbinho Arb Nativa orn Ampla X X X X
Verbenaceae Lantana fucata chumbinho Arb Nativa orn Ampla X X X
Verbenaceae Lantana radula chumbinho Arb Nativa orn Ampla X X X
Verbenaceae Petrea sp. Tre S/I S⁄I X X
Verbenaceae Stachytarpheta angustifolia Sub Nativa inv Ampla X
Stachytarpheta
Verbenaceae Sub Nativa inv Ampla X X X X
cayennensis
Verbenaceae Tamonea spicata Sub Nativa Ampla X
Disjunta (N, NE e SE) Fl. At.
Violaceae Amphirrhox longifolia Arv Nativa X X X X
e Fl Am.
cafezinho, cravo-de-
Violaceae Paypayrola blanchetiana Arv Nativa Restrita (NE e SE) Fl. At. X X X X
caipora
Disjunta (N; NE) Fl. At. e Fl
Violaceae Paypayrola grandiflora Arv Nativa X X X
Am.
Violaceae Rinourea sp. carrapatinho Arv S/I S⁄I X X
Vitaceae Cissus erosa Tre Nativa Ampla X

308
A II A ID A DA
Fa mília Es pécie Nome comum Há bito O rigem Us o / e co lo gia Distribuição
1 1 2 2
Vitaceae Cissus verticillata Tre Nativa Ampla X
Vochysiaceae Qualea cordata Arv Nativa mad, orn Rara X X
Vochysiaceae Qualea cryptantha carvaiêra Arv Nativa mad, orn Restrita (NE,SE,S) Fl.At. X X
Xyridaceae Xyris anceps Erv Nativa orn, rud Ampla X
Xyridaceae Xyris fallax Erv Nativa orn, rud Ampla X
Xyridaceae Xyris jupicai Erv Nativa orn, rud Ampla X
Zingiberaceae Hedychium coronarium lírio-do-brejo Erv Exótica orn, rud Ampla X X X
*Fontes bibliográficas: AII - Camaragibe, Abreu e Lima, Paulista e Recife (GUEDES, 1998; BARRETO et al., 2004; CPRH, 2006; FERREIRA et al., 2007; LINS e
SILVA & RODAL, 2008; LUCENA, 2009; PESSOA et al., 2009; SOUZA et al., 2009; LEITE, 2010); Igarassu (FREIRE, 2004; SÁ e SILVA, 2004, ALVES-ARAÚJO et al.,
2008; SILVA, 2004; SILVA et al., 2008; BRANDÃO et al., 2009; ALVES-ARAÚJO & ALVES, 2010; ARAÚJO & ALVES,2010; ARAÚJO et al., 2010; Melo et al., 2010;
NASCIMENTO, 2010; BRANDÃO et al., 2011). AID - municípios de Cabo de Santo Agostinho e Moreno: Andrade Lima & Medeiros-Costa (1978), Siqueira (1997),
CPRH (2006), Siqueira et al. (2001), Silva Júnior (2004), Silva (2005); São Lourenço da Mata - Andrade & Rodal (2004), Rodal et al. (2005), Souza (2011).

309
Área de Influência Direta

Aspectos gerais – O estado atual da cobertura vegetal na AID (assim


como na AII) caracteriza-se pelo elevado grau de antropização. Na maior
parte da AID, o modelo de exploração da terra, iniciado na época da
colonização do Brasil e consolidado até os dias atuais com as lavouras de
cana-de-açúcar, promoveu a conversão das áreas de Floresta Atlântica para
áreas agrícolas. Assim, o cenário da cobertura vegetal na AID corresponde a
uma matriz agrícola pontuada por fragmentos de Floresta Atlântica.

Figura 52 - Aspecto geral da paisagem na AID, com uma matriz agrícola (canaviais) e alguns
fragmentos florestais.

Estes fragmentos florestais constituem comunidades secundárias,


sendo que a maioria se encontra em estágios iniciais a médio de
regeneração. Alguns poucos apresentam características de estágio
avançado da sucessão secundária. Em geral formam ilhas florestais com
raras conectividades entre um e outro fragmento.

O Quadro 41 apresenta uma descrição geral das fisionomias da


cobertura vegetal identificadas ao longo do Lote 2. As fisionomias são
apresentadas iniciando pela condição mais antropizada, para a condição
menos antropizada. Nos mapas dos Anexos 5 e 6 podem ser visualizados os
fragmentos florestais remanescentes na AID do Lote 2 do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife.

310
Quadro 41 – Fisionomias da cobertura vegetal ao longo do Lote 2 do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife.
Fision om ia Desc riç ão

Áreas mamelonares cultivadas com cana-de-açúcar


(Saccharum officinarum), com frequentes
afloramentos e matações de rocha em superfície.

Áreas de cultivos de subsistência nos assentamentos


rurais, que se verifica tanto no relevo tabular como
mamelonar. Este tipo de cobertura vegetal
geralmente se apresenta atrelada a pequenos sítios
e presença de árvores exóticas frutíferas.

Sítios e Pomares. Esta cobertura vegetal


representada pela presença de mangueiras
(Mangifera indica), cajueiros (Anacardium
occidentale), fruta-pãozeiros (Artocarpus altilis),
jaqueiras (Artocarpus heterophyllus) e outras
frutíferas comuns na região. Estes sítios são
remanescentes de pomares em torno de moradias
dos antigos engenhos de cana.

Fundos de talvegues, áreas baixas úmidas ou


alagáveis onde se desenvolve uma vegetação típica
de ambientes adaptáveis às condições de umidade
do terreno.

Vegetação arbustiva em estágio inicial de


regeneração: Esta formação apresenta uma
fisionomia herbáceo-arbustiva de porte baixo. Várias
denominações são usadas regionalmente para este
estágio de regeneração, quais sejam: capoeira rala,
capoeira aberta, capoeirinha, matagal.

311
Fision om ia Desc riç ão

Fragmentos florestais em estágios iniciais e médio


de regeneração, localizados em topo de morro e
circundados por cultivos de cana-de-açúcar.
Apresenta uma fisionomia arbórea e/ou arbustiva
predominando sobre a herbácea.

Fragmentos florestais em estágios iniciais e médio


localizados em talvegues, mas não necessariamente
configurando uma mata ciliar; neste caso a
conectividade dos fragmentos é favorecida pela
topografia e pela maior disponibilidade d’água.
Apresenta uma fisionomia arbórea e ou arbustiva
predominando sobre a herbácea.

Fonte das fotos: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A paisagem é composta por diferentes feições onde predominam os


morros e colinas, com relevo levemente onduloso e baixo montanhoso. Os
solos são marcadamente argilosos e com presença de alguns afloramentos
rochosos. Nos topos dos morros e fundos de vale drenados ou não por
córregos e rios, ainda é possível registrar a ocorrência de uma vegetação
remanescente da floresta atlântica. A paisagem na área do
empreendimento reflete os diferentes graus de perturbação aos quais foram
submetidas a Mata Atlântica e ecossistemas associados no passado,
resultando atualmente numa multiplicidade de micro-hábitats (cultivo de
plantas, rodovias, estradas, construções e moradias, assentamentos, etc.),
constando-se que o uso do solo atual compromete bastante a ampliação e a
conecção entre os fragmentos de vegetação nativa.

As zonas ciliares, consideradas como corredores importantes para o


movimento da fauna ao longo da paisagem, assim como para a dispersão
vegetal, correspondem a áreas das planícies aluviais que refletem os efeitos
das cheias dos rios nas épocas chuvosas ou então das depressões alagáveis
todos os anos. Nestes terrenos aluviais, conforme a quantidade de água
empoçada e ainda dependente do tempo que ela permanece na área, as
formações vegetais vão desde os ambientes alagados até matas ciliares. Na
AID essa vegetação ciliar apresenta-se também bastante degradada, não
sendo raro a inexistência de mata ciliar ao longo dos cursos d’água nas
áreas com plantios de cana. A composição da vegetação e maiores
características dos ambientes alagáveis são apresetados no capítulo
referente às macrófitas aquáticas.

312
Figura 53 - Visão panorâmica de um fragmento florestal em estágio inicial a médio de
regeneração, circundado por canavial.

Composição florística – O resultado do levantamento florístico para a


AID apresentou um total de 528 espécies (404 registradas por dados
secundários e primários + 124 registradas apenas com dados primários)
(Quadro 40). Dentre as famílias mais bem representadas estão: Fabaceae
(66 espécies), Rubiaceae (28 espécies), Euphorbiaceae (27 espécies),
Malvaceae (20 espécies), Myrtaceae (19 espécies), Sapindaceae e
Melastomataceae (ambas com 15 espécies) e Poaceae (15 espécies).

Quanto ao hábito das espécies, devido ao foco em fisionomias


florestais no levantamento de dados, o maior número de espécies
encontradas correspondeu às arbóreas (50%), seguidas das herbáceas
(16%), arbustos (15%), trepadeiras (10%) e demais hábitos com (9% das
espécies). Em ambientes perturbados é comum a presença de espécies
trepadeiras quer nas bordas, quer no interior, apoiando-se em outras
plantas com destino à copa das árvores, onde destacam-se Canavalia
brasiliensis, Doliocarpus dentatus (lixeira, cipó-fogo), Dalechampia
pernambucensis (tamiarana), Paullinia trigonia (timbó, tingui), Phanera
outimouta (pata-de-vaca, escada-de-macaco), Scleria bracteata (tiririca),
Serjania salzmanniana (timbó, tingui), Smilax cissoides (japecanga), e a
ornamental e exótica Thunbergia alata.

Entre as de valor madeireiro (41% das espécies), destacam-se Parkia


pendula (visqueiro), Andira spp. (angelins), Ocotea spp. (louros), Caesalpinia
echinata (pau-brasil), entre outras. Quanto àquelas de valor alimentício
(15% das espécies), é bastante comum registrar a ocorrência de algumas
frutíferas nativas que também são muito apreciadas pelas populações como
é o caso da Spondias mombin (cajazeiro), Anacardium occidentale (cajueiro)
e Genipa americana (jenipapeiro), ambas bastante usadas no preparo de

313
sucos e licores. O cajazeiro e o jenipapeiro tanto podem ocorrer no interior
de fragmentos florestais como em matas ciliares. Outro exemplo de frutífera
bastante apreciada pela população local é a Acrocomia intumescens
(macaíba, macaúba), palmeira bastante ornamental e consumida in natura
os seus adocicados frutos, bem como suas amêndoas inseridas no interior
dos mesmos.

Ao longo da colonização de nosso país muitas espécies foram trazidas


de outros países pelos exploradores, principalmente dos continentes
Europeu, Asiático e Africano, como ornamentais ou para fins agronômicos.
Muitas destas espécies, denominadas exóticas, por estarem aqui há muitos
anos, acabam se misturado à nossa flora nativa, fato este que leva algumas
pessoas a chamá-las de “nativas” e, para alguns cientistas de
subespontâneas. De uma forma ou de outra, a literatura é bastante vasta a
respeito deste processo de invasão sobre as comunidades nativas. Na área
de estudo é comum se observar a ocorrência de populações de Artocarpus
heterophyllus (jaqueira), Cocos nucifera (coqueiro), Elaeis guineensis
(dendezeiro), Mangifera indica (mangueira), Musa x paradisiaca (bananeira),
Syzygium jabolanum (azeitona-preta, jambolão), a cultivada como cerca-
viva Mimosa caesalpiniifolia (sabiá), ou então o emprego de Bambusa
vulgaris (bambu), como contenção de barrancos.

As de potencial medicinal são representadas por 5% das espécies,


dentre as quais sobressaem Abarema cochliacarpos (babatenon), Acrocomia
intumescens (macaíba), Anacardium occidentale (cajueiro), Copaifera
langsdorffii (pau-d’óleo), Solanum paniculatum (jurubeba) e Spigelia
anthelmia (lombrigueira). As de potencial ornamental são representadas por
35% das espécies, merecendo destaque as espécies da família Acanthaceae
(Ruellia bahiensis, Ruellia paniculata e Thunbergia alata); Griffinia
intermedia (lírio, Amaryllidaceae), Apocynaceae (Plumeria rubra - jasmim-
vapor); entre outras.

Quanto às exóticas (8%) pode-se destacar Cocos nucifera (coqueiro-


da-baia), Elaeis guineensis (dendezeiro), Persea americana (abacateiro),
Plumeria rubra (jasmim-vapor), Terminalia catappa (sombreiro), entre
outras. Algumas espécies são tidas como ruderais, ou seja, apresentam alta
capacidade de dispersão e adaptação, estando espalhadas por vários
lugares do continente, e que podem habitar diferentes ecossistemas e áreas
antropizadas, como margens de estradas, rodovias, terrenos baldios, etc. As
ruderais foram representadas por 11% das espécies e as invasoras por 6%
das espécies.

• Status de conservação das espécies vegetais

314
Dentre os táxons registrados apenas dois, Swartzia pickelii (rins-de-boi,
jacarandá, jacarandá-branco) e Caesalpinia echinata (pau-brasil), constam na
lista brasileira das espécies da flora ameaçadas de extinção. A primeira
espécie conhecida localmente como “rins-de-boi”, apesar de constar na lista
das plantas brasileira ameaçadas de extinção e com distribuição restrita a
Floresta Atlântica nordestina (AL, PB, PE), localmente apresenta população
viável, bem como é possível ser encontrada em outros fragmentos florestais
pernambucanos. O pau-brasil tem distribuição restrita ao longo da costa
brasileira nas regiões Nordeste e Sudeste (AL, BA, ES, PB, PE, RJ, RN, SP). Na
área de estudo foi encontrada em alguns fragmentos; ainda assim, é
provável que sejam originárias de algum projeto de reflorestamento, como o
da Universidade Federal Rural de Pernambuco em Itapacurá, São Lourenço
da Mata.

Estrutura fitossociológica – O levantamento fitossociológico nos


fragmentos de Floresta Atlântica totalizou 1.000 m2 (0,1 ha) de área
amostrada, observando-se início de tendência à estabilização da curva de
suficiência amostral para estimativa da riqueza (Figura 54). A riqueza
registrada (S obs) no levantamento fitossociológico foi de 39 espécies (Quadro
42) e se mostrou inferior quando comparada com outros estudos em
Floresta Ombrófila Atlântica ou Floresta Estacional que registraram riquezas
entre 62 e 93 espécies (TAVARES et al., 2000; NASCIMENTO, 2001;
SIQUEIRA et al., 2001, ANDRADE & RODAL, 2004). Todavia, o valor obtido na
amostragem mostra-se mais próximo dos estudos de Barbosa (1996) em
áreas de Floresta Atlântica de Terras Baixas (de 41 a 52 spp.). Essas
diferenças na riqueza certamente são decorrentes do tamanho da área
amostral, pois nesses outros estudos as amostragens contemplaram no
mínimo 0,5ha.

Em comparação aos estimadores de riqueza, o valor registrado


(S obs=39 spp) corresponde 70% da riqueza estimada pelo Jackniffe 1
(S Jack=56 spp) e a 83% pelo Bootstrap (S Boots=47 spp), considerando-se
adequado para a estimativa de impactos do empreendimento.

A densidade e a dominância no estudo foram estimadas em


1.020ind/ha e 66,71m²/ha respectivamente (Quadro 42). A densidade está
dentro da variação já observada para este índice em outras áreas
(780ind/ha à 3.002ind/ha), conforme reportado no estudo de Andrade &
Rodal (2004). O mesmo estudo mostra que a área basal deste levantamento
está acima do registrado em outros estudos, que se situam entre 23,9m²/ha
e 50,3m²/ha. O valor superior decorre da presença de alguns indivíduos de
maior porte diamétrico, em especial devido a um exemplar de Sloanea
guianensis da parcela 8. Além desta espécie, destacam-se na cobertura
lenhosa as espécies Ficus sp., Parkia pendula e Dialium gianensis.

315
Figura 54 – Curvas de suficiência amostral por parcelas (acima) e número de indivíduos
(abaixo), obtidas por rarefação, para a estimativa da riqueza arbórea na amostragem
fitossociológica dos fragmentos de Floresta Atlântica. As linhas pontilhadas correspondem
aos intervalos de confiânça (95%).

As 10 espécies de maior importância na estrutura destes fragmentos


florestais somaram mais de 60% do VI (Quadro 42), com destaque para
Sloanea guianansis (cuja cobertura contribuiu exclusivamente para seu
maior VI), Schefflera morototoni, Tapirira guianensis, Miconia minutiflora,
Parkia pendula. Schefflera morototoni (sambaquim), segundo Lorenzi
(1998), é uma espécie pioneira nativa, com vasta distribuição natural,
apresentando rápido crescimento, sendo considerada uma espécie
importante em projetos de recuperação e restauração florestal. A espécie
Tapirira guianensis (cupiúba), que ficou com a 3ª posição no VI, é típica de
formações florestais secundárias e possuiu ampla distribuição por quase
toda Floresta Atlântica Brasileira (LORENZI, 1998).

316
Quadro 42 - Estrutura fitossociológica do componente arbóreo dos fragmentos de Floresta Atlântica na AID do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife –
Lote 2. Legenda: DA = densidade absoluta, DR = densidade relativa, FA = frequência absoluta, FR = frequência relativa, CA = cobertura absoluta, CR =
cobertura relativa, VI = valor de importância, VC = valor de cobertura.
E spécie Nome comum DA ( ind./h a) DR ( %) FA ( %) FR ( %) DoA (m²/h a) DoR ( %) VC ( %) VC ( %) VI ( %)
Sloanea guianensis mamajuba 20 1,96 20,00 2,82 33,64 50,42 52,38 26,19 18,40
Schefflera morototoni sabacuim 100 9,80 40,00 5,63 1,51 2,26 12,06 6,03 5,90
Tapirira guianensis cupiuba 80 7,84 40,00 5,63 2,73 4,09 11,94 5,97 5,86
Miconia minutiflora pereiro da mata 90 8,82 50,00 7,04 0,64 0,96 9,78 4,89 5,61
Parkia pendula visgueiro 30 2,94 30,00 4,23 5,93 8,89 11,83 5,91 5,35
Ficus sp. gameleira 10 0,98 10,00 1,41 7,16 10,73 11,72 5,86 4,37
Coccoloba alnifolia cavaçu 90 8,82 20,00 2,82 0,49 0,74 9,56 4,78 4,13
Dialium guianensis pau ferro 20 1,96 20,00 2,82 5,04 7,56 9,52 4,76 4,11
Inga sp. inga 40 3,92 40,00 5,63 1,57 2,36 6,28 3,14 3,97
Ocotea sp. louro 50 4,90 20,00 2,82 1,25 1,87 6,77 3,39 3,20
Cecropia pachystachya embauba 40 3,92 30,00 4,23 0,61 0,91 4,84 2,42 3,02
Spondias mombin cajarana 30 2,94 30,00 4,23 0,21 0,31 3,25 1,62 2,49
Artocarpus heterophyllus jaqueira 30 2,94 20,00 2,82 0,47 0,71 3,65 1,82 2,15
Elaeis guineensis dendê 20 1,96 20,00 2,82 1,04 1,57 3,53 1,76 2,11
Vismia guianensis lacre 30 2,94 20,00 2,82 0,16 0,23 3,17 1,59 2,00
Xylopia frutescens embira vermelha 20 1,96 20,00 2,82 0,27 0,40 2,37 1,18 1,73
Machaerium hirtum espinheiro 20 1,96 20,00 2,82 0,21 0,32 2,28 1,14 1,70
Indeterminada 1 20 1,96 20,00 2,82 0,17 0,26 2,22 1,11 1,68
Protium heptaphyllum amescla 20 1,96 20,00 2,82 0,14 0,21 2,17 1,08 1,66
Aegiphila permambucensis pau-mole 20 1,96 20,00 2,82 0,05 0,07 2,03 1,01 1,62
Myrcia sylvatica purpuna 20 1,96 20,00 2,82 0,06 0,08 2,05 1,02 1,62
Cordia sellowiana gargauba 20 1,96 10,00 1,41 0,56 0,85 2,81 1,40 1,40
Samanea saman bordão de velho 20 1,96 10,00 1,41 0,56 0,84 2,81 1,40 1,40
Apeiba tibourbou pau-jangada 20 1,96 10,00 1,41 0,36 0,54 2,50 1,25 1,30
Indeterminada 2 20 1,96 10,00 1,41 0,05 0,07 2,03 1,02 1,15

317
E spécie Nome comum DA ( ind./h a) DR ( %) FA ( %) FR ( %) DoA (m²/h a) DoR ( %) VC ( %) VC ( %) VI ( %)
Guapira opposita joão mole 10 0,98 10,00 1,41 0,47 0,71 1,69 0,84 1,03
Guarea guidonia jitó 10 0,98 10,00 1,41 0,35 0,52 1,50 0,75 0,97
Virola gardneri urucuba 10 0,98 10,00 1,41 0,32 0,47 1,45 0,73 0,95
Brosimum guianense quiri de leite 10 0,98 10,00 1,41 0,15 0,22 1,20 0,60 0,87
Mangifera indica mangueira 10 0,98 10,00 1,41 0,15 0,22 1,20 0,60 0,87
Allophylus edulis cumixá 10 0,98 10,00 1,41 0,11 0,16 1,14 0,57 0,85
Thyrsodium spruceanum cabatã de leite 10 0,98 10,00 1,41 0,08 0,12 1,10 0,55 0,84
Acrocomia intumescens macaiba 10 0,98 10,00 1,41 0,05 0,07 1,06 0,53 0,82
Eugenia punicifolia murta 10 0,98 10,00 1,41 0,05 0,07 1,05 0,52 0,82
Casearia javitensis cafezinho 10 0,98 10,00 1,41 0,03 0,04 1,02 0,51 0,81
Eschweilera ovata imbiriba 10 0,98 10,00 1,41 0,02 0,03 1,01 0,50 0,81
Mabea occidentalis canudo de cachimbo 10 0,98 10,00 1,41 0,03 0,04 1,02 0,51 0,81
Protium giganteum amesclão 10 0,98 10,00 1,41 0,02 0,03 1,02 0,51 0,81
Psidium guiineense araça 10 0,98 10,00 1,41 0,03 0,04 1,02 0,51 0,81
1020 100 710 100 66,71 100 200 100 100

318
No levantamento fitossociológico também foi observada a presença
das espécies Elaeis guineenses (dendezeiro) e Artocarpus heterophyllus
(jaqueira). Estas espécies são exóticas e invasoras com alto índice de
germinação e rápido crescimento, tornando-se uma das principais espécies
arbóreas exóticas invasoras.

Em relação às medidas de diversidade, o componente arbóreo dos


fragmentos florestais da AID apresentou índice de diversidade de H’=3,35
nats/ind. A equidade foi de J=0,92, observando-se uma distribuição bastante
regular dos valores quantitativos das espécies, ou seja, alta equidade.
Andrade & Rodal (2004), numa compilação de outros estudos, mostram que
os índices de riqueza para a vegetação florestal da Mata Atlântica do
nordeste variam entre 2,7 à 3,6 nats/ind. Brandão et al. (2009) encontrou
3,685 nats/ind. em um fragmento de Floresta Atlântica em Igarassu.
Siqueira et al. (2001) encontrou um valor de 3,47 nats/ind., valor bem
próximo ao encontrado neste estudo (H’=3,35).

Pela análise da distribuição diamétrica, a partir dos dados


amostrados, percebe-se que a curva de distribuição de diâmetros dos
indivíduos (Figura 55) segue o padrão característico de florestas inequiâneas,
ou seja, apresenta uma distribuição exponencial na forma de J-invertido
(ASSMANN, 1970; FERREIRA et al., 1998), onde a maior frequência de
indivíduos se encontra nas classes de diâmetros menores, mais
precisamente na primeira (Figura 55). Marangon et al. (2003) mencionam que
esse tipo de comportamento faz parte de formações secundárias que estão
em estágios iniciais de sucessão.

De acordo com Nunes et al. (2003), a grande quantidade de


indivíduos pequenos e finos pode indicar a ocorrência de severas
perturbações no passado. O valor médio do diâmetro a altura do peito (DAP)
encontrado no presente estudo foi de 16,0cm, tendo como máximo 206cm
de um indivíduo da espécie Sloanea guianensis (mamajuba). Segundo a
compilação realizada por Andrade & Rodal (2004), o diâmetro médio
encontrado variou entre 11,5 cm e 14,9 cm, um pouco abaixo do observado
no levantamento da AID do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote
2. Considerando o diâmetro máximo, os estudos relatados por esses autores
registraram valores entre 77,1 cm e 194,1 cm.

A estrutura vertical do componente arbóreo estudado variou de 3,0 a


40m de altura total. Mais de 60% dos indivíduos apresentou entre 3,0 e
9,0m (Figura 56). A altura média foi de 10,42m. Andrade & Rodal (2004)
relatam registros com alturas médias variando entre 8,9 m e 12 m, e altura
máxima entre 25 m e 35 m. Assim, os padrões diamétricos e de porte da

319
vegetação encontram-se dentro do que já foi registrado para outras áreas
florestais da Mata Atlântica.

A predominância de árvores ocupando apenas a primeira classe de


altura não corresponde ao padrão de estratificação para a Floresta
Atlântica. Segundo Cestaro (2002), o padrão esperado para essas florestas
ombrófilas corresponde às populações estarem distribuídas em uma faixa
ampla em relação à estratificação vertical do fragmento. Assim, os
resultados para porte do componente arbóreo na AID também refletem o
estado de conservação constatado nestes fragmentos, correspondendo a
áreas de vegetação secundária, predominantemente em estágio incial a
médio de regeneração.

Figura 55 – Estrutura diamétrica do componente arbóreo dos fragmentos de Floresta


Atlântica na AID do empreendimento.

Figura 56 - Estrutura vertical do componente arbóreo dos fragmentos de Floresta Atlântica na


AID do empreendimento.

Área Diretamente Afetada

Na ADA, o aspecto geral da vegetação é o mesmo observado na AID,


uma vez que a área afetada faz parte dela. Assim as fisionomias vegetais

320
correspondem a pequenos fragmentos de floresta secundária,
predominando estágios iniciais a médios (capoeiras). A composição florística
da vegetação na ADA é apresentada também no Quadro 40, totalizando o
registro de 356 espécies.

Os mapas apresentados nos Anexos 5 e 6 mostram os fragmentos a


serem interceptados na ADA. A estimativa preliminar da área total a ser
afetada nestes fragmentos pelas obras do Lote 2 do empreendimento é de
45,45 ha, conforme quantificado no capítulo de Uso e Cobertura do Solo, no
diagnóstico do meio socioeconômico na ADA (pág. 466). Adicionalmente, no
capítulo 7.5 PONTOS SENSÍVEIS E PREMISSAS PARA O PROJETO DE
ENGENHARIA (pág. 173), os fragmentos a serem interceptados foram
registrados como pontos sensíveis, cujas premissas para o projeto de
engenharia são a avaliação quanto ao desvio do traçado para minimizar as
interferências.

Considerações finais sobre a diversidade vegetal nas áreas de


influência do empreendimento

Conforme apresentado neste diagnóstico, constata-se que o cenário


da cobertura vegetal nativa nas áreas de influência do empreendimento já
se mostra bastante degradado. A paisagem é de uma matriz de canaviais
pontuadas por pequenos remanescentes de Floresta Atlântica, que
correspondem a comunidades secundárias em franca regeneração natural,
porém num ciclo rotineiramente interrompido pelas ações antrópicas.

Através da análise da composição florística e da estrutura


fitossociológica, verificou-se que os fragmentos florestais na AID se
enquadram dentro dos padrões de outras áreas florestais já estudadas no
bioma Mata Atlântica. Os parâmetros estruturais e de diversidade avaliados,
em conjunto com a composição florística, corroboram que a vegetação
remanescente corresponde a comunidades secundárias, especialmente em
estágios iniciais e médios. Todavia, alguns fragmentos se caracterizam pelo
estágio sucessional avançado.

Mesmo se caracterizando como fragmentos florestais secundários (ou


seja, já antropizados), por estarem em um cenário de uma região com a
ocupação agrícola bastante consolidada, onde as áreas de vegetação nativa
sofrem constantemente com ações de degradação, estes remanescentes
florestais são importantíssimos localmente e regionalmente porque são os
únicos locais que resguardam o que resta da biodiversidade na região do
empreendimento. Assim, merecem atenção quanto à conservação,
devendo-se buscar a melhor forma de compatibilizar a implantação do
empreendimento neste cenário.

321
• ECOSSISTEMAS TERRESTRES - FAUNA

A seguir são apresentadas os resultados do diagnóstico para cada


grupo faunístico. Os estudos foram concentrados na AID. Ressalta-se que
para a fauna, não foi feita distinção entre AII, AID e ADA para os
levantamentos e apresentação dos resultados, uma vez que a realidade
presente na AID em termos de fauna é a mesma para a AII e ADA, já que a
paisagem é semelhante nessas três áreas, conforme descrito no diagnóstico
da vegetação.

Herpetofauna

Durante a campanha realizada na estação seca, obteve-se o registro


de 347 espécimes da herpetofauna, distribuídos em 34 espécies, sendo
vinte e seis espécies de anfíbios anuros e oito de répteis. A Procura visual,
manual e acústica permitiu o encontro de 269 espécimes da herpetofauna,
sendo 288 anfíbios e de 59 répteis. As armadilhas de interceptação e queda
permitiram a captura de 78 espécimes da herpetofauna, sendo dez espécies
de anfíbios anuros e seis de répteis.

Na Procura visual, manual e acústica a espécie mais abundante foi


Ischnocnema ramagii (Boulenger, 1888) (n= 46), seguido de Rhinella jimi
(Stevaux, 2002) (n= 19), Scinax gr. catharinae (Boulenger, 1888) (n= 18),
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 (n= 15), Leptodactylus vastus A. Lutz,
1930 e Tropidurus hispidus (Spix, 1825)(n= 14, respectivamente),
Leptodactylus hylaedactylus (Cope, 1868) (n= 13), Pseudopaludicola
falcipes (Hensel, 1867) e Tupinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839)
(n= 12, respectivamente), Leptodactylus natalensis A. Lutz, 1930 e Scinax
nebulosus (Spix, 1824) (n= 11, respectivamente), Frostius pernambucensis
(Bokermann, 1962) e Phyllodytes edelmoi (Peixoto, Caramaschi & Freire,
2003) (n= 10, respectivamente), Lithobates palmipes (Spix, 1824) (n= 9),
Phyllomedusa nordestina (Caramaschi, 2006) (n= 8), Dendropsophus nanus
(Boulenger, 1889) e Leptodactylus troglodytes (A. Lutz, 1926) (n= 7,
respectivamente), Dendropsophus branneri (Cochran, 1948) e Hemidactylus
mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) (n= 5, respectivamente), Leptodactylus
fuscus (Schneider, 1799) (n= 4); Agalychnis granulosa (Cruz, 1989 “1988”),
Gastrotheca fissipes (Boulenger, 1888), Hypsiboas albomarginatus (Spix,
1824), Leptodactylus mystaceus (Spix, 1824) e Rhinella crucifer (Wied-
Neuwied, 1821) (n= 3, respectivamente), Scinax x-signatus (Spix, 1824) (n=
2); e Dendropsophus minutus (Peters, 1872) e Proceratophrys renalis
(Miranda-Ribeiro, 1920) obtiveram apenas um indivíduo registrado.

Nas armadilhas de interceptação e queda a espécie mais abundante


foi Physalaemus cuvieri (n= 18), seguido de Rhinella crucifer (Wied-

322
Neuwied, 1821) (n= 11), Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888) (n=
10), Chiasmocleis gr. Schubarti Bokermann , 1952 (n= 8), Leptodactylus
hylaedactylus (n= 7), Typhlops brongersmianus Vanzolini, 1976 (n= 6),
Dryadosaura nordestina Rodrigues, Freire, Pellegrino & Sites Jr., 2005 (n=
4), Kentropyx calcarata Spix, 1825 (n= 3), Atractus gr. maculatus Günther,
1858 (n= 3) e Tupinambis merianae (n= 2); Rhinella jimi, Leptodactylus
troglodytes, L. natalensis, Lithobates palmipes, Ischnocnema ramagiie
Frostius pernambucensis obtiveram apenas um indivíduo registrado.

Considerando as espécies ameaçadas apenas uma consta na lista da


Fauna Ameaçada de Extinção (MMA, 2008) Agalychins granulosa (sapo
macaco) na categoria “criticamente em perigo”. A curva do coletor (Figura
57) apresentou estabilização após o nono dia de amostragem, indicando
que as espécies foram suficientemente amostradas.
Estimativa de riqueza de espécies
J k if

1 2 5 6 8 9 10 11 12 13

Figura 57 - Curva do coletor baseada na estimativa de riqueza de espécies Jacknife 1.

323
Quadro 43 - Espécies de anfíbios e répteis registrados na Área de Influência Direta do empreendimento.

Ti po de
Táx on Ordem Fam ília Nom e científico Nom e popular Hábitat Hábito
Registro
Brachycephalidae Ischnocnema ramagii Rãnzinha FP, FS, BO TE, SE, HE AIQ, PVA
Sapinho-de-
Frostius pernambucensis FP; FS BR AIQ, PVA
bromélia
Bufonidae
Rhinella crucifer Cururu BO, AD, AG, PC,AB TE AIQ, PVA
Rhinella jimi Cururu BO, AD, AG, PC,AB TE AIQ, PVA
Cycloramphidae Proceratophrys renalis Sapo-boi FP, FS, BO SE, TE, SE PVA
Agalychnis granulosa Sapo-macaco FP, FS AR PVA
BO, AU, AG, PC,
Dendropsophus branneri Perereca AR, HE, MA PVA
AB, AD, RE
Anura
BO, AU, AG, PC,
Dendropsophus minutus Perereca AR, HE, MA PVA
AB, AD, RE
BO, AU, AG, PC,
Dendropsophus nanus Perereca AR, HE, MA PVA
AB, AD, RE
Gastrotheca fissipes Perereca BO, AB, FP, FS AR PVA
Amphibia BO, AU, AG, PC,
Hylidae Hypsiboas albomarginatus Caçote AR PVA
AB, AD, RE, FS
Perereca-de-
Phyllodytes edelmoi FP; FS; BO BR PVA
bromélia
BO, AU, AG, PC, AB,
Phyllomedusa nordestina Sapo-macaco AD, RE, FS AR, HE PVA

Scinax gr. catharinae Perereca FP; FS AR, HE, MA PVA


Perereca; Raspa- BO, AU, AG, PC,
Scinax nebulosus AR, HE, MA PVA
cuia AB, AD, RE, FS
Anura Scinax x-signatus Raspa-cuia AD, AB, AG, BO AR, HE PVA
Physalaemus cuvieri Rã-cachorro AU, AD, AB, BO TE AIQ, PVA
Leiuperidae AU, AD, AG, PC,
Pseudopaludicola falcipes Rã-do-charco PA, TE, SF PVA
AB, FS, BO
Leptodactylus fuscus Rã-assobiadeira BOM, POÇ, BRJ TE, SF PVA
Leptodactylidae
Leptodactylus hylaedactylus Ranzinha AU, AD, AG, PC, AB, RI, AL, LA, PO AIQ, PVA

324
Ti po de
Táx on Ordem Fam ília Nom e científico Nom e popular Hábitat Hábito
Registro
FS, BO
Leptodactylus mystaceus Rã-de-bigode FP, FS, BO TE, SF PVA
Leptodactylus natalensis Rã AG, AB, FS, BO TE AIQ, PVA
Leptodactylus troglodytes Rã AD, AG, PC, AB, BO TE, SF AIQ, PVA
Leptodactylus vastus Rã-pimenta AB, FS, BO, PC TE, SF PVA
Microhylidae Chiasmocleis gr. schubarti Ranzinha FS, FP TE, SF, F AIQ
Ranidae Lithobates palmipes Rã AB, FS, BO TE AIQ, PVA
Gekkonidae Hemidactylus mabouia Briba, víbora, Osga AU, AG, PC, AB, AR, PA PVA
Gymnophthalmidae Dryadosaura nordestina Briba FP,FS,BO SF, TE, SE AIQ
Reptilia Sphaerodactylidae Coleodactylus meridionalis Calanguinho FP, FS, BO TE,SE AIQ
Sauria
Teiidae Kentropyx calcarata Calango FP, FS; BO TE AIQ
Teiidae Tupinambis merianae Tejú; Teiú AB; FS; BO, RE TE AIQ, PVA
Tropiduridae Tropidurus hispidus Lagartixa AU, AD, AB, BO TE PVA
Reptilia Typhlopidae Typhlops brongersmianus Cobra-de-vidro FP, FS TE, SF AIQ
Serpentes
Colubridae Atractus gr. maculatus Cobra FP, FS, BO TE, AQ, SF AIQ
L egenda: Hábitat: AU (área urbana); AG (agricultura); PC (pastagem/campo limpo); AB (áreas abertas); FP (floresta primária); FS (floresta secundária);
BO (borda de mata); AD (ambientes degradados); RE (restinga); CA (caatinga/semi-árido). Háb it o: FO (fossorial); SF (semifossorial); TE (terrestre); SE
(serapilheira/ folhedo); HE (vegetação herbácea); AR (arborícola); BR (bromelícola); PA (paludícola); MA (sobre macrófitas aquáticas); AQ (aquática).

325
Figura 58 – Ischnocnema ramagii Figura 59 – Frostius pernambucensis.

Figura 60 – Rhinella crucifer. Figura 61 – Rhinella jimi

Figura 62 – Proceratophrys renalis Figura 63 – Agalychnis granulosa

326
Figura 64 – Dendropsophus branneri. Figura 65 – Agalychnis granulosa.

Figura 66 – Dendropsophus nanus. Figura 67 –Gastrotheca fissipes.

Figura 68 – Hypsiboas albomarginatus. Figura 69 – Phyllodytes edelmoi.

327
Figura 70 – Phyllomedusa nordestina. Figura 71 – Scinax gr. catharinae.

Figura 72 – Scinax nebulosus Figura 73 – Scinax x-signatus

Figura 74 – Physalaemus cuvieri. Figura 75 – Pseudopaludicola falcipes.

328
Figura 76 – Leptodactylus fuscus. Figura 77 – Leptodactylus hylaedactylus.

Figura 78 – Leptodactylus mystaceus. Figura 79 – Leptodactylus natalensis.

Figura 80 – Leptodactylus troglodytes. Figura 81 – Leptodactylus vastus.

329
Figura 82 – Chiasmocleis gr. schubarti. Figura 83 – Lithobates palmipes.

Figura 84 – Hemidactylus mabouia. Figura 85 – Dryadosaura nordestina.

Figura 86 – Coleodactylus meridionalis. Figura 87 – Kentropyx calcarata.

330
Figura 88 – Tupinambis merianae. Figura 89 – Tropidurus hispidus.

Figura 90 – Typhlops brongersmianus. Figura 91 – Atractus gr. maculatus.

Avifauna

Foram referidas 100 espécies de aves conforme o quadro


apresentado a seguir nas áreas de amosrtragem, sendo 79 registradas
efetivamente nas prospecções e 21 selecionadas entre aquelas que foram
citadas na literatura e nas entrevistas informais, por conta de terem os
ambientes ora estudados incluídos nas suas áreas de distribuição e ainda
por terem sido detectadas por nós em fragmentos florestados próximos à
área de influência do Arco (Coelho, 2009). Essa quantidade de espécies
representa, uma diversidade média, se comparada com os resultados
obtidos por Telino-Júnior (2005) em um fragmento florestado localizado
mais ao sul e fora da área de abrangência do Arco, com cerca de 1.070ha
em uma área conhecida como Centro Pernambuco, onde foram
efetivamente registradas 220 espécies de aves, das quais 11 estão
ameaçadas de extinção e endêmicas, em 45 dias de atividades de campo e
com um esforço amostral de 360 horas.

Entre as espécies de aves registradas na AID do Arco, 54 (54,0%)


alimentam-se de matéria animal, principalmente, artrópodes; 15 (15,0%)

331
consomem matéria de origem vegetal; duas (2,0%) consomem matéria em
decomposição; e 23 (23,0%) tem sua dieta composta por matéria animal e
vegetal. As espécies de beija-flores (Fam. Trochilidae) na fase adulta
alimentam-se principalmente de néctar, contudo, enquanto ninhegos são
alimentados com artrópodes. O sebito (Coereba flaveola) inclui o néctar em
sua dieta.

O esforço amostral foi de aproximadamente 5h30min/dia/observador,


a curva de suficiência amostral estabilizou os valores de riqueza a partir do
5º dia de amostragem (Figura 92). Esse dado indica que o esforçoi amostral
foi suficiente para registrar a riqueza de espécies de avesdos ambientes
presentes na AID do empreendimento na estação seca, com isso prevê r os
impactos do empreendimento sobre a avifauna da região.

Figura 92 - Curva de observador, nos sete (07) pontos amostrais, em seis (06) dias.

Das poucas espécies as mais frequentes e abundantes foram: a juriti


(Leptotila rufaxilla), a juruviara (Vireo olivaceus), e o pia-vovó
(Pheugopedius genibarbis). Telino Jr. (2005) e Coelho (2011) encontraram
resultados semelhantes em fragmentos florestados na Zona da Mata sul de
Pernambuco. Outras espécies frequentes foram o trinca-ferro (Saltator
maximus), a cucurutada ou maria-é-dia (Elaenia flavogaster) e a choquinha
(Formicivora grisea), todas constantes da relação das dez espécies (12,6%)
com IPA mais alto (Figura 94).

Na Figura 93, a predominância de espécies pouco abundantes


(53,0%) com IPA entre 0,15 e 0,43 indica uma “preponderância de
raridades”, do mesmo modo como Lovejoy (1974) registrou para aves na
Floresta Amazônica; e mais recentemente, Toledo & Macário (2011), para as
matas de Moreno, e Coelho (2011), para as matas de Ipojuca, PE. Tais
características, próprias das faunas intertropicais do Globo (Vanzolini,
1970), não indicam estarem às mesmas ameaçadas, uma vez que

332
apresentam uma distribuição ampla no Brasil, ocorrendo inclusive em
outros Biomas, com exceção de uma ameaçada e endêmica.

Figura 93 - A quantidade de espécies de aves e os Índices Pontuais de Abundância


(IPA). Notar a “preponderância de raridades”.

Figura 94 - As dez espécies de aves com maiores Índices Pontuais de Abundância (IPA),
entre 1,70 e 3,17.

Dentre as 100 espécies de aves relacionadas para a AID do Arco,


79 (79%) foram classificadas como de sensitividade baixa, 19 (19%),
média, e 03 (3%) sensitividade alta, sendo estas:

Hemitriccus griseipectus (maria-de-barriga-branca), Chiroxiphia


pareola (tangará), Aramides cajanea (três-potes).

No conceito do uso de hábitat, espécies animais são consideradas


dependentes quando só ocorrem em ambientes florestais (Silva, et al, 2002)
como a Mata Atlântica, as Caatingas, os Cerrados etc, sendo independentes
aquelas espécies associadas apenas a vegetações abertas. Espécies

333
semidependentes ocorrem nos mosaicos formados pelo contato entre
florestas e formações vegetais abertas e semiabertas.

No caso do Arco, em relação aos fragmentos remanescentes da Mata


Atlântica, as formações abertas são as capoeiras, com vegetação arbustiva
e herbácea, e os pastos, onde a maior parte da luz solar atinge o chão.
Foram identificadas 24 (24%) espécies dependentes do ambiente, inclusive o
Chiroxiphia pareola (tangará), e a Hemitriccus griseipectus (maria-de-
barriga-branca), ambas da mata. O tangará foi registrado apenas uma vez
em sete dias de censos.

A relação entre a quantidade de espécies da avifauna dependentes


do habitat e a predominância (79,0%) de espécies pouco sensíveis às ações
antrópicas pode indicar o grau de perturbação ocorrido nos ambientes
florestados em geral, notadamente quanto à intensa fragmentação de
habitat. A presença de espécies dependentes do ambiente indica que,
apesar do alto grau de perturbação, os remanescentes florestados na área
de influência direta do empreendimento ainda oferecem condições de
suporte para as mesmas, em termos de espaço para reprodução, abrigo e
alimentação, neste caso em especial, nas interfaces com as áreas abertas
onde ocorre uma maior diversidade de espécies vegetais e animais
(principalmente de artrópodes).

Dentre as 24 espécies de aves dependentes do habitat, 14 (70,0%)


alimentam-se de artrópodes, notadamente insetos; 06 (25,0%), apenas de
matéria vegetal; e 03 (12,5%) são onívoras. As 11 espécies consideradas
dependentes do ambiente (Silva et al, 2003) apresentam, por outro lado,
sensitividade baixa às ações antrópicas. Entre elas estão, a rendeira
(Manacus manacus), o joão-moleque (Tachyphonus rufus), a juruviara (Vireo
olivaceus), a guriatã (Euphonia violacea), e a saí-azul (Dacnis cayana). Entre
as 100 espécies analisadas, 70 utilizam as matas e outras formações
vegetais abertas, sendo que 30 (30%) são exclusivas da mata.

Nas quatro redes instaladas no sub-bosque da mata, área A (Mapa


17), durante quatro (04) dias, com cerca de 4h30min de operação diária,
foram capturados 14 exemplares de sete (07) espécies. Os resultados das
capturas, com as redes ornitológicas instaladas na área A, de certa forma
evidenciam a regular movimentação de aves no sobosque inferior da mata.

• Canário-da-mata (Basileuterus flaveolus) (Figura 95), um (01)


espécime;

• Bizunga (Glaucis hirsutus) (Figura 96), um (01);


• Tico-da-mata (Arremon taciturnus) (Figura 97), cinco (05) machos;

334
• Frei-vicente (Tangara cayana), dois (02) (um par) (Figura 98);
• Trinca-ferro (Saltator maximus), um (01) (Figura 99);
• Rendeira (Manacus manacus), três (03) fêmeas (Figura 100; e

• Bico-chato-amarelo (Tolmomyias flaviventris), um (01) exemplar

Figura 95 - Canário-da-mata (Basileuterus Figura 96 - Bizunga (Glaucis hirsutus) preso


flaveolus), capturado com redes ornitológicas. na rede, sobosque da mata (área A),
Coordenadas UTM: 0277583 – 9092185. nas coordenadas: 25L, UTM, 0277583 -
9092185.

Figura 97 - Tico-da-mata (Arremon Figura 98 - Frei-vicente ( Tangara cayana),


taciturnus), macho, capturado com rede. macho, capturado.
Coordenadas UTM: 0277583 - 9092185.

Figura 99 - Trinca-ferro (Saltator Figura 100 – Rendeira (Manacus manacus),


maximus),capturado no sobosque. fêmea capturada com redes
Coordenadas UTM: 25L 0277583 – 9092185. ornitológicas. Coordenadas: UTM, 25L
0277583 – 9092185.

335
Quadro 44 - Lista das 100 espécies de aves referidas para a área do Arco Rodoviário, em março de 2012. Registro: AU=auditivo, BI=bibliográfico,
VI=visual, CP=captura; EN=entrevista; TA=tamborilar. Ambiente: Pt=pasto, Fm=fragmento de Mata; Vr=vegetação ribeirinha e Aa=área alagada ou
charco. IPA – índice pontual de abundância. Sensitividade (Silva et alii, 2003; Anjos 2006): BA=baixa; ME=média e AL=alta. Uso de habitat:
DE=dependente. Dieta: MA=matéria de origem animal; MV=matéria de origem vegetal; ON=onivoria; MD=matéria em decomposição; NE=néctar. Em
negrito=o ambiente preferencial. Espécie marcada com * está incluída em alguma categoria de ameaça (01 espécie). 79 espécies foram efetivamente
registradas em campo.
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Tinamidae
Crypturellus Parvirostris Lambu Au Pt 2,14 Ba On
Cracidae
Ortalis Guttata Aracuã Au Fm 0,15 Ba Mv
Ardeidae
Bubulcus Ibis Garça-Vaqueira Bi/En Pt/Aa - Ba Ma
Cathartidae
Urubu-De-Cabeça-
Cathartes Aura
Vermelha Vi Fm/Pt 1,0 Ba Md

Coragyps Atratus Urubu-De-Cabeça- Preta


Bi Pt - Ba Md
Accipitridae
Rupornis Magnirostris Gavião-Pega-Pinto Au/Vi Fm/Pt 0,57 Ba Ma
Falconidae
Caracara Plancus Caracará Au/Vi Fm/Pt 0,28 Ba Ma
Milvago Chimachima Carrapateiro Au Fm/Pt 0,28 Ba Ma
Herpetotheres Cachinnans Acauã Au Fm/Pt 0,43 Ba Ma
Rallidae

Aramides Cajanea Três-Potes;


Au/Vi Vr/Aa 0,57 Al On
Porzana Albicollis Cambonje Au Vr/Aa 0,43 Me On
Charadriidae
Vanellus Chilensis Quero-Quero Au/Vi Pt/Aa 0,43 Ba Ma

336
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Columbidae
Columbina Talpacoti Rolinha-Roxa Au/Vi Pt/Fm 0,85 Ba Mv
Columbina Minuta Rolinha Vi Pt 0,28 Ba Mv
Leptotila Rufaxilla Juriti Au/Vi Fm 3,17 Me De Mv
Trocal; Pombo-Da-
Patagioenas Speciosa
Mata Bi Fm - Me De Mv
Psittacidae
Forpus Xanthopterygius Tuim; Pacu Au/Vi Fm/Pt/Vr 0,43 Ba Mv
Papagaio-De-
Pionus Menstruus
Cabeça-Azul Bi Fm - Ba De Mv
Maracanã-
Diopsittaca Nobilis
Pequena Bi Fm/Pt - Me Mv
Cuculidae
Piaya Cayana Alma-De-Gato Au/Vi Fm/Vr 0,57 Ba Ma
Crotophaga Ani Anu-Preto Au/Vi Pt/Vr/Aa 0,57 Ba Ma
Guira Guira Anu-Branco Vi Fm/Pt 0,43 Ba Ma
Tapera Naevia Peitica Au Pt/Vr 0,15 Ba Ma
Strigidae
Megascops Choliba Coruja-De-Frio Au Pt/Fm 0,15 Ba Ma
Strix Virgata Coruja-Boi Au Fm 0,57 Me De Ma
Nyctibiidae
Nyctibius Griseus Mãe-Da-Lua Bi/En Fm - Ba Ma
Caprimulgidae
Antrostomus Rufus João-Corta-Pau Bi/En Fm - Ba Ma
Hydropsalis Albicollis Bacurau Au/Vi Fm/Pt 1,0 Ba Ma
Apodidae
Andorinha-Do-
Chaetura Meridionalis
Temporal Bi Fm/Pt - Ba Ma

337
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Trochilidae
Glaucis Hirsutus Bizunga Cp Fm/Pt 0,15 Ba Ma/Ne
Eupetomena Macroura Beija-Flor-Tesoura Bi/En Pt - Ba Ma/Ne
Beija-Flor-
Chlorostilbon Notatus
Garganta-Azul Bi Fm - Ba Ma/Ne
Beija-Flor-
Amazilia Versicolor
Garganta-Verde Vi Pt 0,28 Ba Ma/Ne
Phaethornis Ruber Besourinho Au/Vi Fm 1,00 Me De Ma/Ne
Beija-Flor-De-
Heliothryx Auritus
Bochecha-Azul Vi Fm 0,15 Me De Ne
Alcedinidae
Martin-Pescador-
Chloroceryle Americana
Pequeno Vi Aa 0,15 Ba Ma
Momotidae
* Momotus Momota Marcgraviana
* Udu; Juruva Au Fm 0,43 Me De Ma
Galbulidae
Galbula Ruficauda Fura-Barreira Au/Vi Fm/Vr 0,28 Ba Ma
Bucconidae
Nystalus Maculatus Dorminhoco Bi/En Pa/Vr - Me Ma
Picidae
Veniliornis Passerinus Pinicapáu-Amarelo Vi Fm 1,30 Ba Ma
Dryocopus Lineatus Pica-Pau-Grande Au(Ta) Fm 0,15 Ba Ma
Thamnophilidae
Papa-Formiga-
Formicivora Grisea
Pardo Au/Vi Fm/Vr 2,00 Ba Ma
Thamnophilus Palliatus Choca-Listrada Au/Vi Fm/Vr 1,85 Ba Ma

338
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Thamnophilus Caerulescens
Papa-Formiga Au Fm 0,43 Ba De Ma
Pernambucensis*
Ma
Taraba Major Chorró-Boi Au Fm/Vr 0,15 Ba
Dendrocolaptidae
Sittasomus Griseicapillus Arapaçu-Verde Bi Fm - Me De Ma
Arapaçu-De-Bico-
Dendroplex Picus
Branco Au/Vi Fm/Vr 1,85 Ba Ma
Furnariidae
Xenops Rutilans Bico-Virado Vi Fm 0,43 Me De Ma
Furnarius Figulus João-De-Barro Bi Pt/Aa - Ba Ma
Phacellodomus Rufifrons Garrancheiro Bi/En Pt/Vr - Me Ma
Synallaxis Frontalis Tio-Tonho Au/Vi Fm 0,70 Me De Ma
Pipridae
Chiroxiphia Pareola Tangará Au Fm 0,15 Al De Mv
Manacus Manacus Rendeira Au/Cp Fm 0,70 Ba De Mv
Rhynchocyclidae
Bico-Chato-
Tolmomyias Flaviventris
Amarelo Au Fm/Vr 0,85 Ba De Ma
Todirostrum Cinereum Reloginho Au/Vi Fm/Pt/Vr 1,43 Ba Ma
Maria-De-Barriga-
Hemitriccus Griseipectus
Branca Bi Fm - Al De Ma
Tityridae
Pachyramphus Polychopterus Caneleiro-Preto Au Fm/Pt 1,43 Ba On
Tyrannidae
Camptostoma Obsoletum Risadinha Au Pt/Vr 0,28 Ba Ma
Elaenia Flavogaster É-Dia Au/Vi Pt/Vr/Fm 2,14 Ba On
Marianinha-
Capsiempis Flaveola
Amarela Au/Vi Fm/Vr 1,70 Ba De Ma
Myiarchus Ferox Maria-Cavaleira Au/Vi Fm/Vr 0,28 Ba Ma
Pitangus Sulphuratus Bem-Te-Vi Au/Vi Pt/Vr/Fm 1,43 Ba On
Megarynchus Pitangua Bentevi-Patola Au Fm/Pt 1,00 Ba On
Myiozetetes Similis Bentevizinho Au/Vi Pt/Vr/Fm 0,43 Ba Ma
Tyrannus Melancholicus Siriri Au/Vi Pt/Aa 0,43 Ba Ma
Myiophobus Fasciatus Filipe Au Fm/Pt 0,43 Ba Ma

339
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Fluvicola Nengeta Lavadeira Bi/En Pt/Vr/Aa - Ba Ma
Arundinicola Leucocephala Viuvinha Bi Aa - Me Ma
Phyllomyias Fasciatus Piolhinho Bi Fm/Pt - Me Ma
Legatus Leucophaius Bentevi-Pirata Au Fm 0,70 Ba Ma
Phaeomyias Murina Bagageiro Au Pt/Fm 0,15 Ba On
Vireonidae
Cyclarhis Gujanensis Pitiguari Au/Vi Fm/Vr/Aa 0,70 Ba On
Vireo Olivaceus Juruviara Au Fm 3,00 Ba De Ma
Hirundinidae
Andorinha-Da-
Stelgidopteryx Ruficollis
Mata Au/Vi Pt/Fm 0,43 Ba Ma
Progne Chalybea Andorinha Vi Pt 0,15 Ba Ma
Troglodytidae
Troglodytes Musculus Rouxinol; Garrincha Au/Vi Pt/Aa/Fm 0,85 Ba Ma
Pheugopedius Genibarbis Pia-Vovó Au/Vi Fm 2,57 Ba De Ma
Donacobiidae
Donacobius Atricapilla Japacanim Au Vr/Aa 0,28 Me Ma
Polioptilidae
Ramphocaenus Melanurus Bico-Assovelado Bi Fm - Ba De Ma
Turdidae
Turdus Rufiventris Sabiá-Gongá Au/Vi Fm/Vr 0,70 Ba On
Turdus Leucomelas Sabiá-Branco Au/Vi Fm/Pt/Vr 1,70 Ba Mv
Coerebidae
Coereba Flaveola Sebito Au/Vi Fm/Pt/Vr 0,15 Ba On
Thraupidae
Saltator Maximus Trinca-Ferro Au Fm 2,14 Ba On
Thlypopsis Sordida Canário-De-Folha Au/Vi Pt/Vr/Fm 0,15 Ba On
Tachyphonus Rufus João-Moleque Au/Vi Fm/Vr 1,30 Ba De On
Tangara Sayaca Sanhaçu-Cinzento Vi Vr/Fm 0,15 Ba On
Sanhaçu-De-
Tangara Palmarum
Coqueiro Au/Vi Pt/Vr/Fm 1,43 Ba On
Tangara Cayana Frei-Vicente Au/Vi Fm/Pt/Vr 0,70 Me On
Dacnis Cayana Saí-Azul Vi Fm/Vr 0,28 Ba De Mv
Ramphocelus Bresilius Sangue-De-Boi Bi/En Vr/Fm - Ba On
Emberizidae

340
Arco Rodoviário U so de
Nom e Vulgar Contato Am biente IPA Sensitividade Di eta
Fam ília - Espécie Habitat
Emberizoides Herbicola Maria-Rabo-Mole Bi Pt - Ba On
Volatinia Jacarina Tiziu; Biziu Vi/Au Pt 1,00 Ba On
Au/Vi/
Arremon Taciturnus
Tico-Da-Mata Cp Fm 0,85 Me De Ma
Sporophila Angolensis Curió Bi/En Fm/Pt - Ba Mv
Sporophila Nigricollis Papa-Capim Au/Vi Pt/Aa 0,15 Ba Mv
Sporophila Leucoptera Chorona Au Pt/Aa 0,28 Ba Mv
Parulidae
Au/Vi/
Basileuterus Flaveolus
Canário-Da-Mata Cp Fm 0,28 Me De Ma
Icteridae
Procacicus Solitarius Bico-De-Osso Bi Vr - Ba On
Xexéu-De-
Icterus Cayanensis
Bananeira Vi Vr/Fm 0,28 Ba On
Fringillidae
Euphonia Violacea Guriatã Vi Fm 0,43 Ba De On

341
As aves em geral são consideradas boas indicadoras das condições
ambientais e por isso têm sido usadas, com bastante frequência, nos
estudos e análises da qualidade dos ecossistemas, bem como na evolução
de comunidades bióticas (Antas & Almeida, 2003; Regalado & Silva. 1997;
Almeida, 1988; Vielliard, 2000; Machado, 1997; Alegrini, 1997). A presença
de grandes pica- paus, como o pica-pau-grande (Dryocopus lineatus ), por
exemplo, que necessita de troncos mais grossos e altos para nidificar, é um
indicador de boa saúde da floresta.

Na medida em que, nos ambientes analisados, foram identificadas 24


(24%) espécies dependentes do ambiente, e entre elas uma ameaçada e
endêmica co, a mesma pode ser utilizada como principal referência para
uma melhor avaliação dos possíveis impactos na fauna.

Em relação ao interesse econômico nenhuma espécie foi registrada.


Algumas aves, entretanto, são alvos de caçadores locais, como o lambu
(Crypturellus parvirostris), juriti (Leptotila rufaxilla), e rolinhas, com
finalidade de alimentação. Outras sãoforme o quadro acima apresentado
capturadas para manutenção em cativeiro, como ave de estimação,
especialmente os emberizídeos, como o curió (Sporophila angolensis) e o
papa-capim (Sporophila nigricollis); a guriatã (Euphonia violacea), sabiá
(Turdus leucomelas) e o periquito pacu (Forpus xanthopterygius).

Durante as prospecções quase que diariamente, foram observados


vários moradores locais munidos de gaiolas com pássaros, circulando nas
áreas com vegetação aberta do tipo herbácea e arbustiva, contíguas à mata
do Pau Ferro.

Mastofauna Alada

No levantamento da mastofauna alada, foi registrado um total de 13


espécies, destas 12 por capturas e uma por observação vestigial e
entrevistas, distribuídas em 03 famílias e 10 gêneros. Com relação às
capturas foram coletados 93 indivíduos, conforme exibido no Quadro
abaixo.

342
Quadro 45 - Relação das espécies de morcegos registrados na AID do empreendimento. Legenda: F=frugívoro; I=insetívoro; N=nectarívoro; O=Onívoro;
H=hematófago; Inv.=invertebrados; PV=pequenos vertebrados; VT=vertebrados; VG=vegetais; R=raízes; V=vestígios; E=entrevistas; Cap. =número de
indivíduos capturados; OD=nº de indivíduos por observação direta; MA=Mata Atlântica; Am=Amazônica; Ca=Caatinga; Ce=cerrado; PA=pantanal;
CS=campos do sul.

Ordem/Família Preferência
Status De Conservação Bi omas Cap. Od E V
/Espécie Al imentar

Chiroptera

Phyllostomidae
Carollia perspicillata Baixo risco F/I Am, Ca, Ce, Cs, MA, Pa 19
Phyllostomus discolor Baixo risco O Am,Ca,Ce,MA,Pa 34

Phyllostomus hastatus Baixo risco O Am,Ca,Ce,MA,Pa 1


Glossophaga soricina Baixo risco N/I Am,Ca,Ce,Cs,MA,Pa 1

Artibeus lituratus Não ameaçada F Am,Ca,Ce,MA,Pa 5


Artibeus planirostris Não ameaçada F Am,Ca,Ce,MA,Pa 5
Platyrrhinus lineatus Não ameaçada F/N/I Am,Ca,Ce,MA,Pa 2

Sturnira lilium Baixo risco F Am,Ca,Ce,MA,Pa,Cs 5


Dermanura cinerea Baixo risco F Am,Ca,Ce,MA,Pa 2

Diphylla ecaudata Não ameaçada H Am, Ca, Ce, Cs, MA, Pa X X


Vespertilionidae

Myotis nigricans Baixo risco I Am,Ca,Ce,MA,Pa 4


Eptesicus furinalis Baixo risco I --------- 1
Molossidae

Molossus rufus Baixo risco I Am,Ca,Ce,MA,Pa 14

343
Para avaliar a eficácia da campanha na descrição da
biodiversidade de morcegos, foram realizadas curvas cumulativas de
espécies, que é o somatório do registro de espécies catalogadas durante a
campanha conforme se mostra na Figura a seguir:

Figura 101 - Curva cumulativa das espécies de morcegos

O gráfico da curva cumulativa de espécie mostra que houve uma


variação no número de espécies capturadas durante o período de
realização da campanha nas 04 estações amostrais (Mapa 17).

Nas áreas amostradas destacaram-se como espécies mais


abundantes: Phyllostomus discolor (0,36) e C. perspicillata (0,20). As menos
abundantes foram às espécies Glossophaga soricina, Phyllostomus hastatus
e Eptesicus furinalis todas com 0,01 (Quadro 46).

A frequência de ocorrência representa a proporção de dias em que a


espécie foi observada/capturada pelo nº total de dias. De acordo com o
valor obtido as espécies são classificadas em: Muito frequentes (>50%),
Frequentes (50-25%) e Pouco frequentes (<25%). É calculada pela fórmula:

A análise efetuada constatou que apenas uma (1) espécie (C.


perspicillata), apresentou FO superior a 50% sendo considerada muito
frequente, e seis (6) consideradas pouco frequentes e que apresentaram FO
abaixo de 25%, são D. cinerea, G. soricina, M. rufus, P. hastatus, P. lineatus,
E. furinalis. As demais espécies registradas foram consideradas frequentes
(Quadro 46).

Quadro 46 - Frequência de ocorrência das espécies de morcegos capturadas e


observadas, em porcentagem (FO) e abundância relativa (Ar).
Familia /Espécie Reg ime Alimentar FO ( %) Ar
Phyllostomidae
Carollia perspicillata Frugívoro/Insetívoro 58,3% 0,20
Phyllostomus discolor Onívoro 33,3% 0,36

344
Familia /Espécie Reg ime Alimentar FO ( %) Ar
Phyllostomus hastatus Onívoro 8,3% 0,01
Glossophaga soricina Nectarívoro/Insetívoro 8,3% 0,01
Artibeus lituratus Frugívoro 25% 0,05
Artibeus planirostris Frugívoro 25% 0,05
Platyrrhinus lineatus Frugívoro/Nectarívoro/Insetívoro 8,3% 0,02
Sturnira lilium Frugívoro 25% 0,05
Dermanura cinerea Frugívoro 16,6% 0,02
Vespertilionidae
Myotis nigricans Insetívoro 25% 0,04
Eptesicus furinalis Insetívoro 8,3% 0,01
Molossidae
Molossus rufus Insetívoro 8,3% 0,15

Analisando a preferência alimentar das espécies capturadas, foram


constatadas seis espécies frugívoras, duas nectarívoras, seis insetívoras e
duas onívoras como mostra o Quadro 46. No que diz respeito aos estágios
reprodutivos foram registradas seis espécies gestantes, C. perspicillata, S.
lilium, A. lituratus, P. hastatus, D. cinerea e P. discolor esta última
apresentando o maior número de indivíduos em diferentes estados
gestacionais. Diversas espécies apresentaram indivíduos machos
escrotados como A. planirostris, A. lituratus, M. rufus, P. discolor, S. lilium,
G. soricina, C. perspicillata.

A seguir será apresentada uma breve descrição da biologia de


algumas espécies identificadas ao longo da campanha na estação seca,
realizada pela Moraes & Albuquerque (2012).

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758).

Espécie cujo comprimento cabeça-corpo varia de 48 a 65 mm.


Alimenta-se de frutos e insetos. Ampla distribuição geográfica no Brasil
ocorrendo, nos mais diversos ecossistemas. Padrão reprodutivo poliestro
bimodal (GUERRA, 2007) (Figura 102).

Figura 102 – Carollia perspicillata


Foto: Albérico Queiroz

345
Phyllostomus discolor (Wagner, 1843)

O comprimento da cabeça-corpo entre 66 e 97 mm. Alimenta-se


principalmente de frutos e insetos. Apresentam reprodução acíclica e
contínua (REIS et al., 1996) (Figura 103).

Figura 103 – Phyllostomus discolor.


Fotos: Albérico Queiroz

Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767)

Constitui-se na maior espécie do Gênero possuindo comprimento da


cabeça-corpo entre 94 e 124 mm. Onívoro. O padrão reprodutivo varia
geograficamente podendo apresentar monoestria sazonal ou poliestria.
Seu sistema de cópula envolve a formação de haréns anuais como em P.
discolor, podendo ser encontrado em uma mesma caverna, grupos
constituídos por um indivíduo macho entre 10 a 100 fêmeas (REIS et al.,
2007). (Figura 104)

Figura 104 – Phyllostomus hastatus.


Foto: Albérico Queiroz

Dermanura cinerea (Pallas, 1767)

Dentre os Artibeus com peso médio em torno de 12 g. é a espécie


mais comumente encontrada em vários habitats brasileiros. Frugívoro,
padrão poliestro bimodal (REIS et al., 2007) (Figura 105).

346
Figura 105 – Dermanura cinerea.
Foto: Albérico Queiroz

Artibeus lituratus (Olfers, 1818)

Tamanho relativamente grande, cujo comprimento cabeça-corpo


varia de 87 a 100 mm. Primariamente frugívoro com consumo de partes
florais, pólen, folhas, polpas e frutos inteiros e, ocasionalmente, de
insetos. Padrão reprodutivo poliestro bimodal. (Figura 106).

Figura 106 – Artibeus lituratus.

Artibeus planirostris (Spix, 1823).

É considerado de tamanho médio para o gênero, apresenta hábito


alimentar predominantemente frugívoro embora consuma menos
frequentemente partes florais e insetos. É uma das espécies mais comuns
da américa tropical, ciclo reprodutivo bimodal. A gestação dura em torno de
quatro meses (GUERRA, 2007). (Figura 107).

347
Figura 107 – Artibeus planirostris

Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810).

Espécie endêmica da América do Sul, no Brasil ocorre em todos os


biomas. Predominantemente frugívora, alimenta-se também de insetos,
néctar, pólen e folhas. Peso médio em torno de 25 g. Dados sobre
reprodução sugerem um padrão poliestro bimodal (REIS et al., 2007) (Figura
108).

Figura 108 – Platyrrhinus lineatus.


Fotos: Albérico Queiroz

Sturnira lilium ( E. Geoffroy, 1810)

Espécie de tamanho médio. O comprimento da cabeça-corpo varia


de 60 a 73 mm. Ocorre em todas as regiões e em todos os biomas. Possui
uma dieta predominantemente frugívora atuando como importante
dispersor de sementes de plantas do Gênero Solanum . Apresenta um
padrão reprodutivo poliéstrico sazonal (REIS et al., 2010) (Figura 109).

Myotis nigric ans (Schinz, 1821)

Morcego de tamanho pequeno o comprimento do antebraço varia de


29,9 a 36,2mm. Ocorre em todas as regiões e em todos os biomas,
possui uma dieta predominantemente insetívora. Apresenta um padrão

348
ciclo reprodutivo poliéstrico, com período de gestação em
aproximadamente 60 dias (REIS et al., 2010) (Figura 110).

Figura 109 – Sturnira lilium. Figura 110 – Myotis nigricans.


Fotos: Albérico Queiroz

Molossus rufus (E. Geoffrey, 1805)

Espécie de tamanho corporal grande do gênero. Ocorre em quase


todos os estados e em quase todos os biomas. São morcegos insetívoros.
Apresenta ciclo poliéstrico, com fêmeas grávidas quase o ano inteiro (REIS
et al., 2007) (Figura 111).

Figura 111 – Molossus rufus.

Mastofauna Terrestre

Considerando os levantamentos dos dados secundários na região sul


do empreendimento destaque-se a importância da mata da Reserva
Ecológica de Gurjaú, um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica da
Região Metropolitana do Recife, com 1.077 ha localizados entre os

349
municípios de Cabo, Jaboatão e Moreno. Constitui um dos fragmentos de
mata que compõem o “Complexo Catende”, área amplamente reconhecida
como prioritária para conservação e estudos aprofundados da fauna e flora
no NE do Brasil. Durante os anos de 2002 e 2003 foram inventariados 30
espécies de mamíferos não voadores (32 com o registro das espécies
introduzidas Rattus rattus e Mus musculus) pertencentes à 18 famílias.
(FADURPE, 2004).

Para a amostragem dos mamíferos terrestres foi empregado um


esforço de 360 armadilhas-noite em cada trecho da área a ser abrangida
pelo empreendimento. Contudo, não foi capturada nenhuma espécie de
mamífero terrestre não voador. Entretanto foi contabilizado um total de
dezessete (17) espécies distribuídas em seis (06) Ordens e quinze (15)
Famílias, através de entrevistas informais, das quais sete (07) foram
também visualizadas e duas (02) tiveram suas pegadas registradas, nas
estradas vicinais no município de Jaboatão dos Guararapes, conforme se
mostra nos Quadro 47 e Quadro 48 a seguir:

Quadro 47 - Espécies registradas na AID pela técnica das entrevistas e registros por meio de
vestígios (pegadas, fezes e restos de comida).
Arco Rodoviário Entrev i stados Ocorrência
Espécies Relatadas. Nome Regional 1 2 3 4 Confirmadas
Cutia (lombo vermelha) x x x x Visual
Paca x
Soim, sauim, sagui x x x x Visual/vocal
Preá x x
Cassaco, timbu x x x x Visual
Capivara x x
Coelho x Visual
Tatu verdadeiro x x Pegadas
Tatu rabo-de-couro x x x
Tatu peba x x
Tamanduá x x x x
Papa-mel x x x
Gato-maracajá-açu, jaguatirica (grande) x
Gato maracajá (pequeno), papa-pinto, mirim x x x
Gato-pardo (P.yagouaroundi) x
Quati x x x x
Guará x x Pegadas
Raposa, raposa-de-cachorro x x x Pegadas
Paracatota, coaticoco x
Furão x x
Punaré Visual
Cuandu x
Preguiça x Visual

350
Quadro 48 - Relação das espécies de mamíferos registradas na AID e registros bibliográficos adicionais em dois grandes fragmentos na região Sul
empreendimento. Legenda: F=frugívoro; I=insetívoro; O=Onívoro; C = carnívoro; VG=vegetais; R=raízes; P= pegadas; E=entrevistas; OD=nº de
indivíduos por observação direta; MA=Mata Atlântica; Am=Amazônica; Ca=Caatinga; Ce=cerrado; PA=pantanal; CS=campos do sul.
S t at u s d e Preferên c ia Ref.b ib liog
Ord em /Fam ília/E sp éc ie Biom as OD E P
c on servaç ão Alim en t ar
ad ic ion ai
Did elphimorphia
Didelphidae
Didelphis albiventris Baixo risco F/O Am,Ca,Ce,Cs,PA 1 x x
Didelphis marsupialis (=
Baixo risco F/O MA x
D.aurita)
Marmosa murina Baixo risco I/O Am, Ce, MA, PA x
Monodelphis domestica Baixo risco I/O MA, Ca, Ce, PA x
Dados
Monodelphis americana I/O MA x
insuficientes
Cingulata
Dasypodidae
Am, Ca, Ce, Cs,
Dasypus novemcinctus Não ameaçada O x x
MA,Pa
Euphractus sexcinctus Não ameaçada O Am,Ca,Ce,Cs,MA,Pa 2 x x
Cabassous unicinctus Não ameaçada O Am, Ca, Ce, MA, Pa x x
Pilosa
Bradypodidae
Am, Ca, Ce, Cs,
Bradypus variegatus Não ameaçada VG 2 x
MA,Pa
Myrmecophagidae
Am,,Ca, Ce, Cs
Tamandua tetradactyla Não ameaçada I x x
,MA,Pa
Primates
Cebidae
Callithrix jacchus Não ameaçada O Ca, Ce, MA 2 x x

351
S t at u s d e Preferên c ia Ref.b ib liog
Ord em /Fam ília/E sp éc ie Biom as OD E P
c on servaç ão Alim en t ar
ad ic ion ai
Rod entia
Sciuridae
Guerlinguetus alphonsei Sem informações Am,MA,Ca, Ce x
Sciurus aestuans (=G.aestuans) Sem informações Am,MA,Ca, Ce x
Cricetidae
Akodon sp. Sem informações I/O x
Holochilus sp.(H.sciureus?) Sem informações VG MA, Ca, Ce x
Nectomys sp. Sem informações O Am,MA,Ca, Ce x
Echimyidae
Thrichomys laurentius Não ameaçada VG Ca 1 x
Caviidae
Cavia aperea Não ameaçada VG Ce, MA x x
Hidrochoerus hidrochaeris Não ameaçada VG Am, Ca, Ce, Cs, A,Pa x
Dasyproctidae
Dasyprocta prymnolopha Não ameaçada VG Am, Ca, MA 1 x
Cuniculidae
Cuniculus paca (=Agouti paca) Não Ameaçada VG Am, Ce, MA, Pa, Cs x x
Erethizontidae
Coendou prehensilis Sem informações VG MA, Am x
L agomorpha
Leporidae
Am, Ca, Ce, MA,
Sylvilagus brasiliensis Não ameaçada VG 1 x x
Pa,Cs
Carnivora
Felidae
Leopardus pardalis Vulnerável C Am, Ce, MA,Pa x

352
S t at u s d e Preferên c ia Ref.b ib liog
Ord em /Fam ília/E sp éc ie Biom as OD E P
c on servaç ão Alim en t ar
ad ic ion ai
Am, Ca, Ce, Cs,
Leopardus tigrinus Vulnerável C x x
MA,Pa
Am, Ca, Ce, Cs,
Puma yagouaroundi Não ameaçada C x x
MA,Pa
Canidae
Cerdocyon thous Não ameaçada O Ca, Ce, Cs, MA, Pa x x
Mustelidae
Eira barbara Não ameaçada O Am, Ce, MA, Pa x x
Galictis cuja Não ameaçada O Ca, Ce, MA, Cs x x
Lontra longicaudis Não ameaçada Am, Ce, MA, Pa, Cs x
Procyonidae
Nasua nasua Não ameaçada O Am, Ce, MA, Pa, Cs x x
Procyon cancrivorus Não ameaçada O Am, Ca, Ce, Cs, MA,Pa x x
OBS: Arranjo taxonômico e distribuição nos biomas brasileiros segundo REIS ET AL.(2010) e FONSECA et al.(1996), respectivamente.

353
A seguir serão apresentadas de forma sucinta as informações a cerca
da biologia das espécies registradas por meio de observações diretas e
indiretas.

Didelphis albiventris (Lund, 1840)

Ampla distribuição geográfica, localidade típica: Brasil, Minas Gerais,


“Lagoa Santa”. São animais onívoros encontrados em uma grande
variedade de ambientes naturais, inclusive nas áreas urbana e ambiente
doméstico. São animais solitários e de hábitos predominantemente
noturnos. A espécie distingue-se de D. marsupialis pelas orelhas
esbranquiçadas. As fêmeas possuem marsúpio com a abertura vertical. A
gestação varia de 12 a 14 dias. Produzem ninhadas de até 14 filhotes com
os nascimentos ocorrendo entre setembro e maio. São predados por
diversos carnívoros. Status de conservação: baixo risco (REIS et al., 2006).

As espécies do gênero Didelphis são os animais mais versáteis e


generalistas entre os pequenos mamíferos neotropicais. São comumente
encontrados nos remanescentes de mata e, principalmente como
comensais, em ambientes urbanos onde o processo de fragmentação é
extremo, o que causa a extinção de grandes predadores (ALÉSSIO et
al.,2003), tornando-os menos vulneráveis à fragmentação do hábitat. Na
AID do empreendimento no sítio denominado “Sítio fruta- pão”, no
município do Cabo de Santo Agostinho, observou-se um indivíduo sobre
árvore, próximo à estrada que leva à Mata dos Brilhantes, ou seja, no trajeto
para o fragmento 01.

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 (tatu galinha, tatu verdadeiro)

Ampla distribuição geográfica: do sul dos Estados Unidos atravessa a


América Central indo até o noroeste da Argentina e Uruguai. Ocorre em
todos os biomas do Brasil. O período de gestação é de 70 a 120 dias e,
geralmente, nascem quatro filhotes, todos do mesmo sexo. Onívoros,
alimentam-se de invertebrados, material vegetal, vertebrados de
pequeno porte, ovos e carniça (REIS et al., 2010). Foram registradas
pegadas que, provavelmente, são vestígios dessa espécie, em estrada
próxima ao “Sítio fruta-pão” na AID do empreendimento, no município do
Cabo de Santo Agostinho.

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758)

Ampla distribuição geográfica, ocorrem em todos os biomas


brasileiros e em vários estados do território brasileiro com exceção do Acre,
Amazônia, Rondônia e Roraima. O período de gestação é de 60 a 64 dias

354
com um a três filhotes de sexos iguais ou diferentes. Onívoros, a
semelhança do D. novemcinctus. Embora o tatu verdadeiro e o peba sejam
muito caçados, ainda não sofrem ameaças de extinção devido à sua ampla
distribuição.

Bradypus variegatus (Schinz, 1825)

Figura 112 - Bradypus variegatus preguiça Figura 113 - Bradypus variegatus Preguiça
na estrada. com filhote.

Embora FONSECA et al. (1996) relataram a ocorrência dessa


espécie em todos os biomas brasileiros, levantamentos sistemáticos
realizados por outros autores no norte e na porção central do Pantanal
não constataram a ocorrência natural dessa espécie na planície
pantaneira (MEDRI et al., 2006). O período de gestação é de
aproximadamente seis meses nascendo um filhote por vez. Alimenta-se
de folhas, ramos e brotos de diversas espécies vegetais.

Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)

Pequeno primata (300-360g) apresenta tufos de pelos brancos


circum-auriculares característicos da espécie. É comum no Nordeste
brasileiro, ao norte do Rio São Francisco e ao leste dos Rios Parnaíba.
Essa espécie tem sido introduzida em áreas que não pertencem à sua
região geográfica natural, podendo ser encontrada em cidades como Rio
de Janeiro e São Paulo. É um animal de grande plasticidade alimentar
e bastante flexível e versátil, no que se refere às estratégias de
sobrevivência, possuindo uma boa capacidade de adaptação a ambientes
fragmentados. Compõem grupos de três (03) a quinze (15) indivíduos. O
período de gestação leva cinco meses e geralmente nascem gêmeos.
São onívoros, se alimentando principalmente de goma de certas espécies
arbóreas (AURICCHIO, 1995; BICCA-MARQUES; SILVA; GOMES, 2006).

355
Thrichomys laurentius (Lund, 1839)

Localidade tipo: São Lourenço da Mata, Pernambuco. Ocorre do


estado do Ceará ao da Bahia. As espécies de Thrichomys têm hábito
terrestre e semiarborícola, diurno e noturno, mas preferencialmente
crepuscular. São encontrados apenas em formações graníticas (lajeiros,
serrotes e serras). Distribuem-se pelo semiárido, mas penetra nas áreas
pedregosas da Mata Atlântica e dos Brejos de Altitude (OLIVEIRA E
LANGGUTH, 2004). Espécie comum e abundante na caatinga. São ativos
por pequenos períodos durante o dia e a noite, porém atingem o pico de
sua atividade no crepúsculo. Alimentam-se de brotos, folhas e frutos
silvestres. Durante a seca, seu alimento principal é constituído pelos
brotos de macambira, mandacaru e cocos catolé (MOOJEN, 1952).
Adquirirem a maturidade sexual entre sete e nove meses (OLIVEIRA;
BONVICINO, 2006). Nidificam em ocos de árvores, fendas em rochas ou em
galerias no solo. Reproduzem-se por todo o ano e sua prole varia de um a
seis indivíduos. Status de conservação: pouco preocupante (REIS et al.,
2010). Foi observado, pela equipe de herpetofauna, um indivíduo
escondendo-se rapidamente por entre as frestas de rochas.

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758)

Ocorre em todos os biomas brasileiros sendo encontrada em quase


todos os estados brasileiros. Alimentam-se principalmente de gramíneas e
vegetais tenros. A gestação tem duração de 30 a 45 dias podendo
nascer de 2 a 7 filhotes por ninhada. De acordo com a lista vermelha
da IUCN o risco de ameaça dessa espécie é “pouco preocupante”,
embora a destruição, dos habitats e a caça, ameacem sua sobrevivência
(ZANON; REIS, 2010).

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766)

Localidade tipo: Suriname. Ampla distribuição na América do Sul. No


Brasil distribui- se por todos os biomas, utilizando bordas da mata e áreas
alteradas e habitadas pelo homem. É uma espécie onívora, generalista e
oportunista. É monógama tendo as fêmeas duas ninhadas por ano a cada
sete ou oito meses. O período de gestação é de, aproximadamente, dois
meses nascendo de três a seis filhotes. Status de conservação: menor
preocupação (REIS et al., 2006).

Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798)

Espécie de médio porte (3-7 kg) ocupa vários tipos de habitats


pelo Brasil; são noturnos e geralmente solitários; sua dieta é onívora e
oportunista, se alimenta desde frutos a pequenos vertebrados e

356
invertebrados. A fêmea produz uma ninhada de até oito (08) filhotes por
ano (NOWAK, 1999; CHEIDA et al., 2006). Diversas pegadas foram
registradas nas proximidades dos fragmentos próximo a Jaboatão dos
Guararapes.

Figura 114 – Pegadas de Procyon cancrivorus Figura 115 - Pegadas de Procyon cancrivorus

• ECOSSISTEMA AQUÁTICO

Ictiofauna

A fauna de peixes do nordeste brasileiro tem sido reconhecida pelo


seu endemismo (VARI, 1988; MENEZES, 1996). A falta de informações
básicas sobre a composição da ictiofauna nas bacias da região, entretanto,
torna difícil estimar sua diversidade, grau de endemismo e padrões de
distribuição. Ainda, não existe uma documentação completa da diversidade
anterior da ictiofauna, de modo que os dados atualmente disponíveis, além
de incompletos e insuficientes, revelam apenas uma parcela da fauna
original anterior às modificações antrópicas (ROSA et al., 2003). Entretanto,
o nível de conhecimento sobre as diferentes bacias hidrográficas não é
uniforme.

Diferenças regionais decorrentes do número de pesquisadores, do


tamanho das bacias, grau de isolamento dos mananciais menos conhecidos,
nível de impacto antrópico, dentre outros aspectos, têm provocado
disparidades e deficiências no seu conhecimento ictiológico.

No Estado de Pernambuco, o maior volume de conhecimento sobre a


ictiofauna restringe-se às espécies marinhas (Eskinazi, 1972; Vasconcelos
Filho et. al., 1994/95; Almeida et. al., 1998; El-Deir, 2005; Ferreira et. al.,
2005) e as poucas informações a respeito da ictiofauna de água doce
abrangem uma pequena área dos brejos de altitude (Rosa e Groth, 2004),
onde a diversidade de peixes constatada é reduzida, quando comparada
com a das bacias do rio São Francisco (Sato e Godinho, 1999) e das bacias

357
do leste brasileiro (Bizerril, 1994), assim como da bacia do Parnaíba (Paiva,
1978), salvo algumas poucas espécies 93 endêmicas de cada região em
função da climatologia e dos níveis diferenciados de impactos sofrido nas
mesmas. Contudo, as bacias do estado podem ser consideradas
subamostradas, visto que as mesmas drenam brejos de altitude e de mais
de um bioma, no caso da Caatinga e da Floresta Atlântica, podendo ser
possivelmente encontrada fora dos limites destes biomas. Entretanto,
França (2007) caracterizou a ictiofauna do trecho médio-superior da bacia
do rio Capibaribe, como uma possibilidade de ampliação do conhecimento
sobre os peixes pernambucanos. Embora importante, pelo ineditismo dos
dados apresentados, a FACEPE considerou insuficientes para representar
adequadamente a diversidade das cinco bacias costeiras de Pernambuco.
França (2007), constatou a presença de 24 táxons 40 encontrados nas cinco
bacias (Apareiodon davinsi, Aspidoras sp., Astyanax fasciatus, Astyanax gr.
bimaculatus, Bryconamericus sp., Cheirodontinae, Cichlaocellaris,
Cichlasomaorientale, Crenicichla menezensi, Crenuchidae, Geophagus
brasiliensis, Geophagus cf. brasiliensis, Hoplias malabaricus, Hypostomus
sp., Oreochromisniloticus, Parachromis managuensis, Paratocinclus jumbo,
Paratocinclus sp., Phalloceros sp., Poecilia sp., Poecilia vivípara, Serrapinnus
heterodon, Synbranchus marmoratus e Tilapiarendalli), sendo 2 táxons
identificados a nível de subfamília e família, respectivamente,
Cheirodontinae e Crenuchidae, pela incerteza de serem novas espécies,
ainda não descoberta. Ressaltando o registro de 4 espécies exóticas
(Cichlaocellaris, Parachromismanaguensis, Oreochromisniloticus e
Tilapiarendalli), ou seja, espécies que foram introduzidas ao longo dos anos,
com os mais diversos objetivos, entre eles a pesca esportiva, o controle
biológico e para fins ornamentais.

A biodiversidade do Estado Pernambuco foi publicada no “Diagnóstico


da Biodiversidade de Pernambuco” (Tabarelli& Silva, 2002), a qual não faz
inferência alguma sobre a diversidade de peixes no Estado, demonstrando
uma carência de informações a respeito da comunidade ictiofaunística.
Segundo Rosa & Groth (2004), no levantamento realizado nos brejos de
altitudes de Pernambuco e Paraíba, inseridos na bacia do rio Capibaribe,
apontam a ocorrência de uma ictiofauna pouco diversificada, com 27
espécies, incluindo várias formas endêmicas à região Nordeste médio-
oriental e outras amplamente distribuídas por várias ecorregiões. As
famílias com maior riqueza de espécies foram representadas por Characidae
e Cichlidae, com cinco e sete, respectivamente, sendo esta ultima com três
espécies introduzidas. Inclusive uma das espécies da família Cichlidae, que
ocorre em abundância em muitas regiões do país, conhecida como acará
(Geophagus brasiliensis), assim como, outras espécies nativa da bacia estão
sendo pressionada por espécies exóticas ou alóctones, como o tucunaré

358
Cichla ocellaris e a pescada Plagioscion squamosissimus (Amorim &
Fonseca, 2008).

A abundância das espécies do rio Capibaribe aumenta em direção à


foz, provavelmente, devido à interferência do mar, melhorando a qualidade
ambiental do habitat. Apesar de ser um rio afetado por diversas ações
antrópicas, o mesmo apresenta uma considerável diversidade de peixes.
Entretanto, esta diversidade se dá em decorrência da predominância de
espécies indicadoras de ambientes degradados, como Poecilia vivipara (Lins
et al., 2007). Contudo, esta bacia pode ser considerada diversificada, se
comparada a outros rios costeiros do Brasil.

Segundo Consulplan (2009 a, b), a duplicação da BR-408 vai interferir


no rio Capibaribe apenas no ponto onde ocorrerá a duplicação da ponte
existente. O qual se apresenta degradado por assoreamento e poluição
produzida por matadouros, lixões, esgotos domésticos e industriais.
Apresentando visível pobreza da ictiofauna de espécies nativas e pequena
produção pesqueira apenas dos reservatórios, concentrando na captura de
piabas (Characidae pertencem aos Gêneros Astyanax e Tetragonopterus) e
pequenos camarões obtida com espinheis de garrafas PET, que abastecem
bares locais, capturadas na barragem de Carpina. A maior parcela da
produção é da Tilápia – espécie exótica – chamada localmente de Parari,
onde não se encontra atividade pesqueira organizada e o esforço de pesca
(barcos, redes, pescadores) é precário. Toda produção é comercializada nos
mercados públicos da região, juntamente com peixes marinhos congelados
oriundos de Recife.

Quanto à ictiofauna nativa do rio Tapacurá, esta apresentou baixa


diversidade de espécies. Uma enquete realizada junto a antigos pescadores
da área cuja única fonte de renda é a pesca, portanto com certa “dedicação
exclusiva” à atividade, não se logrou enumerar mais que 10 espécies
nativas (Traira, Piabas, Piau, Acari, Sarapó, Jundiá, Roco-roco e Muçum). Tais
espécies nativas sofreram impacto ocasionado por espécies exóticas
introduzidas (Tambaqui, Tucunaré, Pescadinha e Tilápia). Hoje, aquelas que
conseguem se multiplicar compõem a grande maioria das capturas na
pesca local, concentrando-se nos meses de março a maio quando as
macrofitas aquáticas são arrastadas pelas enchentes, surgindo condições
para o lançamento de redes. Enquanto que no restante do ano a pesca de
peixes e crustáceos é de subsistência. A captura de camarão, conhecidos
em outros reservatórios de Pernambuco como Pititinga, trata-se do
Macrobrachiumjelskii e explica em parte a boa aclimatação da Pescadinha
na região, pois tem nele um componente importante da sua dieta alimentar.

359
Em estudos conduzidos por Silva Filho et al (2011), no reservatório de
Duas Unas na bacia do Rio Jaboatão, onde foram capturados 322
exemplares de peixes, pertencentes a 14 espécies, distribuídas em 14
gêneros, 10 famílias e 5 ordens (Quadro 49). Dentre as espécies coletadas,
foi constatada a ocorrência de três alóctones, a pescada Plagioscion
squamosissimus, a tilápia Oreochromis niloticuse o tucunaré Cichlakelberi,
podendo as demais ser consideradas como autóctones da bacia. Cichlidae
foi a família com maior riqueza (4 espécies), seguida por Curimatidae (2),
tendo as demais sido representadas por apenas uma espécie cada.
Characidae apresentou a maior abundância numérica (170 indivíduos, 53%
do total) e biomassa (2.574,4 g, 29% do total), seguida por Cichlidae com
71 indivíduos (22,0%) e 1.931,5 g (22,0%), Curimatidae com 42 indivíduos
(13,0%) e 839,2 g (9,5%) e Erythrinidae com 29 indivíduos (9,0%) e
2.891,9 g (33%). As demais famílias agrupadas foram responsáveis por
3,1% da abundância (10 indivíduos) e 6,2% da biomassa (545,3 g). Dentre
as espécies, Astyanaxgr. bimaculatus, Crenicichlacf. brasiliensis, Hoplias
malabaricus e Steindachnerina notonota dominaram numericamente (81%
do total de indivíduos capturados) e em biomassa (78%). Reservatórios
brasileiros usualmente são compostos por 20 a 40 espécies de peixes
(Agostinho et al., 2007). Comparativamente, a riqueza da fauna de peixes
inventariada no reservatório de Duas Unas, com 14 espécies, pode ser
considerada bastante baixa. Aspectos como diversidade original do local,
área alagada, grau de impacto decorrente do represamento, idade e
interferência antrópica na área de influência do reservatório atuam
conjuntamente na determinação do número de espécies (Agostinho et al.,
2007).

Quadro 49 – Classificação taxonômica e nome local das espécies de peixes coletadas no


reservatório de Duas Unas – dados secundários.
Classificação Taxonômica
Ordem Characiformes
Família Curimatidae
Cyphocharax gilbert (Quoy&Gaimard, 1824)
Steindachnerina notonota (Miranda-Ribeiro, 1937)
Família Characidae
Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus, 1758)
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794)
Ordem Siluriformes
Família Auchenipteridae
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1758)
Família Callichthyidae
Megalechis personata (Ranzani, 1841)
Família Loricariidae
Hypostoms sp.
Ordem Gymnotiformes

360
Classificação Taxonômica
Família Gymnotidae
Gymnotus gr. carapo (Linnaeus, 1758)
Ordem Synbranchiformes
Família Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Cichla kelberi Kullander& Ferreira, 2006
Cichlasoma orientale Kullander, 1983
Crenicichla cf. brasiliensis (Bloch, 1792)
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758)
Família Sciaenidade
Plagioscions quamosissimus (Heckel,1840)

A ictiofauna dos rios Capibaribe, Jaboatão, Goitá e Tapacurá no trecho


na AID do empreendimento foi composta por 25 táxons, representada pelas
ordens Characiformes (12 táxons e 48,0% do total) representa por quatro
famílias; Perciformes (8 e 32,0%) por três famílias; Siluriformes (2 e 8,0%)
por duas famílias; enquanto Cyprinodontiformes, Gyminotiformes e
Synbranchiformes por uma família cada, representando no geral boa
riqueza específica. A família Characidae foi a mais abundante com 7 táxons,
seguida de Cichlidae (7 táxons), Parodontidae (3 táxons), Loricariidae (2
táxons), e as demais com 1 táxon apenas (Curimatidae, Erythrinidae,
Poeciliidae, Gymnotidae, Gobiidae, Sciaenidae e Synbranchidae). O sucesso
para alguns táxons consiste na estratégia de sobrevivência adotada. É o
caso da família Cichlidae que realiza cuidado com a prole, comportamento
agressivo e tamanho reduzido. O que as defendem de outras, com habito
alimentar ictiófago como é o caso do Tucunaré (Cichla spp.) e da Pescada
(Plagioscion squamosissimus), as quais foram introduzidas em bacias
pernambucanas, sendo ambas originárias da bacia amazônica, devido aos
programas de peixamento e ao escape de criações (piscicultura).

A constância de ocorrência registrada foi de 19 táxons de forma


acessória e 9 táxons constantes. Enquanto, a frequência de ocorrência dos
táxons possibilitou a classificação de alguns táxons como muito frequentes
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819); Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus,
1758); Hoplias malabaricus (Bloch, 1794); Poecilia spp.;Crenicichla sp.;
Geophagus brasiliensis (Quoy&Gaimard, 1824); Oreochromis niloticus
(Trewavas, 1983); Hypostomus gr. Commersoni Valenciennes, 1836 e
Synbranchius marmoratus Bloch, 1795. Enquanto, outros apenas frequentes
Hemigrammus gracilis (Lütken, 1875); Psellogrammus kennedyi
(Eigenmann, 1903); Serrapinnu ssp.; Apareiodon spp.; Characidium sp.;
Gymnotus carapo Linnaeus, 1758; Cichla sp.; Cichlasoma sanctifranciscense
Kullander, 1983; Hypostomus sp.. E os demais pouco frequentes Colossoma
macropomum (Cuvier, 1818); Hyphessobrycon santae (Eigenmann, 1907);

361
Steindachnerina elegans (Steindachner, 1874); Characidium cf.
bimaculatum Fowler, 1941; Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831);
Awaoustajasica (Lichtenstein, 1822); e Plagioscionsquamosissimus (Heckel,
1840) (Quadro 50).

362
Quadro 50 – Dados primários do levantamento da ictiofauna na Área de Influência Direta do empreendimento.
CPm
Família Nome local Nome científico Cap ibaribe Goitá J aboatão Tapacurá RFC (% ) Frequencia Con stância
( mm)
Muito
Characidae Piaba Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) 2 14 18 25 45 100 Constante
Frequente
Astyanax gr. bim aculatus (Linnaeus, Muito
Characidae Piaba 8 17 1 65 75 Constante
1758) Frequente
Colossoma macropomum (Cuvier, Pouco
Characidae Tambaqui (*) 1 - 25 Acessória
1818) Frequente
Characidae Piaba Hemigrammus gracilis (Lütken, 1875) 14 40 32 50 Frequente Acessória
Hyphessobrycon santae (Eigenmann, Pouco
Characidae Piaba 60 35 25 Acessória
1907) Frequente
Psellogram mus kennedyi (Eigenmann,
Characidae Piaba 2 2 27 50 Frequente Acessória
1903)
Characidae Piaba Serrapinnus sp. 12 33 29 50 Frequente Acessória
Steindachnerina elegans Pouco
Curimatidae Piau 1 135 25 Acessória
(Steindachner, 1874) Frequente
Muito
Erythrinidae Traíra Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 3 2 1 1 185 100 Contante
Frequente
Parodontidae Canivete Apareiodon spp. 2 21 50 50 Frequente Acessória
Characidium cf. bimaculatum Fowler, Pouco
Parodontidae Canivete 21 36 25 Acessória
1941 Frequente
Parodontidae Charutinho Characidium sp. 19 6 35 50 Frequente Acessória
Muito
Poeciliidae Guarú Poecilia spp. 9 17 1 26 75 Contante
Frequente
Gymnotidae Sarapó Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 1 1 200 50 Frequente Acessória
Pouco
Cichlidae Apaiari (*) Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) 1 - 25 Acessória
Frequente
Cichlidae Tucunaré Cichla sp. 1 1 100 50 Frequente Acessória
Cichlasoma sanctifranciscense
Cichlidae Cará 1 1 105 50 Frequente Acessória
Kullander, 1983
Muito
Cichlidae Jacundá Crenicichla sp. 5 2 9 2 135 100 Contante
Frequente
Geophagus brasiliensis (Quoy & Muito
Cichlidae Rapadura 2 1 6 1 125 100 Contante
Gaimard, 1824) Frequente

363
CPm
Família Nome local Nome científico Cap ibaribe Goitá J aboatão Tapacurá RFC (% ) Frequencia Con stância
( mm)
Muito
Cichlidae Tilápia Oreochrom is niloticus (Trewavas, 1983)1 1 1 1 95 100 Contante
Frequente
Pouco
Gobiidae Sabão Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822) 2 115 25 Acessória
Frequente
Plagioscion squamosissimus (Heckel, Pouco
Sciaenidae Pescada 1 235 25 Acessória
1840) Frequente
Hypostomus gr. commersoni Muito
Loricariidae Cascudo 3 1 4 145 75 Contante
Valenciennes, 1836 Frequente
Loricariidae Cascudo Hypostomus sp. 1 2 75 50 Frequente Acessória
Muito
Synbranchidae Muçum Synbranchius marm oratus Bloch, 1795 1 1 1 1 285 100 Constante
Frequente
N úmero de indivíduos capturados 131 8 156 38
5
R iqueza (r) 15 1 14 11
8
D iversidade (H') 2,7 2,7 3,2 2,0
Equitabilidade (J') 0,7 0,6 0,8 0,6
Legenda (*)Informação de local.
CPm Comprimento Padrão médio.
RFC  Registro para Frequência de ocorrência e Índice de Constância.

364
Os valores de diversidade e equitabilidade variaram de 2,0 bits/ind.
com 0,6 de equitabilidade na estação Tapacurá a 3,2 bits/ind. com 0,9 de
equitabilidade na estação Jaboatão, das quais foi considerada média a alta
diversidade, respectivamente. No geral, a diversidade específica atingiu a
mediana de 2,7 bits/ind. com 0,7 de equitabilidade e 0,2 de variância,
portanto, os ambientes apresentaram média diversidade específica;
mostrando-se moderadamente equilibrado com boa distribuição dos táxons
nas estações de amostragem.

Na analise de similaridade houve maior semelhança entre as


estações Goitá e Tapacurá, pois possuem características semelhantes
oriundos de localidade visinhas. Apesar da estação Jaboatão esta localizada
em outra vertente originária, apresentou certa similaridade com as estações
de Goitá e Tapacurá. Já o ponto da estação Capibaribe é caracterizado pelo
isolamento de barreiras hidrogeográfica, o que configurou menor
similaridade, o que a possibilitou maior distanciamento das demais, devido
a limitação de ocorrência para alguns táxons. Podendo ser observada em
forma de "cluster" as similaridades entre os trechos analisados.

A seguir é apresentada uma listagem dos táxons capturados nas


estações de amostragem do projeto nos rios Capibaribe, Jaboatão, Goitá e
Tapacurá.

S inopse
Classe Actinopterygii
Superordem Ostariophy
Ordem Characiformes
Familia Parodontidae
Apareiodon sp.
Família Curimatidae
Steindachnerina elegans (Steindachner, 1874)
Família Characidae
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819)
Astyanaxgr bimaculatus (Linnaeus, 1758)
Colossomama cropomum (Cuvier, 1818)
Hemigrammus gracilis (Lütken, 1875)
Hyphessobrycon santae (Eigenmann, 1907)
Psellogrammus kennedyi (Eigenmann, 1903)
SubfamíliaCheirodontinae
Serrapinnus sp.
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794)
FamíliaCrenuchidae
Characidium cf. bimaculatum Fowler, 1941
Characidium sp1.
Ordem Gyminotiformes
FamiliaGymnotidae

365
S inopse
Gymnotus carapo Linnaeus, 1758
Ordem Siluriformes
Família Loricariidae
Hypostomus gr
Commersoni Valenciennes, 1836
Hypostomus sp.
Superordem Atherinomorpha
Ordem Cyprinodontiformes
Família Poeciliidae
Poecilia spp.
SuperordemPercomorpha
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831)
Cichla sp.
Cichlasoma sanctifranciscense Kullander, 1983
Crenicichla sp.
Geophagus brasiliensis (Quoy&Gaimard, 1824)
Oreochromis niloticus (Trewavas, 1983)
Família Sciaenidae
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840)
Família Gobiidae
Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822)
Ordem Synbranchiformes
Família Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795

Não foram constatados endemismos locais para as espécies


registradas nos pontos de coleta. Nenhuma espécie listada neste estudo
encontra-se “ameaçada de extinção” no Livro Vermelho da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção (MACHADO et al., 2008), bem como na
Lista vermelha da IUCN (2011).

Entretanto, as espécies não-endêmicas registradas, foram Tambaqui


– Colossoma macropomum (Cuvier, 1818); Apaiari – Astronotus ocellatus
(Agassiz, 1831)(Figura 128) ciclídeo originário da bacia amazônica também
foi introduzido aqui, possivelmente a partir de seu uso em piscicultura;
Tucunaré – Cichla spp.(Figura 123), outro ciclídeo que também foi registrado
na região, tendo sido coletado nos diferentes ambientes inventariados; o
Peixe-sabão Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822) (Figura 134) espécie
estuarina, mas com ampla adaptação ao ambiente dulcícola; e a Pescada –
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) (Figura 127) originário da bacia
do rio Parnaíba, mas amplamente distribuído em reservatórios e
posteriormente nos rios do Nordeste. Enquanto espécie exótica, apenas a
Tilápia da espécie Oreochromis niloticus (Trewavas, 1983) (Figura 126) foi

366
identificada, espécie de origem africana amplamente cultivada em
pisciculturas de água doce em todo o Brasil.

Para as espécies identificadas que possuem importância econômica,


foi registrada uma atividade pesqueira reduzida ou quase inexistente, sendo
esta limitada à exploração do pequeno estoque pesqueiro de poucas
espécies. O que dentre aquelas de valor comercial foram coletados
exemplares de Colossoma macropomum (Tambaqui),Astronotus ocellatus
(Apaiari) (Figura 128),Cichla sp. (Tucunaré) (Figura 123), Plagioscion
squamosissimus (Pescada) (Figura 127), Oreochromis niloticus (Tilápia)
(Figura 126) e as Piabas – Astyanax fasciatus (Figura 116) e Astyanax gr.
Bimaculatus (Figura 117).

Apresenta-se a seguir um registro fotográfico das principais


espécies capturadas durante os trabalhos de diagnóstico na estação seca
realizada pela Moraes & Albuquerque (2012).

Figura 116 - Astyanax fasciatus (Cuvier, Figura 117 - Astyanax gr. Bimaculatus
1819). (Linnaeus, 1758).

Figura 118 - Geophagus brasiliensis (Quoy & Figura 119 - Gymnotus carapo (Linnaeus,
Gaimard, 1824). 1758).

Figura 120 - Serrapinnus sp. Figura 121 - Poecilia spp.

367
Figura 122 - Hemigrammus gracilis Figura 123 - Cichla spp.
(Lütken,1875)

Figura 124 - Apareidon spp. Figura 125 - Characidium sp.

Figura 126 - Oreochromis niloticus Figura 127 - Plagioscion squamosissimus


(Trewavas,1983). (Heckel,1840).

Figura 128 - Astronotus ocellatus Figura 129 - Cichlasoma sanctifranciscence


(Agassiz,1831). (Kullander, 1983).

Figura 130 - Hypostomus sp. Figura 131 - Crenicichla sp.

368
Figura 132 - Hypostomus gr. commersoni Figura 133 - Synbranchius marmoratus
(Valenciennes, 1836). (Bloch, 1795).

Figura 134 - Awaous tajasica Figura 135 - Hoplias malabaricus (Bloch, 1794).
(Lichtenstein, 1822).

Macrófitas Aquáticas

A comunidade de macrófitas aquáticas dos rios amostrados ao longo


do Lote 2 do Arco Rodoviário de Recife, é composta por táxons distribuídos
nas divisões Cyanophyta, Charophyta, Magnoliophyta e Pteridophyta. Para
as divisões Cyanophyta e Charophyta foram registrados apenas um táxon.
Magnoliophyta foi constituída de 2 Classes, 12 Ordens concentrando 18
Famílias e 29 espécies, o que corresponde a 78% do total de táxons
registrados. A divisão Pteridophyta treve registros de 4 famílias e 6
espécies, o que representa 16% do total de táxons encontrados.

Dezessete (17) táxons têm ocorrência categorizada como acidental, 3


táxons foram categorizados como de ocorrência acessória, e outros 17
táxons, de ocorrência constante nas amostras. Entre os táxons mais
frequentes nos pontos amostrais estão: Lyngbya sp., Chara fragilis,
Limnocharis flava, Pistia stratiotes, Hydrocotyle verticillata, Ipomoea
batatoides, Cyperus articulatus, Egeria densa, Ludwigia helminthorrhiza,
Ludwigia leptocarpa, Bacopa sp., Paspalum repens, Polygonum ferrugineum,
Eichhornia crassipes, Salvinia mínima, e Ceratopteris sp. (Quadro 51). A
seguir é apresentada a sinopse dos táxons encontrados na área de
abrangência no Lote 2 do Arco Viário.

Sinopse:

Divisão MAGNOLIOPHYTA
Classe Magnoliopsida
Ordem Caryophyllales
Família Amaranthaceae
Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb.

369
Ordem Lamiales
Família Plantaginaceae
Bacopa sp.
Ordem Malpighiales
Família Euphorbiaceae
Croton rhamnifolius
Willd
Família Podostemaceae
Mourera sp.
Ordem Solanales
Família Convolvulaceae
Ipomoea batatoides
Choisy
Ordem Myrtales
Família Onagraceae
Ludwigia helminthorrhiza (Mart.) H. Hara
Ludwigia leptocarpa (Nutt.) H. Hara.
Ludwigia octovalves (Jacq.) Raven
Ordem Nymphaeales
Família Nymphaeaceae
Nymphaea ampla (Salisb.) DC.
Nymphaea sp.
Ordem Asterales
Família Menyanthaceae
Nymphoides indica (L.)
Kuntze
Família Asteraceae
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera
Ordem Caryophyllales
Família Polygonaceae
Polygonum ferrugineum Wedd.
Classe Liliopsida
Ordem Cyperales
Família Cyperaceae
Cyperus articulatus L.
Cyperus odoratus L.
Eleocharisminima Kunth
Oxycaryum cubense
(Poepp & Kunth) Palla
Família Poaceae
Paspalum fasciculatum Willd. ExFlueg
Paspalum repens P.J. Bergius
Panicum sp.
Ordem Alismatales
Família Lemnaceae
Wolffia
brasiliensis Wedd.
Família Araceae
Pistia stratiotes L.
Família Alismataceae

370
Echinodorus teretoscapus Haynes &
Holm - Niels. Echinodorus macrophyllus
(Kunth).
Limnocharis flava (L.) Buch.
Família Hydrocharitaceae
Egeria densa Planch.
Ordem Liliales
Família Pontederiaceae
Eichhorniacrassipes (Mart.) Solms
Pontideriasubovata (Seub.)
Ordem Apiales
Família Apiaceae
Hydrocotyle verticillataThunb.
Divisão PTERIDOPHYTA
Classe Filicopsida
Ordem Hydropteridales
Família Azollaceae
Azolla caroliniana Willd.
Ordem Hydropteridales
Família Salviniaceae

Salvinia biloba Raddi Salvinia


mínima Baker. Salvinia auriculata
Aubl.
Ordem Polypodiales
Família Parkeriaceae
Ceratopt
eris sp. Ordem
Polypodiales
Família Thelypteridaceae
Thelypteris interrupta (Willd.)K. Iwats
Divisão CHAROPHYTA
Classe Charophyceae
Ordem Charales
Família Characeae
Chara fragilis Desvaux
Divisão CYANOPHYTA
Classe Cyanophyceae
Ordem Nostocales
Família Oscillatoriaceae
Lyngbya sp

371
Quadro 51 – Macrófitas aquáticas presentes nos rios amostrados na área de influência direta do LOTE 2 do Arco Rodoviário do Recife.

Divisão Família Nome vulgar E spécie Rio J aboatão Rio Goitá Rio Tapacurá Rio Capibaribe Con stância
Cyanophycota Oscillatoriaceae Musgo Lyngbya sp. X X X 75,00
Charophyta Characeae Lodo Chara fragilis X X X 75,00
Magnoliophyta Alismataceae Chapéu-de-couro Echinodorus macrophyllus X 25,00
Magnoliophyta Alismataceae Chapéu-de-couro Echinodorus teretoscapus X 25,00
Magnoliophyta Alismataceae Camalote Limnocharis flava X X X 75,00
Magnoliophyta Amaranthaceae Tripa-de-sapo Alternanthera philoxeroides X X 50,00
Magnoliophyta Araceae Alface-D’água Pistia stratiotes X X X X 100,00
Magnoliophyta Araceae Lentilha d’água Wolffia brasiliensis X 25,00
Erva capitão do
Magnoliophyta Araliaceae Hydrocotyle verticillata X X X 75,00
brejo
Magnoliophyta Asteraceae Erva-lucera Pluchea sagittalis X 25,00
Magnoliophyta Convolvulaceae Batateiro Ipomoea batatoides X X X X 100,00
Magnoliophyta Cyperaceae Tiririca Cyperus articulatus X X X 75,00
Magnoliophyta Cyperaceae Pirizinho Cyperus odoratus X 25,00
Magnoliophyta Cyperaceae Cabelo-de-porco Eleocharis minima X 25,00
Magnoliophyta Cyperaceae Capim-de-capivara Oxycaryum cubense X X 50,00
Magnoliophyta Euphorbiaceae - Croton rhamnifolius X 25,00
Magnoliophyta Hydrocharitaceae Rabo-de-gato Egeria densa X X X X 100,00
Magnoliophyta Menyanthaceae Estrela-branca Nymphoides indica X 25,00
Magnoliophyta Nymphaeaceae Ninféia Nymphaea ampla X 25,00
Magnoliophyta Nymphaeaceae Ninféia Nymphaea sp. X 25,00
Magnoliophyta Onagraceae Cruz-de-malta Ludwigia helminthorrhiza X X X 75,00
Magnoliophyta Onagraceae Cruz-de-malta Ludwigia leptocarpa X X X 75,00
Magnoliophyta Onagraceae Cruz-de-malta Ludwigia octovalves X 25,00
Magnoliophyta Plantaginaceae - Bacopa sp. X X X 75,00
Magnoliophyta Poaceae Capim Panicum sp. X 25,00
Magnoliophyta Poaceae Praieiro Paspalum fasciculatum X 25,00
Magnoliophyta Poaceae Capim-fofo Paspalum repens X X X X 100,00
Magnoliophyta Podostemaceae - Mourera sp. X 25,00
Magnoliophyta Polygonaceae Fumo-bravo Polygonum ferrugineum X X X X 100,00
Magnoliophyta Pontederiaceae Aguapé Eichhornia crassipes X X X X 100,00
Magnoliophyta Pontederiaceae Camalotinho Pontederia subovata X 25,00

372
Divisão Família Nome vulgar E spécie Rio J aboatão Rio Goitá Rio Tapacurá Rio Capibaribe Con stância
Pteridophyta Azollaceae Azola Azolla caroliniana X 25,00
Pteridophyta Salviniaceae Orelha-de-onça Salvinia auriculata X X X 75,00
Pteridophyta Salviniaceae Orelha-de-onça Salvinia biloba X X 50,00
Pteridophyta Salviniaceae Orelha-de-onça Salvinia minima X X X 75,00
Samambaia do
Pteridophyta Thelypteridaceae Thelypteris interrupta X 25,00
brejo
Pteridophyta Parkeriaceae Pé-de-sapo Ceratopteris sp. X X X 75,00

373
Apresenta-se a seguir um registro fotográfico das principais espécies
identificadas durante os trabalhos de diagnóstico.

Figura 136-Macrófitas aquáticas identificadas 1 de 3:Vista parcial das estações de coleta do


rio Jaboatão, figuras: 1A – Trecho a montante sob a ponte da BR- 408, 1B – Vista do rio
Tapacurá a jusante da região de coleta, 1C – Paspalum repens, 1D, E – Pistia stratiote, 1F –
Ludwigia helminthorrhiza.

374
Figura 137 - Macrófitas aquáticas Figura 138 - Macrófitas aquáticas
identificadas 2 de 3: Vista parcial da estação identificadas 3 de 3: Vista parcial das
de coleta do Rio Jaboatão, figuras: 2A – estações de coleta do Rio Jaboatão, figuras:
Polygonum ferrugineum, 2B – Pistia 3A – Pistia stratiotes e Ludwigia
stratiotes, 2C – Nymphaea ampla, 2D, E – helminthorrhiza, 3B – Salvinia auriculata e
Mourera sp. 2F – Vista da estação de coleta Salvinia minima , 3C – Pluchea sagittalis, 3D
no rio Jaboatão. – Hidrocotyle verticillata

375
Figura 139 - Vista parcial da estação de coleta do Rio Giotá, figuras: 4A – Ludwigia
helminthorrhiza, 4B – Hidrocotyle verticillata, 4C – Egeria densa, 4D – Eleocharis mínima,,
4E – Vista da estação de coleta no rio Goitá. 4F – Eichhornia crassipes.

Comunidade Planctônica

Fitoplâncton

Ao todo, trinta e duas espécies de organismos fitoplanctônicos foram


identificadas nas amostras para os rios Jaboatão, Capibaribe, Várzea do Una
e Rio Goitá. Estes organismos pertencem a quatro grupos: Cyanophyta, o
grupo das cianobactérias; Clorophyta, o grupos das algas verdes,
Ocrophyta, das diatomáceas; e Euglenophyta. Os táxons identificados, bem
como sua distribuição nas amostras, são apresentados no quadro a seguir.

376
Para Cyanophyta foram registradas nove espécies, para Clorophyta, sete
espécies, para Ocrophyta, 16 táxons, e Euglenophyta, apenas uma espécie.

Quadro 52 - Táxons identificados nos rios amostrados.

PONTO I I I
PONTO I PONTO I I PONTO I V
TÁXON R. Várzea d o
R. Capibaribe R. Goit á R. J ab oat ão
Una
Cyanophyta (cianobactérias)
Anabaena sp. x x x x
Geitlerinema sp. x x x x
Oscillatoria ornata x x x
Oscillatoria sp. 1 x x
Oscillatoria sp.2 x
Phormidium sp.1 x
Phormindium sp. 2 x
Pseudoanabaena sp. x x x
Bulbochaete sp. x
Ch lorophyta
Closterium costatum x x
Closterium rostratum x
Desmidium sp. x
Gomphonema sp. x
Hyalotheca sp. x x x
Oedogonium sp. x
Spirogyra sp. x
Oc hrophyta (diatomáceas)
Amphipleura lindheimeri x
Cocconeis placentula x x x x
Coscinodiscus sp. x x
Cyclotella sp. x
Cylindrotheca closterium x
Cymbella sp. x
Eunotia sp. (filamentosa) x
Fragillaria sp. Cf. x
Gyrosigma sp. x x x x
Pleurosira laevis. x
Navicula sp. x x
Nitzschia sp. x
Nitzschia sigmoides x
Surirella sp.1 x x
Synedra ulna x x x
Terpsinoe musica x
E uglenophyta
Trachelomonas volvocina x x x

De maneira geral, o grupo que apresenta maior abundância ao longo


das comunidades fitoplanctônicas estudadas é o das diatomáceas, com
espécies que correspondem a até 28% dos indivíduos presentes nos locais
amostrados. Espécies dominantes de diatomáceas incluem Coscinodiscus
sp., Gyrosigma sp. e Navicula sp. As cianobactérias também foram
abundantes nos locais amostrados, atingindo 27% da abundância local no
Rio Goitá. Entre as cianobactérias, o gênero Anabaena é o mais frequente e
abundante nas comunidades. No Rio Capibaribe, diatomáceas e

377
cianobactérias foram os grupos dominantes, com 41% e 33% da abundância
total, respectivamente (Quadro 53). O grupo com maior densidade (nº
céls.ml-1) no Rio Capibaride foi o das cianobactérias (1.860 céls.ml-1), o que
pode ser um indicativo de eutrofização. No Rio Goitá, os dois principais
grupos de fitoplâncton correspondem às diatomáceas e cianobactérias,
cujas espécies atingem 41% e 42% da abundância amostrada neste local
(Quadro 2). O gêneros dominantes de cianobactérias para o Rio Goitá foram
Pseudanabaena e Oscillatoria, onde a densidade de indivíduos deste grupo
atinge 1.875 céls.mL-1. No Rio Jaboatão predominam clorófitas e
cianobactérias. Apesar da baixa densidade algal no Rio Jaboatão, entre 15-
45 céls.mL-1, as espécies encontradas são indicadoras de ambiente
impactados. Por fim, no Rio Várzea do Uma, os grupos mais abundantes nas
comunidades fitoplanctônicas são as diatomáceas e cianobactérias, estas
últimas dominando as amostras quantitativas (10.854 céls.mL-1), o que
pode ser indicativo de ambiente eutrofizado.

Quadro 53 – Abundância relativa de espécies nas comunidades planctônicas amostradas nos


rios que cortam o eixo do LOTE 2, Arco Rodoviário do Recife. Valores de 21-30%% são
realçados em azul, e valores de 11-20% são realçados em verde claro.

TÁXON PONTO I PONTO II PONTO III PONTO IV


R. Capibaribe R. G oi t á R. Várzea do Un a R. J a b o a t ã o
Cyanophyta (cianobactérias)
Anabaena sp. 15% 27% 17% 2%
Oscillatoria ornata 7% 6% 2%
Oscillatoria sp. 1 11% 10% 12%
Pseudoanabaena sp. 15% 4% 3%
Ch lorophyta
Closterium costatum 4% 2%
Closterium rostratum 17%
Hyalotheca sp. 17% 4% 11%
Oedogonium sp. 10%
Spirogyra sp. 11%
Oc hrophyta (diatomáceas)
Coscinodiscus sp. 20% 3%
Cylindrotheca closterium 8%
Gyrosigma sp. 20% 27% 16%
Navicula sp. 28%
Synedra ulna 1% 11% 5% 8%
Terpsinoe musica 1%
E uglenophyta
Trachelomonas volvocina 5% 6% 26%

Estudando a comunidade de diatomáceas da bacia do Rio Guaíba


(RS), Lobo et al. (2002) agruparam espécies de acordo com seu índice de
saprobidade, nas seguintes categorias:

378
GRUPO A: Espécies de diatomáceas que apresentam média
ponderada acima de 13 mg/L para DBO (16,9 ± 2,9 mg/L), caracterizando
condições α-polissapróbias de poluição (muito fortemente poluído). Essas
espécies correspondem àquelas mais tolerantes à poluição.

GRUPO B: Espécies de diatomáceas que apresentaram a média


ponderada ente 4 a 13 mg/L para a DBO (8,9 ± 2,6 mg/L), caracterizando
condições α-mesossapróbias de poluição (fortemente poluído). Estas
espécies correspondem àquelas menos tolerantes à poluição.

GRUPO C: Espécies de diatomáceas que apresentaram a média


ponderada abaixo de 4 mg/L para a DBO (3,0 ± 0,8 mg/L), caracterizando
condições β-mesossapróbias de poluição (moderadamente poluído).

Para as diatomácias identificadas para os rios amostrados ao longo da


campanha, as espécies Amphipleura lindheimeri, Gyrosigma sp .,
Gomphonema sp ., Nitzschia sp., Cocconeis placentula, e Encyonema
silesianicum, pertencem ao grupo A e caracterizam ambientes muito
fortemente poluídos. As espécies Cocconeis placentula, Cymbella
silesiacum, Gyrosigma sp., Ghomphonema sp. e Nitzschia sigma, que
caracterizam um ambiente fortemente poluído também ocorrem nas
comunidades amostradas. Entretanto, não foram encontradas espécies
pertencentes ao grupo C, que indicam um local menos poluído.

Zooplâncton

O papel do zooplâncton como consumidor primário é de fundamental


importância para a transferência de energia aos demais níveis da cadeia
trófica. A possibilidade de bioacumulação de toxinas produzidas pelas
cianobactérias coloca em risco os demais consumidores como peixes,
moluscos e o homem. Em estudos sobre os organismos aquáticos no lago
Pamvoti na Grécia, Theodoti et al., (2012) concluíram que mesmo na
ausência de bioacumulação, haveria grave risco associado ao consumo de
espécies aquáticas daquele ambiente devido aos elevados níveis de
microcistinas encontrados na água.

A comunidade zoopanctônica dos trechos de rios que cortam o


percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife apresentou baixa
diversidade de espécies, representados de maneira geral por copepodes
(Cyclops sp.), larvas de Chironomidae (Insecta) e rotíferos (Keratella sp .),
(Figura 142).

As amostras quantitativas do fitoplâncton revelaram que a


comunidade fitoplanctônica dos rios que cortam o percurso do LOTE 2 do
Arco Rodoviário Metropolitano do Recife é composta por cianobactérias,

379
diatomáceas, euglenófitas e clorófitas. Ao contrário dos rios Capibaribe,
Várzea do Una e Goitá, a comunidade do Rio Jaboatão não foi dominada por
cianobactérias. Todavia, o gênero Pseudanabaena, apontado como produtor
de toxinas (Sekar e Richardsson, 2009), teve maior densidade populacional
quando comparado à Trachelomonas volvocina (Euglenophyta) e Gyrosigma
sp . (Diatomácea). Apesar do registro de grandes proporções de
cianobactérias nos locais amostrados, todas as densidades deste grupo
estiveram abaixo do padrão exigido pelo Ministério da Saúde para
monitoramento de cianotoxinas (≥20.000 células.mL-1), Portaria nº 2.914
de 12 de dezembro de 2011, Capítulo VI, parágrafo 4 do artigo 40.

As cianobactérias são microorganismos cosmopolitas com a


capacidade única de produzir um arsenal rico de compostos orgânicos,
incluindo muitos metabólitos bioativos. Estes incluem as conhecidas
cianotoxinas. Dentre as cianobactérias identificadas, os gêneros: Anabaena
e Oscillatoria, são considerados como produtores de microcistinas,
cianotoxina hepatotóxica que atua principalmente do fígado (Azevedo et al.,
1994; Calijuri et al., 2006; Sant’anna et al., 2006). As intoxicações mais
comuns por cianobactérias, segundo Roset et al. (2001), são provocadas por
hepatotoxinas.

380
Figura 140-Alguns táxons de diatomáceas identificados nos trechos de Figura 141- Alguns táxons de zooplâncton identificados nos trechos de
rios de cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife. rios que cortam o percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife,
(a) Amphipleura lindheimeri, (b) Cocconeis placentula, (c) Coscinodiscus no eixo do percurso do LOTE 2. (a) Geitlerinema sp., (b) Oscillatoria
lacustres cf., (d) Encyonema sp., (e) Gomphonema sp., (f) Nitzchia sp. sp.1, (c) Oscillatoria sp.2., (d) Oscillatoria ornata, (e) Phormidium sp.1,
(f) Phormidium sp.2, (g) Pseudanabaena sp.

381
Figura 142- Alguns táxons de zooplâncton identificados nos trechos de rios que cortam o
percurso do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, no eixo do percurso do LOTE 2. (a)
Cyclops sp., (b) Cyclops sp. estágio larval - nauplius, (c) Nauplius, (d) larva de Chironomidae,
(e) Keratella sp., (f) Rotifera.

8.4.MEIO SOCIOECONÔMICO

8.4.1. METODOLOGIA

‘O trabalho de coleta, compilação e análise dos dados foi realizado


pela empresa Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). A
partir de uma revisão e consolidação destes dados para o trecho
correspondente ao Lote 2 do empreendimento, no presente capítulo são
apresentados os aspectos relacionados com as condições socioeconômicas
dos municípios que integram a Área de Influência Indireta do
Empreendimento (AII), bem como das comunidades que se encontram
inseridas na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, que
corresponde a um recorte no terreno de 1km, uniformemente distribuído ao
longo do eixo do projeto.

Para atendimento ao Termo de Referência no que se refere a Área


Diretamente Afetada (ADA), para o Meio Socioeconômico, e que
corresponde a uma faixa de 120m uniformemente distribuídos ao longo do
eixo do projeto e que inclui a faixa de domínio, canteiros de obras, bota-
foras e jazidas, são apresentados os aspectos relacionados com as
condições socioeconômicas dos moradores diretamente atingidos pela obra.

382
O atendimento ao Termo de Referência no que se refere a Área Diretamente
Afetada (ADA) ocorreu entre os dias 25/09/2014 e 03/10/2014 em trabalho
de campo realizado pela equipe da Skill Engenharia Ltda.

• CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS


INSERIDOS NA AII DO EMPREENDIMENTO

De forma convencional, a caracterização da AII do empreendimento


abrangida pelos municípios do Paudalho, São Lourenço da Mata, Moreno,
Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, foi realizada através
da pesquisa em órgãos estaduais e municipais, tentando resgatar as
informações mais atuais disponibilizadas à data de encerramento dos
trabalhos de diagnóstico conforme se resume na sequência:

 Distribuição da população por situação de domicílio e variação anual


(2000- 2010);

 Domicílios particulares permanentes (2010);


 Estrutura econômica da população: população economicamente ativa,
população ocupada e taxa de ocupação (2000); e empregados por
atividade no setor formal (2009);
 Classes de rendimento mensal domiciliar (2010);
 Alfabetização (2010);

 Abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e destinação do


lixo (2010);
 Índice de desenvolvimento humano municipal (2000);

 Mortalidade infantil (2010);


 Número de médicos por mil habitantes (2010);
 Vulnerabilidade social (2000);

 Produção e área cultivada das lavouras permanentes e temporárias, da


horticultura, floricultura e silvicultura (2006);
 Efetivos da pecuária (2006 e 2010);

 Valor da produção animal, vegetal e da agroindústria (2006);


 Estabelecimentos agropecuários por grupos de área total (2006);
 Condição do produtor em relação à terra (2006);

 Utilização das terras (2006);


 Indústria extrativa e de transformação (2011);
 Comércio e serviços (2009).

383
• CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES INSERIDAS DENTRO DA
AID DO EMPREENDIMENTO

A caracterização socioeconômica da Área de Influência Direta (AID)


foi realizada através de visitas de reconhecimento nas comunidades
assentadas ao longo do percurso e previamente identificadas através da
cartografia existente.

Nestas visitas de reconhecimento foram realizadas entrevistas com


lideranças de cada uma das comunidades afetadas, bem como entrevistas
aleatórias com moradores das imediações. Para tanto, foi utilizada a técnica
da AUSCULTA SOCIAL, onde através do depoimento de pessoas
conhecedoras da realidade local, conseguiu-se traçar um perfil claro da
comunidade que se quer caracterizar, mais ainda em casos como o do Arco,
onde os aspectos socioeconômicos e as relações com a terra das diversas
comunidades são claramente homogêneos.

Esta ausculta foi complementada também com levantamento de


dados em prefeituras e programas como o Pro-Rural, que vem trabalhando
com estas comunidades e conhecem sua realidade, dificuldades e
reivindicações.

• CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES INSERIDAS DENTRO DA


ADA DO EMPREENDIMENTO

A caracterização socioeconômica da Área Diretamente Afetada (ADA),


que abrange uma faixa de 120 metros, uniformemente distribuídos ao longo
do eixo do projeto, foi realizada através de visitas de reconhecimento nas
edificações assentadas ao longo do percurso e previamente identificadas
através da cartografia existente. Nestas visitas de reconhecimento foram
realizadas entrevistas com as pessoas diretamente afetadas pelo
empreendimento, ou seja, aquelas que terão efetivamente suas casas
atingidas pela obra ou que estão muito próximas dela (não mais de 70
metros do eixo do projeto).

Considerando as implicações do modelo licitatório através de RDCi e


que o anteprojeto ainda não apresenta o eixo em caráter definitivo e um
cadastro de desapropriação, conforme explicado no capítulo 1.1.2
IMPLICAÇÕES DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇAO NO PROCESSO
DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (pág. 43), foram realizadas visitas às
edificações com previsão de serem atingidas pelo traçado (conforme eixo do
anteprojeto) e seus moradores, apenas com a intenção de registrar através
de fotografia e de depoimentos destes moradores, as suas condições de
vida e o tipo de construção das edificações. O mapa com estas edificações é
apresentado adiante nos resultados (Mapa 25).

384
O mapeamento do uso e cobertura do solo na Área Diretamente
Afetada (ADA) do empreendimento foi elaborado na perspectiva de oferecer
informações sobre o perfil da ocupação antrópica, bem como indicar o nível
de preservação do ambientes.

A ADA compreende um faixa uniforme de 60 metros para cada lado a


partir do eixo central do projeto. Essa dimensão foi estabelecida com o
intuito de abranger a totalidade da faixa de domínio prevista no projeto, que
consta como sendo de 50 a 60 metros.

Para o processo de diagnóstico de uso e cobertura do solo utilizou-se


ortofotos e imagens de satélite, afim de apresentar um mapeamento
detalhado dos locais que sofrerão maior impacto no momento da
implantação do empreendimento.

As ortofotos utilizadas, foram obtidas através de aerolevantamento e


apresentam uma resolução espacial de 40 centímetros, já as imagens
satélite são provenientes do software Google Earth Pro, que fornece, para o
local necessário imagens de alta resolução. Contudo, cabe salientar que as
imagens de satélite tiveram seu uso necessário em apenas uma porção do
empreendimento e seu uso se mostrou compatível com a interpretação
proveniente das ortofotos. A área mapeada através das imagens de satélite
do software Google Earth Pro pode ser visualizada na Figura 143.

Figura 143 - Área mapeada através de imagens do Google Earth.

Para iniciar o mapeamento, procedeu-se um levantamento preliminar


da área total do empreendimento através de trabalhos de campo,
levantamentos fotográficos e consultas bibliográficas. No levantamento
preliminar buscou-se identificar os tipos de vegetação, os recursos hídricos,
as edificações, bem como, identificar quais são os cultivos predominantes
nas propriedades rurais.

385
Para interpretação das classes de uso e cobertura do solo utilizou-se a
técnica de interpretação visual, que é utilizada para o reconhecimento de
objetos visando a criação de mapas. O mapeamento se deu através do
software ArcGIS em escala de 1:1.500, e, segundo Loch (2001), os principais
aspectos que influenciam no reconhecimento dos objetos são:

• Forma – Primeiramente, o intérprete deverá se familiarizar com


a vista aérea do corpo em observação. Geralmente, o homem está
acostumado a observar os objetos horizontalmente. As obras feitas pelo
homem, geralmente têm formas uniformes com traçados em linhas retas,
ou seguindo a forma de um polígono conhecido;

• Sombra – é a conseqüência da forma do objeto e da hora da


tomada da imagem;

• Tamanho – depende da escala. Assim, é ela o primeiro fator a


considerar para interpretar o tamanho do objeto.

• Tonalidade – destacam-se as corres do objeto e as


combinações de cores, apresentando-se com maior ou menor intensidade,
dependendo do contraste.

• Densidade – é a quantidade de unidade de um objeto que


aparece, por unidade de área;

• Declividade – ângulo que a posição do objeto forma com o


horizonte;

• Textura – é determinada pela reunião de unidades muito


pequenas que não são reconhecidas individualmente;

• Posição – refere-se à região da imagem;

• Adjacências – identificação de um objeto através da


necessidade deste estar próximo a outros.

Os arquivos vetoriais gerados no processo de classificação são no


formato file geodatabase (.gdb). Antes do processo de classificação, a
edição vetorial dos arquivos, busca gerar um arquivo final onde cada
polígono vetorizado corresponde a apenas um registro na tabela do banco
de dados.

Após o processo de edição vetorial, será iniciado o de classificação


das unidades no banco de dados. A interpretação visual já permitiu
selecionar (de forma preliminar) as categorias que serão mapeadas,
contudo, no decorrer dos trabalhos novas classes podem ser identificadas e

386
acrescentadas ao resultado final, garantindo a qualidade e a maior
veracidade das classes mapeadas.

• CARACTERIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E


ARQUEOLÓGICO

A Área de Influência Indireta corresponde àquela onde os efeitos são


induzidos pela existência do empreendimento e não como consequência de
uma ação específica do mesmo; assim foi considerada como Área de
Influência Indireta os municípios do Paudalho, São Lourenço da Mata,
Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, conforme já
mencionado no capítulo 7.

Foi considerada Área de influência Direta (AID) aquela aonde o


eventual patrimônio arqueológico viria a sofrer impactos, de maneira
primária, ou seja, onde haveria uma relação de causa e efeito. No caso, a
área de implantação do empreendimento, e entorno próximo. Para este
projeto foi considerada uma faixa de 1km em torno da rodovia, ou seja, uma
área que abrange 500m para cada lado do eixo da rodovia, conforme já
mencionado no capítulo 7.2.

A Área Diretamente Afetada (ADA) corresponde àquelas áreas que


sofrerão impactos diretos; sob o ponto de vista da preservação de sítios
arqueológicos, obras que porventura incluam a mobilização de material,
como abertura de vias de acesso, etc., representam ações de intervenção.
Deste modo, tanto as áreas em que haverá remoção de material, quanto
àquelas que receberão o material de aterro serão consideradas para efeito
de avaliação de impacto sobre o patrimônio arqueológico. Dessa forma,
considerou-se como ADA uma faixa de 120m de largura, que corresponde a
60m para cada lado do eixo da rodovia, conforme já mencionado no capítulo
7.3

A partir dos instrumentos legais, previstos tanto na legislação federal


de proteção de bens culturais, quanto na ambiental, é que serão avaliados
os possíveis danos, decorrentes da implantação do empreendimento.

O estudo proposto leva em consideração o que determina a legislação


vigente e, em particular, os Artigos 1º ao 4º da Portaria nº 230/2002 do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e o Termo de
Referência para Avaliação de Bens Culturais Legalmente Protegidos em
Estudos e Relatórios de Impactos Ambientais no Âmbito de Competência do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) e
da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

387
As informações relativas aos estudos sobre patrimônio cultural
cobriram diversos aspectos, tais como o arqueológico, histórico, paisagístico
e imaterial, espeleológico e o paleontológico. Cada uma destas temáticas foi
desenvolvida conforme suas ocorrências dentro das áreas de influência do
empreendimento definidas para o meio socioeconômico.

Durante a execução dos estudos da AID e ADA, foram iniciados os


trabalhos de educação patrimonial, por intermédio de apresentação e
distribuição de folhetos ilustrativos, escritos em linguagem clara, explicando
às comunidades as razões da presença de arqueólogos e demais
pesquisadores naquela área, com conceitos simples e de fácil
entendimento.

Os estudos relativos à AID e ADA além de dados secundários,


envolveram a coleta de informações de campo, bem como testemunhos
orais dos habitantes das localidades existentes naquela área.

O conceito de Patrimônio Cultural aqui utilizado visa atender à


legislação brasileira, em particular o Art. 216 da Constituição Federal de
1988 3, e Leis complementares.

A metodologia foi orientada de modo a atender o que preconiza o Art.


1º da Portaria IPHAN Nº 230, de 17 de dezembro de 2002, publicada no
Diário Oficial da União (D.O.U) de 18/12/02 4·, que dispõe sobre a obtenção
de licenças ambientais referentes à apreciação e acompanhamento das
pesquisas arqueológicas no País.

A diretriz metodológica que orienta a Portaria 230-IPHAN toma por


base as etapas de pesquisa sugeridas por Redman em 1973 5, para os
estudos regionais. Assim sendo, os estudos de impacto ambiental devem,

3
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, os objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
4
Art. 1º - Nesta fase, dever-se-á proceder à contextualização arqueológica e etno histórica
da área de influência do empreendimento, por meio de levantamento exaustivo de dados
secundários e levantamento arqueológico de campo.
5
REDMAN, Charles L. Trabalho de Campo em Multi-Estágios e Técnicas Analíticas, AMERICAN
ANTIQUITY Vol. 38, n.º. 1 1973 (61- 79)

388
necessariamente, considerar para a aplicação das técnicas de amostragem
de campo, a abrangência espacial do projeto.

O Diagnóstico do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Imaterial,


Espeleológico e Paleontológico da AII foram elaborados a partir do
levantamento de dados secundários, majoritariamente, enquanto que na
AID e ADA, além do levantamento de dados secundários, foi realizado um
levantamento arqueológico de campo e um levantamento documental na
sede dos municípios envolvidos, privilegiando dados da história oral da
população residente nas áreas afetadas. Vale ressaltar que o levantamento
de dados secundários de qualquer área, inclusive no que se refere ao
Patrimônio Cultural toma por base o material então disponível. Deste modo
as informações referentes a diferentes áreas (municípios e.g.) nem sempre
pode ser uniformizado, niveledo. Algumas prefeituras não dispõem de dados
sobre o Patrimônio Cultural e alegam que as mudanças de gestão não
preservaram tais informações. Em outros, mais comuns, as alterações na
divisão territorial, com o desmembramento de novos municípios, propiciam
distorções de informação, quando se acessa antigos documentos. São
informações que, a partir do desmembramento estariam relacionadas ao
novo município, entretanto, à época foi registrada no município de origem.
Como nem sempre é possível resgatar-se a exata localização das
informações, algumas delas são mantidas associadas ao município de
origem.

O levantamento arqueológico de campo contemplou todos os


compartimentos ambientais significativos no contexto geral da área a ser
implantada, restringindo-se a uma prospecção visual de superfície, sem
coleta de amostras.

O estado atual do conhecimento acerca do patrimônio cultural


existente na AID e ADA do Arco Metropolitano do Recife foi realizado a partir
do levantamento de dados secundários e primários. No levantamento de
dados secundários foram realizadas consultas a nível federal na base de
dados do IPHAN, mais especificamente no Arquivo Noronha Santos que
preserva abrangendo os quatro Livros de Tombo, instituídos pelo Decreto-
Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937 (ainda em vigor): Livro de Tombo
Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; Livro de Tombo Histórico; Livro de
Tombo das Belas Artes; e Livro de Tombo das Artes Aplicadas. Ainda no
âmbito do IPHAN foi consultado o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos
(CNSA) e no Banco de Dados do Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Na
esfera estadual foram realizadas consultas através das publicações da
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE).
Também foram contemplados no levantamento secundário dados das
prefeituras municipais na área de abrangência do empreendimento.

389
O trabalho de campo para o estudo foi realizado com base em uma
prospecção de superfície não interventiva, com base no Memorando n°
002/2008 GEPAM/DEPAM de 16/05/2008 que trazia orientações sobre
Diagnostico Arqueológico Não Interventivo, aplicável aos estudos de
EIA/RIMA desenvolvidos na Fase de Licença Prévia (LP). Salienta-se ainda
que previamente à execução do trabalho de campo, foi protocolado no
IPHAN um oficio informando sobre a execução dos trabalhos por parte da
equipe arqueológica do estudo (ver Anexo 7).

 ETAPA DE GABINETE

Os estudos de gabinete envolvem o levantamento de dados


secundários, bibliográficos, cartográficos, além da consulta de bancos de
dados oficiais, específicos, com vistas à contextualização arqueológica e
etno-histórica da área de influência do empreendimento.

Nesta etapa foram buscadas informações relacionadas ao


conhecimento existente acerca do período anterior ao contato com o
europeu (contexto arqueológico); bem como às primeiras investidas
colonizadoras, tanto de portugueses quanto de holandeses; e dos escritos
relativos à resistência indígena e negra.

A contextualização Etno-Histórica envolveu os municípios de


Paudalho, São Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Cabo
de Santo Agostinho.

Foi ainda realizado um levantamento documental relativo ao


patrimônio cultural presente na Área de Influência Indireta (AII). Esta etapa
foi realizada a partir de consulta dos bancos de dados relativos aos bens, de
natureza material e imaterial, registrados no Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na Secretaria de Cultura do Estado de
Pernambuco através dos levantamentos realizados pela FUNDARPE, bem
como órgãos municipais.

 ETAPA DE CAMPO

A par dos estudos documentais, foi realizado um levantamento


preliminar de campo restrito a uma prospecção visual de superfície na Área
de Influência Direta (AID), com ênfase na Área Diretamente Afetada (ADA).

A Prospecção Sistemática de Superfície busca avaliar as áreas de


potencial arqueológico e identificar ocorrências de sítios arqueológicos, de
natureza pré-histórica ou histórica, existentes nas áreas a serem afetadas
pelo empreendimento. Foi realizado com base no caminhamento e
observação sistemática da superfície do terreno, em busca de vestígios

390
arqueológicos. Este tipo de abordagem prospectiva foi também ainda
aplicada na busca pela localização de sítios com sinalações rupestres, com
base na prospecção sistemática da superfície dos afloramentos presentes
na área sob estudo.

O levantamento de possíveis indicadores de registro arqueológico


através da inspeção visual de superfície na AID e ADA do empreendimento
contemplou todos os compartimentos ambientais significativos no contexto
geral da área a ser implantada, conforme preconiza o Art. 2º da Portaria
IPHAN Nº 230, de 17 de dezembro de 2002, publicada no D.O.U. de
18/12/02. 6

A prospecção de superfície buscou identificar bens de interesse


histórico, espeleológico, paisagístico e arqueológico, além de identificação
de manifestações culturais. Assim, todos os pontos percorridos durante a
prospecção são apresentados no Quadro 54 e no Mapa 23. Nesse quadro é
apresentada a “antiga localização” de cada ponto em relação às áreas de
influência, que corresponde a localização indicada no EIA de Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores (2012), bem como a “nova
localização” conforme o anteprojeto de 2014. Buscou-se, através de
contatos com moradores locais, obter informações acerca de vestígios que
pudessem conduzir à localização de sítios arqueológicos, paleontológicos,
bens históricos e paisagísticos naquelas cercanias. No contato com a
população local buscou-se ainda levantar informações quanto ao patrimônio
imaterial de forma mais ampla.

Durante o contato direto com a comunidade foi dado início a um


programa de educação patrimonial através de abordagem direta de
moradores locais. No contato com a população local foram repassadas
noções de Patrimônio Cultural, ilustradas através de folheto explicativo
ilustrado, especialmente elaborado.

A metodologia previu ainda que, nos locais em que fossem


observadas possíveis ocorrências de vestígios arqueológicos seriam
georeferenciados e registradas em ficha compatível com o Registro
preliminar de sítios arqueológicos, atendendo apenas àqueles itens que não
demandem interferência no solo (prospecção de subsuperfície).

6
Art. 2º - No caso de projetos afetando áreas arqueologicamente desconhecidas, pouco ou
mal conhecidas que não permitam inferências sobre a área de intervenção do
empreendimento, deverá ser providenciado levantamento arqueológico de campo pelo
menos em sua área de influência direta. Este levantamento deverá contemplar todos os
compartimentos ambientais significativos no contexto geral da área a ser implantada e
deverá prever levantamento prospectivo de subsuperfície.

391
Com base no potencial identificado a partir dos dados secundários e
da prospecção em campo, se fez a caracterização e avaliação da situação
atual do patrimônio cultural da área de estudo – Diagnóstico - avaliando-se
o nível de impacto que poderá advir da implantação do empreendimento,
sobre o patrimônio arqueológico da área – Prognóstico. De forma integrada,
foram sugeridas diretrizes a serem adotadas nas fases subsequentes de
implantação do empreendimento, de modo a proceder ao resgate de bens
arqueológicos ameaçados e de possíveis medidas mitigadoras a serem
implementadas, no âmbito do Plano Básico Ambiental pelo Programa de
Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Cultural.

392
Quadro 54 – Pontos Prospectados no Levantamento do Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico.
Resultados do L evantamento d o Patrimônio Hist óric o, Cu lt u ral e An t ig a Nova
Pon t o E (m) N (m)
Arq u eológ ic o L oc alizaç ão L oc alizaç ão
ARCO003 Edificação Histórica: Engenho Guerra AII AII 277878,8364 9087791,683
ARCO028 Resultado Negativo ADA AII 271890,2944 9094789,343
ARCO029 Resultado Negativo ADA AII 271258,3144 9094882,529
ARCO030 Resultado Negativo ADA AII 270709,9574 9095074,308
ARCO047 Edificação Histórica: Engenho Moreno AII AII 266025,0104 9102265,467
ARCO073 Edificações Históricas: Igrejas Matriz da Luz AII AII 268550,4454 9110507,56
ARCO161 Edificação Histórica: Usina Bom Jesus AII AII 275827,3914 9088546,266
ARCO162 Edificação Histórica: Engenho Santo Estevão AII AII 280153,3854 9090056,488
ARCO163 Edificação Histórica: Eng Roças Velhas AII AII 275335,4964 9090408,723
ARCO164 Edificação Histórica: Engenho Rico AII AII 274096,8554 9092128,167
ARCO165 Edificação Histórica: Casa de Farinha Eng São Salvador AII AII 272849,7064 9092232,812
ARCO166 Edificação Histórica: Engenho São Salvador AII AII 272203,4814 9093280,88
ARCO167 Resultado Negativo AII AII 271030,5014 9094266,827
ARCO168 Edificação Histórica: Engenho Canzanza AII AII 269983,6214 9094707,924
ARCO171 Edificação Histórica: Engenho Camarço AII AII 274378,8694 9095402,805
ARCO172 Edificação Histórica: Casa de Farinha do Engenho Camarço AII AII 273929,5944 9096131,827
ARCO173 Edificação Histórica: Casa de Farinha Beiju AII AII 273728,6964 9096269,639
ARCO175 Edificação Histórica: Eng Javunda AII AII 264015,1774 9097051,305
ARCO177 Edificação Histórica: Engenho Xixaim AII AII 263841,8494 9102533,99
ARCO179 Edificação Histórica: Engenho Serraria AII AII 262107,6314 9103368,247
ARCO180 Edificação Histórica: Casa grande Engenho Sapucaia AII AII 264096,4944 9104694,617
ARCO181 Edificação Histórica: Engenho Araújo AII AII 263267,6614 9107710,488
ARCO182 Edificação Histórica: Engenho Pixaó AII AII 267583,6244 9108650,143
ARCO183 Edificação Histórica: Casa Grande Engenho Colégio AID AII 268315,5454 9110691,881

393
Resultados do L evantamento d o Patrimônio Hist óric o, Cu lt u ral e An t ig a Nova
Pon t o E (m) N (m)
Arq u eológ ic o L oc alizaç ão L oc alizaç ão
ARCO185 Edificação Histórica: Engenho Tapacura AII AII 268513,5844 9114553,129
ARCO186 Edificação Histórica: Eng Coepe AII AII 267585,5494 9117042,792
ARCO188 Edificação Histórica: Engenho Floresta AII AII 264930,9174 9099221,102
ARCO008 Ocorrência Arqueológica PE0725 LA/UFPE AID AID 278617,1474 9089054,607
ARCO009 Resultado Negativo AID AID 278734,0574 9089340,322
ARCO010 Resultado Negativo AID AID 278625,1664 9089534,193
ARCO011 Resultado Negativo AID AID 278707,5474 9090098,342
ARCO016 Resultado Negativo ADA AID 277469,4384 9091883,561
ARCO019 Resultado Negativo AID AID 277222,6874 9093029,723
ARCO022 Edificação Histórica: Engenho Barbalho AID AID 274245,8904 9093978,51
ARCO023 Edificação Histórica: Engenho Salgadinho AID AID 275347,2844 9094083,714
ARCO025 Resultado Negativo ADA AID 273069,5314 9094447,532
ARCO027 Resultado Negativo ADA AID 272505,5544 9094563,327
ARCO031 Resultado Negativo AID AID 268883,1694 9095093,699
ARCO032 Resultado Negativo AID AID 270098,2294 9095227,921
ARCO033 Resultado Negativo ADA AID 269512,4664 9095335,001
ARCO034 Resultado Negativo ADA AID 268461,0034 9095349,443
ARCO035 Resultado Negativo ADA AID 267927,5244 9095883,486
ARCO040 Resultado Negativo AID AID 266353,8704 9098240,457
ARCO041 Resultado Negativo AID AID 266340,4314 9099021,198
ARCO042 Resultado Negativo AID AID 266203,5734 9099700,459
ARCO043 Resultado Negativo AID AID 265949,4524 9100104,094
ARCO045 Resultado Negativo AID AID 265516,6674 9101419,306
ARCO049 Resultado Negativo ADA AID 264787,0704 9103037,525
ARCO050 Resultado Negativo AID AID 263587,9654 9103421,537
ARCO051 Resultado Negativo AID AID 263410,8344 9104047,985

394
Resultados do L evantamento d o Patrimônio Hist óric o, Cu lt u ral e An t ig a Nova
Pon t o E (m) N (m)
Arq u eológ ic o L oc alizaç ão L oc alizaç ão
ARCO053 Resultado Negativo ADA AID 262715,4824 9104931,401
ARCO056 Resultado Negativo AID AID 263104,7924 9106243,282
ARCO059 Resultado Negativo ADA AID 263723,9884 9107155,339
ARCO063 Ocorrência Arqueológica PE0726 LA/UFPE AID AID 264905,5304 9108006,859
ARCO064 Edificação Histórica: Engenho Covas AID AID 264889,0684 9108023,427
ARCO065 Ocorrência Arqueológica PE0726 LA/UFPE AID AID 264960,7034 9108024,692
ARCO066 Ocorrência Arqueológica PE0726 LA/UFPE AID AID 264917,3404 9108065,497
ARCO067 Ocorrência Arqueológica PE0726 LA/UFPE AID AID 264881,4384 9108095,122
ARCO069 Resultado Negativo AID AID 265317,3224 9108251,733
ARCO070 Resultado Negativo AID AID 266177,8194 9108663,126
ARCO071 Resultado Negativo ADA AID 266387,5634 9109300,868
ARCO072 Resultado Negativo AID AID 267857,0004 9110098,683
ARCO074 Resultado Negativo ADA AID 267964,8254 9110670,384
ARCO075 Resultado Negativo AID AID 268169,8854 9111207,384
ARCO076 Resultado Negativo AID AID 267382,1994 9112152,924
ARCO077 Ocorrência Arqueológica PE0728 LA/UFPE ADA AID 267166,7934 9113137,098
ARCO078 Resultado Negativo ADA AID 267239,6744 9113546,627
ARCO079 Resultado Negativo ADA AID 267362,4744 9113987,216
ARCO081 Resultado Negativo AID AID 267480,6334 9114515,258
ARCO082 Ocorrência Arqueológica PE0727 LA/UFPE AID AID 267572,7034 9114603,384
ARCO083 Resultado Negativo AID AID 268280,6124 9115261,299
ARCO087 Resultado Negativo AID AID 268065,9094 9117117,627
ARCO088 Resultado Negativo AID AID 268058,7534 9117232,125
ARCO089 Resultado Negativo AID AID 268074,4324 9117507,09
ARCO090 Resultado Negativo AID AID 268052,4924 9117798,257
ARCO091 Resultado Negativo AID AID 268102,6514 9117948,014

395
Resultados do L evantamento d o Patrimônio Hist óric o, Cu lt u ral e An t ig a Nova
Pon t o E (m) N (m)
Arq u eológ ic o L oc alizaç ão L oc alizaç ão
ARCO092 Resultado Negativo AID AID 268663,4454 9118143,533
ARCO093 Resultado Negativo ADA AID 268358,8584 9118210,898
ARCO094 Resultado Negativo AII AID 269284,3834 9118535,731
ARCO169 Resultado Negativo AID AID 272574,8694 9094832,027
ARCO170 Edificação Histórica: Engenho Secupema - casa antiga AII AID 272848,0544 9094994,202
ARCO174 Edificação Histórica: Engenho Caraúna AID AID 267315,7314 9096835,399
ARCO176 Edificação Histórica: Engenho Mato Grosso- Gameleira AID AID 266000,9624 9098038,116
ARCO178 Edificação Histórica: Engenho Moreninho AID AID 264898,9794 9103298,873
ARCO184 Edificação Histórica: Barracão Engenho Colégio AID AID 268266,5944 9110708,96
ARCO001 Ocorrência Arqueológica PE0723 LA/UFPE AID ADA 278676,1214 9087656,055
ARCO002 Resultado Negativo AID ADA 278784,4084 9087695,533
ARCO004 Resultado Negativo AID ADA 279025,6194 9088108,845
ARCO005 Resultado Negativo AID ADA 278498,6484 9088185,602
ARCO006 Resultado Negativo ADA ADA 278442,9394 9088521,687
ARCO007 Ocorrência Arqueológica PE0724 LA/UFPE AID ADA 278571,8964 9088931,311
ARCO012 Resultado Negativo AID ADA 278760,8984 9090448,957
ARCO013 Resultado Negativo ADA ADA 278485,3444 9090815,724
ARCO014 Resultado Negativo ADA ADA 278139,4404 9091217,853
ARCO015 Resultado Negativo ADA ADA 277855,2004 9091524,547
ARCO017 Resultado Negativo ADA ADA 277195,0634 9092346,279
ARCO018 Resultado Negativo ADA ADA 276880,2364 9092903,045
ARCO020 Resultado Negativo AID ADA 276261,4954 9093229,955
ARCO021 Resultado Negativo AID ADA 275780,5404 9093704,449
ARCO024 Resultado Negativo ADA ADA 274482,0944 9094180,283
ARCO026 Ocorrência Arqueológica PE0729 LA/UFPE ADA ADA 273861,5894 9094511,472
ARCO036 Resultado Negativo AID ADA 267423,8434 9096243,922

396
Resultados do L evantamento d o Patrimônio Hist óric o, Cu lt u ral e An t ig a Nova
Pon t o E (m) N (m)
Arq u eológ ic o L oc alizaç ão L oc alizaç ão
ARCO037 Resultado Negativo ADA ADA 266989,3454 9096595,528
ARCO038 Resultado Negativo ADA ADA 266757,0374 9096772,382
ARCO039 Resultado Negativo AID ADA 266387,9834 9097376,519
ARCO044 Resultado Negativo ADA ADA 265774,7444 9100679,006
ARCO046 Resultado Negativo AID ADA 265365,1834 9101883,179
ARCO048 Resultado Negativo AID ADA 265020,5214 9102574,49
ARCO052 Resultado Negativo AID ADA 262724,8154 9104472,218
ARCO054 Resultado Negativo ADA ADA 262862,9584 9105365,605
ARCO055 Resultado Negativo ADA ADA 262914,8764 9105804,618
ARCO057 Resultado Negativo ADA ADA 263324,5444 9106676,659
ARCO058 Resultado Negativo ADA ADA 263602,8104 9106985,306
ARCO060 Resultado Negativo ADA ADA 264055,0304 9107479,912
ARCO061 Resultado Negativo AID ADA 264432,1354 9107644,163
ARCO062 Resultado Negativo AID ADA 264913,1234 9107850,319
ARCO068 Resultado Negativo ADA ADA 265352,2684 9108155,46
ARCO080 Resultado Negativo AID ADA 267622,0694 9114376,199
ARCO084 Resultado Negativo AID ADA 268154,9754 9115481,27
ARCO085 Ocorrência Arqueológica PE0722 LA/UFPE AID ADA 268129,0534 9116206,011
ARCO086 Resultado Negativo AID ADA 268098,0774 9116997,804
ARCO095 Resultado Negativo ADA ADA 269243,3234 9119097,723
Ocorrência arqueológica de levantamento secundário PE 0557 -
PE 0557 AID ADA 268072,6522 9116423,92
Casa de pedra

397
Mapa 23 - Pontos Prospectados no Levantamento do Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
7°50'S
Abreu 8°0'S 8°10'S 8°20'S
9135000 e Lima 9120000 9105000 9090000 9075000
Igarassu
101

Jaboatão dos O C E A N O AT L Â
Guararapes N T I C
O
101

Camaragibe
280000

280000
162

35°0'W
35°0'W

3
408
19 Cabo de Santo
São Lourenço
da Mata Agostinho 060

007 161
23 163 101

027

164
173
Ipojuca
170 165
28
29

2602902
30
Araçoiaba 232 Moreno 32
33
95
93 75
82
174
71
47
69
265000

265000
178 188
180 175
181 51

179

35°10'W
35°10'W

Paudalho

Chã de
Alegria
Escada

Tracunhaém

Carpina

9135000 9120000 9105000 9090000 9075000


7°50'S 8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Municípios Interceptados pela Rodovia Pontos Prospectados - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
Localidade Rodovia em Leito Natural Cabo de Santo Agostinho - Localidade: IBGE, 2010
PB
Edificação Histórica
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Jaboatão dos Guararapes Ocorrência Arqueológica Adaptado de IBGE, 2005 1:200.000
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Moreno Ocorrência arqueológica de - Limite Municipal: IBGE, 2010
levantamento secundário - Sistema Viário: Adaptado de IBGE,
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Paudalho 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Hidrografia 2013
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) São Lourenço da Mata
ÂN

PE Curso d'água Resultado Negativo - Hidrografia: IBGE, 2013


AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) - Pontos Documentados de Arqueologia: Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
NO

AII - Municípios Interceptados SKILL, 2014 - Lab. de Arqueologia da


Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

UFPE, 2014
OC

- Áreas de Influência: SKILL, 2014 SIRGAS 2000


AL out/2014
9°S
8.4.2. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA AII
• CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA NA AII

No ano 2000 a População Economicamente Ativa (PEA) da AII


totalizava 374.597 pessoas, ou seja, 50,7% do contingente populacional de
10 anos ou mais de idade. Em nível de município, esse percentual variava
de 42,44% em Moreno a 52,57% em Jaboatão dos Guararapes.

Já a distribuição da PEA por sexo apresentava-se bastante desigual na


AII como um todo, sendo, em média, 62,93% constituídos por homens e
37,08% por mulheres, apresentando maior desigualdade em Moreno, onde
os homens representavam 66,2% e as mulheres 33,8% da PEA municipal no
quadro a seguir.

Quadro 55 – Pessoas de 10 Anos e Mais de Idade e Pessoas Economicamente Ativas da AII,


por Sexo, segundo os Municípios – 2000.
Pessoas
Pessoas E c on om ic am en t e At ivas
de 10
Mu n ic íp ios an os e
Mu lh eres
m ais d e Tot al % Hom en s ( %)
( %)
id ad e
Cabo de Santo
121.971 59.876 48,27 63,2 36,8
Agostinho
Jaboatão dos
470.423 247.320 52,57 58,7 41,3
Guararapes

Moreno 39.752 16.871 42,44 66,2 33,8

Paudalho 35.069 16.430 46,85 65,4 34,6

São Lourenço da Mata 72.142 34.100 47,27 61,1 38,9

Total da AII 739.357 374.597 - 62,92 37,08


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Com relação ao gênero, os dados censitários referentes a 2000 e


2010 para a AII indicam uma pequena predominância feminina, que passou
de 51% no ano 2000 para 51,4% em 2010,conforme o quadro a seguir.

Quadro 56 – População Residente da AII, por Sexo, segundo os Municípios – 2000 e 2010.
Pop u laç ão Resid en t e

Mu n ic íp ios 2000 2010

Hom em Mu lher Hom em Mu lh er


Tot al Tot al
( %) ( %) ( %) ( %)
Cabo de Santo
152.977 49,2 50,8 185.025 49,1 50,9
Agostinho
Jaboatão dos
581.556 47,8 52,2 644.620 47,3 52,7
Guararapes

Moreno 49.205 49,2 50,8 56.696 48,8 51,2

Paudalho 45.138 49,6 50,4 51.357 49,1 50,9

401
Pop u laç ão Resid en t e

Mu n ic íp ios 2000 2010

Hom em Mu lher Hom em Mu lh er


Tot al Tot al
( %) ( %) ( %) ( %)
São Lourenço da
90.402 49 51 102.895 48,6 51,4
Mata

Total da AII 919.278 49 51 1.040.593 48,6 51,4


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Na estrutura etária da população no ano de 2010, havia em média,


24% de pessoas entre 0 a 14 anos, ou seja, aquela que ainda não ingressou
no mercado de trabalho, a população entre 15 e 19 anos representava 9%
enquanto que a população em idade ativa (20 a 59 anos) representava 58%
do total. Já a população idosa (60 anos e mais) totaliza 9%.

O município de Paudalho é o que apresenta o mais alto percentual de


população na faixa etária de 0 a 14 anos (27,5%) enquanto que de Jaboatão
dos Guararapes detem o percentual mais baixo (23,9%) nessa faixa etária.
Esses municípios também sobressaem no tocante aos percentuais de
população em idade ativa, Paudalho com o percentual mais alto (27,5%) e
Jaboatão dos Guararapes com 23,9%. O mais alto percentual de população
idora ocorre em Moreno (9,9%) e o mais baixo em Cabo de Santo Agostinho
(8,2%).

No ano de 2000, 86,44% da população residia na área urbana da AII e


13,56% na área rural, percentuais esses que passam em 2010 para 88,36%
e 11,64%, respectivamente conforme o quadro a seguir. Entre os municípios
o que apresenta maior contingente na área urbana era Jaboatão dos
Guararapes e se manteve em 2010 com o mesmo percentual de 97,8%. Em
situação oposta, a área rural de Paudalho ganhou população, passou de
23,7% para 29,3%.

Quadro 57 – População Residente da AII, por Situação do Domicílio, segundo os Municípios e


Distritos – 2000 e 2010.
Pop u laç ão Resid en t e

Mu n ic íp ios 2000 2010

Tot al U rb an a Ru ral Tot al Urbana Ru ral

Cabo de S. Agostinho 152.977 87,9 12,1 185.025 90,7 9,3

Jaboatão dos
581.556 97,8 2,2 644.620 97,8 2,2
Guararapes

Moreno 49.205 77,8 22,2 56.696 88,5 11,5

Paudalho 45.138 76,3 23,7 51.357 70,7 29,3

402
Pop u laç ão Resid en t e

Mu n ic íp ios 2000 2010

Tot al U rb an a Ru ral Tot al Urbana Ru ral

São Lourenço da Mata 90.402 92,4 7,6 102.895 94,1 5,9

Total da AII 919.278 86,44 13,56 1.040.593 88,36 11,64

Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Em termos de variação anual dos contingentes demográficos


municipais da AII, no período 2000-2010, as cidades de Moreno e Cabo de
Santo Agostinho apresentaram as taxas mais altas de crescimento anual da
população urbana, quais sejam, 2,75%, 2,26%, respectivamente, ao passo
que a taxa mais elevada de crescimento da população rural ocorreu em
Paudalho (3,44% ao ano).

Sobre a migração para os municípios da AII pode-se dizer que a


população dos municípios da AII é proveniente da própria Região Nordeste,
sendo irrelevante a imigração proveniente das demais regiões brasileiras,
como mostra os dados da figura a seguir.

Figura 144 – Regiões brasileiras de origem da população dos municípios da AII

A qualidade de vida de uma população é o resultado da combinação


da dinâmica demográfica com a evolução dos indicadores relativos à
educação, saúde, renda, habitação e meio ambiente. Na verificação dessa
relação serão utilizados, no presente estudo para AII, o índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) no ano 2010 e indicadores de
vulnerabilidade da população, tais como taxa de mortalidade infantil (2010),
número de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) por mil habitantes
(2010), taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais de idade

403
(2010), proporção de pessoas com mais de 50% da renda proveniente de
transferências governamentais (2000), o percentual de crianças de 0 a 5
anos de idade residentes em domicílios particulares permanentes com
saneamento inadequado (2010), e a taxa de criminalidade violenta letal
intencional (2010).

No tocante aos Índices de Desenvolvimento Humano Municipal da AII


para o ano 2010 no quadro a seguir, a AII do empreendimento, assim como
o estado do Pernambuco obtiveram índice médio, ou seja, no intervalo entre
0,600 e 0,699, sendo a dimensão “longevidade” a de melhor desempenho,
com índice muito alto na AII (entre 0,800 - 1,000) e alto no estado (entre
0,700 - 0,799). Entre os municípios o de melhor desempenho foi Jaboatão
dos Guararapes, com IDH-M de 0,717 (nível alto de desenvolvimento
humano), seguido por Cabo de Santo Agostinho (0,686). Entre as dimensões
de análise a “longevidade” obteve os melhores resultados em todos os
municípios, seguida pela renda e educação, sendo esta última com nível
considerado baixo em Moreno, Paudalho e São Lourenço da Mata.

Quadro 58 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da AII, segundo os


Municípios – 2010.
Mu n ic íp ios e E st ad o I DHM E d u c aç ão L on g evid ad e Ren d a
Cabo de Santo Agostinho 0,686 0,609 0,812 0,654
Jaboatão dos Guararapes 0,717 0,642 0,830 0,692

Moreno 0,652 0,564 0,793 0,614


Paudalho 0,639 0,545 0,782 0,612
São Lourenço da Mata 0,653 0,571 0,793 0,614

Média da AII 0,669 0,586 0,802 0,637


Pernambuco 0,673 0,574 0,789 0,673
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

O primeiro dos indicadores de vulnerabilidade, da população da AII, a


ser analisado é a taxa de mortalidade infantil que indica o risco de morte
infantil tomando como base “a frequência de óbitos de menores de um ano
de idade na população de nascidos vivos”, constitui “um indicador
importante das condições ambientais e socioeconômicas de uma
população”. Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifique
como baixas as taxas de mortalidade infantil menor que 20 por 1.000
(20‰), nos países desenvolvidos, essas taxas são, em geral, inferiores a
10‰ (Canadá – 5‰, Suíça – 4,2‰, França – 3,3‰, Japão – 2,8‰, entre
outros). Na AII, a taxa média de mortalidade infantil foi 12,15‰,
apresentando-se mais alta nos municípios de Cabo de Santo Agostinho
(14,85‰) e Paudalho (12,96‰), e mais baixa no município de Moreno
(8,33‰), conforme apresentado no quadro a seguir.

404
O segundo dos indicadores de vulnerabilidade a ser considerado é o
número de médicos do SUS por mil habitantes que, sendo uma das medidas
de assistência médico-sanitária, permite avaliar a oferta de serviços básicos
de saúde à população residente. Embora a OMS e a Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS) não estabeleçam taxas ideais de médico por
habitante para seus países membros, no Brasil a Portaria no 1.101/GM de
2002 do Ministério da Saúde que dispõe sobre o estabelecimento de
parâmetros de cobertura assistencial, considera necessária a
disponibilidade de um (01) médico para cada grupo de 1.000 habitantes. Na
AII, somente Cabo de Santo Agostinho dispõe deste total, onde existem,
respectivamente, 2,07 médicos por 1.000 habitantes, ocorrendo os índices
mais baixos nos municípios de São Lourenço da Mata (0,43‰), Moreno e
Paudalho, ambos com 0,55 médicos por 1.000 habitantes.

Quadro 59 – Indicadores de Vulnerabilidade da Área de Influência Indireta do Arco Rodoviário


da RMR, segundo os Municípios – 2000 e 2010.
Perc en t u al d e
Taxa d e p essoas c om
Mort alid ad e Méd icos do S U S an alfab et ism o m ais de 50% d a
in fant il p or m il p or m il ( %) d a ren d a
Mu n ic íp ios
n asc id os vivos h ab it an t es p opulação de 15 p rovenien t e d e
(2010) (2010) an os ou m ais d e t ran sferên c ias
id ad e ( 2 0 1 0 ) g overnamentais
(2000)
Cabo de Santo
14,85 2,07 13 17,5
Agostinho
Jaboatão dos
12,29 0,85 9,1 14,09
Guararapes
Moreno 8,33 0,55 16,8 21,72

Paudalho 12,96 0,55 21,2 15,29


São Lourenço da
12,33 0,43 16 19,96
Mata
Média da AII 12,15 0,89 15,22 17,71
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A taxa de alfabetização representa a proporção da população adulta


que sabe ler e escrever, indicando tanto as possibilidades de inserção dessa
população no mercado de trabalho, como de melhoria dos indicadores de
saúde das famílias como um todo, além de contribuir para reduzir as
desigualdades sociais e ser um dos caminhos para mitigação da pobreza.
Apesar da significativa melhoria da taxa de alfabetização a partir dos anos
1990, com reflexo no IDHM-Educação, as taxas de analfabetismo dos
municípios da AII em 2010, são na maior parte dos municípios superiores a
10%, encontrando-se as mais elevadas nos municípios de Paudalho (21,2%),
Moreno (16,8%) e São Lourenço da Mata (16,0%). O percentual mais baixo
de analfabetos na população de 15 anos ou mais de idade encontram-se em
Jaboatão dos Guararapes (9,1%).

405
O percentual de pessoas com mais de 50% da renda proveniente de
transferências governamentais é outro indicador de vulnerabilidade da
população da área em questão, se por um lado denota a importância dos
programas governamentais, voltados à redução da pobreza, por outro indica
a baixa participação dos rendimentos do trabalho, na composição da renda
familiar. No ano 2000 os percentuais mais altos, de pessoas com forte
participação dos programas governamentais na renda auferida,
encontravam-se nos municípios de Moreno (21,72%) e São Lourenço da
Mata (19,96%) e os percentuais mais baixos estão nos municípios de
Jaboatão do Guararapes (14,09%) e Paudalho (15,29%).

Outro indicador de vulnerabilidade da população da AII, no ano 2010,


é o percentual de crianças de 0 a 5 anos de idade residentes em domicílios
particulares permanentes com saneamento inadequado, considerados como
tal os domicílios não atendidos por coleta de lixo realizada direta ou
indiretamente por serviço de limpeza, por abastecimento de água por rede
geral, e por esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica.
Conforme dados de 2010, conforme apresentado no quadro a seguir os
percentuais mais elevados, de crianças de 0 a 5 anos de idade residentes
em domicílios com saneamento inadequado, ocorriam nos municípios de
Paudalho (20,3%), Moreno (12,4%) e São Lourenço da Mata (11,2%), e os
valores mais baixos, nos municípios de Cabo de Santo Agostinho (5%) e
Jaboatão dos Guararapes (3,0%). Ressalta-se que esses dados guardam
relação direta com o percentual total de domicílios, dos municípios da AII,
com saneamento inadequado no ano de referência, a saber: Paudalho
(18,2%), Moreno (10,6%), São Lourenço da Mata (9,7%), Jaboatão dos
Guararapes (2,0%).

Figura 145 – Percentuais de crianças de 0 a 5 anos de Idade Residentes em Domicílios


particulares permanentes com saneamento inadequado – 2010.
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Complementando a análise dos indicadores de vulnerabilidade da


população da AII, cabe mencionar os dados relativos à Criminalidade

406
Violenta Letal Intencional (CVLI) dos municípios da área, no ano 2010.
Segundo os especialistas, a mortalidade por causas violentas é a que mais
vem crescendo no conjunto da mortalidade no Brasil, resultando em
grandes custos sociais e econômicos. No caso da AII, as taxas (em 100 mil
habitantes) mais elevadas de criminalidade violenta, em 2010, ocorreram
nos municípios de Cabo de Santo Agostinho (80,20) e Jaboatão dos
Guararapes (47,57), suplantando as da Região Metropolitana (46,26) e do
estado de Pernambuco (39,76). As taxas menos elevadas do período, ainda
que relativamente altas, correspondem aos municípios de Paudalho (34,71)
e São Lourenço da Mata (30,68), conforme apresentado no quadro a seguir.

Quadro 60 – Número de vítimas e taxa de CRIMINALIDADE VIOLENTA LETAL INTENCIONAL na


AII – 2010.
Pop u laç ão Taxa d e CVL I ( E m
Mu n ic íp ios Vít im as d e CVL I
Resid en t e 1 00 m il habitantes)
Cabo de Santo Agostinho 185.025 135 80,2

Jaboatão dos Guararapes 644.620 338 47,57

Moreno 56.626 23 42,05

Paudalho 51.357 16 34,71

São Lourenço da Mata 102.895 30 30,68

RD Metropolitana 3.690.547 1.772 46,26

Pernambuco 8.796.448 3.495 39,76


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

• ESTRUTURA PRODUTIVA E DE SERVIÇOS NA AII

Assim como a população, o mercado de trabalho da AII está


fortemente concentrado nas áreas urbanas e, nestas, nas atividades do
setor terciário (comércio e serviços), secundadas pela atividade industrial.
Esses setores concentram, respectivamente, 81,14% e 15,08% dos
estabelecimentos bem como 37,08% e 27,6% dos empregados no mercado
formal da área em causa, conforme apresentado nos quadros a seguir.

Ainda com relação ao percentual de empregados por setor de


atividade, sobressai a participação relativamente elevada da administração
pública nos municípios de São Lourenço da Mata (36,3%), Paudalho (32,9%)
e Moreno (26,3%), no ano 2010. No tocante à distribuição dessas variáveis
por município, os dados mostram que, nos setores comércio e serviços
juntos, Jaboatão dos Guararapes detém o mais alto percentual de
estabelecimentos (85,9%) e de empregados (60,6%), enquanto que, na
indústria, Cabo de Santo Agostinho apresenta o percentual mais elevado
(39,2%), dentre os municípios da AII.

Quadro 61 – Número de Estabelecimentos da AII, por Setor de Atividade, segundo os


Municípios – 2010.

407
Nú m ero d e E st ab elec im en t os d os S et ores

Mu n ic íp io

Agropecuária Indústria* Com érc io e Ad m .


Tot al
( %) ( %) S erviç os ( %) Pú blica ( %)

Cabo de Santo
3.289 1,6 17 81,2 0,2
Agostinho
Jaboatão dos
10.385 0,7 13,3 85,9 0,1
Guararapes

Moreno 828 3,7 11,7 84,2 0,4

Paudalho 559 9,3 17,4 72,4 0,9

São Lourenço da Mata 956 1,6 16 82 0,4

Total da AII 16.017 3,38 15,08 81,14 0,4


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Inclui atividade extrativa, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade
pública e construção civil.

Quadro 62 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Setor de Atividade,


segundo os Municípios – 2010.

Nú m ero d e E m p reg ad os d os S et ores*

Mu n ic íp ios
Agropecuária Indústria Com érc io e Ad m .
Tot al
( %) ( %) S erviç os ( %) Pú blica ( %)

Cabo de Santo
33.686 11,3 39,2 31 18,5
Agostinho
Jaboatão dos
93.250 0,6 27,9 60,6 10,9
Guararapes

Moreno 5.658 18,4 18,9 36,4 26,3

Paudalho 5.432 21,1 29,2 16,8 32,9

São Lourenço da Mata 8.044 0,3 22,8 40,6 36,3

Total da AII 146.070 10,34 27,6 37,08 24,98


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Empregados com carteira de trabalho assinada em alguma empresa e com os devidos
recolhimentos dos encargos sociais.

No que tange à agropecuária, os percentuais mais elevados de


empregados no mercado formal, ou seja, devidamente registrado conforme
as leis trabalhistas, encontram-se nos municípios de Paudalho (21,1%),
Moreno (18,4%) e Cabo de Santo Agostinho (11,3%), ao passo que, nos
demais municípios, o setor absorve menos de 1,0% dos empregados no
referido mercado. Convém lembrar, no entanto, que, sendo relativos ao
mercado formal de emprego, tais dados deixam de contemplar a grande

408
maioria das unidades produtivas e dos respectivos empregados do setor
agropecuário, uma vez que é recorrente o não registro trabalhista dos
empregados, ou seja, mercado informal.

No que se refere à distribuição dos empregados da AII por classes de


renda e setor de atividade, conforme apresentado nos quadros a seguir , o
perfil da área se aproxima bastante daquele do estado de Pernambuco,
visto que: os empregados com rendimento na faixa de até um (01) salário
mínimo representam 12,8% na AII e 10,8% no Estado; na faixa de mais de
um (01) até dois (02) salários mínimos, 55,54% e 52,8%; e na faixa de mais
de dois (02) até cinco (05) salários mínimos, 22,6% e 23,4%,
respectivamente. Já no que diz respeito às faixas de renda acima de cinco
(05) salários mínimos, os percentuais da AII se afastam da média estadual,
totalizando 4,74% no primeiro caso e 9,6% no segundo.

Quanto à distribuição dos empregados por classes de renda nos


municípios, os dados indicam que os valores mais altos de empregados na
faixa de até um (01) salário mínimo ocorrem em São Lourenço da Mata
(15,9%) e Moreno (14,7%), enquanto que, os percentuais mais elevados de
empregados com renda acima de cinco (05) salários mínimos, estão nos
municípios de Cabo de Santo Agostinho (8,3%) e Jaboatão dos Guararapes
(6,5%) e os mais baixos em São Lourenço da Mata (3,8%), Moreno (3,2%) e
Paudalho (1,9%) que é também o município com percentual mais alto de
empregados com renda de até dois (02) salários mínimos (64,7%).

Quadro 63 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Classe de Renda,


segundo os Municípios – 2010.
Nú m ero d e E m p reg ad os d as Classes d e Ren d a ( %)

Mu n ic íp ios Mais d e
Mais d e 1 Mais de 5
At é 1 S M 2 at é 5 I g n orad o
at é 2 S M SM
SM

Cabo de Santo Agostinho 9,7 49,1 29,4 8,3 3,5

Jaboatão dos Guararapes 11,2 56,9 21,6 6,5 3,8

Moreno 14,7 54,3 24,7 3,2 3,1

Paudalho 12,5 64,7 14,9 1,9 6

São Lourenço da Mata 15,9 52,7 22,4 3,8 5,2

Total da AII 12,8 55,54 22,6 4,74 4,32

Pernambuco 10,8 52,8 23,4 9,6 3,4


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(SM = Salário mínimo. Salário mínimo utilizado: R$ 510,00).

409
A distribuição dos empregados no mercado formal da AII por nível de
instrução, no ano 2010, apresenta as seguintes características: a) baixo
percentual de analfabetos (média de 2,42% na AII e valores máximos de
4,4% em Moreno e 4,3% no Cabo de Santo Agostinho); b) percentual de
empregados com ensino fundamental completo (variando de 8,7% em
Paudalho a 11,3% em Jaboatão dos Guararapes) inferior a dos que possuem
ensino fundamental incompleto (que varia de 12,2% em São Lourenço da
Mata a 40,9% em Paudalho); c) percentual relativamente alto de
empregados com ensino médio completo (variando de 29,1% em Paudalho
a 58,0% em São Lourenço da Mata); d) percentual de empregados com
educação superior completa (variando de 9,6% no Cabo de Santo Agostinho
a 12,3% em Paudalho) suplantando os que possuem educação superior
incompleta (que varia de 2,3% em São Lourenço da Mata a 3,8% em
Jaboatão dos Guararapes e no Cabo de Santo Agostinho) conforme
apresentado no quadro a seguir.

Quadro 64 – Número de Empregados no Mercado Formal na AII, por Grau de Instrução,


segundo os Municípios – 2010.

Perc en t u al d e E m p reg ad os p or Grau d e I n st ru ç ão

E n sin o E n sin o E d u c aç ão
An alfab et o Fu n d am en t al Méd io S u p erior
Mu n ic íp ios
( %)
Pós-
I n c om p let o

I n c om p let o

I n c om p let a
Com p let o

Com p let o

Com p let a

Graduação*

Cabo de Santo
4,3 15,2 10,9 6,4 49,7 3,8 9,6 0,1
Agostinho
Jaboatão dos
0,7 14,9 11,3 7,9 51,1 3,8 10 0,3
Guararapes
Moreno 4,4 27,4 8,8 4,1 41 3,4 10,8 0,1

Paudalho 1,4 40,9 8,7 4,3 29,1 3 12,3 0,3

São Lourenço
1,3 12,2 8,8 5,9 58 2,3 10,9 0,6
da Mata

Total da AII 2,42 22,1 9,7 5,72 45,8 3,26 10,7 0,28
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*)Mestrado mais Doutorado completo.

Estrutura Setorial do PIB Municipal

Soma de todos os bens produzidos e serviços prestados dentro de


uma unidade territorial (país, região, estado, município) independente da
nacionalidade dos proprietários das unidades produtivas desses bens e

410
serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) varia em função do porte espacial e
demográfico da unidade territorial e do porte dos setores de sua economia.

Refletindo a diversidade desses fatores, os municípios que integram a


AII podem ser agrupados nas seguintes faixas de tamanho do PIB total a
preços correntes, no ano 2008: a) municípios com PIB entre 6,3 e 3 bilhões
de reais, onde se inserem Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo
Agostinho; b) municípios com PIB entre 400 e 195 milhões de reais, faixa
em que se encontram São Lourenço da Mata, Moreno e Paudalho conforme
apresentado no quadro a seguir.

Quadro 65 – Produto Interno Bruto (PIB) e Valor Adicionado Bruto dos Setores de Atividade da
AII, segundo os Municípios – 2008.

Valor Adicionado Bruto d os S et ores a Preç os


PI B Total a Preços
Corren t es ( %)
Mu n ic íp ios Correntes (em mil
Reais) * I mpost os
Agropecuária Indústria S erviços
L íquidos**
Cabo de Santo
3.235.853 0,5 47,4 36,1 16
Agostinho
Jaboatão dos
6.389.842 0,3 22,6 58,6 18,5
Guararapes

Moreno 235.777 13,1 12,5 68,3 6,1

Paudalho 194.468 13,5 14,1 66,9 5,5

São Lourenço da Mata 371.678 2,6 17,9 72,7 6,8


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) É a contribuição das diversas atividades econômicas ao PIB no ano em que o bem ou
serviço foi produzido e comercializado.
(**) Refere-se aos impostos sobre produtos menos os subsídios governamentais.

O PIB total de cada município define, por sua vez, a participação do


mesmo no PIB estadual e reproduz a distribuição anterior, em duas classes,
a saber: a) municípios com participação acima de 4,5% - Jaboatão dos
Guararapes (9,09%) e Cabo de Santo Agostinho (4,78%); b) municípios com
participação inferior a 0,6% - São Lourenço da Mata (0,52%), Moreno
(0,33%) e Paudalho (0,28%), conforme apresentado na figura abaixo.

411
Figura 146 – Participação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios da AII, no PIB do
Estado - 2008.
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A distribuição dos municípios da AII nas classes de frequência das


variáveis acima mencionadas altera-se, no entanto, quando se trata do PIB
per capita (relação entre o PIB e a população municipal), tal como mostra a
figura a seguir descrita: a) o município do Cabo de Santo Agostinho isola-se
dos demais, com um PIB per capita bastante elevado (R$ 19.036,00, o 3º
maior do estado); b) o município de Jaboatão dos Guararapes, com PIB per
capita de R$ 9.420,00 (o 8º maior do estado), passa para o segundo grupo,
b) Moreno, Paudalho e São Lourenço da Mata, com PIB per capita de,
respectivamente, R$ 4.279,00, R$ 4.108,00 e R$ 3.749,00, permanecem no
terceiro grupo, mas, ocupando, neste, posições diferentes das anteriores, ou
seja, Moreno e Paudalho ascendem uma posição e São Lourenço da Mata cai
da primeira para a terceira posição, no grupo.

Figura 147 – Produto Interno Bruto per capita (R$) por município da AII - 2008.
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

412
Comércio e Serviços

Os serviços englobam as atividades de comércio (atacadista e


varejista) e prestação de serviços (alojamento e alimentação, transporte,
aluguéis, atividades financeiras, administração pública e outras atividades
de serviços).

No que tange ao comércio, o município de Jaboatão dos Guararapes


sobressai com expressivos polos comerciais localizados nos distritos de
Jaboatão dos Guararapes e Cavaleiro, o primeiro destacando-se tanto pelo
porte como pela diversificação do setor que inclui o Shopping Center
Guararapes, o segundo maior do gênero no Estado. O município destaca-se
também na prestação de serviços, em especial nos setores de alojamento e
alimentação que, em 2009, totalizava 15 estabelecimentos entre hotéis,
apart. hotel/flat, pousadas e outros 2.200 leitos e 975 unidades
habitacionais (AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, 2011), incluindo uma cadeia
hoteleira de nível internacional. Além desse segmento, sobressaem os
serviços de transporte, aluguéis, serviços prestados por 19 agências
bancárias (11 públicas e 08 particulares), serviços prestados às empresas e
administração pública, esta última participando, em 2008, com 19,6% no
valor adicionado bruto do setor ao PIB do município.

O segundo município da AII com destaque no setor de serviços é o


Cabo de Santo Agostinho que sobressai no comércio varejista em geral
(lojas de departamentos ou magazines e supermercados, entre outros), nas
atividades de transporte, nos serviços prestados às empresas e na
administração pública que, em 2008, participava com 11,7% do total do PIB
do município (AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, 2011).

Os demais municípios, não obstante apresentarem alta ou muito alta


participação dos serviços no PIB, têm como principais características do
setor o fato de terem um comércio de médio ou pequeno porte e a alta
participação da administração pública no PIB municipal – 41,3% em
Paudalho, 42,8% em Moreno e 44,1% em São Lourenço da Mata – no ano
2008 (AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, 2011b).

Indústria Extrativa e de Transformação

De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), a classificação das indústrias segundo o porte pode ser efetuada
com base no número de empregados, utilizando-se, para tanto, as seguintes
faixas de tamanho dessa variável:

 Até 10 empregados – microempresa;

413
 Mais de 10 até 100 empregados – pequena empresa;
 Mais de 100 até 500 empregados – média empresa;
 Mais de 500 empregados – grande empresa.

Classificadas segundo esse critério, as 845 indústrias da área


apresentam a seguinte distribuição: 509 têm menos de 10 empregados
sendo, portanto, microempresas; 274 têm mais de 10 até 100 empregados
(pequenas empresas); 56 têm mais de 100 até 500 empregados (médias
empresas); e 6 têm mais de 500 empregados (grandes empresas). No
tocante ao percentual de estabelecimentos e de empregados por classe de
indústria, os dados dos quadros a seguir mostram que as microempresas da
AII englobam 60,24% dos estabelecimentos e 7,82% dos empregados no
setor industrial da área. As indústrias de pequeno porte representam
32,44% das unidades produtivas e absorvem 41% dos empregados na
atividade industrial, enquanto que as médias e grandes empresas, juntas,
detêm 7,32% dos estabelecimentos e 51,18% dos empregados na referida
atividade. Vale ressaltar que as grandes empresas constituem apenas 0,7%
dos estabelecimentos industriais, mas absorvem 13,4% dos empregados no
setor.

Quadro 66 – Estabelecimentos Industriais da AII, por Classe de Tamanho, segundo os


Municípios – 2011.
Mais d e 1 0 Mais d e 1 0 0
Tot al d e At é 1 0 Mais de 500
Mu n ic íp ios at é 1 0 0 at é 5 0 0
Indústrias E mpregados Empregados
E mpregados E m p reg ad os
Cabo de Santo
177 50,8 31,1 16,4 1,7
Agostinho
Jaboatão dos
505 59,6 32,1 6,5 1,8
Guararapes

Moreno 29 69 27,6 3,4 0

Paudalho 54 51,8 42,6 5,6 0

São Lourenço
80 70 28,8 1,2 0
da Mata

Total da AII 845 60,24 32,44 6,62 0,7


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Quadro 67 – Empregados no Setor Industrial da AII, por Classe de Tamanho, segundo os


Municípios – 2011.
Percen t u al d e E m p reg ad os n as Classes d e Tam an h o
Tot al d e
Mu n ic íp ios Mais d e 1 0 Mais de 1 0 0
Empregados At é 1 0 Mais d e 5 0 0
at é 1 0 0 at é 5 0 0
Empregados E m p reg ad os
Empregados E mpregados
Cabo de Santo
11.513 2,7 20 53 24,3
Agostinho
Jaboatão dos
24.169 5 23,4 28,9 42,7
Guararapes

Moreno 699 9,3 47,8 42,9 0

414
Percen t u al d e E m p reg ad os n as Classes d e Tam an h o
Tot al d e
Mu n ic íp ios Mais d e 1 0 Mais de 1 0 0
Empregados At é 1 0 Mais d e 5 0 0
at é 1 0 0 at é 5 0 0
Empregados E m p reg ad os
Empregados E mpregados
Paudalho 1.336 7,5 62,6 29,9 0

São Lourenço da
1.462 14,6 51,2 34,2 0
Mata

Total da AII 39.179 7,82 41 37,78 13,4


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

As maiores indústrias da AII, por ordem decrescente de tamanho, são


a Coca-Cola (3.000 empregados) e a Vitarella (1.626 empregados) em
Jaboatão dos Guararapes, e a MCC (1.500 empregados) no Cabo de Santo
Agostinho – as duas primeiras, do ramo Fabricação de Produtos Alimentícios
e a última, do ramo da Construção Civil. As pequenas e micro empresas
apresentam forte concentração nos ramos Fabricação de Produtos
Alimentícios e Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios, enquanto as
médias e grandes empresas da área estão distribuídas por todos os ramos
da atividade industrial.

No tocante à distribuição espacial dos diferentes ramos de indústria,


cabe destacar a concentração relativamente alta da Fabricação de Produtos
de Minerais Não- Metálicos no município de Paudalho, onde 24 dos 54
estabelecimentos industriais, ali, existentes são do gênero. Vale ressaltar
que, embora ocorra, nos municípios da AII, um grande número de pequenas
unidades produtivas do ramo Extração de Minerais Não-Metálicos,
envolvendo extração de pedra, areia e argila, nenhuma consta das
estatísticas da indústria do Estado, fato esse, provavelmente, decorrente do
caráter informal de tais unidades.

Produção Agrícola e Pecuária

Apesar da pequena participação do valor adicionado bruto da


agropecuária no PIB da AII, em 2008, o setor absorveu um contingente
significativo da força de trabalho das áreas urbanas e rurais da referida AII
em 2010 (AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, 2011). Dentre as características da
agropecuária, do segmento espacial em causa, sobressai a expressiva
predominância da produção vegetal sobre a produção animal, evidenciada
através dos dados de valor da produção e ratificada pela área dos
estabelecimentos agropecuários utilizados com essa atividade. Atestando a
vocação agrícola dos estabelecimentos agropecuários da AII, em 2006 as
lavouras ocupavam 62,1% da superfície dessas unidades produtivas,
enquanto as pastagens (naturais e plantadas) totalizavam apenas 11,9% da
citada superfície, sendo suplantadas pela área de matas e/ou florestas que

415
ocupavam 19,5% dos referidos estabelecimentos , conforme apresentado na
figura a seguir.

Figura 148 – Utilização da Terra nos estabelecimentos agropecuários da AII em 2006.


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No que se refere às lavouras, cabe destacar a forte predominância da


cana-de-açúcar na produção agrícola de todos os municípios da AII.
Entretanto, apesar do acentuado predomínio da lavoura canavieira, a
atividade agrícola da área tem como traços característicos a diversidade de
culturas e a participação significativa da produção agrícola municipal
naquela microrregião e, por vezes, na mesorregião nas quais os municípios
se inserem, conforme apresentado nas figuras a seguir.

Considerando-se como significativa a participação da produção


agrícola, do município que corresponda a 20% ou mais da produção
microrregional e a 10% ou mais da produção mesorregional, os dados
indicam a produção das seguintes culturas: banana (no Cabo de Santo
Agostinho e Moreno); coco-da-baía (cabo de santo Agostinho e Moreno);
limão (Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes e Paudalho);
manga (no Cabo de Santo Agostinho, em Jaboatão dos Guararapes e
Moreno); cana-de-açúcar e maracujá (em Moreno, Jaboatão dos Guararapes
e Cabo de Santo Agostinho); abacaxi (em São Lourenço da Mata e Moreno);
e mandioca (em Cabo de Santo Agostinho).

Quadro 68 – Quantidade (T-tonelada) Produzida dos Principais Produtos das Lavoura


Permanentes e Temporárias da AII - 2010.
Coco-
Abacaxi
Banana d a- Limão Manga Maracujá Can a-d e- Mandioca
Mu n ic íp ios ( m il
( T) Bahia ( T) ( T) ( T) Açucar (T) ( T)
fru t os)
( T)
Cabo de
Santo 1.500 500 50 90 60 - 150.000 320
Agostinho

416
Coco-
Abacaxi
Banana d a- Limão Manga Maracujá Can a-d e- Mandioca
Mu n ic íp ios ( m il
( T) Bahia ( T) ( T) ( T) Açucar (T) ( T)
fru t os)
( T)
Jaboatão dos
280 375 50 150 45 - 450.000 80
Guararapes

Moreno 1.000 1.000 36 150 60 180 500.000 160

Paudalho - 12 140 - - 150 350.000 40


São
Lourenço da 50 150 2 45 9 200 240.000 80
Mata
Total da AII 2.830 2.037 278 435 174 530 1.690.000 680
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Quadro 69 – Participação das Principais Culturas da AII na Produção Agrícola Microrregional e


Mesorregional (MR) - 2010.
Cab o d e J ab oat ão S ão
Participação d as Cult u ras ( %) S an t o d os Moreno Paudalho Lourenço
Ag ost in h o Gu ararapes d a Mat a
Na MR 100,0* 6,6 23,6* - 1,2
Banana
Na Mesor 25,3* 4,7 16,9* - 0,8

Na MR 60,6* 15,9 44,9* 0,1 6,7


Coco-da-
Bahia
Na Mesor 5,3 3,9 10,5* 0 1,6

Na MR 50,0* 17,4 12,5 44,9* 0,7


Limão
Na Mesor 10,5* 10,5* 7,5 4,1 0,4

Na MR 37,5* 33,3* 33,3* - 10


Manga
Na Mesor 12,3* 20,6* 20,6* - 6,2

Na MR 80,0* 23,2* 30,9* - 4,6


Maracujá
Na Mesor 11,6* 8,7 11,6* - 1,7

Na MR - - 36,0* 12,5 40,0*


Abacaxi
Na Mesor - - 16,4* 1,4 18,2*

Na MR 33,3* 32,3* 35,9* 5,3 17,2


Cana-de-
açúcar
Na Mesor 6,2 18,5* 20,6* 2,5 9,9

Mandioca Na MR 26,2* 0,9 1,7 0,5 0,9


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Cultura com participação significativa na produção agrícola micro e/ou mesorregional.

A atividade pecuária da AII tem como principais destaques, no ano


2010, a avicultura, com 85,0% do efetivo concentrados nos municípios de
Paudalho e Moreno, seguida da suinocultura (24.004 cabeças) concentrada
em Paudalho e São Lourenço da Mata que, juntos, detêm 79,6% do efetivo

417
suíno da área, e finalmente a bovinocultura (20.856 cabeças) com 54,8% do
efetivo localizados em Jaboatão dos Guararapes e Paudalho. Em menor
escala, porém com algum destaque, ocorre, na área, a criação de caprinos
(6.074 cabeças), com 54,3% do rebanho localizados nos municípios do Cabo
de Santo Agostinho e Moreno e a criação de ovinos (4.560 cabeças), com
75,4% do efetivo localizados em Paudalho e Jaboatão dos Guararapes,
conforme apresentado no quadro a seguir.

Se, além do total dos efetivos animais e da distribuição destes nos


municípios da AII, levássemos em consideração a participação de tais
efetivos naqueles da micro e da mesorregião, verificaríamos que, mesmo os
rebanhos numericamente pouco expressivos, torna-se significativa a
participação municipal dos efetivos animais nos referidos segmentos
espaciais.

Quadro 70 – Efetivos da Pecuária da AII por Tipo de Rebanho - 2010.


Asinino+
Mu n ic íp ios Bovin o Bu balino E q u in o S u ín o Cap rin o Ovin o Aves*
Mu ar
Cabo de
165.83
Santo 3.304 200 476 398 1.300 2.000 250
1
Agostinho
Jaboatão dos 168.51
6.812 339 387 256 2.900 1.069 1.688
Guararapes 5
700.00
Moreno 3.827 268 314 338 700 1.300 635
0
1.821.7
Paudalho 4.613 - 850 270 13.310 550 1.750
00
São
108.00
Lourenço da 2.300 4 965 375 5.794 1.155 237
0
Mata
2.964.0
Total da AII 20.856 811 2.992 1.637 24.004 6.074 4.560
46
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Inclui galináceos e codornas.

No tocante a esse aspecto, os dados do quadro a seguir indicam


como significativa a participação dos seguintes efetivos pecuários
municipais na produção micro e/ou mesorregional: Cabo de Santo
Agostinho, com participação significativa de todos os rebanhos de seu
efetivo animal; Jaboatão dos Guararapes e Moreno, com participação
significativa de seis rebanhos; São Lourenço da Mata, com participação
significativa de cinco de seus nove rebanhos; e Paudalho, com participação
significativa de, apenas, três rebanhos, nos efetivos micros e
mesorregionais.

Quadro 71 – Participação dos Efetivos da Pecuária da AII no Efetivo Microrregional e


Mesorregional (MR), por Tipo de Rebanho - 2010.
Cab o d e S ão
Participação d os E fet ivos J aboat ão d os
S an t o Moren o Pau d alh o L ou ren ç o
( %) Gu ararap es
Ag ost in h o d a Mat a
Bovino Na MR 60,7* 34,5* 19,4 5,4 11,6

418
Cab o d e S ão
Participação d os E fet ivos J aboat ão d os
S an t o Moren o Pau d alh o L ou ren ç o
( %) Gu ararap es
Ag ost in h o d a Mat a
Na
10,9* 22,5* 12,6* 2,1 7,6
Mesor.
Na MR 73,0* 45,5* 36,0* - 0,5
Bubalino Na
17,2* 29,2* 23,1* - 0,3
Mesor.
Na MR 41,4* 14,3 11,6 14,6 35,6*
Equino Na
11,3* 9,2 7,5 3,8 22,9*
Mesor.
Na MR 72,1* 6,4 31,2* 1,1 23,8*
Asinino Na
10,9* 2,5 12,0* 0,8 9,2
Mesor.
Na MR 71,6* 25,7* 27,0* 9,3 33,3*
Muar Na
19,0* 14,3* 15,0* 1,9 18,4*
Mesor.
Na MR 74,3* 20,3* 4,9 51,9* 40,6*
Suíno Na
5,8 13,0* 3,1 37,1* 25,9*
Mesor.
Na MR 92,9* 22,3* 27,2* 4,6 24,1*
Caprino Na
21,3* 11,4* 13,8* 1,9 12,3*
Mesor.
Na MR 54,0* 36,5* 13,7 18,1 5,1
Ovino Na
2,9 19,3* 7,2 6,9 2,7
Mesor.
Na MR 94,1* 6,3 29,3* 31,1* 4,3
Galináceos Na
5,1 5,5 26,1* 24,0* 3,7
Mesor.
Na MR 100,0* 2,4 - 29,7* -
Codornas Na
0,7 1,5 - 16,1* -
Mesor.
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Rebanho com participação significativa no efetivo animal micro e/ou mesorregional.

Igualmente significativa é a participação das produções de mel de


abelha e de leite do município de Jaboatão dos Guararapes, de ovos de
galinha e de leite de Paudalho, bem como a produção de ovos de galinha de
Moreno, figurando na produção animal, das respectivas, micros e
mesorregiões.

Estrutura Fundiária e Relações de Trabalho

Em 2006, a AII apresentava uma estrutura fundiária caracterizada


pela forte concentração da terra nos estabelecimentos de 500 hectares e
mais (com 0,3% do número e 58% da área total dos mesmos), e pela
acentuada fragmentação fundiária expressa nos elevados percentuais dos
estabelecimentos de menos de 04 hectares (com 59,9% do número e
ocupando 5,1% da superfície total com suas unidades), da área produtiva da
AII.

No tocante à distribuição dos grupos de área total por município, os


dados do quadro a seguir mostram que, em 2006, Moreno e Jaboatão dos

419
Guararapes apresentavam o menor grau de concentração fundiária da AII,
devido as menores áreas médias dos estabelecimentos agropecuários acima
de 500 ha, respectivamente 738 ha e 808 ha. Em contra partida, a maior
concentração da terra indicada pela área média dos estabelecimentos
agropecuários de 500 e mais hectares ocorriam nos municípios de Paudalho
e Cabo de Santo Agostinho, com áreas médias de, respectivamente,
3.850,50 ha e 1.298,00 ha na referida classe de área.

Os municípios com maior fragmentação fundiária, indicada pelas


menores áreas médias dos estabelecimentos na faixa de menos de 04 ha,
são Jaboatão dos Guararapes (0,86 ha) e Paudalho (0,89 ha).

Quadro 72 – Área Média dos Estabelecimentos Agropecuários da AII, por Grupos de Área
Total, segundo os Municípios - 2006.
10 a 100 a
Menos de 4 4 a m enos 500 ha e
Mu n ic íp ios m enos de m en os d e
ha de 10 ha m ais
100 ha 500 ha
Cabo de Santo Agostinho 1,03 6,45 16,05 294,92 1.298,00

Jaboatão dos Guararapes 0,86 6 29,53 229,43 808


Moreno 1,89 6,48 26,57 273,8 738
Paudalho 0,89 6,31 21,92 198,71 3.850,50

São Lourenço da Mata 1,45 6,57 17,49 192,91 827,5


Total da AII 1,22 6,36 22,31 237,95 1.504,40
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No que tange à condição do produtor com a terra, em 2006, a maior


parte dos responsáveis pela exploração dos estabelecimentos
agropecuários da AII eram proprietários (51,3%), ocupantes (24,3%) e
assentados sem titulação definitiva (16,4%), sendo os 8,0% restantes
constituídos por produtores sem área (4,2%), arrendatários (3,1%) e
parceiros (0,7%).

Conforme indicam os dados do quadro a seguir a participação dessas


categorias de produtores nos municípios da AII apresenta-se bastante
desigual, sobretudo no que se refere aos proprietários e ocupantes, com os
primeiros ora constituindo mais de 70% dos produtores em Paudalho
(73,0%), ora menos de 50% em Jaboatão dos Guararapes (36,0%), São
Lourenço da Mata (35,0%) e no Cabo de Santo Agostinho (40,0%). Os
ocupantes, por sua vez, têm participação significativa em Jaboatão dos
Guararapes (52,0%), e no Cabo de Santo Agostinho (40,0%) e em São
Lourenço da Mata (25,0%), contribuindo, para tanto, a forte presença da
categoria no território de Suape e no entorno das barragens localizadas
nesses municípios. Já o elevado percentual de assentados sem titulação
definitiva que ocorre em São Lourenço da Mata, está relacionado com a

420
maior concentração de projetos de assentamentos de reforma agrária no
município.

Quadro 73 – Estabelecimentos Agropecuários da AII, por Condição do Produtor, segundo os


Municípios - 2006.
Cab o d e S ão
J ab oat ão d os
Condiç ão d o p rod u t or S an t o Moreno Paudalho L ourenço da
Gu ararap es
Ag ost in h o Mat a
Proprietário 40 36 53 73 35
Ocupante 40 52 15 14 25
Assentado sem titulação 8 5 15 7 30

Produtor sem área 9 3 3 3 5


Arrendatário 1 2 12 1 3
Parceiro 2 2 2 2 2
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Finanças Municipais

Produto da relação entre a riqueza gerada no município e o


contingente populacional nele residente, a receita municipal condiciona a
despesa de cada unidade territorial e tem reflexo direto na qualidade de
vida dos habitantes. Analisando o quadro a seguir, com base nesse
pressuposto, verifica-se que o montante da receita dos municípios da AII,
com dados disponíveis para o ano 2010, varia em função do tamanho
populacional e do perfil setorial da economia dessas unidades territoriais. A
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) classifica como despesas municipais,
os dispêndios “decorrentes das atividades realizadas com” ações e serviços
públicos de saúde, das ações voltadas para a educação, do urbanismo
(infraestrutura urbana, serviços urbanos, transportes coletivos e outras
despesas), das ações relativas ao saneamento, visando o abastecimento de
água, a destinação dos esgotos domésticos e dos dejetos industriais e a
melhoria das condições sanitárias da população e das despesas decorrentes
das ações voltadas para as medidas de proteção ao meio ambiente.
(AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, 2011).

No tocante à repartição da despesa por setores da administração


pública dos municípios da AII, os percentuais mais altos referem-se às
despesas com saúde, que variam de 22,82% em Cabo de Santo Agostinho a
25,4% em Paudalho, e com educação cujos dispêndios variam de 24,7% em
Jaboatão dos Guararapes a 37,5% em Paudalho, diferindo bastante de um
setor para o outro em cada município e, no mesmo setor, entre os
municípios.

O terceiro setor em ordem decrescente de despesa da administração


pública municipal da área em causa é o de urbanismo cujos dispêndios, em

421
2010, variaram de 7,80% no Cabo de Santo Agostinho a 12,59% em
Jaboatão dos Guararapes. A este, segue o setor de saneamento com
percentuais que variaram de 0,06% em São Lourenço da Mata a 0,80% em
Jaboatão dos Guararapes, figurando sem despesa no setor o município de
Moreno.

Os baixos percentuais de despesas com saneamento, assim como a


inexistência de dispêndio de alguns municípios nesse setor no ano
considerado, provavelmente contribuem para as precárias condições da
infraestrutura sanitária, de todos os municípios da AII, ao mesmo tempo em
que propiciam a incidência de doenças relacionadas à contaminação da
água e à proliferação de roedores e outros transmissores nas áreas com
destinação inadequada dos resíduos sólidos.

Quadro 74 – Receita e Despesa Total dos Municípios da AII por Tipo de Despesa, segundo os
Municípios - 2010.
Rec eit a Despesa
Municipal t ot al
Mu n ic íp ios Saúde Educação Urbanismo Saneamento Outras
( m il ( m il
reais) reais)
Cabo de
Santo 365.190 373.552 22,82 24,91 7,8 0,25 44,22
Agostinho
Jaboatão dos
577.530 569.938 22,62 24,7 12,59 0,8 39,29
Guararapes
Moreno - 57.030 24,36 32,17 11,21 - 32,26

Paudalho 45.374 50.840 25,4 37,5 10,97 0,08 26,05


São Lourenço
- 74.611 23,13 35,43 15,07 0,06 26,31
da Mata
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

• INFRAESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PÚBLICOS NA


AII

Água

No tocante ao abastecimento hídrico da AII, os dados censitários para


o ano 2010 indicam que 77,9% dos domicílios particulares permanentes da
área são atendidos através da rede geral de distribuição de água,
configurando-se, portanto como um índice médio de atendimento
relativamente alto, sobretudo se comparado aos 10,38% de domicílios
atendidos através de outra forma de abastecimento, conforme apresentado
no quadro a seguir qual seja poço ou nascentes localizados fora da
propriedade, carro-pipa, água de chuva armazenada em cisterna, caixa ou
tanque, água de rio, açude etc.

Esse percentual, no entanto, somente é alcançado e ultrapassado em


quatro dos cinco municípios da área, atingindo 86,5% no Cabo de Santo
Agostinho, 82,6% em Moreno e 78,6% em Jaboatão dos Guararapes,

422
enquanto, nos demais municípios, os domicílios particulares permanentes
atendidos através da rede geral de distribuição não passam de 66,4% em
Paudalho, 75,4% em São Lourenço da Mata. Em face disso, estes dois
municípios situam-se entre os que apresentam percentuais mais altos de
domicílios abastecidos com água proveniente de outra forma de
suprimento.

Quadro 75 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Forma de Abastecimento de Água


- 2010.
Tot al*
Dom ic ílios Red e g eral d e Poç o ou n asc en t e
Mu n ic íp ios Ou t ra
Particulares d ist rib u iç ão n a p rop ried ad e
Permanentes
Cabo de Santo
53.402 86,5 8,1 5,4
Agostinho
Jaboatão dos
197.047 78,6 13,8 7,6
Guararapes
Moreno 16.453 82,6 8,7 8,7

Paudalho 14.176 66,4 14,9 18,7


São Lourenço da Mata 30.317 75,4 13,1 11,5
Total da AII 311.395 77,9 11,72 10,38

Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012). (*) Inclusive os
domicílios sem declaração da forma de abastecimento de água.

Esgoto

A exemplo do que ocorre na quase totalidade dos municípios


pernambucanos, o acesso dos domicílios particulares permanentes da AII à
rede geral de esgoto ou de água pluvial é inferior a 50% em todos os
municípios da área, apresentando percentuais extremamente baixos em
Paudalho (14,9%) agravados pelo fato de a rede de coleta de água pluvial
ser utilizada como coletora de esgoto (Quadro 76).

Modestos também são os percentuais de domicílios que utilizam fossa


séptica, variando de 20,8% no município de Jaboatão dos Guararapes a
7,8% em São Lourenço da Mata, sobretudo quando se tem em conta que
esse tipo de esgotamento sanitário tem sido a única alternativa adequada
acessível aos domicílios localizados na área rural. Como consequência dos
baixos percentuais de domicílios particulares permanentes que têm acesso
à rede geral de esgoto ou utilizam fossa séptica, os municípios da área em
causa apresentam altos percentuais de domicílios que utilizam outras
formas de esgotamento sanitário tais como fossa rústica, vala a céu aberto,
rio, lago etc., os quais variam de 45,6% em Moreno a 66,8% em Paudalho. A
elevada predominância de formas inadequadas de esgotamento sanitário
nos municípios da AII constitui uma das causas dos índices relativamente
altos de mortalidade infantil nesses municípios.

423
Quadro 76 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Existência de Banheiro ou
Sanitário e Tipo de Esgotamento Sanitário - 2010.
Com b an h eiro ou san it ário S em
banheiro
Tip o de esgotamento sanitário ( %)
Mu n ic íp ios Tot al * ou
Tot al * * R ede ge r a l sanitário
Fo s s a
de e s go to O utr o ( %)
s é ptica
o u pluv ia l
Cabo de Santo
53.402 52.362 32,1 19,8 48,1 1,9
Agostinho
Jaboatão dos
197.047 195.275 26,4 20,8 52,8 0,9
Guararapes
Moreno 16.453 15.924 40,8 13,6 45,6 3,2
Paudalho 14.176 13.688 14,9 18,3 66,8 3,4
São Lourenço da Mata 30.317 29.793 31,8 7,8 60,4 1,7

Total da AII 311.395 307.042 29,2 16,06 54,74 2,22


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Inclusive os domicílios sem declaração da existência de banheiro ou sanitário.
(**) Inclusive os domicílios sem declaração do tipo de esgotamento sanitário.

Resíduos Sólidos

Em 2003 foi publicado pela Fundação de Desenvolvimento Municipal


(FIDEM) o documento Metrópole Estratégica- Estratégia de Desenvolvimento
da Região Metropolitana do Recife (RMR) – 2003/2015 – Versão Técnica,
contendo nele o prognóstico a futuro dos principais aspectos
socioeconômicos e de planejamento dos municípios da RMR. Como parte do
escopo, o documento abordou a situação de resíduos sólidos na RMR
fornecendo um panorama geral da situação que se tinha na época do
diagnostico, a qual era totalmente desalentadora, pois as aproximadamente
4.076 toneladas de resíduos sólidos gerados na época nos municípios
integrantes do Grande Recife eram dispostas em lixões a céu aberto, ou nos
aterros controlados (assim chamados pelo documento da FIDEM) da
Muribeca e de Aguazinha, que recebiam os resíduos de Recife, Jaboatão e
Olinda, sem os critérios mínimos de proteção ambiental que requer um local
de destinação final. Estes lixões e o gerenciamento inadequado de Resíduos
Sólidos já tinham sido apontados em 1997 como um dos focos principais de
poluição dos rios Capibaribe, Beberibe, Jaboatão e Ipojuca. Somado a isso,
estes vazadouros a céu aberto acumulavam um passivo ambiental enorme,
representado por mais de 3.000 catadores incluindo crianças, que
garimpavam produtos recicláveis no lixo descoberto.

Embora os documentos iniciais de planejamento da RMR em relação a


Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) datem da década do 70, na época do
diagnóstico do METRÓPOLE ESTRATÉGICA a preocupação com a poluição
que a disposição inadequada de resíduos poderia gerar no meio ambiente
apenas começava-se a insinuar timidamente.

424
As normas ambientais começaram a ser mais rigorosas e a pressão
dos órgãos de controle e da mesma sociedade sobre os governos municipais
começou a aumentar, sem ser isto suficiente para induzir qualquer tipo de
resposta ou ação por parte do poder público. Diante da condição letárgica
do poder público licenciou e implantou dois aterros sanitários de grande
porte — um no sul e outro no norte — da RMR, abrindo um caminho de mão
única para uma nova condição sanitária neste segmento do saneamento
básico da RMR. Com efeito, desde o segundo semestre de 2007 quando
entraram em operação os aterros sanitários privados, Central de
Tratamento de Resíduos (CTR) Candeias em Jaboatão dos Guararapes, e
Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Pernambuco no município de
Igarassu, os municípios da RMR vem caminhando para um processo de
enquadramento na legislação ambiental vigente, transportando os seus
resíduos coletados até estes dois pontos licenciados, com o consequente
encerramento da disposição final em lixão e/ou nos polêmicos aterros
controlados.

Atualmente, dos municípios que integram a AII do empreendimento


tão só São Lourenço da Mata e Paudalho despejam os seus resíduos sólidos
em condição de lixão, o restante de municípios encaminha os seus resíduos,
ora para a CTR Candeias em Jaboatão dos Guararapes, ora para a CTR
Pernambuco em Igarassu. Dentro da AII do empreendimento tão só o antigo
lixão de Moreno localizado por trás da Mata do Engenho Moreninho se
encontra inserido.

A destinação final adequada de resíduos, embora muito importante, é


apenas o começo de uma gestão adequada de RSU na RMR. Solucionado
este primeiro degrau o desafio é ainda maior, pois a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, instituída através da lei 12.305 de 2010 exige que para os
aterros sanitários seja encaminhado unicamente a parcela inservível
denominada como rejeito. Isto está longe de acontecer atualmente, não só
no na RMR, mas no estado de Pernambuco e no Brasil como um todo.

Em termos de indicadores de coleta nos municípios da AII, verifica-se


que em 2010, 90,45% das unidades residenciais da área eram atendidas por
este serviço. Destas, 86,46% tinha a coleta realizada diretamente por
serviços de limpeza, forma essa de coleta que atendia mais de 90% dos
domicílios em três dos cinco municípios da área. Abaixo desse percentual
situava-se apenas o Município de Paudalho com 61,1% dos domicílios
atendidos através dessa modalidade de coleta, enquanto 38,9%, através da
deposição do lixo em caçamba, tanque ou depósito fora do domicílio para
depois ser coletada por serviço de limpeza de empresa pública ou privada
conforme apresentado no quadro a seguir.

425
Quadro 77 – Domicílios Particulares Permanentes da AII por Destino do Lixo - 2010.
Colet ad o
Tot al d e Em
Dom ic ílios caçamba
Mu n ic íp ios Diretamente Ou t ro
Particulares de
Tot al p or serviç o
Permanentes serviç o
d e lim p eza
de
lim p eza
Cabo de Santo Agostinho 53.402 49.282 94,9 5,1 7,7

Jaboatão dos Guararapes 197.047 185.290 92 8 6


Moreno 16.453 12.901 92,3 7,7 21,6
Paudalho 14.176 9.168 61,1 38,9 35,3

São Lourenço da Mata 30.317 25.016 92 8 17,5


Total da AII 311.395 281.657 86,46 13,54 17,62
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Inclusive os domicílios sem declaração do destino do lixo.

Energia

Quanto ao serviço de energia elétrica disponível nos municípios da


AII, os dados mostram que mais de 99% dos domicílios recebem serviço de
energia elétrica, como mostra a figura abaixo.

Figura 149 – Distribuição do serviço de energia elétrica nos municípios da AII

Quanto à distribuição da energia elétrica nas zonas rurais e urbanas


de cada município, os dados mostram que, nas zonas urbanas, Jaboatão dos
Guararapes apresenta 292 domicílios sem energia, seguido de Paudalho,
que conta com 93. Considerando as zonas rurais, São Lourenço da Mata e
Paudalho são os municípios que mais apresentam domicílios sem energia,
contando com 51 e 40, respectivamente (Quadro 78).

Quadro 78 – Distribuição de energia elétrica para as Zonas Rural e Urbana, dos municípios da
AII.

426
Nº d e d om ic ílios c om en erg ia elét ric a
Mu n ic íp io Zon a
Possu i Não p ossu i
Rural 4548 26
Cabo de Santo Agostinho
Urbana 48772 56
Rural 3994 29
Jaboatão dos Guararapes
Urbana 192372 292
Rural 1726 6
Moreno
Urbana 14685 36
Rural 4036 40
Paudalho
Urbana 10007 93
Rural 1693 51
São Lourenço da Mata
Urbana 28511 62

• EDUCAÇÃO NA AII

Os dados relativos à educação básica da AII mostram que em 2009, a


mesma contava com 1.333 unidades de ensino, sendo 40% de Educação
Infantil, 43% de Ensino Fundamental e 7% de Ensino Médio e com 10.607
docentes para uma matrícula de 226.473 alunos, conforme apresentado no
quadro a seguir.

O número total de escolas de cada município, em geral, guarda


relação com a população municipal em idade escolar e varia de acordo com
o contingente populacional nas faixas etárias correspondentes a cada nível
de ensino.

Quadro 79 – Indicadores Educacionais da Área de Influência Indireta do Arco Rodoviário da


RMR, segundo os Municípios – 2009 e 2010.
Cab o d e J ab oat ão S ão
Tot al d a
Mu n ic íp ios S an t o d os Moren o Paudalh o L ouren ç o
AI I
Ag ostinho Gu ararapes d a Mat a
Número de Escolas 262 705 130 88 148 1.333
Educ. Infantil (%) 42 30,6 44,6 42,1 41,2 40,1

Ens. Fund. (%) 50 50,2 49,2 15,1 52,7 43,44


Ens. Médio (%) 8 10,2 6,2 6,8 6,1 7,46
Número de
1.945 6.166 748 633 1.115 10.607
Docentes
Educ. Infantil (%) 10,3 11,3 15 12,3 14,2 12,62
Ens. Fund. (%) 64,2 66,4 62,3 67,6 63,1 64,72

Ens. Médio (%) 25,5 22,3 22,7 20,1 22,7 22,66


Matrículas 48.527 125.644 14.507 14.021 23.774 226.473
Educ. Infantil (%) 8,2 10,6 15,8 11,4 11,7 11,54

Ens. Fund. (%) 68,2 69,5 66,1 69,9 68,9 68,52


Ens. Médio (%) 23,6 19,9 18,1 18,7 19,4 19,94

427
Cab o d e J ab oat ão S ão
Tot al d a
Mu n ic íp ios S an t o d os Moren o Paudalh o L ouren ç o
AI I
Ag ostinho Gu ararapes d a Mat a
Pessoas de 15
anos ou Mais de
86,99 90,88 83,17 78,82 84,04 84,78
Idade
Alfabetizadas (%)
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Já o número de docentes por nível de ensino tem relação direta com a


matrícula em cada nível, apresentando-se mais elevados no Ensino
Fundamental, que concentra 64,72% dos docentes e 68,52% da matrícula
total da AII, relação essa que se mantém com pequena variação nos
municípios integrantes da área.

Outro indicador do acesso aos serviços educacionais na AII, em 2010,


é a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais, considerada pela
Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura
(UNESCO) um importante indicador da possibilidade de desenvolvimento
sustentável de uma nação, por expressar a acessibilidade de toda
população à educação básica iniciada com a alfabetização. As taxas mais
altas desse indicador, na AII, estão nos municípios de Jaboatão dos
Guararapes (90,88%) e Cabo de Santo Agostinho (86,99%) e a mais baixa
em Paudalho (78,82%).

Diversa, no entanto, apresenta-se a relação entre o número de alunos


matriculados e o número de escolas de cada nível de ensino, relação essa
que pode ser tomada como indicadora do índice de utilização dos serviços
educacionais da área, expresso através da média de matrícula por escola
dos níveis considerados conforme apresentado no quadro abaixo. De acordo
com o quadro a seguir, os índices mais altos de utilização dos serviços
educacionais na AII ocorrem no Ensino Médio onde a matrícula por escola é
de 433,94 alunos contra 215,2 no Ensino Fundamental. Em termos de
municípios, essa relação apresenta valores mais altos no Cabo de Santo
Agostinho (544,8) e em São Lourenço da Mata (512,1) para o Ensino Médio,
e no Cabo de Santo Agostinho (252,8) e em Jaboatão dos Guararapes
(246,4) para o Ensino Fundamental.

Quadro 80 – Índice de Utilização dos Serviços Educacionais e Índice de Desenvolvimento da


Educação Básica (IDEB) na AII, – 2009.
I DE B - E n sin o
Méd ia d e Mat ríc u la p or E sc ola
Fu n d am en t al
Mu n ic íp ios
Educ. E n sin o E n sin o An os
Tot al An os in ic iais
I n fantil Fu n d . Méd io fin ais
Cabo de Santo Agostinho 185,2 36,1 252,8 544,8 3,7 3,1
Jaboatão dos Guararapes 178,2 47,9 246,4 348 3,8 3,1

Moreno 111,6 39,4 148,9 329 3,6 2,7


Paudalho 159,3 43,2 217,9 435,8 3,2 2,8

428
I DE B - E n sin o
Méd ia d e Mat ríc u la p or E sc ola
Fu n d am en t al
Mu n ic íp ios
Educ. E n sin o E n sin o An os
Tot al An os in ic iais
I n fantil Fu n d . Méd io fin ais
São Lourenço da Mata 160,6 45,8 210 512,1 3,6 2,8
Média da AII 158,98 42,48 215,2 433,94 - -
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Um dos indicadores utilizados pelo Ministério da Educação (MEC) para


avaliar a qualidade da Educação no Brasil é o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB), criado em 2007 para avaliar a qualidade de cada
escola e de cada rede de ensino. Os valores do IDEB variam de 01 a 10 e o
MEC tem como objetivo alcançar, até 2022, o IDEB 06 correspondente à
qualidade do ensino em países desenvolvidos (MEC/INEP, 2010). No tocante
à área em questão, os valores do IDEB do Ensino Fundamental variam de
3,2 a 3,8 nos anos iniciais e de 2,7 a 3,1 nos anos finais. Os índices mais
altos, embora ainda muito baixos, estão nos municípios de Jaboatão dos
Guararapes (3,8 e 3,1) e Cabo de Santo Agostinho (3,7 e 3,1)
respectivamente para os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.

Com relação ao ensino superior, a AII conta com sete instituições do


gênero, sendo quatro em Jaboatão dos Guararapes (todas privadas), e uma
no Cabo de Santo Agostinho (municipal), conforme o quadro abaixo. Nessas
instituições atuam 206 docentes – 174 em Jaboatão dos Guararapes e 32
em Cabo de Santo Agostinho.

Quadro 81 – Instituições de Ensino Superior da AII, por Dependência Administrativa, segundo


os Municípios – 2008.
I n st it u iç ões d e E n sin o
Nú m ero d e
Mu n ic íp ios Comunidade
Tot al Municipal Privad a Doc en t es
Filantrópic a
Cabo de Santo
1 1 - - 32
Agostinho
Jaboatão dos
4 - 4 - 174
Guararapes
Total da AII 5 1 4 - 206
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

• SAÚDE PÚBLICA NA AII

A infraestrutura da saúde da AII contava, em 2010, com 433


estabelecimentos do gênero e 1.392 leitos hospitalares, entre esses
existiam 0,92 leitos SUS/mil habitantes, conforme o quadro abaixo. Os
estabelecimentos de saúde eram: 19 hospitais, 5 postos de saúde, 56
clínicas e laboratórios especializados, e mais 353 unidades de apoio à saúde
tais como centros de saúde, secretarias de saúde, unidades básicas de
saúde, policlínicas, unidades móveis pré-hospitalares, entre outras. No total
de estabelecimentos de saúde destacam-se os municípios de Jaboatão dos
Guararapes e Cabo de Santo Agostinho (os mais populosos da área). No

429
item leitos hospitalares por mil habitantes, Paudalho, Cabo de Santo
Agostinho e Moreno apresentam coeficientes superiores à média da AII.

Quadro 82 – Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares da Área de Influência Indireta


do Arco Rodoviário da RMR, por Tipo, segundo os Municípios – 2010.
E st ab elec im en t os d e S aú d e L eitos Hosp it alares
Mu n ic íp ios Post o
Clínica/Amb . L eitos SUS/
Tot al Hospital de Ou tros Tot al
E sp ec ial. m il h ab .
S aúd e
Cabo de Santo
104 7 2 23 72 402 1,45
Agostinho
Jaboatão dos
241 7 - 26 208 615 0,65
Guararapes
Moreno 28 1 1 4 22 62 1,09

Paudalho 24 1 - 1 22 114 2,18


São Lourenço da
36 3 2 2 29 199 0,89
Mata
Total da AII 433 19 5 56 353 1.392 1,252
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Os dados relativos aos recursos humanos da saúde, na AII, estão


apresentados no quadro a seguir e referem-se ao ano 2007.

Quadro 83 – Recursos Humanos da Saúde na Área de Influência Indireta do Arco Rodoviário


da RMR, por categoria, segundo os Municípios – 2007.
Cab o d e S ão
J aboatão dos Tot al
Rec u rsos Hu m an os S an t o Moreno Paudalho L ouren ç o
Gu ararap es d a AI I
Agostinho d a Mat a
Total 328 966 105 78 79 1.556
Atende
261 762 103 78 69 1.273
Médico SUS
Profis.SUS/
mil 1,5 1,1 1,9 1,7 0,7 1,38*
habitantes
Total 56 182 22 13 24 297
Atende
Cirurgião 51 170 21 13 22 277
SUS
Dentista
Profis.SUS
/mil 0,3 0,3 0,4 0,3 0,2 0,3*
habitantes
Total 105 197 24 19 29 374
Atende
Enfermeir 103 179 24 19 29 354
SUS
o
Profis.
SUS/mil 0,6 0,3 0,5 0,4 0,3 0,42*
habitantes
Total 228 663 63 24 77 1.055
Técnico ou Atende
Auxiliar de 212 601 63 24 75 975
SUS
Enfermage Profis.
m
SUS/mil 1,3 0,9 1,2 0,5 0,8 0,94*
habitantes
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

De acordo com o exposto acima, em 2007, a área contava com um


total de 3.282 profissionais de diferentes categorias e níveis de formação,
dos quais 2.879 (87,7%) vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

430
Quanto ao coeficiente de profissionais da saúde por habitante, a AII possuía,
no ano de referência, 1,38 médicos/mil habitantes, 0,3 dentistas/mil
habitante, 0,42 enfermeiros/mil habitantes e 0,94 técnicos ou auxiliar de
enfermagem/mil habitantes. Em termos de município, os coeficientes mais
elevados de médicos ocorrem em Moreno e Paudalho; de dentistas, em
Moreno; de enfermeiros, no Cabo de Santo Agostinho; e de técnicos e
auxiliares de enfermagem, no Cabo de Santo Agostinho e em Moreno no
quadro abaixo.

A esses dados acrescem-se os relativos aos Programas Saúde da


Família e Agente Comunitário de Saúde, criado pelo Ministério da Saúde
como estratégias para o aprimoramento e consolidação do SUS, e que no
ano 2010 totalizavam, na AII, 167 equipes e 1.042 agentes no primeiro
Programa, e 21 equipes e 329 agentes no segundo, conforme apresentado
no quadro a seguir. Quanto à frequência das duas variáveis por município,
no ano de referência, as mais altas ocorrem em Jaboatão dos Guararapes e
Cabo de Santo Agostinho no Programa Saúde da Família e em Jaboatão dos
Guararapes no Programa Agente Comunitário de Saúde.

Quadro 84 – Equipes e Agentes de Saúde da AII, por Tipo de Programa, segundo os


Municípios – 2010.
Programa Agente Comunitário d e
Programa S aúd e d a Fam ília
Mu n ic íp ios S aú d e
E q u ip es* Ag en t es E q u ip es* Ag en t es
Cabo de Santo Agostinho 37 223 2 14
Jaboatão dos Guararapes 79 517 18 295

Moreno 12 78 1 20
Paudalho 17 117 - -
São Lourenço da Mata 22 107 - -

Total da AII 167 1.042 21 329


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) As equipes são compostas por um médico da família, enfermeiro, auxiliar de enfermagem
e agentes comunitários de saúde.

A infraestrutura de saúde da AII conta também com as Unidades de


Pronto Atendimento (UPA) localizadas nos municípios de Jaboatão dos
Guararapes (04), Cabo de Santo Agostinho (01), São Lourenço da Mata (01)
que funcionam integradas aos hospitais metropolitanos localizados nos
municípios de Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Recife.

Indicadores de Saúde

Os indicadores de saúde utilizados no presente estudo são o número de


óbitos por causa natural ocorridos nos anos 2003 e 2010 e o coeficiente de
mortalidade para algumas doenças, relativo ao ano 2009. Quanto ao total
de óbitos ocorridos na AII, nos anos 2003 e 2009, motivados por causa

431
natural, os dados indicam ter havido um aumento de 4,8% no período. A
variação, no entanto, difere nos municípios integrantes da área, tendo
apresentado taxas positivas nos municípios de Cabo de Santo Agostinho
(13,1%), Jaboatão dos Guararapes (11,4%) e São Lourenço da Mata (6,0%),
ao passo que Paudalho registrou taxa negativa do fenômeno, com uma
redução de -22,9%.

O segundo indicador considerado no estudo – o coeficiente de


mortalidade para algumas doenças selecionadas – é elaborado pela
Secretaria Estadual de Saúde com base nas informações fornecidas pelos
municípios de cada Gerência Regional de Saúde (Geres) e reunidas no
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), criado pelo Ministério da
Saúde, em 1975. Com exceção de Paudalho, que integra a II Gere
(Limoeiro), os demais municípios da AII integram a I Geres (Recife) que
abriga toda a Região Metropolitana do Recife mais a ilha de Fernando de
Noronha (PERNAMBUCO, 2010).

Quadro 85 – Coeficiente de Mortalidade para Algumas Doenças Selecionadas na AII, segundo


os Municípios – 2010.

Coefic ien t e d e Mort alid ad e ( p or 1 0 0 0 0 0 h ab it an t es)


Infarto agudo do

Ne o pla s ia s
A cide nte s de
Mu n ic íp ios
v a s cula r e s

m a ligna s *

A gr e s s õ e s
m io cá r dio

D ia be te s
cé r e br o -
D o e nça s

m e llitus

tr a ns ito
Da mama

D o colo do

A IDS
úte r o

Cabo de Santo
9,9 16 5,7 67,6 57,7 46 16,3 83,9
Agostinho
Jaboatão dos 25,
9,7 11,9 6,9 56,9 44,2 11,6 54,5
Guararapes 6
53,
Moreno 5,4 3,5 - 61,1 70,1 23,4 39,5
9
23,
Paudalho - 4,1 4,1 63,1 61 16,8 46,3
2
São Lourenço da
1 15,6 5,8 61 43 26 17 28
Mata
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).
(*) Por 100 000 mulheres.

No tocante ao indicador em causa, os dados do quadro acima revelam


que os mais altos coeficientes de mortalidade na AII, no ano 2009, estão
relacionados a infarto agudo do miocárdio, doenças cerebrovasculares, a
agressões, e a diabetes mellitus – a primeira e a segunda enfermidade com
coeficientes acima de 50 por 100.000 habitantes, na maior parte dos
municípios da área, seguidas por agressões, em dois dos cinco municípios e
diabetes mellitus com coeficiente acima de 50 por 100.000 habitantes
apenas em Moreno. Com coeficientes entre 20 e 50 por 100.000 habitantes

432
na maior parte dos municípios figuram a diabetes e as agressões e, entre 10
e 20 por 1000.000 habitantes, os acidentes de trânsito e as neoplasias
malignas da mama (por 100.000 mulheres).

Além das enfermidades indicadas no quadro acima são causa de


letalidade, na área, as doenças relacionadas à água, a exemplo de: afecções
diarreicas agudas com incidência elevada na infância, sobretudo nas áreas
com precárias condições de saneamento, onde tais doenças constituem
também causa importante de desnutrição e de retardo do crescimento;
leptospirose cujas formas graves podem levar à morte e cuja ocorrência
está relacionada a precárias condições de infraestrutura sanitária e alta
infestação de roedores; filariose linfática (conhecida como elefantíase), com
incidência mais alta no município de Jaboatão dos Guararapes, mas também
presente em Moreno e no Cabo de Santo Agostinho; e, finalmente, dengue
que continua a apresentar alta incidência em todos os municípios da RMR.

8.4.3. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA AID

• CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA NA AID

A demografia populacional dentro da AID foi estimada conforme


solicitado pelo Termo de Referência da CPRH. Para isto, utilizamos de
diversas fontes de informação como: a contagem de imóveis, através das
ortofotos recentes fornecidas pelo empreendedor; a contagem in loco;
dados do IBGE; e resultados da pesquisa amostral.

O número de imóveis na AID foi estimado através da observação de


imagens de satélite e outros materiais cartográficos, como as Cartas
Topográficas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
(SUDENE) na Escala de 1:25.000, os Mapas Municipais Estatísticos do IBGE,
arquivos de extensão shapefile dos Setores Censitários do IBGE e a base de
mapeamento do empreendimento (traçado previsto para o Arco viário).

A população existente na AID de cada comunidade foi estimada,


multiplicando-se o número de imóveis identificados pela “média de
moradores por domicílios particulares permanentes” dos setores censitários
em que cada comunidade se insere, tomando-se como referência
informações do Censo Demográfico de 2010. Adotaram-se as médias de
moradores, por domicílios dos setores censitários, por se tratar da menor
unidade territorial utilizada para fins de contagem da população pelo IBGE.
A metodologia utilizada apresenta algumas limitações, as principais são o
fato de não conseguir diferenciar o número de imóveis em blocos
geminados do número de famílias em um mesmo imóvel nos casos de
coabitação.

433
Assim, o número de habitantes e de domicílios da AID de cada
comunidade são, em geral, valores estimados/aproximados. Apenas
algumas comunidades apresentaram valores mais exatos, por exemplo,
Engenho Sucupema e, Engenho Caraúna: nestas comunidades obteve-se o
número exato de domicílios ocupados e do número de habitantes através de
questionários aplicados em cada uma delas. São comunidades pequenas e o
número de imóveis e moradores foram facilmente identificados pelos
entrevistados.

Os resultados são apresentados no quadro a seguir onde foram


inseridas as comunidades de engenho, os assentamentos, os espaços de
movimento social e os núcleos populacionais, por se apresentarem como
recortes espaciais onde predomina o domicílio permanente, não se
incluindo, nesse caso, as Usinas, a fábrica da Schincariol, o Engenho
Morenos, as Fazendas e Granjas.

Quadro 86 – Estimativa do quantitativo de população residente na AID do empreendimento.


Mé dia
Do micílios Ha bita nte s Do m icílio s Ha bita nte s
A ID Município ha b./dom. no
na A ID na A ID na A DA na A DA
Se to r
Jaboatão
Eng.
dos 3,75 9 41 0 0
Sucupema
Guararapes
Eng.
Moreno 3,23 42 70 0 0
Caraúna
Eng.
Moreninho e
moradores Moreno 3,53 36 127 0 0
usina
Auxiliadora
São
Eng. Araújo Lourenço da 3,4 17 58 0 0
Mata
São
Eng. Covas Lourenço da 3,12 20 62 3 9
Mata
Jaboatão
Eng.
dos 3,75 25 94 0 0
Camarço
Guararapes
Eng.
Moreno 3,87 91 352 7 27
Canzanza
Gameleira /
Moreno 3,83 71 270 20 77
Matogrosso
Eng.
Moreno 3,53 48 170 2 7
Serraria
São
Eng. Colégio Lourenço da 3,12 41 128 8 25
Mata
São
Engenho
Lourenço da 3,29 24 79 0 0
Coepe
Mata
Vila de
São
Nossa
Lourenço da 3,4 1323 4.509 5 17
Senhora da
Mata
Luz
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Em síntese, na AID do empreendimento, existiam em torno de 2.000


domicílios, habitados por aproximadamente 7.000 pessoas, o que

434
representa uma densidade populacional média de 72,44 habitantes/km².
Entretanto, vale salientar que 1.323 (66%) dos domicílios da AID estão
concentrados no aglomerado populacional que é contornado pelo Arco ao
longo do percurso, notadamente a comunidade Nossa Senhora da Luz em
São Lourenço da Mata. Desconsiderando este aglomerado, a densidade
populacional da AID cairia para um valor em torno de 69 habitantes/km²,
valor este que representa com maior realismo as condições demográficas
das áreas rurais cortadas pelo Arco.

• CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES AFETADAS NA AID

A Área de Influência Direta (AID) do empreendimento compreendida


em uma faixa de um (01) km em torno do futuro eixo viário insere-se em
uma ambiência eminentemente rural, onde o contato rural – urbano apenas
se insinua timidamente nos extremos do Arco Rodoviário e no cruzamento
das principais Rodovias.

Nessa ambiência, as características, o histórico de ocupação e os


problemas existentes em todas as dimensões, estão mais associados às
características da zona da mata de Pernambuco, que às da Região
Metropolitana do Recife ao qual pertence a maior parte das terras. A
compreensão destas características peculiares pode ser subsidiada pela
consulta de diagnósticos aprofundados já realizados em zonas rurais, a
exemplo do Realizado pelo Programa de Apoio para o Desenvolvimento
Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (PROMATA), que realizou um
diagnóstico socioeconômico de 43 municípios da Mata norte e sul, cujas
características pouco diferem dos municípios da AII do empreendimento,
principalmente no concernente aos aspectos históricos e culturais que
levaram a desenhar o arranjo fundiário e social deste território.

No referido diagnóstico menciona-se que existe grande concentração


da posse da terra na Zona da Mata, em particular nos municípios
especializados no cultivo da cana-de-açúcar, o que constitui traço peculiar
dessa região. Nos locais onde se situam unidades industriais que
transformam a cana em açúcar, álcool, melaço e torta, o tamanho médio da
unidade de produção agropecuária excede os 200 ha, enquanto nos
municípios onde predominam fornecedores de cana ou existe uma produção
mais diversificada, o tamanho médio da unidade de produção desce para
menos de 50 ha. Progressivamente, as grandes propriedades têm sido
desapropriadas ou oferecidas em troca de dívidas, especialmente de
natureza fiscal e trabalhista. Como resultado desse processo, têm se
ampliado os assentamentos de reforma agrária em Pernambuco, 70% dos
quais se situam na Zona da Mata.

435
A Zona da Mata de Pernambuco, sobretudo a localidade definida
como AID, possui um passado com problemas estruturais nas dimensões
econômica, social, ambiental, política e cultural, conforme resumido pela
Cooperativa de Profissionais Liberais Âncora 7, que resume este cenário
pelas seguintes características, vistas em Âncora (2014):

 Estrutura fundiária distorcida, composta por latifúndios, exploração


da cana-de-açúcar e mão-de-obra familiar, e minifúndios limitados em
produção e mão-de obra;
 Defasagem tecnológica do setor sucroalcooleiro (agrícola e industrial)
em relação aos seus competidores do centro-sul do país;
 Elevado índice de inadimplência do setor sucroalcooleiro (débitos
bancários, tributários e previdenciários);

 Meio natural degradado, marcado por raros vestígios dos


ecossistemas, erosão de solos, águas poluídas e ameaçados pelo
assoreamento;

 Altos índices de desemprego (estrutural e sazonal) e subemprego,


principalmente nas periferias dos municípios da Região Metropolitana
do Recife;

 Déficit em infraestrutura e serviços urbanos, o que contribui para


baixos índices de qualidade de vida da população e a existência da
maior concentração de bolsões de pobreza do estado;

 Baixo índice de educação formal e de participação política;


 Uma cultura baseada na crença de que a cana-de-açúcar é a única
vocação agrícola da região, compartilhada por trabalhadores,
fornecedores de cana, empresários, políticos e grande parte dos
técnicos e instituições públicas.

Esse histórico de exploração secular, marcado por concentração na


propriedade da terra, tensões sociais, vocações e políticas públicas
moldaram o complexo de arranjo fundiário e social encontrado na AID, onde
coadunam uma série de atores sociais que dividem o uso da terra,
distribuídos em comunidades classificadas em:

 Comunidade de Engenho (Aglomerado de casas de funcionários


dos Engenhos e Usinas da região);

 Assentamento (Assentamentos do INCRA na região);

7
Âncora (www.ancora.org.br) é uma cooperativa de profissionais liberais e entidades sem
fins lucrativos com o objetivo de apoiar iniciativas de desenvolvimento sustentável, atuante
na região Nordeste.

436
 Núcleos Populacionais (Vilas e Povoados);

 Particular (Granjas, condomínios e outros imóveis particulares);

 Movimentos Sociais (Ocupações de “sem-teto” e do Movimento


dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

No quadro abaixo são apresentadas as comunidades existentes na


AID nomeadas conforme o ator social que as originou.

Quadro 87 – Relação das Comunidades existentes na AID.


Mu n ic íp io At or soc ial Classific aç ão

Jaboatão dos Comunidade de


Eng. Sucupema
Guararapes Engenho
Comunidade de
Moreno Eng. Caraúna
Engenho
Eng. Moreninho / casas da Usina Comunidade de
Moreno
Auxiliadora Engenho
Comunidade de
São Lourenço da Mata Eng. Araújo
Engenho
Comunidade de
São Lourenço da Mata Eng. Covas
Engenho
Jaboatão dos
Eng. Camarço Assentamento
Guararapes

Moreno Eng. Canzanza Assentamento

Moreno Gameleira / Matogrosso Assentamento

Moreno Eng. Serraria Assentamento

São Lourenço da Mata Eng. Colégio Assentamento

São Lourenço da Mata Engenho Coepe Assentamento

São Lourenço da Mata Vila de Nossa Senhora da Luz Núcleos Populacionais

Moreno Granja Santa Verônica - JK Particular

Moreno Granja Santo Antônio - Recanto do Rei Particular

Moreno Granja Santa Alice - Fazenda Carrapicho Particular


Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A cana-de-açúcar é uma atividade que tem um forte significado para


o estado de Pernanbuco, pois o cultivo da cana remete ao período colonial
brasileiro (século XVI) quando foram introduzidas as primeiras técnicas da
atividade pré- industrial nos engenhos.

O cultivo da cana-de-açúcar praticado segundo padrões produtivos


empresariais é a forma de uso do solo predominante em trechos
relativamente extensos da AID, a cana produzida nessas áreas é cultivada
em médias e grandes propriedades.

437
O cultivo da cana-de-açúcar é feito com irrigação na fundação do
canavial, correção do solo, plantio em curva de nível, emprego em larga
escala de adubação química, herbicida e defensivos agrícolas, colheita
mecanizada e mão de obra contratada, recrutada nos povoados, vilarejos,
núcleos urbanos e assentamentos rurais. A produtividade média da lavoura
canavieira varia de 70 a 100 t/ha. Alguns engenhos da área destinam parte
das terras ao cultivo de pasto com vistas à criação de bovinos.

O Engenho Sucupema, que está situado em Jaboatão dos Guararapes,


nas coordenadas UTM/SAD-69 9.094.942N e 272.842E, é fornecedor de
cana-de- açúcar para a Usina Bom Jesus. Conta com um número aproximado
de 20 funcionários fixos que residem nas casas situadas próximo à sede do
Engenho. No período da moagem da cana o número de trabalhadores
triplica, sendo a maioria moradora dos Engenhos Salgadinho, Barbalho,
Pedra Lavada e nos Assentamentos do Engenho São Salvador, Camarço e
Canzanza, que fazem um deslocamento por conta própria (de bicicleta ou
de moto). Existem nove casas pertencentes ao Engenho onde moram 41
pessoas, sendo, pelo menos, a metade constituída de crianças, que
estudam na Escola Municipal Rural Paulo Freire, no Assentamento Engenho
Camarço, da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental e em
escolas na cidade de Jaboatão dos Guararapes, cujo transporte escolar é
feito em ônibus alugado pela Prefeitura. Algumas unidades habitacionais até
apresentam boas condições quanto aos seus padrões construtivos, em
grande maioria são de alvenaria, porém o estado de conservação de alguns
imóveis necessita de manutenção. O principal problema apontado é a falta
de pavimentação, o que dificulta o deslocamento dos moradores no inverno.
As residências dispõem de energia elétrica, mas o abastecimento de água é
feito através de poço artesiano raso. O sistema de esgotamento sanitário é
feito por meio de fossa, e a maioria das casas dispõem de banheiro interno.
Atendimento médico, feira e demais serviços são encontrados na cidade de
Jaboatão dos Guararapes.

O Engenho Caraúna localizado nas coordenadas UTM/SAD-69


9.096.776N e 267.386E, no município de Moreno, possui 46 imóveis, sendo
42 residências, uma Escola Municipal, uma Casa Grande e dois bares que
além da comercialização de bebidas vendem alguns produtos alimentícios.
Existem aproximadamente 70 pessoas. Sua estrutura produtiva concentra-
se no fornecimento de cana-de-açúcar para as usinas Liberdade, Bom Jesus
e União Indústria. Além do plantio de macaxeira, milho, inhame, feijão, caju
e banana. A energia elétrica é fornecida pela Companhia Energética de
Pernambuco (CELPE). O acesso à água é realizado por meio de
abastecimento simplificado, a partir de 06 poços, perfurado pelo Engenho,
que bombeia direto para as residências. O sistema de esgoto encontrado
neste engenho refere-se à presença de 44 (quarenta e quatro) banheiros

438
com fossas simples. Quanto ao destino do lixo, as famílias jogam no quintal
e queimam. A comunicação ocorre por meio de telefonia móvel/celular do
tipo rural, não há orelhões e nem telefonia convencional. As pessoas
buscam atendimento médico na cidade de Moreno. Está sendo construído
um espaço, dentro do Engenho Caraúna, destinado ao funcionamento de
um posto de saúde. A Escola do Engenho Caraúna atende às crianças que
ali residem da Educação Infantil ao 5° ano do Ensino Fundamental. A partir
do 6° ano do Ensino Fundamental, as crianças estudam em Moreno. Dentre
os problemas enfrentados os moradores destacam o acesso, principalmente
na época de chuvas e o transporte insuficiente. Segundo a informação do
administrador do Engenho Caraúna o Sr. Geraldo o único órgão atuante
neste engenho é o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de
Moreno. Em 2011, a Mata de Caraúna foi considerada uma Reserva Ecologia
categorizada para Refúgio da Vida Silvestre (RVS), com aproximadamente
80 hectares.

Nas terras da Usina Auxiliadora há dois aglomerados de casas


ocupadas por seus funcionários, um conhecido como Engenho Moreninho
(localizado nas coordenada UTM 9.103.346N e 264.934E) e outro nas
proximidades da própria Usina (coordenadas UTM 9.104.134N e 264.418E).
Nos dois aglomerados de casas há 36 habitações ocupadas, com,
aproximadamente, 127 pessoas. As casas são de alvenaria e, em geral,
possuem banheiro interno. A energia elétrica é regular, a telefonia usada é
móvel/celular e a água é obtida por meio de cacimba, a qual recebe um
tratamento simples com uso de cloro. Há uma Igreja Assembleia de Deus no
Aglomerado de casas da Usina e uma escola que atende, até o 5º ano do
Ensino Fundamental, às crianças dos dois aglomerados, cujo deslocamento
é feito a pé. A partir do 6º ano as crianças vão estudar na Cidade de
Moreno, com deslocamento a partir de ônibus de linha. Atendimento
médico, feira, e outros serviços os moradores destes aglomerados buscam
na cidade de Moreno.

O Engenho Araújo, localizado nas coordenadas UTM/SAD-69


9.107.935N e 263.613E, no município de São Lourenço da Mata, é
fornecedor de cana-de-açúcar para a Usina Bulhões. Possui um galpão e 25
(vinte e cinco) residências, sendo 17 (dezessete) ocupadas e 08 (oito)
residências abandonadas, são todas de alvenaria conhecidas por parede de
meia, porém o estado de conservação pode ser considerado precário.
Existem aproximadamente 58 pessoas morando no Engenho. Ainda na área
do Engenho encontra-se 01 (uma) Igreja Evangélica e 01 (uma) mercearia.
Não existe infraestrutura educacional, as crianças utilizam a escola do
Engenho Poço Dantas, deslocando-se a pé, e de Matriz da Luz, fazendo o
deslocamento por meio de ônibus da prefeitura de São Lourenço da Mata. A
energia elétrica é fornecida pela CELPE. A comunicação ocorre por meio de

439
telefonia móvel/celular e via radio amador, não há orelhões e nem telefonia
convencional. O abastecimento d’água é realizado por 05 (cinco) cacimbas.
O sistema de esgoto encontrado no engenho refere-se à presença de 25
(vinte e cinco) banheiros com fossas simples, sendo que oitos residências
abandonadas estão com os banheiros e fossas em precariedade. Quanto ao
destino do lixo, as famílias jogam no quintal e queimam. A precariedade de
acesso dificulta o deslocamento das pessoas, na época de chuva agrava o
problema. O meio de transporte mais utilizado pela população é a moto táxi,
e ônibus particular que circular entre os engenhos e os municípios de
Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão.

O Engenho Covas, localizado nas coordenadas UTM/SAD-69


9.108.058N e 264.985E, no município de São Lourenço da Mata, fornece
cana-de-açúcar para a Usina Bulhões, e esta encontra-se arrendada a Usina
Petribú. Na área do engenho há apenas 01 Igreja Católica abandonada. Não
existe nenhuma escola neste engenho, as crianças utilizam as escolas da
Vila de Bonanza, distrito de Moreno, e da Vila de Nossa Senhora da Luz,
distrito de São Lourenço da Mata, fazendo o deslocamento mediante ônibus
alugado pela prefeitura de São Lourenço da Mata. A energia elétrica é
fornecida pela CELPE. A comunicação ocorre por meio de telefonia
móvel/celular via radio amador, não há orelhões e nem telefonia
convencional. O abastecimento d’água é realizado por 03 (três) cacimbas. O
sistema de esgoto encontrado no engenho refere-se à presença de 04
(quatro) banheiros com fossas simples, sendo que algumas residências não
têm banheiros nem fossa e o esgoto corre a céu aberto. Quanto ao destino
do lixo, as famílias jogam no quintal e queimam. A precariedade de acesso
dificulta o deslocamento das pessoas, na época de chuva o problema é
agravado. O meio de transporte mais utilizado pela população é carro
particular, ônibus particular locado pelo engenho.

O Engenho Camarço, localizado nas coordenadas UTM/SAD-69


9.094.668N e 273.622E, no município de Jaboatão dos Guararapes, se
constitui num assentamento do INCRA, com aproximadamente de 50
parcelas, distribuídas de forma que algumas estão dentro da Área de
Influência Direta do Arco Rodoviário e outras se estendem para o leste, na
Área de Influência Indireta. Alguns parceleiros tem trabalho fixo no Engenho
Sucupema, ou nele trabalham na época da moagem. Praticamente todos
desenvolvem uma policultura com o cultivo de lavoura branca (macaxeira,
inhame, milho verde), feijão, coco, banana, laranja, limão e outras frutas,
utilizadas para consumo próprio e como uma complementação de renda. A
maioria das casas é de alvenaria e tem banheiro interno, sendo encontradas
poucas casas sem banheiro. O abastecimento de água é feito por meio de
cacimba, que não recebe tratamento. O fornecimento de energia elétrica é
bom e quase nunca há cortes. O serviço de telefonia utilizado é o

440
móvel/celular. Os moradores recebem atendimento médico num posto de
saúde localizado na comunidade de Macujé e nos hospitais da cidade de
Jaboatão. Há uma escola em Camarço, a Escola Municipal Rural Paulo Freire,
que atende as crianças do próprio engenho, além de crianças de outras
comunidades. Há um ônibus locado pela prefeitura de Jaboatão que faz o
transporte das crianças da escola para as diversas comunidades atendidas.
A Escola Paulo Freire funciona com turmas da Educação Infantil ao 5º ano do
Ensino Fundamental nos turnos da manhã e tarde, funcionando uma turma
de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno. A partir do 6º ano
do Ensino Fundamental, as crianças vão estudar em escolas localizadas nas
áreas urbanas de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho. A
dificuldade de acesso é apontada como principal problema da comunidade,
em função da falta de pavimentação das vias que se apresentam
intransitáveis na época das chuvas.

O Engenho Canzanza, localizado nas coordenadas UTM/SAD-69


9.094.800N e 270.570E, no município de Moreno, possui uma área de 570
ha (quinhentos e setenta hectares) e pertenceu a família Souza Leão antes
de ser transformado em Assentamento da Reforma Agrária, Decreto Federal
de 10 de fevereiro de 1998, pelo INCRA com 66 parcelas de 07 (sete) a 09
(nove) hectares. Hoje, além dos 66 imóveis existem nas parcelas, mais 25
imóveis que foram construídos na área comunitária, totalizando 91
residências populares de construção simples e algumas em condições
precárias. Existem aproximadamente 352 pessoas. Na área do
assentamento encontram-se a Casa Grande em ruínas, 03 (três) Igrejas,
sendo 02 (duas) Evangélicas e 01 (uma) Católica e 02 (duas) Associações,
sendo 01 (uma) de moradores e outra de produtores familiares do Engenho
Canzanza. A Escola Municipal do Engenho Canzanza atende as crianças de
Canzanza e do Eng. São Salvador, da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino
Fundamental, nos períodos da manhã e tarde. A noite funciona, nessa
escola, uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre o 6º e o 9º
ano do Ensino Fundamental as crianças do Engenho Canzanza estudam na
Escola Manuel Francisco dos Santos, no Engenho Jardim, e no Ensino Médio
vão estudar na cidade de Moreno. A população residente no Assentamento
do Engenho Canzanza encontra atendimento médico na cidade de Moreno.

O acesso ao Engenho Canzanza é por meio de estradas de barro e o


transporte mais utilizado é o moto táxi, apesar de existir uma linha de
ônibus particular que circula entre os engenhos e a cidade de Moreno todos
os dias, porém no período de chuvas o tráfego fica comprometido. Alguns
moradores trabalham na construção civil, devido à relativa proximidade
com o complexo industrial portuário de SUAPE. Porém, a base econômica
deste Assentamento é o sistema cana-policultura, onde é feito o plantio de
cana-de-açúcar que é vendida à Usina Bom Jesus – paralelo a uma

441
policultura, com destaque para macaxeira, inhame, feijão, banana e outras
fruteiras. A energia elétrica é fornecida pela CELPE e o serviço é bastante
regular. O acesso à água é realizado por meio de abastecimento
simplificado, a partir de poço, perfurado pelo INCRA, que bombeia pra um
reservatório de 50.000 litros e este distribui para as residências. O sistema
de esgoto encontrado no assentamento refere-se à presença de 81 (oitenta
e um) banheiros com fossas, isto significa que 10 (dez) residências não
possuem banheiros. Quanto ao destino do lixo, as famílias jogam no quintal
e queimam. A comunicação ocorre por meio de telefonia móvel/celular, não
há orelhões e nem telefonia convencional. Dentre os problemas
enfrentados, os associados destacam: o acesso, principalmente na época de
chuvas, o transporte e a precariedade das residências. Como conquista
enfatiza a aquisição de um trator com implementos agrícolas, a partir da
priorização do Conselho de Desenvolvimento Rural do Moreno com
investimentos do Programa do Estado Pró-Rural.

A área dos Engenhos Gameleira e Mato Grosso foram desmembrados


do antigo Engenho Floresta e tornou-se assentamento da Reforma Agrária
em 2001, pelo INCRA com 71 parcelas de 6,5 ha (seis e meio hectares),
localizado nas coordenadas UTM/SAD-69 9.097.938N e 266.882E, no
município de Moreno. A principal atividade produtiva desenvolvida é o
plantio de cana-de-açúcar e uma policultura (macaxeira, inhame, feijão,
banana, coco, milho verde, batata doce e frutas). O assentamento possui 01
(uma) Escola Municipal, 02 (duas) Igrejas Evangélicas e 01 (uma)
Associação de Pequenos Produtores Rurais do Engenho Mato Grosso.
Existem aproximadamente 270 pessoas. A energia elétrica é fornecida pela
CELPE. A comunicação ocorre por meio de telefonia móvel/celular, não há
orelhões e nem telefonia convencional. O abastecimento d’água é realizado
a partir de poço perfurado pelo INCRA, em que cada parceleiro é
responsável pela manutenção da operação do sistema. O sistema de esgoto
encontrado no assentamento refere-se a presença de 67 (sessenta e sete)
banheiros com fossas e 04 (quatro) imóveis deposita o esgoto a céu aberto.
Quanto ao destino do lixo, as famílias jogam no quintal e queimam. A
precariedade de acesso dificulta o deslocamento das pessoas, na época de
chuva o problema se agrava. O meio de transporte mais utilizado pela
população é a moto táxi, apesar de existir ônibus particular que circular
entre os engenhos e a cidade de Moreno. As residências dos assentados são
de construção popular, simples, a maioria em bom estado de conservação,
mas algumas se encontram em condições precárias. Os parceleiros
enfatizam que o principal problema é o difícil acesso ao Assentamento.
Como conquistas destacam a construção das casas e o acesso ao crédito
para produção. Os moradores da área dos Engenhos Gameleira e Mato
Grosso recebem atendimento médico na cidade de Moreno. As crianças
estudam na Escola Municipal do Engenho Gameleira, da educação infantil

442
ao 7º ano do Ensino Fundamental, porém atualmente esta escola está
passando por uma reforma que não tem prazo para terminar e os alunos
foram transferidos para escolas na cidade de Moreno. Nas séries mais
avançadas do Ensino Fundamental e Médio, são as escolas de Moreno que
atendem a essa população.

O Assentamento Jader de Andrade, ou Engenho Serraria, está


localizado às margens da rodovia BR-232, no município de Moreno, nas
coordenadas UTM/SAD-69 9.103.504N e 261.718E. Tornou-se assentamento
do INCRA no ano 2000, com 48 parcelas destinadas a ex-funcionários da
antiga Usina Bulhões, com a maioria dos moradores atuais mantendo laços
de parentesco. Os parceleiros têm uma produção de cana, que é vendida
para a Usina Auxiliadora, e uma policultura com destaque para a lavoura
branca, e para as fruteiras, produtos que são vendidos diretamente nas
feiras de Moreno e Bonança (distrito de Moreno). Além da agricultura é
encontrada uma pecuária modesta, com o criatório de gado bovino e
caprino de corte. As atividades agropecuárias se constituem a principal
fonte de renda no Engenho Serraria. Há uma associação no assentamento,
com nome de Associação Jader de Andrade. Existe ainda uma Igreja,
Assembleia de Deus, e uma escola, a Escola Municipal Serraria-BR, que está
em reforma e os alunos estão tendo aula no prédio onde funciona a
associação dos moradores. Nesta escola são ministradas aulas da Educação
Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental. A partir do 6º ano do Ensino
Fundamental as crianças vão estudar na cidade de Moreno, fazendo o
percurso de ônibus de linha. Há um agente de saúde que visita os
moradores, mas o atendimento médico é realizado na cidade de Moreno.
Em Moreno também fazem feira e buscam outros serviços. A energia
elétrica é fornecida regularmente e a água é obtida por meio de cacimba,
na qual, em alguns casos, é utilizado cloro para tratamento. As casas mais
antigas não tem banheiro, porém aquelas que foram construídas após a
criação do assentamento tem banheiro interno individual, algo que,
inclusive, é uma determinação do INCRA.

Assentamento Engenho Coepe, localizado nas coordenadas UTM/SAD-


69 9.117.189N e 267.876E, no município de São Lourenço da Mata, o
Assentamento tem sua origem no ano de 1998, quando 24 famílias
receberam uma parcela financiada pelo Programa Célula da Terra, do Banco
do Nordeste, quando da venda do Engenho Coepe, antigo fornecedor de
cana para a Usina Tiúma, que já não existe mais. As casas são de alvenaria
e possuem banheiro interno, com o esgotamento sanitário realizado por
meio de fossa. A energia elétrica é fornecida regularmente e os moradores
utilizam, apenas, o serviço de telefonia móvel/celular. Não há serviço de
correios na comunidade. Contam ainda com uma Igreja evangélica e uma
escola, a Escola Municipal do Engenho Coepe, que atende as crianças da

443
Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental. A partir do 6º ano as
crianças vão estudar em São Lourenço da Mata. Os moradores recebem
atendimento médico em Tiúma ou na área urbana de São Lourenço. O
abastecimento de água da comunidade é feito por meio de cacimba. Há
uma cacimba em especial que é a principal fonte de abastecimento para
todos os moradores nas 24 parcelas do Engenho Coepe e de outros
moradores dos arredores. Esta cacimba, localizada nas coordenadas
UTM/SAD-69 9.117.169N e 268.206E, segundo moradores, está a poucos
metros da marcação realizada no terreno para a instalação do
empreendimento, o que faz os moradores se preocuparem com a
inutilização da sua principal fonte de abastecimento de água. Há uma
estrada conhecida como “Estrada do Engenho Coepe”. Segundo relato de
moradores, essa estrada de terra, que liga a BR-408 ao município de Chã de
Alegria é utilizada pelos por moradores do Engenho Coepe e de uma série
de comunidades a exemplo do Engenho Carvão, Engenho Poço, Engenho
Velho, Engenho Novo, Engenho Califórnia, Engenho Santo Antônio, Lage,
Concórdia, dentre outras. É preciso pensar em manter a comunicação dessa
Estrada com a BR-408, haja vista que ela será cortada pelo
empreendimento do Arco Rodoviário Metropolitano.

A Vila de Nossa Senhora da Luz forma uma área contígua com o


Assentamento Engenho Colégio, por isso as duas comunidades devem ser
discutidas em conjunto. Vila de Nossa Senhora da Luz (Matriz da Luz) e
Assentamento Engenho Colégio A Vila de Nossa Senhora da Luz, também
conhecida por Matriz da Luz, está localizada nas coordenadas UTM/SAD-69
9.110.570N e 268.650E. Constitui-se na sede do distrito de Nossa Senhora
da Luz, o segundo distrito existente no município de São Lourenço da Mata
(além dele só há o distrito sede). Em 2010, o Distrito de Nossa Senhora da
Luz somava 9.124 habitantes, e residiam na Vila (sede do Distrito) 4.540
habitantes, apresentando, portanto, taxa de urbanização de 49,7%, tendo
crescido à taxa de 1,6% ao ano no período 2000-2010, motivando a
expansão do aglomerado urbano que passou a ocupar não só a área mais
elevada do terreno onde está assentado, mas avançando, sobretudo, para
oeste em virtude da declividade menos acentuada do relevo nessa direção.
O empreendimento do Arco Rodoviário irá tangenciar algumas de suas ruas,
por isso acredita-se que haverá um maior crescimento da Vila nessa direção
oeste. O crescimento da Vila de Nossa Senhora da Luz na direção Oeste
ocasionou um processo de “união” de suas residências com as parcelas
existentes no Assentamento Engenho Colégio. A maioria dos parceleiros
deste assentamento mora em casas situadas nessa periferia oeste de Nossa
Senhora da Luz. O empreendimento do Arco Rodoviário irá “separar” uma
parte dessas residências, ficando casas dos dois lados da via, sendo
necessário pensar em uma passagem através da quais pedestres e veículos
possam atravessar o Arco Rodoviário. Fortemente dependente da economia

444
rural, Nossa Senhora da Luz tem como principais alternativas de ocupação
da população o trabalho na lavoura canavieira, na construção civil e na
agricultura familiar, seguidas do emprego no comércio em geral e no
trabalho doméstico.

Embora seja sede distrital, Nossa Senhora da Luz possui um comércio


de pequeno porte constituído por 02 (dois) mercadinhos, 02 (duas) padarias,
algumas mercearias, 02 (dois) armazéns de material de construção, 03
(três) farmácias, 05 (cinco) bares fixos e 03 (três) que funcionam apenas em
final de semana bem como uma “feira livre” realizada às sextas-feiras. Em
termos de infraestrutura de serviços, a Vila possui 03 (três) escolas públicas
(duas de Ensino Fundamental e uma de Ensino Médio) e 03 (três)
particulares (todas de Ensino Fundamental), 01 (um) posto de saúde, 01
(um) posto dos correios, 01(um) posto policial e 01 (um) clube de lazer. O
serviço de transporte coletivo para as cidades vizinhas é prestado por meio
de coletivos (integrados ao Grande Recife Consórcio de Transporte) bem
como por transporte alternativo (Kombi) e, para a área rural, por meio de
“moto táxi”. O posto de saúde existente na Vila é responsável por
procedimentos e atendimentos simples, sendo os casos mais graves /
complexos atendidos na sede municipal. As Escolas particulares são
pequenas e atendem basicamente as crianças que moram na localidade,
porém entre nas Escolas públicas estudam crianças e adolescentes de
outras comunidades, não só da Vila. A Escola Municipal Tiradentes, onde
também funciona um anexo da Escola Estadual Professor Agamenon
Magalhães (ESPAM), merece destaque, pois atende a mais de 1.000 alunos,
no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e no Ensino Médio, nos três turnos.
Nesta escola estudam crianças e adolescentes de uma série de
comunidades no entorno da Vila de Nossa Senhora da Luz, como Lages,
Barros, Santa Rosa, Cavaco, Engenho Colégio, Engenho Velho, Engenho do
Sítio, Camaçari, Pixaó, Engenho Araújo, Engenho Covas e Engenho Poço
D’antas, o que mostra a necessidade de haver pontos/locais em que os
ônibus escolares (e os veículos em geral) possam transpor/atravessar o Arco
Rodoviário em direção às estradas de terra que ligam essas comunidades
rurais à Vila de Nossa Senhora da Luz. A Vila não tem saneamento. Cerca de
60% das ruas são calçadas e a coleta do lixo é feita três vezes por semana,
atendendo quase todas as ruas. Depois de coletado, o lixo é levado para o
lixão municipal localizado em Chã da Tábua. A água que abastece Nossa
Senhora da Luz vem da Barragem Queira Deus localizada a pouco mais de
dois quilômetros da vila, mas o fornecimento hídrico ocorre uma vez a cada
oito dias, fato esse atribuído pelos moradores ao crescimento da população
e ao grande número de ligações clandestinas que, nos últimos quatro anos,
têm contribuído para tornar o abastecimento cada vez mais precário. Além
da falta de água, a comunidade aponta como problemas a falta de
saneamento básico e o crescimento do consumo de drogas.

445
• ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DENTRO DA AID

Existem nas comunidades encontradas na AID do empreendimento


estruturas sociais diferenciadas e complementares, e estas, variam com a
situação vivenciada. Em todos os Projetos de Assentamento e nas maiores
aglomerações populacionais existem, além de associação de produtores
rurais e as associações de moradores. A finalidade dessas organizações
encontra-se na representatividade da população perante o governo para
reivindicar as políticas públicas, além de ser uma instância de controle
social.

Nas áreas de Engenhos e Usinas a liderança é determinada pelo


empresário por meio de administradores e a relação dos mesmos com a
comunidade local residente dentro dos engenhos e usinas é determinada
pela hierarquia de respeito existente entre empregado/trabalhador e
empregador/patrão. O que existe nessas áreas são instituições evangélicas
e/ou católicas que atuam como organizações sociais de cunho
assistencialistas. Também, atuam os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais
dos Municípios que tem o papel de representar e defender os direitos do
trabalhador e trabalhadora rural.

Deve-se considerar que as áreas rurais estudadas possuem


características de Zona da Mata, devido à forte presença dos canaviais em
sua economia. Nessa perspectiva a estrutura social ainda é muito frágil já
que a relação de dependência, com os engenhos no fornecimento de mão
de obra e com as usinas no fornecimento da matéria prima (cana-de-
açúcar), faz com que as comunidades não tenham autonomia financeira e
nem social, acarretando muitas vezes fragilidades nas organizações sociais.

Associações

Através do questionário aplicado em cada comunidade foram


identificadas as associações e/ou grupos organizados que atuam nas
comunidades da AID. Estas associações estão sintetizadas no quadro
abaixo.

Quadro 88 – Relação de Associações de Atuação na AID do Empreendimento.


Nº Associação/Represen t an t e d a c om u n id ad e L oc alid ad e

Engenho Camaço - Jaboatão dos


1 Associação do Engenho Camarço
Guararapes/PE
2 Associação Usina Engenho Moreninho Engenho Moreninho – Moreno/PE

Associação do Assentamento Engenho


3 Engenho Canzanza – Moreno/PE
Canzanza
Associação dos pequenos produtores rurais
4 Engenho Canzanza – Moreno/PE
do Assentamento Canzanza

446
Nº Associação/Represen t an t e d a c om u n id ad e L oc alid ad e

Associação dos Agricultores do Assentamento Engenho Coepe – São Lourenço da


5
do Coepe Mata/PE
Associação dos Pequenos Produtores Rurais Assentamento Mato Grosso –
6
do Engenho Mato Grosso Moreno/PE
Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Jader de Andrade –
7
Assentamento Jader Andrade Moreno/PE
Fonte: Adaptado de Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Programas – Órgãos Governamentais

Existem Programas e Instituições Governamentais que atuam nas


áreas do empreendimento, tais como:

a) PRORURAL – Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor


Rural de Pernambuco: atua no fomento a empreendimentos produtivos
associativos, projetos de infraestrutura básica e no fortalecimento da base
institucional (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Fóruns
territoriais), com objetivo de minimizar a pobreza e melhorar a qualidade de
vida da população rural. O Programa é vinculado a Secretaria Executiva de
Tecnologia Rural e Programas Especiais da Secretaria de Agricultura e
Reforma Agrária (SARA). Algumas ações realizadas: construção de poço,
melhoria habitacional e mecanização agrícola motorizada (Assentamento
Canzanza); melhoria habitacional (Assentamento Mato Grosso); melhoria
habitacional e pequena barragem (Assentamento Jader de
Andrade/Serraria); mecanização agrícola motorizada (Assentamento
Pitanga);

b) IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco: presta assistência


técnica e extensão rural (ATER) atua em vários programas, tais como: terra
pronta, distribuição de sementes, PAA. Instituição vinculada a Secretaria de
Agricultura e Reforma Agrária (SARA). As ações são realizadas,
especialmente, nos assentamentos do estado/ITERPE;

c) ITERPE – Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco:


atua na regularização, fundiária, aquisição e redistribuição de terras,
investimentos produtivos e de infraestrutura nos assentamentos públicos
estaduais, isto é crédito fundiário/financiamento para a compra de terras
estaduais. Órgão vinculado a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária.
Dentre os assentamentos pesquisados encontram-se o Assentamento
Engenho São Salvador/Fronteiras e o Assentamento Engenho Coepe como
áreas fundiárias financiadas pelo ITERPE, todos os outros estão vinculados
ao INCRA;

d) INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária:


promove a reforma agrária e acesso a infraestrutura básica, isto é

447
desapropriação de terras para fins de reforma agrária, a doação de terras.
Autarquia do Governo Federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA);

e) PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura


Familiar: apoio financeiro as atividades agropecuárias e não agropecuárias
exercidas mediante ao trabalho da família produtora rural. O PRONAF é
executado pelos Bancos do Brasil ou do Nordeste;

f) PAA – Programa de Aquisição de Alimentos: incentiva a agricultura


familiar por meio de ações vinculadas a compra de produtos agropecuários
para a distribuição a pessoas em insegurança alimentar e a formação de
estoque. Executado pelo IPA e CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento);

g) PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar (Lei nº


11.947/2009): prevê que no mínimo 30% da merenda escolar sejam
oriundas da agricultura familiar. Tem o objetivo de garantir que os alunos
tenham alimentação saudável e adequada, respeitando os hábitos locais e
as tradições culturais, ao mesmo em que contribui significativamente com o
desenvolvimento sustentável da agricultura familiar através da aquisição de
seus produtos, fazendo com que sejam geradas novas oportunidades de
emprego e renda no município, fortalecendo a economia local. Executado
pelas Secretarias Estadual e Municipal de Educação com apoio do IPA e em
alguns casos com apoio de ONG Agendha/Nutre Nordeste, que presta
serviços de ATER junto a Associações e Cooperativas visando à
comercialização e gêneros alimentícios para a alimentação escolar.

Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural

Os Conselhos Municipais são estruturas sociais organizadas de acordo


com os setores de atuação, distribuídos nas áreas de saúde, educação,
assistência social, criança e adolescente, meio ambiente, e turismo, entre
outros, onde se encontra o de desenvolvimento rural. Essas instâncias são
uma forma de descentralização da implantação e governança das políticas
públicas.

Nessa perspectiva os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural


– CMDR, dos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos
Guararapes, Moreno, São Lourenço da Mata, Paudalho (áreas de influência
do arco rodoviário) podem ser uma das estruturas sociais de comunicação
de ações estratégicas da implantação do empreendimento, pois, é um
espaço de articulação, mobilização e mecanismo institucional de controle
social para a implantação de programas e políticas públicas para o meio
rural.

448
Os Conselhos são instâncias de participação social formadas por
representantes do poder público e da sociedade civil organizada, compostos
pelo: poder executivo local, poder legislativo, igreja, sindicato dos
trabalhadores rurais, ONGs, instituição pública estadual (IPA-Instituto
Agronômico de Pernambuco) e associações comunitárias e cooperativas,
além da participação de bancos e outras instituições que possuem ações na
área rural.

Funciona em forma de assembleia reunindo-se uma vez por mês, em


que a direção é composta por: coordenador, vice-coordenador, secretário,
tesoureiro e conselho fiscal. Tendo atuação sustentada nos seguintes
objetivos:

I- Formular uma política agrícola que atenda as demandas da


Agricultura Familiar;

II- Atuar como instrumento autônomo de articulação e mobilização


social, buscando exercer a prática da participação e da integração com
outros atores, entidades e órgãos com foco no desenvolvimento rural local
sustentável;

III- Atuar como mecanismo institucional de controle social das


políticas públicas, programas e projetos implantados no município;

IV- Atuar como mecanismo institucional na execução de políticas


públicas, programas e projetos;

V- Identificar problemas, escolher as prioridades e propor medidas


que venham solucionar com vistas ao desenvolvimento econômico e social
da população da cidade;

VI- Participar da discussão, elaboração e gestão do plano de


desenvolvimento municipal;

VII- Promover a integração dos órgãos federais, estaduais e


municipais que atuam no setor agropecuário para buscar recursos para
novos investimentos e/ou continuidades a projetos e programas que
incrementem o desenvolvimento social e econômico no meio rural;

VIII- Fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros destinados pelos


órgãos federais, estaduais e municipais as atividades do setor agropecuário;

IX- Estimular todas as formas de organização dos pequenos


agricultores e apoiar programas específicos de grupos definidos, tais como:
mulheres, adolescentes e crianças;

449
X- Estimular o debate da sociedade sobre temas de interesse do
município, buscando efetiva participação;

XI- Articular com órgãos governamentais, não governamentais,


associações de trabalhadores rurais ou produtores, cooperativas, sindicatos
dos trabalhadores rurais, representantes do comércio do município,
instituições financeiras para desenvolver ação conjunta, contribuindo para o
desenvolvimento integrado e sustentável do município;

XII- Promover articulações e compatibilizações entre as políticas


municipais, estaduais e federais voltadas para o desenvolvimento rural.

A partir desse contexto, de instância de representatividade local e


atuação, pode-se identificar que as organizações de algumas comunidades,
que são da área de interferência direta, estão participando dos CMDR e isso
reflete como uma das formas de comunicação, a ser utilizada pelo
empreendimento, para informar e esclarecer as ações que serão realizadas
antes e durante a sua implantação.

• INFRAESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PÚBLICOS NA


AID

A falta de serviços como esgotamento sanitário, drenagem, coleta de


lixo e pavimentação das ruas, associada à prestação deficiente de outros
serviços como iluminação pública, abastecimento d’água e telefonia,
conferem à AID do empreendimento, precárias condições de habitabilidade.
Algumas unidades habitacionais até apresentam boas condições, quanto
aos seus padrões construtivos, quando comparadas às habitabilidades
irregulares da RMR, apresentando um bom número de construção destas
em alvenaria.

Em contraposição, a incipiente infraestrutura instalada compromete


sobremaneira a qualidade de vida da população. A ausência de
infraestrutura das localidades, decorrente principalmente de um sistema
viário deficiente, caracterizado de modo geral, pela carência de
ordenamento do seu traçado e pela falta de continuidade das vias, aliada
em grande maioria à falta de pavimento das vias locais, dificulta e, muitas
vezes, inviabiliza a prestação de outros serviços essenciais, a exemplo da
segurança pública, da coleta dos resíduos sólidos, dos serviços de
transporte público, entre outros.

Água

Há décadas atrás o abastecimento de água era irregular, na qual as


mulheres e crianças precisavam andar longas distâncias em busca de uma

450
fonte d´água para atender as necessidades básicas das famílias. Os
investimentos atuais facilitaram em parte a vida de muitas famílias, porém
ainda é grande a carência neste setor.

A forma de abastecimento de água mais comum na AID do


empreendimento é por meio de cacimba conforme apresentado na figura a
seguir, principalmente nas comunidades de engenho, nos assentamentos e
nos acampamentos vinculados a movimentos sociais. Em alguns casos não
se faz tratamento algum dessa água para o consumo, porém é comum se
utilizar água sanitária, cloro ou soluções químicas disponibilizadas por
agentes municipais de saúde.

Figura 150 – Cacimba do Engenho COEPE: Importante fonte de abastecimento de água para
várias comunidades do entorno.
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

Há uma cacimba que é a principal fonte de abastecimento para todos


os moradores do Engenho Coepe, em São Lourenço da Mata, que beneficia
outras comunidades do entorno. Esta cacimba fica localizada nas
coordenadas UTM/SAD-69 9.117.169N e 268.206E, e segundo moradores,
está a poucos metros da marcação realizada no terreno para a instalação do
empreendimento, o que faz os moradores se preocuparem com a
inutilização da sua principal fonte de abastecimento de água.

Nos aglomerados populacionais de maior expressão há poços


artesianos que abastecem caixas d’água, as quais são utilizadas para
distribuir a água para a população. Nesses casos, a Companhia
Pernambucana de Saneamento (COMPESA) é responsável pelo
abastecimento.

Esgoto

É predominante na AID do empreendimento casas com banheiro


interno individual, porém há residências com banheiro externo e casos
extremos de habitações sem banheiro. Em caso de existência de banheiros,

451
o esgotamento sanitário predominante é por meio de fossas negras ou
rudimentares, algumas vezes, fossa séptica.

A falta de um sistema de drenagem planejado se torna um problema


que se agrava durante o período chuvoso, visto que as águas pluviais, por
vezes se contaminam com os dejetos jogados a céu aberto e mantem
estreita relação com algumas doenças de veiculação hídrica que afetam a
população.

Resíduos Sólidos

Os problemas de coleta e disposição dos resíduos sólidos é um dos


mais citados pelos moradores das comunidades existentes na AID do
empreendimento. Praticamente não existe coleta sistemática de lixo, muitas
vezes devido à situação da falta de acessibilidade de algumas localidades. O
lixo é, em geral, queimado ou enterrado nos quintais das casas ou ainda
disposto em lugares públicos inadequadamente.

Eletrificação Rural

O fornecimento de energia elétrica é o serviço mais regularmente


oferecido em todas as comunidades existentes na AID do empreendimento.
Não houve queixas dentre os entrevistados, apenas alguns relatos de certa
demora no atendimento em caso de ocorrências como queda de postes na
época chuvosa, mas os próprios moradores afirmam ser tal demora uma
consequência da dificuldade de acesso nos períodos de inverno.

Correios

Este serviço, por sua vez, é um dos menos eficientes entre as


comunidades existentes na AID do empreendimento. Em geral as
correspondências chegam às sedes dos municípios, e os moradores vão às
agências dos Correios buscar aquilo que lhes é endereçado. Algumas usinas
recebem as correspondências dos funcionários que moram em suas terras,
assumindo o papel de “posto intermediário de distribuição”.

Comunicação

Cabe ao sistema de telecomunicação a regulamentação de todos os


veículos de Informação, tais como TV, jornais e rádios. Através de
levantamento realizado pela internet, foram identificados nos municípios
que integram o Arco Rodoviário Metropolitano do Recife os sistemas de
comunicação apresentados no quadro a seguir.

452
Quadro 89 – Veículos de Comunicação.
At uaç ão I n t ern et Rád io J orn al
Portal Pinzón - O Portal das Cidades (atua nas cidades
do Cabo, Ipojuca, Recife, Jaboatão, Caruaru e etc.).
Jornal Aqui PE – jornal popular de ampla divulgação nos
http://www.pinzon.com.br
Regional - municípios do Território Estratégico de SUAPE
www.aquipe.com.br/
Blog Metropolitano
http://www.blogmetropolitano.com.br/
http://caboemalerta.blogspot.com/ Rádio Cabo FM 101.1
Cabo de http://blogs.diariodepernambuco.com.br/mobilidadeu www.cabofm.com.br/ http://tribunapopular.wordpress.com/
Santo rbana/tag/cabo-de-santo- agostinho/ Rádio Cidade FM 99,5 MHz http://jornais.prensamundo.com/ver.phpurl=http://www.
Agostinh http://www.blogemfoco.com.br/tag=cabo-de-santo- Rádio Calheta pontovip.com.br/ http://portalcalheta.com.br/
o agostinho/ http://www.gazetaesportivacabo.net/ http://www.radiocalhetafm http://jornaldocabo.blogspot.com/
http://www.blogdebatistaneto.blogspot.com/ .com.br/
Jaboatão http://blogdomaturo.blogspot.com.br/2012/04/jaboatao-
Rádio Ação FM Rádio Inova
dos dos-guararapes-
http://www.gazetanossa.com.br/ Rádio Maranata 103,9 FM
Guarara pe.html/ http://jaboataovive.blogspot.com.br/
Rádio Cidadania 105,3 FM
pes http://www.marluscosta.com.br/
http://acentelha-morenope.blogspot.com.br/
http://morenope.com/
http://www.handebolcidadedomoreno.blogspot.com.br/
Moreno Jornal Tribuna Metropolitana Rádio Nova Pernambuco
http://www.admoreno.com.br/
FM Rádio Moreno Mix
Rádio Guarany AM 1.300
São
Mhz
Lourenç
- Rádio DaMata FM 98.5 Mhz http://blogdbrito.blogspot.com.br/
o da
www.radiodamatafm.com.
Mata
br/
Paudalh http://www.comunicapaudalho.blogspot.com.br/
http://jornalocotidiano.com/ www.paudalhofm.com.br/
o http://dimassantos.com.br/
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

453
Meios de Transporte

As condições do sistema viário local são bastante precárias, com


grande parte das ruas sem pavimentação e acentuadas pela ausência da
drenagem. A descontinuidade das vias e a falta de alinhamento observada
dificultam, e, em alguns casos inviabilizam a prestação de serviços
essenciais.

Quanto ao sistema de transporte nas comunidades inseridas na AID, o


atendimento é muito deficiente, tendo em vista que só em alguns núcleos
populacionais existe atendimento por linhas do Sistema de Transporte
Público de Passageiros. As demais comunidades apesar da diversidade de
alternativas de transporte, Kombi, vans, táxis e moto táxis ainda é
considerado pelos usuários como muito insuficiente.

Há uma estrada que é conhecida como “Estrada do Engenho Coepe”,


em São Lourenço da Mata. Segundo relato de moradores, essa estrada de
terra, que liga a BR-408 ao município de Chã de Alegria, é utilizado pelos
moradores do Engenho Coepe e de uma série de comunidades a exemplo
do Engenho Carvão, Engenho Poço, Engenho Velho, Engenho Novo,
Engenho Califórnia, Engenho Santo Antônio, Lage, Concórdia, dentre outras.
É preciso pensar em manter a comunicação dessa Estrada com a BR-408,
haja vista que ela será cortada pelo empreendimento do Arco viário.

Outro ponto de interseção do empreendimento com estradas que são


utilizadas por moradores pode ser encontrado nas proximidades do Engenho
Caraúna, em Moreno. Há um cruzamento de estradas de terra, nas
coordenadas 9.096.845m N e 267.348m E, que liga diversas comunidades a
oeste com outras a leste do empreendimento, havendo necessidade de
transposição do Arco nesse trecho, tanto em função do transporte da cana-
de-açúcar, quanto pelo transporte particular entre estas comunidades.

Lazer

Não há muitas opções de lazer nas comunidades existentes na AID do


empreendimento. Em alguns casos a prática do futebol e o ato de
frequentar bares nos fins de semana se constituem a maneira mais comum
de se divertir.

Uma pergunta do Questionário aplicado estava direcionada a avaliar


as atividades de lazer das comunidades cortadas pelo Arco. As opções de
lazer já estavam pré- definidas na pergunta e os entrevistados apenas
selecionavam as que consideravam pertinentes para a comunidade que
integravam. Os resultados indicaram uma preferência por reunião em bares

454
e em locais de diversão O banho de rio e a visita nas sedes urbanas também
foram indicados pelos entrevistados como preferências das comunidades.

• EDUCAÇÃO NA AID

Foram identificadas dezessete (17) escolas nas proximidades das


comunidades da AID, conforme dispostas no quadro a seguir.

Todas as escolas foram georreferenciadas, os percursos foram


indicados também nas descrições realizadas, através de mapas de fluxo
Mapa 24), que mostram o deslocamento que realizam as crianças em
direção a cada escola.

As escolas localizadas no Engenho Santo Estevão e no Engenho


Caraúna são pequenas, atendem a um número pequeno de crianças,
moradores dos próprios engenhos. Funcionam do 1º ao 5º ano do Ensino
Fundamental. A partir do 6º ano do Ensino Fundamental as crianças vão
estudar em escolas na área urbana dos respectivos municípios , conforme
apresentado nas figuras a seguir.

Figura 151 – Escolas dos Engenhos Santo Estêvão (esquerda) e Caraúna (direita).
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

455
Quadro 90 – Instituições de Ensino na AID.
E sc ola U TM N U TM E Com u n id ad e Mu n ic íp io Classific aç ão
Cabo de Santo
Escola Dona Benvinda 9090100 280075 Eng. Santo Estevão Fundamental I
Agostinho
Jaboatão dos
Escola Municipal Rural Paulo Freire 9095620 274373 Eng. Camarço Fundamental I e EJA
Guararapes
Escola Dr. Eudes Sobral 9092974 272259 Eng. São Salvador Moreno Fundamental I e EJA

Escola Municipal do Engenho Canzanza 9094564 269870 Eng. Canzanza Moreno Fundamental I e EJA

Escola Municipal do Engenho Caraúna 9096845 267348 Eng. Caraúna Moreno Fundamental I
Eng. Gameleira / Mato
Escola Municipal do Engenho Gameleira 9098196 266160 Moreno Fundamental I
Grosso
Arruado da Usina
Escola da Usina Auxiliadora 9104134 264418 Moreno Fundamental I
Auxiliadora
Escola Municipal Serraria-BR 9103451 262216 Eng. Serraria Moreno Fundamental I
Vila de Nossa Senhora da
Escola Municipal Jair Pereira de Oliveira 9111019 268505 São Lourenço da Mata Fundamental I
Luz
Vila de Nossa Senhora da Fundamental II e Ensino
Escola Municipal Tiradentes 9111310 268260 São Lourenço da Mata
Luz Médio
Vila de Nossa Senhora da
Escola Municipal Dr. Fernando Sampaio 9110969 268229 São Lourenço da Mata Fundamental I
Luz
Escola Municipal do Engenho Coepe 9117169 267805 Eng. Coepe São Lourenço da Mata Fundamental I
Escola Itinerante do Assentamento Chico Acampamento Chico
9118037 269705 São Lourenço da Mata Ensino Médio e EJA
Mendes Mendes
Escola Municipal Severino Maurício Carneiro da
9124695 269585 Pirassirica Paudalho Fundamental I
Silva
Educandário Luz do Saber (Particular) 9125790 272215 Chã de Cruz Paudalho Fundamental I
Fundamental II e Ensino
Escola Estadual José Antônio Fagundes 9125790 272215 Chã de Cruz Paudalho
Médio
Escola Municipal Maria de Fátima 9125650 272580 Chã de Cruz Paudalho Ensino Fundamental

456
Mapa 24 - Fluxo Escolar
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
7°50'S 8°0'S 8°10'S 8°20'S
9135000 9120000 9105000 9090000 9075000
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7°50'S 8°0'S 8°10'S 8°20'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Escolas - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Fluxo Escola - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Municípios Interceptados pela Rodovia 1:200.000
Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Cabo de Santo Agostinho - Limite Municipal: IBGE, 2010
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Jaboatão dos Guararapes - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km
TI C

Hidrografia
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Moreno 2013
ÂN

PE Curso d'água
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Paudalho Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
- Fluxos de Escola: Moraes &
NO

AII - Municípios Interceptados São Lourenço da Mata


Albuquerque Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
A Escola do Engenho Gameleira apresentada na figura a seguir
atualmente está passando por reforma e os alunos foram transferidos,
temporariamente, para escolas na sede municipal de Moreno. Atende a,
aproximadamente, 150 alunos, do 1º ao 7º ano do Ensino Fundamental. Os
alunos matriculados residem não só no Assentamento dos Engenhos
Gameleira e Mato Grosso, há uma parte que reside em comunidades
vizinhas, como o Assentamento Engenho Canzanza, Engenho Javunda,
Engenho Brejo, Engenho Novo, Contra-Açude, Gurjaú de Cima e Gurjaú de
Baixo. Há uma frota particular de ônibus que faz o transporte escolar. Em
geral após o 7º ano do Ensino Fundamental as crianças que estudam nessa
escola são transferidas para escolas localizadas na cidade de Moreno.

A Escola Municipal do Engenho Canzanza apresentada na figura a


seguir tem 110 alunos matriculados, funcionando nos três turnos. Pela
manhã e à tarde ocorrem aulas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental,
enquanto que à noite funciona uma turma de Educação de Jovens e Adultos
(EJA). A maioria dos alunos matriculados mora no próprio Engenho
Canzanza, mas há alguns que moram no Engenho São Salvador. Não há
ônibus para o transporte escolar desta Escola, alguns utilizam um coletivo
que circula na comunidade, mas a maioria vai a pé, há relatos de alunos
que levam mais de uma hora em seu trajeto de casa para a escola. Os
alunos matriculados nesta escola, em geral, são transferidos para uma
escola no Engenho Jardim (na Área de Influência Indireta do
Empreendimento) e/ou para escolas na cidade de Moreno, a partir do 6º ano
do Ensino Fundamental.

Figura 152 – Escola do Engenho Gameleira Figura 153 – Escola do Engenho Canzanza
(em reforma)
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A Escola Municipal Dr. Eudes Sobral apresentada na figura a seguir,


no Assentamento Engenho São Salvador atende a 145 alunos, da Educação
Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental, além de uma turma de EJA. Seus
alunos residem no Engenho São Salvador, Engenho Barbalho, Engenho Rico

459
e Engenho São Braz. Alguns alunos fazem o deslocamento em ônibus
escolar fretado pela prefeitura, enquanto que a maioria se desloca a pé. A
partir do 6º ano vão estudar na escola que existe dentro da Usina Bom
Jesus, e/ou na cidade do Cabo de Santo Agostinho.

Figura 154 – Escola Municipal Dr. Eudes Sobral


Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

A Escola Municipal Rural Paulo Freire apresentada na figura a seguir,


do Assentamento Engenho Camarço, atende 150 crianças, que moram no
próprio assentamento e em diversas comunidades do entorno, como nos
Engenhos Salgadinho e Barbalho, Fronteiras e São Salvador, Sucupema,
Capelinha, Cecoma, Penabuda e Granja Estrada Nova. Há uma frota
particular de ônibus que presta serviços à prefeitura de Jaboatão dos
Guararapes e faz o transporte dos alunos.

Figura 155 – Escola Municipal Rural Paulo Freire (esquerda) e transporte escolar (direita)
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

O grande fluxo de alunos destas quatro escolas que moram em


diferentes comunidades, que se deslocam tanto a pé quanto de ônibus,
evidencia a necessidade de se planejar espaços de abertura do Arco Viário,

460
que permitam passar de um lado para o outro dentro da Área de Influência
Direta.

Há duas escolas que pertencem as comunidades de Assentamentos,


uma pertencente a um Acampamento, três são da Vila de Nossa Senhora da
Luz e uma está localizada no aglomerado de casas da Usina Auxiliadora.
Esta última é pequena apresentada na figura a seguir e atende
exclusivamente os filhos de moradores, da Usina Auxiliadora e do Engenho
Moreninho que também pertencente à Usina, com aulas do 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental. A partir do 6º ano do Ensino Fundamental estes alunos
vão estudar na cidade de Moreno.

Figura 156 – Escola da Usina Auxiliadora


Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No Assentamento Engenho Serraria, em Moreno, às margens da BR-


232, há a Escola Municipal Serraria - BR apresentada na figura a seguir,
onde estão matriculados, aproximadamente, 55 alunos, do 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental, todos moradores do próprio assentamento. A partir do
6º ano do Ensino Fundamental estas crianças vão estudar na cidade de
Moreno. Atualmente a o espaço físico da escola está passando por reformas,
os alunos estão assistindo aula no local onde funciona a Associação de
moradores do Assentamento.

461
Figura 157 – Escola Municipal Serraria
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No Assentamento Engenho Coepe, em São Lourenço da Mata, há uma


escola municipal que leva o nome do Assentamento apresentada na figura a
seguir, e que atende a, aproximadamente, 50 crianças da própria
comunidade, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A partir do 6º ano as
crianças vão estudar na sede municipal de São Lourenço da Mata.

Figura 158 – Escola do Engenho Coepe.


Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No Acampamento Chico Mendes III, também em São Lourenço, há um


espaço utilizado como escola, é a “Escola Itinerante” apresentada na figura
a seguir, onde acontecem aulas de EJA, no período noturno, cujos alunos são
residentes do Pré-assentamento.

462
Figura 159 – Escola Itinerante do Acampamento Chico Mendes
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

As outras três escolas identificadas na AID estão localizadas na Vila


de Nossa Senhora da Luz, em São Lourenço da Mata, são as escolas Jair
Pereira de Oliveira, Dr. Fernando Sampaio e Tiradentes.

A Escola Municipal Jair Pereira de Oliveira oferece aulas do 1º ao 5º


ano do Ensino Fundamental a, aproximadamente, 425 alunos que moram na
Vila e em comunidades rurais do entorno, tais como no Engenho Covas,
Engenho Poço D’antas, Pixaó, Barragem, Lote e Assentamento Engenho
Colégio, a maioria faz o trajeto em ônibus escolar fretado pela prefeitura.

A Escola Municipal Dr. Fernando Sampaio também oferece aulas do 1º


ao 5º ano do Ensino Fundamental, com um número de 260 alunos
matriculados nos turnos da manhã e tarde. Os alunos residem na Vila e nas
comunidades do Engenho Colégio, Pixaó, Barragem e Palami.

A Escola Municipal Tiradentes apresentada na figura a seguir é a


maior escola da Vila Nossa Senhora da Luz, com 753 alunos matriculados
nas séries do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e, também, do Ensino
Médio. No mesmo espaço físico funciona a Escola Estadual Professor
Agamenon Magalhães, na qual estão matriculados 350 alunos, o que
somado aos outros alunos ultrapassa o número de 1.100. Estes alunos
residem na Vila e em diversas comunidades rurais, tais como Lages, Barros,
Santa Rosa, Cavaco, Engenho Colégio, Engenho Velho, Engenho do Sítio,
Pixaó, Engenho Araújo, Engenho Poço D’antas e Engenho Covas, o que
reforça a necessidade de espaços onde os ônibus escolares possam
atravessar o Arco Rodoviário na Vila de Nossa Senhora da Luz.

463
Figura 160 - Escola Municipal Tiradentes
Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No povoado de Pirassirica encontra-se a Escola Municipal Severino


Maurício Carneiro apresentada na figura a seguir, que atende apenas às
crianças da própria comunidade, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A
partir do 6º ano, as crianças que moram em Pirassirica são transferidas para
escolas localizadas em Chã de Cruz ou na cidade de Paudalho.

Figura 161 – Escola Municipal Severino Maurício Carneiro


Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

No povoado de Chã de Cruz foram identificadas quatro escolas: o


Educandário Luz do Saber (particular do 1º ao 5º ano do Ensino
Fundamental), a Escola Municipal Eduardo Batista Ribeiro (do 1º ao 5º ano
do Ensino Fundamental), a Escola Municipal Maria de Fátima (do 1º ao 9º
ano do Ensino Fundamental) e a Escola Estadual José Antônio Fagundes
apresentada na figura a seguir, que oferece aulas do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental e também do Ensino Médio a, aproximadamente, 700 alunos,
em sua maioria residente em Chã de Cruz, e outros poucos moradores do
entorno.

464
Figura 162 – Escola Estadual José Antônio Fagundes
• Fonte: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012).

• SAÚDE PÚBLICA NA AID

A saúde é menos favorecida do que a educação nas comunidades


existentes na Área de Influência Direta do empreendimento. Pequenas e
precárias edificações funcionam como unidades (postos) de saúde em todas
as comunidades existentes ao longo da Área de Influência Indireta do
empreendimento. Na Área de Influência Direta existe um pequeno posto de
saúde na seguinte comunidade:

 Vila de Nossa Senhora da Luz, em São Lourenço da Mata, de


coordenadas 9.110.982N e 268.558 E.

As diversas comunidades existentes nesse trecho buscam


atendimento médico em comunidades do entorno, a exemplo de um posto
de saúde pertencente à Usina Bom Jesus, no Cabo de Santo Agostinho, e um
posto de Saúde localizado na Comunidade de Macujé, município de Jaboatão
dos Guararapes, ambos situados na Área de Influência Indireta.

Todas as comunidades, ao longo da AID, buscam atendimentos


médicos mais especializados (e urgentes) nos hospitais localizados na área
urbana dos seus respectivos municípios. A maneira mais comum de
deslocamento dos moradores das diversas comunidades ao longo da AID em
busca de atendimento médico de urgência é por meio de veículo particular,
não há ambulâncias suficientes para atender à população.

Da mesma forma, os entrevistados foram questionados sobre a


frequência com que as equipes médicas das prefeituras municipais visitam
as comunidades rurais. Dos entrevistados, 50% afirmaram que nunca esta
situação foi verificada na comunidade. As prefeituras de Jaboatão dos

465
Guararapes e Paudalho parecem ser as de maior presença médica na área
rural, em conformidade com as respostas dos entrevistados.

8.4.4. RESULTADO DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO NA ADA

Para o diagnóstico socioeconômico da Área Diretamente Afetada


(ADA), correspondente a uma faixa de 120m uniformemente distribuídos ao
longo do eixo do projeto, foi realizado um trabalho de campo entre os dias
25/09/2014 e 03/10/2014, onde procurou-se apurar as condições
socioeconômicas daquela população diretamente afetada pelo
empreendimento.

Foi realizado um levantamento prévio em gabinete, utilizando-se


imagens de alta resolução, onde foram plotadas possíveis edificações na
ADA. Posteriormente, com o trabalho de campo, na data mencionada
anteriormente, foi feita a validação de tais pontos. Foram levantadas 42
edificações, destas, 29 estão efetivamente dentro da ADA, as demais (13
edificações), estão num raio não superior a 70m da ADA, entretanto
entende-se que, ainda que a edificação não seja diretamente afetada, a
propriedade como um todo será atingida e, portanto, as mesmas foram
consideradas para efeito de análise como limítrofes à ADA.

As edificações afetadas, passíveis de desapropriação (tanto aquelas


dentro da ADA quanto as limítrofes à ela) estão descritas a seguir seguindo
a direção norte (Paudalho)/sul (Cabo de Santo Agostinho) do lote 2, e
apresentadas no Mapa 25.

466
Mapa 25 - Pontos Potenciais de Desapropriação na ADA
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000

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Eng.

35°0'W
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35°10'W
35°10'W

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8°0'S 8°10'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Municípios Interceptados pela Rodovia Pontos Potenciais de Desapropriação - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Cabo de Santo Agostinho Edificação residencial - Localidade: IBGE, 2010
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Jaboatão dos Guararapes Escola 1:100.000
Rodovia Pavimentada Federal Moreno Adaptado de IBGE, 2005
Recife Limite Municipal Fábrica - Limite Municipal: IBGE, 2010
Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Paudalho
O
8°S

Hidrografia Guarita - Sistema Viário: Adaptado de IBGE, 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) São Lourenço da Mata 2013


Curso d'água
ÂN

Igreja
AID - Área de Influência Direta (500 m)
PE
- Hidrografia: IBGE, 2013
AT L

Massa d'água Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM


- Potenciais Desapropriações: SKILL,
NO

2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°


EA

- Áreas de Influência: SKILL, 2014


OC

SIRGAS 2000
AL out/2014
9°S
• PONTO 1 (ADA) - Coordenadas UTM 25S 267911/9111360

A propriedade fica no local conhecido como Palame, situado na


localidade de Nossa Senhora da Luz ou Matriz da Luz, um distrito de São
Lourenço da Mata. O proprietário desta edificação não foi encontrado, no
entanto, foram feitos registros fotográficos da mesma, que estão
apresentados a seguir.

Figura 163 – Edificação do Ponto 1. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 2 (ADA) – Coordenadas UTM 25S 267903/9111374

Esta edificação fica nas imediações do ponto 1, também em Matriz da


Luz. O proprietário é o senhor Raul Belmiro de Barros. As condições de
infraestrutura são semelhantes as do ponto 1. A energia elétrica vem da
CELPE, a água é fornecida por cacimba e o esgotamento sanitário é feito por
fossa séptica. O lixo é queimado na própria propriedade. O atendimento de
saúde é encontrado na localidade de Matriz da Luz, assim como os serviços
de educação (escolas). Na propriedade são cultivados coco, inhame e
macaxeira para consumo próprio e eventualmente para venda. Nesta
edificação residem cinco (05) pessoas. Os registros fotográficos da
edificação estão apresentados nas figuras abaixo.

Figura 164 – Edificação do Ponto 2. Fonte: Skill Engenharia.

469
• PONTO 3 (ADA) – Coordenadas UTM 25S 267900/ 9111411

Esta edificação está dentro da propriedade do senhor Severino Ma. da


S., e nela vivem seu filho e sua nora, além dos quatro (04) filhos destes,
num total de seis (06) pessoas. As informações sobre a edificação foram
prestadas pela senhora Nidian M. da S., nora do proprietário referido
anteriormente. Na propriedade são cultivados milho, batata, macaxeira e
feijão, para consumo próprio e eventualmente venda, a senhora Nidian
recebe o benefício Bolsa Família, oferecido pelo governo federal. Os serviços
de saúde e educação são oferecidos em Matriz da Luz, a água é fornecida
por cacimba na propriedade, e a energia elétrica vem da CELPE. O lixo é
queimado no próprio lote e o esgotamento sanitário é feito por fossa
séptica. O registro fotográfico é apresentado nas figuras abaixo.

Figura 165 – Edificação do Ponto 3. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 4 (ADA) – Coordenadas UTM25S 267911/9111415

Esta edificação é de propriedade do senhor Severino M. da S., e


possui três hectares de extensão, abrigando além de sua residência, a de
seu filho, já mencionada anteriormente (Ponto 3). O senhor Severino é
aposentado e recebe o benefício da Previdência Social, além de cultivar, em
sua propriedade, milho, feijão, macaxeira e batata. Os serviços de saúde
são buscados em Matriz da Luz, o abastecimento de água é feito por
cacimba, a energia elétrica é fornecida pela CELPE, o esgotamento sanitário
é feito por fossa séptica e o lixo é queimado na propriedade. Na residência
do senhor Severino moram duas (02) pessoas, ele e sua esposa. O registro
fotográfico desta edificação é apresentado na figura abaixo.

470
Figura 166 – Edificação do Ponto 4. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 5 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S 267976/


9111325

O proprietário desta edificação não foi encontrado, porém foram


feitos registros fotográficos da mesma. Esta edificação é lindeira dos pontos
3 e 4, e está localizada em Matriz da Luz. O registro fotográfico está
apresentado abaixo.

Figura 167 – Edificação do Ponto 5. Fonte: Skill Engenharia.

Além desta residência existe ainda um galpão na propriedade. Em


virtude da ausência do proprietário não foi possível registrar com detalhes o
citado galpão. No entanto, existe um registro parcial do mesmo que é
apresentado abaixo.

Figura 168 – Visão parcial do galpão situado no ponto 5. Fonte: Skill Engenharia.

471
• PONTO 6 (ADA) – Coordenadas UTM25S 267744/ 9110600

O proprietário desta edificação não foi encontrado, no entanto foram


feitos registros fotográficos da mesma. A edificação é um pequeno galpão
que serve, provavelmente, para confinamento de animais e/ou depósito de
equipamentos agrícolas. O registro fotográfico está apresentado nas figuras
abaixo.

Figura 169 – Edificação do Ponto 6. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTOS 7 e 8 (ADA) – Coordenadas UTM 267747/9110639 (7) e


267731/9110701 (8)

As edificações correspondentes aos Pontos 7 e 8, estão dentro de um


mesmo lote no Assentamento Engenho Colégio 8, na localidade conhecida
por Engenho Paixão, São Lourenço da Mata, próximo do distrito de Matriz da
Luz, e pertencem ao senhor José G. E. de A.. A propriedade possui energia
elétrica fornecida pela CELPE, o abastecimento de água é feito por cacimba,
o esgotamento sanitário é feito por fossa séptica e o lixo é queimado na
propriedade. Na edificação do Ponto 7 vivem duas (02) pessoas, sendo uma
menor de idade (filha do senhor José Gilson), na edificação do Ponto 8, vive
uma (01) pessoa (irmã do senhor José Gilson). A propriedade tem 03
hectares e é usada para cultivo de feijão, macaxeira, rúcula e coco, para
consumo próprio e venda eventual aos vizinhos. O senhor José Gilson é
beneficiário do INSS, recebendo 01 salário mínimo por mês.

Os registros fotográficos das duas edificações (Pontos 7 e 8), estão


apresentados abaixo.

8
O Assentamento Engenho Colégio está em processo de regularização, por isso não aparece
na base de dados do INCRA.

472
Figura 170 – Edificação do Ponto 7. Fonte: Skill Engenharia.

Figura 171 – Edificação do Ponto 8. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 9 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S 267448/9110287

A edificação do Ponto 9 está localizada no Assentamento Engenho


Colégio, município de São Lourenço da Mata e é de propriedade do senhor
Adilson S. de L.. O lote tem 03 hectares que são usados para cultivos
variados, entre eles a cana-de-açucar e a macaxeira, a produção destes é
usada para consumo próprio e o excedente é vendido para a vizinhança. Os
serviços básicos de saúde e educação são oferecidos em Matriz da Luz, a
energia elétrica é fornecida pela CELPE e a água é de cacimba. O
esgotamento sanitário é feito através de fossa séptica e o lixo é queimado
na propriedade. Na edificação residem quatro (04) pessoas, sendo dois (02)
menores de idade. Os registros fotográficos do Ponto 9 são apresentados
nas figuras abaixo.

Figura 172 – Edificação do Ponto 9. Fonte: Skill Engenharia.

473
• PONTO 10 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S
267616/9110248

A edificação do Ponto 10 está localizada no Assentamento Engenho


Colégio no município de São Lourenço da Mata. O proprietário não foi
encontrado. A edificação está em estado de abandono, no entanto, existe
cultivo de macaxeira recente. Os registros fotográficos da edificação estão
apresentados nas figuras abaixo.

Figura 173 – Edificação do Ponto 10. Fonte: Skill Engenharia.

Figura 174 – Cultivo de Macaxeira do Ponto 10. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 11 (ADA) – Coordenadas UTM25S 264910/9107865

O proprietário da edificação localizada no Ponto 11 não foi


encontrado. A edificação está em estado de abandono. O registro
fotográfico está apresentado abaixo.

Figura 175 – Edificação do Ponto 11. Fonte: Skill Engenharia.

474
• PONTO 12 (ADA) – Coordenadas UTM25S 261574/9106177

A edificação localizada no Ponto 12 é um sítio de propriedade do


senhor José Z. da S., conhecido como “Sítio do Boi sem Rabo”. Situa-se
localidade conhecida como Engenho Serraria no município de Moreno. A
atividade desenvolvida no sítio é a criação de gado. O abastecimento de
energia é feito pela CELPE, a água é de cacimba, o esgotamento sanitário é
feito por fossa séptica e o lixo é queimado na propriedade. Não foi possível
obter a informação de quantas pessoas residem no local. O registro
fotográfico do Ponto 12 está apresentado abaixo.

Figura 176 – Edificação do Ponto 12. Fonte: Skill Engenharia.

Figura 177 – Vista parcial do Ponto 12. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 13 (ADA) – Coordenada UTM25S 263252/9103726

A edificação localizada no Ponto 13 é uma granja de propriedade do


senhor Osnir B. M., fica em no município de Moreno, na localidade
conhecida como Engenho Xixaim. Os serviços de educação e saúde são
obtidos em Moreno, a energia elétrica é fornecida pela CELPE, a água é de
cacimba, o esgotamento sanitário é feito atravéz de fossa séptica e o lixo é
queimado na propriedade. Esta edificação está em estado de abandono e
obteve-se a informação junto ao senhor Osnir, que ela servirá de residência
para o caseiro da granja, assim que for reformada. Os registros fotográficos
da edificação estão apresentados na figura abaixo.

475
Figura 178 – Edificação do Ponto 13. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 14 (ADA) – Coordenadas UTM25S 264756/9102633

O ponto 14 está localizado na faixa de domínio da BR-232 no


município de Moreno, próximo do posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e
de um acesso à cidade de Moreno. A área era uma antiga balança de
pesagem de caminhões e hoje está ocupada por uma família composta por
três pessoas, todos adultos, e que estão ali há pelo menos 20 anos. No local
não existe luz elétrica, a água é de cacimba e o esgotamento sanitário é
feito através de fossa rudimentar. Os ocupantes do local têm alguns
cultivos, entre eles, macaxeira, banana e inhame, que usam para seu
consumo. Estes mesmos produtos são vendidos em uma pequena barraca
às margens da rodovia BR-232 e geram um pequeno rendimento a esta
família. Por todas estas informações citadas acima, e obtidas junto a esta
família, o quadro que se apresenta é de vulnerabilidade social. Os registros
fotográficos do Ponto 14 estão apresentados nas figuras a seguir.

Os registros fotográficos a seguir expõe a situação de penúria em que


vive esta família, e o seu meio de sustento, a venda de produtos às
margens da rodovia BR-232 conforme a figura a seguir. Segundo o senhor
José R. da S., patriarca da família, o lucro obtido com a venda dos produtos
produzidos no local gira em torno de R$ 150,00 mensais.

476
Figura 179 – Edificações do Ponto 14. Fonte: Skill Engenharia.

Figura 180 – Ponto de venda de produtos e área de plantio do Ponto 14. Fonte: Skill
Engenharia.

• PONTO 15 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


265826/9100959

A edificação do Ponto 15 é um pequeno dormitório/guarita da


Pedreira Vitória, no município de Moreno, próximo a BR-232. O registro
fotográfico do Ponto 15 está apresentado abaixo.

477
Figura 181 – Edificação do Ponto 15. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 16 (Limítrofe a ADA)– Coordenadas UTM25S


265771/9100537

Este ponto está localizado no município de Moreno próximo da BR-


232. É uma empresa de mineração chamada EDK Mineração S. A.. O registro
fotográfico está apresentado abaixo.

Figura 182 – Edificação do Ponto 16. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 17 (ADA) – Coordenadas UTM25S 265939/9099929

Este ponto está localizado no Engenho Mato Grosso, um


Assentamento do INCRA, no município de Moreno. O lote pertence ao senhor
Izauri F. da C. e tem cerca de 06 hectares, e está composto por duas
edificações. No local residem duas (02) pessoas. A energia elétrica é
fornecida pela CELPE, a água é de cacimba e o esgotamento sanitário é feito
por fossa séptica. O lixo é queimado na propriedade. Saúde e educação são
buscados no Engenho Caraúna. No lote, são produzidos alguns cultivos para
consumo próprio tais como macaxeira, feijão e coco. Há também no lote
uma lavoura de cana-de-açucar que é comercializada nas usinas da região.
O registro fotográfico do Ponto 17 está apresentado na figuras abaixo.

478
Figura 183 – Edificações do Ponto 17. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 18 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


266033/9099744

A edificação do Ponto 18 está abandonada e seu proprietário não foi


localizado. Encontra-se no Assentamento Engenho Mato Grosso no
município de Moreno. O registro fotográfico deste ponto está apresentado a
seguir.

Figura 184 – Edificação do Ponto 18. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 19 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


266000/9099537

O Ponto 19 é um lote do Assentamento Engenho Mato


Grosso/Gameleira, de propriedade do senhor Djalma I. da S., possuindo 06
hectares, a edificação não será atingida diretamente pelo empreendimento
e sim a plantação de Cocos existente as margens da via principal. Os

479
serviços de saúde e educação são buscados no Engenho Caraúna, a energia
elétrica é fornecida pela CELPE e a água é de cacimba. O lixo é queimado na
propriedade e o esgotamento sanitário e feito por fossa séptica. O senhor
Djalma é beneficiário da Previdência Social recebendo 01 salário mínimo por
mês, além disso, produz alguns cultivos no seu lote, tais como cana-de-
açucar, macaxeira e o já mencionado coco. No lote residem duas pessoas
aultas. Os registros fotográficos do ponto 19 estão apresentados a seguir.

Figura 185 – Edificação do Ponto 19. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 20 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266179/9099368

No ponto 20 encontram-se duas edificações. O lote, que está


localizado no Assentamento Engenho Mato Grosso/Gameleira, pertence ao
senhor José F. dos S., nele residem, além dele, sua filha, genro e uma neta.
Os serviços de saúde e educação são buscados no Engenho Caraúna, a
água é de cacimba e a energia elétrica é fornecida pela CELPE. O lixo é
queimado na propriedade e o esgotamento sanitário é feito por fossa
séptica. Existem alguns cultivos que são usados para o consumo da família
(macaxeira, feijão e inhame). O lote possui 06 hectares, sendo a maioria
usada para o pantlio de cana-de-açucar que é vendida para as usinas da
região, principalmente a Usina Bom Jesus e a Usina Liberdade. Os registros
fotográficos do Ponto 20 estão apresentados a seguir.

480
Figura 186 – Edificação do Ponto 20. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 21 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266272/9098853

O Ponto 21 é uma ocupação localizada na margem da estrada


principal do Assentamento Engenho Mato Grosso/Gameleira. As condições
de vida destas pessoas é miserável e pode ser caracterizada como de alta
vulnerabilidade social. Neste local vivem 09 pessoas, sendo quatro (04)
crianças menores de idade. A energia elétrica é obtida através de um
procedimento chamado de “gambiarra” (um fio ligado à rede de energia da
CELPE), a água é de uma cacimba improvisada conforme apresentado na
figura a seguir, não existe esgotamento sanitário. O atendimento de saúde
e educação é feito no município de Moreno. Os moradores vivem de doação
(tanto de alimentos quanto de roupas e outros gêneros), além do benefício
do governo federal “Bolsa Família”. O registro fotográfico do Ponto 21 está
apresentado abaixo.

Figura 187 – Cacimba e esgoto a “céu aberto” do Ponto 21. Fonte: Skill Engenharia.

481
Figura 188 – Ocupação do Ponto 21. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 22 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266238/9098711

Este ponto fica no Assentamento Engenho Mato Grosso/Gameleira,


possui 06 hectares e é de propriedade da senhora Irlani Maria do
Nascimento da Silva. Neste lote o cultivo é de cana-de-açucar. Os serviços
de educação e saúde são buscados no município de Moreno. A energia
elétrica é fornecida pela CELPE e a água é de cacimba. O esgotamento
sanitário é feito por fossa séptica e o lixo queimado na propriedade. Nas
duas edificações residem cinco (05) pessoas, sendo duas (02) crianças
menores de idade. O registro fotográfico do Ponto 22 é apresentadona
figura a seguir.

Figura 189 – Edificações do Ponto 22. Fonte: Skill Engenharia.

482
• PONTO 23 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266175/9098284

O proprietário da edificação localizada no Ponto 23 não foi


encontrado. A propriedade está localizada no Assentamento Engenho Mato
Grosso/Gameleira. Foram feitos registros fotográficos da mesma, que estão
apresentados na figura a seguir.

Figura 190 – Edificação do Ponto 23. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 24 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266147/9098137

O Ponto 24 está localizado no Assentamento Engenho mato


Grosso/Gameleira. Existem ali, 02 edificações, 01 igreja Assembléia de Deus
e 01 escola. Não foram encontradas pessoas no local para que se pudesse
colher informações, no entanto, foram feitos registros fotográficos das
edificações que estão apresentados na figura a seguir.

Figura 191 – Edificações do Ponto 24. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 25 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266223/9097930

O Ponto 25 está localizado no Assentamento Engenho Mato


Grosso/Gameleira e pertence ao senhor João O. de S.. O lote tem 06
hectares e produz cana-de-açucar. A energia elétrica é fornecida pela CELPE
e a água é de cacimba. O esgotamento sanitário é feito por fossa séptica e o
lixo queimado na propriedade. Os serviços de educação e saúde são
buscados no Engenho Caraúna. O senhor José O., além da renda obtida com

483
a plantação de cana-de-açucar, recebe aposentadoria do governo federal. O
registro fotográfico do Ponto 25 está apresentado na figura abaixo.

Figura 192 – Edificação do Ponto 25. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 26 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266409/9097577

A edificação do Ponto 26 está localizada no Assentamento Engenho


Mato Grosso/Gameleira. O proprietário não foi encontrado, no entanto,
foram feitos registros fotográficos da edificação, que estão apresentados na
figura abaixo.

Figura 193 – Edificação do Ponto 26. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 27 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


266340/9097383

Esta edificação está localizada no Assentamento Engenho Mato


Grosso/Gameleira, seu proprietário não foi localizado, todavia, foram feitos
registros fotográficos da edificação, que estão apresentados a seguir.

484
Figura 194 – Edificação do Ponto 27. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 28 (ADA) – Coordenadas UTM25S 266500/9097212

A propriedade está localizada no Assentamento Engenho Mato


Grosso/Gameleira e tem 06 hectares. O proprietário é o senhor Ezequias dos
S. e no local moram cinco (05) pessoas, sendo duas (02) crianças menores
de idade. O senhor Ezequias tem vários cultivos entre eles, coco, graviola,
batata e cana-de-açucar. A família recebe o benefício “Bolsa Escola” além
de aposentadoria do senhor Ezequias. Os serviços de educação e saúde são
buscados no município de Moreno. A energia elétrica é fornecida pela CELPE
e a água é de cacimba. O esgotamento sanitário é feito por fossa séptica e o
lixo queimado na propriedade. O registro fotográfico da edificação do ponto
28 está apresentado a seguir.

Figura 195 – Edificações do Ponto 28. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 29 (ADA) – Coordenadas UTM25S 267462/9096137

A edificação do Ponto 29 está localizada no Engenho Caraúna,


município de Moreno. Nesta casa moram quatro (04) pessoas, sendo duas
(02) crianças menores. A edificação é de propriedade do Engenho Caraúna e
utilizada por esta família, cujo patriarca trabalha como empregado no
Engenho. Os serviços de educação e saúde são oferecidos pelo próprio
Engenho Caraúna. A energia elétrica é forneciada pela CELPE e a água é de
cacimba. O esgotamento sanitário é feito por fossa séptica e o lixo
qiuiemado na propriedade. O responsável pela família é o senhor Denílson

485
Â. de S.. Para obterem um a renda extra, a família vende coco e fruta-pão. O
registro fotográfico do Ponto 29 está apresentado na figura a seguir.

Figura 196 – Edificação do Ponto 29. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 30 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


269122/9095291

O Ponto 30 está localizado no Assentamento Engenho Canzanza,


município de Moreno, e o lote é de propriedade do senhor José L. da S.. Tem
08 hectares, onde são plantados coco, macaxeira, banana e cajú. O senhor
José L. possui uma oficina de reparos em caminhões e carros, além disso,
recebe aposentadoria do governo federal. Os serviços de saúde e educação
são buscados no município de Moreno. Na edificação residem três (03)
pessoas. A energia elétrica é fornecida pela CELPE e a água é de cacimba. O
esgotamento sanitário é feito através de fossa séptica e o lixo é queimado
na propriedade. O registro fotográfico do Ponto 30 está apresentado abaixo.

Figura 197 – Edificação do Ponto 30. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 31 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


269180/9095296

A edificação do Ponto 31 está localizada no Assentamento Engenho


canzanza no município de Moreno. A área tem 08 hectares e pertence a
senhora Nelcinede M. da S.. Os principais cultivos do lote são macaxeira,
coco, feijão e batata. A energia elétrica é fornecida por uma “gambiarra”, a
água é de cacimba e o esgotamento sanitário é feito por fossa rudimentar, o

486
lixo é queimado na propriedade. Na edificação residem duas (02) pessoas.
Os serviços de educação e saúde são buscados no município de Moreno. O
registro fotográfico do Ponto 31 está apresentado a seguir.

Figura 198 – Edificação do Ponto 31. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 32 (ADA) – Coordenadas UTM25S 269557/9095541

O Ponto 32 está localizado no Assentamento Engenho Canzanza no


município de Moreno, a propriedade tem 09 hectares e pertence ao senhor
Daniel C. da C.. A energia elétrica é fornecida pela CELPE, a água é
fornecida por poço artesiano, o esgotamento sanitário é feito por fossa
séptica e o lixo é queimado na propriedade. No lote o senhor Daniel tem
cultivo de coco, macaxeira e batata, vendidos nas feiras da cidade de
Moreno. Nesta edificação vivem duas (02) pessoas. O registro fotográfico do
Ponto 32 está apresentado a seguir.

Figura 199 – Edificação do Ponto 32. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 33 (ADA) – Coordenadas UTM25S 272846/9094908

Estas edificações pertecem ao Engenho Sucupema no município de


Jaboatão dos Guararapes. São casas geminadas e ocupadas por duas (02)
famílias. A família da senhora Auricéia M. C. é composta por quatro (04)
pessoas, sendo duas (02) crianças menores de idade, ao lado de sua casa
está a família do senhor José S. dos S., cuja família é composta por cinco
(05) pessoas, sendo três (03) menores de idade. Os serviços de educação e
saúde são buscados em Jaboatão dos Guararapes e nos Engenhos Camarço

487
e Macujé. A energia elétrica é fornecida pela CELPE e a água é de cacimba.
O lixo é queimado na propriedade eo esgotamento sanitário é feito por fossa
rudimentar.

Os patriarcas das famílias trabalham para o Engenho na função de


cortar Cana-de-Açucar. Além das casas geminadas existe ainda o prédio da
escola do Engenho que será atingido pelo empreendimento, e que não está
funcionando. Os registros fotográficos do Ponto 33, incluindo casas e escola,
estão apresentados abaixo.

Figura 200 – Edificações do Ponto 33. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 34 (ADA) – Coordenadas UTM25S 276016/9093400

No Ponto 34 o proprietário não foi encontrado. A edificação está no


Assentamento São Pedro 9, no município de Jaboatão dos Guararapes. Foram
feitos registros fotográficos da edificação que estão apresentados abaixo.

9
O assentamento São Pedro está em fase de regularização, por isso não aparece na base de
dados do INCRA.

488
Figura 201 – Edificação do Ponto 34. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 35 (ADA) – Coordenadas UTM25S 276207/9093254

Esta edificação está localizada no Assentamento São Pedro (em fase


de regularização junto ao INCRA) e é de propriedade do senhor Severino A.
D., tem 08 hectares de terra onde são plantados principalmente banana,
macaxeira e maracujá. Na propriedade não existe energia elétrica, a água é
de cacimba e o esgotamento sanitário é feito por fossa rudimentar, o lixo é
queimado na propriedade. Os serviços de educação e saúde são buscados
no município de Jaboatão dos Guararapes. Na edificação moram duas (02)
pessoas. Os registros fotográficos do Ponto 35 estão apresentados a seguir.

Figura 202 – Edificação do Ponto 35. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 36 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


276411/9093117

O proprietário da edificação do Ponto 36 não foi encontrado, porém,


foi possível obter registros fotográficos da propriedade, que estão
apresentados a seguir.

489
Figura 203 – Edificação do Ponto 36. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 37 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


276601/9092993

Esta edificação está localizada no Assentamento São Pedro (em fase


de regularização pelo INCRA), no município de Jaboatão dos Guararapes e é
de propriedade do senhor Manoel S. do N.. O lote tem 08 hectares onde são
plantadas banana e macaxeira. Não existe fornecimento de energia elétrica
e a água é de cacimba. O esgotamento sanitário é feito por fossa
rudimentar e o lixo é queimado na propriedade. Os serviços de saúde são
buscados no município de Jaboatão dos Guararapes. Na edificação mora
apenas o senhor Manoel. O registro fotográfico do Ponto 37 está
apresentado a seguir.

Figura 204 – Edificação do Ponto 37. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 38 (ADA) – Coordenadas UTM25S 277060/9092532

Esta edificação está localizada no Assentamento São Pedro (em fase


de regularização pelo INCRA), no município de Jaboatão dos Guararapes e é
de propriedade do senhor Benedito S.. O lote tem 08 hectares onde são
plantadas banana, coco e macaxeira. Não existe fornecimento de energia
elétrica e a água é de cacimba. O esgotamento sanitário é feito por fossa
rudimentar e o lixo é queimado na propriedade. Os serviços de saúde são
buscados no município de Jaboatão dos Guararapes. Na propriedade moram
cinco (05) pessoas, sendo duas (02) menores de idade. O registro
fotográfico do Ponto 38 está apresentado a seguir.

490
Figura 205 – Edificação do Ponto 38. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 39 (Limítrofe a ADA) – Coordenadas UTM25S


277454/9092284

Esta edificação está localizada no Assentamento São Pedro (em fase


de regularização pelo INCRA), no município de Jaboatão dos Guararapes e é
de propriedade do senhor Roberto C. de F. S.. O lote tem 08 hectares onde
são plantadas banana, inhame e macaxeira. Não existe fornecimento de
energia elétrica e a água é de cacimba. O esgotamento sanitário é feito por
fossa rudimentar e o lixo é queimado na propriedade. Os serviços de saúde
e educação são buscados no município de Jaboatão dos Guararapes e em
Roça Velha, respectivamente. Na propriedade moram sete (07) pessoas,
sendo quatro (04) menores de idade. O registro fotográfico do Ponto 39 está
apresentado a seguir.

Figura 206 – Edificação do Ponto 39. Fonte: Skill Engenharia.

• PONTO 40 (ADA) – Coordenadas UTM25S 278786/9090444

Esta edificação está localizada no Engenho Santo Estevão no


município de Cabo de Santo Agostinho. A propriedade pertence ao Engenho
Santo Estevão e residem ali quatro (04) pessoas. A senhora Maria N. dos S.
é uma das moradoras e foi quem prestou estas informações. A energia
elétrica é fornecida pela CELPE, a água é de cacimba e o esgotamento
sanitário é feito por fossa rudimentar. Olixo é queimado na propriedade. A
senhora Maria vende jambo, jaca e outras frutas para complementar sua
renda que é proveniente de uma pensão do falecido marido. Os serviços de

491
saúde são buscados em Ponte dos Carvalhos. O registro fotográfico do
ponto 40 está apresentado na figura seguir.

Figura 207 – Edificação do Ponto 40. Fonte: Skill Engenharia.

De acordo com o trabalho de campo realizado, pode-se constatar que o


padrão construtivo das edificações presentes na ADA é em sua maioria de
alvenaria (73,81%), algumas com um padrão de qualidade maior (pintura,
reboco) e outras apenas com tijolos e cimento, sem nenhum acabamento.
Das 42 edificações, apenas 11 (26,19%) são de taipa, com baixíssimo
padrão, como se pode constatar nos registros fotográficos apresentados
anteriormente. A maioria das edificações possue energia elétrica (88,1%) e
em todas as edificações (100%) o fornecimento de água é feito através de
cacimba. A telefonia fixa não existe em nenhum domicílio visitado. A
queima de lixo na propriedade é o padrão adotado (100%). Todas as
edificações utilizam a fossa para esgotamento sanitário, a exceção fica por
conta da ocupação às margens da estrada geral do Assentamento Engenho
Mato Grosso/Gameleira. Os dados tabulares a respeito destes itens estão
apresentados no quadro a seguir.

Quadro 91 – Serviços e padrão construtivo das casas na ADA.


Serviço/Padr ã o Á gua Ene r gia Es go to Lix o T e lefonia
A lvenaria T a ipa
co ns tr utiv o (cacim ba ) Elé tr ica (f o s s a ) (queima ) f ix a
Total de casas
com o serviço/ 42 37 42 42 0 31 11
característica
% 100 88,1 100 100 0 73,81 26,19
Fonte: Skill Engenharia.
A produção agrícola é majoritariamente de cana-de-açucar com exceção dos
Assentamentos onde existe uma produção de subsistência, com eventual
venda de produtos em feiras nas sedes dos municípios próximos (Paudalho,
Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata e
Moreno). A infraestrutura de transporte é muito deficiente, sobretudo na
época de chuva.

Salienta-se que o empreendimento interceptará dois assentamentos


agrícolas, são eles: Projeto de Assentamento (PA) Mato Grosso/Gameleira e
Projeto de Assentamento (PA) Engenho Canzanza, além de dois
assentamentos que foram mapeados em campo: O Assentamento São Pedro

492
e o Assentamento Engenho Colégio. O mapa com a localização dos
Assentamentos está apresentado a seguir (Mapa 26).

Chama a atenção o caso da ocupação às margens da estrada geral do


Assentamento Engenho Mato Grosso/Gameleira, a situação é de alta
vulnerabilidade social 10. Além disso, as condições sanitárias são
precaríssimas, não existindo, por exemplo, qualquer tipo de tratamento
para a água consumida, que é retirada de um buraco cavado próximo às
casas de taipa. A família vive de doações e de trabalhos eventuais, os
chamados “bicos”, e que não lhes garante uma condição de sustento.
Sugere-se especial atenção para o tratamento desta família no momento da
implantação do Programa de Desapropriação no âmbito do Plano Básico
Ambiental.

10
Vulnerabilidade social é um conceito multidimensional que se refere à condição de
indivíduos ou grupos em situação de fragilidade, que os tornam expostos a riscos e a níveis
significativos de desagregação social. Relaciona-se ao resultado de qualquer processo
acentuado de exclusão, discriminação ou enfraquecimento de indivíduos ou grupos,
provocado por fatores, tais como pobreza, crises econômicas, nível educacional deficiente,
localização geográfica precária e baixos níveis de capital social, humano, ou cultural, dentre
outros, que gera fragilidade dos atores no meio social.

493
Mapa 26 - Assentamentos da Reforma Agrária
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000
408

Ri o P acas
027

Rio Pirape m
Eng. Santo
280000

280000
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35°0'W
35°0'W

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São Lourenço

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2602902
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265000

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35°10'W
Rio
35°10'W

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9120000 9105000 9090000


8°0'S 8°10'S
Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas
36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Assentamentos Mapeados em campo - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
- Localidade: IBGE, 2010
PB Localidade Rodovia em Leito Natural Assentamentos Cadastrados no INCRA - Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Municípios Interceptados pela Rodovia Adaptado de IBGE, 2005 1:100.000
Rodovia Pavimentada Federal Cabo de Santo Agostinho - Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Limite Municipal
- Sistema Viário: Adaptado de IBGE,
O
8°S

Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Jaboatão dos Guararapes 0 1,25 2,5 5 km


TI C

Hidrografia 2013
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) Moreno
ÂN

PE Curso d'água - Hidrografia: IBGE, 2013


AT L

Massa d'água AID - Área de Influência Direta (500 m) Paudalho - Assentamentos: INCRA (2014) Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
atualizado por SKILL, 2014
NO

AII - Municípios Interceptados São Lourenço da Mata


- Assentamentos Mapeados em campo: Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA
OC

SKILL, 2014 SIRGAS 2000


AL - Áreas de Influência: SKILL, 2014 out/2014
9°S
• USO E COBERTURA DO SOLO NA ADA

O Mapeamento de uso e cobertura do solo para o empreendimento do


Arco Rodoviário Metropolitano do Recífe compreendeu a Área Diretamente
Afetada (ADA), que correspondente a uma faixa de 60 metros para cada
lado eixo do projeto. No mapeamento buscou-se caracterizar os elementos
naturais preservados ou antropizados, bem como, quantificar as
infraestruturas físicas desenvolvidas pela ação humana. Desta forma foram
definidas duas grandes categorias: uma na qual a dinâmica está relacionada
com as atividades socioeconômicas, denominada “Uso Antrópico”, e outra
cuja dinâmica está relacionada com os elementos da natureza, denominada
“Cobertura Natural”. A partir destas categorias foram definidas as classes
de mapeamento conforme o quadro a seguir que apresenta a relação das
classes por categoria:

Quadro 92- Classes de uso e cobertura do solo por categoria.


Cob ert u ra Nat u ral U so An t róp ic o
Remanecente florestal Agropecuária
Vegetação arbustiva Solo exposto
Massa d’água Silvicultura
Edificações
Vias
Cobertura de nuvens

DESCRIÇÃO DAS CLASSES DE COBERTURA NATURAL

• Remanescente florestal

Essa classe foi definida para caracterizar todos os fragmentos de


vegetação nativa, que estejam em estágio médio ou avançado de
desenvolvimento. Pode-se destacar como fato relevante a baixa quantidade
de vegetação nativa em avançado estágio de desenvolvimento, essa
constatação pode ser explicada devido a expansão da agricultura na região.
Também pode-se destacar que os remanescentes florestais encontram-se
distribuídos de forma exparsa por toda a área do empreendimento. As áreas
de Remanescentes florestais compõem 45,45 hectares, correspondendo a
7,85% da área total da ADA. Exemplos de fragmentos florestais podem ser
visualizados na figura a seguir.

497
Figura 208 - Remanescentes florestais.

• Vegetação Arbustiva

A classe de vegetação Arbustiva representa as áreas onde a


vegetação não está totalmente desenvolvida, ou em estágio de regeneração
inicial. Observa-se a ocorrência dessa classe em propriedades abandonadas,
ou que estejam praticando a técnica de pousio. A classe vegetação
arbustiva compõem 119,70 hectares, correspondendo a 20,68% da área
total da ADA. Exemplos da classe podem ser visualizados na figura a seguir.

Figura 209 – Vegetação arbustiva

• Massa d’água

Essa classe representa os corpos hídricos com área de superfície


possível de identificar através das imagens. Os corpos hídricos interpretados
são rios córregos e açudes. Com a análise dos dados constatou-se que sua
área total é de 1,81 hectares, representando 0,31% da área total da ADA.
Alguns exemplos da classe massa d’água podem ser visualizados na figura
a seguir.

498
Figura 210 - Massas d’água

DESCRIÇÃO DAS CLASSES DE USO ANTRÓPICO

• Agropecuária

A classe de agropecuária corresponde as lavouras temporária e a


pecuária. O primeiro caso diz respeito às culturas de curta e media duração,
que após a colheita deixam o terreno disponível para novo cultivo ou para o
aproveitamento da pecuária. Destaca-se a culturas de cana-de-açúcar. A
pecuária aqui caracterizada está às áreas abertas visando a produção de
gado e outros animais em menor quantidade.

A agropecuária está distribuída por toda a área do empreendimento,


não existindo uma concentração específica em determinado lugar. A partir
da quantificação percebe-se a expressividade da agropecuária na área do
empreendimento, pois a mesma compõe 353,49 hectares, correspondendo
a 61,08% da área total da ADA. Na figura a seguir pode-se observar
algumas atividades agropecuárias desenvolvidas na região, dentre ela o
cultivo da cana-de-açucar.

Figura 211 - Atividades agropecuárias

499
• Solo Exposto

Essa classe foi definida para caracteriazar áreas desprovidas de


qualquer cobertura vegetal, e que não estão relacionadas a nenhuma
cobertura asfáltica ou de concreto. As áreas mais expressivas estão
relacionadas mais intimamente com ações de escavações e terraplenagens
referentes a obras, enquanto as menores áreas estão relacionadas com o
preparo da terra para agricultura. No que refere-se a quantitativos concluí-
se que ela ocupa uma área de 13,52 hectares, representando 2,34% da
área total da ADA, esses exemplos da classe podem ser vistos na figura a
seguir.

Figura 212 – Áreas com solo exposto

• Silvicultura

A Silvicultura se caracteriza pelos maçicos florestais homogêneos de


uma única espécie, na área de estudo identificou-se apenas a ocorrência de
plantios de eucaliptos. Estas áreas podem ser utilizadas tanto para fins
comerciais, quanto para o consumo próprio. Através da quantificação dos
resultados percebeu-se que essa classe possui 0,13 hectares,
representando 0,13% da área total da ADA. Um exemplo de área com
silvicultura pode ser visualizado na figura a seguir.

500
Figura 213 – Área com cultivo de Eucalipto

• Edificações

Essa classe identifica a presença de casas e benfeitorias na ADA. As


áreas identificadas são referentes a propriedades rurais, não observou-se a
presença de conglomerados habitacionais, bem como infraestruturas
relacionadas a indústrias, esse fato pode ser explicado devido as
características rurais da área. A área total identificada é de 1,39 ha,
representando 0,24% da área total da ADA. Na figura abaixo pode-se
visualizar exemplos dessa classe.

Figura 214 –Edificações presentes na área de estudo

• Vias

Corresponde a todas as vias, que cruzam ou interferem na ADA. Foram


interpretadas como vias, as rodovias federais, municipais e estradas
agrícolas. Essa classe ocupa uma área de 38,7 hectares, representando
6,69% da área total da ADA. Dentre as vias destaca-se a presença da BR-
101 no extremo sul do empreendimento, da BR-232 no centro, e da BR-408
no extremo norte do empreendimento. Exemplos dessas classes podem ser
observados na figura a seguir.

501
Figura 215 – Vias utilizadas para o escoamento da produção

• Cobertura de Nuvens

A classe de cobertura de nuvens se faz necessária sempre que, por


questões climáticas, uma determinada porção da área de estudo encontra-
se coberta por nuvens ou mesmo sombra de nuvens, fator que impede a
classificação correta do uso e cobertura do solo no local. O local onde
ocorreu tal situação se encontra próximo das localidades de Engenho
Cazanza, município de Moreno, de Engenho Sucupema e São Salvador,
município de Jaboatão dos Guararapes. Optou-se por apresentar essa classe
como pertencente a categoria de Uso Antrópico devido ao contexto do local
onde se localiza a ocorrência. A classe Cobertura de Nuvens possui uma
área de 4,5 hectares, representando 0,79% da área total da ADA. Um
exemplo de cobertura de nuvens pode ser visto na Figura 216.

Figura 216 – Cobertura de nuvens.

502
DISTRIBUIÇÃO DAS CLASSES DE USO E COBERTURA DO SOLO.

A partir da classificação e geração do mapa de uso e cobertura do


solo apresentado no Anexo 8, foram calculadas as áreas em hectares que
cada classe ocupa e sua respectiva participação relativa (%) na área de
estudo. A categoria de Cobertura Natural apresenta uma distribuição na
ADA de 28,85% e a categoria de Uso Antrópico representa 71,15% da ADA.
Observou-se a predominância da classe agropecuária, seguida da classe
vegetação arbustiva, desta forma cabe destacar que essas duas classes
juntas ocupam mais de 80% da área total da ADA. Outro fato relevante é
que as classes silvicultura, massa d’água e edificações ocupam juntas
menos de 1% da área total do empreendimento. Pode-se destacar também,
devido a sua baixa participação na área (8% do total da ADA) a classe
Remanescente Florestal, já que essa representa os fragmentos de
vegetação nativa da região, esse fato pode representar o nível de
degradação ambiental que a área de estudo está inserida. Quando
comparado com a classe agropecuária pode-se fazer uma relação de causa
e efeito, onde uma expande-se em detrimento da outra. A quantidade de
hectares e a distribuição percentual de cada classe em relação a ADA
podem ser vistos no quadro a seguir.

Quadro 93 - Distribuição das áreas e percentual de cada classe em relação a ADA.


Classes Área ( h a) % d e d ist rib u iç ão
Remanescente florestal 45,45 7,85%
Vegetção arbustiva 119,70 20,68%
Massa d’água 1,81 0,31%
Agropecuária 353,49 61,08%
Solo exposto 13,52 2,34%
Silvicultura 0,13 0,02%
Edificações 1,39 0,24%
Vias 38,71 6,69%
Cobertura de nuvens 4,55 0,79%
Total 578,75 100%

No gráfico abaixo, pode-se visualizar a distribuição de cada categoria


e de suas respectivas classes de uso e cobertura do solo em relação a área
total da ADA. Com relação as categorias percebe-se que a categoria de Uso
Antrópico abrange 71,15% da área total da ADA, e a categoria de Cobertura
Natural corresponde a 28,85% do total da ADA.

503
Figura 217 – Gráfico de distribuição das classes de uso e cobertura do solo e suas categogias.

8.5.PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E ARQUEOLÓGICO


8.5.1. CARACTERIZAÇÃO MACRORREGIONAL (CONTEXTO ESTADUAL)

• PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Pernambuco foi uma das áreas pioneiras na ocupação da América


portuguesa. Na faixa de litoral que hoje integra o Estado foram dados os
primeiros passos na ocupação de uma vasta porção de território que
posteriormente se tornou um dos maiores centros produtores de riqueza no
império português. No contexto das primeiras expedições de
reconhecimento e vigilância realizadas no início do século XVI, Pernambuco
acolheu a instalação de feitorias que serviam ao mesmo tempo como ponto
de acumulação de mercadorias locais – especialmente o pau-brasil – e como
estrutura defensiva. As primitivas feitorias foram instaladas entre 1516 e
1526 nas margens do Canal de Santa Cruz, onde atualmente estão os
municípios de Itapissuma e Ilha de Itamaracá. A ocupação efetiva e
sistemática do território iniciou-se, entretanto, somente com a instalação do
sistema de capitanias hereditárias. Em março de 1535, Duarte Coelho
aportou em Pernambuco para tomar posse de sua capitania, que ele batizou
de Nova Lusitânia.

Os limites atuais da capitania de Duarte Coelho eram bastante


diferentes dos limites do atual estado de Pernambuco. A doação recebida
em caráter vitalício e hereditário compreendia toda a faixa de litoral que ia
da parte sul do Canal de Santa Cruz até a foz do rio São Francisco. Na
doação estavam incluídas a margem esquerda, as águas e as ilhas do rio.
Por isso a jurisdição de Pernambuco alcançou posteriormente áreas muito
remotas no que viria a ser a comarca do São Francisco, que englobava

504
territórios atualmente pertencentes ao estado da Bahia. Duarte Coelho,
diferentemente de outros donatários, empenhou-se em consolidar uma
economia baseada na produção de açúcar, evitando a realização de
expedições na busca de metais preciosos, apesar das pressões da coroa
nesse sentido. Homem enérgico impôs uma ordem rigorosa na capitania,
que começou a ocupar pela sua porção mais ao norte, inicialmente
fundando Igarassu e depois Olinda.

O primeiro donatário faleceu em Portugal em 1554, mas sua esposa


Dona Brites de Albuquerque e seus filhos continuaram a obra de colonização
de Pernambuco. Durante a segunda metade do século XVI os colonizadores
europeus se esforçaram em dar combates aos povos nativos da região,
principalmente os caetés, expulsando-os das férteis terras da várzea do rio
Capibaribe e das zonas mais ao sul da capitania. Nessa época, por suas
riquezas, a capitania já chamava a atenção de outros europeus excluídos na
divisão do mundo entre portugueses e castelhanos. Em 1561 uma parte dos
franceses que haviam sido expulsos do Rio de Janeiro decidiu tentar a sorte
num ataque a Pernambuco, mas foram energicamente enxotados por
Duarte de Albuquerque Coelho, o segundo donatário. Ainda nessa década
realizou-se uma grande expedição de ataque aos caetés que foram
dizimados e expulsos da faixa de terra que ia do Cabo de Santo Agostinho
até o rio São Francisco.

A partir da consolidação da ocupação nas excelentes terras da várzea


do Capibaribe e nos férteis terrenos do litoral sul da capitania, a
agroindústria açucareira experimentou um verdadeiro boom em
Pernambuco. O problema da mão-de-obra foi remediado com a importação
de escravos negros africanos, uma vez que os nativos não se adaptavam ao
trabalho compulsório e às lides sistemáticas da agricultura e não havia
braços livres e brancos para o cultivo. O número de engenhos cresceu
substancialmente, passando de 23 em 1570, para 66 em 1583, 90 em 1612
e 150 em 1629. 11 A riqueza dos colonos de Pernambuco alcançou grande
renome na Europa e foi destacada em repetidas ocasiões por viajantes e
cronistas que visitaram a terra durante o final do século XVI e o início do
XVII.

Por outro lado, as zonas do interior, onde a cana não se adaptava ou


que eram distantes de mais para uma produção economicamente viável de
açúcar, começaram a ser ocupadas pelas atividades pecuárias. O gado,
como mercadoria que se transportava a si mesmo, permitiu o surgimento de
uma ocupação rala, mas efetiva das zonas do agreste e posteriormente do
sertão da capitania. Os rebanhos criados nessas áreas forneciam carne e

11
SCHWARTZ, S., “O Brasil Colonial, c. 1580-1750: as grandes lavouras e as periferias”, in:
BETHELL, L., História da América Latina: América Latina Colonial, v. II, p. 343.

505
força motriz aos engenhos e núcleos de povoação do litoral, formando uma
economia subsidiária. Os criadores utilizavam os rios como roteiros de
penetração, especialmente o rio São Francisco, que chegou a ser conhecido
como o “rio dos currais”. Ao longo do século XVII a criação expandiu-se
alcançando zonas do sertão do Ceará e do Piauí cuja produção convergia, na
forma de gado vivo, carne salgada e couros para Pernambuco e Bahia.
Antonil estimava em 800 mil cabeças o rebanho existente em Pernambuco
no início do século XVIII.

Entre 1580 e 1640, Portugal e suas colônias passaram ao domínio


espanhol em virtude da união das coroas dos dois reinos em Felipe II, rei da
Espanha. Nessa fase, um evento marcante influenciou significativamente o
desenvolvimento histórico de Pernambuco: a invasão holandesa em 1630.
Promovida pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, fazia parte de
um plano maior para desestabilizar o império colonial espanhol nas
Américas. Os invasores permaneceram em Pernambuco até 1654, havendo
ocupado ainda a zona do litoral na franja que vai da foz do São Francisco até
São Luís, assim como alguns dos mais importantes portos fornecedores de
escravos na África. Foi um período de conflito praticamente constante, que
obrigou o deslocamento de populações para a Bahia e Rio de Janeiro,
desorganizou a produção de açúcar e permitiu a fuga de escravos que
formaram o poderoso Quilombo dos Palmares. Entre 1637 e 1644 a
conquista foi administrada por João Maurício de Nassau, nobre humanista de
origem alemã que trouxe a Pernambuco uma verdadeira corte de artistas e
estudiosos e que se empenhou pessoalmente na urbanização do Recife,
transformando-o num verdadeiro centro urbano e deslocando desde então o
centro nevrálgico da capitania de Olinda para o seu porto, outrora um
pequeno vilarejo de pescadores e gente do mar.

A expulsão dos contingentes da Companhia das Índias Ocidentais se


completou em 1654 depois de nove anos de combates. O esforço da guerra
foi suportado quase exclusivamente pela elite luso-pernambucana, o que
deu opurtunidade para que essa elite exigisse um tratamento diferenciado
por parte da recém-restaurada coroa portuguesa. A política metropolitana,
porém, foi extremamente negativa para Pernambuco, sobrecarregando a
capitania com novos impostos criados para custear uma política de alianças
portuguesa na Europa que permitisse fazer frente à ameaça de retomada
castelhana sempre presente. O cenário negativo se completava com a baixa
nos preços do açúcar provocada pela concorrência dos produtores
holandeses nas Antilhas e com a alta do preço dos escravos, ainda mais
caros depois do surgimento das primeiras notícias de ouro no centro-sul da
América portuguesa.

506
Durante essa segunda metade do século XVII se formou no Recife
uma comunidade mercantil que lentamente poupou significativas fortunas,
passando posteriormente a pleitear os cargos políticos locais. Preocupados
em manter seu status quo político, já que o econômico se encontrava
bastante danificado, a elite açucareira se esforçou para evitar que os
mercadores do Recife, muitas vezes credores de altas somas dos
eternamente endividados senhores de engenho, conseguissem ter acesso
aos cargos da Câmara de Olinda. As desavenças entre os dois grupos
forçaram a coroa a tentar uma solução de acomodação criando uma nova
câmara no Recife em 1709, ato que fez estalar um conflito civil de pequenas
proporções conhecido como Guerra dos Mascates, que se estendeu até
1711 e terminou com saldo negativo para a elite açucareira. O Recife
ganhou então ainda mais importância, encobrindo de vez o velho burgo
duartino.

Entretanto, ao longo do século XVIII os interesses dos dois grupos,


terra tenentes e comerciantes, foi lentamente convergindo e as alianças de
família estimularam uma aproximação reticente de parte a parte. Os
ressentimentos com a política metropolitana foram se agravando com a
crescente espiral de medidas que incrementavam a exploração colonial,
como o estabelecimento da Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e
Paraíba, que funcionou de 1759 a 1779 e o alvará de proibição de
manufaturas na colônia proclamado em 1785. No final do século XVIII um
novo ramo de produção assume considerável importância: o cultivo de
algodão, uma vez que problemas de fornecimento às nascentes indústrias
inglesas obrigaram os consumidores britânicos a buscar novos provedores
de matéria-prima.

A transferência da família real para a América em 1808 representou


para Pernambuco uma sobrecarga fiscal. As vantagens conseguidas pela
Abertura dos Portos decretada pelo príncipe regente D. João não foram
suficientes para contrabalançar o impacto de um crescente incremento dos
tributos para a manutenção da corte no Rio de Janeiro. O descontentamento
que se acumulava desde o último quartel do século XVIII somou-se às
influências das ideias liberais e ilustradas que chegavam com intensidade
cada vez maior através dos estudantes que haviam passado por Coimbra ou
outras universidades europeias e dos livros contrabandeados para a
capitania. Com a fundação do Seminário de Olinda em 1800 surgiu um
verdadeiro polo de difusão de ideias libertárias. Todos esses ingredientes
resultaram no estalar do movimento revolucionário republicano de 1817, o
mais importante já ocorrido no império português. Os revolucionários
chegaram a tomar o poder durante 75 dias, mas a repressão brutal da corte
do Rio de Janeiro esmagou o movimento. A rebeldia pernambucana voltaria
a ameaçar o poder central em várias ocasiões, mesmo depois da

507
independência, sendo os movimentos de maior destaque os da
Confederação do Equador em 1824 e o da Revolta Praieira de 1848. Em
represália aos movimentos de 1817 e 1824 Pernambuco perdeu territórios
que hoje formam Alagoas e integram a Bahia.

Ao longo do século XIX o centro econômico do Brasil se deslocou para


o eixo centro-sul. As regiões de São Paulo e Rio de Janeiro se caracterizaram
como áreas de produção do café, produto que passou a ser o carro chefe
das exportações brasileiras até bem entrado o século XX. Em Pernambuco
as tentativas de modernização da produção açucareira com a introdução
das usinas não foram suficientes para deter a perda de importância do
estado no cenário nacional. Embora tenha se mantido como principal centro
regional durante todo o século XIX e boa parte do XX, o estado não
acompanhou o ritmo do desenvolvimento industrial do centro-sul do país,
perdendo posições inclusive no âmbito regional. Atualmente, aproveitando-
se da boa conjuntura econômica nacional, ensaia-se uma retomada do
desenvolvimento com o estímulo à fixação de indústrias no estado.

• PATRIMÔNIO IMATERIAL

A Constituição de 1988 privilegia não apenas os bens materiais como


patrimônio cultural. Com a implantação do Programa Nacional do Patrimônio
Imaterial (PNPI) em 2000, foram estabelecidas diretrizes com ações voltadas
para a identificação, registro e salvaguarda dos bens culturais de natureza
imaterial.

A UNESCO define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas,


representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os
instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados
- que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos
reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” 12 Portanto,
o Patrimônio imaterial é constituído por elementos que a sociedade atribui
valores e que constituem referências de identidade para determinado grupo
social, sejam eles hábitos, técnicas de produção, festividades, formas de
expressão, lugares de referência para a população, enfim, tudo que
identifique características de um determinado grupo social.

Pernambuco é uma região muito rica em relação ao Patrimônio


imaterial devido à diversidade cultural existente durante toda a ocupação
do seu território. Alguns traços culturais primeiramente deixados pelos
variados grupos indígenas que habitavam a região, seguido pelos
colonizadores europeus que por sua vez trouxeram o elemento negro,

12
Disponível em http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=10852&retorno=
paginaIphan. Site acessado em 05/12/2011.

508
introduziram elementos presentes na sociedade nordestina até os dias
atuais. Cada um desses elementos deixou traços de sua cultura que foram
transmitidos de geração e geração, além da criação de novos elementos
culturais produzidos pela sociedade formada ao longo dos anos em função
do meio ambiente, de sua relação com a natureza e com a história de cada
grupo, criando uma identidade que o diferencia de outros grupos.

O frevo (registrado em 28/02/2007 na categoria Formas de


Expressão) a Ferira de Caruaru (registrada em 20/12/2006 na categoria
Lugares), tipicamente pernambucanos, são considerados Patrimônio
Imaterial Brasileiro pelo IPHAN. A Capoeira também registrada pelo IPHAN
onde a Roda de Capoeira foi registrada no Livro das Formas de Expressão,
em 2008, e o Ofício dos Mestres de Capoeira, inscrito no Livro dos Saberes,
também em 2008. Ainda a nível estadual estão registrados o Maracatu, o
bolo de rolo, o bolo de Souza Leão, a cachaça, a tapioca do Alto da Sé e o
Bloco O Galo da Madrugada, maior bloco carnavalesco do mundo. Além dos
citados, a FUNDARPE entregou um pedido oficial ao Instituto do Patrimônio
Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), em março de 2008, solicitando a
inclusão do Cavalo Marinho, Caboclinho, Maracatu Rural e Maracatu Nação
como bens imateriais brasileiros. 13

Um dos instrumentos da política de preservação do patrimônio


cultural imaterial brasileiro é o Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial, instituído pelo Decreto nº 3.551 de 04 de agosto de 2000. Trata-
se instrumento legal para o reconhecimento e valorização do Patrimônio
Cultural Imaterial Brasileiro. Os bens registrados são inscritos nos livros de
Registro dos Saberes, das Celebrações, das Formas de Expressão e dos
Lugares. 14

Foram considerados neste item os registros identificados no


levantamento do patrimônio cultural e imaterial do Estado de Pernambuco,
como um todo. Embora muitos destes elementos da cultura imaterial
tenham origem e tradição associadas a determinados municípios, podem
ser encontrados em todo o estado como forma de manifestação da cultura.

Na esfera federal estão registrados, junto ao IPHAN, os bens


imateriais descritos na sequência, salientando que a abrangência desse
patrimônio extrapola os limites da AII do empreendimento.

13
Diário de Pernambuco. Maracatu, um patrimônio imaterial? disponível em:
http://www.cultura.gov.br/site/2008/03/31/maracatu-um-patrimonio-imaterial/.
14
O Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), instituído pelo Decreto nº 3.551 de 04
de agosto de 2000, foi criado com o intuito de viabilizar projetos de identificação,
reconhecimento, salvaguarda e promoção da dimensão imaterial do Patrimônio Cultural.
Fonte: IPHAN. Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=13515&sigla=Institucional&r
etorno=detalheInstitucional . Acessado em 07/12/2011.

509
• FREVO

• Inscrição: Livro de Registro das Formas de Expressão

• Referência: V.1, Folha: 6, Verso, Registro n. 4 2007.


• Tipos: Frevo-de-rua, Frevo-canção, Frevo-de-bloco, O Passo
• Localização: Pernambuco

• Número do Processo: 01450.002621/2006-96


• Data: 28/02/2007

O Frevo é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética


densamente enraizada em Recife e Olinda, no Estado de Pernambuco. O
Frevo surge no final do século 19, no carnaval, num momento de transição e
efervescência social, como expressão das classes populares na configuração
dos espaços públicos e das relações sociais nessas cidades. De repertório
eclético, composto por vários estilos musicais, o frevo apresenta três
grandes modalidades: Frevo-de-rua, frevo-de-bloco, frevo-canção.
Instrumentos de sopro e de percussão são utilizados na instrumentação.
Parte integrante da música é o passo, sua dança característica conforme a
foto a seguir.

Figura 218- Passista de Frevo no centro do Recife.


Fonte: Acervo da Casa do Carnaval. Autor e data não mencionados.

• FEIRA DE CARUARU

• Inscrição: Livro de Registro dos Lugares


• Referência: V.1, Folha: 2, Verso, Registro n. 2 2006.
• Localização: Caruaru-PE

• Número do Processo: 01450.002945/2006-24


• Data: 20/12/2006

510
Constam registrados como bens nacionais pelo IPHAN:

• Ofício dos Mestres de Capoeira (Bem Nacional)

• Inscrição: Livro dos Saberes


• Referência: Volume 1, Folha 8, Verso, Registro n. 5 2008.
• Localização: Nacional

• Número do Processo: 01450.02863/2006-80


• Data: 21/10/2008

• Roda de Capoeira (Bem Nacional)

• Inscrição: Livro das Formas de Expressão

• Referência: Volume 1, Folha 9, Verso, Registro n. 7 2008.


• Localização: Nacional
• Número do Processo: 01450.02863/2006-80

• Data: 21/10/2008

• Comunidades Quilombolas

Na Fundação Palmares foram identificadas duas comunidades


quilombolas no município do Cabo de Santo Agostinho. Tais comunidades
são denominadas Onze Negras (Data da publicação: 19/08/2005) e Engenho
Trapiche (Data da publicação: 20/01/2006), ambas com código do IBGE
número 2602902. Vale salientar que as comunidades se encontram fora da
AID/ADA deste empreendimento.

• Bens imateriais em processo de registro pelo IPHAN:

• Caboclinho
• Cavalo-Marinho
• Maracatu Nação

• Maracatu Rural
• Patrimônio Imaterial registrado a nível Estadual

No âmbito estadual o registro dos bens culturais imateriais é


realizado pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, através da
Lei nº 7.970, de 18 de setembro de 1979, assinada pelo então governador
Marco Maciel. A FUNDARPE é responsável pelos estudos técnicos e ao
Conselho Estadual de Cultura, e tem a missão de emitir, parecer e julgar as
propostas.

511
Além do patrimônio de bens imateriais, Pernambuco foi o primeiro
estado brasileiro a instituir, no âmbito da Administração Pública, o Registro
do Patrimônio Vivo, (Lei nº 12.196, de 2 de maio de 2002) que reconhece e
gratifica com uma pensão vitalícia mensal, representantes da cultura
popular e tradicional do Estado.

Os bens culturais e imateriais considerados pela Assembleia


Legislativa de Pernambuco são listados na sequência:

• Agremiação carnavalesca “Bloco da Saudade”, do Recife;

• Alto do Moura, município de Caruaru;

• Bloco carnavalesco O Galo da Madrugada (Recife);

• Bolo Souza Leão;

• Cachaça;

• Carnaval de Olinda;

• Cartola;

• Conjunto arquitetônico e espetáculo da Paixão de Cristo de Nova


Jerusalém, município de Brejo da Madre de Deus;

• Dança de Brinquedo Popular - Ciranda;

• Dança do Xaxado;

• Festa da Pitomba, Prazeres, município de Jaboatão dos Guararapes;

• Festa do Vaqueiro e Missa do Vaqueiro, município de Serrita;

• Papangus de Bezerros;

• São João de Caruaru;

• Manguebeat, municípios de Olinda e Recife.

Já os bens que se encontram em PROCESSO DE ANÁLISE pela


Assembleia Legislativa de Pernambuco são listados na sequência:

• Agremiação carnavalesca “Bloco das Flores”, em Recife;

512
• Bloco carnavalesco “A Mulher da Sombrinha”, município de Catende;

• Carnaval de Vitória de Santo Antão;

• Festa da Batalha do Reduto, município de Rio Formoso;

• Festa das Dálias, município de Taquaritinga do Norte;

• Festa das Marocas, município de Belo Jardim;

• Sítio Histórico dos Montes das Tabocas, município de Vitória de


Santo Antão;

• Patrimônio Imaterial nos municípios Inseridos na AII do


empreendimento.

Relacionam-se a seguir os principais aspectos relacionados com o


Patrimônio Imaterial dos cinco (5) municípios que integram a AII do
empreendimento:

• PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO

A paisagem como cenário é o modo, a percepção do senso comum de


se entender “paisagem”. Do ponto de vista de uma visão científica, a
“paisagem” vem sendo estudada por diferentes áreas. De início, a
Geografia foi um dos primeiros ramos da Ciência a se preocupar com o
estabelecimento de um conceito para “paisagem”. Uma abordagem
ecológica de “paisagem” veio a transformar profundamente as primeiras
ideias estabelecidas pela Geografia. Segundo Schreiber (1990 15), a
paisagem é entendida como uma "unidade de estudo" onde são
considerados, “a regularidade, o arranjo, a distribuição e o conteúdo do
ecossistema em uma área geográfica definida, e o papel da configuração
espacial afetando o funcionamento deste”. Segundo Demattê (1997) 16, a
paisagem pode ser definida como sendo “o espaço territorial abrangido num
lance de vista, ou ainda, extensão de terreno a partir de um ponto
determinado”.

Do ponto de vista de sua formação, a “paisagem”, sob a ótica


geográfica, é o resultado atual de um longo processo evolutivo do relevo,
somado às ações do clima e interferências humanas. Sob este prisma, a
estrutura da paisagem corresponde à organização de seus ecossistemas e
seus elementos ou fatores como: solo, relevo, cobertura vegetal, material

15
SCHREIBE, K.F. The history of landscape ecology in Europe. En ZONNEVELD, I.S. Ch ingin
landscape: an ecological p erspective, New York, p. 234-256, 1990
16
DEMATTÊ, M. E. S. P. Princípios de p aisagismo. Jaboticabal: FUNEP, 1997

513
geológico e o clima. Assim, a ação do homem, as transformações
produzidas direta e indiretamente pelas sociedades humanas representam a
interação cultural do homem com o seu meio. Portanto, o processo de
transformação da superfície terrestre, sua construção e reconstrução pela
ação do homem definem a relação da sociedade com o meio natural e
social, e destes com os seres humanos, produzindo cultura. Desta forma, a
apropriação, ocupação e transformação do espaço geográfico é um
processo cultural, criando bens materiais, valores, modos de fazer, de
pensar, de perceber o mundo é, em síntese, cultura (CLAVAL, 1999 17). A
paisagem, sob este enfoque, pode ser entendida como a fisionomia, a
morfologia que expressa o espaço, refletindo a visão que a população tem
de seu entorno, funcionando como suporte da identidade e estímulo à
coesão dentro da sociedade, integrando ciência e emocional, a leitura da
paisagem natural não é mais um função de suas formas e conteúdos; ou um
cenário observável; mas inserida na leitura do homem. Assim, a paisagem
passa a ser analisada nos limites de uma região em seu contexto histórico
de ocupação, onde a organização espacial é resultado das decisões sociais,
refletindo uma paisagem cultural.

Tem-se assim que, na análise ambiental, em uma abordagem


geoecológica, dois momentos a considerar 18:

• Paisagem Percebida – que corresponde à elaboração mental a partir


de um conjunto de percepções, basicamente visual que caracteriza
um espaço geográfico qualquer, observado em um determinado
momento, de um ponto de observação determinado e por um
observador individual.

• Paisagem Valorizada – que abrange os sentimentos espaciais e a


ideia de uma comunidade sobre o espaço a partir das experiências
vividas, refletindo o afetivo, o imaginário e a personalização da
paisagem.

• PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO

Do ponto de vista do patrimônio espeleológico, o levantamento de


dados secundários foi pautado com base na bibliografia, em que se inclui a
toponímia expressa na cartografia, assim como no potencial de cada área
em função de suas matrizes geológicas.

Ao todo, estão registradas no Cadastro de Cavernas da Sociedade


Brasileira de Espeleologia 19 06 cavernas no Estado de Pernambuco, sendo

17
CLAVAL, P. A Geografia cultural. Florianópolis: Editorial da UFSC, 1999.
18
RODRIGUES, J.M.M. e DA SILVA, E.V. L a g eoecologia del p aisaje, como fundamento p ara el
an alisis ambiental. Rede – Revista Eletrônica do PRODEMA, Fortaleza, V.l, n I, p.77-98, dez,
2007.

514
01 no Distrito Estadual Fernando de Noronha, 01 no município de Buíque e
04 no município de Brejo da Madre de Deus. A exceção de Buíque, onde a
erosão eólica agindo sobre a formação arenítica conduziu à escavação de
algumas cavernas e diversos abrigos, nos demais municípios prevalece o
terreno cristalino. Ali as chamadas cavernas resultam da sobreposição de
grandes blocos de rocha, decorrente de antigos desabamentos. É o caso da
caverna citada em Brejo da Madre de Deus e de vários outros abrigos de
mesma formação, nos quais as pesquisas arqueológicas realizadas
permitiram a localização de vestígios relevantes para o estudo da pré-
história brasileira.

O potencial espeleológico do Estado de Pernambuco, no sentido lato,


está, em muitos casos, associado à arqueologia, a ocupações humanas pré-
históricas.

O Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil – CNC, não registra a


presença de formações cavernícolas de interesse espeleológico na área de
influência indireta (AII) deste empreendimento. A despeito da presença de
rochas carbonáticas, representada pelas Formações Gramame e Maria
Farinha do Grupo Paraíba, presentes no litoral Norte de Pernambuco,
mesmo no litoral onde tais rochas se expõem em contato com o mar, não há
referências à presença de cavernas. Deste modo, os municípios de São
Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo
Agostinho, não apresentam potencial espeleológico reconhecido até o
momento.

• PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO

As referências mais próximas da área de Influência Indireta do Arco


Metropolitano compreendem os achados paleontológicos localizados nos
municípios de Paulista e Olinda.

No final da década de 40 o pesquisador Paulo J. Duarte descobriu em


Olinda-PE, a ocorrência de fosforitos marinhos com considerável teor em
fosfato, associados aos arenitos calcíferos da bacia sedimentar costeira nos
estados de Pernambuco e Paraíba. Kegel (1953) denominou de Formação
Itamaracá esses arenitos calcíferos de granulometria grossa com abundante
fauna cretácea e, posteriormente, Kegel (1955) incluiu na referida formação
a porção inferior de arenitos friáveis, continentais, com restos de plantas
carbonizadas, por vezes conglomeráticos, interdigitados com calcarenitos
de fácies marinhas anteriores. Em 1957 foi inaugurada, pelo então
presidente Juscelino Kubitschek a Fábrica Fosforita Olinda S/A, cuja área de

19
Disponível para sócios em http://www.sbe.com.br/cnc_consulta.asp - acessado em 03-08-
2011.

515
extração de minerais fosfatados presentes em rocha sedimentar envolviam
fósseis.

Alguns peixes fósseis que se encontram expostos no Museu Histórico


do Município de Igarassu estão catalogados como provenientes das minas
exploradas pela Fábrica de Cimento Poty como pode ser observado na
figura a seguir.

Figura 219- Peixe fossilizado catalogado como proveniente das minas da fábrica de Cimento
Poty, no município de Paulista. Acervo do Museu Histórico de Igarassu-PE.
Fonte: Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

A Arqueologia vem possibilitando, principalmente a partir de uma


abordagem interdisciplinar, o resgate do processo de povoamento do
continente americano. Estudos mais recentes vêm revelando a diversidade
e, principalmente, a intensidade e antiguidade deste processo. O avanço
destes estudos tem contribuído para a construção de um conhecimento
mais amplo e concreto das relações estabelecidas na dinâmica da
constituição do ambiente físico e humano.

No que se refere mais especificamente ao povoamento do atual


território brasileiro, é interessante observar que a ampliação e
intensificação das áreas submetidas à exploração arqueológica têm
proporcionado modificações do conhecimento que se vêm construindo.
Muitas das informações que se tem resgatado nos últimos anos têm,
inclusive, promovido à reformulação de conceitos internacionais 20.

2020
Nos anos de 1980, Marcos Albuquerque ao identificar evidências de aldeias filiadas aos
grupos portadores da Tradição Ceramista Tupiguarani muito bem estabelecidas, estáveis a
ponto de se apresentar um aumento populacional e representação figurativa em sua
cerâmica, no semi-árido pernambucano. Esta contatação o levou a questionar os reais
fatores limitantes à fixação deste grupo em determinada fisiografia, bem como questionar
sua inserção no conceito estabelecido por Stewart: Agricultores de Floresta Tropical.

516
O resultado de pesquisas arqueológicas desenvolvidas na região tem
revelado distintos grupos étnico-culturais e linguísticos interagindo
distintamente com o meio ambiente no qual se encontra inserido ao longo
do tempo. Pequenos grupos de caçadores e coletores, nômades, não
produtores de seu próprio alimento, mas exploradores e dependentes dos
recursos que o ambiente físico oferece foram identificados em praticamente
todo o território. Normalmente, as evidências que se tem resgatado destes
grupos são peças líticas lascadas e alguns painéis rupestres, gravados ou
pintados. Alguns sepultamentos foram também resgatados e, através deles,
muitas informações sobre a vida, as crenças e a morte daqueles indivíduos
e do grupo que integrava puderam ser recuperadas. A extensão temporal
obtida para a ocupação do território por estes grupos se apresenta bastante
longa, recuando a alguns milhares de anos e chegando até meados do
século XX 21. A sua diversidade e complexidade socioeconômica e política
pode também ser resgatada, principalmente quando se tinha a
oportunidade de se estudar seus sepultamentos. Em um período mais
recente, séculos antes da chegada dos europeus às terras americanas,
alguns grupos começaram a produzir seu próprio alimento. O advento da
agricultura possibilitou um crescimento populacional e viabilizou a
permanência mais duradoura destas populações em determinados espaços.
Naturalmente, condições específicas possibilitaram as primeiras
observações e experiências prévias no processo de desenvolvimento do
conhecimento e das práticas agrícolas. E assim, evidências de grupos
praticantes de uma agricultura incipiente foram também identificadas por
praticamente todo o território brasileiro. A estes grupos associou-se a
produção de artefatos líticos polidos e de peças cerâmicas, que são os
artefatos geralmente resgatados por apresentarem uma resistência maior
às intempéries, do que, por exemplo, artefatos em madeira.

Durante todo o período anterior à chegada dos europeus, as diversas


populações nativas americanas se movimentaram pelo território, caçando,
pescando, coletando, explorando guerreando, se aliando, fugindo,
migrando. Enfim, esta dinâmica vem sendo o objeto de estudo de alguns
pesquisadores desde meados do século XX.

A partir do final do século XV com a chegada os europeus ao


continente americano e em particular, a partir dos primeiros anos do século
XVI, quando a costa brasileira passou a ser intensamente frequentada por
portugueses, espanhóis, franceses, holandeses e ingleses, novas relações se
estabeleceram entre as populações nativas, assim como entre elas e os
europeus. Esta nova rede de relações que se estabeleceram, além de

21
Os Xetás foram contatados em meados do século XX. O impacto do contato foi devastador
e até pouco tempo atrá se acreditava que haviam sido extintos.

517
manter algumas das relações já existentes incluiu novas, que ao longo do
tempo também se transformaram.

Os primeiros contatos entre europeus e nativos americanos no


território brasileiro eram, de modo geral, pacíficos e de interesse para
ambos os lados. Neste período inicial, a costa do Nordeste do Brasil, mais
especificamente a costa pernambucana, foi onde se estabeleceram os mais
antigos e intensos contatos entre europeus e indígenas. Esta foi uma das
áreas mais movimentadas na época. Foi uma das pioneiras no processo de
exploração intensiva e fixação do europeu em terras brasileiras.

Conforme os mais antigos relatos europeus que se referem às


populações ameríndias, o litoral pernambucano era densamente ocupado
por grupos posteriormente identificados como falantes de línguas do tronco
linguístico Tupi. Nos anos de 1940, Curt Nimuendajú registrou em seu mapa
etno-histórico os Tabajaras como sendo os ocupantes de um extenso trecho
da faixa litorânea, que inclui Pernambuco.

Nos primeiros contatos, estabeleceram-se relações pacíficas de


escambo. Interferências culturais recíprocas puderam ser observadas em
trabalhos como O processo Interétnico em uma feitoria quinhentista no
Brasil (ALBUQUERQUE, 1993). Neste trabalho, se verifica a presença intensa
dessa relação no local onde foi instalada uma feitoria portuguesa, em 1516,
no qual pode-se perceber a coexistência de material indígena e material
europeu. Passou-se então a observar a ocorrência de algumas modificações
em elementos não essenciais em cerâmicas Tupiguarani. Nas camadas mais
recentes, percebeu-se a gradativa redução do material indígena e o
paulatino recuo deste material, sugerindo o afastamento dos indígenas do
litoral em direção ao interior.

8.5.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

• CONTEXTO ETNO HISTÓRICO DOS MUNICÍPIOS ENFOCADOS

O território ocupado pelos municípios da AII é um dos mais


densamente povoados do estado. Ele foi o palco das primeiras ações do
colonizador português no início do século XVI. Dada a sua precedência
cronológica, essa é a região que testemunhou os primeiros momentos da
formação da civilização brasileira, naquilo que mais caracteriza os séculos
iniciais de nossa história: o confronto com os indígenas, a extração de pau-
brasil, a implantação de unidades produtoras de açúcar e o uso de mão-de-
obra escrava africana.

Os primeiros habitantes da região em foco foram os indígenas do


ramo tupi. A filiação à grande família tupi se faz notar pelas semelhanças

518
culturais e linguísticas registradas entre os diferentes etnônimos. Essas
populações realizaram uma grande migração até o litoral do continente. Há
discordâncias entre os especialistas a respeito da origem do fluxo migratório
e da sua cronologia. Para Brochado, as populações tupi iniciaram sua
deslocação a partir da bacia Amazônica por volta do ano 500 a.C., chegando
a região em foco por volta de 800 d.C. Para Métraux, o fluxo se origina na
bacia do Prata. 22

É ponto pacífico, entretanto, que esse processo migratório, movido


em parte por convicções místicas ou religiosas, se encontrava ainda em
andamento quando surgiram os primeiros europeus. Concorda-se
igualmente na ideia de que a instalação dos grupos indígenas de raiz tupi
provocou choques com outras populações que já ocupavam a região. Esses
grupos foram empurrados para o interior. Dada a sua variedade linguística
foram apodados pelos próprios tupis como sendo tapuias, ou seja, como
tendo “língua travada”.

A região compreendida pelos municípios em análise foi povoada


essencialmente pelos grupos Caeté e Tabajara. Eventualmente estes grupos
entravam em choque com o povo Potiguar, situado mais ao norte. A luta era
uma constante entre as populações indígenas. Os conflitos eram motivados
pela disputa de recursos de sobrevivência e pelo ciclo de vingança que
culminava nos rituais antropofágicos comunitários. A guerra era, portanto,
parte do cotidiano indígena. Seus prisioneiros eram mantidos nas aldeias
até que chegava o dia exato para execução deles em um ritual. Durante
essa fase o prisioneiro participava das atividades comunais do grupo,
chegando inclusive a casar-se com mulher da aldeia. A presa era
orgulhosamente exibida em visitas a aldeias vizinhas.

Cumprido o prazo ritual, uma grande solenidade reunia os habitantes


da aldeia e os visitantes das aldeias vizinhas. Devidamente pintado, o
prisioneiro era conduzido ao centro da aldeia, onde era alvo da zombaria
das mulheres. Antes de ser executado, declarava que seria comido por ter
antes comido parentes dos seus executores, mas que seus parentes em
breve iriam vingá-lo aprisionando e comendo algum guerreiro da tribo. A
execução era feita de forma rápida e precisa com um forte golpe de
borduna na nuca. Em seguida o corpo era preparado e devorado num
grande banquete ritual, onde todos os participantes recebiam uma parte da
iguaria.

22
FAUSTO, Carlos. Fragmentos de História e Cultura Tupinambá: da etnologia como
instrumento crítico de conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, Manuel Carneiro da (Org.)
História dos Índios no Brasil. 2ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 384.

519
As habitações dos indígenas eram feitas com fibras e folhas de
vegetais. Cada habitação abrigava várias famílias. Eram chamadas de ocas
ou malocas. Geralmente eram construídas de quatro a oito malocas em
torno de uma espécie de pátio central, constituindo uma aldeia ou taba, que
era protegida por uma paliçada. Os objetos manufaturados utilizavam como
matéria-prima as fibras vegetais, madeira, ossos, dentes, pedras e argila.
Os indígenas tupis não conheciam os metais. Fabricavam cestos e vasos
cerâmicos. Estes últimos também eram utilizados com fins funerários e
eram conhecidos como igaçabas. Os de maior porte serviam para
enterramentos primários e os de menor porte para enterramentos
secundários. Ocorrem com relativa frequência em toda a região.

Destacavam-se ainda na confecção de adornos pessoais com plumas


das aves da região. Na ausência do uso de roupas, os adornos e a pintura
corporal eram traços importantes no cotidiano dos indígenas. Outros objetos
de decoração eram fixados em várias partes do corpo. Pequenos enfeites
feitos de pedras, ossos e madeira eram colocados em orifícios feitos nos
lábios, queixo (por baixo da língua), orelhas e nariz. O pescoço, os pulsos,
tornozelos e cintura eram enfeitados com colares e pulseiras feitos com
conchas, sementes e dentes. Esses objetos eram trocados ou presenteados
entre as diversas aldeias.

As tinturas para pintura corporal eram extraídas de vegetais.


Predominavam as pinturas vermelhas (extraídas do urucum) e pretas
(extraídas do jenipapo). Cada aldeia usava desenhos diferentes para
simbolizar épocas e situações distintas. Nas festividades religiosas, homens,
mulheres e crianças pintavam o corpo com figuras geométricas. Existiam
também as pinturas de guerra. Elas serviam para que o guerreiro pudesse
se camuflar melhor durante a noite ou provocar maior temor nos seus
inimigos. Para os indígenas, as pinturas corporais também tinham a função
de evitar ou ajudar a curar doenças 23.

Diferentemente dos povos nativos dos grandes centros civilizacionais


da América, os indígenas tupis não legaram grandes estruturas
arquitetônicas, arte em metais ou mesmo objetos de maior complexidade
técnica. Seus vestígios arqueológicos são, portanto, sutis, o que se deve
também às características de clima e de solo da região em foco. A ação
antrópica também foi responsável pela destruição dos vestígios
arqueológicos indígenas. Tal caso se dá, por exemplo, em relação aos
sambaquis, que são montículos de cascos de moluscos usados como
alimento. As conchas foram depositadas ao longo de séculos pelos grupos

23
HEMMING, John, “Os índios no Brasil em 1500”, in: BETHELL, Leslie (Org.) – História da
América Latina – América Latina Colonial, v. 1, pp. 101 e ss; FREYRE, Gilberto – Casa-grande
e Senzala, pp. 88 e ss.

520
indígenas em determinados locais litorâneos. Estes depósitos foram
posteriormente usados como matéria-prima para a fabricação de cal,
havendo vários deles desaparecido.

Vários dos observadores europeus que tiveram os primeiros contatos


com os indígenas relatam a ausência de diferenciações sociais e de noção
de propriedade privada. 24 Os bens da aldeia eram usufruídos coletivamente,
como era coletivo o trabalho de produção e coleta deles, ações que eram
divididas com base no sexo e faixa etária de cada indivíduo. As lideranças
eram os guerreiros. Quanto maiores as façanhas de um guerreiro, mas
respeitado e ouvido ele era, chegando alguns a gozar de fama entre várias
aldeias. Não obstante, isso não significa que houvesse qualquer interligação
política entre as diversas tribos delineando algum traço de confederação,
salvo em momentos pontuais, com objetivos bélicos limitados e definidos.

Sobre a liderança entre os tupis, informa Hans Staden, que conviveu


entre eles em meados do século XVI:

“Os selvagens não têm governo, nem direitos estabelecidos. Cada


cabana tem seu superior. Este é o principal. Todos os seus principais são de
linhagem idêntica e têm direito igual de ordenar e reger. Conclua-se daí
como quiser. Se um sobressaiu de outros por feitos de combate, ouve-se a
ele mais que aos outros, quando empreendem uma arremetida guerreira
(...). Fora disso, nenhum privilégio observei entre eles (...)”. 25

As referidas populações praticavam a agricultura da mandioca


(Manihot esculenta Crantz) e o complexo processo de fabricação da farinha.
O referido processo consistia em retirar da raiz o ácido venenoso através da
trituração, lavagem e compressão da massa em um cesto tubular, feito de
palhas, chamado tipiti. Após várias repetições do processo, a massa era
desidratada por torrefação. Esse importante alimento podia ser conservado
e armazenado e constituiu uma base importante de carboidratos para as
populações indígenas e posteriormente para os colonizadores europeus. O
estoque de calorias era complementado ainda pela castanha do caju
(Anacardium occidentale), outro alimento que após a torrefação podia ser
armazenado por períodos mais longos. O fornecimento de proteína era feito
pela caça e pela pesca. Nas sociedades tupis, as atividades ligadas à
agricultura e a coleta de vegetais eram essencialmente femininas, enquanto
que o preparo do solo, a caça e a guerra eram atividades masculinas.

24
Entre os primeiros cronistas a relatar o modus vivendi dos indígenas podemos destacar o
mercenário de origem germânica Hans Staden e os jesuítas destacados para a catequese das
populações locais. Seus relatos são uteis como testemunhos históricos de populações
ágrafas, mas devem ser lidos com especial atenção, em virtude das interferências de ordem
etnocêntrica que podem enviesar seus relatos.
25
STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1974, p.
164.

521
Os primeiros contatos entre os indígenas e os europeus foram mais
ou menos pacíficos. Enquanto alguns grupos se associaram a portugueses e
franceses e passaram a desempenhar a tarefa de coletar o pau-brasil
(Caesalpinia echinata), outros reagiram com ferocidade, tal qual foi o caso
dos contatos da expedição de Pinzón com os caetés no Cabo de Santo
Agostinho. Os indígenas, dado o seu modus vivendi não atenderam as
expectativas mercantis dos europeus. O pau-brasil passou a figurar então
como a mais interessante mercadoria que podia ser extraída das novas
terras, que se eram ricas de matas e rios, não davam ainda sinal de metais
e pedras preciosas. A madeira tintória que tinha grande demanda na Europa
passou a ser recolhida pelos indígenas para posterior embarque nas naus
europeias. Em contrapartida, os europeus entregavam aos indígenas
objetos de pequeno valor como espelhos, anzóis e peças de roupa. Para os
indígenas, a raridade e a excentricidade destes objetos revestiam-lhes de
grande importância. Posteriormente passaram a ser entregues machados e
ferramentas que facilitaram o trabalho de extração, e finalmente armas de
fogo.

A entrega de armas de fogo aos indígenas se insere na política do


colonizador de se aproveitar das dissensões entre os diversos grupos. Estes
grupos se associaram aos portugueses ou aos franceses, que passaram a
intervir nos conflitos locais. A radicalização das lutas entre os indígenas foi o
primeiro passo no processo de dizimação das populações nativas que
habitavam o espaço em foco. Por ter sido o ponto inicial da presença
europeia na fachada atlântica da América do Sul, foi nessa região onde as
populações indígenas sofreram as maiores baixas. Posteriormente, a
utilização dos indígenas como braço escravo e a “limpeza” feita para
ocupação das terras com cultivos de cana-de-açúcar levaram a devastação
também para áreas mais ao sul do atual estado de Pernambuco.

A despeito da presença de navegadores espanhóis na costa de


Pernambuco a princípios de 1500, foram os portugueses os responsáveis
pela ocupação efetiva da região em estudo. Os primeiros contatos dos
portugueses com o trecho de litoral compreendido aqui se deram,
oficialmente, nos primeiros anos do século XVI. Foram decorrentes das
notícias enviadas pela expedição de Pedro Álvares Cabral, que tocou terra
americana em abril de 1500. Na esteira da divulgação do achado, novas
expedições de reconhecimento e de guarda-costas foram enviadas nos anos
seguintes. A principal preocupação da coroa portuguesa dizia respeito às
atividades de corso e pirataria levadas a cabo pelos franceses na região.
Para Capistrano de Abreu faltou pouco para que o Brasil fosse francês.

O litoral de Pernambuco é uma das mais antigas e importantes áreas


de colonização no Brasil, suas raízes históricas remontam à primeira metade

522
do século XVI, quando se instalaram as feitorias de Itamaracá (1516 e
1526).26 A fundação deste estabelecimento pioneiro se fez no contexto das
lutas contra os franceses que incursionavam na costa para explorar pau-
brasil. já naquela época o local era conhecido como Pernambuco.
Posteriormente o local das feitorias ficaria conhecido também como “sítio
dos Marcos” e “porto velho”. O veneziano Sebastião Caboto informou que
em 1526 existia na feitoria uma casa forte ocupada por 12 portugueses,
entre eles o desterrado Jorge Gomes. Em 1532 iniciou-se uma ação mais
concentrada de colonização com o envio da expedição de Martim Afonso de
Souza. As observações dele reforçaram os planos já em curso de delegar a
particulares – dentro do modelo de capitanias hereditárias – a colonização
das novas terras. A feitoria sofreu dois grandes ataques de franceses em
1531 e 1532, mas continuava a existir quando chegou o donatário em
1535. 27

A região foi doada por D. João III a Duarte Coelho pelos seus serviços
prestados na conquista do extremo Oriente, dentro do sistema de capitanias
hereditárias criado em 1533-1534. 28 O donatário chamou sua capitania de
Nova Lusitânia, denominação que acabou caindo em desuso, substituída
pelo nome de raiz indígena. 29 O desembarque do donatário e de sua
comitiva se deu em março de 1535 na área próxima ao local onde Cristóvão
Jacques fundou suas feitorias, exatamente no limite com a capitania de
Itamaracá, vizinha pela parte do norte. 30

Homem prático, realista e bem relacionado com financiadores


europeus, Coelho percebeu precocemente que se entregar à aventura
metalista seria, no mínimo, demasiado arriscado naquele momento. Ainda
que sofresse a pressão do próprio monarca para que investigasse a
existência de metais preciosos, optou por estabelecer bases mais sólidas de
ocupação. Inicialmente fundou, ainda em 1535, duas das mais antigas vilas
do Brasil: Igarassu e Olinda, nessa ordem. Optou também por repetir em
sua capitania as experiências feitas nas ilhas atlânticas com o açúcar. As
condições de solo e de clima da região eram muito favoráveis, e de fato,

26
ALBUQUERQUE, M., LUCENA, V., WALMSLEY, D. – Fortes de Pernambuco, imagens do
passado e do presente, pp. 18-20; ABREU, C. de – O descobrimento do Brasil, p. 88;
VARNHAGEN, F. A. – História Geral do Brasil, v. 1, p. 128.
27
SILVA, Mª B. N. da – “Sociedade, instituições e cultura”, in: SERRÃO, J., OLIVEIRA MARQUES,
A. H. (Dir.), JOHNSON, H., SILVA, Mª B. N. da (Coord.) - Nova História da Expansão
Portuguesa: o império luso-brasileiro, (1500-1620), v. VI, pp. 335-336.
28
ALMEIDA PRADO, J. F. – “O regime de capitanias”, in: HOLLANDA, S. B. (Org.) – História
Geral da Civilização Brasileira: do descobrimento à expansão territorial, t. I, v. 1, pp. 96-102;
VARNHAGEN, op. cit., v. I, p. 210. WEHLING, A., WEHLING, Mª. J. – Formação do Brasil
Colonial, pp. 65-69. ASSIS, V. M. A. de – Palavra de Rei... Autonomia e Subordinação da
Capitania Hereditária de Pernambuco, Tese Doutoral, Programa de Pós-graduação em
História da Universidade Federal de Pernambuco, 2001.
29
MELLO, E. C. de – “Uma Nova Lusitânia”, in: Um Imenso Portugal: história e historiografia,
pp. 69 e ss.
30
OLIVEIRA LIMA, M. - Pernambuco e seu desenvolvimento histórico, pp. 9-11.

523
algum açúcar procedente de Pernambuco foi registrado na alfândega de
Lisboa na segunda década do século XVI. 31

Ao mesmo tempo em que continuava extraindo pau-brasil, iniciou a


fundação de engenhos. Através de sua correspondência com o Rei se
percebem as dificuldades da tarefa de fazer prosperar uma terra de
natureza hostil, com habitantes nativos que abandonaram a docilidade
inicial ao perceber as intenções dos europeus, tendo que disciplinar colonos
ariscos e sequiosos de enriquecimentos fácil e rápido, enfrentando o
isolamento e carecendo de mão-de-obra para os cultivos. Duarte Coelho
apelou para que fosse autorizado o envio de escravos negros para cultivar
as imensas terras de sua capitania. Os escravos negros já eram utilizados
pelos portugueses há mais de cem anos e eram mais aptos para os
trabalhos agrários aos quais os índios não se adaptavam. 32

Nesse contexto, descrevem-se nos parágrafos a seguir a história de


colonização e formação de cada um dos municípios inseridos na Área de
Influência Indireta do Empreendimento (AII).

PAUDALHO

As primeiras incursões dos colonizadores nas terras que hoje


pertencentes ao município de Paudalho ocorreram já no século XVI e foram
motivadas pela busca do pau-brasil. Por volta de 1591, fundou-se a cerca de
duas léguas da margem esquerda do Capibaribe um aldeamento indígena
dirigido pelos franciscanos. Nas suas proximidades se encontrava o engenho
Aldeia, fundado por Bartolomeu de Holanda Cavalcanti. O aldeamento era
chamado de Miritiba e foi o berço do célebre Felipe Camarão, herói da
Restauração Pernambucana. O objetivo do aldeamento idealizado pelo
franciscano Melchior de Santa Catarina era reduzir os indígenas que
causavam problemas ao atacar os assentamentos de colonos nas
redondezas da região. Sobre ele, informa Pereira da Costa:

“Chegando o padre a Olinda, despachou logo alguns religiosos para


fundarem essa nova doutrina, e sendo eles bem aceitos do gentio, deram
logo começo ao estabelecimento da missão, levantaram uma capela
dedicada a São Miguel e casas para a sua assistência, e bem como uma
forte cerca de madeira para defender o aldeamento dos assaltos das tribos
contrárias.”

31
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da – “Otras explotaciones agrícolas comerciales en Brasil”,
in: CASTILLERO CALVO, Alfredo (Dir.), KUETHE, Allan (Co-dir.), CASTILLERO CALVO (Dir.),
Alfredo, KUETHE, Allan (Co-dir) - Historia general de América Latina: Consolidación del orden
colonial, pp. 203-205.
32
OLIVEIRA LIMA, Pernambuco e seu desenvolvimento histórico, pp. 4 e ss..

524
O aldeamento foi dirigido pelos franciscanos por muitos anos,
passando em 1619 para a jurisdição do bispo diocesano e dos padres
seculares, depois jesuítas, e por fim sob responsabilidade dos carmelitas.
Meretibe ficava num outeiro, nas extremas dos engenhos Aldeia e Mussupe,
o primeiro nas terras de Igarassu e o segundo nas terras de Paudalho. Um
marco de pedra servia como divisor entre as terras. O padre Manuel de
Morais em sua lista de aldeias de Pernambuco de 1630 inclui a de Meretibe
e informa que era habitada por cerca de 600 potiguares e tabajaras. Em
1645 foi ocupado pelas tropas luso-brasileiras, que avisadas do
deslocamento de grande contingente holandês abandonaram o local
deixando-o entretanto arrasado. 33 Em 1942 todo o sítio foi transformado em
área militar, primeiro para instalação de baterias antiaéreas, depois como
campo de instrução de tiro.

Outro local de ocupação muito antiga situava-se na margem


esquerda do Capibaribe, distante seis quilômetros da cidade. Trata-se do
engenho Mussurepe, já existente em 1630. No local instalou-se uma usina
com mesmo nome. Na segunda metade do século XVII, na margem direita
do rio, Joaquim de Almeida fundou o engenho Bom Sucesso. Mas o engenho
que deu origem à localidade surgiu, segundo a tradição, pela mão do
português Joaquim Domingues Teles. Ele teria sido o responsável pela
fundação do engenho e de uma capela dedicada à Santa Teresa, ambos em
1711. Desde o período posterior à Guerra dos Mascates, a localidade passou
a contar com destacamentos militares de vigilância. Entre 1774 e 1778, o
“capitão da fronteira” era Cristóvão de Holanda Cavalcanti.

A partir de 1799 a localidade foi erguida ao estatuto eclesiástico de


curato por ordem do Bispo Azeredo Coutinho, sendo desmembrada de
Igarassu. O primeiro sacerdote responsável pela localidade foi o padre José
Fernandes de Moura Pacheco. A matriz ficou sendo a capela do Espírito
Santo. O registro da elevação do curato à paróquia foi feito na Câmara
Eclesiástica com data de 22 de junho de 1804. Quando da revolução de
1817 formou-se um batalhão de voluntários em Paudalho que logo foi
desmobilizado pelo governo provisório. Surgiram também agentes
contrarrevolucionários como foi o caso do padre Pascoal Pires, que
conseguiu levantar um foco realista em Paudalho. O ataque das tropas
republicanas foi repelido depois de longo combate.

Quatro anos depois, no contexto das lutas pela formação da junta


governativa de Pernambuco (ordenada pelas Cortes Constitucionais de
Lisboa, 1821), efetivos de Paudalho se uniram aos de outras localidades da
Mata Norte e, liderados pelos de Goiana, marcharam contra o Recife
forçando a retirada do último governador português de Pernambuco (Luís do
33
AP II:26-27.

525
Rego Barreto), bem com das tropas ligadas à antiga metrópole. Na célebre
Convenção de Beberibe (5 de outubro de 1821) os representantes de
Paudalho foram Cristóvão de Holanda Cavalcanti e o padre João Ferreira
Rabelo.

Em 1848 o movimento de confrontação política entre liberais e


conservadores conhecido como Revolução Praieira teve início em Paudalho.
Os chefes liberais locais, fustigados pelas violentas investidas dos
conservadores resolveram tomar armas contra o governo. O principal
caudilho liberal era o paudalhense coronel Pereira de Morais, que
juntamente com o senhor do engenho Lavagem (coronel Barros e Silva) e o
padre Vicente Férrer de Albuquerque arregimentaram gente para os
enfrentamentos, sendo o ponto de reunião o próprio engenho Lavagem. Em
5 de novembro, a iminência do combate entre revoltosos e legalistas
espantou a população da cidade que, em pânico, fugiu para as matas dos
Tanques entre os engenhos Palacete e Camila, e parte para as matas de
Capoeira, de propriedade do Padre. Vicente já referido. A situação de
despovoamento da vila manteve-se até a total pacificação da província com
o esmagamento do movimento Praieiro.

Com o advento da República tornou-se município autônomo. Seu


primeiro governo municipal do período republicano foi constituído pelo
prefeito Tenente-Coronel José Francisco Pinheiro Ramos; subprefeito José
Carneiro da Mota Silveira; Conselho Municipal: Tenente-Coronel Severo
Marques de Araújo Pinheiro, Major Sebastião Antônio do Rego, Capitão
Manuel Barbosa Camelo, Tenente Antônio de Abreu Marques Bacalhau,
Tenente João Cavalcanti de Albuquerque, José Correia de Araújo
Vasconcelos, Alferes Alfredo Janses Gonçalves Ferreira, Francisco Marques
de Albuquerque Maranhão e João Leôncio Alves Cavalcanti.

No início do século XX contava com 22.000 habitantes, sendo que


destes, 5.000 habitavam a área urbana (22,7%). Além da sede do município
existiam os seguintes povoados:

• Santa Tereza – no lado oposto do Capibaribe, praticamente um


bairro da sede, onde se situava a estação ferroviária que se acede
pela ponte de ferro sobre o Capibaribe. Essa ponte de ferro e
madeira foi construída num local chamado Tahyba. Teve sua
construção iniciada em 18 de maio de 1872 e foi inaugurada em
1876. Localidade com capela dedicada à Santa Tereza.

• Rosarinho – distante cinco quilômetros a oeste da sede, na margem


esquerda do Capibaribe. Encontrava-se pequena e decadente. Com
uma capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

526
• Desterro – próxima da anterior citada e igualmente decadente. Com
capela dedicada a Nossa Senhora do Desterro.

• Floresta dos Leões (atual Carpina) – dividida com o município de


Nazaré da Mata.

Galvão indica ainda outras localidades de menor importância: Chã da


Onça, Camboa e Capoeiras.

Em 1881 foi inaugurado um ramal ferroviário ligando a cidade à


capital da província. Em 1895 foi a vez do telégrafo chegar à cidade,
interligando-a com a rede nacional. Assim descreve Sebastião Galvão a sede
da cidade: “Tem alguns edifícios regulares, entre os quais um prédio
escolar, um excelente teatro, o paço municipal, o mercado público, um
hospital beneficente, as igrejas Matriz de invocação do Divino Espírito Santo,
de Nossa Senhora do Rosário, reparada em 1876, de Nossa Senhora do
Livramento, reconstruída em 1878, de Santa Tereza reconstruída em 1898 e
diversos prédios particulares de boa arquitetura.” Além dos templos
mencionados, existiam ainda na área do município as capelas indicadas no
quadro a seguir.

Quadro 94 - Capelas e engenhos de Paudalho 34.


Cap ela E n g en h o
São Francisco de Assis Belo Monte
Nossa Senhora do Rosário e Bom Jesus Carrapato

Nossa Senhora do Bom Sucesso (1754) Itaenga


São Gonçalo Mussurepe
São Miguel Palmeiral

São José Eixo


São Bernardo São Bernardo
Santo Cristo dos Milagres Cajueiro

Nossa Senhora das Dores Camboa


Santa Ana Santa Ana
São Miguel Petribú

Nossa Senhora da Luz (São Severino) Ramos

Para além dos engenhos já mencionados na tabela, Galvão lista ainda


a existência das seguintes unidades produtoras: Água Fria, Arara, Aurora,
Aldeia, Aguiar, Apuá, Alegria, Belém, Bom Sucesso, Barrocas, Bela Vista,
Barra, Caraúbas, Cursaí, Camila, Cajá, Condado, Conceição, Cavalcanti,
Cumbe, Carpina, Cipó, Desterro, Eixinho, Fortaleza, Itaboraí, Itaenguinha,
Jardim, Junco, Lavagem, Lages, Lucal, Livramento, Malemba, Macacos,

34
DC, vol. “P”, pp. 22.

527
Novo, Ora, Olho d’Água, Pindoba, Pindobinha, Pindobal, Palacete, Recreio,
Souto Maior, Santo Antônio, Viração, Valha-me Deus e Várzea Grande.

A cidade apesar de pequena possuía grande agitação cultural.


Informa Galvão que “em Paudalho, em 1906, existiam as associações:
Sociedade Propagadora da Instrução, que mantém aulas noturnas;
Sociedade Beneficente 14 de julho, Clube Essaio Dramático, Clube Musical
22 de Novembro, Sociedade Musical 24 de junho, Clube Carnavalesco
Cavaleiros do Luar além da associação religiosa Conferência de São Vicente
de Paula.” 35

Evolução cronológica da Formação Administrativa de Paudalho

O nome “Paudalho” provém de uma árvore que existia à margem


direita do Rio Capibaribe, no lugar denominado Itaíba, extremo oeste da
Cidade. O odor que se desprendia dessa árvore assemelhava-se ao do alho.
No local da antiga árvore ainda floresce um seu rebento que tem sido
tratado com desvelo. Em seu redor, foi construído pela Prefeitura um
logradouro público que constitui um pitoresco recanto de passeios da
população local. Segundo a tradição, a cidade começou a ser povoada em
1760, tendo sido anteriormente aldeia dos Índios Tabajaras. Paudalho teve o
predicamento de Cidade pela Lei Provincial de nº de 1318, de 4 de fevereiro
de 1897. Foi desmembrada de Olinda e Igarassu. Constituiu-se em Município
autônomo, em 03 de abril de 1893.

A evolução cronológica da Formação Administrativa do Município de


Igarassu é apresentada no quadro a seguir.

Quadro 95 - Evolução cronológica da Formação Administrativa do município de Paudalho.


L egislação At o administrativo

Alvará de 22/06/1804. Distrito criado com a denominação de Paudalho.

Alvará de 27/6/1811 e Criação do município com território desmembrado de Igarassu


Provisão de 15/2/1812. e Olinda. Foi instalado em 15 de fevereiro de 1812.
Lei provincial n. 86 de
Criação da comarca de Paudalho.
6/5/1870.
Lei provincial n. 1.318, de Elevado à categoria de cidade com a denominação de
04/02/1879. Paudalho.
Lei municipal n. 12, de Criado o distrito da Floresta dos Leões e anexado ao município
15/07/1909. de Paudalho.
Divisão administrativa de Município é constituído de dois distritos: Paudalho e Floresta
1911. do Leões (atual Carpina).
Lei estadual n. 1931, de Desmembra do município de Paudalho o distrito de Floresta
11/09/1928. dos Leões, elevado à categoria de município.
Divisão administrativa de
O município é constituído do distrito sede.
1933.

35
DC, vol. “P”, pp. 20 e ss.

528
L egislação At o administrativo

Divisões territoriais de
Mantém situação anterior.
31/12/1936 e 31/12/1937.
Lei municipal n. 7, de Criado o distrito de Lagoa do Itaenga e anexado ao município
08/03/1948. de Paudalho.
Divisão territorial datada de Município é constituído de dois distritos: Paudalho e Lagoa de
1/71955. Itaenga.
Divisão territorial datada de
Mantém situação anterior.
1/7/1960.
Lei municipal n. 10-A, de Criado o distrito de Rosarinho e anexado ao município de
09/12/1963. Paudalho.
Divisão territorial datada de
Município é constituído do distrito sede.
18/7/1988.

Divisão territorial de 2005. Mantém situação anterior.

Relação histórica de Engenhos no Município de Paudalho

• Santa Tereza – no lado oposto do Capibaribe, praticamente um


bairro da sede, onde se situava a estação ferroviária que se acede
pela ponte de ferro sobre o Capibaribe. Essa ponte de ferro e
madeira foi construída num local chamado Tahyba. Teve sua
construção iniciada em 18 de maio de 1872 e foi inaugurada em
1876. Localidade com capela dedicada à Santa Tereza;

• Rosarinho – distante cinco quilômetros a oeste da sede, na margem


esquerda do Capibaribe. Encontrava-se pequena e decadente. Com
uma capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário;

• Desterro – próxima da anterior citada e igualmente decadente. Com


capela dedicada a Nossa Senhora do Desterro;

• Floresta dos Leões (atual Carpina) – dividida com o município de


Nazaré da Mata.

SÃO LOURENÇO DA MATA

O território hoje compreendido pelo município de São Lourenço da


Mata possuía extensas matas com grande ocorrência de pau-brasil
(Cesalpina echinata). Eis aí a explicação para o topônimo. Os primitivos
habitantes tupis, espalhados entre as ribeiras do Beberibe e Capibaribe
representaram um forte obstáculo à penetração do elemento colonizador
naquela área. A partir de 1554, quando se deu o completo esmagamento
das populações nativas na região, foi possível estabelecer conexões mais
seguras entre a cabeça da capitania Olinda (com seu porto, o Recife) e a
área de São Lourenço, intensificando-se a retirada de madeiras, atividade
que se estenderia até o século XIX. As madeiras eram descidas pelo rio até
Santana.

529
Foi com os primeiros colonizadores atraídos pelo extrativismo que
começou a se formar o povoado que deu origem a São Lourenço, na
margem esquerda do Capibaribe em meados do século XVI. Há referências
documentais de 1587 comprovando a existência da povoação e de sua
igrejinha que posteriormente seria a Matriz da Luz. O relatório do holandês
Verdonck informa em 1630 que na área da “Mata Brasil” havia uma grande
quantidade de exploradores que com seus escravos negros e indígenas
cortavam pau-brasil. A madeira era negociada com os contratadores em São
Lourenço por preços que variavam entre 100 e 120 réis a arroba. A moeda
de pagamento eram mercadorias com um ágio de 100% do valor corrente.

A paróquia da São Lourenço da Mata era também conhecida como


São Lourenço da Muribara, tendo sido registrada assim no documento de
1645, assinado pelos locais para firmar o pacto de luta contra os
holandeses. Entre os insurretos estava o Pe. Gaspar de Almeida Vieira,
vigário confirmado da “paróquia de São Lourenço da Muribara”. O termo
volta a aparecer no testamento de João Fernandes Vieira em 1676.

O Livro de Rezão do Brasil informa que a localidade já era freguesia


em 1612, mas só em 1621 aparece menção a seu primeiro vigário, o padre
Antônio Soares (ou Simões). Na esteira do desmatamento veio a abertura de
zonas de cultivo e a instalação das “fábricas” de açúcar. Em 1636 o padre
Gonçalo Ribeiro foi martirizado pelos holandeses por não abjurar de suas
declarações de que os livros religiosos dos invasores continham heresias.
Em 1630 já eram sete os engenhos localizados na freguesia.

Depois da invasão holandesa, Matias de Albuquerque, em 1635,


destacou para guarnecer a povoação, que já tinha algum desenvolvimento,
a Luiz Barbalho Bezerra. Mas como foi preciso retirar de lá esta tropa, foi a
povoação atacada e pilhada pelos soldados da WIC. Apesar da resistência
inicial a localidade acabou evacuada de seus moradores. No ano seguinte
houve confrontos entre as tropas locais comandados por Rabelinho e os
contingentes da WIC liderados por Jacob Stachouwer, sendo a refrega
vencida pelos invasores. Referências holandesas de 1640 informam que não
era possível continuar a extração do pau-brasil pela presença e ação de
guerrilheiros locais que davam combate aos invasores. Segundo as notícias
históricas, a ação da guerrilha foi especialmente intensa e daninha para o
invasor na área de São Lourenço. A repressão dos holandeses também foi
brutal. Foi no engenho de Luiz Barbalho Bezerra que em 13 de junho de
1645 se assinou o compromisso imortal, onde os líderes locais se
conjuravam para expulsar o invasor holandês. A região foi, portanto, área de
deslocamento e passagem tanto das tropas locais quanto dos invasores,
sendo travados muito combates. Registro da década de 1950 informa que
na Praça Simão de Figueiredo havia um monumento com base de granito

530
sobre a qual repousava um canhão que a tradição local informava ter sido
abandonado pelas tropas holandesas num destes combates no engenho
Camorim.

A localidade foi cenário ainda de renhido combate entre 6 e 7 de


novembro de 1710 no contexto do conflito que ficou conhecido como Guerra
dos Mascates. O governador Sebastião de Castro e Caldas, que era parcial
dos comerciantes portugueses do Recife, para minimizar a força dos
senhores de engenho olindenses ordenou a proibição da circulação com
armas. Para reprimir um senhor de engenho desobediente foram enviadas
duas colunas de soldados, uma comandada por Plácido de Azevedo Falcão e
outra por Cosme de Azevedo. O objetivo era prender o senhor de engenho
Luís Cavalcanti de Uchôa. Cosme de Azevedo passou-se para os parciais da
nobreza da terra e reunindo os contingentes que estavam no engenho São
João ruma a São Lourenço para atacar Plácido de Azevedo Falcão. Este
soube do movimento e reuniu mais tropas, mas ao amanhecer do dia 6, dos
300 homens que havia recrutado restavam apenas 40, tendo os outros se
passado para o lado do parciais dos senhores de engenho. Na noite de 6
para 7 de novembro, na colina onde se encontra a Matriz, travou-se um
feroz combate que acabou com a prisão de Plácido de Azevedo Falcão e a
morte de Cosme de Azevedo. 36

São Lourenço da Mata é a terra natal de José de Barros Lima, o Leão


Coroado, militar que em 1817 assassinou o comandante português
Brigadeiro Barbosa no Quartel do Paraíso no Recife, deflagrando
precipitadamente a revolução republicana daquele ano. Barros Lima nasceu
em 1774. Teve participação destacada no efêmero governo republicano
resistindo no seu posto até o fim. Retirou-se para Paulista, mas foi delatado,
preso, sumariamente condenado e enforcado no Recife em 10 de julho de
1817.

Com a proclamação da República em 1889, passou a ser município


autônomo em 6 de abril de 1893 sendo sua primeira administração a
seguinte: Prefeito: Dr. Francisco de Paula Correia de Araújo; subprefeito
Manuel José de Brito Barreiros; Conselho Municipal: Francisco Gomes de
Araújo Sobrinho, Major Germiniano de Araújo Pinheiro, José de Morais
Albuquerque Maranhão, capitão João de Siqueira Paes Lyra e Antônio Leão
de Castro. O município ficou composto pelas freguesias de São Lourenço e
de Nossa Senhora da Luz, desmembrada de Paudalho.

Da primitiva capelinha que deu origem a Matriz da Luz não restam


sinais visíveis por conta das numerosas reformas feitas no templo. A velha
matriz mantém ainda os seus traços barrocos, tendo sido seu altar-mor

36
DC, vol. “S-Z”, p. 73.

531
restaurado em 1928, por iniciativa do padre José Batista Cabral. Como
marco desta reforma foi aposta uma lápide em mármore com os seguintes
dizeres: “Hoc altar restauratum est – Anno Domini MDCCCXXIX – Donis
Dominae Mariae Nazareth Correa de Araujo Vitae Functae – XXX Augusti
MDCCCXVIII”. Além da matriz já existia em 1829 uma igreja com invocação
Nossa Senhora do Rosário. Esta igreja ficou sem uso e arruinou-se, sendo
demolida em 1927. Permaneceu, entretanto o nome da rua que lhe dava
acesso: Rua do Rosário.

Do lado oposto do Capibaribe, na margem esquerda, na parte plana


da cidade, localizavam-se as melhores construções. Após um período de
estagnação, a chegada da linha férrea em 1882 permitiu uma retomada do
crescimento, atraindo no verão grande número de pessoas que desejavam
escapar do Recife nos meses mais quentes. O município era cortado de
Leste a Oeste pela Great Western Railway Company, a estrada de ferro
Recife-Limoeiro, com conexão com o ramal da Paraíba e Rio Grande do
Norte. Tinha as seguintes estações: Macacos, km 13; Fábrica Industrial
Camaragibe, km 16; Camaragibe, km 18; São Lourenço, km 25; Tiúma, km
30 e Santa Rita, km 38. Assim descreve Galvão a cidade nos anos iniciais do
século XX:

“possui paço municipal, um bom edifício escolar, um excelente


mercado público construído em 1904, cadeia, cemitério ao oeste da cidade
e sobre um alto, uma estação da Great Western, muitas casas comerciais,
estabelecimentos industriais e profissionais, feiras semanais, coletorias,
agências do correio e do telégrafo e serviço telefônico.”

As povoações existentes na área do município eram:

• Luz – situada a 15 quilômetros ao sudoeste da sede do município,


em terreno elevado. Pereira da Costa afirma que a fundação da
igreja matriz remontaria a 1540, data que parece muito remota a
Gonsalves de Mello. A freguesia de Nossa Senhora da Luz já existia
em 1629, conforme se registrou numa escritura de venda de terras
passada em Olinda neste ano. Em fins do século XVII a primitiva
ermida foi transformada em capela-mor de uma igreja maior, cujas
obras provavelmente foram concluídas em 1706. A tradição afirma
que a imagem foi encontrada no local emanando uma luz, daí a
origem do nome. A Informação Geral da Capitania de Pernambuco
de 1746, informa que contava com 14 engenhos correntes e quatro
de fogo morto, 16 capelas e guarnições militares que somavam 752
praças. Segundo Loreto Couto a povoação contava em 1757 com
100 vizinhos e era sede de extensa freguesia com 18 engenhos pela
ribeira do Capibaribe. Em 1777 contava com 11.212 habitantes,
número que caiu para 10.994 em 1782 37. Em 1837 a freguesia foi
suprimida, e seu território dividido entre as freguesias de São

37
AHU_ACL_CU_015, Cx. 127, D. 9665; AHU_ACL_CU_015, Cx. 145, D. 10638.

532
Lourenço, Jaboatão e Glória do Goitá. O cemitério da localidade foi
fundado em 1859 pelo capuchino Frei Caetano de Messina 38. De
acordo com Galvão, no início do século XX possuía agência dos
correios e escola e contava com 100 casas e cerca de 600
habitantes.

• Macacos – situada dois quilômetros a leste, nas proximidades da


estação ferroviária. Povoado de veraneio, próxima a linha divisória
com o Recife e com excelentes fontes de água potável.

• Camaragibe – hoje município autônomo, foi no início uma vila


operária fundada em 1891 por Carlos Alberto Menezes. Tinha ponto
de parada dos trens da Great Western. Possuía capela, escolas,
fábrica de tecidos que era o local de trabalhos dos operários da
vilinha.

• Tiúma – lugarejo em terras do antigo engenho de mesmo nome.


Possuía estação ferroviária. Situava-se a 12 quilômetros a noroeste
de São Lourenço.

Sebastião Galvão 39 relaciona para a Freguesia de São Lourenço da


Mata no início do século XX cinquenta e quatro (54) engenhos, conforme se
lista na sequência: Água Fria, Camaragibe, Caiará, Cangaçá, Capibaribe,
Constantino, Camorim, Força do Destino, General, Massiape, Penedo 40 de
Baixo, Penedo de Cima, Pitangueira, Quizanga, Rodízio, Roncador, Regalia,
Santa Rita, São João, Tiúma, Timbi, Utinga, Aratangi, Araújo, Barra, Bela
Rosa, Califórnia, Caluanda, Cajueiro Escuro, Colégio, Concórdia, Covas, Cruz,
Cuepe, Guabiraba, Mamucaia, Muribara, Martinica, Novo, Oiteiro de Pedra,
Pixau, Poço, Poço Sagrado, Queira Deus, Refresco, Reis, São Bento, São
José, Santa Rosa, Santo Antônio, Sítio, Tapacurá, Uma, Velho.

O mesmo Sebastião Galvão 41 relaciona para a Freguesia de Nossa


Senhora Da luz a existência de 32 engenhos, alguns dos quais são comuns
para as duas freguesias, sendo a totalidade destes engenhos listados na
sequência: Aratangi, Araújo, Barra, Bela Rosa, Califórnia, Caluanda, Cajueiro
Escuro, Colégio, Concórdia, Covas, Cruz, Cuepe, Guabiraba, Mamucaia,
Muribara, Martinica, Novo, Oiteiro de Pedra, Pixau, Poço, Poço Sagrado,
38
AP IV:365-369. LUNA, Lino do Monte Carmelo. Memória sobre o Monte das Tabocas e a
Igreja de Nossa Senhora da Luz. Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico
Pernambucano, tomo I, n. 6, 1865, pp. 213-230.
39
GALVÃO, Sebastião Vasconcelos. Dic ionário corográfico, h istórico e estatístico d e
Pernambuco. Recife: CEPE, 2006. v. 1 (A-O), p. 371; v. 4, (S-Z), p. 78.
40
Em referências da primeira metade do século XVII aparece um engenho denominado Santo
Antônio de Penedo, com invocação Nossa Senhora das Chagas de Cristo, que se encontrava
de fogo morto na época da Restauração. Nova referência aparece c. 1746, quando o engenho
pertence a Miguel Borges Pereira (AHU_ACL_CU_015, Cx. 64, D. 5457). Em 1786 o senhor do
engenho é Pedro Jorge de Souza (AHU_ACL_CU_015, Cx. 156, D. 11311). Não foi possível
entretanto identificar se este engenho de origen seiscentista é o Penedo de Cima ou de
Baixo.
41
GALVÃO, Sebastião Vasconcelos. Dic ionário corográfico, h istórico e estatístico d e
Pernambuco. Recife: CEPE, 2006. v. 1 (A-O), p. 371; v. 4, (S-Z), p. 78.

533
Queira Deus, Refresco, Reis, São Bento, São José, Santa Rosa, Santo
Antônio, Sítio, Tapacurá, Uma, Velho.

Evolução cronológica da formação administrativa de São Lourenço da


Mata.

A Lei Provincial nº 1.805 de 13 de junho de 1884, criou o Município de


São Lourenço da Mata, desmembrado de Recife e Paudalho, tendo sido
instalado em 01 de janeiro de 1890. A sede do Município foi elevada à
categoria de Cidade pela Lei nº 991 de 01 de julho de 1909. Atualmente
compõe-se dos distritos de São Lourenço da Mata e Nossa Senhora da Luz.

A evolução cronológica da Formação Administrativa do Município de


São Lourenço da Mata é apresentada no quadro a seguir.

Quadro 96- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município de São Lourenço


da Mata.
L egislação At o administrativo

Alvará de 13/10/1775. Distrito criado com a denominação de São Lourenço da Mata.


Elevado à categoria de vila com a denominação de São Lourenço
Lei provincial n. 1805, de da Mata. Desmembrado do Recife e Paudalho. Instalado em
13/06/1884. 10/01/1890. Constituído de dois distritos: São Lourenço da Mata
e São Lourenço do Sul.
Lei estadual n. 991, de Elevado à condição de cidade e sede municipal, com a
01/07/1909. denominação de São Lourenço da Mata.
Lei provincial n. 336, de Criado o distrito de Nossa Senhora da Luz e anexado ao
12/05/1854. município de São Lourenço da Mata.
Lei municipal n. 21, de Criado o distrito de Camaragibe e anexado ao município de São
05/03/1908. Lourenço da Mata.
Divisão administrativa de Município é constituído de três distritos: São Lourenço da Mata,
1911. Camaragibe e Nossa Senhora da Luz.
Divisões territoriais de
31/12/1936 e Mantém situação anterior.
31/12/1937.
Decreto-lei estadual n. O município de São Lourenço da Mata passou a denominar-se
235, de 09/12/1938. São Lourenço.
Quadro administrativo Município é constituído de três distritos: São Lourenço,
de 1939-1943. Camaragibe e Nossa Senhora da Luz.
Decreto-lei estadual n. O município de São Lourenço voltou a denominar-se São
952, de 31/12/1943. Lourenço da Mata.
Divisão territorial de Município é constituído de três distritos: São Lourenço da Mata,
1/7/1950. Camaragibe e Nossa Senhora da Luz.
Divisão territorial de
Mantém situação anterior.
1/7/1960.
Lei estadual n. 4.988, de Desmembra do município de São Lourenço da Mata o distrito de
20/12/1963. Camaragibe. Elevado à categoria de município.
Divisão territorial de Município é constituído de dois distritos: São Lourenço da Mata e
31/12/1963. Nossa Senhora da Luz.
Acórdão do Tribunal de
Município de Camaragibe é extinto, sendo seu território anexado
Justiça mandado de
ao município de São Lourenço da Mata.
segurança n. 59.906, de
06/07/1964.
Divisão territorial de Município é constituído de três distritos: São Lourenço da Mata,
1/1/1979. Camaragibe e Nossa Senhora da Luz.

534
L egislação At o administrativo

Lei estadual n. 8.951, de Desmembra do município de São Lourenço da Mata o distrito de


14/05/1982. Camaragibe. Elevado à categoria de município.
Divisão territorial de Município é constituído de dois distritos: São Lourenço da Mata e
18/8/1988. Nossa Senhora da Luz.
Divisão territorial de
Mantém a situação anterior.
2007.

• Relação histórica de Engenhos no Município de São Lourenço da


Mata

O Engenhos situados em São Lourenço da Mata que fazem parte do


contexto histórico do município estão listados nos quadros a seguir.

Quadro 97- Engenhos relacionados por Sebastião Galvão na freguesia de São Lourenço da
Mata.
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
Margem direita do Capibaribe e da ferrovia, entre estações
Água Fria 12 km NO
Tiúma e Santa Rita.
A pequena distância da estação ferroviária de mesmo nome.
Camaragibe 7 km SO
Com capela dedicada a São Tiago.
Entre os engenhos Quizanga e Roncador, a 3 km da estação
Caiará 5 km NO
Tiúma.

Cangaçá 1 km N

Capibaribe 4 km L Margem esquerda do Capibaribe e da ferrovia.

Constantino Margem direita do Capibaribe, junto à cidade.


Entre estações Tiúma e Santa Rita. Fundado em 1660 por João
Camorim 8 km NO Holanda Cavalcanti. Em 1726 o proprietário Francisco do Rego
Barros construiu capela dedicada a Santo Antônio.
Força do
Destino

General SO Margem direita do riacho Tapacurá.


Entre os km 36 e 37 da ferrovia, abaixo de Santa Rita. Fundado
Massiape 8 km NO por Francisco do Rego Barros. Com capela de invocação das
Chagas de Cristo.
Penedo 42 de SE da
Baixo sede
Penedo de
Idem Limítrofe com Penedo de Baixo.
Cima
Margem direita do Capibaribe, entre os engenhos Água Fria e
Pitangueira 11 km NO
Tiúma.

Quizanga 5 km O A 3 km S da estação ferroviária.

Rodízio 20 km NO Entre Água Fria e Massiape.

42
Em referências da primeira metade do século XVII aparece um engenho denominado Santo
Antônio de Penedo, com invocação Nossa Senhora das Chagas de Cristo, que se encontrava
de fogo morto na época da Restauração. Nova referência aparece c. 1746, quando o engenho
pertence a Miguel Borges Pereira (AHU_ACL_CU_015, Cx. 64, D. 5457). Em 1786 o senhor do
engenho é Pedro Jorge de Souza (AHU_ACL_CU_015, Cx. 156, D. 11311). Não foi possível
entretanto identificar se este engenho de origen seiscentista é o Penedo de Cima ou de
Baixo.

535
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
Originalmente chamado de Cangassé, conforme se vê no
Roncador 5 km N assento 34 do registro de terras da freguesia de São Lourenço
da Mata.
Regalia SE

Santa Rita 14 km O Com estação ferroviária no km 39.


Margem direita do Capibaribe, entre os riachos Goitá e
Tapacurá. As menções mais antigas a este engenho aparecem
nos relatórios holandeses de Carpentier (1638) e de Adriaen
van der Dussen (1640). Em ambos os casos o senhor do
engenho é Arnau de Holanda Barreto, que continua sendo seu
proprietário depois da Restauração. O engenho deve ter caído
em fogo morto, pois em data anterior a 1679, o Capitão André
de Barros Rego solicitava ao rei a isenção tributária de dez
anos concedida a quem reedificasse ou levantasse um engenho
novo no Brasil. A mercê lhe foi concedida em 27 de janeiro do
referido ano 43. Mais de meio século depois, em 1734, as terras
do engenho passavam por demarcação, sendo senhor o
Coronel André de Barros Rego, provável descendente
homônimo do proprietário em 1679 44. Outros homônimos
São João 12 km O
aparecem como senhores do engenho São João em listas de
devedores da Companhia Geral do Comércio em 1760 e 1830
(cobrados pela administração encarregada da massa falida da
referida Companhia, cujas dívidas continuaram a ser arroladas
até o final do século XIX).
No livro de registros de terras da freguesia de São Lourenço da
Mata, consta na folha 15, o assento de 30 de dezembro de
1859, referente ao engenho São João, que era propriedade de
D. Ana Joaquina Maurício Vanderlei. Seus limites eram: pela
Nascente com o Rio Tapacurá; pelo Sul com terras do Engenho
Caluanda; pelo Poente com a Propriedade Cuepe e o Engenho
Novo da Barra; pelo Norte com o Engenho Camorim. Com
ponte rodoviária inaugurada em 1864, reconstruída em 1872 e
reformada várias vezes até o início do século XX.
Cortado pela ferrovia no km 30. Transformado em usina em
Tiúma 5 km O 1887. Com 32 quilômetros de ferrovias construídos pela The
North Brazilian Sugar Company.
Timbi SE

Utinga

Quadro 98- Engenhos relacionados por Sebastião Galvão na freguesia de Nossa Senhora da
Luz.
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
Aratangi 25 km O À margem do riacho de mesmo nome.
À margem do riacho Tapacurá, entre os engenhos Santo
Antônio e Poço d´Antas. Aparece no Almanack da Província
Araújo 17 km SO de Pernambuco de 1879 como sendo de propriedade da
viúva de Manoel Lucas de Araújo Pinheiro e incluído nos
limites da freguesia de Nossa Senhora da Luz.
Barra O Nos limites com Paudalho, à margem do riacho Goitá.

Margem esquerda do Tapacurá. Aparece no Almanack da


Bela Rosa 12 km O
Província de Pernambuco de 1879 como sendo de

43
Consulta do Conselho Ultramarino, 27.i.1679. AHU_ACL_CU_015, Cx. 12, D. 1135.
44
Carta do Ouvidor de Pernambuco ao Rei, 21.ii.1734. AHU_ACL_CU_015, Cx. 46, D. 4119.

536
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
propriedade de Lino Ferreira da Silva.

Califórnia 11 km O

Caluanda 12 km O Margem esquerda do Tapacurá.

Cajueiro
SO
Escuro
Pertenceu aos Jesuítas até sua expulsão em 1759. Aparece
no Almanack da Província de Pernambuco de 1879 como
Colégio S
propriedade do Dr. João Antônio de Souza Beltrão de Araújo
Pereira.
Concórdia 20 km O Entre os engenhos Santo Antônio, São Bento e Reis.
Margem do rio Uma, nos limites com Vitória. Fundado antes
da invasão holandesa por Belchior Rodrigues Covas. Possui
capela com invocação de São Gonçalo. Tropas lideradas por
João Fernandes Vieira estacionaram em suas terras no
caminho de Tabocas em 24 de junho de 1645. Em 1760
Covas 25 km S
pertencia a Luís Carlos Teixeira, conforme registro da lista de
engenhos feito pela Companhia Geral do Comércio de
Pernambuco e Paraíba. Aparece no Almanack da Província de
Pernambuco de 1879 como propriedade dos herdeiros de
Manoel Lucas de Araújo Pinheiro.
Cruz S

Aparece no Almanack da Província de Pernambuco de 1879


Cuepe 12 km O
como propriedade de João Dias Carneiro da Cunha.

Guabiraba S

Com capela de invocação Nossa Senhora do Livramento. Na


Mamucaia S
divisa com Recife.
Invocação Nossa Senhora das Flores. À margem do riacho de
mesmo nome. Aparece nas Confissões e Denunciações de
Pernambuco (1593-1595) como pertencente a Bento Dias
Santiago. Em 1608, na Relação de Engenhos de Diogo
Campos Moreno, aparece relacionado ao nome de André
Gomes de Pina. No Relatório de José Israel da Costa dos
Açúcares que se fizeram em Pernambuco e Paraíba de 1623,
aparece como propriedade de Gabriel de Pina. Confiscado
pelos holandeses, foi vendido a André Soares moente, com
engenho de bois. No relatório de Adriaen van der Dussen,
aparece em 1640 como pertencente a Fernão Soares da
Cunha, moente, com engenho de água. Eram lavradores o
Muribara proprietário, Francisco Velho Tinoco, Maria d’Abreu, Maria
Antunes e Luís Garcez. Depois da Restauração continuou
pertencendo ao mesmo dono, segundo a lista das pensões e
dízimas dos engenhos (04/08/1655). Em 1671 o engenho se
encontrava confiscado pela fazenda real 45. Voltamos a ter
notícias do engenho Muribara em 1745, quando era
proprietário Antônio Batista Coelho 46. Este homem teve seus
bens sequestrados pela Fazenda Real por malversação do
dinheiro da coroa. O engenho Muribara foi mais uma vez
sequestrado pelo provedor da capitania. Pelo auto de
sequestro lavrado sabemos que o engenho possuía: “quatro
tachas; uma caldeira; uma bacia de resfriar; duas
escumadeiras e duas pombas; dois reminhóis; trinta e três

45
Carta do Provedor da Fazenda Real de Pernambuco ao Príncipe regente sobre sequestro do
engenho Muribara, 30.viii.1671. AHU_ACL_CU_015, Cx. 10, D. 929.
46
Requerimento de Antônio Batista Coelho, senhor do engenho Muribara, para portar armas
nas jornadas que fizer, ant. 6.x.1745. AHU_ACL_CU_015, Cx. 62, D. 5284.

537
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
bestas; três crias, nas quais entram oito cavalos; vinte e
quatro bois mansos; vinte e duas ovelhas; duas cabras e uma
cria; trezentos e noventa e cinco pães de açúcar que se
acham ainda nas formas e casa de purgar, pertencentes ao
sequestrado e lavradores, nos quais se compreendem cinco
pães e meio que são das Almas como declarou o feitor, (...)
casas de vivenda, capela, senzalas e sítios de lavradores,
como também [16 escravos] e mais [12 escravas e 8
“crias”]; um bacamarte; um braço de bataca [?]; e toda a
cana que se achar (...) nos partidos do dito Engenho” 47. Em
data anterior a 3 de agosto de 1748 já se encontrava o
engenho arrematado em hasta pública por Antônio Ferreira
Pinto 48, que aparece como proprietário na lista da Companhia
Geral de Comércio, em 1760. Em 1781, o engenho já era
propriedade de Antônio de Holanda Cavalcanti, devedor de
quase dois contos de réis pela referida Companhia 49. Em
1784 este proprietário solicita demarcação das terras por
haverem os vizinhos arrancado os marcos de pedra
divisórios 50. Em 1797 o engenho pertencia a Manuel Correia
de Araújo, que imputou às suas rendas a obrigação de
cinquenta missas registrada na escritura do morgadio
estabelecido pelo seu avô, e que antes estavam encargadas
nas rendas de outro engenho na Paraíba 51. Meio século
depois o engenho era propriedade de Francisco de Paula
Correia de Araújo 52. O registro de terras de São Lourenço
informa na folha 14, em assento de 28 de dezembro de 1859,
que o engenho estava compreendido na terceira sesmaria de
Bento Dias Santiago, na margem direita do rio Capibaribe,
com a seguinte demarcação: “principia a sua demarcação na
Ponta do Poço [Largarmar], e tem mil e quinhentas braças do
marco do dito poço ao marco do canto, divide-se nesta linha
com os Engenho Constantino e São José; do marco do canto,
vai ao marco do mundo novo, dividindo-se nesta segunda
linha com os Engenhos São José e Tapacurá; deste último
marco, que está perto do caminho antigo que ia de Nossa
Senhora da Luz para o sertão, segue a sua demarcação o
mesmo caminho até encontrar o que vai de Muribara para
Tiúma; e deste ponto vai em uma linha reta ao Rio
Capibaribe, dividindo-se com o Engenho Tiúma; pelo Rio
Capibaribe divide-se com os Engenhos Quizanga, Caiará e
Roncador.” Os senhores do engenho são João e Joaquim
Correia de Araújo.
Martinica S

Novo NO Margem do riacho Goitá, nos limites com Paudalho.

Oiteiro de
20 km S
Pedra
Capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo. Cortado pelo
Pixau O
riacho Pixau. Topônimo de origem indígena. Significa

47
Auto de sequestro do engenho Muribara, 20.xii.1747. Anexo ao documento
AHU_ACL_CU_015, Cx. 69, D. 5833.
48
Carta de Antônio Ferreira Pinto ao Rei, 3.viii.1748. Anexa ao documento AHU_ACL_CU_015,
Cx. 69, D. 5833.
49
Códices do Arquivo Histórico Ultramarino – Pernambuco, Relação dos devedores da
Companhia, 1781.
50
Requerimento de Antônio de Holanda Cavalcanti de Albuquerque à rainha, ant. 4.ii.1784.
AHU_ACL_CU_015, Cx. 150, D. 10900.
51
Requerimento de Manuel Correia de Araújo, ant. 7.xi.1797. AHU_ACL_CU_015, Cx. 198, D.
13629.
52
ARAÚJO, José Thomaz Nabuco. Justa Apreciação do Partido Praieiro ou História da
Dominação da Praia. Recife: Typographia União, 1847, pp. 64 e 74.

538
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
“manchado de preto”. Erguido entre 1760 e 1778, conforme
“lista dos engenhos erguidos” (Códices de Pernambuco,
Arquivo Histórico Ultramarino).
Poço 12 km O

Poço Sagrado S

Queira Deus S

Refresco 20 km O

Reis 15 km O Margem direita do Tapacurá.

São Bento 15 km O Margem direita do Tapacurá.

São José 8 km S
Erguido antes de 1760, data em que pertencia a D. Ana de
Santa Rosa 11 km S Moura e Souza (Lista de Engenhos, Códices de Pernambuco,
AHU).
Santo Antônio 20 km SO Entre os engenhos Concórdia e Araújo.

Sítio S Com capela de Nossa Senhora dos Remédios


Este engenho tinha invocação Nossa Senhora de Montserrat,
indicativo de ter sido seu fundador de origem vianesa. As
notícias mais antigas sobre este engenho estão registradas
nos relatórios de José Israel da Costa (1623), de Carpentier
(1638) e Adriaen van der Dussen (1640). No documento de
1638 afirma-se que era de tração animal (boi). No registro de
1640 lhe foi atribuída tração à água. Em ambos os casos
dado como moente, e em 1640 contando com cinco
lavradores não nomeados. Nos três documentos o senhor
identificado é Antônio Rodrigues Moreno. Em 1644, na
Memorável Viagem Marítima e Terrestre ao Brasil, Nieuhof
informa que o proprietário era Manuel Fernandes Cruz, que
ainda o era em 1681. Nessa ocasião informa que o engenho
Tapacurá foi um ponto de apoio importante para as tropas
luso-pernambucanas na guerra da Restauração. De lá foram
retirados escravos e cavalos para reforçar a tropa insurreta.
Tapacurá 10 km SO Os contingentes liderados por João Fernandes Vieira
passaram pelo engenho a caminho de Vitória de Santo Antão,
cenário do primeiro grande embate da Guerra da
Restauração, a Batalha das Tabocas de 3 de agosto de 1645.
Naquela ocasião, se abasteceram de carne e farinha e foi
oferecida uma grande refeição com “mesa esplêndida às
principais pessoas que se ofereceram à ocasião”. Foram
ainda tratados soldados doentes 53.
Em 1734 o engenho já aparece como sendo propriedade do
português Agostinho Ferreira da Costa, que mantém uma
ácida disputa de terras com o senhor do engenho São João, o
Coronel André de Barros Rego, que ajuntou gente armada
para impedir que o oficial de justiça procedesse à
demarcação 54. Nas listas de devedores da Companhia Geral
do Comércio de Pernambuco e Paraíba da década de 1760
aparecem como senhores do engenho primeiramente Manuel
dos Santos Carneiro e depois Antônio Carneiro Sampaio. Um

53
Requerimento de Manuel Fernandes Cruz ao príncipe regente, ant. 21.v.1681.
AHU_ACL_CU_015, Cx. 12, D. 1193.
54
Carta do Ouvidor de Pernambuco ao Rei, 21.ii.1734, AHU_ACL_CU_015, Cx. 46, D. 4119.

539
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
descendente deste último, Francisco Carneiro Sampaio, era
seu possuidor em 1775 55. Os Carneiro Sampaio tiveram suas
dívidas sucessivamente executadas nos anos seguintes à
extinção da Companhia, daí que uma referência de 1785
indica que Custódio José Ferreira da Silva e sua tutora Ana
Maria Ângela de Carvalho, administradora do engenho
Tapacurá queixavam-se das tentativas de proprietários
vizinhos usurparem terras de sua propriedade 56. Em 1815,
quando se fez demarcação com o engenho Tiúma, pertencia
a Custódio José da Silva 57.
Mais de meio século depois o engenho continuava existindo e
funcionando tal como se deduz do registro cartorial do Livro
de Notas do Tabelião Guilherme Patrício Bezerra Cavalcanti,
depositado no arquivo do Instituto Arqueológico. Informa a
escritura de arrendamento feita em 2 de maio de 1845 entre
seu proprietário Lino Ferreira da Silva e Francisco José
Moreira da Costa, por três safras (1846-1849), cada uma pelo
valor de um conto e quinhentos mil réis. O Almanack da
Província de Pernambuco de 1879 informa que ainda naquela
data o engenho pertencia a Lino Ferreira da Silva.
Una 12 km S Com capela de Nossa Senhora dos Prazeres.

Margem direita do riacho Goitá e nos limites com município


Velho 12 km
de Paudalho.

Aratangi 25 km O À margem do riacho de mesmo nome.


À margem do riacho Tapacurá, entre os engenhos Santo
Antônio e Poço d´Antas. Aparece no Almanack da Província
Araújo 17 km SO de Pernambuco de 1879 como sendo de propriedade da
viúva de Manoel Lucas de Araújo Pinheiro e incluído nos
limites da freguesia de Nossa Senhora da Luz.
Barra O Nos limites com Paudalho, à margem do riacho Goitá.
Margem esquerda do Tapacurá. Aparece no Almanack da
Bela Rosa 12 km O Província de Pernambuco de 1879 como sendo de
propriedade de Lino Ferreira da Silva.
Califórnia 11 km O

Caluanda 12 km O Margem esquerda do Tapacurá.

Cajueiro
SO
Escuro
Pertenceu aos Jesuítas até sua expulsão em 1759. Aparece
no Almanack da Província de Pernambuco de 1879 como
Colégio S
propriedade do Dr. João Antônio de Souza Beltrão de Araújo
Pereira.
Concórdia 20 km O Entre os engenhos Santo Antônio, São Bento e Reis.
Margem do rio Uma, nos limites com Vitória. Fundado antes
da invasão holandesa por Belchior Rodrigues Covas. Possui
capela com invocação de São Gonçalo. Tropas lideradas por
João Fernandes Vieira estacionaram em suas terras no
caminho de Tabocas em 24 de junho de 1645. Em 1760
Covas 25 km S
pertencia a Luís Carlos Teixeira, conforme registro da lista de
engenhos feito pela Companhia Geral do Comércio de
Pernambuco e Paraíba. Aparece no Almanack da Província de
Pernambuco de 1879 como propriedade dos herdeiros de
Manoel Lucas de Araújo Pinheiro.

55
Requerimento, ant. a 18.v.1775, AHU_ACL_CU_015, Cx. 119, D. 9107.
56
Requerimento, ant. 27.v.1785, AHU_ACL_CU_015, Cx. 155, D. 11158.
57
GALVÃO, Sebastiao, vol. 4, p. 149.

540
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede

Cruz S

Aparece no Almanack da Província de Pernambuco de 1879


Cuepe 12 km O
como propriedade de João Dias Carneiro da Cunha.

Guabiraba S

Com capela de invocação Nossa Senhora do Livramento. Na


Mamucaia S
divisa com Recife.
Invocação Nossa Senhora das Flores. À margem do riacho de
mesmo nome. Aparece nas Confissões e Denunciações de
Pernambuco (1593-1595) como pertencente a Bento Dias
Santiago. Em 1608, na Relação de Engenhos de Diogo
Campos Moreno, aparece relacionado ao nome de André
Gomes de Pina. No Relatório de José Israel da Costa dos
Açúcares que se fizeram em Pernambuco e Paraíba de 1623,
aparece como propriedade de Gabriel de Pina. Confiscado
pelos holandeses, foi vendido a André Soares moente, com
engenho de bois. No relatório de Adriaen van der Dussen,
aparece em 1640 como pertencente a Fernão Soares da
Cunha, moente, com engenho de água. Eram lavradores o
proprietário, Francisco Velho Tinoco, Maria d’Abreu, Maria
Antunes e Luís Garcez. Depois da Restauração continuou
pertencendo ao mesmo dono, segundo a lista das pensões e
dízimas dos engenhos (04/08/1655). Em 1671 o engenho se
encontrava confiscado pela fazenda real 58. Voltamos a ter
notícias do engenho Muribara em 1745, quando era
proprietário Antônio Batista Coelho 59. Este homem teve seus
bens sequestrados pela Fazenda Real por malversação do
dinheiro da coroa. O engenho Muribara foi mais uma vez
Muribara
sequestrado pelo provedor da capitania. Pelo auto de
sequestro lavrado sabemos que o engenho possuía: “quatro
tachas; uma caldeira; uma bacia de resfriar; duas
escumadeiras e duas pombas; dois reminhóis; trinta e três
bestas; três crias, nas quais entram oito cavalos; vinte e
quatro bois mansos; vinte e duas ovelhas; duas cabras e uma
cria; trezentos e noventa e cinco pães de açúcar que se
acham ainda nas formas e casa de purgar, pertencentes ao
sequestrado e lavradores, nos quais se compreendem cinco
pães e meio que são das Almas como declarou o feitor, (...)
casas de vivenda, capela, senzalas e sítios de lavradores,
como também [16 escravos] e mais [12 escravas e 8
“crias”]; um bacamarte; um braço de bataca [?]; e toda a
cana que se achar (...) nos partidos do dito Engenho” 60. Em
data anterior a 3 de agosto de 1748 já se encontrava o
engenho arrematado em hasta pública por Antônio Ferreira
Pinto 61, que aparece como proprietário na lista da Companhia
Geral de Comércio, em 1760. Em 1781, o engenho já era
propriedade de Antônio de Holanda Cavalcanti, devedor de
quase dois contos de réis pela referida Companhia 62. Em
1784 este proprietário solicita demarcação das terras por

58
Carta do Provedor da Fazenda Real de Pernambuco ao Príncipe regente sobre sequestro do
engenho Muribara, 30.viii.1671. AHU_ACL_CU_015, Cx. 10, D. 929.
59
Requerimento de Antônio Batista Coelho, senhor do engenho Muribara, para portar armas
nas jornadas que fizer, ant. 6.x.1745. AHU_ACL_CU_015, Cx. 62, D. 5284.
60
Auto de sequestro do engenho Muribara, 20.xii.1747. Anexo ao documento
AHU_ACL_CU_015, Cx. 69, D. 5833.
61
Carta de Antônio Ferreira Pinto ao Rei, 3.viii.1748. Anexa ao documento AHU_ACL_CU_015,
Cx. 69, D. 5833.
62
Códices do Arquivo Histórico Ultramarino – Pernambuco, Relação dos devedores da
Companhia, 1781.

541
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
haverem os vizinhos arrancado os marcos de pedra
divisórios 63. Em 1797 o engenho pertencia a Manuel Correia
de Araújo, que imputou às suas rendas a obrigação de
cinquenta missas registrada na escritura do morgadio
estabelecido pelo seu avô, e que antes estavam encargadas
nas rendas de outro engenho na Paraíba 64. Meio século
depois o engenho era propriedade de Francisco de Paula
Correia de Araújo 65. O registro de terras de São Lourenço
informa na folha 14, em assento de 28 de dezembro de 1859,
que o engenho estava compreendido na terceira sesmaria de
Bento Dias Santiago, na margem direita do rio Capibaribe,
com a seguinte demarcação: “principia a sua demarcação na
Ponta do Poço [Largarmar], e tem mil e quinhentas braças do
marco do dito poço ao marco do canto, divide-se nesta linha
com os Engenho Constantino e São José; do marco do canto,
vai ao marco do mundo novo, dividindo-se nesta segunda
linha com os Engenhos São José e Tapacurá; deste último
marco, que está perto do caminho antigo que ia de Nossa
Senhora da Luz para o sertão, segue a sua demarcação o
mesmo caminho até encontrar o que vai de Muribara para
Tiúma; e deste ponto vai em uma linha reta ao Rio
Capibaribe, dividindo-se com o Engenho Tiúma; pelo Rio
Capibaribe divide-se com os Engenhos Quizanga, Caiará e
Roncador.” Os senhores do engenho são João e Joaquim
Correia de Araújo.
Martinica S

Novo NO Margem do riacho Goitá, nos limites com Paudalho.

Oiteiro de
20 km S
Pedra
Capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo. Cortado pelo
riacho Pixau. Topônimo de origem indígena. Significa
Pixau O “manchado de preto”. Erguido entre 1760 e 1778, conforme
“lista dos engenhos erguidos” (Códices de Pernambuco,
Arquivo Histórico Ultramarino).
Poço 12 km O

Poço Sagrado S

Queira Deus S

Refresco 20 km O

Reis 15 km O Margem direita do Tapacurá.

São Bento 15 km O Margem direita do Tapacurá.

São José 8 km S
Erguido antes de 1760, data em que pertencia a D. Ana de
Santa Rosa 11 km S Moura e Souza (Lista de Engenhos, Códices de Pernambuco,
AHU).

63
Requerimento de Antônio de Holanda Cavalcanti de Albuquerque à rainha, ant. 4.ii.1784.
AHU_ACL_CU_015, Cx. 150, D. 10900.
64
Requerimento de Manuel Correia de Araújo, ant. 7.xi.1797. AHU_ACL_CU_015, Cx. 198, D.
13629.
65
ARAÚJO, José Thomaz Nabuco. Justa Apreciação do Partido Praieiro ou História da
Dominação da Praia. Recife: Typographia União, 1847, pp. 64 e 74.

542
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede

Santo Antônio 20 km SO Entre os engenhos Concórdia e Araújo.

Sítio S Com capela de Nossa Senhora dos Remédios


Este engenho tinha invocação Nossa Senhora de Montserrat,
indicativo de ter sido seu fundador de origem vianesa. As
notícias mais antigas sobre este engenho estão registradas
nos relatórios de José Israel da Costa (1623), de Carpentier
(1638) e Adriaen van der Dussen (1640). No documento de
1638 afirma-se que era de tração animal (boi). No registro de
1640 lhe foi atribuída tração à água. Em ambos os casos
dado como moente, e em 1640 contando com cinco
lavradores não nomeados. Nos três documentos o senhor
identificado é Antônio Rodrigues Moreno. Em 1644, na
Memorável Viagem Marítima e Terrestre ao Brasil, Nieuhof
informa que o proprietário era Manuel Fernandes Cruz, que
ainda o era em 1681. Nessa ocasião informa que o engenho
Tapacurá foi um ponto de apoio importante para as tropas
luso-pernambucanas na guerra da Restauração. De lá foram
retirados escravos e cavalos para reforçar a tropa insurreta.
Os contingentes liderados por João Fernandes Vieira
passaram pelo engenho a caminho de Vitória de Santo Antão,
cenário do primeiro grande embate da Guerra da
Restauração, a Batalha das Tabocas de 3 de agosto de 1645.
Naquela ocasião, se abasteceram de carne e farinha e foi
oferecida uma grande refeição com “mesa esplêndida às
principais pessoas que se ofereceram à ocasião”. Foram
ainda tratados soldados doentes 66.
Em 1734 o engenho já aparece como sendo propriedade do
português Agostinho Ferreira da Costa, que mantém uma
Tapacurá 10 km SO
ácida disputa de terras com o senhor do engenho São João, o
Coronel André de Barros Rego, que ajuntou gente armada
para impedir que o oficial de justiça procedesse à
demarcação 67. Nas listas de devedores da Companhia Geral
do Comércio de Pernambuco e Paraíba da década de 1760
aparecem como senhores do engenho primeiramente Manuel
dos Santos Carneiro e depois Antônio Carneiro Sampaio. Um
descendente deste último, Francisco Carneiro Sampaio, era
seu possuidor em 1775 68. Os Carneiro Sampaio tiveram suas
dívidas sucessivamente executadas nos anos seguintes à
extinção da Companhia, daí que uma referência de 1785
indica que Custódio José Ferreira da Silva e sua tutora Ana
Maria Ângela de Carvalho, administradora do engenho
Tapacurá queixavam-se das tentativas de proprietários
vizinhos usurparem terras de sua propriedade 69. Em 1815,
quando se fez demarcação com o engenho Tiúma, pertencia
a Custódio José da Silva 70.
Mais de meio século depois o engenho continuava existindo e
funcionando tal como se deduz do registro cartorial do Livro
de Notas do Tabelião Guilherme Patrício Bezerra Cavalcanti,
depositado no arquivo do Instituto Arqueológico. Informa a
escritura de arrendamento feita em 2 de maio de 1845 entre
seu proprietário Lino Ferreira da Silva e Francisco José
Moreira da Costa, por três safras (1846-1849), cada uma pelo
valor de um conto e quinhentos mil réis. O Almanack da
Província de Pernambuco de 1879 informa que ainda naquela

66
Requerimento de Manuel Fernandes Cruz ao príncipe regente, ant. 21.v.1681.
AHU_ACL_CU_015, Cx. 12, D. 1193.
67
Carta do Ouvidor de Pernambuco ao Rei, 21.ii.1734, AHU_ACL_CU_015, Cx. 46, D. 4119.
68
Requerimento, ant. a 18.v.1775, AHU_ACL_CU_015, Cx. 119, D. 9107.
69
Requerimento, ant. 27.v.1785, AHU_ACL_CU_015, Cx. 155, D. 11158.
70
GALVÃO, Sebastiao, vol. 4, p. 149.

543
Distância
E ngenho L ocalização / Observações
d a sede
data o engenho pertencia a Lino Ferreira da Silva.

Una 12 km S Com capela de Nossa Senhora dos Prazeres.

Margem direita do riacho Goitá e nos limites com município


Velho 12 km
de Paudalho.

Aratangi 25 km O À margem do riacho de mesmo nome.


À margem do riacho Tapacurá, entre os engenhos Santo
Antônio e Poço d´Antas. Aparece no Almanack da Província
Araújo 17 km SO de Pernambuco de 1879 como sendo de propriedade da
viúva de Manoel Lucas de Araújo Pinheiro e incluído nos
limites da freguesia de Nossa Senhora da Luz.
Barra O Nos limites com Paudalho, à margem do riacho Goitá.
Margem esquerda do Tapacurá. Aparece no Almanack da
Bela Rosa 12 km O Província de Pernambuco de 1879 como sendo de
propriedade de Lino Ferreira da Silva.
Califórnia 11 km O

Caluanda 12 km O Margem esquerda do Tapacurá.

Cajueiro
SO
Escuro
Pertenceu aos Jesuítas até sua expulsão em 1759. Aparece
no Almanack da Província de Pernambuco de 1879 como
Colégio S
propriedade do Dr. João Antônio de Souza Beltrão de Araújo
Pereira.
Concórdia 20 km O Entre os engenhos Santo Antônio, São Bento e Reis.
Margem do rio Uma, nos limites com Vitória. Fundado antes
da invasão holandesa por Belchior Rodrigues Covas. Possui
capela com invocação de São Gonçalo. Tropas lideradas por
João Fernandes Vieira estacionaram em suas terras no
caminho de Tabocas em 24 de junho de 1645. Em 1760
Covas 25 km S
pertencia a Luís Carlos Teixeira, conforme registro da lista de
engenhos feito pela Companhia Geral do Comércio de
Pernambuco e Paraíba. Aparece no Almanack da Província de
Pernambuco de 1879 como propriedade dos herdeiros de
Manoel Lucas de Araújo Pinheiro.
Cruz S

Aparece no Almanack da Província de Pernambuco de 1879


Cuepe 12 km O
como propriedade de João Dias Carneiro da Cunha.

Guabiraba S
Com capela de invocação Nossa Senhora do Livramento. Na
Mamucaia S
divisa com Recife.

MORENO

A ocupação e o povoamento da área que corresponde hoje ao


município de Moreno estão diretamente ligados à instalação na antiga
freguesia de Jaboatão dos engenhos de açúcar. Ao longo dos séculos estas
unidades de produção foram atraindo população. De um dos engenhos, o
Catende, se formou a povoação que, entretanto, assumiu o nome de um dos

544
mais antigos engenhos da região o Morenos. A emancipação se deu em
1928 e o primeiro prefeito da cidade foi Euclides José de Souza Leão, que
seria deposto na Revolução de 30.

Um pequeno opúsculo produzido em 1973, sem local de impressão,


de autoria de João Carneiro da Cunha oferece informações sobre a história
da cidade. Com a instalação do cotonifício no início da década de 1910,
foram atraídos trabalhadores dos municípios de Paulista e Camaragibe, uma
vez que a população local era pequena e desprovida dos pré-requisitos para
o trabalho fabril, 18 anos depois, com a emancipação política, a vida da
cidade e toda a sua conformação urbana giravam em torno da fábrica belga
conforme a foto a seguir. O local recebeu grande afluxo de técnicos
estrangeiros, que difundiram, entre outras práticas, o jogo de futebol e as
representações musicais e teatrais. A pequena cidade viu surgirem clubes
de futebol e sociedades literário-teatrais conforme a foto a seguir.

Figura 220- Fábrica da Société Cotonnière Belge-Brésiliene S.A


Fonte: Acervo George Cabral.

Na campanha presidencial de 1929 a cidade foi visitada por Getúlio


Vargas que passou a bordo de trem especial com destino à Vitória de Santo
Antão conforme as fotos a seguir. Anos depois, no contexto da Revolução
de 1930, a casa do proprietário do engenho Novo da Conceição foi invadida
pelos adeptos da Aliança Liberal para destruir os retratos do governador
Estácio Coimbra. Houve tiroteios e gritos de “morra” ao regime derrotado.

Em 1950 sua população era de 23.095 habitantes, com densidade


demográfica de 124,8 hab/km². Desta população, 23,8% habitava a zona
urbana do município. Apesar disso, a agricultura era o ramo de atividade
econômica com maior participação da população economicamente ativa,
com 23,6% de ocupação. As 15 indústrias do município ocupavam 17,6% da
população economicamente ativa, com destaque para a produção de
açúcar, álcool e tecidos de algodão (Société Cotonnière Belge-Brésiliene

545
S.A). Naquela altura, a cidade contava com 89 logradouros, 22 dos quais
pavimentados, iluminação elétrica, serviço telegráfico, dois cinemas.

Figura 221- Clube João Pessoa. Figura 222- Estação Ferroviária


Fonte: Acervo George Cabral.

No contexto das tensões sociais da década de 1960, a cidade foi


tomada pelo protesto dos trabalhadores rurais da Usina Auxiliadora. Os
trabalhadores do cotonifício também realizaram movimentos grevistas. Na
década de 1970 a fábrica passou para o controle do grupo nacional
Tacaruna. Em 1977 o Cotonifício encerrou suas atividades demitindo 1.200
funcionários com profundo impacto na localidade.

Além da produção de açúcar, a presença na cidade do Cotonifício


Moreno (da firma belga citada acima), promoveu a instalação de uma vila
fabril batizada de Vila Nathan, em homenagem a um dos diretores da
companhia. O período que vai de 1881 a 1930 testemunha o surgimento
destes assentamentos fabris em vários locais do Brasil. A arquiteturas
destes assentamentos surgem “exemplares inspirados em modelos
tradicionais brasileiros. O padrão urbano de casas de porta e janela
dispostas em renque e desprovidas de recuos frontais e laterais foi, nesse
momento, bastante comum em vilas operárias e núcleos fabris”. No caso da
vila fabril de Moreno conforme a foto a seguir registra-se hoje um processo
de descaracterização do formato original. 71

71
CORREIA, T. de B., GHOUBAR, K., MAUTNER, Y. Brasil, suas fábricas e vilas operárias.
Revista USP, n. 20, dezembro de 2006, pp. 10-36. (Com ilustrações).

546
Figura 223- Casas construídas pela Societé Cotonniére Belge-Brésilienne, 1955
Fonte: Acervo George Cabral.

Do copioso número de engenhos relacionados no item anterior para o


município de Jaboatão dos Guararapes, uma parcela significativa destas
unidades produtivas do passado assenta-se atualmente no município de
Moreno, reconhecido pela FIDEM (junto do município do Cabo e de
Araçoiaba), como um território de oportunidades para o turismo rural, por
essa combinação de áreas de mata preservada, bicas e cachoeiras e
remanescentes seculares destes antigos engenhos.

No Inventário de Varredura do Patrimônio Material do Ciclo da Cana-


de-açúcar, realizado pela Superintendência do IPHAN em Pernambuco foram
localizados o inventário de 32 engenhos no município de Moreno conforme o
quadro abaixo.

Quadro 99 - Engenhos Inventariados pelo IPHAN de Pernambuco no município de Moreno


L ist a d e en g en h os in ven t ariad os p elo I PHAN/PE em Moren o
1-Bela Vista 12- Furnas 23- Pacoval
2-Brejo 13- Gurjaú de Baixo 24- Paris
3- Buscaú 14- Gurjaú de Cima 25- Pereira
4-Camarã 15- Jardim 26- Pintos
5- Capim-Açú (Capim-Assu) 16- Javunda 27- Queimadas
6- Caraúna 17- Jussara 28- Serraria
7- Carnijó 18- Laranjeiras 29- Seva
8- Catende 19- Mato Grosso 30- Timbó
9- Contra Açude 20- Moreninho 31- Várzea do Una
10- Dois Irmãos 21- Moreno 32- Xixaim
11- Floresta 22- Novo da Conceição

547
• Evolução cronológica da formação administrativa de Moreno

A Lei Estadual nº 1.931 de 11 de setembro de 1928, criou o município


de Moreno, desmembrado de Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da
Mata e Vitória de Santo Antão, tendo sido instalado em 01 de janeiro de
1929. Atualmente compõe-se apenas o Distrito de Moreno.

A evolução cronológica da Formação Administrativa do Município de


Moreno é apresentada no quadro abaixo.

Quadro 100- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município de Moreno.


L egislação At o administrativo

Lei municipal n. 126, de Distrito criado com a denominação de Morenos subordinado ao


0803/1920. município de Jaboatão.
Lei estadual n. 1.931, de Elevado à categoria de município com a denominação de
11/09/1928. Morenos desmembrado de Jaboatão. Instalado em 01/01/1929.
Divisão administrativa de
O município é constituído do distrito sede.
1933.
Divisões territoriais
O município aparece constituído de três distritos: Morenos,
datadas de 31/12/1936 e
Buscaú e Tapera.
31/12/1937.
O distrito de Morenos passou a denominar-se Moreno. Sob o
Decreto-lei estadual n. mesmo decreto-lei os distritos de Buscaú e Tapera foram
235, de 09/12/1938. extintos, sendo seus territórios anexados ao distrito sede do
município de Moreno.
Quadro administrativo
O município é constituído do distrito sede.
de 1939-1943.
Divisão territorial de
Mantém situação anterior.
2003.
Divisão territorial de
O município é constituído de dois distritos: Moreno e Bonança.
2005.

• Relação histórica de Engenhos no Município de Moreno

• Morenos – Tradicionalmente a fundação do engenho Morenos é


atribuída a Baltazar Gonçalves Moreno e datada de antes da
invasão holandesa. Há uma referência entretanto que pode recuar
a fundação para finais do século XVI. Segundo João Carneiro da
Cunha, no opúsculo “Memórias de quem conhece a história da
terra da gente”, haveria um registro documental na chancelaria de
Felipe III (IV de Espanha), referendando a venda feita pelo cristão-
novo Carlos Francisco Drago, em 29 de fevereiro de 1616, do
engenho Nossa Senhora da Apresentação ao referido Baltazar
Gonçalves Moreno por 22:400$000, um alto preço que indicaria
uma boa qualidade da fábrica e grande quantidade de canas
cultivadas;
• O registro de terras da freguesia de Jaboatão assinala no registro
de número 22 que em 1859 seu proprietário era de Antônio de
Souza Leão, e que as terras teriam sido compradas entre
dezembro de 1849 e agosto de 1850 aos seguintes proprietários:

548
Dona Joana Inácia Pereira dos Santos, Joaquim Vaz Salgado,
Francisco de Paula Correia de Araújo e irmãos e Francisco Antônio
Pereira da Silva. Ainda segundo o registro mencionado, os limites
do engenho Morenos eram os seguintes: “ao Norte limita-se com
os Engenhos Cabra-Velha ou Sapucaia, e Covas; ao Sul com os
Engenhos Pereiras, Floresta, Mato Grosso; ao Leste com Catende e
Viagem; ao Oeste com o Engenho Serraria”. A 18 de dezembro de
1859, Antônio de Souza Leão recebia na casa-grande do engenho,
a visita do imperador D. Pedro II que lhe conferiu o título de Barão
de Moreno e a sua esposa, Dona Maria Amélia de Souza Leão, o de
Baronesa. O engenho possui capela situada em uma pequena
colina algo afastada da casa-grande onde estão sepultados os
integrantes do clã Souza Leão. A casa-grande é uma das mais
belas do Brasil;
• Catende – Ver histórico desse engenho na seção dedicada a
Jaboatão, freguesia da qual fazia parte originalmente. A casa-
grande também foi visitada por Pedro II. A capela fundada em
1745 e dedicada a São Sebastião funcionou como matriz da
paróquia de Morenos até ser criminosamente destruída em 1973
para liberação do terreno para a construção de uma escola;
• Cabra-Velha ou Sapucaia – o assento n. 50, de 28 de dezembro de
1859, do Registro de Terras de Jaboatão indica que era seu
proprietário José Cavalcanti de Albuquerque Vanderlei. Suas terras
se estendiam por 900 braças de sul a norte, e 800 de leste a
oeste, entre as freguesias de Jaboatão e da Luz, e seus limites
eram: com as propriedades Engenho Morenos, Covas, Fortaleza e
Catende;

• Gameleira – Posterior a 1882, pois não aparece relacionado no


Almanack da Província de Pernambuco no referido ano, nem no de
1879, nem no Registro de Terras de 1859. Pelos Mapas da
Sudene 72, o Engenho Gameleira confronta-se ao Sul com os
Engenhos Caraúna e Gurjaú de Cima; ao Norte, com o Engenho
Morenos; a oeste, com o Engenho Pereiras; e a Leste, com o
Engenho Carnijó. Na verdade, pode ter sido desmembrado de
quaisquer destes Engenhos;
• Usina Nossa Senhora Auxiliadora - Localizava-se no município de
Jaboatão. Foi fundada pelo Dr João Dourado Cavalcante Azevedo,
no engenho Cabra Velha de sua propriedade. Era um meio-
aparelho que em seguida transformou-se na Usina Nossa Senhora
Auxiliadora. Esta usina teve vida industrial curta, sendo vendida a
72
Folha SC.25-V-A-II - Carta MI-1371 - Vitória de Santo Antão - Escala 1:100.000 - Ministério do
Exército/SUDENE.

549
sua cota de sacos de açúcar para a Usina Massauassu, ficando os
engenhos pertencendo aos herdeiros do senhor João Dourado
Cavalcante Azevedo (Seu Dudu) e fornecendo cana para a Usina
Bulhões e outras vizinhas. Não sabemos a data da fundação e nem
quando a usina parou de moer. Na sede da antiga usina de açúcar,
ainda se encontram uma balança de pesar cana, como também
uma ponte rolante da época em que a usina produzia açúcar
cristal. O seu campo agrícola compõe-se de cinco engenhos
destacando-se o engenho Fundão e Moreninho. Das outras
propriedades não sabemos os seus nomes, porém sabe-se que
todas cultivam cana-de-açúcar. Dr. João Dourado Neto e Luiz
Dourado, donos dos engenhos, continuam como fornecedores de
cana, sendo que o Dr Luiz Antônio Dourado é advogado atuante
como diretor jurídico da Usina Bulhões e procurador geral do
IPP". 73

JABOATÃO DOS GUARARAPES

O município de Jaboatão dos Guararapes é rico em história, e para


sua análise optou-se por dividir os temas em subconjuntos, conforme
abordagem adotada neste relatório sintetizada a seguir por: Terras da
Ribeira do Jaboatão, Muribeca, Curcuranas, Candeias, Piedade e Monte dos
Guararapes.

Destes subconjuntos o que apresenta uma ligação direta com o


empreendimento em análise é notadamente o das terras da Ribeira do
Jaboatão, pois o arco corta parte das terras banhadas por este rio, no
entanto, serão descritos na sequencia a totalidade destes subconjuntos que
fazem parte da história de Jaboatão dos Guararapes.

• Terras da Ribeira do Jaboatão

Uma parte das terras da ribeira do Jaboatão, num total de 500 braças
quadradas foi doada em sesmaria a Gaspar de Amil em 29 de junho de 1565
pelo segundo donatário, Duarte Coelho de Albuquerque. Estas terras foram
vendidas sete anos depois a Gaspar Preses por 130 mil réis. O comprador as
juntou com mais outros terrenos comprados a Jorge de Albuquerque e as
vendeu a Simão Falcão em 18 de setembro de 1576. Em 1581 já existia o
engenho Santana nestas terras. Neste ano, Simão Falcão e sua mulher
Catarina Pais doaram uma sorte de terras ao genro Lopo Soares. A escritura
de doação permite-nos saber que naquela altura já existiam também um

73
MOURA, Severino Rodrigues de. Senhores de Engenho e Usineiros: a nobreza de
Pernambuco. Coleção Tempo Municipal. Centro de Estudos de História Municipal. Recife,
1998. p. 185.

550
engenho pertencente a Jerônimo Fernandes Brabo. Em 1589 registra-se a
existência do engenho Santo Amaro. 74

Outra parte das terras de Jaboatão foi doada em sesmaria pelo


segundo donatário de Pernambuco a Gaspar Alves de Pugas. Esta doação foi
feita em 1566 e sua confirmação jurídica e demarcação foram feitas em
1575. Entretanto, já em 1573, Gaspar Alves Pugas e sua mulher Isabel
Ferreira vendiam parte das terras a Fernão Soares. O lote vendido tinha
1.200 braças no sentido norte-sul e 60 no sentido leste-oeste. A terra,
avaliada em 200 mil réis, era destinada a construção de um engenho. O
vendedor tinha obrigação contratual de moer no engenho trinta tarefas de
cana anualmente, durante um período de seis anos. Fernão Soares
compraria nos anos seguintes outras terras de Gaspar Alves Pugas,
tornando-se, em 1581, proprietário de quase toda a sesmaria original.

Os irmãos Fernão Soares e Diogo Soares construíram o engenho


Suassuna, originalmente situado nas margens de um riacho com o mesmo
nome, afluente do rio Jaboatão. A invocação do engenho e de sua capela era
N. S. da Assunção. As atividades do engenho se iniciaram em 3 de agosto
de 1587. Esta unidade produtora tinha por força motriz a água do riacho,
conforme ficou registrado no termo de propriedade lavrado em 8 de agosto
de 1588.

Informa Pereira da Costa sobre o engenho Suassuna:

“O engenho passou por fim à propriedade de um ramo da


família Cavalcanti de Albuquerque em meados do século XVIII,
adquirido por Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque, que no
mesmo faleceu e foi sepultado na capela-mor da igreja matriz de
Jaboatão, da qual era o padroeiro. Cobre a sua sepultura uma grande
laje de mármore em que se vê gravado este epitáfio: esta sepultura
hé de Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque e seus filhos.” 75

Foi deste ramo familiar que saíram os líderes do movimento de


ruptura política com Portugal descobertos em 1801. Por serem realizadas as
reuniões de uma sociedade secreta no engenho, deu-se origem à chamada
“Academia dos Suassunas”. O movimento falhado entrou para os anais de
nossa história como a Conspiração dos Suassunas. Em 1838 o norte-
americano Daniel P. Kidder visitou o engenho e escreveu que era uma
fazenda de extensas terras, excelentemente cultivadas, com opulentos
canaviais e campos de cultura de arroz e mandioca. O engenho tinha cem
escravos. Ao redor da casa de vivenda agrupavam-se vários edifícios:

74
AP I:367-368.
75
AP I:581 e ss.

551
capela, serraria, forja, carpintaria e estribaria. O engenho movido à água
produzia anualmente nove mil arrobas de açúcar. Tudo foi demolido em
1894 quando o governo do estado comprou a área para instalação da
colônia Barão de Lucena. 76

A Gaspar Alves Pugas restara ainda um área de 2.400 braças de


comprimento por 600 de largura na qual levantou o engenho São João
Batista, já moente em 1575. Essa unidade foi vendida a Pedro Dias de
Fonseca em 1581 e revendida por este ao casal Bento Luís Figueroa e Maria
Feio em 1593. O engenho passou por dote a Antônio Bulhões, cujos
descendentes se mantiveram na posse por muitos anos, passando o
engenho a se chamar engenho Bulhões. Em meados do século XVIII o
engenho já pertencia a outra família. Em 1774, Luís Pereira Viana arrematou
o engenho em leilão público numa ação que correra contra Domingos
Bezerra Cavalcanti. O engenho trocou de mãos mais uma vez em 20 de
novembro de 1827, data em que Gervásio Pires Ferreira o adquiriu pagando
a vista 32 contos de réis. Nas mesmas terras levantou Pires Ferreira outro
engenho chamado Caxito e reconstruiu a fábrica do Bulhões. 77

Outro engenho cuja origem remonta ao início da colonização era o


Santa Cruz (depois chamado Mangaré e Palmeira). Foi fundado por Fernão
Rodrigues Vassalo em um terreno que media 1.400 braças de comprimento
por 600 de largura. Este lote de terras foi desmembrado do engenho São
João, tendo sido comprado por Manuel Pinto e sua mulher Francisca Simões
e posteriormente repassadas ao seu genro, o referido Fernão Rodrigues
Vassalo. Em 1619, o engenho foi vendido a Felipe Diniz da Paz, então
senhor do engenho Suassuna. 78

Outros engenhos haviam surgido nas terras de Jaboatão: em 1605


fundou-se o Engenho Velho (depois Morenos) com invocação de N. S da
Guia. Em 1637, a freguesia contava com mais os seguintes engenhos:
Guarjaú, N. S. da Apresentação, Conceição, Camaçari e o engenho de
Antônio Nunes Ximenes. 79

Ainda em finais do século XVII, num terreno cedido em aforamento


perpétuo por Bento Luís de Figueroa na confluência do Jaboatão com o Una,
começou a surgir uma povoação que deu origem à velha cidade de
Jaboatão. Em 1598 a localidade recebeu foros de paróquia sendo sua
invocação Santo Amaro. 80 Por essa época foi fundada a velha igreja matriz.
Na sua capela-mor foi sepultada Maria Feio, em 1609. Um século depois

76
Idem.
77
AP I:371 e ss.
78
AP I:374.
79
AP I:368.
80
AP I:373.

552
estava a igreja bastante danificada. Por volta de 1691 o vigário da freguesia
Pe. Adriano de Almeida iniciou a construção de um novo templo. Era obra,
segundo documento de 1697, feita “de pedra e cal, com arcos, portas e
cornijas de canataria, e com duas capelas”. Uma grande reforma realizada
em 1852 ampliou o templo, dotando-lhe de bela fachada e duas torres. A
igreja matriz acolhia a irmandade do S. Sacramento, que já existia em 1697
e se encarregava dos festejos de Corpus Christi, Santo Amaro e da Páscoa.

A povoação de Jaboatão tinha ainda uma igreja dedicada a N. S. do


Livramento, construída em terreno doado por Luís Pereira Viana e Ana
Correia de Araújo em 1774. O patrimônio canônico foi doado por Antônio
Bezerra Monteiro no mesmo ano e consistia num partido de canas do seu
engenho Santo Amaro. A construção foi retardada pela falta de recursos. O
templo passou por remodelação a finais do século XIX. Outra igreja que
existiu na freguesia foi a de N. S. Rosário dos Pretos, já construída em 1774.
O último registro de atos no templo ocorre em 1856. Com o
desaparecimento da confraria, a igreja caiu em ruína. 81

Em 1746 contava o entorno da povoação com 667 fogos, 7.355


habitantes, tinha 11 engenhos moentes e dois de fogo morto, 15 capelas
filiadas à igreja matriz, duas companhias de auxiliares, uma de cavalaria,
uma de Henriques, três de ordenanças num total de 399 praças. Uma
referência de 1757 registra 300 vizinhos na povoação e no seu distrito 18
engenhos, 20 capelas e 800 fogos.

Em 1829 o comerciante Gervásio Pires Ferreira doou um terreno para


construção de um cemitério, mas por razões desconhecidas ele não chegou
a ser construído. O cemitério público, com 300 palmos quadrados, só seria
construído em 1856, depois do surto de cólera. Segundo os quadros
estatísticos de Jaboatão, impresso no Recife em 1857, nesse ano a freguesia
contava com 9.141 habitantes, sendo 5.866 livres e 3.275 escravos. Tinha
66 engenhos, sendo 25 de água, 19 a tração animal e dois a vapor, que
produziram em 1856 uma safra de 56.195 pães de açúcar e 184.123
canadas de aguardente. O engenho Caraúna 82, inserido dentro da AID do
empreendimento, foi o primeiro de Pernambuco a contar com maquinário a
vapor. O mecanismo foi fabricado na Fundição d’Aurora em 1836. 83
Cultivava-se ainda café. A povoação tinha 156 prédios, 434 habitantes e
três igrejas.

Em meados do século XIX o arrabalde passou a se comunicar com o


Recife com uma linha de “ônibus”. Naquele tempo a palavra tinha outro

81
AP II:138-141.
82
Fundado em data anterior a 1760, quando pertencia a José Martins Leitão, conforme lista
de engenhos constante nos códices de Pernambuco, Arquivo Histórico Ultramarino.
83
AP: VII:210; VIII:24.

553
significado: era um veículo semelhante a um vagão de trem, sobre quatro
rodas altas e puxado por cinco animais. Comportava cerca de 20
passageiros distribuídos em duas linhas de assentos e na coberta. Em 1842
chegou até Jaboatão a linha da Estrada Central de Vitória e Gravatá. De
Jaboatão partiam dois ramais, uma para Nossa S. da Luz e outro para
Escada. 84

Em 1872, Jaboatão contava com 12.007 habitantes distribuídos em


1.157 fogos. 85 Em 1873, por força da lei provincial n. 1.093 de 24 de maio
de 1873, a povoação foi elevada a vila, desmembrada do município do
Recife. O estatuto de cidade lhe foi conferido em 27 de junho de 1884, pela
lei provincial n. 1.811. Em 1910 surgiu a primeira indústria têxtil de
Jaboatão. 86

Assim descreve Sebastião Vasconcelos Galvão a cidade de Jaboatão


em seu Dicionário Corográfico:

“(...) é dividida em duas partes: a cidade alta, a parte antiga, e


cidade baixa, a moderna, em terreno plano. É cortada de leste a
oeste pela estrada geral do centro do Estado que povoada de ambos
os lados de magnífica edificação, formou a rua principal da cidade,
ramificando-se dela as diversas outras de que se compõe. (...) Tem
umas 800 casas, estabelecimentos comerciais, um bom mercado
diário, (...). O mercado público foi começado em 1892 e inaugurado
em 30 de outubro (...), apresentando a forma de um retângulo
completamente isolado dos outros prédios da praça em que está
situado e tendo 24 janelas que o circulam por todos os lados,
fechadas por persianas, e dando entrada ao edifício quatro grandes
portões de ferro colocados em cada uma das faces respectivas.
Possui três templos, todos situados na antiga povoação ou cidade
alta, a matriz, com duas torres, grande igreja reedificada em 1852, da
invocação de Santo Amaro; o do Livramento, reconstruído há poucos
anos; e o do Rosário, em reconstrução; bom cemitério, biblioteca,
escolas públicas, agência dos correios, etc. A população da cidade
pode ser calculada em 7.000 almas.”

Em relação aos povoados situados em sua área informa Galvão:

“A povoação de Muribeca, sede da freguesia de mesmo nome,


situada a pequena distância do rio Jaboatão, decadente e sem
importância, a 20 quilômetros a sudoeste do Recife, quinze de
Afogados, cinco dos montes Guararapes, vinte do litoral e a doze da
84
AP VI:454; X:95-96.
85
Censo provincial de 1872. Arquivo do IAHGP.
86
AP IX:51.

554
cidade de Jaboatão. Tegipió, grande e florescente povoado a margem
da estrada geral do centro, a oito quilômetros a leste da sede, tem
uma capela de invocação N. S. do Rosário, boa edificação e é
residência de grande número de pessoas que tem empregos na
cidade do Recife; iluminada a gás, lugar salubre e muito aprazível,
tendo crescida população. Sicupira Torta, em continuação de Tegipió
e em terras do engenho de mesmo nome. Socorro, arraial de boa
casaria, a dois quilômetros de Jaboatão. Duas Unas, outro arraial na
estrada da povoação da Luz e a pequena distância de Jaboatão.
Existem mais as capelas seguintes, filiais a matriz: Santa Ana, no
engenho de mesmo nome; N. S. do Rosário, do engenho Camaçari; N.
S. da Apresentação, do engenho Morenos; N. S. da Conceição, do
engenho Catende; N. S. do Carmo, do engenho Macujé; São Miguel do
engenho Gurjaú; São Vicente do engenho Pocinho.”

Quanto à produção de açúcar e outros derivados da cana, Galvão lista


as seguintes unidades produtoras 87: Brejo, Bom Dia, Bulhões, Camaçari,
Caxito, Catende, Camará, Caraúna, Carnijó, Contra-açude, Canzanza,
Camarão, Capim-açu, Cananduba, Cova da Onça, Cumbe, Comportas,
Capelinha, Conceição, Comarco, Duas Unas, Engenho Novo, Entre Rios,
Fortaleza, Furna, Floresta, Gurjaú de Cima, Gurjaú de Baixo, Goiabeira,
Guararapes, Javunda, Jussara, Jaboatão, Jardim, Laranjeira, Morenos,
Manassú, Macujé, Mato Grosso, Mussaíba de Cima, Mussaíba de Baixo,
Muribequinha, Novo, Pedra lavrada, Paraíso, Penanduba, Palmeira, Pocinhos,
Pitimbu, Pintos, Pereiras, Rico, Recreio, Quiabombo, Santo Amarinho,
Serraria, Santa Ana, Santo Estevão, São Joaquim, São Bartolomeu, São José,
Salgadinho, Sucupeninha, São Salvador, Timbó, Tapera, Una, Usina
Suassuna, Várzea do Uma e Xixaim. 88.

• Muribeca

O proprietário original das terras compreendidas na Muribeca foi


Arnau de Holanda. Situadas a sul de Jaboatão, foram doadas mediante carta
de sesmaria passada pelo segundo donatário em 14 de fevereiro de 1568. O
agraciado tinha obrigação contratual de construir um engenho num prazo
máximo de três anos de pagar ao donatário 3% do açúcar produzido nele.
Surgiu assim o engenho Santo André.

A viúva de Arnau de Holanda, Brites Mendes de Vasconcelos, vendeu


o engenho Santo André em 1577 a João Peres. No momento da venda o
engenho estava em pleno funcionamento, possuía capela, três gangorras,

87
Grande parte destes engenhos pertence hoje a outros municípios como Moreno e São
Lourenço da Mata.
88
GALVÃO, S. V. – Dicionário Corográfico..., volume 1 (A-O), pp. 341 e ss.

555
300 formas e um rebanho com 100 cabeças bovinas. O valor da venda foi
de 14 contos de réis. Entretanto, uma parte das terras da sesmaria original
continuou em poder de Brites Mendes e de seu filho Agostinho de Holanda.
Nela foi erigido o engenho Novo da Muribeca. Nas suas proximidades já
existia então uma pequena povoação que daria origem a uma vila. A
princípios do século XVIII os dois engenhos pertenciam a José de Sá e
Albuquerque.

Em 1591 já existiam também os engenhos Santo Antônio,


propriedade de André Gonçalves Pinto e o N. S. da Boa Viagem dos
Guararapes, que em 1656 pertenceria a Alexandre de Moura e Albuquerque.
Informa Pereira da Costa:

“Em 1630 existiam na localidade oito engenhos, sendo cinco


movidos a bois e três a água, quase todos regularmente funcionando,
e assim denominados segundo documento holandês de 1637:
engenho Penamduba, pertencente a André Soares; Muribeca 89, a
Catarina de Albuquerque; Santo André, de Antônio Sá, confiscado e
vendido a Gaspar Dias Ferreira; Santa Maria, de Antônio Sá, também
confiscado e vendido ao referido Gaspar Dias; São Bartolomeu,
pertencente a Fernão do Vale; Guararapes, sob invocação São Simão,
confiscado e vendido a Vicente Rodrigues de Vila Real; engenho de
Manuel Bezerra; e Mogoaipe (Megahipe) que pertenceu a Luís
Marreiros, confiscado, e não vendido por não moer e estar muito
arruinado”.

O cronista esclarece ainda que outro engenho com nome de


Mogoaipe surgiu na Muribeca num vínculo instituído por Lourenço Tavares
Pinto Benevides, incluindo ainda quatro prédios situados no Recife. A
escritura foi registrada em 12 de setembro de 1772. O mais antigo dos
Megaípe já era conhecido desde 1680 como “de Baixo” para distinguir do
mais recentemente construído. O Megaípe de Baixo tinha uma capela
dedicada a S. Felipe e S. Tiago, provavelmente contemporânea à construção
do engenho.

O engenho Muribeca (ou Novo da Muribeca) foi adquirido em 1797


pelo famoso dicionarista Antônio de Morais e Silva, que nele empregou
todas as mais modernas técnicas de cultivo da cana e fabricação do açúcar.
Em 1804 comprou as propriedades vizinhas (Mafumbo e Magalamba). Nas
terras havia, no topo de um outeiro, uma ermida dedicada a São José.
Pereira da Costa registra que chegou a ver os vestígios da ermida e também

89
Provavelmente trata-se do engenho Novo da Muribeca, do século XVI. AP I:378.

556
da antiga casa de vivenda onde Morais e Silva residiu e redigiu o seu
dicionário. 90

Após o surgimento do povoado, a finais do século XVI, foi construída


uma capela dedicada a N. S. do Rosário. Ainda naquele século alcançou o
estatuto de paróquia com a invocação da padroeira da igreja. Nos anos
iniciais da invasão holandesa a povoação foi atacada duas vezes. A primeira
em 13 de abril de 1633, quando uma tropa saqueou e incendiou as casas da
localidade e o engenho de Catarina de Albuquerque. A igreja foi
vandalizada. Em 15 de fevereiro de 1635 ocorreu o segundo ataque. Os
moradores se refugiaram na igreja. Novamente os invasores saquearam a
localidade. Por essa época, a localidade era descrita da seguinte maneira
por Diogo Lopes Santiago:

“Muribeca dista dos montes Guararapes uma légua. É uma


pequena povoação, se bem que a freguesia seja grande em seu
distrito, e de muitos moradores, oito bons engenhos de açúcar, em
que se faz muita cópia dele, não poucos canaviais, fértil e abundante
de mantimentos, porque neste território se planta e se colhe muita
cópia de mandioca, que é a raiz de que se faz a farinha da terra, que
nesta freguesia é fabricada em partes extremadas. Tem a povoação
coisa de quarenta casas de moradores, porque os mais estão difusos
por suas fazendas, granjas e engenhos, por todo o contorno da
freguesia. Tem uma igreja matriz e outra invocação de S. Gonçalo.
Passa por junto da povoação um rio que se chama Muribeca, que é
vocábulo dos índios, de que tomou nome a mesma freguesia e
povoação, com cujas águas movem alguns engenhos, não lhes
faltando outros rios e fontes de água boa, com que é regada. Dista da
povoação meia légua, um pequeno mosteiro de N. S. do Carmo, em
que assistem alguns religiosos desta ordem. Fica distante do mar
duas léguas, e por esta causa é abundante de peixe, afora o que se
pesca no rio.”

A freguesia de Muribeca foi anexada a de Santo Amaro de Jaboatão


em 1667. Em 1746 a freguesia contava com 17 capelas filiadas à matriz,
812 fogos, 3.899 habitantes, 9 engenhos moentes e 2 de fogo morto, 3
companhias de ordenanças com 302 praças. Em 1872, contava com 7.210
habitantes distribuídos em 1.382 fogos. 91 Em 1884 a lei provincial n. 1805
de 13 de junho, elevou a localidade ao estatuto de vila. Dez anos depois, foi

90
AP I:377 e ss. GALVÃO, S. V. – Dicionário Corográfico..., volume 1 (A-O), pp. 393-4.
91
Censo provincial de 1872. Arquivo do IAHGP.

557
elevada à comarca. Entretanto, perderia as duas qualidades, voltando a se
enquadrar administrativamente no município de Jaboatão. 92

• Curcuranas

Originalmente esta área da cidade de Jaboatão esteve enquadrada na


doação patrimonial do donatário à municipalidade de Olinda, em 1537.
Segundo Pereira da Costa, “Curcuranas é um dilatado trecho territorial, com
uma pequena povoação, que fica nas imediações dos Afogados, Boa Viagem
e Muribeca, pertencente ao município de Jaboatão, de origem muito antiga,
e que chegou em outros tempos, a gozar de uma certa importância.” Há
notícia de um ataque holandês à povoação em 1646. A razão da incursão
era a captura do gado que ali ficava estacionado depois de chegar dos
currais do S. Francisco para abastecer as tropas luso-pernambucanas.

Possui um lago que, na altura em que escreveu Pereira da Costa,


tinha 18 quilômetros de extensão e se comunicava no inverno com o rio
Jordão, ao sul da povoação de Boa Viagem. Em 1826 possuía uma
companhia de ordenanças. A região se tornou célebre pelas melancias que
eram as prediletas de D. João VI. 93

• Candeias

As terras do povoado foram originalmente doadas pela Câmara de


Olinda a Antônio Mendes em 2 de setembro de 1653. Naquela época, toda a
extensão de costa compreendida entre o Pina e o povoado era conhecida
como “Candelária”. O primitivo povoado de Candeias situava-se quatro
milhas ao sul da povoação de Boa Viagem, em frente a uma barra de 130
metros no arrecife. O fundeadouro era pequeno e agitado pela foz do rio. A
capela do povoado, que já existia antes da invasão holandesa, era ponto de
referência para a navegação de cabotagem.

No relatório de Verdonck, de 1630, ficou registrado que “próximo ao


Cabo de Santo Agostinho há na praia uma igrejinha chamada de Nossa S. da
Candelária, junto ao rio da Jangada, e parte um caminho pelo qual chega-se
sem tardança a um belo lugar de nome Curcuranas”. A “barra das
jangadas” é a foz comum dos rios Jaboatão e Pirapama. O “Santuário
Mariano” informa que, apesar de ser capela muito venerada pela população
local, não se sabe quando tinha sido construída nem quem era seu
fundador.

Em 1639 acampou na localidade o exército invasor holandês para


impedir o desembarque das tropas de auxílio aos insurretos luso-
92
AP II:604-6.
93
AP III:276 e ss.

558
pernambucanos. Na localidade ocorreram movimentos de tropas e
prisioneiros em 1817. Nessa ocasião pela primeira vez foi referida como
Candeias (e não como Candelária). 94

• Piedade

A capela de N. S. da Piedade deve remontar pelo menos a 1683, ano


entalhado no túmulo de Francisco Gomes Salgueiro, seu fundador. Ele era
filho de Antônio Gomes Salgueiro, que em 1635, declarou-se proprietário do
direito de travessia do rio das Jangadas. Francisco Gomes Salgueiro deixou a
capela em e mais dois terrenos (um deles conhecido como Venda Nova) em
herança para a Ordem de Nossa Senhora do Carmo do Recife. Com o
falecimento de Salgueiro em 1706, os carmelitas tomaram posse do local e
construíram um pequeno hospício ao lado da igrejinha. Esta obra já estava
concluída em 1749. 95

• Montes Guararapes e suas Batalhas Históricas

Situados na Muribeca, a 15 quilômetros ao sul do Recife. Estão em


meio a duas planícies. São três e prolongam-se de leste a oeste. São
chamados de Telégrafo (o mais ao norte), Oitizeiro (do lado ocidental) e o
dos Prazeres (o mais oriental, onde se situa a igreja de N. S. dos Prazeres).
Guararapes é vocábulo de origem tupi e significa “som produzido por queda
ou pancada”. Suas coordenadas geográficas são 8° 9’ 06,6” Sul e 34° 55’
45’7” Oeste (junto à igreja de N. S. dos Prazeres).

A localidade entra para a história do Brasil por conta das duas


grandes batalhas ali travadas entre os contingentes holandeses da
Companhia das Índias Ocidentais e as forças luso-pernambucanas. A
primeira ocorreu em 19 de abril de 1648 e a segunda em 19 de fevereiro de
1649. Em ambas as batalhas os contingentes holandeses tentavam romper
o apertado cerco que ia se fechando sobre o Recife. O objetivo era retomar
as freguesias litorâneas do sul da capitania, de cujos portos chegavam o
auxílio às tropas insurretas.

Nas duas batalhas os exércitos holandeses saíram do Recife e


marcharam por Afogados em direção ao sul. Além de estarem melhor
organizados e armados, estavam em maior número que os defensores
locais. Entretanto, a estratégia posta em prática pelos locais compensou a
desvantagem numérica e logística. Valendo-se dos aspectos da geografia
local, os exércitos luso-pernambucanos impingiram duas pesadas derrotas
aos invasores holandeses. Nas duas batalhas muitos oficiais holandeses
94
AP III: 358 e ss; GALVÃO, S. V. – Dicionário Corográfico..., volume 1 (A-O), p. 151.
95
Comentários de MELLO, José Antônio G. de aos Anais Pernambucanos, volume V, pp. DXVII
e DXVIII.

559
perderam a vida e muitas armas, munições e bandeiras foram tomadas ao
inimigo invasor.

A primeira batalha dos Guararapes, de 19 de abril de 1648, é


considerada como o surgimento do exército brasileiro. Nela, pela primeira
vez, contingentes de índios, negros e brancos lutaram lado a lado contra um
inimigo comum. Os indígenas foram comandados por Felipe Camarão, os
negros por Henrique Dias, os brancos por João Fernandes Vieira e André
Vidal de Negreiros. O comando geral foi do general Francisco Barreto de
Menezes.

Apesar de se tratar de área tombada no âmbito federal, grande parte


das áreas onde ocorreram manobras e confrontos foi invadida por
construções e residências de baixa renda. Apenas uma pequena parte foi
isolada dentro do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, hoje sob
responsabilidade do Exército Brasileiro. No local foram realizadas
escavações arqueológicas pelo Laboratório de Arqueologia em 1970.
Numerosos vestígios e um dos cemitérios de guerra foram encontrados
naquela ocasião.

Como fossem as vitórias nas batalhas consideradas milagrosas – dada


a superioridade dos inimigos – o comandante Barreto de Menezes ordenou a
construção de uma capela votiva a N. S. dos Prazeres em 1656. Esta capela
passou por muitas reformas e ampliações até atingir no século XVIII a
configuração que tem atualmente. Trata-se de um templo com uma
peculiaridade: é o único em Pernambuco com azulejos colocados na
fachada. A igreja foi doada aos Beneditinos, com a condição de que,
“enquanto o mundo fosse mundo”, diariamente fosse rezada missa de ação
de graças pelas vitórias de 1648 e 1649.

• Evolução cronológica da formação administrativa de Jaboatão dos


Guararapes

A Vila de Jaboatão foi criada pela Lei Provincial nº 1.093 de 24 de


maio de 1873 e instalada em 13 de novembro do mesmo ano. Foi elevada à
categoria de cidade pela Lei Provincial nº 1.811 de 27 de junho de 1884.
Tornou-se Município autônomo por força da Lei Orgânica nº 54, de 03 de
agosto de 1892.

A evolução cronológica da Formação Administrativa do Município de


Jaboatão dos Guararapes é apresentada no quadro a seguir.

560
Quadro 101- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município de Jaboatão dos
Guararapes.
L egislação At o administrativo

Alvará de 20/03/1764 Criado distrito de Jaboatão.

Lei provincial n. Elevado à categoria de vila com denominação de Jaboatão


1.093, de 24/05/1873 desmembrado de Recife. Sede na antiga vila de Jaboatão.
Lei provincial n.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Jaboatão.
1.811, de 27/06/1884
Pela lei municipal n. São criados os distritos de Tegipió e Nossa Senhora dos Prazeres
7, de 1/06/1905 anexados ao município de Jaboatão
Divisão administrativa Município é constituído de três distritos: Jaboatão, Nossa Senhora
de 1911 dos Prazeres e Tegipió.
Recenseamento Geral Município aparece com quatro distritos: Jaboatão, Morenos, Nossa
de 1/9/1920 Senhora dos Prazeres e Tegipió.
Desmembra do município de Jaboatão o distrito de Morenos. Elevado
Lei estadual n. 1.931,
à categoria de município. A mesma lei transfere o distrito de Tegipió
de 1/09/1928
do município de Jaboatão para o do Recife
Divisão administrativa Município é constituído de dois distritos: Jaboatão e Nossa Senhora
de 1933 dos Prazeres.
Divisões territoriais
datadas de
Mantém situação anterior.
31/12/1936 e
31/12/1937
Decreto-lei estadual Distrito de Nossa Senhora dos Prazeres passou a denominar-se
n. 235, de 09/12/1938 Muribeca.
Decreto-lei estadual O distrito de Muribeca teve sua denominação alterada para
n. 952, de 31/12/1943 Muribeca dos Guararapes
Divisão territorial de Município é constituído de dois distritos: Jaboatão e Muribeca dos
1939-1943 Guararapes.
Lei municipal n. 50,
Criado o distrito de Cavaleiro e anexado ao município de Jaboatão.
de 16/12/1948
Divisão territorial Município é constituído de três distritos:
datada de 1/7/1950 Jaboatão, Cavaleiro e Muribeca dos Guararapes.
Divisão territorial
Mantém situação anterior.
datada de 1/7/1960
Lei estadual n. 4.992, Desmembra do município de Jaboatão o distrito de Cavaleiro.
de 20/12/1962 Elevado à categoria de município.
Lei estadual n. 4.964, Desmembra do município de Jaboatão o distrito de Guararapes ex-
de 20/12/1963 Muribeca dos Guararapes
Divisão territorial
Município é constituído do distrito sede.
datada de 31/12/1963
Acordão do Tribunal
de Justiça mandado
Extinto o município de Cavaleiro, voltando seu território a pertencer
de segurança n.
ao município de Jaboatão.
57.072, de
31/08/1964
Acórdão do Tribunal
de Justiça mandado Extinto o município de Guararapes, voltando o seu território a
de segurança n. pertencer ao município de Jaboatão com a denominação de
56.898, de Muribeca de Guararapes.
20/07/1964,
Divisão territorial Constituído de três distritos: Jaboatão, Cavaleiro e Muribeca dos
datada de 1/1/1980 Guararapes.
Divisão territorial
Mantém situação anterior.
datada de 18/8/1988
O município de Jaboatão passou a denominar-se Jaboatão dos
Guararapes. A mesma lei criou o distrito de Jaboatão, anexado ao
Lei estadual n. 4, de
município de Jaboatão dos Guararapes. Extinguiu o distrito de
05/05/1989
Muribeca dos Guararapes, passando o seu território a pertencer o
distrito sede de Jaboatão dos Guararapes.

561
L egislação At o administrativo

Divisão territorial de
Três distritos: Jaboatão dos Guararapes, Cavaleiro e Jaboatão.
1/7/1995
Divisão territorial de
Mantém situação anterior.
2005

• Relação histórica de Engenhos no Município de Jaboatão dos


Guararapes

• Canzanza–Provavelmente desmembrado do engenho Gurjaú de


Baixo. Foi fundado em data anterior a 1857 pertencendo
originalmente à família Souza Leão. Era movido à água. O registro
de terras públicas da freguesia de Santo Amaro de Jaboatão,
realizado em 1859 96, nos documentos números 17 e 28 faz
menção ao engenho Canzanza. O primeiro documento é datado de
8 de maio de 1859 e é referente ao engenho Mucugé: “Pertence
este Engenho a Dona Ana Maria Francisca de Paula Cavalcante
Barreto e seus filhos Francisco do Rego Barros Barreto e Inácio de
Barros Barreto. Limita-se a este com o Engenho Palmeira; a Norte
com o Engenho Caxito e Carnijó; à Oeste com o Engenho Jardim; e
a Sul com o Engenho Canzanza, com a Propriedade de Antônio
Dornelas de Barros e os Sítios deste Engenho denominado
Barracão”. O segundo registro é datado de 8 de julho e se refere
ao engenho Gurjaú de Baixo que “demarca com os Engenhos
Caraúna, Canzanza, São Braz e Gurjaú de Cima, ignoramos a sua
extensão. José Francisco de Sousa Leão, Tereza de Jesus Coelho
Sousa Leão”.
• Caraúna– Este engenho tinha invocação de Santa Catarina. A
menção mais antiga a ele engenho aparece em uma carta de
sesmaria dada em 15 de março de 1701 ao Sargento-mor Bento
Gonçalves Vieira, que era senhor do engenho Gurjaú, que pela
parte leste se limitava com o engenho Caraúna 97. Uma nova
notícia aparece em 1770, quando os herdeiros do engenho
Caraúna pretendiam demandar o capitão Inácio de Barros,
proprietário de um engenho construído nas terras do antiguíssimo
engenho Carnijó, por questões de limites de terra entre os dois
engenhos 98. A questão de limites das propriedades persistia
quinze anos depois. Nessa nova demanda podemos ver que o
engenho pertencera a Francisco Gomes da Fonseca e depois
passou por herança aos seus filhos e netos. Os herdeiros alegam
que foram prejudicados pelas ações movidas por Inácio de Barros,

96
Arquivo Público Estadual.
97
Revista do Arquivo Púlbico de Pernambuco – “Documentação Histórica de Pernambuco –
Sesmarias – Vol. I” - p. 66.
98
Requerimento do capitão-mor Inácio de Barros, ant. 7.vii.1770, AHU_ACL_CU_015, Cx. 109,
D. 8436.

562
e que seu engenho corria o risco de ficar “sem matas e sem
partidos” e por isso, “sem valor algum”. Rogam à rainha que
ordene uma demarcação justa das terras 99. O engenho Caraúna
aparece mencionado no registro de terras públicas da freguesia de
Jaboatão, documento n. 28 de 8 de julho de 1859. No século XIX o
engenho passou a utilizar máquina a vapor como energia
motriz 100.
• Catende – Aparece nas Confissões e Denunciações de Pernambuco
(1593-1595)como sendo propriedade de Domingos de Castro. Em
1623 era senhor do engenho João do Rego Barros, segundo
Relatório de José Israel da Costa sobre os açúcares feitos em
Pernambuco e Paraíba. Na DagelijkseNotulen de 26 de maio de
1637 (Arquivo do IAHGP), o proprietário identificado é Antônio
Pereira Barbosa. O engenho foi confiscado e vendido a Servaes
Carpentier por 37.500 florins no fim de 1639. Após a Restauração
voltou a pertencer a Antônio Pereira Barbosa. Em 1699 registra-se
um batizado em sua capela 101. Por volta de 1741 pertencia a
Domingos Bezerra Cavalcanti, que passou para seus filhos por
ocasião de ficar viúvo. A capela de São Sebastião foi por ele
construída por trás da casa de vivenda c. 1745 102. Em 1760, era
propriedade de Simão Pereira da Silva, em 1781 de Ana Maria
Joaquina do Espírito Santo e em 1782 de Felipe Bezerra
Cavalcanti, segundo listagens produzidas pela Companhia Geral
de Comércio e depositadas no Arquivo Histórico Ultramarino
(Códices). Em 1785 já aparece como proprietária a viúva D. Ana
da Silva 103. Em 1857, vem atestado como sendo movido à água,
então propriedade ainda dos herdeiros da família Pereira da Silva.
Recebeu a visita de Dom Pedro II à Província de Pernambuco,
quando por ele passou no dia 18 de Dezembro de 1859. Em 1861,
Francisco Antônio Pereira da Silva hipotecou o engenho a José
Pinto de Lemos Júnior como garantia de empréstimo de mais de
125 contos de réis 104. Segundo o Almanack da Província de
Pernambuco, desde pelo menos 1872 pertencia a Antônio de
Souza Leão, Barão de Morenos. Foi vendido pelos herdeiros à
empresa belga Société Cotonnière Belge-Brèsilienne em 1907.

99
Requerimento dos herdeiros de Francisco Gomes da Fonseca, proprietários do engenho
Caraúna, ant. 12.xii.1785. AHU_ACL_CU_015, Cx. 155, D. 11218.
100
BARATA, Carlos E. de A. Dicionário das Famílias Brasileiras, verbete “Souza Leão”.
101
Assento de batismo de Domingos Bezerra Cavalcanti, 23.x.1699, anexo a
AHU_ACL_CU_015, Cx. 57, D. 4907.
102
AHU_ACL_CU_015, Cx. 57, D. 4907.
103
Requerimento dos herdeiros Francisco Gomes da Fonseca para demarcar terras do
engenho Caraúna, ant. 12.xii.1785, AHU_ACL_CU_015, Cx. 155, D. 11218.
104
11º Livro, 1º Cartório do Recife, fls. 35v/37v. notas de Orlando Cavalcanti – arquivo do
IAHGP.

563
• Conceição - Antigo engenho da Conceição, situado no Vale do
Jaboatão, levantado antes de 1637, segundo consta na Relação
dos engenhos confiscados e vendidos pelos holandeses.
Desapareceu talvez daí a razão do surgimento do Engenho Novo
da Conceição.
• Floresta – Segundo o Registro de Terras da freguesia de Jaboatão,
assento n. 18 de 16/5/1859, pertencia nesta data a Tereza de
Jesus Coelho Souza Leão. Seus limites eram: “no Poente, com as
terras dos Engenhos Morenos; ao Nascente com as do Engenho
Mato Grosso; e ao Sul, com as do Engenho Caraúna; digo, se
limitam ao Poente com as dos Engenhos Javunda e Pereiras; ao
Norte, com as do Engenho Morenos; ao Nascente, com as do
Engenho Mato Grosso; e ao Sul, com as do Engenho Caraúna.”
• Salgadinho - Este engenho tinha por invocação Nossa Senhora da
Conceição e foi erguido nas terras do antiguíssimo engenho
Penanduba (século XVI). É possível que esteja relacionado ao
Penanduba da Mata, fundado por Cristóvão Vaz, embora esta
suposição se confronte com o fato de que o referido engenho
quinhentista tinha por invocação São Cristóvão.
• A referência documental mais antiga aparece na “Relação de
todos os engenhos e suas denominações compreendidos na
freguesia da Muribeca” registrada na Câmara do Recife com data
de 29 de abril de 1770. Este documento informa que o engenho
pertencia ao Capitão Francisco Ferreira Dias e estava arrendado
ao Capitão Manuel de Souza Leão 105. Dez anos depois, em 1780,
Francisco Ferreira Dias aparece listado no rol de devedores da
extinta Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba
conservado no Arquivo Ultramarino de Lisboa. Sua dívida era de
533$756. Nesse ano o engenho tinha um lavrador chamado José
Camelo de Sá, que também devia a Companhia o valor de
198$700.
• Em 1800, aparece outra referência num processo relativo à
disputa de terras. Nessa ocasião o senhor do engenho Salgadinho
é Luís Gomes Ferraz, filho de Josefa Gomes, e suas terras
confinam com um partido do engenho Penanduba chamado
“Quebra-Cabaços” 106.
• O engenho Salgadinho possuía capela com construção anterior a
1835 haja vista que neste ano, em 26 de abril, celebrou-se o

105
Livro de Registro de Cartas da Câmara Municipal do Recife, fl. 356. Arquivo do IAHGP.
106
Consulta do Conselho Ultramarino, 28.vii.1801, AHU_ACL_CU_ 015, Cx. 227, D. 15369.

564
batismo de uma escrava pertencente ao proprietário do engenho,
que nessa ocasião era José Antônio Gomes Júnior 107.
• O registro de terras públicas da freguesia da Muribeca, realizado
em 1859, contém o seguinte assento referente ao engenho
Salgadinho:
• “Nº 25 – Registro de terras do Engenho Salgadinho. Aos quatorze
de dezembro de mil oitocentos e cinquenta e nove, nesta
Freguesia, foi feito o registro seguinte. Eu abaixo assinado sou
senhor e possuidor do Engenho denominado Salgadinho, sito na
Freguesia da Muribeca, Comarca do Recife, a qual o houve por
compra que fiz aos herdeiros José Antônio Gomes, viúvo, Manoel
Antônio Gomes e sua mulher Dona Ana Francisca Mendes da Silva,
Alexandre José Gomes e sua mulher e a Pedro Gomes Ferraz,
viúvo, o qual possuo dita propriedade ou Engenho Salgadinho livre
de hipotecas e penhoras, dividindo o mesmo Engenho pelo lado do
Sul com o Engenho Capelinha e com a Propriedade Serra d’Água,
onde tem um marco na cabeça d’um córrego denominado Mocotó,
que serve de patrão; e deste marco corre outra linha para o
poente, com o Engenho Penanduba; e do mesmo marco corre
outra linha para o Engenho Capelinha e a Propriedade Serra
d’Água, que fica para o Sul; na mesma linha que vai para o poente
com o mesmo Engenho Penanduba se achará, em cima, na
assentada, outro marco com duas testemunhas; e adiante se
achará outro marco, encostado a uma estrada velha que vem de
Penanduba; mais adiante se achará uma pedra nativa que serve
de marco, tendo a mesma uma letra P; e deste marco segue a
direção d’um córrego e subindo se achará outro marco junto de
um visgueiro; e saindo fora do mato se encontrará outro marco
pela beira da estrada que vai para a estrada nova e camarço se
achará outro marco; e seguirá a direção da propriedade Barbalho,
onde se achará outro marco na descida da ladeira, para parte do
poente; e seguirá pela propriedade Barbalho em procura do marco
Tabatinga que até finda-se a propriedade do Barbalho; e daí segue
Salgadinho com o Engenho São Salvador, procurando o Sul até
encontrar a linha que vem do Engenho São João com Engenho
Bom Jesus, que está na descida da ladeira que olha para
Secupema; daí segue outra linha para o nascente, demarcando
com o antigo Engenho Bom Jesus, hoje, Moças Velhas, e seguirá a
mesma linha em procura do riacho que vem do [Engenho] Rico;
até este riacho, foram plantadas quatro marcas; daí segue sempre

107
Livro de Batismo da Freguesia da Muribeca, 1828-1839, fl. 70v. Arquivo da Cúria
Metropolitana de Olinda e Recife.

565
em linha reta, em direção do riacho que encontra as águas que
vem do [Ungalla] que aí foi inteirada das terras do Engenho Bom
Jesus; e daí marcha Salgadinho com o Engenho Santo Estevão, em
procura do Norte, vindo as pedras dos [Andaris]; aí se achará
outro marco onde divide com o Engenho Megaípe de Cima; e daí
seguirá a mesma linha, em procura do Açude do mesmo Engenho
Megaípe; e daí segue outra linha com a propriedade Serra d’Água,
procurando o Poente, onde se achará um marco, onde se
encontrará na assentada junto a dois córregos; e descendo pelo
córrego, na fralda d’outra ladeira se achará outro marco; e daí
seguirá outra linha, procurando o Norte, em direção ao marco
Mocotó, onde principiou-se, tendo nesta mesma linha vários
marcos, segundo consta das Escrituras de compra que tenho.
Salgadinho, 14 de dezembro de 1859. Miguel Mendes da Silva. E
nada mais se continha em dito exemplar. Do que fiz este registro
que o assinei. Vigário Encomendado Claudinho Antônio dos Santos
Lira”.
• Serraria - Registro de Terras da freguesia de Jaboatão, assento n.
53, de 31/12/1859, informa que era proprietário nesta data Felipe
de Souza Leão, por herança da falecida mãe e compra feita aos
irmãos co-herdeiros. Seus limites eram: “ao Norte com o Engenho
Covas; ao Poente, com o Tapera; ao Sul, com o Pintos e Pereiras; e
ao Nascente, com Morenos, do qual foi desmembrado.”
• Velho - Antigo engenho Velho, levantado antes de 1857, situado
no Município de Jaboatão, movido à água, então propriedade da
família Pereira da Silva. Recebeu visita de D. Pedro II em 20 de
dezembro de 1859.

CABO DE SANTO AGOSTINHO

As primeiras referências ao Cabo de Santo Agostinho são bem


anteriores ao processo de colonização de Pernambuco. O acidente
geográfico que dá nome ao lugar chamava a atenção dos primeiros
navegantes que visitaram as costas da América do Sul. Há referências que
indicam uma visita de Vicente Yanez Pinzón ao Cabo, batizado por ele Cabo
de Santa Maria de la Consolación em janeiro de 1500, alguns meses antes,
portanto, da tomada de posse oficial das terras sul-americanas pelos
portugueses em abril de 1500, no contexto da expedição de Pedro Álvares
Cabral às Índias Ocidentais.

Pinzón lavrou nas terras encontradas um auto de posse em favor da


coroa de Castela, deixou marcas de sua presença em árvores e pedras do
local, mas não conseguiu estabelecer um contato amistoso com os nativos

566
do local, que hostilizaram os homens da expedição espanhola e os forçaram
a partir. A narrativa da expedição de Pinzón provoca até hoje vivas
controvérsias entre os estudiosos, havendo alguns que negam ter sido o
Cabo de Santo Agostinho o local descrito pelo espanhol nas suas notas. Os
críticos afirmam que foi o litoral do Ceará onde efetivamente haveria tocado
a expedição castelhana. É provável que outro navegante espanhol, Diogo de
Lepe, também tenha visitado a região a princípios de 1500, batizando o
local de Rostro Hermoso. 108

Polêmicas à parte, o fato é que pela sua visibilidade e proeminência,


o Cabo de Santo Agostinho foi tomado como referência nas cartas náuticas,
portulanos e roteiros de navegação a partir das primeiras navegações. Em
28 de agosto de 1501, uma expedição que contava com a presença de
Américo Vespúcio, dobrou o cabo em direção ao sul. Nesse dia foi batizado o
local com o nome do santo do dia, Santo Agostinho. 109 É também fato
reconhecido que sua ocupação iniciou-se em datas bastante precoces, no
contexto da expansão colonial para a parte sul da capitania de Pernambuco.
Vimos acima que na década de 60 do século XVI o segundo donatário da
capitania empreendeu expedições de “limpa” de índios na zona que ia do
Cabo de Santo Agostinho até o São Francisco. Uma vez afastada a ameaça
do indígena, iniciou-se o processo de ocupação das terras com a concessão
de sesmarias aos que tomaram parte nos combates. 110

O interesse declarado do donatário era promover a expansão da


cultura de cana e da produção do açúcar pelas excelentes terras da parte
setentrional da capitania. Mais úmida e menos escarpada, a zona da mata
sul de Pernambuco possuías as condições perfeitas para o cultivo da
matéria-prima. A partir de 1571 se iniciaram as doações. Entre os
beneficiados estavam João Paes Barreto. A ele foi doada uma sesmaria ao
sul do rio Araçuagipe, o atual Pirapama. No seu lote de terra Paes Barreto
fundou o engenho da Madre de Deus, que chegou ao século XX com o nome
de Engenho Velho, o mais antigo do município. Mas João Paes Barreto não
parou por aí. Segundo Pereira da Costa ele edificou ainda mais oito
engenhos que deixou como herança aos seus herdeiros, que formaram uma
das mais poderosas clientelas familiares de Pernambuco. Entre esses
engenhos estavam os que foram batizados como São João Batista (depois
chamado de Jurissaca, dotado à filha Catarina quando de seu casamento
com Luís de Sousa Henriques); do Espírito Santo (depois chamado Garapu) e
São Francisco (depois rebatizado de Algodoais) 111.

108
AP I:40.
109
AP I:51.
110
AP I:398.
111
AP I:604-5.

567
Por volta de 1580, João Paes Barreto instituiu um morgadio nas suas
terras, ou seja, vinculou as propriedades, garantindo que o patrimônio não
se fragmentaria passando a um herdeiro varão através de uma linha de
sucessão definida. O morgadio vinculava o engenho da Madre de Deus e
duas casas na vila de Olinda, e foi oficializado em 28 de outubro do ano
citado. O morgadio passaria a ser conhecido posteriormente como dos Paes
ou do Cabo. 112

Outro beneficiado com doações foi o fidalgo de origem germânica


Cristóvão Lins, que recebeu terras na zona norte do rio Pirapama, um total
de duas léguas até o rio São João. Nestas terras surgiram posteriormente os
engenhos Trapiche, Bom Jesus, São João, Sicopema, Pau Santo, Novo,
Barbalho e Pirapama, entre outros. Felipe Cavalcanti obteve uma gleba de
terras onde foram fundados os engenhos Santa Rosa 113, Santa Ana e Utinga,
entre outros. O colono Tristão de Mendonça recebeu duas léguas do Cabo
para o sul e três para o poente, para além de cultiva cana, explorar salinas.

Por volta de 1630 existiam pelo menos 16 engenhos. Durante a


guerra holandesa, muitos engenhos foram confiscados e revendidos pela
Companhia das Índias Ocidentais. Após a Restauração Pernambucana essas
unidades produtoras foram devolvidas aos seus antigos donos ou aos seus
herdeiros, em alguns casos após sérias questões judiciais. A Informação
sobre a Capitania de Pernambuco relaciona 21 engenhos ativos e três de
fogo morto em 1746. Por volta de 1757, Loreto Couto apontava a existência
de 28 engenhos 114. Posteriormente, uma relação de engenhos feita em 1770
informava que no Cabo existiam 25 engenhos “uns de água, e outros de
animais”. 115 Registros municipais indicam que em meados do século XIX
existiam 78 engenhos no município com produção média de mil sacas de
açúcar e dez mil litros de aguardente. A região foi pioneira na introdução
dos alambiques de cobre destinados a produção de álcool no final do século
XIX, sendo uma dos primeiros engenhos a utilizá-los o de São João,
pertencente a Manuel Carneiro Lins de Albuquerque. 116.

Dentre os principais engenhos do Cabo de Santo Agostinho


sistematizados por Israel Felipe 117 destacam-se os seguintes: Algodoais,
Arariba da Pedra, Barbalho, Boa Vista, Cajabuçu, Cedro, Bom Jesus, Engenho
Velho, Engenho Novo, Garapu, Guerra, Jurissaca, Massangana, Matapagipe,

112
AP I:488.
113
Em 1760 pertencia a Luís Carlos Teixeira, Códices do Arquivo Histórico Ultramarino,
Relação de Engenhos de 1760.
114
AP VII:328-329.
115
Relação de Engenhos do Cabo feita pelo capitão Rodrigo de Barros Pimentel a pedido da
câmara do Recife, 7/5/1770, Livro de Registros da Câmara Municipal do Recife, folha 357,
Arquivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.
116
AP IV:444.
117
FELIPE, Israel. História do Cabo. Recife: Imprensa Oficial, 1962.

568
Pirapama, Pitimbu, Pantorra, São Brás, Santo Inácio, São João, Secupema,
Sebastopol, Trapiche, Tabatinga.

O cultivo da cana-de-açúcar e sua transformação foram, e continuam


sendo, importantes ramos da economia local, bastando uma rápida
observação da paisagem atual para constatar esse dado. Mas no final do
século XIX e início do XX os velhos bangüês abriram espaço para as
modernas usinas. Surgiram assim, a Usina Bom Jesus (1881), a Usina Santo
Inácio (1888), a Usina Maria das Mercês S.A. (1891), a Usina José Rufino
(1906) e mais recentemente a Usina Sibéria. Outras unidades industriais
instaladas no cabo foram a Pernambuco Powder Factory (1890), a Cerâmica
Industrial (1922), o Cotonifício José Rufino (1926), a Olaria Central (1935), a
Fábrica de Vinho e Vinagre São João (1935), a Destilaria Central Presidente
Vargas (1940) e a Cerâmica Santa Rosa (1948). 118

No final do século XVI já havia se formado numa colina próxima à


margem direita do Pirapama um conjunto numeroso de casas, construídas
provavelmente para abrigar os trabalhadores livres do açúcar (mestres de
engenhos, mestres de açúcar, carpinteiros, ferreiros, pedreiros, oleiros, etc.)
que para a região se deslocavam com a formação dos novos engenhos.
Nessa animada povoação se construiu uma capela dedicada a Santo
Antônio, mais ou menos no local onde hoje se encontra a Igreja Matriz que
tem por invocação o mesmo santo. A igreja situada no começo da Rua
Vigário João Batista tem a frente voltada para o sul. Entre 1671 e 1676
passou por reformas organizadas pelo pároco local e financiadas pela
comunidade. Na primeira década do século XX iniciou-se uma grande
reforma do interior e do exterior do templo que só foi concluída em 1914. A
igreja matriz abrigou entre 1742 e 1835 a Irmandade do Santíssimo
Sacramento, que teve o seu compromisso aprovado por D. José I em 1760.
Depois de um período de inatividade foi reinstalada em 1852.

Apesar da referência de Sebastião de Vasconcelos Galvão ao fato de


que a freguesia do Cabo data do fim do primeiro quartel do século XVII.
Pereira da Costa reuniu, entretanto, evidências concretas de que em época
bem anterior já existia uma freguesia naquelas plagas, detectando
inconsistências nos dados que Vasconcelos Galvão apresentou sobre a
expedição de um ato do bispo D. Marcos Teixeira em 1622 criando a
freguesia do Cabo. De fato, nos autos da primeira visitação do Santo Ofício
ao Brasil há uma referência explícita ao fato de que o visitador Heitor
Furtado de Mendonça proclamou que em 8 de fevereiro de 1594 se acabava
o “tempo da graça” concedido aos moradores de Pernambuco, inclusive os
da “freguesia do Cabo”. O mesmo registro informa que nessa época além
da Igreja de Santo Antônio, onde oficiava o Pe. Duarte Pereira, existiam as
118
FELIPE, pp. 177 e ss.

569
capelas de São João e Nossa Senhora da Anunciação, onde oficiavam os
padres Baltazar Camelo e Jorge Fernandes respectivamente. 119

Em 1822, o último morgado do Cabo concluiu a construção de um


templo dedicado a Santo Amaro que havia sido iniciado pelos seus
antepassados. Situada no fim da Rua Vigário João Batista tem a frente
voltada para o norte. Em 1854 foi fundada a Igreja de Nossa Senhora do
Livramento. Situada no final da rua Dr. Antônio Souza Leão, tem a frente
voltada para o poente. As obras iniciadas não passaram dos alicerces por
falta de recursos, mas o zelo de um capuchinho ajudou a concluir o templo
em 1864. Existiu ainda uma igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos,
localizada há uns duzentos metros da Igreja de Santo Amaro, no local da
Praça Theo Silva. Construída na segunda metade do século XVIII por
iniciativa de libertos ajudados pelo senhor do engenho Barbalho. Foi
demolida em 1958 pela prefeitura do Cabo. Assim como em outros templos
de negros, eram realizados nos seus adros os batuques e danças de
maracatu. 120

A região pertencente ao atual município do Cabo abrigou ainda um


convento carmelita na povoação de Nazaré. O convento foi fundado ao lado
de uma ermida que já aparece mencionada em um roteiro de navegação de
1597. 121 Em 1632, com a construção de uma fortaleza na localidade, acabou
ficou dentro do recinto fortificado, e dando nome à unidade de defesa. Lá os
holandeses encontraram um velho monge quando da expugnação da
fortaleza em 1631, ocasião em que a povoação do seu entorno foi saqueada
e incendiada. Em 1635 a fortaleza foi destruída por imprestável para a
defesa, seja da povoação, seja da barra situada logo abaixo da colina onde
se encontravam a ermida e o forte. Em 1640, Pedro Dias Fonseca iniciou a
construção de uma nova capela no local. Em 1648 já se realizavam os
ofícios religiosos na referida capela, uma vez que nesse ano houve um
sermão numa missa da segunda oitava de Natal realizada com o patrocínio
e André Vidal de Negreiros. Oficiou a celebração frei Bernardo de Braga, que
no ano seguinte publicou em Lisboa o sermão. Em 1687, D. Mércia de Moura
Rolim, D. Francisco Cavalcanti e o mestre-de-campo general Zenóbio Acioli
de Vasconcelos e sua mulher Maria Pereira de Moura, todos netos e
sucessores de Pedro Dias da Fonseca, fizeram doação da capela a ordem
dos carmelitas.

Os religiosos iniciaram então a construção do convento, mas a obra


se estendeu provavelmente por muito tempo, pois, seu primeiro prior só
aparece em 1745 (Frei Francisco Pereira da Madre de Deus). Em 22 de abril
119
AP VII:324 e ss.
120
FELIPE, pp. 269-270
121
MELLO NETO, U. P. de, et alli, “O Cabo de Santo Agostinho e a baía de Suape”, in: Revista
do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, v. LIII, pp. 45-47.

570
de 1720 a congregação de Nazaré passara à jurisdição da província da
Bahia, o que provavelmente colaborou para o abandono da edificação que,
segundo Loreto Couto, já se encontrava em ruínas na segunda metade do
século XVIII. Os moradores se encarregaram de manter de pé a igreja,
realizando por conta própria os reparos até que em 1872 o abastado
fazendeiro local, o comendador Paulino Pires Falcão, senhor do engenho
Massangana se encarregou da reconstrução. 122 A povoação de Nazaré
contava ainda com uma capela erigida no século XVIII, da qual restam
algumas poucas ruínas. O edifício é conhecido como a Capela Velha e sofreu
um desmoronamento quase total. Provavelmente tinha como invocação
Nossa Senhora da Conceição. 123

Vimos que em 1631 a povoação de Nazaré foi atacada por


contingentes da Companhia das Índias Ocidentais. A região costeira do
Cabo, concretamente a barra do porto de Nazaré, foi cenário de intensa
movimentação bélica e de materiais, uma vez que, devido à presença de
barras e ancoradouros serviu para o desembarque de tropas, armamentos,
munições e provisões e também para o embarque de açúcar e outros
gêneros por parte dos integrantes da resistência luso-pernambucana.
Devido às características do seu litoral e à presença de excelentes
ancoradouros, foi a área mais fortificada da capitania depois do porto do
Recife. No mesmo ano de 1631, o comandante das tropas locais, o Conde de
Bagnuolo ordenou a instalação de duas baterias na enseada da Calheta,
com duas peças de artilharia cada, para proteção das naus amigas que ali
necessitassem ancorar. 124

Também em 1631 se construiu a bateria conhecida como Castelo do


Mar que se posta justo em frete à barra de Nazaré. Feita em pedra do
arrecife, o grande defeito dessa unidade defensiva era ser aberta por trás e
dominada pelo próprio morro do Cabo. Em 1639 contava com três peças de
ferro de quatro libras. 125 Em 1702 o Castelo do Mar contava com sete peças
de artilharia de bronze. 126 Em 1756 foram iniciadas obras de reforma que
possivelmente ainda não haviam sido concluídas em 1774. Novas reformas
foram realizadas no século XIX e até 1869 a fortaleza estava em bom
estado, mas em 1887 um relatório do governo da província informava que
estavam totalmente abandonados. O Castelo do Mar tinha os seus quartéis
instalados morro acima, em uma situação que permite a observação do
forte abaixo, da barra e da linha do horizonte. Foram construídos
provavelmente no final do século XVII. Já dentro da barra, colocadas justo

122
AP II:194; V:314 e ss.
123
MELLO NETO, pp. 64 e ss.
124
AP II:577.
125
VAN DER DUSSEN, A., Relatório sobre as capitanias conquistadas no Brasil pelos
holandeses, p. 117.
126
AHU, Papéis Avulsos, caixa 11.

571
em frente à sua entrada, estavam situadas duas baterias conhecidas como
de São Jorge que davam apoio ao Castelo do Mar. Essas baterias foram
instaladas em 1632. 127 Nesse mesmo ano, Bagnuolo ordenou a construção
do primitivo forte do Cabo (Nazaré). 128

Em 1633 se iniciou a construção do Forte do Pontal, um reduto


quadrado com umas poucas peças de artilharia de pequeno calibre, mas
que era fundamental pelo controle que dava do ancoradouro do porto de
Nazaré. Não chegou a ser concluído porque em março de 1634 foi tomado
pelo inimigo holandês. A incursão holandesa de 1634, já com a ajuda de
Calabar que era grande conhecedor da área, alcançou êxito,
desembarcando o inimigo holandês na povoação do Pontal, que foi
imediatamente saqueada e queimada. 129

A Companhia das Índias Ocidentais contava ainda com o reduto


conhecido como Forte Ghijseling que juntamente com o acampamento
holandês se situava na margem norte do rio Massangana. Contava a
fortaleza com dez canhões transferidos do navio T’Wapen Von Hoorn, sendo
quatro de bronze e seis de ferro. A posição do forte, escolhida às pressas,
não era a ideal. Já em 1634 sofreu danos provocados pela ação do mar. A
importância dos ancoradouros de Suape/Nazaré se mede pela prioridade
dada pelos insurretos pernambucanos em 1645 em retomar o local para
facilitar a circulação de homens, gêneros e mercadorias. 130

Outra importante unidade de defesa da área se situa num


promontório à direita da enseada de Gaibu, um pouco ao norte da sede do
Cabo. Sua existência remonta ao final do século XVII. A fortificação, batizada
de São Francisco Xavier de Gaibu era composta de duas partes
complementares: um reduto de forma pentagonal de 300 braças e outro de
31, em um plano superior. Possuía uma casa que servia de quartel e paiol.
Seu armamento consistia em 17 peças, sendo 11 de ferro e 6 de bronze que
foram recolhidas ao arsenal de guerra em 1836. Uma das peças de bronze
tinha a data de 1620, outras duas foram fundidas em 1629 em Amsterdã, e
outras três eram espanholas. Apesar de mal projetada, possuía uma boa
estrutura, mas o abandono provocou sua ruína. Antes da edificação do forte
de Gaibu, havia uma estacada com sete peças de artilharia que foi
construída por ordem do governador Luís Diogo Lobo da Silva (1755-1763).
Segundo Pereira da Costa, foi o governador D. Tomás José de Melo que
ordenou a construção da fortaleza em 1797, ficando a mesma pronta em
1799. 131 Há duas notícias sobre o forte no século XIX: uma de 1822 que

127
MELLO NETO, U. P. de, pp. 49 e ss.
128
AP II:577-578.
129
LAET, J. de, Anais da Companhia das Índias Ocidentais, pp. 440-443.
130
MELLO NETO, pp. 76 e ss.
131
AP VII:20-21.

572
informa das más condições de conservação e outra de 1868 que relata a
total ruína da fortaleza. 132

Uma interessante estrutura remanescente do passado no litoral do


Cabo de Santo Agostinho chama a atenção dos visitantes e desperta a
fantasia dos habitantes locais. Trata-se do conjunto que compreendia o
Farol Velho e a casa do faroleiro. Esta última, hoje uma imponente ruína
sobre um lajedo à beira-mar, é popularmente chamada de “a casa de
Pinzón”. O antigo foral foi trazido dos Baixos das Rocas, situado ao largo da
costa nordestina no ano de 1882. A tradição local informa que o farol havia
sido importado da França, e consistia em três bases cilíndricas que, presas
em quatro pontos no solo, apoiava outro cilindro de metal onde estava o
farol propriamente dito. Começou a funcionar no dia 25 de março de 1883 e
foi inaugurado oficialmente no dia 9 de maio daquele ano, conforme
noticiou o Diário de Pernambuco de 19 de maio de 1883. 133

Por volta de 1746, segundo a Informação sobre a Capitania de


Pernambuco, o Cabo contava com cerca de 1.000 fogos e uma população
estimada em 4.908 habitantes. Existiam 27 capelas na freguesia. A tropa se
constituía de quatro companhias de auxiliares com 247 praças, duas de
cavalaria com 142 praças e cinco de ordenanças com 333. Os dados
coligidos por Loreto Couto por volta de 1757 apontavam uma população de
sete mil habitantes no distrito, sendo que 300 habitavam a povoação. 134 A
câmara municipal do Cabo informou à presidência da província através de
ofício datado de 26 de agosto de 1890 que existiam no município 689
prédios, incluindo o mercado público e os armazéns da Estrada de Ferro
Recife-São Francisco. Um censo realizado em 1900 indicava que a
população total do município alcançara 21.630, sendo que deles, 11.090
eram do sexo masculino e 10.540 do feminino. Existiam nessa data 1.132
residências, situadas a maior parte delas (819) na sede do município. As
propriedades rurais (que incluíam engenhos, usinas e edifícios fabris)
somavam quase 1600 unidades. Em 1950, o Serviço Nacional de
Recenseamento apurou que a população da cidade era de 36.007
habitantes (19.146 homens e 16.861 mulheres). Em dez anos se registra
uma forte elevação que coloca o número de habitantes do Cabo em 51.576
no ano de 1960, de acordo com censo realizado nesse ano. 135

Após a criação da vila do Recife, em 1709, e sua definitiva instalação


em 1711, a freguesia do Cabo foi desmembrada do termo de Olinda e
passou a integrar a jurisdição da nova municipalidade recifense, juntamente
com as vizinhas freguesias de Ipojuca e Muribeca. O desenvolvimento da
132
MELLO NETO, pp. 90 e ss.
133
MELLO NETO, pp. 73-74.
134
AP VII:328-329.
135
FELIPE, pp. 61-63.

573
localidade, devido principalmente à produção do açúcar, se reflete no
aumento da população, movimento que provocou a elevação do povoado à
condição de vila pelo alvará de 27 de julho de 1811 e provisão régia de 15
de fevereiro de 1812, expedida ao governador de Pernambuco Caetano
Pinto de Miranda Montenegro. A solenidade de instalação se realizou em 18
de junho de 1812 pelo ouvidor Clemente Ferreira França. A primeira câmara
da nova vila do Cabo de Santo Agostinho foi composta pelos juizes
ordinários o coronel Francisco do Rego Barros e o capitão Luís José Lins
Caldas; os vereadores Manuel da Vera Cruz Lima, Manuel Carneiro Leão,
Antônio José de Barros e o procurador Manuel João Ferreira. O novo
município incluía além da freguesia-sede as de Ipojuca e Escada. O
pelourinho da vila foi erigido na Rua Direita da Matriz. 136

• Evolução cronológica da formação administrativa de Cabo de Santo


Agostinho

A Vila do Cabo foi criada pelo Alvará de 27 de julho de 1811 e pela


Provisão Régia de 15 de fevereiro de 1812, instalada em 18 de junho de
1812. Foi elevada à categoria de cidade pela Lei Provincial nº 1.269, de 09
de julho de 1877. Tornou-se Município autônomo por força da Lei Orgânica
nº 52, de 03 de agosto de 1893. Atualmente compõe-sedes Distritos: Cabo,
Juçaraí, Ponte dos Carvalhos e Santo Agostinho.

A evolução cronológica da Formação Administrativa do Município do


Cabo de Santo Agostinho é apresentada no quadro a seguir.

Quadro 102- Evolução cronológica da Formação Administrativa do município de Cabo de


Santo Agostinho.
L egislação At o administrativo
Lei provincial nº 1296, (09- Elevação à condição de cidade e sede do município com a
07-1877). denominação de Santo Agostinho do Cabo.
Lei municipal nº 3, São criados os distritos de Jussaral e Ponte dos Carvalhos e
(07/12/1892). anexados ao município de Cabo.
Divisão administrativa de O município é constituído de três distritos: Cabo, Jussaral e
1911. Ponte dos Carvalhos.
Lei municipal de 22/11/1922. Criado o distrito de Nazaré e anexado ao município de Cabo.
Divisão administrativa de Município é constituído de quatro distritos: Cabo, Jussaral,
1933. Ponte dos Carvalhos e Nazaré.
Divisões territoriais
Mantém situação anterior.
de31/12/1936 e 31/12/1937.
Decreto-lei estadual nº 92
O distrito de Nazaré passou a denominar-se Santo Agostinho.
(31/03/1938).
Divisão territorial de 1939- O município é constituído de quatro distritos: Cabo, Jussaral,
1943. Ponte dos Carvalhos e Santo Agostinho (ex-Nazaré).
Divisão territorial de
Mantém situação anterior.
1/7/1960.
Lei municipal n 1.690, (19- O município do Cabo voltou a denominar-se Cabo de Santo
05-1994). Agostinho.
Divisão territorial de O município é constituído de quatro distritos: Cabo de Santo

136
FELIPE, Israel – História do Cabo, pp. 37-39.

574
L egislação At o administrativo
15/7/1997. Agostinho (ex-Cabo), Jussaral, Pontes dos Carvalhos e Santo
Agostinho.
Divisão territorial de 2003. Mantém situação anterior.

• Relação histórica de Engenhos no Município de Cabo de Santo


Agostinho

Por volta de 1630 existiam pelo menos 16 engenhos. Durante a


guerra holandesa, muitos engenhos foram confiscados e revendidos pela
Companhia das Índias Ocidentais. Após a Restauração Pernambucana essas
unidades produtoras foram devolvidas aos seus antigos donos ou aos seus
herdeiros, em alguns casos após sérias questões judiciais. A Informação
sobre a Capitania de Pernambuco relaciona 21 engenhos ativos e três de
fogo morto em 1746. Por volta de 1757, Loreto Couto apontava a existência
de 28 engenhos 137. Posteriormente, uma relação de engenhos feita em 1770
informava que no Cabo existiam 25 engenhos “uns de água, e outros de
animais” 138. Registros municipais indicam que em meados do século XIX
existiam 78 engenhos no município com produção média de mil sacas de
açúcar e dez mil litros de aguardente. A região foi pioneira na introdução
dos alambiques de cobre destinados a produção de álcool no final do século
XIX, sendo uma dos primeiros engenhos a utilizá-los o de São João,
pertencente a Manuel Carneiro Lins de Albuquerque. 139

Israel Felipe sistematizou algumas informações históricas sobre os


principais engenhos do município, para alguns dos quais aditamos aqui
dados oriundos de documentação primária:

• Algodoais – Fundado por João Paes Barreto entre os anos de 1571 e


1590 com o nome de São Francisco, santo ao qual era dedicada sua
capela. Posteriormente teve a denominação alterada para Algodoais
por Miguel Paes. Foi uma das primeiras propriedades rurais de
Pernambuco onde se cultivou algodão, por isso a mudança de nome;

• Arariba da Pedra – Pertenceu na época da invasão holandesa a Nuno


Camilo de Sá, do tronco dos Sás de Ipojuca;

• Barbalho – fundado por Álvaro Barbalho Feio, que era casado com
uma irmã da esposa do Morgado do Cabo e filha de Francisco
Carvalho de Andrade e sua mulher D. Maria Tavares Guardez.
Anteriormente as terras pertenciam ao fidalgo de origem germânica
Cristóvão Lins. Ainda sobre este engenho identificamos o seguinte
termo de registro de terras em 1859:

137
AP VII:328-329.
138
Relação de Engenhos do Cabo feita pelo capitão Rodrigo de Barros Pimentel a pedido da
câmara do Recife, 7/5/1770, Livro de Registros da Câmara Municipal do Recife, folha 357,
Arquivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.
139
AP IV:444.

575
“Aos vinte e dous de dezembro de mil oitocentos e cincoenta e
nove, nesta Freguesia, foi feito o registro seguinte. Dissemos nós
abaixo assignado que somos consenhores d‘uma propriedade
denominada Barbalho, desta Freguesia de Muribeca, a qual a houvemos
por legítima de nossos falecidos pais, Manoel Ignácio de Jesus e Dona
Francisca Maria da Exaltação, cujas terras principiam pelas testadas do
Engenho Penanduba parte do Leste; parte do Sul com o Engenho
Salgadinho; parte do Norte com o Engenho Sicupeminha; e parte do
Este com o Engenho Salgadinho, cuja propriedade, livre e
desembargarda, com [nossos] marcos todos com a letra P, e não
sabemos as braças, pelo que não digo. Barbalho, 22 de dezembro de
1859. Francisco Xavier Lobo de Albuquerque Mello, José Gomes Velloso,
assignou por Felix Joaquim de Jesus [homem Sandéo], José Gomes
Velloso, Manoel Ignacio de Jesus. E nada mais se continha em dito
exemplar, do que fiz este registro que o assignei. O Vigário
encomendado Claudino Antônio dos Santos Lira;”

• Boa Vista – Não se sabe exatamente a cronologia de fundação.


Pertenceu ao Barão de Campo Alegre. Possui capela dedicada a
Santa Ana, na qual se instituiu em 1890 uma irmandade para culto
dessa santa. A irmandade assumiu a administração da capela;

• Cajabuçu– Pertencia, em 1780, ao mosteiro de São Bento da


Paraíba, cuja doação não se sabe por quem feita. Em 27 de
setembro desse ano o abade do referido mosteiro, por intermédio do
administrador local requisitou ao ouvidor de Pernambuco a escritura
de posse definitiva lavrada em 1779 depois de esclarecidas as
dúvidas sobre a demarcação nos limites com o engenho Pantorra de
Gonçalo Francisco Xavier Cavalcanti;

• Cedro– Fundado provavelmente por João Paes Barreto. Em 1859


pertencia a Francisco Carneiro Rodrigues Campelo que reconstruiu a
casa grande, segundo plano e orientação do engenheiro francês L.
Vauthier, erigindo um magnífico edifício de dois pavimentos com
escadaria de acesso em cantaria. Nesse engenho nasceu o Dr. Luis
Cedro Carneiro Leão;

• Bom Jesus – Foi levantado antes da invasão holandesa por Pedro


Lopes de Vera, que faleceu em 1651 na Bahia. Antes da invasão ele
instituiu um morgado. Nas terras desse engenho foi fundada em
1881 a usina do mesmo nome;

• Engenho Velho– Foi o primeiro engenho fundado no município por


João Paes Barreto entre os anos de 1571 e 1580, com o nome de
Madre de Deus. Em 28 de outubro de 1580, João Paes Barreto
instituiu o Morgadio do Cabo. O engenho passou a se chamar Velho
por ter sido o primeiro da região. Sua capela tem por invocação a
Madre de Deus. Há entretanto uma segunda capela dedicada a

576
Santo Antônio, edificada em cima do monte em cujo sopé foi
instalado o Banguê;

• Engenho Novo – Fundado por Cristóvão Paes Barreto antes da


invasão holandesa. Foi confiscado e vendido a Duarte Saraiva. Sua
capela era dedicada a São Miguel. Em 19 de maio de 1834, nesta
capela, ocorreu o batizado da filha de dois escravos que ficou
registrado no livro de assentos da freguesia da Muribeca
(1828/1839, fl. 157v). No local onde existia o bangüê foi levantada
pelo Dr. José Rufino Bezerra Cavalcanti, em 1906, a usina José
Rufino, desapropriada por interesse social pelo decreto n. 532 de 29
de setembro de 1960 pelo governo estadual por interesse social;

• Garapu – Anterior à invasão holandesa. Fundado por João Paes


Barreto, pertencia em 1641 a Felipe Paes Barreto, que era o fintador
da freguesia;

• Guerra – Levantado antes do domínio holandês por João Paes


Barreto e confiscado pelos invasores em 1630. Foi vendido a Riddeu.
Depois da Restauração foi devolvido aos legítimos herdeiros;

• Jurissaca – Construído por João Paes Barreto, tinha uma capela


erigida em 1626 e dedicada a São João Batista. Paes Barreto
instituiu o morgadio da Jurissaca em favor de sua filha Catarina
Barreto, quando esta se casou com Luis de Souza Henriques;

• Massangana – Fundado presumivelmente por Tristão de Mendonça,


tinha capela dedicada a São Mateus. Nesse engenho Joaquim
Nabuco foi batizado e passou os seus primeiros oito anos de vida;

• Matapagipe – Anterior à invasão holandesa tinha como padroeiro


São Marcos. Fundado por Gustavo de Moedre. Em 1637 os
holandeses o confiscaram e venderam a Miguel van Morenbergk e
Matinus de Courte. Capela dedicada a N. S. da Boa Esperança. Em
data anterior a 1739, seu proprietário era o Capitão Pedro Pimentel
de Luna, que afirma ter reedificado aquela unidade produtora “com
grandes despesas” 140. O nome original era Maratapagipe;

• Pirapama– Fundado por Cristóvão Lins sob invocação de Santa


Apolônia. Em 21 de outubro de 1586 Cristóvão Lins e sua esposa
Adriana de Holanda o venderam por 30 mil cruzados a João Paes
Barreto. Foi confiscado pela Companhia Holandesa e vendido a
Diogo Dias Brandão. Em 1926 suas terras acolheram um cotonifício
chamado José Rufino;

• Pitimbu – Anterior à invasão holandesa. Capela dedicada a N. S. do


Pilar. Em 1880 a capela foi reedificada por um capuchinho da ordem
de N. S. da Penha;

140
Documentação referente à demarcação do engenho Matapagipe, ant. 14.viii.1739,
AHU_ACL_CU_015, Cx. 54, D. 4672.

577
• Pantorra – Fundado em data anterior a 1635. Possuía capela
edificada por Diogo Fernando Pantorra dedicada a N. S. da Paz.
Depois pertenceu a Paulo de Sousa Pantorra, que o vendeu a
Nicolau dos Coelhos Reis. Em 1779, quando o engenho pertencia a
Gonçalo Francisco Xavier Cavalcanti, neto de Nicola Coelho Reis,
definiram-se os limites com o engenho Cajabuçu. Nesse engenho
nasceram o Visconde de Albuquerque e o Dr. Manuel Clementino
Cavalcanti de Albuquerque;

• São Brás – Com capela dedicada a esse santo, foi fundado em


momento anterior à invasão holandesa por Antônio da Silva;

• Santo Inácio – Com capela dedicada a Santo Inácio de Loyola. Em


1884 foi transformado em usina;

• São João – Aparece nas Denunciações e Confissões de Pernambuco


(1593-1595) como pertencente a Estevão Alvo, sendo capelão do
engenho o padre Baltazar Camelo. Aparece na Relação de Engenhos
de Diogo de Campos Moreno (1618) e no Relatório dos açúcares que
se fizeram em Pernambuco e Paraíba (1623) como propriedade de
André Couto. Depois da confissão holandesa foi confiscado e
vendido a Pedro Lopes de Vera em data anterior a 1636, quando
aparece no Relatório de Willem Schott, onde se registra que fica a
meio milha do engenho Guerra de João Paes, tem meio milha de
terras plantadas com cana e o restante de matas, mói com água e
produz até 6 mil arrobas de açúcar por ano. Numa relação de fintas
de 1664 tem como senhores o capitão Manuel Cardoso e seu irmão
Antônio Cardoso. Quase um século depois foi listado pela
Companhia Geral de Comércio como pertencente a José e Manuel
Mendes da Silva. Entre 1864 e 1865, os herdeiros do capitão-mor
Joaquim Manuel Carneiro da Cunha e do Barão de Vera Cruz,
venderam o engenho a Pedro Victor Bolitreau 141. Em 1879, este
último sujeito referido é apontado pelo Almanack da Província de
Pernambuco como senhor do engenho. No final do século XIX foi um
dos primeiros a produzir álcool em Pernambuco. Carlos Change
Boulitrean e Maria Cordélia Boulitrean, proprietários do Engenho São
João, venderam este ao Estado de Pernambuco, segundo escritura
datada em 27 de agosto de 1913 (3º Ofício de Notas-Recife-PE), pela
quantia de 90 contos de réis, para serviço de abastecimento d’água
da capital. O Engenho abriga as águas do Rio Gurjaú com a
respectiva cachoeira e mais 200 hectares de terra situados na bacia
do mesmo rio. Segundo a mesma escritura, os proprietários, ou
quem os substituíram na posse do Engenho São João, foram
obrigados a construir, dentro do prazo máximo de um ano, a contar
da assinatura desta, uma estrada de ferro de um metro de bitola
para que o Governo transportasse gratuitamente nessa via - férrea
todo o material necessário às obras de abastecimento d’água. Outra
escritura de 12 de janeiro de 1977 (Cartório Privativo do Registro
Geral de Imóveis – Cabo - PE) registra que o Estado também

141
16º livro de Notas, 1º cartório do Recife, fls. 247, 249, 278, 281; 18º livro de Notas, 1º
cartório do Recife, fls. 52 a 54; 25º livro de Notas, 1º cartório do Recife, pp. 133-134. Notas
do arquivo Orlando Cavalcanti – IAHGP.

578
desapropriava, para passagem da linha férrea, das linhas de tubos
outras utilidades públicas, uma faixa com 12 metros de largura,
englobando parte das terras da Usina Bom Jesus, entre os Engenhos
São João e Secupema e divisor de águas ao nascente, bem como
parte do Engenho Roças Velhas, compreendida entre as divisas das
terras de Secupema, Engenho São Salvador, Barbalho e referido
divisor de águas;

• Secupema – Situado entre os engenhos São João, Roças Velhas e


Sacambu às margens do rio Gurjaú. Em data anterior a 1593 este
engenho, cuja invocação era Santo Antônio, suas terras pertenciam
ao casal André Gonçalves Pinto e Briolanja Fernandes (filha de
Branca Dias). Em suas terras surgiram outros engenhos: Santo
Antônio, Secupeminha, São Salvador e Barbalho, todos às margens
do riacho Secupema na freguesia da Muribeca 142. Em 1593, de
acordo com registros das Denunciações e Confissões de
Pernambuco, o engenho pertencia a Agostinho de Holanda e Maria
de Paiva. Provavelmente uma filha do casal contraiu matrimônio
com um filho de Álvaro Barbalho, passando a posse do engenho
para esta família 143.

• Na relação dos engenhos confiscados e vendidos pelos holandeses,


em 1637, aparece sendo comprado por Jacob de Siqueira (ou
Dassine) pela quantia de 24 mil florins. Adriaen van der Dussen
informa em 1640 que pertencia a Jacob Dassine e Johan van
Blijenburch, sendo lavradores nele Paul Petros e Jan Warnaerts. Após
a restauração a propriedade do engenho voltou a Álvaro Barbalho. O
engenho volta a ser referido no Rol da Finta da freguesia da
Muribeca de 1666 como pertencente a Brás Barbalho Feio, com
vários lavradores de canas. Em 1739 estava de fogo morto há
muitos anos 144.

• O engenho e seus proprietários não são mencionados em nenhuma


das listas de devedores da Companhia Geral do Comércio de
Pernambuco e Paraíba. Voltamos a encontrar referência ao
Secupema num assento de batismo de 19 de maio de 1830, nessa
altura provavelmente era proprietário José Vieira Brasil. 145. No
registro de terras em 1859, o proprietário declarado é José Caetanos
de Albuquerque, que afirma haver adquirido por compra a Pedro
Joaquim Gomes e sua mulher 146.

• O Almanack da Província de Pernambuco de 1879 indicava como


proprietário Antônio Bandeira Carneiro Leão. Este nome volta a ser
referido numa das notas de pesquisa de Orlando Cavalcanti que
informa que no 23º livro de notas do 1º Cartório do Recife (Pragana),

142
Documentação referente à demarcação do engenho Matapagipe, ant. 14.viii.1739,
AHU_ACL_CU_015, Cx. 54, D. 4672.
143
MELLO, J. A. G. de,Gente da Nação, p. 156.
144
Documentação referente à demarcação do engenho Matapagipe, ant. 14.viii.1739,
AHU_ACL_CU_015, Cx. 54, D. 4672.
145
Livro de registro da Freguesia da Muribeca (1828/1839), fl. 110. Arquivo da Cúria
Metropolitana de Olinda e Recife.
146
Registro de Terras da freguesia da Muribeca, n. 186. Arquivo Público Estadual.

579
pp. 166-168, aparece uma “Escritura de Débito, Obrigação e
Hipoteca Especial por Novação de Contrato de parte do Engenho
SECUPEMINHA, de toda a propriedade do mesmo nome, encravada
no dito Engenho, sito na Freguesia de Muribeca, terras, matas,
obras, máquinas, utensílios e dezesseis escravos pertencentes à
fábrica do sobredito Engenho, para garantia do débito de Rs.
26:878$480.HIPOTECANTE: Antônio Bandeira Carneiro Leão.
HIPOTECÁRIO: Manoel Carneiro Leão e Francisco Quintino Rodrigues
Esteves”.

• Foi comprado pelo governo do estado em 1913 para aproveitamento


das águas do referido rio, local no qual foi construída a primeira
barragem para abastecimento do Recife;

• Sebastopol – Nesse engenho foram declaradas de utilidade pública


4,5 hectares para ampliação e melhoramento do abastecimento de
água do Cabo;

• Trapiche – Fundado por João Paes Barreto em 1580, possuía capela


dedicada a São Francisco, construída em época contemporânea a do
bangüê. Esse engenho viu nascer nomes ilustres da história de
Pernambuco, entre eles o Conde da Boa Vista, Francisco do Rego
Barros;

• Tabatinga – Levantado por Tristão de Mendonça entre 1580 e 1585


sob invocação de Santa Luzia.

• PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O levantamento de dados secundários foi efetuado através fontes da


documentação textual secundária (fontes bibliográficas), e dados cadastrais
do patrimônio histórico, arqueológico, artístico e paisagístico (registros do
IPHAN, da Fundarpe e Prefeituras dos municípios inseridos na AII). No
quadro a seguir são apresentados os bens tombados e em processo de
tombamento, a nível federal e estadual.

Quadro 103 - Bens tombados e em processo de tombamento nos municípios da AII.


Bem Patrimonial Mu nicípio Tombamento

Mosteirinho de São Francisco Paudalho-PE FEDERAL - IPHAN


Ponte do Itaíba Paudalho-PE ESTADUAL – FUNDARPE
Conjunto Ferroviário de Paudalho Paudalho-PE EM PROCESSO FUNDARPE
São Lourenço da
Igreja Matriz de Nossa Sra. da Luz EM PROCESSO FUNDARPE
Mata - PE
São Lourenço da
Estação Ferroviária Frei Caneca - Sede EM PROCESSO FUNDARPE
Mata - PE
São Lourenço da
Estação Ferroviária Tiúma EM PROCESSO FUNDARPE
Mata - PE
Engenho Moreno Moreno-PE EM PROCESSO FUNDARPE
Estação Ferroviária de Moreno Moreno-PE EM PROCESSO FUNDARPE
Parque Histórico Nacional dos Jaboatão dos FEDERAL - IPHAN

580
Bem Patrimonial Mu nicípio Tombamento
Guararapes Guararapes-PE
Igreja de Nossa Senhora da Piedade do Jaboatão dos
FEDERAL - IPHAN
Hospício do Carmo Guararapes-PE
Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres,
nos Montes Guararapes, erguida em Jaboatão dos
FEDERAL - IPHAN
Monumento Nacional pelo Decreto nº Guararapes-PE
22.175, de 03.08.1948
Jaboatão dos
Igreja Nossa Senhora do Loreto ESTADUAL – FUNDARPE
Guararapes-PE
Jaboatão dos
Antigo Hospício Carmelitano EM PROCESSO IPHAN
Guararapes-PE
EM PROCESSO FUNDARPE /
Jaboatão dos
Povoação de Muribeca dos Guararapes MUNICIPAL - PREFEITURA DO
Guararapes-PE
JABOATÃO DOS GUARARAPES
Conjunto Ferroviário de Jaboatão dos Jaboatão dos EM PROCESSO FUNDARPE /
Guararapes Guararapes-PE PROTEÇÃO FEDERAL - IPHAN
Jaboatão dos MUNICIPAL - PREFEITURA DO
Casa de Amélia Brandão
Guararapes-PE JABOATÃO DOS GUARARAPES
Jaboatão dos MUNICIPAL - PREFEITURA DO
Engenho Suassuna
Guararapes-PE JABOATÃO DOS GUARARAPES
Jaboatão dos MUNICIPAL - PREFEITURA DO
Sítio Histórico de Jaboatão Antigo
Guararapes-PE JABOATÃO DOS GUARARAPES
Cabo de Santo
Igreja Nossa Senhora de Nazaré FEDERAL - IPHAN
Agostinho-PE
Cabo de Santo
Engenho Massangana ESTADUAL - FUNDARPE
Agostinho-PE
Antiga Residência Rural do ex- Cabo de Santo
ESTADUAL - FUNDARPE
governador José Rufino Agostinho-PE
Sítio Histórico do Cabo de Santo
Agostinho e Baía de Suape (Parque Cabo de Santo
ESTADUAL - FUNDARPE
Metropolitano Armando Holanda Agostinho-PE
Cavalcanti)
Conjunto Arquitetônico e Urbanístico Cabo de Santo
EM PROCESSO IPHAN
das Áreas da Baía de Suape Agostinho-PE
Cabo de Santo
Sítio da Vila Operária de Pontezinha EM PROCESSO FUNDARPE
Agostinho-PE
Conjunto Ferroviário do Cabo de Santo Cabo de Santo
EM PROCESSO FUNDARPE
Agostinho Agostinho-PE
Conjunto Ferroviário do Cabo de Santo Cabo de Santo
EM PROCESSO FUNDARPE
Agostinho Agostinho-PE
Mosteirinho de São Francisco Paudalho-PE FEDERAL - IPHAN
Ponte do Itaíba Paudalho-PE ESTADUAL – FUNDARPE
Conjunto Ferroviário de Paudalho Paudalho-PE EM PROCESSO FUNDARPE
Fonte: IPHAN / FUNDARPE / Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.

Além do levantamento documental dos bens tombados e em processo


de tombamento, foi realizado um levantamento do estado atual de algumas
edificações consideradas pela população como de importância para a
história local e mesmo regional.

PAUDALHO

O município de Paudalho possui 01 bem histórico tombado a nível


Federal e 01 bem tombado a nível Estadual. Também está em processo de
tombamento 01 bem histórico no município.

581
No levantamento realizado na base de dados do IPHAN, no Livro de
Tombo do Arquivo Noronha Santos foi localizado o tombamento do
Mosteirinho de São Francisco, inscrito no livro de Belas Artes:

Paudal ho – Tom bam ento Ní v el Federal


LIVRO DO TOMBO - Livro de Belas Artes – IPHAN
NOME: Mosteirinho de São Francisco
OUTRAS DENOMINAÇÕES: Mosteirinho de Paudalho
ENDEREÇO: Paudalho - PE
PROCESSO: 0774-T-66
LIVRO: de Belas Artes
N° DA FOLHA: 88 (volume 1)
N° DE INSCRIÇÃO: 484
DATA: 8/9/1966
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:
O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do
Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo
nº 13/85/SPHAN.

No âmbito estadual foi localizado o seguinte bem tombado no


cadastro da FUNDARPE:

Paudal ho – Tom bam ento Ní v el Estadual (FU NDARPE)


NOME: Ponte do Itaíba
ENDEREÇO: Centro da cidade de Paudalho
PROCESSO: 1.022/80
DECRETO: 6.862
Inscrição do Tombamento no Conselho
N° 66, Livro de Tombo li, fls. 06
Estadual da Cultura
DATA: 8/11/1980
Administração: Prefeitura de Paudalho
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:
A Ponte do Itaíba está edificada sobre o Rio Capibaribe, no centro de
Paudalho, cidade da Zona da Mata norte do estado. É um exemplar das pontes
ferroviárias que foram construídas no século XIX, como "obras d'arte", para
passagem dos trilhos da antiga Great Western. Possui infraestrutura em treliçados
de ferro, pavimento originariamente em madeira e hoje em concreto, repousando
sobre pilares cênicos de alvenaria. Sua construção, iniciada em 1872 e concluída
em 1876, foi devida ao construtor André de Abreu Porto e supervisionada pelos
engenheiros da antiga Repartição das Obras Públicas do Estado. Ao lado da ponte, e
devido à existência do monumento, foi implantada uma praça, muito importante
para o lazer da população da cidade, mas que, atualmente - como a própria ponte -
necessita de completa restauração.

Em processo de tombamento em nível estadual – FUNDARPE foi


localizado o seguinte bem:

Paudal ho – Em processo de tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)


NOME: Conjunto Ferroviário de Paudalho

582
Paudal ho – Em processo de tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
O conjunto ferroviário é de responsabilidade do IPHAN de acordo com o Art.
9º da Lei 11.483, promulgada em 2007:
Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -
IPHAN receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e
cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua guarda e
manutenção 147.

No de Município de Paudalho foram visitados os locais listados na


sequencia, sobre os quais se realizou um registro fotográfico bastante
ilustrativo, acompanhado de informações adicionais.

• Prefeitura Municipal conforme a foto abaixo - Coordenadas


Geográficas (UTM): 25M 259884,965/9126647,697

Figura 224- Fachada do prédio da Prefeitura Municipal de Paudalho.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Mercado Público - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


260069,768/9126472,680

Figura 225- Mercado Público de Paudalho.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

147
IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=
15825&retorno=paginaIphan acessado em 10/10/2011.

583
• Ponte de Itaíba - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M
259491,516/9126883,270

Figura 226- Estado atual da Ponte de Itaíba.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Mosteirinho de São Francisco - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


262285,250/9125991,000

Figura 227- Fachada do Mosteirinho de São Figura 228- Parte lateral do Mosteirinho de
Francisco. São Francisco.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Igreja de Nossa Senhora da Luz – Romaria de São Severino dos


Ramos - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M
262648,410/9126441,869

Figura 229- Fachada da Igreja de São Figura 230- Comércio local estabelecido na
Severino dos Ramos. área por conta da peregrinação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

584
• Conjunto Pirassirica

• Capela - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


269432,372/9124864,414
• Edificação histórica – Adm. Militar - Coordenadas Geográficas
(UTM): 25M 269543,776/9124736,838

• Linha Férrea - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


269274,057/9124896,674

Na localidade identificada como “Vila de Pirassirica”, no município de


Paudalho, foi documentado um conjunto arquitetônico cuja construção
remete aos séculos XVIII e XIX. A vila se encontra em área militar, sob a
administração do CIMNC (Centro de Instrução Marechal Newton Cardoso).
Segundo Sydney Correa 148, a criação da vila é contemporânea à
inauguração da estação ferroviária, que data de 1881.

Na vila, foi registrada uma capela onde consta uma inscrição que a
mesma foi fundada em 1730. Ainda na localidade foi registrada uma
edificação onde funciona a administração militar de Pirassirica. Também foi
registrada a linha férrea que transpassa a Vila.

Figura 231- Capela da localidade de Figura 232- Trecho de linha férrea.


Pirassirica.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

148
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcp_pe/pirassirica.htm

585
Figura 233- Lateral da capela. Figura 234- Inscrição com referência a
fundação e reforma da capela.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.
s

Figura 235- Edificação da Administração Figura 236- Detalhe da fachada onde é


Militar de Pirassirica. possível observar decoração em relevo.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

SÃO LOURENÇO DA MATA

O município de São Lourenço da Mata não possui bens históricos


tombados a nível Federal. No âmbito Estadual (FUNDARPE) três bens
históricos se encontram em processo de tombamento. Estas identificações
são sintetizadas na sequência:

São Lourenço da Mata – Em processo de tombamento - Nível Estadual (FU NDARPE)


NOME: Igreja Matriz de Nossa Sra. da Luz
ENDEREÇO: São Lourenço da Mata - PE
Administração: Paróquia de São Lourenço da Mata
NOME: Estação Ferroviária Frei Caneca - Sede
ENDEREÇO: São Lourenço da Mata - PE
Administração: Secretaria do Patrimônio da União - SPU
O conjunto ferroviário é de responsabilidade do IPHAN de acordo com
o Art. 9º da Lei 11.483, promulgada em 2007:
Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
- IPHAN receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico,
histórico e cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua

586
guarda e manutenção 149.
NOME: Estação Ferroviária Tiúma
ENDEREÇO: São Lourenço da Mata - PE
Administração: Usina Tiúma

Além do levantamento documental dos bens em processo de


tombamento, foi realizada uma vistoria em algumas edificações de
importância histórica para o município. Foram visitados os locais listados na
sequência, sobre os quais se realizou um registro fotográfico bastante
ilustrativo, acompanhado de informações adicionais, conforme exposto a
seguir:

• Prédio da Prefeitura de São Lourenço da Mata - Coordenadas


Geográficas (UTM): 25M 275161,271/9115575,899

Figura 237- Prefeitura de São Lourenço da Mata.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Igreja Matriz de São Lourenço da Mata) - Coordenadas Geográficas


(UTM): 25M 275189,506/9115596,753

149
IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=
15825&retorno=paginaIphan acessado em 10/10/2011.

587
Figura 238- Igreja Matriz de São Lourenço. Figura 239- Vista externa e interna.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Igreja Matriz da Luz e Capela Nossa Senhora do Rosário -


Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 268593,648/9110558,917

Figura 240- Igreja Matriz da Luz (1540). Figura 241- Capela Nossa Senhora do
Rosário.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

Figura 242- Panorâmica do distrito de Matriz da Luz.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

588
Figura 243- Fachada da Igreja.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho Tapacurá Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


268582,220/9114572,708

Figura 244- Capela do Engenho Tapacurá. Figura 245- Casa grande do Engenho
Tapacurá.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

Figura 246- Ruínas da fábrica do Engenho Figura 247- Edificações existentes na área
Tapacurá. do Engenho Tapacurá.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

589
O Engenho Tapacurá apresenta casa grande e capela em bom estado
de conservação. A fábrica encontra-se em ruína.

Figura 248-Capela do Engenho Tapacurá. Figura 249- Casa grande do Engenho


Tapacurá.

Figura 250- Área da fábrica do Engenho Tapacurá, em ruína.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho São João - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


269773,559/9118548,23

Figura 251- Área do Engenho São João com igreja em ruínas.

590
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

O Engenho São João apresenta de capela que se encontra arruinada.


As ruinas estão localizadas entre o Rio Capibaribe e a rodovia BR-408. No
local existe também uma residência. A área é atualmente um assentamento
rural.

Figura 252- Edificação pertencente ao antigo Figura 253- Ruínas da capela do Engenho
Engenho São João. São João tomada pela vegetação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Durante a prospecção de superfície nos locais referenciados acima foi


constatado que a maior parte dos engenhos não contém estruturas
remanescentes do período de sua fundação. A maioria dessas áreas são
hoje assentamentos rurais, onde alguns ainda preservam edificações
relacionadas ao século XX.

• Engenho Cangaçá - Coordenadas Geográficas (UTM):


275196,539/9115923,484

Figura 254- Casa-grande do Engenho Figura 255- Acervo fotográfico da cidade.


Cangaçá.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

591
• Usina Tiúma - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M
271549,672/9117232,497

Figura 256- Panorâmica da Usina Tiúma e do Rio Capibaribe.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Mercado Público - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


275247,715/9115401,268

Figura 257- Mercado Público de São Lourenço da Mata.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2008.

• Engenho Araújo - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


263302,306/9107756,543

O Engenho Araújo apresenta conjunto de residências rurais.

592
Figura 258- Engenho Araújo. Figura 259- Detalhe de residência de
moradores da área.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Pixaó - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
267618,269/9108696,198

Na área do Engenho Pixaó foi documentada edificação remanescente


do engenho bastante descaracterizada. Na cartografia consultada havia
referência ao Engenho Pixaózinho, porém nenhuma evidência do engenho
foi identificada durante a prospecção de superfície. Segundo informações de
moradores da área o nome Pixaózinho é atribuído a um açude que existia
nas proximidades da área e que hoje não existe mais conforme a figura a
seguir.

Figura 260- Edificação remanescente do antigo Engenho Pixaó.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho Coepe - Coordenadas Geográficas (UTM): 25M


267620,194/9117088,847

A área do Engenho Coepe atualmente é um assentamento rural. No


local foi documentada uma edificação que segundo informações de
moradores era a casa grande do engenho; e ainda vestígios (ruínas) de
outra edificação, possivelmente da fábrica do engenho conforme as fotos a
seguir.

593
Figura 261- Residência existente no Engenho Coepe.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 262- Ruínas de edificação do Engenho Figura 263- Estrutura de tijolos em arco,
Coepe. possivelmente da fábrica do Engenho.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

MORENO

O levantamento de dados secundários foi efetuado através fontes da


documentação textual secundária (fontes bibliográficas), e dados cadastrais
do patrimônio histórico, arqueológico, artístico e paisagístico (registros do
IPHAN, da FUNDARPE e Prefeitura local).

No Arquivo Noronha Santos do IPHAN não foi encontrado nenhum


registro do Município de Moreno. Ainda pela FUNDARPE existem 2 bens em
processo de tombamento os quais se descrevem na sequência.

Moreno – Em processo de tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: Engenho Moreno


Administração: Ricardo Souza Leão e outros

Ao nível estadual, em decorrência do Processo de nº 04143/96 de 08 de


março de 1996, está em andamento o tombamento do Engenho Moreno pela
Fundarpe. Como consta na publicação do Diário Oficial de 01 de junho de 1996.

594
Moreno – Em processo de tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: Estação Ferroviária de Moreno


Administração: Prefeitura de Moreno

O conjunto ferroviário de Moreno é de responsabilidade do IPHAN de acordo


com o Art. 9º da Lei 11.483, promulgada em 2007:

Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN


receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e
cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua guarda e
manutenção 150.

No Plano de Preservação dos Sítios Históricos (FIDEM, 1978), consta


inventariados o Engenho Gurjaú de Cima, Morenos, Novo da Conceição,
Pintos, Pereira, São Brás e a Vila operária. Foram removidos da lista original
dos sítios a inventariar os seguintes sítios históricos de Moreno: Conjunto
Urbano de Moreno, Estação da Estrada de Ferro de Tapera, Estação Férrea
entre Jaboatão e Tapera no Km 27, e os engenhos Tapera, Caraúma, Gurjaú
de Baixo, Laranjeiras, Engenho Cumaru, Engenho Carnijó, Engenho Catende.

Além do levantamento documental dos bens tombados, foi realizada


uma vistoria em algumas edificações de importância histórica para o
município. Foram visitados os locais listados na sequência, sobre os quais se
realizou um registro fotográfico bastante ilustrativo, acompanhado de
informações adicionais, sendo estas informações disponíveis a seguir:

• Engenho Moreno (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas


(UTM):25L 266736,852/9102058,578

• Engenho Catende (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas


(UTM):25L 266736,852) - Coordenadas Geográficas (UTM):25L
268940,443/9101805,249

• Societé Cotonniére Belge-Brasiliense (fotos a seguir) - Coordenadas


Geográficas (UTM):25L 266736,852) - Coordenadas Geográficas
(UTM): 25L 268575,321/9102107,389

150
IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=
15825&retorno=paginaIphan acessado em 10/10/2011.

595
Figura 264- Casa-grande e moita do Figura 265- Capela do Engenho Moreno
Engenho Moreno.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 267- Edificação histórica nas


Figura 266- Casarão do Engenho Catende. proximidades do casarão do Engenho Catende e
ponte sobre rio Jaboatão.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 268- Entrada principal da fábrica de Figura 269- Detalhe da fachada da fábrica
tecidos. dom data de 1910, ano de sua fundação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

596
Figura 270- Interior da fábrica. Figura 271- Ruínas da fábrica de tecidos.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 272- Fotografia da fábrica com a seguinte referência: Societè Cotonnière Belge-
Brésilienne, Fábrica de Tecidos em Morenos, município de Jaboatão, Estado de Pernambuco.
Vista Geral da Fábrica, mostrando parte da propriedade.
Fonte: Leonardo Araújo.

Figura 273- Área externa da fábrica. Figura 274- Área externa da fábrica, galpões.
Fonte: Leonardo Araújo.

597
Figura 275- Área interna da fábrica onde Figura 276- Fabricação de tecidos.
funcionava a produção.
Fonte: Leonardo Araújo.

Figura 277- Processo de fabricação de Figura 278- Maquinário utilizado na fábrica


tecidos. com referência de fabricante: TWEEDALES &
SMALLEY Ltd. – CASTLETON – Nr MANCHESTER.
1909.
Fonte: Leonardo Araújo.

Figura 279- Gerador de eletricidade da Figura 280- Interior da casa de força da fábrica
fábrica. de tecidos.No verso da foto consta: No125 –
Interior of power house – showing Iron Clad
Switch – Box. (Power Station for Eletric Light –
No. 21 on Plan).
Fonte: Leonardo Araújo.

598
Figura 281- Locomotiva da fábrica de tecidos.
Fonte: Leonardo Araújo.

• Vila Operária (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


268276,682/9102332,066

Figura 282- Conjunto de residências Figura 283- Conjunto de casas com mesma
remanescentes da Vila operária da fábrica tipologia.
de tecidos.
Fonte: Leonardo Araújo.
• Igreja Matriz (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):25L
268736,616/9102120,640

Figura 284- Fachada da Igreja Matriz. Figura 285- Interior da Igreja Matriz.
Fonte: Acervo Arquolog Pesquisas, 2011.

599
Figura 286- Construção da Igreja Matriz de Figura 287- Fachada da igreja na época da
Moreno, ano de 1929. construção, ano de 1929.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.
• Estação Ferroviária (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas
(UTM):25L 268314,159/9101984,917

• Mercado público (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):


25L 268367,193/9102017,915

• Prefeitura (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):25L


268479,042/9102038,099

• Engenho Pocinho (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):


25L 270037,747/9105254,327

Figura 288- Antiga estação ferroviária de Moreno.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

600
Figura 289- Fachada do Mercado Público.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 290- Prefeitura de Moreno.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 291- Construção da Igreja Matriz de Figura 292- Visão interna da capela, altar-
Moreno, ano de 1929. mor.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

601
Figura 293- Detalhe do sino de bronze com Figura 294- Contato com herdeiro do Engenho
data em relevo. Pocinho.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 295- Fachada da casa-grande. Figura 296- Possível local da moita do


Engenho.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.
• Engenho Uma (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
268543,933/9105592,750

• Engenho Pinto (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):


25L 260214,835/9100119,208

• Engenho Pereira (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas (UTM):


25L 263041,105/9100739,191

602
Figura 297- Fachada da casa-grande do Engenho Una.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 298- Casarão do Engenho Pinto. Figura 299- Panorâmica das ruínas da fábrica do
Data: 28/08/2011. engenho Pinto.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 300- Conjunto de edificações localizadas na parte detrás do casarão.

603
Figura 301- Panorâmica das estruturas do Engenho Pereira.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

• Engenho São Salvador - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


272238,126/9093326,935

Atualmente o Engenho São Salvador é um assentamento rural. Nos


arredores da residência do Sr. Valeriano Monteiro da Silva existem vestígios
de edificação do Engenho São Salvador. A ruína, edificada com pedras e
tijolos, é conhecida pela população local como “sobrado”. Na localidade
foram identificados fragmentos de faiança fina com cronologia compatível
com os séculos XIX e XX (fotos a seguir).

Figura 302- Residência existente junto a Figura 303- Evidências de estruturas na lateral
ruína de edificação do antigo Engenho São direita da residência.
Salvador.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

604
Figura 304- Ruínas de edificação na lateral Figura 305- Detalhe de ruína de edificação
esquerda da residência. construída com pedras e tijolos batidos.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Na área do engenho São Salvador documentou-se uma Casa de


Farinha (Ponto ARCO165: 25L 272884,351 / 9092278,867) (fotos a seguir).

Na área do Engenho existe uma localidade denominada Fronteira. O


nome é atribuído a uma igreja evangélica existente no local.

Figura 306- Casa de farinha localizada no Figura 307- Equipamentos da Casa de


Engenho São Salvador. Farinha.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Canzanza - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
270018,266/9094753,979

Atualmente o Engenho Canzanza é uma área de assentamento rural.


Das antigas edificações do engenho foram identificados apenas os alicerces
de uma edificação. Grande quantidade de tijolos batidos e telhas manuais
foram observadas no local (fotos a seguir).

605
Figura 308- Alicerces de edificação Figura 309- Detalhe dos alicerces.
identificada no Engenho Canzanza.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Javunda - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
264049,822/9097097,360

A casa grande do Engenho Javunda encontra-se em bom estado de


conservação. A edificação apresenta um porão que é associado à antiga
senzala do engenho pela população local (fotos a seguir).

Figura 310- Casa grande do Engenho Figura 311- Porão da casa grande.
Javunda.
Fonte: Daivide Benício, 2012.
• Engenho Floresta - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
264965,562/9099267,157

Não foi possível acessar a área do Engenho Floresta devido à


existência de cerca eletrificada. James Davison 151 relata que o Engenho
Floresta pertence à Elise de Souza Leão. A propriedade é uma fazenda de
gado. A casa grande ainda preserva escada de pedra que dá acesso ao
terraço conforme apresetado na foto a seguir.

151
Davidson, James. Engenho que inspirou romance em Moreno in Moreno Redescoberto.
2011. Disponível em < http://morenoredescoberto.blogspot.com.br/2012/01/engenho-que-
inspirou-romance-em-moreno.html>. Acesso em 29/05/2012.

606
Figura 312- Casa grande do Engenho Floresta.
Fonte: James Davidson. Moreno Redescoberto.

• Engenho Moreno - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


266059,655/9102311,522

Figura 313- Panorâmica da área do engenho Moreno.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Durante a prospecção de superfície no Engenho Moreno (foto a


seguir) foram documentadas as estruturas do Engenho (fotos a seguir).

Figura 314- Detalhe da fachada do solar. Figura 315- Igreja do Engenho Moreno.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

607
Figura 316- Ruínas da fábrica com bueiro Figura 317- Edificação em ruína.
circular com inscrição de 1929.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho Serraria - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


262142,276/9103414,302

A sede do Engenho Serraria está localizada nas margens da rodovia


BR-232. Na área foi documenta uma edificação possivelmente do século XX
(fotos a seguir).

Figura 318- Edificação do Engenho Serraria. Figura 319- Detalhe da fachada da edificação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Usina Nossa Senhora Auxiliadora – Engenho Sapucaia - Coordenadas


Geográficas (UTM): 25L 264131,139/9104740,672

Figura 320- Casa grande do Engenho Figura 321- Detalhe da fachada.


Sapucaia.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

608
A casa grande do Engenho Sapucaia (fotos a seguir), atualmente
Usina Nossa Senhora Auxiliadora, encontra-se preservada. A usina pertence
à família Dourado, que também é proprietária do Engenho Moreno.

• Engenho Xixaim - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


263841,8494/9102533,99

Na área do engenho Xixaim foram documentas ruínas de fábrica (foto


a seguir). O engenho está situado nas proximidades da BR-232.

Figura 322- Ruínas do Engenho Xixaim.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

JABOATÃO DOS GUARARAPES

O município de Jaboatão do Guararapes possui 03 bens históricos


tombados a nível Federal e a 01 tombado a nível Estadual.

No levantamento realizado na base de dados do IPHAN, no Livro de


Tombo do Arquivo Noronha Santos, foram localizados tombamentos
inscritos no livro Histórico e de Belas Artes. Em processo de tombamento,
consta no âmbito Federal 01 bem e no âmbito Estadual 02 bens históricos.
No âmbito municipal existem 04 bens protegidos.

Os três (3) bens tombados na esfera Federal (IPHAN) são descritos na


sequência:

Jaboatão dos Guararapes – Tom bam ento - Ní v el Federal (IPHAN)


NOME: Parque Histórico Nacional dos Guararapes
OUTRAS
Montes Guararapes
DENOMINAÇÕES:

609
Jaboatão dos Guararapes – Tom bam ento - Ní v el Federal (IPHAN)
NOME: Parque Histórico Nacional dos Guararapes
USO ATUAL: IPHAN. Sub-Regional, 5
ENDEREÇO: Estrada da Batalha, s/n - Jaboatão dos Guararapes - PE
PROCESSO: 0523-T-54
LIVRO: Histórico
N° DA FOLHA: 55 (volume 1)
N° DE INSCRIÇÃO: 334
DATA: 30/10/1961
DESCRIÇÃO
SUMÁRIA:
Local onde se deram as duas mais importantes batalhas entre holandeses e
luso-brasileiros. Em março de 1648, uma poderosa frota de 41 navios da
Companhia das Índias chega a Recife, transportando 6.000 soldados e víveres.
Contavam com estes reforços para reconquistar o espaço perdido, e sobretudo
restabelecer o controle das áreas produtivas no sul da colônia. É esta tropa que, um
mês após o desembarque, é batida na 1a. Batalha dos Guararapes. Em fevereiro do
ano seguinte, o exército holandês sob o comando do coronel Van den Brinck,
manobra em direção aos Montes Guararapes, buscando recuperar-se da derrota
sofrida no ano anterior. Não atingem seu intento, sendo mais uma vez derrotados.
Fora um grande desastre militar para os holandeses, que batem em retirada, sem
qualquer controle por parte de seus comandantes.
Na primeira batalha (10/04/1648), os holandeses comandados pelo General
Sigismund Von Schkoppe (aproximadamente 5000 homens) foram derrotados pelas
tropas luso-brasileiras (aproximadamente 3500 homens). Na segunda batalha
(19/02/1649), dez meses depois, portanto, os holandeses seriam definitivamente
derrotados pelos luso-brasileiros, comandados por João Fernandes Vieira, André
Vidal de Negreiros, Francisco Figueiroa, Henrique Dias e Barreto de Menezes.
s

Jaboatão dos Guararapes – Tom bam ento - Ní v el Federal (IPHAN)


NOME: Igreja do Hospício do Carmo
OUTRAS
Igrejinha da Piedade; Igreja de Nossa Senhora da Piedade
DENOMINAÇÕES:
USO ATUAL:
ENDEREÇO: Praia da Piedade - Jaboatão dos Guararapes - PE
PROCESSO: 0463-T-52
LIVRO: de Belas Artes
N° DA FOLHA: 78 (volume 1)
N° DE INSCRIÇÃO: 406
DATA: 4/8/1952
DESCRIÇÃO
SUMÁRIA:
O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do
Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo
nº 13/85/SPHAN.

610
Jaboatão dos Guararapes – Tombamento - Nível Federal (IPHAN)
NOME: Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres
OUTRAS
Igreja dos Montes Guararapes
DENOMINAÇÕES:
ENDEREÇO: Montes Guararapes - Jaboatão dos Guararapes - PE
PROCESSO: 0005-T-38
LIVRO: de Belas Artes
N° DA FOLHA: 2 (volume 1)
N° DE INSCRIÇÃO: 2
DATA: 16/3/1938
DESCRIÇÃO
SUMÁRIA:

A Igreja foi erigida em Monumento Nacional pelo Decreto nº 25.175, de


03/07/1948. O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do
Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/1985, referente ao Processo
Administrativo nº 13/85/SPHAN.

O bem tombado na esfera Estadual (FUNDARPE) é descritos na


sequência:

Jaboatão dos Guararapes – Tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)


NOME: I g reja de Nossa S enhora do L oreto
ENDEREÇO: Rua de Nossa Senhora do Loreto, Piedade - Jaboatão dos Guararapes

DECRETO: 15.639
DATA: 9/3/1992
Administração: Diocese de Jaboatão dos Guararapes

O bem que se encontra em processo de tombamento na esfera


Federal (IPHAN) é relacionado na sequência:

Jaboatão dos Guararapes – Em tom bam ento - Ní v el Federal (IPHAN)


NOME: Antigo Hospício Carmelitano (Casa de Piedade)
ENDEREÇO: Jaboatão dos Guararapes - PE
Administração: Província Carmelitana de Pernambuco

Os bens que se encontram em processo de tombamento na esfera


Estadual (FUNDARPE) são descritos na sequência:

Jaboatão dos Guararapes – Em tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: Pov oado Muribeca dos Guararapes


ENDEREÇO: Jaboatão dos Guararapes - PE
Administração: Vários Proprietários
S

611
Jaboatão dos Guararapes – Em tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)
NOME: Conjunto Ferroviário de Jaboatão dos Guararapes
ENDEREÇO: Jaboatão dos Guararapes - PE
Administração: CBTU - Metrorec
Observações:

O conjunto ferroviário brasileiro é de responsabilidade do IPHAN, de acordo


com o Art. 9º da Lei 11.483, promulgada em 2007:
Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -
IPHAN receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e
cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua guarda e
manutenção 152.

A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, através do Decreto Lei No.


399/2010, de 27/05/2010, protege o patrimônio histórico do município
através da regulamentação do tombamento. A ementa complementa a lei
104/79 de proteção ao patrimônio histórico do município.

Em 24 de dezembro de 2010 foi aprovado tombamento de


monumentos históricos, após aprovação do Conselho de Cultura de Jaboatão
dos Guararapes. A proposta foi enviada pela coordenadora do Patrimônio,
Idalice Laurentino. Foram TOMBADOS EM NÍVEL MUNICIPAL os seguintes
bens 153 conforme o quadro abaixo.

Quadro 104 - Bens Tombados pelo Conselho de Cultura de Jaboatão dos Guararapes
Bem Tom b ad o

Casa de Amélia Brandão


Engenho Suassuna (Usina Jaboatão)
Povoado de Muribeca dos Guararapes

Sítio Histórico de Jaboatão Antigo

No Inventário de Varredura do Patrimônio Material do Ciclo da Cana-


de-açúcar, realizado pela Superintendência do IPHAN em Pernambuco foram
localizados o inventário de 98 engenhos no município do Jaboatão dos
Guararapes os quais se relacionam no quadro a seguir.

Quadro 105 - Engenhos Inventariados pelo IPHAN de Pernambuco no município de Jaboatão


dos Guararapes.
Relaç ão d e E n g en h os n o Mu n ic íp io d e J ab oat ão d os Gu ararap es

1-Engenho Algibeira 34-Engenho Goiabeira 67-Engenho Recreio


2-Engenho Ana Paula 35-Engenho Guarani 68-Engenho Rico

152
IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=
15825&retorno=paginaIphan acessado em 10/10/2011.
153
Jaboatão dos Guararapes Redescoberto. James Davison Barboza de Lima. Disponível em:
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com/2011/01/jaboatao-dos-guararapes-tomba-
predios.html , acesso em 07/12/2011.

612
Relaç ão d e E n g en h os n o Mu n ic íp io d e J ab oat ão d os Gu ararap es
(Guarany)
3-Engenho Antônio Pereira 36-Engenho Guararapes 69-Engenho Salgadinho
4-Engenho Barbalho 37-Engenho Gurjaú 70-Engenho Sant'Anna
5-Engenho Bartolomeu 38-Engenho (Usina) Jaboatão 71-Engenho Santa Maria
6-Engenho Bella Vista 39-Engenho Jaboatãozinho 72-Engenho Santo Amaro
7-Engenho Cabra Velhas ou
40-Engenho Jangadinha 73-Engenho Santo André
Sapucaia
8-Engenho Caiongo 41-Engenho Jarissara 74-Engenho Santo Antônio
9-Engenho Camaçari
42-Engenho Jussara 75-Engenho Santo Estevam
(Camassari)
76-Engenho Santo
10-Engenho Camaço 43-Engenho Jurissara
Amarinho
77-Engenho São
11-Engenho Camará 44-Engenho Macujê (Mucujê)
Bartolomeu
12-Engenho Camarão 45-Engenho Manaçu 78-Engenho São João
13-Engenho Camarco 46-Engenho Manuel Bezerra 79-Engenho São Joaquim
47-Engenho Masahyba de 80-Engenho São José ou
14-Engenho Canandura
Baixo Novo
48-Engenho Masahyba de
15-Engenho Canzanza 81-Engenho São Pedro
Cima
16Engenho Capelinha
49-Engenho Matto Grosso 82-Engenho São Salvador
(Capellinha)
17-Engenho Caraúna 50-Engenho Megaípe
83-Engenho Sicopeminha
(Carahuna) (Megahipe)
18-Engenho Cavalleiro 51-Engenho Megaípe de Baixo 84-Engenho Socorro
85-Engenho (Usina)
19-Engenho Caxito 52-Engenho Megoapa
Suassuna
86-Engenho Sucupema
20-Engenho Comportas 53-Engenho Muribequinha
(Soupoupema)
21-Engenho Conceição 54-Engenho Mussahiba 87-Engenho Taquari
55-Engenho Nossa Senhora da
22-Engenho Cova da Onça 88-Engenho Uma
Apresentação
56-Engenho Nossa Senhora da
23-Engenho Coveta 89-Engenho Velho
Boa Viagem dos Guararapes
90- Usina Bulhões, Antônio
57-Engenho Nossa Senhora da
24-Engenho Cumaru Bulhões ou São João
Conceição
Batista.
58-Engenho Nossa Senhora da 91-Usina Colônia
25-Engenho Cumbe
Guia (Progresso Colonial)
26-Engenho D'Alinbero 59-Engenho Novo da Muribeca 92-Usina Muribeca
60-Engenho Palmeira (Antigo
27-Engenho de Antônio Nunes
Santa Cruz, Mangaré ou 93-Engenho Carnijó
Ximenes
Mangaree)
94-Engenho Caxito de
28-Engenho Duas Unas 61-Engenho Paraizo (Paraíso)
Baixo
29-Engenho Entre Rios 62-Engenho Pedra Lavrada 95-Engenho Marimbondo
96-Engenho Novo da
30-Engenho Estiva 63-Engenho Penanduba
Muribeca
31-Engenho Floresta 64-Engenho Penandubinha 97-(Engenho) Sítio Carpina
32-Engenho Fortaleza 65-Engenho Petimbú 98-Engenho Zumbi
33-Engenho Furna 66-Engenho Quiahombo 67-Engenho Recreio

Além do levantamento documental dos bens tombados, foi realizada


a documentação fotográfica de algumas edificações de importância
histórica para o município. Foram visitados os locais listados na sequência,

613
sobre os quais se realizou um registro fotográfico bastante ilustrativo,
acompanhado de informações adicionais, sendo estas informações expostas
a seguir:

• Igreja do Montes Guararapes (fotos a seguir) - Coordenadas


Geográficas (UTM): 25L 287164,706/9098320,978

Figura 323- Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 325- Detalhe da torre revestida com


Figura 324- Detalhe do frontão da Igreja.
azulejos portugueses.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

• Mirante dos Montes Guararapes (fotos a seguir) - Coordenadas


Geográficas (UTM): 25L 287517,775/9098745,130

614
Figura 326- Vista a partir do Mirante dos Figura 327- Mirante dos Montes dos Guararapes
Montes Guararapes
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.
• Igreja de Nossa Senhora da Piedade (fotos a seguir) - Coordenadas
Geográficas (UTM): 25L 289092,287/9096458,952

Figura 328- Fachada da Igreja de Nossa Figura 329- Altar da Igreja de Nossa Senhora da
Senhora da Piedade. Piedade.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.
• Igreja Matriz de Jaboatão (fotos a seguir) - Coordenadas Geográficas
(UTM): 25L 277465,137/9103013,299

Figura 330- Igreja Matriz de Jaboatão. Figura 331- Panorâmica da rua da Igreja Matriz
Paróquia de Santo Amaro. de Jaboatão.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

615
Figura 332- Interior da Igreja de Santo Figura 333- Sepultura localizada no altar-mor.
Amaro.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

• Outras edificações históricas (fotos a seguir)

Figura 334- Edificação sede da Banda Musical Figura 335- Edificação histórica onde funciona
de Jaboatão. a 41ª Junta de Serviço Militar.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 336- Edificação histórica localizada no Figura 337- Escola Rodolfo Aureliano.
centro comercial de Jaboatão.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

616
Figura 338- Lado Igreja localizada no centro Figura 339- Cine teatro Samuel Campelo.
comercial de Jaboatão.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 340- Edificação histórica onde Figura 341- Edificação histórica onde funciona
funciona a Farmácia Permanente. uma loja de matos, Honda.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

• Engenho Santo Estevão - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


280188,030/9090102,543

Engenho pertencente à Usina Bom Jesus. Na sede do Engenho, as


margens da rodovia BR-101, existem 03 edificações (possivelmente da
primeira metade do século XX), já bastante descaracterizadas, e atualmente
ocupadas por funcionários da Usina Bom Jesus (fotos a seguir).

Figura 342- Residência localizada na sede do Figura 343- Detalhe de decoração em relevo
Engenho Santo Estevão. na fachada da edificação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

617
• Engenho Camarço - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
274413,514/9095448,860

As terras do Engenho Camarço (foto a seguir) atualmente


compreendem um assentamento rural. A edificação da sede do engenho
(possivelmente da primeira metade do século XX) ainda está preservada e
em uso. Reside no local o Sr. Roziel Antônio da Cunha.

Figura 344- Edificação do Engenho Camarço.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Durante prospecção no local foram documentadas duas casas de


farinha (Ponto ARCO172 e Ponto ARCO173). Em uma delas (Ponto ARCO173:
25L 273763,341/ 9096315,694) registrou-se a produção artesanal de farinha
e beiju (fotos a seguir).

Figura 345- Casa de farinha localizada em Figura 346- Casa de farinha também do
uma das parcelas do assentamento do Engenho Camarço onde foi documentada a
Engenho Camarço. produção artesanal de farinha e Beiju.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

618
CABO DE SANTO AGOSTINHO

Embora a grande riqueza histórica do Município do Cabo de Santo


Agostinho, no âmbito Federal, no Arquivo Noronha Santos do IPHAN, existe
um (01) único bem tombado no município do Cabo:

LIVRO DO TOMBO - Li v ro de Bel as Artes - IPHAN


Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e Ruínas do
NOME:
Convento Carmelita
Alto do Cabo de Santo Agostinho - Cabo de Santo
ENDEREÇO:
Agostinho - PE
PROCESSO: 0619-T-61
LIVRO: Belas Artes
N° DE INSCRIÇÃO: 458
DATA: 6/7/1961
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:

A Igreja de Nazaré está localizada na vila de Nazaré no alto do Cabo de


Santo Agostinho, litoral sul do Estado. O local, de rara beleza, encontra-se no
interior do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, e do Sítio
Histórico Cabo de Santo Agostinho, tombado pelo Decreto Estadual nº 16.623 de 29
de abril de 1993.

OBSERVAÇÕES:

O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do


Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo
nº 13/85/SPHAN.

Ao nível estadual (FUNDARPE), além do conjunto carmelita de Nazaré,


foram tombados no Município do Cabo de Santo Agostinho os seguintes
bens:

Cabo de Santo Agosti nho – Tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: E ngenho Massangana

USO ATUAL:
ENDEREÇO: PE-60, Território de Suape.
PROCESSO:

DECRETO: nº 9.904
DATA: 22/11/1984
Administração: Fundação Joaquim Nabuco

DESCRIÇÃO SUMÁRIA:

O Engenho Massangana está localizado no município do Cabo de


Santo Agostinho, praticamente às margens da PE 60. A denominação
Massangana, vem do riacho, que corre próximo ao engenho, cujo nome
deriva do termo de origem africana Massangano.

619
Grande parte das referências históricas do engenho está associada a
Joaquim Nabuco, que ali viveu parte de sua infância.
NOME: An tiga Residência Rural do Ex-Governador José Rufino

ENDEREÇO: Distrito Industrial, Cabo de Santo Agostinho.


DECRETO: nº 13.041
DATA: 29/6/1988

Administração: Petroflex - Sede do Clube de Campo


DESCRIÇÃO SUMÁRIA:
S ítio Histórico do Cabo de S anto Agostinho e Baía de
NOME:
S u ape
DECRETO: nº 17.070
DATA: 16/11/1993

Administração: Empresa de Suape e outros


DESCRIÇÃO SUMÁRIA:

O Cabo de Santo Agostinho possui um acervo considerável de


monumentos isolados, de interesse histórico e artístico, que, juntamente
com a Vila de Nazaré, constituem um sítio histórico da maior importância. A
área do Cabo de Santo Agostinho tem um aspecto de planalto, com alguns
montes e uma depressão central, e desce gradativamente até o mar. É na
extensão plana onde se localizam o povoado da Vila de Nazaré, do Cabo, a
Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, as ruínas do convento e o cemitério,
além do novo farol e da casa do faroleiro. As demais edificações situam-se
nas encostas sul e norte do Cabo. São elas: o Castelo do Mar, as ruínas do
quartel, a antiga casa do faroleiro, e as ruínas do Forte de São Francisco
Xavier.

Em processo de tombamento Federal (IPHAN) foram identificados os


seguintes bens:

Cabo de Santo Agosti nho – Em tom bam ento - Ní v el Federal (IPHAN)

NOME: Con junto Arquitetônico e Urbanístico d as Áreas da Baía de Suape


Administração: Complexo Industrial Portuário de Suape

Ainda em nível Estadual (FUNDARPE) existem 2 bens em processo de


tombamento:

Cabo de Santo Agosti nho – Em tom bam ento - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: S ítio da Vila Operária de Pontezinha


ENDEREÇO: Pontezinha

Administração: Vários proprietários


NOME: Con junto ferroviário do Cabo de Santo Agostinho
Administração: Metrorec

O conjunto ferroviário é de responsabilidade do IPHAN de acordo com

620
o Art. 9º da Lei 11.483, promulgada em 2007:
Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
- IPHAN receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico,
histórico e cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua
guarda e manutenção 154.

Além do levantamento documental dos bens tombados, foi realizado


um documentário fotográfico dos principais bens históricos do município do
Cabo de Santo Agostinho, conforme se pode observar a seguir (fotos a
seguir):

Figura 347- Ruínas conhecidas como Capela Figura 348- Vila de Nazaré.
Velha.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 349- Igreja Nossa Senhora de Nazaré.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

154
IPHAN. Di sponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=
15825&retorno=paginaIphan a cessado em 10/10/2011.

621
Figura 350- Farol da Marinha de 1883. Figura 351- Ruínas de edificação conhecida
como casa do faroleiro
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Figura 352- Forte Castelo do Mar.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

• Engenho Guerra - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


277913,481/9087837,738

As ruínas do engenho Guerra estão localizadas na propriedade da


Usina Bom Jesus. No local foi documentada a casa grande em ruínas, uma
residência com inscrição de 1731 e outras edificações situadas nas
proximidades (fotos a seguir).

622
Figura 353- Panorâmica do Engenho Guerra.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 354- Parte lateral e traseira da Figura 355- Detalhe da área interna da
edificação. residência.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.s

Figura 357- Detalhe da fachada e


Figura 356- Parte lateral e traseira da edificação.
escadaria da Casa grande.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.s

623
Figura 358- Residência localizada na lateral Figura 359- Detalhe de inscrição em relevo na
direita da Casa grande. fachada com data de 1731.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Usina Bom Jesus - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
275862,036/9088592,321

Usina com edificações históricas em sua sede. Na área foram


documentadas a usina, casa grande, capela, barracão e arruado com
residências de trabalhadores (fotos a seguir).

Figura 360- Casa grande da Usina Bom Jesus. Figura 361- Capela e outras edificações da
Usina.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Roças Velhas - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L
275370,141/9090454,778

O Engenho Roças Velhas, de propriedade da Usina Bom Jesus,


apresenta algumas edificações da primeira metade do século XX, segundo
inscrições contidas nas fachadas das edificações (fotos a seguir).

624
Figura 362- Casa sede do Engenho Roças Figura 363- Detalhe de inscrição em relevo
Velhas. na fachada da edificação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho Rico - Coordenadas Geográficas (UTM): 25L


274131,500/9092174,222

O Engenho Rico apresenta algumas edificações da primeira metade


do século XX (fotos a seguir).

Figura 364- Engenho Rico. Figura 365- Detalhe da fachada de residência


do Engenho Rico com inscrição de 1941.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PATRIMÔNIO IMATERIAL

Há vários termos e expressões adotados para definir ’bens de


natureza imaterial’. A UNESCO define como Patrimônio Cultural Imaterial "as
práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com
os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são
associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio
cultural” 155. No Brasil, os órgãos responsáveis pelo Patrimônio Cultural,
como o IPHAN e o Ministério da Cultura, adotam como referência a
Constituição Federal de 1988, que considera os bens de natureza material e

155
IPHAN. Patrimônio Imaterial. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/portal/montar
PaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIphan. Acessado em 14/05/2012.

625
imaterial “portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” 156. Passou-se a
considerar, desde então, as “formas de expressão”, os “modos de criar,
fazer e viver” e as “criações científicas, artísticas e tecnológicas”.

Neste sentido, o patrimônio deverá apresentar os seguintes


requisitos 157:

• Ter “relevância para a memória, a identidade e a formação da


sociedade brasileira”;

• Ter “continuidade histórica” a ponto de se tornarem referências


culturais através da reiteração e utilização.

Portanto, o Patrimônio Imaterial é constituído por elementos que a


sociedade atribui valores e que constituem referências de identidade para
determinado grupo social, sejam eles hábitos, técnicas de produção,
festividades, formas de expressão, lugares de referência para a população,
enfim, tudo que identifique características de um determinado grupo social.

PAUDALHO

No município de Paudalho conforme apresentado no quadro abaixo se


destaca o carnaval, onde desfilam blocos carnavalescos, maracatus,
caboclinhos, bonecos gigantes, Lá Ursas, Bois e Escolas de Samba pelas
principais ruas da cidade. Ainda ocorre o desfile de fantasias de luxo dos
clubes Lenhadores, Estrela e Cruzeiro do Sul.

O São João também é bastante comemorado com apresentações de


bandas de forró e quadrilhas juninas. No Natal destaca-se no município a
apresentação de folguedos como o pastoril, cavalo marinho, mamulengo e
fandango.

Além do São João e Natal, os eventos religiosos do município são


bastante comemorados, algumas atraem romeiros de diversas regiões como
é o caso de São Severino dos Ramos. Em janeiro ocorre o novenário de São
Sebastião, em junho a Trezena de Santo Antônio, além das festas de São
Sebastião, do Divino Espírito Santo, a romaria de São Severino dos Ramos e
Beijo do Judas.

156
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, DE 5 DE OUTUBRO DE 1988. 5ª
ed. V. 1. Equipe Atlas. Art. 216. p. 125.
157
MINISTÉRIO DA CULTURA, IPHAN, Os sambas, as rodas, os bumbas, os meus e os bois.
Princípios, ações e resultados da política de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial no
Brasil, 2003-2010. Brasília, dez. 2010.

626
No artesanato destaca-se a preaca, arco e flecha utilizados por
grupos de caboclinhos. As peças são confeccionadas com madeira de
goiaba, jenipapo e piaca. O responsável pela confecção é João Soares do
Nascimento. O bordado manual, a produção de adereços carnavalescos,
esculturas em madeira (feitas com madeira de jaqueira, cajá, mulungu e
cedro).

Na gastronomia os doces e geleias caseiras se destacam, entre eles,


o doce de Guabiraba, a geleia de Araçá, doces e geleias de acerola. Na
margem da rodovia BR-408 encontram-se tais produtos a venda em
restaurantes, lanchonetes e barracas. No Cadastro Patrimonial de Paudalho
constam ainda a bolacha D’água, biscoito língua de gato e o sorvete e
picolé de acerola (comercializados na margem da BR-408, na Acerolândia).

Quadro 106 – Lista dos grupos folclóricos, teatrais e bandas de Paudalho

L ista dos grupos folclóricos, teatrais e bandas d e Paudalho

Folclore
Escola Ritmo do Samba
Bloco Lírico Flor da Mata
Maracatu de Baque Solto Leão de Aldeia
Maracatu Leão Coroado
Boi de Ouro
Boi Criança
Boi Caprichoso
Boi Brilhoso
Boi Bole Bole
Boi Carinhoso
Boi Estrela
Boi de Aço
Boi Dourado
Boi da Cara Preta
Boi Charmoso
Boi Malhado
Boi Vamp
Bloco Quem for Corno Venha
Bloco da Ema
Bloco Minhoca Troncha
Sambão Maravilha
Bloco Cacareco
Sambão Axé Olodum
Bloco Desperta a Preguiça
Bloco Boi do Ceep
Bloco Bonado Alegre
Bloco Pere aí que vou atrás

627
L ista dos grupos folclóricos, teatrais e bandas d e Paudalho

Bloco de Máscara Brincantes


Bloco Maria Lavadeira
Bloco Mangue Boy Malungo
Bloco das Donzelas
Bloco do Camelô
Bloco Os Disfarçados
Bloco Muito Estranho mas Insistente
Bloco Boneco na Folia
Bloco O Bimbão
Bloco Cavalo Babau
Bloco Urso Brando
Bloco O Pinto da Madrugada
Bloco do Quiabo
Bloco Califa na Folia
Capoeira Axé Brasil
Grupo de Capoeira Juventude
Grupo de Capoeira Raízes de Cabeça de Ferro
Capoeira Brasileira
Grupo Parraxaxá
Quadrilha Junina Rosa Linda Adulta
Grupo Artístico e Cultural e Quadrilha Junina na Emenda Show
Quadrilha Junina Mastruz com Leite
Quadrilha Junina Menina Flor
Quadrilha Junina Forró Baião Nordestino
Quadrilha Junina Mandacaru Show
Quadrilha Junina Esquadrilha
Quadrilha Junina Rosa Linda Infantil
Quadrilha Junina Fogo no Pé
Quadrilha Junina Explosão Brasílica
Quadrilha Junina Raio de Luar
Quadrilha Junina Balanço Missionário
Quadrilha Junina Flor da Mata
Repentista Linda Flor do Mamulengo
Pastoril Linda Flor do Mamulengo
Repentista Zaminho
Caboclinhos Mirim Anambé
Caboclinho Urubá
Clube Cruzeiro do Sul
Clube Estrela do Paudalho
Clube Lenhadores do Paudalho
Maracatu Cambinda Estrela
Maracatu Infantil Canarinho
Maracatu Leão do Norte

628
L ista dos grupos folclóricos, teatrais e bandas d e Paudalho

Maracatu Leão Formoso


Maracatu Leão Teimoso
Maracatu Leão Vencedor
Urso Faceiro
Manifestação Artística
Cia. De Teatro Cascabulho
Cia. de Danças Avulsa
Cia. De Teatro Mulambart
Grupo Teatral Paunarte (Paudalho na Arte)
Cia. De Teatro Semente do Itaíba
Sociedade de Cultura Artística 22 de Novembro (Banda Musical)
Banda Filarmônica Assum Preto
Banda Limão com Alho - Forró Pé de Serra
Fonte: Inventário do Patrimônio Cultura, Fundarpe, 2005.

SÃO LOURENÇO DA MATA

Entre os eventos populares e religiosos são comemoradas no


município as seguintes festas:

• Festa do Padroeiro São Lourenço Mártir, em 10 de agosto;

• Festa do Pau-Brasil;

• Festa de Santo Antônio;

No carnaval ocorre a apresentações folclóricas entre elas a do urso


branco de Cangaçá e de caboclinhos.

No artesanato destaca-se a confecção de produtos em cerâmica,


tecidos, madeira, materiais recicláveis, cestaria e trançado. Na gastronomia
o suflê de taioba, o pão de jesus e o Bolo de farelo são típicos da região.

MORENO

No município de Moreno não consta nenhum registro imaterial


específico. Não existe nenhuma legislação específica em Moreno de
Proteção ao Patrimônio Cultural. Porém, durante levantamento realizado na
Secretaria de Cultura e na Secretaria de Turismo fomos informados que o
Bolo Souza Leão é considerado como Patrimônio Imaterial de Moreno. O
Bolo de Souza Leão está registrado como Patrimônio Imaterial pela
FUNDARPE, sendo originário do município de Jaboatão. Os limites territoriais

629
de Jaboatão integravam o município de Moreno, no qual o território foi
desmembrado em 11 de setembro de 1928.

Figura 366- Bolacha Peixinho produzida na Hiper Panificação do Moreno.


Fonte: Acervo Arquolog Pesquisas, 2011

Além do Bolo Souza Leão, a bolacha denominada “peixinho” é


tradicional do município de Moreno (conforme a foto a seguir). Segundo
Jonathan Couto, da diretoria de turismo de município, a bolacha é típica do
município, porém a receita da bolacha sofreu modificações ao longo dos
anos permanecendo apenas a forma. A bolacha é vendida nas padarias da
cidade.

Durante o levantamento de dados no município não foram localizadas


maiores informações a respeito da bolacha.

No Inventário da Oferta Turística de Pernambuco, realizado em 2001


pela EMPETUR/SEBRAE, constam como gastronomia típica: buchada, caldo
de cana, carne de bode, carne de sol, cocada, galinha de cabidela, mão de
vaca, mel de engenho e sarapatel.

Em relação a artesanato, estão cadastrados na AD DIPER (Agência de


Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) 80 artesãos no município,
sendo que apenas 10 são atuantes. Eles integram a AMARTE – Associação
dos Artesãos de Moreno, existindo ainda a Associação das mulheres do
Engenho Pinto. No geral são produzidos panos de prato, cestas, rendas,
bordados, trabalhos em madeira, onde as esculturas em madeira são
destaque, entre outros.

Além dos artesãos o município conta com Cadastro de Grupos


Culturais de teatro, de capoeira e danças. Os grupos de dança realizam

630
apresentação de danças típicas da cultura popular como o frevo, maracatu,
caboclinho, coco de roda, xaxado, baião, ciranda, forró, entre outras. Maria
do Carmo Ratis, coordenadora do grupo de dança Artefatos criado em 2002,
informou que o grupo realiza apresentações de danças populares em todo o
estado conforme apresentado nas figuras a seguir. Em 2002 também foi
criado o Bloco de Carnaval Flor de Eucalipto (conforme a foto a seguir).
Tanto o Artefatos quanto o Bloco Flor de Eucalipto foram fundados por João
Pereira Filho. O município conta ainda com diversas bandas de música. Os
bacamarteiros e as quadrilhas juninas se destacam no ciclo junino.

Figura 367- Desfile do Bloco da Saudade Figura 368- Apresentação de frevo do Grupo
juntamente com o Bloco Flor de Eucalipto. Artefatos.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.

Ainda em relação às manifestações culturais, na época do


funcionamento da fábrica de tecidos, “Societé Cotonniere Belge-
Brasiliense”, existia o Bloco Operário. A Sra. Maria do Carmo Ratis cedeu
fotos, do século XX, dos eventos de Moreno. Ela resgatou o material do lixo.
As fotografias estão identificadas, em sua maioria, como sendo de Gerôncio
Fotografias. A maior parte das fotografias é da época da gestão do Prefeito
Osias Mendonça (1973-1977) (conforme as fotos a seguir).

Figura 370- Fotografia do carnaval de Moreno


Figura 369- Desfile de 7 de setembro em
sem data com inscrição: "Pref. Osias
Moreno. Fotografia com data de 1943 inscrita
Mendonça faz o povo vibrar com
no verso e com carimbo com referência do
vassourinhas e bloco operários". Carimbo
fotógrafo: Gerôncio Fotografias.
com referência: Gerôncio Fotografias.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.

631
Figura 371- Bloco do Boi Pintado do Alto da Liberdade.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.

Na Secretaria de Eventos, Cultura e Desporto o assessor de desporto,


Marcone Gomes, informou sobre o calendário de Eventos Culturais de
Moreno. São eles:

• Na primeira semana de janeiro ocorre a Festa dos Santos Reis no


Distrito de Bonança;

• No Carnaval ocorre na terça-feira o Banho de Eucaliptos, que é


realizado no Pátio de Eventos Radialista Valdemir Silva, onde
ocorrem apresentações de grupos folclóricos e de orquestras de
frevo; no carnaval vários blocos de rua se apresentam na cidade
como o Bacalhau do Beto, fundado em 1981, o Bloco A Burra, Bloco
Lero Lero, Bloco Alternativa Legal, Bloco do Jacaré, o Bloco do
Batata, o Bloco da Moreneta (conforme as fotos a seguir). Também é
realizado, desde 1984, o Baile Municipal de Moreno que ocorre no
Societè Esporte Clube, na Praça da Bandeira.

Figura 372- Apresentações de grupos Figura 373- Carnaval de Moreno na década de


folclóricos no período carnavalesco na década 70.
de 70.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.

632
Figura 374- Mini estandartes dos Blocos "A Figura 375- Apresentação do Bloco Flor de
Burra" e "Bacalhau do Beto" que participaram Eucalipto em 2011.
do carnaval de Moreno em 2011.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.
• Na Semana Santa ocorre na Praça da Paixão à apresentação da
Paixão de Cristo realizada pelo grupo Cia do Capibaribe;

• Festas Juninas com apresentações de quadrilhas matutas e grupos


de forró pé-de-serra;

• Em agosto ocorre a FESTUDANTE, três dias de eventos em


comemoração a semana do folclore e dia do Estudante;

• Entre Agosto e Setembro ocorre a Cavalhada América;

• Em setembro o desfile cívico de 7 de setembro é realizado na cidade


(conforme as fotos a seguir). Em 11 de setembro é comemorada a
emancipação de Moreno;

• No final do mês de setembro é realizado o carnaval fora de época,


“A Moreneta”, onde os dois primeiros dias de festa ocorrem nas ruas
e o terceiro no Clube Societè, na Praça da Bandeira.

Figura 376- Festa em comemoração à Figura 377- Desfile de 7 de setembro do ano


Emancipação de Moreno, em 11 de setembro de 1973. Bandeira do município de Moreno.
de 1976.
Fonte: Acervo Maria do Carmo Ratis.
• Outubro ocorre eventos relacionados ao Dia das Crianças;

633
• Novembro, Missa de Finados onde ocorre a celebração de duas
missas na Igreja Matriz, às 7:00hs e às 17:00hs;

• Entre 29 de novembro e 8 de dezembro ocorre a Festa da Imaculada


Conceição, padroeira do município;

• Na primeira semana de dezembro ocorrem as cantatas natalinas no


Casarão do Engenho Catende e no final do mês as festividades de
fim de ano.

• Ainda em relação ao patrimônio imaterial, pelo menos até a década


dos anos 1950/60, em Moreno (Zona da Mata) foi bem conhecida a
Pedra Caiada. Segundo relatos da população local, a pedra se
destacava pela presença de uma forma nela esculpida, identificada
como uma pegada. Aquilo que bem poderia se tratar de uma
gravura rupestre, foi associado, pela interpretação popular, aos
mitos do sebastianismo. Segundo a crença local, alguém cuja
pegada correspondesse integralmente à forma na pedra faria com
que a pedra se abrisse, dando acesso às riquezas de um Reino
encantado que a partir de então estaria liberto.

• Ainda segundo relatos populares, a pedra fora caiada e servia de


local de romaria até quando, durante as obras de abertura da BR
232 a pedra foi dinamitada.

JABOATÃO DOS GUARARAPES

Em relação ao Patrimônio Imaterial específico de Jaboatão dos


Guararapes é considerado pela Assembleia Legislativa do Estado de
Pernambuco o Bolo de Souza Leão. Em processo de análise se encontra a
Festa da Pitomba ou Festa de Nossa Senhora dos Prazeres, festividade
religiosa e profana que ocorre nos Montes Guararapes.

Estes dois patrimônios imateriais registrados na Esfera Estadual são


sintetizados a seguir:

Jaboatão dos Guararapes – Patri m ôni o Im ateri al - Ní v el Estadual (FU NDARPE)

NOME: Bol o Souza Leão


ESTADO: Pernambuco
MUNICÍPIO: Jaboatão dos Guararapes
Nº 357/2007 (Lei de autoria do deputado Pedro Eurico,
sancionada pelo Governador do Estado de
LEI:
Pernambuco, Eduardo Campos) (Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco).
DATA: 22/05/2008.
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:

Receita criada por Rita de Cássia Souza Leão Bezerra Cavalcanti, do engenho

634
Jaboatão dos Guararapes – Patri m ôni o Im ateri al - Ní v el Estadual (FU NDARPE)
São Bartolomeu, em Muribeca. Alguns ingredientes do Souza Leão, originalmente
europeus, foram substituídos: o trigo pela massa de mandioca e a manteiga
francesa, por manteiga feita na cozinha do engenho. A primeira notícia histórica de
que se tem do Bolo foi em 1859, quando a família Souza Leão serviu o quitute
regional ao imperador D. Pedro II, que estava em viagem pelo estado.
Festa da Pitomba, Festa de Nossa Senhora dos
NOME:
Prazeres.
ESTADO: Pernambuco
MUNICÍPIO: Jaboatão dos Guararapes
LOCAL: Parque Histórico Nacional dos Guararapes
DATA: Nos primeiros 10 dias após a Semana Santa
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:

Festa religiosa e popular realizada nos Montes Guararapes em homenagem a


Nossa Senhora dos Prazeres. A origem da festa remonta ao período da ocupação
holandesa em Pernambuco, quando a partir da aparição da virgem , o comandante
das tropas brasileiras, General Francisco de Menezes, mandou edificar uma capela
em homenagem à vitória das duas batalhas contra os invasores holandeses. Em 8
de novembro de 1656, consta registro de autorização para a entrega da Capela à
ordem beneditina de Olinda com a ressalva “neste altar deverá ser celebrada missa
todos os dias santos, e todos os anos deverá exaltar Nossa Senhora dos Prazeres,
com grandes festejos e muita pompa...”. A Festa é comemorada até os dias atuais, e
é conhecida popularmente com Festa da Pitomba, por acontecer na época da safra
da fruta, que é comercializada durante a Festa 158.

Em relação ao Patrimônio Vivo de Jaboatão dos Guararapes consta


nos registros de 2006 a Índia Morena, Margarida Pereira de Alcântara,
profissional da arte circense. É considerada a maior contorcionista
pernambucana. Nascida no Recife, em 13 de julho de 1943, tem 58 anos de
carreira. Natural do bairro de Afogados, Vila São Miguel, iniciou a carreira
com 10 anos de idade. Atualmente, não atua mais como contorcionista, mas
lidera o Gran Londres Circo ao qual é proprietária.

Durante levantamento de dados na Prefeitura Municipal dos Jaboatão


dos Guararapes, o Mestre Saúba, José da Silva, artesão de brinquedos
também é referência para o município, embora não esteja registrado
oficialmente com Patrimônio Vivo. O mestre fabrica brinquedos populares
artesanais, tais como: borboletas, rói-róis, manés gostosos e ratinhos
(conforme as fotos a seguir). Trabalha em oficinas na Fundação Joaquim
Nabuco.

158
FUNDAJ. Regina Coeli Vieira Machado. Festa da Pitomba. Disponível
em>http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=451&Itemid=185 , acesso 07/12/2011;

635
Figura 378- Ratinhos, brinquedos populares Figura 379- Manés-gostosos, brinquedos
comercializados no Mercado de São José. populares comercializados no Mercado de São
Data: 17/11/2011. José. Data: 17/11/2011.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Apesar de não registrados, no Inventário da Oferta Turística de


Pernambuco, município do Jaboatão dos Guararapes, foram inventariadas as
seguintes categorias de bens imateriais:

• Agremiações Carnavalescas: Associação Carnavalesca das


Agremiações do Jaboatão dos Guararapes, Bloco Carnavalesco
Príncipe dos Príncipes, Boi da Cara Branca, Caboclinhos Canindé de
Cavaleiro, Caboclinhos Carijós Mirins, Caboclinhos Tupi, Caboclinhos
Tupi Oriental, Caboclinhos Tupi Paranaguáses, Clube C. M. as Burras
do Abdias, Clube C. M. A Arte do Circo, Clube C. M. Arrasta Tudo,
Clube C. M. Gato Preto, Escola de Samba Águia Dourada, Escola de
Samba Unidos da Mangueira, G.R.E.S. Acadêmico do Jordão,
Maracatu Almirante do Socorro (Rural), Maracatu Cambida Estrela
(Baque Virado), O Boi do Alexandre, T. C. M. A Turma da Macaca. T.
C. M. Águia Dourada, T. C. M. Bagagem da Folia, T. C. M. Birinaite
em Folia, T. C. M. Boneco Jovem, T. C. M. Divinas e Maravilhosas da
Muribeca, T. C. M. Dó, Ré, Mi, Fá, T. C. M. O Agente Funerário em
Folia, T. C. M. Sarapó no Seco Anda, T. C. M. Tira Teima em Folia, T.
C. M. Zé Pereira (Jaboatão dos Guararapes), T. C. M. Boi Estrela,
Tribo de Índio Pele Vermelha, Urso Língua de Ouro (Jaboatão dos
Guararapes, Urso Pólo Sul, Urso Velho de Angola;

• Festas Populares e Religiosas: Carnaval (Jaboatão dos Guararapes),


Carnaval da Ilha do Amor, Ciclo Junino, Festa da Pitomba – Festa de
Nossa Senhora dos Prazeres, Festa de Iemanjá, Festa de Oxúm,
Festa de Santo Amaro;

• Folclore: Blocos Carnavalescos, Bois de Carnaval, Caboclinhos,


Clubes de Frevo, Maracatu Nação ou Baque Virado, Troças e Ursos
de Carnaval;

• Artesanato: em madeira, papel, cerâmica e escultura de pedra;

636
• Comidas típicas: Agulha frita, Buchada, Camarão, Carangueijo,
Galinha de Cabidela, Guaiamum, Lagosta, Mão-de-vaca, Peixada,
Sarapatel, Sururu;

CABO DE SANTO AGOSTINHO

No município de Cabo de Santo Agostinho não foi localizado registro


de bem imaterial no município na esfera federal e estadual.

Merece destaque na cultura imaterial do município a Festa da


Lavandeira, o coco de roda de Pontezinha, os licores e doces caseiros,
principalmente a passa de caju. A Festa da Lavadeira é uma festa religiosa
realizada todo dia 1 de maio, na Praia do Paiva. A festa teve origem em
1987 quando a escultura de uma lavadeira foi colocada em frente a uma
casa na Praia do Paiva. A comunidade local se apropriou da escultura
passando a visita-la e levar oferendas para a mesma. Existem lendas e
mitos a respeito da lavadeira.

A festa, realizada desde a década de 80, começou quando a escultura


de uma “lavadeira”, feito pelo artista plástico Ronaldo Câmara, foi
comprada pelo administrador de empresas Eduardo Melo, para colocar em
frente à sua casa na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul
de Pernambuco. A escultura começou atrair a atenção e o fascínio da
comunidade local. Segundo os moradores, a estátua, nominada de
“mulher”, exalava perfume e acompanhava com o olhar as pessoas que
passavam por ela em certas noites. A partir daí a comunidade nativa,
composta majoritariamente por tiradores de côco, pescadores, jardineiros e
donas de casa, a estátua foi identificada como sendo Iemanjá, a vaidosa
orixá rainha das águas. Começaram, então, a realizar encontros próximos a
escultura, fazer pedidos e oferecer-lhe oferendas. 159

A tradicional dança do coco também é um importante elemento


imaterial do município do Cabo de Santo Agostinho-PE. O coco de
Pontezinha é o mais conhecido.

Em relação à gastronomia além dos frutos do mar típicos da região


(Peixes, camarões, caranguejo, sururu, marisco, entre outros) os licores e
doces caseiros vendidos em barracas de rua nas áreas de praia são famosos
na região conforme a foto abaixo. São doces e licores de frutas regionais
produzidos artesanalmente. A passa-de-caju é um dos doces mais
procurados.

159
SOUZA, Ana Catarina Calixto de. Evento Cultural: a impotância de Festa da Lavadeira para
o turismo e para a cultura popular de Pernambuco. In Encontro de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Faculdade Senac, 27 e 28 de outubro de 2010. Disponível em:
www.pe.senac.br/ascom/faculdade/Anais.../024_2010_ap_oral.pdf . Acesso em: 14/12/2011.

637
Figura 380- Detalhe dos licores caseiros com sabor de frutas regionais.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Em relação à gastronomia além dos frutos do mar típicos da região


(Peixes, camarões, caranguejo, sururu, marisco, entre outros) os licores e
doces caseiros vendidos em barracas de rua nas áreas de praia são famosos
na região. São doces e licores de frutas regionais produzidos
artesanalmente. A passa-de-caju é um dos doces mais procurados.

• PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO

Segundo o IPHAN, o Patrimônio Histórico Cultural pode ser definido


como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e
importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a
sociedade. Exemplos de patrimônios paisagísticos no Brasil são: os Lençóis
(MA), Serra do Curral (MG), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora
Aparecida (MS) e o Corcovado (RJ) 160.

O Decreto-lei nº 25 de 30 de novembro de 1937 equipara o


patrimônio natural ao patrimônio histórico e artístico nacional, tornando
monumentos naturais como Jardins e Paisagens, bem como os bens
agenciados pela indústria humana, como os parques, passíveis de
tombamento, uma vez que o objetivo seja conservar e proteger a feição
notável que possuam. Um jardim histórico é uma composição arquitetônica
e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta, um
interesse público e como tal é considerado monumento 161. No estado de
160
BRASIL Patrimônio Material e Imaterial. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/patrimonio/patrimonio-material-e-imaterial/print.
Acesso em 20/10/2011.
161
IPHAN. Jardins Históricos, Parques e Paisagens. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=12314&sigla=Institucional&r
etorno=detalheInstitucional, acesso em 20/10/2011.

638
Pernambuco os os bens de patrimônio paisagístico tombados pelo IPHAN
são:

• Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Olinda;

• Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico do antigo Bairro


do Recife;

• Conjunto paisagístico do Sítio da Trindade, Estrada do Arraial n°


3250;

• Casa de Gilberto Freyre - Vivenda Santo Antônio de Apipucos,


edificações e sítio paisagístico ao seu redor.

O Patrimônio paisagístico profuso na AII, na realidade se sobressai


como paisagem valorizada. Facilmente a população consultada elenca um
número significativo de locais de interesse paisagístico. Tais áreas atraem
turistas para a região.

PAUDALHO

Os atrativos paisagísticos de Paudalho 162 são:

• Olho D’água Milagrosa – São Severino dos Ramos

• Açude do Zumbi

• Bica de Mussurepe – Usina Mussurepe

• Barragem do Orá - COMPESA

• Rio Capibaribe

• Mata de São João

• Mata de Chã Alegre (trilhas para cavalgada e motocross)

SÃO LOURENÇO DA MATA

A consulta realizada na Prefeitura Municipal de São Lourenço da Mata,


e em particular a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, as
únicas referências a atrativos ambientais/paisagísticos mencionados foram

162 Fonte: Cadastro Patrimonial de Paudalho, 2005. Prefeitura Municipal do Paudalho –


Secretaria municipal de cultura e esportes.

639
a Barragem de Tapacurá e Reserva do Pau-Brasil, porém durante
levantamento foram localizadas referências 163 dos seguintes bens:

• Reserva Ecológica Mata Tapacurá (Estação Ecológica do Tapacurá)

• Reserva Ecológica Mata do Engenho Tapacurá

• Reserva Ecológica Mata do Toró

• Reserva Ecológica Mata Camucim

MORENO

Já se perde no tempo a paisagem dos canaviais ondulando sobre os


morros coroados pelas matas no topo que acompanhava a velha estrada
entre Jaboatão e Moreno. Perde-se também no tempo a imagem das matas
de eucalipto que envolvia a cidade de Moreno, conferindo ao ambiente um
delicado odor que caracterizava a cidade.

O Patrimônio paisagístico profuso na AII, na realidade se sobressai


como paisagem valorizada.

No Inventário da Oferta Turística de Moreno pode-se observar um


novo retrato da paisagem valorizada, com apelos voltados aos atrativos
naturais como, por exemplo, as cachoeiras e as reservas da Mata Atlântica
ali ainda presentes.

No Diagnóstico de potencialidade agro-ecoturística do Município de


Moreno 164, realizado pela APECO – Associação Pernambucana de Ecoturismo
consta os seguintes atrativos naturais:

• Bacias Hidrográficas dos rios Capibaribe, Jaboatão e Pirapama,


composta pelos rios Jaboatão, Ararina, Buscaú, Várzea do Uma,
Carnijó e Duas Unas, e ainda os açudes Furnas, Paris, Capim Açu,
Caraúna, Pacová, São Salvador.

• Nascente do Engenho Fortaleza

• Nascentes do Engenho Uma

• Rio Gurjaú

• Rio Jaboatão

163
Fonte: http://www.ajaconsultoria.com.br/pdf/produto4.pdf
164
Fonte: Diagnóstico de potencialidade agro-ecoturística do Município de Moreno, realizado
pela APECO – Associação Pernambucana de Ecoturismo.

640
• Riacho do Engenho Timbó

• Cachoeira de Engenho Brejo

• Cachoeira do Engenho Seva

• Cachoeira Camaçari

• Bica do Engenho Floresta

• Mata de Caraúna

• Mata do Engenho Moreninho

• Mata do Engenho Jardim

• Mata da Serra do Cotovelo

• Mata da Serra do Cumarú

• Mata do Sistema Gurjaú

• Reserva Ecológica Mata do Engenho Moreninho

• Reserva de Carnijó

• Trilha Ecológica do Engenho Pocinho

JABOATÃO DOS GUARARAPES

Os atrativos paisagísticos do Município de Jaboatão dos Guararapes 165


são:

• Ilha do Amor

• Praia de Barra de Jangada

• Praia de Candeias

• Praia de Piedade

• Parque Histórico Nacional dos Guararapes – Mirante André Vidal de


Negreiros

165
Fonte: http://www.ajaconsultoria.com.br/pdf/produto4.pdf

641
• Lagoa Azul

• Reserva Ecológica Mata de Jangadinha

• Reserva Ecológica Mata de Manassu

• Reserva Ecológica Mata de Mussaíba

• Reserva Ecológica Mata do Engenho Salgadinho

• Reserva Ecológica Mata do Sistema Gurjaú

CABO DE SANTO AGOSTINHO

Os atrativos paisagísticos do Município do Cabo de Santo Agostinho 166


são:

• Praia do Paiva

• Praia de Itapuama

• Praia Pedra do Xaréu

• Praia de Enseadas dos Corais

• Praia de Gaibu

• Praia de Calhetas

• Praia do Paraíso

• Praia de Suape

• Mata Atlântica

• Reserva Ecológica do Paiva

• Reserva Ecológica de Contra Açude

• Reserva Ecológica Mata do Urucu

• Reserva Ecológica Mata da Serra do Cotovelo

166
Fonte: http://www.cabo.pe.gov.br/

642
• Reserva Ecológica Mata do Cumaru

• Reserva Ecológica Mata do Sistema Gurjaú

• Reserva Ecológica Mata do Bom Jardim

• Mirante da Pedra da Pimenta

• Mata do Zumbi

• Mata do Camaçari

• Mata Duas Lagoas

• PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

Ao se abordar um espaço geográfico específico, tendo em vista o processo


de ocupação e dispersão de populações humanas ao longo do tempo,
algumas questões precisam ser esclarecidas. Primeiramente, é importante
observar que compartimentar informações relativas a este processo em
função de limites geopolíticos atuais é praticamente impossível. Por outro
lado, diferenças ambientais podem afetar direta e indiretamente o processo
de ocupação de um determinado espaço físico. A intensidade e a
diversidade deste processo dependem do conhecimento tecnológico,
interesses, objetivos, crenças, e disponibilidade dos recursos locais, uma
vez que diferentes ecossistemas interferem na interação entre uma
população e o meio físico com o qual se depara, conduzindo assim a adoção
de diferentes estratégias.

No caso específico de projetos de avaliação preventiva de áreas, opta-se por


considerar a área de estudo com base em limites geopolíticos atuais, por
uma questão meramente operacional. Assim, em função da definição da
área que será afetada direta e indiretamente pelo Projeto do Arco
Metropolitano do Recife, foi estabelecida como área de estudo o território
dos municípios de Paudalho, São Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos
Guararapes e Cabo de Santo Agostinho.

A caracterização do patrimônio arqueológico da área em estudo foi


realizada através do levantamento de dados secundários, com base em
fontes da documentação textual (fontes bibliográficas) e dados cadastrais
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e
Prefeituras locais.

643
No IPHAN, além dos registros que se encontram disponibilizados online,
foram consultadas fichas de sítio e relatórios de pesquisa que já foram
liberados pelo órgão, mas que ainda não foram digitalizados no sistema. A
Consulta a este acervo, no Setor de Arqueologia Superintendência do IPHAN
em Pernambuco, contou com o apoio da arqueóloga Elenita Rufino que
selecionou o material relativo à área de interesse, viabilizando a coleta dos
dados necessários.

Consultou-se ainda a base de dados do Laboratório de Arqueologia da


Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que registra os sítios e
ocorrências arqueológicas localizados por aquela equipe incluindo aqueles
registos que constam ainda da base de dados do IPHAN online. Foram
também coletadas Informações orais em campo, tendo em vista a
localização de novas evidências e de ocorrências que não teriam sido ser
observadas, mas que poderiam vir a ser resgatadas durante a realização do
projeto de resgate.

Salienta-se que esta distribuição de sítios entre os municípios que compõem


a AII do empreendimento, não pode ser relacionada com o potencial
arqueológico, mas com a intensidade das pesquisas que vem sendo
desenvolvidas em cada território. Observa-se, por exemplo, o caso do Cabo
de Santo Agostinho, onde o alto número de sítios identificados que ainda
não constam no CNSA, reflete a intensificação das pesquisas na área
decorrentes do licenciamento dos empreendimentos do CIPS e sua
infraestrutura circundante.

PAUDALHO

O sítio arqueológico localizado em Paudalho que consta no Cadastro


Patrimonial do Município realizado em 2005 167, apresenta informações vagas
a respeito do achado de vasilhames de cerâmica indígena na região de
Miritiba, na comunidade Chã do Conselho (conforme o quadro abaixo).
Durante a prospecção no município, realizada em 2008 168, recebemos
informações mais detalhadas a respeito do achado arqueológico. Segundo
informações do então Secretário de Cultura de Paudalho, Eduardo Freitas,
foram localizados nesta região vários recipientes cerâmicos de provável
origem indígena. Ele informou que dois recipientes encontra-se com o Sr.
Gilson Pereira.

167
Inventário do Patrimônio Cultural, Fundarpe, 2005 – Miritiba – Antigo Assentamento
Indígena, Engenho Aldeia.
168
Estudo de Impacto Ambienta e Relatório de Impacto Ambiental do empreendimento
Adequação de Capacidade (Duplicação) da Rodovia BR-408, entre o entroncamento com a
rodovia BR-232 (Curado) e o entroncamento com a rodovia PE-005 (Bicopeba). Consulplan
Engenharia e Arquitetura. Recife: 2009.

644
Quadro 107 - Localização do sitio em Chã do Conselho, que ainda não consta no Cadastro do
IPHAN (CNSA).
Coordenad as ( U TM- S AD6 9 BRAZI L /I BGE )
Nome d o S ít io Alt it u d e Dat a
Zon a L est e Nort e
Miritiba 25M 265685,778 9131490,049 221,949m 16/10/2008

• Informações orais

O Sr. Gilson Pereira informou que as panelas foram encontradas numa


jazida de areia, nas proximidades da comunidade de Chã do Conselho, em
área conhecida por Miritiba, onde a história registra ter havido um
aldeamento. Esse areeiro pertencia ao Sr. Bartolomeu Cavalcanti, que foi
prefeito de Paudalho. Durante escavações com máquinas na área foram
encontradas várias panelas, as quais o mesmo não teve oportunidade de
ver, mas o Sr. Bartolomeu as levou para sua casa e deu várias panelas a sua
filha, que as utilizou como “caqueiras” para plantas. As duas panelas que
estão com o Sr. Gilson foram dadas por um dos filhos desta senhora a um
amigo dele que, ao mudar-se para o Recife as deu como presente. Ele
preserva os recipientes em sua casa, mas não tem nada que as identifique
ou estabeleça a data ou período de sua confecção. O contato com o Sr.
Gilson foi realizado por telefone, ele enviou algumas fotos por e-mail. Tudo
indica que o vasilhame 01 (conforme as fotos a seguir) seja da tradição
ceramista Tupiguarani, porém a identificação realizada por fotografia é
precária. Em relação ao segundo, a forma é desconhecida. Apenas uma
análise mais detalhada, em laboratório, poderá indicar a origem e
cronologia de ambos recipientes.

Figura 381- Recipientes cerâmicos pré- Figura 382- Local onde foram localizados
históricos localizados no Sítio Miritiba. Os recipientes cerâmicos indígenas, segundo
recipientes se encontram com o Sr. Gilson informações orais.
Pereira.
Fonte: Gilson Pereira Fonte: Arqueolog Pesquisas, 2008.

Em campo, verificou-se a ocorrência isolada de um fragmento de grès


cerâmico no município de Paudalho. O material arqueológico histórico foi
localizado em área de canavial na margem de estrada não asfaltada que
cortou o terreno:

645
Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:

Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69


PE0721 LA/UFPE OI
BRAZIL/IBGE))
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
Paudalho- ARCO103
Município: 25M 270735,434 9120548,535
PE
Data: 13/12/2011
Ocorrência Isolada século XIX/XX.
Altitude: 62,851 m

Figura 383- Panorâmica do PE0721 LA/UFPE OI.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

O material arqueológico registrado no PE 0721 LA/UFPE OI consiste na


ocorrência isolada de um fragmento de bojo de garrafa em grés, do “tipo
alemão” (fotos a seguir). Esta garrafa pode ter sido produzida na Alemanha
ou na Holanda no século XIX.

Figura 384- Parte externa da peça em grès Figura 385- Parte interna da peça em grès
cerâmico. cerâmico.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

646
SÃO LOURENÇO DA MATA

No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA-IPHAN) constam cinco


(5) sítios pré-históricos registrados. Além dos contidos no CNSA, existem dez
(10) sítios arqueológicos localizados pelo Laboratório de Arqueologia da
UFPE, sendo dois dos sítios caracterizados como pré-históricos, sete sítios
históricos e um sítio pré-histórico e histórico.

Dos quinze (15) sítios identificados apenas um (01) está localizado na ADA
do empreendimento, o PE 0557 LA/UFPE, nas terras do Engenho Tapacurá.
Trata-se de uma ocorrência arqueológica histórica denominada Casa de
Pedra que será detalhada no item referente à ADA. A distribuição percentual
em função da sua categoria mostra-se na figura abaixo.

6,7%

46,7%

Histórica

Pré-Histórica

Pré-Histórica e Histórica

46,7%

Figura 386- Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e não constantes
no CNSA no município de São Lourenço da Mata.

Foram levantados para o município de São Lourenço da Mata, os registros


que constam no CADASTRO NACIONAL DE SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS, até a
data de encerramento do diagnóstico do EIA em fevereiro de 2012 conforme
apresentado no quadro a seguir. Foram também levantados os registros de
sítios arqueológicos identificados por outros estudos na Área de Influência
do Empreendimento, mas que ainda não constam no CNSA (quadro a
seguir).

647
Quadro 108 - Descrição dos sítios arqueológicos localizados no Cadastro do IPHAN (CNSA), no município de São Lourenço da
Mata -PE.

Nu m . d o sít io Nom e d o
Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
( CNS A) sít io
Sítio cerâmico a céu aberto localizado no topo de uma elevação.
Ocorrência de artefatos líticos lascado, lítico polido, cerâmico e outras
estruturas como: área de refugo, de lascamento, de combustão (fogueira,
forno, fogão), manchas pretas, buracos de estacas e fossas. A terra
atualmente está sendo utilizada como loteamento, sendo de propriedade
privada. Categoria Unicomponencial. Tipo Habitação (ocupação
permanente). Laboratório de
O Sítio Sinal verde é uma aldeia de grupos pré-históricos da Tradição Arqueologia da
PE00123 Sinal Verde Pré-Histórica
Ceramista Tupiguarani, constituída por seis concentrações de material Universidade Federal de
registradas pelo Laboratório de Arqueologia da UFPE como: PE 0085-Cm Pernambuco
(LA), PE 0086-Cm (LA), PE 0087-Cm (LA), PE 0088-Cm (LA), PE 0089-Cm
(LA), PE 0090-Cm (LA). Este sítio está localizado em Aldeia, atualmente
Município de Camaragibe-PE. Na época de sua localização e pesquisa esta
área integrava o Município de São Lourenço da Mata, mas atualmente após
modificações político-administrativas ocorridas no município foi
desmembrada, passando a integrar o Município de Camaragibe-PE
Sítio cerâmico a céu aberto, localizado em zona de mata secundária, no
topo de uma elevação. Situado em propriedade privada com terras
atualmente utilizadas para plantio. Ocorrência de estruturas de combustão
(fogueira, forno, fogão) e de artefatos lítico lascado e cerâmico. Categoria
Unicomponencial, Pré-Colonial. Tipo Habitação (ocupação permanente).
Aldeia Pré-histórica - Datação absoluta por C14 - 510 + 150 anos B.P. (Ba H
Laboratório de
- 1086-A). Material: cerâmica Tupi-guarani. Este sítio, se encontrava muito
Arqueologia da
PE00112 PE 93-Cm Pré-Histórica próximo aos sítios PE 94-Cm e PE 95-Cm sugerindo constituir uma aldeia
Universidade Federal de
pré-histórica de grupos ceramistas filiados à Tradição Tupiguarani. O
Pernambuco
material cerâmico encontrado nas três concentrações também se
apresentava compatível com a hipótese de se tratar de integrantes da
mesma aldeia, conforme revelava os trabalhos de campo e de laboratório
realizados pelo Laboratório de Arqueologia da UFPE. De acordo com as
datações obtidas, no entanto, os três registros não seriam
contemporâneos.

648
Nu m . d o sít io Nom e d o
Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
( CNS A) sít io
Sítio cerâmico a céu aberto, localizado em zona de mata secundária, no
topo de uma elevação. Encontra-se em terras privadas, atualmente
caracterizadas como devoluta. Ocorrência de estrutura de combustão
(fogueira, forno, fogão) e artefatos lítico lascado e cerâmico. Categoria
Unicomponencial, Pré-Colonial. Tipo Habitação (ocupação permanente).
Aldeia Pré-histórica - Datação absoluta por C14 - 2.130 + 400 anos B.P (Ba
Laboratório de
H - 1085-A). Material: cerâmica Tupiguarani.
Arqueologia da
PE00113 PE 94- Cm Pré-Histórica Este sítio se encontrava muito próximo aos sítios PE 93-Cm e PE 95-Cm
Universidade Federal de
sugerindo constituir uma aldeia pré-histórica de grupos ceramistas filiados
Pernambuco
à Tradição Tupiguarani. O material cerâmico encontrado nas três
concentrações também se apresentava compatível com a hipótese de se
tratar de integrantes da mesma aldeia, conforme revelava os trabalhos de
campo e de laboratório realizados pelo Laboratório de Arqueologia da
UFPE. De acordo com as datações obtidas, no entanto, os três registros não
seriam contemporâneos.
Sítio cerâmico a céu aberto, localizado em zona de mata secundária, no
topo de uma elevação. Tem as terras atualmente utilizadas para plantio,
encontrando-se em propriedade privada. Ocorrência de artefatos lítico
lascado, cerâmico e de estruturas de combustão (fogueira, forno, fogão).
Categoria Unicomponencial, Pré-Colonial. Tipo Habitação (ocupação
permanente). Aldeia Pré-histórica - Datação absoluta por C14 - 785 + 150
Laboratório de
ANOS B.P. (Ba H - 1087-A). Material: cerâmica Tupiguarani.
Arqueologia da
PE00114 PE 95-Cm Pré-Histórica Este sítio, se encontrava muito próximo aos sítios PE 93-Cm e PE 94-Cm
Universidade Federal de
sugerindo constituir uma aldeia pré-histórica de grupos ceramistas filiados
Pernambuco
à Tradição Tupiguarani. O material cerâmico encontrado nas três
concentrações também se apresentava compatível com a hipótese de se
tratar de integrantes da mesma aldeia, conforme revelava os trabalhos de
campo e de laboratório realizados pelo Laboratório de Arqueologia da
UFPE. De acordo com as datações obtidas, no entanto, os três registros não
seriam contemporâneos.
Sítio a céu aberto, localizado na parte plana de uma elevação. Trata-se de
parte de uma aldeia de grupos de agricultores-ceramistas. Encontra-se em
terras privadas e tem como atual uso da terra a plantação de pasto e Laboratório de
PE 107 - estrutura de fazenda. Ocorrência de artefatos cerâmicos. Categoria Arqueologia da
PE00107 Pré-Histórica
Cm Unicomponencial, Pré-Colonial. Tipo Acampamento. Universidade Federal de
Este sítio integra uma aldeia de grupos de horticultores pré-históricos da Pernambuco
Tradição Ceramista Tupiguarani, constituída por mais cinco concentrações
de material registradas pelo Laboratório de Arqueologia da UFPE como: PE

649
Nu m . d o sít io Nom e d o
Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
( CNS A) sít io
0082-Cm, PE 0083-Cm, PE 0084-Cm, PE 0092-Cm e PE 0110-Cm. O
conjunto está localizado em Aldeia, atualmente Município de Camaragibe-
PE. Na época de sua localização e pesquisa esta área integrava o Município
de São Lourenço da Mata, mas atualmente após modificações político-
administrativas ocorridas no município foi desmembrada, passando a
integrar o Município de Camaragibe-PE.

Quadro 109- Descrição dos sítios arqueológicos que ainda não constam no Cadastro do IPHAN (CNSA), no município de São Lourenço da Mata - PE.
Projet o
Nome d o sít io Cat eg oria Desc riç ão
/I n st it u iç ão
Laboratório de Arqueologia da
Ocorrência de fragmentos de cerâmica pré-histórica filiada a grupos de
PE 0077-Cm Pré-Histórica Universidade Federal de
horticultores portadores da Tradição Tupiguarani.
Pernambuco
Laboratório de Arqueologia da
Ocorrência de material arqueológico histórico superficial: cerâmica, faiança fina
PE 0078-Cm Histórica Universidade Federal de
sem decoração, fragmentos de telha.
Pernambuco
Ocorrência isolada de dois fragmentos de cerâmica filiada a grupo de
horticultores pré-históricos portadores da Tradição ceramista Tupiguarani. Laboratório de Arqueologia da
PE 0096-Cm Pré-Histórica Observação: Universidade Federal de
A área já havia sido perturbada, apresentando evidências de que a camada Pernambuco
superficial teria sido removida.
Laboratório de Arqueologia da
Ocorrência isolada de material arqueológico histórico: um fragmento de
PE 0097-Cm Histórica Universidade Federal de
cachimbo e um fragmento de garrafa.
Pernambuco
Ocorrência de material arqueológico histórico: fragmentos de cerâmica não
vitrificada, faiança fina sem decoração, faiança fina com decoração (Banded Laboratório de Arqueologia da
PE 0537
Histórica Ware - século XIX/XX) e grès (fragmento de garrafa do século XIX/XX). Os limites Universidade Federal de
LA/UFPE
da ocorrência foram georeferenciados de acordo com a distribuição espacial do Pernambuco
material arqueológico na superfície.
Sítio arqueológico histórico e pré-histórico. Material arqueológico histórico: uma
Laboratório de Arqueologia da
PE 0538 Pré-Histórica e peça lítica lascada com retoques nas extremidades e um fragmento lítico com
Universidade Federal de
LA/UFPE Histórica escotadura. Material arqueológico pré-histórico: um fragmento de base de
Pernambuco
garrafa de grés do século XIX/XX.
Laboratório de Arqueologia da
PE 0539 Ocorrência isolada de material arqueológico histórico: fragmento de garrafa de
Histórica Universidade Federal de
LA/UFPE grès do século XIX/XX.
Pernambuco

650
Projet o
Nome d o sít io Cat eg oria Desc riç ão
/I n st it u iç ão
Estrutura arqueológica Histórica localizada na propriedade do Engenho São João.
O que resta do primitivo engenho são as ruínas da Igreja, uma casa (ponto Laboratório de Arqueologia da
PE 0540
Histórica BR408-054) e fragmentos de cerâmica e faiança fina. A igreja possui base de Universidade Federal de
LA/UFPE
pedra, e foi erguida com tijolo batido e argamassa de barro. Atualmente Pernambuco
encontra-se em ruínas, tomada por vegetação.
Estrutura arqueológica histórica localizada na propriedade do Engenho Tapacurá.
Trata-se de uma casa construída em pedra, hoje apresentando remendos com
tijolo batido e argamassa de barro e areia. Atualmente reside na referida casa a
Sra. Inácia Alexandre da Silva e o Sr. Severino Mariano da Silva. Segundo os
Laboratório de Arqueologia da
PE 0557 moradores a casa era o local onde funcionava uma venda e onde era realizado o
Histórica Universidade Federal de
LA/UFPE pagamento dos funcionários. Informaram também o local onde existem vestígios
Pernambuco
de estruturas de uma antiga fábrica de açúcar mascavo e cachaça. Nesta área
foram encontrados fragmentos de cerâmica, faiança fina do século XIX/XX - Shell
Edged, Bandad Ware, Transfer, Flow Blue, porcelana, grès do século XIX/XX e
vidro.
Laboratório de Arqueologia da
PE 0558 Ocorrência de material arqueológico histórico: fragmentos de porcelana, faiança
Histórica Universidade Federal de
LA/UFPE grossa, faiança fina com friso e faiança fina sem decoração.
Pernambuco

651
MORENO

Até o momento não se tem registro oficial da presença de sítios


arqueológicos no Município de Moreno. Tal quadro, entretanto, reflete
provavelmente o baixo número de pesquisas específicas ali realizadas.
Certamente este quadro não condiz com as expectativas quanto à ocupação
da área por grupos humanos em momento anterior à ocupação colonial a
partir do final do século XVI. A ausência de informações quanto à presença
de vestígios materiais de ocupações pré-históricas contrapõe-se às questões
relacionadas às condições ecológicas associadas ao universo cultural dos
grupos de cultivadores que povoaram o nordeste brasileiro; contrapõe-se
ainda ás informações registradas pelos primeiros cronistas cuja síntese é
expressa no mapa de Curt Nimuendaju. Naquele mapa está assinalada a
ocupação contínua do litoral pernambucano, nos séculos XVI e XVII, numa
faixa que extrapola o atual território de Morenos.

A ausência de sítios arqueológicos na área não condiz com a expectativa


que se tem, considerando sua configuração ambiental marcada por rico
manancial hídrico. Além das condições propícias para o estabelecimento de
uma população, ocorrências arqueológicas que foram registradas (ver
Anexo 9) em municípios vizinhos apontam o potencial da área. A explicação
para a ausência destas evidências, em particular no que se refere à
ocupação do espaço por populações pré-históricas, deve estar,
provavelmente, relacionada ao fato da área ter sido pouco estudada
arqueologicamente até então.

No que se refere ao considerado período histórico, que corresponde ao início


da colonização portuguesa até os dias atuais, pode-se afirmar que grande
parte das estruturas construídas ao longo dos anos, desapareceu ou se
encontra arruinada. Assim pouco restou das primeiras fábricas de açúcar,
de seu maquinário engenhoso, à tração animal, das estruturas das rodas
d’água que moviam os cilindros da moagem. Estruturas não apenas das
moitas, mas das casas grandes e senzalas, das casas de purgar, dos portos
fluviais com suas barcaças, que nem todos os rios comportavam; enfim, do
complexo açucareiro, nos seus tempos mais recuados, bem como na
retomada industrial do século XIX.

Em Moreno algumas destas estruturas ainda estão presentes, algumas


preservadas, outras arruinadas como se pode ver no levantamento
realizado. Estruturas que no mínimo representam sítios históricos de
interesse arqueológico. Estruturas estas que se estudadas poderão trazer à
luz contribuições a uma compreensão mais completa no que se refere ao
processo de implantação do sistema colonial português e do processo de
colonização que se desenvolveu a partir de então.

652
Por outro lado, o município de Moreno representa uma área de há muito
trabalhada pelo plantio da cana de açúcar e posteriormente pelo plantio de
eucalípto, que serviu à fábrica de tecidos. Este e outros fatores podem ter
contribuído no mascaramento de evidências arqueológicas, como é o caso
da outrora muito conhecida ‘Pedra Caiada’, mencionada anteriormente.
Associada às crenças messiânicas, conta a tradição popular que nela estava
gravada a marca de um pé, de criança. Quando um pé humano fosse capaz
de se ajustar perfeitamente à marca, a ‘pedra do reino desencantaria’,
revelando riquezas indizíveis. Durante a abertura daquele trecho da BR 232,
possivelmente entre as décadas de 50 e 60, os trabalhadores da estrada
teriam explodido a pedra, na tentativa vã de resgatar o tesouro. Hoje o que
resta da ‘pedra caiada’ se encontra à margem da rodovia, literalmente
caiada. Caso tivesse havido uma gravura em forma de pé ou mesmo uma
pintura semelhante a um pé, de origem pré-histórica, esta seria a sinalação
rupestre mais próxima ao litoral, já mencionada em Pernambuco. Mas se
havia, foi destruída.

Há outra referência de uma pedra com a marca de um pé ás margens do Rio


Gurjau, no engenho de Gurjaú de Baixo. A marca do pé, descrita por Frei
Jaboatão, está associada a uma lenda na qual a pegada é atribuída a São
Tomé 169. Possivelmente trata-se de um desgaste natural da rocha.

JABOATÃO DOS GUARARAPES

Quatorze áreas com evidências arqueológicas foram localizadas e


registradas na área do município de Jaboatão dos Guararapes. Estas
ocorrências correspondem, em sua maioria, a ocupação colonial. Há dois
casos em que se registrou, no mesmo espaço físico, a coexistência de
material arqueológico pré-histórico e histórico, sendo que apenas um deles
foi registrado como sítio de contato. Na realidade, há três registros, no
CNSA, de ocorrência de material arqueológico pré-histórico e histórico no
mesmo local. No entanto, um sítio, o PE 14 Jb, foi registrado duplamente no
IPHAN, tendo recebido os números de cadastro PE00176 e PE00177.
Medidas já estão sendo tomadas para que esta duplicação seja corrigida. No
momento, ciente desta duplicidade de dados, eliminou-se da listagem
abaixo apresentada o PE00177, mantendo-se apenas o PE00176.

Três ocorrências de material arqueológico pré-histórico, mais


especificamente constituído por peças cerâmicas foram registradas na área.
A cerâmica pré-histórica se acha representada por fragmentos em duas das
ocorrências. Na terceira, o registro corresponde a um conjunto constituído
por duas peças distintas associadas como uma urna e seu opérculo. No que
se refere aos registros históricos, embora se tenha registrado fragmentos de
169
DAVIDSON, James. Moreno Redescoberto. 2011.

653
material arqueológico móvel, predominam o registro de ruínas de estruturas
de unidades funcionais coloniais. Inclui-se nestes conjuntos de evidencias
históricas coloniais, o registro do “campo de batalhas dos Montes
Guararapes” e o cemitério luso-brasileiro de campanha, onde foram
localizados mais de cento e noventa sepultamentos de mortos da “II Batalha
dos Guararapes”. Três contextos distintos de sepultamento foram
identificados neste cemitério: indivíduos preparados para sepultamento
antes de entrarem no estado de rigidez cadavérica e indivíduos já sem
condições de arrumação para sepultamento, se apresentando nas mais
diversas posições por estarem em rigidez ou desconjuntados por já se
encontrarem, na ocasião, em estado de decomposição do corpo. Situação
semelhante, sem dúvida, ocorreu com os integrantes das tropas da
Companhia das Índias Ocidentais mortos em batalha, no local, ainda não
identificado.

Na Praia de Candeias, nas proximidades da Igreja de Candeias, há


referências a um navio conhecido como “navios dos pinicos de louça”, pela
comunidade. Informação de Nuno José de Souza Rêgo.

Sintetizando o já exposto, no município de Jaboatão dos Guararapes


constam sete (7) sítios cadastrados no CNSA e outros sete (7) identificados
que ainda não tiveram concluído o seu cadastro (figura abaixo

7,1%
7,1%

21,4%

Contato
Histórica
Pré-Histórica
Histórica e Pré-histórica

64,3%

Figura 387 - Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e não constantes
no CNSA no município de Jaboatão dos Guararapes.

Foram levantados para o município de Jaboatão, os registros que constam


no CADASTRO NACIONAL DE SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS, até a data de
encerramento do diagnóstico do EIA em 2012 (quadro a seguir). Foram
também levantados os registros de sítios arqueológicos identificados por
outros estudos na Área de Influência do Empreendimento, mas que ainda
não constam no CNSA (quadro a seguir).

654
Quadro 110 - Relação dos sítios arqueológicos localizados no município de Jaboatão dos Guararapes-PE, com registro no
Cadastro do IPHAN (CNSA).

Nu m. d o sítio ( CNS A) Nom e d o sít io Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Laboratório de Arqueologia da
Sítio de contato interétnico euro-indígena,
PE00176 PE 14 – Jb Contato Universidade Federal de Pernambuco
a céu aberto. Apresenta cerâmica e louça.
(LA/UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
Material cerâmico com características
gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
Ocorrência 20 - KM morfológicas de confecção histórica
PE00353 Histórica Núcleo de Estudos Arqueológico da
408 (torneado) e decoração digito-ungulado.
Universidade Federal de Pernambuco
Baixo grau de conservação dos vestígios.
(NEA-UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
Ruínas de conjunto arquitetônico de
gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
Sítio Engenho unidade de produção colonial: engenho
PE00354 Histórica Núcleo de Estudos Arqueológico da
Palmeira - KM 410 banguê. Composto por casa-grande,
Universidade Federal de Pernambuco
capela, fábrica, senzala e aqueduto.
(NEA-UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
Fragmentos cerâmicos confeccionados com gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
Ocorrência 19 - KM
PE00388 Pré-histórica tecnologia indígena, apresentando alto Núcleo de Estudos Arqueológico da
407
grau de desgaste. Universidade Federal de Pernambuco
(NEA-UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
No topo de tabuleiro foram encontrados
gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
Ocorrência 21 - KM poucos fragmentos de cerâmica
PE00389 Pré-histórica Núcleo de Estudos Arqueológico da
409 confeccionada com tecnologia pré-
Universidade Federal de Pernambuco
histórica.
(NEA-UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
Fragmentos cerâmicos, históricos e gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
Ocorrência 22 - KM Histórica e Pré-
PE00390 indígenas, dispersos em topo de tabuleiro. Núcleo de Estudos Arqueológico da
412 histórica
Péssimo estado de conservação. Universidade Federal de Pernambuco
(NEA-UFPE).
Estudos Arqueológicos na área do
Sítio Ruínas Rio Ruínas de edificação com funcionalidade gasoduto Nordestão I - RN, PB e PE.
PE00391 Goiabeira - Km 401- Histórica não identificada, localizada às margens do Núcleo de Estudos Arqueológico da
402 Rio Goiabeira. Universidade Federal de Pernambuco
(NEA-UFPE).
Fonte: www.iphan.gov.br (IPHAN- CNSA)

655
Quadro 111- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município de Jaboatão dos Guararapes-PE, que ainda não constam no Cadastro do IPHAN
(CNSA).
Nom e d o sít io Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Unidade de defesa: Campo de Batalha dos Montes
Guararapes. No local ocorreram duas importantes batalhas
Laboratório de Arqueologia da
entre os luso-brasileiros e as tropas da Companhia das Índias
PE 0064 LA/UFPE Histórica Universidade Federal de Pernambuco
Ocidentais, em 1648 e 1649. Os mortos na segunda batalha
(LA/UFPE).
foram sepultados no local, tendo sido localizado o cemitério
luso-brasileiro.
Laboratório de Arqueologia da
Urna com opérculo em cerâmica filiada à Tradição
PE 0159 LA/UFPE Pré-histórica Universidade Federal de Pernambuco
Tupiguarani.
(LA/UFPE).
Laboratório de Arqueologia da
PE 0184 LA/UFPE Histórica Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora do Loreto Universidade Federal de Pernambuco
(LA/UFPE).
Laboratório de Arqueologia da
Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora da Piedade -
PE 0243 LA/UFPE Histórica Universidade Federal de Pernambuco
Capela do Convento Carmelita de Piedade
(LA/UFPE).
Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora da Piedade, do
Laboratório de Arqueologia da
Hospício de Nossa Senhora do Carmo, fundada pelo colono
PE 0252 LA/UFPE Histórica Universidade Federal de Pernambuco
português Francisco Gomes Salgueiro. O templo foi legado
(LA/UFPE).
em testamento.
Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres.
Estrutura votiva erigida pelo General Francisco Barreto de Laboratório de Arqueologia da
PE 0261 LA/UFPE Histórica Menezes, nas terras do Engenho Guararapes, de propriedade Universidade Federal de Pernambuco
do Capitão Alexandre Moura, após as vitórias alcançadas nas (LA/UFPE).
duas batalhas dos Guararapes.
Laboratório de Arqueologia da
Vila ou povoado: Povoação da Muribeca, Jaboatão dos
PE 0264 LA/UFPE Histórica Universidade Federal de Pernambuco
Guararapes.
(LA/UFPE).
Fonte: Laboratório de Arqueologia da UFPE.

656
CABO DE SANTO AGOSTINHO

O município de Cabo de Santo Agostinho é uma das áreas que vêm sendo
melhor explorada arqueologicamente. O maior número de sítios e
ocorrências arqueológico registradas no estado de Pernambuco se localiza
neste município. Esta situação se deve a dinâmica a que se estabeleceu na
área a partir da construção do Porto de SUAPE. A ocupação da área com a
implantação de grandes empreendimentos promoveu a realização de
prospecções e escavações arqueológicas na área em atendimento a
requisitos legais que garantam a salvaguarda do patrimônio arqueológico.
Na área, foram registradas, até o momento, cento e sessenta e sete (167)
evidências arqueológicas, embora apenas dez (10) já estejam acessíveis no
CNSA (figura a seguir).

A grande maioria das evidências arqueológicas registradas no Cabo de


Santo Agostinho apresenta material arqueológico histórico. A coexistência
de material arqueológico pré-histórico e histórico em um mesmo espaço,
muitas vezes corresponde a ocupações distantes, não apenas
culturalmente, mas também temporalmente. No entanto, há casos em que
apenas a análise do material e as datações obtidas possibilitarão a
identificação de contato interétnico euro-indígena. Sítios e ocorrências de
material unicamente pré-histórico totalizam vinte casos.

32,3%

Histórico

Pré-Histórico

Pré-Histórico e Histórico

55,1%
12,6%

Figura 388 - Distribuição por categoria dos Sítios Arqueológicos constantes e não constantes
no CNSA no município do Cabo de Santo Agostinho.

Foram levantados para o município do Cabo de Santo Agostinho, os


registros que constam no CADASTRO NACIONAL DE SÍTIOS
ARQUEOLÓGICOS, até a data de encerramento do diagnóstico do EIA em
2012 (quadro a seguir). Foram também levantados os registros de sítios
arqueológicos identificados por outros estudos na Área de Influência do
Empreendimento, mas que ainda não constam no CNSA (quadro a seguir).

657
Quadro 112- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município do Cabo de Santo Agostinho-PE, com registro no Cadastro do IPHAN (CNSA).
Nu m. d o sít io Nom e d o
Cat eg oria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
( CNS A) sít io
Sítio disperso a 18m de profundidade. Material coletado:
PE00055 São Paulo Histórico canhões de bronze, ferro, louças, selos, balas de chumbo,
madeira e etc.
Sítio cerâmico à céu aberto, localizado no declive suave
PE00104 Ocorrência 50 Pré-histórico de um morro, em área onde havia cultivo de cana-de- Fundação Seridó
açúcar.
Sítio cerâmico à céu aberto, localizado no declive suave
PE00105 Ocorrência 51 Pré-histórico de um morro, em área onde havia cultivo de cana-de- Fundação Seridó
açúcar.
Sítio cerâmico à céu aberto, localizado no declive suave
PE00106 Ocorrência 52 Pré-histórico de um morro, em área onde havia cultivo de cana-de- Fundação Seridó
açúcar.
Ocorrência de material arqueológico histórico esparso na Laboratório de Arqueologia da
PE00295 PE 0486LA/UFPE Histórico superfície e estrutura arquitetônica em ruína: Igreja de Universidade Federal de
Nossa Senhora da Conceição. Pernambuco
Localiza-se no declive e topo do morro fica no Km 192,55
PE00307 GASALP Ocorrência 50 Pré-histórico do duto do GASALP Ocorrência pré-histórica/cerâmica e Fundação Seridó
lítico.
Localiza-se em área plana do morro, onde ainda se
PE00308 GASALP Ocorrência 51 Pré-histórico conservam restos de mata secundária.Fica no Km 193,5 Fundação Seridó
do Duto do GASALP.
Fragmentos de cerâmica histórica e faiança, localizadas
no topo de um morro. Não foram identificadas Núcleo de Estudos Arqueológico
Ocorrência 24 - KM
PE00461 Histórico concentrações cerâmicas, manchas ocupacionais ou da Universidade Federal de
422
estruturas arquitetônicas. Área perturbada devido às Pernambuco
atividades de cultivo de cana-de-açúcar.
Fragmentos de cerâmica colonial, faiança e vidro,
localizados no topo de tabuleiro. Não foram identificadas Núcleo de Estudos Arqueológico
Ocorrência 25 - KM
PE00462 Histórico concentrações cerâmicas, manchas ocupacionais ou da Universidade Federal de
423
estruturas arquitetônicas. Área de cultivo de cana-de- Pernambuco
açúcar.
Fragmentos cerâmicos confeccionados com tecnologia
Núcleo de Estudos Arqueológico
Ocorrência 23 - KM pré-histórica, localizados no topo de tabuleiro. Péssimo
PE00463 Pré-histórico da Universidade Federal de
418 estado de conservação pois é área perturbada devido às
Pernambuco
atividades de cultivo de cana-de-açúcar
Fonte: www.iphan.gov.br (IPHAN- CNSA).

658
Quadro 113- Relação dos sítios arqueológicos localizados no município do Cabo de Santo Agostinho-PE,que ainda não constam no Cadastro do IPHAN
(CNSA).
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Unidade de defesa: Forte Castelo do Mar, construído sobre Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0188 LA/UFPE Histórica
os rochedos, bem acima da entrada do porto, na barra. Pernambuco
Unidade de defesa: Quartel do Forte de Nazaré. Esta
estrutura corresponderia, provavelmente, ao alojamento
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0189 LA/UFPE Histórica (quartéis) do comandante e dos soldados que serviam no
Pernambuco
“Reduto da Barra de Nossa Senhora de Nazaré”, o “Castelo
do Mar”.
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0201 LA/UFPE Histórica Unidade de defesa: Baterias de Calhetas
Pernambuco
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0202 LA/UFPE Histórica Casa de Pinzon
Pernambuco
Unidade de defesa: Forte de São Francisco Xavier,
construído em 1630 pelos portugueses no extremo norte do
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0203 LA/UFPE Histórica Cabo de Santo Agostinho, fazia parte do sistema de defesa
Pernambuco
do mais importante porto ao sul da Capitania de
Pernambuco.
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0204 LA/UFPE Histórica Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia
Pernambuco
Unidade religiosa: Convento Carmelita do Cabo. A estrutura Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0205 LA/UFPE Histórica
se encontra em ruínas. Pernambuco
Unidade religiosa: Igreja de Nossa Senhora de Nazaré,
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0206 LA/UFPE Histórica construída no início do século XVII, inicialmente em forma
Pernambuco
de ermida em honra da Santíssima Virgem.
Unidade produtiva: Engenho Massangana, que pertencia,
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0247 LA/UFPE Histórica em meados do século XIX,a Ana Rosa Falcão de Carvalho e
Pernambuco
Joaquim Aurélio de Carvalho, padrinhos de Joaquim Nabuco.
Vila ou povoado: núcleo histórico do cabo de Santo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0300 LA/UFPE Histórica
Agostinho Pernambuco
Poço dos Frades: fonte d'água escavada entre duas grandes
pedras, a meia encosta, com um minador. Segundo a Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0316 LA/UFPE Histórica
tradição popular, era o local onde os frades apanhavam Pernambuco
água e tomavam banho.
Ocorrência de fragmentos de peças cerâmicas identificadas
Pré- Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0331 LA/UFPE como produção de grupo portador daTradição Ceramista
Histórica Pernambuco
Tupiguarani.

659
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Ocorrência de fragmentos de peças cerâmicas identificadas
Pré- Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0332 LA/UFPE como produção de grupo portador daTradição Ceramista
Histórica Pernambuco
Tupiguarani.
Ocorrência de fragmentos de peças cerâmicas identificadas
Pré-
como produção de grupo portador daTradição Ceramista
histórica Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0333 LA/UFPE Tupiguarani e de peças correspondentes a uma ocupação
e Pernambuco
colonial, provavelmente instalada a partir do final do século
Histórica
XVI,ou início do século XVII.
Ocorrência de fragmentos de peças cerâmicas identificadas
Pré- Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0344 LA/UFPE como produção de grupo portador daTradição Ceramista
Histórica Pernambuco
Tupiguarani.
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0491 LA/UFPE Histórica Unidade religiosa: Igreja de São Gonçalo (1633)
Pernambuco
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0498 LA/UFPE Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Pernambuco
Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0518 LA/UFPE Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Pernambuco
Unidade produtiva: Estrutura arquitetônica: Engenho Utinga Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0519 LA/UFPE Histórica
de Cima (1638), incluindo a Casa Grande, Igreja, Cemitério Pernambuco
Unidade produtiva: Engenho Megahipe de Baixo. Vestígio da Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0554 LA/UFPE Histórica
estrutura de engenho colonial. Pernambuco
Evidência de estrutura possivelmente comercial, em tijolo e
argamassa de cal. Apresenta alicerce, indicação do local de
Sítio Armazém - IC Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica colunas, e piso em tijolo batido Também se regatou
- AR Santo Agostinho, Pernambuco
fragmentos de telhas e outros artefatos comofaiança, ferro,
cachimbo.
Estrutura
Evidência de estrutura em pedra, localizada entre a Ilha de Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Submersa -m IC - Histórica
Cocaia e os arrecifes, que aflora na maré muito baixa. Santo Agostinho, Pernambuco
ES
Ruínas de alicerce de estrutura que parece ser de habitação
Sítio Casa de Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica ao lado de outra que seria um forno, com resto de tacho de
Farinha - IC - CF Santo Agostinho, Pernambuco
ferro. Registrou-se concentração de carvão no local.
Ruínas de habitação em tijolo batido e argamassa de cal,
Sítio Casa do Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica piso em tijoleira. Registraram-se, no local, fragmentos de
Francês - IC - CFR Santo Agostinho, Pernambuco
material de construção, peças em ferro, vidro.
Estrutura em tijolo batido e argamassa de cal, piso em
Sítio Casa do Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórico tijoleira. Registraram-se, no local, fragmentos de material
Joaquim - IC - CJ Santo Agostinho, Pernambuco
de construção, peças em ferro, vidro.

660
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Sítio Cambôa da Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórico Concentração de pedras, distribuídas antropicamente.
Pedrinha -IC - CP Santo Agostinho, Pernambuco
Ruínas do Forte do Pontal. Além da estrutura em pedra
Sítio Forte do Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica foram registrados fragmentos de material arqueológico
Pontal - IC - FP Santo Agostinho, Pernambuco
histórico móvel, inclusive bélico.
Estrutura em tijolo batido e argamassa de cal, piso em
Sítio Marimbondo - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica tijoleira. Registraram-se, no local, fragmentos de material
IC - M Santo Agostinho, Pernambuco
de construção, peças em ferro, vidro.
Sítio Olaria - IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
OL Santo Agostinho, Pernambuco
Local indicado Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
como Antigo Porto Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Cacimba Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C1 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C2 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C3 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C4 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C5 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C6 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C7 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C8 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência- IC - C9 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC -
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
C10 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C11 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de

661
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
C12 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C13 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C14 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C15 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C16 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C17 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C18 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C19 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C20 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C21 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C22 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C24 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C26 Santo Agostinho, Pernambuco
Ocorrência- IC - Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
C27 Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- Pré- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
58 histórica Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60-
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
63
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o

662
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
71 Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
72 Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
Ocorrência PE60- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
44 Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pré- Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
45 e e material histórico no mesmo espaço físico. Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Histórica Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
52 Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
OcorrênciaPE60- arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
53 Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
OcorrênciaPE60- Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
54 Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção

663
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pré- Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
PE60-40
e e material histórico no mesmo espaço físico. Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Histórica Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
PE60-64 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
PE60-68 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
PE60-69 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pré- Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
PE60-84
e e material histórico no mesmo espaço físico. Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Histórica Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Projeto Prospecções Arqueológicas no Litoral Sul de
Pernambuco, que subsidiou as atividades de prospecção
PE60-87 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. arqueológica no trecho de duplicação da Rodovia PE-60,
Lote 1, entre o acesso ao Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros – SUAPE (Km 10,44) e o

664
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
entroncamento da PE-42 (acesso para Escada).
Pré- Fragmentos de peças em faiança portuguesa e peças pré-
Sítio Rancho histórica históricas tais como lascas de quartzito com marcas de Gasoduto Termopernambuco - Núcleo de Pesquisa em
Congari e utilização e de retoque e fragmentos de peças em cerâmica Imagens
Histórica Tupiguarani.
Conjunto de alicerces na área da atual sede do Engenho
Engenho Penderama, com expectativa cronológica entre o final do Gasoduto Termopernambuco - Núcleo de Pesquisa em
Histórica
Penderama século XVIIII e início do XIX. No local foram também Imagens
registrados fragmentos de peças em faiança e faiança fina.
Pré- Ocorrência de material arqueológico Pré-histórico filiado à
Sítio Cacimba do histórica Tradição Ceramista Tupiguarani e evidência de ocupação Gasoduto Termopernambuco - Núcleo de Pesquisa em
Melo e oitocentista,e de fragmentos de peças do séc. XIX e XX, no Imagens
Histórica mesmo espaço físico.
Sítio Caminho do Linha reta de aterro que avança até o mar, registrada na Gasoduto Termopernambuco - Núcleo de Pesquisa em
Histórica
Mar cartografia setecentista. Imagens
Engenho Nossa
Conjunto de alicerces possivelmente da “moita” do antigo Gasoduto Termopernambuco - Núcleo de Pesquisa em
Senhora das Histórica
engenho. Imagens
Mercês
Pré- Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência 23 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
histórica Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência 24 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
Projeto Patrimônio Arqueológico da Ilha de Cocaia, Cabo de
Ocorrência 25 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Santo Agostinho, Pernambuco
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Pré-
Sítio CV-01 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
histórica
Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Pré-
Sítio CV-02 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
histórica
Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Sítio CV-03 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-04 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Sítio CV-05 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –

665
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Ocorrência CV-06 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Ocorrência CV-07 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Sítio CV-08 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-09 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-10 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-11 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Ocorrência CV-12 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-13 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Ocorrência CV-14 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Sítio CV-15 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Ocorrência CV-16 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –

666
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-17 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-18 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Ocorrência CV-19 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Ocorrência CV-20 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-22 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Ocorrência CV-23 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-24 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Histórica Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Ocorrência CV-25 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-26 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Sítio CV-27 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo

667
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Agostinho
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
Sítio CV-28 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
Agostinho
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-29 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré-
A Solução Engenharia Consultoria Meio Ambiente –
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio CV-30 empreendimento Contorno viário do Cabo de Santo
e e material histórico no mesmo espaço físico.
Agostinho
Histórica
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 01
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 02
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 03
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 04
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 05
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 06
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Sítio TDRN 07
histórica e material histórico no mesmo espaço físico. de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da

668
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
e Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 08
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 09
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 10
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 11
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 12
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 13
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 14 e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 15
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 16
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.

669
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 17
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 18
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 19
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 20
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 21
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 22
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 23
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 24
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 25
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico
Sítio TDRN 26 histórica de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
e material histórico no mesmo espaço físico.
e Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte

670
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Histórica – TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 27 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 28
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 29 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Pré- de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 30 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
histórica Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 32 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Pré- de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 33 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
histórica Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Pré- de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 34 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
histórica Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 35
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 37 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Sítio TDRN 41 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico. Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral

671
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
Pré- de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 42 Ocorrência de material arqueológico pré-histórico.
histórica Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 43
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 45
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 47 Histórica Ocorrência de material arqueológico histórico.
Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
– TDR Norte em 2010.
Pré- Projeto Interação e Contatos de grupos ceramistas do litoral
histórica Apresenta ocorrência de material arqueológico Pré-histórico de Pernambuco, financiado pela empresa SUAPE, através da
Sítio TDRN 48
e e material histórico no mesmo espaço físico. Construção da rodovia Tronco Distribuidor Rodoviário Norte
Histórica – TDR Norte em 2010.
Registro de ocorrência subaquática. Trata-se de uma
Galeão São Paulo Histórica
embarcação, o Galeão São Paulo,que naufragou em 1652.

Registro de ocorrência subaquática, mais especificamente


Rio Massangana Histórica
de draga de origem japonesa que se encontra submersa,
desde 1981.
Predominância de fragmentos de peças em cerâmica filiada
Pré- à Tradição Ceramista Tupiguaraniassociadas espacialmente
histórica a peças de produção europeia e local, do período colonial e Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0662 LA/UFPE
e imperial. O contato euro-indígena, bem como a Pernambuco.
Histórica continuidade temporal da ocupação histórica, neste caso, só
poderá ser verificado após a datação e análise do material.
Pré- Fragmentos de peças em cerâmica filiada à Tradição
histórica Ceramista Tupiguarani e de peças em faiança colonial. O Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0663 LA/UFPE
e contato euro-indígena, neste caso, só poderá ser verificado Pernambuco.
Histórica após a datação.

672
Nom e d o sít io Categoria Desc riç ão Projet o/I n st it u iç ão
Pré- Fragmentos de peças em cerâmica filiada à Tradição Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0664 LA/UFPE
histórica Ceramista Tupiguarani. Pernambuco.
Pré- Fragmentos de peças em cerâmica filiada à Tradição Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0665 LA/UFPE
histórica Ceramista Tupiguarani. Pernambuco.
Pré- Fragmentos de peças em cerâmica filiada à Tradição Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0666LA/UFPE
histórica Ceramista Tupiguarani. Pernambuco.
Pré- Fragmentos de peças em cerâmica filiada à Tradição Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de
PE 0667 LA/UFPE
histórica Ceramista Tupiguarani. Pernambuco.

673
8.5.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUENCIA DIRETA (AID)

Este item apresenta os aspectos do Patrimônio Histórico, Cultural e


Arqueológico inseridos na AID, do novo projeto de engenharia. No Mapa 27
estão representados os pontos de ocorrência arqueológicas e de edificações
históricas.

• PATRIMONIO HISTÓRICO

O açúcar sempre fez parte da história de Pernambuco. Desde o início


da colonização portuguesa a zona da mata e litoral do estado de
Pernambuco foram predominantemente ocupados por plantações de cana-
de-açúcar, contexto este que permanece, em parte, até os dias atuais. Na
área de estudo do Arco Metropolitano como um todo, os canaviais
predominam a paisagem, preservando antigas estruturas a ela
relacionadas.

Durante prospecção visual na área que será afetada pelas obras da


rodovia algumas estruturas históricas foram documentadas. A cartografia
histórica levantada, bem como a documentação textual fazem referencia a
um grande número de engenhos; até mesmo a descrição de suas terras,
seus implementos, suas máquinas, da força motriz, sua produção, o destino
e preço de suas caixas de açúcar. Contudo, dos numerosos engenhos de
outrora poucos preservaram suas estruturas, restando, em sua maioria,
apenas a lembrança do nome nas terras que atualmente integram a
propriedade de grandes usinas de açúcar e suas grandes áreas de
plantações.

A partir das cartas de Zoneamento e/ou de Diagnóstico dos Planos


Diretores de cada um dos cinco (5) municípios cortado pelo Arco, foi
realizada a listagem dos engenhos cujas terras em parte se encontram
dentro da AID.

674
Mapa 27 - Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico na AID
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000
027
280000

280000
35°0'W
35°0'W

11 10 9 8

São Lourenço
da Mata
027
16
408 19

AGOSTINHO
CABO DE
SANTO
101

Jabotão dos 23
Guararapes

22

25
007 170
27
169

32
232
Moreno 33
94
31
92

93 83 183 184 34

s
89 8787

R io
75 184 72 35
ois
91 90 88 82
74

D
79 76 174

roio
78 77
8181

Ar
71 41 40 Cabo de Santo
70 42
43 176 Agostinho

45
69

65 64 178 49
265000

265000
67
66 63

59
50
51
56
53

35°10'W
35°10'W

9120000 9105000 9090000


8°0'S 8°10'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Municípios Interceptados pela Rodovia Pontos Prospectados - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
Localidade Rodovia em Leito Natural Cabo de Santo Agostinho - Localidade: IBGE, 2010
PB
Edificação Histórica
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Jaboatão dos Guararapes Ocorrência Arqueológica Adaptado de IBGE, 2005 1:100.000
Recife Limite Municipal Rodovia Pavimentada Federal Moreno Resultado Negativo - Limite Municipal: IBGE, 2010
- Sistema Viário: Adaptado de IBGE,
O

Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Paudalho


8°S

Hidrografia 0 1,25 2,5 5 km


TI C

2013
AID - Área de Influência Direta (500 m) São Lourenço da Mata
ÂN

PE Curso d'água - Hidrografia: IBGE, 2013


AT L

Massa d'água - Pontos Documentados de Arqueologia: Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
NO

SKILL, 2014 - adaptado de Lab. de


Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Arqueologia da UFPE, 2014


OC

- Áreas de Influência: SKILL, 2014 SIRGAS 2000


AL out/2014
9°S
PAUDALHO

Na delimitação de AID no município de Paudalho não foram


identificados bens de patrimônio histórico.

SÃO LOURENÇO DA MATA

• Engenho Covas

Ponto ARCO0063

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 264940,175/9108052,914

Município: São Lourenço da Mata-PE

A área do Engenho covas (estrutura histórica de interesse


arqueológico) está arrendada a Usina Petribu. Porém os proprietários do
Engenho são os mesmos da Usina Jaboatão. No local foi documentada a
Capela de São Gonçalo e mais duas edificações localizadas próximas a
igreja. Nos arredores da área havia muitas edificações que foram demolidas
ou estão em ruína foto abaixo.

Figura 389- Capela do Engenho Covas.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Segundo informações da população local a casa grande situava-se na


lateral esquerda da igreja. Recebemos informações que no local havia ainda
um cemitério (localizado na frente da Igreja), uma cadeia e a fábrica que
ficava próxima ao rio Várzea do Una. Na área do Engenho foram localizados
fragmentos de material arqueológico histórico registrados como PE0726
LA/UFPE (fotos abaixo).

677
Figura 390- Área interna da capela voltada Figura 391- Área interna da capela voltada
para o altar-mor. para o acesso principal.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 392- Edificação localizada na lateral Figura 393- Edificação localizada próxima a
direita da Capela. estrada de acesso à Matriz da Luz.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Colégio

Ponto ARCO184

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 268266,5944/9110708,96

Município: São Lourenço da Mata – PE

Duas edificações do antigo Engenho Colégio permanecem


preservadas: a casa grande e o barracão. A casa grande está em uso e é
utilizada como residência; a edificação do antigo barracão é uma venda de
gêneros alimentícios e bebidas e também residência do Sr. Sebastião Dias
de Santana, que ali reside há 30 anos (fotos abaixo)

678
Figura 394- Casa grande do Engenho Colégio.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 395- Barracão do antigo Engenho Figura 396- Venda no interior da edificação.
Colégio.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

MORENO

• Engenho Sucupema

Ponto ARCO170

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 272882,699/9095040,257

Município: Moreno-PE

A sede atual do Engenho Sucupema apresenta edificações recentes.


Nas proximidades da sede foi documenta uma edificação com data de “15-
6-1928” inscrita em relevo na fachada. A propriedade pertence a Ricardo
Martins (fotos abaixo).

679
Figura 397- Sede do Engenho Sucupema. Figura 398- Edificação do Engenho Sucupema
com data inscrita da fachada “15-6-1928”.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenho Caraúna

Ponto ARCO174

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 267350,376/9096881,454

Município: Moreno-PE

O Engenho Caraúna pertence à Enoque Ferreira da Costa. O engenho


apresenta edificações da primeira metade do século XX. A fachada da casa
grande do Engenho apresenta inscrição em relevo: “1914” (fotos abaixo).

Figura 400- Detalhe de inscrição na fachada


Figura 399- Engenho Caraúna.
da edificação.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Engenhos Mato Grosso e Gameleira

Ponto ARCO176

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 266035,607/9098084,171

Município: Moreno-PE

680
As áreas dos Engenhos Gameleira e Mato Grosso correspondem,
atualmente, a um assentamento rural. Durante prospecção no local não foi
identificada edificação de interesse histórico.

• Engenho Moreninho

Ponto ARCO178

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 264933,624/9103344,928

Município: Moreno-PE

Na área do engenho Moreninho foi documentado conjunto de


residências em processo de arruinamento. No local não foi identificada
edificações de interesse histórico foto a seguir.

Figura 401- Engenho Moreninho.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

JABOATÃO DOS GUARARAPES

• Engenho Barbalho

Ponto ARCO022

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 274280,535/9094024,565

Município: Jaboatão dos Guararapes-PE

Na sede do engenho Barbalho existe uma casa de maior porte e


casas menores nas proximidades. O engenho está localizado em área de
topo de morro rodeado por canavial (fotos abaixo).

681
Figura 402- Fachada da Casa do Engenho Figura 403- Lateral da residência.
Barbalho.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Engenho Salgadinho

Ponto ARCO023

Coordenadas Geográficas (UTM): 25L 275381,929/9094129,769

Município: Jaboatão dos Guararapes-PE

Atualmente os engenhos Barbalho e Salgadinho foram unificados e


pertencem a um mesmo proprietário. Na área do engenho Salgadinho foi
observado um conjunto de residências recentes de moradores da área. No
levantamento realizado sobre o Engenho foi localizada matéria do Jornal do
Comércio 170, de Janeiro de 2012, sobre as unidades de conservação
estaduais:

Foi preciso uma manhã inteira de buscas na zona rural de Jaboatão


dos Guararapes, em meio ao tapete verde de cana-de-açúcar que cobre os
morros até alcançar o horizonte, para avistar o que restou da casa grande
do antigo engenho.

Pela descrição restam apenas ruínas, ou mesmo, material construtivo


disperso do que fora à casa grande do Engenho Salgadinho.

CABO DE SANTO AGOSTINHO

Na delimitação de AID no município de Cabo de Santo Agostinho não


foram identificados bens de patrimônio histórico.

• PATRIMÔNIO IMATERIAL

O patrimônio imaterial da AID do empreendimento corresponde à


dinâmica do complexo agro açucareiro predominante na zona rural da mata

170
Disponível em: <http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/canais/noticias/2012/01/02/
as_matas_que_sumiram_do_mapa_121809.php>. Acesso em 28/05/2012.

682
pernambucana. Onde são frequentes as habitações isoladas e as mais
eventualmente pequenas comunidades que se instalam à margem de
estradas da cana. A mecanização (foto a seguir), a temporalidade de grande
parte do contingente de trabalhadores, parece não deixar muito espaço
para as velhas tradições.

Figura 404- Colheita mecanizada da cana-de-açúcar.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

O contato com moradores ao longo da área onde está projetada a


rodovia deixa entrever este quadro. Ali não conseguimos identificar
manifestações culturais específicas que pudessem vir a ser
afetadas/ameaçadas pela rodovia.

No local é perceptível a permanência da técnica de construção em


taipa que por séculos caracterizou a construção rural e mesmo urbana
desde o início da colonização. A despeito das vantagens inegáveis deste
tipo de construção, sobretudo a partir dos meados do século XX vem sendo
sistematicamente substituída pelas construções em tijolos, manuais ou
industrializados. A associação entre a taipa e a presença do “barbeiro”, um
dos vetores do Trypanosoma cruzi agente etiológico da “Doença de Chagas”
foi um dos argumentos de combate a este tipo de construção.

Durante contato com Maria Nenízio dos Santos, moradora do Engenho


Santo Estevão (no sítio Fruta pão) no município de Jaboatão dos Guararapes,
obtivemos informações que na região é comum à presença de caçadores
que à noite, “batem aqueles matos”.

A mesma moradora comentou ainda a presença de grupos


evangélicos que frequentemente visitam o “Pedrão”, onde vão rezar e
apreciar a paisagem (fotos abaixo).

Segundo a moradora o local é bastante visitado não apenas pelos


grupos evangélicos mas por pessoas provenientes principalmente dos
municípios de Vitória de Santo Antão e Moreno, vão até lá para admirar a
paisagem.

683
Figura 405- Contato com Maria Nenízio dos Figura 406- Mirante conhecido como
Santos. "Pedrão" localizado nas proximidades de
uma pedreira.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Outra questão relacionada aos elementos materiais da cultura são as


casas de farinha foto apresentada a seguir. Nas atividades de campo foram
documentadas algumas casas de farinha. O cultivo da mandioca, bem como
o princípio do fabrico de farinha, é uma herança indígena, muito forte na
região Nordeste. O modo de fazer farinha, apesar da inclusão de maquinário
moderno, é uma prática que perdura por gerações na região. Com o avanço
da industrialização essas unidades produtivas estão em processo de
extinção.

Figura 407- Casa de farinha no Engenho Camarço, Moreno-PE.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Ainda no levantamento realizado em campo observou-se a técnica de


extração de areia, de forma artesanal, no Rio Capibaribe conforme a foto
abaixo. O documentário fotográfico foi realizado especificamente na Ponte
da PE-005, no município de São Lourenço da Mata. No local a extração de

684
areia é realizada com equipamento manual de ferro, denominado trado, em
cima de uma balsa. A técnica é utilizada em outros municípios próximos,
como, por exemplo, em Recife.

Figura 408- Equipamento utilizado para extração de areia do Rio Capibaribe.


Fonte: Héctor Díaz

• PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO

A paisagem predominante da área corresponde as grandes extensões


de plantações de cana-de-açúcar (foto a seguir).

A cultura da cana está presente na paisagem da zona da mata desde


o século XVI e permanece até os dias atuais. Na área observam-se ainda
pequenas áreas de mata, rios e a presença de afloramentos rochosos. Os
antigos engenhos, em sua maioria em ruína, e as usinas integram a
paisagem da área do empreendimento.

Figura 409- Panorâmica de área de canavial.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

A área diretamente afetada, assim como uma grande extensão de


seu entorno, corresponde a uma paisagem largamente antropizada.
Antropizada desde os primórdios da colonização lusitana nas Américas,
desde o início da então Capitania de Pernambuco: a paisagem da cana de

685
açúcar. Das lavouras de cana do século XVI à “plantation” mecanizada,
irrigada, a fisionomia da área mantém o mesmo charme, com o canavial
oscilando ao sabor do vento, como se fora as águas do mar em seu contínuo
vai e vem.

Esta é a paisagem percebida a partir do terreno onde se pretende


promover a terraplanagem, é também a paisagem valorizada, retrato do
Nordeste açucareiro.

• PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

A prospecção de superfície no empreendimento ocorreu entre os dias


12, 13 e 19 de dezembro de 2011, e nos dias 04, 11, 12 e 13 de janeiro de
2012 (fotos a seguir). A prospecção visual contemplou tanto a AID - Área de
Influência Direta quanto a ADA - Área Diretamente Afetada (a ser detalhado
no item que caracteriza a ADA).

O levantamento da área diretamente afetada foi dificultado, em


alguns trechos, devido à vegetação densa implantada, que nesta época
cobre grande parte da área do empreendimento. A falta de estradas e
acessos também dificultou a prospecção de superfície.

Figura 410 - Documentação de área de mata. Orientação: SE. Data: 13/11/2011. Ponto:
ARCO091 (resultado negativo).
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

686
Figura 411- Prospecção em área de plantação de gênero de subsistência. Orientação: E.
Data: 13/01/2012. Ponto: ARCO041 (resultado negativo).
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Apesar das dificuldades de visibilidade do terreno à prospecção


visual, não interventiva, foi realizada priorizando-se aquelas que a cobertura
vegetal (ou sua ausência) permitia.

As áreas de topos aplainados e encostas suaves foram prospectadas


por se tratarem de áreas de potencial arqueológico propicias tanto a
ocupação de grupos pré-históricos como grupos históricos. A maior parte
dessas áreas estava ocupada por plantio de cana-de-açúcar, o que dificultou
a visualização da superfície do terreno. Também foram prospectadas as
áreas de vales por onde irá ser construída a rodovia, uma vez que, tais
locais são áreas que foram frequentemente utilizadas para a implantação de
engenhos movidos a água. Na fase de levantamento de campo vários
afloramentos rochosos foram prospectados com intuito de localizar indícios
de sinalações rupestres. Vale salientar que na área de abrangência do Arco
Metropolitano ocorre a formação sedimentar, do Grupo Barreiras, e
formação proveniente de decomposição do cristalino rochoso, onde ocorrem
afloramentos rochosos conforme a foto abaixo.

687
Figura 412- Detalhe da rocha (granito). Data: 11/01/2012. Ponto: ARCO010 (resultado
negativo).
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

Na etapa de prospecção não interventiva, não foram localizadas


evidências arqueológicas relacionadas a ocupações pré-históricas, mas o
levantamento documental histórico aponta para um amplo potencial
arqueológico na área. As ocorrências arqueológicas localizadas
caracterizam-se, em sua maior parte, por áreas com fragmentos de material
arqueológico disperso, possivelmente perturbado por intervenções agrícolas
no terreno.

De acordo com o que foi previsto no plano de trabalho, cada um dos


locais onde foi registrada a presença de vestígios arqueológicos foi
georreferenciado e documentado fotograficamente. Nestas circunstâncias
de um trabalho prospectivo não interventivo, os dados coletados são muito
restritos, não atendendo às informações que compõem a Ficha de Cadastro
de Sítios Arqueológicos do IPHAN. Todavia, foi feito um registro preliminar
das áreas de ocorrência, de modo a fornecer informações mínimas para a
etapa posterior da pesquisa à guisa de um registro preliminar para compor
uma ficha de registro no modelo do IPHAN (CNSA).

As ocorrências arqueológicas identificadas durante a prospecção de


superfície (quadro a seguir) localizadas na AID do novo traçado do
empreendimento são detalhadas a seguir.

Quadro 114 - Quadro dos sítios e ocorrências localizadas durante prospecção de superfície na
área do Arco Rodoviário.
Nom e Cat eg oria Mu n ic íp io Pon t o Dat a
Cabo de Santo
PE0725 LA/UFPE Histórica ARCO008 11/01/2012
Agostinho

688
Nom e Cat eg oria Mu n ic íp io Pon t o Dat a
São Lourenço da
PE0726 LA/UFPE Histórica ARCO063 12/01/2012
Mata
São Lourenço da
PE0728 LA/UFPE Histórica ARCO077 13/01/2012
Mata
São Lourenço da
PE0727 LA/UFPE Histórica ARCO082 13/01/2012
Mata

• PE0725 LA/UFPE

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 5 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE )
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
Cabo de Santo
Município: ARCO008 25L 278651,792 9089100,662
Agostinho-PE
Data: 11/01/2012
Ocorrência de material arqueológico histórico.
Altitude: 22,957 m

Ocorrência de material arqueológico histórico localizado na


propriedade da Usina Bom Jesus a 130m de distância do PE0724 LA/UFPE.
Trata-se de uma área limitada por vale por onde corre o riacho da Bica onde
ocorrem afloramentos rochosos nas proximidades fotoa abaixo.

Figura 413- Panorâmica da área do PE0725 LA/UFPE onde é possível observar a área do
PE0724 LA/UFPE.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Material arqueológico do PE 0725 LA/UFPE

No PE 0725 LA/UFPE foram registrados fragmentos de material


arqueológico histórico móvel constituído por peças em cerâmica e peças do
serviço de mesa em faiança fina (fotos a seguir). A peça em faiança foi
identificada como produção portuguesa com cronologia estimada entre os
séculos XVII e XVIII e em faiança fina, produzidas na Inglaterra no século
XIX. Dentre os fragmentos de faiança fina foram percebidos representantes

689
de peças distintas apresentando a decoração Shell Edged azul, que teriam
sido produzidas na Inglaterra, no século XIX, alcançando significativa
popularidade nas mesas brasileiras nesta época, além de Fragmentos de
Bandadware e Mochaware, também produzidas na Inglaterra, no século XIX.

Figura 414- Panorâmica da área do PE0725 Figura 415- Material arqueológico localizado
LA/UFPE. na área.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE0726 LA/UFPE – Área do Engenho Covas

Nº d e Reg ist ro n o
L oc alizaç ão:
L A/U FPE :
PE 0 7 2 6 L A/U FPE Coordenadas Geográficas ( U TM Dat u m : S AD6 9 BRAZI L /I BGE ) )
Nome da Engenho
WP Zona Leste Norte
ocorrência: Covas
São
Município: Lourenço da ARCO063 (Igreja) 25L 264940,175 9108052,914
Mata-PE
Data: 12/01/2012 ARCO064 (Casa Grande) 25L 264923,713 9108069,482
Altitude: 146,486m ARCO065 (Cemitério) 25L 264995,348 9108070,747
Edificações Históricas e ARCO066 (Cadeia) 25L 264951,985 9108111,552
ocorrência de material
arqueológico. Sítio
Histórico de interesse ARCO067 (Fábrica) 25L 264916,083 9108141,177
arqueológico.

Do complexo de edificações do Engenho Covas restam apenas a


igreja e duas edificações mais recentes. As estruturas existentes do
Engenho Covas serão comentadas quando se tratar do Patrimônio Histórico
da área. Durante a documentação da Área do Engenho (Edificações
históricas) foram localizados fragmentos de material arqueológico na área.
Fragmentos estres com cronologia compatível principalmente com os
séculos XVIII, XIX e XX. Durante contato com trabalhadores da área fomos
informados que a Casa Grande fotos a seguir) foi demolida há cerca de 25
anos e que estava situada na lateral direita da Igreja. Ainda hoje é possível
observar restos dos alicerces da residência. Recebemos ainda informações
acerca da existência de um cemitério defronte à Igreja, de uma cadeia e da
fábrica do engenho que era movido a água. A fábrica era localizada próximo
ao Rio Várzea do Una.

690
Durante prospecção visual, dificultada em parte devido à vegetação
densa, foram localizados restos de estruturas na área onde provavelmente
existiu a fábrica. Ainda foram localizados partes de ossos no local apontado
como cemitério (fotos a seguir). Apenas uma análise mais detalhada do
material poderia informar se os ossos são humanos ou não. O material
localizado permaneceu no local.

Figura 416- Indicação das unidades funcionais do Engenho Covas obtidas através de
informação oral.
Fonte: Adaptado do acervo de fotos da M&A, 2012.

Figura 417- Evidências de estruturas do local onde existiu a Casa Grande.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

691
Figura 418- Detalhe de piso da Casa Grande Figura 419- Pedra em cantaria localizada na
do Engenho. área onde existiu a Casa Grande.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 420- Área onde, segundo informação Figura 421- Restos de Ossos.
oral, existiu um cemitério.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Material arqueológico do PE 0726 LA/UFPE

O material arqueológico registrado no PE 0726 LA/UFPE consiste em


vestígio de estrutura construtivo-arquitetônica e, principalmente,
fragmentos de peças vinculadas ao subsistema alimentar, tendo-se
percebido a presença de peças relacionadas ao serviço de mesa em faiança,
faiança fina e grés. Conforme se pode constatar, mediante uma avaliação
prévia, em campo, trata-se de um material de uso primordialmente
doméstico. No que se refere ao contexto cronológico de produção deste
material, foram identificadas peças produzidas entre os séculos XVII e XVIII,
com maior incidência de peças produzidas nos séculos XVIII, XIX e XX.

Registrou-se a presença de fragmentos de peças em faiança


produzida em Portugal entre os séculos XVII e XVIII, apresentando
decoração em azul e peça apresentando decoração em azul e vinhoso,
produzida, no século XVIII, também em Portugal (fotos a seguir). Em faiança

692
fina, foram identificadas peças produzidas na Inglaterra, no século XIX,
como é o caso de peças que apresentam a decoração Shell Edged azul,
transfer roxo (fotos a seguir), peças decoradas por pincelas a mão livre,
estilo Sprig, peças apresentando friso, Mochaware e peças não decoradas
(fotos a seguir).

Registrou-se, em grés, fragmento de garrafa do tipo britânico, bicolor,


produzida na Europa entre o final do século XIX e início do XX. No local
foram ainda registrados fragmentos de ossos da cabeça de animal não
identificado.

Figura 422- Fragmento de faiança com Figura 423- Fragmento de transfer roxo.
decoração azul e vinhoso do século XVIII de
origem portuguesa.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.s

Figura 424- Fragmentos de peças em cerâmica, faiança e faiança fina localizados na área.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

693
Figura 425- Fragmento de garrafa tipo Figura 426- Fragmento de peça em faiança
britânica com cronologia entre os séculos portuguesa com expectativa cronológica
XIX e XX. entre os séculos XVII e XVIII.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE0728 LA/UFPE

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 8 L A/U FPE - OI Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE))
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
São Lourenço
Município:
da Mata-PE ARCO077 25L 267201,438 9113183,153
Data: 13/01/2012
Ocorrência de material arqueológico histórico.
Altitude: 90,008 m

Durante prospecção visual foram identificados vestígios


arqueológicos, em área de encosta suave, próxima a um vale profundo. A
vegetação densa (cana alta) dificultou uma melhor avaliação da área (foto a
seguir). O material localizado, fragmentos de peças em cerâmica, vidro e
faiança apresenta cronologia compatível com os séculos XIX e,
principalmente, o XX.

Figura 427- Picada realizada pela equipe de topografia. Área do PE 0728 LA/UFPE OI.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

694
• Material arqueológico do PE 0728 LA/UFPE

No PE 0728 LA/UFPE registou-se um material arqueológico constituído


por fragmentos de peças de cerâmica utilitária, de garrafa de vinho em
vidro e de peças em faiança fina (fotos a seguir). Dentre as peças em
faiança fina foram identificadas peças do serviço de mesa uma delas
apresentando a decoração Shell Edged azul e outra decoração aplicada por
molde vazado, além de peça não decorada. Identificou-se ainda um
fragmento de uma Mochaware, produção europeia, do século XIX.

Figura 428- Material arqueológico histórico Figura 429- Fragmento de faiança fina
localizado. localizado na estrada de leito natural.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE 0727 LA/UFPE

Nº d e Registro no LA/UFPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 7 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZI L /I BGE ) )
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
São Lourenço
Município: ARCO082 (Ponto 01) 25L 267607,348 9114649,439
da Mata-PE
Data: 13/01/2012 ARCO081 (Ponto 02) 25L 267515,278 9114561,313
Altitude: 74,387m ARCO080 (Ponto 03) 25L 267656,714 9114422,254
Ocorrência de material arqueológico histórico.

Durante prospecção arqueológica de superfície em terras da Usina


São José, em São Lourenço da Mata, foi localizado material arqueológico
histórico disperso na superfície do canavial (fotos a seguir). Embora na área
a cana tivesse sido cortada recentemente, a visibilidade da superfície do
terreno mostrava apenas parte do material ali depositado. Os tratos
culturais do plantio certamente promoveram a remobilização do material
que hoje possivelmente se encontra parcialmente enterrado. A ocorrência
ocupa uma área no topo e parte da encosta, que ao longo dos anos vem
sendo ocupada com a cultura da cana-de-açúcar. À superfície foi possível
observar-se a dispersão do material, sem contudo, permitir, na ocasião, a

695
identificação de limites, se uma ou mais ocupações. Trata-se da ocorrência
de material arqueológico com cronologia entre os séculos XVIII e XX.

• Ponto 01:

Figura 430- Panorâmica da área de localização dos vestígios arqueológicos, Do local é


possível avistar a rodovia de acesso à Matriz da Luz, em São Lourenço da Mata.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.s

Figura 432- Fragmento de peças em


cerâmica utilitária e faiança portuguesa
Figura 431- Área do PE0727 LA/UFPE. (borda de peça de serviço de mesa) com
expectativa cronológica entre os séculos
XVII e XVIII.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

696
• Ponto 02

Figura 433- Documentação da área do PE0727 LA/UFPE nas proximidades do ponto


ARCO0081.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 434- Fragmentos de cerâmica Figura 435- Base de prato com marca de
utilitária e faiança fina encontrados no local. fabricante com procedência brasileira, do
Rio de Janeiro.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

697
• Ponto 03

Figura 436- Área de cana alta onde foi Figura 437- Fragmento de garrafa do tipo
localizado um fragmento de grés. alemão em grés, produzida na Europa entre
o final do século XIX e início do XX.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Material arqueológico do PE 0727 LA/UFPE

Fragmentos de material arqueológico móvel foram encontrados no PE


0727 LA/UFPE, tendo-se assinalado três áreas de ocorrência. Na primeira
(ponto 01), registrou-se um conjunto constituído por fragmentos de peças
em cerâmica utilitária e em faiança portuguesa, produzida entre os séculos
XVII e XVIII, apresentando decoração na cor azul sobre fundo branco.

Na segunda área de ocorrência, outro conjunto (ponto 02), constituído


por representantes de peças em cerâmica e em faiança fina compatível com
os séculos XIX e XX. Em faiança fina há fragmentos de peças não
decoradas, uma delas, um fragmento de base, apresenta referência do
fabricante, e peças apresentando decoração Shell Edged azul, Bandadware,
Mochaware, além de peças decoradas por carimbo. Outra categoria de
material arqueológico registrado nesta área consiste em uma moeda
brasileira cunhada em aço inox no valor de 1 centavo, datada de 1967. Em
uma terceira área (ponto 03), foi localizado um fragmento de uma garrafa
em grés, do tipo alemão, produzido na Europa no final do século XIX.

Em termos de considerações finais a cerca do patrimônio


arqueológico pode-se avaliar previamente que o material arqueológico
localizado durante as prospecções arqueológicas realizada na área,
conforme se pode constatar, consiste principalmente em material de uso
doméstico, voltado para a alimentação. Observou-se que o material se
apresenta, em princípio, vestigial, revelando, ainda assim, a potencialidade
da área no que se refere ao patrimônio arqueológico.

Foram localizadas evidências de estrutura construtiva/arquitetônica


arruinada, algumas evidências se apresentam em um contexto de total
destruição, restando apenas fragmentos de pedra, tijolo batido e telha que

698
já não mais se prestam à reutilização. Sua distribuição sugere que foram
reunidos em um montículo por trabalhadores da área quando preparavam o
terreno para o plantio. A outra evidência de estrutura construtiva embora
também esteja bastante deteriorada, ainda apresenta pequenas carreiras
de tijolos batidos sobrepostos.

A maior parte do material arqueológico registrado na área, no


entanto, consiste em fragmentos de material móvel, dentre os quais foram
identificadas peças produzidas no Brasil e em países europeus como é o
caso de Portugal, países britânicos, como a Inglaterra e também Alemanha
ou Holanda.

No que se refere à cronologia de ocupação da área, com base nas


evidências arqueológicas localizadas, muito embora esta informação
requeira uma análise mais acurada, algumas observações foram
constatadas. Primeiramente, o material registrado corresponde ao período
de ocupação histórica. Observou-se que as peças de origem portuguesa se
situam entre os séculos XVII e XVIII, as de origem britânica entre os séculos
XIX e início do XX, as alemãs ou holandesas em fins do século XIX e as
brasileiras, desde o século XX.

Convém ressaltar, no entanto, que uma melhor avaliação, mais


completa e detalhada, só poderá ser obtida quando o material puder ser
recolhido para ser analisado em laboratório. Esta atividade é carcterística do
Programa de Prospecção Intensiva e de Resgate Arqueológico, que ocorre
durante a fese de licença instalação do empreendimento com a devida
autorização do IPHAN.

A despeito da expectativa de se encontrar evidências de ocupação


pré-colonial na área, tendo em vista o conhecimento etnohistórico
previamente levantado, não foram registradas durante a prospecção de
superfície deste trabalho evidências destas ocupações pré-coloniais.

8.5.4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

A caracterização da ADA ocorreu simultaneamente ao levantamento


da AID, desse modo o detalhamento dos itens de patrimônio histórico,
patrimônio imaterial, patrimônio paisagístico foram apresentados ao longo
do item de caracterização da área de influencia direta (AID).

Referente ao levantamento arqueológico, na ADA do eixo atual do


novo projeto de engenharia, foram encontradas 4 ocorrências em campo e
uma através de dados secundário, conforme detalhamento que segue no
Mapa 28.

699
Mapa 28 - Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico na ADA
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000
027
280000

280000
35°0'W
35°0'W

4
12 2
13 7
6
14 5 1
São Lourenço
027 da Mata 15
408 17

AGOSTINHO
18

CABO DE
SANTO
101

20

21
Jabotão dos
Guararapes

24

26

007

232
Moreno
95

84 183
8786 85

s
R io
184 ois
88 557 80

D
36

roio
81

Ar
37
38
Cabo de Santo
39 Agostinho
44
68 46
48
65 64 62
265000

265000
67
66 63 61
60
58
57
55 54
52

35°10'W
35°10'W

9120000 9105000 9090000


8°0'S 8°10'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Trecho em Estudo Sistema Viário Municípios Interceptados pela Rodovia Pontos Prospectados - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
Localidade Rodovia em Leito Natural Cabo de Santo Agostinho - Localidade: IBGE, 2010
PB
Ocorrência Arqueológica
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Sede Municipal Rodovia Pavimentada Estadual Jaboatão dos Guararapes Ocorrência arqueológica de Adaptado de IBGE, 2005 1:100.000
Rodovia Pavimentada Federal Moreno levantamento secundário - Limite Municipal: IBGE, 2010
Recife Limite Municipal
- Sistema Viário: Adaptado de IBGE,
O

Áreas de Influência do Meio Socioeconômico Paudalho Resultado Negativo


8°S

Hidrografia 0 1,25 2,5 5 km


TI C

2013
ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) São Lourenço da Mata
ÂN

PE Curso d'água - Hidrografia: IBGE, 2013


AT L

Massa d'água - Pontos Documentados de Arqueologia: Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM
NO

SKILL, 2014 - adaptado deLab. de


Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Arqueologia da UFPE, 2014


OC

- Áreas de Influência: SKILL, 2014 SIRGAS 2000


AL out/2014
9°S
• PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

As ocorrências arqueológicas identificadas durante a prospecção de


superfície (quadro abaixo) localizadas na ADA do novo traçado do
empreendimento são detalhadas a seguir.

Quadro 115 - Sítios e ocorrências localizadas durante prospecção de superfície na área do


Arco Rodoviário.
Nom e Cat eg oria Mu n ic íp io Pon t o Dat a
Cabo de Santo
PE0723 LA/UFPE Histórica ARCO001 11/01/2012
Agostinho
Cabo de Santo
PE0724 LA/UFPE Histórica ARCO007 11/01/2012
Agostinho
Jaboatão dos
PE0729 LA/UFPE Histórica ARCO026 13/01/2012
Guararapes
São Lourenço da
PE0722 LA/UFPE Histórica ARCO085 13/11/2011
Mata
PE 0557 LA/UFPE – São Lourenço da
Histórica - -
Casa de Pedra Mata

• PE 0723 LA/UFPE

Durante prospecção de superfície em área de canavial na margem


esquerda da BR-101 (sentido sul/norte), no quilômetro 95, foram localizados
fragmentos de material arqueológico histórico (fotos a seguir). A área está
situada em frente ao Hospital Dom Helder na propriedade da Usina Bom
Jesus.

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 3 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE )
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
Cabo de Santo
Município: ARCO001 25L 278710,766 9087702,110
Agostinho-PE
Data: 11/01/2012
Ocorrência de material arqueológico histórico.
Altitude: 24,639 m

Figura 438- Área de localização dos Figura 439- Fragmentos de faiança e faiança
fragmentos na superfície do terreno. fina.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.s

703
Figura 440- Panorâmica da área do PE0723 LA/UFPE.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• Material arqueológico do PE 0723 LA/UFPE

Registrou-se, no PE 0723 LA/UFPE, fragmentos de material


arqueológico histórico móvel, tendo-se identificado a presença de
fragmentos de recipiente em cerâmica, de peça em faiança de origem
portuguesa, produzida entre os séculos XVII e XVIII e de peças em faiança
fina (fotos a seguir). No conjunto, mais especificamente entre aos
representantes de peças em faiança fina, há um fragmento de uma peça de
origem britânica, produzida na segunda metade do século XIX,
apresentando decoração Bandaware.

Figura 441- Fragmentos de faiança fina e Figura 442- Recipiente cerâmico localizado no
cerâmica utilitária. trecho.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.
• PE0724 LA/UFPE

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 4 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE))

704
Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:
PE 0 7 2 4 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE))
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
Cabo de Santo
Município: ARCO007 25L 278606,541 9088977,366
Agostinho
Data: 11/01/2012
Ocorrência de material arqueológico histórico.
Altitude: 30,167m

Ocorrência de material arqueológico histórico em área de topo e


encosta de morro no município do Cabo de Santo Agostinho, em
propriedade da Usina Bom Jesus (foto a seguir). Possivelmente esta área,
onde foi localizada concentração de tijolo batido, correspondia a uma
unidade residência (fotos a seguir). A área da ocorrência está cortada por
estrada de leito natural tendo sido encontrado material em ambos os lados
da estrada. O material localizado apresenta cronologia compatível com os
séculos XIX e XX.

Figura 443- Panorâmica do PE0724 LA/UFPE cuja área foi cortada para abertura de estrada.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 444- Área com topografia alterada


onde houve uma edificação. No local foram
Figura 445- Estruturas localizadas na área.
encontrados restos de estruturas com tijolos
batidos.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

705
• Material arqueológico do PE 0724 LA/UFPE

As evidências arqueológicas registradas no PE 0724 LA/UFPE


consistem no vestígio de estrutura construtivo-arquitetônica em tijolo batido
e fragmentos de material arqueológico histórico móvel (fotos a seguir).

Figura 446- No perfil do terreno cortado pela


Figura 447- Fragmentos de Faiança fina no
estrada foram localizados fragmentos de
perfil do terreno.
material arqueológico.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

O material arqueológico móvel registrado neste sítio consiste em


fragmentos de peças em cerâmica, faiança fina, vidro e grés, tendo-se
identificado a presença de representantes de peças vinculadas ao
subsistema alimentar, mais especificamente relacionadas ao preparo de
alimentos em cerâmica e peças do serviço de mesa em faiança fina, além
de peças em vidro e grés, também relacionadas à alimentação. Observa-se
que as peças em faiança fina são todas brancas, havendo fragmentos não
decorados e apresentando decoração executada por pinceladas a mão livre,
no estilo Sprig, por carimbo, transfer, do tipo Flow Blue, Shell Edged na cor
azul e Bandadware.

No que se refere à morfologia funcional das peças registradas, foram


percebidos fragmentos de prato, pires e pequenas tigelas, em faiança fina e
de garrafa de vinho em vidro e garrafa do tipo alemão em grés (fotos a
seguir).

Observou-se também ainda fragmentos de peças de origem britânica,


produzidas no século XIX. Pode-se afirmar que o material deste sítio é
compatível com os séculos XIX e XX.

706
Figura 448- Fragmentos de cerâmica Figura 449- Conjunto de faiança fina com
utilitária e faiança fina localizados na área. vários motivos decorativos e técnicas, e
parte de base de garrafa de vidro.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 450- Limite da área do PE0724 LA/UFPE sinalizada com piquete.


Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE0729 LA/UFPE

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 9 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE))
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
Jaboatão dos
Município: ARCO026 25L 273896,234 9094557,527
Guararapes
Data: 13/01/2012
Ocorrência de material arqueológico histórico.
Altitude: 102,746 m

Fragmentos de material arqueológico histórico foram localizados


durante prospecção visual nas proximidades da área do Engenho Barbalho,
em Jaboatão dos Guararapes (fotos a seguir). Trata-se de uma área de
encosta suave com plantação de cana próximo a remanescente de mata e
com muitos afloramentos rochosos. No local foi encontrado material com
cronologia do século XX. Foram localizados fragmentos de peças em

707
cerâmica utilitária, faiança fina e grès. Ainda foi encontrado no trecho uma
medalha que foi documentada.

Figura 451- Panorâmica da área do PE0729 Figura 452- Localização de material


LA/UFPE. arqueológico na superfície do terreno.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• Material arqueológico do PE 0729 LA/UFPE

O material arqueológico registrado no PE 0729 LA/UFPE consiste em


fragmentos de peças de cerâmica utilitária e faiança fina e uma medalha,
provavelmente religiosa, cujas faces não apresentaram condições de
visualização, na ocasião (fotos a seguir).

Figura 453-Medalha localizada na área. Figura 454- Material arqueológico


encontrado na área.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE0722 LA/UFPE

Nº d e Reg ist ro n o L A/U FPE : L oc alizaç ão:


PE 0 7 2 2 L A/U FPE Coordenadas Geográficas (UTM Datum: SAD69 BRAZIL/IBGE )
Nome da
WP Zona Leste Norte
ocorrência:
São Lourenço
Município: ARCO085 25M 268163,698 9116252,066
da Mata-PE
Data: 13/11/2011
Ocorrência isolada.
Altitude: 66,697 m
s

708
Figura 455- Área de ocorrência do material arqueológico do PE0722 LA/UFPE.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Ocorrência de material arqueológico histórico localizado em área de


canavial (foto a seguir). Trata-se de fragmentos de faiança produzida nos
séculos XVII e XVIII, fragmentos de telha e cerâmica utilitária. No local foi
observada a presença de blocos de pedra acumulados na área.

Durante a prospecção de superfície o porte da cana-de-açúcar estava


baixo, permitindo ampla visualização da superfície do terreno.

• Material arqueológico do PE 0722 LA/UFPE

No PE 0722 LA/UFPE registrou-se a ocorrência de fragmentos de


material de construção reunidos em montículo, por trabalhadores da área
ao preparar o terreno para a plantação. Pode-se observar a presença de
fragmentos de pedra, tijolo batido e telha artesanal.

Nas proximidades do montículo, foram registradas duas ocorrências


de fragmento de peças em faiança branca apresentando decoração
executada com pinceladas a mão livre na cor azul (fotos a seguir). Ambas
foram identificadas como produção portuguesa com cronologia estimada
entre os séculos XVII e XVIII.

709
Figura 456- Fragmento de faiança azul e Figura 457- Fragmento de faiança azul e
branca. branca.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

• PE 0557 LA/UFPE – Casa de Pedra

COORDE NADAS
WP
ZONA L E S TE NORTE
BR408-057 25M 268094,558 9116424,034

Durante levantamento de dados secundários foi identificada a


existência de um sítio arqueológico histórico na Área Diretamente Afetada
(ADA). Trata-se do PE0557 LA/UFPE (Sítio Casa de Pedra) 171, identificada no
EIA-RIMA da BR-408. O Sítio Casa de Pedra, em São Lourenço da Mata, no
referido estudo o sítio estava fora da área de Influência Direta da BR-408.
Como ainda não foram divulgados os dados relativos à fase subsequente do
EIA-RIMA da BR-408 não temos informações se já foi realizado ou não o
salvamento arqueológico do sítio.

Estrutura arqueológica histórica localizada na propriedade do


Engenho Tapacurá, nas proximidades do Engenho Coepe (fotos a seguir).
Trata-se de uma casa construída em pedra, hoje apresentando reparos com
tijolo batido e argamassa de barro e areia. A casa encontra-se em meio à
plantação de cana-de-açúcar inserida em área de topo. Atualmente ali
reside a Sra. Inácia Alexandre da Silva e o Sr. Severino Mariano da Silva.
Segundo os moradores a casa era o local onde funcionava uma venda e
onde era realizado o pagamento dos funcionários (barracão do Engenho).
Informaram ainda outros locais onde existem vestígios de estruturas de
uma antiga fábrica de açúcar mascavo e cachaça. Nesta área foram
encontrados fragmentos de cerâmica, faiança fina do século XIX/XX - Shell

171
O PE0557 LA/UFPE (Sítio Casa de Pedra), registrado durante as atividades de prospecção
de superfície para o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-
RIMA) do empreendimento “Adequação de Capacidade (Duplicação) da Rodovia BR-408,
entre o entroncamento com a rodovia BR-232 (Curado) e o entroncamento com a rodovia PE-
005 (Bicopeba). Consulplan Engenharia e Arquitetura. Recife: 2009”. O sítio foi identificado
pela equipe da Arqueolog Pesquisas, que realizou o estudo.

710
Edged, Bandad Ware, Transfer, Flow Blue, porcelana, grès do século XIX/XX
e vidro.

Figura 458- Panorâmica da área do PE0557 Figura 459- Casa edificada com pedras
LA/UFPE. existente no local.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.s

Figura 460- Material arqueológico de Figura 461- Fragmento de garrafa em grés


procedência inglesa com expectativa tipo britânica com expectativa cronológica
cronológica entre os séculos XIX e X. entre os séculos XIX e XX.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2011.

8.5.5. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Na realização da prospecção de superfície na AID e ADA do


empreendimento foram iniciadas ações de educação patrimonial com a
comunidade local. A Educação Patrimonial foi executada através do contato
informal com a população, onde houve esclarecimento sobre a razão da
presença de pesquisadores na área. Na oportunidade foi exposta à
comunidade documentação fotográfica referente ao Patrimônio Cultural.
Tais ações possibilitaram o resgate de informações acerca do Patrimônio
Cultural da área, principalmente no que se refere ao Patrimônio
Arqueológico (fotos a seguir).

711
Figura 462- Contato com moradores do Figura 463- Resgate de informações com
município de Jaboatão dos Guararapes. morador local sobre a localização da área
onde existiu a fábrica do engenho Covas, em
São Lourenço da Mata.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012.

Figura 464- Educação Patrimonial no Figura 465- Esclarecimento a moradores do


Engenho Colégio, São Lourenço da Mata. Engenho Camarço em Jaboatão dos
Guararapes.
Fonte: Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012

• PROGNÓSTICO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

VULNERABILIDADE DO PATRIMÔNIO

• Patrimônio Histórico

O patrimônio edificado identificado foi avaliado em termos da sua


vulnerabilidade, ou seja, a propensão de chegar a ser afetado pelas obras
de implantação do Arco Viário. Quatro aspectos foram avaliados para definir
a vulnerabilidade do Patrimônio conforme se descreve a seguir:

• Relevância histórica do Patrimônio – Valoriza os aspectos


históricos do patrimônio analisado, no que diz respeito a sua
relação com batalhas, fatos históricos relevantes, formação do
município dentre outros.

Este item foi qualificado de 1 a 3, da seguinte forma:

1- Relevância Baixa

712
2- Relevância Media

3- Relevância Alta

• Relevância Cultural do Conjunto Remanescente – No caso do


patrimônio que apresenta ainda edificações remanescentes como
casa grande, capela, etc, foi considerada a relevância desse
conjunto remanescente em termos de sua singularidade,
arquitetura, beleza, dentre outros.

Este item foi qualificado de 1 a 3, da seguinte forma:

1- Relevância Baixa

2- Relevância Media

3- Relevância Alta

• Grau de preservação do conjunto remanescente – Considera o


grau ou nível de preservação do patrimônio identificado, pois
eventuais impactos decorrentes do empreendimento em conjuntos
remanescentes muito preservados até hoje, terão uma magnitude
maior, que os eventuais impactos sobre patrimônio em condição
de abandono ou em precária situação.

Este item foi qualificado de 1 a 4, da seguinte forma:

1- Vestigial

2- Abandonado /precária condição de manutenção

3- Condição média

4- Preservado

5- Muito preservado

• Localização Relativa do Conjunto Remanescente – Considera a


posição em relação ao Arco do Conjunto remanescente, ou então a
áreas onde os indícios apontem para se ter uma alta probabilidade
de se identificarem vestígios futuramente, através de uma
prospecção intensiva.

Este item foi qualificado de 1 a 3, da seguinte forma 172:

172
No estudo de Moraes e Albuquerque este item apresentava cinco qualificações. Devido a
mudança no traçado do empreendimento optou-se por um ajuste na classificação de modo

713
1- Posicionado na AII

2- Posicionado na AID

3- Posicionado na ADA

Quadro 116- Avaliação de impactos do Arco no Patrimônio Edificado.

R e levância his tó r ica do

R e le v â ncia cultur a l do

G rau de pres e r v a çã o do
co njunto r e m a ne s ce nte

co njunto r e m a ne s ce nte

co njunto r e m a ne s ce nte
Lo caliza çã o r e la tiv a do
pa tr im ô nio

P o ntua çã o
T r e cho
De s cr içã o do

P a tr im ô nio

Casarão
1 (Engenho 1 3 3 1 1 9
Guerra)
Usina Bom
2 1 1 3 3 1 9
Jesus
Engenho Santo
3 1 2 2 2 1 8
Estevão
Engenho
4 1 1 2 2 1 7
Roças Velhas
5 Engenho Rico 1 1 2 2 1 7
Engenho São
6 1 2 1 0 1 5
Salvador
Engenho
8 1 1 1 1 2 6
Barbalho
Engenho
9 1 1 2 2 2 8
Sucupema
Engenho
10 1 1 1 0 1 4
Canzanza
Engenho
11 1 1 2 2 1 7
Camarço
Engenho
12 1 3 2 3 2 11
Caraúna
Engenho
13 1 1 3 3 1 9
Javunda
15 Floresta 1 1 2 2 1 7
Engenho
16 1 3 3 3 1 11
Moreno
Engenho
18 2 1 1 1 1 6
Xixaim
Engenho
19 2 1 2 1 1 7
Serraria
Usina N. S.
Auxiliadora –
20 2 1 3 3 1 10
Engenho
Sapucaia
Engenho
22 2 2 2 2 2 10
Covas
23 Engenho Pixaó 2 1 2 2 1 8
Engenho
24 2 3 3 2 2 12
Colégio

que a atual Localização relativa do conjunto remanescente segue as delimitações das áreas
de influencia do novo traçado.

714
R e levância his tó r ica do

R e le v â ncia cultur a l do

G rau de pres e r v a çã o do
co njunto r e m a ne s ce nte

co njunto r e m a ne s ce nte

co njunto r e m a ne s ce nte
Lo caliza çã o r e la tiv a do
pa tr im ô nio

P o ntua çã o
T r e cho
De s cr içã o do

P a tr im ô nio

Matriz da Luz
25 2 3 3 3 1 12
(Igrejas)
Engenho
26 2 3 3 3 1 12
Tapacurá
Engenho
27 2 1 1 1 1 6
Coepe
Engenho São
28 2 2 2 1 1 8
João

A partir da avaliação dos quatro itens mencionados acimas, os itens


de maior vulnerabilidade com a execução das obras do Arco Rodoviário
correspondem aos seguintes: Engenho Tapacurá, Igrejas Matriz da Luz,
Engenho Colégio, Engenho Caraúna, Engenho Moreno, Engenho Covas e
Engenho Sapucaia. Tais áreas correspondem a edificações históricas
relacionadas, em sua maioria, a engenhos e igrejas.

As edificações mencionadas merecem atenção durante o


planejamento da obra para que não ocorram danos às referidas edificações.
A definição de áreas de canteiros, acessos, empréstimos e bota-fora
deverão manter uma distância mínima de tais conjuntos. A definição de
uma pedreira, por exemplo, deverá ser planejada de forma que o impacto
provocado pelas implosões não causem danos às edificações.

Em algumas áreas restam apenas vestígios de edificação


remanescente. Tais áreas apresentam potencial do ponto de vista
arqueológico onde informações sobre a ocupação da área, material e
técnicas construtivas poderão ser resgatados e documentados.

Nos Engenhos Salgadinho, Gameleira e Mato Grosso não foram


localizadas edificações e nem ruínas durante atividades de prospecção de
superfície. Tais áreas deverão ser prospectadas em subsuperfície com o
intuito de localizar vestígios arqueológicos, esta atividade deverá ser
orientada pela execução do Programa de Prospecção Intensiva de
Subsuperfície (a ser executado durante a fese de licença instalação).

Nos Engenhos Moreninho e Araújo foram localizados arruados onde os


elementos fornecidos não são suficientes para definir cronologia das
edificações e interesse do ponto de vista de preservação das edificações,
estando tais áreas bastante modificadas.

715
• Patrimônio Arqueológico

O patrimônio arqueológico identificado foi avaliado em termos da sua


vulnerabilidade, ou seja, a propensão de chegar a ser afetado pelas obras
de implantação do Arco Viário. Três aspectos foram avaliados para definir a
vulnerabilidade do Patrimônio conforme se descreve a seguir:

• Relevância do sítio/ocorrência arqueológica – No caso do


patrimônio arqueológico foi considerada a relevância em termos
de sua cronologia, singularidade e complexidade.

Este item foi qualificado de 1 a 3, da seguinte forma:

1- Relevância Baixa

2- Relevância Media

3- Relevância Alta

• Grau de preservação – Considera o grau ou nível de preservação


do sítio ou ocorrência arqueológica em superfície, a partir de uma
avaliação preliminar, uma vez que nesta fase apenas é possível
avaliar as evidências de forma não interventiva.

Este item foi qualificado de 1 a 4, da seguinte forma:

1- Menos de 25%

2- Entre 25% e 75%

3- Mais de 70%

4- Intacto

• Localização Relativa – Considera a posição em relação ao Arco das


evidências identificadas no Diagnóstico, ou então a áreas onde os
indícios apontem para se ter uma alta probabilidade de se
identificarem vestígios futuramente, através de uma prospecção
intensiva.

Este item foi qualificado de 1 a 3, da seguinte forma 173:

1-Posicionado na AII

173
No estudo de Moraes e Albuquerque este item apresentava cinco qualificações. Devido a
mudança no traçado do empreendimento optou-se por um ajuste na classificação de modo
que a atual Localização relativa do conjunto remanescente segue as delimitações das áreas
de influencia do novo traçado.

716
2-Posicionado na AID

3-Posicionado na ADA

rem an esc en t e
p reservaç ão

L oc alizaç ão
Relevân c ia

relat iva d o

Pon t u aç ão
c on ju n t o
Grau d e
Trec h o
Desc riç ão d o

Pat rim ôn io

1 PE0723 LA/UFPE 1 1 1 3 06

2 PE0724 LA/UFPE 1 1 1 3 06
3 PE0725 LA/UFPE 1 1 1 2 05
4 PE0729 LA/UFPE 1 1 1 3 06

5 PE0726 LA/UFPE 2 3 2 2 09
6 PE0728 LA/UFPE 2 1 1 2 06
7 PE0727 LA/UFPE 2 1 1 2 06

8 PE0722 LA/UFPE 2 1 1 3 07
9 PE 0557 LA/UFPE 2 2 2 3 09

O partir da avaliação dos três itens mencionados acimas, os sítios


e/ou ocorrências arqueológicas de maior vulnerabilidade com a execução
das obras do Arco Rodoviário correspondem ao PE0726 LA/UFPE e ao PE
0557 LA/UFPE. No caso do PE 0726 LA/UFPE, as evidências identificadas na
sede do engenho Covas (Onde existem ainda edificações históricas)
apresentam vestígios materiais de cronologia histórica mais recuada bem
como uma maior integridade de seu contexto arqueológico. O PE 0577
LA/UFPE (Casa de Pedra), identificado durante o EIA-RIMA da BR-408,
apresenta uma maior integridade de seu contexto arqueológico em relação
aos demais sítios identificados até o momento. Ambas as ocorrências são do
período histórico. Em se tratando de todas as demais evidências
arqueológicas, apesar da gradação definida no quadro acima, deverão ser
melhor investigadas através da realização de um Programa de Prospecção
Intensiva e de Resgate Arqueológico (a ser executado durante a fese de
licença instalação), uma vez que, as informações disponíveis nesta fase são
preliminares e não interventivas.

8.6.COMUNIDADES TRADICIONAIS

Segundo o Decreto N° 6.040, de 07 de Fevereiro de 2007, no seu


Artigo 3°, parágrafo 1°, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome (MDS), consideram-se povos e comunidades tradicionais:

“grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem


como tais, que possuem formas próprias de organização social, que

717
ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para
sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica,
utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e
transmitidos pela tradição;”

Na Fundação Palmares foram identificadas duas comunidades


quilombolas no município do Cabo de Santo Agostinho (ver mapa do Anexo
10). Tais comunidades são denominadas Onze Negras (Data da publicação:
19/08/2005) e Engenho Trapiche (Data da publicação: 20/01/2006), ambas
com código do IBGE número 2602902.

Considerando os critérios apresentados anteriormente e consultando


os arquivos digitais dos órgãos governamentais responsáveis constatou-se
que a região da Área Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento, não
possui comunidades remanescentes de quilombos ou grupos considerados
tradicionais.

8.7. PASSIVO AMBIENTAL

O principal objetivo deste estudo é identificar as áreas de passivo


ambiental (PA) na paisagem circundante para futuramente, recuperar
quaisquer processos erosivos que foram desenvolvidos sem controle e
também evitar o assoreamento de corpos hídricos, procurando preservar ao
máximo o ambiente em torno do empreendimento.

Os passivos ambientais em projetos rodoviários são aspectos físicos


como erosões, instabilidades, assoreamentos, depósitos de resíduos
dispostos em lugares inadequados, entre outros. Segundo a Instrução de
Proteção Ambiental (IPA) de número 08 do DNIT, consideram como passivos
ambientais os efeitos externos negativos gerados pela existência e/ou
operação de rodovias que incidem sobre terceiros e de ações destes
mesmos terceiros sobre a rodovia.

8.7.1. METODOLOGIA

Neste EIA são indicadas as áreas degradadas presentes no Lote 2 do


empreendimento, conforme o Estudo de Impacto Ambiental realizado por
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012) e consolidado com
base nas imagens aéreas realizadas pela empresa Dynatest, responsável
pelo anteprojeto de engenharia (2014), para as quais, são propostas
medidas de recuperação. São designados como Passivos Ambientais os
pontos onde foram identificadas áreas degradadas.

Cada uma das ocorrências de passivos ambientais identificadas foi


descrita com base nos dados do EIA elaborado por Moraes & Albuquerque

718
Advogados e Consultores (2012), e cadastrada em termos de posição
geográfica. As técnicas de identificação de passivos ambientais dentro da
AID basearam-se nas visitas de campo feitas pela equipe técnica e em
ferramentas gráficas, como aerofotografia da AID e registros fotográficos
gerados pela equipe do EIA.

Ressalta-se a necessidade de que durante a fase de elaboração do


projeto básico os passivos ambientais sejam recadastrados, visando a
inclusão de novos passivos e/ou o cessamento de alguns passivos. Segundo
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012) os passivos
ambientais identificados na AID são decorrentes de impactos pré-existentes,
os quais podem ter cessado na área, mas deixando o passivo sem
recuperação ambiental, ou podem estar ainda ativos, se intensificando, e/ou
gerando novos passivos.

A avaliação de impactos de um empreendimento requer a verificação


de todos os impactos adicionais em relação a uma situação existente,
justificando a importância da identificação prévia dos passivos ambientais
assim como as soluções designadas para tratar os mesmos. Assim, durante
a elaboração do projeto básico deve ser elaborado o projeto de recuperação
destes passivos ambientais identificados na AID.

8.7.2. RESULTADOS

Os passivos ambientais identificados dentro da AID correspondem


principalmente a pontos de erosão gerados por sistemas de drenagem
ineficientes e por exposições do solo decorrentes de extrações de material
sem recuperação da área degradada. As ocorrências de maior porte estão
concentradas no entorno das BR-408 e da BR-101 Trecho Sul.

A seguir são apresentados os passivos ambientais identificados


juntamente com a descrição dos mesmos e as soluções propostas para
minimizar os impactos ambientais. Destaca-se que para os passivos que não
serão incorporados pelas obras do empreendimento, deverá ser elaborado
um projeto executivo de engenharia para recuperação dos mesmos.

719
Mapa 29 - Passivos Ambientais
ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO DO RECIFE - Lote 2
8°0'S 8°10'S
9120000 9105000 9090000
aça
027
Rio Ar

Rio Pirape m
280000

280000
Eng.

35°0'W
35°0'W

Santo Estevão

2
1

a
408

Eng.
pió Guerra
São Lourenço

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101
da Mata Ri o
027

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Engenhos
Salgadinho/Barbalho
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Eng.
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265000

265000
Goitá

4
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Araújo

Rio
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ze o Tap
ite Serraria

35°10'W
35°10'W

9120000 9105000 9090000


8°0'S 8°10'S

Localização Legenda Fonte Informações Cartográficas


36°W 35°W
Sistema Viário - Passivos Ambientais: SKILL, 2014
Passivos Ambientais - Trecho em Estudo: Dynatest, 2014
PB Rodovia em Leito Natural
- Localidade: IBGE, 2010
Trecho em Estudo Rodovia Pavimentada Estadual 1:100.000
- Sede Municipal: SKILL, 2014 -
Recife
Localidade Rodovia Pavimentada Federal Adaptado de IBGE, 2005
O

Áreas de Influência
8°S

Sede Municipal - Limite Municipal: IBGE, 2010 0 1,25 2,5 5 km


TI C

ADA - Área Diretamente Afetada (60 m) - Sistema Viário: Adaptado de


ÂN

Limite Municipal
dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico
PE
IBGE, 2013
AT L

Hidrografia Projeção Universal Transversa de Mercator - UTM


AID - Área de Influência Direta (500 m) - Hidrografia: IBGE, 2013
NO

Curso d'água dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico - Áreas de Influência: SKILL, 2014 Fuso 25 Sul | Meridiano Central -33°
EA

Massa d'água
OC

AII - Área de Influência Indireta (5 km) SIRGAS 2000


AL
dos Meios Físico e Biótico out/2014
9°S
Passivo N° 01

Foto:

Coordenadas: 25L 9088016 278939


Processo erosivo decorrente de corte e de sistema de drenagem ineficiente e próximo à faixa de domínio em ambos
os lados da rodovia. Solo erodido provoca assoreamento e alteração da qualidade da água e recursos hídricos do
Descrição:
entorno. Erosão tem origem em área de exploração de material na faixa de domínio.
O passivo ambiental está localizado na alça que dá acesso à PE-060 desde a BR-101 no sentido Recife-Suape.
Causa: Instabilidade geotécnica, drenagem, falta de cobertura do talude.
Porte: Grande
Lado: Ambos
A alça de acesso ao Arco passará pelo meio do local e o passivo ambiental será parcialmente incorporado às obras
Interação com o Arco:
de pavimentação da rodovia, portanto, a solução do mesmo deve constar no projeto de engenharia.
Reconformação topográfica;
Solução Proposta: Instalação de sistema de drenagem;
Plantio de espécies arbóreas e hidrossemeadura.

723
Passivo N° 02

Foto:

Coordenadas: 25L 9088892 279183


Descrição: Caixa de empréstimo explorada e sem recuperação ambiental próxima a faixa de domínio.
Causa: Exploração de material de aterro.
Porte: Grande
Lado: Direito
Interação com o Arco: Passivo ambiental localizado às margens da BR-101 no limite da AID.
Reconformação topográfica;
Solução Proposta Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Instalação de sistema de drenagem;
Monitoramento da recuperação do passivo ambiental.

724
Passivo N° 03

Foto:

Coordenadas: 25L 9098570 266329


Descrição: Jazida de pequeno porte abandonada sem recuperação ambiental.
Causa: Exploração de material.
Porte: Pequeno
Lado: Direito
Interação com o Arco: O passivo ambiental localiza-se próximo a faixa de domínio e não será incorporado as obras do empreendimento.
Reconformação topográfica;
Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Solução Proposta
Instalação de sistema de drenagem;
Monitoramento da recuperação do passivo ambiental.

725
Passivo N° 04

Foto:

Coordenadas: 25L 9102878 264297


Processo erosivo do solo resultante de uma antiga exploração de material de aproximadamente 3 hectares. Observa-
Descrição:
se alteração morfológica e inicio de ravinamento na área afetada.
Causa: Exploração de material.
Porte: Médio
Lado: Esquerdo
Interação com o Arco: O passivo ambiental localiza-se próximo a faixa de domínio e não será incorporado nas obras do empreendimento.
Reconformação topográfica;
Solução Proposta Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Monitoramento da recuperação do passivo ambiental.

726
Passivo N° 05

Foto:

Coordenadas: 25L 9110556 267997


Caixa de empréstimo explorada para manutenção de aterros próxima a faixa de domínio e sem recuperação
Descrição:
ambiental.
Causa: Pequena mineração dos proprietários do terreno.
Porte: Pequeno
Lado: Direito
Interação com o Arco: O passivo ambiental localiza-se próximo a faixa de domínio e não será incorporado nas obras do empreendimento.
Reconformação topográfica;
Solução Proposta Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Monitoramento da recuperação do passivo ambiental.

727
Passivo N° 06

Foto:

Coordenadas: 25M 9119141 269203


Depósito inadequado de resíduos, possivelmente gerados durante os trabalhos de duplicação da BR-408. Localiza-se
na APP do Rio Goitá, às margens da BR-408. No local verificam-se os taludes sem o acabamento adequado sendo
Descrição:
erodidos e carreando sedimentos para o Rio Goitá. O passivo ambiental vem sendo mimetizado por vegetação de
gramínea que oculta o material aterrado.
Causa: Destinação inadequada de resíduos.
Porte: Grande
Lado: Direito e Esquerdo
O passivo ambiental localiza-se na faixa de domínio e será incorporado as obras do empreendimento, necessitando
Interação com o Arco:
portanto, projeto de recuperação contantes no projeto de engenharia .
Execução e estabilização de bota-foras;
Solução Proposta Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Monitoramento da recuperação do passivo ambiental.

728
Passivo N° 07

Foto:

Coordenadas: 25M 9119382 269616


Processos erosivos decorrentes de extração de material com área de aproximadamente 9 hectares localizada entre
Descrição:
o Rio Capibaribe e a BR-408, área explorada sem critérios de geometria e sem recuperação ambiental.
Causa: Exploração de material de construção.
Porte: Grande
Lado: Esquerdo
Interação com o Arco: O passivo ambiental localiza-se próximo a faixa de domínio e não será incorporado nas obras do empreendimento.
Reconformação topográfica;
Solução Proposta Plantio de gramíneas e/ou hidrossemeadura;
Instalação de sistema de drenagem a montante e jusante.

729
8.8. PONTOS SENSÍVEIS E PREMISSAS PARA O PROJETO DE ENGENHARIA

Este capítulo apresenta um levantamento dos pontos sensíveis


ocorrentes ao longo do Lote 2 do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife.
Como pontos sensíveis foram considerados os locais que apresentam
atributos dos meios físico, biótico e socioeconômico que demandam análises
diferenciadas quando da elaboração do projeto básico e executivo de
engenharia, pois demandam medidas mitigatórias que devem ser inseridas
no projeto. Assim, para cada ponto identificado foram indicadas as
premissas ambientais para o projeto de engenharia. Este levantamento dos
pontos sensíves é apresentado neste EIA e também deverá ser considerado
para o RDCi do projeto e obra deste empreendimento.

8.8.1. METODOLOGIA

A metodologia empregada para o levantamento dos pontos sensíveis


ao longo do Lote 2 do empreendimento consistiu na análise das do
anteprojeto e as imagens do Google Earth foram analisadas ao longo de
todo o traçado do anteprojeto, buscando-se identificar locais com atributos
específicos para os meios físico, biótico e socioeconômico.

Os atributos considerados foram:

• Curso hídrico e, consequentemente, Áreas de Preservação


Permanente;

• Fragmentos de vegetação;

• Vegetação formando conecções entre remanescentes florestais;

• Locais sensíveis a ruídos (aglomerados populacionais, escolas);

• Presença de edificações;

• Estradas vicinais.

Cada ponto foi demarcado em mapa, obtendo-se as coordenadas


planas e indicando-se as premissas ambientais para o projeto de
engenharia. Na realização do levantamento das comunidades afetadas na
ADA em setembro/outubro de 2014, com vistas ao diagnóstico do meio
socioeconômico, todas as edificações previamente identificadas por
ortofotos e imagens de satélite foram visitadas, fazendo-se o ajuste quanto
ao número real de edificações presentes na ADA.

730
Ressalta-se que, em relação às premissas ambientais, quando da
elaboração dos projetos básico e executivo deverão ser avaliadas as
indicações ambientais para cada ponto sensível e, caso não seja possível
seu atendimento, deverá ser apresentada justificativa técnica para cada
ponto.

8.8.2. RESULTADOS

O levantamento resultou em 105 pontos relativos ao meio biótico, 45


aos meios físico/biótico, 45 aos meios físico/biótico/socioeconômico e 260 ao
meio socioeconômico. No quadro a seguir apresenta-se a relação destes
pontos, bem como as premissas a serem avaliadas na elaboração do projeto
de engenharia. No mapa do Anexo 11, podem ser visualizados estes pontos.

731
Quadro 117 - Pontos sensíveis ao longo do traçado do empreendimento e respectivas premissas ambientais para o projeto de engenharia.
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
1 Fragmento Florestal Biótico 268450 9118212

2 Fragmento Florestal Biótico 268110 9117349


3 Fragmento Florestal Biótico 268147 9117509
4 Fragmento Florestal Biótico 268202 9117758

5 Fragmento Florestal Biótico 268357 9118054


6 Fragmento Florestal Biótico 268097 9117092
7 Fragmento Florestal Biótico 268072 9116864

8 Fragmento Florestal Biótico 267954 9115047


9 Fragmento Florestal Biótico 267358 9113388
10 Fragmento Florestal Biótico 267297 9113395 Avaliar desvio de traçado para áreas adjacentes sem
11 Fragmento Florestal Biótico 267298 9113235 vegetação ou para minimizar a área do fragmento a suprimir

12 Fragmento Florestal Biótico 267288 9113001


13 Fragmento Florestal Biótico 267512 9112484

14 Fragmento Florestal Biótico 267635 9112311


15 Fragmento Florestal Biótico 267713 9112091
16 Fragmento Florestal Biótico 267872 9111603

17 Fragmento Florestal Biótico 267799 9110958


18 Fragmento Florestal Biótico 267847 9111010
19 Fragmento Florestal Biótico 267794 9110817

20 Fragmento Florestal Biótico 267737 9110751

732
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
21 Fragmento Florestal Biótico 267650 9110565

22 Fragmento Florestal Biótico 267599 9110349


23 Fragmento Florestal Biótico 267487 9110206
24 Fragmento Florestal Biótico 267435 9110157

25 Fragmento Florestal Biótico 266271 9109042


26 Fragmento Florestal Biótico 266023 9108876
27 Fragmento Florestal Biótico 266101 9108940

28 Fragmento Florestal Biótico 264475 9107675


29 Fragmento Florestal Biótico 264335 9107650
30 Fragmento Florestal Biótico 264474 9107694

31 Fragmento Florestal Biótico 264330 9107627 Avaliar desvio de traçado para áreas adjacentes sem
32 Fragmento Florestal Biótico 264021 9107517 vegetação ou para minimizar a área do fragmento a suprimir

33 Fragmento Florestal Biótico 264027 9107541

34 Fragmento Florestal Biótico 263899 9107458


35 Fragmento Florestal Biótico 263898 9107476
36 Fragmento Florestal Biótico 263635 9107346

37 Fragmento Florestal Biótico 263745 9107329


38 Fragmento Florestal Biótico 262965 9105518
39 Fragmento Florestal Biótico 262653 9104983

40 Fragmento Florestal Biótico 262720 9104528


41 Fragmento Florestal Biótico 263118 9103912
42 Fragmento Florestal Biótico 263368 9103622

733
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
43 Fragmento Florestal Biótico 263314 9103704

44 Fragmento Florestal Biótico 263610 9103644


45 Fragmento Florestal Biótico 263660 9103590
46 Fragmento Florestal Biótico 264116 9103643

47 Fragmento Florestal Biótico 264305 9103434


48 Fragmento Florestal Biótico 264439 9103334
49 Fragmento Florestal Biótico 264650 9102981

50 Fragmento Florestal Biótico 264805 9102629


51 Fragmento Florestal Biótico 265000 9102470
52 Fragmento Florestal Biótico 265044 9102358

53 Fragmento Florestal Biótico 265384 9101941 Avaliar desvio de traçado para áreas adjacentes sem
54 Fragmento Florestal Biótico 265400 9101923 vegetação ou para minimizar a área do fragmento a suprimir

55 Fragmento Florestal Biótico 266158 9099557

56 Fragmento Florestal Biótico 266154 9099440


57 Fragmento Florestal Biótico 266287 9099104
58 Fragmento Florestal Biótico 266314 9098741

59 Fragmento Florestal Biótico 266188 9098229


60 Fragmento Florestal Biótico 266415 9097668
61 Fragmento Florestal Biótico 266405 9097318

62 Fragmento Florestal Biótico 266478 9097072


63 Fragmento Florestal Biótico 266535 9097036
64 Fragmento Florestal Biótico 267690 9095962

734
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
65 Fragmento Florestal Biótico 272816 9094860

66 Fragmento Florestal Biótico 275749 9093869


67 Fragmento Florestal Biótico 275773 9093741
68 Fragmento Florestal Biótico 276291 9093256

69 Fragmento Florestal Biótico 277031 9092565


70 Fragmento Florestal Biótico 277289 9092214
Avaliar desvio de traçado para áreas adjacentes sem
71 Fragmento Florestal Biótico 278762 9090459
vegetação ou para minimizar a área do fragmento a suprimir
72 Fragmento Florestal Biótico 278959 9089488
73 Fragmento Florestal Biótico 278852 9087689
74 Fragmento Florestal Biótico 266491 9097176

75 Fragmento Florestal Biótico 266264 9098151


76 Fragmento Florestal Biótico 267810 9110849
77 Fragmento Florestal Biótico 267827 9111448

78 Recursos Hídricos Físico/Biótico 268502 9118262


79 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267981 9115053
80 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267615 9112229

81 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267802 9110694 Adotar ações que visem a preservação do manancial -
Contenção de Taludes, Controle de Processos Erosivos,
82 Recursos Hídricos Físico/Biótico 263888 9107515
Monitoramento da Qualidade D'água e Preservação das
83 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262798 9105336 Margens

84 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262615 9104877


85 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262772 9104404
86 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262896 9104345

735
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
87 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262832 9104277

88 Recursos Hídricos Físico/Biótico 265374 9101910


89 Recursos Hídricos Físico/Biótico 266264 9098337
90 Recursos Hídricos Físico/Biótico 275539 9094089

91 Recursos Hídricos Físico/Biótico 275623 9094056


92 Recursos Hídricos Físico/Biótico 269232 9119090
93 Recursos Hídricos Físico/Biótico 268139 9116085

94 Recursos Hídricos Físico/Biótico 269013 9119012


95 Recursos Hídricos Físico/Biótico 268104 9116530
96 Recursos Hídricos Físico/Biótico 268115 9116009
Adotar ações que visem a preservação do manancial -
97 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267714 9114565 Contenção de Taludes, Controle de Processos Erosivos,
98 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267291 9112998 Monitoramento da Qualidade D'água e Preservação das
Margens
99 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267577 9112356

100 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267826 9110918


101 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267301 9110007
102 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267251 9109958

103 Recursos Hídricos Físico/Biótico 267176 9109886


104 Recursos Hídricos Físico/Biótico 263551 9106981
105 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262976 9106044

106 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262965 9105921


107 Recursos Hídricos Físico/Biótico 262736 9105155
108 Recursos Hídricos Físico/Biótico 264586 9103153

736
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
109 Recursos Hídricos Físico/Biótico 265241 9102129

110 Recursos Hídricos Físico/Biótico 265849 9100234


111 Recursos Hídricos Físico/Biótico 266294 9099021
112 Recursos Hídricos Físico/Biótico 266321 9098735

113 Recursos Hídricos Físico/Biótico 272425 9095286


114 Recursos Hídricos Físico/Biótico 275309 9094254
Adotar ações que visem a preservação do manancial -
115 Recursos Hídricos Físico/Biótico 277894 9091473 Contenção de Taludes, Controle de Processos Erosivos,
116 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278577 9090743 Monitoramento da Qualidade D'água e Preservação das
Margens
117 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278703 9090625
118 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278777 9090503

119 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278841 9090441


120 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278949 9089567
121 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278583 9088830

122 Recursos Hídricos Físico/Biótico 278610 9088067


Passagem de Fauna (rio
123 Biótico 268502 9118262
Goitá) Implantar passagem seca sob a ponte do rio para
Passagem de Fauna (rio deslocamento da fauna com as seguintes dimensões:
124 Biótico 267981 9115053
Tapacurá) 2,50x2,50/apresentar justificativas, caso não haja
Passagem de Fauna (rio possibilidade implantação
125 Biótico 265374 9101910
Jaboatão)
126 Passagem de Fauna Biótico 275623 9094056 Projetar passagens de fauna do tipo BSCC (bueiro simples
celular de concreto) 2,50 x 2,50/verificar a possibilidade de
127 Passagem de Fauna Biótico 269232 9119090 adaptar os dispositivos de drenagem para transposição da
128 Passagem de Fauna Biótico 269013 9119012 fauna/apresentar justificativas, caso não haja possibilidade de
implantação de passadouros de fauna e/ou adapatação dos
129 Passagem de Fauna Biótico 268104 9116530 dispositivos de drenagens previstos no anteprojeto

737
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de engenharia
E (m) N (m)
130 Passagem de Fauna Biótico 268115 9116009

131 Passagem de Fauna Biótico 267714 9114565


132 Passagem de Fauna Biótico 267291 9112998
133 Passagem de Fauna Biótico 267577 9112356

134 Passagem de Fauna Biótico 267826 9110918


135 Passagem de Fauna Biótico 267301 9110007
136 Passagem de Fauna Biótico 267251 9109958

137 Passagem de Fauna Biótico 267176 9109886


138 Passagem de Fauna Biótico 262976 9106044
Projetar passagens de fauna do tipo BSCC (bueiro simples
139 Passagem de Fauna Biótico 262965 9105921 celular de concreto) 2,50 x 2,50/verificar a possibilidade de
adaptar os dispositivos de drenagem para transposição da
140 Passagem de Fauna Biótico 262736 9105155
fauna/apresentar justificativas, caso não haja possibilidade de
141 Passagem de Fauna Biótico 264586 9103153 implantação de passadouros de fauna e/ou adapatação dos
dispositivos de drenagens previstos no anteprojeto
142 Passagem de Fauna Biótico 265241 9102129

143 Passagem de Fauna Biótico 265849 9100234


144 Passagem de Fauna Biótico 272425 9095286
145 Passagem de Fauna Biótico 275309 9094254

146 Passagem de Fauna Biótico 277894 9091473


147 Passagem de Fauna Biótico 278577 9090743
148 Passagem de Fauna Biótico 278777 9090503

149 Passagem de Fauna Biótico 278949 9089567


150 Passagem de Fauna Biótico 278610 9088067

738
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
151 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 268502 9118262

152 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267981 9115053


153 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267615 9112229
154 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267802 9110694

155 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 263888 9107515


156 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262798 9105336
157 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262615 9104877

158 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262772 9104404


159 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262896 9104345
160 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262832 9104277

161 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 265374 9101910 Não implantar áreas de empréstimos, jazidas,
bota-foras e canteiros de obras ou outras
162 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 266264 9098337 áreas de apoio nas APPs.
163 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 275539 9094089

164 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 275623 9094056


165 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 269232 9119090
166 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 268139 9116085

167 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 269013 9119012


168 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 268104 9116530
169 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 268115 9116009

170 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267714 9114565


171 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267291 9112998
172 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267577 9112356

739
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
173 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267826 9110918
174 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267301 9110007
175 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267251 9109958
176 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 267176 9109886
177 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 263551 9106981
178 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262976 9106044
179 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262965 9105921
180 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 262736 9105155
181 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 264586 9103153
182 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 265241 9102129
183 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 265849 9100234 Não implantar áreas de empréstimos, jazidas,
bota-foras e canteiros de obras ou outras
184 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 266294 9099021
áreas de apoio nas APPs.
185 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 266321 9098735
186 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 272425 9095286
187 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 275309 9094254
188 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 277894 9091473
189 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278577 9090743
190 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278703 9090625
191 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278777 9090503
192 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278841 9090441
193 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278949 9089567
194 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278583 9088830
195 Interferência em APPs Físico/Biótico/ Socioeconômico 278610 9088067

740
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
196 Presença de População Socioeconômico 273586 9094541

197 Presença de População Socioeconômico 272574 9094969


198 Presença de População Socioeconômico 272864 9094938
199 Presença de População Socioeconômico 269575 9095601

200 Presença de População Socioeconômico 270323 9095722


201 Presença de População Socioeconômico 266213 9097917
202 Presença de População Socioeconômico 266168 9098160

203 Presença de População Socioeconômico 266222 9098958


204 Presença de População Socioeconômico 266219 9098740
205 Presença de População Socioeconômico 266245 9099362
Monitoramento dos Ruidos Gerados -
206 Presença de População Socioeconômico 267924 9110913 Atendimento da NBR 10.151/00 /
207 Presença de População Socioeconômico 269622 9095348 Monitoramento da Qualidade do Ar / Controle
de Poeiras
208 Presença de População Socioeconômico 269081 9095286

209 Presença de População Socioeconômico 266526 9096879


210 Presença de População Socioeconômico 266265 9097213
211 Presença de População Socioeconômico 266520 9097187

212 Presença de População Socioeconômico 266318 9097406


213 Presença de População Socioeconômico 266244 9097571
214 Presença de População Socioeconômico 266449 9097965

215 Presença de População Socioeconômico 266444 9098000


216 Presença de População Socioeconômico 266322 9099430
217 Presença de População Socioeconômico 265971 9099451

741
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
218 Presença de População Socioeconômico 266182 9099777

219 Presença de População Socioeconômico 265911 9099906


220 Presença de População Socioeconômico 263421 9103424
221 Presença de População Socioeconômico 263410 9103721

222 Presença de População Socioeconômico 262987 9104239


223 Presença de População Socioeconômico 262657 9104414
224 Presença de População Socioeconômico 264889 9107861

225 Presença de População Socioeconômico 264996 9108005


226 Presença de População Socioeconômico 267815 9110527
Monitoramento dos Ruidos Gerados -
227 Presença de População Socioeconômico 267813 9110617 Atendimento da NBR 10.151/00 /
228 Presença de População Socioeconômico 267881 9110761 Monitoramento da Qualidade do Ar / Controle
de Poeiras
229 Presença de População Socioeconômico 267498 9110456
230 Presença de População Socioeconômico 267533 9110523

231 Presença de População Socioeconômico 267390 9110398


232 Presença de População Socioeconômico 267321 9110266
233 Presença de População Socioeconômico 267775 9111120

234 Presença de População Socioeconômico 268032 9111076


235 Presença de População Socioeconômico 268037 9111002
236 Presença de População Socioeconômico 267993 9111312

237 Presença de População Socioeconômico 267950 9111284

742
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)

238 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268143 9117340

239 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268129 9117056

240 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268126 9116995


241 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268121 9116913

242 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268119 9116870


243 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268116 9116805
244 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268113 9116740

245 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268108 9116647


246 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268104 9116504
Avaliar a implantação de passagens inferiores
247 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268107 9116310 para permitir o deslocamento da população e
248 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268106 9116277 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
249 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268109 9116236
250 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268110 9116193

251 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268113 9116098


252 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268116 9115997
253 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268118 9115928

254 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268120 9115565


255 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268115 9115511
256 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268102 9115421

257 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268092 9115367


258 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268031 9115164

743
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
259 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267948 9114972

260 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267932 9114943


261 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267921 9114924
262 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267869 9114832

263 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267834 9114770


264 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267739 9114607
265 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267700 9114539

266 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267658 9114467


267 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267626 9114411
268 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267608 9114381
Avaliar a implantação de passagens inferiores
269 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267443 9113984 para permitir o deslocamento da população e
270 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267323 9113380 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
271 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267289 9113201

272 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267282 9113147


273 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267284 9113042
274 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267295 9112977

275 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267334 9112858


276 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267389 9112745
277 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267429 9112661

278 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267770 9111931


279 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267842 9111662
280 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267872 9111373

744
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
281 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267761 9110700

282 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267711 9110579


283 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267557 9110306
284 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266747 9109249

285 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266732 9109238


286 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265645 9108494
287 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265538 9108384

288 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265334 9108174


289 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265075 9107915
290 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265034 9107882
Avaliar a implantação de passagens inferiores
291 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264969 9107838 para permitir o deslocamento da população e
292 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264927 9107818 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
293 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264816 9107774

294 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264426 9107666


295 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263598 9107108
296 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263596 9107066

297 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263591 9106992


298 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263557 9106870
299 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263452 9106754

300 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263119 9106404


301 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263103 9106379
302 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263028 9106224

745
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
303 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263015 9106189

304 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263001 9106145


305 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 262960 9105934
306 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 262633 9104919

307 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 262746 9104517


308 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 262892 9104263
309 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 263414 9103623

310 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264731 9102859


311 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 264866 9102589
312 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265639 9101443
Avaliar a implantação de passagens inferiores
313 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265795 9100559 para permitir o deslocamento da população e
314 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265825 9100361 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
315 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265856 9100204

316 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265898 9100058


317 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265925 9099981
318 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 265963 9099883

319 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266153 9099471


320 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266196 9099346
321 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266223 9099246

322 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266270 9098950


323 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266274 9098857
324 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266272 9098713

746
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
325 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266230 9098345

326 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266225 9098299


327 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266225 9098150
328 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266231 9098109

329 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266291 9097926


330 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266430 9097609
331 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266436 9097458

332 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266617 9096943


333 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266665 9096900
334 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266781 9096797
Avaliar a implantação de passagens inferiores
335 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266974 9096625 para permitir o deslocamento da população e
336 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 266996 9096606 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
337 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267318 9096318

338 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267470 9096185


339 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267503 9096156
340 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267531 9096132

341 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 267865 9095834


342 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268111 9095617
343 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268244 9095519

344 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 268381 9095446


345 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 269283 9095425
346 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 269309 9095432

747
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
347 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 269562 9095506

348 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 269592 9095515


349 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 269718 9095551
350 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 270023 9095640

351 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 270095 9095661


352 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 270492 9095776
353 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 270720 9095845

354 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 271441 9095932


355 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 271721 9095855
356 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 272078 9095632
Avaliar a implantação de passagens inferiores
357 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 272814 9094904 para permitir o deslocamento da população e
358 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 272940 9094805 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
359 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 273171 9094670

360 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 273384 9094573


361 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 273478 9094543
362 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 273842 9094477

363 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 274063 9094466


364 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 274560 9094188
365 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 274658 9094174

366 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275079 9094255


367 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275177 9094266
368 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275241 9094264

748
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
369 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275293 9094257

370 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275349 9094244


371 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275553 9094133
372 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 275799 9093772

373 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277119 9092507


374 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277270 9092289
375 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277745 9091644

376 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277788 9091587


377 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277864 9091506
378 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 277969 9091391
Avaliar a implantação de passagens inferiores
379 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278030 9091326 para permitir o deslocamento da população e
380 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278106 9091243 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
381 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278294 9091044

382 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278565 9090755


383 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278775 9090507
384 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278797 9090472

385 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278978 9089854


386 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278978 9089761
387 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278966 9089659

388 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278950 9089575


389 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278942 9089541
390 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278889 9089375

749
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
391 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278849 9089287

392 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278821 9089235


393 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278679 9089012
394 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278659 9088981

395 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278650 9088967


396 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278505 9088727
397 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278486 9088672
Avaliar a implantação de passagens inferiores
398 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278475 9088629 para permitir o deslocamento da população e
399 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278463 9088441 produção da região/apresentar justificativas,
caso não haja possibilidade implantação
400 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278525 9088228

401 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278591 9088103


402 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278631 9088024
403 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278662 9087970

404 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278671 9087954


405 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278711 9087878
406 Rodovias/Estradas Vicinais Socioeconômico 278838 9087640

407 Casas Socioeconômico 267922 9111415


408 Casas Socioeconômico 267898 9111423
409 Casas Socioeconômico 267895 9111412 Avaliar desvio em relaçao a edificação para
410 Casas Socioeconômico 267897 9111381 evitar desapropriar/indenizar o imóvel.

411 Casas Socioeconômico 267917 9111351


412 Casas Socioeconômico 267732 9110682

750
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
413 Casas Socioeconômico 267741 9110640

414 Casas Socioeconômico 264885 9107865


415 Casas Socioeconômico 262824 9104315
416 Casas Socioeconômico 262980 9104243

417 Casas Socioeconômico 264768 9102668


418 Casas Socioeconômico 264783 9102660
419 Casas Socioeconômico 265917 9099907

420 Casas Socioeconômico 265930 9099924


421 Casas Socioeconômico 266049 9099727
422 Casas Socioeconômico 266165 9099405

423 Casas Socioeconômico 266175 9099315 Avaliar desvio em relaçao a edificação para
424 Casas Socioeconômico 266009 9099532 evitar desapropriar/indenizar o imóvel.

425 Casas Socioeconômico 266286 9098855

426 Casas Socioeconômico 266203 9098702


427 Casas Socioeconômico 266210 9098720
428 Casas Socioeconômico 266181 9098270

429 Casas Socioeconômico 266424 9097574


430 Casas Socioeconômico 266477 9097204
431 Casas Socioeconômico 266511 9097193

432 Casas Socioeconômico 267446 9096132


433 Casas Socioeconômico 269092 9095302
434 Casas Socioeconômico 269175 9095317

751
Coord en ad as U TM
Cód ig o Tem a Com p on en t e S I RGAS 2 0 0 0 / Fu so 2 5 S u l Premissas ambientais para o projeto de
en genharia
E (m) N (m)
435 Casas Socioeconômico 269185 9095305

436 Casas Socioeconômico 269538 9095522


437 Casas Socioeconômico 272812 9094881
438 Casas Socioeconômico 276033 9093416

439 Casas Socioeconômico 276248 9093253


440 Casas Socioeconômico 276413 9093125
441 Casas Socioeconômico 276602 9092995

442 Casas Socioeconômico 277008 9092621


443 Casas Socioeconômico 277139 9092487 Avaliar desvio em relaçao a edificação para
444 Casas Socioeconômico 277472 9092245 evitar desapropriar/indenizar o imóvel.

445 Casas Socioeconômico 278763 9090445


446 Casas Socioeconômico 266326 9097392
447 Casas Socioeconômico 266218 9097916

448 Casas Socioeconômico 263236 9103725


449 Casas Socioeconômico 267442 9110279
450 Casas Socioeconômico 267629 9110258

451 Casas Socioeconômico 267862 9110771


452 Casas Socioeconômico 267978 9111315
453 Escolas Socioeconômico 266133 9098147 Avaliar implantação de Barreiras Acústicas
para instalação e operação / Monitoramento
454 Escolas Socioeconômico 272873 9094943 dos Ruidos Gerados - Atendimento da NBR
10.151/00 / Monitoramento da Qualidade do
455 Escolas Socioeconômico 272866 9094915 Ar / Controle de Poeiras

752
9. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

10.1. METODOLOGIA

A avaliação de impactos ora apresentada corresponde a uma


consolidação dos impactos já previstos no EIA elaborado em 2012 (Moraes &
Albuquerque Advogados e Consultores Ltda., 2012), mantendo-se os
procedimentos metodológicos da quali-quantificação dos impactos, porém
considerando-se aqueles ocorrentes apenas para o Lote 2 do
empreendimento. Ressalta-se que nesta revisão e consolidação dos
impactos que já haviam sido identificados, foram considerados apenas
aqueles decorrentes do empreendimento em si, ou seja, das atividades que
envolvem o planejamento, as obras e a operação do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife - Lote 2.

10.1.1. FASES ANALISADAS E AÇÕES IMPACTANTES

Têm-se três fases dentro da concepção prevista para o Lote 2 do


empreendimento:

1) Fase de Planejamento ou pré-implantação;

2) Fase de Implantação;

3) Fase de Operação.

• FASE DE PLANEJAMENTO OU PRÉ-IMPLANTAÇÃO

A Fase de Planejamento do empreendimento compreende as ações


de estudos e projetos e ainda as ações de desapropriação e remanejamento
de população, cujo processo se inicia antes das obras. Esta fase, ou melhor,
a geração de impactos resultante dela, atingirá seu ponto máximo quando
começarem as pesquisas finais para desapropriação, sendo isto uma
situação verificada em projetos que envolvem o remanejamento
involuntário de população.

Como ação impactante que pode ocasionar tanto impactos positivos


quanto negativos, foi considerada:

a) Elaboração de Estudos e Projetos:

Relaciona-se a todos os estudos prévios realizados. Consideram-se os


trabalhos de gabinete e avaliações em campo, análise cartográfica e
estudos topográficos. Incluem análises de viabilidade técnica, econômica e
ambiental, bem como análises de alternativas técnicas para as soluções de

753
engenharia. Estas atividades ampliam o conhecimento científico que se tem
da região, mas também terminam levantando expectativas nas
comunidades e preocupações quanto ao futuro e possibilidades de
intervenção do empreendimento em suas vidas. Nesta ação também se
inclui a divulgação pública do empreendimento durante o processo de
licenciamento ambiental.

• FASE DE IMPLANTAÇÃO

Nesta fase ocorrerão as obras para a construção do arco com pista


dupla no Lote 2, entre a BR-408 e a BR-101 sul. Nesta fase foram
identificadas as seguintes ações impactantes:

a) Cadastro, desapropriação de terras e remanejamento de população

Estando definido o local de implantação do empreendimento no


projeto básico e executivo e sua viabilidade ambiental, inicia-se o processo
de cadastro, aquisição ou desapropriação de terras e, eventualmente,
benfeitorias necessárias para a implantação das obras do Lote 2. Momentos
antes do início das obras, inicia-se a desapropriação, que perdura nos
meses iniciais de obra até a completa a remoção/remanejamento de
pessoas, imóveis e benfeitorias, liberando a faixa de domínio para o avanço
das obras.

b) Mobilização, implantação e operação de canteiros de obra e frentes


de trabalho

Nesta atividade impactante se agrupam todas as ações relacionadas


com o início dos trabalhos de construção, começando pela mobilização de
máquinas e mão de obra e a implantação de canteiro de obras, tanto o
canteiro principal, quanto os canteiros auxiliares (frentes de trabalho) nos
pontos de contração de obras de arte especiais, por exemplo, precisando
para isso da limpeza e nivelamento do terreno, obra civil nos locais onde
estes pontos de apoio serão implantados. Inclui-se também nesta ação
impactante a operação destes canteiros, com as consequentes atividades
de geração de resíduos sólidos, atividades industriais nas plantas de
concreto e asfalto, lavagem e manutenção de veículos pesados,
laboratórios, refeitórios, etc.

c) Supressão de Vegetação e Limpeza do Terreno

Esta ação refere-se à supressão de vegetação e limpeza do terreno


com remoção da camada orgânica superficial, destocamento, etc., deixando
exposto o solo para a realização posterior das atividades de terraplenagem.

754
d) Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de áreas de
empréstimo e ocupação de bota-foras

Nesta ação impactante se agrupam todas as atividades de escavação


do terreno a serem realizadas. A ação impactante envolve também as
atividades de conformação de corpo de aterro com materiais oriundos das
escavações e de áreas de empréstimo, bem como o encaminhamento de
material excedente das escavações como expurgos, solos moles, etc., para
locais de bota-fora.

e) Tráfego de veículos pesados

O aumento significativo de veículos pesados trafegando pelas áreas


de implantação do Arco será uma ação impactante verificada ao longo da
implantação. O fluxo destes veículos pesados gerará material particulado,
ruídos e aumentará as possibilidades de acidentes com as comunidades
rurais residentes na área.

f) Obra Civil

Agrupam-se nesta ação impactante todas as ações relacionadas com


obra civil propriamente dita, como a construção de obras de arte (OAE,
OAC), pavimentação da pista, construção de pedágios, etc. Nesta ação
impactante incluíram-se também as atividades de remanejamento e
recomposição de infraestrutura atingida pelas obras do Arco, incluindo
redes elétricas, estradas de serviço, açudes, dentre outros.

• FASE DE OPERAÇÃO

A fase de operação considera a entrada em operação do Lote 2 do


Arco Rodoviário Metropolitano do Recife, atraindo tráfego dos acessos
periféricos dessa região, diminuindo o tempo de viagem de motoristas,
melhoramento dos níveis de serviço na BR-101.

Nesta fase de operação foram definidas as seguintes ações


impactantes:

a) Geração de uma dinâmica de tráfego

Considera-se nesta ação impactante a operação propriamente dita do


Arco Rodoviário Lote 2 atraindo veículos das rodovias circundantes e
criando uma dinâmica de tráfego própria. Nesta ação impactante se
considera a atratividade de veículos pesados com cargas perigosas dentre
outras.

755
b) Manutenção e conservação da rodovia

Esta ação compreende as atividades rotineiras de manutenção da


rodovia, incluindo as atividades inerentes ao conserto de defeitos na pista,
sinalização e capina na faixa de domínio.

10.1.2. PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO E QUALI-


QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS

O exercício de avaliação de impacto ambiental se fundamenta na


superposição de duas camadas de informação: a primeira que representa o
cenário ambiental de um território nas condições em que se encontra antes
da implantação do empreendimento e a segunda representada pelo projeto,
o qual considera a forma com que as ações transformadoras vão atuando no
território previamente caracterizado. A previsão e medição dos impactos
ambientais constituem um exercício objetivo, enquanto que a determinação
do grau de importância é subjetiva por envolver julgamentos de valor.

Para a avaliação de impactos, foi empregada inicialmente a


metodologia Ad-Hoc, na qual foram realizadas reuniões com a equipe
técnica multidisciplinar para identificar e listar os impactos decorrentes das
ações transformadoras previstas nas três fases. Em seguida foi utilizado o
método das matrizes de Interação de forma a correlacionar as ações do
empreendimento que geram impactos com os fatores ambientais. A
sequência metodológica da avaliação é listada e descrita a seguir:

1) Identificação de impactos pelos especialistas;

2) Discussão interdisciplinar com todos os membros da equipe,


definindo os impactos relevantes;

3) Elaboração de Matriz de Interação com a qualificação dos


impactos;

4) Revisão e consolidação dos impactos em nova reunião para


integração das informações;

5) Definição de medidas mitigadoras e Programas Ambientais.

• MATRIZ DE IMPACTOS E CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO

A avaliação de impacto ambiental no cenário de implantação do


empreendimento foi sistematizada por meio de uma matriz de interações
entre os diversos fatores. Nesta matriz foram listados todos os impactos
ambientais identificados, procedendo-se à qualificação e análise à luz das

756
características específicas do território de estudo. Os critérios de avaliação
empregados são apresentados a seguir:

a) Efeito - Identifica os efeitos benéficos e os adversos sobre o meio


ambiente, podendo ser positivo (quando o impacto traduz uma
melhoria da qualidade de um fator ambiental ou social) ou negativo
(quando o impacto traduz danos à qualidade de um fator ou
parâmetro ambiental ou social).

b) Direcionalidade - Leva em consideração o componente do meio


ambiente que recebe em primeira instância o impacto, podendo ser:
Componentes do Meio Físico; Componentes do Meio Biótico;
Componentes do Meio Socioeconômico.

c) Natureza - Determina a forma como o impacto resultante de uma


ação do empreendimento se manifesta, podendo ser direto (quando o
impacto resulta diretamente da ação) e indireto (quando o impacto se
dá secundariamente à ação, ou seja, quando é causado por outro
impacto).

d) Persistência - Os cenários de persistência fornecem uma indicação


qualitativa da ocorrência de um impacto dentro dos cenários
analisados. Para avaliar esse critério foi definida a seguinte escala de
classificação: temporário (ocorre uma única vez em uma parcela de
tempo da fase analisada), cíclico (ocorre várias vezes na fase
analisada), permanente (ocorre continuamente sem interrupção
durante a fase analisada).

e) Dinamismo ou reversibilidade - É um qualificativo que permite


identificar os impactos negativos que poderão ser evitados ou
mitigados (reversíveis) ou apenas compensados (irreversíveis). Pode
ser reversível: impacto para o qual, uma vez cessada a ação, o fator
ou parâmetro ambiental afetado, retorna às suas condições originais;
ou irreversível: neste caso, uma vez cessada a ação, o parâmetro
ambiental não retorna as condições originais.

f) Temporalidade ou persistência - É um qualificativo que traduz a


duração do impacto no ambiente, podendo ser: curto prazo (de 0 – 5
anos); médio prazo (5 – 10 anos); longo prazo (acima de 10 anos).

g) Abrangência do impacto - Os critérios de avaliação da abrangência


são os seguintes:

i. Pontual: os efeitos do impacto ficam restritos a um pequeno


raio em torno do ponto de geração;

757
ii. Local: os efeitos do impacto se irradiam em torno de um
raio maior que varia em função das características de cada
variável analisada, mas sempre sendo limitado à ADA do
empreendimento;

iii. Restrita: os efeitos do impacto se fazem sentir em toda a


extensão territorial definida como Área de Influência Direta
do Empreendimento;

iv. Regional: os efeitos do impacto se fazem sentir na AII do


empreendimento;

v. Global: os efeitos do impacto extrapolam a AII do


empreendimento.

h) Magnitude ou intensidade do impacto - Gradua o tamanho do impacto


e a intensidade com que o mesmo repercute no meio ambiente. É um
dos parâmetros de qualificação mais importante e mais difícil de
estabelecer nos estudos de impacto ambiental. A rigor, a definição da
magnitude do impacto, deve abranger as outras classificações
efetuadas, o que normalmente é omitido nos estudos ambientais
caindo em subjetividades. A escala de magnitude definida neste
estudo envolve as classes discriminadas no quadro a seguir.

Quadro 118 - Escala de magnitude dos impactos ambientais.


Magnitude Desc riç ão
Aplicável a impactos de baixa intensidade no contexto geral do projeto, seja de
forma negativa ou positiva. Sua ocorrência, ou está prevista ao igual que seu
1
controle, ou mesmo sem controle não se modifica expressivamente o fator
ambiental.
Aplicável a impactos de magnitude intermediária, cujos efeitos não podem ser
2 considerados inexpressivos como no Nível 1, mas cujo controle pode ser
efetuado com medidas de mitigação simples.
Aplicável a impactos de magnitude intermediária, cujos efeitos não podem ser
considerados tão rigorosos como no Nível 4, mas cujo controle deve ser
3
efetuado através de medidas mitigadoras de maior complexidade, ou
monitoramento sistêmico, ou inclusive compensação ambiental.
Aplicável a impactos de alta magnitude, com potencial de causar danos severos
em qualquer uma das dimensões, físicas, bióticas ou antrópicas. Em geral os
efeitos são irreversíveis e a alteração ambiental decorrente do impacto é
4
considerada chave e determinante na qualidade ambiental futura das áreas de
Influência, devendo ser compensada ou controlada através de monitoramento e
acompanhamento permanente.

i) Probabilidade de ocorrência - Avalia de forma qualitativa a


probabilidade de ocorrência do impacto em função das características
do meio ambiente. A escala de probabilidade definida para este caso
apresenta-se a seguir:

i. Remota: Probabilidade quase nula de acontecer durante a


fase analisada;

758
ii. Pouco Provável: Não é esperado de acontecer durante a
fase analisada;

iii. Provável: Pode acontecer durante a fase analisada;

iv. Muito Provável: Quase certeza que o impacto acontecerá


na fase analisada;

v. Certeza: Probabilidade de 100% que o impacto acontecerá


na fase analisada.

j) Importância do impacto - A hierarquização dos impactos ambientais


no empreendimento foi realizada em função da interação entre os
parâmetros de magnitude e probabilidade de ocorrência. Nestes dois
parâmetros complementares pode-se sintetizar o exercício de
avaliação de impacto ambiental, uma vez que o valor da Intensidade
(escala de 1 a 4) é função dos demais qualificativos, que por sua vez,
só farão sentido na medida em que o impacto acontecer ou não, o
que é determinado através do qualificativo de Incerteza. A interação
entre estes dois critérios fornece a importância do impacto a qual foi
definida conforme se mostra o quadro a seguir.

Quadro 119 - Critérios para determinação da importância dos impactos.


Mag n it u d e d o im p ac t o
Probabilidade de 1 2 3 4
oc orrência
Certeza Baixa Mod Alta M.alta

Muito provável Baixa Mod Alta Alta

Provável Baixa Baixa Mod Mod

Pouco provável M.baixa Baixa Baixa Mod

Remota M.baixa M.baixa M.baixa Baixa

10.2. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

O exercício de identificação e qualificação de impactos ambientais foi


sistematizado na matriz de impacto ambiental é apresentado no Quadro
120, na qual foram avaliados 35 impactos.

759
Quadro 120 - Matriz de identificação e qualificação de impactos ambientais. Legenda: Direcionalidade: meio físico (MF), meio biótico (MB), meio socioeconômico (MS); natureza: direto (DTO), indireto (IND); persistência: temporário
(TEM), permanente (PER), cíclico (CIC); reversibilidade: reversível (REV), irreversível (IRRE); temporalidade: curto prazo (C.PZ), médiio prazo (M.PZ), longo prazo (L.PZ); abrangência: pontual (PON), local (LOC), restrita (RTA),
regional (REG), global (GB); probabilidade de ocorrência: remota (RE), pouco provável (PPV), provável (PV), muito provável (MPV), certa (CE); magnitude: baixa (1), baixa intermediária (2), intermediária alta (3), alta (4).
QU AL I FI CAÇÃO DO I MPACTO

Direc ion alid ad e

I m p ort ân c ia d o
Reversib ilid ad e

Tem p oralid ad e

Ab ran g ên c ia
Persist ên c ia

Oc orrên c ia
Mag n it u d e
Nat u reza

im p ac t o
E feit o
N° NOME DO IMPACTO AÇÃO TRANS FORMADORA/CAU S A

Fase d e planejamento/pré-implantação
Geração de expectativas na população quanto à
(1) Elaboração de estudos e projetos. NEG MS DTO TEM REV C.PZ REG 2 CE Moderada
implantação do empreendimento.
Distorção e especulação do custo da terra na Geração de expectativas na população quanto à implantação do empreendimento.
(2) NEG MS IND TEM REV C.PZ REG 2 MPV Moderada
região do empreendimento
(3) Valorização imobiliária e fundiária. Distorção e especulação do custo da terra na região do empreendimento. POS MS IND PER IRRE L.PZ RTA 3 MPV Alta
(4) Ocupação desordenada da ADA. Geração de expectativas na população quanto à implantação do empreendimento. NEG MS IND TEM IRRE C.PZ LOC 3 PV Moderada
Fase d e implantação

Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho; Supressão de
(5) NEG MF DTO TEM REV C.PZ PON 2 CE Moderada
nos canteiros de obras e frentes de trabalho. vegetação e limpeza do terreno.

Aumento dos níveis de ruído e material Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho; escavação mecânica,
(6) particulado no entorno do(s) canteiro(s) de obras terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras; tráfego de veículos NEG MF DTO TEM REV C.PZ LOC 2 CE Moderada
e frentes de obras. pesados; obras civis.

Descaracterização morfológica e paisagística na


(7) Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras. NEG MF DTO PER IRRE C.PZ LOC 2 CE Moderada
ADA.
Potencial de indução a instabilidades
(8) Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras. NEG MF DTO TEM REV C.PZ LOC 3 PV Moderada
geotécnicas nos taludes de corte e aterro.
Aumento no potencial de geração de focos de
(9) Supressão de vegetação e limpeza do terreno, obras civis. NEG MF DTO CIC REV C.PZ PON 2 PV Baixa
processos erosivos.
Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho; escavação mecânica,
Potencial de contaminação do solo e águas
(10) terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras; tráfego de veículos NEG MF DTO TEM REV C.PZ PON 2 PPV Baixa
subterrâneas.
pesados; obras civis.
Aumento no potencial de assoreamento de
Potencial geração de focos de processos erosivos; Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos
(11) cursos d'água e alteração na hidrodinâmica dos NEG MF IND PER IRRE C.PZ PON 4 MPV Alta
nos canteiros de obras e frentes de trabalho.
corpos hídricos.
Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho; escavação mecânica,
(12) Alteração na qualidade das águas superficiais. terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras; tráfego de veículos NEG MF DTO TEM REV M.PZ RTA 3 PPV Baixa
pesados; obras civis.
Intervenção em Áreas de Preservação Supressão de vegetação e limpeza do terreno; Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de
(13) NEG MF/MB/MS DTO PER IRRE C.PZ PON 3 CE Alta
Permanente. áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras; obras civis.
(14) Alteração da cobertura vegetal na ADA. Supressão de vegetação e limpeza do terreno; NEG MB DTO PER IRRE C.PZ LOC 3 CE Alta
(15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna. Alteração da cobertura vegetal na ADA. NEG MB IND PER IRRE C.PZ RTA 3 CE Alta

Aumento potencial na mortalidade da fauna Supressão de vegetação e limpeza do terreno; Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de
(16) NEG MB DTO TEM IRRE C.PZ PON 3 PV Moderada
terrestre. áreas de empréstimo e ocupação de bota-fora.

Aumento no potencial de interferência na biota Potencial de assoreamento de cursos d'água e alteração da qualidade das águas superficiais;
(17) NEG MB IND CIC REV C.PZ PON 1 PV Baixa
aquática. Potencial de alteração da hidrodinâmica dos cursos d'água.

(18) Perda de terras agrícolas produtivas e/ou Desapropriação de terras e remanejamento de população NEG MS DTO PER IRRE C.PZ LOC 3 CE Alta

761
QU AL I FI CAÇÃO DO I MPACTO

Direc ion alid ad e

I m p ort ân c ia d o
Reversib ilid ad e

Tem p oralid ad e

Ab ran g ên c ia
Persist ên c ia

Oc orrên c ia
Mag n it u d e
Nat u reza

im p ac t o
E feit o
N° NOME DO IMPACTO AÇÃO TRANS FORMADORA/CAU S A

atividades particulares.
Interferência em áreas com estoques minerários Desapropriação de terras e remanejamento de população
(19) NEG MF/MS DTO PER IRRE C.PZ LOC 1 CE Baixa
na ADA.
(20) Retirada involuntária da população rural da ADA Desapropriação de terras e remanejamento de população NEG MS DTO PER IRRE C.PZ PON 4 CE Muito alta
Fragmentação de assentamentos e comunidades Desapropriação de terras e remanejamento de população
(21) NEG MS DTO PER IRRE C.PZ RTA 4 CE Muito alta
rurais.
Melhoria nas condições de habitabilidade da Desapropriação de terras e remanejamento de população
(22) POS MS DTO PER IRRE C.PZ PON 4 CE Muito Alta
população remanejada.
Geração de empregos diretos e dinamização da
(23) Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho. POS MS DTO TEM REV C.PZ RTA 4 CE Muito alta
economia da AID.
Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras;
(24) Interferência com infraestrutura urbana e rural. NEG MS DTO TEM REV C.PZ PON 2 CE Moderada
obras civis.

(25) Alteração no quadro de saúde da população. Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho. NEG MS DTO TEM REV C.PZ REG 3 PV Moderada

(26) Incremento na pressão de serviços públicos. Mobilização, instalação e operação de canteiros de obras e frentes de trabalho. NEG MS DTO TEM REV C.PZ REG 2 PPV Baixa

Possibilidade de ocorrência de acidentes com


(27) Perda de hábitats e afugentamento de fauna. NEG MS IND TEM REV C.PZ PON 2 PV Baixa
animais peçonhentos.
Interferência no cotidiano e na qualidade de vida Aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno do(s) canteiro(s) de obras e frentes de
(28) NEG MS IND TEM REV C.PZ PON 3 CE Alta
das comunidades da ADA obras.
Aumento dos riscos de acidentes de trânsito na
(29) Tráfego de veículos pesados. NEG MS DTO TEM REV C.PZ LOC 3 CE Alta
AID.
Interferências sobre o patrimônio histórico, Escavação mecânica, terraplenagem, exploração de áreas de empréstimo e ocupação de bota-foras;
(30) NEG MS DTO TEM IRRE C.PZ PON 3 PV Moderada
arqueológico e cultural. obras civis.
Fase d e operação
Alteração da qualidade do ar e aumento nos
(31) Geração de uma dinâmica de tráfego; Manutenção e conservação da rodovia. NEG MF DTO PER REV M.PZ RTA 1 PV Baixa
níveis de intensidade sonora.
Aumento do potencial de acidentes com cargas
(32) Geração de uma dinâmica de tráfego. NEG MF/MB/MS DTO PER IRRE L.PZ RTA 4 PV Moderada
perigosas.
(33) Atropelamentos de fauna silvestre. Geração de uma dinâmica de tráfego. NEG MB DTO PER IRREV C.PZ LOC 3 MPV Alta
(34) Melhoria das condições de mobilidade na RMR. Geração de uma dinâmica de tráfego. POS MS DTO PER IRRE M.PZ GB 4 CE Muito alta
Abertura de uma nova fronteira de
(35) Melhoria das condições de mobilidade na RMR. POS MS IND PER IRRE L.PZ REG 4 MPV Muito alta
desenvolvimento ao oeste da RMR.

762
9.1.1. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO
EMPREENDIMENTO

A seguir são descritos os impactos ambientais do empreendimento,


indicando-se a fase em que ocorrem e sua magnitude.

• FASE DE PLANEJAMENTO/PRÉ-IMPLANTAÇÃO:
Geração de expectativas na população quanto à
Impacto 1
implantação do empreendimento
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Moderada

Os novos empreendimentos, em geral, provocam, inevitavelmente,


mudanças na dinâmica da população da área onde ocorre a sua
implantação. A notícia da possibilidade de instalação de um
empreendimento naturalmente gera uma expectativa nessa população em
relação a sua situação futura. A presença de técnicos e a divulgação da
possibilidade de implantação de uma nova rodovia suscitam
questionamentos e mobilizam a população, tornando o empreendimento um
tema corrente e frequente de discussão.

O desconhecimento de informações técnicas do empreendimento faz


aumentar o grau de expectativa da população quanto aos problemas ou
benefícios que ele poderá trazer. As principais expectativas estão
relacionadas ao local e ao momento de implantação, aos benefícios e
prejuízos que possam trazer e ao tratamento que será dado às pessoas que
moram dentro da ADA por parte do empreendedor.

Durante o período de obtenção de dados para este EIA/RIMA foi


verificado que o ambiente e a receptividade para com o Arco é, em geral,
positiva, muito embora possam existir manifestações contrárias que são
suscitadas pela incerteza em relação às questões de desapropriação e
impactos às áreas naturais. Este impacto pode ser potencializado
negativamente se a população em geral não for corretamente informada.
Antevê-se assim que a criação de expectativas que normalmente se produz
de forma restrita às comunidades diretamente envolvidas, poderá
extrapolar neste caso a toda a AII do meio socioeconômico.

Distorção e especulação do custo da terra na região do


Impacto 2
empreendimento.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Moderada

763
A Região Metropolitana do Recife vivencia atualmente um processo
de valorização acentuada de imóveis e terras por conta da chegada de
múltiplas empresas em SUAPE, assim como no entorno da Arena da Copa. O
anúncio da implantação do Arco Rodoviário no Lote 2 poderá causar
igualmente um aumento no valor da terra, caso atinja patamares muito
elevados se tornará um aspecto negativo e poderá prejudicar a população
que habita esta região.

Complementarmente a isto, para a divisão fundiária de


assentamentos da reforma agrária em processo de regularização, o preço
especulativo sobre o valor da terra poderá dificultar a negociação e
conclusão do processo.

Impacto 3 Valorização imobiliária e fundiária.


Efeito Positivo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Alta

Como grande parte dos impactos ambientais, a valorização imobiliária


e fundiária das áreas no entorno do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife
– Lote 2 apresenta uma componente positiva, no que destaca-se que uma
parcela das terras ao longo do Arco são ocupadas por assentamentos de
reforma agrária, os quais se virão significativamente beneficiados com a
valorização que o empreendimento pode induzir, diante da possibilidade de
negociação.

Impacto 4 Ocupação desordenada da ADA


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Moderada

O anúncio oficial do empreendimento pode disparar os casos de


ocupações, construções e adensamento populacional em regiões com
previsão de intervenção pelas obras, provocados pela busca de indenização,
inserção em programas sociais, etc.

A construção do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2


induz a expansão de manchas urbanizadas, ocasionando consequentemente
o aumento desordenado da população, seja por formação de núcleos
irregulares, seja por novos parcelamentos de terra, nas áreas periféricas à
rodovia, possibilitando alterações na tipologia de uso e dinâmica de
ocupação local.

• FASE DE IMPLANTAÇÃO:
Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos nos
Impacto 5
canteiros de obras e frentes de trabalho.

764
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

A operação de canteiros de obras, onde se inclui o gerenciamento das


máquinas e do pessoal alocado à obra, apresenta atividades com potencial
poluidor decorrentes da geração de efluentes e de resíduos sólidos. Em
termos de efluentes líquidos, ocorrerá a produção de esgoto doméstico
gerado pelo contingente de operários. Em canteiros de obras será
igualmente gerado outro tipo de efluente, especificamente o proveniente de
uma eventual planta de concreto e da lavagem de betoneiras. Destaca-se a
geração de resíduos oleosos, como embalagens sujas de óleo e o próprio
óleo usado nas máquinas. É bom lembrar que na obra estarão funcionando
no pico da terraplenagem um número considerável de equipamentos
pesados. Torna-se assim muito importante o gerenciamento adequado,
tanto do insumo, quanto do óleo usado para evitar a poluição do solo e/ou
cursos d’água.

Já em termos de resíduos sólidos, é de se destacar a geração de


todas as tipologias de resíduos de construção civil previstos na Resolução
do CONAMA nº 307 de 2002. Estes resíduos quando não gerenciados
corretamente podem causar poluição dos cursos d’água e do solo, seja pelo
descarte inadequado, transporte pelo vento, ou pela lixiviação ou lavagem
em períodos de chuva.

Além disso, destacam-se os resíduos oriundos da supressão de


vegetação nativa, que gerará um volume considerável de material lenhoso
(galharias) com alto potencial de reaproveitamento para incorporação ao
solo orgânico na recuperação de áreas degradadas.

Aumento dos níveis de ruído e material particulado no


Impacto 6
entorno do(s) canteiro(s) de obras e frentes de obras.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

No entorno dos canteiros de obra deverá ocorrer um aumento nos


níveis de material particulado e de ruído em decorrência das atividades
neles desenvolvidas que envolvem a movimentação de máquinas e
caminhões e funcionamento de equipamentos.

Em todas as etapas do processo de movimentação de terra, desde o


desmonte, transporte e destinação final, ora como corpo de aterro, ora
como material de bota-fora, será verificado um aumento dos níveis de
material particulado, bem como da emissão de gases, provenientes da
exaustão dos motores e da evaporação de combustível.

765
Esse material particulado é constituído essencialmente por partículas
de solo, que apresenta alcance bastante limitado, com abrangência local,
tendendo a depositar-se novamente no solo. Estas atividades podem afetar
a qualidade do ar, embora de forma temporária e local, afetando as
comunidades mais próximas e a vegetação circundante.

Da mesma forma, a circulação de veículos e a operação de


maquinário pesado causarão uma elevação dos níveis de intensidade sonora
ao longo do trecho de implantação, que conforme levantamentos efetuados
na etapa de diagnóstico, caracterizava-se por apresentar valores inferiores
a 40dB, compatíveis com a ambiência rural que caracteriza o traçado
atualmente.

Impacto 7 Descaracterização morfológica e paisagística na ADA.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

A execução das obras prevê a alteração morfológica total do terreno


na área de implantação, que passará da conformação atual, para uma
sequência de cortes e aterros necessária para conformação da plataforma
viária. Esta alteração morfológica do terreno implica na geração de taludes
mais íngremes que os naturais.

Adicionalmente a isto, a paisagem dentro da AID sofrerá uma


descaracterização durante o período de obra. Entretanto, com o término das
atividades de desmobilização dos canteiros de obras, alguns pontos da área
com a implantação do projeto paisagístico tem a possibilidade de
retornarem a configuração original, porém, o perfil característico do terreno
sera alterado de forma significativa. Além disso as obras de arte especias e
correntes modificam completamente a paisagem do local onde são
instaladas.

Potencial de indução a instabilidades geotécnicas nos


Impacto 8
taludes de corte e aterro.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

A conformação da plataforma viária do Arco exigirá a execução de


cortes e aterros ao longo do Lote 2. A conformação de taludes mais
íngremes do que as encostas naturais introduz um risco de instabilidade e
eventual deslizamento com consequências que podem ser graves, como
interrupções no acesso de caminhos de serviço, riscos de assoreamento de
cursos d’água, entre outras.

766
A experiência recente da duplicação da BR-101 sul em Pernambuco,
onde ocorreram múltiplos deslizamentos em taludes de corte conformados
em solos residuais de rocha cristalina, similares aos verificados no Lote 2 do
Arco, deixa claro que este aspecto deverá ser intensificado.

A conformação de taludes de corte e aterro aumenta a suscetibilidade


das obras a desenvolver processos de instabilidade, sendo que a chuva é
um importante agente intensificador destes processos. Assim, considerando
que durante a etapa de implantação terão que ser superados os períodos de
inverno, torna-se crucial o aprimoramento de dispositivos de drenagem
temporária e o monitoramento permanente dos taludes.

Aumento no potencial de geração de focos de


Impacto 9
processos erosivos.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Baixa

A erosão atua, principalmente, através de escoamento concentrado,


provocando o aparecimento de sulcos e ravinas nas encostas mais
declivosas, onde poderão ocorrer, associados ou não, deslizamentos de
massa. As feições erosivas tendem a aumentar à medida que as condições
originais da área são alteradas, em geral pelo uso e ocupação promovidos
pelo homem. O mesmo ocorre com a implantação de obras e/ou operação
de empreendimentos sem a adoção de medidas preventivas e/ou corretivas
necessárias, com o devido monitoramento permanente.

No caso do Arco, a possibilidade de desencadeamento de processos


erosivos poderá ocorrer na fase de implantação, relacionada aos serviços de
remoção de vegetação e limpeza da superfície do terreno para instalação
das obras. Esses serviços provocam alterações físicas na estrutura do solo,
expondo os horizontes de solos (saprolíticos) mais suscetíveis ao impacto
direto da chuva, e ocasionam mudanças dos regimes de escoamento
superficial e subsuperficial, favorecendo e intensificando os processos
erosivos.

Os Latossolos, presentes no trecho, apresentam baixa erodibilidade


na área de relevo pouco movimentado (tabuleiros) e média erodibilidade
nas áreas de relevo ondulado, que ocorre no Lote 2 conformando o saprolito
de rochas cristalinas. Isto decorre da capacidade de absorção de água
desses solos que têm um horizonte B não textural (não argiloso),
propiciando porosidade e dificultando o escoamento superficial, que é o
fator mais decisivo nos problemas de erosão.

767
Os problemas de erosão se manifestam basicamente durante o
período de inverno. Assim, este impacto torna-se cíclico e deverá ser
devidamente monitorado e acompanhado para não se tornar crítico.

Potencial de contaminação do solo e águas


Impacto 10
subterrâneas.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Baixa

A contaminação do solo e das águas subterrâneas durante a


implantação do empreendimento poderá ocorrer através da utilização de
substâncias químicas, pelo vazamento de combustíveis e óleos lubrificantes,
geração de resíduos sólidos, lançamento indevido de efluentes líquidos
industriais e sanitários. A disposição inadequada de resíduos sólidos
gerados durante a fase de implantação da obra poderá ocasionar
contaminação do solo. Além destes, os hidrocarbonetos derivados de
petróleo (combustíveis, solventes e lubrificantes) oriundos de
abastecimentos, manutenção de equipamentos, limpeza de estruturas e
ferramentas, vazamentos em equipamentos, derramamento ou
transbordamento durante operações de carga e descarga de produtos,
gotejamento de tubulações, reservatórios, veículos e equipamentos,
também podem atingir o solo e difundir-se ao aquífero.

Ressalta-se que, em comparação às águas superficiais, os aquíferos


subterrâneos são bem mais resistentes aos processos poluidores, pois a
camada de solo sobrejacente atua como filtro físico e químico. Além disso, a
facilidade de um poluente atingir a água dependerá dos seguintes fatores:
tipo de aquífero; profundidade do nível estático; permeabilidade da zona de
aeração e do aquífero; teor de matéria orgânica do solo; tipo dos óxidos e
minerais de argila existentes no solo.

Neste sentido, os riscos de contaminação das águas subterrâneas


apresenta uma variação relacionada à dinâmica do poluente ao longo do
perfil pedológico. Em áreas de Latossolo em função da maior teor de argila
e menor macroporosidade estes se apresentam mais resistentes a este tipo
de impacto ambiental.

A contaminação do solo e das águas subterrâneas é um impacto


potencial e negativo, pois tem efeito adverso sobre o meio ambiente. Este
impacto é potencial, em função da necessidade de utilização de substâncias
potencialmente poluidoras, que se forem manuseadas e armazenadas de
forma incorreta, tornarão esse impacto inevitável.

De uma maneira geral, pode ser considerado temporário e reversível,


se as quantidades de produtos químicos que entram em contato com o solo

768
e a água não forem significativas, e o sistema tenha condições de absorver
o impacto no decorrer do tempo e/ou forem adotadas medidas para
estancar o derramamento ou contato com o meio ambiente. É pontual, pois
seu efeito tem duração determinada, pode ser revertido e se limita ao local
do empreendimento ou fora dele, de maneira localizada, apresentando
significância baixa.

A magnitude dos impactos irá depender do tipo de substância


(segundo a classificação NBR 10.004), do volume do vazamento, das
características do produto (como viscosidade, volatilidade, reatividade,
solubilidade etc.) e das características do meio (como porosidade efetiva do
solo, profundidade do lençol freático, tipo de material constituinte, tipo de
aquífero, presença de fraturas e falhas, etc.). Em função de este impacto ser
considerado temporário, reversível e pontual, sua magnitude é classificada
como baixa, possuindo significância igualmente baixa.

Aumento no potencial de assoreamento de cursos


Impacto 11 d'água e alteração na hidrodinâmica dos corpos
hídricos.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

O assoreamento, enquanto fenômeno físico é uma ocorrência natural,


decorrente do transporte de material, principalmente solo, para os cursos
d’água. Este fenômeno vem ocorrendo naturalmente ao longo do tempo
geológico e faz parte da modelagem do terreno que se tem atualmente
dentro das áreas de influência do Arco. Entretanto as intervenções humanas
e as obras de terraplenagem tem a potencialidade de acelerar
sobremaneira tal processo, em especial devido ao desmatamento e retirada
da camada vegetal que originalmente protegia o solo, favorecendo o
surgimento de focos de processos erosivos.

Portanto, durante a fase de instalação do empreendimento as


características hidrodinâmicas dos corpos hídricos poderão sofrer alterações
devido ao carreamento de sedimentos para o leito dos rios. A
disponibilidade destes sedimentos em superfície e o consequente processo
de erosão, transporte e deposição dos mesmos podem provocar o acúmulo
destes sedimentos no leito dos rios e interferir na velocidade e no fluxo da
água nesses locais.

As atividades de supressão da vegetação e limpeza do terreno


deixarão o solo exposto, causando assim, aumento na disponibilidade de
sedimentos e consequentemente aumentando a possibilidade de alteração
das características hidrodinâmicas dos corpos hídricos. Da mesma forma, a
implantação do corpo estradal prevê uma série de atividades correlatas que

769
constituem o maior volume de obras de uma rodovia. Estas atividades vão
desde a abertura de caminhos de serviços e desvios até a correção da
plataforma de terraplanagem, execução de cortes e aterros e a execução da
drenagem.

Contudo este impacto tem caráter permanente, será irreversível,


dependendo da intensidade do problema, e pontual, deve ocorrer
principalmente nos locais de implantação e/ou adequação das OAE, OAC e
nas frentes de obra próximas aos corpos hídricos, apresenta magnitude alta,
sua ocorrência é muito provável possuindo então alta significância.

Impacto 12 Alteração da qualidade das águas superficiais.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Baixa

Na fase de instalação da rodovia, partículas e substâncias


contaminantes poderão atingir os cursos d’água, acarretando alterações da
qualidade das águas superficiais e subterrâneas. A contaminação pode
ocorrer durante as atividades de terraplenagem, pavimentação, operação
dos canteiros de obras, transporte de cargas e pelo próprio tráfego de
veículos, máquinas e equipamentos.

Normalmente, a contaminação por hidrocarbonetos derivados do


petróleo são oriundas das atividades de abastecimento, derramamentos ou
transbordamento durante operações de carga e descarga de produtos e
vazamento de combustível em bombas de captação. Neste caso ocorre a
contaminação do solo e lençol freático, mas o escoamento superficial pode
carrear os contaminantes para os rios.

Com relação ao aporte de resíduos sólidos e efluentes sanitários, as


principais fontes geradoras estão associadas à operação dos canteiros e
frentes de obras. Neste caso, o impacto ocorrerá em caso de disposição
inadequada e posterior contaminação dos recursos hídricos superficiais.

Entretanto em obras rodoviárias, o carreamento de sedimentos para


as drenagens é o maior fator de degradação da qualidade das águas. A
exposição do solo durante as atividades de terraplenagem contribui para o
surgimento e intensificação de processos erosivos. O carreamento de
partículas pelo escoamento superficial para as drenagens provoca aumento
da turbidez, aporte de nutrientes, aumento da concentração de sólidos
suspensos e principalmente a redução da lâmina de água pela
sedimentação das partículas (assoreamento), alterando, portanto, não só a
hidrodinâmica do curso d’água (impacto anterior), mas também a qualidade
da água.

770
A alteração da qualidade da água superficial é um impacto de
natureza negativa e temporário, pois suas causas se restringem ao período
de implantação do empreendimento. É considerado ainda, reversível, pois
cessa com o encerramento das obras e restrito, pois seu alcance ultrapassa
a ADA do empreendimento. A alteração da qualidade da água superficial é
um impacto com importância baixa.

Impacto 13 Intervenção em Áreas de Preservação Permanente.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico, Biótico e Socioeconômico.
Importância Alta

Na implantação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife no Lote 2


será inevitável a alteração de APPs de cursos d’água e por áreas baixas
encharcadas. Esta intervenção em APP será apenas de travessia, ou seja,
serão interceptadas perpendicularmente ou em diagonal, sendo requerida a
implantação de pontes e bueiros para garantir a continuidade das
drenagens.

Em alguns casos estas travessias por áreas baixas afetam surgências


do lençol freático, muitas das quais estão exploradas pelos moradores
através de cacimbas, as quais são utilizadas como fonte de abastecimento
d’água. A eliminação destes pontos acaba por eliminar a fonte de
abastecimento d’água de algumas comunidades.

A intervenção em APPs se inicia com a supressão de vegetação e


limpeza do terreno, passa pelas atividades de terraplenagem e aterro e se
estende até a construção das pontes. A intervenção em APPs será inevitável
e terá que entrar nos cômputos da compensação.

Impacto 14 Alteração da cobertura vegetal na ADA.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Biótico
Importância Alta

Toda a cobertura vegetal existente na ADA do Arco Rodoviário


Metropolitano do Recife no Lote 2 será passível de alteração direta pela
necessidade de supressão da vegetação e limpeza dos terrenos. A área a
ser impactada inclui áreas de agricultura na maior parte do trecho, mas
alguns remanescentes florestais de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila
Aberta Atlântica) em estágio inicial e médio de regeneração.

A supressão de vegetação desencadeia outros impactos biológicos


em efeito cascata que leva a perda de características das populações
vegetais remanescentes, como por exemplo: perda de variabilidade
genética local; interferências no fluxo gênico e em mecanismos de

771
dispersão e redução do tamanho das populações remanescentes. Esses
impactos por serem altamente correlacionados são avaliados da mesma
forma e podem ser mitigados ou controlados através das mesmas medidas.

Impacto 15 Perda de hábitats e afugentamento de fauna.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Biótico
Importância Alta

Atualmente, a maior ameaça à diversidade biológica de comunidades


faunísticas é a perturbação, fragmentação e, finalmente, destruição de
hábitats. As obras de implantação do Arco Rodoviário Metropolitano do
Recife no Lote 2 demandarão a supressão de vegetação para limpeza dos
terrenos e, consequentemente, a perda e alteração de hábitats da fauna. As
comunidades faunísticas são intimamente associadas às formações vegetais
e suas condições ambientais, sendo a vegetação determinante na
composição da fauna. Assim, qualquer alteração ou redução na cobertura
vegetal na ADA poderá ter repercussões adversas na densidade
populacional da fauna associada.

Além disso, os ruídos gerados pela operação de britadores e pela


movimentação de máquinas pesadas utilizadas na construção, além do
aumento da circulação de pessoas na área, provocarão o afugentamento de
diversos animais para fragmentos contíguos o que poderá acarretar num
aumento da competição por recursos nos hábitats remanescentes da AID.
Espécies que apresentem condições de cruzar as áreas desmatadas nas
margens do empreendimento podem ser impedidas de efetuar seus
deslocamentos pelo tráfego de veículos e outras barreiras, ficando expostas
também a morte por atropelamento.

Impacto 16 Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Biótico
Importância Moderada

Durante as obras do empreendimento haverá um aumento na


probabilidade de mortalidade de animais em decorrência da própria
execução de atividades necessárias à implantação do empreendimento,
mas também em função do maior número de pessoas que estarão
presentes na ADA. As atividades de supressão da vegetação para limpeza
dos terrenos, por sua vez, também trazem riscos para espécies arborícolas
e semiarborícolas.

Adicionalmente, a maior circulação de pessoas na ADA e AID


aumentará a probabilidade de encontros com animais silvestres, com
destaque para os animais que estiverem em rota de fuga para outras áreas

772
adjacentes. Em geral, o contato entre animais silvestres e pessoas acarreta
em maus-tratos e morte, principalmente, de répteis que culturalmente
estão entre os animais que mais causam temor e repugnância na
população.

Impacto 17 Aumento no potencial de interferência na biota aquática.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Biótico
Importância Baixa

A disposição inadequada de resíduos sólidos e efluentes líquidos


gerados durante a fase de implantação poderá ocasionar a contaminação do
solo e alterações na qualidade da água. O manuseio de óleos e graxas de
máquinas, tintas, solventes, aditivos, combustíveis e outros fluídos podem,
em um acidente, contaminar os corpos d’água que cruzam a rodovia. Os
resíduos e efluentes de argamassa, assim como o pó e a lavagem de
cimento também podem contaminar esses corpos d’água. O maior risco
estará associado ao período de chuvas que facilitará a dispersão desses
produtos.

Alterações na qualidade das águas superficiais dos corpos d’água


locais podem acarretar danos à biota destes ecossistemas aquáticos. As
comunidades de peixes estão intimamente associadas às características
físicas e químicas da água, podendo ocorrer mudanças na composição e
abundância de espécies concomitantemente a alterações no meio em que
vivem. Adicionalmente, populações de anfíbios também podem ser afetadas
devido à contaminação de ambientes aquáticos por substâncias poluentes
e/ou tóxicas.

Assim, considera-se que, apesar de baixa importância, possíveis


alterações na qualidade das águas superficiais possam interferir nas
comunidades faunísticas dos ecossistemas aquáticos.

Perda de terras agrícolas produtivas e/ou atividades


Impacto 18
particulares.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Alta

A necessidade de desapropriação e a consequente implantação de


uma faixa de domínio do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2
inviabilizará áreas atualmente utilizadas para produção agrícola. O uso do
solo levantado para o empreendimento mostra que áreas com plantios de
cana-de-açúcar, granjas e fazendas deixarão de ser produtivas com a
implantação do empreendimento.

773
Este impacto quando analisado no âmbito da AII ou no nível de perda
de produção regional, é de reduzida magnitude. Entretanto, quando
analisado no contexto individualizado de cada propriedade afetada, esse
impacto adquire intensidade maior. Neste contexto, cabe mencionar que
esse impacto é convenientemente mitigado pelas indenizações de áreas
afetadas e produções renunciadas conforme o estipulado na legislação
aplicável.

De forma específica acrescenta-se que algumas comunidades


apresentarão problema de perda de terras agrícolas produtivas, com a
implantação do Arco Viário. Em algumas comunidades de engenhos, devido
ao predomínio da cana-de-açúcar à extensão das terras cultivadas, esse
impacto terá baixa relevância, pois o principal afetado será o dono de cada
engenho, e a área diretamente afetada será pequena em relação à sua área
de produção.

Outras comunidades possivelmente afetadas no Lote 2, porém, são


assentamentos, nas quais o empreendimento cortará áreas produtivas,
onde a maioria das famílias retira produtos diversos para consumo e venda,
sendo, portanto, maior o impacto. O tamanho relativamente pequeno de
cada parcela dos assentamentos se constitui um agravante, pois qualquer
redução de área em função do empreendimento causará redução direta na
produção agrícola.

Impacto 19 Interferência em áreas com estoques minerários na ADA.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio físico/Meio socieconômico
Importância Baixa

Conforme consta no diagnóstico do meio físico, foram identificados


dentro da ADA alguns processos ativos no DNPM, os quais entrarão a
conflitar diretamente com o empreendimento. Em todos os casos, os
perímetros de mineração levantados na base de dados do DNPM não serão
inviabilizados, mas apenas divididos pelo Lote 2 do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife, o que de qualquer forma implica em uma
reavaliação da metodologia de exploração e a perda de uma parcela de
minério. Esta perda de estoque de minério será irrelevante no contexto
global da AII.

Os conflitos existentes não implicam em uma paralisação


generalizada destes processos, mas apenas a consideração dos mesmos
para controle e restrição das atividades de escavação, detonação e
operação de equipamentos em áreas próximas que possam comprometer a
segurança da rodovia.

Impacto 20 Retirada involuntária da população rural da ADA

774
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Muito Alta

Um dos impactos mais relevantes do Arco, diz respeito à necessidade


de remanejar a população que atualmente ocupa a futura faixa de domínio
do empreendimento. Pelas implicações e histórico recente deste tipo de
ocorrência na região, onde as comunidades são retiradas e indenizadas sem
nenhuma possibilidade financeira de se estabelecer em outro local, diante
do alto custo da terra que se verifica na RMR, o impacto foi classificado
como de importância Muito Alta para o Lote 2.

Este remanejamento involuntário é extremamente perturbador para


as comunidades, principalmente aquelas, que como verificado na maior
parte do Arco, tem um apego grande pela terra e laços familiares muito
estreitos na própria comunidade e/ou nas comunidades vizinhas. O impacto
agrava-se quando se considera que em todos os casos as comunidades
serão retiradas apenas parcialmente, ou seja, apenas alguns imóveis do
total, fragmentando os laços familiares e de vizinhança.

Impacto 21 Fragmentação de assentamentos e comunidades rurais.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Muito Alta

A implantação física do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife –


Lote 2 e o efeito barreira que ele representará ocasionará a fragmentação
de algumas comunidades, as quais ficarão divididas de um lado e de outro
da nova rodovia. No Lote 2 do empreendimento os casos mais significativos
de fragmentação de comunidades serão observados nos Assentamentos
Engenho Canzanza e Gameleira/Mato Grosso. Em ambos os casos o Arco
dividirá os assentamentos ao meio, deixando casas dos dois lados.

A fragmentação destes assentamentos além de separar pessoas que


mantém um grau de parentesco, trará um problema específico quanto à
localização das escolas municipais existentes, que atendem às crianças dos
assentamentos, pois a Escola Municipal do Engenho Gameleira ficará a
oeste do Arco, com algumas residências a leste, e a Escola Municipal do
Engenho Canzanza ficará ao sul do Arco, com algumas casas ao norte, o que
dificultará o deslocamento das crianças às escolas.

Melhoria nas condições de habitabilidade da população


Impacto 22
remanejada
Efeito Positivo
Direcionalidade Meio socioeconômico
Importância Muito Alta

775
A necessidade de remanejamento de pessoas cujas propriedades
(casas) serão afetadas diretamente pelo traçado da rodovia se constitui
num impacto negativo, como apresentado anteriormente. Todavia, a faceta
positiva disso está na possibilidade de melhorar as condições de moradia
destas pessoas, que em sua grande maioria sobrevivem em condições
inadequadas sem banheiros adequados nem água encanada. Assim, o
impacto positivo de melhoria nas condições de habitabilidade da população
é indireto porque é causado pelo impacto do remanejamento (Impacto 20),
sendo de importância muito alta.

Geração de empregos diretos e dinamização da economia


Impacto 23
da AID.
Efeito Positivo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Muito Alta

Obras de infraestrutura sempre apresentam a geração de empregos e


a dinamização da economia como impactos positivos importantes e o Arco
Rodoviário terá uma vocação grande nesse sentido. Além dos empregos
diretos nas obras, há também a geração de empregos indiretos que será
verificada em torno de fornecedores de serviços de alimentação, aquisição
de insumos para a obra, serviços de transporte, serviços de hospedagem,
dentre outros.

A massa salarial e o aumento das transações comerciais derivadas


desse incremento de negócios vão repercutir, positivamente, também nas
receitas municipais na forma de um movimento cumulativo e multiplicador,
mesmo que de pequena dimensão. Também os setores de serviços e de
comércio varejista locais podem se estruturar para responder a parte da
demanda gerada pelo empreendimento. Principalmente no que concerne
aos serviços pessoais, de higiene, de hospedagem, alimentação e logística.

Ressalta-se ainda que, embora o projeto esteja inserido em uma


região em franco desenvolvimento e dinamização, uma parcela muito
representativa das comunidades rurais ainda apresentam elevado nível de
dependência em relação à agricultura canavieira e, em consequência disso,
é diretamente afetada pelos períodos de entressafra. Dessa forma,
considera-se que a geração de empregos diretos durante a etapa de
implantação, é um impacto altamente positivo, embora de caráter
temporário.

Impacto 24 Interferência com infraestrutura urbana e rural.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Moderada

776
O traçado do Arco Rodoviário no Lote 2 afeta infraestruturas lineares
existentes, como linhas de transmissão e rodovias. Estas redes de serviços
deverão ser transpostas através da construção de estruturas específicas e
não se prevê a relocação e/ou alteração de nenhuma delas, apenas a
adequação do projeto para a transposição com segurança dentro das
normas de cada um dos órgãos responsáveis. Só no caso das linhas de
transmissão, cabe a possibilidade de não ser possível garantir o gabarito
mínimo requerido definido em função da voltagem, nesse caso, seria
requerida uma alteração da infraestrutura existente.

Além da infraestrutura principal da RMR, o Arco poderá afetar a


infraestrutura local consistente em:

• Redes de eletrificação rural;

• Caminhos de serviço e estradas vicinais;

• Cacimbas de abastecimento de água;

• Escolas.

Em relação a esta situação, menciona-se que os dados de anteprojeto


fornecidos para a análise de impactos ainda não continha o detalhamento
(quantificação) de todas as ocorrências aplicáveis para o Lote 2 do Arco
Viário, o que deverá estar disponível quando da elaboração do Projeto
Executivo. Entretanto, em levantamentos de campo foi constatando que
ocorrerá este tipo de conflito, cujo rebatimento negativo será um incômodo
temporal para os moradores, que terão que ficar privados do serviço no
tempo necessário para recomposição/adequação destas infraestruturas.

Pode-se prever que o principal impacto direcionado para


infraestrutura rural seja na rede de mobilidade interna que se verifica na
AID, pois o arco irá intersectar grande parte de estradas vicinais e caminhos
de serviços utilizados intensamente pela comunidade local para suas
atividades cotidianas.

Impacto 25 Alteração no quadro de saúde da população.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Moderada

Em função da execução das obras e das intervenções previstas


durante esta fase, destacam-se três tipos de riscos que podem afetar o
quadro de saúde da população na área de influência: a proliferação de
doenças transmissíveis; o risco de acidentes durante as obras; o risco de

777
doenças ocupacionais durante a fase de obras. A possível alteração no
quadro de saúde populacional pode ocorrer de forma generalizada, estando
associada aos três fatores elencados acima.

A mobilização de mão de obra implica, por exemplo, em


consequências previsíveis como o risco de elevar a incidência de doenças
parasitárias ou até mesmo de doenças sexualmente transmissíveis em
função da aglomeração de trabalhadores nas proximidades das áreas
urbanas dos municípios afetados.

A magnitude deste impacto pode ser reduzida se parte da mão de


obra for recrutada na região. Também existe o risco de doenças
ocupacionais que podem ocorrer em função dos níveis de ruídos, material
particulado em suspenção e o contato com substâncias tóxicas derivadas do
petróleo.

Impacto 26 Incremento na pressão de serviços públicos


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Baixa

A rede de atendimento nos municípios da AII é precária. Com a


possibilidade de um aumento na população no período de obras em razão
da mobilização de mão de obra e, considerando o impacto anterior de
alteração no quadro de saúde da população, deve-se prever um potencial
aumento na pressão sobre a infraestrutura de serviços existentes na região
sobretudo na rede pública de saúde, educação e segurança dos municípios
envolvidos. Todavia, considerando a obrigação legal pelas normas do
Ministério do Trabalho de haver atendimento ambulatorial nos canteiros de
obras, a magnitude e importância deste impacto tornam-se baixas.

Possibilidade de ocorrência de acidentes com animais


Impacto 27
peçonhentos.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Baixa

Este impacto poderá ocorrer decorrente principalmente das


atividades de supressão de vegetação, ora envolvendo trabalhadores que
participam diretamente das atividades de supressão, ora nos canteiros e/ou
moradias do entorno envolvendo terceiros, por conta do deslocamento de
espécies peçonhentas para estas áreas. Estes animais serão principalmente
ofídios, mas não se descarta a ocorrência de incidentes envolvendo
colméias de abelhas, por exemplo.

Interferência no cotidiano e na qualidade de vida das


Impacto 28
comunidades da ADA.

778
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Alta

Diversas ações inerentes às obras podem causar mudanças na rotina


das pessoas que moram, trabalham ou circulam nas proximidades do trecho
a ser implantado e pavimentado. A presença de trabalhadores contratados
para a obra e a circulação de um número maior de veículos pesados
poderão gerar conflitos e tensões sociais com a população local. Além disso,
as intervenções de obras próximas aos núcleos urbanos e/ou comunidades e
os desvios temporários de tráfego nos locais das obras poderão afetar a
qualidade de vida das comunidades do entorno do empreendimento.

Um diferencial da obra do Arco Rodoviário no Lote 2 será a


necessidade de escavar um percentual expressivo do traçado com a ajuda
de explosivos (desmonte a fogo) para conformação da calha viária. Os
impactos do uso de explosivos envolvem o ruído, vibrações do terreno,
emissão de poeira e gases e a possibilidade do lançamento de fragmentos.
Salienta-se que, atualmente, o lançamento de fragmentos é raro de
acontecer pelas novas técnicas disponíveis e pelo uso de explosivos mais
eficientes.

Impacto 29 Aumento dos riscos de acidentes de trânsito na AID.


Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Alta

Nas estradas da AID será verificado um incremento do tráfego de


veículos pesados ao longo da obra. Isso poderá alterar o cotidiano normal
dos usuários locais, devido ao porte dos veículos que deverão ser utilizados.
Será um impacto importante que deverá durar o tempo requerido para
terraplenar a plataforma viária, quando o tráfego voltará a ser reduzido
nessas vias.

Como a fase de implantação terá a alternância de períodos de verão e


inverno, os riscos de acidentalidade deverão variar. A situação crítica será
no verão, pois nesse período se intensificam os trabalhos de terraplenagem,
coincidindo ademais com a época do corte da cana na região, onde os
veículos canavieiros circulam nas estradas estreitas, muitas vezes sem a
suficiente precaução. Esta superposição de tráfegos de veículos pesados
aumenta os riscos de acidentalidade durante a etapa de implantação, seja
por atropelamento, colisão, tombamento ou outro tipo de acidente.

Interferências sobre o patrimônio histórico,


Impacto 30
arqueológico e cultural
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Socioeconômico

779
Importância Baixa

O patrimônio arqueológico poderá sofrer alterações durante as ações


do empreendimento que resultarem em intervenções no terreno, a saber,
movimentação de terras, na implantação de obras de arte como pontes,
acessos secundários, acostamentos, bota-foras, áreas de empréstimo, entre
outros, considerando todas as ações previstas e efetivamente implantadas
que resultem em alterações de terrenos com cortes e aterros, incluindo
desmatamentos, implantação das obras de apoio e infraestrutura. Estas são
atividades que promovem o deslocamento de porções do terreno,
certamente introduzindo o risco eventuais vestígios arqueológicos ainda não
manifestos. Sua ação se faz através da alteração na distribuição espacial
(vertical e horizontal) de vestígios arqueológicos eventualmente presentes.

Assim, as ações previstas para as obras de implantação e


pavimentação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife no Lote 2
resultam em significativas alterações de terreno podendo ocorrer alteração
e/ou destruição de sítios arqueológicos e patrimônio histórico presentes na
ADA do empreendimento.

• FASE DE OPERAÇÃO:
Alteração da qualidade do ar e aumento nos níveis de
Impacto 31
intensidade sonora.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Baixa

Nesta fase os impactos ambientais relacionados com a emissão de


material particulado e gases têm como fonte básica o tráfego dos veículos
na rodovia. O trânsito que será atraído para o Arco Rodoviário no Lote 2
causará uma alteração dos padrões de qualidade do ar dentro da ADA
principalmente em decorrência da emissão de poluentes primários pelo
escapamento dos veículos, como é o caso de Monóxido de Carbono (CO),
Monóxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Enxofre (SO2). Entretanto, esta
fonte de poluição linear que será introduzida será pouco expressiva em
relação às fontes pré-existentes identificadas no diagnóstico, notadamente
a atividade industrial (usinas, termoelétricas, queimadas de cana).

Paralelamente ao aumento de poluentes atmosféricos, será verificado


também um aumento no nível de ruído ao longo da AID. Os trabalhos
bibliográficos consultados mostram que o ruído típico em uma rodovia
movimentada gira em torno de 80dB, sendo este valor consistente com as
medições de campo efetuadas nas principais rodovias que cortam o arco.
Na medida em que o ponto de escuta se afasta da rodovia, o nível de ruído
diminui obviamente. A dissipação deste ruído com a distância depende de

780
algumas variáveis, mas principalmente dos obstáculos do terreno à onda
sonora. Em condições ideais de terreno aberto e visibilidade garantida entre
dois pontos, a uma distância em torno de 150m o nível de ruído rodoviário
(LAqv) deve estar em torno de 65dB, decrescendo até 55dB a uma distância
de 1000m.

Aceitando estes valores como referência, observa-se que as


comunidades hoje existentes em torno do Lote 2 do Arco estariam
submetidas a níveis de ruído acima do estipulado na NBR 10.151 – Acústica
– Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade
– Procedimento, que determina limites de 40 e 35 dB para áreas de
ambiência rural como é o caso em estudo. Entretanto, só o monitoramento
sistemático poderá fornecer dados sobre os efeitos do ruído em cada
comunidade atravessada.

Aumento do potencial de acidentes com cargas


Impacto 32
perigosas.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Físico
Importância Moderada

A industrialização da RMR promovida principalmente pelo


desenvolvimento do Porto de SUAPE faz com que circulem pelas rodovias
que cortam estes municípios uma diversidade de produtos perigosos de
diferentes tipologias que se constituem em uma situação de risco.

Com a implantação e pavimentação do Lote 2, haverá aumento no


potencial de acidentes com cargas perigosas, provocando danos à
população local e ao meio ambiente. Considerando ainda os cursos hídricos
que serão interceptados, os danos em caso de acidente podem
comprometer os componentes do meio físico (água, solo) e do biótico (fauna
e flora de ecossistemas aquáticos). As consequências de qualquer acidente
envolvendo um veículo transportando produto perigoso podem ser sentidas
não só por usuários das vias, mas por comunidades próximas ao local da
ocorrência.

Na maioria das vezes nesses acidentes o impacto maior é nos


recursos hídricos superficiais, mas, se os produtos derramados não forem
devidamente coletados, ou permanecerem por longo tempo no local do
acidente, principalmente em épocas chuvosas, haverá tempo para
infiltração desses produtos e, uma vez atingido o freático, poderá causar
sérios transtornos, dependendo principalmente do poluente e do local onde
ocorra o acidente. Na maior parte do Arco Rodoviário esses riscos serão
minimizados pela natureza argilosa do manto de alteração e pela baixa
utilização do aquífero fraturado.

781
Impacto 33 Atropelamentos de fauna silvestre.
Efeito Negativo
Direcionalidade Meio Biótico
Importância Alto

O principal impacto para a fauna durante a fase de operação do


empreendimento será a ocorrência de atropelamentos de fauna, quando da
disponibilização da rodovia. A largura das estradas e a intensidade do
tráfego são fatores que influenciam nas taxas de atropelamento de animais
(FORMAN & ALEXANDER, 1998). A velocidade dos veículos também é
diretamente proporcional ao risco de colisão, ou seja, quanto maior a
velocidade da via, maior a suscetibilidade de um animal a colidir com um
veículo (FORMAN & ALEXANDER, 1998; CLEVENGER et al., 2003).

As colisões com fauna geralmente envolvem vertebrados


movimentando-se em sua área de vida ou migrando entre áreas; animais
ectotérmicos que usam as estradas para regular suas temperaturas
corpóreas e animais atraídos por plantas tenras nas margens da estrada,
insetos, pequenos animais possíveis de serem predados e animais mortos
(FORMAN & ALEXANDER, 1998). Os répteis, por serem animais
ectotérmicos, são fortemente influenciados pelas condições ambientais e a
ecologia de muitos deles os tornam especialmente suscetíveis aos efeitos
negativos das rodovias (FORMAN et al., 2000).

A mortalidade causada pelas rodovias já foi documentada como


causadora de mudanças na abundância de populações de serpentes
(RUDOLPH et al., 1999). Esses animais são particularmente vulneráveis à
mortalidade associada às estradas devido ao seu deslocamento lento, sua
propensão a termorregular na superfície das estradas e à morte intencional
por seres humanos quando avistadas nas rodovias.

Com relação às aves, as espécies de hábitos alimentares granívoro,


que buscam o capim e ervas com sementes ao longo de rodovias ou até
mesmo os grãos que caem na mesma durante o transporte, constituem-se
vítimas frequentes de atropelamentos. Ainda podem-se citar os gaviões,
falcões e urubus que aproveitam as carcaças dos animais atropelados para
alimentarem-se, aumentando o risco de colisão com essas aves de maior
porte.

Dentre os mamíferos, as espécies de carnívoros são as que mais


sofrem com atropelamentos em rodovias. É provável que a suscetibilidade
de carnívoros a este impacto se justifique por serem espécies com grande
capacidade de deslocamento e terem comportamento de comer carniças de
outros animais atropelados, ficando mais expostos a estes acidentes.

782
Apesar das perdas de espécies comuns pelos atropelamentos serem
consideradas facilmente compensadas pela reprodução (HODSON & SNOW,
1965; BENNETT, 1991), o mesmo não é válido quando afeta espécies de
movimentos lentos, com baixas taxas reprodutivas, espécies raras,
ameaçadas de extinção ou endêmicas. Neste caso, a rodovia passará a
atuar como forte fonte de pressão negativa sobre elas.

Impacto 34 Melhoria das condições de mobilidade na RMR.


Efeito Positivo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Muito Alta

A pavimentação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife no Lote 2


possuirá importante papel para a trafegabilidade local, tendo em vista as
melhorias das condições técnicas. Consequentemente, a melhoria da
trafegabilidade neste trecho rodoviário proporcionará significativa melhora
nas condições de segurança para todos os tipos de usuários, reduzindo o
risco de acidentes de trânsito, o material particulado em suspensão, o
tempo de percurso e custos de transporte.

Um dos destaques do Arco é estabelecer conexões entre o sistema


viário de maior porte existente na RMR, ao mesmo tempo em que possibilita
a interligação entre os polos de desenvolvimento. O Arco servirá, ademais,
de eixo de integração do transporte de cargas intermodal, considerando o
porto de Suape e o Futuro Porto do Litoral Norte.

Absorvendo parte do tráfego pesado e veicular que atualmente


transita pela BR-101 e/ou adentra aos perímetros urbanos da RMR, o Arco
Rodoviário contribuirá significativamente para a mobilidade urbana das
cidades da Região Metropolitana do Recife, tornando-se chave no plano de
melhoria deste grave problema, cuja solução se tornou um enorme desafio
das grandes metrópoles. Além disso, favorecerá a redução de acidentes de
trânsito na BR-101 no trecho urbano da RMR em associação com outras
medidas preventivas.

Abertura de uma nova fronteira de desenvolvimento ao


Impacto 35
oeste da RMR.
Efeito Positivo
Direcionalidade Meio Socioeconômico
Importância Muito Alta

A implantação do Lote 2 do Arco Rodoviário beneficiará a RMR,


servindo de atração para o crescimento na região oeste, integrando-a à
região Sul através de rodovia de alto padrão, com conexão e articulação
entre as principais rodovias do estado e de trânsito rápido e seguro. Desse
modo, tornará as referidas regiões mais competitivas em relação ao

783
escoamento de cargas e produção, o que redundará em atratividade de
novos empreendimentos a se instalarem nesses polos de desenvolvimento.
Assim, os benefícios gerados pela operação da rodovia pavimentada
(melhoria de trafegabilidade e acessibilidade, redução do custo de
transporte, aumento da segurança, etc.), poderão atrair novas
empresas/indústrias e atividades comerciais a se instalarem nos municípios
do Lote 2, havendo um incremento, ainda que pequeno, também no setor
terciário e secundário.

As perspectivas de dinamização da economia decorrem justamente


da possibilidade de ampliação dessas atividades de comércio e instalação
de indústrias na área de entorno do Arco Viário, o que, consequentemente,
poderá gerar uma maior arrecadação de impostos, e ainda a geração de
empregos e novas oportunidades de negócios. Observa-se, então, que o
empreendimento assume, além de dimensões locais, impactos mais
abrangentes territorialmente, na medida em que poderá dinamizar o setor
produtivo da região. A dinamização da economia dar-se-á, então, a partir do
aporte de recursos em circulação provenientes da aquisição de produtos e
equipamentos, contratação de serviços técnicos e profissionais, da
remuneração dos novos postos de trabalho, etc., bem como da arrecadação
de impostos e tributos advindos das novas atividades que possam se
instalar na área.

9.1.2. SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

A maior parte dos impactos ambientais negativos estarão


direcionados para a componente física e socioeconômica do meio ambiente,
lembrando, porém, que o meio biótico será o receptor de uns dos impactos
de maior visibilidade que notadamente está atrelado à supressão de
vegetação nativa, correspondendo à alteração da cobertura vegetal na ADA.

Em relação ao meio físico, é importante ressaltar que as obras de


engenharia de características lineares, como é o caso do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife – Lote 2, geram inevitáveis impactos ambientais, a
maior parte deles atrelados a característica principal deste tipo de projeto
que é a movimentação de terra, pois a conformação de uma estrada baseia-
se no estabelecimento de um fluxo de materiais térreos e pétreos que são
retirados de suas posições originais no terreno, e transportados e dispostos
em locais estratégicos determinados pelas suas características petrográficas
e mecânicas. Nesse processo de remoção e de substituição são produzidas
perturbações na componente física do ambiente, que podem ser de
características temporárias, a exemplo do aumento da concentração de
material particulado no ar durante as obras ou permanentes como a

784
alteração na paisagem devido à construção da plataforma da rodovia, seus
cortes e aterros.

Nessa dinâmica, os impactos ambientais no meio físico são


produzidos em todos os níveis de intensidade, sendo os mais relevantes
aqueles que possuem a potencialidade de irradiarem seus efeitos negativos
para as componentes biótica e antrópica do meio ambiente e/ou
representarem situações extremas de degradação de áreas, até o ponto de
inviabilizá-las ou configurarem situações de risco.

Os impactos ambientais no meio socioeconômico decorrentes de


obras de engenharia de características lineares têm no remanejamento
involuntário de populações seus principais efeitos negativos. O
remanejamento de pessoas é muito perturbador, sendo seus efeitos de
ordem econômica, social e ambiental. Os efeitos econômicos incluem o
desmantelamento de sistemas de produção, a perda de bens produtivos,
perda de fontes de renda, a relocalização das pessoas para áreas onde suas
habilidades são menos aplicáveis e onde, eventualmente, há uma disputa
maior pelos recursos. Todavia, no caso do Lote 2 do Arco, esta situação se
vê minimizada pela ambiência rural da área, habitada com uma baixa
densidade populacional e principalmente pela possibilidade de relocar
estas pessoas na mesma área, porém, fora da faixa de domínio.

Apesar dos impactos negativos, o projeto na sua conjuntura integrada


terá um efeito positivo muito grande na região e no estado de Pernambuco.
De fato, a essência de qualquer obra de infraestrutura construída com
recursos públicos não é outra que beneficiar a coletividade e, nesse sentido,
o projeto de implantação do empreendimento não é diferente. Os principais
impactos positivos que o projeto promoverá serão o de melhoria nas
condições de mobilidade na RMR e a abertura de uma nova fronteira de
desenvolvimento na região, facilitando o transporte, a comunicação e a
expansão do comércio intermunicipal e regional, possibilitando o
crescimento de produção e comercialização a partir do fluxo de capitais e
de pessoas, acelerando a interconexão entre os municípios e entre polos de
desenvolvimento, dinamizando, enfim, a economia e proporcionando
melhores condições de vida à população.

785
10. MEDIDAS DE CONTROLE

Para os impactos identificados e descritos anteriormente, faz-se


necessária a execução de várias medidas mitigadoras, potencializadoras ou
maximizadoras e/ou compensatórias. No primeiro caso, compreendem
medidas destinadas a prevenir impactos negativos ou reduzir sua
magnitude (corretivas). As potencializadoras ou maximizadoras são aquelas
que visam intensificar os impactos positivos advindos da instalação e
operação do empreendimento. Já as compensatórias, visam compensar
impactos ambientais negativos que não podem ser evitados.

Para cada impacto identificado, foram, então, elencadas uma série de


medidas a serem implementadas, as quais são apresentadas no quadro a
seguir. Essas medidas, conforme seus objetivos e afinidades, são
implementadas em conjunto no âmbito de programas ambientais, que
devem ser executados durante as fases de instalação e até na de operação
do empreendimento. Os programas ambientais são descritos sinteticamente
adiante. Outras medidas, porém, correspondem à adequações no projeto de
engenharia, tal como a instalação de passagens de fauna, sinalização, entre
outros.

Além das medidas descritas no quadro a seguir, faz-se necessário


também a execução da compensação ambiental, que corresponte ao
pagamento de um percentual sobre o valor do empreendimento, calculado
conforme metodologia específica (ver capítulo 12, pág. 851), para
compensar impactos não mitigáveis sobre o meio ambiente.

787
Quadro 121 – Descrição das medidas ambientais aplicáveis a cada impacto ambiental identificado. Legenda: Natureza: mitigadora preventiva (MP), mitigadora corretiva (MC), compensatória (C), maximizadora (MX); fator ambiental
a que se aplica: meio físico (MF), meio biótico (MB), meio socioeconômico (MS); prazo de permanência de aplicação: curto – zero a 5 anos, médio – 5 a 10 anos, longo – mais de 10 anos.

Me dida s a m bie nta is


Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Fa se de Planejamento
Geração de expectativas Nesta fase, a única forma de mitigar o impacto é orientar aos técnicos envolvidos no estudo a prestar
na população quanto à MC MS curto Não se aplica aos programas ambientais. DNIT
1 esclarecimentos na medida do possível para aqueles que se mostrarem interessados.
implantação do
empreendimento. Realizar a audiência pública como forma de dirimir as dúvidas em relação ao projeto. MC MS curto Não se aplica aos programas ambientais. DNIT
Distorção e especulação
do custo da terra na Previsão de diretrizes de ocupação das áreas próximas ao arco viário da RMR em cada município,
2 MC MS curto Não se aplica aos programas ambientais. Poder Público
região do estabelecidas através de Planos Diretores.
empreendimento.
Valorização imobiliária e Previsão de diretrizes de ocupação das áreas próximas ao arco viário da RMR em cada município,
3 MX MS longo Não se aplica aos programas ambientais. Poder Público
fundiária. estabelecidas através de Planos Diretores.
Ocupação desordenada Cadastramento, reassentamento e/ou indenização, com aplicação de preços justos nas avaliações e Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
4 C MS curto DNIT
da ADA indenizações, de modo que a população afetada não sofra perda patrimonial ou de padrão de vida. PIRD

Fa se de Instalação
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Proceder o gerenciamento de resíduos sólidos conforme legislação vigente nos canteiros de obras e
MP MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
frentes de trabalho.
Líquidos
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
MF curto Construtora
maquinários
Dimensionamento adequado da(s) ETE(s) com base no pico de operários previsto na obra. MP Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
MF curto Construtora
maquinários
Construção de caixas retentoras de sólidos na usina de concreto e no dique de lavagem de betoneiras,
MP Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
que deverá ser implantado na obra.
MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Adequação da localização de canteiros de obras, suas
MF curto Construtora
estruturas e maquinários
Localização criteriosa dos canteiros de obras (fora de APPs) MP Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Na remoção de entulhos de antigas moradias, devem ser removidos os efluentes de eventuais fossas
MP MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
sépticas ou fossas negras.
Geração de resíduos Líquidos
sólidos e efluentes Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
5 líquidos nos canteiros de Os geradores diesel e bomba de óleo, se implantados no canteiro e/ou nas frentes de obra, deverão estar maquinários
obras e frentes de dotados de bacia de contenção com capacidade volumétrica suficiente para conter 110% do volume MP MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
trabalho. armazenado. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
maquinários
Os óleos usados deverão ser estocados de forma correta, em área ventilada, piso cimentado e com bacia
MP MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
de contenção.
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
O abastecimento das máquinas deve ser realizado objetivando minimizar as possibilidades de maquinários
derramamento de óleo, para isso, recomenda-se acrescentar à frota de maquinário um comboio de MP MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
abastecimento e lubrificação montando em caminhão toco ou similar. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Construtora,
Manter em estoque no canteiro um kit absorvente para controle de contingências com derramamento de Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de
MP MF curto Gestora
óleo. Ação de Emergência – PGRA/PAE
Ambiental
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de
Construtora
Minimização de Supressão de Vegetação
Separar os resíduos da supressão de vegetação (galharias) para reaproveitamento como matéria
MP MF curto Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
orgânica no âmbito do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
Obras/ Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais

789
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Realizar atividades de conscientização e informação sobre manejo adequado de resíduos sólidos e Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
C MF curto
efluentes líquidos. Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Restrição de operação em áreas urbanas ou núcleos rurais no horário noturno. MP MF, MS curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Vibrações
Localização criteriosa dos canteiros de obras, usinas de britagem e de asfalto, evitando sua instalação Adequação da localização de canteiros de obras, suas
MP MF, MS curto Construtora
em linha com a direção predominante dos ventos e núcleos urbanos. estruturas e maquinários
Adequação da localização de canteiros de obras, suas
Instalar sistemas de controle de emissões atmosféricas nas usinas de asfalto e britadores. MC MF curto Construtora
estruturas e maquinários
Adequação da localização de canteiros de obras, suas
Construtora
estruturas e maquinários
Regulagem periódica de máquinas e motores. MC MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Umidificação periódica das vias em áreas urbanas e núcleos rurais, em desvios de tráfego, canteiros e
MC MF curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
frentes de obra.
Vibrações
Aumento dos níveis de
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
ruído e material
Proteger com lonas as cargas transportadas em caminhões. MC MF curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
6 particulado no entorno
Vibrações
do(s) canteiro(s) de obras
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
e frentes de obras. Controlar, inspecionar e fiscalizar a manutenção e regulagem periódicas de máquinas, equipamentos e
MP MF curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
veículos.
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Monitorar a emissão de poeiras e fumaça em veículos pesados e equipamentos através da Escala
MP MF curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Ringelmann.
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Utilização de equipamento de proteção individual pelos trabalhadores. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Monitorar o nível de ruídos. MP MF curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Vibrações
Gestora
Realizar ações de pesquisa e informação à população por meio de entrevistas. C MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação
Realizar atividades de conscientização e informação sobre os prejuízos ambientais com a prática de Gestora
C MS curto Ambiental – PEA/ Subprograma de Educação Ambiental para a
queimadas. Ambiental
Comunidade
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MF, MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Revegetação imediata das áreas com solo exposto, incluindo o plantio de espécies da vegetação local. MC MF curto Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
Descaracterização
Obras
7 morfológica e paisagística
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
na ADA. Recuperação de áreas de intervenção de obras (canteiros, frentes de trabalho, acessos provisórios)
MC MF curto Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
buscando a configuração original do terreno e revegetação.
Obras
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Implantar dispositivos de drenagem a fim de evitar o surgimento de processos erosivos. MP MF curto Construtora
Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Adotar procedimentos para evitar a erosão no caso de parada temporária das obras. MP MF curto Construtora
Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Revegetação das áreas com solo exposto. MC MF curto Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
Obras
Potencial de indução a Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
instabilidades Fiscalização periódica em locais suscetíveis a escorregamentos (áreas de corte e aterro). MP MF curto Construtora
8 Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
geotécnicas nos taludes
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
de corte e aterro. Correção imediata de processos erosivos incipientes ao longo de taludes de corte e aterros. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Atendimento corretivo imediato em casos de deslizamentos. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Recuperação de áreas de corte e revegetação de áreas com solo exposto. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Aumento no potencial de Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
9 Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MF, MB curto
geração de focos de Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental

790
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
processos erosivos. Construção de sistemas de contenção de sedimentos e sistemas provisórios de drenagem junto aos Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de Gestora
MP MF curto
cursos hídricos. Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos Ambiental
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Armazenar temporariamente os perfis escavados para utilização posterior na recuperação. MC MF curto Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
Obras
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de Gestora
Adotar procedimentos para evitar a erosão no caso de parada temporária das obras. MP MF curto
Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos Ambiental
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Revegetação das áreas com solo exposto. MC MF curto Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Construtora
Obras
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Recuperação de passivos ambientais relacionados com processos erosivos. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de Gestora
Fiscalização periódica para identificação de processos erosivos. MP MF curto
Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos Ambiental
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
Correção imediata dos processos erosivos incipientes ao longo de taludes de corte e aterros. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
maquinários
Implantação de bacias de contenção para tanques de combustível interligados a tanques de decantação
MP MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
e caixas separadoras de água e óleo.
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Implantar sistema de gerenciamento de resíduos e efluentes nas frentes de trabalho e canteiros de
MP MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
obras.
Líquidos
Potencial de
Construtora,
10 contaminação do solo e Disponibilizar kits de emergência em todas as frentes de obras para mitigação de vazamentos de Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de
MP MF curto Gestora
águas subterrâneas produtos perigosos. Ação de Emergência – PGRA/PAE
Ambiental
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
maquinários
Instalar bacia de contenção de vazamentos em bombas de captação de água e geradores. MP MF curto Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Realização de treinamento e/ou educação ambiental para os trabalhadores visando a conscientização Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
C MS curto
sobre a necessidade de conservação dos recursos naturais e práticas ambientalmente corretas. Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MF, MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Plantio Gestora
Revegetação imediata das áreas com vegetação suprimida em APPs. C MF, MB curto
Compensatório de Áreas de Preservação Permanente Ambiental
Construção de sistemas de contenção de sedimentos e sistemas provisórios de drenagem próximos aos Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MP MF curto Construtora
Aumento no potencial de cursos hídricos. Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
assoreamento de cursos Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
11 d'água e alteração na Fiscalização periódica para identificação de processos erosivos. MP MF curto Construtora
Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
hidrodinâmica dos corpos
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD/
hídricos. Correção imediata dos processos erosivos. MC MF curto Construtora
Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais
Gestora
Monitorar a qualidade das águas. MP MF curto Programa de Monitoramento da Qualidade da Água – PMQA
Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação
Realização de treinamento e/ou educação ambiental para os trabalhadores visando a conscientização Gestora
C MS curto Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra/
sobre a necessidade de conservação dos recursos naturais e práticas ambientalmente corretas. Ambiental
Suprograma de Educação Ambiental para a Comunidade
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Programar os serviços de imprimação e pavimentação, evitando os meses mais chuvosos. MP MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Alteração da qualidade Evitar o trânsito de veículos e maquinários pelo leito dos rios durante a construção de obras de arte
12 MP MF curto Líquidos
das águas superficiais especiais.
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Implantar sistema de gerenciamento de resíduos e efluentes nas frentes de trabalho e canteiros de
MP MF curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
obras.
Líquidos

791
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Construtora,
Disponibilizar kits de emergência nas frentes de trabalho para mitigação de vazamentos de produtos Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de
MP MF curto Gestora
perigosos. Ação de Emergência – PGRA/PAE
Ambiental
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Instalar bacia de contenção de vazamentos em bombas de captação de água e geradores. MP MF curto Líquidos
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Construtora
maquinários
Controlar as causas de formação e desenvolvimento de processos erosivos, de forma a reduzir a Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MP MF curto Construtora
ocorrência de assoreamento. Prevenção, Controle e Monitoramento de Processos Erosivos
Gestora
Monitorar a qualidade das águas superficiais nos principais corpos d’água interceptados pela rodovia. MP MF curto Programa de Monitoramento da Qualidade da Água – PMQA
Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação
Realizar treinamentos e atividades de educação ambiental para os trabalhadores e população em geral Gestora
C MS curto Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra/
visando a proteção e cuidados com os recursos hídricos. Ambiental
Suprograma de Educação Ambiental para a Comunidade
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação
Elaborar e distribuir material de educação ambiental aos usuários da rodovia, população lindeira e Gestora
C MS curto Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra/
trabalhadores da obra. Ambiental
Suprograma de Educação Ambiental para a Comunidade
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Plantio Gestora
Recuperar áreas degradadas adjacentes aos cursos d’água interceptados pelas obras. MC MF, MB curto
Compensatório de Áreas de Preservação Permanente Ambiental

Recompor as fontes de abastecimento d’água das comunidades afetadas por aterramentos em cacimbas. MC MS curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Intervenção em Áreas de
13 Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Gestora
Preservação Permanente Realizar resgate e transplante de germoplasma vegetal. MC MB curto
Salvamento e Transplante de Germoplasma Vegetal Ambiental
Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Plantio Gestora
Realizar o plantio compensatório, recompondo as APPs afetadas. C MB curto
Compensatório de Áreas de Preservação Permanente Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação
Realização de programas de educação ambiental para a população local, visando à valorização dos Gestora
C MS curto Ambiental – PEA/ Suprograma de Educação Ambiental para a
ecossistemas e a conscientização para a necessidade de preservação da vegetação natural. Ambiental
Comunidade
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Realizar o controle e orientação das atividades de supressão vegetal. MP MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Gestora
Realizar resgate e transplante de germoplasma vegetal. MC MB curto
Alteração da cobertura Salvamento e Transplante de Germoplasma Vegetal Ambiental
14
vegetal na ADA. Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Plantio Gestora
Realizar o plantio compensatório, recompondo áreas florestais afetadas. C MB curto
Compensatório de Áreas de Preservação Permanente Ambiental
Realização de programas de educação ambiental para a população local, visando à valorização dos Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
C MS curto
ecossistemas e a conscientização para a necessidade de preservação da vegetação natural. Educação Ambiental para a Comunidade Ambiental
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Educação ambiental para trabalhadores sobre a importância da vegetação nativa. C MS curto
Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Manutenção periódica dos equipamentos e veículos envolvidos com a obra. MC MB curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Vibrações
Acompanhar a fuga dos animais encontrados durante as atividades de supressão da vegetação (resgate Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de Gestora
MC MB curto
brando), orientando-os, caso necessário, para áreas adjacentes com os mesmos hábitats. Afugentamento e Resgate de Fauna Ambiental
Perda de hábitats e Programa de Proteção à Flora – PPFL/ Subprograma de Plantio Gestora
15
afugentamento de fauna. Recuperar áreas afetadas adjacentes aos cursos d’água em função das obras. MC MB curto
Compensatório de Áreas de Preservação Permanente Ambiental
Priorizar a construção de pontes ao invés do uso de tubulações para a transposição dos cursos d’água. MC MB curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Realização de educação ambiental para os trabalhadores visando a valorização da fauna e como Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
C MS curto
proceder quando do encontro de algum animal silvestre durante as obras. Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de
Gestora
Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna. MP MB curto Monitoramento de Fauna/ Subprograma de Manejo e
Ambiental
Conservação da Fauna Ameaçada e Endêmica

792
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Programa de Proteção à Flora - PPFL/ Subprograma de Gestora
Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias. MP MB curto
Minimização de Supressão de Vegetação Ambiental
Acompanhamento da fuga dos animais encontrados durante as atividades de supressão da vegetação Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de Gestora
MC MB curto
(resgate brando), orientando-os, caso necessário, para áreas adjacentes com os mesmos hábitats. Afugentamento e Resgate de Fauna Ambiental
Aumento potencial na Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de
Gestora
16 mortalidade da fauna Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna. MP MB curto Monitoramento de Fauna/ Subprograma de Manejo e
Ambiental
terrestre. Conservação da Fauna Ameaçada e Endêmica
Realização de treinamento e educação ambiental para trabalhadores, visando à valorização da fauna e Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
C MS curto
como proceder quando do encontro de algum animal silvestre durante as obras. Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Realização de educação ambiental para a população local. C MS curto
Educação Ambiental para a Comunidade Ambiental
Priorizar a construção de pontes ao invés do uso de tubulações para a transposição dos cursos d’água. MP MF, MB curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Evitar que os resíduos e efluentes líquidos entrem em contato com os corpos d’água. MP MF, MB curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Dispor adequadamente os resíduos sólidos, produtos perigosos e efluentes líquidos. MP MF, MB curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Líquidos
Aumento no potencial de Realização de treinamento e/ou educação ambiental para os trabalhadores visando à valorização dos Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
17 interferência na biota ecossistemas terrestres e aquáticos e a conscientização para a necessidade de conservação dos C MS curto
Capacitação da Mão de Obra Ambiental
aquática. mesmos, e de práticas corretas de destinação de resíduos, produtos perigosos e efluentes.
Realização de monitoramento da qualidade das águas superficiais dos corpos d’água interceptados pelo Gestora
MP MF curto Programa de Monitoramento da Qualidade da Água – PMQA
trecho da rodovia em estudo. Ambiental
Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de
Gestora
Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna. MP MB curto Monitoramento de Fauna/ Subprograma de Manejo e
Ambiental
Conservação da Fauna Ameaçada e Endêmica
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Realização de educação ambiental para a população local. C MS curto
Educação Ambiental para a Comunidade Ambiental
Gestora
Instalação de canais de comunicação com a população afetada. MC MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Perda de terras agrícolas Divulgação de informações sobre política de desapropriação, reassentamento e indenização, e Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
18 produtivas e/ou MC MS curto DNIT
acompanhamento do processo para mediação de conflitos. PIRD
atividades particulares.
Aplicação de preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que a população afetada não sofra Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
C MS curto DNIT
perda patrimonial ou de padrão de vida. PIRD
Gestora
Cadastrar as explorações licenciadas e as áreas requeridas junto à ADA. C MF, MS curto Programa de Gestão Ambiental - PGA
Interferência em áreas Ambiental
19 com estoques minerários Realizar o inventário da situação legal das atividades de mineração. Gestora
C MF curto Programa de Gestão Ambiental - PGA
na ADA. Ambiental
Utilizar material proveniente de jazidas já licenciadas. MP MF curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Gestora
Instalação de canais de comunicação com a população afetada. C MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Retirada involuntária da Divulgação de informações sobre política de desapropriação, reassentamento e indenização, e Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
20 C MS curto DNIT
população rural da ADA acompanhamento do processo para mediação de conflitos. PIRD
Aplicação de preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que a população afetada não sofra Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
C MS curto DNIT
perda patrimonial ou de padrão de vida. PIRD
Gestora
Instalação de canais de comunicação com a população afetada. C MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Fragmentação de Divulgação de informações sobre política de desapropriação, reassentamento e indenização, e Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
21 assentamentos e C MS curto DNIT
acompanhamento do processo para mediação de conflitos. PIRD
comunidades rurais.
Incluir passagens para pedestres em todos os tipos de travessias para veículos que forem projetadas ao
C MS curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
longo do Lote 2, devendo as mesmas ser detalhadas no projeto de engenharia.
Realizar o reassentamento da população preferencialmente na mesma área, através da construção das
Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
moradias, melhorando as condições básicas de habitação das moradias, visando a manutenção e MX MS curto DNIT
PIRD
Melhoria nas condições melhoria no padrão de vida.
22 de habitabilidade da Gestora
população remanejada. Instalação de canais de comunicação com a população afetada. MX MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Divulgação de informações sobre política de desapropriação, reassentamento e indenização, e Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação -
MX MS curto DNIT
acompanhamento do processo para mediação de conflitos. PIRD

793
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Priorização da contratação de mão de obra local para as obras, com divulgação dos postos de trabalho Gestora
MX MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
disponíveis. Ambiental
Geração de empregos
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
23 diretos e dinamização da
Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
economia da AID. Orientação e treinamento dos trabalhadores. MX MS curto
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Interferência com
24 infraestrutura urbana e Reprojetar e reinstalar as infraestruturas atingidas. MC MS curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
rural.
Monitorar o quadro de saúde dos trabalhadores da obra com consultas e exames desde a fase Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MP MS curto Construtora
admissional. Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Controle de vacinação e avaliações periódicas dos trabalhadores. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes
Controle na disposição de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas. MP MS curto Construtora
Líquidos/ Subprograma de Controle e Monitoramento de
Emissões Atmosféricas, Ruídos e Vibrações
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Fornecer água tratada no canteiro de obras. MP MS curto Construtora
maquinários
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Tratar os efluentes dos canteiros de obras. MP MS curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Alteração no quadro de Líquidos
25
saúde da população. Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Fiscalizar as condições sanitárias dos canteiros de obras e alojamento. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Adoção de medidas de segurança como o uso de EPCs e EPIs. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Desenvolver atividades de educação em saúde para toda a mão de obra contratada. MP MS curto
Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
Criação e divulgação do Código de Conduta para os trabalhadores. MP MS curto
Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Promoção de atividades esportivas, lúdicas e culturais visando condições adequadas de saúde, Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
MP MS curto
segurança e bom relacionamento com as comunidades locais. Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Gestora
Instalação de canais de comunicação com a população afetada. MP MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Monitorar o quadro de saúde dos trabalhadores da obra com consultas e exames desde a fase Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MP MS curto Construtora
admissional. Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Controle de vacinação e avaliações periódicas dos trabalhadores. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes
Controle na disposição de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas. MP MS curto Construtora
Líquidos/ Subprograma de Controle e Monitoramento de
Emissões Atmosféricas, Ruídos e Vibrações
Adequação de canteiros de obras, suas estruturas e
Fornecer água tratada no canteiro de obras. MP MS curto Construtora
maquinários
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Tratar os efluentes dos canteiros de obras. MP MS curto Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e Efluentes Construtora
Incremento na pressão de Líquidos
26
serviços públicos. Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Fiscalizar as condições sanitárias dos canteiros de obras e alojamento. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Adoção de medidas de segurança como o uso de EPCs e EPIs. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
Desenvolver atividades de educação em saúde para toda a mão de obra contratada. MP MS curto
Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
Orientação e treinamento dos trabalhadores. MP MS curto
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
Criação e divulgação do Código de Conduta para os trabalhadores. MP MS curto
Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental

794
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de
Possibilidade de Gestora
orientar os trabalhadores e população local sobre como proceder ao encontrar algum animal peçonhento. MP MS curto Capacitação da Mão de Obra; Programa de Proteção de Fauna –
ocorrência de acidentes Ambiental
27 PPFA/ Subprograma de Afugentamento e Resgate de Fauna
com animais
peçonhentos. adoção de medidas de segurança como EPIs e orientações sobre segurança do trabalho nas atividades Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MP MS curto Construtora
envolvendo, principalmente, a supressão de vegetação. Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Gestora
Comunicação constante do empreendedor com a população local. C MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Planejamento da mobilização da frente de obras para minimizar transtornos na vida da população
MP MS curto Não se aplica aos programas ambientais. Construtora
afetada.
Elaboração e execução de Plano de Fogo pelas construtoras, prevendo o monitoramento de detonações
MC MS curto Não se aplica aos programas ambientais. Construtora
em atendimento a NBR 9653.
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Monitorar os níveis de ruído e das vibrações do terreno nas comunidades do entorno, nos pontos de Gestora
MP MS curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e
relevante valor cultural e na infraestrutura existente. Ambiental
Vibrações
Interferência no cotidiano Criação e divulgação do Código de Conduta para os trabalhadores. Programa de Comunicação Social - PCS; Programa de Educação Gestora
MP MS curto
28 e na qualidade de vida Ambiental – PEA/ Subprograma de Capacitação da Mão de Obra Ambiental
das comunidades da ADA. Manutenção mecânica preventiva e corretiva dos equipamentos no sentido de que não sejam emitidos Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
MC MS curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
níveis de ruído além daqueles previstos para cada equipamento.
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Adoção de medidas de segurança como o uso de EPCs e EPIs. MP MS curto Construtora
Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Gestora
Monitoramento e controle da qualidade do ar. MP MF, MS curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e
Ambiental
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Executar a umidificação das vias de acesso e caminhos não pavimentados. MC MF, MS curto Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas, Ruídos e Construtora
Vibrações
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
Reforço da sinalização de segurança nas áreas das obras e desvios. MP MS curto Construtora
Sinalização e Segurança Viária
Aumento dos riscos de
Plano Ambiental de Construção – PAC/ Subprograma de
29 acidentes de trânsito na Execução criteriosa de acessos, desvios e caminhos de serviço. MP MS curto Construtora
Sinalização e Segurança Viária
AID.
Gestora
Comunicação com a população diretamente afetada sobre alterações de tráfego. MP MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
Ambiental
Realização de prospecção arqueológica intensiva na área de influência, em atendimento à legislação Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Gestora
MP MS curto
vigente. Cultural - PARQUEO Ambiental
Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Gestora
Resgate do patrimônio arqueológico quando encontrado na ADA. MC MS curto
Cultural - PARQUEO Ambiental
Interferências sobre o
Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Gestora
30 patrimônio histórico, Acompanhamento das atividades de supressão de vegetação e terraplenagem. MP MS curto
Cultural - PARQUEO Ambiental
arqueológico e cultural
Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Gestora
Realizar o levantamento do patrimônio edificado na área de influência. MP MS curto
Cultural - PARQUEO Ambiental
Desenvolver atividades de educação patrimonial junto às comunidades locais e junto aos trabalhadores Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Gestora
C MS curto
da obra. Cultural - PARQUEO Ambiental
Fa se de Operação
instalação de sinalização para controle e adequação das velocidades médias junto aos aglomerados
MP MS curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
urbanos interceptados pela rodovia.
Alteração da qualidade do Instalação de barreiras acústicas junto à comunidades rurais e aglomerados populacionais. MP MF, MS curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
31 ar e aumento nos níveis Não se aplica aos programas ambientais ou ao projeto de
de intensidade sonora. Manutenção periódica da rodovia. MP MF, MS longo DNIT
engenharia.
educação ambiental e comunicação social junto aos usuários quanto às formas de atenuar a emissão de Gestora
C MS curto Programa de Comunicação Social - PCS
gases e ruídos, efeitos da poluição do ar e sonora. Ambiental
Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Implantar sinalização preventiva, redutores de velocidade e defensas junto a pontos sensíveis. MP MF, MB, MS curto Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de
DNIT
Aumento do potencial de Ação de Emergência – PGRA/PAE
32 acidentes com cargas Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de DNIT, Poder
perigosas. Definir e implementar o sistema operacional de atendimento a acidentes. MP MF, MB, MS médio
Ação de Emergência – PGRA/PAE Público
Realizar comunicação social com os usuários da via sobre o transporte e cuidados com cargas perigosas, Gestora
MP MS médio Programa de Comunicação Social - PCS
direção defensiva e prevenção de acidentes de trânsito. Ambiental
33 Atropelamentos de fauna Instalação de passagens de fauna associadas a pontes e bueiros. MC MB curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora

795
Me dida s a m bie nta is
Im pa cto Fa to r Fo r m a de a te ndim e nto / P r o gr a m a s a m bie nta is R esponsável
De s cr içã o Na tur e z a Prazo
a m bie nta l
silvestre Redução da velocidade de tráfego através da implantação de placas e/ou redutores junto a corredores
MP MB curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
ecológicos.
Instalação de sinalização educativa e de orientação para os usuários da via sobre animais silvestres. MP MB curto Adequações no projeto de engenharia. Construtora
Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna, e monitoramento de atropelamentos Programa de Proteção de Fauna – PPFA/ Subprograma de Gestora
MP MB curto
de animais silvestres. Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos de Fauna Ambiental
Implantação de programas de educação ambiental para a população local e usuários da rodovia, visando
Programa de Educação Ambiental – PEA/ Subprograma de Gestora
à valorização dos ecossistemas e a conscientização para a necessidade de conservação da flora e fauna C MB, MS curto
Educação Ambiental para a Comunidade Ambiental
locais.
Melhoria das condições
34 Manutenção e conservação da rodovia. MX MS longo Não se aplica aos programas ambientais. DNIT
de mobilidade na RMR.
Abertura de uma nova
fronteira de Previsão de diretrizes de ocupação das áreas próximas ao arco viário da RMR em cada município,
35 MX MS longo Não se aplica aos programas ambientais. Poder público
desenvolvimento ao estabelecidas através de Planos Diretores.
oeste da RMR.

796
11. PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS
IMPACTOS

A seguir são descritos de forma sintética os programas ambientais


que deverão compor o Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento.
Os programas previstos no PBA deverão ser detalhados de forma executiva
na próxima fase de licenciamento ambiental, sendo um dos requisitos para
a obtenção da Licença de Instalação. A execução do PBA se inicia com a
contratação de uma Gestora Ambiental antes do início das obras, se
estendendo ao longo de todo o período de instalação do empreendimento,
sendo que alguns programas, devem perdurar na fase de operação.

11.1. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA

• OBJETIVO

O Programa de Gestão Ambiental tem como objetivo principal


assegurar a qualidade ambiental da área de influência do empreendimento,
através da gestão integrada de todos os programas que estão previstos no
PBA.

• JUSTIFICATIVAS

Este programa se justifica em função da quantidade de atividades e


recursos humanos que estarão envolvidos nas questões relativas ao meio
ambiente durante a execução do empreendimento. Neste sentido, a
execução concomitante dos programas ambientais propostos somente
poderá ser realizada de forma integrada e atingir totalmente os objetivos
propostos se houver gestão, coordenação e supervisão de todos os
processos e procedimentos previstos no PBA.

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste programa engloba as instituições intervenientes


no processo de licenciamento ambiental, tais como CPRH/Agência Estadual
de Meio Ambiente, IPHAN, DNIT e construtoras.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: Plano de Trabalho elaborado, Inspeções


diárias das atividades construtivas realizadas. fichas de vistoria elaboradas
e não-conformidades verificadas, relatórios (programação, mensal,

797
semestral e de encerramento) elaborados, informes de não-conformidade
ambiental encaminhados, assessoria ao DNIT prestada.

Os indicadores são: nº de licenças ambientais de áreas de apoio


apresentadas, nº de outorgas de recursos hídricos apresentadas, nº de
relatórios entregues para o empreendedor e nº de relatórios entregues ao
CPRH/Agência Estadual de Meio Ambiente, obtenção da Licença de
Instalação.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Inspeções Diárias das Atividades Construtivas

As inspeções das atividades construtivas nas frentes de obras serão


diárias e irão avaliar os procedimentos ambientais previstos no Programa
Ambiental para a Construção - PAC e Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas - PRAD.

Incluem-se nesta atividade a identificação dos locais que exijam


obras/serviços de estabilização e instalação de dispositivos de controle de
processos erosivos e carreamento de sedimentos; a verificação do
atendimento às recomendações sobre disposição de solo e vegetação
suprimida; a avaliação da conformidade da execução dos serviços que
interferem com os corpos hídricos.

Elaboração de Fichas de Vistoria

Diariamente serão elaboradas fichas de vistoria que subsidiarão o


relatório mensal das atividades a ser entregue ao empreendedor.

As fichas de vistoria deverão conter todos os registros efetuados nas


atividades de vistoria, com a descrição das medidas tomadas para cada
possível não-conformidade, as metas de cumprimento das medidas e a
indicação da execução ou não das medidas.

Verificação de Não-Conformidades Ambientais

As inspeções terão como premissa a verificação das não-


conformidades ambientais ocorridas, as medidas adotadas e eventuais
modificações nos projetos e planos executivos das obras, registrando-as e
organizando-as em banco de dados. As não-conformidades e medidas
adotadas serão registradas em fichas de vistoria.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras.

798
INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com todos os demais programas do PBA.

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.2. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – PEA

Em atendimento ao disposto na Instrução Normativa IBAMA 02/2012


(art. 2º), o presente Programa de Educação Ambiental foi estruturado em
dois componentes: o Subprograma de Capacitação da Mão de Obra e o
Subprograma de Educação Ambiental para a Comunidade.

11.2.1. SUBPROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA

• OBJETIVO

A Lei n° 9795/1999, que instituiu a Política Nacional de Educação


Ambiental, no seu artigo 3°, incumbe às empresas promover programas
destinados à capacitação de seus trabalhadores no que se refere ao
controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as
repercussões do processo produtivo no meio ambiente.

Este subprograma visa garantir a utilização de mão de obra


qualificada e com pleno conhecimento das atividades em execução. A
qualificação dos funcionários ocorrerá com a utilização de metodologias de
sensibilização, conscientização e capacitação.

O PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

5) Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos nos canteiros de


obras e frentes de trabalho

10) Potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d’água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

12) Alteração da qualidade das águas superficiais

15) Perda de hábitats e afugentamento da fauna

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre

17) Aumento no potencial de interferência na biota aquática

799
25) Alteração no quadro de saúde da população

26) Incremento na pressão de serviços públicos

28) Possibilidade de ocorrência de acidentes com animais


peçonhentos

• JUSTIFICATIVAS

O Subprograma de Capacitação da Mão de Obra foi elaborado a partir


da compreensão de que uma parcela significativa dos impactos ambientais
do empreendimento pode ser evitada e mitigada a partir da adoção de
estratégias de sensibilização e conscientização da mão de obra alocada à
execução das obras, visando reforçar comportamentos e atitudes de
respeito ao meio ambiente e à população da região.

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma será constituído pelos


trabalhadores contratados pelo empreiteiro.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% das atividades de capacitação dos


trabalhadores definidas através de reuniões da equipe técnica; 100% do
conteúdo programático a ser repassado aos trabalhadores definido; 100%
dos trabalhadores capacitados e sensibilizados em temas ambientais e
sociais através de palestras; 100% das apresentações em meio digital
elaboradas pelo PCS; 100% de trabalhadores sensibilizados em temas de
saúde através de palestras.

Os indicadores são: porcentagem de atividades de capacitação dos


trabalhadores definidas; porcentagem do conteúdo programático a ser
repassado aos trabalhadores definido; nº de cartazes e cartilhas do Código
de Conduta elaborados.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Realizar o planejamento das atividades

Inicialmente, serão realizadas reuniões para delinear os objetivos do


subprograma, atividades a serem realizadas e cronograma a ser cumprido.

Promover a capacitação dos trabalhadores

800
Farão parte do escopo de treinamento temas ambientais inerentes ao
desenvolvimento das atividades do trabalhador; sociais, abrangendo normas
relativas ao ambiente de trabalho, nos alojamentos e com as comunidades
lo; e de saúde, em complementação às atividades que atendem à legislação
referente a Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho apresentadas no
PAC - Subprograma de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Trabalhador.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

O planejamento das atividades será realizado 1 mês antes do início


das obras e a capacitação dos trabalhadores será desenvolvida durante o 3
primeiros meses das obras e sempre que houver ingresso de novos
trabalhadores.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com:

 PAC – Subprograma de Subprograma de Segurança, Meio Ambiente e


Saúde do Trabalhador

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Educação Ambiental para a Comunidade
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.2.2. SUBPROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A


COMUNIDADE

• OBJETIVO

O objetivo geral deste subprograma é a melhoria da qualidade de


vida da população através da conscientização acerca da sustentabilidade
ambiental. O PEA - Subprograma de Educação Ambiental para a
Comunidade visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

6) Aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno do


canteiro de obras e frentes de obras

13) Intervenção em Áreas de Preservação Permanente

14) Alteração na cobertura vegetal da ADA

801
28) Possibilidade de ocorrência de acidentes com animais
peçonhentos

• JUSTIFICATIVAS

O sucesso da implantação da gestão ambiental dentro de um


empreendimento deverá proporcionar o comprometimento de todos os
atores envolvidos, sendo necessárias mudanças de comportamento
envolvendo aspectos que dizem respeito à preservação do meio ambiente e
do compromisso individual para com este.

Nesse sentido, este programa pretende abordar a importância da


educação ambiental como instrumento de informação e sensibilização da
temática ambiental estimulando o envolvimento em ações mais amplas,
que promovam hábitos sustentáveis de uso dos recursos naturais.

• PÚBLICO-ALVO

Comunidades da AID

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: contatos estabelecidos com instituições


públicas e da sociedade civil organizada, temas para educação ambiental
definidos, Plano de Trabalho Prévio (PTP) discutido, Diagnóstico Participativo
realizado e Plano de Trabalho Final (PTF) elaborado para todas as
comunidades da AID; 100% das campanhas de educação ambiental
realizadas.

Os indicadores são: nº de parcerias estabelecidas com instituições


públicas e da sociedade civil organizada; porcentagem de temas para
educação ambiental debatidos e definidos em cada localidade; nº de
reuniões com as instituições públicas, a sociedade civil organizada e as
lideranças locais realizadas; nº de participantes nas reuniões; porcentagem
de campanhas de educação ambiental realizadas; nº de participantes em
atividades presenciais; quantidade de material de apoio distribuído.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Desenvover articulação institucional e planejamento

De forma geral, as atividades para esta ação incluem contatos com


instituições públicas e da sociedade civil organizada para estabelecer
parcerias, identificar potenciais locais para a realização dos trabalhos,

802
contatar lideranças junto ao público-alvo e elaborar o Plano de Trabalho
Prévio (PTP) para a realização do Diagnóstico Participativo.

Realizar diagnóstico participativo

Para realizar o Diagnóstico Participativo será necessário: submeter e


discutir o Plano de Trabalho Prévio (PTP) com instituições públicas,
sociedade civil organizada e lideranças locais; realizar o Diagnóstico
Participativo com o público-alvo; e elaborar o Plano de Trabalho Final (PTF),
constando os conteúdos dos eixos temáticos, os formatos de execução e os
materiais de apoio a serem usados pela equipe em cada eixo temático.

Executar atividades de educação ambiental

O Plano de Trabalho Final (PTF), elaborado após a realização do


diagnóstico participativo norteará a execução das atividades de educação
ambiental para a população da AID.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com:

 Programa de Comunicação Social

 Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e Cultural


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.3. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCS

• OBJETIVO

O objetivo principal deste programa é a criação de um canal de


comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade, especialmente
a população afetada diretamente pelo empreendimento, de forma a motivar
e possibilitar a participação nas diferentes fases do empreendimento.

O Programa de Comunicação Social visa mitigar/compensar/


potencializar os seguintes impactos:

803
6) Aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno
do(s) canteiro(s) de obras e frentes de obras

10) Potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

12) Alteração da qualidade das águas superficiais

18) Perda de terras agrícolas produtivas e/ou atividades particulares

20) Retirada involuntária da população rural da ADA

21) Fragmentação de assentamentos e comunidades rurais

22) Melhoria nas condições de habitabilidade da população


remanejada

23) Geração de empregos diretos e dinamização da economia da AID

25) Alteração no quadro de saúde da população

29) Interferência no cotidiano e na qualidade de vida das


comunidades da ADA

30) Aumento dos riscos de acidentes de trânsito na AID

• JUSTIFICATIVAS

Diversos são os impactos decorrentes das obras: desapropriações,


aumento do nível de ruídos e poeira, presença de trabalhadores de outras
comunidades. Assim, é necessária a criação de um sistema de comunicação
e interação com a sociedade ágil e eficaz, capaz de intermediar as relações
entre o empreendedor, os executores da obra, as administrações públicas
dos municípios envolvidos, as comunidades atingidas e/ou beneficiadas, os
usuários e a população como um todo.

• PÚBLICO-ALVO

Representantes das comunidades e do Poder Público municipal,


estadual e federal, população da AID.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% dos canais de comunicação


implantados; 100% do material de divulgação das obras e dos canais de

804
comunicação (Ouvidoria) disponível no início das campanhas; 100% do
material de apoio para outros programas ambientais disponível no início das
atividades de cada programa; 100% das campanhas de divulgação através
da mídia e distribuição de folders realizadas; 100% das campanhas
informativas sobre o avanço das obras e andamento/resultado dos
programas ambientais realizadas através de divulgação na mídia e
distribuição de folders; 100% das campanhas de divulgação do término das
obras e novas condições de operação da rodovia realizadas através da
mídia.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Realizar planejamento das atividades

Criar o banco de dados do público-alvo, identificar e cadastrar os


canais de comunicação (mídia) local, sistematizar as informações do projeto
de engenharia, implantar canais de comunicação (Ouvidoria) adequados à
realidade local, planejar as campanhas de divulgação, elaborar os materiais
informativos.

Divulgar as obras e os canais de comunicação junto à população

Serão divulgadas informações básicas sobre o empreendimento para


a população da AID e representantes de instituições públicas.

Elaborar os materiais de apoio para outros programas ambientais

O PCS será responsável pela elaboração dos instrumentos de


comunicação para outros programas ambientais, em especial o Programa de
Educação Ambiental.

Divulgar o andamento das obras

Serão divulgadas pela mídia local informações sobre: andamento das


obras em relação ao cronograma de construção, além de notícias sobre os
demais programas ambientais, além de alterações no tráfego e
procedimentos para situações de emergência.

Divulgar o término das obras

Será realizada campanha informando aos diversos públicos,


principalmente a população local, o término das obras e as novas condições
da operação da rodovia.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

805
O planejamento será realizado 1 mês antes do início das obras e as
demais atividades do programa seão desenvolvidas durante toda a fase de
obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Programa de Comunicação Social está articulado com todos os


programas do PBA.

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.4. PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO – PAC

Este programa é responsável pelo controle das atividades a serem


realizadas para a implantação e pavimentação da rodovia, sendo um
conjunto de ações que visam à execução harmoniosa do empreendimento,
evitando danos ambientais às áreas de trabalho e do seu entorno,
estabelecendo ações e medidas mitigadoras e de controle para prevenir e
reduzir os impactos ambientais potenciais identificados.

11.4.1. SUBPROGRAMA DE PREVENÇÃO, CONTROLE E


MONITORAMENTO DE PROCESSOS EROSIVOS

• OBJETIVO

Este subprograma tem como objetivo executar ações operacionais


preventivas e corretivas destinadas a promover o controle dos processos
erosivos decorrentes da obra e evitar problemas de instabilização de
encostas e maciços, taludes de cortes e aterros, áreas de exploração de
materiais de construção e bota-foras, de forma a evitar riscos à integridade
das estruturas da rodovia e/ou prejuízos ao meio ambiente.

O Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de


Processos Erosivos visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes
impactos:

7) Descaracterização morfológica e paisagística na ADA

8) Potencial de indução a instabilidades geotécnicas nos taludes de


corte e aterro

9) Aumento no potencial de geração de focos de processos erosivos

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

806
12) Alteração da qualidade das águas superficiais

13) Intervenção em Áreas de Preservação Permanente

• JUSTIFICATIVAS

As atividades que promovem alterações no relevo ou no sistema


natural de drenagem ao longo da faixa de domínio, sobretudo em áreas
sensíveis, podem provocar erosões, ravinamentos, voçorocamentos, assim
como instabilização de encostas e maciços, levando a cenários de
degradação ambiental. Assim, o controle de processos erosivos configura-se
de fundamental importância para evitar focos de degradação no contexto
da execução das obras

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma compreende os responsáveis pela


efetiva execução das ações propostas: as construtoras e prestadoras de
serviço contratadas para execução das obras, seus trabalhadores e
colaboradores.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: cadastro e acompanhamento de 100% das


inconformidades identificadas durante as inspeções semanais ao longo do
trecho em obras; acompanhamento de 100% das ocorrências de
inconformidade cadastradas durante as inspeções mensais ao longo do
trecho em obras.

Os indicadores são: nº de inconformidades cadastradas e


acompanhadas durante as inspeções semanais ao longo do trecho em
obras; porcentagem de inconformidades acompanhadas durante as
inspeções mensais ao longo do trecho em obras, porcentagem de
inconformidades atendidas pela construtora.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

As principais ações para a implantação do subprograma agregam a


execução de medidas de caráter preventivo e corretivo a serem adotadas
no processo construtivo, com base no Projeto de Engenharia. Dentre as
atividades previstas, destacam-se:

Realizar inspeções periódicas ao longo do trecho em obras para


identificar inconformidades relacionadas a processos erosivos

807
Serão realizadas inspeções periódicas (com frequência semanal) ao
longo do trecho em obras e nas áreas de apoio às obras, preferencialmente
nos locais onde é prevista a instalação de medidas preventivas para os
processos erosivos. Para o acompanhamento das ocorrências serão
realizadas vistorias mensais.

Controlar a erosão nas obras de terraplenagem, cortes e aterros

Nos taludes de cortes e aterros deverá ser adotada uma conformação


geométrica compatível com as características geotécnicas dos materiais e
com a topografia das áreas limítrofes. Além disso, medidas de proteção
contra processos erosivos e desmoronamentos deverão ser executadas em
aterros de cabeceira de pontes e em aterros que apresentem faces de
contato com o corpo hídrico.

Controlar a erosão nas caixas de empréstimos e bota-foras

Nas caixas de empréstimo e bota-foras deverá ser adotada


conformação geométrica compatível com as características geotécnicas dos
materiais e com a topografia das áreas limítrofes. As áreas de instalações
das caixas de empréstimo não podem ser suscetíveis a cheias e inundações,
bem como não devem apresentar lençol freático aflorante.

Controlar a erosão nas obras de drenagem

As estruturas de drenagem projetadas, como bueiros, sarjetas,


descidas d’água, valetas, dissipadores de energia, etc., deverão possuir
prolongamento até o ponto com menor risco de ocorrência de erosão.
Barreiras vegetais poderão ser associadas às estruturas de drenagem,
visando o controle de enxurradas, redução da intensidade do fluxo d’água e
retenção de sedimentos e detritos.

Implantar proteção vegetal

Todas as áreas impactadas pela obras, após sua liberação, serão


revegetadas imediatamente com a utilização de espécies herbáceas ou
arbóreas nativas e herbáceas nas áreas de mata ciliar impactadas.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras.

INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

808
 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
 PPFL - Subprograma de Monimização de Supressão da Vegetação;
 Programa de Comunicação Social;

 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

11.4.2. SUBPROGRAMA DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE


RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS

• OBJETIVO

Este subprograma tem como objetivo básico atender às normas


técnicas e legislação específica, assegurando que a menor quantidade
possível de resíduos e efluentes seja gerada durante as obras e que esses
resíduos sejam adequadamente coletados, estocados e dispostos de forma
a não resultar em emissões de gases, líquidos ou sólidos que representem
impactos significativos sobre o meio ambiente.

O Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes
impactos:

5) Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos nos canteiros de


obras e frentes de trabalho

10) Potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas

12) Alteração da qualidade das águas superficiais

17) Aumento no potencial de interferência na biota aquática

25) Alteração no quadro de saúde da população.

• JUSTIFICATIVAS

As obras do empreendimento irão gerar uma série de resíduos aos


quais deverá ser dispensado tratamento adequado e de acordo com a
legislação ambiental, de modo a prevenir a contaminação do solo, água e
ar. Portanto, na etapa de execução das obras, deverão ser estabelecidos
controles operacionais para os resíduos sólidos e efluentes líquidos, de
forma a assegurar a conservação dos recursos naturais e o atendimento aos
padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.

809
• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma compreende os responsáveis pela


efetiva execução das ações propostas: as construtoras e prestadoras de
serviço contratadas para execução das obras, seus trabalhadores e
colaboradores.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: planos de manejo/disposição de resíduos e


efluentes elaborado para o canteiro de obras; 100% dos resíduos de cada
canteiro de obras identificados e segregados; 100% dos resíduos do
canteiro de obras e frentes de serviço encaminhados para destinação
correta.

Os indicadores são: porcentagem de resíduos de cada canteiro de


obras identificados e segregados; quantidade de resíduos encaminhados
para destinação correta; nº de relatórios semestrais de geração destinação
final de resíduos e efluentes encaminhados à gestora ambiental.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Elaborar o Plano de Manejo/Disposição de Resíduos e Efluentes

O Plano de Manejo/Disposição de Resíduos e Efluentes deverá ser


baseado nos princípios da redução na geração, na maximização da
reutilização e da reciclagem e na sua apropriada disposição, seguindo o
disposto nas leis e normas referentes ao assunto.

Instalar estruturas para coleta seletiva e sistemas para


armazenamento temporário dos resíduos sólidos e tratamento de efluentes

Nos canteiros de obras deverão ser previstos coletores seletivos de


resíduos localizados em posições estratégicas para posterior
encaminhamento ao deposito intermediário de resíduos ou área de coleta
definitiva.

Treinar funcionários e colaboradores

Após a elaboração do Plano de Manejo, será realizado através do PEA


- Subprograma de Capacitação da Mão de Obra o treinamento dos
funcionários e colaboradores designados pelos construtores para lidar com o
manuseio e armazenagem de resíduos.

810
Identificar e segregar os resíduos gerados

Os resíduos sólidos gerados deverão ser classificados conforme a


Resolução CONAMA 307/02, que estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil e/ou ABNT
NBR 10.004/04.

Realizar a movimentação e manuseio dos resíduos para destino final

A movimentação e manuseio dos resíduos para destino final será de


responsabilidade da equipe treinada, subordinada a uma chefia que
exercerá fiscalização contínua das atividades contempladas no Plano de
Manejo/Sisposição de Resíduos e Efluentes.

Elaborar relatórios semestrais de geração e destinação final dos


resíduos

O controle da geração de resíduos será realizado pela emissão de


relatórios semestrais de geração e destinação final pela construtora, que os
encaminhará à gestora ambiental. Por sua vez, a gestora enviará
criteriosamente a lista dos principais resíduos gerados durante a execução
das obras ao IBAMA através dos seus relatórios semestrais.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PAC - Subprograma de Desmobilização das Instalações de Apoio


 Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de Ação de
Emergência

 Programa de Monitoramento de Corpos Hídricos


 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
 PCS – Programa de Comunicação Social

 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

811
11.4.3. SUBPROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS, RUÍDOS E VIBRAÇÕES

• OBJETIVO

Este subprograma tem como objetivo geral estabelecer medidas de


controle, redução ou mitigação dos níveis de ruído e de vibrações, bem
como de emissão de material particulado e gases durante as obras,
protegendo a saúde de trabalhadores, comunidades próximas e usuários.

O Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões


Atmosféricas, Ruídos e Vibrações visa mitigar/compensar/potencializar os
seguintes impactos:

6) Aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno


do(s) canteiro(s) de obras e frentes de obras

29) Interferência no cotidiano e na qualidade de vida das


comunidades da ADA

• JUSTIFICATIVAS

As atividades inerentes à execução das obras implicam na


movimentação e operação intensa de máquinas, equipamentos, veículos e
trabalhadores por toda a ADA, ocasionando alterações na qualidade do ar e
no nível de ruídos.

Dessa forma, torna-se necessário o planejamento e a implementação


de medidas de controle e monitoramento da emissão dos poluentes
atmosféricos e sonoros para proteger a integridade da saúde dos
trabalhadores e comunidades lindeiras, utilizando como referência a
legislação ambiental referente ao assunto.

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma engloba prioritariamente os


operários e trabalhadores em geral envolvidos nas obras da rodovia. Além
disso, também é voltado para os usuários da rodovia e comunidades
lindeiras.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: cadastro de 100% das irregularidades


relacionadas a ruídos e poluentes atmosféricos; atendimento de 100% das
irregularidades; ausência de obras nas proximidades de áreas residenciais
no horário entre 7 e 22h; regulagem periódica em 100% dos maquinários e

812
motores de veículos a diesel; proteção da caçamba em 100% dos veículos e
caminhões utilizados para transporte de agregados e solos.

Os indicadores são: nº de irregularidades relacionadas a ruídos e


poluentes atmosféricos cadastradas; porcentagem de veículos utilizados
para transporte de agregados e solos com a caçamba protegida com lona;
nº de reclamações encaminhadas à Ouvidoria.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Realizar inspeções periódicas ao longo do trecho em obras

As inspeções periódicas (com frequência semanal) ao longo do trecho


em obras e nas áreas de apoio serão realizadas para identificar a
conformidade das ações e procedimentos adotados pela construtora em
relação a ruídos e poluentes atmosféricos.

Implantar procedimentos de controle e redução do nível de ruídos

Serão implantadas medidas como: limitar horário de trabalho nas


proximidades de áreas residenciais entre o período das 7 às 22h; realização
de inspeções e manutenções periódicas em todas as máquinas,
equipamentos e veículos; uso de EPIs pelos trabalhadores envolvidos em
atividades geradoras de ruídos.

Implantar procedimentos de controle e redução da emissão de


poluentes atmosféricos

Os procedimentos de controle e redução da emissão de poluentes


atmosféricos incluem: uso de EPIs e de equipamentos antipoluentes nas
instalações de britagem, usinas de solo e asfalto; proteger com lona as
caçambas de veículos e caminhões de transporte de agregados e solo.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PAC - Subprograma de Saúde e Segurança dos Trabalhadores


 Programa de Comunicação Social
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

813
Construtoras

11.4.4. SUBPROGRAMA DE SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA VIÁRIA

• OBJETIVO

O principal objetivo do Subprograma de Sinalização e Segurança


Viária é reduzir o desconforto causado à população provocado pelas
diversas atividades inerentes à obra e evitar acidentes que envolvem
veículos e pessoas durante o período de construção da rodovia.

O Subprograma de Sinalização e Segurança Viária visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

29) Interferência no cotidiano e na qualidade de vida das


comunidades da ADA

30) Aumento dos riscos de acidentes de trânsito na AID

• JUSTIFICATIVAS

Durante o período de construção, o aumento do tráfego de veículos e


máquinas, a interrupção do tráfego gerando filas, a introdução de desvios e
a implantação de novos acessos acarretam transtornos e potencializam os
riscos de acidentes, configurando a necessidade de implantar sinalização
viária específica para o período de obras para reduzir o desconforto da
população e a ocorrência de acidentes.

• PÚBLICO-ALVO

Comunidades e moradores de ambas as margens da rodovia e os


usuários do trecho a ser impactado pelas obras.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: Instalação de 100% dos dispositivos


provisórios para garantir a segurança da população; 100% da sinalização de
regulamentação, advertência e identificação implantados.

Os indicadores são: porcentagem de dispositivos provisórios para


garantir a segurança da população instalados; porcentagem de sinalização
de regulamentação, advertência e identificação implantados; nº de
reclamações encaminhadas através da ouvidoria.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Planejamento

814
O planejamento das atividades inclui a análise de situações que irão
requerer sinalização de obras e as situações que irão requerer dispositivos
provisórios para resguardar acessos e travessias urbanas de pedestres.

Os documentos técnicos básicos de orientação são: Manual de Sinalização


de Obras e Emergências (DNER, 1966), Norma DNIT 078/2006 - PRO, e o
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (CONTRAN, 2007).

Implantar dispositivos provisórios para garantir a segurança da


população

Instalação de cercas, passarelas, escadas, passeios e barreiras, para


atender aos moradores da faixa lindeira.

Implantar sinalização de regulamentação, advertência e identificação

Instalação e manutenção de sinais, envolvendo sinalização horizontal


e vertical, colocação de tachas e tachões, sinalização luminosa, bandeiras,
cones e outros dispositivos auxiliares.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante toda a fase de obras

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais/Plano de Ação


 Programa de Comunicação Social
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

11.4.5. SUBPROGRAMA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E


SAÚDE DO TRABALHADOR

• OBJETIVO

Este programa objetiva desenvolver estudos e orientações com vistas


ao bem-estar e preservação da saúde dos trabalhadores envolvidos na
execução das obras, bem como fornecer parâmetros mínimos e estabelecer
procedimentos e diretrizes a serem observados pelas empresas envolvidas
de forma a monitorar, minimizar ou controlar os efeitos adversos

815
decorrentes dos impactos ambientais que serão gerados durante a
construção do empreendimento que afetem as condições de saúde dos
trabalhadores.

O Subprograma de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do


Trabalhador visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

6) Aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno


do(s) canteiro(s) de obras e frentes de obras

25) Alteração no quadro de saúde da população

26) Incremento na pressão de serviços públicos

28) Possibilidade de ocorrência de acidentes com animais


peçonhentos

• JUSTIFICATIVAS

A segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas,


administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para
prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do
ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a
implementação de práticas preventivas.

No Brasil, as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e


Emprego representam uma legislação complementar que rege todas as
ações no campo da Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, entre as
quais destacam-se: NR-4 (SESMT), NR-5 (CIPA), NR-7 (PCMSO), NR-9 (PPRA)
e NR-18 (PCMAT).

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma são todos os responsáveis pela


efetiva execução das ações propostas, a saber, as empreiteiras e
prestadoras de serviço contratadas para execução das obras, com seus
trabalhadores e colaboradores. Indiretamente, as comunidades locais serão
alvos deste subprograma, na medida em que serão também protegidas
pelas ações propostas, sobretudo aquelas relacionadas a evitar a
transmissão e proliferação de doenças.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% das Normas Regulamentadoras do


TEM que rege as ações no campo da Higiene, Segurança e Medicina do
Trabalho atendidas no canteiros de obras.

816
Os indicadores são: Porcentagem de Normas Regulamentadoras do
TEM que rege as ações no campo da Higiene, Segurança e Medicina do
Trabalho atendidas no canteiros de obras.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

O escopo deste subgprograma prevê como atividade principal a


elaboração e execução, pela empresa construtora, de um Plano de Atuação
em Segurança e Medicina do Trabalho, que será estruturado com base nos
“Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho” (SESMT), atendendo à NR-4, e deverá contemplar:

 Análise Preliminar de Riscos (APR)


 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

 Programa de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI)


 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
 Diálogo Diário de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (DDSMA)

 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção (PCMAT)
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

 Plano de Contingências para Emergências Médicas e Primeiros


Socorros (PCEMPS)

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Os Planos e Programas serão elaborados 1 mês antes do início das


obras e sua implementação ocorrerá durante toda a fase de obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PAC - Subprograma de Controle de Ruídos e Material Particulado

 Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de Ação de


Emergência
 Programa de Comunicação Social

 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

817
11.5. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD

O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas define os


procedimentos a serem adotados para a recuperação das áreas de
intervenção das obras (estruturas de apoio, frentes trabalho, acessos
temporários) e dos passivos cadastrados durante a elaboração do EIA.

11.5.1. SUBPROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE


INTERVENÇÃO DE OBRAS

• OBJETIVO

Este subprograma tem como objetivo assegurar a recuperação de


todas as áreas situadas fora da faixa de domínio (ADA) que sofrerão algum
tipo de intervenção durante a execução das obras, englobando, assim, as
áreas de apoio às obras (canteiro de obras, jazidas, empréstimos e bota-
foras).

O Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de Obras


visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

5) Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos nos canteiros de


obras e frentes de trabalho

7) Descaracterização morfológica e paisagística na ADA

8) Potencial de indução a instabilidades geotécnicas nos taludes de


corte e aterro

9) Aumento no potencial de geração de focos de processos erosivos

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna

• JUSTIFICATIVAS

As obras de implantação do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife -


Lote 2 gera impactos associados à supressão de vegetação, execução de
cortes e aterros, ações que causam a supressão de hábitats, a instabilização
de terrenos e a sua predisposição a implantação de focos erosivos. Portanto,
é necessário estabelecer os procedimentos para evitar impactos
desnecessários ao meio ambiente e realizar a recuperação das áreas
impactadas.

818
• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste subprograma serão os responsáveis técnicos


envolvidos na recuperação das diversas áreas, situadas externamente à
faixa de domínio, que sofreram intervenção devido às obras: canteiro de
obras e jazidas ou pedreiras não comerciais.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% das áreas de apoio e jazidas não


comerciais com diretrizes e/ou orientação para a execução da recuperação
disponíveis; 100% das medidas preventivas indicadas no subprograma
executadas; 100% das áreas de jazidas não comerciais e todos os canteiros
de obras recuperados ao término das atividades de intervenção.

Os indicadores são: porcentagem de áreas de apoio e jazidas não


comerciais com diretrizes e/ou orientação para a execução da recuperação
disponíveis; porcentagem de medidas preventivas indicadas no
subprograma executadas; porcentagem das áreas de jazidas e canteiros de
obras recuperadas, com termo de encerramento e devolução da área
formalizado.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Resgatar as licenças e/ou elaborar projeto

As licenças ambientais de operação das áreas de apoio obtidas pela


construtoras serão copiadas para que as informações contidas nas
condicionantes orientem as atividades de recuperação de áreas
degradadas. No caso de inexistência de projeto, será elaborado projeto
específico.

Adotar medidas preventivas

A abertura de áreas e os serviços de escavação e terraplenagem são


etapas que requerem algumas medidas preventivas visando à redução de
áreas a serem recuperadas ao longo da obra, como: limitar a retirada da
vegetação aso estritamente necessário; preservar a camada superficial do
solo retirada para uso posterior na recuperação das áreas degradadas;
manter ao máximo a configuração original do terreno, de forma a preservar
a continuidade paisagística.

Executar procedimentos para recuperação das áreas de intervenção


das obras

819
Inicialmente será realizada a limpeza e desmobilização das estruturas
temporárias para viabilizar as atividades de recuperação, que incluem:
recomposição da topografia, preparo do solo, implantação da cobertura
vegetal, lavratura do termo de encerramento e devolução da área e
monitoramento das áreas em recuperação.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

As medidas preventivas serão adotadas durante todo o período de


obras e a recuperação das áreas será realizada nos últimos 6 meses antes
do início das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PRAD - Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais

 PAC - Subprograma de Controle de Prevenção, Controle e


Monitoramento de Processos Erosivos
 PAC - Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e
Efluentes Líquidos
 Programa de Comunicação Social
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

11.5.2. SUBPROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE PASSIVOS


AMBIENTAIS

• OBJETIVO

Este subprograma tem como objetivo proporcionar a recuperação dos


passivos ambientais identificados ao longo do trecho da BR-101, buscando a
estabilização das áreas afetadas por estes, a contenção de processos
erosivos e assoreamento de cursos hídricos, a reconfiguração topográfica e
a sua reintegração à paisagem.

O Subprograma de Recuperação de Passivos Ambientais visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

5) Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos nos canteiros de


obras e frentes de trabalho

820
7) Descaracterização morfológica e paisagística na ADA

8) Potencial de indução a instabilidades geotécnicas nos taludes de


corte e aterro

9) Aumento no potencial de geração de focos de processos erosivos

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna

• JUSTIFICATIVAS

Durante a elaboração do diagnóstico ambiental, foram identificados


vários passivos ambientais decorrentes do uso indevido de terceiros ou da
falta de restauração após exploração de estoques minerários, e que deverão
ser recuperados para evitar danos à faixa de domínio da rodovia ou ao
próprio corpo estradal.

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo das ações deste subprograma são todos os


responsáveis pela execução das ações propostas, a saber, as construtoras e
prestadoras de serviço contratadas para a execução das obras, seus
trabalhadores e colaboradores.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

AS principais metas são: 100% dos passivos ambientais cadastrados,


contemplados com projetos-tipos para recuperação e recuperados.

Os indicadores são: porcentagem de passivos ambientais


cadastrados, contemplados com projetos-tipos para recuperação e
recuperados.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Atualizar o cadastro de passivos ambientais

Face ao potencial evolutivo de passivos ambientais e o tempo


transcorrido entre os levantamentos em campo e a efetiva execução dos
serviços de recuperação, deverão ser atualizados os dados constantes no
cadastro de passivos ambientais.

821
Elaborar os projeto-tipo

O cadastramento irá embasear a elaboração de projetos-tipo de


engenharia para sua adequada reabilitação ambiental, que serão
incorporados no planejamento geral da execução das obras.

Executar procedimentos para recuperação dos passivos ambientais

Os procedimentos para recuperação incluem: recomposição da


topografia, preparo do solo, implantação da cobertura vegetal e
monitoramento das áreas em recuperação.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

As atividades de atualização do cadastro de passivos ambientais


serão realizadas nos 2 primeiros meses do início das obras, os projetos-tipo
serão desenvolvidos durante 6 meses posteriores, a execução da
recuperação ocorrerá nos últimos 18 meses das obras e o monitoramento
deverá se estender por no mínimo 1 ano após a finalização das atividades
de recuperação.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PRAD - Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção de


Obras
 PAC - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de
Processos Erosivos

 PAC - Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos
 Programa de Comunicação Social

Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras

11.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA – PMQA

• OBJETIVO

Este programa tem por objetivo verificar interferências sobre a


qualidade das águas durante a execução do empreendimento, tendo como

822
referência os resultados obtidos no diagnóstico ambiental, especificamente
com relação aos parâmetros que podem ser afetados pelo empreendimento.

O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

12) Alteração da qualidade das águas superficiais

17) Aumento no potencial de interferência na biota aquática

• JUSTIFICATIVAS

A fase de obras envolve atividades que podem vir a alterar a


qualidade dos recursos hídricos superficiais na AID, afetando as
comunidades aquáticas e os usos consuntivos da água. Desta maneira, o
estabelecimento de um monitoramento se justifica para subsidiar ações
visando a preservação dos recursos hídricos e a manutenção da qualidade
ambiental da área de estudo.

• PÚBLICO-ALVO

Prioritariamente, o programa contempla como público-alvo as


comunidades locais, que dependem das águas superficiais em seus usos
múltiplos, além das construtoras que desenvolverão atividades na rodovia,
uma vez que é delas a responsabilidade pela execução do programa.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: campanha para amostragem testemunho


realizada; 100% das campanhas periódicas realizadas; 100% dos pontos
monitorados com IQA nos pontos de jusante igual ou melhor do que nos
pontos de montante.

Os indicadores são: nº de campanhas para amostragem testemunho


realizadas; nº de campanhas periódicas realizadas; porcentagem de pontos
monitorados com IQA nos pontos de jusante igual ou melhor do que nos
pontos de montante.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Realizar coletas para amostragem testemunho

823
Antes do início das obras deverá ser realizada uma amostragem
testemunho, a qual servirá para comparação dos resultados da qualidade da
água sem influência das obras.

Coleta e análise de amostras de água

Em cada ponto de monitoramento deverão ser coletadas duas


amostras: primeiramente uma a jusante e outra a montante da transposição
dos cursos d’água, considerando a maior distância possível entre jusante e
montante dentro da faixa de domínio

Análise dos resultados

Os valores obtidos para os parâmetros físicos, químicos e biológicos


deverão ser comparados com os valores estabelecidos na resolução do
CONAMA nº 357/2005, com os resultados das análises realizadas para o EIA
e da amostragem testemunho;

A cada campanha de monitoramento, deve-se calcular o Índice de


Qualidade das Águas (IQA) para cada ponto, que determinará seu
enquadramento em faixas de qualidade de água.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

A coleta de água para amostragem testemunho será realizada 1 mês


antes do início das obras e as campanhas periódicas durante toda a fase de
obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com:

 PAC - Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos

 Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de Ação de


Emergência
 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

824
11.7. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS E PLANO DE
AÇÃO DE EMERGÊNCIA – PGRA/PAE

• OBJETIVO

Este programa tem como objetivo evitar a contaminação do solo e


dos recursos hídricos transpassados pela rodovia, em especial os
mananciais utilizados pela população, em decorrência de acidentes com
cargas perigosas.

O Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de Ação


de Emergência visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

10) Potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas

12) Alteração da qualidade das águas superficiais

30) Aumento dos riscos de acidentes de trânsito na AID

• JUSTIFICATIVAS

Acidentes envolvendo transporte de cargas perigosas são eventos


peculiares, em que as baixas probabilidades de ocorrência se aliam a efeitos
com grande potencial de dano, tanto ao meio ambiente, como para as
populações lindeiras às rodovias. Vazamentos decorrentes de acidentes
podem ocasionar desde diversos problemas à fauna e flora presente na área
de influência direta do acidente, até a inviabilização de mananciais de água,
muito utilizados pela população local para suprir a demanda local.

Deste modo, a execução de um programa que gerencie os riscos


envolvidos e que apresente as ações a serem tomadas em momentos
críticos se faz de suma importância para o transporte de cargas perigosas
no trecho de estudo.

• PÚBLICO-ALVO

Este programa é destinado a todos os funcionários e contratados


envolvidos com o manuseio e transporte de produtos perigosos, os
participantes do Plano de Ação de Emergência e a equipe de engenheiros de
segurança e técnicos das construtoras.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% de medidas estruturais de caráter


preventivo para o canteiro de obras implantadas; 100% de procedimentos

825
de caráter preventivo implantados para a fase de construção; 100% das
medidas de caráter preventivo para a fase de operação implantadas.

Os indicadores são: porcentagem de medidas de caráter preventivo


para o canteiro de obras implantadas; porcentagem de procedimentos de
caráter preventivo implantados para a fase de construção; 100% das
medidas de caráter preventivo para a fase de operação implantadas.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Implantar medidas estruturais de caráter preventivo para a fase de


construção

A partir das orientações do PGRA, serão implantadas medidas


estruturais de caráter preventivo no canteiro de obras e frentes de trabalho,
como tanques de contenção, bombas de captação d’água cobertas, além de
sinalização provisória,

Implantar procedimentos de caráter preventivo para a fase de


construção

Através de treinamento de trabalhadores, serão implantados nos


canteiros de obras e frentes de trabalho procedimentos para armazenagem
de produtos perigosos, proteção pessoal ao manuseio,
evitar/remover/neutralizar vazamentos.

Elaborar PGRA/PAE para a fase de operação

O Plano de Gerenciamento de Riscos Ambientais e o Plano de Ação de


Emergência para a fase de operação deverão contemplar:

PGRA: objetivo, participantes do plano, identificação das hipóteses


acidentais e suas causas, identificação e caracterização das cargas de
produtos perigosos que trafegarão na rodovia, realização de um Estudo de
Análise de Risco (EAR), levantamento das áreas ambientalmente sensíveis,
proposição de medidas estruturais de segurança de caráter preventivo,
matriz de atribuições e responsabilidades, diretrizes para administração e
revisão e divulgação do plano.

PAE: objetivos, participantes, recursos humanos, cenários acidentais


levantados no PGRA, estrutura organizacional para atendimento a
emergências, controle das emergências, fluxograma de desencadeamento
das ações de emergência, matrizes de rotina de ação de emergência,
programa de treinamento e realização de simulados, cronograma de
Implantação.

826
As medidas de caráter preventivo deverão ser definidas em conjunto
com a projetista por ocasião do detalhamento do projeto executivo,
incluindo sinalização específica, redutores de velocidade, sistemas de alerta
em pontos críticos e estacionamento exclusivo para os veículos de
transporte de cargas perigosas.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

As medidas estruturais de caráter preventivo para os canteiros de


obras e frentes de trabalho serão implantadas junto com o projeto do
canteiro de obras e frentes de trabalho, os procedimentos de caráter
preventivo serão seguidos durante toda a fase de obras. O PGRA/PAE com a
previsão de medidas preventivas para a fase de operação será elaborado 3
meses antes do início das obras e a implantação dos dispositivos de caráter
preventivo acompanhará a fase de execução das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com;

 PAC - Subprograma de Segurança, Meio Ambiente e Saúde dos


Trabalhadores
 PAC - Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e
Efluentes Líquidos
 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra
 Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Construtoras, Gestão Ambiental e Empreendedor (DNIT)

11.8. PROGRAMA DE PROTEÇÃO DE FAUNA - PPFA


11.8.1. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA

• OBJETIVO

O Subprograma de Monitoramento de Fauna tem como objetivo


primordial minimizar as interferências geradas pela pavimentação da
rodovia sobre a fauna existente na área do empreendimento.

O Subprograma de Monitoramento de Fauna visa mitigar/compensar/


potencializar os seguintes impactos:

827
15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna;

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre;

17) Aumento no potencial de interferência na biota aquática;

33) Aumento em atropelamentos da fauna silvestre.

Diante do exposto, visando mitigar e compensar os impactos oriundos


das obras para implantação e pavimentação do Arco Rodoviário
Metropolitano do Recife, este subprograma apresentará as diretrizes e
atividades de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres.

Assim, o monitoramento da fauna tem como objetivo máximo


dimensionar, quali-quantitativamente, os impactos causados pelo
empreendimento na comunidade de vertebrados presentes nas áreas de
influência do empreendimento.

• JUSTIFICATIVAS

A operação de rodovias exerce alterações na composição e estrutura


da biota local, ameaçando a sobrevivência de diversas espécies. A
fragmentação da cobertura vegetal nativa traz a redução do tamanho do
hábitat, a diminuição da disponibilidade de recursos e a minimização da
variabilidade genética das populações, entre outras consequências.

Projetos de monitoramento da fauna são ferramentas fundamentais


para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e
ambientes, uma vez que permitem conhecer tendências ao longo do tempo.
Os resultados também geram subsídios para avaliar a estrutura, a
transformação e a destruição da paisagem, a viabilidade das populações
locais, assim como para propor medidas para reduzir o impacto humano.

• PÚBLICO-ALVO

O subprograma é voltado aos trabalhadores, para que tenham


conhecimento de todas as diretrizes previstas para conservação da fauna
local e consigam executar as atividades propostas de forma segura e
eficiente; ao órgão ambiental que conduz o processo de licenciamento, às
construtoras e ao empreendedor, responsável pela aplicação das medidas
mitigatórias e compensatórias advindas do empreendimento.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: atendimento a legislação


pertinente ao estudo e monitoramento da fauna na instalação do

828
empreendimento; nivelamento sobre o conhecimento da fauna local, em
especial as espécies ameaçadas; organização das logísticas de campo e
obtenção de dados; produção de relatórios discutindo os impactos
relacionados ao empreendimento.

Os indicadores são: obtenção de autorizações de fauna; reuniões para


consolidação do plano de trabalho; equipamentos adquiridos para
realizações de campanhas de monitoramento; monitoramento e relatórios
realizados; nº de espécies ameaçadas e bioindicadoras registradas; nº de
indivíduos de espécies ameaçadas e bioindicadoras obtidos nos
monitoramentos.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Espécies a serem monitoradas

Consiste na seleção das espécies que serão alvo de monitoramento,


considerando a presença de espécies ameaçadas de extinção e de grupos
taxonômicos que indicam a qualidade ambiental da região do
empreendimento.

Áreas indicadas para o monitoramento

Esta atividade tem como objetivo selecionar áreas de fragmento


florestal, ainda preservados, que constituem refúgios para espécies de
fauna. Estas áreas também deverão abranger as diferentes fitofisionomias
existentes na AID do empreendimento.

Metodologia para o monitoramento

O monitoramento da fauna empregará metodologias padronizadas


para cada grupo, sendo que a amostragem deve ser estratificada por
ambiente e incluir as variações climáticas sazonais da região. As campanhas
de monitoramento terão sete dias efetivos de amostragem com
periodicidade trimestral contemplando a sazonalidade regional. A coleta de
animais durante este monitoramento somente ocorrerá no caso de serem
encontrados animais mortos, de difícil identificação em campo. Esses
exemplares serão tombados em coleção científica institucional reconhecida
pelos órgãos competentes, conforme o Plano de Trabalho para solicitação
de autorização ao Órgão Ambiental, a ser elaborado na etapa de obtenção
da licença.

Atividades previstas para a execução do monitoramento de espécies


ameaçadas e da fauna bioindicadora.

829
São previstas as seguintes atividades obtenção de Autorização para
Captura, Coleta e/ou Transporte de Fauna; consolidação do Plano de
Trabalho; planejamento e realização de campanhas de monitoramento;
análise e discussão dos dados obtidos.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras e durante 24 meses após o início da


operação do empreendimento.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra


 Programa de Comunicação Social
 Programa de Gestão Ambiental,

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.8.2. SUBPROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DE


FAUNA

• OBJETIVO

O Subprograma de Afugentamento e Resgate da Fauna tem como


objetivo minimizar os efeitos da supressão da vegetação necessária à
implantação da rodovia sobre a fauna que habita a região do
empreendimento.

O Subprograma de Afugentamento e Resgate da Fauna visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre

• JUSTIFICATIVAS

Na medida em que ocorre o desmatamento para viabilizar a execução


das obras, a fauna acaba sendo afugentada naturalmente, buscando novas
áreas para abrigo, forrageio e trânsito. Entretanto, alguns animais
silvestres, especialmente aqueles com menor mobilidade, podem ter
dificuldade em buscar novos locais.

830
Assim, nessas situações, torna-se essencial o resgate brando, que
neste subprograma compreenderá a realocação destes animais para áreas
imediatamente adjacentes àquelas que forem suprimidas, ou simplesmente
a condução do afugentamento destes animais para áreas seguras.

• PÚBLICO-ALVO

O subprograma é voltado aos trabalhadores do empreendimento, ao


órgão ambiental que conduz o processo de licenciamento, às construtoras e
ao DNIT.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: atendimento a legislação


pertinente ao estudo e monitoramento da fauna na instalação do
empreendimento; agendamento das áreas prioritárias para supressão e
período previsto dos trabalhos e esclarecimento das dúvidas das
construtoras; afugentamento de animais residentes nas áreas a serem
desmatadas; esclarecimento das equipes de supressão sobre os
procedimentos do resgate brando; afugentamento de fauna para áreas
adequadas.

Os indicadores são: obtenção de autorizações de fauna; nº de áreas


liberadas para supressão após as vistorias e nº de reuniões realizadas junto
as construtoras; nº de animais e ninhos deslocados para as áreas
adjacentes; nº de treinamentos para as equipes de supressão; nº de
espécies afugentadas.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Solicitar autorização específica para manejo brando de fauna

Na fase de planejamento, deverá ser solicitado, junto ao Órgão


Ambiental, autorização para coleta, captura e transporte de fauna terrestre,
para que as atividades possam ser realizadas. Deverá ser realizadas
reuniões para estabelecer o plano de trabalho e entregar o mesmo junto ao
órgão ambiental.

Planejar as atividades de resgate brando

Deverá ser realizada reuniões com a equipe responsável pela


supressão, para determinar quais as áreas que são prioritárias para a
supressão e os trechos onde serão iniciados os trabalhos, para a elaboração
de uma agenda com a indicação dos trechos, em ordem de prioridade. Este

831
planejamento poderá sofrer revisões conforme o andamento das atividades
de implantação do empreendimento.

Vistoriar previamente e realizar resgate nas áreas a serem suprimidas

Antes do início da supressão, cada trecho elencado na etapa anterior


deverá ser vistoriado pela equipe do subprograma a fim de identificar a
presença de ninhos, tocas e abrigos. Uma vez encontrados ninhos, deverá
ser feita sua transferência para áreas imediatamente adjacentes ao local de
desmatamento (faixa de domínio) e que apresentarem as mesmas
características do local de origem. Após a realização desta atividade, deverá
ser emitida um documento de liberação, autorizando as atividades de
supressão da área.

Orientar as equipes de supressão

Antes de iniciar o desmatamento, as equipes que farão a supressão


deverão ser orientadas quanto aos procedimentos de resgate da fauna
durante o processo de desmatamento, devendo receber informações de
como proceder ao encontrar um animal silvestre nas áreas afetadas. Essa
orientação deverá ser feita através de reunião informativa entre a equipe de
resgate brando e a de supressão (Construtora), devendo ocorrer
periodicamente antes do início da jornada de trabalho.

Acompanhar as atividades de supressão de vegetação

As atividades de supressão terão acompanhamento da equipe do


subprograma, que irão prestar os primeiros socorros aos animais feridos, e
na orientação dos trabalhadores das frentes de trabalho, para o resgate e o
afugentamento da fauna para locais adjacentes.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra


 Programa de Comunicação Social

 PPFA - Subprograma de Minimização de Supressão de Vegetação


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

832
Gestão Ambiental

11.8.3. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E MITIGAÇÃO DE


ATROPELAMENTOS DE FAUNA

• OBJETIVO

O Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos de


Fauna tem com o objetivo geral identificar os impactos causados pelo
empreendimento na biodiversidade da região, bem como, propor um
conjunto de medidas para reduzir os índices de atropelamentos da fauna.

O Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos de


Fauna visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre

33) Aumento em atropelamentos da fauna silvestre

• JUSTIFICATIVAS

Considerando a existência de cursos d’água que podem atuar como


corredores ecológicos na área de implantação das obras, é de grande
importância a realização de monitoramento para consolidar as informações
sobre os atropelamentos de fauna, buscando-se avaliar também a eficácia
de passagens de fauna que deverão ser instaladas. Para tanto, o presente
subprograma propõe ações e estratégias que visem reduzir as taxas de
atropelamentos causadas pela implantação e pavimentação do Arco
Rodoviário Metropolitano do Recife sobre a fauna da região.

• PÚBLICO-ALVO

O Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos de


Fauna tem como público-alvo os usuários da rodovia, as comunidades
lindeiras a rodovia, o empreendedor, o órgão ambiental, as empresas
responsáveis pelo projeto executivo do empreendimento, a fiscalização de
obras, e as empreiteiras que executarão a construção das passagens de
fauna.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: nivelamento do


conhecimento sobre o monitoramento e a consolidação dos locais e tipos de
dispositivos de fauna; obtenção de dados sobre os atropelamentos e a
utilização de passagens de fauna; acompanhamento e orientação da
instalação das passagens de fauna.

833
Os indicadores são: nº de pontos consolidados para implantação de
dispositivos; realização de campanhas de monitoramento antes das obras;
nº de espécies registradas no monitoramento de atropelamentos; nº de
animais utilizando passagens de fauna; nº de passagens de fauna e
dispositivos de proteção de fauna instalados.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Consolidar plano de trabalho

Esta atividade consiste em reuniões de trabalho para nivelar


conhecimento sobre o monitoramento, consolidar o início das atividades e o
cronograma a ser cumprido. Nesse período devem ser firmadas as parcerias
com as Instituições que receberão o material biológico que por ventura
venham a ser coletado durante o monitoramento.

Planejar as campanhas de monitoramento

Nesta atividade deverá ser feita a organização da logística para as


campanhas, com a contratação de materiais e serviços necessários ao
trabalho de campo.

Realizar as campanhas de monitoramento

Esta etapa compreende o trabalho em campo propriamente dito para


o registro de atropelamentos na rodovia e verificação da utilização pela
fauna silvestre nas passagens de fauna.

Analisar e discutir os dados obtidos nas campanhas

Esta etapa compreende o trabalho em campo propriamente dito para


o registro de atropelamentos na rodovia e verificação da utilização pela
fauna silvestre nas passagens de fauna.

Supervisionar a instalação dos dispositivos de prevenção a


atropelamentos de fauna

Esta atividade compreende o acompanhamento da instalação dos


dispositivos sugeridos, sendo feito através de vistorias, bem como
orientações às construtoras quando necessário.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras e por 24 meses após o início da operação do


empreendimento.

834
• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PEA – Subprograma de Capacitação da Mão de Obra


 Programa de Comunicação Social
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.8.4. SUBPROGRAMA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DA FAUNA


AMEAÇADA E ENDÊMICA

• OBJETIVO

O Subprograma de Manejo e Conservação da Fauna Ameaçada e


Endêmica tem como objetivo primordial minimizar as interferências geradas
pela pavimentação da rodovia sobre a fauna ameçada e endêmica existente
na área do empreendimento.

O Subprograma de Manejo e Conservação da Fauna Ameaçada e


Endêmica visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

15) Perda de hábitats e afugentamento de fauna;

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre;

33) Aumento em atropelamentos da fauna silvestre.

• JUSTIFICATIVAS

O monitoramento de espécies ameaçadas visa intensificar as


pesquisas sobre a ecologia destas espécies, o que pode contribuir para a
sua conservação frente à instalação e operação do empreendimento, uma
vez que a presença das mesmas classifica suas áreas de ocorrência como
hábitats críticos, tornando estes locais prioritários para conservação.

Os estudos de fauna realizados na área de influência indicaram a


presença de algumas espécies de anfíbios, aves e mamíferos ameaçadas de
extinção no Brasil ou categorizadas como endêmicas. Assim, deverão ser
envidados esforços específicos voltados a estas espécies durante os
monitoramentos na fase de instalação, com continuidade na fase de
operação.

835
• PÚBLICO-ALVO

O subprograma é voltado aos trabalhadores do empreendimento,


para que tenham conhecimento de todas as diretrizes previstas para
conservação da fauna local e consigam executar as atividades propostas de
forma segura e eficiente; ao órgão ambiental que conduz o processo de
licenciamento, às construtoras e ao empreendedor, responsável pela
aplicação das medidas mitigatórias e compensatórias advindas do
empreendimento.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: atendimento a legislação


pertinente ao estudo e monitoramento da fauna na instalação do
empreendimento; nivelamento sobre o conhecimento da fauna local, em
especial as espécies ameaçadas e endêmicas; organização das logísticas de
campo e obtenção de dados; produção de relatórios discutindo os impactos
relacionados ao empreendimento.

Os indicadores são: obtenção de autorizações de fauna; reuniões para


consolidação do plano de trabalho; equipamentos adquiridos para
realizações de campanhas de monitoramento; monitoramento e relatórios
realizados; nº de espécies ameaçadas e endêmicas registradas; nº de
indivíduos de espécies ameaçadas e endêmicas obtidos nos
monitoramentos.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Áreas indicadas para o monitoramento

Esta atividade tem como objetivo selecionar áreas de fragmento


florestal ainda preservados que constituem refúgios para espécies de fauna.
Estas áreas também deverão abranger as diferentes fitofisionomias
existentes na Área de Influência Direta do empreendimento.

• Metodologia para o monitoramento

O monitoramento da fauna empregará metodologias padronizadas


para cada grupo, sendo que a amostragem deve ser estratificada por
ambiente e incluir as variações climáticas sazonais da região.

Atividades previstas para a execução do monitoramento de espécies


ameaçadas e endêmicas

836
Está previsto um conjunto de atividades que incluem: obtenção de
Autorização para Captura, Coleta e/ou Transporte de Fauna; consolidação do
Plano de Trabalho; planejar e realizar as campanhas de monitoramento;
analisar e discutir os dados obtidos nos monitoramentos.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras e 24 meses após o término das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.9. PROGRAMA DE PROTEÇÃO À FLORA - PPFL


11.9.1. SUBPROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE
VEGETAÇÃO

• OBJETIVO

O Subprograma de Minimização de Supressão da Vegetação tem


como objetivos dimensionar e apresentar um conjunto de procedimentos
preventivos e executivos voltados para a mitigação dos impactos causados
pela supressão da vegetação ao longo da área onde o trecho enfocado será
implantado e pavimentado e nas áreas de apoio.

O Subprograma de Minimização de Supressão da Vegetação visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

7) Descaracterização morfológica e paisagística na ADA;

8) Potencial de indução a instabilidades geotécnicas nos taludes de


corte e aterro;

9) Aumento no potencial de geração de focos de processos erosivos;

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos;

837
13) Intervenção em áreas de preservação permanente;

14) Alteração da cobertura vegetal na ADA;

15) Perda de hábitats e afugentamento da fauna;

16) Aumento potencial na mortalidade da fauna terrestre;

33) Aumento em atropelamentos da fauna silvestre

• JUSTIFICATIVAS

A supressão de vegetação na faixa de domínio da rodovia causará a


alteração de hábitats, ocasionando a perda de ambientes. Além disso,
outros impactos podem ser relacionados à remoção da cobertura vegetal,
como o aumento de processos erosivos, afugentamento e mortalidade de
fauna. Dessa forma, faz-se necessário, além da revegetação com espécies
nativas após o término das obras, o estabelecimento de diretrizes e
procedimentos para a supressão de vegetação, a fim de minimizar os
impactos citados.

• PÚBLICO-ALVO

O Subprograma de Minimização de Supressão da Vegetação tem


como público-alvo os trabalhadores do empreendimento, que serão
orientados para uma execução eficiente e segura das diretrizes
preconizadas para as atividades de desmatamento.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: mapeamento de todas as


áreas passíveis de supressão vegetal; capacitação da equipe de
desmatamento para executar as atividades minimizando impactos
negativos a biota; atendimento de todas as diretrizes para minimizar
impactos sobre a flora e fauna; levantamento do volume de madeira gerado
nas atividades de supressão.

Os indicadores são: período em cronograma previsto para o


desmatamento; nº de áreas de supressão apresentadas em mapa; nº de
áreas de supressão vistoriadas e nº de documentos de liberação; nº de
trabalhadores treinados; nº de planilhas de controle diário das áreas
suprimidas; quantitativos de área suprimida (programado/realizado);
volume de material lenhoso e madeira gerada; nº de DOFs (Documento de
Origem Florestal) emitidos.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

838
Planejar as atividades

Consiste na realização de uma reunião com os responsáveis pelas


equipes de desmatamento, com o objetivo de determinar quais as áreas são
prioritárias para a supressão, os trechos onde serão iniciados os trabalhos e
locais de armazenamento do material gerado e os responsáveis pela
execução das atividades de supressão da vegetação.

Vistoriar previamente as áreas a serem suprimidas

Antes do início da supressão, cada trecho elencado na etapa anterior


deverá ser vistoriado para identificar a presença de plantas que sejam alvo
de resgate de germoplasma, conforme descrito no subprograma específico.
Uma vez encontrados exemplares para resgate prévio ao desmatamento, a
equipe responsável pelo Subprograma de Salvamento e Transplante de
Germoplasma Vegetal deverá executar a atividade. Além disso, deverá ser
realizado o afugentamento de animais, e após o término, a supressão
deverá ser liberada.

Orientar as equipes de supressão de vegetação

Antes de iniciar o desmatamento, as equipes que executarão o corte


da vegetação deverão ser orientadas sobre os procedimentos e diretrizes
que deverão ser seguidos para minimizar os impactos sobre a biota.

Executar e acompanhar a supressão de vegetação

Esta atividade compreende a realização da supressão propriamente


dita pelos trabalhadores das construtoras e acompanhamento in loco das
atividades de desmatamento, por parte dos técnicos de supervisão,
orientando e garantindo o atendimento aos procedimentos e diretrizes do
subprograma.

Realizar a cubagem e remover o material gerado

Depois do empilhamento, a equipe de supervisão ambiental deverá


fazer a cubagem das pilhas e toras de madeira individuais. Estes dados
servirão como comprovação do volume de madeira suprimido, sendo a base
para a emissão dos documentos legais que comprovam a rastreabilidade do
material (Documento de Origem Florestal - DOF).

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

839
Este subprograma tem interface com:

 PPFL - Subprograma de Plantio Compensatório de Áreas de


Preservação Permanente

 PPFA - Subprograma de Afugentamento e Resgate de Fauna


 PPFL - Subprograma de Salvamento e Transplante de Germoplasma
Vegetal

 PAC-- Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Solidos e


Efluentes Líquidos
 PRAD - Subprograma de Recuperação das Áreas de Intervenção das
Obras
 Programa de Comunicação Social
 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra

 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.9.2. SUBPROGRAMA DE PLANTIO COMPENSATÓRIO DE ÁREAS


DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

• OBJETIVOS

O objetivo principal deste subprograma é compensar os impactos


ambientais relacionados as intervenções e alteração de APP, da cobertura
florestal e habitats da fauna na faixa de domínio.

O Subprograma de Plantio Compensatório de Áreas de Preservação


Permanente visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

7) Descaracterização morfológica e paisagística na ADA

9) Aumento no potencial de geração de focos de processos erosivos

11) Aumento no potencial de assoreamento de cursos d'água e


alteração na hidrodinâmica dos corpos hídricos

13) Intervenção em áreas de preservação permanente

14) Alteração da cobertura vegetal na ADA

15) Perda de hábitats e afugentamento da fauna

840
• JUSTIFICATIVAS

O plantio de mudas arbóreas para reposição florestal, atrelada à


supressão de vegetação autorizada, é fundamental para a recuperação de
paisagens degradadas, servindo como medida compensatória aos impactos
relacionados não mitigáveis. Desta forma, em virtude da necessidade de
supressão vegetal na ADA, faz-se necessária a execução de reposição
florestal obrigatória, como forma de compensação ambiental.

• PÚBLICO-ALVO

O programa tem como público-alvo prioritário os trabalhadores da


empresa contratada para executar o plantio compensatório.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: escolha de áreas


públicas que agreguem maior valor ambiental ao projeto; diagnóstico
ambiental das áreas-alvo do plantio; elaboração e execução do projeto
executivo do plantio; atendimento a legislação pertinente; reposição de
mudas e quantificar mudas sobreviventes ao plantio.

Os indicadores são: quantitativos (números de locais; medição de


áreas) dos locais destinados ao plantio; relatório com diagnóstico ambiental
e seleção de mudas para o plantio; quantidade de mudas plantadas;
quantidade de mudas sobreviventesxmudas não-sobreviventes; quantidade
de mudas repostas.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Selecionar as áreas do plantio

Serão selecionadas áreas públicas, uma vez que serão empregados


recursos públicos para a execução do plantio compensatório, além de se
localizar preferencialmente nas proximidades do local onde houve a
supressão, corte ou intervenção em APP, ou na mesma bacia hidrográfica de
inserção do empreendimento, e ser submetida à aprovação dos órgãos
ambientais competentes.

Elaborar o projeto executivo de plantio compensatório

Esta atividade compreende a realização de vistorias e articulação


entre instituições envolvidas para a elaboração de um Projeto Executivo,
onde deverão ser descritas as metodologias a serem empregadas, além dos
custos envolvidos para a execução do plantio.

841
Contratar serviços, materiais e insumos

O empreendedor ou a entidade a qual for delegado o serviço


contratará uma empresa para a execução do plantio nas áreas
selecionadas, bem como a aquisição de materiais e insumos necessários.
Incluem-se nessa atividade a aquisição das mudas e o serviço de transporte
das mesmas.

Executar os plantios compensatórios

Serão realizadas as atividades de preparo do terreno (demarcação


das áreas selecionadas, preparo do solo) e de plantio de mudas conforme as
especificações descritas para cada área apresentadas no Projeto Executivo.

Monitorar e manter os plantios

Uma vez executados os plantios, serão feitas vistorias para verificar a


“pega” das mudas, a existência de mudas mortas ou em estado
irrecuperável, a ocorrência de pragas, de forma a nortear as práticas de
manutenção e a reposição das perdas.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras e 24 meses após o término das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental e Contratação Específica

11.9.3. SUBPROGRAMA DE SALVAMENTO E TRANSPLANTE DE


GERMOPLASMA VEGETAL

• OBJETIVOS

O Subprograma de Salvamento e Transplante de Germoplasma


Vegetal tem por objetivo geral minimizar os impactos sobre a flora local,
garantindo a manutenção de parte da diversidade genética de espécies da
flora em extinção afetadas pelo empreendimento.

842
O Subprograma de Salvamento e Transplante de Germoplasma
Vegetal visa mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

14) Alteração da cobertura vegetal na ADA

• JUSTIFICATIVAS

Com o processo de implantação da rodovia, a supressão da


vegetação causará perdas biológicas a espécies vegetais, principalmente no
que diz respeito às ameaçadas de extinção ou aquelas com algum valor
econômico ou de uso tradicional por comunidades locais.

Nesse contexto, torna-se importante o resgate de plântulas e


sementes dessas espécies para que as mesmas sejam reintroduzidas em
áreas degradadas ou outros remanescentes com características similares ao
local de origem dos espécimes.

• PÚBLICO-ALVO

Empreendedor e construtoras, além das comunidades locais que


utilizam os recursos florestais da região para fins diversos.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas deste subprograma são: escolha de áreas


públicas que agreguem maior valor ambiental ao projeto; diagnóstico
ambiental das áreas-alvo do plantio; elaboração e execução do projeto
executivo do plantio; atendimento a legislação pertinente; reposição de
mudas e quantificar mudas sobreviventes ao plantio.

Os indicadores são: quantitativos dos locais destinados ao plantio;


relatório com diagnóstico ambiental e seleção de mudas para o plantio;
quantidade de mudas plantadas; quantidade de mudas
sobreviventesxmudas não-sobreviventes; quantidade de mudas repostas.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Definir áreas para reintrodução do germoplasma resgatado

No âmbito desta atividade deverão ser selecionadas e indicadas as


áreas para reintrodução do material resgatado. Para tanto deverão ser
consideradas as fitofisionomias afetadas, sendo que cada material
resgatado deverá ser reintroduzido no mesmo tipo vegetacional.

843
Planejar as atividades de resgate

Nesta etapa, serão feitas reuniões de trabalho entre Gestão


Ambiental, empreendedor e construtoras para nivelar conhecimento sobre o
subprograma, consolidar o início das atividades de resgate, que dependerá
do andamento das obras, e o cronograma a ser cumprido. Nesta reunião,
também deverão ser esclarecidos e consolidados os aspectos básicos e
operacionais do subprograma.

Instalar viveiro provisório

Até o momento da reintrodução do material resgatado nas áreas


selecionadas, deverá ser instalado na área do empreendimento um viveiro
provisório próximo ao canteiro de obras para manutenção das mudas e
plantio das sementes de espécies arbóreas resgatadas.

Resgatar mudas das áreas que serão desmatadas

Antes do desmatamento para implantação do empreendimento,


deverão ser feitas vistorias de resgate de mudas de espécies arbóreas,
priorizando-se aquelas apontadas no EIA como ameaçadas, endêmicas ou
com algum tipo de uso (medicinal, madeireira, comestível, etc.).

Resgatar sementes durante a supressão de vegetação

Durante as atividades de supressão das áreas já liberadas, deverá ser


feito o acompanhamento pela equipe de resgate de germoplasma com o
objetivo de coletar sementes das espécies-alvo que porventura se
encontrem em estágio reprodutivo.

Plantar e manter as mudas resgatadas no viveiro provisório

Assim que chegarem ao viveiro, as mudas resgatadas durante as


vistorias deverão ser plantadas em saquinhos plásticos e logo após, serem
irrigadas.

Reintroduzir as mudas oriundas do resgate de germoplasma

A reintrodução de epífitos e de mudas de espécies raras/ameaçadas


de extinção e endêmicas resgatadas durante as atividades de supressão
deverá ser feita nas áreas previamente selecionadas. A Gestora Ambiental
deverá, antes da reintrodução, realizar contato com os proprietários para
solicitar anuência para a atividade de reintrodução.

844
Monitorar os exemplares reintroduzidos

As epífitas e mudas arbóreas reintroduzidas nas áreas selecionadas


deverão ser monitoradas a cada seis meses por um período de 24 meses
após a reintrodução.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

Durante a fase de obras e 24 meses após o término das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este subprograma tem interface com:

 PPFA - Subprograma de Minimização de Supressão da Vegetação

 Programa de Comunicação Social


 PEA - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra
 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

11.10.PROGRAMA DE INDENIZAÇÃO, REASSENTAMENTO E DESAPROPRIAÇÃO


- PIRD

• OBJETIVO

Este programa tem como objetivo acompanhar as desapropriações


necessárias, bem como as ações de reassentamento e/ou indenização das
famílias eventualmente instaladas na faixa de domínio da rodovia, de modo
a atender a legislação vigente e as normas do DNIT, em específico a
Publicação IPR – 746/2011 – Diretrizes Básicas para Desapropriação.

O Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação visa


mitigar/compensar/potencializar os seguintes impactos:

18) Perda de terras agrícolas produtivas e/ou atividades particulares

20) Retirada involuntária da população rural da ADA

21) Fragmentação de assentamentos e comunidades rurais

22) Melhoria nas condições de habitabilidade da população


remanejada.

845
• JUSTIFICATIVAS

A liberação da faixa de domínio para as obras exigirá a desapropiação


de propriedades e benfeitorias, gerando ansiedade e preocupação junto à
população.

• PÚBLICO-ALVO

Este programa tem como público-alvo os proprietários cadastrados


pelo Projeto Executivo de Engenharia.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: 100% dos proprietários cadastrados com


acordo assinado; 100% das famílias reassentadas em áreas próximas e com
a mesma infraestrutura física e social do local de origem; realizar o
monitoramento da condição pré e pós reassentamento de 100% das famílias
reassentadas; prestar assistência a 100% das famílias afetadas no processo
de desapropriação/ indenização/ relocação, especialmente nos casos de
usucapião.

Os indicadores são: nº de reuniões realizadas para o grupo


representante da comunidade afetada; porcentagem de acordos assinados
com proprietários cadastrados; porcentagem das famílias reassentadas em
áreas próximas e com a mesma infraestrutura física e social do local de
origem; porcentagem das famílias reassentadas com condições de vida
iguais ou melhores do que a condição anterior; porcentagem de famílias
monitoradas em relação à condição pré e pós reassentamento;
porcentagem de famílias afetadas para as quais foi prestada assistência no
processo de desapropriação/ indenização/ relocação.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Promover a participação das comunidades afetadas

Serão realizadas reuniões com a participação de representantes da


população afetada e a distribuição de cartilhas com as principais diretrizes,
processos de negociação, direitos e prazos previstos.

Executar as atividades de desapropriação

Caracterização da vulnerabilidade dos grupos familiares afetados por


desapropriação, identificação e caracterização do público-alvo, fixação dos
critérios de elegibilidade, enquadramento da população afetada e
implementação das desapropriações/reavaliação dos laudos.

846
As atividades de desapropriação deverão seguir as etapas e
procedimentos descritos esquematicamente na Figura 1 (pág. 51),
atendendo as diretrizes da Publicação IPR – 746.

Executar as atividades de reassentamento

Para o atendimento da população enquadrada e/ou a ser


contemplada no processo de reassentamento, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos: negociação e adesão, as alternativas
habitacionais e formas de aquisição, os critérios para a seleção de áreas de
reassentamento e a verificação da aplicação dos recursos, bem como ações
assistenciais.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

1 ano antes e 6 meses após o início das obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com:

 Programa de Comunicação Social

 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Empreendedor (DNIT)

11.11. PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO,


ARQUEOLÓGICO E CULTURAL - PARQUEO

• OBJETIVO

Este programa tem como objetivo geral preservar e, caso necessário,


resgatar evidências arqueológicas que porventura existam na Área
Diretamente Afetada.

O Programa de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arqueológico e


Cultural visa mitigar/compensar/potencializar o seguinte impacto:

27) Interferências sobre o patrimônio histórico, arqueológico e


cultural

• JUSTIFICATIVAS

A área onde será implantado o empreendimento reúne um expressivo


patrimônio arqueológico e histórico identificado ao longo da realização dos

847
estudos ambientais. Com isso, faz-se necessário monitorar as atividades de
supressão, escavação e terraplenagem, uma vez que podem revelar
achados arqueológicos na área.

• PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste programa é constituído pelas comunidades dos


municípios envolvidos, uma vez que o objetivo maior do programa é
salvaguardar seu patrimônio cultural; e os trabalhadores, que receberão as
orientações quanto aos procedimentos para o resgate de sítios e vestígios
arqueológicos porventura encontrados durante as obras.

• PRINCIPAIS METAS E INDICADORES

As principais metas são: obter portaria do IPHAN para atividades de


monitoramento e resgate de sítios arqueológicos; parceria estabecida com
instituição para salvaguardar vestígios arqueológicos eventualmente
encontrados; 100% dos trabalhadores envolvidos em supressão, escavação
e terraplenagem treinados em relação aos procedimentos para o quanto aos
procedimentos para o resgate de sítios e vestígios arqueológicos porventura
encontrados durante as obras.

Os indicadores são: Portaria do IPHAN para realização das atividades


de monitoramento arqueológico publicada no Diário Oficial da União;
endosso Institucional celebrado; nº de trabalhadores que participarem das
atividades de capacitação; nº de material arqueológico encaminhado para
instituição parceira.

• METODOLOGIAS/FORMA DE EXECUÇÃO

Planejamento das atividades

Será realizado um estudo prévio dos cronogramas de obra para que a


equipe da técnica possa saber onde e quando serão realizadas as atividades
de supressão, escavação e terraplenagem, de modo a realizar o
monitoramento.

A Gestora Ambiental deverá obter Portaria do IPHAN que autorize a


realização de tais atividades pela equipe responsável.

Treinamento dos trabalhadores

Essa atividade será realizada através do Programa de Educação


Ambiental - PEA em seu Subprograma de Capacitação da Mão de Obra.

Monitorar a execução das obras

848
O acompanhamento e monitoramento arqueológico das obras deverá
abranger as atividades recomendadas e expostas na publicação “Normas e
Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico”: acompanhamento, por equipe
de arqueólogos das ações do empreendimento que incluem o
desmatamento, terraplenagens, implantação de canteiros de obra,
drenagens, e ainda qualquer outra atividade potencialmente causadora de
danos ao patrimônio arqueológico.

• FASE DE IMPLEMENTAÇAO E DURAÇÃO

O planejamento será realizado 3 meses antes do início das obras, a


capacitação da equipe de trabalhadores será realizada nos 3 meses a partir
do início das obras e o monitoramento das atividades de execução das
obras será realizado durante toda a fase de obras.

• INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa tem interface com:

 PAC - Subprograma de Capacitação da Mão de Obra

 Programa de Comunicação Social


 Programa de Gestão Ambiental

• RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

Gestão Ambiental

849
12. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

A Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000 institui o Sistema Nacional de


Unidades de Conservação (SNUC), e determina que o licenciamento
ambiental de empreendimentos de significativo impacto demanda a
compensação ambiental. A compensação define que “o licenciamento
ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, com
fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório -
EIA/RIMA o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção
de unidades de conservação” do Grupo de Proteção Integral, sendo elas:
Parque Nacional, Reserva Biológica, Monumento Natural, Estação Ecológica
ou Refúgio da Vida Silvestre. A compensação ambiental para o Arco
Rodoviário Metropolitano do Recife – Lote 2 deverá ser implementada em
Unidades de Conservação (UCs) que se encontram na área de influência
direta (AID) do empreendimento: Refúgio de Vida Silvestre do Sistema
Gurjaú, Refúgio de Vida Silvestre da Mata de Caraúna e o Refúgio de Vida
Silvestre do Engenho Moreninho.

Na esfera estadual, a Resolução CONSEMA/PE n° 04/2010 trata do


grau de impacto da compensação ambiental, estabelecendo “metodologia
de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e
aplicação da compensação”. Esta resolução apresenta no seu artigo 1°,
entre outras, as definições abaixo:

• Significativo impacto ambiental – nível de impacto decorrente de


empreendimentos e de atividades consideradas efetiva ou
potencialmente impactantes, que possam comprometer a qualidade
de vida de uma região ou causar danos aos recursos naturais (....)

• Valor de Referência (VR) – somatório dos investimentos inerentes à


implantação do empreendimento, incluindo-se o montante
destinado ao cumprimento de medidas mitigadoras estabelecidas
como condicionantes e excluindo-se custos de análise do
licenciamento ambiental e podendo, ainda, a critério da Agência
Estadual do Meio Ambiente – CPRH, ser excluídos investimentos que
possibilitem alcançar níveis de qualidade ambiental superiores aos
exigidos;

• Grau de impacto (GI) – valor percentual obtido pelo somatório dos


fatores de relevância, acrescido dos valores relativos aos fatores de
temporalidade e do somatório dos fatores de abrangência -
GI=∑FR+FT+∑FA, sendo:

 Fator de Relevância (FR) - critério que permite avaliar o grau de


modificação das condições ambientais, resultante da

851
manifestação de determinado impacto, na forma de sua
presença ou ausência;
 Fator de Temporalidade (FT) – critério que permite avaliar a
persistência da manifestação de determinado impacto ambiental;
 Fator de Abrangência (FA) - critério que permite avaliar a
distribuição espacial dos efeitos de determinado impacto
ambiental.

Ainda de acordo com a Resolução CONSEMA/PE n° 04/2010 (capítulo


I, artigo 6°), é responsabilidade do empreendedor apresentar à Câmara
Técnica de Compensação da CPRH o Valor de Referência, o cálculo do Grau
de Impacto e o valor da compensação ambiental. A compensação ambiental
é calculada da seguinte forma:

CA = GI x VR

Onde,

CA = compensação ambiental

GI = grau de impacto → GI = ∑FR + FT + ∑FA

VR = valor de referência

Todavia, considerando que o modelo de licitação a ser realizado para


a contratação do projeto de engenharia e execução da obra será o RDCi e
que neste modelo o orçamento da obra possui caráter sigiloso até a
divulgação da empresa vencedora, não é possível nesta fase apresentar os
cálculos necessários para definir o valor da compensação.

852
13. PROGNÓSTICO DA QUALIDADE AMBIENTAL

Este prognóstico contempla dois cenários, (1) com a implantação do


empreendimento e (2) sem a implantação do empreendimento, ou seja, o
cenário tendencial da situação atual. O prognóstico tem como objetivo
analisar as condições futuras da área de estudo, frente às tendências atuais
de uso e ocupação do solo e evolução do uso dos recursos naturais. Nesse
sentido, o prognóstico foi gerado a partir do diagnóstico ambiental, em um
esforço prospectivo sobre o que acontecerá futuramente nas áreas de
influência, tanto na hipótese de não implantação do projeto – Cenário 1 –
como na hipótese de implantação do empreendimento– Cenário 2.

CENÁRIO 1 – NÃO IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Este primeiro cenário cogita a possibilidade de que o


empreendimento não seja implantado, ou seja, um cenário que implicaria
em uma reavaliação de toda a política governamental voltada para obras de
mobilidade e estruturação da RMR. Porém, no âmbito do EIA cabe apenas
uma abordagem simplificada, pois não é possível estudar este cenário com
o mesmo aprofundamento com que se analisa o cenário de implantação,
que constitui a essência deste estudo. Neste contexto, o cenário de não
implantação do empreendimento corresponde ao cenário tendencial, onde a
região continuará evoluindo em função dos gradientes atuais de
desenvolvimento econômico e social e de transformação ambiental.
Portanto, assume-se a manutenção das tendências e pressões atuais.

O Arco Rodoviário está sendo proposto dentro de um ambiente de


efervescência econômica do estado de Pernambuco, com a proposição de
diversos projetos e investimentos, conforme abordado no capítulo de Plano
e Programas de Desenvolvimento, notadamente aqueles voltados para
infraestrutura e mobilidade. No âmbito do desenvolvimento estadual, a
modernização da infraestrutura de transporte se tornou um gargalho para a
atratividade de novos empreendimentos. Assim, independentemente da
proposta do Arco, a conjuntura que se observa atualmente na RMR deixa
claro que investimentos em infraestrutura são prioritários para o
desenvolvimento estadual e a qualidade de vida da população.

A não implantação do empreendimento representaria aspectos


negativos diretos na mobilidade, competitividade, desenvolvimento
econômico e atratividade para investimentos na RMR. A saturação da BR-
101 ocorreria progressivamente e incrementaria a falta de interligação
entre polos de desenvolvimento. Com relação às áreas de preservação,
destaca-se que devido ao nível de antropização da região, a não

853
implantação do empreendimento não significa a preservação das áreas de
preservação ou dos remanescentes naturais, uma vez que os vetores de
transformação que se vivenciam atualmente na RMR são maiores que o
Arco.

Com efeito, projeções da década passada sinalizavam para uma


vocação voltada para a exploração do patrimônio cultural das áreas rurais a
oeste da RMR, porém, essa projeção não se confirma e a realidade atual é
bastante diferente, pois o Oeste Metropolitano vivencia um
desenvolvimento mais abrangente, com abertura de uma nova frente de
desenvolvimento imobiliário, industrial e de serviços. Este processo interliga
e apoia-se com a intensa dinâmica que ocorre em regiões como Suape e
Goiana.

Dentro deste contexto, o Arco é apenas um facilitador do processo de


desenvolvimento, mas não o indutor do mesmo. Assim, caso o Arco não seja
implantado neste primeiro momento, ele se reinventará e outras propostas
virão com outras concepções, mais ou menos abrangentes, mas com a
mesma finalidade de abrir essa nova fronteira e articular a infraestrutura já
existente.

CENÁRIO 2 – IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A ampla gama de projetos e políticas propostas atualmente na RMR


demonstra que o prognóstico do Arco no cenário de implantação terá o
mesmo pano de fundo que o discutido acima (porém com outros
desdobramentos e de forma mais acelerada), ou seja, os efeitos do Arco
serão potencializados por uma série de projetos que estão atualmente em
planejamento dentro da AII do empreendimento. Neste cenário, o foco será
mais restrito à AID do empreendimento onde deverá se verificar a maior
atratividade gerada pela rodovia. O primeiro efeito é a melhoria da
acessibilidade e valorização das áreas adjacentes, logo, se pode afirmar que
os entroncamentos do Arco atrairão empresas e irão acelerar a urbanização,
dinamizando a economia local, mesmo que no restante da via os acessos
restritos (por conta da classe da rodovia) refreiem esse processo. De forma
geral, a expansão urbana na RMR em sentido oeste já acontece, o que faz
com que a presença do Arco, mesmo com acessos restritos, facilite a
ocupação nos entornos, o que colabora para o crescimento e maior
dinamismo econômico da região.

Nas regiões próximas aos cruzamentos da BR-101 com outras


rodovias, deve ocorrer um aumento do número de empresas e em
consequência disso, áreas intermediarias terão sua atratividade aumentada
para implantação de empresas fornecedoras e/ou áreas residenciais para
atender a estes bolsões de desenvolvimento. A implantação do Arco

854
valorizará as áreas ao longo de seu traçado (com maior ênfase próximo aos
acessos), o que gerará uma tendência de conversão para atividades com
maior uso de capital, e nessa esteira, poderão ocorrer consequências
negativas relacionados com a especulação imobiliária.

Os principais modais de alavancagem do crescimento econômico na


área de influência do empreendimento correspondem ao desenvolvimento
de atividades ligadas ao setor de serviços, logística, infraestrutura urbana e
polos residenciais. Espera-se ainda como impacto positivo do
empreendimento para o meio antrópico, a melhoria significativa das
condições de acesso e segurança regionais, com redução do tempo e dos
custos de transporte.

Este desenvolvimento irá gerar maiores pressões e, de certa forma


deverá ser controlado pelas restrições regionais, destacando-se os
perímetros das UCs. Todavia, a implementação de programas ambientais no
âmbito da gestão ambiental do empreendimento possibilitam a atenuação
dos efeitos adversos do empreendimento sobre os componentes físicos e
bióticos, deixando ainda um legado relativo à consciência e valorização
ambiental para as comunidades locais.

Assim, prognostica-se que, se a execução do empreendimento trará


alguns impactos negativos, os benefícios para a população serão enormes.
Estes impactos positivos no meio socioeconômico deverão ser
potencializados com medidas previstas no âmbito dos programas
ambientais.

855
14. CONCLUSÕES

A Região Metropolitana do Recife passa por um momento ímpar de


oportunidades de desenvolvimento econômico, social, cultural e
ambiental. Conforme apresentado neste EIA, a implantação do Arco
Rodoviário Metropolitano do Recife no Lote 2 trará maior segurança no
trânsito, diminuição da acidentalidade na travessia urbana da BR-101,
fomento do potencial econômico e cultural da região, ao arranjo
econômico e a cadeia produtiva, potencializando a integração entre
municípios, o aumento do conforto e a diminuição do tempo de viagem,
além de desafogar os acessos à RMR.

O diagnóstico ambiental apresentou claramente que a área de


influência do empreendimento se encontra bastante impactada, porém
ainda mantendo atributos ambientais de grande relevância cuja
conservação se torna primordial, como no caso dos recursos hídricos e dos
remanescentes florestais. Através do cruzamento do diagnóstico ambiental
com a inserção do Lote 2 do Arco Rodoviário Metropolitano do Recife,
verificou-se que os impactos positivos do empreendimento trarão grandes
benefícios à socioeconomia da região em longo prazo, contrabalançando
os impactos negativos, cuja duração mostra-se, em geral, de curto prazo.

A fase de implantação do empreendimento representa a introdução


de uma perturbação no ambiente que causará inevitavelmente uma
diminuição temporária da qualidade ambiental da AID, uma vez que prevê
uma transformação na paisagem com supressão de parte da vegetação
remanescente, além do aumento de material particulado, ruído e outros
impactos já discutidos. Com o término das obras, começará um processo
de recuperação e de aceitação da nova paisagem, aumentando
progressivamente sua qualidade ambiental, como resultante da execução
das medidas mitigadoras previstas neste EIA. Com o início da operação da
nova rodovia, começarão a se verificar, progressivamente, a ocorrência
dos impactos positivos que em conjunto determinaram a necessidade do
empreendimento.

Cabe destacar que a e x e c u ç ã o d a s m e d i d a s m i t i g a t ó r i a s ,


c ompensatórias e potencializadoras previstas para os impactos ambie n t a i s
p ropiciarão a manutenção e/ou melhoria da qualidade ambiental da r eg i ã o ,
sendo sua implementação condição indispensável à obtenção das licenças
ambientais para a instalação e operação do Lote 2 do Arco Viário.

O Lote 2 do Arco Rodoviário em termos técnicos é uma obra de


infraestrutura incontestável que beneficiará não só os municípios

857
abrangidos na área de influência indireta, mas a todo o estado de
Pernambuco. Assim, considerando- s e q u e o L o t e 2 a g r e g a r á d i v e r s a s
melhorias socioambientais à RMR, conclui-se que o empreendimento POSSUI
V I ABILIDADE AMBIENTAL, de forma ind e p e n d e n t e a o L o t e 1 q u e a i n d a
d everá ser p rojetad o e licen ciad o.

858
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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883
16. ANEXOS

Os anexos estão apresentados em volume separado.

885
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURADE TRANSPORTES

Gestora Ambiental BR 101 RN/PB/PE


SRTVN - Quadra 701 - Bloco B - Sala 318
Edifício Centro Empresarial Norte
CEP 70.719-903 - Brasília/DF
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www.skillengenharia.com.br

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