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ELECTRICAL SOURCE EXCITATION EFFECTS FOR MEASURING


BIOIMPEDANCE ON BLOOD MIMICKING PHANTOM

Leonardo Giannine P. Teixeira1


Pedro Bertemes Filho2

Abstract: O sistema de espectroscopia de impedância elétrica é amplamente


utilizado em várias aplicações, dentre elas a biomédica. Em medições onde a
impedância pode variar em intervalos muito pequenos, como no sangue, o sistema
de espectroscopia deve possuir uma banda larga de frequência e cobri-la em um
tempo curto. Sinais de excitação como Maximum Length Binary Sequences (MLBS),
chirp, Discrete Interval Binary Sequence (DIBS) e multisenos são altamente
utilizados por possuírem relação sinal-ruído alta e baixo fator de crista. Um
dispositivo foi desenvolvido para injetar uma corrente de 1mApp, na faixa de
frequência de 0,1 a 100 kHz e quatro formas de ondas diferentes. Um circuito
equivalente do sangue disposto em formato de cubo com 60 mm de lado formou o
fantoma do sangue utilizado para análise. O dispositivo apresentou precisão acima
de 90% em teste realizado com uma carga puramente resistiva. As formas de onda
DIBS e senoidal apresentaram a melhor acurácia nas medidas da impedância
equivalente do fantoma de sangue, com erros <10%. Outros fatores como tempo de
excitação, complexidade de geração e processamento da forma de onda são
importantes para a determinação da melhor fonte para determinada aplicação. Mais
testes de desempenho devem ser realizados, além da utilização de outras formas de
ondas.

Keywords: Source Excitation. Bioimpedance. Blood Phantom.

1 INTRODUCTION

A bioimpedância elétrica é a capacidade de um material biológico se opor à


passagem da corrente e é dependente da frequência do sinal injetado no material
em estudo [1]. A espectroscopia de bioimpedância elétrica (EBIE) foi amplamente
utilizada nos últimos 50 anos para aplicações biomédicas [2], utilizando-se da
correlação entre a constituição/geometria do material e a impedância elétrica para
caracterizar o tecido [3]. A EBIE é amplamente utilizada para a composição de
gordura/água e imagem de tecidos/órgãos, e apresenta-se como uma candidata
para o tratamento não invasivo de monitoramento hemodinâmico [4].
Os sistemas de espectroscopia de impedância elétrica consistem na
aplicação de um sinal elétrico alternado, em uma faixa variável de frequência, e a
saída correspondente é coletada através de eletrodos [5]. Para assegurar a
caracterização, um sistema de excitação deve cobrir uma ampla faixa de frequência
e de forma rápida, principalmente em aplicações onde a bioimpedância se altera em
intervalos pequenos, como: medições de fluidos em movimento, medições com
inferência dos batimentos cardíacos e circulação sanguínea, e medições onde o

1 Artigo apresentado na disciplina de Introdução a Engenharia Biomédica como


requisito parcial para obtenção do título de Mestrado em Engenharia Elétrica da
Universidade do Estado de Santa Catarina, no ano de 2022.

2 Professor orientador.
2

material pode se movimentar e se alterar, satisfazendo os critérios de sistemas


invariantes no tempo[1][6].
A energia do sinal de excitação deve ser espalhada entre diversas
frequências durante um curto período de tempo, diminuindo a amplitude de cada
componente individual no espectro da frequência [7]. Ao mesmo tempo, a amplitude
do sinal de excitação é limitada a valores em torno de 1.5 mApp para satisfazer os
critérios de linearidade e requisitos de segurança de tecidos vivos. A relação sinal-
ruído, critério de eficiência importante nas medições de bioimpedância, não pode ser
melhorada aumentando a amplitude do sinal excitado acima desse valor [8][9].
Contudo, nem todos os sinais que apresentam banda larga são adequados
para a EBIE. Os sinais aperiódicos, como o ruído branco, causam fuga no espectro
da corrente calculado pela transformada de Fourier [10] e o impulso, que poderia ser
uma solução rápida, possui na prática uma amplitude limitada e pequena [7]. Além
disso, a troca entre a precisão e o tempo da medida de impedância devem ser
considerada.
Para a aplicação de medidas com o sangue, há a necessidade da utilização
de sinais periódicos de banda larga, capazes de excitar toda a faixa de frequência a
ser analisada em um período curto do tempo. Formas de onda como o Maximum
Length Binary Sequences (MLBS), chirp, Discrete Interval Binary Sequence (DIBS) e
multisenos apresentam uma boa relação sinal-ruído e fator de crista baixo [10][11].
Modelos elétricos simplificados são obtidos considerando que o tecido é
apenas um aglomerado de células em um meio condutivo [12]. Os fluidos intra e
extracelulares são modelados por resistores e a membrana celular como um
capacitor paralelo com um resistor, resultando no modelo Fricke [13]. O modelo
Fricke não explica a mudança dielétrica em função da frequência do sinal de
excitação. Kenneth S. Cole desenvolveu uma equação empírica capaz de ajustar
curvas de medições de bioimpedância em um modelo, gerando o modelo Cole [14].
Dai e Adler (2009) [15], Katakutskiy e Akulov (2009)[16] e Pradhan et. al (2013)[17]
apresentam modelos e circuitos equivalentes para calcular as propriedades
bioelétricas do sangue.
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise qualitativa dos efeitos
produzidos por diferentes fontes de excitação na medição de bioimpedância do
sangue em comparação com os valores teóricos. Para esta análise será utilizado um
hardware de medição de EBIE para as fontes de excitação MLBS, DIBS, chirp e
multisenos na faixa de frequência de 0,1 a 100 kHz.

2 MATERIALS AND METHODS

2.1 DISPOSITIVO

O sistema de espectroscopia de bioimpedância elétrica é formado por: uma


fonte de corrente controlada por tensão, um medidor de tensão, e o processador
para gerar a forma de onda de excitação. O processador utilizado foi o
STM32F303ZE presente na placa de desenvolvimento STM32 Nucleo-144. A Figura
1 apresenta (a) a fonte de corrente Howland utilizando o amplificador operacional
ADA481, responsável por injetar corrente através dos eletrodos de injeção e (b) o
circuito que mede a tensão dos eletrodos de medição através do amplificador de
instrumentação AD620. A corrente injetada (i L) é determinada pela equação (1),
desde que R4=R3=R2a=R e R1=R+R2b. O ganho (G) do AD620 é determinado pela
equação (2). Para ganho igual a 1, os terminais RG são abertos.
3

Figura 1 – Módulos do dispositivo desenvolvido (a) fonte de corrente e (b) medidor


de tensão, responsáveis pela análise de espectroscopia de bioimpedância.

(a) (b)

iL = (V2 – V2)/R2b (1)

G = 1 + (49.4 kΩ/RG) (2)

2.2 SISTEMA DE MEDIÇÃO

É utilizado o sistema de medição a 4 fios em um fantoma com os circuitos


equivalentes dispostos em um formato 3D. O sinal de injeção é uma corrente de 1,0
mApp na faixa de frequência de 0,1 a 100 kHz, nos formatos MLBS, DIBS, chirp e
senoidal (Figura 2). A Figura 3 mostra (a) o circuito equivalente baseado no modelo
de Pradhan et. al (2012) [18] adotado e (b) a disposição na estrutura de cubo de 60
mm de arestas, bem como os pontos de excitação (1 e 2) e medição (3 e 4). Os
resistores Rs e Rp são de 1 kΩ e os capacitores Cs e Qm, 100 nF e 10 nF,
respectivamente. O resistor R do fantoma é de 10 kΩ. A corrente de excitação é
monitorada através de um resistor shunt de 1 kΩ colocado em série com o fantoma.
A impedância equivalente real do circuito é medida utilizando a ponte de RLC portátil
modelo POL-42A da Politerm.

Figura 2 – Formas de fonte de excitação: (a) MLBS, (b) DIBS, (c) chirp e (d)
senoidal.
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Figura 3 – (a) Circuito equivalente Z e (b) fantoma do sangue desenvolvido para


medição.

(a) (b)

3 RESULTS

A impedância equivalente do fantoma (Zeq) pode ser expressa através da


equação (3). Onde Req e Xc são a resistência e a reatância capacitiva equivalentes
do circuito, respectivamente. Xc é inversamente proporcional a frequência do sinal
de excitação (f) e é determinada através da equação (4), onde Ceq é a capacitância
equivalente do fantoma.

Zeq = Req + jXc (3)

Xc = 1/(2πfCeq) (4)

Os valores de módulo (|Zeq|) e fase (ϕZeq) de Zeq são calculados a partir das
equações (5) e (6), onde Req e Ceq são medidos com a ponte RLC e apresentados
na Tabela 1. A Figura 4 apresenta o resultado obtido para todo o espectro da
frequência.

|Zeq| = √(Req2 + Xc2) (5)

ϕZeq = arctg (Xc/Req) (6)

Frequência (kHz) Req (kΩ) Ceq (nF)


0,1 7,095 1267,1
1 2,906 82,84
10 2,018 62,48
100 1,99 39,02
Tabela 1 – Valores medidos do fantoma com a ponte RLC.
5

Figura 4 – Impedância equivalente do fantoma.

Primeiramente, foram realizadas medidas com uma carga puramente resistiva


com o valor de 4,685 kΩ, com o objetivo de calibrar o dispositivo e eliminar os erros
provenientes da instrumentação. A Figura 5 mostra os valores dos módulos de
impedância obtidos com as quatro fontes de excitação.

Figura 5 – Módulos de impedância medidos com o dispositivo, a partir das quatro


fontes de excitação, em carga de 4,685 kΩ.

Os valores médios de desvio foram calculados e apresentados na Tabela 2


para cada faixa de frequência. Para cada fonte de excitação, são medidos o módulo
e a fase da impedância do fantoma, conforme Figura 6.
6

Frequência
Excitação
100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz
MLBS 6,11% 3,56% 6,15% 21,14%
DIBS 3,32% 2,21% 6,80% 19,09%
chirp -4,80% -1,53% 0,11% 47,85%
senoidal 3,76% 2,21% 3,60% 20,75%
Tabela 2 – Erros das medidas com o dispositivo para uma carga de 4,685 kΩ.

Figura 6 – (a) Módulo e (b) fase da impedância equivalente (Zeq), a partir das
quatro fontes de excitação.

4 DISCUSSIONS AND CONCLUSION

O modelo utilizado como fantoma é baseado no circuito equivalente


desenvolvido por Pradhan et. al, inspirado no modelo de Cole. Nele Rs é a
resistência da solução extracelular, Rp representa a resistência no interior da célula,
Cp representa a propriedade dielétrica da água presente no sangue e Qm
representa a capacitância da membrana celular. O modelo desenvolvido em 3D tem
o objetivo de estudar os efeitos da dispersão da corrente assim como ocorre na
prática. Observa-se uma variação da resistência e capacitância equivalentes de
acordo com a faixa de frequência da fonte de excitação, como mostrado na Tabela
1. A forma de onda de |Zeq| se aproxima com a encontrada no trabalho de Pradhan
et .al (2012).
As formas de excitação relacionadas neste trabalho, possuem como
característica o fato de serem periódicos e de banda larga, devido a necessidade de
excitar toda a faixa de frequência a ser analisada em um período curto do tempo, em
aplicações com o sangue. MLBS excita a amostra em toda a faixa de 0,1 a 100 kHz
7

em 315µs. Já o DIBS, divide a faixa de frequência em três décadas, as quais


possuem 8 frequências de excitação cada. Assim todo espectro é medido em
17,76ms. A chirp é uma forma de onda senoidal, na qual a frequência varia de forma
linear ou logarítmica com o tempo. Neste trabalho, devido a faixa grande de
frequência utilizada, a variação foi logarítmica e possui um ciclo de 111 ms. A
excitação senoidal é realizada por 3 ciclos completos em cada frequência. As
frequências aumentam de forma logarítmica e possui um período de excitação
completo de 100ms. A Tabela 3 apresenta o tempo de cada fonte de excitação para
injetar toda a faixa de frequência utilizada.

Excitação Tempo(ms)
MLBS 0,315
DIBS 17,76
chirp 111
senoidal 100
Tabela 3 – Tempo de excitação para a faixa de 0,1 a 100 kHz.

O dispositivo desenvolvido possui uma precisão maior de 90% quando


operando em frequências de 0.1 a 50 kHz. Conforme apresentado na Tabela 2, em
frequência em torno de 100 kHz a precisão do dispositivo diminui substancialmente,
provocada pelos ruídos aleatórios em alta frequência, a diminuição da relação sinal-
ruído e a limitação da largura de banda no amplificador de instrumentação utilizado.
Observa-se na Figura 6, que em relação ao módulo da impedância, as fontes
de excitação senoidal e DIBS possuem uma correlação mais forte com o valor
teórico. Ambas, além de possuírem uma tendência de variação mais próxima da
teórica, apresentam menos oscilações em seus resultados. Este fato é devido ao
espalhamento da energia de excitação por um número menor de frequências, o que
garante uma relação sinal-ruído maior.
Com relação a fase, MLBS apresenta um desempenho muito pior que os
demais, em toda a faixa de frequência. As demais fontes, apresentaram erros e
variações pequenos, com destaque novamente para o DIBS e a senoidal, com erros
inferiores a 10%. Ruídos provenientes da instrumentação combinados com o maior
espalhamento da energia do sinal no espectro, ajudam a justificar este resultado.
Pode-se concluir que das quatro formas de onda analisadas, DIBS e senoidal
apresentaram o melhor desempenho nas condições propostas. Chirp apresentou
resultados satisfatórios, com erros absolutos baixos, contudo com muita oscilação.
MLBS se mostrou uma alternativa ruim, principalmente para grandes faixas de
frequências. Ao levarmos em conta também o tempo para excitação de toda a
banda, DIBS possui a melhor relação acurácia e rapidez, mostrando-se a melhor
forma de excitação para cálculo de impedância em aplicações que há a necessidade
de uma análise rápida e em banda larga, como o sangue. Outras formas de onda
devem ser analisadas e mais testes de desempenho devem ser realizados. Além
disso, a complexidade para a geração, medição e processamento das diferentes
formas de ondas, também devem ser levadas em conta para cada aplicação.
8

REFERENCES

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