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Immanuel Kant
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(1755), a Crítica da Razão Prática (1788), a Crítica do Obras Crítica da Razão Pura,
Poder de Julgamento (1790), a Religião nos Limites da destacadas Crítica da Razão
Mera Razão (1793) e a Metafísica dos Costumes (1797). Prática, Crítica do
Julgamento,
Prolegômenos Para
Biografia Qualquer Futura
Metafísica, Iluminismo
alemão, The
Metaphysics of Morals,
Religion within the
Bounds of Bare
Reason, Groundwork
of the Metaphysic of
Morals
Movimento Idealismo alemão,
estético Iluminismo
Religião luteranismo
Assinatura
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Passou grande parte da adolescência como estudante, sólido mas não espetacular, preferindo o
bilhar ao estudo. Tinha a convicção curiosa de que uma pessoa não podia ter uma direção firme na
vida enquanto não atingisse os 39 anos. Com essa idade, era apenas um metafísico menor numa
universidade prussiana, mas foi então que uma breve crise existencial o assomou. Pode
argumentar-se que teve influência na posterior direção.[7]
Foi um competente professor universitário durante quase toda a vida, mas nada do que fez antes
dos 50 anos lhe garantiria qualquer reputação histórica. Viveu uma vida extremamente regulada:
era acordado todos os dias às 5h00 da manhã por seu criado Martin Lampe[8] e o passeio que fazia
às 15h30 todas as tardes era tão pontual que as mulheres domésticas das redondezas podiam
acertar os relógios por ele.
Kant nunca deixou a Prússia e raramente saiu da cidade natal. Apesar da reputação que ganhou,
era considerado uma pessoa muito sociável: recebia convidados para jantar com regularidade,
insistindo que a companhia era boa para a constituição física.
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Por volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra do filósofo escocês David Hume. Hume é por
muitos considerados um empirista ou um cético, muitos autores o consideram um naturalista.
[carece de fontes?]
Neste livro, ele desenvolveu a noção de um argumento transcendental para mostrar que, em suma,
apesar de não podermos saber necessariamente verdades sobre o mundo "como ele é em si",
estamos forçados a percepcionar e a pensar acerca do mundo de certas formas: podemos saber
com certeza um grande número de coisas sobre "o mundo como ele nos aparece". Por exemplo,
que cada evento estará causalmente conectado com outros, que aparições no espaço e no tempo
obedecem a leis da geometria, da aritmética, da física, etc.[carece de fontes?]
Nos cerca de vinte anos seguintes, até a morte em 1804, a produção de Kant foi incessante. O seu
edifício da filosofia crítica foi completado com a Crítica da Razão Prática, que lidava com a
moralidade de forma similar ao modo como a primeira crítica lidava com o conhecimento; e a
Crítica do Julgamento, que lidava com os vários usos dos nossos poderes mentais, que não
conferem conhecimento factual e nem nos obrigam a agir: o julgamento estético (do Belo e
Sublime) e julgamento teleológico (Construção de Coisas Como Tendo "Fins"). Como Kant os
entendeu, o julgamento estético e teleológico conectam os nossos julgamentos morais e empíricos
um ao outro, unificando o seu sistema. [carece de fontes?]
Uma das obras, em particular, atinge hoje em dia grande destaque entre os estudiosos da filosofia
moral. "A Fundamentação da Metafísica dos Costumes" é considerada por muitos filósofos a mais
importante obra já escrita sobre a moral. É nesta obra que o filósofo delimita as funções da ação
moralmente fundamentada e apresenta conceitos como o Imperativo categórico e a Boa vontade.
[carece de fontes?]
Os trabalhos de Kant são a sustentação e ponto de início da moderna filosofia alemã; como diz
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, frutificou com força e riqueza só comparáveis à do socratismo na
história da filosofia grega. Johann Gottlieb Fichte, Hegel, Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling,
Arthur Schopenhauer, para indicar apenas os maiores, inscrevem-se na linhagem desse
pensamento que representa uma etapa decisiva na história da filosofia e está longe de ter esgotado
a sua fecundidade.[9]
Kant escreveu alguns ensaios medianamente populares sobre história, política e a aplicação da
filosofia à vida. Quando morreu, estava a trabalhar numa projetada "quarta crítica", por ter
chegado à conclusão de que seu sistema estava incompleto; este manuscrito foi então publicado
como Opus Postumum. Morreu em 12 de fevereiro de 1804 na mesma cidade em que nasceu e
permaneceu durante toda sua vida. Encontra-se sepultado no Cemitério do Caliningrado,
Caliningrado, Oblast de Kaliningrado na Rússia.[10]
Contexto
Em 1784, no seu ensaio "Uma resposta à questão: o que é o Iluminismo?", Kant visava vários
grupos que tinham levado o racionalismo longe demais: os metafísicos que pretendiam tudo
compreender acerca de Deus e da imortalidade; os cientistas que presumiam nos seus resultados a
mais profunda e exacta descrição da natureza; os cépticos que diziam que a crença em Deus, na
liberdade, e na imortalidade, eram irracionais.
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Em 1795, no livro Das Ende aller Dinge ("O fim de todas as coisas"), a perspectiva é já
completamente diferente. Kant toma agora em consideração a possibilidade de que, a par do fim
natural de todas as coisas, se verifique também um fim contrário à natureza, perverso:
Se acontecesse um dia chegar o cristianismo a não ser mais digno de amor, então
o pensamento dominante dos homens deveria tomar a forma de rejeição e de
oposição contra ele; e o anticristo [...] inauguraria o seu regime, mesmo que breve
(baseado presumivelmente sobre o medo e o egoísmo). Em seguida, porém, visto
que o cristianismo, embora destinado a ser a religião universal, de facto não teria
sido ajudado pelo destino a sê-lo, poderia verificar-se, sob o aspecto moral, o fim
(perverso) de todas as coisas.[12]
Face à violência inaudita da Revolução Francesa, e ao novo tipo de autoritarismo que se firmava
nas "Luzes" da razão, Kant vai também reflectir acerca dos seus conceitos políticos.[13]
Pensamento
Criticismo
As questões de partida do kantismo são o problema do conhecimento, e a ciência, tal como existe.
A ciência se arranja de juízos que podem ser analíticos e sintéticos. Nos primeiros (o quadrado tem
quatro lados e quatro ângulos internos), fundados no princípio de identidade, o predicado aponta
um atributo contido no sujeito. Tais juízos independem da experiência, são universais e
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Para os juízos sintéticos a priori são admissíveis na matemática porque essa ciência se
fundamenta no espaço e no tempo, formas a priori da sensibilidade, intuições puras e não
conceitos de coisas como objetos. O espaço é a priori, não deriva da experiência, mas é sua
condição de possibilidade. Podemos pensar o espaço sem coisas, mas não coisa sem espaço. O
espaço é o objeto de intuição e não conceito, pois não podemos ter intuição do objeto de um
conceito (pedra, carro, cavalo, etc.), gênero ou espécie. Ora, o espaço não é nem uma coisa nem
outra, e só há um espaço (o nada, referindo ao espaço).[carece de fontes?]
A geometria pura, quando aplicada, coincide totalmente com a experiência, porque o espaço é a
forma a priori da sensibilidade externa. O tempo é, também, a priori. Podemos concebê-lo sem
acontecimentos, internos ou externos, mas não podemos conceber os acontecimentos fora do
tempo. Objeto de intuição, não pode ser conceito. Forma vazia, intuição pura, torna possíveis por
exemplo os juízos sintéticos a priori na aritmética, cujas operações (soma, subtração, etc.),
ocorrendo sucessivamente, o pressupõem. O tempo é, pois, a forma a priori da sensibilidade
interna e externa.[carece de fontes?]
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Na "analítica transcendental", Kant analisa a possibilidade dos juízos sintéticos a priori na física.
Compreendemos que a natureza é regida por leis matemáticas que ordenam com rigor o
comportamento das coisas (o que permite ciências como engenharia, etc., serem possíveis o
determinismo com certa regularidade). Não há como saber das coisas com apenas percepções
sensíveis, impressões. Há um conhecimento a priori da natureza. A função principal dos juízos da
natureza. Ora, a função principal dos juízos é pôr, colocar a realidade e, em seguida, determiná-la.
As diversas formas do juízo deverão, portanto, conter as diversas formas da realidade.[carece de
fontes?]
Essa formas estão estudadas desde Aristóteles, que as classifica de acordo com a quantidade, a
qualidade, a relação e a modalidade. Na "Dedução transcendental" das categorias, Kant volta a
classificação aristotélica, dando-lhe novo sentido. Assim, à quantidade, correspondem a unidade, a
pluralidade e a totalidade; à qualidade, a essência, a negação e a limitação; à relação, a substância,
a causalidade e a ação recíproca; à modalidade, a possibilidade, a existência e a necessidade.
[carece de fontes?]
Tais categorias são as condições de possibilidade dos juízos sintéticos a priori em física. As
condições do conhecimento são, enfim, como se acabe de ver, as condições prévias da objetividade.
A ciência da natureza postula a existência de objetos, sua consistência e as relações de causa e
efeito. Se as categorias universais, particulares e contingentes, devem proceder de nós mesmos, de
nosso entendimento.[carece de fontes?]
Em tal descoberta consiste a "inversão copernicana", realizada por Kant. Não é o objeto que
determina o sujeito, mas o sujeito que determina o objeto. As categorias são conceitos, todavia,
puros, a priori, anteriores à experiência e que, por isso, a tornam possível. Em suma, o objeto só se
torna cognoscível na medida em que o sujeito que determina o objeto. Em suma, o objeto só se
torna cognoscível na medida em que o sujeito cognoscente o reveste das condições de
cognoscibilidade.[15]
A menoridade humana
Kant define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade. Segundo esse
pensador, o homem é responsável por sua saída da menoridade. Kant define essa menoridade
como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento autonomamente, ou
seja, sem a tutela de uma razão alheia.[carece de fontes?][16]
A permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar pensar. A covardia e a
preguiça são as causas que levam os homens a permanecerem na menoridade. Um outro motivo é
o comodismo. É bastante cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas
e objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. É mais fácil que alguém o
faça, do que fazer determinado esforço, pois já existem outros que podem fazer por mim. Os
homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas, são
incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas.[carece de fontes?]
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Em seu texto "Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?", Kant sintetiza seu otimismo
iluminista[17] em relação à possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar
enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Nele, descreve o processo de ilustração como
sendo "a saída do homem de sua menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano, como
uma criança que cresce e amadurece, se torna consciente da força e inteligência para fundamentar,
sob o conhecimento a priori, a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem.
Kant afirma que é difícil para o homem sozinho livrar-se dessa menoridade, pois ela se apossou
dele como uma segunda natureza. Aquele que tentar sozinho terá inúmeros impedimentos, pois
seus tutores sempre tentarão impedir que ele experimente tal liberdade. Para Kant, são poucos
aqueles que conseguem pelo exercício do próprio espírito libertar-se da menoridade.[carece de
fontes?]
Juízos
Juízo analítico
Juízo sintético
É formado quando o predicado é estranho ao conteúdo formal do sujeito e lhe é atribuído por uma
razão diferente da análise desse conteúdo. A frase ” todo ser é inteligível” é um juízo sintético, pois
a inteligibilidade é um fato especial da inteligência, que não é necessariamente exigida pela noção
de ser. O juízo sintético é àquele que vai enriquecer e avançar a ciência.
Juízo estético
O juízo estético é abordado no livro "Crítica da Faculdade do Juízo". De acordo com Kant para se
ter uma investigação crítica a respeito do belo, devemos estar orientados pelo poder de julgar. E a
indagação básica que move essa investigação crítica a respeito do belo é: existe algum valor
universal que conceitue o belo e que reivindique que outras pessoas, a partir da minha apreciação
de uma forma bela da natureza ou da arte, confirmem essa posição? Ou então somos obrigados a
admitir que todo objeto que julgamos como sendo belo é uma valoração subjetiva?
Como podemos desnudar o fenômeno que explica o nosso gosto? Se fizermos uma experiência com
vários indivíduos e o defrontarmos com um objeto de arte, observaremos que as impressões
causadas serão as mais diversas. Então chegaremos à conclusão de que a observação atenta e
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Detendo-nos na análise dos comentários favoráveis notaremos que, ratificando Kant, o belo não
está arraigado em nenhum conceito. Pois, dos vários indivíduos que vão apreciar a obra de
Leonardo da Vinci, encontraremos desde pessoas especializadas em arte até leigos, como eu ou
você, que vão empregar cada qual um conceito, de acordo com a percepção, após a contemplação
da Monalisa. Então isso comprova que não existe uma definição exata a cerca do belo, mas sim um
sentimento que é universal e necessário.
Em sua "Crítica da Faculdade do Juízo", Kant também discorre sobre o Juízo Reflexionante, no
tocante à observação da natureza. Kant reconhece que, nas ciências baseadas na observação
empírica, existem diversas leis, padrões e comportamentos regulares que não são determinados
analiticamente a partir das leis a priori do entendimento. Para garantir a necessidade dessas leis
empíricas, ele lança mão do juízo reflexionante, o qual, “comparável à indução científica, [...]
procede da diversidade particular das leis a um princípio unificador transcendental”.[18] Esse ideal
de organização sistemática nos encaminha a considerar a existência de um propósito maior, que
possibilite uma experiência unificada para o entendimento da natureza.[19] Tal raciocínio leva esse
filósofo a reconhecer a necessidade de uma ideia de finalidade que englobe toda a natureza
enquanto tal (e que, no caso tratado, seria também responsável pela harmonia observável no
mundo natural).[18]
Note-se que a referida ideia de finalidade atribuída ao mundo natural é apenas um princípio
regulador, sem meios de ser comprovada a priori por nosso aparato cognitivo, mas a qual
precisamos adotar para resolver nossas questões práticas de conhecimento.[20] Devemos estar
sempre conscientes de que se trata de uma pressuposição, mas não de imputação como tal. Em vez
de afirmar que existe realmente essa finalidade, afirmaríamos que tudo se passa como se a mesma
existisse.[18]
É nesses termos que se torna coerente a tese de que nunca poderia haver um “Newton dos Talos de
Grama”, pois a Física, definida com base em conceitos puros do entendimento a priori, estaria em
um grau de certeza superior aos conhecimentos que necessitam da suposição de um princípio
regulador teleológico (visto ser necessário supor que a grama tem como finalidade o seu próprio
crescimento).[20]
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O juízo teleológico terá uma importância primordial na obra kantiana, visto que somente a partir
dele será possível intermediar a causalidade natural com a finalidade moral. Enfim, o juízo
teleológico conseguirá transitar da ideia de uma harmonia interna ao sujeito transcendental (das
faculdades mentais subjetivas, que é a pressuposição para o juízo estético), para uma harmonia
que resida na própria natureza.[20] E para falar de uma finalidade em um objeto da natureza, é
preciso que esse objeto seja causa final de si mesmo, de maneira que o “nexo das partes seja tal que
cada parte pareça determinada pelo todo; e o todo, por seu turno, não seja possível senão pelas
partes”.[18] Os principais exemplos dos objetos em questão serão os seres orgânicos, os quais se
organizam a si mesmos e, no contexto mais amplo, formam uma harmonia maior: o ambiente
natural.
O juízo teleológico que, como vimos, está ancorado no juízo reflexionante, é imprescindível para o
estudo concernente aos fenômenos vitais. Embora não possamos aplicá-lo com o rigor de uma
causa eficiente, conforme se faz na física, o juízo em foco deve ser um fio condutor para o cientista
da natureza, para que ele compreenda os seres vivos e o ambiente natural.[20]
A paz perpétua
A paz perpétua trata que o direito cosmopolítico deve circunscrever-se às condições de uma
hospitalidade universal. Dessa forma, Kant traz no terceiro artigo definitivo de um tratado de paz
perpétua, o fato de que existe um direito cosmopolitano relacionado com os diferentes modos do
conflito dos indivíduos intervirem nas relações com outros indivíduos. A pessoa que está em seu
território, no seu domínio, pode repelir o visitante se este interfere em seu domínio.
No entanto, caso o visitante mantenha-se pacífico, não seria possível hostilizá-lo. Também, não se
trata de um direito que obrigatoriamente o visitante poderia exigir daquele que o tem assim, mas
sim, de um direito que persiste em todos os homens, o do direito de apresentar-se na sociedade.
Veja que o ato de hostilidade está presente no ato do direito de hospitalidade. Mesmo que o espaço
seja limitado, os indivíduos devem se comportar pacificamente com o intuito de se alcançar a paz
de convívio mútuo. O relacionamento entre as pessoas está na construção dos direitos de cada um,
sendo indispensável para a compreensão do direito cosmopolítico de modo a garantir as condições
necessárias para termos uma hospitalidade universal.
Por fim, a não violação do direito cosmopolitano e o direito público da humanidade criará
condições para o favorecimento da paz perpétua, proporcionando a esperança de uma possível
aproximação do estado pacífico.
Crítica
Só a crítica pode cortar pela Kant,
raiz o materialismo, o Crítica da
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Apesar de ter adaptado a ideia de uma filosofia fatalismo, o ateísmo, a razão pura,
incredulidade dos espíritos B
crítica, cujo objectivo primário era "criticar" as
fortes, o fanatismo e a XXXIV.[21]
limitações das nossas capacidades intelectuais, Kant superstição, que se podem
foi um dos grandes construtores de sistemas, levando tornar nocivos a todos e, por
a cabo a ideia de crítica nos seus estudos da último, também o idealismo e
o cepticismo, que são
metafísica, ética e estética. sobretudo perigosos para as
escolas e dificilmente se
Uma citação famosa - "o céu estrelado sobre mim e a propagam no público.
lei moral dentro de mim" - é um resumo dos seus
esforços: ele pretendia explicar, numa teoria sistemática, aquelas duas áreas. Isaac Newton tinha
desenvolvido a teoria da física sob a qual Kant queria edificar a filosofia. Esta teoria envolvia a
assunção de forças naturais de que os homens não se apercebem, mas que são usadas para explicar
o movimento de corpos físicos.
O seu interesse na ciência também o levou a propor em 1755 que o sistema solar fora criado a
partir de uma nuvem de gás na qual os objectos se condensaram devido à gravidade. Esta Hipótese
Nebular é amplamente reconhecida como a primeira teoria moderna da formação do sistema solar
e é precursora das actuais teorias da formação estelar.
Assim, como são possíveis juízos sintéticos a priori? São possíveis porque há uma faculdade da
razão - o entendimento - que nos fornece categorias a priori - como causa e efeito - que nos
permitem emitir juízos sobre o mundo.
Contudo, diz Kant, as categorias são próprias do conhecimento da experiência. Elas não podem ser
empregadas fora do campo da experiência. Daí porque, na filosofia crítica de Kant, não nos é
possível conhecer "a coisa em si", ou aquilo que não está no campo fenomenológico da experiência.
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Na perspectiva de Kant, há, por isso, o conhecimento a priori de algumas coisas, uma vez que a
mente tem que ter estas categorias, de forma a poder compreender a massa sussurrante de
experiência crua, não-interpretada que se apresenta às nossas consciências. Em segundo lugar, ela
remove o mundo real (a que Kant chamou o mundo numenal ou númeno) da arena da percepção
humana.
“ Até aqui, foi assumido que todo o nosso conhecimento deve conformar-se aos
objectos. Mas todas as nossas tentativas de estender o nosso conhecimento de
objectos pelo estabelecer de qualquer coisa a priori a seu respeito, por meios de
conceitos, acabaram, nesta suposição, por falhar. Temos pois, por tentativas, que
ver se temos ou não mais sucesso nas tarefas da metafísica, se supusermos que
os objectos devem corresponder ao nosso conhecimento. ”
Tal como Nicolau Copérnico revolucionou a astronomia ao mudar o ponto de vista, a filosofia
crítica de Kant pergunta quais as condições a priori para que o nosso conhecimento do mundo se
possa concretizar.
Para Berkeley, uma coisa é um objecto apenas se puder ser percepcionada. Para Kant, a percepção
não é o critério da existência dos objectos. Antes, as condições de sensibilidade - espaço e tempo -
oferecem as "condições epistémicas", para usar a frase de Henry Allison, requeridas para que
conheçamos objectos no mundo dos fenómenos. Kant tinha querido discutir os sistemas
metafísicos mas descobriu "o escândalo da filosofia": não se pode definir os termos correctos para
um sistema metafísico até que se defina o campo, e não se pode definir o campo até que se tenha
definido o limite do campo da física - física, no sentido de discussão do mundo perceptível.
Kant afirma, em síntese, que não somos capazes de conhecer inteiramente os objetos reais visto
que o nosso conhecimento sobre os objetos reais é apenas fruto do que somos capazes de pensar
sobre eles.
Filosofia moral
Immanuel Kant desenvolveu a filosofia moral em três obras: "Fundamentação da Metafísica dos
Costumes" (1785), 'Crítica da Razão Prática" (1788) e "Crítica do Julgamento" (1790).
Nesta área, Kant é provavelmente mais bem conhecido pela teoria sobre uma obrigação moral
única e geral, que explica todas as outras obrigações morais que temos: o imperativo categórico.
“ Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma
legislação universal. ”
O imperativo categórico, em termos gerais, é uma obrigação incondicional, ou uma obrigação que
temos independentemente da nossa vontade ou desejos (em contraste com o imperativo
hipotético).
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§ A primeira formulação (a fórmula da lei universal) diz: "Age somente em concordância com
aquela máxima através da qual tu possas ao mesmo tempo querer que ela venha a se tornar
uma lei universal";
§ A segunda fórmula (a fórmula da humanidade) diz: "Age por forma a que uses a
humanidade, quer na tua pessoa como de qualquer outra, sempre ao mesmo tempo como
fim, nunca meramente como meio";
§ A terceira fórmula (a fórmula da autonomia) é uma síntese das duas prévias. Diz que
deveremos agir por forma a que possamos pensar de nós próprios como leis universais
legislativas através das nossas máximas. Podemos pensar em nós como tais legisladores
autônomos apenas se seguirmos as nossas próprias leis.
"O Imperativo Categórico, segundo Kant, pode ser entendido como um princípio que exige a
possibilidade de universalizar as maneiras de agir e também as máximas ou, antes, os interesses
que elas levam em conta (e que, por conseguinte, tomam corpo nas normas da ação). Kant, por
isso, quer eliminar como inválidas todas as normas que 'contradizem' essa exigência do Imperativo
Categórico" (HABERMAS, Jürgen. Livro: Consciência moral e agir comunicativo. Edição de 1989.
Editora: Tempo Brasileiro. Capítulo III, p. 84).
A geografia em Kant
Além de seu trabalho filosófico, Kant também foi professor de física, antropologia, geografia,
lógica, metafísica e outras disciplinas. A contribuição de Kant à geografia deu-se tanto por seu
trabalho como professor geógrafo, quanto também por suas reflexões sobre o papel da geografia
no estudo dos fenômenos naturais, dentro de seu sistema filosófico sobre o conhecimento
humano.
O curso de Geografia Física, ministrado por Kant, era ofertado no período inicial dos cursos
universitários e tinha como proposta apresentar aos alunos um “sumário da natureza”, ou seja, um
quadro geral do saber humano mostrando ser possível conhecer o mundo de uma maneira
integrada e sistemática. Esse quadro geral, além de propiciar ao aluno uma base de conhecimentos
empíricos, necessários para os raciocínios e pesquisas científicos posteriores de seu curso, também
consistiria em um primeiro contato com o que seria uma propedêutica do conhecimento científico
do mundo.[22]
Kant nunca publicou um livro específico sobre o seu curso de geografia. Porém, ao fim de sua vida,
permitiu que um antigo aluno publicasse uma obra contendo as notas de sua disciplina. Essa
publicação autorizada condensa muito do conhecimento geográfico existente na época de Kant e
torna-se um dos livros referenciais na história do pensamento geográfico.[23]
Kant identificava a geografia em cinco partes, a saber: Geografia Matemática (forma, dimensão, e
movimento da Terra), Geografia Moral (os costumes e o caráter do homem em relação ao meio
ambiente), Política, Mercantil (comercial), e Teológica (a distribuição das religiões).[24]
Em sua obra filosófica, cumpre destacar duas grandes contribuições à geografia: a classificação da
geografia como ciência dentro do esquema do conhecimento humano e as obras kantianas que
tratam sobre o tema da observação e do estudo dos fenômenos naturais.[25]
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Kant nos apresenta duas definições da geografia. Na primeira, nos define a geografia como a
ciência da diferenciação da crosta terrestre. Na segunda, seria a ciência responsável pela descrição
das coisas em termos de espaço.[24] Essa segunda definição será de grande relevância para
classificação científica da geografia dentro do sistema kantiano, devido à importância da intuição
de espaço na teoria do conhecimento de sua obra “Crítica da Razão Pura”. Enquanto a história
seria a responsável pela descrição temporal dos fenômenos, cabe à geografia a descrição dos dados
em sua organização espacial.[26] Essa organização confere um status de especificidade ao método
geográfico (descrição espacial), que lhe assegura um lugar no rol das ciências.
Kant também classificou as ciências quanto ao seu objeto, dividindo-as em ciências específicas (de
um só objeto) e ciências de síntese, sendo que estas últimas seriam responsáveis por aglutinar e
integrar os conhecimentos das demais ciências. À geografia cabe o título de ciência de síntese dos
fenômenos naturais,[22] enquanto à antropologia cabe o de síntese dos conhecimentos sobre a
estrutura humana. Nesse tocante, cabe ressaltar que os fenômenos naturais, objeto da geografia,
abarcavam todos os fenômenos perceptíveis, inclusive a observação da sociedade humana sobre o
espaço.[27]
Influência e legado
A influência de Kant no pensamento ocidental foi profunda.[b] Embora os princípios básicos do
idealismo transcendental de Kant (ou seja, que o espaço e o tempo são formas a priori da
percepção humana em vez de propriedades reais e a afirmação de que a lógica formal e a lógica
transcendental coincidem) tenham sido considerados falsificados pela ciência moderna e
lógica,[28][29][30] e não mais definir a agenda intelectual dos filósofos contemporâneos, Kant é
creditado por ter inovado a maneira como a investigação filosófica foi realizada pelo menos até o
início do século XIX.
Obras
Salvo indicação em contrário, todas as citações são de The Cambridge Edition of the Works of
Immanuel Kant in English Translation, 16 vols., ed. Guyer, Paul, and Wood, Allen W. Cambridge:
Cambridge University Press, 1992. As citações no artigo são de obras individuais por abreviaturas
na Lista de obras principais abaixo.
Lectures on Logic. Ed. e trad. J. Michael Young. Cambridge: Cambridge University Press,
1992.
Opus postumum. Ed. Eckart Förster, trad. Eckart Förster e Michael Rosen. Cambridge:
Cambridge University Press, 1993
Practical Philosophy. Ed. e trad. Mary J. Gregor. Cambridge: Cambridge University Press,
1996.
Religion and Rational Theology. Ed. e trad. Allen W. Wood e George di Giovanni. Cambridge:
Cambridge University Press, 1996
Lectures on Metaphysics. Ed. e trad. Karl Ameriks e Steve Naragon. Cambridge: Cambridge
University Press, 1997.
Lectures on Ethics. Ed. Peter Heath e J.B. Schneewind, trad. Peter Heath. Cambridge:
Cambridge University Press, 1997.
Critique of Pure Reason. Ed. e trad. Paul Guyer e Allen W. Wood. Cambridge: Cambridge
University Press, 1998.
Correspondence. Ed. e trad. Arnulf Zweig. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
Critique of the Power of Judgment. Ed. Paul Guyer, trad. Paul Guyer e Eric Matthews.
Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
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Theoretical Philosophy after 1781. Ed. Henry Allison e Peter Heath, trad. Gary Hatfield,
Michael Friedman, Henry Allison, e Peter Heath. Cambridge: Cambridge University Press,
2002.
Notes and Fragments. Ed. Paul Guyer, trad. Curtis Bowman, Paul Guyer, e Frederick
Rauscher. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
Anthropology, History, and Education, Ed. Günter Zöller e Robert B. Louden (Cambridge:
Cambridge University Press, 2007).
Lectures on Anthropology, Ed. Allen W. Wood e Robert B. Louden (Cambridge: Cambridge
University Press, 2012).
Natural Science, Ed. por Eric Watkins (Cambridge: Cambridge University Press, 2012).
As abreviações usadas no corpo do artigo estão em negrito entre colchetes. Salvo indicação em
contrário, a paginação é para a edição crítica da Akademie, que pode ser encontrada nas margens
das traduções de Cambridge.
1749: Reflexões Sobre a Verdadeira Estimativa das Forças Vivas (Gedanken von der wahren
Schätzung der lebendigen Kräfte)
1755: História Natural Universal e Teoria dos Céus [HNU] (Allgemeine Naturgeschichte und
Theorie des Himmels)
1755: Breve Sumário de Certas Meditações Sobre o Fogo (Meditationum quarundam de igne
succinta delineatio (tese de mestrado sob orientação de Johann Gottfried Teske))[31][32][33][34]
1755: Uma Nova Elucidação dos Primeiros Princípios da Cognição Metafísica (Principiorum
primorum cognitionis metaphysicae nova dilucidatio (tese de doutorado))[35][c]
1756: O Uso na Filosofia Natural da Metafísica Combinada com a Geometria, Parte I:
Monadologia Física [MF] (Metaphysicae cum geometrica iunctae usus in philosophia naturali,
cuius specimen I. continet monadologiam physicam, abreviado como Monadologia Physica
(tese pré-requisito para professor associado))[36]
1762: A Falsa Sutileza das Quatro Figuras Silogísticas (Die falsche Spitzfindigkeit der vier
syllogistischen Figuren)
1763: O Único Argumento Possível em Apoio a uma Demonstração da Existência de Deus
(Der einzig mögliche Beweisgrund zu einer Demonstration des Daseins Gottes)
1763: Tentativa de Introduzir o Conceito de Magnitudes Negativas na Filosofia [NQ] (Versuch
den Begriff der negativen Größen in die Weltweisheit einzuführen)
1764: Observações Sobre o Sentimento do Belo e do Sublime [OSBS] (Beobachtungen über
das Gefühl des Schönen und Erhabenen)
1764: Ensaio Sobre a Doença da Cabeça (Über die Krankheit des Kopfes)
1764: Inquérito sobre a Distinção dos Princípios da Teologia Natural e da Moralidade (o
Ensaio do Prêmio) [PTNM] (Untersuchungen über die Deutlichkeit der Grundsätze der
natürlichen Theologie und der Moral)
1766: Sonhos de um Espírito-Vidente [SEV] (Träume eines Geistersehers)[37]
1768: Sobre o Fundamento Final da Diferenciação das Regiões no Espaço [1768] (Von dem
ersten Grunde des Unterschiedes der Gegenden im Raume)[38]
1770: Dissertação sobre a Forma e os Princípios do Sensível e do Mundo Inteligível [ID] (De
mundi sensibilis atque intelligibilis forma et principiis [tese de doutorado])[39][40][41]
1775: Sobre as Diferentes Raças do Homem (Über die verschiedenen Rassen der Menschen)
1781: Primeira edição da Crítica da Razão Pura [CPuR A][42] (Kritik der reinen Vernunft)[43]
1783: Prolegômenos Para Qualquer Futura Metafísica [PFM] (Prolegomena zu einer jeden
künftigen Metaphysik)
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1784: "Uma Resposta à Pergunta: O Que é Iluminismo?" [WE?] ("Beantwortung der Frage:
Was ist Aufklärung?")[44]
1784: "Ideia para uma História Universal com um Propósito Cosmopolita" [UH] ("Idee zu einer
allgemeinen Geschichte in weltbürgerlicher Absicht")
1785: Fundamento da Metafísica dos Costumes [G] (Grundlegung zur Metaphysik der Sitten)
1786: Fundamentos Metafísicos da Ciência Natural [FMCN] (Metaphysische Anfangsgründe
der Naturwissenschaft)
1786: "O que significa orientar-se no pensamento?" [OT]("Was heißt: sich im Denken
orientieren?")
1786: Início Conjectural da História Humana [CB] (Mutmaßlicher Anfang der
Menschengeschichte)
1787: Segunda edição da Crítica da Razão Pura [CPuR B][45] (Kritik der reinen Vernunft)[46]
1788: Crítica da Razão Prática [CPracR] (Kritik der praktischen Vernunft)[47]
1790: Crítica do Julgamento [CPJ] (Kritik der Urteilskraft)[48]
1793: Religião Dentro dos Limites da Razão Nua [RBMR] (Die Religion innerhalb der Grenzen
der bloßen Vernunft)[49][50]
1793: Sobre o Velho Ditado: Isso Pode Estar Certo na Teoria, Mas Não Funcionará na Prática
[TP] (Über den Gemeinspruch: Das mag in der Theorie richtig sein, taugt aber nicht für die
Praxis)
1795: A Paz Perpétua: Um Projeto Filosófico[51] [PP] ("Zum ewigen Frieden")[52]
1797: Metafísica dos Costumes [MM] (Metaphysik der Sitten). A primeira parte é A Doutrina do
Direito, que muitas vezes tem sido publicada separadamente como A Ciência do Direito.
1798: Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático [APPV] (Anthropologie in pragmatischer
Hinsicht)
1798: Conflito de Faculdades [CF][53] (Der Streit der Fakultäten)[54]
1800: Lógica (Logik)
1803: Sobre a Pedagogia (Über Pädagogik)[55]
1804: Opus Postumum [OP]
1817: Palestras sobre Teologia Filosófica (Immanuel Kants Vorlesungen über die
philosophische Religionslehre edited by K.H.L. Pölitz) [A edição inglesa de A.W. Wood & G.M.
Clark (Cornell, 1978) baseia-se na segunda edição de Pölitz, 1830, dessas palestras.][d]
Uma versão eletrônica também está disponível: Elektronische Edition der Gesammelten Werke
Immanuel Kants (https://web.archive.org/web/20190619210921/https://korpora.zim.uni-duisbu
rg-essen.de/Kant/) (vols. 1–23).
Notas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant 15/20
06/08/23, 11:44 Immanuel Kant – Wikipédia, a enciclopédia livre
a. "Até agora foi assumido que todo o nosso conhecimento deve se conformar aos objetos; mas
todas as tentativas de descobrir algo sobre eles a priori por meio de conceitos que
estenderiam nosso conhecimento, com base nessa pressuposição, não deram em nada.
Portanto, vamos tentar uma vez se não avançamos nos problemas da metafísica, assumindo
que os objetos devem se conformar à nossa cognição, o que concordaria melhor com a
possibilidade solicitada de uma cognição a priori deles, que é estabelecer algo sobre os
objetos antes que eles nos sejam dados. Isso seria exatamente como os primeiros
pensamentos de Copérnico, que, quando ele não fez um bom progresso na explicação dos
movimentos celestes se ele assumiu que toda a hoste celeste gira em torno do observador,
tentou ver se ele poderia não teria maior sucesso se fizesse o observador girar e deixasse as
estrelas em repouso. Agora, na metafísica, podemos tentar de maneira semelhante em
relação à intuição dos objetos. Se a intuição tem de se conformar à constituição dos objetos,
então não vejo como podemos conhecer algo deles a priori; mas se o objeto (como um objeto
dos sentidos) se conforma à constituição de nossa faculdade de intuição, então posso muito
bem representar essa possibilidade para mim mesmo."[5]
b. O Prof. Oliver A. Johnson afirma que, "com a possível exceção da República de Platão,
(Crítica da Razão Pura) é o livro filosófico mais importante já escrito." Artigo sobre Kant na
coleção "Grandes Pensadores do Mundo Ocidental", Ian P. McGreal, Ed., HarperCollins, 1992.
c. Disponível online no Bonner Kant-Korpus (https://korpora.zim.uni-duisburg-essen.de/kant/aa0
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d. As noted by Allen W. Wood in his Introduction, p. 12. Wood further speculates that the lectures
themselves were delivered in the Winter of 1783–84.
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Ligações externas
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«Crítica da Razão Prática» (http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/razaopratica.pdf) (PDF)
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