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CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DE POLÍCIA

OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM


PÚBLICA

DIREÇÃO POLICIAL
PREVENTIVA DE VIATURAS I

JANEIRO – 2022
essdmaterialdidatico@policiamilitar.sp.gov.br

ATUALIZAÇÃO: 1º SGT PM PAULA VANESSA DOS SANTOS, DA ESSD

1º CICLO DE ENSINO
Sumário
AULA 1 e 2: Sinalização Viária; Vertical, Horizontal e Semafórica. ....................................... 4

AULA 3 e 4: Noções básicas de mecânica e elétrica de autos. Identificação de pequenas


panes e reparos que podem ser feitos pelo condutor; câmbio mecânico e adaptação ao
câmbio de transmissão automática ........................................................................................ 11

AULA 5 e 6: Finalidade e responsabilidade da manutenção de 1º e 2º escalão; Roteiro de


inspeção diária: Particularidades das viaturas de 2 e 4 rodas .................................................... 17

AULA 7 e 8: Prática de manutenção de 1º escalão em viaturas de 2 rodas. Prática de


manutenção de 1º escalão em viaturas de 4 rodas. Flex e Diesel ............................................. 20

AULA 9 e 10: Documentos de porte obrigatório das Viaturas PM e as normas relativas ao


uso de viatura Policial Militar, respeitados os conceitos de mobilidade e circulação; Motorista
de viatura: Documentos exigidos; Responsabilidade por infração de trânsito; Cadastramento
convencional e operacional das Viaturas PM ........................................................................... 23

AULA 11 e 12: Elementos de Engenharia de Tráfego ............................................................. 31

AULA 13 e 14: Conceito de mobilidade e circulação: Técnicas de Direção Preventiva:


Particularidades dos veículos 2 e 4 rodas .................................................................................. 32

AULA 15 e 16: Mobilidade e circulação: Condução no patrulhamento motorizado; Acidente


com Viaturas; Procedimentos e responsabilidades; Responsabilidade do condutor em relação
aos demais atores do processo de circulação. ........................................................................... 36

AULA 17 e 18: Mobilidade e circulação: Importância do EPI do Policial Militar que utiliza
veículos de 2 rodas; Noções básicas de técnicas de condução de veículos de 2 rodas; Correção
de vícios de aceleração, troca de marchas, frenagens, curvas e manobras; aspectos do
comportamento e de segurança na condução de veículos de emergência................................. 39

AULA 19 e 20: Mobilidade e circulação: Condições adversas como causas de acidentes e


tempo e distância de reação, frenagem e parada; cuidados especiais e atenção que devem ser
dispensados aos passageiros e aos outros atores do trânsito, na condução de veículos de
emergência ................................................................................................................................. 43

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AULA 21 e 22: Mobilidade e circulação: Cinto de segurança: Legislação e técnica de
utilização; respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito; Deslocamento de
viatura em patrulhamento .......................................................................................................... 49

AULA 23 e 24: Mobilidade e circulação: Atendimento às diferenças e especificidades dos


usuários (pessoas portadoras de necessidades especiais, faixas etárias, outras
condições): Fiscalização eletrônica ................................................................................... 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .................................................................................. 59

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Sinalização Viária; Vertical, Horizontal e Semafórica

TRÂNSITO

O Trânsito Brasileiro é regulamentado pela Lei 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e pelas
Resoluções complementares.
Além do CTB e das Resoluções, os Estados complementam a legislação por meio de Portarias e
Decretos.
Os órgãos de trânsito municipais também têm autonomia para normatizar detalhes do trânsito, que não
são os mesmos em todas as cidades, exigindo atenção por parte dos condutores.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), logo no seu Artigo 1º, § 1º diz:
"Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga."

SINALIZAÇÃO VIÁRIA: VERTICAL, HORIZONTAL E LUMINOSO.

É através da sinalização de trânsito que se orienta, adverte, informa, regula e controla a adequada
circulação de pedestres e veículos pelas vias terrestres. O Código de Trânsito determina que sempre que
se fizer necessário, serão colocadas nas vias sinais de trânsito.

O Artigo 87 do CTB classifica a sinalização de transito em:


I - Verticais;
II - Horizontais;
III - Dispositivos de sinalização Auxiliar;
IV - Luminosos;
V - Sonoros;
VI - Gestos do agente de trânsito e condutor.
Verticais (placas de sinalização), horizontais (faixa de pedestre, por exemplo), dispositivos de
sinalização auxiliar (cones, cavaletes), luminosos (semáforo), sonoros (silvos de apito, que variam de
acordo com a duração e a quantidade), gestos do condutor e do agente de trânsito (sinais realizados com
os braços).

SINALIZAÇÃO VERTICAL

AS PLACAS DE REGULAMENTAÇÃO: possuem formato circular (exceto as de pare e dê a


preferência), fundo branco e a borda vermelha. Tendo por finalidade Proibir, Permitir e Obrigar.

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PLACAS DE ADVERTÊNCIA: Têm na maioria das vezes, formato retangular, fundo amarelo e letras
ou símbolos na cor preta. Estas placas avisam o motorista de situações que ele encontrará logo adiante e
às quais deve se estar bem atento para evitar acidentes.

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PLACAS DE INDICAÇÃO: Possuem formatos e cores diversos, mas todas têm como função orientar
e dar localização ao motorista.

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL: A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária


composta de marcas, símbolos e legendas, apostos sobre o pavimento da pista de rolamento.
A sinalização horizontal tem a finalidade de fornecer informações que permitam aos usuários das vias
adotarem comportamentos adequados, de modo a aumentar a segurança e fluidez do trânsito, ordenar o
fluxo de tráfego, canalizar e orientar os usuários da via.

DISPOSITIVO DE SINALIZAÇÃO AUXILIAR


Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos
próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via.

São constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não de refletividade, com as funções
de:
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1. Incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de obstáculos à circulação;

2. Reduzir a velocidade praticada; oferecer proteção aos usuários; alertar os condutores quanto a
situações de perigo potencial ou que requeiram maior atenção.

LUMINOSOS: São os semáforos que tem por função controlar, ao mesmo tempo o fluxo de veículos e
pedestres, somente o fluxo de veículos e advertir os usuários de uma via a respeito de perigo ou
adversidade na via.

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DISPOSITIVOS SONOROS

Os sinais sonoros são os representados pelos silvos do apito do agente de trânsito, e somente podem ser
utilizados em conjunto com os seus gestos, existindo uma padronização de significados, para apenas três
modos de apitar: um silvo breve significa siga; dois silvos breves, pare; e um silvo longo determina que
se diminua a velocidade.

GESTOS DO CONDUTOR OU AGENTE DE TRÂNSITO

Os gestos do agente de trânsito são ordens que prevalecem sobre as regras de circulação e as normas
definidas por outros sinais de trânsito. Existe uma padronização para tais gestos, que, assim como os
sinais sonoros, podem significar a determinação de imobilização do veículo, diminuição da velocidade
ou a ordem de seguir.
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GESTOS DOS CONDUTORES. Movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente
pelos condutores, para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução
brusca de velocidade ou parada. Essa modalidade de sinalização não se aplica durante a noite.

GESTOS DOS AGENTES DE TRÂNSITO: Exemplo disso é o sinal de parada obrigatória de


todos os veículos, acima mostrado.

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Noções básicas de mecânica e elétrica de autos. Identificação
de pequenas panes e reparos que podem ser feitos pelo condutor; câmbio
mecânico e adaptação ao câmbio de transmissão automática

SISTEMAS DA MECÂNICA VEICULAR:

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO: peças que fazem o envio do ar e do combustível para o


funcionamento do motor (tanque, bomba e filtro de combustível, filtro de ar, carburador... ou injeção
eletrônica).

SISTEMA ELÉTRICO: peças que fazem o envio de energia elétrica para o funcionamento do motor e
do restante do veículo (bateria, bobina elétrica, chave de ignição, motor de arranque, distribuidor, vela
de ignição, alternador, caixa de fusíveis)
SISTEMA DE ARREFECIMENTO: peças que providenciam o resfriamento do motor e o mantém
em uma temperatura ideal (reservatório e bomba d'água com seus dutos, radiador, termostato,
ventilador... ou ventoinha).
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO: peças com a função de reduzir o atrito entre as peças do motor e
seus impactos (cárter, bomba e filtro de óleo, comando de válvulas e virabrequim).
SISTEMA DE ESCAPAMENTO: peças que eliminam os gases resultantes do trabalho de queima do
combustível no motor (válvula de escapamento, tubo coletor, catalisador, sensor de oxigênio... ou
SONDA LAMBDA, silencioso intermediário e traseiro, ponteira de escapamento).
SISTEMA DE TRANSMISSÃO: peças que transferem a força produzida no motor para as rodas do
veículo (pedal da embreagem, conjunto de embreagem formados por disco e platô, alavanca e caixa de
câmbio, eixo cardan, diferencial).
SISTEMA DE SUSPENSÃO: peças que absorvem os impactos do veículo com o solo e proporcionam
conforto para os ocupantes (mola helicoidal, amortecedores, terminais e braços da suspensão,
homossinética).
SISTEMA DE DIREÇÃO: peças que possibilitam a mudança de direção do veículo (volante barra e
caixa de direção, terminais, reservatório de fluido na direção hidráulica).
SISTEMA DE FREIOS: peças que fazem o veículo parar ou que o mantem parado (pedal ou alavanca
de freio, cabo, pinça, pastilhas, disco e cuba, reservatório de fluido... ou óleo, sapatas e lonas do freio
traseiro... ou à tambor).
SISTEMA DE RODAGEM: peças que formam a roda do veículo (pneu, rodas, parafusos de fixação).
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SISTEMA ESTRUTURAL: é a formação e a montagem do veículo (chassi e monobloco).

SISTEMA ELÉTRICO

Cerca de 1000 metros de fio unem os componentes elétricos num automóvel atual. Todos os fios da
instalação, à exceção das ligações à massa, à bateria e aos cabos de alta tensão da ignição, apresentam
cores diversas, que correspondem a um código de identificação. Na maioria dos automóveis, o código
está normalizado a fim de permitir reconhecer rapidamente os diferentes circuitos ao efetuar-se qualquer
reparação. A bateria atua como reservatório de energia que fornece ao sistema quando o motor está
parado; quando trabalha a um regime superior da marcha lenta, o alternador supre todas as
necessidades de energia do automóvel e carrega a bateria. Para manter o motor do automóvel em
funcionamento são apenas solicitados alguns elementos do sistema elétrico.
Os restantes fazem funcionar as luzes, limpadores de para brisas e outros acessórios. Alguns destes,
como a buzina, por exemplo, são considerados obrigatórios por lei, sendo muitos outros considerados
extras. Instalação dos diferentes circuitos. A corrente do sistema elétrico de um automóvel é fornecida
pela bateria quando o motor não está funcionando e pelo gerador, normalmente um dínamo que foi
substituído por um alternador, que fornece a corrente necessária para o número, sempre crescente, de
acessórios elétricos que os automóveis modernos incluem. Sempre que o motor estiver parado, toda a
corrente utilizada tem a voltagem (tensão) da bateria (normalmente 12 volts).

Com o alternador em
funcionamento, a corrente é
utilizada aproximadamente à tensão
de 14,8 volts, exceto a que é
fornecida às velas de ignição, que é
elevada para mais de 30 000 volts
por meio de sistema da ignição.

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PAINEL DE INSTRUMENTOS LUZES DO PAINEL
PAINEL DA TRAILBLAZER
O painel de
instrumentos do
veículo é um
dispositivo
importantíssimo que
mostra ao motorista
todas as informações
relevantes ao veículo.
Funciona como um
computador de bordo
informando a situação
de funcionamentos de
vários sistemas
veiculares, emitindo
alertas sobre panes
presentes,
manutenções
programadas, velocidade, quilometragem rodada, autonomia, temperatura, pressão do óleo.

Luzes VERMELHAS acendendo


no painel; “parada imediata”;

Luzes AMARELAS acendendo


no painel; você pode deslocar com
o veículo até uma oficina mais
próxima para realizar o reparo.

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1 – Luz indicadora do Farol de Neblina 15 – Luz indicadora de bateria fraca da chave
2 – Indica problemas no sistema de direção assistida 16 – Luz indicadora de alerta de distância
3 – Luz indicadora do Farol de Neblina Traseiro 17 – Pressione o pedal de embreagem
4 – Verificar nível da água de esguicho 18 – Pressione o pedal de freio
5 – Verificar a pastilha de Freio 19 – Aviso de bloqueio de direção
6 – Luz indicadora de controle de cruzeiro (cruise 20 – Luz indicadora de Farol Alto
control) 21 –Luz indicadora de Pressão do pneu baixa
7 – Luz indicadora de setas 22 – Luz de Informação de luz auxiliadora
8 – Luz do sensor de luz e de chuva 23 – Defeito na Luz exterior
9 – Luz indicadora de Modo de Inverno 24 – Avisos de luzes de freio
10 – Luz Indicadora de informações 25 – Aviso filtro de partículas diesel
11 – Luz indicadora de aviso pré-aquecimento de 26 – Aviso de engate
Diesel 27 – Aviso de suspensão a ar
12 – Luz de Aviso Geada 28 – Aviso de saída de faixa
13 – Luz de Aviso de ignição 29 – Aviso conversor catalítico
14 – Luz indicadora: A chave não está no veículo 30 – Aviso cinto de segurança

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31 – Luz indicadora de freio de estacionamento 48 – Aviso de temperatura
32 – Luz indicadora de Aviso bateria/alternador 49 – Aviso de airbag
33 – Assistente de estacionamento 50 –Aviso do filtro de combustível
34 – Serviço necessário 51 – Porta aberta
35 – Luz adaptável 52 – Capô aberto
36 – Controle de alcance dos faróis 53 – Baixo nível de combustível
37 – Aviso de spoiler traseiro 54 – Aviso de caixa de marcha
38 – Aviso teto conversível 55 – Limitador de velocidade
39 – Aviso airbag 56 – Amortecedores
40 – Aviso de freio de mão 57 – Pressão do óleo baixa
41 – Água no filtro de combustível 58 – Desembaçador dianteiro
42 – Airbag desativado 59 – Porta malas aberto
43 – Falha/problema 60 – Controle de estabilidade desligado
44 – Luz indicadora de farol 61 – Sensor de Chuva
45 – Filtro de ar sujo 62 – Injeção eletrônica
46 – Luz Indicadora de direção eletrônica 63 – Desembaçador traseiro
47 – Controle de descida 64 – Limpador de para-brisa automático

SISTEMA DE TRANSMISSÃO
O sistema de transmissão é responsável em transmitir a força do motor para as rodas do veículo. É composto
por uma caixa de mudanças de marchas; eixo diferencial; kit de embreagem; ponteiras homocinéticas; eixo
cardam; semieixo; cabo de embreagem; alavanca de marchas; trambulador de marchas; conversor de torque;
atuador de embreagem. Atualmente existem vários tipos de sistema de transmissão no mercado sendo que as
mais conhecidas são: transmissão mecânica, transmissão automática e transmissão automatizada.

TRANSMISSÃO MECÂNICA

A transmissão mecânica é um sistema que requer a ação do condutor para realizar as operações de engate e
mudanças de marchas. É caracterizado por possuir um kit e pedal de embreagem que deve ser acionado para
efetuar o engate e mudanças de marchas do veículo.
Em termos de custo de manutenção é considerado mais barato, porém, a cada 30 a 35 mil quilômetros deve
ser desmontado para realizar a troca do kit de embreagem. Alguns vícios devem ser evitados para prolongar
a vida útil dos componentes da transmissão como por exemplo:
1. Evitar arrancadas ou reduzidas bruscas de marchas;
2. Evitar descansar o pé encima do pedal de embreagem;
3. Evitar excesso de carga;
4. Evitar segurar o veículo em aclives fazendo uso da embreagem (queimar embreagem).
Figura - Transmissão mecânica

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TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
A transmissão automática tem por finalidade proporcionar conforto ao motorista, tornando a tarefa de
dirigir uma atividade agradável e segura. Neste tipo de transmissão a operação de engate de marchas é
realizada pela própria transmissão, cabendo ao motorista posicionar a alavanca de marchas na posição
desejada e guiar o veículo. Considerada como uma tecnologia de ponta, a transmissão automática é
composta por módulos eletrônicos interligados, que comandam um corpo de válvulas hidráulico por
intermédio de sensores e atuadores elétricos, que por sua vez, aplicam as marchas conforme o regime de
trabalho em que o veículo é submetido.

Figura – Transmissão automática


O sistema de transmissão automática possui de três até 10 (dez) marchas à frente, e uma marcha à ré,
que permitem ao motorista acelerar o veículo rapidamente, mover cargas pesadas, obter altas velocidades
ou mesmo movimentá-lo para trás.
A transmissão automática também permite que o veículo pare enquanto o motor permanece funcionando,
sem que haja a necessidade de um pedal de embreagem. O conversor de torque, que é acoplado por
fluido, provê essa função por atuar como um dispositivo de acionamento.
Segurança/conveniência.
O veículo equipado com transmissão automática oferece várias vantagens em relação ao automóvel com
transmissão mecânica, além de possibilitar maior conforto e segurança aos usuários. Veja alguns dos
benefícios:
Eliminação do pedal da embreagem, o que permite uma operação mais suave do veículo; Saídas e paradas
mais fáceis, mesmo em ladeiras. A melhor relação de marcha para as mais diversas condições como
ultrapassagens ou curvas, é selecionada automaticamente a posição P (Park ou parada) trava o eixo
motriz para evitar que o veículo se movimente para frente ou para trás, quando estacionado;
A conveniência de não precisar trocar a marcha possibilita ao motorista manter ambas as mãos no volante
em todas as circunstâncias;
Facilita a direção do veículo aos iniciantes ou aos condutores que possuem alguma restrição física.

TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA COM ENGRENAGENS E CVT

ENGRENAGEM: Notavelmente mais complexo, o automático não trabalha com o mesmo tipo de
engrenagem que os manuais ou robotizados. Sua estrutura é composta por um conjunto de discos (as
marchas), uma engrenagem planetária e um conversor de torque hidráulico (que funciona como uma
embreagem).

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O conversor de torque é uma caixa que abriga uma bomba de óleo e uma turbina.
Ele é acoplado ao volante do motor e, de acordo com as rotações do bloco, faz com que o óleo
movimente as pás da turbina para atuar nos discos que, por sua vez, estão conectados à engrenagem
planetária para completar a transmissão da força ao eixo (ou eixos, dependendo da tração).

CVT (Transmissão continuamente variável) em inglês: (continuously variable transmission,) funciona


com um sistema de duas polias de tamanhos diferentes interligadas por uma correia metálica de alta
resistência. Nos carros, além da aceleração contínua, sem trancos, o que dá a impressão de que o carro
nunca troca de marchas, o sistema CVT, proporciona economia de combustível em relação a todos os
outros sistemas anteriores. Sejam sistemas automáticos ou manuais
CVT
ENGRENAGEM

Finalidade e responsabilidade da manutenção de 1º e 2º


escalão; Roteiro de inspeção diária: Particularidades das viaturas de 2 e 4
rodas

MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO

PREVISÃO:

A manutenção das viaturas policiais está prevista nas Instruções para Transporte Motorizado na Polícia
Militar do Estado de São Paulo (I-15-PM). Como sabemos, a manutenção dos veículos da Policia Militar
divide-se em cinco escalões os quais serão executados por condutores, pessoal de manutenção das OPM
e por terceiros, merecendo a nossa especial atenção as manutenções de 1º e 2º Escalão.

RESPONSABILIDADE:

É do comandante da subunidade ou equivalente nos veículos dos quais é detentor;


Exerce sua atribuição por intermédio de inspeções sistemáticas ou periódicas para verificar se a
manutenção do escalão está sendo convenientemente executada.

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EXECUÇÃO:

Condutores auxiliados pela guarnição, sendo realizada diariamente antes, durante e após a utilização do
veículo, com as ferramentas e equipamentos do mesmo.

A MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO ESCALÃO COMPREENDE:

1. Limpeza do veículo;
2. Reabastecimento;
3. Verificação do nível de combustível para partida a frio e, se necessário o recompletamento;
4. Verificação do nível dos óleos lubrificantes e, se necessário o recompletamento;
5. Verificação do nível de óleo do freio e, se necessário o recompletamento;
6. Verificação do nível da solução de bateria e, se necessário o recompletamento;
7. Controle da lubrificação;
8. Verificação dos pneus e calibragem;
9. Verificação e reaperto nos parafusos da carroceria, suspensão e rodas;
10. Verificação do nível do líquido de arrefecimento no radiador e recompletamento;
11. Verificação e regulagem na tensão das correias; do ventilador; alternador; etc...;
12. Verificar as espessura das pastilhas de freio e seu funcionamento.
13. Execução de pequenos reparos.

LIMPEZA DO VEÍCULO:

Compreende a limpeza externa, atentando para o aspecto geral da viatura, bem como, a limpeza interna
atentando para a limpeza do compartimento do guarda preso, motor, porta-malas e região dianteira do
veículo.

CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA:

Recomenda-se não lavar o motor e, quando necessário ou em ocasiões de reparos, efetuar a limpeza com
ar ou um pano umedecido, evitando molhar os plugues e componentes eletrônicos;
Desaconselhamos a pulverização de qualquer derivado de petróleo após a limpeza do motor, pois tal
procedimento poderá danificar mangueiras, cabos de ignição e outros componentes elétricos e
eletrônicos do motor.
O Policial Militar ao assumir a viatura deverá verificar as condições básicas de seu funcionamento e
componentes de segurança.
Além dos itens de preservação do motor (fluídos e peças) deverá certificar-se de que os itens de
identificação e sinalização de emergência estão em ordem. Deverá atentar também para as anormalidades
ocorridas durante o quarto de serviço.
Itens como limpeza e conservação interna e externa, verificação do nível dos fluídos (água, óleos, etc),
estado dos freios de estacionamento e de serviço, condições da bateria, calibragem e estado dos pneus,
verificação de correias e tensores, entre outros.

VERIFICAÇÃO DOS PNEUS E CALIBRAGEM:


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Verificar o estado de conservação dos pneus, atentando para desgaste irregular, danos no ombro, na
parede lateral ou no talão dos pneus, verificar se não há deformação, bolhas e até pequenos caroços
causados por impactos fortes em objetos pequenos e muito resistentes. Verificar a pressão dos pneus,
incluindo o estepe, encontrar qual a pressão ideal para o dia-a-dia, não excedendo a pressão máxima
para cada tipo e formato de pneu.

VERIFICAÇÃO E EXECUÇÃO DE PEQUENOS REPAROS:

Compreende-se por pequenos reparos, aqueles efetuados pelo motorista da viatura, usando as
ferramentas pertencentes ao veículo e em curto espaço de tempo como, por exemplo:
1. Aperto dos parafusos da roda Colocação de calotas;
2. Aperto de parafusos em geral, suporte de rádio, da sirene, do tablete, do armamento sobressalente, do
painel de instrumentos, porta-luvas, carroçaria;
3. Colocação de tapetes.

INSPEÇÃO:

1. Conservação interna e externa (limpeza e higienização);


2. Grafismo e pintura (correção e regularidade);
3. Conservação do motor (existência de vazamentos ou anomalias);
4. Equipamentos obrigatórios (existência e condições de funcionamento);
5. Equipamento de comunicação audiovisual de emergência (high-light e sirene);
6. Sistema de Iluminação do veículo (faróis, setas e demais luzes);
7. Equipamento de telecomunicações (rádio e Tablet);
8. Luzes no painel de instrumentos (inspeção automática das condições do veículo).

MANUTENÇÃO DE 2º ESCALÃO

RESPONSABILIDADES:

Do dirigente do Órgão Detentor. Supervisionar e inspecionar a execução dos planos e atividades de


manutenção;
Do Oficial Regimental de Manutenção de Veículos. Supervisionar reparos e substituições de peças dos
veículos;
Do auxiliar de manutenção. Assessorar o Oficial Regimental de Manutenção de Veículos na fiscalização
e inspeção dos serviços executados.

EXECUÇÃO:
Pelos mecânicos das OPM com ferramental apropriado.

A MANUTENÇÃO DE SEGUNDO ESCALÃO COMPREENDE:


1. Troca de óleo do veículo;
2. Troca, limpeza e instalação de velas;
3. Cobertura com fita isolante dos cabos elétricos avariados;

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4. Substituição da correia do ventilador;
5. Substituição da correia do ventilador;
6. Substituição das pastilhas de freio;
7. Substituição do obturador da válvula da câmara de ar;
8. Drenagem e limpeza dos resíduos acumulados no filtro ou na bomba de combustível;
9. Realização de rodízio dos pneumáticos;
10. Lubrificação dos veículos de acordo com especificações próprias de cada um;
11. Fiscalização do estado dos pneus dos veículos e requisição das substituições necessárias; e
12. Reparação de câmaras e pneus.

Prática de manutenção de 1º escalão em viaturas de 2 rodas.


Prática de manutenção de 1º escalão em viaturas de 4 rodas. Flex e Diesel

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MOTOCICLETA


Ao receber a motocicleta, o policial militar deverá conduzi-la a um local reservado à manutenção de 1º
escalão, existente na OPM e realizar:
1. A verificação do nível do óleo lubrificante, que deverá estar entre as duas marcações presentes na
vareta de medição (mínimo e máximo);
2. A verificação do nível do fluído de freio;
3. A verificação do nível da solução de bateria;
4. A verificação do sistema de freio: condições dos discos de freio e inspeção visual das pastilhas;
5. A verificação dos pneus, por meio da marcação TWI no pneu, observando se há necessidade de trocá-
lo(s);
6. A calibragem dos pneus de acordo com a indicação dos manuais de cada motocicleta;
7. A verificação e os apertos necessários dos parafusos da carroceria, suspensão e rodas;
8. Lubrificação da corrente;
9. A verificação do funcionamento das setas, do farol (alto e baixo) e da luz de freio;
10. A verificação do funcionamento dos sinais luminosos e sonoros;
11. Pequenos reparos, se necessários.

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA MOTOCICLETA

Conjunto de transmissão, ou “relação” é um dos principais itens da motocicleta, pois ao colocarmos um


conjunto de boa qualidade a duração também será maior, se colocarmos um conjunto alternativo
consequentemente durará menos, ou seja, o “famoso” custo/benefício.
Um dos itens mais importantes a se verificar é a relação da dimensão entre a coroa e o pinhão.
Outro fator importante a ser observado é a troca do conjunto “original” por outro de relação diferente.
Portanto, qualidade e originalidade do sistema vão garantir que consigamos rodar muito mais
quilômetros.
Sem dúvida alguma, um dos itens mais importantes na conservação do conjunto de transmissão é a
condução, onde levamos em conta o uso da motocicleta para trabalho ou lazer e pilotamos de maneira
correta e segura. Se, sempre fazermos nossas arrancadas de maneira esportiva, é obvio que de nada
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adiantará todas as demais orientações. Os demais componentes como embreagem, freios ou pneus, terão
sua vida útil reduzida.

O QUE É UM MOTOR A DIESEL?

Capaz de transformar energia térmica em energia mecânica, o motor a diesel obtém energia a partir da
queima do óleo diesel, o que acontece dentro de cada cilindro do motor.
Enquanto em motores a gasolina e álcool a combustão ocorre por meio de uma faísca produzida pela
vela de ignição, no motor a diesel a queima do combustível ocorre a partir do calor liberado quando o ar
é altamente comprimido na câmara de combustão, o que inflama o diesel em vez de usar uma vela de
ignição.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR A DIESEL.

Nesse tipo de motor, o combustível é inflamado e, ao se expandir, movimenta o pistão do motor, gerando
a energia mecânica. Esse processo acontece em quatro tempos (ou fases):
1. Indução: o ar é sugado para dentro do cilindro através da válvula de entrada;
2. Compressão: o pistão sobe e comprime o ar no interior do cilindro;
3. Ignição: o óleo diesel é injetado no ar comprimido a uma temperatura altíssima, o que faz com que
ele entre em combustão espontânea e force o movimento do pistão para baixo;
4. Exaustão: os gases que se formam durante a ignição são expelidos do interior do cilindro por meio
do movimento ascendente do pistão.
Ao contrário da gasolina, o óleo diesel tem uma capacidade menor de vaporização e não vai para a
câmara de combustão como uma mistura de combustível e ar, mas sim, sob uma alta pressão através de
um injetor.

Ao fim das quatro fases que apresentamos acima, o acelerador será responsável por regular a quantidade
de combustível fornecida pela bomba e, assim, ajustar a potência que o motor vai gerar.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO MOTOR A DIESEL.

Um dos grandes diferenciais desse tipo de motor é que ele permite adaptações para funcionar com
diversos tipos de combustíveis, como óleos vegetais, gás natural e até mesmo gasolina de alta octanagem.
No entanto, o combustível mais indicado é o óleo diesel destilado do óleo mineral cru.

Os veículos que funcionam a partir do motor a diesel também são caracterizados por um curso de pistão
mais longo, além de ter mais torque. Dessa forma, o motor é capaz de sair da inércia com uma força
maior e movimentar um automóvel pesado mais facilmente, o que não ocorre em motores a gasolina, já
que esse combustível é menos volátil.

Com isso, podemos dizer que, embora demore mais para fazer o veículo ganhar velocidade, o motor
compensa fornecendo a força inicial necessária que ele precisa para se movimentar.

O alto rendimento do motor, que contribui para a redução nos custos do combustível, a maior duração
do equipamento, a segurança e os custos menores com manutenção fazem desse motor o preferido para
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o uso em veículos pesados.
No entanto, ele tem como desvantagem o preço elevado e o peso maior, assim como a vibração que
produz à baixa rotação e o cheiro de combustível queimado após a combustão. Além disso, seu ruído é
maior do que o provocado por um motor a gasolina ou álcool e, como já citamos, tem uma menor
capacidade de aceleração.

DIFERENCIAIS DO MOTOR EM RELAÇÃO A OUTROS TIPOS DE MOTORES

Quando comparamos um motor de veículo diesel a outros tipos de motores, como gasolina e álcool,
podemos encontrar diversas vantagens. Abaixo você confere as principais!

BAIXO CONSUMO

Apesar de o motor a diesel ter mais torque, como já mencionamos neste post, isso não quer dizer que
ele tem um consumo maior. Por isso, um dos grandes diferenciais desse motor em relação aos carros
movidos a gasolina e álcool é a maior economia de combustível.

ALTA DURABILIDADE

Com uma mecânica mais robusta, o motor movido a óleo diesel chama atenção por ser muito mais
potente quando comparado a motores movidos a gasolina. Apesar de essa ser uma vantagem e tanto, a
manutenção é mais complexa e, por isso, tende a sair mais cara.

MENOS POLUIÇÃO

Muita gente não sabe, mas o motor a diesel é capaz de poluir menos o meio ambiente do que os movidos
a gasolina ou etanol. Isso porque esse tipo de motor possui filtros e catalisadores capazes de proporcionar
uma menor emissão de poluentes. O resultado disso é que, por incrível que pareça, a emissão é quase
inexistente.

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULO A DIESEL

FAÇA REVISÕES PERIÓDICAS.


Para que o motor a diesel ofereça as vantagens às quais se propõe, é fundamental que você faça as
revisões periódicas.

TROQUE OS FILTROS DE ÓLEO DENTRO DO TEMPO.

Ao contrário do que ocorre com carros a gasolina, quando a troca dos filtros de óleo normalmente ocorre
a cada 10 mil quilômetros, o veículo movido a diesel requer a troca antes.

LIMPEZA DO PURIFICADOR DE AR.


Veículos com motor a diesel exigem uma limpeza semanal do purificador de ar. No entanto, é importante
que você evite o uso de compressores a ar para limpá-lo.
22
ABASTEÇA EM LOCAIS DE CONFIANÇA.
Se você tem um veículo a diesel, é fundamental que tenha cuidados na hora de abastecer. Uma dica é
que você tente abastecer sempre no mesmo posto e que faça um controle de quilometragem. Atentar para
o tipo de combustível que o veículo vem utilizando: diesel comum ou S-10.

TROCA DE ÓLEO DE ACORDO COM INDICAÇÃO DO FABRICANTE.

Lembre-se do ditado: o barato pode sair caro. Isso também ocorre com veículos movidos a motor a
diesel. De acordo com especialistas, é fundamental que você siga as especificações do fabricante na
hora de realizar a troca do óleo lubrificante.

6 (SEIS) DICAS PARA AUMENTAR A VIDA ÚTIL DO SISTEMA DE SOBRE


ALIMENTAÇÃO:

1. Usar o lubrificante especificado pelo fabricante do turbocompresor;


2. Trocar o óleo lubrificante de acordo com o tempo predefinido pelo fabricante;
3. Não completar o nível de óleo, sempre trocá-lo;
4. Trocar o filtro de óleo sempre que trocar o óleo lubrificante;
5. Esperar o motor atingir a temperatura de trabalho antes de exigir muito do veículo, até lá
recomenda-se dirigir de forma econômica;
6. Desativar o sistema start-stop rodovias (quando possuir).

Documentos de porte obrigatório das Viaturas PM e as normas


relativas ao uso de viatura Policial Militar, respeitados os conceitos de mobilidade e
circulação; Motorista de viatura: Documentos exigidos; Responsabilidade por
infração de trânsito; Cadastramento convencional e operacional das Viaturas PM

DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO DAS VIATURAS PM

Todas as viaturas da Polícia Militar deverão circular portando os seguintes documentos:


CRLV, Certificado de Registro e Licenciamento de veículo, RIV, Relatório Individual de Viatura,
Manual do Modelo da Viatura elaborado pelo fabricante e Cartão de abastecimento, além de, conforme
sua classificação, o devido Registro de Uso.

REGISTRO DE USO DE VIATURAS

23
Todas as atividades com viaturas deverão ser registradas em formulário específico, observando a sua
atividade designada (Serviço Operacional ou Serviço de Apoio Administrativo). Os formulários
específicos para a utilização de viatura são:

RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO – RSM

Formulário para registro de serviço operacional ou de apoio. Deverá ser preenchido pelo condutor (dados
referentes à viatura e seus deslocamentos) e pelo encarregado (observações em relação ao serviço
realizado durante o período de uso).

Normalmente o RSM é utilizado nas atividades de radio patrulhamento pelas viaturas do atendimento
190 e as viaturas de apoio (Integrado em apoio à Base Comunitária de Serviço - BSC, Ronda Escolar,
ROCAM, Força Tática, etc) e nos Batalhões Especializados (CPRV, CPTran, CPAmb, CPChq, CCB)
exceto pelos respectivos CGP e CFP.

RELATÓRIO DE SERVIÇO OPERACIONAL – RSO

Formulário destinado ao registro das atividades realizadas pela OPM durante o quarto de serviço.
Este formulário abriga todas as informações descritas no RSM acrescentadas das informações dos RSM
das demais viaturas. Sendo assim, fica claro que o RSO é um documento atinente ao Comando de Força
Patrulha – CFP (função exercida por Oficial PM) e Comando de Grupo de Patrulha – CGP (função
exercida por um graduado abaixo de Oficial).
Ao término do turno de serviço, o CGP ou CFP efetuará o recolhimento de todos os RSM e FCT e o
expediente realizado nas atividades operacionais (BOPM-TC, autuações, Comprovantes de
Recolhimento e Remoção - CRR de veículos e CLA entre outros expedientes), compilará os dados e
entregará ao Serviço de Dia para a devida transmissão dos dados ao Batalhão ou CPA/CPI.

24
FICHA DE CONTROLE DE TRÁFEGO - FCT

Formulário para registro de atividades de serviço administrativo. Deverá ser preenchido pelo condutor
(dados referentes à viatura e seus deslocamentos), pelo usuário (quem faz uso do serviço, seja ele
encarregado da viatura ou não) e pelo expedidor (que é o Subdetentor legal da viatura, ou seja, o seu
responsável).

A saída da viatura e sua utilização estão condicionadas ao preenchimento dos formulários de Tráfego
(Ficha de Controle de Tráfego, Relatório de Serviço Motorizado e Relatório de Serviço Operacional).
Cada um tem sua peculiaridade e utilidade. Deverão ser adquiridos ao início do trabalho e devolvidos
ao término dele.
Neles constarão todas as atividades realizadas com as viaturas e qualquer anormalidade durante o seu
uso será registrada para as devidas providências.

25
DOCUMENTOS EXIGIDOS AO POLICIAL.

O Policial Militar, escalado de serviço como motorista deverá portar a Identidade Funcional e Carteira
Nacional de Habilitação - CNH.

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO DE TRÂNSITO


De acordo com a I-15-PM, Art. 90 - A responsabilidade por infrações às regras de trânsito, aplicadas
aos veículos da Polícia Militar, caberá:
I - ao condutor, se a infração ocorrer quando este estiver só, ou se acompanhado no veículo, agir por
vontade própria no cometimento da mesma;
II - ao usuário, se a infração se der por sua ordem, ou consentimento, devendo neste caso ser lançada no
Impresso de Controle de Tráfego ou Relatório de Serviço Operacional.
Parágrafo único - As informações que permitam determinar essas responsabilidades serão prestadas
pelas OPM detentoras aos respectivos Órgãos Subsetoriais.

Artigo 91 - Os Órgãos Subsetoriais deverão encaminhar no prazo e forma estabelecidos pelo órgão de
trânsito, a identificação do policial militar que cometeu a infração e recorrer das multas aplicadas,
quando as infrações ocorrerem:
I - por irregularidades circunstanciais decorrentes de falhas técnicas do veículo ou outras imprevisíveis
e independentes da vontade do condutor;
II - por motivo de força maior imposta pelo serviço policial-militar ou quando o condutor estiver agindo
por motivo relevante ou em estado de necessidade;
III - por decorrência de eventuais falhas técnicas do respectivo órgão de trânsito.
Parágrafo único - Na hipótese da não identificação do condutor do veículo policial-militar, o Órgão
Subsetorial deverá efetuar o pagamento da multa imposta,
bem como adotar providências visando a apuração disciplinar da irregularidade e a adoção de medidas
administrativas, para o consequente ressarcimento ao Erário por parte do responsável.

26
Artigo 92 - Os Órgãos Subsetoriais adotarão providências para pagamento das multas, por parte dos
responsáveis, nos casos que não se enquadrem nos incisos I, II e III do artigo anterior ou por
indeferimento do recurso.
Artigo 93 - Os Órgãos Subsetoriais informarão ao CSM/MM sobre as providências adotadas
relativamente às multas.

CLASSIFICAÇÃO DE VIATURAS
O Grupo PM é a classificação do veículo conforme sua aplicação e funcionalidade.
São divididos entre Atividades de Apoio Administrativo (Adm) e Atividade Operacional (Op).

GRUPO DE APOIO ADMINISTRATIVO:

São viaturas destinadas ao serviço de suporte e subsistência as OPM. São locadas tanto nas OPM
administrativas quanto operacionais.
Os Grupos de Apoio Administrativo são: 1, 3, 5, 6, 7, 12, 13, 15, 18, 19 e 22.

VIATURAS DO GRUPO DE APOIO ADMINISTRATIVO

Não poderão ser utilizadas para realização de serviço operacional exceto quando autorizado pelo Cmt
da OPM.
Viaturas Grupo 01 - destinadas ao uso exclusivo dos Cel PM;
No caso de afastamento do Cel PM Cmt, a VTR não será utilizada.
Afastamento inferior a 30 dias, VTR no pátio da própria OPM;
Afastamento superior a 30 dias, VTR no CSM/MM (OPM Setorial) na RESERVA.
Viaturas do Grupo 03 (camionetas, caminhonetes, furgões, Kombi, Blazer) somente serão distribuídas
às OPM que possuírem seção P/4 ou Logística.
Viaturas do Grupo 05 somente serão distribuídas às OPM que possuírem Unidade de Inspeção de Saúde
- UIS.
Condutor credenciado pelo DETRAN em Curso de Especialização de Condutores:
Grupo PM 05 (ambulância) - Transporte de EMERGÊNCIA.
Grupo PM 07 e 12 (transporte de passageiros) - Transporte de COLETIVO
Grupo PM 18 (transporte de combustíveis) – MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos)
As viaturas dos Grupos Administrativos terão descritas, logo abaixo do prefixo, as respectivas OPM às
quais pertencem.
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GRUPO DE SERVIÇO OPERACIONAL

São viaturas destinadas ao serviço de atividades operacionais e especializadas.


São locadas exclusivamente nas OPM operacionais.
Os Grupos de Serviço Operacional são: 2, 4, 8, 9, 10, 11, 14, 16, 17, 20, 21, 23, 24 e 25.

As viaturas do Grupo de Serviço Operacional não poderão ser utilizadas para realização de atividades
ou de apoio administrativo exceto quando autorizado pelo Cmt da OPM.
Grupos 10, 14, 16 e 17 - atividades operacionais especiais, inclusive de choque.
Grupos 2 e 4, Base Comunitária Móvel e Trailer - municípios mais populosos - Programa de
Policiamento Comunitário

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As viaturas dos grupos 8, 9, 15 e 25, descaracterizadas, utilizadas pelo Sistema de Informações da Polícia
Militar – SIPOM, Policiamento Velado e Serviços Especiais, respectivamente, serão conduzidas por
policiais militares não uniformizados (sem farda).
A distribuição de viaturas dos grupos 10, 14, 16 e 17 se destinam as atividades operacionais especiais,
inclusive de Controle de Distúrbios Civis (choque).

GRUPO DESCRIÇÃO ATIVIDADE


Grupo 01 Transporte Funcional Administrativo
Grupo 02 Base Comunitária Móvel Motorizada Operacional
Grupo 03 Transporte Misto de Pessoas e Carga Administrativo
Grupo 04 Base Comunitária Móvel Trailer Operacional
Grupo 05 Transporte de Enfermos Administrativo
Grupo 06 Transporte de Carga Seca Administrativo
Grupo 07 Transporte Coletivo de Pessoas em Ônibus Administrativo
Grupo 08 Serviço de Informações e Investigações Operacional
Grupo 09 Policiamento Velado Operacional
Grupo 10 Controle de Tumultos Operacional
Grupo 11 Radiopatrulhamento com Motocicletas Operacional
Grupo 12 Transporte Coletivo de Pessoas em Micro-ônibus Administrativo
Grupo 13 Auto-Guincho Administrativo
Grupo 14 Escolta de Autoridades com Motocicletas Operacional
Grupo 15 Veículos especiais Administrativo
Grupo 16 Transporte de Semoventes (animais) Operacional
Grupo 17 Transporte e escolta de Presos Operacional
Grupo 18 Transporte de Carga Líquida Administrativo
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Grupo 19 Transporte de Documentos com Motocicleta Administrativo
Grupo 20 Veículo de Apoio Tático Operacional
Grupo 21 Radiopatrulhamento Operacional
Grupo 22 Transporte de Pessoal Administrativo
Grupo 23 Radiopatrulhamento Rural Operacional
Grupo 24 Radiopatrulhamento com Quadricíclos Operacional
Grupo 25 Investigação e Informação com Motocicleta Operacional

PASSOS DO REABASTECIMENTO

Verificar se o posto escolhido está devidamente cadastrado (isso é facilmente detectado através do
reconhecimento da Bandeira Vale Card – logotipo).
Na dúvida, pergunte ao frentista se há ou não o cadastro com a empresa e certifique-se de que está igual
ou abaixo ao valor estipulado pela ANP. Caso não esteja, procure outro estabelecimento que o ofereça.
Verificar se o Cartão Vale Card é corresponde à viatura a ser abastecida (o número da placa da viatura
está descrito no cartão, assim como a marca e o modelo do veículo).
Verifique o KM correto da viatura (se possível anote em um rascunho, não confie na sua memória).
Autorize o reabastecimento e verifique se o combustível colocado é o autorizado pela Instituição
(gasolina, álcool ou diesel comum).
Verifique se o tanque está com sua capacidade máxima (só é autorizado o reabastecimento do veículo
com sua capacidade total).
Certifique-se de que se lembra da sua senha de reabastecimento (se possível, anote em um lembrete e
coloque em local de acessibilidade para quando for abastecer a viatura, ex. sua carteira de documentos
pessoais).
Forneça os dados corretamente ao Frentista e certifique-se de que ele está digitando-os corretamente.
Confira o comprovante de reabastecimento e verifique se os dados estão corretos. Caso estejam, guarde
o comprovante e o cartão na pasta da viatura.

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AULA 11 e 12: Elementos de Engenharia de Tráfego

CONDIÇÕES DA VIA
O motorista deve ajustar-se às condições da via. Tem que conhecer e reconhecer o seu estado, tipo de
pavimento, coeficiente de aderência para cada um, em condições normais e em condições adversas,
contorno, largura, acostamento, sinalização etc.
Alguns exemplos de condições adversas mais comuns encontradas no dia-a-dia.

1. curvas; 6. árvores marginais à via; 11. trechos molhados e


2. morros; 7. tipos de pavimentação; escorregadios;
3. larguras da via; 8. elevações; 12. lombadas;
4. número de faixas; 9. obras na via 13. pedestres;
5. acostamento; 10. buracos; 14. areia na pista.

31
Caso não sejam levadas em consideração todas essas possíveis condições adversas da via, o motorista
poderá ser surpreendido e sofrer acidente.

CONDIÇÕES DE TRÂNSITO
As condições de trânsito envolvem a presença de outros usuários da via, interferindo no comportamento
do motorista. Como o trânsito pode estar fácil ou congestionado, a velocidade exigida pode ser alta ou
baixa.
Há períodos do dia que afetam sobremaneira o tráfego na via, tais como a hora do "rush", que significa
grande movimentação de pessoas e veículos. Igualmente, determinadas épocas do ano, como Carnaval,
Natal, períodos de férias escolares e feriados criam problemas para o fluxo normal de trânsito.
Em áreas rurais, as condições de trânsito podem ser também alteradas, devido ao movimento vagaroso
de carroças, animais extraviados etc. O mesmo acontece em grandes centros urbanos, com relação a
pedestres e condutores de veículos, pois a grande quantidade de ônibus, de caminhões e carretas tornam
o trânsito mais lento.
O motorista defensivo deve observar à frente e atrás, avaliando as condições do trânsito e evitando,
assim, situações difíceis para todos os usuários.
O motorista deve conhecer e respeitar a sinalização de trânsito, pois ela orienta, adverte, informa, regula
e controla a adequada circulação de pedestres e veículos pelas vias terrestres propiciando maior
segurança a todos.

CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO

As condições de iluminação são muito importantes na direção defensiva. A intensidade da luz natural ou
artificial, em dado momento, pode afetar a capacidade do motorista de ver e de ser visto. Pode haver luz
demais, provocando ofuscamento, ou de menos, causando penumbra. A não ser que ele se adapte às
circunstâncias, pode sofrer um acidente.
Quando perceber farol alto em sentido contrário, deve alertar o motorista que vem em sua direção,
piscando os faróis. Ao se aproximar do outro veículo, caso a situação persista, deve voltar a visão para
o acostamento do lado direito.
Quando a luz solar incidir diretamente nos seus olhos, deve protegê-los, utilizando a pala de proteção
interna, ou óculos protetores, a fim de evitar o ofuscamento. Isso ocorre quando os raios solares estão
muito inclinados, pela manhã e ao entardecer. Neste caso, deve dirigir com atenção redobrada, mantendo
os faróis baixos acesos, para que os outros percebam o veículo.
OBS: - O ofuscamento pode também ocorrer pelo reflexo da luz solar em objetos polidos, como, por
exemplo, lagos, rios, pistas e para-brisas.

Conceito de mobilidade e circulação: Técnicas de Direção


Preventiva: Particularidades dos veículos 2 e 4 rodas

Direção Preventiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas dos outros motoristas
ou pedestres e das condições adversas.
32
É dirigir com perfeição, significa que você realiza cada deslocamento com segurança, sem acidentes,
sem infrações de trânsito, sem abusos do veículo, sem atrasos nos horários e sem faltar com a cortesia
devida.
Ao assumir o serviço como motorista de uma viatura, o Policial deverá fazer os ajustes em conformidade
com o seu biótipo.

ERGONOMIA.

Segundo Frank Wisner Gardiner, que era catedrático em Serviços Estratégicos da Marinha Americana
durante a segunda grande Guerra Mundial, definiu Ergonomia como um conjunto de conhecimentos
científicos relativos ao homem e necessários a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que
possam ser utilizados com o máximo de conforto e eficácia.

Trazendo para o nosso campo de trabalho, Instrução de Direção Policial Preventiva, direcionamos nosso
foco para o Homem, Motorista e o Instrumento, Viatura Policial. Como o Policial deve ajustar os
equipamentos e instrumentos que tem a disposição para uma condução veicular confortável e segura.

AJUSTE DO BANCO. Lembrar o aluno que o banco está dividido em três partes, e todas deverão ser
ajustadas.

AJUSTE DE ALTURA: Alguns veículos são fabricados com ajuste de altura dos bancos,
principalmente o banco do motorista e esse deve ser o primeiro procedimento a ser feito, ajustar a altura
ideal e confortável para cada motorista.

AJUSTE DO ASSENTO: Encontrar a distância confortável dos pedais: Colocar os pés sob os pedais
de forma que toquem o assoalho do veículo, sem ficar com as pernas totalmente esticadas, ficando
levemente flexionadas, sem que para isso o condutor desencoste o quadril da parte inferior do encosto
do banco.

AJUSTE DO ENCOSTO: a) Nos veículos equipados com a opção de regular a posição do volante, para
frente e para trás, para cima e para baixo, deve-se começar por esse ajuste.
b) Estando com o corpo totalmente encostado no banco, posicionar os braços à frente, um cada lado do
volante na posição 9h15, (nove e quinze) do relógio e sem forçar para frente ou recuar os ombros, regular
a distância do encosto do banco de forma que o volante do veículo toque o pulso, pois desta forma, ao
fazer a pegada no volante, os braços ficarão levemente flexionados, permitindo manobras firmes, rápidas
e seguras, aliado ao fato que, se mantendo firme e apoiado ao encosto do banco, caso o veículo perca
tração nas rodas traseira e derrape, há uma percepção imediata nas costas, possibilitado manobras de
correção instantânea, antes mesmo da percepção visual.

QUARTO PEDAL OU PEDAL DE SEGURANÇA: Item importantíssimo em instrução de


ergonomia, pois é o principal meio de apoio que sustentará o motorista firme no banco, tendo condições
de realizar manobras bruscas em situações de emergência, pois sua preocupação será tão somente a de
controlar o veículo, tendo segurança para isso. Alguns veículos já vêm de fábrica adaptados com um
pedal na lateral esquerda dos pedais, embreagem, freio e acelerador e, no caso da ausência desta, o
motorista deverá posicionar o pé esquerdo junto a lateral interna, calçando o mesmo na saliência do
Paralamas, que dá um ponto firme de apoio. Em situações de emergência, onde se exige o máximo de
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habilidade do condutor, essa postura de utilização do quarto pedal lhe proporcionará segurança para
executar seu deslocamento, pois quando não está utilizando o pé esquerdo para acionar o pedal da
embreagem, este deverá estar fixado firme no pedal de segurança, forçando para que o corpo fique ao
máximo pressionado contra o encosto do banco, sendo esse anatômico, o corpo encaixa-se e não se move
durante as manobras mais agressivas, evitando assim que o motorista utilize do volante ou da porta do
veículo para se segurar. Importante lembrar que, quando o condutor do veículo está utilizando o pedal
de segurança, forçando o corpo contra o encosto do banco, caso haja perda de trajetória da parte traseira
do veículo, tem uma percepção instantânea, mesmo antes da percepção visual, tendo condições de
realizar manobras de correção rapidamente.
Lembrar que todos os ocupantes do veículo deverão procurar um apoio para que, em situações de um
deslocamento de emergência, fiquem ancorados no interior do veículo e se necessário, alguma reação
ainda embarcado, tenham segurança em realizá-las.

AJUSTE DO ENCOSTO DE CABEÇA: Este deverá se ajustado não apenas pelo motorista, mas por
todos os ocupantes do veículo, pois em caso de colisão forte na traseira ou em situação de impacto
dianteiro, o pêndulo (vai e vem) causado pela ação do cinto de segurança, inibirá a fratura ou lesão da
coluna cervical ou mesmo uma luxação no pescoço. Este deverá ser ajustado de forma que a parte de
ferro do encosto, envolta em espuma, toque a cabeça na sua parte superior, fazendo um alinhamento com
os olhos.

OBS: O Encosto de cabeça é uma peça removível, portanto, em caso de acidente em que algum
ocupante fique preso ao veículo, impossibilitado de abrir as portas, remova um dos encostos de
cabeça e use-o como ferramenta para quebrar os vidros e sair com segurança.

PEGADA NO VOLANTE: Posição correta, 9h15, (nove e quinze), podendo ainda ser aceitável 10h10,
(dez e dez), sempre pegando no volante por fora, fechando todos os dedos para ter maior firmeza na
condução do veículo, porém, em algumas situações, como pista com piso irregular ou pista escorregadia,
poderá manter os polegares esticados ao longo do volante. Jamais pegar no volante com apenas uma das
mãos, mesmo por cima e por fora, exceto quando uma das mãos estiver executando outro procedimento
no veículo; não pegar no volante com a mão por dentro, explicar que dessa maneira, fica condicionado
a realizar a manobra em uma única direção, mesmo antes da necessidade de fazê-la; não manusear o
volante com apenas uma das mãos apoiada sobre o volante, (lava-prato);
Essa pegada, além de errada, em caso de situação de emergência, se houver perda de estabilidade ou
derrapagem do veículo, aliado ao stress do momento e o suor das mãos, ficará muito difícil, quase
impossível controlar o veículo.
Treinar o Motorista para que, nas situações que houver necessidade de se fazer desvio de obstáculos com
o veículo e em espaços apertados, fazer as transposições das mãos, sempre pegando no volante por cima,
no topo e trazê-lo até o momento em que a mão que trouxe o volante atinja a região da perna, soltando e
buscando novamente no topo e, repetir o movimento o quanto for necessário ou até atingir o curso
máximo do volante, de forma que, nas curvas, não ficar com os braços cruzados, se tocando, pois dessa
forma ficará limitado e em caso de derrapagem da parte dianteira do veículo, já não haverá muito que
fazer, correndo riscos de se envolver em acidentes, sem contar que dessa forma, o volante estará sendo
seguro por apenas um dedo de cada mão.

FREIO DE ESTACIONAMENTO: Para os veículos equipados com a Alavanca de Freio, pressionar


e manter o botão liberador e puxar a alavanca até a posição de travamento das rodas e soltá-lo. Justificar
que, além da manutenção do equipamento, pois dessa forma evita o desgaste prematuro pela ação de
34
contato entre as catracas.
O mais importante é condicionar o motorista que eventualmente poderá fazer uso desse meio de
frenagem para reduzir velocidade e até mesmo auxiliá-lo em algumas manobras, evasivas ou correção
de traçado e perda de estabilidade do veículo. Lembrar que se o freio de estacionamento for acionado
em velocidade média a alta, a traseira do veículo tende a dançar, sair de sua trajetória, podendo ocasionar
rodopios e capotamento, portanto, nessas situações de velocidade, ao acionar o freio de estacionamento,
manter o botão de liberação pressionado e simular uma frenagem tipo ABS, travando e soltando o freio,
pois desta forma evita-se que o veículo saia da trajetória e ganha-se espaço de frenagem.

AJUSTE DOS ESPELHOS RETROVISORES: Ajustar os espelhos externos e o interno de modo que
o motorista não perca o contato frontal do veículo, apenas desviando o olhar ele possa ter uma visão
ampla das laterais e da traseira do veículo;

ESPELHOS RETROVISORES EXTERNOS: Traçar duas linhas imaginárias dividindo o espelho em


quatro partes e posicioná-los de forma que se possa visualizar, a maçaneta traseira do veículo pelo ângulo
interno-inferior do espelho, pois dessa forma aumenta o campo de visão lateral e, na percepção de algo
ao lado que não foi possível visualizá-lo através dos espelhos, admite-se uma rápida olhada por sobre o
ombro esquerdo e ou janela lateral direita, para certificar-se e ter segurança em sua condução veicular,
lembrando que o foco principal de sua atenção é à frente e a 180º, usando visão periférica.

ESPELHO RETROVISOR INTERNO: Posicioná-lo de forma a visualizar as duas colunas traseiras


do veículo, pois dessa forma, é possível uma visão total da parte traseira, ora pelo centro, ora pelas
laterais.
Caso o Encarregado da Viatura deseje ajustar o espelho retrovisor externo do lado direito numa posição
que Ele visualize a parte traseira do veículo, o ajuste do espelho interno precisa ser voltado mais para a
direita, cobrindo a perda de contato do espelho retrovisor direito.

PONTOS CEGOS: Identificar os pontos cegos nos veículos, sendo as colunas os principais, mas
também os espelhos retrovisores se tornam pontos cegos em algumas circunstâncias.

PARTICULARIDADES DOS VEÍCULOS 4 RODAS.


Os veículos 4 rodas utilizados na Polícia Miliar propiciam aos seus ocupantes segurança nos
deslocamentos, proteção contra chuva, sol, vento, calor, poluição e contra todos intemperes, além de,
com exceção do condutor, os demais possam relaxar enquanto não estiverem em atendimento de
ocorrência; e, no caso de envolvimento em acidente de trânsito, sua robustez e toda carroceria protegem
os ocupantes, até certo ponto, pois dependendo da velocidade e posição do impacto, essa massa toda será
inútil, portanto, para se ter uma direção segura, é necessário respeitar o 3 limites:
1) do motorista, 2) do veículo e 3) da via.
O veículo também poderá ser utilizado como escudo em caso de confronto armado, respeitando suas
fragilidades e locais com possibilidade de explosão onde acumula gases produzidos por combustíveis,
caso o veículo seja atingido por disparos de arma de fogo.

PARTICULARIDADES DOS VEÍCULOS 2 RODAS.

MOTOCICLETAS
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A palavra MOTO em latim significa “MOVIMENTO” e isso explica o porquê esse veículo se mantem
em equilíbrio enquanto é usado.
Não é o piloto que dá o equilíbrio à motocicleta, ele só o controla. Um exemplo simples é que quando a
motocicleta está imobilizada (parada ou estacionada) não há equilíbrio e o piloto apoia-se no solo para
manter o veículo em pé (é usada a força das pernas para manter esse equilíbrio).
O fenômeno que mantém o equilíbrio da motocicleta em movimento é o EFEITO GIROSCÓPICO
das rodas provocado pela rotação. Esse efeito é uma força gerada por qualquer objeto circular em
movimento (quando você gira uma moeda na mesa, ela permanece em pé até perder a velocidade e cair).

ESTRUTURA:
A motocicleta é dividida em duas partes estruturais básicas:

MECÂNICA – Conjunto formado por motor, sistema de transmissão e sistema de câmbio, responsáveis
pela distribuição da força de movimento para o veículo.

CICLÍSTICA – Conjunto de peças formado por quadro, suspensão, rodas, pneus e freios, responsáveis
pela estabilidade do veículo quando em movimento.
Desde a aceleração até a frenagem, passando pelas curvas e mudanças de direção, a postura do corpo,
os movimentos e os comandos do equipamento deverão ser controlados e calculados. Para isso a
FOCALIZAÇÃO deverá estar apurada. Quando analisamos uma situação e já planejamos nossa reação,
o movimento se torna mais natural e mais suave (menos agressivos).
Na arrancada o corpo do piloto sente a projeção do veículo, portanto, quanto mais suave for a arrancada,
menor será o efeito da inércia (a dica é impulsionar levemente o corpo para frente). Soltar rapidamente
a embreagem da motocicleta (antecipar o movimento) causa o descontrole do veículo e automaticamente,
risco de contingente.
Também devemos evitar desequilibrar a motocicleta aplicando força excessiva no acelerador (e o
equilíbrio leva tempo). A desaceleração é um fator importante para a execução de manobras
(principalmente nas curvas). O acelerador deve ser acariciado e não estapeado.
São veículos projetados para deslocamentos rápidos e em curtos espaços, porém, essas vantagens nem
sempre são executadas com segurança. Mudanças repentinas de faixas, passagem rápidas em espaços
curtos, constantes saídas do campo visual do seu retrovisor, manobras inesperadas, etc.

Mobilidade e circulação: Condução no patrulhamento


motorizado; Acidente com Viaturas; Procedimentos e responsabilidades;
Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de
O Policial Militar condutor de viatura tem a responsabilidade de garantir a ordem pública e isso inclui:

SEGURANÇA NO TRÂNSITO.
Além das regras de circulação o condutor policial deverá aprimorar suas habilidades para evitar acidentes
mesmo tendo que adotar posturas de risco.

A EMERGÊNCIA POLICIAL exige que o condutor dirija a viatura de maneira mais agressiva e isso
não significa de maneira imprudente.

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Prender ou capturar o infrator é fundamental, porém, sua vida e sua integridade (e da equipe) são
incontestáveis.
Pense na seguinte pergunta: “QUAL A VIDA MAIS IMPORTANTE NO TRÂNSITO”?
É proibida a circulação de veículos da Polícia Militar que não atendam aos requisitos de segurança e que
não estejam em perfeito estado de funcionamento e conservação.

ACIDENTES COM VIATURAS

As apurações dos casos de acidente ou surgimento de danos em veículo oficial pertencente à Polícia
Militar, ou nela em uso, serão feitas de acordo com as Instruções do Processo Administrativo da Polícia
Militar (I-16-PM) vigentes na Corporação à época do ocorrido.
Após a elaboração do Boletim de Ocorrência e demais providências de ordem policial, o veículo deverá
ser encaminhado ao Oficial Regimental de Manutenção de Veículos do Órgão Detentor, mencionando
posto ou graduação, RE, nome, Unidade e Subunidade do condutor do veículo no momento do acidente;
data, hora e local do acidente; os motivos concorrentes ou preponderantes para a ocorrência do acidente,
alegados pelo condutor; necessidade ou não de perícia técnica, conforme estabelece a legislação vigente.
O Oficial Regimental de Manutenção de Veículos providenciará, entre outras providências, orçamento
dos reparos a serem realizados no veículo e Termo de Avaliação de Danos (TAD), relativo ao acidente.
Com base nos orçamentos e no Termo de Liberação de Veículo Oficial, a ser expedido pelo Oficial
encarregado do procedimento administrativo, instaurado para apuração do acidente, ou pelo Dirigente
da Subfrota, o Oficial Regimental de Manutenção de Veículos providenciará os reparos necessários,
obedecido o limite de gasto estabelecido em legislação própria.
No caso de perda total, o veículo só poderá ser arrolado, para exclusão depois de esgotados todos os
recursos jurídicos.
Nos casos em que o terceiro responsável pelo acidente possua seguro geral, o veículo oficial, após as
providências de ordem policial e elaboração do Termo de Avaliação de Danos, poderá ser encaminhado
à oficina autorizada indicada pela Cia Seguradora, para reparos, devidamente acompanhado pelo Oficial
Regimental de Manutenção de Veículos do Órgão Detentor, sem prejuízo das demais providências de
ordem administrativa.
Nos casos em que o terceiro envolvido no acidente não possua seguro, porém declare-se responsável, o
veículo oficial, após as providências de ordem policial e assinatura de Termo de Responsabilidade,
juntamente com testemunhas, será encaminhado para elaboração do Termo de Avaliação de Danos, após,
encaminhado à oficina para os devidos reparos, sem prejuízo das demais providências de ordem
administrativa.

37
Acidentes com Viaturas

O Brasil é o campeão mundial em acidentes de trânsito e reconhecidamente, o brasileiro é apaixonado


por veículos. Tais constatações tornam as interpretações mais confusas, pois, não combinam.

Existem vários problemas que envolvem a ocorrência de acidentes de trânsito no país, mas, a
imprudência, a impulsividade, a agressividade e o desrespeito são marcas características em nesses
eventos.

Como dito anteriormente, o acidente possui variadas causas e muitas delas fazem com que o termo
“ACIDENTE DE TRÂNSITO” seja classificado erroneamente.

O acidente é um evento involuntário provocado pela falta de cuidados e não observação de princípios
de utilização de vias capaz de provocar danos e/ou lesões ou morte.

Sendo esta a definição é correto entender que existem ACIDENTES (ações involuntárias) e
OCORRÊNCIAS (ações incorretas) ou DELITOS (ações premeditadas) DE TRÂNSITO.
Conforme a origem do seu acontecimento, então, o termo mais adequado para o assunto seria
CONTINGENTES DE TRÂNSITO que seria a compilação de todos os conceitos descritos.
Um estudo feito junto aos Batalhões de Policiamento de Trânsito (CTPTran e 34º BPM/M) no período
de 2001 até 2007 para descobrir os motivos dos contingentes analisou-se as declarações dos envolvidos
(considerou-se apenas os casos de comparecimento de todos os motoristas envolvidos na ocorrência,
desprezando aqueles em que haviam dois ou mais veículos e somente um dos participantes apresentou-
se para confecção do BOPM). Extraiu-se dos BOPM confeccionados as declarações dos envolvidos que
descrevem sua ótica do ocorrido e, consequentemente, sua opinião sobre determinadas regras de trânsito
e conhecimento de utilização de comandos e controles do veículo. Com o estudo chegou-se as seguintes

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conclusões:

Mobilidade e circulação: Importância do EPI do Policial


Militar que utiliza veículos de 2 rodas; Noções básicas de técnicas de
condução de veículos de 2 rodas; Correção de vícios de aceleração, troca de
marchas, frenagens, curvas e manobras; aspectos do comportamento e de
segurança na condução de veículos de emergência

POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS - MATERIAL NECESSÁRIO

1. Uniforme Operacional de Motociclista, não esquecer do Colete de Proteção Balística;


2. Relatório de Serviço Operacional ou Administrativo;
3. Luvas de couro;
4. Apito;
5. Guias de rua ou GPS;
6. Capa de chuva.

Para utilização desses materiais, observar as normas internas e as especificações estabelecidas pela
Corporação, conforme programa de policiamento.
A relação acima se refere a um rol mínimo de materiais que o policial militar deverá utilizar para
execução dos procedimentos envolvendo este processo.

CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE DUAS RODAS.

Deslocamento das motocicletas em meio ao trânsito da maneira mais visível e segura possível.

POSICIONAMENTO DAS MOTOCICLETAS NA VIA.

1. Acionar o farol baixo da motocicleta.


2. Ajustar os espelhos retrovisores.
3. Deslocar em fila indiana, mantendo a distância de segurança (onde passar a primeira motocicleta
deverá passar a segunda, sempre uma atrás da outra), que permita reação segura em caso de frenagem
ou manobra, com o Comandante da Patrulha sempre à frente, controlando a velocidade e orientando o
destino a ser seguido.
4. Acionar os sinais luminosos e sonoros, conforme normas vigentes.
5. Posicionar as motocicletas na via, considerando alguns fatores como: possibilidade de visualização
do contra fluxo, vias de trânsito rápido, quantidade de veículos que transitam na via, campo visual para
patrulhamento, entre outros.
6. Manter constante contato visual com o outro integrante da equipe.
7. Manter velocidade compatível com a estabelecida para a via (o Código de Trânsito Brasileiro fixa a
39
velocidade mínima como igual à metade da velocidade máxima da via).
8. Respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista.
9. Observar a possível desatenção de pedestres e condutores de veículos.
10. Manter sempre o campo visual adequado ao local por onde se passa.

Redimensionar o posicionamento na via, caso haja risco iminente de acidente.


Em tempo com chuvisco, se houver condições de patrulhamento com segurança, o Policial Militar deverá
colocar a capa de chuva e ter cautela durante os deslocamentos necessários. Em caso de chuva torrencial,
estacionar em local coberto, cientificar o CAD/COPOM e aguardar até que a via esteja em condições
para continuar o patrulhamento com segurança.

MOTOCICLISTA POLICIAL-MILITAR

Uma tarefa tão arriscada (ou ainda mais) quanto o próprio policiamento à pé é o patrulhamento com
motocicletas (ROCAM).
Além das características básicas de um motociclista comum o Motociclista Policial tem que atentar-se
aos movimentos de pedestres e demais condutores, por isso as equipes são formadas por duplas, trios ou
quartetos e cada um terá sua função específica.

ACELERAÇÃO DA MOTOCICLETA

A aceleração deve ser feita de forma continua e leve. Não dê picos de aceleração e prefira sempre subir
a aceleração no ritmo de sua motocicleta. Na prática, para motos urbanas, acelerar rápido não irá fazer
tanta diferença no tempo que você levará para chegar ao seu destino, porém suas peças sofrerão um
desgaste muito maior.

CURVAS COM MOTOCICLETAS

Distribua o peso e incline-se em direção à curva. Muitos motociclistas chamam essa manobra de
"contraesterço", apesar do nome não ser muito adequado, pois você não utilizará o muito o guidão. Ao
entrar na curva, pressione a moto com a metade do corpo que está do lado de fora. Por exemplo, em uma
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curva para a direita, você deve pressionar a moto com a perna e a nádega esquerdas, fazendo o veículo
se inclinar na direção correta. Você também pode usar o guidão como apoio, e pressionar o lado direito
dele para baixo pode ajudar. Mas lembre-se que ele não deve ser utilizado para fazer a curva, apenas
para ajudá-lo a distribuir o peso e a inclinar o corpo na direção correta.
A manobra deve dar a impressão de que você está empurrando a moto para baixo enquanto o movimento
dela realiza a distribuição do seu peso durante a curva. Na saída, tenha cuidado para não levantar a moto
rapidamente, pois isso pode gerar desequilíbrio e perda do controle.
Evite apertar muito as manoplas. A ideia de se inclinar durante uma curva pode assustar os novatos. Esse
medo pode fazer você apertar desesperadamente as manoplas, mas isso pode dificultar ainda mais a
manobra e a pressão que deve ser feita no lado interno no guidão. A parte inferior do corpo deve dar
apoio suficiente para mantê-lo preso à moto

TROCAS DE MARCHA

O câmbio da motocicleta é composto por uma série de engrenagens de tamanhos variados, cada qual é
responsável por alguma marcha a ser engatada.
Além disso, existe outro fator importante durante as trocas: A EMBREAGEM. Afinal de contas, estamos
falando de engrenagens girando em alta velocidade.
Por isso, é fundamental aprender o acionamento da embreagem entre as trocas, garantindo a folga
necessária para que o eixo encaixe na marcha que você escolheu engatar, sem trancos e prejuízos!

COMO PASSAR MARCHA DE MOTO CORRETAMENTE?

Primeiro você deve se familiarizar com o “idioma” dos motores. Seja qual for o modelo da sua moto, os
motores são consistentes nas reações:
Quando você acelera, inicialmente, o ronco será grave e encorpado, o que acontece nas rotações
menores;
Quando o motor está pedindo folego, marcha superior, seu ronco se tornará mais agudo e esganiçado,
ocorrendo nas rotações maiores e próximas ao limite.
Então, nossa primeira orientação é para que você aprenda a vincular o ronco ao conta-giros. A segunda
dica é para que você não deixe para trocar de marcha apenas quando o motor estiver suplicando, aos
berros, pelo contrário! Acostume-se com trocas em rotações mais medianas, garantindo uma condução
mais dócil e econômica, sem prejuízos para seu equipamento.
Agora, vamos ao passo a passo. Iniciamos com a moto parada, portanto, no ponto neutro:
Pressione a manete da embreagem por completo;
1. Com o seu pé esquerdo, engate a 1ª marcha, pressionando até a posição mais baixa desse pedal;
2. Vá soltando a embreagem e ao mesmo tempo gire a manete do acelerador;
3. Ganhe velocidade e se mantenha em uma rotação modesta;
4. Ao mesmo tempo, libere o acelerador e pressione a embreagem até o fim;
5. Com o pé esquerdo, puxe o pedal dois níveis acima, sentindo dois cliques e engatando na 2ª marcha;
6. Solte a embreagem e passe a dosar o acelerador e assim sucessivamente até a marcha mais alta.
Para reduzir, basta realizar as mesmas ações, mas pressionando o pedal esquerdo do câmbio para baixo.
Uma vez habituado, essas etapas se tornarão automáticas.

FRENAGEM:
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Um dos maiores motivos das quedas de motocicleta é o erro na avaliação da frenagem. Para evitar esses
erros uma das atitudes a serem analisadas é a posição do corpo.
Na frenagem o piloto deve evitar inclinar o corpo para frente que o fará apoiar o peso na manopla. O
peso deve ser concentrado nas pernas e abdômen (basta ver que as pernas são mais fortes que os braços,
portanto, recebem maior carga). Isso causa uma pressão excessiva na suspensão da motocicleta
comprometendo seu funcionamento.
Outro vício dos motociclistas é frear apenas com o freio traseiro (vício adquirido durante os tempos de
andar de bicicleta). A utilização do freio traseiro, principalmente nas curvas, funciona como se fosse um
leme para controlar os movimentos da parte de trás da motocicleta e evitar que ela projete-se para frente
na frenagem de emergência. Aconselha-se aplicar 80% da força no freio dianteiro e 20% no freio traseiro
para evitar o desequilíbrio da traseira da motocicleta em uma situação emergencial. Se for numa situação
onde haja a necessidade de passar entre obstáculos sequenciais (slalom) em baixa velocidade. o uso total
do freio traseiro é bem adequado, pois, nesse caso, usar o só dianteiro causará o desequilíbrio do veículo.
A aplicação da força no freio traseiro complica-se, pois, não temos nos pés a mesma sensibilidade que
temos nas mãos que são capazes de realizar trabalhos mais apurados (experimente pegar um talher ou
escrever com os pés), sendo assim, devemos educar os pés à ter sensibilidade fazendo exercícios de
controle.

FREIOS:

STD - Sistema Standard, ou tradicional.


CBS - Combined Braking System), ele permite distribuir
o poder de frenagem nas duas rodas por meio de um único
comando que é o pedal de freio, 75% na roda traseira e
25% na roda dianteira.

ABS - Anti-lock Braking System) é um sistema de frenagem que evita que as rodas se bloqueiem
(quando o pedal de freio é acionado fortemente.

VISUALIZAÇÃO:

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USO CORRETO DO FREIO DIANTEIRO DA MOTO POSTURA CORRETA
SOBRE A MOTO

SIMPLIFICAÇÃO:
O Motociclista Policial deve realizar manobras em um curto espaço de tempo e isso, muitas vezes, o faz
precipitar-se nos movimentos e realizar manobras arriscadas. Ataca-se a contramão para realizar melhor
ângulo de curva.
As manobras devem ser realizadas com simplicidade, sem invenções ou improvisos, pois, a correção de
erros poderá ser tardia e a manobra comprometida. O segredo é visualizar, planejar, preparar-se e
executar a manobra como pensado. Nas curvas, utilizar as técnicas para executá-las com segurança (o
contra esterço realizado com as mãos ou o movimento com as pernas).

AULA 19 e 20: Mobilidade e circulação: Condições adversas como causas


de acidentes e tempo e distância de reação, frenagem e parada; cuidados
especiais e atenção que devem ser dispensados aos passageiros e aos outros
atores do trânsito, na condução de veículos de emergência

PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

DESCONHECIMENTO DE REGRAS BÁSICAS:

Muitos condutores (principalmente os que dirigem há muito tempo) desconhecem algumas regras
principais de circulação e conduto. Isso se deve, geralmente, a sua má formação como motorista (não
teve um Curso de Formação adequado).
Este problema faz com que o motorista tome decisões e adote posturas pelo que acha correto e não pelo
que as regras de uso da via determinam. Ordem de preferência, mudança de faixa, distância de segurança,
43
ultrapassagem (ultrapassar e ser ultrapassado) são as principais causas.

AVERSÃO À OBEDIÊNCIA:

É uma característica peculiar dos povos sul-americanos. Não se submeter às regras. Isso não significa
não cumpri-las e sim, não admirá-las.
Um traço dos cidadãos brasileiros é “torcer o nariz” quando regras são impostas para controlar
determinada atividade e poucas pessoas opinam favoravelmente para que sejam criadas. Isso faz com
que ocorra um fenômeno perigoso: o DESCASO.
O condutor só obedece às normas quando elas lhe forem favoráveis ou quando seu desrespeito lhes gerar
prejuízos (perda da CNH por suspensão, recolhimento do veículo, pagamento de multas, etc).
Muitos condutores sabem que a legislação proíbe algumas atitudes, porém, em determinadas situações
agem irregularmente (ultrapassam em locais proibidos, realizam manobras de conversão e retorno em
locais não autorizados, passagem no sinal vermelho, excesso de velocidade, etc)
O veículo é atualmente visto como símbolo de importância e status e deixou (há muito tempo) de ser um
facilitador do dia-a-dia. Quanto maior a sofisticação, porte, valor de mercado, assessórios e outras
qualificações, maior se dá importância à ele. Normalmente o condutor de um veículo mais simplório age
com um pouco mais de cautela do que aquele que porta um veículo luxuoso. Da mesma forma ocorre
com o porte dos veículos.
Este problema faz com que o condutor perca a noção de preferência, de comportamento nas
ultrapassagens, controle de velocidade e provoque situações de risco.

ATRASOS:

O condutor de veículo não quer perder tempo no trânsito. O tempo é um item precioso na vida do
cidadão (principalmente o que convive nos grandes centros) e o trânsito é o que mais lhe toma tempo
nos dias de hoje. A perda de tempo gera atrasos, e estes fazem com que o condutor cometa atitudes
imprudentes, gerando situações de extremo risco.
Não é incomum, flagrarmos motoristas ultrapassando em locais proibidos, excedendo a velocidade,
ultrapassando semáforo vermelho, transitando por faixas e corredores exclusivos, ziguezagueando entre
veículos, transitando na contramão tudo para compensar os atrasos.
Evidentemente existem outros fatores e motivos de ordem estrutural, física ou psicológica que envolve
um contingente. Os que foram elencados acima só os mais frequentes.
O homem é o principal componente no trinômio do trânsito (homem, veículo e via).
Quando há o contingente, verificamos que quase sempre as falhas que concorreram foram de
responsabilidade do Homem, pois ele é, entre os três fatores, o único com capacidade de raciocínio para
evitá-lo.
Sempre estará envolvido direta ou indiretamente nos problemas do trânsito, pois, figura como condutor,
passageiro, pedestre, projetista e construtor dos veículos e das vias, além de responsável por seu controle
e manutenção.
O condutor de veículo, em especial o Policial Militar deverá estar sempre atento às suas condições,
físicas, psicológicas, emocionais e orgânicas.

Lembrar que, quanto maior for a velocidade, melhor deverá ser a visão periférica e percepção do que
se passa ao redor, pois, o veículo em velocidade de 80 km/h percorre aproximadamente 20 metros em
um segundo mas, o condutor só enxergará o que está na sua frente.
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A capacidade visual deve ser tanta que possibilita o condutor perceber um perigo ou um obstáculo
antecipadamente e parar ou desviar, conforme a situação.
O motorista policial deve estar bem, sem dores e com bom estado para acionar os comandos do veículo
com segurança e agilidade.

A prática de exames físicos, associados à atividade física, deve ser constante a fim de constatar e
melhorar a capacidade de dirigir. O uso de alguns medicamentos é proibido, pois diminuem os reflexos.
O motorista policial deve evitar assumir o serviço como motorista caso se enquadre em algumas dessas
situações:
1. Fadiga;
2. Estado alcoólico;
3. Influência de drogas e ou medicamentos que causam sonolência;
4. Sono;
5. Visão deficiente;
6. Audição deficiente; e,
7. Perturbações físicas.
8. Estado de tensão emocional;
9. Preocupações;
10. Medo.

A fadiga é o grande inimigo dos motoristas. Num dos trabalhos publicados no Programa Volvo de
Segurança nas Estradas, é vista como o resultado de vários fatores adversos:
A monotonia que se dá em estradas, principalmente à noite; a intensidade do trabalho mental e físico
(mesmo sentado, o motorista se movimenta e troca marchas, o que cria a forte "dor do motorista" no
lado direito do tronco); a carga horária nem sempre limitada (entre condutores de caminhões, o índice
de acidentes cresce entre a 7 e as 10 horas de direção e passa do dobro entre a meia-noite e às oito horas.
A temperatura, ruídos e vibrações que cercam o motorista também afetam seu trabalho no volante. Para
se sentir bem, o motorista deve estar a 27ºC, mas, no verão, a temperatura dentro de um veículo lotado
chega a 50ºC. Isso pode causar desordem psiconeurótica e afetar sua habilidade. Igualmente, ruídos
provocam irritação, tensão, dores de cabeça e má digestão.
A vibração também causa estresse mecânico, dos tecidos e estimulação dos terminais nervosos nela
contidos.
Na verdade, os motoristas enfrentam condições cada vez mais estressantes. A quantidade de veículos,
congestionamentos, perigos e todos os tipos de distrações exigem seu preço.
O estado mental do motorista influencia e muito na maneira como ele dirige seu veículo, pois a cada
situação contrária ao seu modo de dirigir, sua reação poderá levá-lo ao cometimento duma simples
infração de trânsito a uma ocorrência mais grave com possibilidade até de perda de vidas; portanto, se
for sair para enfrentar o trânsito caótico, violento e aquela disputa por espaço, certifique-se que está em
boas condições psicológicas, caso contrário, utilize outro meio de transporte.

A maneira errada de conduzir o veículo é também uma das causas de acidentes.


Os motivos para o volante escapar das mãos do motorista são os mais variados. Os mais comuns são:

1. Dirigir com apenas uma das mãos no volante;


2. Apanhar objetos dentro do veículo em movimento;
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3. Acender cigarros;
4. Comer ou beber enquanto dirige;
5. Espantar abelhas ou qualquer outro inseto com o veículo em movimento;
6. Efetuar manobras bruscas com o veículo;
7. Estar o volante escorregadio, devido ao suor do motorista;
8. Usar telefone móvel celular.

É importante lembrar que as condições adversas não aparecem isoladas. Mas, mesmo quando houver
apenas uma, o motorista deve estar consciente e procurar ajustar o seu modo de dirigir, de maneira a não
ser afetado por ela e evitar se envolver em acidentes.

É comum o condutor reclamar depois de se envolver no acidente, de que “tinha a certeza de que o outro
motorista iria fazer besteira”. Um dos principais preceitos da DIREÇÃO PREVENTIVA é “agir por si
e não pelos outros”. Sendo assim, por que não agir antes?
Não espere que o condutor do veículo que segue à sua frente tenha o mesmo raciocínio rápido que o seu.
Sempre preveja o pior, pois, o seu comportamento se tornará mais seguro.
O segredo é manter uma velocidade controlável (mesmo no deslocamento de emergência) para que possa
parar o veículo em condições seguras.

CONDIÇÃO DO VEÍCULO

Outro fator muito importante a ser considerado para evitar acidentes é a condição em que se encontra o
veículo.
Todo motorista defensivo deve manter o seu veículo em condições de reagir eficientemente a todos os
comandos, pois não é possível dirigir, com segurança, um veículo defeituoso.
Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes são:
1. Pneus gastos ou descalibrados;
2. Freios desregulados;
3. Lâmpadas queimadas;
4. Limpadores de para-brisa com defeito;
5. Falta de água no reservatório para lavar o para-brisa;
6. Falta de buzina;
7. Falta de espelho retrovisor;
8. Falta de cintos de segurança;
9. Amortecedores e molas vencidos;
10. Folga de direção;
11. Suspensão empenada.

OBS – Revisões periódicas e perfeitas mantêm o veículo em boas condições e seguro.

CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS – CHUVA AQUAPLANAGEM OU


HIDROPLANAGEM DO VEÍCULO

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CONCEITUAÇÃO: É o nome que se dá ao momento em que ocorre o fenômeno de um veículo perder
o contato dos pneus com o solo passando a deslizar sobre um leito de água havendo perda total de
aderência.

A estabilidade de um veículo depende do contato entre os pneus e o solo.


À medida que a velocidade de um veículo aumenta, o contato entre os pneus e o solo torna-se menor,
porque o peso do veículo com relação ao solo diminui.

O importante é saber que quanto maior a velocidade, menor o contato entre os pneus e o solo, e quanto
menor for o contato dos pneus como o solo, maior será a possibilidade de ocorrer a aquaplanagem.
Depois de uma chuva, por melhor que seja uma rodovia, normalmente, haverá uma cobertura de pelo
menos um milímetro e meio de água.
Nessa rodovia com um milímetro e meio de água, um veículo que se desloque a uma velocidade de 80
Km/h terá de remover 5 litros de água por segundo em cada um de seus pneus.
Um pneu liso não consegue remover essa quantidade de água, isso porque o que remove e desvia a água
são as canaletas existentes no pneu.
O pneu liso normalmente empurra a água para frente e sobre a camada de água já existente, em seguida
perde o contato com o solo, aquaplanando.

CUIDADO COM AS POÇAS DE ÁGUA

Para acontecer a aquaplanagem do veículo, basta haver uma combinação com sua velocidade.

REGRAS FUNDAMENTAIS PARA EVITAR O FENÔMENO:

1) Diminuir bastante a velocidade em piso molhado, para possibilitar ao pneu a remoção da água;
2) Nunca use pneus “CARECAS” ou quase lisos com menos de 1,6 milímetros nos sulcos, a banda de
rodagem não conseguirá drenar a água;
3) Não use pneus “RISCADOS” sua carcaça não vai poder movimentar-se em ritmo com as novas
estrias;
4) Pneus SUPER LARGOS andam melhor no seco, pior no molhado, mantenha o tamanho original de
fábrica;
5) Quanto mais leve o veículo, mais facilidade terá de aquaplanar;
7) FIQUE ALERTA: Poças d’água são convites para AQUAPLANAR;
8) Reduzir a velocidade é fundamental. Acima de 80 Km/h a aquaplanagem é uma ameaça permanente:
Os pneus flutuam sobre a lâmina de água, impossibilitando qualquer controle do veículo; Se isso
acontecer, não freie, tire o pé do acelerador, mantendo o volante reto, até o veículo ganhar de novo
aderência. Não movimente o volante de lado para outro;
9) Aumente também a distância para o carro da frente: se você tiver de frear a 80 Km/h um automóvel,
que levaria 30 metros até parar completamente, vai gastar com chuva 60 metros.

DISTÂNCIA DE REAÇÃO, DE FRENAGEM E DE PARADA.

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Você sabe que um veículo não para instantaneamente. Desde que o perigo é visto até a parada total há
um espaço de tempo em que o veículo continua em movimento, percorrendo certa distância.
Para melhor caracterizar tal distância, precisamos de algumas definições, a saber:

DR = DISTÂNCIA DE REAÇÃO: É aquela que o veículo percorre desde que o perigo é visto, até que
o motorista tome qualquer providência. Uma pessoa normal demora ¾ de segundo para reagir.

DF = DISTÂNCIA DE FRENAGEM: É aquela que o veículo percorre depois de acionado o


mecanismo de freio, até parar.

DP - DISTÂNCIA DE PARADA: É aquela que o veículo percorre desde que o perigo é visto, até parar
completamente.

DS = DISTÂNCIA DE SEGUIMENTO: É a distância entre o nosso veículo e o que está à nossa frente.

Para sabermos se estamos a uma distância segura do veículo que está a nossa frente, marcamos ao longo
da via um ponto de observação; um poste uma árvore, um veículo parado, enfim, algo que eu possa
tomar como base demarcação.
Assim que o veículo que estiver a minha frente passar por aquele ponto, eu início a contagem, um milhão
e um, um milhão e dois. Se ao término da contagem eu já passei pelo ponto de referência, eu Não estou
a uma distância de seguimento segura; se seu estiver passando ou ainda não cheguei a tal ponto, estou
com a distância de seguimento segura para em caso de ocorrer uma ocorrência inesperada, eu consiga
evitar me envolver em acidente, pois terei tempo e espaço suficiente. Com chuva e pista molhada, dobra-
se esse espaço.

DISTÂNCIA DE SEGUIMENTO

O ser humano em condições normais demora 3/4 de segundo para reagir, isto é, desde que o perigo e
notado até tomar uma decisão, frear ou desviar.
Um veículo numa velocidade de 100 Km/h percorre aproximadamente 28 metros em um segundo,
(27,77) portanto, se houver um imprevisto, nessa velocidade, quando o condutor tomar alguma atitude,
o veículo já terá percorrido aproximadamente 21 metros, (20,83)

CUIDADOS ESPECIAIS E ATENÇÃO QUE DEVEM SER DISPENSADOS AOS


PASSAGEIROS E AOS OUTROS ATORES DO TRÂNSITO, NA CONDUÇÃO DE
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA.

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Art. 29 do CTB, VII - Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de POLÍCIA, os
de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as
seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando,
se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o
veículo já tiver passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer
quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os
devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam
de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados,
devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN.

Mobilidade e circulação: Cinto de segurança: Legislação e


técnica de utilização; respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito; Deslocamento de viatura em patrulhamento
OBRIGATORIEDADE DO USO DO CINTO DE SEGURANÇA

Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do
território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 105, Inciso “I” rege que é equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, Infração - grave;
Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.

PRIMEIRA FASE CONDUTOR – ATIVAÇÃO


Com a mão direita, pegar a fivela do
cinto, deslizando-a na direção e
alinhamento da parte superior do
volante, olhando para o para-brisa.
Com a mão esquerda, auxiliar para
soltar o cinto de segurança para que
não haja o travamento.

SEGUNDA FASE CONDUTOR - ATIVAÇÃO

49
Depois, conduzir a fivela até o ponto de
ativação, fixando-a na trava de ancoragem.

Fixado o cinto de segurança, realizar os ajustes


das partes abdominal e torácica.

Na parte torácica, posicionar a faixa superior


do cinto no ângulo de 45°, que ficará entre o
pescoço e o ombro. No ajuste, observar
compleição física do usuário, a altura
recomendada pelo fabricante e o ponto de
regulagem em que esteja afixada a ação retrátil
do cinto de segurança, atentando para a coluna
de porta.

O cinto deve ser ativado sobre o coldre e os


demais equipamentos do cinturão preto.

CONDUTOR SINISTRO – ATIVAÇÃO

Para coldre sinistro a ativação do cinto de


segurança deve ser realizada seguindo os
mesmos procedimentos para destros.

50
PRIMEIRA FASE CONDUTOR – DESATIVAÇÃO

O condutor utilizará a mão direita para


desativar o cinto de segurança.

Observar que a mesma mão que ativou o cinto


(fig. 2) de segurança será a que o desativará
(fig.3).

SEGUNDA FASE CONDUTOR – DESATIVAÇÃO


O condutor deverá utilizar o braço esquerdo,
com a palma da mão estendida e com os dedos
unidos, colocá-la por baixo da alça diagonal
do cinto de segurança.
Podendo também da forma que melhor se
adaptar com a mão esquerda estendida e com
os dedos unidos, colocar a mão no vão entre o
ombro e o ponto de regulagem do cinto de
segurança, deslizando até altura do peito.

Se necessário, com a mão esquerda fará


uma leve pressão da alça diagonal do
cinto para fora do corpo, provocando
um travamento por indução do
acionamento da ação retrátil.

TERCEIRA FASE CONDUTOR – DESATIVAÇÃO

51
Neste momento, desativa-se a fivela, o
condutor empurrará a parte diagonal do cinto
de segurança para fora do corpo, facilitando o
deslize pelo lado externo de seu braço.

E, com a mesma mão esquerda que empurra o


cinto de segurança diagonal para fora do
corpo, abrirá a porta para o desembarque.

Nas circunstâncias de emergência, no instante


em que levar à mão esquerda à porta, levar pé
esquerdo suavemente à parte inferior da porta
com o intuito de que ela não retorne
bruscamente contra seu corpo.

Em ato continuo realizar o semi-desembarque


da viatura e permanecer em posição de pronto
emprego.

CONDUTOR SINISTRO - DESATIVAÇÃO


Para coldre sinistro, desativar o cinto de
segurança com a mão direita, tirando o
cinto da frente do corpo, na sequência, a
mesma mão abre a porta e o pé
esquerdo a apoia para que não retorne
contra o policial. Na sequência realizar
o semi-desembarque.

52
PRIMEIRA FASE ENCARREGADO - ATIVAÇÃO

Pegar com a mão esquerda o cinto pela


fivela, sem olhar para a coluna da porta
ou para o cinto, firmando olhar para o
para-brisa por questões de segurança,
deslizar o cinto à frente e numa linha
imaginária de alinhamento com a parte
superior do volante da viatura, evitando
o acionamento da trava.

SEGUNDA FASE ENCARREGADO - ATIVAÇÃO


Finalizado o deslizamento, conduzi-lo
até o ponto de ativação, fixando a trava
de ancoragem com segurança na lateral
do assento do banco. Para os casos em
que a extensão da fivela até o volante
não seja suficiente para sua fixação,
poderá estender a fivela mais à frente o
satisfatório a cada caso ou compleição
física, ou utilizar a mão direita para
aumentar a extensão de deslize.

TERCEIRA FASE ENCARREGADO - ATIVAÇÃO

53
Realizar ajustes das partes abdominal e
torácica, A parte abdominal deverá ficar
por cima do cinturão preto e dos
acessórios deste. Na parte torácica,
posicione no ângulo de 45°, que ficará
entre o pescoço e o ombro, evitando os
riscos de enforcamento, de escorregar
pelo ombro e escapar do peito. O ajuste
da parte torácica deverá observar
compleição física do usuário, altura
recomendada pelo fabricante e ponto de
regulagem em que esteja afixada a ação
retrátil do cinto de segurança, atentar
para a coluna de porta.

ENCARREGADO SINISTRO - ATIVAÇÃO

Para coldre sinistro a ativação do cinto


de segurança deve ser realizada
seguindo os mesmos procedimentos
para destros.

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ENCARREGADO - DESATIVAÇÃO

Para coldre destro, desativar o cinto de


segurança com a mão esquerda, tirando
o cinto da frente do corpo, na
sequência, a mesma mão abre a porta e
o pé direito a apoia para que não retorne
contra o policial.
Na sequência realizar o semi-
desembarque.

ENCARREGADO SINISTRO - DESATIVAÇÃO

55
Para coldre sinistro, desativar o cinto de
segurança com a mão esquerda, tirando
o cinto da frente do corpo, na
sequência, a mesma mão abre a porta e
o pé direito a apoia para que não retorne
contra o policial.

Em ato continuo realizar o


semidesembarque da viatura é
permanecer em posição de pronto
emprego.

DESLOCAMENTO DE VIATURA EM PATRULHAMENTO

Iniciar o deslocamento de forma a dirigir a viatura defensivamente.


Manter uma velocidade correspondente à metade da permitida para a via, não ultrapassado a velocidade
de 40 Km/h;
Manter-se pela faixa da direita;
Manter uma distância segura do veículo imediatamente a frente da viatura, prestando a atenção ao
fluxo de trânsito e de pedestres;
Dar preferência a outros veículos;
Atenção aos veículos que ultrapassam a viatura;
Respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista.
Após a irradiação e constatação de ocorrência, cujo caráter é emergencial, acionar os sinais luminosos
emergenciais, bem como, os sinais sonoros da viatura;
Aumentar a velocidade da viatura, condicionalmente, à fluidez do tráfego, à circulação de transeuntes,
às condições climáticas e às condições da pista;
Observar a possível desatenção de pedestres e condutores de veículos.
JAMAIS ultrapassar sinal semafórico fechado à viatura, exceto quando houver a certeza de que tal
ação não ofereça riscos à equipe e às outras pessoas;
Sempre avaliar o grau de risco assumido em relação ao propósito da ação;
Manter sempre o campo visual adequado ao local por onde se passa.

Mobilidade e circulação: Atendimento às diferenças e


especificidades dos usuários (pessoas portadoras de necessidades
especiais, faixas etárias, outras condições): Fiscalização

56
CONHEÇA DIREITOS DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO
TRÂNSITO.

Você sabia que as pessoas portadoras de deficiência física ou visual têm direito a vagas especiais em
estacionamentos em qualquer lugar do Brasil?
Os deficientes físicos e as pessoas que os transportam também podem solicitar isenção do rodízio
municipal de veículos em São Paulo.

AS LEIS

As Leis Federais 10.048 e 10.098, ambas do ano de 2000, Lei nº 10.741/2003, (Estatuto do Idoso), art.
41 regulamentadas pelo Decreto Federal no 5.296/2004, coordenam sobre a reserva de vagas para
idosos, acima de 60 anos, pessoas com deficiência física ou visual nos estacionamentos de veículos,
definindo inclusive o porte de identificação. A vaga especial é um direito assegurado por Lei Federal
com uso regulamentado por Resolução 304/2008, do (CONTRAN), que determina que 2% do total
de vagas do estacionamento regulamentado sejam destinadas a portadores de deficiência, art. 25 do
decreto. A Lei 10.741 prevê 5% das vagas para Idosos. As Leis em assunto são Federais e apresentam
diretrizes para os procedimentos nos municípios, pois cada município é responsável pela
implementação, gestão e fiscalização do uso de vagas especiais na sua localidade.

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA

No trânsito, a qualidade de vida está diretamente ligada a existência de vias seguras para motoristas,
ciclistas e pedestres. Por isso, a CETTRANS (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito)
investe na locação de equipamentos que fiscalizam a velocidade dos veículos, o respeito à faixa de
pedestre e ao sinal vermelho do semáforo.
A fiscalização eletrônica auxilia os órgãos de trânsito no cumprimento das normas de segurança de
trânsito definidas pela lei, através da aplicação de tecnologia moderna de informática e eletrônica.
Os equipamentos de fiscalização eletrônica medem a velocidade de todos os veículos, de forma
democrática, registrando apenas aqueles que trafegam acima do limite de velocidade regulamentado,
que avançam o sinal vermelho do semáforo ou que param sobre a faixa de pedestres. A imagem
registrada do veículo serve como base ao Agente de Trânsito para a emissão do Auto de Infração de
Trânsito (AIT).

O Código de Trânsito Brasileiro Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 determina no seu art. 280, §2º:
“A infração de trânsito deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade
e trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento o audiovisual, reações químicas ou qualquer
outro meio tecnologicamente disponível previamente regulamentado pelo CONTRAN”.

TIPOS DE EQUIPAMENTO

Atualmente os principais equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade aplicados no Brasil


podem ser dos seguintes tipos:

BARREIRA ELETRÔNICA; RADAR FIXO;

57
RADAR FIXO/SEMAFÓRICO RADAR PORTÁTIL E / OU ESTÁTICO.

RESOLUÇÃO DO CONTRAN N°, 396 DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011


Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores,
reboques e semirreboques, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 4º, § 2º Para determinar a necessidade da instalação de medidor de velocidade do tipo fixo, deve
ser realizado estudo técnico que contemple, no mínimo, as variáveis do modelo constante no item A do
Anexo I, que venham a comprovar a necessidade de controle ou redução do limite de velocidade no
local, garantindo a VISIBILIDADE do equipamento.

Art. 4º, § 7º Quando em determinado trecho da via houver instalado medidor de velocidade do tipo fixo,
58
os equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel, somente poderão ser utilizados a uma distância
mínima daquele equipamento de:
I – quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com características de via urbana;
II - dois quilômetros em vias rurais e vias de trânsito rápido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Conselho Nacional de Transito (CONTRAN). Resolução nº 168, de 04 de dezembro de 2004.


Estabelece Normas e Procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a
realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especialização, de
reciclagem e dá outras providências. Disponível em:
http:www.denatran.gov.br/download/RESOLUCAO_CONTRAN_168.pdf.
Acesso em: 26 abr 2017.

BRASIL. Departamento Nacional de Transito (DENATRAN). Portaria nº 94, de 31 de maio de 2017. Institui
o curso de agentes de transito para profissionais que executem as atividades de fiscalização, operação,
policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento nos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Transito.
Disponível em
http:www.denatran.gov.br/imagens/Portarias/2017/Portarias0942017.pdf.
Acesso em: 26 abr 2017.

SÃO PAULO (Estado). Polícia Militar do Estado de São Paulo. Instrução para transportes motorizados da
Polícia Militar do Estado de São Paulo (I-15-PM). 6. ed. Disponível em:
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/1empm/1empm_v3/Publicacoes/Manuais/Manua
is%201%C2%AAEM/I-15-PM.pdf.
Acesso em: 11 maio 2017.
Dispõe sobre o deslocamento de viatura em patrulhamento- 5.05.00 Procedimento Operacional Padrão.
Disponível em: http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf.
Acesso em: 10 maio 2017.

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