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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE AGRONOMIA - DEPARTAMENTO DE SOLOS


FERTILIDADE DO SOLO

Conhecimentos Básicos para FERTILIDADE DO SOLO


(É BOM SABER)
Alguns conhecimentos básicos são essenciais para o entendimento da
FERTILIDADE DO SOLO. Estes, vão desde os fundamentais – que envolvem as
quatro operações, regras de três, médias – até os aprendidos nas disciplinas que
são pré-requisitos de FERTILIDADE DO SOLO.
O texto que segue (em sua maior parte, compilação de materiais já disponíveis), dá
uma breve orientação quanto a estes conhecimentos.
Recomenda-se que aqueles que não se sintam seguros quanto a estes, uma fórmula
simples: ESTUDO !!! BOA SORTE.
E. Zonta
E. Lima.
L. R. Freire
Depto de Solos - UFRuralRJ

1. Matemática
1.1. Média aritmética simples
A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de
posição mais utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso
dia-a-dia que qualquer pessoa entende seu significado e a utiliza com freqüência. A
média de um conjunto de valores numéricos é calculada somando-se todos estes
valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos somados, que é
igual ao número de elementos do conjunto, ou seja, a média de n números é sua
soma dividida por n.
EXEMPLO: Alcebíades fez três provas de fertilidade do solo. Sabendo que
Alcebíades tirou 3,5 na primeira prova, 4,5 na segunda prova, e 6,0 na terceira
provas, qual foi a média que ele obteve?
3,5  4,5  6,0 14
Fertilidade =   4,66
3 3
Portanto a média de Alcebíades seria de 4,7 (Conceito: RN – reprovado por nota).
PARA TREINAR:
1) Se misturarmos 100ml de uma solução contendo 50% de álcool, com 100ml
de uma solução contendo 30% de álcool, qual será o teor de álcool da
solução resultante?
2) Os teores de Ca, determinados nas camadas de 0-10 e 10-20 cm foram
respectivamente de 1,0 e 0,6 cmolc dm-3. Se misturarmos esta duas camadas,
qual o teor resultante na camada de 0-20 cm?
1.2. Média ponderada
Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm
exatamente a mesma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o
mesmo peso relativo. No entanto, existem casos onde as ocorrências têm

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importância relativa diferente. Nestes casos, o cálculo da média deve levar em conta
esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de média chama-se média
aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada
valor do conjunto por seu "peso", isto é, sua importância relativa.
Definição de média aritmética ponderada

A média aritmética ponderada p de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja
importância relativa ("peso") é respectivamente p 1, p2, p3, ..., pn é calculada da
seguinte maneira:

p =

EXEMPLO: Alcebíades fez as três provas de fertilidade do solo. Essas provas


tinham peso 1 (primeira prova), 2 (segunda prova) e 3 (terceira prova). Sabendo que
Alcebíades tirou 3,5 na primeira prova, 4,5 na segunda prova, e 6,0 na terceira
provas, qual foi a média que ele obteve?
(3,5  1)  (4,5  2)  (6,0  3) 3,5  9  18
Fertilidade =   5,08
1 2  3 6
Portanto a média de Alcebíades seria de 5,1 (Conceito: AP – aprovado por nota *).
PARA TREINAR:
1) Se misturarmos 100ml de uma solução contendo 50% de álcool, com 200ml
de uma solução contendo 30% de álcool, qual será o teor de álcool da
solução resultante?
2) Os teores de Ca, determinados nas camadas de 0-15 e 15-20 cm foram
respectivamente de 1,0 e 0,6 cmolc dm-3. Se misturarmos esta duas camadas,
qual o teor resultante na camada de 0-20 cm?
1.3. Regra de três simples
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam
quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e
mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em
correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.

*
Se tiver no mínimo 75% de presença nas aulas práticas e teóricas.

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Exemplos:
Ex. 1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m 2, uma lancha com
motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia.
Aumentando-se essa área para 1,5m 2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:

 Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna)
 Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
 Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar
que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos
uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna.
 Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

1,2m 2        400W 1,5  400


2
 1,2 x  1,5  400  x   500W
1,5m        xW 1,2
Resposta: a energia produzida será de 500 watts por hora.

Ex. 2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um


determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se
a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:

 Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x


(2ª coluna)
 Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.

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 Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos


afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim
sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Resposta: o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.


PARA TREINAR:
1) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se
comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e preço?
2) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada
obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas
por dia, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?
3) Foi recomendada a aplicação de 50kg de N/ha para uma determinada cultura.
Porém, inicialmente será plantada apenas uma área de 2000 m 2. Qual será a
quantidade de N a ser usada?
4) Foi recomendada a aplicação de 1000 kg de calcário PRNT†100% / ha / 20
cm. Calcule qual a quantidade a ser aplicada se ele adotar a profundidade de
15 cm.
5) Foi recomendada a aplicação de 1000 kg de calcário PRNT 100% / ha / 20
cm. Mas o produtor encontrou um produto com PRNT 75%. Calcule a
quantidade de calcário PRNT 57% que ele deve aplicar por ha / 20 cm.
6) Numa determinada situação para cada 100 kg de nitrogênio aplicados, a
planta consegue absorver 60 kg. Logo, se durante o ciclo esta planta precisa
acumular 150 kg desse elemento, quantos kg você precisa aplicar?

1.4. Regra de três composta


A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas,
direta ou inversamente proporcionais.
Exemplos:
Ex. 1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m 3 de areia. Em 5 horas, quantos
caminhões serão necessários para descarregar 125m 3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de m esma
espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem:


Calma!!! Logo você vai saber o que isso significa... Mas você consegue resolver essa.

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Horas Caminhões Volume


8 20 160
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe
que:
 Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de
caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima
na 1ª coluna).
 Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de
caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta para baixo
na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto
das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Resposta: serão necessários 25 caminhões.

Ex. 2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias.


Quantos carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que:
 Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta.
Portanto a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a
razão).

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 Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto


a relação também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a
razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das
outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Resposta: serão montados 32 carrinhos.


Ex. 3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura.
Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo
necessário para completar esse muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois
colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais
com a incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra
a figura abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Resposta: para completar o muro serão necessários 12 dias.

PARA TREINAR:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10
torneiras para encher 2 piscinas? Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão.
Se for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6
toneladas de carvão? Resposta: 35 dias.
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um
muro de 300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9
horas por dia, para construir um muro de 225m? Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar
essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? Resposta: 10 horas
por dia.

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5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm
de largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros
de largura, seriam produzidos em 25 minutos? Resposta: 2025 metros.
1.5. Porcentagem
É freqüente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços,
números ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns
exemplos:
 A gasolina teve um aumento de 15%
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00
 O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00
 Dos jogadores que jogaram no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogaram no Grêmio, 90 são craques.

Razão centesimal:
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão
centesimal. Alguns exemplos:

Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:

As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas


percentuais.
Exemplo: João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o
total de cavalos.

Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada.


Portanto, chegamos a seguinte definição:
Porcentagem:
É o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado valor.
Exemplos:
1) Calcular 10% de 300.

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2) Calcular 25% de 200kg.

PARA TREINAR:
1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas,
transformando em gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador
fez?
2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por
R$300,00, qual a taxa percentual de lucro obtida?
3) Sabendo que o total de aulas de fertilidade do solo (práticas e teóricas) este
período será de 34, e que você tem o direito de faltar ‡ de acordo com o
regimento da UFRRJ§. Calcule o número de aulas às quais você pode faltar.
4) O sulfato de amônio tem 21% de nitrogênio. Calcule quantos kg de nitrogênio
tem uma tonelada deste produto.
5) Calcule a quantidade de nutriente (em kg) contida nos fertilizantes abaixo.
Considere uma saca (50 kg) e uma tonelada (100 kg).:
Nitrogenados % N N / saca N / tonelada
Sulfato de Amônio 20
Uréia 45
Nitrato de Amônio 33
Fosfatados % P2O5 P2O5 / saca P2O5 / tonelada
Superfosfato simples 20
Superfosfato triplo 46
Fosfato Natura 18
Potássicos % K 2O K2O / saca K2O / tonelada
Cloreto de Potássio 60
Sulfato de Potássio 50
6) Uma saca de uréia custa R$ 50,00. Sabendo que areia tem 45% de N, calcule
o custo do kg de N.
Uma dica importante: O FATOR DE MULTIPLICAÇÃO.
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos
calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de
multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante.
Veja a tabela abaixo:
Acréscimo ou Fator de
Lucro Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67


RECOMENDA-SE NÃO FALTAR NENHUMA.
§
Você conhece o regimento interno da UFRRJ?

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Exemplo 1: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10*1,10 = R$ 11,00


No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja a tabela abaixo:
Fator de
Desconto
Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
Exemplo 2: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00

1.6. Outras:
Conhecimentos de derivadas (pelo menos) e integral seriam de grande importância e
interessantes para o uso na disciplina. Na medida do possível, quando necessário,
esses conhecimentos serão relembrados.
Derivadas, por exemplo nos permitem saber em que momento as plantas estão
absorvendo mais nutrientes (por unidade de área e tempo), dentre outras aplicações.

2. Área e volume
2.1. Medidas de superfície e área
As medidas de superficie fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas
perguntas mais corriqueiras do cotidiano:
 Qual a área desta sala?
 Qual a área dessa quadra de futebol de salão?
 Qual a área pintada dessa parede?
 Qual a área plantada com milho?
 ...
2.1.1. Superfície e área
Superfície é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida dessa
grandeza, portanto, um número.
2.1.2. Metro Quadrado
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado.
O metro quadrado (m 2) é a medida correspondente à superfície de um quadrado com
1 metro de lado.

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Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetros hectômetro decâmetro decímetro centímetro milímetro
metro quadrado
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1.000.000m2 10.000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

O dam 2, o hm 2 e km 2 são utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm 2,


o cm 2 e o mm 2 são utilizados para pequenas superfícies.
Exemplos:
1) Leia a seguinte medida: 12,56m 2
km 2 hm 2 dam 2m2 dm 2 cm 2 mm 2
12, 56
Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada coluna dessa tabela
corresponde a uma unidade de área.
2) Leia a seguinte medida: 178,3 m 2
km 2 hm 2 dam 2 m2 dm 2 cm 2 mm 2
1 78, 30
Lê-se “178 metros quadrados e 30 decímetros quadrados”
3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam 2
km 2 hm 2 dam 2 m2 dm 2 cm 2 mm 2
0, 91 70
Lê-se 9.170 decímetros quadrados.

2.1.3. Medidas Agrárias


As medidas agrárias são utilizadas para medir superfícies de campo, plantações,
pastos, fazendas, etc. A principal unidade destas medidas é o are (a). Possui um
múltiplo, o hectare (ha), e um submúltiplo, o centiare (ca).
Unidade agrária hectare (ha) are (a) centiare (ca)
Equivalência de valor 100a 1a 0,01a
Particularmente, a mais conhecida e utilizada é o ha (hectare).
Referencial de ha:
1 ha = 10000 m2
=
área de 100 x 100 m
=
jardim interno do P1
Outras unidades têm uso regional, porém não são oficiais. Por outro lado, é
importante o seu conhecimento em função da própria regionalização e para facilitar o
entendimento com tais produtores.

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Superfície ou
DESIGNAÇÃO Área (ha) ESTADOS em que é adotado
comprimento (Metros)

Alqueire 110 X 110 1,21 SP, MG

Alqueire 110 x 165 1,82 MG, MT

Alqueire 165 x 165 2,72 TODOS


Alqueire 165 x 175 2,9 MG

Alqueire 173,8 x 173,8 3,02 MG


Alqueire 176 X 176 3,19 ES, SP, MG

Alqueire 165 X 220 3,63 RJ, MG

Alqueire 220 x 330 7,26 MG


Alqueire 220 x 440 9,68 MG, MT

Alqueire 440 x 440 19,36 MG, BA, GO


Alqueire Paulista 110 x 220 2,42 MA, ES, RJ, SP, MG, PE, SC, RS, MT, GO e PB

Alqueire Mineiro 220 x 220 4,84 AC, RN, BA, ES, RJ, SP, SC, RS, MT, GO, TO, MG
Braça Linear 2,2 - TODOS
Braça Quadrada 2,20 X 2,20 0,000484 TODOS
Braça de Sesmaria 2,20 x 6.600 1,45 RS
Celamim 27,5 x 13,75 0,04 MT

Celamim 27,5 x 55 0,15 SP, PR, SC, RS, MG


Cento de Côvados 66 x 66 0,44 BA
Cem Passos 66 x 66 0,44 CE
Cinquenta 110 X 110 1,21 AM, PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SP, SC, RS
Conta 8,8 x 55 0,05 PE, AL, SE
Conta 22 x 26,4 0,06 PE
Conta 11 x 55 0,06 SE
Conta 26,4 x 26,4 0,07 PE, AL, SE

Conta 22 x 33 0,07 PE
Corda 22 x 22 0,05 BA
Corda 26,4 x 26,4 0,07 BA

Corda 33 x 33 0,11 BA
Data 20 x 20 0,04 GO, TO

Data 17,6 x 44 0,08 SP


Data 22 x 44 0,1 SP, PR, MG

Data 25 x 50 0,12 SP, PR

Data 44 x 44 0,19 GO, TO


Data de Sesmaria 6.600 X 19.800 13068 PI e TODOS até 1822

Data de Campo 3.300 x 825 272,25 RS


Geira (Leira) 44 x 44 0,19 SP, SC
Légua Linear 6000 - PA, MA, PI, BA

Légua Linear 6000 - RS, RJ, GO, TO


Légua Linear 5280 - CE, RN

Légua Linear 6000 - TODOS

Légua Quadrada 6000 x 6000 3600 TODOS


Légua Quadrada 6.000 x 6.000 4356 PA, MA, PI, BA, RJ, RS, GO, TO

Quadra de Sesmaria - 1089 MG


Meia Cuia 22 x 22 0,05 -

Meia Data 22 x 22 0,05 SP

Meia Linha 27,5 x 55 0,15 MA


Meia Quarta 110 x 220 2,42 MA

Meia Quarta 55 x 55 0,3 SP, RS


Meia Quarta 110 x 27,5 0,35 SP, RS

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Superfície ou
DESIGNAÇÃO Área (ha) ESTADOS em que é adotado
comprimento (Metros)

Mil Réis 110 x 220 2,42


Tarefa 4356 0,43 BA

Tarefa 3053 0,03 AL, SE


Tarefa 3630 0,36 CE

Tarefa 15,4 x 15,4 0,02 MG


Tarefa 17,6 x 17,6 0,03 MG

Tarefa 26,4 x 26,4 0,1 SP, MT, MG

Tarefa 27,5 x 27,5 0,08 SP, PR, MT, MG


Tarefa 30,8 x 30,8 0,09 MT, MG

Tarefa 33 x 33 0,11 SP, MT, MG


Tarefa 35,2 x 25,2 0,12 MT, MG

Tarefa 39,6 x 39,6 0,16 MG


Tarefa 44 x 44 0,19 MG
Tarefa 55 x 55 0,3 TODOS
Tarefa bahiana 66 x 66 0,44 PB, PE, BA, SP, GO, MG
Quadra 26,4 x 26,4 0,07 PE, SP, MG

Quadra 30,8 x 30,8 0,09 SP, MG


AC, AM, PA, PI, CE, PE, AL, ES, RJ, SP, SC, RS, MT,
Quadra 132 x 132 1,74 MG
Quadra 220 x 220 4,84 AM, PA, PI, CE, PB, PE, AL, ES, MT, GO, MG

Quarta 110 x 55 0,61 SP, PR, SC, RS, MT, MG


Quarta 82,5 x 82,5 0,68 RJ, SP, RS, MG
Quarta - 0,76 MG
Quarta 88 x 88 0,77 MG
Quarta 55 x 165 0,91 MG
Quarta 110 x 110 1,21 ES, RJ, RS, MT, GO, MG
Quarta 220 x 220 4,84 MG
Quarteirão 27,5 x 27,5 0,756 AC, PE, SE, MG

Vara linear 2,2 - AC, AM, MA, CE, PB, PE, SE, BA, PR, GO, MG
Vara quadrada 2,20 x 2,20 0,000484 AC, AM, MA, CE, PB, PE, SE, BA, PR, GO, MG

Fonte: http://www.mda.gov.br/arquivos/TABELA_MEDIDA_AGRARIA_NAO_DECIMAL.pdf

2.2. Medidas de volume


Cálculos de volume são utilizados para se determinar a quantidade de calcário para
se neutralizar a acidez de uma determinada área ou de uma cova, tendo em vistas
que toda e qualquer recomendação de calcário deve ser expressa por área e
profundidade de incorporação (por exemplo: 1 tonelada de calcário
PRNT100%/ha/20 cm. Isso é o mesmo que afirmar que não necessários, neste caso,
1 tonelada de calcário (PRNT 100%) por 2000m 3 daquele solo (veja abaixo).
Exemplos:
Ex. 1) Calcular o volume de solo contido em 1 ha, na profundidade de 0-20 cm.
1 ha = 10000 m 2 x 0,20m = 2000m 3.
PARA TREINAR:
1) Calcule o volume de uma cova de 40 cm de lado por 40 cm de
profundidade.
2) Calcule o volume de solo contido em uma área de 50m x 20m, e uma
profundidade de 0-15 cm.

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3. Quimica
Em fertilidade do solo é fundamental o conhecimento de:
a) Equilíbrio de reações
b) Estequiometria
c) Titulometria, complexometria, potenciometria...
Exemplos:
Ex. 1) As determinações de Ca e Mg são feitos por complexometria, titulando-se o
extrato do solo com EDTA 0,025N. Sabendo que foi gasto um volume de 2 ml de
EDTA 0,025 N, e que as diluições a partir da amostra de solo foi de 40 vezes, pode-
se afirmar que os teores de Ca neste solo é de?
R. 2 cmolc dm-3.

PARA TREINAR:
1) Calcule a massa de um equivalente de CaCO3.
2) Para obter 1L de NaOH 1N, qual a massa do hidróxido necessária?

4. Ciência do solo
4.1.1. A textura do solo e suas relações com CTC, lixiviação e fixação de
nutrientes
O seu conhecimento atual sobre os solos que cobrem o território brasileiro é ainda
muito geral, mas deve ser suficiente para concluir que a maioria deles apresenta
algum tipo de limitação para a agricultura. Dessa forma é importante o conhecimento
das principais limitações e das suas relações com as plantas.
É fundamental relembrar os conhecimentos sobre:
d) Acidez do solo
e) Susceptibilidade à erosão;
f) Textura do solo
g) Lixiviação de nutrientes
h) Fixação do fósforo
i) Colóides (minerais e orgânicos) do solo
j) Superfície específica
k) Etc...
4.1.2. Bases, CTC e Saturação por bases
Bases trocáveis
São consideradas bases do solo: Ca++ + Mg++ + K+ + Na+. Os teores desses
elementos são obtidos com o uso de extratores químicos** e posterior determinação
analítica, visto que os mesmos encontram-se adsorvidos em posições de troca na
superfície dos colóides.
**
Você vai aprender o que é isso !!!!

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Soma de bases (valor S) - Corresponde ao somatório dos resultados das bases


trocáveis, obtidos pelas determinações anteriores. Utiliza-se a expressão:

S = Ca++ + Mg++ + K+ + Na+

Acidez: Determinação dos cátions ácidos presentes no solo (H + e Al+++), tanto em


forma adsorvida aos colóides, quanto os pertencentes a radicais carboxílicos.
Observações: Dois tipos principais de acidez são determinados em análises para
levantamentos de solos. A acidez trocável ou também denominada “extraível” e a
acidez potencial ou total.

Os diversos laboratórios normalmente fazem as duas determinações, porém


costumam expressar os resultados de diferentes formas. Fundamentalmente, as
diferenças se devem ao tipo de extrator utilizado, sendo que a acidez trocável se
obtém com utilização de soluções de sais neutros não tamponados, dos quais o mais
utilizado é o KCl N, podendo ser usado também o BaCl 2 0,1M, que extraem a acidez
ligada eletrostaticamente à superfície das argilas e que, na maioria dos solos, é
constituída em sua quase totalidade por Al +++. A acidez potencial por sua vez
determina juntamente H+ e Al+++, porém extrai também a acidez presente em radicais
carboxílicos em ligações fortes (covalentes), para isto se utiliza como extrator o
acetato de cálcio tamponado a pH 7,0. A determinação dos teores de H+ é feita por
diferença de acordo com a expressão:

H+ + Al+++ (Ca(OAc)2) - Al+++ (KCl N) = H+ extraível

Alguns laboratórios apresentam os resultados em separado como Al +++ trocável, H+


extraível e acidez potencial (H+ + Al+++), outros só apresentam os dois primeiros, e
ainda outros apresentam os resultados de outras formas.

Capacidade de troca de cátions (valor T) - Corresponde ao somatório dos


resultados da soma de bases trocáveis e acidez potencial, determinados
anteriormente. Utiliza-se a expressão:

T (cmolc.kg-1) = S + (H+ + Al+++)

Observações: Em razão da determinação de dois tipos de acidez (trocável e


potencial), dois tipos de CTC poderão também ser calculados. O primeiro,
denominado CTC efetiva, utiliza o valor S junto à acidez trocável determinada com
soluções salinas não tamponadas e foi por algum tempo usada como referência para
correção de acidez em fertilidade do solo. O segundo, também conhecido como CTC
do solo ou CTC a pH 7.0, utiliza o somatório de S com a acidez potencial e é esta
que efetivamente é usada para fi ns de classifi cação de solos.

Percentagem de saturação por bases (valor V) - Cálculo da proporção de bases


trocáveis contida na capacidade de troca de cátions, segundo determinações
anteriores. É dada pela expressão:
V% = S/T x 100
Representa a participação de bases trocáveis em relação ao total de cátions no
complexo.

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PARA TREINAR:
1) Com base nos resultados contidos nas tabelas abaixo, calcule S, T e V%
para cada uma das áreas e respectivas profundidades abaixo.
Al H + Al Ca Mg Na K
Área Prof. -3
---------------- cmolc dm ----------------
0-20 0,5 4,2 1,0 0,5 0,05 0,2
A
20-40 0,5 4,7 1,0 0,4 0,06 0,1
0-15 0,0 3,0 2,0 0,4 0,02 0,3
B
15-30 0,0 2,5 1,8 0,3 0,02 0,3
0-5 0,5 4,2 1,0 0,5 0,05 0,2
C
5-15 0,5 4,7 1,0 0,4 0,06 0,1
2) Com os conhecimentos sobre cálculo de médias, calcule S, T e V% para
as seguintes situações:
a. Área A para a profundidade de 0-30 cm;
b. Área B, para a profundidade de 0-30 cm;
c. Área C, para a profundidade de 0-10 cm.
4.1.3. O sistema internacional de unidades em Ciência do Solo
4.1.3.1. Na área de química e fertilidade do solo
Em virtude das modernas tendências de globalização, este fato se tornou de grande
importância, principalmente considerando-se que o Brasil desde 1960 é signatário de
um acordo internacional para uniformizar a expressão de medidas em todo o mundo.
A maioria das unidades utilizadas até recentemente no Brasil em ciência do solo, não
pertencia ao Sistema Internacional de Unidades (SI). A Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo vem se preocupando com o assunto e tem feito algumas sugestões
de unidades para fins de uniformização (CANTARELLA; MONIZ, 1995).
Desde 1993 a SBCS adotou o sistema internacional de unidades para expressão dos
resultados analíticos. Ainda é comum encontrar na literatura mais antiga resultados e
informações adotadas até então.
Sobre o uso do sistema internacional de unidades, Batista e Cordeiro (1998)
apresentam no texto abaixo, de forma resumida todas as informações necessárias
na disciplina. Leia com atenção.
Para simplificar, a tabela abaixo apresenta um resumo das unidades que você mais
vai utilizar††:
Antiga Atual (S.I.) FATOR
% g kg-1, g dm-3, g l-1 10
ppm, g/cm3 mg kg-1, mg dm-3, mg l-1 1
meq/100cm3 mmolc dm-3 10
meq/100g cmolc kg-1 1
meq/100g mmolc kg-1 10
meq/l mmolc l-1 1

††
Mas, não deixe de ler o texto de Batista e Cordeiro (1998).

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4.1.3.2. Massa

A unidade de base de massa no sistema internacional é o quilograma (kg). Seus


múltiplos e submúltiplos devem ser formados com os prefixos do quadro abaixo e a
palavra grama.

Prefixos das unidades SI


Nome Símbolo Fator de multiplicação da unidade

yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000

zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000

exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000

peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000

tera T 1012 = 1 000 000 000 000

giga G 109 = 1 000 000 000


mega M 106 = 1 000 000

quilo k 10³ = 1 000

hecto h 10² = 100

deca da 10

deci d 10-1 = 0,1

centi c 10-2 = 0,01

mili m 10-3 = 0,001

micro µ 10-6 = 0,000 001

nano n 10-9 = 0,000 000 001


pico p 10-12 = 0,000 000 000 001

femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001

atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001

zepto z 10-21 = 0,000 000 000 000 000 000 001

yocto y 10-24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001

O grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa


unidade, seus múltiplos e submúltiplos, faça a concordância corretamente.

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Exemplos:
*dois quilogramas
*quinhentos miligramas
*duzentos e dez gramas
*oitocentos e um gramas

O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil. Portanto,
não pode ser usado sozinho. Use o prefixo quilo da maneira correta.

Certo Errado Errado


quilograma; kg quilo; k kilograma

A utilização de unidades não pertencentes ao SI deve ser restrita, a fim de preservar


as vantagens de um sistema homogêneo.

No entanto, algumas unidades são necessárias e convenientes, como é o caso da


tonelada.

O termo tonelada (t), equivalente a 1.000 kg, pode ser e é empregado no lugar de
megagrama (Mg), principalmente por essa grafia ser idêntica à do elemento
Magnésio.

Quantidade de
Nome Plural Símbolo Equivalência
gramas
tonelada toneladas t 1 000 kg 106
megagrama megagramas Mg 1 000 kg 106

4.1.3.3. Conversões
Em muitos momentos será necessária a conversão de unidades ou formas nos
nutrientes (elementos). A maioria destas transformações está contida em Almeida, et
al (1988).
A tabela abaixo mostras algumas conversões:

De: Para: Multiplicar por:


P P2O5 2,29
K K2O 1,20
P2O5 P 0,437
K2O K 0,830
K (cmolc dm-3) K (mg dm-3) 390

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5. Referências utilizadas
ALMEIDA, D.L. et al. Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro. Itaguaí: Editora
Universidade Rural, 1988. 179p.
BATISTA EM & CORDEIRO DG. Recomendações para implantação do sistema internacional de
unidades na área de química e fertilidade do solo. Rio Branco, AC (Brazil). 1998. 4 p. EMBRAPA.
BRASIL–MDA. http://www.mda.gov.br/arquivos/TABELA_MEDIDA_AGRARIA_NAO_DECIMAL.pdf
CANTARELLA, H.; MONIZ, A. C. Unidades do sistema internacional em publicações da SBCS.
Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 20, n. 2, p. 82-84,
1995.
INMETRO. Unidades Legais de Medida. http://www.inmetro.gov.br/consumidor/unidLegaisMed.asp.
Consultado em 12/08/2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. MANUAL técnico de pedologia.
Rio de Janeiro: IBGE, [2005]. 300 p. (Manuais técnicos em geociências, n. 4). 1 CD-ROM.
Trabalho apresentado ao XXX Congresso Brasileiro de Ciência do solo, Recife, 2005.
NOVAIS, et al (Editores). Fertilidade do Solo. SBCS, Viçosa-MG. 2007. 1017 pag.
POTAFOS. Manual internacional de fertilidade do solo. 1998. 177 PAG.
SÓ MATEMÁTICA. http://www.somatematica.com.br/. Consultado em 11/08/2008.

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