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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ACADÊMICA
Profa. Me. Juliana da Silva
Roteiro de Estudo
Objetivo
1. Textualidade;
2. Fatores de textualidade;
3. Coesão;
4. Coesão por associação;
5. Coesão por retomada;
6. Retomada por elipse
7. Coesão pela conexão;
8. Coerência;
9. Gêneros acadêmicos;
10.Fichamento;
11. Resumo acadêmico;
12.Resenha crítica/acadêmica;
13. Artigo científico.
Objetivo da aula
.
Dicas de Leitura
TEXTUALIDADE
Coesão;
Coerência;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Informatividade;
Intertextualidade;
Intencionalidade.
Sugestão de leitura
Artigo intitulado “A linguística textual e a construção do
texto: um estudo sobre os fatores de textualidade”.
COESÃO
Vieira e Faraco (2019, p.17) enfatizam que “nenhuma palavra está avulsa num
texto. Além disso, havendo uma palavra central – como é caso aqui de
„samba‟, outras palavras e expressões, provenientes de diferentes domínios
discursivos e eixos temáticos, a ela se vinculam pelos sentidos deflagrados. É
esse tipo de relação que estamos chamando de coesão por associação
semântica, também conhecida como coesão lexical”.
EXEMPLIFICANDO...
O NASCIMENTO DO SAMBA
Marcos Napolitano (USP)
Como cantam Caetano Veloso e Gilberto Gil, “o samba é pai do prazer/ O samba
é filho da dor”. Como gênero musical urbano, o samba surgiu na Primeira
República, em meio ao processo de redefinição das identidades cultural e política
das populações afrodescendentes que estavam saindo do cruel sistema
escravista. “Filho da dor”, pois na memória do samba por muito tempo ecoaria o
som e o lamento das senzalas. “Pai do prazer”, pois foi pelo samba, entre
outros gêneros afro-brasileiros, que identidades negras e mestiças tentaram
sublimar o passado doloroso e se afirma em um presente que ainda lhes reserva
um papel subalterno na sociedade.
A palavra samba surgiu em um disco pela primeira vez em 1917, com o famoso
“Pelo telefone”, composto por Donga e interpretado pelo cantor Baiano. A nossos
ouvidos, o ritmo dessa canção é um pouco diferente do que hoje conhecemos
como “samba”; a rigor, Pelo telefone”, se parece mais como o “maxixe”, outro
gênero praticado pelos músicos afrodescendentes, voltados para dança a dois
e não para o desfile de blocos carnavalescos.
O samba ganhou sua feição musical mais próxima daquilo que nossos ouvidos
identificam como tal entre os anos de 1930 e 1940, com direito a letras sobre
malandragem, à batucada contagiante e a um coral de mulheres, as
“pastoras”, que lhe é típico. As escolas de samba, surgidas a partir de 1928,
passaram a ter sua história intimamente ligada ao samba.
Em meio às visões exóticas e folcloristas sobre o povo, que convivia com o
racismo explícito, o samba se afirmou aos poucos como uma música mestiça
e brasileira. Se, nos primeiros anos de sua existência, era perseguido pela
polícia, que considerava “vadiagem” o fato de pessoas andarem com violão e
pandeiro, sobretudo após o modernismo, o samba passou a ser cantado e
decantado por vários intelectuais brancos. Nos anos 1930, o samba foi
paulatinamente incorporado aos discursos culturais oficiais, até como prova de
que as elites do “Brasil Novo” da Era Vargas supostamente já não eram as
mesmas da República Velha. No final dos anos 1930, o samba carioca foi alçado
à condição de gênero musical brasileiro por excelência, expressão de ginga de
mestiçagem e da alegria.
Clichês à parte, devemos dizer que as novas abordagens
historiográficas vêm demonstrando que o samba não era tão
perseguido assim durante a Primeira República, como acreditavam os
estudiosos do assunto, nem deixou de ser objeto de crítica dos
racistas a partir de 1930. De todo modo, a aceitação do samba como
principal música do incipiente mercado fonográfico e radiofônico
brasileiro e símbolo da “brasilidade” ajudou muitos sambistas oriundos
das classes populares a mostrar sua arte e se afirmar socialmente.
Foi o caso de José Barbosa da Silva, o Sinhô, Ismael Silva e Agenor de
Oliveira, o Cartola. Nos anos de 1930, vários compositores brancos
assumiram o samba como meio de expressão musical legítima e
autenticamente brasileira, dando novos contornos sociais e estéticos
ao gênero.
Mais do que “refletir” uma determinada realidade social, o samba passou a abrigar,
desde então, a utopia de um país radicalmente integrado e de uma cultura
brasileira popular, nacional e sofisticada, tudo a um só tempo. Foi assim que esse
gênero musical, de décadas mais tarde do seu surgimento, atrairia compositores
geniais como Tom Jobim, João Gilberto, Paulinho da Viola e Chico Buarque de
Holanda, entre outros.
Combinando melancolia e festa, memória e escravidão e utopia de liberdade,
“negros” e “brancos”, pobres e ricos, o samba sonhou um Brasil integrado que,
talvez, nunca tenha existido de fato. Mas nem por isso deixou de nos moldar
culturalmente, tocado nas avenidas onde os passistas driblam a gravidade ao som
das enormes baterias, ou de maneira sussurrada, com um “banquinho e um
violão, que nos faz introjetar no espírito a sua síncope dançante.
“Bebianno deu uma entrevista ao jornal O Globo afirmando que não havia crise
nenhuma no governo por conta das denúncias envolvendo o partido que presidiu
interinamente durante a campanha eleitoral. Para provar, afirmava que havia
falado com Bolsonaro três vezes naquele dia”.
FONTE: VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Escrever na universidade 2: Texto e discurso. São Paulo: Parábola, 2019.
COESÃO PELA CONEXÃO
Antunes (2005, p. 140) afirma que “por conexão queremos referir aqui
o recursos coesivo que se opera pelo usos de conectores, o qual
desempenha a função de promover sequencialização de diferentes
porções do texto”.
FONTE: VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Escrever na universidade 2: Texto e discurso. São Paulo:
Parábola, 2019.
:
O que se pode inferir?
FONTE:
OBJETIVO
METODOLOGIA
RESULTADOS
RESENHA
Objetivo
ACADÊMICA/CRÍTICA
Exemplo de Artigo
Acadêmico na
Área de Letras.
.
ARTIGO CIENTÍFICO/ACADÊMICO
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola, 2005.
COSTA VAL, M. G. Texto, textualidade e textualização. In: CECCANTINI, J. L. T.; PEREIRA, R. F.;
ZANCHETTA JR., J. Pedagogia cidadã: cadernos de formação – Língua Portuguesa. V. 1. São
Paulo: UNESP-Pró-Reitoria de Graduação, 2004. p. 113-128.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 5ª ed. 3ª
reimpressão. São Paulo: Ática, 2008.
GOMES, Isaltina Maria de Azevedo Melo. A divulgação científica em Ciência Hoje: características
disiscursivo-textuais.2000. Tese (Doutorado em Linguística). Universidade Federal de Pernambuco,
Recife.
REFERÊNCIAS
LOUSADA, Eliane Gouvêa e ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Planejar gêneros acadêmicos: escrita
científica, texto acadêmico, diário de pesquisa, metodologia. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção de texto, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola
Editorial, 2008.
MOTTA-ROTH, Désirée; HENDGES, Graciela H. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola
Editorial, 2010.
SILVA, Luciana Pereira da. Prática textual em língua portuguesa. Curitiba: IESDE Brasil S. A. 2008.
SANTOS, M. F. dos. A formação docente para os letramentos: sujeitos e identidades nas práticas linguageiras
de gêneros acadêmicos em um curso de Física. Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências).
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia e
Universidade Estadual de Feira de Santana. Salvador, 2019.
VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Escrever na universidade 2: Texto e discurso. São Paulo: Parábola, 2019.