O vídeo faz referências a personagens e eventos históricos que representam o racismo nos EUA, como Jim Crow e o massacre de Charleston, e retrata a violência policial contra negros, como no caso de Stephon Clark. Ao mesmo tempo em que denuncia o racismo, a música e a dança celebram a cultura negra.
O vídeo faz referências a personagens e eventos históricos que representam o racismo nos EUA, como Jim Crow e o massacre de Charleston, e retrata a violência policial contra negros, como no caso de Stephon Clark. Ao mesmo tempo em que denuncia o racismo, a música e a dança celebram a cultura negra.
O vídeo faz referências a personagens e eventos históricos que representam o racismo nos EUA, como Jim Crow e o massacre de Charleston, e retrata a violência policial contra negros, como no caso de Stephon Clark. Ao mesmo tempo em que denuncia o racismo, a música e a dança celebram a cultura negra.
‘This is America’, o canto antirracista de Childish Gambino O homem negro que aspira a ser branco
Um violão e uma cadeira dentro de um galpão estão no centro da primeira imagem
do vídeo. Em poucos segundos, um homem negro se senta para tocar violão enquanto a figura de Glover aparece ao fundo da imagem. O músico dança em primeiro plano e faz um gesto estranho com o olho direito, em referência a Tio Ruckus. Este personagem de ficção, o antagonista da história em quadrinhos The Boondocks, é um homem negro que acredita ser branco e que mostra tendências racistas. As leis que fundamentam a segregação O homem do violão, o artista Calvin the Second, aparece encapuzado e Donald Glover lhe dá um tiro na nuca enquanto assume uma posição muito peculiar. Com ela imita Jim Crow, outro personagem de ficção muito arraigado na cultura popular norte-americana. No século XIX, o ator branco Thomas Dartmouth criou um espetáculo blackface no qual cantava e dançava com o rosto pintado de preto, interpretando um escravo negro que possuía todos os estereótipos negativos relacionados com a comunidade negra. O vaudeville de Darmouth teve tanto sucesso que Jim Crow passou a ser uma forma depreciativa de se referir a um cidadão afro-americano. Embora hoje possa parecer inacreditável, o termo pejorativo também deu nome a um conjunto de leis norte- americanas que promoveram a segregação racial nos Estados Unidos até 1965. Bailarinos africanos Depois de entregar a arma a um adolescente, que a pega com o cuidado de quem tem entre as mãos uma joia, Glover dança com um grupo de estudantes negros a Gwara Gwara, uma dança sul-africana que Rihanna popularizou na cerimônia do Grammy em janeiro de 2018. Massacre de Charleston Um coral gospel se incorpora à melodia trap de This is America. O ator e músico dispara em todos os seus membros com uma metralhadora, estabelecendo um paralelismo com o massacre de Charleston, na qual Dylann Roof, um branco na faixa dos 20 anos, matou nove pessoas em uma igreja afro-americana dos Estados Unidos em junho de 2015. Richard Pryor, o pioneiro A partir desse momento, no galpão onde o vídeo transcorre se inicia uma revolta popular com presença policial. Glover continua dançando e pisca para Richard Pryor, que incluiu durante décadas temas como o racismo e a violência em seus irreverentes monólogos de humor. A morte de Stephon Clark pela polícia Os estudantes aparecem como testemunhas do enfrentamento entre manifestantes e a polícia, gravando o que ocorre com seus telefones celulares. This is a celly / That's a tool (Isto é um celular; esta é uma ferramenta), diz nesse momento a letra da canção. Stephon Clark levou sete tiros da polícia em março de 2018. Os agentes buscavam um suspeito de quebrar vidros de carros. Clark estava no quintal traseiro de sua casa falando por telefone e a polícia confundiu o aparelho com uma arma, disparando contra ele. Ele era negro. O assassinato de Clark pela polícia desatou uma série de novos protestos no país, ainda fortemente marcado pela segregação racial. O cavaleiro branco do Apocalipse Ao fundo da cena, um homem com o rosto coberto com um lenço monta em um cavalo branco. No Novo Testamento da Bíblia, o cavalo branco de um dos quatro cavaleiros do Apocalipse representa a morte e a vitória por meio do confronto violento.