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King
B.B. King (1925-2015), nome artístico de Riley Bem King, nasceu em Itta Bena,
nos arredores de Indianola, cidade do estado americano de Mississipi, Estados
Unidos, no dia 16 de setembro de 1925. Com nove anos sentiu na pele a
miséria, quando colhia algodão para se sustentar. Conheceu de perto o
racismo, quando serviu o Exército durante a Segunda Guerra Mundial e
descobriu que os soldados, seus compatriotas, preferiam sentar-se ao lado de
um prisioneiro alemão a ficar ao lado dele.
Em 1940 comprou seu primeiro violão. Autodidata, nunca estudou música. Era
primo do guitarrista Bukka White, de quem recebeu apoio. Em 1947, com 22
anos, mudou-se para Memphis, onde começou a tocar em esquinas, em troca
de algumas moedas. Em 1949 foi contratado como DJ de uma rádio, quando
adotou o nome artístico de B.B. King (as iniciais representam Blues Boy).
Nos anos 60, quando o blues era repudiado pelos adolescentes negros,
politizados, por representar “musica dos tempos da escravidão”, B.B. King era
bem recebido pelo público do rock, que desde então o venerava. Em 1969, foi
escolhido para a abertura de 18 shows dos Rolling Stones.
B.B. King criou um estilo próprio e dizia que conseguia fazer uma nota valer por
mil. Seu estilo influenciou guitarristas como Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan
e George Harrison. Foi considerado para o blues o mesmo que Louis
Armstrong representou para o jazz e Ray Charles para a soul music.
B.B. King casou duas vezes e teve quinze filhos com quinze mulheres. Em
suas apresentações dos últimos anos, King tocava sentado por causa de
problemas de saúde decorrentes da diabetes, doença que ele conviveu por
mais de vinte anos.
B.B. King faleceu em Las Vegas, no estado de Nevada, Estados Unidos, no dia
14 de maio de 2015.