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Alexandre D.

Dall’ Alba

TRABALHO SOBRE O FILME ‘’CRASH, NO LIMITE.’’

Resenha crítica:

O filme exposto infelizmente continua sendo atual, tratando de diversas


questões envolvendo preconceitos, sejam estes de sexo, raça ou de formas
xenofóbicas. A obra coloca seus personagens em situações extremas, e o rumo das
atitudes que irão ser tomadas dependem muito das origens, contexto, bagagem
histórica e emocional que estes carregam, ou seja, a todo momento se vale do
controle social e o rompimento de padrões.

Na figura dos jovens negros (vale ressaltar a presença do rapper Ludacris),


temos dois agentes que dotados de livre arbítrio decidem quebrar o contrato social
(escola liberal clássica). Justamente no momento em que eles roubam o carro do casal,
há esse rompimento da norma e dos padrões, tornando-os delinquentes.

Passado algumas cenas, a personagem de Sandra B. assume papel de vítima,


em sua forma primária e secundária, pois além de ser diretamente atingida pelo delito,
acaba revivendo todos os fatos ao envolver a máquina estatal. Neste cenário aparece
um latino e acaba que vêm a luz mais uma teoria, a do criminoso nato (Escola
Positiva), que por sua etnia, forma de se vestir, tatuagens, ou seja, por sua aparência; é
considerado como criminoso.

A teoria de Chicago se ocasiona mediante a desorganização social, e tal imagem


fica evidenciada logo no início do filme, quando persas são confundidos com árabes
em uma loja de armas e logo surge o pensamento xenofóbico de que se tratam de
terroristas, que vieram ao país cometer atentados e chacinas.

Além disso, na mesma cena pode-se falar da reação social em sua forma
negativa, que após o atentado de 11 de setembro, grandes grupos viraram seus olhos
em forma de reprovação a coletividade do Oriente Médio.

Vale ressaltar as diversas quebras de paradigmas que o filme mostra, desde a


grávida fumando, uma mãe usuária de drogas e até a famigerada meritocracia quando
mostra o maior nível de dificuldade que um negro teve para chegar ao cargo de
tenente na polícia e a fragilidade que sua ocupação ostenta, pois o menor dos deslizes
ou erros podem ser fatais para que ele perca o emprego.

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