Você está na página 1de 24

MC Serviços Gerais

Marcos Antônio Christiano Pereira


Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

ESTUDO TÉCNICO DE VIABILIDADE AMBIENTAL

SUPRESSÃO DE COBERTURA VEGETAL PARA USO


ALTERNATIVO DO SOLO

FAZENDA “PAVÃO”

Requerente: Vanilda Ramos Alexandre Serrano Guimarães

Propriedade: Fazenda “Pavão”

Coordenadas Geográficas(UTM): E: 475327, N:7562238 (Fuso: 23 K, Datum: WGS 84)

Olímpio Noronha/MG, 23 de maio de 2023

1
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

ÍNDICE

1- INFORMAÇÕES GERAIS................................................................................03
1.1- DA REQUERENTE
1.2- DA PROPRIEDADE
1.2.1- ROTEIRO DE ACESSO
1.2.2- QUADRO DE ÁREAS
1.3– RESPONSÁVEL PELO ESTUDO
2- INTRODUÇÃO..................................................................................................06
3- OBJETIVOS.......................................................................................................07
4- CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL...............................................................07
4.1- CARACTERIZAÇÕES EDÁFICAS
4.2- CARACTERIZAÇÕES HÍDRICAS
4.3- CARACTERIZAÇÕES CLIMÁTICAS
4.4 – CARACTERIZAÇÕES DA FAUNA E DA FLORA
5- DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DA PROPRIEDADE...........................................14
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................20
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................21
8– ASSINATURAS.................................................................................................23
9-ANEXO................................................................................................................24

2
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

1 - INFORMAÇÕES GERAIS

1.1– DA REQUERENTE

- Vanilda Ramos Alexandre Serrano Guimarães

- CPF: 516.592.806-30

- Endereço: Rua 15 de novembro, nº 15, Bairro Centro

- Cidade: Olímpio Noronha-MG

- CEP: 37.488-000

- Telefone da responsável: (31) 99836-6910 - Leonardo

1.2 – DA PROPRIEDADE

- Fazenda “Pavão” – Registrada no CRI de Lambari/MG sob o nº 6.400, Liv.: 2-AB,


Folha: 070

- Registrada no CAR: MG-3145505-45D4.09E0.F04A.4EE9.A0D9.4492.1D5B.E5CC

- Proprietários: Vanilda Ramos Alexandre Serrano Guimarães e seu esposo Marcelo


Serrano Guimarães

- Localidade: Zona rural de Olímpio Noronha

- Cidade: Olímpio Noronha – MG

- CEP: 37.488-000

3
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

1.2.1 - ROTEIRO DE ACESSO

Saindo de Olímpio de Noronha-MG, sentido o trevo principal, entrar na estrada de


terra e percorrer por aproximadamente 5 km, até a propriedade.

Figura 01 - Roteiro de acesso;

1.2.2 – QUADRO DE ÁREAS

- Área do imóvel rural (CAR): 53,1758 hectares

- Área do imóvel rural (Escriturada): 36,3200 hectares

- Área de remanescente de vegetação nativa: 51,1427 hectares

- Área consolidada: 1,9212 hectares

- Área de reserva legal: 10,6965 hectares

- Área da preservação permanente: 7,5470 hectares

4
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

1.3- RESPONSÁVEL PELO ESTUDO

- Engenheiro Agrícola Marcos Antônio Christiano Pereira

- CREA-MG: 115100/D

- Endereço: Rua Teobaldo Rocha, nº 54

- Bairro: Centro

- Cidade: Baependi-MG

- CEP: 37443-000

- Telefone: (35) 997187470

5
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

2 – INTRODUÇÃO

A Fazenda “Pavão” está localizada na zona rural de Olímpio Noronha, município


com área territorial de 54.633 Km², com uma população estimada de 2.829 pessoas
(IBGE. 2021), localizada no sul do estado de Minas Gerais.

A Fazenda “Pavão’ atualmente vem de encontro com propostas de desenvolvimento


econômico e preservação ambiental. Uma vez que a propriedade possui áreas
antropizadas quanto a fitofisionomia original, viáveis para a atividade agrícola.

Este estudo técnico buscou caracterizar as áreas de uso do solo, as vegetações e


preservações existentes no imóvel Fazenda “Pavão”.

A caracterização ambiental realizada na propriedade busca promover o zoneamento


de áreas possíveis de autorização ambiental para a supressão da cobertura vegetal
existente para o uso alternativo do solo numa previsão de 90 % de acerto, está
caracterização não substitui o inventário florestal que quantifica e reuni as análises
florísticas, estruturais e fitossociologias das áreas.

6
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

3 – OBJETIVOS

- GERAL

Caracterização de forma específica do uso do solo e da cobertura vegetal nativa do


imóvel rural Fazenda “Pavão”.

- ESPECÍFICO

- Levantamento das áreas de cobertura vegetal nativa passível para uso alternativo do
solo;
- Tomada de decisão quanto a viabilidade de uso das áreas;
- Nortear a obtenção de Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental junto ao
Instituto Estadual de Florestas (IEF).

4 - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

4.1 – CARACTERIZAÇÕES EDÁFICAS

A Fazenda “Pavão” encontra-se no relevo da região do Planalto do Alto Rio Grande


na unidade Serranias de Lambari e Conceição das Pedras, caracterizado como
dissecação estrutural em forma de topo aguçado, numa declividade variando de
ondulado a forte ondulado.

7
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Figura 02 – Relevo e declividade da propriedade, fonte IDE Sisema;

O solo predominante no imóvel e classificado LVAd15 - LATOSSOLO


VERMELHO-AMARELO distrófico típico A moderado textura argilosa +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico típico A moderado textura
média/argilosa.

8
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Figura 03 – Solo da propriedade, fonte IDE Sisema;

4.2 – CARACTERIZAÇÕES HÍDRICAS

A Fazenda “Pavão” está inserida na micro-bacia do Rio Lambari, sub-bacia do Rio


Verde, bacia hidrográfica do Rio Grande. Pertencente a Unidade de Planejamento e
Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH): GD4 - Rio Verde.

9
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Figura 04 – Recursos Hídricos, fonte comites.Igam;

4.3 – CARACTERIZAÇÕES CLIMÁTICAS

Com altitude média 958 metros, o município de Olímpio Noronha, possui uma
temperatura média anual de 20,7º C, variando entre uma mínima de 8.0 a 18 °C e a
máxima inferior a 25 °C.

A precipitação anual é de aproximadamente 1.600 mm, apresentando um regime de


distribuição maior no período mais quente entre novembro a março e menor entre abril a
outubro sendo o pico da estiagem entre junho e agosto. (INMET).

10
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

4.4 – CARACTERIZAÇÕES DA FAUNA E DA FLORA

FAUNA

Com a finalidade de conhecer e caracterizar de amostragem simples a


composição da fauna presente na Fazenda “Pavão”, foram consultadas referências
bibliográficas, tais como artigos científicos, bancos de dados digitais com interface na
rede de internet, entre outros.

Como referência bibliográfica para a apresentação das espécies da fauna


existente na região, utilizou-se o Plano de Manejo da APA da Serra da Mantiqueira, por
se mostrar mais atualizada e com a apresentação das espécies observadas na região da
propriedade na qual podem ser consultada no plano de manejo.

Dentre os grupos da fauna, os invertebrados tiveram maior riqueza (3.940),


seguido por avifauna (713), herpetofauna (275), mastofauna (224) e ictiofauna (133).

FLORA

A área da propriedade encontra-se no bioma Mata Atlântica, representado pela


cobertura vegetal nativa Floresta estacional semidecidual montana em estágios
diferentes de desenvolvimento florística, estrutural e fitossociológica.

11
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Figura 05 – cobertura vegetal da propriedade, fonte IDE Sisema;

A cobertura vegetal predominante na propriedade possui uma estratificação


incipiente com formação de de dossel e sub-bosque, com predominância de espécies
arbóreas formando um dossel definido entre 5 (cinco) e 12 (doze) metros de altura, com
redução gradativa da densidade de arbustos e arvoretas a presença de cipós e trepadeiras
que podem ser herbáceas ou lenhosas, a uma maior riqueza e abundância de epífitas em
relação ao estágio inicial, a serapilheira presente varia de espessura de acordo com a
localização, as espécies lenhosas possui uma distribuição diamétrica de moderada
amplitude com presença de indicadoras.

12
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Espécies de ocorrência em floresta estacional semidecidual montana: Acacia


polyphylla (monjolo), Aegiphila sellowiana (papagaio), Albizia niopoides (farinha-
seca), A. polycephala(farinheira), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Aspidosperma
spp. (perobas, guatambus), Andira fraxinifolia(morcegueira ou angelim), Bastardiopsis
densiflora, Cariniana spp.(jequitibás), Carpotroche brasiliensis (sapucainha), Cassia
ferruginea (canafístula), Casearia spp.(espeto), Chrysophyllum gonocarpum(abiu-do-
mato), Copaifera langsdorfii (pau-d'óleo), Cordia trichotoma (louro-pardo), Croton
florinbundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-d'água), Cryptocarya
arschesoniana (canela-debatalha), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp.
(paineiras), Cedrela fissilis (cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis
(camboatã), Dalbergia spp. (jacarandá), Diospyros hispida(fruto-do-jacu), Eremanthus
spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus spp. (figueiras-bravas), Gomidesia spp.
(guamirim), Guapira spp. (joão-mole), Guarea spp. (marinheiro), Guatteria spp (envira),
Himatanthus spp. (agoniada), Hortia brasiliana (paratudo), Hymenaea courbaril (jatobá),
Inga spp. (ingás), Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia),
Lonchocarpus spp. (imbira-de-sapo), Luehea spp. (açoita-cavalo), Mabea fistulifera
(canudo-de-pito), Machaerium spp. (jacarandás), Maprounea guianensis (vaquinha),
Matayba spp. (camboatá), Myrcia spp. (piúna), Maytenus spp. (cafezinho), Miconia spp.
(pixirica), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp, (canelas), Ormosia spp. (tentos), Pera
glabrata, Persea spp. (maçaranduba), Picramnia spp., Piptadenia gonoacantha (jacaré),
Plathymenia reticulata (vinhático), Platypodium elegans (jacarandácanzil), Pouteria
spp.(guapeba), Protium spp. (breu, amescla), Pseudopiptadenia contorta (angico-
branco), Rollinia spp. (araticuns), Sapium glandulosum (leiteiro), Sebastiania spp.
(sarandi, leiteira), Senna multijuga (fedegoso), Sorocea spp (folha-daserra),
Sparattosperma leucanthum (cinco-folha-branca), Syagrus romanzoffiana (jerivá), Ta
bebuia spp. (ipês), Tapirira spp. (peito-de-pomba), Trichilia spp. (catinguás), Virola spp.
(bicuíba), Vitex spp. (tarumã), Vochysia spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba),
Zanthoxylum spp. (mamicade-porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Ixora spp.
(ixora), Faramea spp. (falsa-quina), Geonoma spp. (aricanga), Leandra spp., Mollinedia

13
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

spp., Piper spp. (jaborandi), Siparuna spp. (negramina), Cyathea spp. (samambaiaçu),
Alsophila spp., Psychotria spp., Rudgea spp.(cafezinho), Amaioua guianensis
(azeitona), Bathysa spp. (paude-colher), Rellia spp., Justicia spp., Geissomeria spp.,
Piper spp. (jaborandi), Guadua spp. (bambu), Chusquea spp., Merostachys spp.
(taquaras e bambus).

Salvo as áreas apresentadas abaixo que são áreas antropizadas/descaracterizadas


quanto a fitofisionomia original. Caracterizadas pelas árvores nativas isoladas a
semiadensadas, dominada por gramíneas exóticas, herbáceas ruderais/invasoras e
samambaia Pteridium sp.

5 – DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DA PROPRIEDADE

Em visita técnica, realizada na propriedade citada acima, localizada na zona rural


do município de Olímpio Noronha - MG, foi realizado levantamentos e caracterização
das áreas e de seus usos do solo, via levantamento topográfico (GPSmap76Csx) e de
observação, sendo constatado:

14
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Figura 06 – Uso do solo de forma específica;

A Fazenda “Pavão” está atualmente subdivida da seguinte maneira, em relação ao


seu uso do solo, de forma especifica:

1) Vegetação nativa em estágio médio a avançado de regeneração, áreas que tem


funções apenas para preservação e conservação, totalizando uma área de
47,6258 hectares.

Conforme Lei nº. 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

“Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de


regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a
vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos
de utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e
motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica
e locacional ao empreendimento proposto”.

Não sendo passível a supressão vegetal nestas áreas, em função do regime jurídico
geral do bioma Mata Atlântica, que não autoriza a supressão de vegetação em estágio
15
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

avançado, nem secundária em estágio médio, a não ser em casos de utilidade pública e
interesse social que não se aplica ao caso.

2) Área de Pastagem, constituída de pastagem suja, propícia para atividades


agropecuárias, totalizando uma de área de 0,6000 hectares.

Conforme Decreto nº 47.749, de 11 de novembro de 2019.

“Art. 2º – Para efeitos deste decreto considera-se:

XI – limpeza de área ou roçada: prática por meio da qual é retirada vegetação com
porte arbustivo e herbáceo, predominantemente invasora, com rendimento lenhoso de
até 8 st/ha/ano (oito metros estéreos por hectare por ano) em área localizada no Bioma
Mata Atlântica e 18 st/ha/ano (dezoito metros estéreos por hectare por ano) nos demais
biomas, para uso exclusivo na propriedade, desde que realizada em área rural
consolidada ou cuja supressão de vegetação tenha sido anteriormente autorizada, e que
não implique em uso alternativo do solo”.

“Art. 37 – São dispensadas de autorização, as seguintes intervenções ambientais:

III – a limpeza de área ou roçada”.

Sendo passível a limpeza da área de pastagem suja, dispensada de autorização por


necessitar apenas de uma limpeza de área/roçada.

3) Área não passível de autorização, vegetação nativa em estágio médio de


regeneração, adensada com samambaia Pteridium sp, ou seja, áreas que
passaram do tempo de serem suprimidas, dentro dos padrões das legislações
ambientais, totalizando uma área de 1,2000 hectares.

16
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Conforme Lei nº. 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

“Art. 7o. A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de


condições que assegurem:

I - a manutenção e a recuperação da biodiversidade, vegetação, fauna e regime


hídrico do Bioma Mata Atlântica para as presentes e futuras gerações”.

“Formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em


estágio avançado de regeneração”.

“Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de


regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a
vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos
de utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e
motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica
e locacional ao empreendimento proposto”.

Conforme Lei nº. 20.922, de 16 de outubro de 2013.

São consideradas áreas de uso restrito:

“Áreas, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas”.

“Em áreas de inclinação acentuadas fica vedada a conversão de novas áreas para uso
alternativo do solo, excetuados os casos de utilidade pública e interesse social”.

Não sendo passível a supressão vegetal nestas áreas, em função do regime jurídico
geral do bioma Mata Atlântica e da Lei nº. 20.922, de 16 de outubro de 2013,
considerando que as áreas estão encravadas, inseridas na calha de uma micro-bacia,

17
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

definida em formação vegetação florestal em estágio médio a avançado de regeneração


e entorno de córregos e suas áreas de preservação permanente (APP´S).

4) Área passível de autorização para supressão da cobertura vegetal, totalizando


uma área de 3,7500 hectares.

Tabela 01 – Quadro de áreas passíveis de autorização

Cobertura Área 01 Área 02 Área 03


vegetal (hectares) (hectares) (hectares)

Árvores nativas 0,6000 2,1500 1,0000


isoladas a
semiadensadas,
dominada por
gramíneas
exóticas,
herbáceas ruderais
e samambaia
Pteridium sp

Conforme Lei nº. 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

“Art. 25. O corte, a supressão e a exploração da vegetação secundária em estágio


inicial de regeneração do Bioma Mata Atlântica serão autorizados pelo órgão estadual
competente”.

Conforme Decreto nº 47.749, de 11 de novembro de 2019.

“Art. 3º – São consideradas intervenções ambientais passíveis de autorização:

I – supressão de cobertura vegetal nativa, para uso alternativo do solo;

VI – corte ou aproveitamento de árvores isoladas nativas vivas”.

18
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

Sendo passível de autorização ambiental a supressão da cobertura vegetal existente


dentro das áreas A1, A2, A3. Em função das áreas serem constituídas por árvores
nativas isoladas a semiadensadas, dominadas por gramíneas exóticas, herbáceas ruderais
e samambaia Pteridium sp., ou seja, áreas que sua cobertura vegetal identifica com as
características padrões para a supressão vegetal, dentro das legislações ambientais de
Minas Gerais.

As áreas passíveis de supressão da cobertura vegetal, deverão ser autorizadas pelo


órgão ambiental estadual competente (Instituto Estadual de Florestas-IEF), por meio de
processo de intervenção ambiental, mediante a juntada de documentação necessária.

Para maiores informações: http://www.ief.mg.gov.br/autorizacao-para-intervencao-


ambiental.

19
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A caracterização qualitativa realizada na propriedade busca promover o zoneamento


de áreas passíveis de autorização ambiental para a supressão da cobertura vegetal
existente para o uso alternativo do solo, numa previsão de 90 % de acerto, está
caracterização não substitui o inventário florestal que quantifica e reuni as análises
florísticas, estruturais e fitossociológicas das áreas.

Na Fazenda “`Pavão” existem 3 (três) áreas passíveis de autorização para supressão


da cobertura vegetal, totalizando uma área com 3,7500 hectares. Assim, caso aconteça
a intervenção ambiental nessas áreas passíveis de autorização, a propriedade terá uma
área útil de 4,3500 hectares para atividades agropecuárias em geral.

20
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Análise e avaliação de impactos ambientais/ José Aldo Alves Pereira, Rosângela Alves
Tristão Borém. – Lavras: UFLA/FAEPE, 2º. Ed.2007.

Mamiferos do Brasil/Nelio R. Dos Santos...[et al]. –Londrina: 2006. 437p. Il; 27cm.

Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº. 44, Belo Horizonte, Outubro de 2004.

Fundação Biodiversitas. Lista da fauna brasileira ameaçada, de extinção. Biodiversitas,


Belo Horizonte, Brasil, 157pp.

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico da Vegetação


Brasileira. Rio de Janeiro. IBGE, 132p. 1992.

Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil,


vol. 1,2,3 /Harri Lorenzi, 2002.

Árvores Exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas/Harri Lorenzi, 2003.

Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: guia de identificação de espécies,


EDUSP.

A Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos


Hídricos (IDE-Sisema), instituída pela Resolução Conjunta SEMAD/FEAM/IEF/IGAM nº
2.466/2017.

COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS.


Recomendações para o uso de corretivos e Fertilizantes em Minas Gerais; 4ª.
Aproximação. Lavras, 1989.176p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA - IBGE. Mapa de


vegetação do Brasil. Rio de Janeiro, 1993.

21
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

LOMBARDI NETO, F. Práticas de manejo e conservação do solo. In: Reunião


Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, 10, 1994, Florianópolis.
Resumos... Florianópolis: SBCS, p.111-119, 1994.

https://portal.inmet.gov.br/ ; Página visitada em 24 de maio de 2023.

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm; Página visitada em 24 de maio de


2023.

http://www.biodiversitas.org.br/index.htm; Página visitada em 24 de maio de 2023.

http://www.wikiaves.com.br/; Página visitada em 24 de maio de 2023.

http://www.redeprofauna.pr.gov.br/arquivos/File/biblioteca/ManualRastros_web22XII0
8.pdf, Página visitada em 24 de maio de 2023.

https://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/webgis; Página visitada em 24 de maio de


2023.

https://comites.igam.mg.gov.br/images/mapas/Mapas_2020__/Mapas_PDF/GD4_A3_2
020.pdf ; Página visitada em 24 de maio de 2023.

LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006.

LEI Nº 20.922, DE 16 DE OUTUBRO DE 2013.

DECRETO Nº 47.749, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2019.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 392, DE 25 DE JUNHO DE 2007

22
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

8 - ASSINATURAS

_____________________________
Engenheiro Agrícola
Marcos Antônio C. Pereira
CREA-MG: 115100/D

_______________________________________________
Vanilda Ramos Alexandre Serrano Guimarães
CPF: 516.592.806-30

23
MC Serviços Gerais
Marcos Antônio Christiano Pereira
Engenheiro Agrícola
CREA-MG: 115100/D

9 – ANEXO

24

Você também pode gostar