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Considerações Introdutórias
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A respeito do debate, em nosso meio intelectual, precisamos considerar os
trabalhos de Álvaro Valls, especialmente a tradução dos textos de Habermas ao
português; de Ernildo J. Stein, em especial o artigo: Dialética e Hermenêutica,
uma controvérsia sobre o método em Filosofia, publicado como anexo da obra de
Jürgen Habermas. A obra de Jean Grondin, Hermenêutica: introdução à
hermenêutica filosófica, especialmente a última parte. O trabalho de Josef
Bleicher conhecido como Hermenêutica Contemporânea, especialmente a terceira
parte.
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se darão, por sua vez, por descontadas. Visto a esta luz, conclui Gadamer,
o conceito habermasiano de crítica é dogmático; atribui à reflexão um
poder que esta somente poderia ter se aceitássemos as premissas de
Hegel. É verdade, concede Gadamer, que a apelação à tradição não é um
argumento, pois “a tradição não é nenhuma garantia, ao menos quando a
reflexão exige uma garantia. Porém este é o ponto decisivo: Aonde exige?
Em todo lugar? A isto oponho a finitude da existência humana e a
essencial particularidade da reflexão” (Gadamer, p. 236). A reflexão não
está menos historicamente situada, não é menos dependente do contexto
que outros modos de pensamento. Ao desafiar a herança cultural, o
intérprete a está pressupondo e prosseguindo.
Gadamer nega também que a hermenêutica possa contrapor-se, sem
mais, à reflexão crítica como a renovação da autoridade tradicional se
contrapõe à dissolução desta. Afirma Gadamer:
Considerações conclusivas
Referências Bibliográficas