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AL
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
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AVM FACULDADE INTEGRADA
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ID
LE
A Importância da Formação Didática – Pedagógica dos
docentes Universitários
LA
PE
O
ID
G
Orientador
EN
Marcelo Saldanha
M
U
C
O
D
Rio de Janeiro
2015
2
_________________________________
Professor- Orientador
Marcelo Saldanha
3
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
ABSTRACT
This paper aims to show the importance of didactic training - teaching of university
teachers to the appreciation of higher education and the teaching prestige. Not many
studies in this particular area that aims to reflect on some issues concerning the
formation of the university teacher. As research starting point is a brief summary of the
history of education in Brazil related to the 1930 period of educational policies to the
1980s in the context of the military dictatorship. In the political transition that marked
the end of military dictatorship remained more conservative traits than changes.
Secondly prioritizes the importance of teacher training for this level of education and
critical reflection of educative practice that should have engaged in the social practice.
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 33
9
INTRODUÇÃO
1
BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação e os desafios do mundo moderno. IN: MASETTO, Marcos. (Org.)
Docência na Universidade. 4 ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 2002.
10
(...) sem um esquema ou arcabouço teórico, isso que chamamos mundo da práticas –
ou, simplesmente, práticas – não faz nenhum sentido e, assim, nem é mesmo
observado ou visto e nem, muito menos medido ou registrado. Inversamente, se dá o
mesmo: sem alguma experiência, algum acontecimento nisso que chamamos mundo
das práticas, não há como pensar, formular ou desenvolver uma ou mais teorias.
2
VEIGA-NETO, Alfredo. Equívocos ou O (falso) problema da relação entre teoria e prática, na formação docente,
(2002). Contraponto- www.ulbra.br
11
3
Em 1930, Getúlio Vargas liderou a revolução que pôs fim ao domínio de oligarquia agrária representada por Minas
Gerais e São Paulo que governou o Brasil na primeira fase republicana (1889-1930).
4
Rui Barbosa de Oliveira (1849-1923)- Jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador. Membro
fundador da Academia Brasileira de Letras.
5
MACHADO, Maria Cristina Gomes. Rui Barbosa: pensamento e ação. Campinas: Autores Associados, Rio de
Janeiro: Fundação casa de Rui Barbosa, 2002.
12
6
BARBOSA, Rui. Reforma do Ensino Secundário e Superior. Vol.IX Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde,
1942.
7
Texto conhecido com Manifesto de 1932, cujo título original é “A Reconstrução Educacional no Brasil ao Povo e ao
Governo”. Redigido por Fernando de Azevedo, constituiu-se em um dos mais importantes documentos da educação
brasileira e representou a influência dos ideais da Escola Nova no Brasil.
13
8
LDB ( 4024/61) incorporou os princípios do direito à educação, da obrigatoriedade escolar e da extensão da
escolaridade obrigatória, “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola”. A atual LDB -Lei de
Diretrizes e Bases nº 9.394, foi promulgada em 20 de dezembro de 1996. É por meio da LDB que encontramos os
princípios gerais da educação. Desde sua promulgação em 1996, ocorreram inúmeras atualizações e renovações a
cada período, cabendo à Câmara dos Deputados atualizá-la conforme o contexto em que se encontra a nossa
sociedade.
9
RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 6.ed. São Paulo: Moraes, 1986.
10
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 8. Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1978.
14
11
Na década de 1950, e, início da década de 1960, regia no Brasil, o Sistema das Cátedras (de origem francesa) nas
universidades brasileiras. Os professores mais importantes tinham uma cadeira, eram os “Professores Catedráticos”,
e, auxiliados pelos Assistentes, e, pelos Instrutores de Ensino. A partir da Reforma de Ensino Superior do Brasil,
ocorrida em 1968 da Lei Federal Lei n.º 5.540, de 28/11/1968, passou a funcionar nas universidades brasileiras, o
sistema de Departamentos (de origem norte-americanas).
12
Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, (revogada pela Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) -
transformou o curso primário, de quatro anos, e o ginásio, também de quatro anos, em oito anos letivos
obrigatórios.
15
13
Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad 2013 (IBGE) - O Brasil ainda tem 13 milhões de
analfabetos com 15 anos ou mais; representa 8,3% do total de habitantes do país.
14
Criada em 1980 a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – Faperj.
15
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394, de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
16
16
Ensino Fundamental e de valorização do Magistério (Fundef), para Fundo de
Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica e de
Valorização do Magistério (Fundeb),17 que abrange a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental e o ensino Médio. O Fundeb resgatou o conceito de
educação básica como um direito.
O governo Lula também investiu na educação superior pública,
valorizando estratégia de inclusão de camadas sociais com menor poder
aquisitivo. Desde 2003, foram criadas 14 universidades públicas federais no
território nacional. Em 2007 introduziu o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que busca
ampliar o acesso e a permanência na educação superior. As ações
pressupõem, além do aumento de vagas, medidas como a ampliação ou
abertura de cursos noturnos, o aumento do número de alunos por professor, a
redução do custo por aluno, a flexibilização de currículos e o combate à
evasão, enfim, a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede federal de
educação superior. 18
Em 2004 o Governo Lula criou o Programa Universidade Para Todos
(ProUni), para possibilitar e ampliar o acesso e a permanência de jovens com
menor poder aquisitivo à educação superior nas Instituições de Ensino
Superior (IES) privadas, com bolsas integrais ou parciais oferecidas pelas
Instituições privadas, além de prever cotas a jovens negros e indígenas.
Conjunto de medidas que mudou o perfil da educação superior no País.
As reformas educacionais feitas nesse contexto histórico nacional,
priorizou a profissionalização para preparar bons empregados para o crescente
desenvolvimento empresarial que tinha o controle econômico do país. A
16
Fundef - (1998-2006) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério, é um conjunto de fundos contábeis formado por recursos dos três níveis da administração pública do
Brasil para promover o financiamento da educação básica pública.
17
Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação. Fundo especial, recursos provenientes dos impostos vinculados à educação por força do dispositivo do
artigo 212 da Constituição Federal.
18
No site do MEC, o Reuni tem como objetivo principal ampliar o acesso e a permanência na educação superior, no
âmbito das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE); constitui uma série de medidas
para retomar o crescimento do ensino superior público.
17
19
NAGEL, Lízia Helena. A sociedade do conhecimento no conhecimento dos educadores. Texto aprovado e
publicado nos Anais do I Seminário Internacional de Educação, 2001.
20
BITTAR, Mariluce; BITTAR, Marisa. História da Educação no Brasil: a escola pública no processo de
democratização da sociedade. 2012.
18
seu artigo 208 que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante
a garantia de ensino fundamental obrigatório. Concluindo no artigo 205 da
constituição, ”A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.”
A educação é inerente à sociedade humana. Conforme Brandão
(1981) observa,
a educação está presente em casa, na rua, na igreja, nas mídias em geral e todos nos
envolvemos com ela, seja para aprender, para ensinar e para aprender-e-ensinar.
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver todos os dias misturamos a vida
com a educação. Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a
escola não é o único lugar em que ela acontece; o ensino escolar não é a única
21
prática, e o professor não é seu único praticante (BRANDÃO, 1981)
21
BRANDÃO, Carlos. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981.
22
Guerreiros- Nos Estados Unidos, Virginia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações.
Os governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus índios às escolas dos brancos. Os
chefes responderam e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin
adotou o costume de divulgá-la.
19
23
LIBÂNEO, José Carlos. O ensino de graduação na universidade: a aula universitária. Disponível em: www.ucg.br
24
CUNHA, Maria I. da. Aula universitária: Inovação e pesquisa. Campinas. Editora Papirus, 1997.
25
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Docência no Ensino Superior. São Paulo:
Cortez, 2002.
21
26
BLONDEL, Danièle. O Ensino Superior: Missão, Organização e Financiamento. Porto Alegre. Artmed. 2005.
27
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Docência no Ensino Superior. São Paulo:
Cortez, 2002.
22
28
MASETTO, Marcos T. Atividade pedagógica no cotidiano da sala de aula universitária: reflexões e sugestões
práticas. São Paulo: Papirus, 2001.
23
29
CUNHA, Maria I. da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1989.
30
CARVALHO, Janete Magalhães. A formação do professor pesquisador Brasil: análise histórica
do discurso do governo e da comunidade acadêmica-científica (1945/1964). UFRJ: Faculdade de
Educação, 1992.
31
SEVERINO, Antônio Joaquim. In: Faculdade de Educação da USP. Introdução. A tradição cultural brasileira
privilegia a condição da Universidade como lugar de ensino.
24
32
ALVES, Maria do Socorro. Dissertação de Mestrado, UFMG. (2005)
25
conteúdo mas ter o preparo para trabalhar com um novo perfil de alunos que
33
está chegando no ensino superior (BAZAR,1988).
33
BAZAR, Newton César. A didática e a questão da qualidade do ensino superior.Cadernos Cedes(22). São Paulo:
Cortez, 1988.
34
ROGERS, Carl. Liberdade de aprender em nossa década. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas,1986.
35
WERNER, David; BOWER, Bill. Aprendendo e ensinando a cuidar da saúde. São Paulo: Paulinas,1984.
26
36
NARANJO, Claudio. Mudar a educação para mudar o mundo. São Paulo: Ed.Esfera, 2005.
37
SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Ed. Cortez,2007.
38
TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1957.
39
NARANJO, Claudio. Mudar a educação para mudar o mundo. São Paulo: Ed.Esfera, 2005.
40
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Ed. Cortez, 2011.
27
41
Nietzsche, “Nós homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós
mesmos somos desconhecidos”; “No caso do indivíduo, a tarefa da educação
é a seguinte: torná-lo tão firme e seguro que como um todo, ele já não possa
ser desviado de sua rota”.
Segundo Paulo Freire (1996) uma das condições necessárias à prática
educativa em que o educador deve de, reforçar a capacidade crítica do
educando, sua curiosidade, sua insubmissão. A importância do papel do
docente não é apenas ensinar os conteúdos mas também ensinar a pensar,
que demanda profundidade e não superficialidade na compreensão e na
interpretação dos fatos. Assim, por que não aproveitar a experiência que tem
os alunos na sua realidade concreta e estabelecer uma “intimidade” entre os
saberes curriculares fundamentais e a experiência social que eles têm como
indivíduo?
O autor compartilha ainda que, o docente deve rejeitar mais decidida a
qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe,
de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a
democracia. “É na solidariedade social e política de que precisamos para
construir uma sociedade menos feia”. Freire observa também que, ensinar
exige respeito à autonomia e à dignidade de cada um, que é um imperativo
ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros.
41
LARROSA, Jorge. Nietzsche e a Educação. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
42
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Ed. Paz e Terra,
1996.
28
43
Parafraseando Viviane Mosé, a escola/universidade tem que se
abrir, retomar a reflexão, construir um ambiente democrático, em que
professores têm que ser respeitados, alunos têm que ser respeitados,
funcionários têm que ser respeitados e ouvidos. A coisa mais importante é
construir um espaço democrático e convívio ético, antes de pensamento e
conhecimento, sem isso não existe possibilidade de produção de
conhecimento. Além do ambiente interno ser um ambiente democrático a
escola/universidade tem que se abrir para o entorno imediato. Ela tem que se
relacionar com os visinhos, e se está ao lado de uma favela ela deveria discutir
a violência cotidianamente. Se o aluno, criança, adolescente e adulto, entende
o processo de exclusão social, é possível se defender dele, mas se o aluno
não entende o processo, ele será vítima. O aluno tem que entender que a
exclusão social é muito maior que ter o cabelo crespo e ser pobre. Questões
como essa deve ser discutidas na escola, “política é assunto de escola”.
Brandão diz:
A educação aparece como propriedade, no controle sobre o saber se faz em boa
medida através do controle sobre o quê se ensina e a quem se ensina; de modo que,
através da educação erudita, da educação de elites ou da educação “oficial”, o saber
oficialmente transforma-se em instrumento político de poder. Onde surgem interesses
desiguais e, depois antagônicos, o processo, educativo, que era unitário, torna-se
partido, depois, imposto. Há educações desiguais para classes desiguais; há
44
interesses divergentes sobre a educação, há controladores (BRANDÂO, 1981).
43
MOSÉ, Viviane. Os desafios contemporâneos: A Educação. Café Filosófico – Completo; Youtube, 2013.
44
BRANDÃO, Carlos. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981.
29
45
Oliveira (1984, p. 88) escreveu;
45
CECCON, Claudius; OLIVEIRA, Miguel Darcy de; OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. A vida na escola e a escola da vida.
Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984.
30
46
Henri Wallon disse; “a escola, meio fundamental para o
desenvolvimento pessoal, deve proporcionar uma formação integral (cognitiva,
afetiva e social)”.
Este ponto de vista é compartilhado por Freire (1967)47 “uma educação
como prática da liberdade só poderá se realizar plenamente numa sociedade
onde existem as condições econômicas, sociais e políticas de uma existência
em liberdade. A visão da liberdade tem nesta pedagogia uma posição de
relevo. É a matriz que atribui sentido a uma prática educativa que só pode
alcançar efetividade e eficácia na medida da participação livre e crítica dos
educandos. É um dos princípios essenciais para a estruturação do círculo de
cultura, unidade de ensino que substitui a “escola”, autoritária por estrutura e
tradição”.
A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) no art. 205, e
a Lei de Diretrizes da Educação- Lei nº9.394/1996 no art. 2º, diz: A educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
O desafio consiste em exercer a cidadania, tendo consciência de seus
direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática. Logo,
48
usando o pensamento de Herbert Spencer, “A educação deve formar seres
aptos para governar a si mesmos e não para ser governados pelos outros”.
46
WALLON, Henri. As origens do pensamento na criança. São Paulo: Editora Manole, 1989.
47
FREIRE, Paulo.Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
48
DURANT, Will. História da filosofia. São Paulo: Editora Nacional, 1935.
31
CONCLUSÃO
49
LIBÂNEO, Carlos José. Didática. São Paulo: Editora Cortez, 2004.
32
50
MOSÉ, Viviane. Os desafios contemporâneos: A Educação. Café Filosófico – Completo; Youtube, 2013.
51
SEVERINO, Antônio Joaquim. Prefácio. In: FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo. Ed.
Cortez,1986.
33
BIBLIOGRAFIA
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