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JUAZEIRO DO NORTE
2023
A leitura é iniciada contextualizando a mudança sociológica da produção teórica e
relembrando Parsons como destaque na teoria moderna da sociologia, porém, as próximas
produções passaram a ser mais europeizadas e com um maior grau de profissionalização, visto
que, passou a ser disciplina em universidades.
Pedir para Wendel contextualizar: pag 223
Na contextualização da nova época teórica assim podemos dizer é destacado como um
dos maiores intelectuais do século XX Jurgen Habermas que se destacou principalmente com
a sua obra “Teoria do agir comunicativo de 1981”. Logo em seguida é perceptível que
Habermas em sua bagagem biográfica carrega grandes contextos históricos que possivelmente
tiveram grande influencias sobre seus estudos e sua carreira não só como filosofo, mas como
sociólogo, pois todo seu contexto histórico é baseado em uma época totalitarista, contudo é
destacado o Instituto de Pesquisa de Frankfurt que durante o período nazista teve que sair da
Alemanha apesar de não possuir partidos políticos.
Apesar de Habermas ter um contexto histórico na sua vida de idas e vindas do campo
filosófico ao campo sociológico, do instituto de Frankfurt e a universidade de Heidelberg na
leitura é destacado três tradições intelectuais que funcionam como bases formadoras do
pensamento Habermasiana. Vejamos a seguir:
O marxismo (teoria política, econômica e social. Analisa a sociedade através das
relações de classe, argumentando que as estruturas sociais são moldadas pela luta
entre a classe trabalhadora (proletariado) e a classe proprietária dos meios de
produção (burguesia)). Habermas analisava a obra de Max com uma visão mais
ampla, ou seja, ele via o marxismo como forma de integrar os elementos
científicos, filosóficos e normativos, para ele a teoria de Max permitia uma relação
entre teoria e pratica que influenciaria a sociedade não apenas a analisando, mas
permitindo possíveis mudanças pós compreensão da mesma.
No debate sociológico recente sobre o marxismo, essa divisão entre elementos científicos e não científicos levou
[...] à construção formal de modelos ao nível da abstração reificante, que inspirou a própria objeção de Marx -
de que as relações sociais são "apresentadas como se fossem governadas por leis eternas naturais que são
dependentes da história e, ao mesmo tempo, as relações burguesas passam clandestinamente a ser apresentadas
como leis naturais irrefutáveis da sociedade in abstracto" ("LITERATURBERICHT, p. 415-416; cf. tb. MARX. A
Co11tributio11 to tlte Ciitique of Polítical Economy, p. 192).
Habermas ainda afirma que se for retirado a criticidade e visão de transformação
social da teoria marxista seria então posto uma parede que impedisse, ou mesmo como diz a
leitura, se abriria mão da possibilidade de ir além do estado atual das coisas, com isso,
existiria pós os escritos de Max apenas uma descrição, compreensão superficial da realidade,
sem possibilidade de existência de uma outra realidade.
“Ao preservar os elementos filosóficos, Habermas argumenta que o marxismo mantém a capacidade
de ir além da simples constatação do conflito e oferece uma base para a crítica e transformação das condições
sociais. Portanto, a retirada desses elementos filosóficos seria, segundo Habermas, reduzir a teoria marxista a
uma visão determinista que encara o conflito como algo inevitável e natural, em vez de como uma condição
social passível de mudança por meio das práxis consciente e transformadora”.